direito dotrabalho

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No que respeita à aplicação das convenções coletivas, a regras delimitativa basilar consiste no chamado PRINCÍPIO DA DUPLA FILIAÇÃO” (cfr. art. 496.º do Código do Trabalho) que estabelece, em suma, que este IRCT aplica-se apenas aos trabalhadores filiados em associação sindical que, direta ou indiretamente, tenha outorgado na contratação coletiva e que prestem trabalho a uma entidade empregadora que também tenha estado na mesma contratação. Assim é necessário, por um lado, que o empregador seja membro da associação de empregadores outorgante ou tenha sido ele próprio outorgante e, por outro, o trabalhador esteja filiado num sindicato signatário. Por esse facto, no caso em apreço, a convenção coletiva de trabalho é aplicável, apenas, aos trabalhadores que são filiados na associação sindical outorgante do instrumento e os demais colaboradores não são abrangidos. Só assim não será, naturalmente, se o âmbito da convenção coletiva tiver sido estendido, após a sua entrada em vigor, por uma portaria de extensão, a todos os trabalhadores As portarias de extensão, reguladas no artigo 514.º do Código do Trabalho (CT), são emitidas pelo Ministério do Trabalho e estabelecem que, independentemente do preenchimento do critério de dupla filiação dos trabalhadores, a convenção coletiva em vigor pode ser aplicada, no todo ou em parte, a empregadores e a trabalhadores integrados no âmbito do sector de atividade e pro ssional de nido naquele instrumento. As portarias de extensão, por força do disposto no artigo 516.º n.º 2 CT, devem ser publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego. Por esse facto, no caso em apreço, será essencial apurar se o instrumento de regulamentação coletiva de trabalho é alvo de uma portaria de extensão e, bem assim, se esta decisão abrange a atividade que o consulente exerce. Caso não haja qualquer portaria de extensão aplicável ao caso em estudo, o trabalhador que pretende beneficiar das condições de trabalho previstas na convenção coletiva deve filiar-se numa associação sindical que seja outorgante do IRCT. É que, conforme preceitua o n.º 3 do predito artigo 496.º CT, as convenções coletivas são

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No que respeita aplicao das convenes coletivas, a regras delimitativa basilar consiste no chamado PRINCPIO DA DUPLA FILIAO (cfr. art. 496. do Cdigo do Trabalho) que estabelece, em suma, que este IRCT aplica-se apenas aos trabalhadores filiados em associao sindical que, direta ou indiretamente, tenha outorgado na contratao coletiva e que prestem trabalho a uma entidade empregadora que tambm tenha estado na mesma contratao. Assim necessrio, por um lado, que o empregador seja membro da associao de empregadores outorgante ou tenha sido ele prprio outorgante e, por outro, o trabalhador esteja filiado num sindicato signatrio.Por esse facto, no caso em apreo, a conveno coletiva de trabalho aplicvel, apenas, aos trabalhadores que so filiados na associao sindical outorgante do instrumento e os demais colaboradores no so abrangidos. S assim no ser, naturalmente, se o mbito da conveno coletiva tiver sido estendido, aps a sua entrada em vigor, por uma portaria de extenso, a todos os trabalhadoresAs portarias de extenso, reguladas no artigo 514. do Cdigo do Trabalho (CT), so emitidas pelo Ministrio do Trabalho e estabelecem que, independentemente do preenchimento do critrio de dupla filiao dos trabalhadores, a conveno coletiva em vigor pode ser aplicada, no todo ou em parte, a empregadores e a trabalhadores integrados no mbito do sector de atividade e prossional denido naquele instrumento. As portarias de extenso, por fora do disposto no artigo 516. n. 2 CT, devem ser publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego.Por esse facto, no caso em apreo, ser essencial apurar se o instrumento de regulamentao coletiva de trabalho alvo de uma portaria de extenso e, bem assim, se esta deciso abrange a atividade que o consulente exerce.Caso no haja qualquer portaria de extenso aplicvel ao caso em estudo, o trabalhador que pretende beneficiar das condies de trabalho previstas na conveno coletiva deve filiar-se numa associao sindical que seja outorgante do IRCT. que, conforme preceitua o n. 3 do predito artigo 496. CT, as convenes coletivas so aplicveis aos trabalhadores que, durante a vigncia do instrumento, se filiem em associao sindical outorgante.Por fim, importa referir que, mesmo que o trabalhador no pretenda filiar-se no sindicato, o trabalhador pode ver a conveno coletiva ser-lhe aplicvel. De facto, nos termos do disposto no artigo 497. CT, caso sejam aplicveis, no mbito de uma empresa, uma ou mais convenes coletivas, o trabalhador que no seja liado em qualquer associao sindical pode escolher qual daqueles instrumentos lhe passa a ser aplicvel.Em suma, no caso em apreo, o consulente pode ver as suas condies de trabalho equiparadas quelas do trabalhador filiado em associao sindical outorgante de conveno coletiva de trabalho por diversas formas: por fora de portaria de extenso (se existente), por filiao em associao sindical outorgante do IRCT ou, ento, pela comunicao da escolha da conveno aplicvel. Qualquer uma das hiptese ter como resultado final a sujeio, relao laboral, da conveno coletiva de trabalho que pretende.

