direito penal 2 ( materia p prova)

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Livramento Condicional – art 83 cp e 131 e seguintes LEP CONCEITO: trata-se da hipótese “beneficio” que admite se preenchidos alguns requisitos, objetivos e subjetivos, previstos em lei, haverá uma antecipação da liberdade mediante o cumprimento de determinadas condições. O LC é instituto que visa atender a uma das finalidades da pena, a ressocialização, a reinserção do individuo na sociedade. COMPETENCIA: quem tem competência para conceder o livramento condicional é o Juiz da execução. REQUISITOS: Objetivos Subjetivos 1) PPL imposta por sentença penal condenatória e que seja = ou ^ a 2 anos (art. 83 caput) 1) Bom comportamento no cumprimento da pena. 2) Tempo de cumprimento da pena: a) mais de 1/3 para condenado não reincidente em crime doloso e de bons antecedentes; b) inciso 2- mais da metade da pena se o condenado reincidente em crime doloso; c) inciso 5 – cumprir mais de 2/3 da pena se a condenação for por crime hediondo e não houver reincidência especifica em crime dessa natureza. 2) Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído. 3) Reparação do dano (art. 83 IV) 3)Capacidade de prover a própria subsistência por meio de trabalho honesto. 4) Se o condenado tiver praticado crime doloso com emprego de violência ou grave ameaça serão analisadas

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Page 1: Direito Penal 2 ( Materia p Prova)

Livramento Condicional – art 83 cp e 131 e seguintes LEP

CONCEITO: trata-se da hipótese “beneficio” que admite se preenchidos alguns requisitos, objetivos e subjetivos, previstos em lei, haverá uma antecipação da liberdade mediante o cumprimento de determinadas condições. O LC é instituto que visa atender a uma das finalidades da pena, a ressocialização, a reinserção do individuo na sociedade.

COMPETENCIA: quem tem competência para conceder o livramento condicional é o Juiz da execução.

REQUISITOS:

Objetivos Subjetivos1) PPL imposta por sentença penal

condenatória e que seja = ou ^ a 2 anos (art. 83 caput)

1) Bom comportamento no cumprimento da pena.

2) Tempo de cumprimento da pena: a) mais de 1/3 para condenado não reincidente em crime doloso e de bons antecedentes; b) inciso 2- mais da metade da pena se o condenado reincidente em crime doloso; c) inciso 5 – cumprir mais de 2/3 da pena se a condenação for por crime hediondo e não houver reincidência especifica em crime dessa natureza.

2) Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído.

3) Reparação do dano (art. 83 IV) 3)Capacidade de prover a própria subsistência por meio de trabalho honesto.

4) Se o condenado tiver praticado crime doloso com emprego de violência ou grave ameaça serão analisadas para a concessão do beneficio as condições pessoais que façam presumir que ele não voltará a delinqüir.

ESPECIFICAÇÕES DAS CONDIÇÕES:

Art. 85 cp – se encontra as especificações no art. 132 LEP (lei 7210/84)

Art. 132 LEP: §1º obrigatório – p/ todos os livramentos

§2º facultativo – podem constar ou não

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REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA – ART 86 CP

ART. 88 * crime durante o beneficio – não desconta tempo do livramento condicional

*crime antes do beneficio – desconta tempo do livramento condicional

Ex:

REVOGAÇÃO FACULTATIVA

Deixar de cumprir condições SPCTJ – art. 87

o Crime o Condenação

Pedido de revogação – art 143 LEP

CERIMONIA – ART. 137 LEP

    Art. 137. A cerimônia do livramento condicional será realizada solenemente no dia marcado pelo Presidente do Conselho Penitenciário, no estabelecimento onde está sendo cumprida a pena, observando-se o seguinte:

        I - a sentença será lida ao liberando, na presença dos demais condenados, pelo Presidente do Conselho Penitenciário ou membro por ele designado, ou, na falta, pelo Juiz;

        II - a autoridade administrativa chamará a atenção do liberando para as condições impostas na sentença de livramento;

        III - o liberando declarará se aceita as condições.

        § 1º De tudo em livro próprio, será lavrado termo subscrito por quem presidir a cerimônia e pelo liberando, ou alguém a seu rogo, se não souber ou não puder escrever.

