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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Direito do trabalho em movimento : novos direitos e diversificação de tutelas, vol. 1 / Christiana D’arc Damasceno Oliveira, organizadora. -- São Paulo : LTr, 2017.

Vários autores.

Bibliografia.

1. Direito do trabalho 2. Direitos humanos 3. Direito internacional 4. Direito processual do trabalho I. Oliveira, Christiana D’arc Damasceno.

16-08572 CDU-34:331

Índices para catálogo sistemático:

1. Direito do trabalho 34:331

EDITORA LTDA.© Todos os direitos reservados

Rua Jaguaribe, 571CEP 01224-003São Paulo, SP – BrasilFone (11) 2167-1101www.ltr.com.brAbril, 2017

Produção Gráfica e Editoração Eletrônica: LINOTECProjeto de Capa: FABIO GIGLIO

Impressão: GRÁFICA SANTUÁRIO

Versão impressa: LTr 5176.8 — ISBN: 978-85-361-9106-5

Versão digital: LTr 9127.1 — ISBN: 978-85-361-9207-9

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“Eu acordo pra trabalhar Eu durmo pra trabalhar Eu corro pra trabalhar Eu não tenho tempo de ter O tempo livre de ser De nada ter que fazer É quando eu me encontro perdido Nas coisas que eu criei E eu não sei Eu não vejo além da fumaça O amor e as coisas livres, coloridas Nada poluídas Ah, Eu acordo pra trabalhar Eu durmo pra trabalhar Eu corro pra trabalhar.”

(Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, Capitão de Indústria, Música: Os Paralamas do Sucesso, Djalma Dias)

“É afirmativa cediça a de que o Direito é norma de procedimento social, dizem‑no e repetem‑no todos os juristas deste mundo em que vivemos. Por mais logicista e

metafísico que seja algum filósofo do direito, não poderá nunca deixar de reconhecer que há fatores externos, estranhos, que levam o legislador a redigir certas proposições legais. Não poderá, igualmente, deixar de reconhecer que a lei, depois que escapa de

suas mãos, passará a ter vida própria, ao sabor de um meio concreto e desigual, a que deve ser aplicada. A lei, a norma jurídica, não é um objeto de ourivesaria que se

faz, pretendendo expô‑la numa vitrina à prova de umidade, ruído e choque. Antes, pelo contrário, a lei é como um barco que se constrói para as longas viagens cheias de

tempestades por um mar que pouco se conhece, por isso que a sua característica é o dinamismo permanente, o vir‑a‑ser constante, a mudança que não para.”

(Evaristo de Moraes Filho. O problema de uma sociologia do direito)

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Ao Fábio, esposo amado, por compreender o tempo, pelas sugestões sempre inteligentes e valiosas, e

por toda a inspiração que representa em minha vida.

A João, Conceição, Benedita, Alan, Aluízio, Mayka, Nicolas, Beatriz, Heitor, Tuã, Tiê, Cecé, Claudia Regina, João Bosco, Matheus e

Débora, família sortida e querida, felicidades “de” e “para”.

A Washington e Patrick, assim como aos demais servidores das Varas do Trabalho de Plácido de Castro e Jaru, com os quais pude conviver e

compartilhar a alquimia conjuntamente construída da diária ativação de esforços, ideias e emprego de energia, objetivando que previsões legais

formais se transmudem, no plano da vida das pessoas, na concretização de direitos fundamentais nas relações de trabalho.

Santa, Joca, Judite e Manoel, com saudades e alegria!

E João... Luz cintilante... Estrela em forma de gente,

Em seus olhinhos esperançosos e solares, reside o coração da mãe: Plenitude e calor!

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................................................................................... 19

CAPÍTULO I A AMBIÊNCIA DOS NOVOS TEMPOS E

O IMPACTO NO DIREITO E NO PROCESSO DO TRABALHO

1. A função judicante: entre a racionalidade taylorista e a pós-modernidade ....................................................................................... 23Márcio Túlio Viana1. A função judicante, em geral .......................................................................................................................................................................... 232. A racionalidade taylorista (ou moderna) ....................................................................................................................................................... 243. A racionalidade pós-fordista (ou pós-moderna).......................................................................................................................................... 254. O juiz dos novos tempos ................................................................................................................................................................................ 265. O juiz e o direito .............................................................................................................................................................................................. 276. O que propor? .................................................................................................................................................................................................. 28

2. Atualidades no trabalho e o contraponto da hipertrofia de direitos: Aspectos teóricos e práticos ............................................. 30Christiana D’arc Damasceno Oliveira1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 302. O pressuposto da inflação de direitos e o cariz renovado da segurança jurídica ................................................................................... 303. Avanços normativos e centralidade do trabalho x da economia de mercado à sociedade de mercado ............................................. 334. Instrumentos hermenêuticos para o mundo do trabalho e reconstrução conceitual ............................................................................ 355. Análise tópica .................................................................................................................................................................................................... 41

5.1. Indenização por dano existencial nas relações de trabalho: novos matizes .................................................................................. 416. Tridimensionalidade do Direito e filtragem constitucional ....................................................................................................................... 467. Considerações finais ........................................................................................................................................................................................ 508. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 50

3. El principio de proporcionalidad y los derechos constitucionales ....................................................................................................... 52Juan Cianciardo1. Introducción ..................................................................................................................................................................................................... 522. El principio de proporcionalidad ................................................................................................................................................................... 533. Razonabilidad y respeto de los derechos fundamentales ........................................................................................................................... 53

3.1. Planteamiento del problema ................................................................................................................................................................ 533.2. Posibles soluciones ................................................................................................................................................................................ 54

CAPÍTULO II DIREITO DO TRABALHO

II. 1. ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS

1. A matriz do trabalho na Constituição de 1988 e o atleta profissional de futebol .............................................................................. 59Mauricio Godinho Delgado e Gabriela Neves Delgado1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 592. A matriz constitucional do trabalho .............................................................................................................................................................. 593. A matriz constitucional do desporto ............................................................................................................................................................. 604. Balizamentos constitucionais para o contrato do atleta profissional – Histórico normativo .............................................................. 60

