direito empresarial v - até tema viii

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  • 7/25/2019 Direito Empresarial v - At Tema VIII

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    EMERJ CP V Direito Empresarial V

    Tema I

    FALNCIA. Princpios Gerais. Pressupostos. Caracterizao da falncia. Viso coparati!a entre o "ec#Lein$ %.&&'()* e Lei n$ ''.'+'(+*. "ireito interteporal.

    Notas de Aula1

    1. Introduo

    A nova lei de falncia modifica a estrutura do direito falimentar brasileiro. A leianterior tinha uma viso li!uidat"ria# mostrando$se totalmente ineficiente para arecupera%o do empres"rio. A &ei ''.'(')(* trou+e ao ordenamento um novo sistema,ur-dico para o tratamento da insolvncia empresarial# tratando de trs institutos b"sicos afalncia# a recuperao ,udicial da epresa e a recuperao e-tra,udicial da epresa.Aboliu$se# portanto# a fi/ura da concordata# instrumento !ue se mostrou inefica0 para o seuescopo# !ue era permitir a restaura%o da empresa !ue estava em dificuldades. 1o,e# afi/ura da recupera%o# !ue em nada se confunde com a concordata# substituiu com muitas

    vanta/ens este instituto revo/ado# permitindo a real sobrevivncia da empresa !ue dela sevaler.

    A &ei ''.'(')(* 2 de direito econ3mico# intermediando setores p4blicos e privados#e tem por fundamento basilar a efic"cia t2cnica# sobrepondo$se esta mesmo 5 buscaintr-nseca de ,usti%a esta 2 ume lei de resultado# e no de teoria. Antes de tudo# 2 uma leiprocedimental# e no processual h" a/ora os procedientosde falncia e recupera%o# eno oprocessofalimentar# como outrora.

    A recupera%o da empresa# o chamado direito da crise econica# consiste nosoer/uimento da empresa !ue ainda 2 vi"vel# econ3mica e financeiramente.

    A lei# de fato# cria uma nova cultura de coopera%o entre credores# devedor e PoderJudici"rio. Atrav2s de seus pressupostos# h" coaduna%o entre os participantes da rela%o

    ,ur-dica# /erida pelo Judici"rio# em busca da benesse comum# o saneamento da empresa# a!uita%o de suas d-vidas# e a sua continuidade na sociedade ou seu afastamento definitivo#pela !uebra# !uando inevit"vel.

    6 Decreto$&ei 7.88')9*# anti/a &ei de :alncias# foi revo/ado por este noveldiploma# mas ainda 2 aplicado aos casos em !ue a falncia foi re!uerida 5 2poca da suavi/ncia. ;a pr

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    @ ;o caso do @ >o deste arti/o# se deferido o processamento da recupera%o,udicial# o processo de concordata ser" e+tinto e os cr2ditos submetidos 5concordata sero inscritos por seu valor ori/inal na recupera%o ,udicial# dedu0idasas parcelas pa/as pelo concordat"rio.@ 9 Esta &ei aplica$se 5s falncias decretadas em sua vi/ncia resultantes deconvola%o de concordatas ou de pedidos de falncia anteriores# 5s !uais se aplica#at2 a decreta%o# o Decreto$&ei no 7.88'# de >' de ,unho de '=9*# observado# nadeciso !ue decretar a falncia# o disposto no art. == desta &ei.@ * 6 ,ui0 poder" autori0ar a loca%o ou arrendamento de bens im# @ ># da nova lei fa0em prevalecer a possibilidade de convola%o tamb2m daconcordata suspensiva em recupera%o ,udicial.

    2. Principiologia

    >.'. Princ-pio da ma+imi0a%o dos ativos do falidoA previso le/al deste princ-pio est" no arti/o 7* da &ei ''.'(')(*

    ?Art. 7*. A falncia# ao promover o afastamento do devedor de suas atividades#visa a preservar e otimi0ar a utili0a%o produtiva dos bens# ativos e recursos

    produtivos# inclusive os intan/-veis# da empresa.Par"/rafo 4nico. 6 processo de falncia atender" aos princ-pios da celeridade e daeconomia processual.H

    Michell ;unes Midle, Maron 2

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del7661.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11127.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del7661.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11127.htm#art3
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    A otimi0a%o dos bens do falido 2 feita sempre !ue se primar pela redu%o dopassivo e incremento do ativo. 6 n4cleo deste princ-pio 2 mesmo o dispositivo supra# mash" outros arti/os !ue tratam do princ-pio da ma+imi0a%o dos ativos na lei em tela# como o'(= e o ''7

    ?Art. '(=. 6 estabelecimento ser" lacrado sempre !ue houver risco para ae+ecu%o da etapa de arrecada%o ou para a preserva%o dos bens da massa falidaou dos interesses dos credores.H?Art. ''7. 6s contratos bilaterais no se resolvem pela falncia e podem sercumpridos pelo administrador ,udicial se o cumprimento redu0ir ou evitar oaumento do passivo da massa falida ou for necess"rio 5 manuten%o e preserva%ode seus ativos# mediante autori0a%o do Comit.@ ' 6 contratante pode interpelar o administrador ,udicial# no pra0o de at2 =(FnoventaG dias# contado da assinatura do termo de sua nomea%o# para !ue# dentrode '( Fde0G dias# declare se cumpre ou no o contrato.@ > A declara%o ne/ativa ou o silncio do administrador ,udicial confere aocontraente o direito 5 indeni0a%o# cu,o valor# apurado em processo ordin"rio#constituir" cr2dito !uiro/raf"rio.H

    ;a senten%a de !uebra# o ,ui0 deve decidir se lacra o estabelecimento do falido# ouse permite a continua%o provis

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    Este princ-pio# por ((=# DJe'K)(*)>((=G.H

    Ve,a tamb2m a not-cia do informativo =7 do J

    Michell ;unes Midle, Maron 4

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    ?:A&S;CA. VA&6R ;Q;:CA;E.Mesmo ao tempo do D& n. 7.88')'=9*# ," se encontrava presente o princ-pio da

    preserva%o da empresa# incrustado claramente na posterior &ei n. ''.'(')>((*.Assim# mesmo omisso o referido D& !uanto ao valor do pedido# no 2 ra0o"velnem se coaduna com sua sistem"tica a possibilidade de valores insi/nificantes

    provocarem a !uebra da empresa# pois isso nada mais 2 do !ue preservar a unidadeprodutiva em detrimento de satisfa0er uma d-vida. Precedente citado REspK7(.*(=$P. A/R/ no A/ '.(>>.989$P# Rel. Min. Aldir Passarinho Junior# ,ul/adoem >)8)>((= Fver nformativo n. K9G.H

    1avendo uma e-ecuo indi!idual frustrada a!uela em !ue o devedor citadopermanece absolutamente inerte # o credor e+e!uente pode re!uerer a falncia doe+ecutado com fulcro no inciso deste arti/o =9 da &ei ''.'(')(*

    ?Art. =9. er" decretada a falncia do devedor !ueF...G e+ecutado por !ual!uer !uantia l-!uida# no pa/a# no deposita e no nomeia 5

    penhora bens suficientes dentro do pra0o le/alLF...GH

    A!ui# nem o protesto nem o valor so re!uisitos para provimento do pedido de!uebra. 1aver"# ento# como se aplicar o princ-pio da preserva%o da empresa# neste casoI

    A decreta%o de !uebra 2 ultia ratio# como se pode perceber. Antes de tudo# 2fundamental !ue se constate !ue a e+ecu%o 2 ine/avelmente frustrada# por!ue !ual!ueratitude tomada pelo devedor em aten%o ao cr2dito !ue lhe 2 e+i/ido ," a descaracteri0a#pelo !ue a nomea%o de bens 5 penhora Fou a locali0a%o de tais bens pelo oficial de,usti%aG descaracteri0a a e+ecu%o frustrada# impossibilitando a !uebra.

    Ve,a ,ul/ado do J neste sentido

    ?REsp. K(>.>9)P. F...G De acordo com a ,urisprudncia un-ssona do J# a

    decreta%o da falncia 2 medida e+trema e e+cepcional# !ue somente deve sertomada !uando verificada a inviabilidade da preserva%o da unidade produtiva. $ Aale/a%o de !ue a recorrida dei+ou de apresentar tempestivamente bens 5 penhorano restou referendada pelo ribunal de ori/em# sendo vedado ao J o e+ame doselementos f"ticos dos autos em ra0o do

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    confi/ura e+ecu%o frustrada se h" penhora de bens# mesmo !ue insuficientes# no h"e+ecu%o frustrada# para o J.

    1avendo interposi%o de embar/os sem !ue ha,a nomea%o de bens 5 penhora# 2recomend"vel !ue se a/uarde o improvimento dos embar/os para !ue# somente ento# sedecrete a !uebra da!uele embar/ante. Do contr"rio# corre$se o risco de os embar/os serem

    providos# demonstrando !ue a e+ecu%o !ue ense,ou a falncia era indevida# causandoverdadeiro imbr.. Princ-pios da indivisibilidade do ,u-0o falimentar

    Por indivisibilidade do ,u-0o falimentar# entenda$se !ue apenas um 4nico ,u-0o 2 ocompetente para todas as a%Nes e reclama%Nes sobre bens do falido# no podendo havermais de um ,u-0o empresarial atuando na mesma falncia. Este princ-pio tem sede no arti/o78 da &ei ''.'(')(*

    ?Art. 78. 6 ,u-0o da falncia 2 indivis-vel e competente para conhecer todas asa%Nes sobre bens# interesses e ne/

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    e+ecu%Nes em face do devedor# inclusive a!uelas dos credores particulares do s

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    @ 6 produto dos bens penhorados ou por outra forma apreendidos entrar" para amassa# cumprindo ao ,ui0 deprecar# a re!uerimento do administrador ,udicial# 5sautoridades competentes# determinando sua entre/a.@ 9 ;o sero arrecadados os bens absolutamente impenhor"veis.@ * Ainda !ue ha,a avalia%o em bloco# o bem ob,eto de /arantia real ser" tamb2mavaliado separadamente# para os fins do @ ' do art. K desta &ei.H

    Esta universalidade si/nifica !ue todos os bens do falido sero arrecadados# masno 2 absoluta# pois as re/ras de impenhorabilidade devem ser respeitadas# tal como a dobem de fam-lia.

    A universalidade sub,etiva# por seu turno# est" prevista no arti/o ''* da &ei''.'(')(*

    ?Art. ''*. A decreta%o da falncia su,eita todos os credores# !ue somente poderoe+ercer os seus direitos sobre os bens do falido e do s] Vara de :alncias e Concordatas de Xelo1ori0onte MQ. FAQRQ ;6 CC KK.8>()MQ# Rel. Ministra ;A;C A;DRQ1#EQ;DA EU6# ,ul/ado em >*)(8)>((K# DJe (K)(K)>((KG.H

    '.*. Princ-pios dopar conditio creditoru

    rata$se do princ-pio da paridade entre os credores de mesma classe. A ordem declasses dos credores 2 tra%ada no arti/o K da &ei ''.'(')(*

    Michell ;unes Midle, Maron

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    ?Art. K. A classifica%o dos cr2ditos na falncia obedece 5 se/uinte ordem os cr2ditos derivados da le/isla%o do trabalho# limitados a '*( Fcento ecin!ZentaG sal"rios$m-nimos por credor# e os decorrentes de acidentes de trabalhoL $ cr2ditos com /arantia real at2 o limite do valor do bem /ravadoL cr2ditos tribut"rios# independentemente da sua nature0a e tempo de

    constitui%o# e+cetuadas as multas tribut"riasLV cr2ditos com privil2/io especial# a saberaG os previstos no art. =89 da &ei no '(.9(8# de '( de ,aneiro de >((>L

    bG os assim definidos em outras leis civis e comerciais# salvo disposi%o contr"riadesta &eiLcG a!ueles a cu,os titulares a lei confira o direito de reten%o sobre a coisa dada em/arantiaLV cr2ditos com privil2/io /eral# a saberaG os previstos no art. =8* da &ei no '(.9(8# de '( de ,aneiro de >((>L

    bG os previstos no par"/rafo 4nico do art. 87 desta &eiLcG os assim definidos em outras leis civis e comerciais# salvo disposi%o contr"riadesta &eiLV cr2ditos !uiro/raf"rios# a saber

    aG a!ueles no previstos nos demais incisos deste arti/oLbG os saldos dos cr2ditos no cobertos pelo produto da aliena%o dos bensvinculados ao seu pa/amentoLcG os saldos dos cr2ditos derivados da le/isla%o do trabalho !ue e+cederem olimite estabelecido no inciso do caput deste arti/oLV as multas contratuais e as penas pecuni"rias por infra%o das leis penais ouadministrativas# inclusive as multas tribut"riasLV cr2ditos subordinados# a saberaG os assim previstos em lei ou em contratoL

    bG os cr2ditos dos s

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    V obri/a%Nes resultantes de atos ,ur-dicos v"lidos praticados durante arecupera%o ,udicial# nos termos do art. 87 desta &ei# ou ap

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    ;este sentido# ve,a o A/ravo de nstrumento >((9.((>.>'K'=# do J)RJ

    ?Processo ((>78K=$7K.>((9.K.'=.(((( F>((9.((>.>'K'=G. '] Ementa $ AQRAV6DE ;RME;6. DE. E&AXEE :&TT6&A $ Jul/amento '8)(>)>((* $EQ;DA CAMARA CVE&.:A&E;CA. DEP66 E&V6. PEDD6 DE &EVA;AME;6.

