direito previdenciário - segurados da previdência social

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CONCEITO PREVIDENCIÁRIO DE EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO,

Lei 8.212/91, art. 15; Lei 8.213/91, art. 14;

RPS, art. 12.

CONCEITO PREVIDENCIÁRIO DE EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO

A Lei 8.212/91, no artigo 15, traz os conceitos de empresa e deempregador doméstico, no âmbito previdenciário:

Art. 15. Considera-se:

I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume orisco de atividade econômica urbana ou rural, com finslucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades daadministração pública direta, indireta e fundacional;

CONCEITO PREVIDENCIÁRIO DE EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO

II - empregador doméstico - a pessoa ou família que admite a seuserviço, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico.

Parágrafo único. Equiparam-se a empresa, para os efeitos destaLei, o contribuinte individual e a pessoa física na condição deproprietário ou dono de obra de construção civil, em relação asegurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, aassociação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, amissão diplomática e a repartição consular de carreiraestrangeiras.

CONCEITO PREVIDENCIÁRIO DE EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO

Assim, consideram-se empresa:

- a firma individual;

- a sociedade que assume o risco de atividade econômicaurbana ou rural, com fins lucrativos ou não;

- os órgãos e entidades da administração pública direta,indireta e fundacional.

CONCEITO PREVIDENCIÁRIO DE EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO

Equiparam-se a empresa:

- o contribuinte individual e a pessoa física na condição deproprietário ou dono de obra de construção civil, em relação asegurado que lhe presta serviço;

- a cooperativa;

- a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade;

- a missão diplomática e a repartição consular de carreiraestrangeiras.

SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

SEGURADOS OBRIGATÓRIOSLei 8.212/91, art. 12; Lei 8.213/91, art. 11;

RPS, art. 9º.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

Trabalhadores urbanos e rurais que exercem atividaderemunerada (>16 anos).

NOTA: Sobre a idade mínima, onde se lê 14 (quatorze anos) naLei 8.212/91, deve-se ler 16 (dezesseis) anos, pois esta é aatual idade mínima, prevista na Constituição Federal após aEmenda nº 20/98, para que alguém possa ingressar nomercado de trabalho (exceto na condição de menor aprendiz,em que tal limite é de quatorze anos).

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

Empregado

Trabalhador avulso

Empregado doméstico

Contribuinte Individual

Segurado especial

Segurado facultativo

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

Aqueles contratados por empresas urbanas ou rurais paraprestar serviços em caráter não eventual, sob subordinação emediante remuneração.

Pressupostos: pessoa física (pessoalidade), empresa, nãoeventualidade, subordinação e onerosidade.

Não eventualidade – relaciona-se com a natureza do serviço (enão com a freqüência) - entende-se por serviço prestado emcaráter não eventual aquele relacionado direta ouindiretamente com as atividades normais da empresa (RPS,art. 9º, §4º).

I – Empregado (RPS, art. 9o, I)

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

Subordinação - Subordinação jurídica - o direito doempregador de dirigir e fiscalizar a prestação do trabalho edispor dos serviços contratados como melhor lhe aprouver.

Também é considerado segurado empregado o aprendiz, comidade entre 14 e 24 anos, sujeito a formação profissionalmetódica do ofício em que exerça seu trabalho.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

Alíneas do inciso I do artigo 9º do RPS.

a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural aempresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação emediante remuneração, inclusive como diretor empregado;

b) aquele que, contratado por empresa de trabalhotemporário, por prazo não superior a três meses, prorrogável,presta serviço para atender a necessidade transitória desubstituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimoextraordinário de serviço de outras empresas, na forma dalegislação própria;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado noBrasil para trabalhar como empregado no exterior, emsucursal ou agência de empresa constituída sob as leisbrasileiras e que tenha sede e administração no País;

d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado noBrasil para trabalhar como empregado em empresadomiciliada no exterior com maioria do capital votantepertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, quetenha sede e administração no País e cujo controle efetivoesteja em caráter permanente sob a titularidade direta ouindireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País oude entidade de direito público interno;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática oua repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elassubordinados, ou a membros dessas missões e repartições,excluídos o não-brasileiro sem residência permanente noBrasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciáriado país da respectiva missão diplomática ou repartiçãoconsular;