        § 2º Cópia desse termo deverá ser remetida ao Juiz da execução.

Soma das penas:

Art. 84 CP - As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do livramento

Revogação do livramento

Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível:

I - por crime cometido durante a vigência do benefício;

II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código.

Page 3: Direito Penal 2 ( Materia p Prova)

Revogação facultativa

Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade.

Efeitos da revogação

Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o condenado.

Progressão e Regressão de Regimes

Reclusão – crimes mais brandos

Detenção – crimes mais leves

OS – art 6 LCP

CP veda progressão por saltos

1/6 da pena imposta total Fechado

+

Bom comportamento Semi Aberto

1/6 restante da pena ou Semi Aberto

1/6 total da pena

+

Aceitação das condições +

Trabalho Aberto

OBS: lei 8072/90 LEI DE CRIMES HEDIONDOS – Regime Fechado

STF – inconstitucional

HC- 82969/06

P Indiv. Pena

Lei 11464/07 – art 2 a) 215 – P b) 315 – Reinc

Para os crimes hediondos não havia possibilidade de progressão de regime mas, o STF decidiu que a não possibilidade estaria violando o principio da individualidade. A Lei 11464/07 mudou a regra e agora pode, mas com ressalvas, ele deverá cumprir com critérios diferenciados. Cumprir 2/5 se for primário e 3/5 se for reincidente. O que ocorreu entre o período, obteve a possibilidade de progressão de cumprimento 1/6.

Page 4: Direito Penal 2 ( Materia p Prova)

PROGRESSÃO: se o individuo inicia seu regime fechado ele tem a possibilidade de passar pelos outros tipos de regime.

A idéia é ressocializar o individuo, mas na pratica serve para desafogar o sistema.

O código penal veda a progressão de regimes por saltos, tem que passar por todos os estágios.

Fechado Semi- aberto Aberto

Critérios para a progressão:

Fechado p/ semi aberto:

Cumprir apenas 1/6 da pena imposta na sentença ou no caso de varias condenações 1/6 da soma de todas as penas. ( requisito objetivo, cumprir ele já cumpriu metade dos requisitos).

Apresentar um bom comportamento carcerário, quem atesta é o diretor do estabelecimento carcerário onde o condenado está.

Art. 112 LEP: Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva

com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.

§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor

§ 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes.

Semi aberto p/ aberto: cumpre 1/5 do restante da pena casp tenha iniciado no regime fechado ou 1/6 do total da pena e deve preencher os requisitos indicados nos arts. 114 até 116 da LEP. (aceitar condições e ou já estar trabalhando ou mostrar que pode faze-lo).

Art. 113. O ingresso do condenado em regime aberto supõe a aceitação de seu programa e das condições impostas pelo Juiz.

        Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que:

        I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente;

        II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime.

        Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas no artigo 117 desta Lei.

        Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das seguintes condições gerais e obrigatórias:

        I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga;

        II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados;

Page 5: Direito Penal 2 ( Materia p Prova)

        III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial;

        IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado.

        Art. 116. O Juiz poderá modificar as condições estabelecidas, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da autoridade administrativa ou do condenado, desde que as circunstâncias assim o recomendem.

Regime Fechado Regime Semi aberto

Regime Aberto

1)Qto. Exame criminológico

Era obrigatório

Obs: 10792/03

Era facultativo

Obs: 10792/03 ---------------------2) Qto. Ao Trabalho

Obrigatório

Art. 34 cp § 1,2,3

- interno

-externo

Obrigatório

Art. 35 cp § 1 e 2

- interno: colônia agricula ou industrial

- externo

Art. 36 cp § 1 e 2

Obrigatório

Trabalho ou estudo ou outra atividade ( vigilância)

Art. 39 – remuneração e tem previdência social.

3) Qto. Ao repouso e estabelecimento que se recolher (art. 33 § 1) e art. 82 e seguintes LEP

ISOLAMENTO

Estab c/ segurança máxima ou media art. 87

Estabelecimento ou colônia agrícola ou industrial. Art. 91 e 92

Casa de albergado ou estabelecimento similar art. 93, 94, 95.