OS CONFLITOS COLETIVOS DE TRABALHO3 fenmeno do direito coletivopartimos do pressuposto, que existe sempre a oposio entre os interesses coletivos dos trabalhadores (trabalhar menos tempo com o mximo de salrio) e empregadores (o oposto). lgica natural dos agentes econmicos.Mesmo que no seja declarada a oposio existe sempre. Conflito coletivo tem de ser declarado, exprime-se a travs dos confrontos sociais, em coletivo, manifestando-se ou indo at as formas de luta.Pensamos nas situaes em que a contraposio dos interesses coletivos se declara e manifesta atravs de comportamentos, aes coletivas (exercendo presso sobre adversrio). Art.. 522 e ss.Doutrinalmente (no legalmente):- conflitos coletivos jurdicos (de direito) o que ope os grupos em conflitos a aplicao de norma ou normas que existem, ex. subsdio de Natal - conflitos coletivos de interesses (econmicos) quando se trata de criao de uma nova norma, ex. quando se celebra uma nova conveno coletiva

Essa distino hoje no tem nenhuma ressonncia legal. Do ponto de vista legal hoje os conflitos so todos iguais e tm a mesma relevncia, excepto 492/3 (comisso paritria a propsito de conveno em causa o legislador prev para conflitos de direito, mas muitas no tm, diferente interpretao da palavra deve).

Na realidade os conflitos so tratados e geridos da mesma forma, independentemente da sua natureza.

Perante o conflito coletivo a posio da lei:Direito quer evitar que os interesses das pessoas ou grupos sejam prosseguidos atravs da fora (ao direta). A lei do trabalho tem a mesma preocupao em relao ao conflito coletivo prevenir na medida do possvel que os conflitos coletivos no atinjam um ponto por confronto de foras (luta laboral).Numa sociedade democrtica o conflito coletivo encarado como um processo natural. No se provoca, nem favorece mas considera-se que algo normal.

preciso enquadrar o fenmeno, racionaliza-lo, mante-lo dentro de propores socialmente comportveis, sem o incriminar, procurando que se articule com outros processos normalizar o conflito.Dois temas (blocos):- os processos de preveno/resoluo pacfica de conflitos quando a negociao coletiva se rompe, as partes esto incompatibilizadas, o conflito est declarado, mas ainda no esto em confronto direto podem intervir certos processos destinados a conseguir a resoluo pacifica do conflito (prevenir o recurso aos meios de luta laboral greve e lock-out) 523 529- os meios de luta laboral (530 545) este confronto direto tambm tem regras. um confronto regulado, embora com amplssima margem de liberdade em especial por parte do coletivo dos trabalhadores envolvido. Exerccio do poder social.

A boa-f no conflito (522):- as partes devem conduzir-se no sentido de preservar a futura viabilidade da empresa. Nenhum dos contentores deve por em causa a futura capacidade produtiva da empresa (sobre tudo dirigido para os trabalhadores) 537/3 estando em greve os trabalhadores tm de assegurar os servios necessrios - atuao de qualquer das partes deve ter sentido de soluo do conflito (no agitao pura), no ter reivindicaes impossveis.

