direito do trabalho

7
DIREITO DO TRABALHO Unidade II - Períodos de descanso (intervalos, repouso semanal remunerado e férias Proteção jurídica ao descanso do trabalhador Desgaste físico, psicológico e biológico da prestação de trabalho → necessidade de períodos de descanso para recuperar as energias e preservar a vida social e familiar do trabalhador Questão de saúde e segurança do trabalho → Art. 7º, inc. XXII, CR/88 Normas de ordem pública → limitação da autonomia negocial individual e coletiva Intervalo intrajornada Jornada superior a 6 horas (art. 71, caput, da CLT) → mínimo de 1 hora e máximo de 2 horas Jornada com mais de 4 até 6 horas (art. 71,§ 1º, da CLT) → 15 minutos Jornada até 4 horas → não há intervalo Intervalos especiais ou pausas → em razão da natureza do trabalho, certas jornadas devem ser permeadas de pausas intervalares (p.ex.: art. 72 da CLT e S. 346 do TST; arts. 253 e 298 da CLT) Intervalos remunerados e não remunerados O período do intervalo não integra a jornada de trabalho (art. 71, § 2º, da CLT; O.J. 178, SDI-1 / TST) → Os intervalos comuns não são remunerados Já os intervalos especiais integram a jornada de trabalho e são remunerados → Exceção: arts. 384 e 413, § único da CLT Súmula 118 do TST e art. 4º da CLT → intervalos concedidos por liberalidade

Upload: simone-cunha

Post on 26-Sep-2015

212 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Resumo sobre período de descanso, intervalos e férias

TRANSCRIPT

DIREITO DO TRABALHO

Unidade II - Perodos de descanso (intervalos, repouso semanal remunerado e frias

Proteo jurdica ao descanso do trabalhador

Desgaste fsico, psicolgico e biolgico da prestao de trabalho necessidade de perodos de descanso para recuperar as energias e preservar a vida social e familiar do trabalhador

Questo de sade e segurana do trabalho Art. 7, inc. XXII, CR/88

Normas de ordem pblica limitao da autonomia negocial individual e coletiva

Intervalo intrajornada

Jornada superior a 6 horas (art. 71, caput, da CLT) mnimo de 1 hora e mximo de 2 horas

Jornada com mais de 4 at 6 horas (art. 71, 1, da CLT) 15 minutos

Jornada at 4 horas no h intervalo

Intervalos especiais ou pausas em razo da natureza do trabalho, certas jornadas devem ser permeadas de pausas intervalares (p.ex.: art. 72 da CLT e S. 346 do TST; arts. 253 e 298 da CLT)

Intervalos remunerados e no remunerados

O perodo do intervalo no integra a jornada de trabalho (art. 71, 2, da CLT; O.J. 178, SDI-1 / TST) Os intervalos comuns no so remunerados

J os intervalos especiais integram a jornada de trabalho e so remunerados Exceo: arts. 384 e 413, nico da CLT

Smula 118 do TST e art. 4 da CLT intervalos concedidos por liberalidade

Smula 437 do TST

Inc. I o desrespeito parcial ou total do intervalo implica a remunerao integral do perodo do intervalo com acrscimo de, no mnimo, 50% sobre o valor da hora normal, sem prejuzo do cmputo do perodo na jornada de trabalho

Inc. II invlida clusula de ACT ou CCT que negocia reduo ou supresso do intervalo

Exceo Permissivo do art. 71, 3, da CLT c/c Portaria 1.095/2010 MTE

Impossibilidade de compensao do intervalo no banco de horas

Inc. III a remunerao pelo desrespeito ao intervalo possui natureza salarial e se praticada com habitualidade reflete nas demais parcelas calculadas com base no salrio

Inc. IV a prestao habitual de horas extras em jornada de 6 horas implica dever de respeito ao intervalo de 1 hora, devendo ser pago com acrscimo do adicional o perodo no respeitado

Intervalo Interjornada

Lapso temporal que separa o trmino de uma jornada de um dia e o incio da jornada do dia seguinte

Intervalo interjornada comum mnimo de 11 horas consecutivas para descanso (art. 66 da CLT)

Desrespeito ao intervalo remunerao do perodo suprimido como extra (O.J. 355 da SDI-I)

S. 110 do TST IIJ (11h) + RSR (24h)

Repouso Semanal Remunerado

Art. 67 da CLT; art. 1 da L. 605/49 descanso semanal de no mnimo 24 horas

Semanal O.J. 410 da SDI-I/TST

domingos art. 67 da CLT; art. 1 da L. 605/49

Excees: a) indispensvel continuidade do servio por motivo tcnico ou de interesse pblico (art. 5, nico, L. 605/49; b) comrcio em geral (art. 6 da Lei 10.101/00)

Sbado dia til no trabalhado (S. 113/TST)