    ;DE:ERME;6.AQRAV6 DE ;RME;6. REERME;6 DE :A&S;CA.REERME;6 PARA &EVA;AME;6 D6 DEP^6 E&V6.MP6X&DADE. :A&S;CA DECREADA EM 6R6 PR6CE6.6XREAME;6 AO 6 J&QAME;6 :;A& DA &DE. Recursointerposto contra deciso !ue indeferiu o levantamento da !uantia depositada pelaA/ravada para elidir a falncia# a !ue se ne/a provimento. 6 decreto de falnciaem outro processo# mesmo !ue suspenso por deciso de se/unda instBncia# e#ainda# o fato de haver outros re!uerimentos de falncia contra a A/ravada# ,ustificao indeferimento do levantamento da !uantia depositada pelo A/ravante#

    presti/iando# assim# o direito dos demais credores# em car"ter universal# e#conse!Zentemente# o princ-pio da par conditio creditorum. RECR6DEPR6VD6.H

    3. #uspenso das a$es e e%ecu$es

    A decreta%o da falncia submete todos os credores ao ,u-0o universal# como dito.Por isso# as a%Nes e e+ecu%Nes contra o devedor ficam suspensas# inclusive as dos credoresparticulares dos s

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    ?AQRAV6 DE ;RME;6 >((7.((>.'9*=*.PR6CEA& CV&. EWCEU6 DE PRO$EWECVDADE. A%o dee+ecu%o de t-tulo e+tra,udicial proposta contra sociedade empres"ria devedora#!ue tem sua falncia decretada no curso da a%o# e contra os fiadores# s. A

    DECREAU6 DA :A&S;CA DA 6CEDADE EMPRERA DEVED6RAMP\E A PE;6 DA EWECU6 AJTADA C6;RA E&A# MA;6 MPEDE 6 PR6EQME;6 DA AU6 ;6 J[T6 C[VE& C6;RA6 DEMA EWECAD6F...G . DE. :ER;A;D6 :6C1 &EM6 $Jul/amento '*)(>)>((K $ DECMA ;6;A CAMARA CVE&

    Ve,a tamb2m parte do REsp. KK.KK=

    ?REP KK.KK=)C.F...G DA;E D6# 6 :A6 D6 ACAD6R DE ;6A PR6M^RA VR AER A :A&S;CA DECREADA# EM ;ADA A:EA A 6XRQAU6 D6AVA&A D6 [&6# E# ;C&VE# ;6 P6DE 6P6R EM E:AV6R A&ER D6 E:E6 DEC6RRE;E DA EXRA D6

    AVA&TAD6. F...G M6 EMX6RA 6 AVA&A EJA DEVED6R6&DR6 DA 6XRQAU6 AVA&TADA# E&E ;6 E 6R;A# P6RC6;A EWC&VA D6 AVA ^C6 DA EMPREA EM :AV6R DA A&PREA A QARA;A. $ MEM6 ;A 1P^EE D6 AVA&A ERAMXOM ^C6 DA EMPREA AVA&TADA# PARA E E P6A :A&AREM PE;6 DA EWECU6 C6;RA 6 ^C6$AVA&A# tendo porfundamento a !uebra da empresa avali0ada# 2 indispens"vel# nos termos do art. >9do D& 7.88')9*# !ue se trate de s

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    7ual o princpio /ue norteia8a9 o art. %& da Lei n$ ''.'+'(:++*;39 o art. %% do eso diploa;c9 o art. '+< do eso diploa;d9 o art. ''* do eso diploa;

    =espostas fundaentadas.Resposta 5 uesto '

    aG Princ-pio da indivisibilidade do ,u-0o da falncia. 6 ,u-0o da falncia Flu/ar doprincipal estabelecimentoG 2 competente para todas as a%Nes e reclama%Nes sobrebens# direitos# interesses e ne/

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    P6R AMXA A PARE PARA E;AVA DE AC6RD6 $ ;6C6;:QRAU6 DE M6RA^RA $ P6X&DADE DE DECREAU6DA EXRA.' $ 6 PEDD6 C6MM DE 6XREAME;6 D6 PR6CE6:A&ME;AR# PARA E;AVA DE 6&U6 AMQVE 6 EJA#:6RM&AD6 PE&A DA PARE DA RE&AU6 PR6CEA E ;6APE;A PE&6 CRED6R FREERE;EG# ;6 C6;:QRA M6RA^RAE# P6RA;6# ;6 DE;ARA A MP6;A&DADE D6 DEVED6R E

    ;EM MPEDE A DECREAU6 DA :A&S;CA. uspende$se apenas oprocesso# e no a d-vida. Precedentes FREsp n '='.**)P# Rel. Ministro ARPARQE;D&ER# DJ de *.K.>((>L REsp n >(9.K*')E# Rel. Ministro RR6AD6 DE AQAR# DJ de '>.8.>(((G.> $ Recurso conhecido e provido para# reformando o v. ac((8G.H

    Esta posi%o ainda 2 polmica# mas a posi%o do J deve ser a orienta%o a serse/uida. e/uindo$a# se pedida a suspenso por ambas as partes# no h" morat

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    V ordenar" a suspenso de todas as a%Nes ou e+ecu%Nes contra o falido#ressalvadas as hip desta &eiLW nomear" o administrador ,udicial# !ue desempenhar" suas fun%Nes na formado inciso do caput do art. >> desta &ei sem pre,u-0o do disposto na al-nea a doinciso do caput do art. * desta &eiLW determinar" a e+pedi%o de of-cios aos

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    desconstitui%o da concordata# eis !ue este instituto primava pela manuten%oda empresa# o !ue 2# isto ine/avelmente# do interesse p4blico. Contudo# mesmonesta Corte# h" !uem defenda !ue ha,a sim esta le/itimidade# por ser patente ointeresse p4blico na concordata.

    bG 6 despacho !ue manda processar a concordata 2 irrecorr-vel. Ve,a a s4mula >89

    do J?4mula >89# J O irrecorr-vel o ato ,udicial !ue apenas manda processar aconcordata preventiva.H

    Esta discusso se reprisa !uanto ao ato !ue manda processar arecupera%o ,udicial# ho,eL se/uindo o J a mesma orienta%o# provavelmenteno caber" recurso tamb2m.

    cG e/undo o J# sim de acordo com o arti/o '=># @ '# da nova lei# se a falnciafoi decretada antes de = de ,unho de >((*# ou se,a# antes da vi/ncia da &ei''.'(')(*# a!uele devedor fa0 ,us ao instituto da 2poca# mesmo sendo deferidoho,e. 1" !uem criti!ue esta posi%o# mas 2 o entendimento desta Corte.

    A respeito# ve,a o REsp. =7'.>'*

    ?REsp =7'>'* ) RJ. RECR6 EPECA&. Relator Ministro 1MXER6Q6ME DE XARR6. ^r/o Jul/ador $ ERCERA RMA. Data doJul/amento >')(K)>((7. Data da Publica%o):onte DJ '*)'()>((7 p. >8K.Ementa $ ;o ofende o Art. ** do CPC o ac

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    Tema II

    FALNCIA. Muzo da falncia. LeBitiidade ati!a e passi!a na falncia. Crditos ine-iB!eis na falncia.-cluso da falncia.

    Notas de Aula3

    Aula ministrada pelo professor Juan &ui0 ou0a Va0!ue0# em ''))>('(.

    Michell ;unes Midle, Maron 17

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    1. 'egitimidade ati(a na )al*ncia

    6 arti/o nuclear da le/itimidade ativa na falncia 2 o =7 da &ei ''.'(')(*

    ?Art. =7. Podem re!uerer a falncia do devedor o pr

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    conse!uncia de no confessar falncia !uando necess"rio est" prevista no arti/o K> da leiem tela# !ue imputa responsabilidade aos incumbidos de fa0$lo

    ?Art. K>. A responsabilidade pessoal dos s

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    falncia# 2 necess"rio !ue esta responsabilidade se,a analisada 5 lu0 da re/ra do 3usiness,udBent rule# ou se,a# ser" imputado se contrariar as reBras das decis2es neBociais.

    Entenda a deciso do administrador em dar continuidade ou no aos ne/

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    '.. Demais credores

    '.(#do J)RJ

    ?Processo ((''K'>$*=.>((K.K.'=.(((( F>((K.((>.'''>(G. '] Ementa $ AQRAV6DE ;RME;6. DE. &A X6RE& 6TA $ Jul/amento (8)(K)>((K$ DECMA EMA CAMARA CVE&.REERME;6 DE :A&E;CA. CRED6R EMPREAR6. EWERCC6

    REQ&AR DE AVDADE EMPREARA&. EWQE;CA DEC6MPR6VACA6. &EQMDADE AVA.:A&S;CA. REERME;6 DE :A&S;CA. A&EQAU6 DERREQ&ARDADE DE REPREE;AU6 PR6CEA& E DE&EQMDADE AVA AD CAAM. PRE&M;ARE REJEADA PE&ADEC6 AQRAVADA. 6 CRED6R EMPRER6 PARA REERER A:A&S;CA D6 DEVED6R DEVE A:ATER RE6 EPECA#

    ;6 EWQD6 PARA 6 CRED6R C6MM. DE AC6RD6 C6M 6 AR. =7DA &E ; ''.'(')(* DEVE 6 CRED6R EMPRER6 C6MPR6VAR AREQ&ARDADE D6 EWERC[C6 D6 C6MORC6# EWX;D6 A;CRU6 ;DVDA& 6 6 REQR6 D6 A6 C6;V6DA 6CEDADE C6MERCA&. A PR6VA RATDA PE&6 AQRAVAD6# AEM ;CMXA 6 ; DA PR6VA# DE E P6 ECR^R6

    ;EA CDADE# ;6 O :CE;E PARA C6MPR6VAR 6 EWERC[C6REQ&AR DA AVDADE EMPREARA&. RECR6 PR6VD6.H

    '.((9 p. '(.Ementa PR6CE6 CV&. PEDD6 DE :A&S;CA :6RM&AD6 PE&A:ATE;DA PYX&CA C6M XAE EM CROD6 :CA&. &EQMDADE.:A&A DE ;EREE. D6R;A. RECR6 DEAC6&1D6. $ em embar/o dos respeit"veis fundamentos em sentido contr"rio# a e/undae%o decidiu adotar o entendimento de !ue a :a0enda P4blica no temle/itimidade# e nem interesse de a/ir# para re!uerer a falncia do devedor fiscal. $ ;a linha da le/isla%o tribut"ria e da doutrina especiali0ada# a cobran%a dotributo 2 atividade vinculada# devendo o fisco utili0ar$se do instrumento afetado

    pela lei 5 satisfa%o do cr2dito tribut"rio# a e+ecu%o fiscal# !ue /o0a de

    Michell ;unes Midle, Maron 21

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    especificidades e privil2/ios# no lhe sendo facultado pleitear a falncia do devedorcom base em tais cr2ditos.H

    Ve,a tamb2m o informativo K= desta Corte

    ?:A&S;CA. APREE;AU6. CROD6 RXR6.