Os processos de resoluo pacfica:- conciliao: 523 525, uma negociao assistida, existe um conciliador (uma espcie do catalisador) que procura soltar a negociao, ainda as partes entre si trocam posies estimulados por conciliador. Em regra feito por servios especializados do ministrio de conciliao. Visa obter um acordo que corresponde a uma conveno (acordo) ou ento registo de desacordo. Praticamente todos passam pela conciliao. O ministrio pode convocar as partes para a conciliao por sua iniciativa. Os tcnicos tm de conhecer todos os dados, para que a sua interveno. Com pouco xito. - mediao: 526 528, as partes no contactam entre si, em situaes de rejeio mtua das partes (j no se querem sentar na mesa juntos). Passa a haver duas mesas e o mediador vai alternadamente falar com cada uma das partes as partes em conflito no tm contato direto. O mediador vai construir separadamente uma proposta de mediao, que dirige tambm em separado para cada um deles. As partes tm de concordar simultaneamente. H dois elementos essenciais: credibilidade do mediador (ambos tm de acreditar na sua capacidade) e o dever de sigilo. Assenta necessariamente no acordo das partes. Pode ter como o produto o acordo (conveno) ou desacordo. Toda esta matria denominada pelo principio de eficincia de mediao (no h nenhum procedimento rigoroso, pode se fazer tudo que for necessrio para chegar ao acordo)

estes dois so meramente instrumentais (produtos)

- arbitragem: na arbitragem temos trs rbitros (um de cada uma das partes e um presidente designado por dois arbitros) e as partes ficam fora a espera da deciso. um processo de deciso (no um processo de consenso). realizado por um tribunal arbitral segundo um modelo legal. DL. 259/2009 arbitragem laboral obrigatria e necessria. Deciso pronunciada por um tribunal e no tem recurso (quanto ao fundo, mrito).- voluntria princpios bsicos 506 e 507, assenta necessariamente no acordo das partes, ou ser um acordo que feito a propsito de um certo conflito (acordo ad hoc) - compromisso arbitral; numa conveno coletiva consta a clusula - clusula compromissria. O tribunal constitudo por escolha das partes e a deciso tomada por equidade (no julga em direito no um rgo jurisdicional), em funo de justia do caso concreto. rara, porque as partes no gostam de decises intermdias. A deciso arbitral um instrumento de regulamentao coletiva (negocial) autnomo art. 2/2 CT.

- obrigatria 508 509- para resolver um conflito (508) - tem-se em conta um conflito resultante da celebrao da conveno coletiva (conflito jurdico), conflitos de altamente relevantes pelos sectores em que se verificam, ou manifesto que no h soluo possvel, em determinados sectores isso pode ser considerado insuportvel justificam recurso a este mecanismo. Iniciativa pode ser de uma das partes que pede ao ministro de trabalho, a maioria dos parceiros sociais da comisso permanente da concertao social decide que deve haver, ou o prprio ministro de trabalho (quando estejam em causa os servios essenciais que ponham em causa segurana, vida das pessoas). Aqui no se colabora com a colaborao das partes (ficam passivas). O ministro impe. DL 259/2009 procedimento rbitros por sorteio. A deciso tambm um instrumento de regulamentao coletiva (no negocial) autnomo art. 2/4 CT.- para fixao dos servios mnimos numa greve em determinadas reas de atividade ou empresas (537 CT lista exemplificativa) - satisfao dos interesses sociais impreterveis (inadiveis). Trata-se da obrigatoriedade legal dos certos trabalhos dos grevistas durante a greve (tem de satisfazer estes interesses). Esta arbitragem convocada para situaes dos servios ou empresas ligadas ao Estado. 538 Depois cabe ao sindicato designar os trabalhadores que devem assegurar este servio

a diferenciao assenta na origem do processo arbitral (acordo das partes ou imposio de outra entidade que no as partes autoridade pblica)

No h sucesso forosa entre eles (antes no sistema corporativo era). So trs procedimentos diferentes que correspondem grau de interveno cada vez mais acentuado de um terceiro. H sempre um terceiro que intervm. A interveno de um terceiro cada vez mais intensa (de ligeira na conciliao at muito forte na arbitragem).

EXERCCIO DO DIREITO DA GREVE

Art. 57 da CRP 1. garantido o direito greve. 2. Compete aos trabalhadores definir o mbito de interesses a defender atravs da greve, no podendo a lei limitar esse mbito. 3. A lei define as condies de prestao, durante a greve, de servios necessrios segurana e manuteno de equipamentos e instalaes, bem como de servios mnimos indispensveis para ocorrer satisfao de necessidades sociais impreterveis. 4. proibido o lock-out.

a greve no cdigo do trabalhoIncorporao da lei da greve, com respeito pelo permetro delimitado pela CRP: A lei no deve interferir na definio dos interesses (motivos, objectivos) a prosseguir atravs das greves e deve estabelecer as regras sobre a definio dos servios mnimos a prestar em caso de greveMas os motivos da greve no so irrelevantes para a sua licitude: as greves inconstitucionais. Asim: o CT no define greve nem os motivos legtimos; regula apenas os passos fundamentais do procedimento de greve, os seus efeitos jurdicos e a definio dos servios mnimos.

