direito do trabalho i - part 2

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Direito do Trabalho II 1. REMUNERAO 1.1 Conceito e viso geral Remunerao gnero da qual decorrem outras espcies: 1. Salrio parte fixa ajustada; 2. Remunerao tudo aquilo que o empregado recebe. O que compreende a remunerao? Vejamos o que diz o artigo 457 1o. da CLT: Art. 457 - Compreendem-se na remunerao do empregado, para todos os efeitos legais, alm do salrio devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestao do servio, as gorjetas que receber. 1 - Integram o salrio no s a importncia fixa estipulada, como tambm as comisses, percentagens, gratificaes ajustadas, dirias para viagens e abonos pagos pelo empregador. A gratificao, a bonificao, os adicionais de viagem, norturno e insalubridade, integram a remunerao. O salrio deve ser pago em dinherio, moeda nacional. Mas pode ser feito em conta bancria. 1.2 Caractersticas do salrio So caractersticas do salrio: 1. Carter sinalagmtico o empregador paga e o empregado presta o servio (relao bilateral atributiva de obrigaes); 1. Carter alimentar tem o salrio o objetivo de manter a sobrevivncia do trabalhador e famlia. O salrio no pode ser penhorado, exceto nos casos de penso alimentcia; 1. Carter forfetrio o nus da atividade empresarial do empregador. Se teve lucro ou prejuzo o empregado no tem nada com isso e deve receber o salrio; 1. Proporcionalidade o salrio deve ser proporcional ao esforo desprendido; 1. Irredutibilidade O salrio no pode ser reduzido, salvo se conveno e acordo coletivo de determinada categoria. Mas isso s vlido para aqueles casos em que se procura evitar prejuzos maiores (art. 7o, VI da CF); 1. Salrio sem trabalho frias, licena maternidade, licena mdica, etc; mesmo nestes casos o empregado continua a disposio do empregador e por isso recebe salrio.

1. Natureza composta o salrio pode ser composto para outros benefcios, podendo ser salrio in natura (que no pode ser superior a 50% do valor em dinheiro). 1.3 Formas de estipulao e pagamento do salrio O salrio pode ser: 1. por tempo (art. 459 CLT) horista, diarista, semanal, mensal. Art. 459 - O pagamento do salrio, qualquer que seja a modalidade do trabalho, no deve ser estipulado por perodo superior a 1 (um) ms, salvo no que concerne a comisses, percentagens e gratificaes. 1 - Quando o pagamento houver sido estipulado por ms, dever ser efetuado, o mais tardar, at o quinto dia til do ms subsequente ao vencido. 1. por unidade a pessoa remunerada pelo que ela produzir. Ex: pessoa contratada para fazer gravatas, receber pelas gravatas que produzir. 1. por tarefa pouco utilizada no Brasil, um misto do trabalho por unidade e do trabalho por tempo. 1. por prmio ou participao nos lucros a gratificao pelo desempenho do profissional, uma repartio dos lucros da empresa, etc. O problema de tudo isso qual a empresa que vai abrir os seus lucros para os empregados? 1.3.1 Salrio mnimo Salrio mnimo aquele estipulado por lei e que tem aquelas funes do artigo 7o. da CF. 1.3.2 Piso salarial aquele estipulado por categoria, que versa sobre a dignidade do trabalhador. estipulado por acordo coletivo, conveno, sentena normativa, etc. 1.4 A proibio do Truck System Troca de salrio por mercadoria que empregador oferece. O empregado tem o direito de comprar onde ele quiser. O empregador no pode restringir que o empregado compre s com ele (art. 462 2o 3o CLT) Art. 462 - Ao empregador vedado efetuar qualquer desconto nos salrios do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositvos de lei ou de contrato coletivo. 1 - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto ser lcito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrncia de dolo do empregado.

2 - vedado empresa que mantiver armazm para venda de mercadorias aos empregados ou servios destinados a proporcionar-lhes prestaes in natura exercer qualquer coao ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazm ou dos servios. 1.5 Salrio complessivo O empregado no pode estipular salrio global (excluindo horas extras, adicionais, etc). Deve haver uma discriminao detalhado dos salrios. 1.6 Espcies de remunerao 1. Salrio fixo no pode ser inferior ao salrio mnimo o salrio prdeterminado, que nunca muda; 1. Salrio base ou complexo salarial o mesmo que salrio fixo; 1. Comisses aquele que recebe comisses. O comissionante pode ser puro (recebe somente percentual de vendas e mais nada) e pode ser misto (recebe o salrio mnimo mais o percentual de vendas).; Art. 466 - O pagamento de comisses e percentagens s exigvel depois de ultimada a transao a que se referem. 1 - Nas transaes realizadas por prestaes sucessivas, exigvel o pagamento das percentagens e comisses que lhes disserem respeito proporcionalmente respectiva liquidao. 2 - A cessao das relaes de trabalho no prejudica a percepo das comisses e percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo. A lei 32.207/57 dispes sobre as comisses. Algumas consideraes devem ser feitas acerca das comisses: 1. garantidora do salrio mnimo o empregado nunca recebe menos que o salrio mnimo; 2. A recusa das vendas s pode ser feita at 10 dias, se no Estado e at 90 dias se fora do Estado; 3. Se houver devoluo da mercadoria com defeito o comissionado no afetado pela devoluo; 4. Se o comprador for insolvente a empresa no tem obrigao de pagar comisso. Mas h o que se pode chamar zona de exclusividade, que a comisso devida para quem tem esta zona de exclusividade; 5. No tocante s horas extras, os enunciados 56 e 340 do TST so claros: ENUNCIADO NO 56 - BALCONISTA - REVISTO PELO ENUNCIADO N 340 O balconista que recebe comisso tem direito ao adicional de 20% pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor das comisses referentes a essas horas.

ENUNCIADO NO 340 - COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS - REVISO DO ENUNCIADO N 56 O empregado, sujeito a controle de horrio, remunerado base de comisses, tem direito ao adicional de, no mnimo 50% (cinqenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor das comisses a elas referentes. 1. Com relao ao repouso semanal remunerado, dia o enunciado 27 do TST: ENUNCIADO NO 27 - COMISSIONISTA devida a remunerao do repouso semanal e dos dias feriados ao empregado comissionista, ainda que pracista. 1.7 Adicionais Os adicionais integram o salrio. Qual a inteno do legislador quando criou os adicionais? No era para que as pessoas ficassem ricas, mas para que o empregador ficasse to onerado que abrisse novas frentes de trabalho para outros empregados. Os adicionais servem para dar garantias aos empregados. So adicionais: 1. hora extra o mnimo de 50% do salrio, de acordo com enunciado 291 do TST: ENUNCIADO NO 291 - HORAS EXTRAS - REVISO DO ENUNCIADO N 76 A supresso, pelo empregador, do servio suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos um ano, assegura ao empregado o direito indenizao correspondente ao valor de um ms das horas suprimidas para cada ano ou frao igual ou superior a seis meses de prestao de servio acima da jornada normal. O clculo observar a mdia das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos ltimos doze meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supresso. 1. adicional noturno a partir das 22 horas pago adicional noturno de 20% do salrio. S que a partir das 22 horas, at as 5 horas da manh, a hora contada quebrada. A hora de 52 minutos e 30 segundos (art.73 1o. da CLT). Para o agrcola, considerado das 21 at as 5 horas, o pecuarista das 20 at as 4 horas. Mas o trabalhador normal das 22 at as 5 horas (art. 73 CLT): Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno ter remunerao superior do diurno e, para esse efeito, sua remunerao ter um acrscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 1 - A hora do trabalho noturno ser computada como de 52 (cinqenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

2 - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. 3 - O acrscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que no mantm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, ser feito tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relao s empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento ser calculado sobre o salrio mnimo geral vigente na regio, no sendo devido quando exceder desse limite, j acrescido da percentagem. 4 - Nos horrios mistos, assim entendidos os que abrangem perodos diurnos e noturnos, aplica-se s horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus pargrafos. 5 - s prorrogaes do trabalho noturno aplica-se o disposto neste Captulo. 1. adicional de insalubridade o grau de insalubridade pode ser mnimo, mdio ou grave. Os percentuais de adicional podem variar de 10% a 40% sobre o salrio mnimo. Esses percentuais so apurados atravs de percias no local. (Ex: local onde o organismo estar sendo sacrificado por estar exposto em um ambiente hostil, penoso). Normalmente quem faz a percia um Engenheiro do Trabalho ou Mdico do Trabalho, contratado pela empresa e fiscalizado pela DRT (Delegacia Regional do Trabalho). O artigo 192 da CLT fala sobre o adicional de insalubridade: Art. 192 - O exerccio de trabalho em condies insalubres, acima dos limites de tolerncia estabelecidos pelo Ministrio do Trabalho, assegura a percepo de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salrio mnimo da regio, segundo se classifiquem nos graus mximo, mdio e mnimo. 1. adicional de periculosidade o adicional de periculosidade de 30% sobre o salrio base do empregado. O adicional de periculosidade s vale para inflamveis, explosivos e eltricos. Mas no pode ser acumulado adicional de periculosidade com adicional de insalubridade e o trabalhado pode optar por um deles. Ex: homem que trabalha numa pedreira (barulho) com explosivos (periculosidade). O artigo 193 da CLT assim enuncia: Art. 193 - So consideradas atividades ou operaes perigosas, na forma da regulamentao aprovada pelo Ministrio do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou mtodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamveis ou explosivos em condies de risco acentuado. 1 - O trabalho em condies de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salrio sem os acrscimos resultantes de gratificaes, prmios ou participaes nos lucros da empresa. 2 - O empregado poder optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.