    6s arts. 'K7 do C; e >= da &ei n. 8.K()'=K( no representam K7.K>9$MQ# DJ >()>)>((8. REsp '.'(.9(*$MQ#Rel. Min. Castro Meira#

    ,ul/ado em >)9)>((=.H F/rifo nossoG

    A ile/itimidade ativa da :a0enda no se confunde com a impossibilidade dehabilitar cr2ditos no bo,o da massa falida# em falncia ," em andamento Fvide /rifo noinformativo transcrito acimaG. O poss-vel 5 :a0enda habilitar seus cr2ditos na falncia emcurso# ou e+ecut"$los no rito da &ei de E+ecu%Nes :iscais# o !ue no lhe d" le/itimidade

    ativa para re!uerer a !uebra.A impossibilidade de re!uerer falncia decorre da alta vincula%o do procedimentode e+i/ncia de cr2ditos p4blicos# !ue tem !ue observar necessariamente a &ei deE+ecu%Nes :iscais# para todos os cr2ditos da :a0enda. Al2m do mais# a :a0enda /o0a deprivil2/ios nesta e+ecu%o fiscal !ue no so coadunados com a e+ecu%o coletivaempreendida na falncia# pelo !ue lhe faltaria interesse.

    m 4ltimo ar/umento contra a le/itimidade ativa da :a0enda na falncia 2 ainadmissibilidade# pelo J# doprotesto da certido da d!ida ati!a. Esta Corte no admiteprotesto da CDA# !ue seria o t-tulo ense,ador de um eventual pedido de falncia pela:a0enda# e sem este protesto no pode ser re!uerida falncia. Vale di0er !ue# sobre oprotesto da CDA# h" severa discusso# e no Estado do Rio de Janeiro h" lei estadual

    permitindo e re/ulamentando este protesto# contrariando a ,urisprudncia firme do J Femo Paulo# predomina entendimento !ue# havendo lei permitindo o protesto da CDA# este 2poss-vel# mas mesmo l" persiste a discussoG.

    '.

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    lastreado este pedido descumprimento de um AC# !ue# levado a protesto# ense,aria opedido de falnciaL ou com base em uma e+ecu%o de condena%o em a%o civil p4blicafrustrada.

    Contudo# como ," se p3de antever no REsp. =7'.>'*# h" pouco abordado# o Jentende !ue no h" interesse do MP em ver uma empresa !uebrar# pelo !ue ali reputa$o

    ile/itimado ativo. Parece !ue a orienta%o do J 2 mais coerente# de fato# pelo se/uinte a!uebra de uma empresa 2 contr"ria ao interesse p4blico# contr"ria 5 fun%o social daempresa. Por isso# 2 incompat-vel com as atribui%Nes do MP re!uerer a !uebra de umaempresa.

    '.

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    '.8=# # do CPCG. ;ote$se !ue o valor da transa%o foi depositado.Ento# o s=*# par"/rafo 4nico# # doCPCG# da- o recurso especial. ;esse conte+to# em ra0o da ,urisprudncia desteuperior ribunal# no h" como reconhecer !ue houve ren4ncia t"cita ao privil2/ioem ra0o do re!uerimento de falncia do devedor# pois ela h" !ue ser sempree+pressa. Anote$se !ue a falncia 2 instituto reservado a credores !uiro/raf"rios em

    busca da partilha# em rateio# dos bens do devedor# para a satisfa%o# mesmo !ueredu0ida# de seus cr2ditos. Assim# de acordo com volumosa doutrina# a benefici"riade hipoteca# !ue notadamente no 2 credora !uiro/raf"ria# no pode re!uerer afalncia se no desistir dessa /arantia ou provar# em procedimento pr2vio# !ue o

    bem em !uesto no 2 suficiente 5 satisfa%o do cr2dito. O certo# tamb2m# !uemat2ria de ordem p4blica referente 5 falta de condi%o da a%o# tal !ual a constantedos autos Fimpossibilidade ,ur-dica do pedidoG# pode ser conhecida a !ual!uertempo e /rau de ,urisdi%o Fart. >87# @ # do CPCG. Dessarte# revela$se irretoc"velo ac

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    citados REsp ''7.''($MQ# DJ '=)K)>((># e REsp ''K.(9>$P# DJ '')'()'===.REsp =(.(99$RJ#Rel. Min. idnei Xeneti# ,ul/ado em '8)8)>((=.H

    '. da &ei ''.'(')(* dispNe !ue

    ?Art. > Esta &ei no se aplica a empresa p4blica e sociedade de economia mistaL institui%o financeira p4blica ou privada# cooperativa de cr2dito# cons((*.;o entanto# no !ue tan/e a sociedade de economia mista# Paulo alles de oledo

    entende !ue a no submisso desta 5 &ei ''.'(')>((* si/nificou um verdadeiro retrocesso#por!ue muito embora se,a uma companhia controlada ma,oritariamente pelo Estado# nadaimpede !ue a sua participa%o no capital se,a inferior a cin!uenta por cento# caso em !ue amaioria dos seus acionistas sero particulares# e o capital# em sua maioria# teria ori/emprivada. Al2m disso# o autor sustenta !ue essas sociedades atuam no mercado ao lado das

    Michell ;unes Midle, Maron 25

    http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp%20930044http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp%20930044http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp%20930044
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    empresas privadas# concorrendo com estas# no se ,ustificando o privil2/io concedido asociedade de economia mista em detrimento das demais.

    Mas a principal ,ustificativa do autor Paulo alles de oledo para o retrocesso da&ei ''.'(')(* com rela%o 5 sociedade de economia mista se deu por!ue a &ei '(.()('revo/ou o arti/o >9> da &ei 8.9(9)78. Este dispositivo e+clu-a as sociedades de economia

    mista da falncia. Com a revo/a%o do referido dispositivo pela citada lei# essas sociedadespassaram a se su,eitar 5 falncia. 6corre !ue# com o advento da &ei ''.'(')(*# novamente asociedade de economia mista dei+aram de se submeter a lei de falncias da- o retrocesso.

    J" para Manoel Justino Xe0erra :ilho e Marcos Juruena# no esto su,eitas 5falncia# pois apenas poderiam ser e+tintas por simetria 5 sua constitui%o# ou se,a# atrav2sde autori0a%o contida em lei espec-fica.

    Celso Ant3nio Xandeira de Mello fa0 interpreta%o conforme a constitui%o paraele# se a estatal e+plora atividade econ3mica# de fato# no pode haver este privil2/io 2su,eita a falirL se presta servi%o p4blico# por2m# pode haver o privil2/io# e no sofrer"falncia.

    Adotando a corrente de Marcos Juruena# ve,a o se/uinte ,ul/ado do J)RJ

    ?Processo ((>(7K=$7.>((9.K.'=.(((> F>((8.(('.((>>KG. '] Ementa APE&ACA6. DE. R6XER6 :E&;6 $ Jul/amento (')(K)>((8 $ DECMAEQ;DA CAMARA CVE&.APE&AU6. Re!uerimento de falncia. nstituto Vital Xra0il. ociedade deEconomia Mista. Re/ime ,ur-dico diverso do das sociedades an3nimase+clusivamente privadas. Dissolu%o apenas mediante lei autori0adora# porsimetria 5 sua constitui%o. mpossibilidade ,ur-dica do pedido falimentar. E+tin%odo processo sem ,ul/amento do m2rito. enten%a cu,a confirma%o se impNe.Desprovimento do apelo.H

    >.>. Cooperativas de cr2dito e institui%Nes financeiras privadas ou p4blicas no federais

    6 arti/o ># # da &ei ''.'(')>((* di0 e+pressamente !ue no 2 poss-vel decretarfalncia destas entidades. Contudo# este dispositivo dever" ser interpretado em con,untocom o arti/o '=7 do mesmo diploma# !ue remete 5 aplica%o subsidi"ria da &ei 8.(>9)79

    ?Art. '=7. En!uanto no forem aprovadas as respectivas leis espec-ficas# esta &eiaplica$se subsidiariamente# no !ue couber# aos re/imes previstos noDecreto$&eino 7# de >' de novembro de '=88#na&ei no 8.(>9# de ' de mar%o de '=79#noDecreto$&ei no >.>'# de >* de fevereiro de '=K7# e na&ei no =.*'9# de >( denovembro de '==7.H

    Com esta remisso# podero ser aplicados os arti/os 'L '># ?dHL e >'# ?bH# todos da&ei 8.(>9)79

    ?Art . ' As institui%Nes financeiras privadas e as p4blicas no federais# assimcomo as cooperativas de cr2dito# esto su,eitas# nos termos desta &ei# 5 interven%oou 5 li!uida%o e+tra,udicial# em ambos os casos efetuada e decretada pelo XancoCentral do Xrasil# sem pre,u-0o do disposto nos arti/os '7e 'K do Decreto$lei n>.8>7# de >8 de setembro de '=9(# ou 5 falncia## nos termos da le/isla%ovi/ente.H

    ?Art . '>. g vista do relat

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    F...GdG autori0ar o interventor a re!uerer a falncia da entidade# !uando o seu ativo nofor suficiente para cobrir se!uer metade do valor dos cr2ditos !uiro/raf"rios# ou!uando ,ul/ada inconveniente a li!uida%o e+tra,udicial# ou !uando acomple+idade dos ne/'. A vista do relat

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    6scar Xarreto :ilho anota !ue o conceito de estabelecimento matri0 2 ,ur-dico#prende$se 5 id2ia de centro de dire%o dos ne/

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    concorrentes na falncia# ao lado dos cr2ditos trabalhistas# !ue tm esta nature0a alimentar.Em tese# como a obri/a%o 2 personal-ssima e ocorre mudan%a na fortuna do devedor# nodeveria ser pa/a pela massa falida. Para Paulo de alles oledo# por2m# podem habilitar apresta%o aliment-cia como cr2dito e+traconcursal o !ue no 2 correto# pois s< assumemeste car"ter se assumidos tais cr2ditos posteriormente 5 falncia.