NOTA: Diferentemente da alínea anterior, neste caso o brasileiro eo estrangeiro são contratados por outro país, mas prestamserviços no Brasil, ficando excluídos (1) o estrangeiro semresidência permanente no Brasil e (2) o brasileiro amparado porregime próprio de previdência do país contratante.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

f) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, emorganismos oficiais internacionais dos quais o Brasil sejamembro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvose amparado por regime próprio de previdência social;

g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, emrepartições governamentais brasileiras, lá domiciliado econtratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56e 57 da Lei 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desdeque, em razão de proibição legal, não possa filiar-se aosistema previdenciário local;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa,em desacordo com a Lei n. 11.788, de 25 de setembro de2008;

i) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município,incluídas suas autarquias e fundações, ocupante,exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei delivre nomeação e exoneração;

j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bemcomo o das respectivas autarquias e fundações, ocupante decargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não estejaamparado por regime próprio de previdência social;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ouMunicípio, bem como pelas respectivas autarquias efundações, por tempo determinado, para atender anecessidade temporária de excepcional interesse público, nostermos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal;

m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município,incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de empregopúblico;

n) (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/99)

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

p) o exercente de mandato eletivo federal, estadual oumunicipal, desde que não vinculado a regime próprio deprevidência social;

q) o empregado de organismo oficial internacional ouestrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quandocoberto por regime próprio de previdência social;

o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviçosnotariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994,bem como aquele que optou pelo Regime Geral dePrevidência Social, em conformidade com a Lei nº 8.935, de18 de novembro de 1994;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoafísica, na forma do art. 14-A da Lei n. 5.889, de 8 de junho de1973, para o exercício de atividades de natureza temporáriapor prazo não superior a dois meses dentro do período de umano.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

Aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa físicaou família, sem finalidade lucrativa.Ou melhor: sem finalidade econômica.

II – Empregado doméstico (RPS, art. 9º, II)

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

III – Contribuinte individual (autônomo, empresário) (RPS, art. 9º,V)

Trabalhadores que exercem atividades por conta própria ouprestam serviços a empresa sem relação de emprego.

Alíneas do inciso V do artigo 9º do RPS.

a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividadeagropecuária, a qualquer título, em caráter permanente outemporário, em área, contínua ou descontínua, superior aquatro módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior aquatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista,com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos;ou ainda nas hipóteses dos §§ 8º e 23 deste artigo;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividadede extração mineral - garimpo -, em caráter permanente outemporário, diretamente ou por intermédio de prepostos,com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquertítulo, ainda que de forma não contínua;

c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto devida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa;

d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismooficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, aindaque lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto porregime próprio de previdência social;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

NOTA: Este brasileiro civil difere do citado na alínea “f” doinciso I do mesmo artigo (que é considerado empregado) pelosimples fato de não prestar serviços para a União, mas para oscitados organismos internacionais do qual o Brasil sejamembro efetivo (Ex.: ONU). Deixará, no entanto, de sersegurado do RGPS, caso esteja amparado por regime própriode previdência social.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

e) o titular de firma individual urbana ou rural;

f) o diretor não empregado e o membro de conselho deadministração na sociedade anônima;

g) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e decapital e indústria;

h) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneraçãodecorrente de seu trabalho e o administrador não empregadona sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbanaou rural;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa,associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade,bem como o síndico ou administrador eleito para exerceratividade de direção condominial, desde que recebamremuneração;

j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em carátereventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;

l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividadeeconômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

m) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeadomagistrado classista temporário da Justiça do Trabalho, naforma dos incisos II do §1º do art. 111 ou III do art. 115 ou doparágrafo único do art. 116 da Constituição Federal, ounomeado magistrado da Justiça Eleitoral, na forma dosincisos II do art. 119 ou III do §1º do art. 120 da ConstituiçãoFederal;

n) o cooperado de cooperativa de produção que, nestacondição, presta serviço à sociedade cooperativa medianteremuneração ajustada ao trabalho executado;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

p) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam osarts. 18-A e 18-C da Lei Complementar nº 123, de 14 dedezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos impostose contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valoresfixos mensais.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

São, portanto, características do autônomo:

- a pessoalidade na prestação dos serviços;

- a profissionalidade;

- a assunção de riscos;

- a independência.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

Segundo o Regulamento da Previdência Social (art. 9º, §15),enquadram-se como trabalhadores autônomos, dentre outros:

1. o condutor autônomo de veículo rodoviário, assimconsiderado aquele que exerce atividade profissional semvínculo empregatício, quando proprietário, co-proprietário oupromitente-comprador de um só veículo;

2. aquele que exerce atividade de auxiliar de condutorautônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido emregime de colaboração, nos termos da Lei nº 6.094, de 30 deagosto de 1974;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

3. aquele que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco,exerce pequena atividade comercial em via pública ou deporta em porta, como comerciante ambulante, nos termos daLei nº 6.586, de 6 de novembro de 1978;

