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Direito Administrativo Pós-Graduação Professor Bruno Padilha

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Direito Administrativo. Pós-Graduação Professor Bruno Padilha. Conceito. O saudoso Hely Lopes Meirelles dá a seguinte definição: - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Direito Administrativo

Direito Administrativo

Pós-GraduaçãoProfessor Bruno Padilha

Page 2: Direito Administrativo

Conceito

• O saudoso Hely Lopes Meirelles dá a seguinte definição:

• " É o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado."

Page 3: Direito Administrativo

Para ele, Administração Pública:

• É o conjunto de órgãos instituídos para a consecução dos objetivos do governo", quais sejam o bem comum da coletividade.

Page 4: Direito Administrativo

Fontes do Direito Administrativo

• Fontes dos direito constituem a exteriorização do direito ou a sua formalização.

• As fontes do Direito Administrativo são:• a) Escritas - Lei ( Constituição, Lei Complementar, Lei Ordinária,

Medida Provisória, Regulamento, etc).• b) Não Escritas –• 1) Jurisprudência - decisões da Justiça• 2) Costumes - É a reiteração de um comportamento. O costume é

fonte do Direito Administrativo para preencher as omissões da lei, para interpretação das normas e na incidência das normas, nos casos de dúvidas.

• 3) Princípios Gerais do Direito - legalidade, moralidade, etc

Page 5: Direito Administrativo

RAMOS DO DIREITO

• Na tradicional divisão do Direito em 2 (dois) grandes ramos: Direito Público e Privado, o Direito Administrativo insere-se no Direito Público, juntamente com o Direito Constitucional, Tributário, Processual Penal, Penal, Internacional Público, que regula as relações jurídicas em que predomina o interesse do Estado, ao passo que o Direito Privado disciplina as relações jurídicas em que prevalece o interesse dos particulares. O critério do interesse é que aparta esses dois ramos.

Page 6: Direito Administrativo

BREVE HISTÓRICO

• O Direito Administrativo surge após a idade moderna, tendo por impulso decisivo a teoria da separação dos Poderes desenvolvida por Montesquieu (1748) e acolhida universalmente pelos Estados de Direito.

Page 7: Direito Administrativo

• A França é considerada seu país natal. É a partir dela que o Direito Administrativo difundiu-se pela Europa e daí para o resto do mundo, podendo-se dizer que é fruto da conquista dos regimes democráticos e republicanos. No Brasil, até 1851 (período colonial) esteve atrelado à legislação lusitana. Só em 1851 surgiu como matéria obrigatória das faculdades de Direito (São Paulo e Olinda).

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• Vicente Pereira do Rego, professor da Academia de Direito do Recife, em 1857 produziu a primeira obra sistematizada da matéria – “Elementos de Direito Administrativo Brasileiro”. Daí sucederam-se inúmeros outros, figurando em destaque, em história mais recente, Rui Cirne Lima, Cretella Jr, Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, Hely Lopes Meirelles; Lúcia Valle Figueiredo, Maria Sylvia Zanela di Pietro, Diógenes Gasparini, Celso Antonio Bandeira de Mello, Odete Medauar, Marçal Justen Filho, Weida Zancaner, José dos Santos Carvalho Filho, dentre tantos.

Page 9: Direito Administrativo

CODIFICAÇÃO do Direito Administrativo

• O Direito Administrativo no Brasil não se encontra codificado, isto é, seus textos não se acham reunidos num só corpo de lei (Códigos). Os estudiosos dividem-se acerca do tema, destacando-se 3 teses a respeito: não codificação (para não imobilizar o Direito Administrativo, em constante elaboração); codificação parcial (só algumas matérias poderiam ser sistematizadas, como águas, mineração, etc) e codificação total (já professada nas obras mais tradicionais, como de Diógenes Gasparini e Hely Lopes Meirelles).

Page 10: Direito Administrativo

“Princípios”

• Supremacia do Interesse Publico sobre o interesse privado. Ex: desapropriação.

• Limite: Indisponibilidade do direito publico.• Binômio: Prerrogativa X Limitação = ORIGEM

DOS PRINCIPIOS.• Regime jurídico administrativo.• Todos os princípios são constitucionais.• Cinco princípios expressos no art. 37 CF.

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"PRINCÍPIOS MÍNIMOS" do direito administrativo

Famoso L I M P E do art. 37, caput, CF:

• Legalidade• Impessoalidade• Moralidade• Publicidade• Eficiência

Page 12: Direito Administrativo

LEGALIDADE:

• O ADMINISTRADOR deve SUBORDINAR-SE a lei.

• De forma que, se não obedecer a lei, os atos por ele praticados serão ILEGAIS.

• o Atos ILEGAIS >>>>> deverão ser >>>>> ANULADOS.