    A multa tribut"ria ho,e 2 perfeitamente e+i/-vel do falido# no permanecendo aveda%o !ue outrora havia est" prevista no arti/o K# V# da lei em tela.As despesas reali0adas individualmente para !ue os credores tomem parte na

    falncia Fvia/ens# contadores# etc.G no podem ser cobradas do falido no estando a!uiinclu-das as custas e honor"rios advocat-cios# por

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    Resposta 5 uesto '

    A competncia para a falncia 2 a do principal estabelecimento do devedor# e 2absolutaL a sede contratual muitas ve0es no corresponde a esta sede le/al# devendo ser

    respeitada a sede real. ;este sentido# ve,a os se/uintes ,ul/ados do J)RJ?>] Ementa $ AQRAV6 DE ;RME;6. DE. C1ERX; 1E&CAC1ART $ Jul/amento (')(9)>((K $ DECMA EWA CAMARA CVE&.AQRAV6 DE ;RME;6. REERME;6 DE :A&S;CA.C6MPES;CA. &6CA& D6 PR;CPA& EAXE&ECME;6. CE;R6DE AVDADE. ARQ6 DA &E ''.'(')>((*. PRECEDE;E. A6AE;A^R6 g DQ;DADE DA JUA# AR. 8('# D6 CPC.C6;:QRAU6. ;os termos do art. # da &ei ''.'(')>((*# competente paraapreciar e ,ul/ar processos de falncia 2 o Ju-0o da Comarca onde est" locali0ado o

    principal estabelecimento# ou se,a# o local onde est" concentrado o centro de suasatividades. 1" de ser observado !ue o ato praticado pelo a/ravante en!uadra$se nodisposto no art. 8('# do CPC. Confi/urada# portanto# a hip.'87=7. AQRAV6 DE;RME;6. :A&S;CA. E;E;UA DE EXRA. C6MPES;CA.AR. DA &E ''.'(')>((*. '. Pelo art. # da &ei ''.'(')>((*# ele/e$se o localdo principal estabelecimento da empresa como foro competente para se in/ressarcom pedido de falncia. >. Principal estabelecimento# apesar da controv2rsiadoutrin"ria e ,urisprudencial e+istente sobre o tema# 2 a!uele em !ue se encontraconcentrado o maior volume de ne/((8 $ EQ;DA CAMARA CVE&.H

    A corrente ma,orit"ria# por2m# 2 de !ue o acordo firmado entre as partes noconfi/ura morat

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    CIA. J=IJ= te!e a sua falncia re/uerida por aBente fiduci0rio dede3enturistas co Barantia real. contestao5 a de!edora aleBa a ileBitiidade ati!ada autora e pede a e-tino do processo se resoluo do rito5 fundaentando seuarBuento no fato de tere as de3ntures Barantia real. Analise a /uesto so3 todos os

    aspectos.Resposta 5 uesto >

    A tese !ue ne/a le/itimidade ao a/ente fiduci"rio dos debenturistas com /arantiareal# com base no arti/o 8K# @ # ?cH# da &ei 8.9(9)78# 2 a !ue prevalece

    ?Art. 8K. 6 a/ente fiduci"rio representa# nos termos desta &ei e da escritura deemisso# a comunho dos debenturistas perante a companhia emissora.F...G@ 6 a/ente fiduci"rio pode usar de !ual!uer a%o para prote/er direitos oudefender interesses dos debenturistas# sendo$lhe especialmente facultado# no caso

    de inadimplemento da companhiaF...GcG re!uerer a falncia da companhia emissora# se no e+istirem /arantias reaisLF...GH

    Destarte# o a/ente fiduci"rio no tem le/itimidade ativa para re!uerer falnciabaseado nas debntures com /arantia real. Al2m disso# os pr

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    Vistos os pressupostos processuais da falncia# se p3de perceber !ue o le/isladoradota uma /uia restritiva para este instituto# tratando de forma diferenciada do re/ramentode outrora a!uele empres"rio ou sociedade empres"ria !ue atin/iu ponto de inviabilidadeecon3mica insuper"vel. e a crise 2 irrevers-vel# a falncia leva invariavelmente 5li!uida%o do patrim3nio do falido# o !ue no era verdade no rito anterior com o instituto

    da concordata suspensi!a# !ue e+istia 5 2poca# o devedor falido poderia reverter suasitua%o de crise atrav2s do uso deste instituto.A partir do arti/o =9 da &ei ''.'(')(*# o le/islador elenca as causas da falncia

    ?Art. =9. er" decretada a falncia do devedor !ue sem relevante ra0o de direito# no pa/a# no vencimento# obri/a%o l-!uidamateriali0ada em t-tulo ou t-tulos e+ecutivos protestados cu,a soma ultrapasse oe!uivalente a 9( F!uarentaG sal"rios$m-nimos na data do pedido de falnciaL e+ecutado por !ual!uer !uantia l-!uida# no pa/a# no deposita e no nomeia 5

    penhora bens suficientes dentro do pra0o le/alL pratica !ual!uer dos se/uintes atos# e+ceto se fi0er parte de plano derecupera%o ,udicialaG procede 5 li!uida%o precipitada de seus ativos ou lan%a mo de meio ruinoso ou

    fraudulento para reali0ar pa/amentosLbG reali0a ou# por atos ine!u-vocos# tenta reali0ar# com o ob,etivo de retardarpa/amentos ou fraudar credores# ne/

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    passivo. 1" uma insolvncia ficta# e no necessariamente real Fpode at2 coincidir com areal# mas no necessariamenteG.

    ;ote$se# portanto# !ue a presun%o estabelecida nestas causas pode ser elidida# e asimples desconstitui%o da presun%o 2 suficiente para evitar a !uebra do devedor. m bome+emplo desta dinBmica 2 !uando um devedor se amolda ao inciso do arti/o supra# ou

    se,a# sem relevante ra0o de direito# no pa/a# no vencimento# obri/a%o l-!uidamateriali0ada em t-tulo ou t-tulos e+ecutivos protestados cu,a soma ultrapasse o e!uivalentea !uarenta sal"rios$m-nimos o !ue /era presun%o de !ue est" insolvente. 6corre !ue oarti/o =K da &ei de Recupera%o de Empresas e :alncias permite !ue o devedor compare%aem ,u-0o e deposite valor suficiente a !uitar tal d2bito# o !ue se denomina de dep4sitoelisi!o. Este dep

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    liberdade para se instruir o ,u-0o sobre a real situa%o de fato do devedor# sendo poss-vel adiscusso de toda a mat2ria de fato !ue envolve o pedido de falncia.

    Che/ando ao final desta fase# e culminando o procedimento em uma senten%a !uedecreta a !uebra do empres"rio# instaura$se a se/unda fase do rito falimentar# a fasee+ecutiva. Por for%a da senten%a de !uebra# instaura$se o concurso de credores# sendo esta

    deciso o marco temporal para a mudan%a no rito do processo falimentar# da fase co/nitivapara a fase de li!uida%o e pa/amento dos credores do falido.;a senten%a de falncia# o estado econ3mico presumido de insolvncia passa a ser

    ,ur-dico# sendo este o /rande efeito desta senten%a 2 com ela !ue se instaura oprocedimento de e+ecu%o coletiva propriamente dito.

    Como se p3de antever# esta senten%a tem clara nature0a constitutiva# apesar de aindahaver !uem defenda$a declarat

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    @ ' ;o ser" decretada a falncia de sociedade an3nima ap

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    pa/a# no deposita e no nomeia 5 penhora bens suficientes dentro do pra0o le/al. Ae+tenso da possibilidade do pedido de recupera%o se pauta# para ele# na falta de pre,u-0onesta providncia# a todos os envolvidos.

    6 inciso V do arti/o =8# supra# di0 !ue 2 causa suficiente para impedir adecreta%o da falncia a prova da cessa%o das atividades da empresa h" ao menos dois

    anos. 6 acolhimento das mat2rias relevantes !ue di0em respeito diretamente ao cr2ditodedu0ido em ,u-0o Fincisos a V do arti/o em !uestoG no impedir" a decreta%o dafalncia se# mesmo assim# restar d2bito superior ao piso de !uarenta sal"rios$m-nimos.

    ;a impontualidade !ualificada# deste arti/o =9# # da &ei ''.'(')(*# al2m desta faltade pa/amento no vencimento# precisa ser acompanhada de al/uns re!uisitos# previstos nopr9K do J

    ?4mula >9K# J Comprovada a presta%o dos servi%os# a duplicata no aceita#mas protestada# 2 t-tulo h"bil para instruir pedido de falncia.H

    Michell ;unes Midle, Maron 36

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    6 4ltimo re!uisito 2 !uantitativo os t-tulos devem# somados# alcan%ar ao menos!uarenta sal"rios$m-nimos. Podem todos os t-tulos pertencer a um s< credor ou a mais deum# !ue# reunidos em litiscons. Contesta%o

    6 arti/o =K da &ei ''.'(')(*# ," transcrito# estipula pra0o de de0 dias para acontesta%o# mas no dita termo a /uopara este pra0o. Doutrina e ,urisprudncia# de formapac-fica# estabelecem !ue este pra0o fluir" desde !uando for ,untado o mandado de cita%o#positivo# aos autos processuais# na forma do arti/o >9' do CPC

    ?Art. >9'. Come%a a correr o pra0o FReda%o dada pela &ei n K.7'(# de>9.=.'==G

    Michell ;unes Midle, Maron 37

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    $ !uando a cita%o ou intima%o for pelo correio# da data de ,untada aos autos doaviso de recebimentoLFReda%o dada pela &ei n K.7'(# de >9.=.'==G $ !uando a cita%o ou intima%o for por oficial de ,usti%a# da data de ,untada aosautos do mandado cumpridoL FReda%o dada pela &ei n K.7'(# de >9.=.'==G $ !uando houver v"rios r2us# da data de ,untada aos autos do 4ltimo aviso derecebimento ou mandado citat

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    &asos &oncretos

    uesto '

    =e/uerida a falncia de sociedade epres0ria e razo da ipontualidade deo3riBao contrada5 citada5 a de!edora5 no prazo de defesa5 depositou a /uantiacorrespondente ao crdito reclaado5 e contestou o pedido so3 a aleBao de /ue o ttulo/ue ense,ou o re/ueriento de /ue3ra5 duplicata de copra e !enda5 era siulado.

    Michell ;unes Midle, Maron 3!

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    PerBunta#se8 face do dep4sito elisi!o5 pode ainda ter luBar a discusso so3re anatureza do ttulo apresentado pelo re/uerente da falncia; =esposta fundaentada.

    Resposta 5 uesto '

    6 dep

    Cia. Casa e Mardi te!e sua falncia re/uerida por inadipleento da o3riBaocontrada. Citada5 contestou o pedido no terceiro dia e pediu recuperao no dcio.=e,eitadas as raz2es da contestao e acol1ida a precluso consuati!a do pedido derecuperao5 decretou#se a sua falncia. Correta a deciso; =esposta fundaentada.

    Resposta 5 uesto >

    6 arti/o =* da &ei ''.'(')(* tem por ratiopermitir !ue se demonstre ao ,ui0# comomat2ria relevante# a distribui%o de pedido de recupera%o. O materialmente imposs-vel !uese,a o pedido de recupera%o dedu0ido ap

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    6 arti/o == da &ei ''.'(')(* trata deste ato. 6s efeitos da deciso de !uebra so toseveros !ue o le/islador tra0# neste dispositivo# diversos elementos# re!uisitos a seremcumpridos pelo ma/istrado !uando assim decidir. Ve,a

    ?Art. ==. A senten%a !ue decretar a falncia do devedor# dentre outrasdetermina%Nes conter" a s-ntese do pedido# a identifica%o do falido e os nomes dos !ue forema esse tempo seus administradoresL fi+ar" o termo le/al da falncia# sem poder retrotra-$lo por mais de =(FnoventaG dias contados do pedido de falncia# do pedido de recupera%o ,udicialou do ' FprimeiroG protesto por falta de pa/amento# e+cluindo$se# para estafinalidade# os protestos !ue tenham sido canceladosL ordenar" ao falido !ue apresente# no pra0o m"+imo de * FcincoG dias# rela%onominal dos credores# indicando endere%o# importBncia# nature0a e classifica%odos respectivos cr2ditos# se esta ," no se encontrar nos autos# sob pena dedesobedinciaLV e+plicitar" o pra0o para as habilita%Nes de cr2dito# observado o disposto no @' do art. 7 desta &eiL

    V ordenar" a suspenso de todas as a%Nes ou e+ecu%Nes contra o falido#ressalvadas as hip desta &eiLW nomear" o administrador ,udicial# !ue desempenhar" suas fun%Nes na formado inciso do caput do art. >> desta &ei sem pre,u-0o do disposto na al-nea a doinciso do caput do art. * desta &eiLW determinar" a e+pedi%o de of-cios aos

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    EMERJ CP V Direito Empresarial V

    deste momento# todos os credores do falido !ue tenham t-tulos h"beis a haver$se na falnciasero chamados a concorrer pelo ativo do devedor.

    A /ama de efeitos pessoais e patrimoniais desta senten%a 2 enorme. eus bens# todoseu ativo# 2 imediatamente /ravado por indisponibilidade# pois a decreta%o de falncianecessariamente levar" 5 li!uida%o deste patrim3nio positivo# a fim de suportar o passivo

    coletivo.uanto 5s d-vidas no vencidas# esta senten%a promove seu vencimento antecipado#permitindo !ue os credores de d-vidas vincendas ao tempo da !uebra possam# desde lo/o#concorrer pelo recebimento de seu cr2dito total. J" !uanto aos contratos bilaterais# estasenten%a no os e+tin/ue de plano# devendo ser estes analisados caso a caso# peloadministrador ,udicial e pelo ma/istrado# por!ue podero# se continuados# produ0ir frutos4teis 5 massa falida# ma+imi0ando os ativos.