4)Do cabimento de remição/ saída temporária

existe existe ---------------------

****** O trabalho no caso de RF e RSA não gera vinculo empregatício c/ o Estado.

REGRESSÃO: Voltar para regime mais rigoroso

Art. 118 LEP e art. 36 § 2 CP (RA)

Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:

        I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;

        II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111).

        § 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta.

Page 6: Direito Penal 2 ( Materia p Prova)

        § 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado.

Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado.

§ 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada.

Hipóteses: praticar crime doloso (art. 50 LEP) ou falta grave, frustrar fins de execução ou nova condenação cuja soma com pena anterior torne incabível o regime atual.

1) Pratica de crime doloso, ainda que não tenha sido julgado por SPCTJ.2) Pratica de falta grave (a partir do art. 50 LEP) e a lei 11466/07 acrescentou +

uma falta grave: ter aparelho de comunicação dentro do presídio.3) É condenado por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em

execução, torne incabível o regime ( ver tabela do art. 33 § 2 cp)

RDD – REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (legislação de pânico)

Não é um regime de cumprimento de pena, é um regime de disciplina carcerária especial. Só pode ser imposto em caso de falta grave ou ato que cause indisciplina.

Isolamento do individuo em uma cela. Hoje se usa a lei 10792/03

Mas o RDD ganhou destaque após os ataques do PCC ocorridos em 2006

Hipóteses:

    Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características:

      § 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. – Presos que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.

        § 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. – Se tem suspeita de participação ou envolvimento com organização criminosa, quadrilhas ou bandos. 118 LEP § 1.

Mas os conceitos são vagos, e dão a possibilidade de poder de aplicação por parte do magistrado.

Há discussões se esse RDD não é dupla punição (bis in idem) mas se são fatos diferente não gera?? ADIM 4162/2008 inconstitucionalidade do RDD???

Page 7: Direito Penal 2 ( Materia p Prova)

REMISSÃO:

A remissão existe no regime fechado e semi-aberto. Possibilidade de abater na pena o tempo de trabalho que o condenado executa. A contagem é 1 dia pena/ 3 dias trabalho.

O estudo também conta como abatimento. Ou conta pelo trabalho ou pelo estudo.

É um beneficio e pode ser perdido se punido por falta grave ( infrações disciplinares art. 50 LEP), ele perderá os dias do beneficio, o tempo de remissão. Ele perde o tempo que tinha e começa a contar novamente a partir da data da infração disciplinar. Há a sumula 341 que está tratando do assunto.

Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semi-aberto poderá remir, pelo trabalho, parte do tempo de execução da pena.

        § 1º A contagem do tempo para o fim deste artigo será feita à razão de 1 (um) dia de pena por 3 (três) de trabalho.

        § 2º O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por acidente, continuará a beneficiar-se com a remição.

        § 3º A remição será declarada pelo Juiz da execução, ouvido o Ministério Público.

        Art. 127. O condenado que for punido por falta grave perderá o direito ao tempo remido, começando o novo período a partir da data da infração disciplinar.

        Art. 128. O tempo remido será computado para a concessão de livramento condicional e indulto.

        Art. 129.  A autoridade administrativa encaminhará, mensalmente, ao Juízo da execução, ao Ministério Público e à Defensoria Pública cópia do registro de todos os condenados que estejam trabalhando e dos dias de trabalho de cada um deles.

        Parágrafo único. Ao condenado dar-se-á relação de seus dias remidos.

        Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal declarar ou atestar falsamente prestação de serviço para fim de instruir pedido de remição.

DETRAÇÃO PENAL:

Art. 42 CP - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior.

Abatimento do tempo da prisão definitiva o tempo que ele cumpriu na prisão cautelar (prisão administrativa), antes da SPCTJ.

Prisoes cautelares/ administrativas são antes da SPCTJ e prisões penais são depois da SPCTJ, tem caráter punitivo.

Page 8: Direito Penal 2 ( Materia p Prova)

SUPERVINIENCIA DE DOENÇA MENTAL – ART. 41 CP

Superveniência de doença mental

Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado.

O condenado foi condenado a uma PPL e de repente surta, então ele deve ser recolhido a um hospital de custodia e tratamento psiquiátrico até o termino do prazo do cumprimento da pena. Se ele melhorar ele volta a cumprir a pena.

SAÍDA TEMPORÁRIA – ART. 122 LEP

Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter autorização para saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos:

        I - visita à família;

        II - freqüência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução;

        III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.