4.1. Evolução normativa pré-1988 ............................................................................................................................................................. 604.2. Evolução normativa pós-1988 ............................................................................................................................................................. 61

5. Balizamentos constitucionais para o contrato do atleta profissional – Aspectos contratuais em destaque ....................................... 625.1. Natureza salarial dos pagamentos retributivos pelo trabalho ......................................................................................................... 625.2. Reconhecimento normativo do direito à imagem ............................................................................................................................ 625.3. Reconhecimento normativo do direito de arena .............................................................................................................................. 63

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5.4. Duração do trabalho ............................................................................................................................................................................. 645.5. O problema da multa salarial ............................................................................................................................................................... 655.6. Competência da Justiça do Trabalho .................................................................................................................................................. 65

5.6.1. Livre acesso à Justiça do Trabalho ......................................................................................................................................... 655.6.2. Amplitude da competência judicial trabalhista ..................................................................................................................... 665.6.3. Inviabilidade da arbitragem nas relações individuais trabalhistas ...................................................................................... 66

6. Conclusão .......................................................................................................................................................................................................... 667. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 67

2. Em busca do tempo perdido: O aviso prévio proporcional ao tempo de serviço e a Lei n. 12.506/2011 .................................. 68Homero Batista Mateus da Silva1. Uma nota sobre a língua portuguesa ............................................................................................................................................................. 682. Princípio da continuidade da relação de trabalho ....................................................................................................................................... 683. Aviso prévio fora do Direito do Trabalho ................................................................................................................................................... 684. Inserção do aviso prévio na Constituição de 1988 ..................................................................................................................................... 685. Excessiva demora do Poder Legislativo ........................................................................................................................................................ 696. Decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a omissão do legislador .................................................................................................... 697. Promulgação da Lei n. 12.506, em 11 de outubro de 2011, com publicação dia 13 de outubro de 2011 .......................................... 698. Direito intertemporal ....................................................................................................................................................................................... 709. Objeções levantadas no caso do aviso prévio .............................................................................................................................................. 7010. Argumento de que a Lei n. 12.506 substitui a decisão do STF ................................................................................................................. 7011. Data da comunicação da rescisão .................................................................................................................................................................. 7012. Data do pagamento da rescisão ..................................................................................................................................................................... 7013. Aviso prévio do empregado para o empregador ......................................................................................................................................... 7114. Tratamento diferenciado entre os dois avisos prévios ............................................................................................................................... 7115. Aviso prévio do empregado doméstico ........................................................................................................................................................ 7116. Concretização do aviso prévio do doméstico exige uso da CLT .............................................................................................................. 7117. Aviso prévio do empregado rural .................................................................................................................................................................. 7218. Aviso prévio no primeiro ano do contrato .................................................................................................................................................. 7219. Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço ......................................................................................................................................... 7220. Períodos de interrupção do contrato de trabalho; serviço militar; acidente de trabalho ...................................................................... 7321. Períodos de suspensão do contrato de trabalho .......................................................................................................................................... 7322. O destino da fração igual ou superior a seis meses..................................................................................................................................... 7323. Proporcionalidade dentro da proporcionalidade......................................................................................................................................... 7324. Necessário incluir o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço dentro do cálculo do aviso prévio proporcional ao tempo

de serviço ........................................................................................................................................................................................................... 7425. O contrato de trabalho por prazo determinado .......................................................................................................................................... 7426. Natureza jurídica do aviso prévio .................................................................................................................................................................. 7427. Natureza jurídica do excedente de trinta dias .............................................................................................................................................. 7428. Efeitos quanto ao cumprimento do aviso prévio ........................................................................................................................................ 7429. Efeitos quanto às estabilidades ...................................................................................................................................................................... 7530. Normas coletivas que se anteciparam à lei ................................................................................................................................................... 7531. Síntese das conclusões deste estudo sobre o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço ............................................................ 7532. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 76

3. Teletrabalho, advento da Lei n. 12.551/2011 e repercussões jurídicas ................................................................................................. 77Grijalbo Fernandes Coutinho1. Mundo do trabalho. Direitos humanos. Revolução cibernética. Apropriação dos avanços científicos pelo capital. Nível sofisti-

cado da maior submissão do trabalho .......................................................................................................................................................... 772. Teletrabalho. Trabalho à distância. Relação de emprego. Subordinação. Princípios do direito do trabalho e proibição do retro-

cesso social ........................................................................................................................................................................................................ 793. Jornada de trabalho. Controle mais rigoroso na era da microeletrônica. Sobreaviso e utilização da tecnologia para aumentar o

tempo obreiro à disposição da empresa ....................................................................................................................................................... 844. Considerações finais ........................................................................................................................................................................................ 855. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 85

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4. A regulamentação da profissão de motorista: Considerações sobre as Leis ns. 12.619/2012, 13.103/2015 e 13.154/2015 .... 86Hugo Cavalcanti Melo Filho, Ana Maria Lacerda Assunção Mello e Lara Paes Barreto Vieira1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 862. Das alterações normativas introduzidas pelas Leis ns. 12.619/2012 e 13.103/2015 ............................................................................ 87

2.1. Normas extravagantes ........................................................................................................................................................................... 882.1.1. Das condições e qualificações para o exercício da profissão ............................................................................................. 882.1.2. Dos trabalhadores integrantes da categoria profissional .................................................................................................... 892.1.3. Direitos específicos dos motoristas ....................................................................................................................................... 89

2.1.3.1. Dos direitos do motorista profissional empregado ............................................................................................. 902.1.4. Condições de segurança, sanitárias e de conforto nos locais de parada ........................................................................... 90

2.2. Das alterações promovidas na CLT .................................................................................................................................................... 912.2.1. Do intervalo intrajornada dos profissionais envolvidos nos serviços de transporte rodoviário coletivo de passa-

geiros (motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins): as alterações no art. 71, § 5º, da CLT ....................... 912.2.2. Do exame toxicológico: as alterações no art. 168 da CLT ................................................................................................. 922.2.3. Do serviço do motorista profissional empregado: as alterações na Seção IV-A do Capítulo I do Título III da CLT . 93