    A senten%a de !uebra opera efeitos retroativos# levando os efeitos da falncia a fatosocorridos no chamado tero leBal# na forma do inciso do arti/o supra. Esta retroa%o se,ustifica por!ue as ale/a%Nes autorais procedentes demonstram !ue a presun%o deinsolvncia !ue ense,ou o pedido de falncia era verdadeira# e os atos passados !ue levaram

    a este estado precisam ser alcan%ados !uer nulificando$os# !uer tornando$os inefica0es para !ue o ativo no se,a ainda mais depletado# pre,udicando ainda mais os credores.A senten%a decretaa falncia. 1" !uem di/a !ue se!uer se trata de uma senten%a# e

    sim de uma deciso interlocut

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    6 Minist2rio P4blico# bem como as :a0endas P4blicas# sero intimados da senten%ade !uebra. amb2m ser" publicado edital com a -nte/ra da deciso# a fim de dar a m"+imapublicidade ao fato.

    6 arti/o '(' da &ei ''.'(')(* tra0 responsabilidade ao autor do pedido de falncia!ue a/iu com dolo# m"$f2 neste re!uerimento# !ue se demonstrou indevido. Ve,a

    ?Art. '('. uem por dolo re!uerer a falncia de outrem ser" condenado# nasenten%a !ue ,ul/ar improcedente o pedido# a indeni0ar o devedor# apurando$se as

    perdas e danos em li!uida%o de senten%a.@ ' 1avendo mais de ' FumG autor do pedido de falncia# sero solidariamenterespons"veis a!ueles !ue se condu0iram na forma prevista no caput deste arti/o.@ > Por a%o pr

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    procedncia da /ue3ra. autor ops e3arBos de declarao5 pleiteando a fi-ao dotero leBal da falncia. ,uiz no acol1eu o pedido5 so3 o fundaento de ainda no tereleentos necess0rios para cupriento do ')5 par0Brafo nico5 III do citado diploaleBal. Correta a deciso; =esposta fundaentada.

    Resposta 5 uesto 'A falncia foi re!uerida com base na impontualidade# mas fulcrado em obri/a%o

    vincenda o !ue 2 um contrasenso# e lo/o a- se resolveria a !uesto# e+tin/uindo$se oprocesso sem resolu%o de m2rito por falta de interesse.

    Contudo# admitindo$se !ue se,a um erro material do enunciado# e !ue o pedido foifeito com base em t-tulo vencido# o !ue se discute# a!ui# 2 a possibilidade dos embar/os dedeclara%o para fi+a%o de termo le/al# pois 5 2poca esta fi+a%o era facultativa.

    6s pedidos de falncia postulados 5 2poca da vi/ncia do D& 7.88')9* tem cursose/undo este diploma# e no sob a nova lei. endo assim# se 5 2poca a fi+a%o de termole/al no era obri/atK ) P. RECR6 EPECA&. Relator Ministro 1MXER6Q6ME DE XARR6. ^r/o Jul/ador $ PRMERA RMA. Data doJul/amento (9)'')>((. Data da Publica%o):onte DJ (')()>((9 p. '>*.Ementa:A&S;CA $ AR. >( $ AU6 DE ;DE;TAU6 $ DE;EQAU6 DAEXRA. E;CERRAME;6 D6 PR6CE6 DE J&QAME;6 DEMOR6.

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    $ A obri/a%o de indeni0ar# por abuso no pedido de falncia FD& 7.8'')9*# Art. >(Gs< se manifesta# !uando a senten%a indefere o pedido# por ausncia de seusre!uisitos. A e+tin%o do processo# por v-cio de cita%o ou dep( da &ei de :alncias.H

    V$se# neste ,ul/ado# !ue somente se poder" co/itar de dolo !uando a senten%a da

    falncia for de improcedncia# por!ue 2 s< nestes casos !ue se poder" aferir m"$f2. Asenten%a terminativa# sem incurso no m2rito# no permite avaliar esta conduta do autor eo dep

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    Notas de Aula!

    1. /)eitos da )al*ncia em relao aos credores

    '.'. Prescri%o

    A falncia indu0 5 suspenso do curso da prescri%o# em rela%o 5s obri/a%Nes dofalido# nas !uais 2 devedor. As obri/a%Nes em !ue o falido 2 credor no sofrem !ual!uerperturba%o em rela%o 5 prescri%o.

    A suspenso vem prevista no caputdo arti/o 8 da &ei ''.'(')(*

    ?Art. 8 A decreta%o da falncia ou o deferimento do processamento darecupera%o ,udicial suspende o curso da prescri%o e de todas as a%Nes ee+ecu%Nes em face do devedor# inclusive a!uelas dos credores particulares do s O permitido pleitear# perante o administrador ,udicial# habilita%o# e+cluso oumodifica%o de cr2ditos derivados da rela%o de trabalho# mas as a%Nes de nature0atrabalhista# inclusive as impu/na%Nes a !ue se refere o art. Ko desta &ei# sero

    processadas perante a ,usti%a especiali0ada at2 a apura%o do respectivo cr2dito#!ue ser" inscrito no !uadro$/eral de credores pelo valor determinado em senten%a.@ 6 ,ui0 competente para as a%Nes referidas nos @@ 'o e >o deste arti/o poder"determinar a reserva da importBncia !ue estimar devida na recupera%o ,udicial ouna falncia# e# uma ve0 reconhecido l-!uido o direito# ser" o cr2dito inclu-do naclasse pr

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    ?Art. '*7. 6 pra0o prescricional relativo 5s obri/a%Nes do falido recome%a a correra partir do dia em !ue transitar em ,ul/ado a senten%a do encerramento dafalncia.H

    omando por e+emplo uma imputa%o de responsabilidade civil# !ue prescreve em

    trs anos decretada a falncia do devedor ap. uspenso das a%Nes e e+ecu%Nes

    A re/ra 2 !ue todas as a%Nes e e+ecu%Nes !ue corre em face do falido se,amsuspensas desde a decreta%o da falncia# como indica o caput do arti/o 8 da &ei''.'(')(*# supra. 1" e+ce%Nes# por2m.

    As a2es /ue deande /uantia il/uida# a,ui0adas anteriormente 5 senten%a de!uebra# continuaro seu curso no ,u-0o de ori/em. sto por!ue se!uer se tem a certe0a de!ue o credor 2 realmente credor# e tampouco por !ue valor Fuma a%o por danos morais# pore+emploG. Este pretenso credor dever"# no ,u-0o de ori/em em !ue corre a a%o# re!uerer areserva de !uinho no processo falimentar# a fim de res/uardar seu potencial cr2dito em

    eventuais rateios !ue venham a ser promovidos.O claro !ue# proposta a a%o posteriormente 5 senten%a de !uebra# ela dever" ter

    curso no ,u-0o falimentar# !ue 2 indivis-vel# mesmo sendo por !uantia il-!uida.As reclaa2es tra3al1istas tamb2m no so atin/idas pela senten%a de !uebra#

    !uer tenham sido propostas antes ou depois da !uebra. ;o sero suspensas# e seu cursocontinuar" no ,u-0o laboral at2 findar$se# i/ualmente podendo o trabalhador credor re!uererreserva de !uinho ao ,u-0o falimentar. A e-ecuo tra3al1ista# no entanto# no poder" ser

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    procedida estando certificado o cr2dito trabalhista na senten%a# este dever" ser habilitadono processo falimentar# a fim de inte/rar o !uadro /eral de credores.

    As e-ecu2es fiscais tamb2m no sero suspensas# na forma do @ 7 deste arti/o 8#supra. &eonardo Mar!ues# minoritariamente# entende !ue devem ser suspensas# na forma dare/ra /eral# por!ue este @ 7 se refere unicamente 5 recupera%o de empresas no sendo a

    posi%o do J# como ," se p3de ver na transcri%o de trecho do informativo 9'8 destaCorte. Para a maioria# ento# o ,u-0o fa0end"rio leva a cabo a e+ecu%o# e inclusive os atose+propriat

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    pertencem# estando apenas na posse indevida do falido# como indica a s4mula 9'7 do :.Ve,a

    ?Art. K*. 6 propriet"rio de bem arrecadado no processo de falncia ou !ue seencontre em poder do devedor na data da decreta%o da falncia poder" pedir suarestitui%o.

    Par"/rafo 4nico. amb2m pode ser pedida a restitui%o de coisa vendida a cr2dito eentre/ue ao devedor nos '* F!uin0eG dias anteriores ao re!uerimento de suafalncia# se ainda no alienada.H

    ?4mula 9'7# : Pode ser ob,eto de restitui%o# na falncia# dinheiro em poderdo falido# recebido em nome de outrem# ou do !ual# por lei ou contrato# no tivesseele a disponibilidade.H

    Acerca da e+ecu%o dos demais s

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    ou culpa. FRevo/ado pela Medida Provis((KG FRevo/ado pela &ein ''.=9'# de >((=G.H

    A respeito# ve,a o REsp. 7'7.7'7

    ?REsp 7'77'7 ) P. RECR6 EPECA&. Relator Ministro J6O DE&QAD6.

    ^r/o Jul/ador $ PRMERA EU6. Data do Jul/amento >K)(=)>((*. Data daPublica%o):onte DJ (K)(*)>((8 p. '7>.Ementa RXR6 E PR6CEA& CV&. EWECU6 :CA&.DOX6 PARA C6M A EQRDADE 6CA&. REDREC6;AME;6.REP6;AX&DADE D6 ^C6 6CEDADE P6R 6A DEREP6;AX&DADE &DAG. 6&DAREDADE. PREV6 PE&A &EK.8>()=# AR. '. ;ECEDADE DE &E C6MP&EME;AR C:# AR. '98## XG. ;ERPREAU\E EMCA E E&E6&^QCA. C;# AR.'>9# # E '*# . C^DQ6 CV AR. '.('8 E '.(*>. V6&AU6 A6 AR.**. ;6C6RRS;CA.'. ratam os autos de a/ravo de instrumento movimentado pelo ; em face dedeciso proferida pelo ,u-0o monocr"tico !ue indeferiu pedido de redirecionamentode e+ecu%o fiscal a,ui0ada contra empresa Assistncia niversal Xom Pastor. 6

    R:)] Re/io# sob a 2/ide do art. '*# # do C;# ne/ou provimento ao a/ravo5 lu0 do entendimento se/undo o !ual o inadimplemento do tributo no constituiinfra%o 5 lei# capa0 de ense,ar a responsabilidade solid"ria dos s9# # do C;# 2 denominada de direito. Ela s# par"/rafo 4nico#

    ?Art. >. Ao ,u-0o da falncia devem concorrer todos os credores do devedorcomum# comerciais ou civis# ale/ando e provando os seus direitos.Par"/rafo 4nico. ;o podem ser reclamados na falncia $ as obri/a%Nes a t-tulo /ratuito e as presta%Nes aliment-ciasLF...GH

    Para a melhor doutrina# estas obri/a%Nes alimentares so e+i/-veis no mesmopatamar das obri/a%Nes trabalhistas# ante a sua nature0a similar. Para :abio lhoa# por2m#estas obri/a%Nes alimentares so alheadas da falncia# e+i/-veis diretamente do falido.Ricardo ;e/ro defende !ue as obri/a%Nes alimentares s< podem ser e+i/idas doempres"rio individual falido# e no da sociedade empresarial falida. Paulo oledo# por fim#defende !ue a obri/a%o alimentar tem nature0a e+traconcursal.