Clculo do RSR

Repouso Remunerado (art. 7, L. 605/49): a) mensalistas e diaristas 1 dia; b) horistas soma das horas de uma jornada; c) por produo, inclusive o comissionista (S.27 do TST) e o professor horista (S. 351 do TST) quociente da remunerao semanal sobre 6

No integrao das gratificaes (S. 225 do TST) e do adicional de insalubridade (O.J. 103 da SDI-1 /TST);

Requisitos para o recebimento o RSR

Fruio do RSR X Remunerao do RSR

A fruio do dia de repouso sempre devida (art. 1 da Lei 605/49)

Requisitos para receber o RSR (art. 6 da Lei 605/49): a) freqncia integral na semana anterior; b) cumprimento integral da jornada na semana anterior (PN / 92 da SDC)

Integrao das horas extras habituais (S. 172 / TST)

Trabalho em feriados

Dia de feriado RSR para fins legais (art. 70 da CLT e art. 1 da Lei 605/49)

O trabalho em feriados depende de autorizao da SRTE exceto para o comrcio, em que basta a previso em negociao coletiva (art. 6-A, Lei 10.101/00)

Data magna do Estado de MG 21 de Abril (Constituio de MG)

Feriados municipais de BH: a) Sexta-feira da Paixo; b) Corpus Christi; c) 15 de agosto; d) 8 de dezembro Carnaval feriado do comrcio (L.Mun. 5.913/91)

Feriados civis e religiosos

Lei 662/49

1 de janeiro; 21 de abril; 1 de maio; 7 de setembro; 2 de novembro; 15 de novembro; 25 de dezembro

Legislao

eleitoral

Dia em que se realizarem as eleies (1 e 2 turno)

Lei 6.802/80

12 de outubro

Lei 9.093/95

Data magna do Estado

Incio e do trmino do centenrio de fundao do municpio

Feriados religiosos, em nmero no superior a quatro, fixados em lei municipal, includa a a Sexta-Feira da Paixo

Efeitos da no concesso do RSR e dos feriados

No concesso / concesso extempornea do RSR ou dos feriados direito folga compensatria (art. 9 da L. 605/49)

No concesso de folga compensatria direito ao recebimento valor do RSR em dobro, sem prejuzo do pagamento pelo dia trabalhado (Smula 146 do TST)

O RSR / Feriado trabalhado no pode ser compensado em banco de horas

Frias

Descanso anual remunerado (art. 129 da CLT)

Remunerao + tero constitucional (art. 142 da CLT c/c art. 7 , inc. XVII, da CF/88)

Integrao das parcelas salariais (art. 142, 5, da CLT) Exceo: gratificao semestral (S. 253/TST)

Proporcionalidade da durao das frias nmero de faltas ou extenso da jornada (arts. 130 e 130-A da CLT)

Aquisio e concesso das frias

Perodo aquisitivo art. 130 da CLT

Perda do direito s frias art. 133 da CLT e Smulas 46 e 89 do TST

Perodo concessivo art. 134 da CLT

Fracionamento das frias (art. 134, 1, da CLT) Exceo: menores de 18 e maiores de 50 anos (art. 134, 2, da CLT)

A poca de concesso prerrogativa do empregador (art. 136 da CLT), salvo direito de coincidncia (art. 136, 1 e 2 da CLT)

Aquisio e concesso das frias

Comunicao prvia de 30 dias (art. 135, CLT)

Pagamento em dobro das frias, sem prejuzo dos dias trabalhados (art. 137, caput, da CLT e S. 7 do TST)

S. 81 do TST dias de frias

Prazo para pagamento das frias (art. 145, CLT)

Atraso no pagamento e dobra das frias O.J. 386 SDI-1 / TST

Frias coletivas

Frias concedidas a um conjunto de empregados (empresa, estabelecimento ou setor) art. 139 da CLT

Comunicao prvia SRTE ou negociao coletiva

Frias coletivas concedidas a empregado com menos de 12 meses de contrato pagamento proporcional e reincio do perodo aquisitivo (art. 140 da CLT)

Fracionamento at dois perodos, sendo que nenhum deles poder ser inferior a dez dias (art. 139, 1 da CLT)

Abonos de Frias

Abono pecunirio de frias (venda das frias) converso de 1/3 dos dias de frias na remunerao correspondente, sem prejuzo do salrio no perodo (art. 143 da CLT)

Faculdade do empregado, observado o prazo do art. 143, 1, da CLT

Nas frias coletivas exige-se negociao coletiva para converso das frias em abono pecunirio

Frias e extino do contrato

Trmino do contrato de trabalho antecipa o vencimento das frias (art. 146 da CLT)

Frias indenizadas perodo aquisitivo completo, sem o gozo respectivo (No h reflexo no FGTS, cf. O.J. 195 SDI-I /TST)

Frias proporcionais perodo aquisitivo em curso na poca da dispensa

Exceto em caso de justa causa (art. 146, nico, da CLT), as frias proporcionais no dependem do tipo de dispensa, nem da durao do contrato (S.171 e 261 do TST)