2.2.3.1. Alcance subjetivo ....................................................................................................................................................... 932.2.3.2. Deveres ....................................................................................................................................................................... 932.2.3.3. Dos aspectos relacionados com a duração do trabalho ...................................................................................... 94

2.2.3.3.1. Da jornada de trabalho ........................................................................................................................... 942.2.3.3.2. Dos intervalos .......................................................................................................................................... 95

2.2.3.4. Dos aspectos relacionados com a remuneração ................................................................................................... 972.2.3.5. Outras condições específicas ................................................................................................................................... 97

2.3. Alterações promovidas no Código de Trânsito Brasileiro .............................................................................................................. 972.4. Alterações promovidas na Lei n. 11.442/2007 ................................................................................................................................. 982.5. Alterações promovidas na Lei n. 7.408/1985 ................................................................................................................................... 99

3. Das alterações introduzidas pela Lei n. 13.154, de 30 de julho de 2015 ................................................................................................. 1004. Conclusões ........................................................................................................................................................................................................ 1005. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 100

5. Reflexões sobre a nova lei das cooperativas de trabalho ......................................................................................................................... 102Luiz Alberto de Vargas1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 1022. O cooperativismo como movimento de dimensão mundial ..................................................................................................................... 1023. A origem do cooperativismo no movimento de resistência dos trabalhadores ..................................................................................... 1034. A base legal das cooperativas de trabalho .................................................................................................................................................... 1035. O desvirtuamento do cooperativismo por meio da fraude ....................................................................................................................... 1046. Trabalho cooperativado e trabalho subordinado ........................................................................................................................................ 1057. Algumas vantagens do trabalho cooperativado em relação ao trabalho assalariado ............................................................................. 1068. A nova lei, intenções e possibilidades ........................................................................................................................................................... 1079. Direitos trabalhistas previstos na lei .............................................................................................................................................................. 10910. Insuficiências da lei .......................................................................................................................................................................................... 11011. A título de conclusão ....................................................................................................................................................................................... 11012. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 110

6. Questões e reflexões atinentes ao sindicalismo público: A greve, as práticas desleais, o Decreto n. 7.777/2012 e os locais de trabalho públicos ................................................................................................................................................................................................. 112Marcus de Oliveira Kaufmann1. O fenômeno prático da greve no setor público: A emergência dos fatos ............................................................................................... 1122. Perscrutando a estrutura sindical no setor público: Ainda a emergência dos fatos e algumas provocações ..................................... 1133. A respeito da liberdade sindical coletiva ....................................................................................................................................................... 1164. Delimitações conceituais das práticas desleais nas relações coletivas de trabalho aplicadas ao setor público .................................. 1175. O mal exemplo do Decreto n. 7.777/2012 .................................................................................................................................................. 1186. As perspectivas iniciais da adoção do sistema de combate às práticas desleais nas relações coletivas de trabalho no Brasil e

frustração ........................................................................................................................................................................................................... 1197. A incompletude da análise: O local de trabalho público............................................................................................................................ 121

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7. Do salário e da licença-maternidade por equiparação para homem: A Lei n. 12.873/2013 .......................................................... 123Christiana D’arc Damasceno Oliveira1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 1232. Imprecisão terminológica legislativa e propostas de otimização: Licença-maternidade por equiparação para homem, licença

parental e licença familiar decorrente de adoção ou de guarda para fins de adoção. Consequências quanto aos direitos da mãe biológica. Parentalidade no direito comparado português ........................................................................................................................ 123

3. Fisionomia normativa da licença-maternidade e do salário-maternidade no Brasil .............................................................................. 1264. Conformação sociojurídica da família brasileira contemporânea, mutações constitucionais e impactos na esfera do trabalho .... 1285. Detalhamento das hipóteses de atribuição de salário-maternidade e licença-maternidade por equiparação para homem, e outras

possibilidades jurídicas .................................................................................................................................................................................... 1296. Considerações finais ........................................................................................................................................................................................ 1317. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 132

CAPÍTULO II II.2. AVANÇOS NORMATIVOS LABORAIS

1. A exposição do trabalhador ao risco no transporte indevido de valores: Proteção e responsabilidade do empregador ...... 135Kátia Magalhães Arruda1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 1352. A aplicação da teoria do risco ao empregado que transporta valores ...................................................................................................... 1353. Desvio de função: Empregado não qualificado que transporta valores .................................................................................................. 1354. Definição de atividade de risco ...................................................................................................................................................................... 1365. A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho sobre danos morais no transporte indevido ..................................................... 1366. Conclusão .......................................................................................................................................................................................................... 1397. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 139

2. Critérios para o estabelecimento de limites à liberdade de pensamento no ambiente de trabalho ........................................... 140Alexandre Agra Belmonte1. Liberdade ........................................................................................................................................................................................................... 1402. Que tipos de liberdade podem se manifestar no ambiente de trabalho? ................................................................................................. 1403. Livre-iniciativa, poder diretivo e seus limites ............................................................................................................................................... 1414. A eficácia dos direitos fundamentais no âmbito do contrato de trabalho e os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade

na interpretação das tensões entre direitos fundamentais e sua delimitação .......................................................................................... 1425. Critérios para o estabelecimento de limites da liberdade de pensamento do trabalhador .................................................................... 1436. Resolução das demais questões inicialmente postas ................................................................................................................................... 1447. Conclusões ........................................................................................................................................................................................................ 1448. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 145