    '.*. uspenso do direito de reten%o

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    6utro efeito da decreta%o de falncia 2 a suspenso do direito de reten%o !ueassistia a al/um dos credores. Ve,a o arti/o ''8# # da &ei ''.'(')(*

    ?Art. ''8. A decreta%o da falncia suspende o e+erc-cio do direito de reten%o sobre os bens su,eitos 5 arrecada%o# os !uaisdevero ser entre/ues ao administrador ,udicialLF...GH

    As empresas de araz Beralteriam direito de reten%o# na forma do arti/o '9 doDecreto '.'(>)'=(

    ?Art. '9 $ As empresas de arma02ns /erais tm o direito de reten%o para /arantiado pa/amento das arma0ena/ens e despesas com a conserva%o e com asopera%Nes# benef-cios e servi%os prestados 5s mercadorias# a pedido do donoL dosadiantamentos feitos com fretes e se/uro# e das comissNes e ,uros# !uando asmercadorias lhes tenham sido remetidas em consi/na%o. FC)'=(I

    Entende$se !ue prevalece a lei de falncias# por!ue tratou e+pressamente do temaem momento posterior# e por isso a reten%o no pode ser oposta 5 massa falida. A !uestoainda 2 controvertida# por2m.

    &asos &oncretos

    uesto '

    ,uiz da falncia5 a pedido do adinistrador ,udicial5 intiou o ?r. Pel4pidasPontual a entreBar 6 assa falida os !alores retidos e seu poder por conta de

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    inadipleento no paBaento de coiss2es de!idas pelo falido#coitente. falido5sociedade epres0ria5 antin1a contrato de coisso co o ?r. Pel4pidas por !0riosanos5 cessando tal contrato e razo da anifestao neBati!a do adinistrador ,udicial.Procurando sua ad!oBada5 o coiss0rio rece3e a inforao de /ue no de!e acatar aintiao por estar aparado pelo art. %+T5 do C4diBo Ci!il. PerBunta#se8 correta a

    consulta dada; Por /u; Fundaente e indi/ue coo ser0 classificado o crdito nafalncia.

    Resposta 5 uesto '

    Deciso ,udicial se cumpre# pelo !ue a orienta%o 2 absurda# s< por isso. Ademais# odireito de reten%o /arantido pelo arti/o 7(K do CC# mesmo !ue e+ista# de fato# no seaplica 5 falncia# pois o arti/o ''8# # da &ei ''.'(')(* determina a suspenso de tal direito.Ve,a os dispositivos

    ?Art. 7(K. Para reembolso das despesas feitas# bem como para recebimento dascomissNes devidas# tem o comiss"rio direito de reten%o sobre os bens e valores em

    seu poder em virtude da comisso.H

    ?Art. ''8. A decreta%o da falncia suspende o e+erc-cio do direito de reten%o sobre os bens su,eitos 5 arrecada%o# os !uaisdevero ser entre/ues ao administrador ,udicialLF...GH

    6 direito de reten%o 2 inefica0 contra a massa falida. 6 credor deve entre/ar o bem5 massa falida# e habilitar seu cr2dito# normalmente.

    1" uma peculiaridade apenas no !ue se refere a !ue classe estes cr2ditos serointe/rados# se na classe dos cr2ditos com privil2/io /eral# na forma do arti/o 7(7 do CC# oucom privil2/io especial# na forma do arti/o K# V# ?cH# da &ei ''.'(')(*

    ?Art. 7(7. 6 cr2dito do comiss"rio# relativo a comissNes e despesas feitas# /o0a deprivil2/io /eral# no caso de falncia ou insolvncia do comitente.H

    ?Art. K. A classifica%o dos cr2ditos na falncia obedece 5 se/uinte ordemF...GV cr2ditos com privil2/io especial# a saberF...GcG a!ueles a cu,os titulares a lei confira o direito de reten%o sobre a coisa dada em/arantiaLF...GH

    A lei re/ente deste cr2dito 2 o CC# !ue 2 especial em rela%o 5 &ei ''.'(')(*. Porisso# aplica$se o arti/o 7(7 do CC# pela especialidade.

    uesto >

    YY proo!e5 e Vara C!el da Coarca da Capital do =io de Maneiro5 ao dee-ecuo e face de YY5 sacado de letra de cZ3io5 YFY e YGY5 seus a!alistas. No cursoda e-ecuo e antes /ue se efetue /ual/uer pen1ora5 inforado ao ,uzo c!el por YGY adecretao das falncias dos dois prieiros e-ecutados E e F9 no stado de ?o Paulo.

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    Na esa petio YGY puBna pela suspenso do feito5 e !ista das falncias decretadase outro stado da Federao. [ procedente o pedido de YGY; Fundaente e d o aparoleBal.

    Resposta 5 uesto >

    De in-cio# 2 preciso tra%ar uma premissa b"sica para a resposta 5 !uesto o termosacado deve ser lido tecnicamente# ou se,a# 2 a!uele !ue no aceitou ainda a ordem depa/amento !ue lhe apontou como devedor# ou se,a# o sacado no tem obri/a%o cambi"ria.

    endo assim# o sacado no 2 devedor# e contra ele no pode correr a%o dee+ecu%o. uanto aos demais# avalistas do sacado# sur/e uma controv2rsia se o sacado no2 devedor# seus avalistas podem continuar a s$loI rata$se# a hip

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    cota$parte na falncia de ?:H devendo comunicar 5 outra massa !uando receber em umadelas.

    ;ote !ue# !ual!uer !ue se,a o enfo!ue# a e+ecu%o de ?QH no se suspende ,amais.6 m"+imo !ue poder" acontecer 2# se se considerar o uso do termo ?sacadoH tecnicamente#e se adotar a primeira corrente sobre o aval antecipado !ue reputa !ue no respondem os

    avalistas se o sacado no aceita a posi%o de devedor # a e+ecu%o de ?QH 2 indevida# e#mesmo assim# a solu%o no 2 a suspenso pretendida# e sim a e+tin%o.Ve,a o se/uinte ,ul/ado do J)RJ

    ?Processo ((>8KK$9.>((7.K.'=.(((( F>((7.((>.'9*=*G. '] Ementa $ AQRAV6DE ;RME;6. DE. :ER;A;D6 :6C1 &EM6 $ Jul/amento'*)(>)>((K $ DECMA ;6;A CAMARA CVE&.PR6CEA& CV&. EWCEU6 DE PRO$EWECVDADE. A%o dee+ecu%o de t-tulo e+tra,udicial proposta contra sociedade empres"ria devedora#!ue tem sua falncia decretada no curso da a%o# e contra os fiadores# s

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    insolvncia. 1o,e# o ,ui0 2 !uem determina se haver" ou no a continuidade provis

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    1. /)eitos da sentena de )al*ncia em relao aos contratos do )alido

    '.'. Contratos bilaterais

    6s contratos bilaterais do falido no se resolvem automaticamente pela decreta%oda falncia. Esta 2 a re/ra do arti/o ''7 da &ei ''.'(')(*

    ?Art. ''7. 6s contratos bilaterais no se resolvem pela falncia e podem sercumpridos pelo administrador ,udicial se o cumprimento redu0ir ou evitar oaumento do passivo da massa falida ou for necess"rio 5 manuten%o e preserva%ode seus ativos# mediante autori0a%o do Comit.@ ' 6 contratante pode interpelar o administrador ,udicial# no pra0o de at2 =(FnoventaG dias# contado da assinatura do termo de sua nomea%o# para !ue# dentrode '( Fde0G dias# declare se cumpre ou no o contrato.@ > A declara%o ne/ativa ou o silncio do administrador ,udicial confere aocontraente o direito 5 indeni0a%o# cu,o valor# apurado em processo ordin"rio#constituir" cr2dito !uiro/raf"rio.H

    6 administrador ,udicial 2 !uem decidir" se o cumprimento do contrato ser"pre,udicial 5 massa falida# caso em !ue o contrato ser" resolvido e o credor ser" indeni0ado.A indeni0a%o ser" firmada em processo ordin"rio# e o cr2dito resultante ser" classificadocomo !uiro/raf"rio.

    Este dispositivo deve ser lido 5 lu0 do princ-pio da ma+imi0a%o dos ativos#constantes do arti/o 7* desta lei em comento

    ?Art. 7*. A falncia# ao promover o afastamento do devedor de suas atividades#visa a preservar e otimi0ar a utili0a%o produtiva dos bens# ativos e recursos

    produtivos# inclusive os intan/-veis# da empresa.Par"/rafo 4nico. 6 processo de falncia atender" aos princ-pios da celeridade e da

    economia processual.H

    6 arti/o 9 do Decreto$&ei 7.88')9* ," dispunha neste sentido# como se v norevo/ado arti/o 9

    ?Art 9. 6s contratos bilaterais no se resolvem pela falncia e podem sere+ecutados pelo s-ndico# se achar de convenincia para a massa.Par"/rafo 4nico. 6 contraente pode interpelar o s-ndico# para !ue# dentro de cincodias# declare se cumpre ou no o contrato. A declara%o ne/ativa ou o silncio dos-ndico# findo sse pra0o# d" ao contraente o direito 5 indeni0a%o# cu,o valor#apurado em processo ordin"rio# constituir" cr2dito !uiro/raf"rio.H

    6corre !ue e+iste# em praticamente todos os contratos bilaterais do falido# chamadacl0usula resolut4ria e-pressadeterminando !ue# na falncia de !ual!uer dos contratantes# ocontrato se resolver" de pleno direito. Esta cl"usula deve ser observada# em sua literalidade#ou prevalece o direito do administrador ,udicial em dar prosse/uimento ao contratoI

    g 2poca do D& 7.88')9*# a doutrina entendia !ue a cl"usula resolut

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    contr"rio# ou se,a# fa0endo prevalecer o interesse da massa# prosse/uindo no contrato#mesmo havendo cl"usula resolut

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    De outro lado# ma,oritariamente# Manoel Justino Xe0erra :ilho# Jor/e &obo eRicardo epedino entendem !ue dever" prevalecer o interesse p4blico presente no processofalimentar ou no de recupera%o de empresas# ," !ue seria invi"vel otimi0ar os ativos dafalida ou recuperar a empresa# caso prevalecesse a referida cl"usula.

    Podem ser sustentados tamb2m os se/uintes ar/umentos# refor%ando$se esta

    corrente ma,orit"ria o princ-pio da ma+imi0a%o dos ativos do falido# do arti/o 7* da &ei''.'(')(*L o princ-pio da fun%o social da recupera%o ,udicial# do arti/o 97 da mesma leiLa fun%o social do contrato# do arti/o 9>' do CCL e a fun%o social da empresa# do arti/o'7(# # da CR:X.

    '.>. Contratos unilaterais

    A re/ra /eral para estes contratos# no sistema anterior# !uando o falido fosse odevedor destes contratos# era !ue ocorreria o vencimento antecipado da d-vida.

    1o,e# 2 preciso ter cautela ao ler o arti/o 77 da ;ova &ei de :alncias# pois oreferido dispositivo dever" ser analisado em con,unto com o arti/o ''K deste diploma

    ?Art. 77. A decreta%o da falncia determina o vencimento antecipado das d-vidasdo devedor e dos s

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    ?Art. ''=. ;as rela%Nes contratuais a se/uir mencionadas prevalecero as se/uintesre/ras o vendedor no pode obstar a entre/a das coisas e+pedidas ao devedor e aindaem trBnsito# se o comprador# antes do re!uerimento da falncia# as tiver revendido#sem fraude# 5 vista das faturas e conhecimentos de transporte# entre/ues ou

    remetidos pelo vendedorL se o devedor vendeu coisas compostas e o administrador ,udicial resolver nocontinuar a e+ecu%o do contrato# poder" o comprador p3r 5 disposi%o da massafalida as coisas ," recebidas# pedindo perdas e danosL no tendo o devedor entre/ue coisa m

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    o comprador p3r 5 disposi%o da massa falida as coisas ," recebidas# pedindo perdas edanos# ," !ue ?no lhe so 4teis sem a complementa%o das outras pe%asH.

