direito ambiental constitucional

15
UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO - UNISULMA INSTITUTO DE ENSINOS SUPERIORES DO MARANHÃO – IESMA CURSO DE DIREITO 10º PERIODO MATUTINO TALINE LORRAINNE SILVA DOS SANTOS DIREITO AMBIENTAL CAPITULOS I A IV

Upload: taline-lorrainne

Post on 16-Jan-2016

5 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

direito ambiental constitucional

TRANSCRIPT

Page 1: direito ambiental constitucional

UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO - UNISULMA

INSTITUTO DE ENSINOS SUPERIORES DO MARANHÃO – IESMA

CURSO DE DIREITO

10º PERIODO MATUTINO

TALINE LORRAINNE SILVA DOS SANTOS

DIREITO AMBIENTAL

CAPITULOS I A IV

Imperatriz

2015

Page 2: direito ambiental constitucional

UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO - UNISULMA

INSTITUTO DE ENSINOS SUPERIORES DO MARANHÃO – IESMA

TALINE LORRAINNE SILVA DOS SANTOS

DIREITO AMBIENTAL

CAPITULOS I A IV

Trabalho entregue ao curso de Direito da Iesma, como requisito a obtenção de nota parcial do 1º bimestre na disciplina de Direito Ambiental.Professor: Luis Fernando

Imperatriz

2015

Page 3: direito ambiental constitucional

Capitulo I

Meio Ambiente

O ambiente é um complexo de elementos naturais e culturais,

cuja relação forma e interfere no meio em que se vive. Por isso dizer que “meio

ambiente” é o resultado da influência mútua dos elementos.

O conceito de meio ambiente compreende a natureza original e

artificial, bens culturais correspondentes, envolvendo portanto o solo, a agua, o

ar, as belezas naturais, o patrimônio histórico, artístico, turístico, paisagístico e

arqueológico.

A integração procura uma compreensão una do ambiente,

abrangendo recursos naturais e culturais. Por isso que o amparo do ambiente

deve interessar ao direito, já que ele atua e se expande na vida humana.

Há três ares do meio ambiente. O primeiro é o artificial,

caracterizado pelas construções, edificações e também áreas públicas como

praças e áreas verdes. O segundo é o cultural, sendo o patrimônio histórico,

que embora artificial, difere do primeiro aspecto pelo sentido especial que

adquiriu. Já o último caractere é o meio ambiente natural, abrangendo o solo, o

ar, a flora - a interação dos seres vivos e seu meio.

Na lei 6.938/81, artigo 3º temos um conceito de meio ambiente,

sendo “o conjunto de condições, leis, influencias e interações de ordem física,

química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas

formas.

A concepção cultural dos bens ambientais reflete no ser humano

o seu valor coletivo e a concepção uma do meio ambiente em todos os seus

feitios, mas arrisca que se perda a acepção da natureza como natura, arrisca-

se a cair num ambientalismo abstrata, lembrando apenas do “preservavel” e

esquecendo da matéria puramente de natureza, natureza bruta, que deve ser

também, um ponto admirável.

Page 4: direito ambiental constitucional

O local onde se desenrola grande parte da vida da sociedade

contemporânea, é o meio ambiente do trabalho, assim a sua qualidade de vida

está completamente interligada com as condições desse lugar.

Esse ambiente está largamente tutelado por normais

constitucionais e infraconstitucional, com o escopo de garantir condições

salubres e seguras para que os trabalhadores exerçam suas funções de

maneira que sua vida seja preservada.

Uma das garantias presentes no texto constitucional para os

trabalhadores, refere-se a redução de riscos inerentes ao trabalho, por meio de

normas de saúde, higiene e segurança. Normas estas que acabaram por se

integralizar na legislação trabalhista. Essas garantias abrangem o local de

trabalho; ferramentas; agentes químicos, físicos e biológicos e ainda,

pesquisas sobre acidentes de trabalho.

Um ambiente de trabalho inseguro atinge não só aqueles que ali

trabalham, mas também o seu exterior, visto que são largamente

correlacionados.