Page 13: Direito Administrativo

• Quem pode anular atos ilegais? • o R.: Adm. Pública e P. Judiciário - vide SÚMULAS

346 e 473 do STF (cai muito em prova!!!) • Qual o prazo q a Adm. tem para anular atos

ilegais? • o R.: 5 ANOS (CINCO, CINCO, CINCO, CINCO,

CINCO... decorou?? CINCO!!!! ) • § vide art.54 Lei 9784/99

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P. IMPESSOALIDADE

• ausência de subjetividade = não posso beneficiar o parente, o amigo, ou prejudicar o inimigo.

• relacionado ao P. Impessoalidade temos: SÚMULA VINCULANTE 13 STF: leitura obrigatória (proibiu/vedou o nepotismo no Judiciário e na Adm.)

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– A SÚMULA VINCULANTE 13 diz: (pegue a súmula para entender) - "até o 3º grau INCLUSIVE", é dizer, ESTÃO FORA do alcance da Súmula os que compõem o 4º grau.

– ex: PRIMOS, e tb estão fora do enunciado da súmula os ocupantes de CARGOS POLÍTICOS (ex: secretário municipal de saúde).

Page 16: Direito Administrativo

P. MORALIDADE

• Agir com boa-fé, honestidade, probidade. Assim, aquele que comete Improbidade Administrativa fere, entre outros princípios, o da moralidade.

• honestidade, boa fé no trato da coisa publica, atuação não corrupta. “Moral Jurídica” que não se confunde c/” Moral Social”, apesar de moral social ser aplicada também.

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ATOS de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

• (LEI 8429/92)• a) atos q geram enriquecimento ilícito; • b) atos q causam dano ao erário; • c) atos q importam em violação aos princípios

da Administração.

Page 18: Direito Administrativo

>>>> MUITO Importante sobre IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA!

• 1º - alteração do art.12 caput pela lei 12.120 de dez/09. TEM CAÍDO MTO EM PROVA!!

• Fixa que as PENALIDADES cominadas ao agente ímprobo podem ser aplicadas ISOLADA OU CUMULATIVAMENTE, tudo a depender da gravidade do fato.

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• 2º - alteração do art.21, I - as aplicações das sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa NÃO dependem (NÃOOOOOOOO dependem) da ocorrência de dano ao patrimônio público - essa é a REGRA.

• EXCEÇÃO: a pena de ressarcimento DEPENDE (D.E.P.E.N.D.E.) da ocorrência do dano !!!

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P. EFICIÊNCIA (EC 19/98)• Lembrar q o maior empecilho para obtenção da eficiência

é a estabilidade conferida ao agente (art.41 CF).• Sobre ESTABILIDADE: • PRAZO: 3 ANOS estabilidade. • Estágio probatório: 3 ANOS. • Perda da estabilidade é possível desde que: – A) processo administrativo com contraditório e ampla defesa;– B) processo judicial com trânsito em julgado;– C) não aprovação em "avaliação periódica de desempenho"

(vide art. 41, §1º, CF).

Page 21: Direito Administrativo

P. CONTRADITÓRIO/AMPLA DEFESA:

• Art. 5°, LV, princípio do contraditório e ampla defesa - processo administrativo.

• Saber o que esta acontecendo e se manifestar.• Quando alcance da ampla defesa?• Defesa Técnica Defesa p/ advogado• Ausência advogado torna o processo Nulo?• Sumula STJ 343 nulo, desde que exista

advogado já constituído no processo.

Page 22: Direito Administrativo

• Sumula vinculante n° 5 é dispensável o acompanhamento de advogado. Ausência de advogado não viola ampla defesa.

• Defesa Previa manifestar-se antes de uma decisão administrativa.

• Recurso duplo grau de jurisdição? Sumula vinculante n° 21 “ é inconstitucional o depósito Prévio.

• A ampla defesa abarca “duplo grau.”

Page 23: Direito Administrativo

P. CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

• Prestação ininterrupta do serviço• Importante: é possível que o servidor Publico faça

greve?• Resposta: Depende. Servidor militar não tem direito

de greve nem de sindicalizar. Eles podem ter associação. Fazem “ motim”.

• Servidor publico civil tem direito de greve. A discussão é se ele pode exercer o direito de greve, pois não existe lei que a regulamente. Usa a lei geral de greve, pois não tem Lei especifica.

Page 24: Direito Administrativo

Pergunta: É possível interromper o fornecimento por inadimplemento ????

• Resposta: Sim, é possível por inadimplemento ou por motivo de ordem técnica, desde que tenha prévio aviso ou situação de urgência.

• É constitucional? Sim• Supremacia do Interesse Publico Sobre o interesse

privado, porem não pode gerar a paralisação de um serviço publico essencial. Ex: cortar energia elétrica de um hospital.

• STJ iluminação publica é serviço essencial, segurança comunidade.

Page 25: Direito Administrativo

• Exceção de contrato não cumprido?• Resposta: PODE. Se a Administração for

inadimplente por mais de 90 dias.