        Parágrafo único.  A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução.

Regime semi-aberto, pode sair temporariamente, s/ vigilância direta e a lei de monitoramento eletrônico modificou a lei, modificou as hipóteses da saída temporária. As condições estão previstas no art. 123 LEP.

Art. 123. A autorização será concedida por ato motivado do Juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a administração penitenciária e dependerá da satisfação dos seguintes requisitos:

        I - comportamento adequado;

        II - cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se reincidente;

        III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.

Há possibilidade de permissão de saída, RF e AS.

     Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos:

        I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão;

        II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14).

        Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso.

Page 9: Direito Penal 2 ( Materia p Prova)

PENA DE MULTA – ART. 49 E 164 §§ LEP)

Multa

Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. 

§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário.

§ 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária.

Pagamento da multa

Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais.

§ 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando:

a) aplicada isoladamente;

b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos;

c) concedida a suspensão condicional da pena.

§ 2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família.

Conversão da Multa e revogação

Art. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição.

Suspensão da execução da multa

Art. 52 - É suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao condenado doença mental

Ar. 164 LEP

Art. 164. Extraída certidão da sentença condenatória com trânsito em julgado, que valerá como título executivo judicial, o Ministério Público requererá, em autos apartados, a citação do condenado para, no prazo de 10 (dez) dias, pagar o valor da multa ou nomear bens à penhora.

        § 1º Decorrido o prazo sem o pagamento da multa, ou o depósito da respectiva importância, proceder-se-á à penhora de tantos bens quantos bastem para garantir a execução.

        § 2º A nomeação de bens à penhora e a posterior execução seguirão o que dispuser a lei processual civil.

Page 10: Direito Penal 2 ( Materia p Prova)

Cominação:

Cumulativa/ alternativa

Direta/ substitutiva

A pena de multa pode vir cumulativamente ou alternativamente e pode ser aplicada direta ou em substituição da PPL. Dentro do art. 44 e 60§ 2.

Conceito: pagamento ao fundo penitenciário $$$$. Caráter pecuniário consiste no pagamento de determinado valor ao fundo penitenciário. Foi adotado o sistema europeu de dias multa. Valores são fixados pelos dias – multa no art. 49.

Valor: sistema dias/multa – min. 10 e Max 360

1/30 salário mínimo – 5X salário mínimo (data do fato)

Obs: art. 60§ 1 cp e art. 49 § 2

Se calcula a pena dentro do sistema trifasico.

Deve-se observar o art. 49 §1

Pagamento: art. 50 cp

TJ: contador judicial atualiza o valor, ministério publico ouve – juiz homologa e intima réu para pagar.

Se o réu não pagar vira divida ativa e quem vai representar o Estado Fazenda Publica (divida ativa art. 51 cp) ou MP ( vara de execução criminal- na pratica é o MP que pede a execução), mas há divergências sobre tal assunto.?

Paga = extinta punição

Não paga = execução ( quem executa? Fazenda publica ou MP ?

Art. 50 § 1 – desc folha de pagamento –

Pagamento da multa

Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais.

§ 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando:

a) aplicada isoladamente;

b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos;

c) concedida a suspensão condicional da pena.

Page 11: Direito Penal 2 ( Materia p Prova)

§ 2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família

Pena de multa na legislação especial:

Art. 168 e 169 LEP

Art. 168. O Juiz poderá determinar que a cobrança da multa se efetue mediante desconto no vencimento ou salário do condenado, nas hipóteses do artigo 50, § 1º, do Código Penal, observando-se o seguinte:

        I - o limite máximo do desconto mensal será o da quarta parte da remuneração e o mínimo o de um décimo;

        II - o desconto será feito mediante ordem do Juiz a quem de direito;

        III - o responsável pelo desconto será intimado a recolher mensalmente, até o dia fixado pelo Juiz, a importância determinada.

        Art. 169. Até o término do prazo a que se refere o artigo 164 desta Lei, poderá o condenado requerer ao Juiz o pagamento da multa em prestações mensais, iguais e sucessivas.

        § 1° O Juiz, antes de decidir, poderá determinar diligências para verificar a real situação econômica do condenado e, ouvido o Ministério Público, fixará o número de prestações.