    ;o contrato de !enda a presta2es# a solu%o apresentada pelo inciso do arti/osupra 2 !ue se o devedor efetuou venda a presta%Nes de coisa m

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    respectiva# permanecendo seus bens# direitos e obri/a%Nes separados dos do falido at2 oadvento do respectivo termo ou at2 o cumprimento de sua finalidade# ocasio em !ue oadministrador ,udicial arrecadar" o saldo a favor da massa falida ou inscrever" na classepr

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    '.

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    Para 2r/io Campinho# a omisso no tocante aos demais s

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    sclarea /ual o trataento ,urdico a ser dado pelo adinistrador ,udicial acontratos de tuo e /ue o falido de!edor e na/uele e /ue ele credor. =espostafundaentada.

    Resposta 5 uesto '

    e o falido 2 credor FmutuanteG# caber" ao administrador ,udicial a cobran%a dad-vida do mutu"rio e dar a respectiva !uita%o Farti/o >># # ?lH# da &ei ''.'(')(*G. 6contrato no se e+tin/uir" com a decreta%o da falncia# nem a d-vida do mutu"rio ter" seuvencimento antecipado.

    e o falido 2 o devedor Fmutu"rioG# ser" preciso verificar se o m4tuo 2 ou no/ratuito. sso por!ue as obri/a%Nes a t-tulo /ratuito do devedor no so e+i/-veis nafalncia# com base no arti/o *# # da &ei ''.'(')(*. e o m4tuo 2 de fins econ3micos# doarti/o *=' do CC# o administrador ,udicial# mediante autori0a%o do Comit de CredoresFse houverG# poder" reali0ar o pa/amento da presta%o# observados os re!uisitos do arti/o''K da &ei de Recupera%o Judicial e :alncia.

    uesto >

    "ecretada a falncia da CIA. >=A=5 o adinistrador arrecadou todos os 3ensda falida5 inclusi!e 3e o3,eto de contrato de alienao fiduci0ria e Barantia. credorfiduci0rio a,uizou pedido de restituio para rea!er o 3e de sua titularidade5 1a!endo5contudo5 oposio do adinistrador ,udicial por optar pelo cupriento do contrato5 erazo do interesse da assa falida5 al do /ue5 ,0 1ou!era o adipleento de setenta porcento do !alor contratado. ,uiz indeferiu pedido de restituio. Correta a deciso;=esposta fundaentada.

    Resposta 5 uesto >

    6 administrador ,udicial deve# primeiro# manifestar !ue no !uer dar continuidadeao contrato# pois se !uiser este ter" prosse/uimento a cl"usula resolut

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    ?Art. K*. 6 propriet"rio de bem arrecadado no processo de falncia ou !ue seencontre em poder do devedor na data da decreta%o da falncia poder" pedir suarestitui%o.Par"/rafo 4nico. amb2m pode ser pedida a restitui%o de coisa vendida a cr2dito eentre/ue ao devedor nos '* F!uin0eG dias anteriores ao re!uerimento de suafalncia# se ainda no alienada.H

    e/uindo$se este entendimento# de !ue a posse ense,a restitui%o# se no se locali0aro bem# ainda ser" cab-vel o pedido de restitui%o# mas a/ora em dinheiro# na forma doarti/o K8# # da mesma lei

    ?Art. K8. Proceder$se$" 5 restitui%o em dinheiro se a coisa no mais e+istir ao tempo do pedido de restitui%o# hipK# de um total de 8 parcelas.

    ;o confi/ura%o da e+cepcionalidade re!uerida para a aplica%o da referidateoria. A teoria do adimplemento substancial deve ser aplicada com e+trema

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    parcim3nia# eis !ue seu empre/o /enerali0ado pode causar dese!uil-brio nosistema financeiro# com refle+os nos custos dos financiamentos e conse!uenteencarecimento do cr2dito# /erando efeitos ne/ativos a toda a cadeia produtiva e deconsumo. Em assim sendo# somente em casos e+cepcionais est" o ,ui0 autori0ado aafastar a norma le/al !ue prev !ue a liminar de busca e apreenso dever" serdeferidaL na esp2cie# todavia# no se vislumbra essa e+cepcionalidade. Recurso

    provido Provimento de plano Fart. **7# @ '$A# do C

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    aG Como a sociedade X 2 o s

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    Notas de Aula11

    1. Ine)ic0cia dos atos praticados pelo de(edor antes da decretao de )al*ncia

    Ao se apro+imar de um estado de insolvncia# os empres"rios /eralmente praticam

    atos de dilapida%o patrimonial. 6 sistema preventivo desta dilapida%o# !ue ," vem desde a2poca em !ue vi/ia o D& 7.88')9*# 2 dual h" a inefic0cia o3,eti!ados atos e a inefic0ciasu3,eti!a.

    6 sistema da inefic"cia ob,etiva no per!uire se os envolvidos no ato estavam deboa ou m"$f2# e tampouco e+i/e !ue a!uele ato tenha causado efetivo pre,u-0o. A leisimplesmente arrola determinados atos !ue# se praticados pelo falido antes da decreta%o desua !uebra# so inefica0es# e- leBe.

    6 sistema da inefic"cia sub,etiva# por sua ve0# depende da comprova%o da m"$f2de todos os envolvidos no ato de dilapida%o# e da comprova%o do efetivo pre,ui0o 5massa falida.

    Ambos estes sistemas ob,etivam recompor o patrim3nio do falido# de forma !ue

    este possa arcar com o maior n4mero poss-vel de cr2ditos habilitados.odo este sistema dual no afasta a!uilo !ue o direito civil or/ani0a sobre o tema.sto si/nifica !ue# havendo um dos v-cios de invalidade# inefic"cia ou ine+istncia dos atos,ur-dicos identificados na seara /eral do direito civil# 2 claro !ue podem ser dedu0idos namat2ria falimentar.

    ma ve0 decretada a falncia# se o falido praticar al/um ato relativo a seus bens# aconse!uncia 2 a nulidade. ;o D& 7.88')9*# estava e+pressamente cominada a nulidadepara tais atos# como se v no arti/o 9(# @ '# deste arti/o

    ?Art. 9(. Desde o momento da abertura da falncia# ou da decreta%o do se!Zestro#o devedor perde o direito de administrar os seus bens e dles disp3r.' ;o pode o devedor# desde a!ule momento# praticar !ual!uer ato !ue se refira

    direta ou indiretamente# aos bens# intersses# direitos e obri/a%Nes compreendidosna falncia# sob pena de nulidade# !ue o ,ui0 pronunciar" de of-cio#independentemente de prova de pre,u-0o.> e# entretanto# antes da publica%o da senten%a declarat('(.

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    ?Art. '>=. o inefica0es em rela%o 5 massa falida# tenha ou no o contratanteconhecimento do estado de crise econ3mico$financeira do devedor# se,a ou nointen%o deste fraudar credores o pa/amento de d-vidas no vencidas reali0ado pelo devedor dentro do termole/al# por !ual!uer meio e+tintivo do direito de cr2dito# ainda !ue pelo desconto do

    pr FdoisG anos antes da decreta%o dafalnciaLV a ren4ncia 5 heran%a ou a le/ado# at2 > FdoisG anos antes da decreta%o dafalnciaLV a venda ou transferncia de estabelecimento feita sem o consentimentoe+presso ou o pa/amento de todos os credores# a esse tempo e+istentes# no tendorestado ao devedor bens suficientes para solver o seu passivo# salvo se# no pra0o de( FtrintaG dias# no houver oposi%o dos credores# ap

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    Mesmo sendo declar"vel incidentalmente# nada impede !ue o pre,udicado a,u-0ea%o revocat.

    ;o inciso deste arti/o supra# di0 o le/islador ser inefica0 o pa/amento de d-vidasvencidas e e+i/-veis reali0ado dentro do termo le/al# por !ual!uer forma !ue no se,a aprevista pelo contrato. m bom e+emplo 2 o de uma d-vida pa/a pelo devedor por meio deda%o em pa/amento no 2 admiss-vel o pa/amento feito de forma diversa da!uela !ue o

    contrato impunha ori/inalmente# sendo este um ato ob,etivamente inefica0. A rec-procaseria tamb2m inefica0 se a obri/a%o contratual era de dar a certa# o pa/amento emdinheiro 2 tamb2m inefica0.

    6 inciso deste arti/o di0 ser inefica0 a constitui%o de direito real de /arantia#inclusive a reten%o# dentro do termo le/al# tratando$se de d-vida contra-da anteriormenteLse os bens dados em hipoteca forem ob,eto de outras posteriores# a massa falida receber" aparte !ue devia caber ao credor da hipoteca revo/ada. A constitui%o de /ravame# no termole/al# sem !ual!uer ,ustificativa plaus-vel F!uando o cr2dito !ue ," e+istia# por e+emploG#no pode ser mantida 2 inefica0# por!ue claramente visa a burlar a classifica%o doscr2ditos. endo inefica0# o cr2dito ser" classificado como ori/inalmente o seria# i/norada a/arantia claramente fraudulenta.

    Estes incisos a do arti/o '>=# supra# se referem ao termo le/al como per-odo decausa destas inefic"cias. Reve,a o dispositivo !ue tra%a o termo le/al# o arti/o ==# # da &ei''.'(')(*

    ?Art. ==. A senten%a !ue decretar a falncia do devedor# dentre outrasdetermina%NesF...G fi+ar" o termo le/al da falncia# sem poder retrotra-$lo por mais de =(FnoventaG dias contados do pedido de falncia# do pedido de recupera%o ,udicialou do ' FprimeiroG protesto por falta de pa/amento# e+cluindo$se# para estafinalidade# os protestos !ue tenham sido canceladosLF...GH

    A pr"tica de atos a t-tulo /ratuito# ou a ren4ncia a heran%a ou le/ado '# desde doisanos antes da decreta%o da falncia# so atos ob,etivamente inefica0es# se/undo os incisosV e V do arti/o '>= da &ei ''.'(')(*# respectivamente. Esta inefic"cia vi/e para os atos de

    '>1" !uem defenda !ue o pa/amento antecipado# mas em dia muito pr= 2 normalmente aplic"vel a empres"rios individuais# eis !uesociedades raramente so herdeiras de !ual!uer coisa.

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    dois anos antes da senten%a# !ue so o !ue se denomina de perodo suspeito# no seconfundindo com o termo le/al. 1avendo esta inefic"cia# os bens e+clu-dos por contadestes atos retornaro ao patrim3nio do falido# a/ora 5 massa falida.

    6 inciso V deste arti/o '>= em tela di0 !ue 2 inefica0 a venda ou transferncia deestabelecimento feita sem o consentimento e+presso ou o pa/amento de todos os credores#

    a esse tempo e+istentes# no tendo restado ao devedor bens suficientes para solver o seupassivo# salvo se# no pra0o de trinta dias# no houver oposi%o dos credores# ap

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    6 arti/o >'* da &ei 8.('*)7 se refere a este caso# cominando nulidade. Por2m# estedispositivo no tem vida pr'* $ o nulos os re/istros efetuados ap'8 com nova reda%o pela &ei n 8.>'8# de'=7*G.H

    '.'.'. Atos tornados eficazes e funo do plano de recuperao

    6 arti/o '' da &ei ''.'(')(* determina !ue se o plano de recupera%o ,udicialcontemplar a reali0a%o de al/uns determinados atos !ue seriam considerados#ordinariamente# como ob,etivamente inefica0es# no o sero. Ve,a

    ?Art. ''. ;enhum dos atos referidos nos incisos a e V do art. '>= desta &ei!ue tenham sido previstos e reali0ados na forma definida no plano de recupera%o

    ,udicial ser" declarado inefica0 ou revo/ado.H

    Esta e+ce%o 2 muito l

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    6 arti/o '> da &ei de :alncias tra0 pra0o decadencialpara o direito de revo/ar oato sub,etivamente inefica0

    ?Art. '>. A a%o revocat= da mesma lei no comina pra0o para a a%o revocat

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    le/itimidade ao falido. A doutrina unBnime re,eita esta possibilidade# mas o J tem estadeciso paradi/m"tica.