Vejamos o que diz o enunciado 191 do TST: ENUNCIADO NO 191 - ADICIONAL. PERICULOSIDADE. INCIDNCIA O adicional de periculosidade incide, apenas, sobre o salrio bsico, e no sobre este acrescido de outros adicionais. Mas nem sempre o empregado recebe adicional de periculosidade. Ele deve estar exposto!!!! 1. adicional de transferncia existe a transferncia definitiva e a provisria. Quando a transferncia definitiva o empregado no recebe nada, mas quando provisria, recebe adicional de 25 % sobre o salrio base. Vejamos o que diz o artigo 469 da CLT: Art. 469 - Ao empregador vedado transferir o empregado, sem a sua anuncia, para localidade diversa da que resultar do contrato, no se considerando transferncia a que no acarretar necessariamente a mudana do seu domiclio . 1 - No esto compreendidos na proibio deste artigo os empregados que exeram cargos de confiana e aqueles cujos contratos tenham como condio, implcita ou explcita, a transferncia, quando esta decorra de real necessidade de servio. 2 - licita a transferncia quando ocorrer extino do estabelecimento em que trabalhar o empregado. 3 - Em caso de necessidade de servio o empregador poder transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, no obstante as restries do artigo anterior, mas, nesse caso, ficar obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salrios que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situao. 1.8 Gratificao 1.8.1 Conceito e objetivos Gratificao aquilo que se d de graa. Da a origem do 13o. salrio (no comeo era um costume e depois foi incorporado pelo legislador) Art. 457 - Compreendem-se na remunerao do empregado, para todos os efeitos legais, alm do salrio devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestao do servio, as gorjetas que receber. 1 - Integram o salrio no s a importncia fixa estipulada, como tambm as comisses, percentagens, gratificaes ajustadas, dirias para viagens e abonos pagos pelo empregador.

Os objetivos da gratificao so:

1. finalidade retributiva o empregador bonzinho d uma gratificao, retribuindo o trabalho do empregado; 2. finalidade premial maneira de recompensar as pessoas por xitos nos trabalhos; 3. estmulo dado como estmulo para que o empregado fique envolvido com a empresa. 1.8.2 Critrio da habitualidade O critrio da habitualidade pode ser visto sob trs enfoques: 1. TEMPO refere-se ao hbito com que a gratificao paga. A gratificao no pode ser individualizada. Ex: durante 3 anos o empregado deu cesta de natal, no 4o ano ele seria obrigado a dar outra cesta e ser obrigada a dar por entendimento do juiz. Algumas empresas pagam o 14o. salrio mas sem habitualidade, para fugir das sanes; A habitualidade acaba integrando o salrio. 1. VALOR o valor deve ser um ato isolado, para no caracterizar a habitualidade; 1. EXTENSO DOS BENEFCIOS estender os benefcios aos outros com habitualidade gera a obrigao de pagar a gratificao. 1.9 Prmio Vejamos o que diz o artigo 458 sobre o prmio. Art. 458 - Alm do pagamento em dinheiro, compreende-se no salrio, para todos os efeitos legais, a alimentao, habitao, vesturio ou outras prestaes in natura que a empresa, por fora do contrato ou do costume, fornecer habitualmente am empregado. Em caso algum ser permitido o pagamento com bebidas alcolicas ou drogas nocivas. 1 - Os valores atribudos s prestaes in natura devero ser justos e razoveis, no podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salrio mnimo (arts. 81 e 82). 2 - No sero considerados como salrio, para os efeitos previstos neste artigo, os vesturios, equipamentos e outros acessrios fornecidos ao empregado e utilizados no local de trabalho, para a prestao dos respectivos servios. 3 - A habitao e a alimentao fornecidas como salrio-utilidade devero atender aos fins a que se destinam e no podero exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salrio-contratual. 4 - Tratando-se de habitao coletiva, o valor do salrio-utilidade a ela correspondente ser obtido mediante a diviso do justo valor da habitao pelo

nmero de co-habitantes, vedada, em qualquer hiptese, a utilizao da mesma unidade residencial por mais de uma famlia./ No considerado salrio diversas utilidades conseguidas pelo empregado, tais como: 1. vesturio; 2. equipamentos e outros acessrios; 3. pagamentos relativos educao em estabelecimento de ensino prprio ou de terceiro (compreendido matrculas, mensalidades, anuidade, livros e material didtico, etc); 4. transporte para o trabalho e retorno; 5. assistncia mdica, hospitalar, odontolgica, prestada diariamente mediante seguro sade; 6. seguro de vida e acidentes pessoais, bem como de previdncia privada Mas o que o prmio? Prmio depende mais do esfoo pessoal do empregado do que do empregador (Ex: aquele funcionrio que trabalha h anos na empresa sem faltar um nico dia, etc). O prmio mais individualizado. um estmulo. Tambm se assemelha gratificao, mas no gratificao, pois est generalizada, enquanto que o prmio individualizado. O prmio no participao nos lucros. O prmio no gratificao pois esta depende de fatores externos. O prmio no comisso, pois esta fruto do trabalho. Se houver uma habitualidade nas premiaes, estas sero incorporadas ao salrio. O prmio no pode ser a nica forma de remunerao e deve sempre vir especificado no recibo, olerite, etc. 1. 13o Salrio Prevista na Lei 4.090. O 13o salrio ou gratificao natalina uma gratificao de fim de ano. O 13o. salrio pode ser pago em 2 (duas) vezes, desde que o empregado diga at janeiro que o quer receber nas frias e em dezembro. O empregado que solicita o parcelamento. Mas como se calcula o 13o ? At o dia 15 do ms conta o ms (o ms da contratao). Se aps o dia 15 conta o ms seguinte. Com relao gorjeta, vejamos o que diz o artigo 457 3o da CLT: 3 - Considera-se gorjeta no s a importncia espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como tambm aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer ttulo, e destinada distribuio aos empregados.

Sobre dirias e ajuda de custo vejamos o que diz o art. 457 2o da CLT: 2 - No se incluem nos salrios as ajudas de custo, assim como as dirias para viagem que no excedam de 50% (cinqenta por cento) do salrio percebido pelo empregado. 1.11 Representao um adicional pago para grandes empresrios executivos. No h dispositivo legal, mas vem no contrato de trabalho. 1.12 Salrio in natura Quando saber que o salrio in natura: 1. se fornecido para o trabalho no salrio in natura, ex: capacete e material de equipamentos; 2. se fornecido pelo trabalho salrio in natura, ex: notebook fornecido pela empresa. Hoje uniforme no mais salrio in natura. Trabalhador rural, para receber salrio in natura tem que ter, no momento da contratao, autorizado (pode ser verbal essa autorizao). Vejamos o que diz o artigo 506 da CLT. Art. 506 - No contrato de trabalho agrcola lcito o acordo que estabelecer a remunerao in natura, contanto que seja de produtos obtidos pela explorao do negcio e no exceda de 1/3 (um tero) do salrio total do empregado. A Lei 5.889/73 dispe sobre o trabalhador rural. 1.13 Salrio famlia Tem natureza salarial e no carter salarial. pago por filho (adotivo, legtimo ou incapaz com deficincia). um adiantamento feito pelo empregador (por que na verdade quem paga o INSS) 1.14 Vale transporte Lei 7.418/85 e Decreto 95.247/87. No tem natureza salarial, no integra salrio e no considerado para clculo de nada. O empregado tem desconto de 6% de seu salrio base. um subsdio compatvel com o salrio ou com a quantidade. O empregado que recebe transporte gratuito no tem que pagar transporte. 1.15 Salrio maternidade

Licena gestante que vai correr pelo INSS. A licena dura 120 dias. Neste perodo a gestante recebe o salrio integral que recebia antes da licena. A empregada domstica tem direito licena gestante. 1.16 Programa de alimentao do trabalhador (PAT) Permite a deduo do imposto de renda quando a empresa fornece comida na empresa ou vale-refeio. O alimento pode integrar o salrio. Pode ser por empresa terceirizada ou por vale alimentao. Lei 6.321/16. Decreto 5/91 e 349/76. Enunciado 241 do TST. ENUNCIADO NO 241 - SALRIO-UTILIDADE. ALIMENTAO O vale para refeio, fornecido por fora do contrato de trabalho, tem carter salarial, integrando a remunerao do empregado, para todos os efeitos legais.

Referncia:CLT, art. 458Art. 458 - Alm do pagamento em dinheiro, compreende-se no salrio, para todos os efeitos legais, a alimentao, habitao, vesturio ou outras prestaes in natura que a empresa, por fora do contrato ou do costume, fornecer habitualmente am empregado. Em caso algum ser permitido o pagamento com bebidas alcolicas ou drogas nocivas. 1.17 Proteo ao salrio 1. irredutibilidade e inalterabilidade

Art. 503 (inconstitucional) Lei 4.923, art 2o. reduo 25% por 3 meses Art 7o, VI CF Art 483 CLT

Art. 483 - O empregado poder considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenizao quando: a) forem exigidos servios superiores s suas foras, defesos por lei, contrrios aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierrquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considervel; d) no cumprir o empregador as obrigaes do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua famlia, ato lesivo da honra e boa fama;

f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legtima defesa, prpria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por pea ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importncia dos salrios. 1 - O empregado poder suspender a prestao dos servios ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigaes legais, incompatveis com a continuao do servio. 2 - No caso de morte do empregador constitudo em empresa individual, facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. 3 - Nas hipteses das letras d e g, poder o empregado pleitear a resciso de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizaes, permanecendo ou no no servio at final deciso do processo. 1. Integralidade

Art 462 CLT e enunciado 342 TST. Dolo ou previso em CCT, ACT ou contrato de trabalho. Netas situaes apenas cabe reduo de salrio.

Art. 462 - Ao empregador vedado efetuar qualquer desconto nos salrios do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositvos de lei ou de contrato coletivo. 1 - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto ser lcito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrncia de dolo do empregado. 2 - vedado empresa que mantiver armazm para venda de mercadorias aos empregados ou servios destinados a proporcionar-lhes prestaes in natura exercer qualquer coao ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazm ou dos servios. 3 - Sempre que no for possvel o acesso dos empregados a armazns ou servios no mantidos pela empresa, lcito autoridade competente determinar a adoo de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os servios prestados a preos razoveis, sem intuito de lucro e sempre em benefcios dos empregados. 4 - Observado o disposto neste Captulo, vedado s empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salrio. 1. Intangibilidade

Art 649 IV, CPC (aqui a nica hiptese de penhora de salrio) Art 449 CLT

Art. 449 - Os direitos oriundos da existncia do contrato de trabalho subsistiro em caso de falncia, concordata ou dissoluo da empresa. 1 - Na falncia, constituiro crditos privilegiados a totalidade dos salrios devidos ao empregado e a totalidade das indenizaes a que tiver direito. 2 - Havendo concordata na falncia, ser facultado aos contratantes tornar sem efeito a resciso do contrato de trabalho e conseqente indenizao, desde que o empregador pague, no mnimo, a metade dos salrios que seriam devidos ao empregado durante o interregno. O crdito trabalhista privilegiado ou super-privilegiado? Hoje considera-se superprivilegiado. As questes referente insolvncia esto previstos nos arts. 467, 463 e 464 da CLT. Com relao a impenhorabilidade do salrio, o art. 649, IV do CPC estabelece a exceo, quando se trata de execuo de ao de alimentos. Com relao ao salrio complessivo, o enunciado 91 do TST, assim diz: ENUNCIADO NO 91 - SALRIO COMPLESSIVO Nula a clusula contratual que fixa determinada importncia ou percentagem para atender englobadamente vrios direitos legais ou contratuais do trabalhador. As formas de proteo ao salrio contra o empregado, esto previstas no art 449, (crdito trabalhista privilegiado). 1.18 Isonomia e equiparao salarial

Art 7o., XXX CF Art 461 CLT Art 5o. CLT

Art. 461 - Sendo idntica a funo, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponder igual salrio, sem distino de sexo, nacionalidade ou idade. 1 - Trabalho de igual valor, para os fins deste Captulo, ser o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeio tcnica, entre pessoas cuja diferena de tempo de servio no for superior a 2 (dois) anos. 2 - Os dispositivos deste artigo no prevalecero quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hiptese em que as promoes devero obedecer aos critrios de antigidade e merecimento. 3 - No caso do pargrafo anterior, as promoes devero ser feitas alternadamente por merecimento e por antingidade, dentro de cada categoria profissional.