        § 2º Se o condenado for impontual ou se melhorar de situação econômica, o Juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, revogará o benefício executando-se a multa, na forma prevista neste Capítulo, ou prosseguindo-se na execução já iniciada.

Conversão: Não se converte em PPL.

CONCURSO DE CRIMES

ART. 69/ 70

Concurso material

Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.

§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código.

§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais.

O concurso material pode ser dividido em:

Homogêneo: 2 ou mais crimes da mesma natureza Heterogêneo: 2 ou mais crimes de natureza diversa

2/+ A/O 2/ +C

Cumulo material: soma das penas

§1 PPL sem sursi – não PRD

§2 cumprimento simultâneo

Page 12: Direito Penal 2 ( Materia p Prova)

Pode ter concurso material com vitimas diferentes, o que importa é praticar 2 ou mais crimes, e se na mesma condenação tiver detenção e reclusão a pena de reclusão será cumprida primeiro que a de detenção.

§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código.

Ex: C1 – PPL x – não era possível substituir por PRD do art. 44 + não cabe sursi, então ele cumprirá a PPL

C2 – se para o primeiro não cabe suspensão então para os outros será incabível a suspensão mesmo que tal crime possa.

§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais.

Ex: C1 PRD possível (PSC) se as penas forem compatíveis ele pode

C2 “ “ (PP) cumprir simultaneamente.

Se as PRD forem diferentes ele as cumprirá sucessivamente, uma depois a outra.

Concurso formal

Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.

a) Perfeito (1 parte) é também dividido em Heterogêneo e Homogêneo. Aplica-se o cumulo jurídico e não importa dolo ou culpa.

b) Imperfeito (2 parte) cumulo material – individuo que pratica 2 ou mais ações que dá ensejo a 2 ou mais crimes, não importa se tem dolo.

Cumulo jurídico – 1 pena c/ aumento

Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código.

Na aplicação do cumulo jurídico não poderá se aplicar resultado maior que se tivesse aplicado o cumulo material. Sempre irá prevalecer o cumulo material.

Aplica-se a pena + grave se crimes forem diferentes e 1 das penas se os crimes forem iguais.

Cumulo jurídico: 1 ação que gera 2 ou mais crimes. Escolho 1 das penas dos crimes e aumento em virtude da pratica dos demais resultados (crime) se aumenta a pena de 1/6 a 1/2 tudo depende da quantidade de resultados causados.

*Ex: pessoa pratica crimes diferentes com resultados diferentes, para aplicar o cumulo jurídico se usa a pena mais grave e na fixação da pena se aplica circunstancias de aumento, e se aumenta dependendo da quantidade de crimes praticados.

Page 13: Direito Penal 2 ( Materia p Prova)

Crime continuado

Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.

Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.

Espécies de concurso material:

+ de 1 ação ou omissão pratica diversos crimes, ao invés de aplicar a somatória das penas aplica-se o cumulo jurídico.

Considera continuidade quando as condutas forem da mesma espécie, condições de tempo, lugar, espaço. Semelhantes ou praticadas de forma semelhante.

1ª corrente: Crime de mesma espécie – mesmo tipo penal. Poderiam ser integrados no mesmo tipo penal, isto é no tipo penal fundamental e suas figuras qualificadoras, agravadas, aumentadas, etc. (Damásio)

2ª corrente: Crime da mesma espécie – são as condutas que visam tutelar o mesmo bem jurídico, assim mesmo que as condutas sejam enquadradas em tipos penais diversos o bem atingido é o mesmo (Paulo José da Costa Jr. Delmanto, Fragoso).

Prevalece hoje a segunda corrente.

Período de tempo: condições de tempo não há definição única. Analise se dá em face do caso concreto.

Condições de lugar: as condutas praticadas devem ter sido praticadas em locais próximos. Mas o quanto de proximidade depende do caso concreto.

Mesmos meios de modo de execução: a forma como as condutas foram praticadas são semelhantes, armas empregadas, mesmo modo de fuga, meios e modos de execução devem ser semelhantes.

Crime de ficção jurídica: foi criado pelo legislador, aplica-se 1 das penas e no final coloca-se uma causa de aumento.

Crimes da mesma espécie: pena de 1 só dos crimes.