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PODERES ADMINISTRATIVOS

• Os poderes da Administração São “instrumentais”. Instrumento para garantir o interesse público. Usa-lo além do instrumento, é abuso de poder.

• 1) VINCULADO A lei estabelece as normas de forma objetiva.

Page 27: Direito Administrativo

• 2) DISCRICIONÁRIO dentro dos limites da lei.• Ex.: Opção de vender imóvel por leilão ou

concorrência. Possibilidade de escolha.• MERITO ADMINISTRATIVO• FORMA: oportunidade e conveniência.• Sempre ao interesse coletivo• Poder administrativo.

Page 28: Direito Administrativo

• Judiciário não pode fazer o controle ( análise) de mérito Juiz( Judiciário) só aspecto de legalidade.

• Judiciário pode analisar os LIMITES do mérito.

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• PODER (ATO) NORMATIVO minudenciando a lei; normas gerais e abstratas; atos administrativos normativos, dentro dos limites da lei.

Page 30: Direito Administrativo

• HIERÁRQUICO se organizar, ordenar internamente , poder interno, não pode ser exercido externamente, dentro de uma pessoa jurídica.

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• DISCIPLINAR aplicar sanção. Poder de punir. Sanção decorrente de um vínculo especial entre Estado e o particular. Decorre de um vinculo especial. Pode ocorrer da hierarquia ou de uma relação contratual.

Page 32: Direito Administrativo

• PODER DE POLICIA: polícia administrativa. Poder que o Estado tem de restringir o exercício de liberdades individuais, uso de propriedade privada.

• Ex: gabarito p/ novas construções;• Poder de policia decorre do poder geral do Estado.

Supremacia do Estado• Poder de Policia Preventivo( Licença) e

Repressivo( passeata)• Poder de Policia Discricionário ? Sim, passeata• Vinculado? Sim, licença,

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• Ex: Adm. apreende as empadinhas estragadas do restaurante ou os medicamentos com prazo de validade expirado, ou ainda, a Adm. fixa limite de velocidade 80km/h numa determinada via.

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• Características ( atributos) do Poder de policia: Discricionariedade. O poder de policia não pode ser Delegado a particular.

• Ex: radar p/ multa pode delegar os “aspectos materiais” do poder de policia. O poder de policia pode instituir “ fazer”, ou seja, obrigação de fazer. Lembrar a empresa apenas tira foto.

• Ex: estatuto da cidade. “ Imóvel urbano. Função social” edifique, construa, parcele.

• Poder de policia é sempre uma abstenção

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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVAUnião, Estados,Municípios e DF.

• Entes administração Indireta ( criados pelo Estado)

• Autarquias • Fundações Publicas • Empresa publica • Sociedade Economia Mista

Page 36: Direito Administrativo

• Centralizado tem que ter eficiência.• Ex: saúde - se especializa internamente. Ex: Ministério

da Saúde.• Distribuição interna, DESCONCENTRAÇÃO (dentro da

mesma PJ; tem hierarquia)• DESCENTRALIZAÇÃO (PJ diferentes; não tem hierarquia)• “Órgão publico não tem personalidade jurídica”. (parte

integrante de uma PJ), mas pode ter capacidade processual ativa.

• órgão independentes e os autônomos .

Page 37: Direito Administrativo

AUTÁRQUIAS• Pessoa jurídica de direito publico, mesmo regime de Fazenda Publica.• ATIVIDADE TIPICA DO ESTADO MESMO REGIME DO ESTADO• Privilégios Processuais.• - Prazos diferenciados.• 4x contestar e 2x recurso• PRECATÓRIOS• Imunidade Tributaria Recíproca.• Art. 150 § 2º CF, atividade essencial.• Autarquia em regime ESPECIAL.• Universidade Publica Autonomia Pedagógica.• Quem escolhe os DIRIGENTES são os membros da autarquia.

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• A Lei cria as autarquias e a Lei autoriza a criação dos outros entes da Administração direta.

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AGENCIAS REGULADORAS

• Fiscalizar, normatizar.• Poder Normativo.• Dirigentes são escolhidos pelo Presidente da

Republica com aprovação do Senado Federal.• Com prazo de MANDATO CERTO, tendo garantia, só

podendo perder o cargo por processo administrativo.• No final do mandato tem que cumprir QUARENTENA,

não podendo prestar serviço para empresas que regulava.

Page 40: Direito Administrativo

• AGENCIA EXECUTIVA - Autarquia simples. Ineficiência contrato de gestão - PLANO DE RESTRUTURAÇÃO - Status Agencia executiva quando contrato acabar, volta a ser agencia comum.

• Não existe subordinação, não existe hierarquia.