Já se tratando de desenvolvimento econômico, a aplicação da

tecnologia gerada está no sentido de suprir o que é oferecido pela natureza.

A política nacional do meio ambiente tem como objetivo

harmonizar o desenvolvimento econômico social com a preservação da

qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.

Conciliando meio hambiente e desenvolvido seria possível

alcançar o desenvolvimento sustentável, que é a ocorrência de exploração

equilibrada dos recursos naturais, nos perímetros do contentamento das

precisões e do bem estar desta geração, assim como na sua conservação para

a importância das gerações futuras.

A qualidade do meio ambiente é um grande patrimônio, sendo

imperativo que o poder público desenvolva políticas para sua proteção e defesa

da natureza.

Page 5: direito ambiental constitucional

Capitulo II

Degradação Ambiental e Consciência Ecológica

A tutela jurídica do meio ambiente se faz presente na ocasião em

que sua deterioração começa a influenciar negativamente na vida do ser

humano, colocando em jogo a sua sobrevivência.

A exterminação de elementos do meio ambiente pode se dar de

varias maneiras. Atingindo o ar, clima, rios, lagos, oceanos, solos, diretamente

se atinge a vida orgânica.

O desmatamento, cada vez mais crescente, através de

queimadas para criação de pastos, ou para limpar o terreno, para

apossamento, etc., atinge diretamente o ecossistema. As conseqüências desse

desmatamento são varias: perda da biodiversidade, aterramento dos rios e

lagos, redução das chuvas, desertificação, aumento do efeito- estufa, etc.

Apesar disso, só recentemente é que se começou a incentivar o

reflorestamento. Ainda, o reflorestamento não repõe o que se foi perdido. Se

for plantada uma arvore no Brasil de origem de outro país não irá atrair os

pássaros, nem gramíneas naturais ambientes.

O solo também sofre muitas alterações. A mais vista é a erosão.

Sua deterioração e destruição. A erosão é a remoção dos elementos de

constituição do solo para planícies, vales, mar, etc...

A erosão pode ser causada pela própria natureza, mas tem como

principal contribuinte o ser humano, que como já citado, causa a degradação a

partir de queimadas e derrubada de arvores, principalmente, já que estas são

fundamentais para firmar o solo.

A poluição é uma das piores formas de destruição do meio

ambiente. Atinge diretamente ar, água, solo, flora, fauna, principalmente, o

próprio ser humano.

Page 6: direito ambiental constitucional

O Decreto lei 303 de 28/02/1967, em seu artigo primeiro,

estabelece como poluição qualquer alteração física, química, biológica do meio

ambiente, causado por substancias liquidas, gasosas ou solidas que sejam

nocivas ou ofensiva à saudade, á segurança e ao bem estar das populações;

crie condições inadequadas para fins domésticos, agropecuários, etc.;

ocasione dano à fauna e à flora.

A lei 6838 de 1981, em seu artigo 3ª considera poluição como a

degradação da qualidade ambiental, resultante de atividades que prejudiquem

a saúde, segurança, bem-estar da população; criem condições adversas às

atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota; afetem as

condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lancem matérias ou

energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.

Ao fim de tudo, entretanto, se conclui que nem toda poluição é

condenável. Isso sempre existiu na sociedade. Perigosa, e que precisa ser

freada, é a que afeta grandiosamente a vida, saúde, segurança e bem-estar

dos povos e nas atividades sociais e econômicas da sociedade, ainda na

fauna, flora e condições estéticas e salutares do ambiente.

O inciso III da Lei 6938 de 1981 considera como poluidor a

pessoa, física ou jurídica, publica ou privada, responsável, direta ou

indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.

Poluentes seriam formas de matéria ou energia, solida, liquida ou

gasosa, que causam a poluição no meio ambiente.

A degradação do meio ambiente esta cada vez mais gritante, isso

criou uma consciência ecológica por todo o mundo. Chamando a atenção das

autoridades para o problema, de maneira sufocante, de forma que se iniciou o

combate, pela leia, de todas as formas de destruição do meio ambiente,

surgindo uma legislação ambiental em todo o mundo.