Contedo do direito de greveO direito de greve (contra o dever de trabalhar) e a liberdade de greve (contra a proibio da greve).

O que uma greve sob o ponto de vista legal: Absteno de trabalho Aco colectiva e concertada Fim coactivo Motivao (quaisquer interesses colectivos legtimos).A greve em sentido scio-poltico: qualquer tipo de perturbao colectiva da normal prestao de trabalho, com fins coactivos.

Modelo dos procedimentos que o cdigo do trabalho define e quais os efeitos da sua inobservncia.

Como decidida a greve?

531 como o projeto de greve decidido? O nosso ordenamento pretende que a greve seja decidida de forma organizada, orgnica. Que se saiba quando e onde se decidiu a greve. A regra que isso pertence associao sindical. Quase monoplio sindical.A regularidade da deciso da greve pelo sindicato depende da observncia dos estatutos do sindicato:- quem tem direito de tomar esta deciso (direo, assembleia, votao dos scios). A irregularidade da deciso atinge a legalidade da prpria greve. A lei admite uma via da deciso da greve que no passa pelo sindicato. A taxa de sindicalizao baixa. Em muitas empresas e setores os sindicatos no existem. Se houvesse monoplio sindical isso significaria a impossibilidade de convocar a greve (no sendo filiados num sindicato, nenhum sindicato decidiria a greve por eles). 531/2 admite que a possibilidade da deciso pela assembleia dos trabalhadores. Uma soluo para greves de uma empresa. Visa apenas o conjunto dos trabalhadores interessados que pretendem prosseguir a greve. No precisa de ser a assembleia de todos os trabalhadores da empresa apenas os que tenham o interesse comum.

Se a maioria dos trabalhadores sindicalizada decide o sindicatoSe a maioria no sindicalizada decide a assembleia.

Greve selvagem no decidida pela via institucional que a lei estabelece. Decidida por coligao ocasional dos trabalhadores. Uma greve que no obedece aos processos legais. Uma greve ilcita.

A declarao de greve. A greve tem de ser declarada. Est excluda a greve surpresa. Tem de haver pr-aviso. Tem de se avisar os interessados 534 CTFator de enfraquecimento do impacto da greve? um fator de harmonizao social.Declarao deve ser feita por quem decidiu a greve (sindicato ou comisso de greve eleita pela assembleia).O pr-aviso pode ser levado ao conhecimento dos destinatrios por diversos meios (a lei usa expresso meios idneos suscetveis de atingir os interessados primrios e secundrios empregadores, utentes, consumidores dos bens e servios afetados e as autoridades pblicas), para que a sociedade se prepare para as consequncias de greve. A lei estabelece perodos de antecipao 534/1 5 dias teis para a generalidade das greves, as greves que atingem a satisfao das necessidades sociais impreterveis 10 dias teis.O pr-aviso tem de conter:- indicaes precisas mnimas acerca da greve que vai ter lugar (tem de ser identificada a greve indicado o inicio da greve e os locais onde iria ser realizada. Se d um maior, mais concreto desenho do seu interesse do prprio sindicato). Tambm proposta de servios mnimos 534/3.

O direito de greve um direito individual de cada trabalhador que s pode ser exercido coletivamente. Aquilo que faz acontecer greves no um sindicato a deciso individual de certo grupo de trabalhadores. O momento crucial o momento de adeso greve.

Cobertura de greve para o comportamento individual de trabalhadores. A greve em si s se inicia no momento que o primeiro trabalhador adere greve. A cobertura existe at ao fim da greve (termina o prazo que o prprio sindicato estabeleceu a cobertura cessou, mas pode a greve ter uma durao diferente da dada pela cobertura da greve). Interessam os momentos nos quais os trabalhadores aderem greve e voltam a trabalhar.

O direito de greve o direito universal. (57 CRP) direito de todos os trabalhadores independentemente da sua filiao sindical.

A partir da declarao da greve podem aderir os trabalhadores que quiserem.

Numa dada empresa um sindicato (CGTP) decreta uma greve que o UGT no concorda, mas os trabalhadores filiados na UGT podem aderir.

A deciso de voltar ao trabalho igualmente livre.

Liberdade de adeso, no-adeso e de voltar ao trabalho

As clusulas de paz social 542 CT

A conveno coletiva formaliza uma trgua transitria, social (perodo de acalmia entre as partes) serve uma espcie de armistcio, no eliminando a contradio elementar dos interesses entre os trabalhadores e empregadores.