3. Afastamento do trabalhador por motivo de doença de pessoa da família: Vácuo celetista, auxílio-doença parental e consequências jurídicas ..................................................................................................................................................................................... 146Christiana D’arc Damasceno Oliveira1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 1462. Anomia da CLT e cenários jurídicos decorrentes da ausência do trabalhador ao serviço em razão de enfermidade de familiar .. 1473. Curiosidades em torno do respaldo legal à licença por doença do próprio empregado. Auxílio-doença parental: Fundamentos

normativos ........................................................................................................................................................................................................ 1494. Dimensão do grupo familiar alcançado, renda mensal do benefício, período de carência, exame do princípio da precedência da

fonte de custeio previdenciário e consectários no universo justrabalhista .............................................................................................. 1505. Gravames ao trabalhador pela inobservância do dever de assistência ao familiar enfermo: Delineamento constitucional e

ordinário ........................................................................................................................................................................................................ 1526. Especificando: horizonte de solvência para a matéria ................................................................................................................................ 1557. Considerações finais ........................................................................................................................................................................................ 1588. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 158

4. Responsabilidade civil pelos danos à saúde do trabalhador decorrentes da exposição à fumaça do cigarro ......................... 159Raimundo Simão de Melo1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 1592. Os efeitos nocivos da fumaça do tabaco para a saúde do trabalhador .................................................................................................... 159

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3. Direito a um ambiente de trabalho sadio e seguro ..................................................................................................................................... 1594. O dever patronal de proteção da saúde do trabalhador ............................................................................................................................. 1605. Responsabilidade civil pelos danos à saúde do trabalhador pela exposição à fumaça do cigarro ....................................................... 1616. Conclusões ........................................................................................................................................................................................................ 1647. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 165

5. Biodireito no trabalho......................................................................................................................................................................................... 166Fábio Lucas Telles de Menezes Andrade Sandim1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 1662. Elementos característicos do Biodireito ....................................................................................................................................................... 1663. Princípios aplicáveis ao Biodireito ................................................................................................................................................................. 1674. Relação entre o Biodireito e o trabalho ........................................................................................................................................................ 1685. Considerações finais ........................................................................................................................................................................................ 1736. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 173

6. O desafio do acesso à justiça no século XXI: As tutelas de prevenção e precaução ....................................................................... 175Tereza Aparecida Asta Gemignani1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 1752. As diferentes fases ............................................................................................................................................................................................ 1753. A evolução do conceito de acesso à justiça .................................................................................................................................................. 1764. O desafio do acesso à justiça no século XXI ............................................................................................................................................... 1775. As tutelas de prevenção e precaução no processo trabalhista ................................................................................................................... 1776. A mudança de paradigma ................................................................................................................................................................................ 1787. Conclusão .......................................................................................................................................................................................................... 1798. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 179

7. Um dia na vida de um trabalhador: Verdades e consequências jurídicas do processo produtivo no contexto da sociedade de risco .................................................................................................................................................................................................................... 180Ney Fayet Júnior e Ricardo Carvalho Fraga1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 1802. A sociedade de risco ........................................................................................................................................................................................ 180

2.1. Noções gerais ......................................................................................................................................................................................... 1802.2. Noções específicas ................................................................................................................................................................................. 181

3. As relações produtivas à luz do Direito Civil e sua evolução para o Direito do Trabalho ................................................................... 1823.1. As relações produtivas no Direito Civil ............................................................................................................................................. 1823.2. Aspectos das relações produtivas no direito trabalhista e dados concretos ................................................................................. 183

4. As relações produtivas à luz do direito penal .............................................................................................................................................. 1834.1. Considerações genéricas ....................................................................................................................................................................... 1834.2. Da (in)conveniência de um incremento punitivo específico em matéria da segurança do trabalho ......................................... 184

4.2.1. Da existência de um bem jurídico digno de tutela penal específica .................................................................................. 1844.2.2. Possíveis formas de intervenção penal adicional ................................................................................................................. 185

4.2.2.1. Da qualificação dos delitos imprudentes ............................................................................................................... 1854.2.2.2. Da construção de delito de perigo contra a segurança laboral .......................................................................... 1854.2.2.3. Da construção de delito de infração contumaz (das determinações fiscalizatórias) ....................................... 1854.2.2.4. Da punição da pessoa jurídica ................................................................................................................................. 185

4.3. Da necessidade da intervenção penal adicional ................................................................................................................................ 1855. Conclusões ........................................................................................................................................................................................................ 1866. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 186

8. Leis estaduais e municipais que discriminam pessoas com deficiência em concursos públicos: O controle difuso de constitucionalidade ............................................................................................................................................................................................. 188Maria Aparecida Gugel1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 1882. A Convenção sobre os Direitos das pessoas com deficiência e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Quem

são as pessoas com deficiência, definições e conceitos. O que é a reserva de cargos e empregos público para pessoas com deficiência, o concurso público e quais os órgãos obrigados .................................................................................................................... 188

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3. A competência da União, dos Estados, Distrito Federal e municípios para legislar sobre pessoa com deficiência e concurso público e o princípio da não discriminação da CDPD .............................................................................................................................. 190

4. A norma mais favorável. As Leis ns. 7.853/1989 e 8.112/1990 e os Decretos n. 3.298/1999 e n. 5.296/2004. Soluções admi-nistrativa e judicial para uma lei estadual e municipal que discrimina ...................................................................................................... 1924.1. Solução administrativa .......................................................................................................................................................................... 1934.2 Solução judicial. Aplicação da norma mais favorável com base na teoria do conglobamento .................................................. 194

5. O controle difuso de constitucionalidade das leis estadual, municipal e distrital ................................................................................... 1955.1. Controle difuso da constitucionalidade de lei: casos Cohab/SP, USP/SP e Cesp/SP ............................................................... 196

6. Conclusões ........................................................................................................................................................................................................ 1997. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 199

9. Novas tutelas contra o trabalho infantil: O papel do sistema de justiça do trabalho, no contexto dos direitos fundamen-tais e da dignidade da pessoa humana ......................................................................................................................................................... 200Rafael Dias Marques1. Notas introdutórias: A realidade a permissibilidade e o sistema de justiça do trabalho ....................................................................... 2002. O trabalho infantil e o paradigma dos direitos humanos........................................................................................................................... 2003. Políticas públicas de combate ao trabalho infantil e o papel do sistema de justiça do trabalho: As tutelas inibitórias e reparatórias

no contexto do trabalho precoce ................................................................................................................................................................... 2064. Alguns registros de tutelas judiciais vanguardistas ...................................................................................................................................... 2095. Conclusões ........................................................................................................................................................................................................ 2106. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 210