4 - O trabalhador readaptado em nova funo por motivo de deficincia fsica ou mental atestada pelo rgo competente da Previdncia Social no servir de paradigma para fins de equiparao salarial. No tocante isonomia, alguns requisitos podem ser empregados para estabelecer, entre dois empregados, a garantia de que recebero o mesmo salrio: 1. 2. 3. 4. 5. funo idntica (mesma perfeio tcnica) trabalho para o mesmo empregador (grupo econmico no h equiparao) na mesma localidade com diferena de tempo de funo no superior a 2 anos. Inexistncia de regulamento da empresa (quadro de carreira)

No tocante substituio do empregado, o enunciado 159 do TST assim diz: ENUNCIADO NO 159 - SUBSTITUIO Enquanto perdurar a substituio que no tenha carter meramente eventual, o empregado substituto far jus ao salrio contratual do substitudo. Ex-prejulgado n 36. Em caso de carter no eventual, como frias de 30 dias, doenas, seria possvel a substituio. Muito embora hajam grandes divergncias jurisprudenciais. No tocante a sucesso, o gerente, por exemplo, se mandado embora e o subgerente assume, no seria casos de equiparao salarial. Nos casos de sucesso no prevaleceria a equiparao salarial. 1.19 A durao do trabalho

Art 4o CLT

Art. 4 - Considera-se como de servio efetivo o perodo em que o empregado esteja disposio do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposio especial expressamente consignada. Pargrafo nico - Computar-se-o, na contagem de tempo de servio, para efeito de indenizao e estabilidade, os perodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando servio militar ... (vetado) ... e por motivo de acidente do trabalho. A encclica Rerum novarum, de 1391, dizia que no devia o trabalho prolongar-se por mais tempo do que as foras permitem. Essa era a viso da Igreja Catlica. Pelo Tratado de Versalhes (1919) a jornada deveria ser de 8 horas, Com a criao da OIT (Organizao Internacional do Trabalho), houve a promulgao da conveno no.1, pela conferncia de Washington. No Brasil, com a Constituio de 1988, houve uma manuteno das 8 horas dirias, 44 horas semanais.

1.20 Jornada de Trabalho A jornada de trabalho, diria, de 8 horas. A jornada de trabalho semanal de 44 horas. Previso legal: art 7o, XII da CF. 1.20.1 Sobreaviso Os casos de sobreaviso esto previstos no art 244, 2o. da CLT. Art. 244 - As estradas de ferro podero ter empregados extranumerrio de sobreaviso e de prontido, para executarem servios imprevistos ou para substituies de outros empregados que faltem escala organizada. 1 - Considera-se "extranumerrio" o empregado no efetivo, candidato efetivao, que se apresentar normalmente ao servio, embora s trabalhe quando for necessrio. O extranumerrio s receber os dias de trabalho efetivo. 2 - Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua prpria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o servio. Cada escala de "sobreaviso" ser, no mximo, de 24 (vinte e quatro) horas. As horas de "sobreaviso", para todos os efeitos, sero contadas razo de 1/3 (um tero) do salrio normal. 3 - Considera-se de "prontido" o empregado que ficar nas dependncias da Estrada, aguardando ordens. A escala de prontido ser, no mximo, de 12 (doze) horas. As horas de prontido sero, para todos os efeitos, contadas razo de 2/3 (dois teros) do salrio-hora normal. 4 - Quando, no estabelecimento ou dependncia em que se achar o empregado, houver facilidade de alimentao, as 12 (doze) horas de prontido, a que se refere o pargrafo anterior, podero ser contnuas. Quando no existir essa facilidade, depois de 6 (seis) horas de prontido, haver sempre um intervalo de 1 (uma) hora para cada refeio, que no ser, nesse caso, computada como de servio. a situao em que o empregado fica disposio do empregador. Ex: pessoas que trabalham com computador. O celular, quando dado pela empresa, conta como sobreavisto. Mas h algumas divergncias, pois diz-se que s se conta o sobreaviso se o empregado atender o telefone. 1.20.2 Jornadas especiais Em algumas profisses, as jornadas acabam sendo especiais. Diz o art. 58 da CLT:

Art. 58 - A durao normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, no exceder de 8 (oito) horas dirias, desde que no seja fixado expressamente outro limite. So excees jornada de trabalho de 8 horas: 1. 2. 3. 4. Aeronautas (11 a 20 horas); Telegrafistas, bancrios, engenheiros, qumicos, agrnomos (6 horas); Msicos, jornalistas (5 horas) Mdicos, dentistas, advogados (4 horas)

1.20.3 Trabalho extraordinrio a) mediante acordo (art. 59 da CLT) Art. 59 - A durao normal do trabalho poder ser acrescida de horas suplementares, em nmero no excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. 1 - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho dever constar, obrigatoriamente, a importncia da remunerao da hora suplementar, que ser, pelo menos, 50% (cinqenta por cento) superior da hora normal. 2 - Poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou conveno coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuio em outro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de um ano, soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o Iimite mximo de dez horas dirias. 3 - Na hiptese de resciso do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensao integral da jornada extraordinria, na forma do pargrafo anterior, far o trabalhador jus ao pagamento das horas extras no compensadas, calculadas sobre o valor da remunerao na data da resciso. 4 - Os empregados sob o regime de tempo parcial no podero prestar horas extras. Esse acordo deve ser sempre escrito. O limite deve ser de 2 horas por dia. E, em vez de trabalhar no Sbado (acordo de compensao) resolver fazer hora-extra, tudo anulado e todas as horas passam a ser consideradas horas-extras, ou seja, todas aquelas horas a mais durante a semana, passam a ser consideradas como horas-extras.. Nos dias de semana no pode ultrapassar 10 horas. b) compensao de horrio (art. 59 2o CLT) 2 - Poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou conveno coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuio em outro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de um ano, soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o Iimite mximo de dez horas dirias.

Se houver compensao para no trabalhar no sbado, e se isso acontecer, computar-se horas extras nos dias compensados na semana. Diz o enunciado 85 do TST: ENUNCIADO NO 85 - COMPENSAO DE HORRIO O no atendimento das exigncias legais, para adoo do regime de compensao de horrio semanal, no implica a repetio do pagamento das horas excedentes, sendo devido, apenas, o adicional respectivo. Diz o art. 7o. XIV da CF: c) Servios inadiveis Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poder a durao do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de fora maior, seja para atender realizao ou concluso de servios inadiveis ou cuja inexecuo possa acarretar prejuzo manifesto. 1 - O excesso, nos casos deste artigo, poder ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e dever ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, autoridade competente em matria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalizao sem prejuzo dessa comunicao. 2 - Nos casos de excesso de horrio por motivo de fora maior, a remunerao da hora excedente no ser inferior da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remunerao ser, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior da hora normal, e o trabalho no poder exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei no fixe expressamente outro limite. 3 - Sempre que ocorrer interrupo do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de fora maior, que determinem a impossibilidade de sua realizao, a durao do trabalho poder ser prorrogada pelo tempo necessrio at o mximo de 2 (duas) horas, durante o nmero de dias indispensveis recuperao do tempo perdido, desde que no exceda de 10 (dez) horas dirias, em perodo no superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperao prvia autorizao da autoridade competente. H tambm uma previso legal no art 7o. , XVI, da CF: d) fora maior Art. 501 e 61 da CLT. Se no fizer falta disciplinar. Se houver acordo de horas-extras por escrito com um de servio inadivel, no pode ultrapassar o limite de 4 horas. 1. recuperao de horas. Art. 61 3 da CLT (citado anteriormente).

Deve haver expressa autorizao da DRT. 3 - Sempre que ocorrer interrupo do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de fora maior, que determinem a impossibilidade de sua realizao, a durao do trabalho poder ser prorrogada pelo tempo necessrio at o mximo de 2 (duas) horas, durante o nmero de dias indispensveis recuperao do tempo perdido, desde que no exceda de 10 (dez) horas dirias, em perodo no superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperao prvia autorizao da autoridade competente. 1. enunciado 88 do TST ENUNCIADO NO 88 - JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO ENTRE TURNOS - CANCELADO PELA RES. 42/1995 DJ 17.02.1995 - Lei8923/94 O desrespeito ao intervalo mnimo entre dois turnos de trabalho, sem importar em excesso na jornada efetivamente trabalhada, no d direito a qualquer ressarcimento ao obreiro, por tratar-se apenas de infrao sujeita a penalidade administrativa (art. 71 da CLT). 1. enunciado 291 do TST ENUNCIADO NO 291 - HORAS EXTRAS - REVISO DO ENUNCIADO N 76 A supresso, pelo empregador, do servio suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos um ano, assegura ao empregado o direito indenizao correspondente ao valor de um ms das horas suprimidas para cada ano ou frao igual ou superior a seis meses de prestao de servio acima da jornada normal. O clculo observar a mdia das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos ltimos doze meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supresso. Referncia: CF, art. 7, inc. XIII - CLT, arts. 8, 58, 59 e 61 - Lei n 5811/72, art. 9 1. Art. 62 da CLT Art. 62 - No so abrangidos pelo regime previsto neste captulo: I - os empregados que exercem atividade externa incompatvel com a fixao de horrio de trabalho, devendo tal condio ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdncia Social e no registro de empregados; II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gesto, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. Pargrafo nico - O regime previsto neste captulo ser aplicvel aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salrio do cargo de confiana, compreendendo a gratificao de funo, se houver, for inferior ao valor do respectivo salrio efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).