Essa preocupação é com a preservação do patrimônio ambiental

global, em todas as suas manifestações. A intenção é compatibilizar

crescimento econômico e qualidade de vida, orientando o desenvolvido de tal

forma que não continue destruindo o meio ambiente.

Page 7: direito ambiental constitucional

Capítulo III

Legislação Ambiental

A evolução de normas sobre meio ambiente criou o

desenvolvimento de uma legislação ambiental em todos os países.

Essas diretrizes podem ser divididas em três modos: Uma

ampliação ou adequação das ocasiões atuais da legislação sanitária do século

passado e das que em eras passadas resguardavam a paisagem, a fauna e a

flora; Outras de invento moderno mas de base ecológica, mesmo que de

dimensão setorial, para o ar, água, ruído, etc.; uma audaciosa que tenta

relacionar os fatores em questão, trazendo em uma única normativa todas as

regras relacionadas ao meio ambiente.

A legislação protetora do ambiente brasileiro por conta disso

sofreu uma forte modificação. Antes era quase total a falta de tutela - poucas

normas oprimiam a devastação e esgotamento de terra por receio de

desequilíbrio ecológico.

Assim, nasceram as primeiras normas tuteladoras, porém com

muitas restrições, que tinham como destinação a proteção de direito privados

em questões de vizinhança. No que tange o art. 554 do código civil que

incumbiu ao proprietário direito de impedir que o mau uso da propriedade

vizinha, pela segurança, sossego e a saúde dos que ali habitam. Como

conseqüência de tal dispositivo surgiram inúmeras jurisprudências sobre o

conceito de vizinhança que passou a significar a zona ou área dentro da qual

era sentido o efeito nocivo.

Após o código civil surgiu o Regulamento de Saúde Pública

(Decreto 16.300, de 31.12.1923), que trouxe uma inspetoria de higiene

Industrial e Profissional.

Em 1934 surgiram normas especificas de proteção ao meio

ambiente, tais como o Código Florestal (Decreto 23.793 e3 23.1.1934)

substituído pelo vigente instituído pela Lei 4.771 de 15.9.1965; o Código de

Page 8: direito ambiental constitucional

águas (Decreto 24.643 de 10.7.1934) ; o Código de Pesca (Decreto-lei 794 de

19.10.1938).

A legislação federal teve início com o Decreto-lei 248 de

28.2.1967, que criou a política nacional de saneamento básico, a se aplicar nos

setores de abastecimento de água e esgotos sanitários e criando o conselho

nacional de saneamento básico, que devia instituir a política e elaborar o plano

nacional de abastecimento de águas e esgotos sanitários.

O Decreto-lei 303. Que instituiu Conselho Nacional de Controle a

Poluição Ambiental, em conjunto ao Ministério da Saúde, como o único órgão

de âmbito nacional que tem a finalidade especifica de promover o coordenar as

atividades de controle da poluição ambiental.

O conselho tinha a função de agir como um órgão normativo e

esquematizador, atuando como coordenador especifico junto ao governo

federal e aos órgãos executados da política da poluição ambiental.

O II Plano Nacional de desenvolvimento delineou as primazias de

prevenção do meio ambiente, abalizando que não era adequada qualquer

deliberação que restringisse o acesso dos países subdesenvolvidos ao estágio

de uma sociedade industrializada, com o escopo de paralisar a poluição

mundialmente, pois o certo é que o maior ânimo deveria incidir sobre os países

industrializados, culpados pela poluição contemporânea do meio ambiente, em

geral.

Sobre o campo de poluição das águas, cunharam dois institutos

auxiliares: a companhia de saneamento básico e a companhia de tecnologia de

saneamento básico e de controle de poluição das águas

O direito ambiental é atualmente, um ramo do direito público, por

conta da forte presença do poder público no seu controle de qualidade do meio

ambiente. Também, em função da qualidade de vida e por ser um direito

fundamental garantido da pessoa humana, em especial o de direito ambiental

constitucional.