4. o trabalhador associado a cooperativa que, nessaqualidade, presta serviço a terceiros;

5. o membro de conselho fiscal em sociedade por ações;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

6. aquele que presta serviço de natureza não contínua, porconta própria, a pessoa ou família, no âmbito residencialdesta, sem fins lucrativos (“diarista”);

7. o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador,titular de cartório, que detêm a delegação do exercício daatividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofrespúblicos, admitidos a partir de 21 de novembro de 1994;

8. aquele que, na condição de pequeno feirante, compra pararevenda produtos hortifrutigranjeiros ou assemelhados;

9. a pessoa física que edifica obra de construção civil;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

10. o médico-residente de que trata a Lei nº 6.932, de 7 dejulho de 1981, com as alterações da Lei nº 8.138, de 28 dedezembro de 1990;

11. o pescador que trabalha em regime de parceria, meaçãoou arrendamento, em embarcação de médio ou grande porte,nos termos da Lei nº 11.969, de 2009.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

12. o incorporador de que trata o art. 29 da Lei nº 4.591, de 16de dezembro de 1964;

13. o bolsista da Fundação Habitacional do Exércitocontratado em conformidade com a Lei nº 6.855, de 18 denovembro de 1980;

14. o árbitro e seus auxiliares que atuam em conformidadecom a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998;

15. o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 daLei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, quando remunerado;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

16. o interventor, o liquidante, o administrador especial e odiretor fiscal de instituição financeira de que trata o § 6º doart. 201.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

IV – Trabalhador avulso (RPS, art. 9º, VI)

Trabalham para empresa, sem vínculo empregatício. Acontratação é feita por órgão gestor de mão-de-obra – OGMOou sindicato da categoria.

Ex.: atividades portuárias de capatazia, estiva, conferência decarga, conserto de carga, vigilância de embarcações (RPS, art.9º, VI, ‘a’, §7º); estivador, o ensacador de café, cacau, sal esimilares etc. (RPS, art. 9º, VI).

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

V – Segurado Especial (RPS, art. 9º, VII)

Pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbanoou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime deeconomia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros atítulo de mútua colaboração, na condição de:

a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor,assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ouarrendatário rurais, que explore atividade:

1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

Assemelham-se ao pescador o mariscador, o caranguejeiro, oeviscerador (limpador de pescado), o observador de cardumes, opescador de tartarugas, o catador de algas.

c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior dedezesseis anos de idade ou a este equiparado, do segurado deque tratam as alíneas “a” e “b” deste inciso, que,comprovadamente, tenham participação ativa nas atividadesrurais do grupo familiar.

SEGURADOS ESPECIAL X CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

Segurado Especial Contribuinte Individual

Rural Área ≤ 4 MF Área > 4 MF

PescadorEmbarcação de pequeno

porte

Embarcação de médio ou

grande porte

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

A Lei 11.718, de 23/6/08, incluiu os parágrafos 7º a 13 no artigo 12da Lei 8.212/91 (o Decreto nº 6.722, de 30/12/2008, alterou aredação do § 8º e incluiu os parágrafos 18 a 25 no artigo 9º doRPS) .

Resumindo, atualmente, o segurado especial pode:

•exercer atividade remunerada em período de entressafra oudo defeso, não superior a cento e vinte dias, corridos ouintercalados, no ano civil;

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

• utilizar de empregado, em épocas de safra, à razão de nomáximo cento e vinte pessoas/dia dentro do ano civil, emperíodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempoequivalente em horas de trabalho, à razão de oito horas/dia equarenta e quatro horas/semana;

• explorar a propriedade rural para turismo, inclusive comhospedagem, por não mais de cento e vinte dias ao ano;

• exercer atividade artística desde que a renda mensal obtidana atividade não exceda um salário mínimo.

• exercer atividade artesanal desde que a renda mensalobtida na atividade não exceda um salário mínimo, caso amatéria prima seja adquirida de terceiros.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

NOTA: Aquele que exerce, concomitantemente, mais de umaatividade remunerada sujeita ao Regime Geral de PrevidênciaSocial - RGPS é obrigatoriamente filiado em relação a cada umadessas atividades.

O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPSque estiver exercendo ou que voltar a exercer atividadeabrangida por este Regime é segurado obrigatório em relaçãoa essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trataa Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de custeio daSeguridade Social.

SEGURADO FACULTATIVOLei 8.212/91, art. 14; Lei 8.213/91, art. 13;

RPS, art. 11.