10. O combate ao trabalho escravo e a lavratura de termo de ajustamento de conduta pelo MPT .................................................. 212Jairo Lins de Albuquerque Sento‑Sé1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 2122. O MPT após a Constituição de 1988 ............................................................................................................................................................ 2123. Denominação e conceituação de trabalho escravo ..................................................................................................................................... 2134. Possibilidade de instauração de inquérito civil público .............................................................................................................................. 2145. A importância da lavratura de termo de ajustamento de conduta no combate ao trabalho escravo .................................................. 2156. Conclusões ........................................................................................................................................................................................................ 2177. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 217

11. Sindicalismo no Brasil: Do corporativismo ao neocorporativismo. A questão das centrais sindicais ...................................... 218Ronaldo Lima dos Santos1. Raízes históricas do corporativismo de Estado: Colégios romanos ......................................................................................................... 2182. Corporativismo como doutrina jurídica pluralista ...................................................................................................................................... 2193. Corporativismo de Estado .............................................................................................................................................................................. 2204. Sindicalismo corporativista de Estado .......................................................................................................................................................... 2215. Corporativismo de Estado e a organização sindical brasileira .................................................................................................................. 2226. Neocorporativismo .......................................................................................................................................................................................... 2237. Neocorporativismo e as centrais sindicais: Lei n. 11.648/2008 ................................................................................................................ 2248. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 226

12. Capitalismo descomplexado e duração do trabalho ................................................................................................................................. 228Maíra S. Marques da Fonseca e Wilson Ramos Filho1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 2282. Espíritos do capitalismo e duração do trabalho .......................................................................................................................................... 228

2.1. Duração do trabalho no primeiro espírito do capitalismo .............................................................................................................. 2292.2. Duração do trabalho no desenvolvimento do Direito do Trabalho brasileiro ............................................................................. 2302.3. Duração do trabalho no segundo espírito do capitalismo............................................................................................................... 2312.4. Duração do trabalho no novo espírito do capitalismo .................................................................................................................... 2322.5. O hibridismo constitucional de 1988 e as iniciativas precarizantes ............................................................................................... 233

3. Proposta solidarista .......................................................................................................................................................................................... 2354. Proposta distributivista .................................................................................................................................................................................... 235

4.1. Mal-estar social neoliberal .................................................................................................................................................................... 2354.2. Bem-estar social pós-neoliberal ........................................................................................................................................................... 236

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5. Considerações finais ........................................................................................................................................................................................ 2366. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 237

CAPÍTULO III PROCESSO DO TRABALHO – EFETIVIDADE E DINÂMICA

1. Consequências da equivocada aproximação do “IRDR” ao sistema de precedentes .................................................................... 241Luiz Guilherme Marinoni1. Objetivo do incidente de resolução de demandas repetitivas ................................................................................................................... 2412. A justificativa da exclusão dos litigantes das demandas individuais ......................................................................................................... 2413. Coisa julgada sobre questão ............................................................................................................................................................................ 2414. A possibilidade de o terceiro alegar a proibição de rediscutir a questão já decidida: Non-mutual collateral estoppel .................... 2425. O desenvolvimento do collateral estoppel: Das questões de fato às questões de direito e a sua colocação em face da class action 2436. A aproximação entre o collateral estoppel e o stare decisis ....................................................................................................................... 2457. O equivocado uso da ideia de “precedente” para justificar a decisão de questão prejudicial de muitos em incidente destituído

de possibilidade de participação em contraditório ...................................................................................................................................... 2458. Distinção entre resolver “questão” de terceiros e firmar precedente ...................................................................................................... 2469. O direito fundamental de ação enquanto direito de discutir a questão e influenciar o convencimento do juiz ............................... 24710. A questão da afetação de terceiro pela decisão de questão (non-mutual collateral estoppel) nos Estados Unidos ......................... 24711. Participação e representação adequada: Não há qualquer preocupação com “representação adequada” no incidente de resolu-

ção de demandas repetitivas ........................................................................................................................................................................... 24812. Incidente de resolução de demandas enquanto justiça dos demandantes “sem rosto e sem fala” ..................................................... 24913. Ilegítima e inconstitucional opção por quem viola direitos em massa .................................................................................................... 24914. O descaso em relação à ação coletiva e a preferência pelo incidente de resolução de demandas repetitivas .................................... 25015. Correção da inconstitucionalidade ................................................................................................................................................................ 25016. A ressurreição da força da representatividade adequada ........................................................................................................................... 251

2. A função social do processo do trabalho e a efetividade dos direitos metaindividuais trabalhistas .......................................... 253Carlos Henrique Bezerra Leite1. Acesso à justiça e sua moderna significação ................................................................................................................................................ 2532. Os sistemas mundiais de acesso coletivo à justiça ...................................................................................................................................... 2543. O sistema brasileiro de acesso metaindividual à justiça ............................................................................................................................. 2554. Os princípios constitucionais de acesso à justiça ........................................................................................................................................ 2555. O novo sistema integrado de acesso metaindividual à justiça ................................................................................................................... 2556. Considerações finais: Necessidade de uma nova mentalidade .................................................................................................................. 2577. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 258

3. Acesso à justiça e assédio processual: Por uma justa medida ............................................................................................................... 261Mauro Schiavi1. Do acesso à Justiça do Trabalho .................................................................................................................................................................... 2612. Da duração razoável do processo .................................................................................................................................................................. 2613. Do assédio processual ..................................................................................................................................................................................... 2624. Da reparação do assédio processual no processo do trabalho ................................................................................................................. 266