Page 41: Direito Administrativo

• FUNDAÇÃO PUBLICAS (FUNAI, FUNASA)• Pode ser de direito PUBLICO (autarquias

fundacionais; criadas por lei) ou direito PRIVADO( Fio cruz; Fundações Governamentais).

Page 42: Direito Administrativo

• EMPRESAS ESTATAIS• - Empresa publica ou Sociedade econômica

mista .Pessoa jurídica de direito privado.

Page 43: Direito Administrativo

Empresa publica

• Capital 100% publico.• Ex: CEF.• Não precisa ser mesma pessoa jurídica.• Qualquer forma societária.• Desloca p/ competência. Da Justiça Federal

em razão pessoa.• OBS: Ressalvado as justiças especiais.• Ex: Trabalhista

Page 44: Direito Administrativo

Sociedade econômica mista

• Capital – Maioria do capital é publico• Ex: Petrobras;• Sociedade anônima• Só pode ser, é lei.• Justiça comum

Page 45: Direito Administrativo

Igual entre as empresas e sociedades

• Sujeitos a limitação Direito Público.• Celetistas que necessitam de concurso.• Regime misto / Hibrido.• Regras Direito Privado.

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• FINALIDADES: Serviço Publico (Prestação) ou Exploração Atividade Econômica;

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• Responsabilidade Civil do Estado• Previsão Legal Expressa.• Subjetiva Dolo Culpa• Subjetiva pela culpa do serviço.• Responsabilidade Objetiva• conduta agente publico• dano particular• nexo causalidade entre eles.• No Brasil não houve fase da irresponsabilidade;• Responsabilidade Estado é objetiva desde 1946.• ART. 37 § 6º / ESTUDAR• PJ D. Publico• PJ D. Privado Serviço Publico – objetivamente danos a 3º Regresso agente / dolo/culpa.• AGENTE CULPA SUBJETIVA

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• Autarquia• Fundação Publica D. Publico- Pessoa Jurídica Direito Publico• Particulares• Administração Indireta – D. Privado• Estado responde mesmo em atos lícitos.• Ato licito – principio isonomia.• Ato ilícito – principio legalidade.• Se faltar qualquer dos elementos , a responsabilidade é excluída.• Teoria risco ADMINISTRATIVO• Teoria risco INTEGRAL Estado é responsável sempre.• Exceção – Responsabilidade Administrativa no Brasil.• 1) DANO NUCLEAR Risco integral.

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• 2) DANO AMBINETAL Risco Integral.• 3) CUSTÓDIA Risco integral.• Responsabilidade p/ omissão.• - Subjetiva (culpa do serviço)• Teoria de “risco criado”.• “Um preso mata o outro”• Todos os danos Responsabilidade. Objetiva.• Estado tem alguém sob custodia• Dano “especifico”( uma pessoa,um grupo de pessoas) e “Anormal”• PRESCRIÇÃO• CESPE 5 ANOS – questão 48 exame 41• Cod. Civil 2002 – art. 206 3 anos• RESPONSABILIDADE DECORRENTE OBRA• Obra ( STAND) – má execução – Estado ( OMISSÃO) – Objetiva( art. 37,VI)• - Empreiteira Contratada – subjetiva e omissão.• Responsabilidade pelo simples fato da obra OBJETIVA e só do Estado.• Responsabilidade do agente• ESTADO – dolo/culpa - AGENTE• ESTADO – SEM DOLO/SEM CULPA – vitima• A vitima não pode cobrar direito ao Agente. Isso é chamado DUPLA GARANTIA - principio• impessoalidade• Art. 70 CPC regresso - Denunciação a lide – O Estado não pode fazer.• Não se discute “DOLO E CULPA”• Regresso, ART. 37, § 5º, CF/88• imprescritível

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AGENTES PÚBLICOS

• Toda e qualquer pessoa física que desempenhe atividade administrativa é denominada Agente Público, mesmo que esta função tenha sido cumprida por algumas horas, dias ou anos.

Page 51: Direito Administrativo

Os agentes públicos são divididos em:

• I - Agentes Políticos; • II - Servidores Estatais; • III - Militares; • IV - Terceiros em colaboração com o Poder

Público.

Page 52: Direito Administrativo

Militares

• Destes, os Militares seguem regime especial, com proibições maiores do que os outros agentes, em virtude do papel institucional que lhe cabe. Assim, os militares têm um regime mais rígido do que os demais agentes públicos, podendo, inclusive, ocorrer prisão administrativa, instituto impensável para outros prestadores de serviços públicos. Assim, a Constituição Federal, após a Emenda Constitucional 19/98 tratou os militares como categoria a parte.