No tem direito a horas extras: 1. servios externos 2. gerentes 1. Art. 384 e 413 nico da CLT Art. 384 - Em caso de prorrogao do horrio normal, ser obrigatrio um descanso de 15 (quinze) minutos no mnimo, antes do incio do perodo extraordinrio do trabalho. (...) Art. 413 - vedado prorrogar a durao normal diria do trabalho do menor, salvo: I - at mais 2 (duas) horas, independentemente de acrscimo salarial, mediante conveno ou acordo coletivo nos termos do Ttulo VI desta Consolidao, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela diminuio em outro, de modo a ser observado o limite mximo de 48 (quarenta e oito) horas semanais ou outro inferior legalmente fixado; Il - excepcionalmente, por motivo de fora maior, at o mximo de 12 (doze) horas, com acrscimo salarial de pelo menos 50% (cinqenta por cento) sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindvel ao funcionamento do estabelecimento. Pargrafo nico - Aplica-se prorrogao do trabalho do menor o disposto no art. 375, no pargrafo nico 1. Art. 404 CLT Art. 404 - Ao menor de 18 (dezoito) anos vedado o trabalho noturno, considerado este o que for executado no perodo compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas. 1.20.4 Horas in itinere o tempo em que o empregado leva da casa ao trabalho e vice-versa. Segundo o enunciado 90 do TST: ENUNCIADO NO 90 - TEMPO DE SERVIO - COM ALTERAO DADA PELA RA 80/1978 DJ 10.11.1978 O tempo despendido pelo empregado, em conduo fornecida pelo empregador, at o local de trabalho de difcil acesso, ou no servido por transporte regular pblico, e para o seu retorno, computvel na jornada de trabalho. (Redao original - RA 69/1978 DJ 26-09-1978)

1. Conduo fornecida pelo empregador; 2. Local de difcil acesso ou no sendo de transporte pblico regular. No se caracteriza horas in itinere se o nibus no coincidir com o horrio de entrada e sada do trabalhador. 1.20.5 Trabalho em prontido Ex: empregado ferrovirio quando fica na estrada disposio do empregador. 2/3 da hora normal. Escala de 12 horas. Motorista de nibus descansando na empresa. Sobrejornada fica em casa. 1/3 da hora normal. Escala de 24 horas. Para aqueles que trabalham com bina ou celular, desde que use para o trabalho. Zelador depende de cada caso. 1.20.6 Intervalos (perodos de descanso) 1. intervalo obrigatrio (11 horas entre uma jornada e outra art. 66 CLT) interjornada 2. na mesma jornada (art.71 da CLT) entrajornada

superior a 6 horas intervalo de 1 a 2 horas superior a 4 horas intervalo de 15 minutos

Pode haver supresso dos intervalos desde que haja conveno. Casos especiais:

para a os empregos de datilografia e digitao, o intervalo de 10 minutos, para cada 90 minutos de trabalho. Os intervalos no so remunerados (art. 71 2o da CLT)

Art. 71 - Em qualquer trabalho contnuo, cuja durao exceda de 6 (seis) horas, obrigatria a concesso de um intervalo para repouso ou alimentao, o qual ser, no mnimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrrio, no poder exceder de 2 (duas) horas. 1 - No excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, ser, entretanto, obrigatrio um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a durao ultrapassar 4 (quatro) horas. 2 - Os intervalos de descanso no sero computados na durao do trabalho. 3 - O limite mnimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeio poder ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de

Segurana e Higiene do Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente s exigncias concernentes organizao dos refeitrios e quando os respectivos empregados no estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares .

no concesso (art. 71 4o)

4 - Quando o intervalo para repouso e alimentao, previsto neste artigo, no for concedido pelo empregador, este ficar obrigado a remunerar o perodo correspondente com um acrscimo de no mnimo 50% (cinqenta por cento) sobre o valor da remunerao da hora normal de trabalho. 1.20.7 Trabalho noturno O trabalho noturno, em regra, vai das 22 horas da noite s 5 horas da manh. Mas, em alguns casos, o trabalho noturno modifica:

para o rurcula da lavoura, o trabalho noturno das 21 s 5 horas para o rurcula da pecuria, o trabalho noturno das 20 s 4 horas

Para os casos de trabalho noturno, a hora de 5230 (art.73 CLT): Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno ter remunerao superior do diurno e, para esse efeito, sua remunerao ter um acrscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 1 - A hora do trabalho noturno ser computada como de 52 (cinqenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 2 - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. 3 - O acrscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que no mantm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, ser feito tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relao s empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento ser calculado sobre o salrio mnimo geral vigente na regio, no sendo devido quando exceder desse limite, j acrescido da percentagem. 4 - Nos horrios mistos, assim entendidos os que abrangem perodos diurnos e noturnos, aplica-se s horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus pargrafos. 5 - s prorrogaes do trabalho noturno aplica-se o disposto neste Captulo. Mas h uma proibio legal, no art. 404:

Art. 404 - Ao menor de 18 (dezoito) anos vedado o trabalho noturno, considerado este o que for executado no perodo compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas. 1.20.8 DSR (Descanso Semanal Remunerado) ou RSR Lei 605/49, prev descanso de 24 horas. 1. Domingo trabalhado (dobro) Dec. 27.048/49 art. 6o 3o - Smula 146 do TST. 2. Horas extras incidem no RSR. 1.20.9 Frias (art. 129 CLT) Art. 129 - Todo empregado ter direito anualmente ao gozo de um perodo de frias, sem prejuzo da remunerao. 1. perodos:

aquisitivo 12 meses (ou seja, a cada dois meses o trabalhador tem direito a frias). concessivo dentro dos 12 meses subseqentes (ultrapassado os 12 meses).

Se passar o perodo concessivo e se no for concedido as frias, dever pagar as frias em dobro (indenizar). b) dobro (art. 137 CLT) Art. 137 - Sempre que as frias forem concedidas aps o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagar em dobro a respectiva remunerao. 1 - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as frias, o empregado poder ajuizar reclamao pedindo a fixao, por sentena, da poca de gozo das mesmas. 2 - A sentena dominar pena diria de 5% (cinco por cento) do salrio mnimo da regio, devida ao empregado at que seja cumprida. 3 - Cpia da deciso judicial transitada em julgado ser remetida ao rgo local do Ministrio do Trabalho, para fins de aplicao da multa de carter administrativo. c) direito de coincidncia (art 136 CLT)

estudantes mesma famlia

Art. 136 - A poca da concesso das frias ser a que melhor consulte os interesses do empregador.

1 - Os membros de uma famlia, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, tero direito a gozar frias no mesmo perodo, se assim o desejarem e se disto no resultar prejuzo para o servio. 2 - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, ter direito a fazer coincidir suas frias com as frias escolares. d) aviso de frias (art. 135 CLT) Art. 135 - A concesso das frias ser participada, por escrito, ao empregado, com antecedncia de, no mnimo, 30 (trinta) dias. Dessa participao o interessado dar recibo. 1 - O empregado no poder entrar no gozo das frias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdncia Social, para que nela seja anotada a respectiva concesso. 2 - A concesso das frias ser, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados. e) frias fracionadas (art. 134, 1o. CLT) Art. 134 - As frias sero concedidas por ato do empregador, em um s perodo, nos 12 (doze) meses subseqentes data em que o empregado tiver adquirido o direito. 1 - Somente em casos excepcionais sero as frias concedidas em 2 (dois) perodos, um dos quais no poder ser inferior a 10 (dez) dias corridos. 2 - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqenta) anos de idade, as frias sero sempre concedidas de uma s vez. 1. durao (art. 130 CLT) Art. 130 - Aps cada perodo de 12 (doze) meses de vigncia do contrato de trabalho, o empregado ter direito a frias, na seguinte proporo: I - 30 (trinta) dias corridos, quando no houver faltado ao servio mais de 5 (cinco) vezes; II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; lIl - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e trs) faltas; IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. 1 - vedado descontar, do perodo de frias, as faltas do empregado ao servio.

2 - O perodo das frias ser computado, para todos os efeitos, como tempo de servio. Art. 130-A - Na modalidade do regime de tempo parcial, aps cada perodo de doze meses de vigncia do contrato de trabalho, o empregado ter direito a frias, na seguinte proporo: I - dezoito dias, para a durao do trabalho semanal superior a vinte duas horas, at vinte e cinco horas; II - dezesseis dias, para a durao do trabalho semanal superior a vinte horas, at vinte e duas horas; III - quatorze dias, para a durao do trabalho semanal superior a quinze horas, at vinte horas; IV - doze dias, para a durao do trabalho semanal superior a dez horas, at quinze horas; V - dez dias, para a durao do trabalho semanal superior a cinco horas, at dez horas; VI - oito dias, para a durao do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas. Pargrafo nico - O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do perodo aquisitivo ter o seu perodo de frias reduzido metade. Mais que 32 faltas no tem direito a frias. g) perda do direito (art. 133 CLT) Art. 133 - No ter direito a frias o empregado que, no curso do perodo aquisitivo: I - deixar o emprego e no for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subseqentes sua sada; Il - permanecer em gozo de licena, com percepo de salrios, por mais de 30 (trinta) dias; lIl - deixar de trabalhar, com percepo do salrio, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisao parcial ou total dos servios da empresa; e IV - tiver percebido da Previdncia Social prestaes de acidente de trabalho ou de auxlio-doena por mais de 6 (seis) meses, embora descontnuos. 1 - A interrupo da prestao de servios dever ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdncia Social.

2 - Iniciar-se- o decurso de novo perodo aquisitivo quando o empregado, aps o implemento de qualquer das condies previstas neste artigo, retornar ao servio. 3 - Para os fins previstos no inciso lIl deste artigo a empresa comunicar ao rgo local do Ministrio do Trabalho, com antecedncia mnima de 15 (quinze) dias, as datas de incio e fim da paralisao total ou parcial dos servios da empresa, e, em igual prazo, comunicar, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixar aviso nos respectivos locais de trabalho. h) remunerao (art. 142 CLT) Art. 142 - O empregado perceber, durante as frias, a remunerao que lhe for devida na data da sua concesso. 1 - Quando o salrio for pago por hora com jornadas variveis, apurar-se- a mdia do perodo aquisitivo, aplicando-se o valor do salrio na data da concesso das frias. 2 - Quando o salrio for pago por tarefa tomar-se- por base a media da produo no perodo aquisitivo do direito a frias, aplicando-se o valor da remunerao da tarefa na data da concesso das frias. 3 - Quando o salrio for pago por percentagem, comisso ou viagem, apurar-se a mdia percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que precederem concesso das frias. 4 - A parte do salrio paga em utilidades ser computada de acordo com a anotao na Carteira de Trabalho e Previdncia Social. 5 - Os adicionais por trabalho extraordinrio, noturno, insalubre ou perigoso sero computados no salrio que servir de base ao clculo da remunerao das frias. 6 - Se, no momento das frias, o empregado no estiver percebendo o mesmo adicional do perodo aquisitivo, ou quando o valor deste no tiver sido uniforme ser computada a mdia duodecimal recebida naquele perodo, aps a atualizao das importncias pagas, mediante incidncia dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes. i) clculo de frias Inclui-se horas-extras, adicional noturno, insalubridade/periculosidade. j) abono pecunirio (art. 143 CLT) Art. 143 - facultado ao empregado converter 1/3 (um tero) do perodo de frias a que tiver direito em abono pecunirio, no valor da remunerao que lhe seria devida nos dias correspondentes.