4. Os princípios do direito processual do trabalho e o anteprojeto de processo laboral da Décima Quinta Região do Tra-balho ........................................................................................................................................................................................................................ 268Guilherme Guimarães Feliciano1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 2682. Da omissão à literalidade ................................................................................................................................................................................ 2683. Os princípios fundamentais do processo laboral ........................................................................................................................................ 2704. Os princípios inerentes à atividade processual concreta. Os princípios inerentes à audiência trabalhista. Os “princípios especiais” . 2735. Conclusões ........................................................................................................................................................................................................ 276

5. A desconsideração inversa da personalidade jurídica e a efetividade da execução na seara trabalhista .................................. 277Luiz Otávio Linhares Renault e Maria Isabel Franco Rios1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 277

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2. A desconsideração da personalidade jurídica e sua função na fase de execução ................................................................................... 2783. A desconsideração inversa .............................................................................................................................................................................. 2804. Verso, reverso e a versão da lei – O papel da doutrina e da jurisprudência ............................................................................................ 2815. A importância da efetividade da execução trabalhista ................................................................................................................................ 2846. A contribuição do método inverso de desconsideração da personalidade jurídica para uma maior efetividade da execução tra-

balhista ............................................................................................................................................................................................................... 2867. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 286

6. Estratégias contra fraudes societárias à tutela jurisdicional .................................................................................................................. 289Elaine Noronha Nassif1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 2892. Fraude 1: Criação de nova pessoa jurídica ................................................................................................................................................... 2893. Fraude 2: Alterações estatutárias formais para continuar na atividade impugnada ............................................................................... 2904. Fraude 3: Tudo em família .............................................................................................................................................................................. 2905. Fraude 4: Exigência de constituição de pessoa jurídica para fugir aos encargos trabalhistas (Pejotização) – Na tecnologia da

informação ........................................................................................................................................................................................................ 2906. Responsabilidade pelo concurso público – A terceirização na saúde ...................................................................................................... 2917. A responsabilidade da empresa tomadora pelo meio ambiente do trabalho dos prestadores de serviços ........................................ 2918. A responsabilidade fragmentada na terceirização em cascata no trabalho virtual ................................................................................. 2929. As fusões e incorporações .............................................................................................................................................................................. 29210. Efetivação de direitos coletivos e difusos nas Ações Civis Públicas ........................................................................................................ 29311. Outros métodos executórios .......................................................................................................................................................................... 29312. Conclusão .......................................................................................................................................................................................................... 294

7. A destinação adequada das condenações em dinheiro nas ações civis públicas trabalhistas...................................................... 295Xisto Tiago de Medeiros Neto1. A previsão do art. 13 da Lei n. 7.347/1985 ................................................................................................................................................. 2952. A possibilidade de convolação ou direcionamento do valor das parcelas condenação para finalidade específica ........................... 2963. Iniciativa para a destinação adequada do valor da condenação ................................................................................................................ 2984. Hipóteses de destinação adequada e uso da parcela da condenação........................................................................................................ 3005. Conclusão .......................................................................................................................................................................................................... 3006. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 301

CAPÍTULO IV DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

NAS RELAÇÕES DE TRABALHO

1. Proteção internacional dos direitos sociais: Influência no mundo do trabalho, hermenêutica e fortalecimento na efetiva-ção de direitos no plano jurídico interno........................................................................................................................................................ 305Flávia Piovesan1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................... 3052. A afirmação histórica dos direitos humanos e os direitos sociais ............................................................................................................ 3053. A proteção dos direitos sociais e do direito ao trabalho decente no sistema global e no sistema regional interamericano ............ 309

3.1. Princípio da observância do minimum core obligation ................................................................................................................... 3113.2. Princípio da aplicação progressiva dos direitos sociais do qual decorre os princípios da proibição do retrocesso social e

da proibição da inação estatal .............................................................................................................................................................. 3113.3. Princípio da inversão do ônus da prova ............................................................................................................................................. 3113.4. Princípio da participação, transparência e accountability ................................................................................................................ 3113.5. Princípio da cooperação internacional ............................................................................................................................................... 312

4. A proteção dos direitos sociais no âmbito sul-americano: Desafios do ius commune ......................................................................... 3154.1. Promover a ampla ratificação dos tratados internacionais de proteção dos direitos humanos da ONU, da OEA e da OIT 3154.2. Fortalecer a incorporação dos tratados de direitos humanos com um privilegiado na ordem jurídica doméstica ................ 3154.3. Fomentar uma cultura jurídica orientada pelo controle da convencionalidade das leis .............................................................. 3164.4. Fomentar programas de capacitação para que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário apliquem os parâmetros

protetivos internacionais em matéria de direitos sociais .................................................................................................................. 316

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4.5. Assegurar o reconhecimento dos direitos sociais como direitos humanos fundamentais na ordem constitucional com a previsão de instrumentos e remédios constitucionais que garantam sua justiciabilidade ........................................................... 316

4.6. Garantir uma prioridade orçamentária para a implementação dos direitos sociais ..................................................................... 3174.7. Aplicar indicadores para avaliar a progressividade na aplicação de direitos sociais .................................................................... 3174.8. Impulsionar o componente democrático no processo de implementação dos direitos sociais ................................................ 3174.9. Fortalecer o princípio da cooperação internacional em matéria de direitos sociais .................................................................... 3184.10. Avançar no diálogo vertical e horizontal de jurisdições................................................................................................................... 318

2. O sistema de controle de aplicação das convenções da Organização Internacional do Trabalho: Forças, vulnerabilida-des e perspectivas ................................................................................................................................................................................................ 319Daniela Muradas Reis e Pedro Augusto Gravatá Nicoli1. Considerações preliminares ............................................................................................................................................................................ 3192. Os mecanismos de controle da OIT ............................................................................................................................................................. 3203. Acertos e desacertos no sistema de controle da OIT................................................................................................................................. 3224. O Brasil na dinâmica do controle de aplicação das convenções da OIT: O caso do trabalho forçado ............................................. 3255. Os mais recentes apontamentos envolvendo o Brasil no controle de aplicação das convenções ....................................................... 3266. Conclusões ........................................................................................................................................................................................................ 3277. Referências bibliográficas ................................................................................................................................................................................ 328

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APRESENTAÇÃO

No ápice de mudanças significativas no ordenamento, e com a confluência de participação de juristas que revelam qualificada expressão do Direito do Trabalho, Processo do Trabalho, Processo Civil, Direitos Humanos e Direito Internacional, vem a lume obra jurídica multidis-ciplinar destinada ao enfoque de relevantes e atualizados aspectos das novas emergências e rupturas que afetam o universo do labor.