Gera um dever implcito de paz social no abrir nenhum conflito para a substituir antes do fim da sua vigncia. A conveno coletiva contm o dever implcito do respeito pela trgua que estabelea.Mas pode ser declarada a greve por outra razo, no relacionada com a prpria conveno coletiva. clausula de paz relativaNo pode dever de paz social absoluto (durante a vigncia da conveno coletiva conduziria clausula de paz absoluta, o direito fundamental).

542:- desenhar o compromisso das partes em caso do conflito seja resolvido por meios alternativos- ou se inclui na conveno uma clausula (parte final do n. 1) de paz social (de no convocar a greve durante a vigncia da conveno com a finalidade de modificar a prpria conveno). no nosso sistema no se admite a paz social implcita pode ser clausulada na conveno! possvel convocar a greve apesar da clausula de paz social na vigncia da conveno coletiva:1. a declarao de greve pode ser licita apesar da clausula de paz (uma alterao anormal das circunstncias que serviam de base para as negociaes da conveno coletiva) 542 2. se foi violada a conveno coletiva.

Quem assume o compromisso o sindicato, quem viola o compromisso o sindicato.O sindicato convoca a greve, a deciso ilcita os trabalhadores aderiram porque so filiados no sindicato, mas no podem ser responsabilizados por esta adeso. Sofrero a perda de trabalho, mas no sofrero outras.

Posio do empregador durante a greve:- o empresrio mantm o pleno controlo do ponto de vista jurdico sobre a organizao, bens, equipamentos, matrias primas tudo que constitui substrato material da empresa. No podem os promotores das greves controlar as instalaes.- perde durante a greve a autoridade sobre os trabalhadores suspenso dos contratos de trabalho. 536 - efeitos jurdicos da greve conduzem-se suspenso dos contratos (libertos do dever de assiduidade e deixam de ser subordinados ao empregador)- deixa de poder exigir a prestao do trabalho porque o contrato est suspenso (direito de prestao de trabalho e de retribuio).

Os contratos ficam suspensos536 - o contrato fica vigente, s suspendem os efeitos relacionados diretamente com a prestao de trabalho. Todos os outros se mantm dever de lealdade expresso concreta de boa f! Mantm-se mecanismos de proteo social, acidentes de trabalho. H efeitos residuais que os contratos continuam a produzir.522 - devem agir de boa f.

O piquete de greve 533

Comisso de greve um grupo de trabalhadores eleitos (532/1) quando a greve decidida por Assembleia dos Trabalhadores para conduzir as operaes e gerir a greve.Piquete de greve equipa, conjunto de trabalhadores que exercem a presso sobre os restantes trabalhadores para aderir greve. So constitudos para pressionar que procuram impedir fisicamente a entrada dos trabalhadores no local de trabalho e procuram apoderar-se do controlo das entradas e sadas.Destina-se a aumentar o impacto de greve. Essas tentativas e presses so ilegais e constituem formas de exerccio ilcito do direito greve.Funo desenhada pela lei no tem nada a ver com isso. Os piquetes podem atuar dentro da empresa? O 533 nada diz.

Substituio dos grevistas - 535 - proibido, a partir do momento de pr-aviso.Impede que o trabalhador contrate os trabalhadores, ou prestadores de servios ou empresas para exercer o trabalho afetado. Utilizao dos recursos que no existiam. No impedido que o empregador reorganize o servio.Exceto n. 2 pode contratar para suprir estas

A liberdade psicolgica 540uma deciso protegida por lei. Bem jurdico fundamental. Tem a ver com a dignidade pessoal, liberdade pessoal (psicolgica). a pessoa o centro deste direito artigo dirigido a empregador e promotores de greve.- proibio de coao dirigida aos prprios promotores de greve (tambm piquetes) - proibio dirigida ao empregador

o fim da greve 539 fim em sentido jurdico ( a cobertura dada pela declarao de greve termina). O importante a deciso da entidade promotora ou o fim do prazo pr-definido no aviso.Prorrogao de greves no possvel se o prazo foi dado no pr-aviso.Greve deserta que materialmente ningum aderiu, mas a cobertura existe. (clara distino entre a dimenso coletiva da greve e individual).

Exerccio ilcito da greveCausas:- vcios no processo de deliberao- atuao ilegal dos piquetes- no prestao dos servios mnimos regularmente definidosefeitos 541:- faltas injustificadas- responsabilidade civil (do sindicato e dos trabalhadores) bens das associaes sindicais so impenhorveis 453 ( difcil exigir indemnizaes)