1 - O abono de frias dever ser requerido at 15 (quinze) dias antes do trmino do perodo aquisitivo. 2 - Tratando-se de frias coletivas, a converso a que se refere este artigo dever ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a concesso do abono. 3 - O disposto neste artigo no se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial. l) utilidades O salrio in natura tem utilidade durante as frias. No integra o clculo. O empregado pode vender at 10 dias de suas frias m) prescrio Dois anos a partir do perodo concessivo (um ano adquirindo o direito e um ano para conceder o direito). n) frias proporcionais Se inferior a 15 dias no conta o ms. Deve Ter mais de um ano de casa e no ser demitido por justa causa. O enunciado 171 do TST diz: ENUNCIADO NO 171 - FRIAS PROPORCIONAIS. CONTRATO DE TRABALHO. EXTINO Salvo na hiptese de dispensa do empregado por justa causa, a extino do contrato de trabalho, com mais de um ano, sujeita o empregador ao pagamento da remunerao das frias proporcionais, ainda que incompleto o perodo aquisitivo de doze meses (art. 142, pargrafo nico, combinado com o art. 132 da CLT). Exprejulgado n 51. Referncia: CLT, art. 142, pargrafo nico, combinado com o art. 132 Pedido de demisso, segundo o enunciado 261 do TST: ENUNCIADO NO 261 - FRIAS PROPORCIONAIS. PEDIDO DE DEMISSO. CONTRATO VIGENTE H MENOS DE UM ano O empregado que, espontaneamente, pede demisso, antes de completar doze meses de servio, no tem direito a frias proporcionais. Referncia: CLT, arts. 130 e 147

Contrato por prazo determinado frao de 1/12 contada por perodo inferior a 15 dias. Em caso de falncia e concordata, as frias tm natureza salarial. Art. 148 CLT: Art. 148 - A remunerao das frias, ainda quando devida aps a cessao do contrato de trabalho, ter natureza salarial, para os efeitos do art. 449. (...) Art. 449 - Os direitos oriundos da existncia do contrato de trabalho subsistiro em caso de falncia, concordata ou dissoluo da empresa. 1 - Na falncia, constituiro crditos privilegiados a totalidade dos salrios devidos ao empregado e a totalidade das indenizaes a que tiver direito. 2 - Havendo concordata na falncia, ser facultado aos contratantes tornar sem efeito a resciso do contrato de trabalho e conseqente indenizao, desde que o empregador pague, no mnimo, a metade dos salrios que seriam devidos ao empregado durante o interregno. Art. 146 - Na cessao do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, ser devida ao empregado a remunerao simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao perodo de frias cujo direito tenha adquirido. Pargrafo nico - Na cessao do contrato de trabalho, aps 12 (doze) meses de servio, o empregado, desde que no haja sido demitido por justa causa, ter direito remunerao relativa ao perodo incompleto de frias, de acordo com o art. 130, na proporo de 1/12 (um doze avos) por ms de servio ou frao superior a 14 (quatorze) dias. o) frias coletivas (art. 139 CLT) Art. 139 - Podero ser concedidas frias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. 1 - As frias podero ser gozadas em 2 (dois) perodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. 2 - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicar ao rgo local do Ministrio do Trabalho, com a antecedncia mnima de 15 (quinze) dias, as datas de incio e fim das frias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. 3 - Em igual prazo, o empregador enviar cpia da aludida comunicao aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciar a afixao de aviso nos locais de trabalho. Art. 136 - A poca da concesso das frias ser a que melhor consulte os interesses do empregador.

1 - Os membros de uma famlia, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, tero direito a gozar frias no mesmo perodo, se assim o desejarem e se disto no resultar prejuzo para o servio. 2 - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, ter direito a fazer coincidir suas frias com as frias escolares. A DRT deve ser avisada com 15 dias de antecedncia e tambm o Sindicato dos Trabalhadores. Geralmente as frias coletivas so no fim do ano ou em poca em que cai o faturamento da empresa. Sempre quem decide o empregador, que fixa um aviso das frias. Para empregado estudante, se no coincidirem com as frias escolares, ser considerado licena remunerada e depois pode tirar frias novamente, junto com as escolares. Art. 140 - Os empregados contratados h menos de 12 (doze) meses gozaro, na Boportunidade, frias proporcionais, iniciando-se, ento, novo perodo aquisitivo. 1.20.10 Contrato por tempo parcial Art. 58 - A durao normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, no exceder de 8 (oito) horas dirias, desde que no seja fixado expressamente outro limite. Art. 58-A - Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja durao no exceda a vinte e cinco horas semanais. 1 - O salrio a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial ser proporcional sua jornada, em relao aos empregados que cumprem, nas mesmas funes, tempo integral. 2 - Para os atuais empregados, a adoo do regime de tempo parcial ser feita mediante opo manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociao coletiva. Art. 130-A - Na modalidade do regime de tempo parcial, aps cada perodo de doze meses de vigncia do contrato de trabalho, o empregado ter direito a frias, na seguinte proporo: I - dezoito dias, para a durao do trabalho semanal superior a vinte duas horas, at vinte e cinco horas; II - dezesseis dias, para a durao do trabalho semanal superior a vinte horas, at vinte e duas horas; III - quatorze dias, para a durao do trabalho semanal superior a quinze horas, at vinte horas;

IV - doze dias, para a durao do trabalho semanal superior a dez horas, at quinze horas; V - dez dias, para a durao do trabalho semanal superior a cinco horas, at dez horas; VI - oito dias, para a durao do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas. Pargrafo nico - O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do perodo aquisitivo ter o seu perodo de frias reduzido metade. possvel transformar um contrato por tempo integral para parcial, mas preciso anuncia do sindicato. Contrato por tempo parcial no pode ser superior a 25 horas semanais. um contrato para estudantes, mulheres e outros que no podem trabalhar o dia todo. 1.20.11 Banco de Horas uma maneira de compensar as horas. Atravs de um esquema onde o empregado vai compensando, semanalmente, as suas horas de trabalho. So exigncias para o banco de horas: 1. acordo escrito; 2. homologado pelo sindicato; 3. limite de 10 horas dirias. O banco de horas vale por um ano. Efeitos do acordo descumprido: recebe por hora-extra e ainda ganha o bnus ( o bnus das horas compensadas). . Com relao s faltas ao servio como forma de compensao, se no tiver expressa, elas no podem ser descontadas. 1.20.12 Resciso contratual e horas no compensadas Art. 59 - A durao normal do trabalho poder ser acrescida de horas suplementares, em nmero no excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. 1 - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho dever constar, obrigatoriamente, a importncia da remunerao da hora suplementar, que ser, pelo menos, 50% (cinqenta por cento) superior da hora normal. 2 - Poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou conveno coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela

correspondente diminuio em outro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de um ano, soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o Iimite mximo de dez horas dirias. 3 - Na hiptese de resciso do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensao integral da jornada extraordinria, na forma do pargrafo anterior, far o trabalhador jus ao pagamento das horas extras no compensadas, calculadas sobre o valor da remunerao na data da resciso. 4 - Os empregados sob o regime de tempo parcial no podero prestar horas extras. 1.20.13 Turnos ininterruptos de revezamento Art. 71 - Em qualquer trabalho contnuo, cuja durao exceda de 6 (seis) horas, obrigatria a concesso de um intervalo para repouso ou alimentao, o qual ser, no mnimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrrio, no poder exceder de 2 (duas) horas. 1 - No excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, ser, entretanto, obrigatrio um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a durao ultrapassar 4 (quatro) horas. 2 - Os intervalos de descanso no sero computados na durao do trabalho. 3 - O limite mnimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeio poder ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de Segurana e Higiene do Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente s exigncias concernentes organizao dos refeitrios e quando os respectivos empregados no estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. 4 - Quando o intervalo para repouso e alimentao, previsto neste artigo, no for concedido pelo empregador, este ficar obrigado a remunerar o perodo correspondente com um acrscimo de no mnimo 50% (cinqenta por cento) sobre o valor da remunerao da hora normal de trabalho. Veja o que diz o enunciado 360 TST: ENUNCIADO NO 360 - TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. INTERVALOS INTRAJORNADA E SEMANAL. "A interrupo do trabalho destinada a repouso e alimentao, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, no descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 horas previsto no art. 7, inciso XIV, da Constituio da Repblica de 1988". Trabalho em escala e rodzio. Se houver intervalo, no descaracteriza o revezamento , com direito ao adicional noturno e hora reduzida. 2. EXTINO DO CONTRATO DE TRABALHO1

2.1 Aspecto geral Os contratos se extinguem por um ato que lhe pe fim. Este fato pode ser normal ou anormal. O modo normal de extino do contrato sua execuo. Quando alcanou o seu objetivo ( pelo termo ou pelo alcance dos fins propostos). A extino anormal (dissoluo) quando o fato que deu fim ao contrato no estava previsto. Portanto, a extino do contrato de trabalho sem prazo ser sempre anormal. Assim, as causas dessa extino (dissoluo) so: resilio; resoluo; revogao; resciso e fora maior. 2.2 Formas de extino anormal do contrato (prazo indeterminado) 1. RESILIO forma de extino do contrato antes da expirao do seu termo ou de obtidos seus fins normais, pela manifestao de vontade das partes (mtuo acordo, caracterstica da resilio igual ao distrato do art. 1093 CC). H duas maneiras: unilateral e bilateral. 1. Unilateral um dos dois resolve dar fim ao contrato. Quando parte do empregador (direito potestativo) diz-se despedida ou dispensa. Quando parte do empregado, diz-se demisso. 1. Bilateral tambm conhecida como distrato (ambos resolvem finalizar o contrato). Nesta forma tem que ser observada a relao de dependncia do empregado no contexto geral (se foi coagido ou se concordou livremente em por fim ao contrato). A resilio produz efeitos ex nunc. 2. RESOLUO a extino por inexecuo faltosa do contrato por um dos contratantes. Envolve a justa causa. Tambm h resoluo quando um contrato subordinado a uma condio resolutiva. O empregado estvel somente poder ser despedido judicialmente. Nestes casos, normalmente, o empregador alega falta grave. O fato de o contrato no ter sido cumprido poder ensejar o seu fim, mas, no necessariamente por justa causa. A resoluo produz efeitos ex nunc. 3. RESCISO - a extino do contrato por nulidade (tecnicamente falando). Entretanto, se usa como sinnimo de extino na rea trabalhista, sem problema nenhum. 4. REVOGAO um modo de dissoluo prpria dos contratos a ttulo gratuito. Excepcionalmente a lei pode conceder esse direito em relao a um contrato oneroso, como ocorre no mandato. 5. FORA MAIOR (art. 501 CLT) o acontecimento inevitvel, devastador, imprevisto para o qual, o empregador no concorreu direta ou indiretamente. Nestes

casos, o contrato fica inviabilizado ou, impossibilitado de ser executado. Neste caso se enquadra o caso do art. 486 da CLT (facto do prncipe).