SEGURADO FACULTATIVO

Pessoa com mais de 16 anos de idade, que não receberemuneração e opta por se filiar à previdência social. Somentepoderá inscrever-se nesta condição aquele que não é seguradoobrigatório.

Ex.: dona de casa, estudante, desempregado, síndico que nãorecebe pró-labore (se recebe é Contribuinte Individual).

A CF excetua da possibilidade de filiar-se facultativamente apessoa participante de regime próprio de previdência social.

SEGURADO FACULTATIVO

É vedada a filiação facultativa ao RGPS de servidor públicoaposentado, qualquer que seja o regime de previdência social aque esteja vinculado.

Observe que o RPS dispõe que “o segurado facultativo somentepoderá recolher contribuições em atraso quando não tiverocorrido perda da qualidade de segurado, conforme o disposto noinciso VI do art. 13”.

SEGURADO FACULTATIVO

Também é Segurado facultativo o Segurado recolhido à prisão sobregime fechado ou semiaberto, que nesta condição, presteserviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou maisempresas, com ou sem intermediação da organização carceráriaou entidade afim, ou que exerça atividade artesanal por contaprópria.

O Decreto 7.054/09 revogou a alínea ‘o’ do inciso V do artigo 9ºdo RGPS, que classifica este segurado como contribuinteindividual, transferindo seu conteúdo para o inciso XI do artigo 11.Assim, a partir de 29/12/2009, data da publicação no DOU dodecreto 7.504, o segurado recolhido à prisão que presta serviços,apesar de exercer atividade remunerada, passou a ser seguradofacultativo.

RGPS

Art. 1º Lei 8.213/91 Benefícios

Incapacidade(doença e invalidez)

Auxílio-doençaAposentadoria por invalidezAuxílio-acidente

Desemprego involuntárioSeguro desemprego(tem por finalidade, mas não dá cobertura)

Idade avançada Aposentadoria por idade

Tempo de serviçoAposentadoria por tempo de contribuiçãoAposentadoria Especial

Encargos familiaresSalário famíliaSalário maternidade

prisão Auxílio reclusãomorte Pensão por morte

II - REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS

PRESTAÇÕES

RGPS

BENEFÍCIOS/SERVIÇOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Quanto ao segurado

1. Aposentadoria por invalidez2. Aposentadoria por idade3. Aposentadoria por tempo de contribuição4. Aposentadoria especial5. Auxílio-doença6. Salário-família7. Salário-maternidade8. Auxílio-acidente

Quanto aos dependentes1. Pensão por morte2. Auxílio-reclusão

Ambos1. Reabilitação profissional2. Serviço social3. Abono anual

CONCEITO PREVIDENCIÁRIO DE ACIDENTE DO TRABALHO, Lei8.213/91, art. 19 a 23

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício dotrabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcionalque cause a morte ou a perda ou redução, permanente outemporária, da capacidade para o trabalho.

Consideram-se acidente do trabalho as seguintes entidadesmórbidas:

RGPS

I - doença profissional, assim entendida a produzida oudesencadeada pelo exercício do trabalho peculiar adeterminada atividade e constante da respectiva relaçãoelaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e daPrevidência Social;

II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida oudesencadeada em função de condições especiais em que otrabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,constante da relação mencionada.

RGPS

Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída narelação resultou das condições especiais em que o trabalho éexecutado e com ele se relaciona diretamente, a PrevidênciaSocial deve considerá-la acidente do trabalho.

Não são consideradas como doença do trabalho:

a) a doença degenerativa;

b) a inerente a grupo etário;

c) a que não produza incapacidade laborativa;

RGPS

d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante deregião em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que éresultante de exposição ou contato direto determinado pelanatureza do trabalho.

RGPS

Equiparam-se também ao acidente do trabalho:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido acausa única, haja contribuído diretamente para a morte dosegurado, para redução ou perda da sua capacidade para otrabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para asua recuperação;

RGPS

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário dotrabalho, em consequência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado porterceiro ou companheiro de trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivode disputa relacionada ao trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia deterceiro ou de companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

RGPS

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitosou decorrentes de força maior;

III - a doença proveniente de contaminação acidental doempregado no exercício de sua atividade;

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local ehorário de trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob aautoridade da empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresapara lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;

RGPS

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudoquando financiada por esta dentro de seus planos paramelhor capacitação da mão-de-obra, independentemente domeio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedadedo segurado;

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou destepara aquela, qualquer que seja o meio de locomoção,inclusive veículo de propriedade do segurado.

RGPS

A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à PrevidênciaSocial até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, emcaso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob penade multa.