Na relação dual entre texto e contexto, em que a solução de problemas jurídico-constitucionais trabalhistas é muitas vezes tormentosa, envolvendo não raro a aplicação de preceitos de novas leis e o trato de antigos quadros analíticos em que – aparentemente – a omissão le-gislativa prepondera, resulta ao atuante na área a necessidade constante de atualização, tirocínio e acesso a repertório seguro de dados para a solvência de panoramas com complexas fisionomias nos liames de trabalho.

Como lidar com esses novos tipos de demandas, problemas e perspectivas?Sendo certo que não atende ao postulado a que se vincula o Estado Democrático de Direito, a aplicação de mero texto de lei esvaziado

de inter-relação com o ordenamento enfocado em sua globalidade (aí incluídos os princípios e direitos fundamentais que lhe conferem base), tem sido solidificada nova narrativa jurídica para o Século XXI, sobretudo na seara jusfundamental e trabalhista.

Este livro direciona-se a ser um aporte a esse processo.Os temas elegidos, sem intuito de exaustividade, interagem e tocam horizonte em que não há placidez de respostas.Examinam-se direitos novos, bem como pretensões que – a despeito de já objeto de previsão legal anterior – padecem da ausência de

conformação concretizadora, a implicar renovados âmbitos de conotação e incidência.Destaca-se que o processo contínuo de afluxo e refluxo entre a dinâmica dos fatos sociais e o Direito promove, senão alterações legislativas,

inovações normativas acerca de entrelaçadas questões de fundo no mundo do trabalho.Em quatro capítulos, são abordados temas centrais:No Capítulo I, trata-se, na atualidade, dos caracteres basilares para adequado manuseio dos instrumentos hermenêuticos e práticos indis-

pensáveis à função judicante e aos atuantes na área jurídica.O Capítulo II compõe-se de duas partes: na parte I, de forma minudente, são enfocadas importantes e recentes modificações legislativas

na esfera do Direito Material do Trabalho, em ordem cronológica; na parte II, confere-se ênfase a avanços normativos da máxima relevância em sede justrabalhista (expressão mais ampla que a alteração de texto legal), com presença concatenada de recursos fundamentais do orde-namento brasileiro.

No Capítulo III, tem lugar o estudo pormenorizado do Processo do Trabalho, com abordagem de institutos atinentes às respectivas efetividade e dinâmica, mediante renovadas ferramentas nas fases de conhecimento e de execução, sob o prisma da defesa tanto de direitos individuais como de direitos coletivos.

Ao final, no Capítulo IV, ganham luz o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o impacto dos principais julgados do Sistema Internacional produzidos em matéria trabalhista nos últimos tempos, com o objetivo de facilitar a atuação prática dos atores inseridos no mundo do trabalho.

Cabe salientar que, em panorama no qual, com frequência, há o deslocamento da solução de demandas para o âmbito judicial, em virtude da promoção de legislação álibi (Harald Kinderman, Marcelo Neves), sem o contraponto de meios para efetivação dos direitos consagrados, assim também ante evidentes inconstitucionalidades por omissão oriundas de inações legislativa ordinária e executiva, a que se agregam matizes de mutação constitucional, especialmente atingindo direitos fundamentais trabalhistas, deve estar atento o jurista para evitar que disjunções entre a técnica e a ética, em maior ou menor grau, provoquem modificação nos contornos do estuário protetivo do ser humano que trabalha.

Essa obra foi iniciada em 2012. Trabalho árduo. Obstáculos superados. Ideias pujantes. Extraordinários frutos. Doutrinadores de peso reunidos em trabalho único.

Quando já no prelo, mais novidades. Algumas puderam ser incorporadas ao livro. Outras, integrarão o segundo volume que brevemente será lançado.

Em quadrante sociojurídico cuja direção é afetada por variáveis cotidianas à vista da criatividade de lesões, aliaram-se, com referente plural, na busca de otimização das relações de trabalho e aperfeiçoamento do trato dos temas, Catedráticos brasileiros e estrangeiros, Juízes e De-sembargadores do Trabalho das mais diversas regiões do país, Ministros do TST, Membros do Ministério Público do Trabalho (Procuradores do Trabalho, Procuradores Regionais e Subprocuradora-Geral), e Advogados.

Meus especiais agradecimentos a todos os articulistas pelo comprometimento e sagacidade no exame dos temas, e por contribuírem com a profundidade de suas análises para a solidificação do alicerce do direito ao trabalho decente e da dignidade da pessoa humana.

A excelência dos textos e a riqueza de informações desenham, bem mais que argumento da autoridade, o sustentado horizonte da autoridade do argumento em artigos ricos de perspectivas, com considerações estratégicas acerca de como compreender e lidar com as intensas transfor-mações por que passam o Direito e o Processo Laboral na contemporaneidade.

Agradecimento distinguido à equipe da Editora LTr, que aderiu efusivamente ao livro, traçando admirável projeto editorial.Aos estimados leitores que, neste momento, têm seu primeiro contato com a obra, ou que a ela retornam no dia a dia como fonte de

consulta, o desejo de que seja útil e estimule reflexos positivos no emaranhado de câmbios estimulantes e crescentes que envolvem o universo do trabalho.

Boa leitura!Christiana D’arc Damasceno Oliveira

Organizadora

<[email protected]>

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Capítulo I

A AMBIÊNCIA DOS NOVOS TEMPOS E O IMPACTO NO DIREITO E NO PROCESSO DO TRABALHO

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1. A função judicante, em geral

Esse breve texto aborda alguns aspectos – passados, presentes e futuros – da função do juiz. E começa com uma pergunta: em que consistirá, realmente, essa função?

Sabemos que não se resume em julgar. Entre tantas outras coisas, é também, por exemplo, conciliar. E mesmo este último verbo quantos sentidos não tem?

Para o trabalhador, conciliar pode significar receber a parte certa de um direito incerto. Mas, também pode representar, pura e simplesmen-te, “usar uma parte do direito para comprar a outra parte”1.

Pode traduzir uma paz negociada, como diz a teoria, ou uma paz forçada, como algumas práticas revelam. Pode servir para que as pes-soas se sintam respeitadas ou desprezadas, satisfeitas ou traídas.

Pode permitir ou suprimir o desabafo, a emoção, a experiência da fala. Pode construir uma boa imagem da Justiça – rápida, eficaz, pacificadora – ou, ao contrário, minar a força do Direito, ensinando ao devedor que é melhor pagar depois da hora do que na hora certa – o que equivale a dizer, invertendo os termos do velho brocardo, que quem paga bem, paga duas vezes.

E em que mais consiste a função judicante?Naturalmente, também consiste em instruir. Mas o que será instruir?

Será apenas ouvir depoimentos, ler documentos, examinar perícias?Sabemos que não. É também escutar os silêncios, decifrar as mí-

micas, duvidar das aparências, ler nas entrelinhas. É (ainda que sem consciência disso) modular a voz, selecionar o que se quer ver e ouvir, censurar ou acalmar com um sorriso ou um olhar, impor-se ou não com a toga, distanciar-se ou aproximar-se das partes e seus advogados.

E o que dizer da função de julgar? Que espécies de julgamentos não fará o juiz? O juiz, naturalmente, julga os pedidos, mas onde os pedidos estarão?

Os pedidos, como também sabemos, não estão apenas nas pe-tições. Eles se ocultam nas consciências e inconsciências dos vários atores do processo, todos eles transformados em partes. E partes não apenas porque uns se postam em face dos outros, mas no sentido de que uns se completam com os outros, para construir (com o juiz) a sentença.

* Professor nas Faculdades de Direito da UFMG e PUC-Minas. Desembargador aposentado do TRT da 3ª Região. Pós-doutor junto às Universidades de Roma I e II.1 NASSIF, Elaine N. Conciliação judicial e indisponibilidade de Direitos: paradoxos da “justiça menor’ no processo civil e trabalhista. São Paulo: LTr, 2005, passim.2 RODRIGUES, Ruy Zoch. Uma inversão de sentido da demanda judicial, a partir das motivações inconscientes das partes. In: ZIMERMAN, David; COLTRO, Antonio Carlos Mathias (coord.) Aspectos Psicológicos na Prática Jurídica. São Paulo: Milloennium, 2010. p. 373 e segs.

1A FUNÇÃO JUDICANTE: ENTRE A RACIONALIDADE TAYLORISTA E A PÓS-MODERNIDADE

Márcio Túlio Viana*

Sumário: 1. A função judicante, em geral. 2. A racionalidade taylorista (ou moderna). 3. A racionalidade fordista pós-fordista (ou pós-moderna). 4. O juiz dos novos tempos. 5. O juiz e o direito. 6. O que propor?

reSumo: Embora sirvam ao sistema capitalista, Direito Civil e Direito do Trabalho têm origem e destino diferentes. O primeiro nasceu, basicamente, de cima para baixo, da elite para o povo. O segundo, ao contrário, foi produto da luta operária contra a exploração da fábrica. Hoje, no entanto, cada qual contém elementos do outro. No caso do Direito do Trabalho, sua parte “civil” avança, enquanto sua parte “trabalhista” sofre fortes tensões.PalavraS-chave: Direito Civil – Direito do Trabalho – flexibilização.

Às vezes, o que o reclamante quer não é tanto receber o aviso-pré-vio, mas afirmar sua cidadania, dar o troco no patrão ou simplesmente exibir em público seu direito ou sua revolta. E o juiz então se vê transformado em justiceiro, vingador ou testemunha, ou tudo isso de uma só vez.

Já o advogado pode estar pedindo ao juiz para ser tratado com deferência, para que o cliente conheça a importância de seu papel; ou ser declarado vencedor, não só para receber os seus honorários, mas para que o cliente e até o ex‑adverso sintam a sua força. O próprio juiz pode estar pedindo algo – seja, por exemplo, para que todos admirem o seu desempenho, seja para que tudo termine rápido e simples.

Quantos sentimentos não penetram no processo? Raiva, amargu-ra, despeito, desamor e às vezes até amor se infiltram entre as horas extras e as indenizações. São pedidos não pedidos, invisíveis, disfarça-dos, mas cuja solução pode ser até mais relevante que a dos requeri-mentos explícitos.

Nesses casos, é claro, os interesses em jogo não são todos jurídi-cos e, no entanto, como nota Rodrigues2, podem ser satisfeitos – mes-mo à margem da lei. Assim, a sentença que condena ou absolve o réu sempre dá ou nega, silenciosamente, coisas que também em silêncio ele próprio ou os outros atores pediram.

E em que mais consiste, na vida real, atuar como juiz?Consiste também em andar pelos corredores do fórum ou da ci-

dade, mostrar-se rei ou plebeu, ensinar coisas boas ou ruins, influir para o bem ou para o mal, despertar respeito, admiração ou medo. E consiste ainda em mostrar – naquelas múltiplas andanças – como a própria lei vai indo; se ela é digna ou não de ser amada, ou pelo menos temida e desse modo cumprida.

Na verdade, a função judicante envolve muitas outras coisas, re-guladas ou informais, óbvias ou ocultas, rudes ou refinadas, legais ou até mesmo ilegais – ainda que possam e devam estar sempre dentro do Direito, especialmente se dermos a esta palavra um sentido menos formal e mais abrangente.

Para o próprio juiz, o que não significará ser juiz? Pode significar estar bem de vida ou de bem com a vida; sentir a vaidade de seu cargo ou o justo orgulho por seu trabalho; suprir carências dos outros ou resolver seus próprios conflitos. Pode ser apenas um momento de