No direito do trabalho h indenizao por fora maior (as indenizaes so pagas pela metade). Isto um contra-senso, pois, em regra no h indenizao por fora maior no direito brasileiro. No caso do risco do empreendimento, no se aplica o disposto no art. 486 (facto do prncipe). Ex: posto de gasolina de beira de estrada. Se esta for duplicada o movimento do posto cair pela dificuldade de acesso dos veculos da pista contrria. Isso considerado risco do empreendimento. O facto do prncipe um exemplo nico de interveno de terceiros no direito do trabalho. No momento que este declarado, o empregador sai da relao jurdica e entra em seu lugar, a entidade estatal responsvel. Isto desloca a competncia.

2.3 Outras formas de extino do contrato de trabalho 1. morte do empregado; 2. morte do empregador somente em algumas hipteses isso acontece (nas grandes empresas, normalmente no h resciso do contrato) o art. 483, 2o da CLT, faculta ao empregado extinguir ou no o contrato. 3. aposentadoria art. 453 CLT. Extingue naturalmente o contrato. Surge um problema quando o empregado se aposenta e continua trabalhando na empresa. Neste caso, o mesmo contrato ou um contrato novo? A controvrsia surge em funo do FGTS. Uns entendem que deve ser pago sobre o total do tempo trabalhado (mesmo aps a aposentadoria); outros entendem que s devido o depsito relativo ao tempo trabalhado aps a aposentadoria (opinio do professor). Quando o empregado se aposenta, ele retira o FGTS que foi depositado por todos os empregadores, no decorrer da sua vida profissional. Quando o empregado dispensado sem justa causa, a multa paga sobre o valor do depsito daquele contrato em questo, no sobre a totalidade do depsito do fundo. 3. TRABALHO NOTURNO Justifica-se o princpio constitucional da remunerao maior par o trabalho noturno, porque este mais penoso para o organismo. A lei ordena o pagamento de adicionais salariais de 20% a partir das 22 horas e at s 5 horas ou prorrogaes. Menores de 18 anos esto proibidos de fazerem este horrio. Mulheres somente em casos especiais enumerados na lei (art. 411, 413 CLT e art. 7o , XIII, CF). A durao da hora noturna reduzida (52 minutos e 30 segundos). Para o trabalhador rural a jornada noturna ser entre 21 horas e 5 horas na lavoura e entre 20 horas e 4 horas na pecuria (lei n. 5.889/73). 4. CLCULO PARA SE CHEGAR AO DIVISOR DO VALOR DA HORA

Jornada semanal (44 horas) dividido pelo nmero de dias teis da semana (6), multiplicados por 30 dias (para poder remunerar todos os dias do ms, inclusive os no trabalhados). O divisor ser 220 neste caso. Para quem trabalha 40 horas por semana o divisor ser 200. 5. FERIADOS ( Lei n. 9093/95) So feriados aqueles estabelecidos em lei. Temos os feriados civis e os religiosos, de acordo com a lei supra citada. So feriados civis : 01/01, 21/04, 01/05, 07/07, 12/10, 15/11, 25/12. Obs: O carnaval, por lei, no considerado feriado. Corpus Christi s ser feriado se o municpio instituir por lei. 6. FRIAS ANUAIS ( arts. 129 CLT e ss) A idia de frias anuais no sentido de proporcionar ao empregado uma recuperao das foras gastas durante o trabalho prestado. Tambm proporcionar ao empregado um tempo maior para integrao social, familiar e lazer. As frias no significam prmio de assiduidade. Por isso, no se pode descontar das frias do empregado eventuais faltas ao trabalho. No h base legal para isso. O art. 130 CLT estabelece uma tabela para as frias. A durao das frias vo diminuindo de acordo com a quantidade de faltas, mas segundo o professor Dirceu, no se trata de deduzir as faltas dos dias de frias. O fundamento das frias a reposio de foras do empregado. O direito s frias acontece aps o perodo aquisitivo (12 meses de trabalho). O primeiro dia de trabalho significa o primeiro dia do perodo aquisitivo das frias. Todos os empregados tm direito a 30 dias de frias, com o exceo do empregado domstico que tm direito a 20 dias. Quem faltar mais de 30 dias durante o ano perde o direito s frias (art. 133 CLT); O art. 131 indica quais as faltas que no sero consideradas. Quem trabalha na modalidade do regime de tempo parcial (art. 130 A) ter frias diferenciadas. Na opinio do professor h uma inconstitucionalidade aqui, pois o empregado foi contratado para prestar determinado servio que pode ser efetuado em 25 , 22 ou 44 horas e portanto deveria ter direito, tambm, aos 30 dias de frias. O art. 134 CLT trata da concesso das frias. A partir do 1o dia depois de completado o perodo aquisitivo, comea o perodo de concesso. Neste perodo, o empregador escolher a poca que conceder frias ao empregado, mas ter que ser dentro desse perodo de concesso. O menor estudante ter direito a coincidir suas frias com as frias escolares.

Se o empregador no conceder frias aps o prazo do art. 134, pagar em dobro a respectiva remunerao (art. 137 e ). O empregado poder ajuizar reclamao pedindo a fixao das frias por sentena. Isso muito difcil de acontecer, pois o empregado teme pela perda do emprego. Ex: o perodo de concesso vai de 01/01 a 30/12 de determinado ano. Se o empregador concede 30 dias de frias ao empregado a partir do dia 15/12 do referido ano, 15 dias sero gozados aps o perodo aquisitivo. Estes, ento, sero pagos em dobro. Na verdade, se passou o prazo de concesso, o empregador pagar em dobro as frias, concedendo-as ou no. O art. 138 deixa entender que a lei permite que o empregado preste servios a outro empregador durante as frias. O art. 142 trata da remunerao das frias. As frias tm que ser pagas como se o empregado estivesse trabalhando. A CF/88 trouxe um tero a mais do que o salrio normal (art. 7o , XVII). A partir da, no h hiptese de se pagar frias sem o tero a mais (mesmo que sejam proporcionais, deve ser calculado o tero). O art. 143 estabeleceu a converso de 1/3 das frias em pecnia (abono pecunirio). Em vez de gozar 30 dias, o empregado goza 20 dias e pode vender 10 dias. Neste caso, o empregado recebe os 30 dias de frias mais 1/3 desse valor, correspondente aos 10 dias que vendeu. Se o empregado requerer dentro do prazo previsto no 1o , o empregador no poder negar a venda dos 10 dias. O 1/3 de frias calculado sempre sobre o valor integral das frias. O art. 134, 1o fala que as frias no podero ser menores que 10 dias corridos. Isto se refere queles casos do art. 130 A onde as frias so no mximo de 18 dias (se dividir por dois d menos que 10 dias. No pode). As frias coletivas (arts 139 141). Podem ser divididas em dois perodos anuais, a critrio do empregador, desde que no sejam inferiores a 10 dias. No caso da venda de 1/3 das frias, vai depender da participao da entidade sindical (acordo coletivo). No caso daqueles que no tm direito s frias, porque no trabalharam 12 meses ainda, se a empresa fechar e conceder frias coletivas, aqueles que ainda no tm direito tambm recebero frias. No final das frias comear a contar um novo perodo aquisitivo para todos os empregados. Dos arts 146 a 148 - efeitos da extino do contrato. As frias vencidas sempre sero devidas ao empregado, no importando o motivo da extino do contrato. Quando se trata das frias proporcionais antes de completar 1 ano de trabalho (1/12 por ms), o empregado s receber se for despedido sem justa causa. J se o empregado se desliga por iniciativa prpria ou se demitido por justa causa no receber as frias proporcionais. Depois de 1 ano de trabalho, o empregado tem direito s frias proporcionais, ainda que pea para sair.