Crimes de espécies diferentes: pena mais grave até o triplo.

Art. 71 §único: Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.

o Crimes dolososo Vitimas diferentes o Violência ou grave ameaça

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Conseqüência: é possível aumentar a pena até o triplo, mas ao aumentar o juiz deve respeitar o §único do art. 70 e o art. 75.

Limite das penas

Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos.

§ 1º - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo.

§ 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido.

30 anos (Maximo) – tempo de cumprimento

Acima de 30 anos será caráter perpetuo, isso é inconstitucional.

Exemplo:

Reclusão 30 anos

10 anos

Nesse 10 ª ano ele pratica novo crime e sobrevêm uma nova condenação, nessa condenação foi estipulado 20 anos, o juiz pegará os 20 anos + os 30 anos e subtrairá o que já foi cumprido, ou seja ele vai cumprir 40 anos. O limite é de 30.

Multas no concurso de crimes

Art. 72 - No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente.

A pena de multa é sempre somada, sempre se aplica o cumulo material.

Ex: 2 crimes de furto art. 155: pena 1 a 4 anos reclusão + multa, ainda que pudesse se aplicar o cumulo jurídico em relação a pena de multa NÃO pode se aplicar o cumulo jurídico. Em relação a pena de multa aplica-se o cumulo material, soma-se as penas de multa.

Erro na execução “aberratio Ictus”

Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.

Erro quanto a pessoa “aberratio personai” – art. 20 §3, é o erro de representação, a vitima que eu queria atingir não estava no local, e eu acabo atingindo outra pessoa

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pensando que era o alvo. Conseqüência: responde como se fosse responder por ter atingido o pretendido.

No art. 73, a vitima está lá, mas por algum erro atinge-se outra pessoa, não se executa de forma adequada e atinge outra pessoa ou a pessoa e mais outro e responde-se como se estivesse atingido a vitima pretendida. Responde a titulo de dolo e a titulo de culpa em concurso formal em relação a erro de execução.

*** em crime culposo não se tem tentativa.

Resultado diverso do pretendido

Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.

Conduta com relação pessoa – objeto.

Ex: quero quebrar uma janela, jogo a pedra, não quebro a janela mas atinjo uma pessoa. Responde pelo resultado diverso a titulo de culpa, se houver previsão legal de punição na lei.

Ex: quero atingir uma pessoa e jogo uma pedra, não acerto a pessoa mas acerto uma janela, em tese responderia pela janela quebrada a titulo de culpa, mas como não há previsão legal desse crime em lei, não respondo no âmbito penal.

Ex: quero atingir a pessoa e quero quebrar a janela, repondo pelo dolo de atingir a pessoa e pelo dolo de quebrar a janela.

Concurso de infrações

Art. 76 - No concurso de infrações, executar-se-á primeiramente a pena mais grave.

Este artigo reforça o art. 69

Se tiver mais de uma qualificadora: 1 usa para qualificar e as demais se enquadram em agravantes, circunstâncias judiciais ou atenuantes.

Cálculo da pena

Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.

Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.

Art. 68 §único: causas de aumento ou de diminuição da parte especial, ambas. Considera-se apenas 1 delas, a que mais aumente ou diminua.

Concurso de agravantes e atenuantes- art. 67 – as indicadas no art. 67 devem ser consideradas como preponderantes.

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CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE – ART. 107 CP

Extinção da punibilidade – São causas que cessam o “jus puniendi”

Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:

I - pela morte do agente;

II - pela anistia, graça ou indulto;

III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;

IV - pela prescrição, decadência ou perempção;

V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;

VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;

IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

I) Morte do agente: - art. 62 cpp –certidão

Se comprova por certidão de óbito, somente.

Absolvição imprópria – absolve o condenado e aplica uma medida de segurança.

Sentença declaratória da extinção da punibilidade = ele também transita em julgado, ela se torna definitiva.

Obs: certidão falsa. Depois do transito em julgado se descobre que a certidão é falsa, há 2 correntes: 1) aquela que não cabe a ação rescisória para a sociedade então não se muda a decisão, mas pode ocorrer um outro processo para apurar a falsidade; 2) a segunda corrente reza que mesmo que não haja a rescisória, como a decisão é pautada em fato inexistente a decisão seria nula.