    Discusso !ue envolve o falido 2 se este ser" ou no posto no p

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    @ > O /arantido ao terceiro de boa$f2# a !ual!uer tempo# propor a%o por perdas edanos contra o devedor ou seus /arantes.H

    6 @ '# supra# /era uma blinda/em ao mercado de securiti0a%o de cr2ditos#tornando$o fact-vel# pois se fossem alcan%ados pela inefic"cia os t-tulos seriamdesinteressantes.

    6 @ > /arante ao terceiro pre,udicado# !uando de boa$f2# a a%o para reaver seupre,ui0o contra o devedor# falido. uponha$se !ue# ,ul/ada procedente a revocat

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    do capital social. Carlos5 e contestao5 aleBou /ue o art. ':K da Lei de Falncias ta-ati!o5 razo pela /ual o pedido de!e ser ,ulBado iprocedente. Analise a /uesto so3todos os aspectos.

    Resposta 5 uesto '

    Ve,a o arti/o 9* da &ei 8.9(9)78# especialmente seu @ K

    ?Art. 9*. 6 reembolso 2 a opera%o pela !ual# nos casos previstos em lei# acompanhia pa/a aos acionistas dissidentes de delibera%o da assembl2ia$/eral ovalor de suas a%Nes.@ ' 6 estatuto pode estabelecer normas para a determina%o do valor dereembolso# !ue# entretanto# somente poder" ser inferior ao valor de patrim3niol-!uido constante do 4ltimo balan%o aprovado pela assembl2ia$/eral# observado odisposto no @ ># se estipulado com base no valor econ3mico da companhia# a serapurado em avalia%o F@@ e 9G. FReda%o dada pela &ei n =.9*7# de '==7G@ > e a delibera%o da assembl2ia$/eral ocorrer mais de 8( FsessentaG dias depoisda data do 4ltimo balan%o aprovado# ser" facultado ao acionista dissidente pedir#

    ,untamente com o reembolso# levantamento de balan%o especial em data !ueatenda 5!uele pra0o.;esse caso# a companhia pa/ar" imediatamente K( Foitenta por centoG do valorde reembolso calculado com base no 4ltimo balan%o e# levantado o balan%oespecial# pa/ar" o saldo no pra0o de '>( Fcento e vinteG# dias a contar da data dadelibera%o da assembl2ia$/eral.@ e o estatuto determinar a avalia%o da a%o para efeito de reembolso# o valorser" o determinado por trs peritos ou empresa especiali0ada# mediante laudo !uesatisfa%a os re!uisitos do @ ' do art. K e com a responsabilidade prevista no @ 8do mesmo arti/o.FReda%o dada pela &ei n =.9*7# de '==7G@ 9 6s peritos ou empresa especiali0ada sero indicados em lista s+tupla outr-plice# respectivamente# pelo Conselho de Administra%o ou# se no houver# peladiretoria# e escolhidos pela Assembl2ia$/eral em delibera%o tomada por maioriaabsoluta de votos# no se computando os votos em branco# cabendo a cada a%o#independentemente de sua esp2cie ou classe# o direito a um voto. FReda%o dada

    pela &ei n =.9*7# de '==7G@ * 6 valor de reembolso poder" ser pa/o 5 conta de lucros ou reservas# e+ceto ale/al# e nesse caso as a%Nes reembolsadas ficaro em tesouraria. FReda%o dada

    pela &ei n =.9*7# de '==7G@ 8 e# no pra0o de cento e vinte dias# a contar da publica%o da ata da assembl2ia#no forem substitu-dos os acionistas cu,as a%Nes tenham sido reembolsadas 5 contado capital social# este considerar$se$" redu0ido no montante correspondente#cumprindo aos

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    !ue remanescer dessa parte do passivo. A restitui%o ser" havida# na mesmapropor%o# de todos os acionistas cu,as a%Nes tenham sido reembolsadas. Fnclu-dopela &ei n =.9*7# de '==7G.H

    6 !ue este dispositivo fa0 2 adicionar mais uma hip=# par"/rafo 4nico# da &ei ''.'(')(*.6 terceiro pode defender seu bem atrav2s de instrumentos como o a/ravo de instrumento eos embar/os de terceiro.

    uesto

    YAY re/uereu a falncia de Y>Y. No prazo para defesa5 este re/uereu e efetuou o

    dep4sito elisi!o5 /ue foi le!antado pelo re/uerente5 ap4s o ,uiz ter !erificado aiprocedncia das aleBa2es da re/uerida. Posteriorente5 outro credor re/uereu afalncia de Y>Y5 !indo ela a ser decretada. No prazo do art. '

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    Tema III

    "? FIJ? M=W"IC? "A ?NJNXA " FALNCIA. relao 6 pessoa do falido e dos s4cios."ireitos do falido. "e!eres do falido. Priso do falido. feitos e relao aos 3ens do falido. Arrecadaodos 3ens e docuentos do falido. Auto de arrecadao. >ens de terceiros.

    Notas de Aula14

    1. /)eitos ur,dicos da sentena de )al*ncia em relao pessoa do )alido

    '9Aula ministrada pelo professor &eonardo Ara4,o Mar!ues# em '8)>('(.

    Michell ;unes Midle, Maron "

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    6 principal efeito !uanto ao e+erc-cio da atividade empresarial 2 sua veda%o ofalido no pode mais e+ercer a atividade de empresa# se,a ele empres"rio individual# se,asociedade empres"ria. Ve,a o arti/o '(> da &ei ''.'(')(*

    ?Art. '(>. 6 falido fica inabilitado para e+ercer !ual!uer atividade empresarial apartir da decreta%o da falncia e at2 a senten%a !ue e+tin/ue suas obri/a%Nes#respeitado o disposto no @ ' do art. 'K' desta &ei.Par"/rafo 4nico. :indo o per-odo de inabilita%o# o falido poder" re!uerer ao ,ui0da falncia !ue proceda 5 respectiva anota%o em seu re/istro.H

    Esta proibi%o no atin/e os s

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    V entre/ar# sem demora# todos os bens# livros# pap2is e documentos aoadministrador ,udicial# indicando$lhe# para serem arrecadados# os bens !ue

    porventura tenha em poder de terceirosLV prestar as informa%Nes reclamadas pelo ,ui0# administrador ,udicial# credor ouMinist2rio P4blico sobre circunstBncias e fatos !ue interessem 5 falnciaLV au+iliar o administrador ,udicial com 0elo e preste0aLV e+aminar as habilita%Nes de cr2dito apresentadasLW assistir ao levantamento# 5 verifica%o do balan%o e ao e+ame dos livrosLW manifestar$se sempre !ue for determinado pelo ,ui0LW apresentar# no pra0o fi+ado pelo ,ui0# a rela%o de seus credoresLW e+aminar e dar parecer sobre as contas do administrador ,udicial.Par"/rafo 4nico. :altando ao cumprimento de !uais!uer dos deveres !ue esta &eilhe impNe# ap>7 ) RJ. 1AXEA C6RP. Relator Ministro MAAM EDA.Relator p) Ac*)()>((K. Data da Publica%o):onteDJe (9)(K)>((K.Ementa 1AXEA C6RP. PR6 ADM;RAVA. PR6CE6 DE:A&S;CA. ARQ6 9# # DA &E ;. 7.88')9*.'. A &ei n. ''.'('# de =.>.>((*# impNe al/umas obri/a%Nes !ue devem sercumpridas pelo falido ante a decreta%o de falncia# entre as !uais a de !ue ele nose ausente do local da falncia sem pr2via comunica%o ao Ju-0o falimentar e sem

    ,usto motivo.>. As disposi%Nes dos arti/os 9# # da &ei n. 7.88')9* e '(9# # da &ei n.''.'(')(* estabelecem restri%o 5 liberdade de locomo%o da falido visando

    res/uardar os interesses da massa falida# no sentido de no pre,udicar o andamentodo feito ,udicial com a ausncia da!uele. odavia# a &ei n. ''.'(')(* adotou uma

    posi%o mais branda em rela%o 5 lei anterior# por!uanto no mais se e+i/e !ue ofalido re!ueira ao Ju-0o autori0a%o para se ausentar# mas to$somente comuni!uea ele tal ausncia# !ue deve ser motivada.. ;a hip((* F!uee+i/e comunica%o ao ,u-0o e no autori0a%o desseG# 2 imposta unicamente aofalido Fe no aos e+$s

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    penal# sem efeitos nas outras esferas en!uanto no resolvida no ,u-0o criminal. Da-!ue# com esse entendimento# a urma# ao prosse/uir o ,ul/amento# por maioria#ordenou a devolu%o dos passaportes e a retirada dos nomes dos pacientes doistema ;acional de Procurados e mpedidos# por2m com a e+pressa determina%ode !ue# ao se ausentarem do pa-s# fa%am a devida comunica%o.1C =>.>7$RJ#Rel. ori/in"rio Min. Massami jeda# Rel. para ac>. Ao administrador ,udicial compete# sob a fiscali0a%o do ,ui0 e doComit# al2m de outros deveres !ue esta &ei lhe impNeF...G

    na falnciaF...GdG receber e abrir a correspondncia diri/ida ao devedor# entre/ando a ele o !ueno for assunto de interesse da massaLF...GH

    6 arti/o ==# V# da &ei ''.'(')(* prev a priso do falido# a !ual em nada seconfunde com a priso civil trata$se depriso pre!enti!a# processual penal# perfeitamenteconstitucional. Ve,a

    ?Art. ==. A senten%a !ue decretar a falncia do devedor# dentre outrasdetermina%NesF...GV determinar" as dili/ncias necess"rias para salva/uardar os interesses das

    partes envolvidas# podendo ordenar a priso preventiva do falido ou de seusadministradores !uando re!uerida com fundamento em provas da pr"tica de crimedefinido nesta &eiLF...GH

    2. Arrecadao dos ens do )alido

    odos os bens do falido sero arrecadados !uando da decreta%o de falncia# mesmoa!ueles em posse de terceiros. 6 administrador ,udicial# de posse do auto de arrecada%o#colher" todos os bens do devedor.

    Arrecadar no si/nifica# necessariamente# alterar o lu/ar em !ue a coisa se encontra.Por ve0es# o administrador ,udicial pode dei+"$la onde est"# nomeando o possuidor comodeposit"rio ,udicial.

    Michell ;unes Midle, Maron 3

    http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%2092327http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%2092327http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%2092327http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%2092327
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    6 administrador ,udicial 2 !uem avalia os bens arrecadados. Ele pode contratarau+iliares para promover a arrecada%o de bens# o !ue pode ser necess"rio# por e+emplo#!uando a avalia%o das coisas depender de conhecimentos t2cnicos# pelo !ue peritosavaliadores sero admitidos.

    6s bens arrecadados podem ser ob,eto de ne/ 6 falido poder" acompanhar a arrecada%o e a avalia%o.@ 6 produto dos bens penhorados ou por outra forma apreendidos entrar" para amassa# cumprindo ao ,ui0 deprecar# a re!uerimento do administrador ,udicial# 5sautoridades competentes# determinando sua entre/a.@ 9 ;o sero arrecadados os bens absolutamente impenhor"veis.@ * Ainda !ue ha,a avalia%o em bloco# o bem ob,eto de /arantia real ser" tamb2mavaliado separadamente# para os fins do @ 'o do art. K desta &ei.H

    ?Art. '(=. 6 estabelecimento ser" lacrado sempre !ue houver risco para ae+ecu%o da etapa de arrecada%o ou para a preserva%o dos bens da massa falidaou dos interesses dos credores.H

    ?Art. ''(. 6 auto de arrecada%o# composto pelo invent"rio e pelo respectivo laudode avalia%o dos bens# ser" assinado pelo administrador ,udicial# pelo falido ouseus representantes e por outras pessoas !ue au+iliarem ou presenciarem o ato.@ ' ;o sendo poss-vel a avalia%o dos bens no ato da arrecada%o# oadministrador ,udicial re!uerer" ao ,ui0 a concesso de pra0o para apresenta%o dolaudo de avalia%o# !ue no poder" e+ceder ( FtrintaG dias# contados daapresenta%o do auto de arrecada%o.@ > ero referidos no invent"rio os livros obri/at

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