Há duas feições que assistem o Direito Ambiental. Um deles, o

Direito ambiental objetivo, que incide no conjunto de normas jurídicas

disciplinadoras da tutela da qualidade do meio ambiente. O outro, é o Direito

ambiental como ciência, que almeja a procura do conhecimento sistematizado

das normas e princípios ordenadores da qualidade do meio ambiente.

Page 9: direito ambiental constitucional

Capitulo IV

Fundamentos Constitucionais da Proteção Ambiental

A abordagem do meio ambiente nas ultimas constituições do

Brasil foi cada vez mais crescente, no sentido de tutela do meio ambiente

natural como um direito fundamental da pessoa humana, isso devido a

inquietação ecológica com relação a manifesta deterioração que vem

acontecendo na natureza.

Já existia a contenda do meio ambiente em constituições mais

antigas, mas que se fazia presente como um mero aspecto da atribuição de

órgão ou de entidades públicas, com orientações defensivas ligadas à saúde.

Ainda estabelecendo competências referente a leis sobre aguas, a caça e a

pesca, florestas entre outras, acarretando assim ao surgimento de leis

protetoras resultando no Código Florestal, Código de Saúde Pública, de Água e

de Pesca. Entretanto, a Constituição de 1988 foi a primeira trazendo uma

capitulo especifico para a matéria.

No capítulo da Constituição de 1988 destinado à Ordem Social é

que se encontram as principais normas ambientais, não sendo, porém a única

parte em que a importância do meio ambiente faz presente, em outros

dispositivos, dentro da normatividade constitucional, podemos ver

explicitamente menções ao meio ambiente no transcorrer do texto

constitucional.

Como já falado, no Capitulo VI do Título VIII, com seus parágrafos

e incisos, a constituição o tem como parte da Ordem Social.

O artigo 225, por exemplo, estabelece que todos devem ter ao

meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e de

suma importância para uma sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder

Público e às pessoas, o dever o acastelar e o resguardar para as presentes e

futuras gerações.

Page 10: direito ambiental constitucional

No inciso LXIII do artigo 5º - berço dos direitos fundamentais

humanos - expõe a ação popular e suas legitimidades para propositura que são

amplas para qualquer cidadão tenha interesse em abolir ato lesivo ao meio

ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.

No art. 21, XIX, da nossa Carta Magna, temos confiada a

competência da União para estabelecer o Sistema Nacional de Gerenciamento

de Recursos Hídricos e para definir critérios de outorga de direito de uso.

O anexo de normas sobre a saúde presentes dos artigos 196 ao

200 despedem valores ambientais, ponderando que a tutela do meio ambiente

é integrada pela preservação da qualidade de vida da sociedade, da saúde, do

bem estar. O direito a saúde é necessário para que tenhamos um ecossistema

contrabalançado.

A Constituição ainda estabelece a forma com que os Estados e

Municípios devem se portar para proteger o ambiente, distribuindo

competências e impondo às estas pessoas de Direito Público que cumpram

seu dever para com o ambiente.

O artigo 23 da CF/88, por exemplo, estabelece a competência

material comum entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios. No inciso

II impera que todos os entes federados devem cuidar da saúde da população e

o inciso VI, estabelece a proteção do meio ambiente e combate da poluição.

No artigo 24, inciso VI há permissão para Estados e Distrito

Federal legislarem sobre a proteção do meio ambiente e controle da poluição, o

inciso VIII permite que disciplinem a cargo por dano ao meio ambiente e o

inciso XII que constituam normas acerca do amparo da saúde.

Já no artigo 30, I e II, resta estabelecida a competência dos

Municípios para legislar sobre matérias de importância local e suplementar as

legislações federal e estadual, incluindo questões ambientais.

O bem jurídico tutelado pelas normas ambientais, no meio em que

a pessoa humana desenvolve suas atividades produtivas, é principalmente a

saúde.

Page 11: direito ambiental constitucional

BIBLIOGRAFIA

SILVA, Jose Afonso. Direito Ambiental Constitucional. 10ª ed. São

Paulo: Malheiros, 2013.