RGPS

BENEFICIÁRIOS

BENEFICIÁRIOS - Lei 8.213/91, art16; RPS, art 16.

MARIDO ESPOSAIRMÃO

F1 (16 a)

F3

(6 a)

F4

(4 a)F2 (10 a)

INVALIDO

PAI

BENEFICIÁRIOS

BENEFICIÁRIOS

BENEFICIÁRIOS

BENEFICIÁRIOS

BENEFICIÁRIOS

BENEFICIÁRIOS

BENEFICIÁRIOS

EMANCIPAÇÃO

EMANCIPAÇÃO

EMANCIPAÇÃO

FILIAÇÃO X INSCRIÇÃO– RPS, ART. 18.

FILIAÇÃO X INSCRIÇÃO

FILIAÇÃO X INSCRIÇÃO – RPS, ART. 18

FILIAÇÃO X INSCRIÇÃO – RPS, ART. 18

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO – LEI 8.213/91, ART. 15;

RPS, ART. 13.

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

Hipótese Período de graça

Enquanto estiver recebendo benefíciosem limite deprazo

Após cessar serviço militar 3 meses

Segurado facultativo que deixou de contribuir 6 meses

Após livramento (retido ou recluso)Após cessar o benefícioApós cessar a segregação compulsóriaDesempregado* com até 120 contribuições

12 meses

Desempregado* com mais de 120 contribuiçõessem perda da qualidade de segurado

24 meses

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

Jan 09 Fev 09 Mar 09 Abr 09 Mai 09 Jun 09

Jul 09 Ago 09 Set 09 Out 09 Nov 09 Dez 09

Jan 10 Fev 10 Mar 10

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês

10 Mês 11 Mês 12 Mês 13 Mês 14 Mês 15 Mês 16 Mês 17 Mês 18 Mês

19 Mês 20 Mês 21 Mês 22 Mês 23 Mês 24 Mês 25 Mês 26 Mês 27 Mês

28 Mês 29 Mês 30 Mês 31 Mês 32 Mês 33 Mês 34 Mês 35 Mês 36 Mês

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

1 Mês 2 Mês 3 Mês 9 Mês

10 Mês 11 Mês 12 Mês 13 Mês 14 Mês 15 Mês 16 Mês 17 Mês 18 Mês

19 Mês 20 Mês 21 Mês 22 Mês 23 Mês 24 Mês 25 Mês 26 Mês 27 Mês

28 Mês 29 Mês 30 Mês 31 Mês 32 Mês 33 Mês 34 Mês 35 Mês 36 Mês

4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

1 Mês 2 Mês 3 Mês

15 Mês 16 Mês 17 Mês 18 Mês

19 Mês 20 Mês 21 Mês 22 Mês 23 Mês 24 Mês 25 Mês 26 Mês 27 Mês

28 Mês 29 Mês 30 Mês 31 Mês 32 Mês 33 Mês 34 Mês 35 Mês 36 Mês

4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês

10 Mês 11 Mês 12 Mês 13 Mês 14 Mês

CARÊNCIA - RPS, ART. 26 A ART. 30.

CARÊNCIA

segurados Início da contagem

empregadostrabalhadores avulsoscontribuintes individuais (desde04/03) que presta serviço aempresasEmpregado doméstico (desde06/15)

Data de filiaçãoRecolhimento é presumido

contribuinte individual quetrabalha por conta própriaempregado domésticosegurado facultativo segurados

data do efetivo recolhimento daprimeira contribuição sem atraso(não são consideradas contribuiçõesrecolhidas com atraso referentes acompetências anteriores)

CARÊNCIA

CARÊNCIA

Benefício Segurado carência

Auxílio DoençaAposentadoria por invalidez

todos 12 contribuições

Obs.: Acidente de qualquer natureza, acidente do trabalho,doença profissional e do trabalho + doenças da lista doMS/MTE/MPS (Lei 8.213/91, art. 26, II e art. 151)

Sem carência

Aposentadoria por idadeAposentadoria por TCAposentadoria especial

todos180 contribuições

Salário maternidadeContribuinte IndividualFacultativoSegurada Especial

10 contribuições*

Salário maternidadeEmpregadasEmpregadas domésticasTrabalhadoras avulsas

Sem carência

Pensão por morte, Auxílio-reclusão,Salário-família, Auxílio-acidente

Sem carência

CARÊNCIA

CARÊNCIA

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês

10 Mês 11 Mês 12 Mês 13 Mês 14 Mês 15 Mês 16 Mês 17 Mês 18 Mês

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CARÊNCIA - RPS, ART. 26 A ART. 30

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