II) Pela anistia, graça ou indulto:

São 3 benefícios concedidos ao condenado.

Anistia: exclui o crime e os efeitos da sentença penal condenatório. É como se o crime não tivesse existido. É sempre concedido por meio da lei. OBS: art. 21 CF inc.XVIII – é da competência da união criar a lei que concede a anistia, lei criado pelo congresso nacional – art. 48 VIII CF. Art. 187 LEP

Geralmente é concedido em situações de crimes políticos, mas não apenas.

Graça e Indulto: Graça é uma modalidade de indulto individual. O indulto é de forma coletiva. Graça é dada mediante requerimento do interessado, o indulto é concedido anualmente por meio de direito. Graça é concedida pelo presidente da republica assim como o indulto. Art. 84, XII CF.

Os dois não apagam os efeitos da SPC, a SPCTJ pode servir para reincidência.

Art. 5, XLIII CF veda a concessão de Graça e Anistia para determinados crimes (crimes hediondos (lei 8072/90) ou equiparados a hediondos (terrorismo, trafico e tortura). A

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lei de crimes hediondos no art. 2 prevê e veda os benefícios, então uma lei complementa a outra.

A graça é uma classificação de indulto.

A LEP também trata de anistia e indulto.

Da Anistia e do Indulto

        Art. 187. Concedida a anistia, o Juiz, de ofício, a requerimento do interessado ou do Ministério Público, por proposta da autoridade administrativa ou do Conselho Penitenciário, declarará extinta a punibilidade.

        Art. 188. O indulto individual poderá ser provocado por petição do condenado, por iniciativa do Ministério Público, do Conselho Penitenciário, ou da autoridade administrativa.

        Art. 189. A petição do indulto, acompanhada dos documentos que a instruírem, será entregue ao Conselho Penitenciário, para a elaboração de parecer e posterior encaminhamento ao Ministério da Justiça.

        Art. 190. O Conselho Penitenciário, à vista dos autos do processo e do prontuário, promoverá as diligências que entender necessárias e fará, em relatório, a narração do ilícito penal e dos fundamentos da sentença condenatória, a exposição dos antecedentes do condenado e do procedimento deste depois da prisão, emitindo seu parecer sobre o mérito do pedido e esclarecendo qualquer formalidade ou circunstâncias omitidas na petição.

        Art. 191. Processada no Ministério da Justiça com documentos e o relatório do Conselho Penitenciário, a petição será submetida a despacho do Presidente da República, a quem serão presentes os autos do processo ou a certidão de qualquer de suas peças, se ele o determinar.

        Art. 192. Concedido o indulto e anexada aos autos cópia do decreto, o Juiz declarará extinta a pena ou ajustará a execução aos termos do decreto, no caso de comutação.

        Art. 193. Se o sentenciado for beneficiado por indulto coletivo, o Juiz, de ofício, a requerimento do interessado, do Ministério Público, ou por iniciativa do Conselho Penitenciário ou da autoridade administrativa, providenciará de acordo com o disposto no artigo anterior.

III) Pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso:

Abolitio Criminis –art. 2 CP

Nova lei que deixa de considerar fato criminoso como tal.

IV) Pela prescrição, decadência ou perempção:

Prescrição: ver abaixo

Decadencia: art.103 cp. e 38 cpp. – prazo 6 meses. obs.: prescrição.

É a perda do direito de oferecer queixa crime nas ações penais de natureza privada ou de oferecer representação na ação penal publica cond. a representação.

Ação penal publica: ação penal incondicionada (regra); ação penal condicionada (lei faz menção) – é condicionada a representação do ofendido ou a requisição do ministro da justiça, representação ou requisição são condições, devem ser apresentadas no prazo de 6 meses contados do dia em que se veio a saber/ conhecer o autor do crime. Esse mesmo prazo se dá para a ação penal privada.

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Ação penal privada: lei trata expressamente. Apresentação da queixa crime.

Perempção: perda do direito de ação em virtude da inércia processual. As hipóteses de perempção estão previstas no art. 60 do cpp.

V) Pela renuncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada: ocorre quando o ofendido voluntariamente não oferece a queixa crime na ação penal privada. O cidadão pode não querer oferecer a denuncia. Adota-se o P. da conveniência. Ação penal privada.