As frias proporcionais nunca sero pagas se o empregado for demitido por justa causa. 6. RESOLUO POR INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAES DO CONTRATO 6.1 Justa causa No direito do trabalho, o inadimplemento capaz de provocar a resoluo do contrato deve assumir a figura da justa causa, ou seja, de um motivo que torne indesejvel o prosseguimento da relao. Evaristo de Moraes Filho define justa causa como todo o ato doloso ou culposamente grave, que faa desaparecer a confiana e boa-f existentes entre as partes, tornando, assim, impossvel o prosseguimento da relao. O problema do conceito est na palavra impossvel. Na verdade o que torna impossvel o prosseguimento de um contrato a fora maior, porque a justa causa pode ser, tacitamente, perdoada. A justa causa torna, isto sim, indesejvel o prosseguimento do contrato. 6.2 Justa causa x Falta grave No procede a distino entre justa causa e falta grave, esta peculiar resilio do contrato estvel. A justa causa, por definio, falta grave. O artigo 493 CLT, fala que a falta ser grave desde que verificadas as condies do aludido artigo. Para o professor a justa causa decorre da gravidade do falta. 6.3 Elementos Fundamentais da Justa Causa 1. Causalidade deve haver entre a falta e a soluo uma relao de causa e efeito, pelo que a justa causa deve ser concretamente especificada, no podendo mais tarde ser substituda por outra, ainda que, objetivamente, capaz de justificar a resoluo do contrato. A referncia , aqui, em relao ao fato alegado e no ao enquadramento jurdico do fato. O fato alegado no poder mudar, mesmo enquadrado de forma errada juridicamente. 2. Imediatidade ou atualidade da falta a justa causa deve ser atual. Uma falta conhecida e no punida entende-se perdoada. Entretanto, no prprio interesse do empregado, no h como negar ao empregador o direito de refletir antes de tomar qualquer deciso, mesmo porque, a falta deve ser apreciada em concreto. Uma falta antiga mas ignorada torna-se atual assim que venha a ser conhecida. 3. Proporcionalidade entre a falta e a punio somente a falta grave justifica a resoluo do contrato. O empregador tem a faculdade de impor penas disciplinares ao empregado antes de adotar a medida extrema da resoluo do contrato. Por isso, tem que haver proporcionalidade entre a punio e a falta. Entretanto, se a falta vier a ser punida com uma sano disciplinar menos rigorosa, ter o empregador esgotado o seu direito de punir. 4. Tipicidade no h justa causa que no esteja prevista em lei. Por isso, necessrio que se enquadre nos dispositivos 482 e 483 da CLT. Alm desses dois dispositivos, h normas esparsas que tratam do tema na CLT. Excetuados os casos em que a sentena criminal se impe jurisdio civil, a absolvio do empregado no crime no impedir que o mesmo fato seja considerado pelo juiz

do trabalho falta capaz de justificar a resoluo do contrato. Revela notar que a prova tida como precria para efeito penal no tem influncia no juzo trabalhista, salvo no sentido de ser aceita como caracterizadora da justa causa. 7. RESOLUO DO CONTRATO PELO EMPREGADOR ATOS FALTOSOS DO EMPREGADO a pena mxima que o empregador pode impor ao empregado. Da resulta a exigncia da gravidade da falta. Dessa natureza disciplinar da resoluo contratual decorre uma classificao dos atos faltosos do empregado. Do contrato de trabalho derivam para o empregado as obrigaes fundamentais de obedincia, diligncia e fidelidade. A violao de uma dessas obrigaes pode levar a resoluo por justa causa do contrato. 1. Ato de improbidade um ato desonesto do empregado que visa prejuzo ao empregador ou a cliente do empregador, em benefcio do prprio empregado. (art. 482 A). H duas correntes: a dos que adotam um critrio subjetivo, acentuando o aspecto da violao de um dever moral, e a dos que se inclinam por um critrio objetivo, conceituando a improbidade como a violao de um dever legal. Entretanto, Dlio Maranho, entende que no se deve separar os valores morais e jurdicos, pois exemplifica ele, o conceito de boa-f moral e jurdico, e o contrato, cujo objeto ofende a moral, juridicamente nulo. 1. Incontinncia de conduta ou mau procedimento - a incontinncia de conduta se revela pelo fato de levar o empregado uma vida irregular, incompatvel com a sua condio e com o cargo que exerce, fazendo-o perder a confiana do empregador. O mau procedimento est em todo o ato que revela quebra do princpio de que os contratos dever ser executados de boa-f. 1. Negociao habitual - quando constituir ato de concorrncia ao empregador ou for prejudicial ao servio. A lei exige que se trate de negociao habitual. Um ato espordico no constituir falta grave. Outro requisito necessrio para a configurao do ato faltoso que no haja permisso (tcita ou expressa) do empregador. A concorrncia que se traduz na negociao habitual no se confunde, necessariamente, com o crime de concorrncia desleal de que trata o art. 178 do cdigo de propriedade industrial. A falta, na negociao habitual, tem a ver com a obrigao de fidelidade do empregado para com o empregador (caso da concorrncia). Quando a negociao prejudica o servio, o empregado falta com o dever de diligncia, que est relacionado ao rendimento quantitativo e qualitativo que o empregador pode, legitimamente, esperar da prestao. 1. Condenao Criminal do Empregado no a condenao, em si mesma, que justifica a resoluo contratual, mas a impossibilidade de execuo do contrato, que dessa condenao decorre. Da, por que, tendo havido suspenso condicional da pena, deixa de configurar-se a justa causa. Se o ato criminoso incompatibiliza o prosseguimento do contrato, pela perda de confiana que acarreta, o caso ser de falta consistente em ato de improbidade. 1. Desdia no desempenho das respectivas funes a falta de diligncia por parte do empregado. Uma das obrigaes do empregado dar, no cumprimento de sua prestao, o rendimento quantitativo e qualitativo que o empregador

pode, normalmente, esperar de uma execuo de boa-f. A desdia a violao dessa obrigao. Desdia negligncia e esta pressupe a culpa do empregado. Portanto, a incompetncia, a imprudncia e a negligncia caracterizam-se como desdia ( sempre culposa). 1. Embriaguez habitual ou em servio o que a lei considera justa causa a embriaguez e no o hbito de beber. O empregado que pelo fato de ter ingerido bebida alcolica se apresentar no trabalho em elevado grau de embriaguez, que seja capaz de perturbar o exato cumprimento de sua prestao, estar incorrendo em falta grave, ainda que isso ocorra uma nica vez(deve ser levado em conta os antecedentes do empregado. Este pode ser timo empregado, mas ter sofrido um desgosto ntimo). A embriaguez fora do servio constitui uma forma especial de incontinncia de conduta que poder levar o empregado a perder a confiana do empregador. 1. Violao de segredo da empresa a obrigao de fidelidade impe o sigilo do empregado a respeito dos segredos da empresa. A lei diz violar e no revelar. Dessa forma, pode haver violao sem revelao, quando o empregado, praticando ato de concorrncia desleal, usa, em proveito prprio o segredo da empresa. Exceo: 1. se o segredo envolver ilegalidade, abuso, m-f ou fraude, capaz de prejudicar terceiros, deixa de ser segredo; 2. tambm no ser falta do empregado, quando a revelaodo segredo for exigida por autoridade pblica competente. 1. Ato de indisciplina ou de insubordinao - aqui h uma violao da obrigao especfica de obedincia. Uma, em relao s normas de ordem geral, que regulam a execuo do trabalho na empresa; outra, em relao a uma ordem especial dirigida a determinado empregado. Se a ordem do empregador for ilegal ou abusiva, cessa o dever de obedincia do empregado. Tambm no caso de ordem que lhe possa acarretar srio risco, o empregado poder se negar a cumpri-la. 1. Abandono de emprego o empregado obriga-se a uma prestao continuada de trabalho. configura-se o abandono pela ausncia reiterada ao servio, sem justo motivo, e sem permisso do empregador; ou pela ausncia justificada, mas sem a comunicao ao empregador dos motivos que a justificam. A jurisprudncia fixou como abandono de emprego 30 dias de ausncia. O decurso dos trinta dias faz presumir a inteno do empregado de abandonar o emprego, portanto, deve ser uma falta voluntria (elemento essencial). A permisso do empregador, que afasta, tambm, a figura faltosa, pode ser expressa ou tcita: questo que depende de prova, cujo nus cabe ao empregado. 1. Ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas fsicas praticados no servio, contra qualquer pessoa so atos que violam a obrigao geral de conduta do empregado, e que, uma vez praticados no servio, tm repercusso imediata no contrato de trabalho, desde que, como evidente, perturbam a normal execuo do trabalho. O ato lesivo da honra e boa fama, no caso, coincide com a correspondente figura criminal. No havendo, pois, injria, difamao ou calnia, no haver falta.

1. Ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas fsicas contra empregador e superiores hierrquicos trata-se, aqui, de violao de obrigaes especficas do contrato, e que, por sua gravidade, se verifica ainda que praticada fora do servio. O empregado tem, por fora do contrato, a obrigao de fidelidade. Dessa forma, no h necessidade do dolo para a resciso contratual, basta a culpa. Por isso, se o empregado d publicidade desnecessria, por exemplo, a alguma irregularidade da empresa, estar violando a obrigao de fidelidade, embora no esteja cometendo nenhum crime. Estar praticando ato lesivo boa fama do empregador. A retratao isenta o querelado da pena nos casos de calnia ou difamao, mas no isentar o empregado das conseqncias da falta contratual praticada. 1. Prtica constante de jogos de azar importa em quebra da obrigao geral de conduta do empregado com reflexo no contrato. O jogador no inspira confiana e sem esta no h contrato de trabalho. Desde que haja desrespeitado uma ordem do empregador, a prtica de jogo de azar constituir indisciplina, mesmo fora das horas de trabalho, bastando que se verifique no ambiente de trabalho. Segundo o professor Dirceu, este dispositivo no tem sentido nos dias atuais. Desde que o jogo no atrapalhe o trabalho, no da conta do empregador. 1. Falta contumaz de pagamento de dvidas legalmente exigveis, sendo empregado bancrio (art. 508 da CLT) a conduo irregular do empregado fora do trabalho, repercute, aqui, de modo especial no contrato, em funo da natureza do servio ( lidar com dinheiro). 1. Greve (art. 5o CF) A CF ampliou o direito de greve. Todavia, os abusos cometidos durante a greve sujeitam os grevistas a sanes de ordem trabalhista, civil ou penal, isolada ou concomitantemente, conforme a natureza da leso que tenham produzido a direito de outrem. O mau uso desse direito pelo empregado, poder ensejar que o ato praticado seja, na esfera trabalhista, enquadrado como justa causa. A greve um fato coletivo. A punio individual no pode ser indiscriminada, nem se pode exigir do empregado, como indivduo, um comportamento contrrio a seus interesses como integrante de sua classe ou categoria. Se a greve ilegal, respondero por isso, individualmente,os empregados que a incentivaram ou promoveram ou, ainda, que do movimento participaram ativamente. Smula 316 STF A simples adeso greve no constitui falta grave. 8. RESOLUO DO CONTRATO PELO EMPREGADO ATOS FALTOSOS DO EMPREGADOR Art. 483 entender a palavra rescindido como findo. Os elementos fundamentais da justa causa (causalidade, imediatidade, tipicidade e proporcionalidade) usados nos casos do empregado, tambm so aplicados ao empregador, quando este for o causador da justa causa. Enquanto a resoluo do contrato pelo empregador funciona como uma penalidade mxima ao empregado, este para dar por findo o contrato por atos faltosos do empregador ter, necessariamente, que ingressar em juzo. Enquanto espera o pronunciamento da justia, o empregado, se possvel, dever continuar trabalhando,