Page 53: Direito Administrativo

Terceiros em colaboração com o Poder Público

• Os terceiros em colaboração com o Poder Público não fazem parte da intimidade da Administração Pública, sendo que apenas momentaneamente, por obrigação legal, contratual, ou voluntariamente, exercem atividade administrativa, é o caso dos jurados, mesários e inscritos no serviço militar obrigatório (são os chamados agentes honoríficos), prestadores de serviço terceirizados (ex: advogado conhecido contratado para interpor recursos perante os Tribunais Superiores), os oficiais de registros públicos, bem como aqueles que prestam serviços notariais, ou ainda, aqueles que se colocam como gestores de negócios públicos em situações de emergência (ex: os populares que auxiliam os bombeiros a apagar incêndios).

Page 54: Direito Administrativo

AGENTES POLÍTICOS

• Agentes políticos são aqueles que ocupam os cargos da mais elevada hierarquia de um Estado. Realizam a função política primária do Estado, possuindo um vínculo de natureza política com o Estado.

Page 55: Direito Administrativo

• Segundo o professor Hely Lopes Meirelles os agentes políticos são “os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício de atribuições constitucionais.”

Page 56: Direito Administrativo

• Pela definição da doutrina mais tradicional, os agentes políticos são aqueles ocupantes das funções de chefes dos Poderes Executivos da união, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios, bem como os seus assessores diretos.

• De igual forma, são considerados como agentes políticos, os membros dos Poderes Legislativos da União, do Distrito Federal, dos Estados Membros e dos Municípios.

• No entanto, existe uma tendência atual de se considerar os Magistrados, os Membros do Ministério Público e do Tribunal de contas como Agentes Políticos.

Page 57: Direito Administrativo

São agentes políticos: • PRESIDENTE DA REPÚBLICA; • MINISTROS DE ESTADO; • GOVERNADORES DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL; • SECRETÁRIOS ESTADUAIS E DISTRITAIS; • PREFEITOS MUNICIPAIS; • SECRETÁRIOS MUNICIPAIS; • SENADORES; • DEPUTADOS FEDERAIS; • DEPUTADOS ESTADUAIS E DISTRITAIS; • VEREADORES; • MAGISTRADOS • MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO • MEMBROS DOS TRIBUNAIS DE CONTAS • SERVIDORES DA CARREIRA DIPLOMÁTICA

Page 58: Direito Administrativo

SERVIDORES ESTATAIS

• Servidores Estatais, por seu turno, mantêm com o Estado um vínculo profissional. Entretêm, com os Entes Estatais uma relação jurídica contratual ou institucional. Os Servidores Estatais se subdividem em:

• Servidores das pessoas governamentais de direito privado;

• Servidores Temporários; • Servidores Públicos.

Page 59: Direito Administrativo

• Os servidores das empresas estatais são aqueles que trabalham perante empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações governamentais de direito privado, ou seja, têm com as pessoas de direito privado componentes da Administração Pública indireta um vínculo empregatício, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Por isso, são também chamados de servidores celetistas ou de empregados públicos.

Page 60: Direito Administrativo

• Aos mesmos é aplicada a legislação trabalhista comum. É o caso dos servidores da Caixa Econômica Federal, da Petrobrás e do Banco do Brasil.

Page 61: Direito Administrativo

Servidores Temporários

• Os servidores temporários são aqueles contratados para atender temporária necessidade de excepcional interesse público. Por isso, essa categoria de servidores estatais não se submete a concurso público. Vale ressaltar que os servidores temporários não possuem cargos nem empregos, mas sim funções especiais. Em nível federal, os servidores temporários estão tratados na Lei 8.745/1993.

Page 62: Direito Administrativo

Servidores das pessoas jurídicas de direito público

• Os servidores das pessoas jurídicas de direito público da Administração Pública são denominados de Servidores Públicos ou servidores estatutários.

Page 63: Direito Administrativo

OBS.

• Segundo o Supremo Tribunal Federal, através de deferimento de liminar na ADIN 2135, as pessoas jurídicas de direito público só podem ter em seus quadros servidores estatutários. As pessoas jurídicas de direito público são: A União, os Estados-Membros, o Distrito Federal e os Municípios, bem como as suas autarquias e fundações públicas.

Page 64: Direito Administrativo

• Assim, o art. 1° da Lei 8.112/90 enuncia que: “Esta Lei institui o regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais”.

Page 65: Direito Administrativo

Conceito de Servidor Público

• Art. 20: “Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.”

Page 66: Direito Administrativo

CARGOS PÚBLICOS

• Para que alguém possa exercer função pública faz-se necessário que exista Lei expressa. É o princípio da Legalidade Estrita, previsto no art. 37 da Constituição Federal, que dispõe:

• “Art. 37: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...).”

Page 67: Direito Administrativo

• A lei, então, define uma série de atribuições a serem exercidas pelos servidores públicos. Como as atribuições são muitas, necessário se faz que exista a definição de quem fará as funções em critérios de divisão do trabalho.

• Aquele conjunto de atribuições é denominado de cargo público.

Page 68: Direito Administrativo

Cargo público

• O professor Celso Antonio Bandeira de Mello afirma que cargo público é: “é a denominação dada à mais simples unidade de poderes e deveres estatais a serem expressos por um agente.”