Perdão do ofendido deixa de prosseguir na ação penal. É uma renuncia que ocorre após o inicio da ação penal.

VI) Pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite: alguns tipos penais permitem. Há possibilidade de retratação perante o publico. Ex: crimes contra honra – art. 143 cp. O querelado se retrata formalmente. Ex: art. 342, §2- falso testemunho ou falsa perícia.

VII) Pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei: deixa de aplicar a pena. O juiz reconhece a existência de uma infração penal, porem deixa de aplicar a pena. Ex: art.121 §5, art. 129 §8

Nos crimes que possuem reconhecimento do perdão não terá reincidência, aqui é sentença penal declaratória.

PRESCRIÇÃO

OBS: a) racismo (art. 5 XLII, CF)

b)Ações de grupos armados (art. 5 XLIV, CF)

Tabela – art. 109 CP

Art. 109.  A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:

I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;

II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;

III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;

IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;

V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;

VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).

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1) +12 anos 202) + 8 a 12 anos 163) +4 a 8 anos 124) +2 a 4 anos 85) De 1 a 2 anos 46) - 1 ano 3 (lei 12234/10)

Prescrição Intercorrente

SPCTJ

Quando o cidadão comete crime nasce para o Estado a possibilidade de aplicar a lei penal, mas quando o prazo prescreve o Estado não tem mais o direito de punir, ele não exercerá o seu direito.

A prescrição é a situação na qual o Estado perde o direito de punir (aplicar ou executar a pena em virtude do decurso do tempo, ou seja, o Estado dormiu no ponto.

OBS: Como regra todos os crimes estão sujeitos a prescrição exceto as 2 situações:

a) Racismob) Ações em grupos armados

Contra esses dois não corre prazo de prescrição.

Há 2 tipos de prescrição:

1) PPP – prescrição da pretensão punitiva2) PPE – prescrição da pretensão executória

O marco divisor entre estas 2 é a sentença penal condenatória transitado em julgado (SPCTJ).

PPP – perda do direito de aplicar pena por parte do Estado.

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PPE – perda por parte do Estado do direito de executar a pena que já foi imposta.

Dentro da PPP se tem as seguintes espécies:

1) Prescrição da Pretensão Punitiva propriamente dita: aquela a ser verificada até antes da SPC recorrível (sentença. de 1 grau) e que será calculada com base na pena máxima abstratamente cominada no tipo penal. Ela é calculada pela pena em abstrato, pega esse valor e coloca na tabela do art. 109 e se tem o valor do tempo da prescrição;

2) PPP intercorrente ou superveniente a sentença penal condenatória recorrível: ocorre entre o TJ da decisão de 1º grau para acusação e o TJ para ambas as partes (art. 110§ 1 cp). Essa prescrição é calculada com base na pena aplicada em concreto. Hipóteses de TJ p/ acusação: 1) quando o MP não recorre ou 2) quando recorre mas o recurso é considerado improvido.

3) Prescrição retroativa: era prevista no art. 110§2, a lei 12234/10 revogou. TJA p/ trás. Quando a lei surgiu há quem diga que possa retroagir até o recebimento da denuncia/queixa crime. É calculada pela pena imposta por uma SPCR. Pena abstrata.

4) Prescrição Virtual/ Antecipada/ Perspectiva: não muito aceita, tem gancho na retroativa. Base na futura pena. Também foi revogada, não tem previsão legal.

MARCOS INTERRUPTIVOS DA PRESCRIÇÃO

Art. 117:

Causas interruptivas da prescrição

Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:

I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;

II - pela pronúncia;

III - pela decisão confirmatória da pronúncia;

IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;

V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;

VI - pela reincidência.

§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles.

§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção.

Entre a data do fato e o recebimento inicia um novo fato. Sempre se inicia um novo prazo.

SPCTJ

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PPE:

As causas interruptivas estão previstas no art. 117 incisos 5 e 6.

Ela surge a partir da ocorrência do TJ da SPC, o calculo se dá com base na pena em concreto, imposta na sentença penal definitiva, irrecorrível.

MEDIDA DE SEGURANÇA

1) Espécies: art. 96 cp2) Critérios: art. 97 cp3) Prazo - §1 indeterminado (min 1 a 3 anos)4) Substituição por MS ao semi- imputável