para no caso de ter deciso contrria, no ser enquadrado em justa causa por ausncia do trabalho. Conforme o art. 483 CLT, o empregado pode por fim ao contrato por justa causa do empregador quando: 1. Forem exigidos servios superiores as suas foras. Ex: proibir o empregado de emitir nota fiscal das vendas que fizer contrrio lei. Quando o empregado contratado, para uma atividade especfica. Fora disso o empregado poder dar por finda a relao de trabalho. OBS: quando se trata da extino por culpa do empregador, o empregado ajuza a ao. O efeito, se for acolhido, ser o mesmo de uma despedida injusta. 1. For tratado pelo empregador ou por seus superiores hierrquicos com rigor excessivo; 1. Correr perigo - deve-se levar em conta o risco de imediatividade do mal e que este mal seja considervel (concomitantemente); 1. O empregador no cumpre as obrigaes do contrato. Dependendo da situao no se acolhe a justa causa porque houve tolerncia do empregado com a desobrigao. 1. Ofensa fsica. Esta dever ser somente contra o empregado. O professor acha que deve ser estendido famlia, por se tratar de pessoa prxima. 1. Reduo do trabalho que afete o salrio. Descuido do legislador. J mencionado na letra d descumprimento de obrigao do contrato. A reduo do salrio no pode. S seria admitida se reduzisse a produo em funo da situao econmica. Dependendo da natureza da falta imputada ao empregador, a permanncia do empregado no servio poder ser incompatvel com a prpria falta alegada ou servir de elemento para que o juiz avalie sua gravidade. A questo foi regulada pela lei n. 4.825/65, segundo a qual, nas hipteses das letras D e G do art. 483 CLT que dizem que o empregado poder permanecer no emprego enquanto pleiteia a resciso do contrato. Segundo o prof. Isso muito raro.(enunciados 13 e 31 do TST) O 1o se refere obrigaes legais. Ex: servio militar. Neste caso, o empregado pode dar por finda a relao de emprego. Valente Simi diz que os atos faltosos do empregador surgem da violao de trs direitos fundamentais do empregado: o direito ao respeito sua pessoa fsica e moral, compreendendo nesta ltima o decoro e o prestgio; tutela das condies essenciais do contrato; e, a observncia pelo empregador das obrigaes que constituem a contraprestao da prestao do trabalho.

A falta do empregador, para justificar a resoluo do contrato deve ser grave. Esta gravidade deve ser avaliada em abstrato, embora atendo-se s circunstncias do fato. A justa causa, seja dada pelo empregado ou pelo empregador, deve revestir-se de gravidade. O direito no pode usar de dois pesos e duas medidas: o requisito da gravidade da falta o mesmo, seja qual for o contratante que a pratique. 9. EFEITOS DO PEDIDO DE DISSOLUO DO CONTRATO POR JUSTA CAUSA 1. a sentena pode confirmar a justa causa; 2. a sentena no confirma a justa causa. 10. REJEIO DO PEDIDO Se o empregado pede a resciso por culpa indireta do empregador e o juiz no acata, o que acontece? 1. Se o empregado no foi trabalhar, pode ser que o empregador pea a resoluo da contrato por justa causa do empregado; 2. O empregado pede para rescindir o contrato. o mais lgico que pode acontecer. 3. Pode haver reconveno. O empregado pede a justa causa; o juiz nega; o empregador, ento, reconvm pedindo para que o empregado pague o aviso prvio. Se o empregado alega, para dissolver o contrato, justa causa do empregador. Este ao receber a citao demite o empregado sem justa causa. O que acontece? Neste caso o empregador dever pagar todas as indenizaes ao empregado ( aviso prvio, FGTS com multa de 40%, 13o salrio, frias). So as mesmas que pagaria se viesse perder a questo em juzo. Isso ocorrendo, h uma perda do objeto, exceto, se o empregado pleitear, tambm, indenizao por dano moral. 11. EXTINO DO CONTRATO POR CULPA RECPROCA O art. 484 CLT, fala da culpa recproca no ato que determinou a resciso do contrato. (Ver enunciado 14). Neste caso o empregado no ter direito ao aviso prvio, frias proporcionais e a gratificao natalina do ano em curso. A multa aplicada ao empregador referente ao FGTS ser reduzida pela metade. (ser de 20% e no 40%). Ou seja, os dois tero uma punio. 12. ESTABILIDADE NO EMPREGO 12.1 Estabilidade - Conceito A estabilidade uma permanncia mais energicamente assegurada, porquanto, com ela, o trabalhador se encontra mais solidamente incorporado empresa. O empregado

estvel aquele que tem o direito de no ser despedido, salvo se tiver causa relevante expressa em lei. Alguns autores falam em: 1. Estabilidade econmica a que visa preservar a subsistncia do empregado e no do emprego. Ex: FGTS; seguro desemprego; 2. Estabilidade Jurdica - est preocupada com a manuteno do emprego. No se pode confundir estabilidade com efetividade. O empregado efetivo ou permanente aquele que no foi admitido em carter transitrio, ou que no est submetido ao perodo de prova. Contudo o empregado efetivo no precisamente o empregado com estabilidade. O empregado efetivo pode ser despedido. Contra a despedida arbitrria o empregado conta com o art. 7, I da CF e o art. 10, I ADCT/CF88 (prev a multa de 40% do FGTS). A estabilidade que o empregado alcanava com o decurso do tempo foi abolida pela CF/88. O que existe que algumas empresas prevem em seus contratos, ainda, a estabilidade definitiva ( s admitindo a despedida por justa causa). A estabilidade provisria ainda existe. No se trata de garantia de emprego. So s um tipo de estabilidade. 12.2 Histrico Fora do mbito dos funcionrios pblicos, a primeira categoria profissional a gozar desse direito no Brasil foi a dos ferrovirios.( Lei n. 4.682 de 24 de janeiro de 1923). Essa lei visou a criao de caixas de Aposentadoria e Penses junto s empresas ferrovirias. Mais tarde (1926) esse regime foi estendido s empresas de navegao martima ou fluvial e s de explorao dos portos. Mais tarde , ainda (1930), o sistema foi aperfeioado e estendido s empresas de servios de transportes urbanos, luz ,fora, telefone, telgrafo, portos, guas e esgotos. Com a criao dos grandes Institutos de Previdncia Social, continuaram as respectivas leis a dispor sobre a estabilidade no emprego: 1. 1934 bancrios; 2. 1935 (lei geral do trabalho 62 de 5 junho de 1935). Esta lei estendeu o direito de estabilidade , aps um decnio de servio efetivo, a todos os empregados que ainda no possuam tal garantia, excetuando-se os trabalhadores rurais e domsticos. 3. 1943 com a aprovao da CLT (dec. 5.452/43), foi uniformizada a legislao pertinente a estabilidade no emprego (arts. 492 e seguintes); 4. 1937 estabilidade no emprego ganhou hierarquia constitucional; 5. 1946 a CF /46 manteve a estabilidade no emprego; 6. Lei 4.214/63 estendeu o direito de estabilidade aos empregados de empresas dedicadas a atividades agroeconmicas. 7. Lei n. 5.107 de 13.9.66, alterada pelo Decreto-lei n. 20 de 14.9.66, instituiu o regime do FGTS; 8. CF/1967 tornou alternativa a estabilidade no emprego ou o regime de garantia de tempo de servio (art. 165, XIII); o empregado podia optar pelo regime do FGTS ou da estabilidade decenal. Trata-se de dois regimes paralelos,

em que a opo por um afasta a aplicao do outro, e que , no entender da Constituio e da lei, equivalem-se sob o prisma social e jurdico. O TST adotou a smula n. 98, acentuando que a equivalncia jurdica e no econmica. Portanto, no entender do TST, so indevidos quaisquer valores de reposio de diferenas. 9. CF/1988 aboliu o regime da estabilidade decenal. A nica proteo do empregado contra demisso , a partir de ento, ficou sendo a multa de 40% do FGTS. 12.3 Teoria da Nulidade da Despedida arbitrria A implantao do FGTS trouxe algumas vantagens individuais para o trabalhador, o qual no perde o direito aos depsitos feitos em seu nome, qualquer que seja a forma de cessao do contrato de trabalho. Contudo sob o prisma coletivo ou social, criou alguns problemas, seja porque no motiva a integrao do trabalhador na empresa, seja porque no dificulta a despedida de trabalhadores idosos, seja porque facilita a despedida injustificada do trabalhador, incrementando, com isso, a rotatividade da mo-de-obra e desestimulando o empresrio em investir na reciclagem dos seus empregados. Por isso, com o objetivo de refrear essa rotatividade, foi tentada a adoo, em carter geral, da teoria da nulidade da despedida arbitrria (art. 165 CLT), entendendo-se como tal, a que no se fundar em motivo disciplinar, tcnico, econmico ou financeiro. O direito brasileiro no adotou essa teoria. A Constituio de 1988, no seu art. 7, I, alude despedida arbitrria, mas prescreve, como conseqncia jurdica, a indenizao e no a reintegrao. 12.4 Despedida do empregado estvel definitivo Tratando-se de empregado contratado por prazo determinado, a resciso ser vlida ainda que no motivada pelo trabalhador, cumprindo apenas empresa pagar-lhe, como indenizao, metade dos salrios que seriam devidos at o trmino contratual (art. 479 CLT). J o empregado estvel, ainda que de carter especial e condicionada, a sua despedida s ser lcita mediante prvia autorizao da Justia do Trabalho (salvo na hiptese excepcional de extino da empresa, do estabelecimento ou do servio). Caso contrrio, dever ser reintegrado na empresa, com a conseqnte sobrevivncia da relao de emprego.( art. 494 e 652,b,CLT). OBS: pedido de demisso do empregado estvel ver art. 500 CLT. 12.5 Despedida do empregado com estabilidade provisria A Norma legal que trata desse tipo de estabilidade dir se precisa ou no de inqurito para apurao de falta grave. Se o empregado registrar reclamao na justia do Trabalho, ao empregador caber comprovar o justo motivo, sob pena de ter de reintegrar o trabalhador (art. 165, nico, CLT). No caso dirigente sindical (art. 543, 3 CLT) necessrio tal inqurito. Nos demais casos de estabilidade provisria, a regra de que no precisa de inqurito de falta grave (nem para a empregada grvida nem para o membro de CIPA).

12.6 Reintegrao x Readmisso A reintegrao no se confunde com a readmisso. No primeiro caso o empregado retorna ao servio, com ressarcimento do perodo de inexecuo contratual, como se a relao de emprego no tivesse sofrido soluo de continuidade; no segundo caso o empregado novamente admitido, sem que possa computar o tempo de inexecuo contratual como de servio, nem perceber os salrios relativos a esse perod