Page 69: Direito Administrativo

Definição da lei de cargo

• De toda a sorte, a Lei 8.112/90 também define cargo público, em seu art. 3° como sendo: “Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.”

Page 70: Direito Administrativo

O vínculo

• O vínculo entre o servidor ocupante de cargo público e o Estado é legal, ou seja, não há contrato estabelecido entre as partes, mas sim relação jurídica que advém diretamente da Lei.

Page 71: Direito Administrativo

diferenças existentes entre cargos e empregos públicos

• Esta é uma das diferenças existentes entre cargos e empregos públicos. Estes são estabelecidos através de contrato de trabalho, regido pela CLT, enquanto que aqueles são ocupados nos termos da lei, através de um ato administrativo denominado de provimento, como mais tarde será visto.

Page 72: Direito Administrativo

Acessíveis a todos os brasileiros

• Os cargos são acessíveis a todos os brasileiros. Estatui o art. 37, I, da Constituição Federal afirma que: “os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como os estrangeiros, na forma da lei.”

Page 73: Direito Administrativo

Por brasileiros

• ATENÇÃO: ALGUNS CARGOS PÚBLICOS SÓ PODEM SER OCUPADOS POR BRASILEIROS NATOS, CONFORME ESTÁ EXPRESSO NO ART. 12 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, SÃO ELES: PRESIDENTE E VICE PRESIDENTE DA REPÚBLICA, PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL, MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, CARREIRA DIPLOMÁTICA, OFICIAL DAS FORÇAS ARMADAS, MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA.

Page 74: Direito Administrativo

• Por outro lado, certos cargos podem ser ocupados por estrangeiros, nos termos do § 3° do art. 5°, que enuncia: “As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.”

Page 75: Direito Administrativo

CLASSIFICAÇÃO DOS CARGOS PÚBLICOS:

• I - Quanto à situação perante o quadro funcional;

• A - Cargos em carreira; • B - Cargos Isolados.

Page 76: Direito Administrativo

• Carreira, segundo o professor Jose dos Santos Carvalho Filho, pode ser entendida como “o conjunto de classes funcionais em que seus integrantes vão percorrendo diversos patamares de que se constitui a progressão funcional. As classes são compostas de cargos que tenham as mesmas atribuições. Os cargos isolados que, embora integrando o quadro, não ensejam o percurso progressivo do servidor.”

Page 77: Direito Administrativo

II - Quanto às garantias e características dos cargos, temos:

• A - Cargos Vitalícios; • B - Cargos Efetivos; • C - Cargos de Provimento em Comissão.

Page 78: Direito Administrativo

cargos vitalícios

• Os cargos vitalícios são os mais protegidos contra a perda, uma vez que seus ocupantes só poderão perdê-los por sentença judicial transitada em julgado, ou seja, sentença judicial da qual não caiba mais nenhuma espécie de recurso. Fora esta hipótese, nenhum detentor de cargo vitalício poderá ser forçado a deixar o seu cargo.

Page 79: Direito Administrativo

• Atualmente, são cargos vitalícios, o de magistrado, de membro do Ministério Público e os membros dos Tribunais de contas. Verifica-se que pela definição de agentes políticos adotada pela provas para tribunais, que todos os ocupantes de cargos vitalícios são definidos como agentes políticos. Nem todo cargo vitalício é acessível através de concurso. Os magistrados de Tribunais, bem como os membros dos Tribunais de Contas (Conselheiros e Ministros) são nomeados e empossados nos cargos através de procedimento previsto na Constituição Federal e demais normas pertinentes.

Page 80: Direito Administrativo

Cargos Efetivos

• Os servidores ocupantes de cargos efetivos são a grande maioria no quadro funcional da União. Os cargos efetivos têm como característica garantirem a seus ocupantes, após 3 anos de efetivo exercício, estabilidade.

Page 81: Direito Administrativo

• Após a aquisição da estabilidade, o ocupante de cargo efetivo só poderá perdê-lo em quatro hipóteses: sentença judicial transitada em julgado, processo administrativo disciplinar, onde seja assegurada ampla defesa e contraditório, além de processo periódico para avaliação de desempenho e excesso de despesa com funcionalismo público (no caso da União, se a despesa com o funcionalismo ultrapassar 50% da receita corrente líquida, poderá haver exoneração de servidores estáveis, desde que cumpridas todas as formalidades legais para tanto).

Page 82: Direito Administrativo

comissão

• Por último, os ocupantes de cargos de provimento em comissão, também denominados de cargos de confiança, são aqueles livremente nomeáveis e exoneráveis pelas autoridades competentes. Ou seja, não necessitam de concurso público para ingressar no serviço público, como também não há qualquer processo especial para que sejam exonerados.

Page 83: Direito Administrativo

• ATENÇÃO: NÃO CONFUNDIR FUNÇÕES DE CONFIANÇA COM CARGOS DE CONFIANÇA (CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO), AQUELES SÓ PODEM TER COMO OCUPANTES SERVIDORES DE CARREIRA, O QUE NÃO ACONTECE COM ESSES ÚLTIMOS.

Page 84: Direito Administrativo

• De qualquer forma, só podem ser criados cargos de provimento em comissão, em se tratando de atividades de chefia, direção e assessoramento. Qualquer cargo em comissão criado fora dessas três atividades estará contaminado por vício de inconstitucionalidade, conforme será melhor discriminado no item seguinte.

Page 85: Direito Administrativo

CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS

• Os cargos públicos são criados e extintos por Lei. Essa é a regra. No entanto, existem algumas exceções. Os cargos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal são criados através de Resolução Legislativa.

• Os cargos no Poder Executivo Federal que estiverem vagos podem ser extintos através de decreto do Presidente da República, conforme preceitua o art. 84, VI, “b” da Constituição Federal.

Page 86: Direito Administrativo

• Vale, ainda, ressaltar, que apesar de seguir um regime próprio de direito público, o chamado regime estatutário, os servidores públicos têm aplicação de alguns direitos previstos para os trabalhadores em geral. Com efeito, dispõe a Constituição Federal, em seu art. 39, § 3º, que: “Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.”

Page 87: Direito Administrativo

O aludido dispositivo significa a aplicação aos servidores públicos dos seguintes direitos:

• IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

• VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;

• VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

Page 88: Direito Administrativo

• IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; • XII - salário-família pago em razão do dependente do

trabalhador de baixa renda nos termos da lei; • XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas

diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

• XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

• XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;

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• XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

• XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;

• XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; • XX - proteção do mercado de trabalho da mulher,

mediante incentivos específicos, nos termos da lei; • XXX - proibição de diferença de salários, de exercício

de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

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CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES

• “O ingresso no funcionalismo opera-se por meio de sujeição a um estatuto, isto é, o servidor recebe, pronto, um plexo de normas que vai disciplinar sua vida no âmbito da Administração Pública. Tal circunstância não outorga ao servidor a inalterabilidade do Estatuto. Nem a isso se obriga a Administração. Como inalteráveis são os interesses públicos, mutável é o vínculo que une servidor e Administração.”1

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empregos

• Os empregos, por outro lado, são complexos de funções, a serem exercidos por aqueles que têm com a Administração Pública um contrato de trabalho e, portanto, são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, CLT, por isso mesmo são denominados de servidores celetistas.

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• Ocorre, no entanto, que a atual jurisprudência do STF tem determinado, inclusive através da Ação Direta de Inconstitucionalidade, que as entidades de direito público só podem ter em seus quadros funcionais servidores estatutários, existindo celetistas apenas em relação às pessoas jurídicas de direito privado que compõem a Administração Pública Indireta (fundações governamentais e direito privado, empresas públicas e sociedades de economia mista).

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• Até o julgamento final da citada ADIN é proibida a contratação de novos servidores celetistas por pessoas de direito público, embora os que tenham sito contratados sob este regime assim permaneçam até o julgamento final da referida ação.

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função• De outro lado, tem-se a função. Costuma-se falar em duas

espécies de função no direito brasileiro. A função especial e a função de confiança. A primeira espécie é exercida pelos servidores temporários, que, nos termos do art. 37, IX, da Constituição Federal exercem atividade temporária e de excepcional interesse público. Por conta disso, não se submetem esses servidores à regra do concurso público. Como se trata de uma situação excepcional, não pode ser tratada como regra, pois o princípio da impessoalidade exige o concurso, como uma forma objetiva de escolha dos mais capacitados para o exercício do cargo.

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• Percebe-se, pois, que os servidores temporários não possuem cargos nem empregos, mas sim função especial. Os direitos e deveres, bem como o tempo de ocupação máximo na função especial, em nível federal, estão desenhados na Lei 8.475/1993. De outro lado, tem-se a função de confiança.

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• Ainda segundo Regis Fernandes de Oliveira, função de confiança “é o plexo de atribuições conferidas a determinado funcionário de carreira em razão de vínculo existente entre o Chefe do Executivo e o titular do cargo efetivo.”

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• As funções de confiança não necessitam de prévio concurso público para que sejam ocupadas e só podem ser criadas para as atribuições de chefia, direção e assessoramento. Deve-se observar, pois, que não se pode confundir função de confiança com cargo em comissão. Este último também não necessita de prévio concurso público. Ocorre, no entanto, que por ser cargo, o cargo em comissão pode ser exercido por quem não tem cargo algum, mas apenas o de comissão.

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• Por outro lado, as funções de confiança só podem ser ocupadas por quem já tenha cargo efetivo. A decisão acerca da atribuição ser exercida por cargo em comissão ou função de confiança depende do Estado que deverá criar cargos em comissão ou funções de confiança, segundo a discricionariedade própria do Administrador.

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DA INVESTIDURA EM CARGOS PÚBLICOS

• Investidura é o início da relação jurídica entre o servidor e a entidade pública. A investidura acontece através de um ato administrativo denominado de PROVIMENTO.

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• “Art. 5° - São requisitos básicos para investidura em cargo público:

• I - a nacionalidade brasileira; • II - o gozo dos direitos políticos; • III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; • IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; • V - a idade mínima de dezoito anos; • VI - aptidão física e mental. • § 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de

outros requisitos estabelecidos em lei.”

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• “É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

• I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

• II - incapacidade civil absoluta; • III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto

durarem seus efeitos; • IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou

prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; • V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.”

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• Desta forma, estatui o art. 14 da Lei 8.112/90 que:

• “A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

• Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.”

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DO PERCENTUAL RESERVADO PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA

• A Constituição federal dispõe que serão reservados cargos para portadores de deficiência, nos termos da Lei. Afirma, pois, o art. 37, VIII, da Constituição federal que:

• “a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.”

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• O Estatuto Federal fixou o percentual máximo de 20% de cargos para serem reservados por pessoas portadoras de deficiência física. Estatui, assim, parágrafo primeiro do art. 5°, § 2° da Lei 8.112/90 que:

• “Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.”

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Licitação

• CONCEITO:• é um procedimento administrativo destinado

à seleção da melhor proposta dentre as apresentadas por aqueles que desejam contratar com a Administração Pública.

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FINALIDADE

• a) viabilizar a melhor contratação possível;• b) permitir que qualquer interessado possa

participar.

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COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR - art. 22, XXVII da CF/88.

• Leis atuais:• a) como normas gerais: Lei 8666/93 ( Esta lei

sofreu inúmeras alterações no ano de 2005 e 2006, e, em 2007 foi alterada pela Lei 11.445/2007 e pela Medida Provisória nº 352/2007.

• b) os Estados, Distrito Federal e Municípios podem legislar sobre normas específicas.

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PRINCÍPIOS BÁSICOS• a) Legalidade (art. 4º);• b) Impessoalidade: nega o favoritismo;• c) Moralidade: observância dos padrões éticos, lealdade e boa-fé;• d) Igualdade entre os licitantes (art. 37, XXI, da CF e art. 3º, § 1º e art.

90, da Lei de Licitação);• e) Publicidade dos atos (art. 3º, § 3º, art. 4º e art. 43, § 1º);• f) Vinculação ao instrumento convocatório (art. 41);• g) Julgamento objetivo (art. 45);• h) Procedimento formal (não se admite formalismo inútil);• i) Sigilo das propostas (crime – art. 93 e 94 e Improbidade

Administrativa – art. 10, VIII, Lei• 8.429/92).

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SUJEITOS À LICITAÇÃO

• a) administração direta;• b) administração indireta;• c) fundos especiais;• d) demais entidades controladas direta ou

indiretamente pelo poder público.• - divergência sobre Empresas Públicas e

Sociedades de Economia Mista.

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DISPENSA E INEXIGIBILIDADE• 6.1. DISPENSA DE LICITAÇÃO: a competição, embora possível,

algumas razões de tomo justificam que se deixe de efetuá-la em nome de outros interesses públicos. Pode ser:

• a) dispensável (art. 24 - Alterado pelas Leis 11.107/2005, 11.196/2005, Lei 11.445/2007 e Medida Provisória nº 352/2007).

• b) dispensada (art. 17 - alterado pela Lei 11.196/05 e pela Medida Provisória nº 335 de 23/12/2006).

• 6.2. INEXIGIBILIDADE: resulta da inviabilidade de competição, em razão de um dos pressupostos para sua efetivação: pressuposto lógico, pressuposto jurídico e pressuposto fático. (art. 25)

• 6.3. JUSTIFICAÇÃO (art. 26 - alterado pela Lei 11.107/05)

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MODALIDADES (arts. 20 e 22)

• - critérios de seleção• - prazo de intervalo mínimo (art. 21, § 3º).

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CONCORRÊNCIA• - Modalidade licitatória genérica, utilizada para os contratos

de valores altos (art. 23). Entretanto, será obrigatória, independente da magnitude do negócio, nas seguintes hipóteses:

• a) na compra e alienação de bens imóveis (exceção: art. 19);• b) nas concessões de direito real de uso;• c) nas licitações internacionais (temos exceções);• d) nos contratos de empreitada integral (art. 6º);• e) nas concessões de obras ou serviços – art. 2º, II, Lei

8.987/95 (exceção: Lei 9074/95).• - Prazo de intervalo mínimo: 45 e 30 dias (art. 21).

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TOMADA DE PREÇOS

• - Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

• - