direito do trabalho do século xxi

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Semana de Atualização Judiciária O direito do trabalho deste milênio: perspectivas José Eduardo de Resende Chaves Júnior [email protected] Curso da Escola Judicial do TRT da Paraíba – 13ª Região Escola Judicial do TRT da Paraíba – 13ª Região

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Page 1: Direito do Trabalho do Século XXI

Semana de Atualização Judiciária

O direito do trabalho deste milênio: perspectivas

José Eduardo de Resende Chaves Jú[email protected]

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Page 2: Direito do Trabalho do Século XXI

Tópico 1 - Direito do Trabalho ou Direito da prestação de serviços subordinada (contrato de trabalho). Indagações.

Tópico 2 – Há incompatibilidade entre a aplicação dos direitos fundamentais às relações de trabalho e a aplicação do princípio de proteção?

Tópico 3 – Perspectivas do direito do trabalho: a ampliação, revisão, do conceito de subordinação ou a flexisegurança.

Curso da Escola Judicial do TRT da Paraíba – 13ª RegiãoSumário do Curso

Page 3: Direito do Trabalho do Século XXI

Parassubordinação e similares

Subordinação Reticular

Curso da Escola Judicial do TRT da Paraíba – 13ª RegiãoTópico 1: Direito do Trabalho ou

Direito da Prestação de Serviços Subordinada

Page 4: Direito do Trabalho do Século XXI

parasubordinato, na Itália;

economically dependent worker ou quasi-subordinate worker na Inglaterra;

arbeitnehmeränliche Person na Alemanha;

autónomo-dependiente na Espanha

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Parassubordinação e similares

Page 5: Direito do Trabalho do Século XXI

Legge Biagi

– 19/02/2002Marco Biagi

. 30 14/02/2003Lei n de 10/09/2003Decreto Legis lativo de

Collaborazioni coordinate e continuative - - - . 409 . . . Co co co art c p c

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Parassubordinação e similares

Page 6: Direito do Trabalho do Século XXI

Autónomo-dependiente na Espanha

Ley n. 20/2007

Artículo 11. 15.atividade econômica ou profissional a título lucrativo6.de forma habitual, pessoal e direta 7.predominante para una pessoa física ou jurídica,

denominada cliente,8.de que dependem economicamente – ao menos 75%

de sua remuneração

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Parassubordinação e similares

Page 7: Direito do Trabalho do Século XXI

Art. 11.2. Para el desempeño de la actividad económica o profesional como trabajador autónomo económicamente dependiente, éste deberá reunir simultáneamente las siguientes condiciones:

a) No tener a su cargo trabajadores por cuenta ajena ni contratar o subcontratar parte o toda la actividad com terceros, tanto respecto de la actividad contratada con el cliente del que depende económicamente como de las actividades que pudiera contratar con otros clientes.

b) No ejecutar su actividad de manera indiferenciada con los trabajadores que presten servicios bajo cualquier modalidad de contratación laboral por cuenta del cliente.

c) Disponer de infraestructura productiva y material propios, necesarios para el ejercicio de la actividad e independientes de los de su cliente, cuando en dicha actividad sean relevantes económicamente.

d) Desarrollar su actividad con criterios organizativos propios, sin perjuicio de las indicaciones técnicas que pudiese recibir de su cliente.

e) Percibir una contraprestación económica en función del resultado de su actividad, de acuerdo con lo pactado con el cliente y asumiendo riesgo y ventura de aquélla.

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Parassubordinação e similares

Page 8: Direito do Trabalho do Século XXI

Artículo 17. Competencia jurisdiccional.

1. Los órganos jurisdiccionales del orden social serán los competentes para conocer las pretensiones derivadas del contrato celebrado entre un trabajador autónomo económicamente dependiente y su cliente.

2. Los órganos jurisdiccionales del orden social serán también los competentes para conocer de todas las cuestiones derivadas de la aplicación e interpretación de los acuerdos de interés profesional, sin perjuicio de lo dispuesto en la legislación de defensa de la competencia.

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Page 9: Direito do Trabalho do Século XXI

Ressuscitam a antiga busca de subordinação do capital urbano sobre a mão-de-obra atrelada à paróquia (trabalho por peça, modo de subsunção formal do trabalho ao capital).

Marx - fase de subsunção formal do trabalho, subordinação do trabalho – tem ainda subsistência exterior ao capitalTrabalho reconhecido = fonte produtiva de riqueza

Capital = mero gestor dessa riqueza

Fase de subsunção material - trabalho perde autonomia, de existência fora do capital.

Produção # resultado da habilidade individual do trabalhador

Produção = aplicação da técnica;

Hoje: não é estratégica a subsunção material (ou subsunção real) - ressurgimento do trabalhador não-diretamente subordinado - subsunção formal

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Parassubordinação e similares

Page 10: Direito do Trabalho do Século XXI

No Brasil:

•Vendedor Autônomo•LEI Nº 4.886, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965

• Art . 1º Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de emprêgo, que desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para, transmití-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios.

•Parágrafo único. Quando a representação comercial incluir podêres atinentes ao mandato mercantil, serão aplicáveis, quanto ao exercício dêste, os preceitos próprios da legislação comercial.

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Parassubordinação e similares

Page 11: Direito do Trabalho do Século XXI

Transportador de Carga Autônomo-agregado – TAC-agregado

• LEI Nº 11.442, DE 5 DE JANEIRO DE 2007.

Art. 4o O contrato a ser celebrado entre a ETC e o TAC ou entre o dono ou embarcador da carga e o TAC definirá a forma de prestação de serviço desse último, como agregado ou independente.

§ 1o Denomina-se TAC-agregado aquele que coloca veículo de sua propriedade ou de sua posse, a ser dirigido por ele próprio ou por preposto seu, a serviço do contratante, com exclusividade, mediante remuneração certa.

§ 2o Denomina-se TAC-independente aquele que presta os serviços de transporte de carga de que trata esta Lei em caráter eventual e sem exclusividade, mediante frete ajustado a cada viagem.

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Parassubordinação e similares

Page 12: Direito do Trabalho do Século XXI

LEI Nº 11.442, DE 5 DE JANEIRO DE 2007.

Art. 5o As relações decorrentes do contrato de transporte de cargas de que trata o art. 4o desta Lei são sempre de natureza comercial, não ensejando, em nenhuma hipótese, a caracterização de vínculo de emprego.

Parágrafo único. Compete à Justiça Comum o julgamento de ações oriundas dos contratos de transporte de cargas.

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Parassubordinação e similares

Page 13: Direito do Trabalho do Século XXI

Subordinação Jurídica

Resposta para unificar a figura do empregado, compatibilizando-a à dicotomia básica do empregador, tanto da empresa (trabalho produtivo) como da não-empresa (trabalho improdutivo).

Elemento de identificação (e unificação) da condição do prestador de trabalho tutelado pela CLT

S ubordinação o correlato da disciplina produtiva, alusiva à administração científica do trabalho pregada por Taylor

A organização do trabalho era, nesse contexto, rígida e linear (linha de produção).

Quanto ao ‘trabalho improdutivo’, a subordinação: regime de hierarquia próprio ao ‘e mpre gador por e quiparação’, tomador de serviço que necessita também de um sistema disciplinar mais rígido, para conseguir efetivamente auferir resultados práticos do trabalho alheio.

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SUBORDINAÇÃO RETICULAR

Page 14: Direito do Trabalho do Século XXI

Subordinação e Alienidade

Subordinação - ato ou efeito e não como condição

Subordinação é conseqüência e não a causa da relação de emprego.

Doutrina espanhola – a condição e não o efeito –

“ajenidad” - Alonso Olea

Brasil

Alteridade – Hegel

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SUBORDINAÇÃO RETICULAR

Page 15: Direito do Trabalho do Século XXI

AlienidadeOLEA: o conceito de alienação em Marx, converte o vocábulo alemão

Veräusserung[1] em Entfremdung[2] – ou em seu sinônimo – Entäusserung[3], refundindo a alienação que deriva da subordinação do trabalho com a condição de alheamento – estranhamento – desse trabalho.

[1]Ou Veräußerung, em alemão, alienação, no sentido jurídico de venda

[2]Entfremdung, em alemão, alienação, no sentido de estranhamento

[3]Entäusserung, em alemão, alienação, no sentido de exteriorização

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SUBORDINAÇÃO RETICULAR

Page 16: Direito do Trabalho do Século XXI

3 correntes a respeito da ‘ajenidad’

1ª - (mais tradicional) é a de Olea: alienação dos frutos do trabalho (‘ajenidad en los frutos’).

2ª - Aferida em função da não-assunção dos riscos da atividade econômica, Bayón Chacón e Perez Botija (‘ajenidad en los riscos’)

3ª - Desvinculação da pessoa do trabalhador da utilidade patrimonial do trabalho (‘ajenidad en la utilidad patrimonial’), Montoya Melgar .

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SUBORDINAÇÃO RETICULAR

Page 17: Direito do Trabalho do Século XXI

Vínculo Empregatício por Equiparação

Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

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SUBORDINAÇÃO RETICULAR

Page 18: Direito do Trabalho do Século XXI

Doutrina e Jurisprudência Italinas

Método “per sussunzione” ou “sillogistico”

Método “per approssimazione e di prevalenza”

ou “tipologico” ou “de tipo induttivo”

Empregado por equiparação (Constitucional)

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SUBORDINAÇÃO RETICULAR

Page 19: Direito do Trabalho do Século XXI

1. Trabalho e Dignidade

2. As Novas Tecnologias e os Direitos Fundamentais

Curso da Escola Judicial do TRT da Paraíba – 13ª RegiãoTópico 2: Incompatibilidade

Direitos Fundamentais e o Princípio de Proteção?

Page 20: Direito do Trabalho do Século XXI

Consagrar a centralidade da 'dignidade da pessoa humana' - truísmo;

Abandono da ênfase na fundamentalidade dos direitos sociais

Deslocar centralidade para 'dignidade‘ – sobrepor direitos humanos de 1ª geração (civis clássicos), em detrimento dos direitos sociais

Curso da Escola Judicial do TRT da Paraíba – 13ª RegiãoTrabalho e Dignidade

Page 21: Direito do Trabalho do Século XXI

A despatrimonialização e a constitucionalização dos direitos civilistas - Direito Civil

A economicidade do Direito do Trabalho # AED

A ênfase econômica do Direito do Trabalho: trabalho humano é a fonte primária da riqueza das nações

Curso da Escola Judicial do TRT da Paraíba – 13ª RegiãoTrabalho e Dignidade

Page 22: Direito do Trabalho do Século XXI

Movimento de fuga do Direito do Trabalho - Deslaboralização

Enfatizar os direitos civis significa reconhecer a não-suficiência, como direito fundamental, dos direitos sociais –nova matriz ideológica

Sem trabalho não há sociedade, não há República ou dignidade humana.

Curso da Escola Judicial do TRT da Paraíba – 13ª RegiãoTrabalho e Dignidade

Page 23: Direito do Trabalho do Século XXI

Novas Tecnolog ias e a Tute la dos Dire itos Fundamentais

Carta de Caxambu Carta de Maringá Carta de São Paulo Carta de Santiago

Page 24: Direito do Trabalho do Século XXI

Novas Tecnolog ias e a Tute la dos Dire itos Fundamentais

Trabalhador não renuncia à s ua dignidade ao ingres s ar no ambiente

fís ico ou virtual de trabalho

- , O e mail é invio lá ve l ainda que ( - fornec ido pelo empregador e mail

)corporativo

Page 25: Direito do Trabalho do Século XXI

Novas Tecnolog ias e a Tute la dos Dire itos Fundamentais

Tutela contra telessubordinação – Direito Fundamental à desconexão?

Tutela transnacional dos direitos fundamentais (principalmente dos sociais)

Page 26: Direito do Trabalho do Século XXI

1. Direito do Trabalho Desmaterializado: modelo para armar

2. Flexissegurança - Flexigurança

Curso da Escola Judicial do TRT da Paraíba – 13ª RegiãoTópico 3: Perspectivas do Direito do Trabalho: a ampliação, revisão (conceito de subordinação);

a flexisegurança

Page 27: Direito do Trabalho do Século XXI

Direito do Trabalho Desmaterializado:

um modelo para armar

- I A Crise da Idéia de Valor

- II A Perda da Centralidade do Trabalho Material

- ' ‘III A Conversão do Trabalho no «comum»

- IV O «Trabalho Biopolítico» e os Direitos

- : V O «comum» modelo para armar

Page 28: Direito do Trabalho do Século XXI

Crise da idéia de Valor

Valor-trabalhoHoras de trabalho individualTrabalho improdutivo

Valor-utilidade

Valor Biopolítico – valor desmedidoNão pode ser medido em horas individuais de

trabalho

Page 29: Direito do Trabalho do Século XXI

Crise da idéia de Valor

Trabalho – troca orgânica – transformação da natureza

Trabalho Imaterial BiopolíticoImaterial é o produto e não o trabalhoTrabalho intelectual, afetivo, relações

Page 30: Direito do Trabalho do Século XXI

Crise da idéia de Valor

Crítica à idéia de valor biopolíticoPensar não transforma a

naturezaEntesouramento

Liberdade como liberdade do trabalho

Page 31: Direito do Trabalho do Século XXI

Crise da idéia de Valor

Produção da ‘raridade’ biopolítica

Bens materiais - marketing, propaganda, styling, design

Bens imateriais – Propriedade intelectual

Page 32: Direito do Trabalho do Século XXI

Perda de centralidade do trabalho material

Capitalismo transforma tudo em mercadoria

Mercadoria material ordinária – apropriação – consumo

Conhecimento: intangível, não-apropriável, não-consumível e não-passível de troca.

Page 33: Direito do Trabalho do Século XXI

Perda de centralidade do trabalho material

capitalismo - ‘alie nação' - troca - lóg ica de me rcado

moe da funciona como ‘me dida' de ssa alie nação.

transmissão de conhe cime nto - ‘e manação' ou ‘adição re cíproca' - ‘dar e re te r‘

a e conomia do conhe cime nto - capitalismo cognitivo.

Page 34: Direito do Trabalho do Século XXI

Perda de centralidade do trabalho material

Capitalismo clássico - distinção: produção e consumo

Capitalismo cognitivo - consumo e produção se confundem

lógica da reprodução à lógica da inovação - regime de repetição para um regime de invenção

‘mercadoria por mercadoria' – ‘conhecimento por conhecimento‘

Page 35: Direito do Trabalho do Século XXI

Perda de centralidade do trabalho material

Networked information economy – YOCHAI BENKLER

(Commons-based peer production - firm production - market-based production)

Netware e wetware

Trabalho reticular

Page 36: Direito do Trabalho do Século XXI

Perda de Centralidade do Trabalho Imaterial

Castells - “O poder dos fluxos é mais importante que os fluxos do poder “

- - Albert Las zlóBarabá s i Ciênc ia das redes 80/20 – Princípio Pareto , Quanto mais rico mais rico

Yochai Benkler - A riqueza das redes – externalidade de rede – Lei dos rendimentos ‘crescentes’

Page 37: Direito do Trabalho do Século XXI

Perda de Centralidade do Trabalho Imaterial

É uma inteligência É uma inteligência distribuída por toda distribuída por toda parte, parte, incessantemente incessantemente valorizada, valorizada, coordenada em tempo coordenada em tempo real, que resulta em real, que resulta em uma mobilização uma mobilização efetivas das efetivas das competênciascompetências

Page 38: Direito do Trabalho do Século XXI

Perda de centralidade do trabalho material

Novo Capitalismo Cognitivo

1. lei da abundância

2 lei de rendimentos crescentes

Page 39: Direito do Trabalho do Século XXI

A Conversão do Trabalho no «comum»

Trabalho ColetivoTI - 2P P, Peer-to-Peer Trabalho em Rede – reticular

Comum: adjetivo substantivo

Espinosa - Centro da vida social: cooperação – Tecnologias de Cooperação

Page 40: Direito do Trabalho do Século XXI

A Conversão do Trabalho no «comum»

O «comum» - superação do publico-privado, público-coletivo - individual- coletivo.

• O trabalho público é uma prestação estatal

O trabalho do «comum»: substratos imanentes da comunidade – linguagem – usos e costumes – Novas tecnologias de comunicação e informação• Não é também um trabalho comunitário-assistencialista.

Page 41: Direito do Trabalho do Século XXI

A Conversão do Trabalho no «comum»

O «comum» produtivo – informática e informal

É uma concorrência subordinada à cooperação

Trabalho misturado com a vidaTrabalho biopolítico

Page 42: Direito do Trabalho do Século XXI

O «Trabalho Biopolítico» e os Direitos

2. Carta Magna de direitos sociais fixos3. - Cristaliza Mortifica a centralidade dotrabalho

4. -Constituição do Trabalho morto

GERAL COMUM

Page 43: Direito do Trabalho do Século XXI

O «Trabalho Biopolítico» e os Direitos

Cartografia de conquistas sociais Progressivas

Potencializa o trabalhopoder-potênciapotência constituinte – poder constituídoPoder Político – Movimento políticoPotência contra - Contrapoder

Constituição do Trabalho-vivo

Page 44: Direito do Trabalho do Século XXI

O «Trabalho Biopolítico» e os Direitos

Hermenêutica desplugada – linear – silogística – dedutiva – segmentada - individual

Hermenêutica hipertextual – reticular – indutiva – transdisciplinar - coletiva

Page 45: Direito do Trabalho do Século XXI

O «comum»: modelo para Armar

Direito do trabalho Material

•Estatuto Estatalista

•Estático - retrocesso

•Especialização - subordinação

Direito do trabalho Imaterial

•Suporte Comum•Progressão de prestações•Especificação e Cooperação

Page 46: Direito do Trabalho do Século XXI

O «comum»: modelo para Armar

Direito do trabalho Imaterial

•Greve Biopolítica

•Valor desmedido: Exploração desmesurada

Page 47: Direito do Trabalho do Século XXI

Flexisegurança - Flexigurança

Flexicurity - Flexigurança

Sociedade do conhecimento a qualidade do emprego não deve ser valorizada apenas pelas perspectiva do trabalhador

função das políticas públicas que considerem a necessidade das empresas assegurarem seu futuro econômico, dentro de um contexto integrado e competitivo.

Page 48: Direito do Trabalho do Século XXI

Flexisegurança - Flexigurança

Contexto

O princípio da flexigurança ocupa um lugar preponderante nas orientações integradas, adotadas em Julho de 2005, que estão na base da realização da estratégia de Lisboa para o crescimento e o emprego à escala nacional e europeia.

Page 49: Direito do Trabalho do Século XXI

Flexisegurança - Flexigurança

«estratégia de políticas públicas que trata, sincronicamente e de forma deliberada, de aumentar a flexibilidade dos mercados de trabalho, da organização do trabalho e das relações laborais por uma parte, e de aumentar a segurança (segurança no emprego e seguridade social), especialmente para os grupos mais débeis dentro e fora do mercado de trabalho, por outra»

(WILTHAGEN, T. &ROGOWSKI, R., «Legal regulation of transititional labour markets», en G. SCHMIFT & B. GAZIER [Eds.], The dynamics of full employment: social integration through transitional labour markets, Elgar, Cheltenham, 2002)

Page 50: Direito do Trabalho do Século XXI

Flexisegurança - Flexigurança

Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao ComitêEconômico e Social Europeu e ao Comité

das Regiões, de 27 de Junho de 2007:

«Para a definição de princípios comuns de flexigurança: Mais e melhores empregos mediante flexibilidade e segurança»

Page 51: Direito do Trabalho do Século XXI

Flexisegurança - Flexigurança

Os princípios comuns:Reforço da aplicação da estratégia da UE para o crescimento e o emprego,

bem como a consolidação dos modelos sociais europeus;Consecução de um equilíbrio entre direitos e responsabilidades;Adaptação do princípio de flexigurança à diversidade de circunstâncias,

necessidades e desafios dos Estados-Membros;Redução das disparidades entre os trabalhadores excluídos do sistema e os

que usufruem de um emprego a tempo inteiro e de duração indeterminada;

Desenvolvimento da flexigurança interna e externa, ajudando os trabalhadores a progredir na carreira (mobilidade ascendente - flexigurança interna) e a passar de um emprego para outro (flexigurança externa);

Promoção da igualdade entre homens e mulheres, bem como da igualdade de oportunidades para todos;

Definição de propostas políticas equilibradas, que promovam um clima de confiança entre os parceiros sociais, os poderes públicos e os outros intervenientes;

Garantia de uma distribuição equitativa dos custos e benefícios das políticas de flexigurança e de políticas orçamentais sólidas e financeiramente sustentáveis.

Page 52: Direito do Trabalho do Século XXI

Flexisegurança - FlexigurançaDimensão financeira da flexigurança: a contribuição

comunitária

Os instrumentos financeiros europeus destinados à coesão (designadamente, o Fundo Social Europeu) podem contribuir de forma significativa para o financiamento da flexigurança.

As principais áreas de intervenção serão a formação nas empresas, a aprendizagem ao longo da vida e a promoção do espírito empresarial.

As políticas de flexigurança não podem, em caso algum, pôr em perigo o equilíbrio orçamental dos Estados-Membros. Uma utilização mais eficaz dos recursos públicos e privados disponíveis deverá sempre sobrepor-se a um aumento das despesas.

Page 53: Direito do Trabalho do Século XXI

FIM

“Os jus tos só são e ficaze s , só conse gue m mante r a e xis tê ncia de uma comunidade , cons tituindo uma inte ligê ncia cole tiva”.

Pierre Lévy

“O poder dos fluxos é mais importante que os fluxos do poder” Manuel Castells

Agradeço a atenção de todos

José Eduardo de Resende Chaves Jú[email protected]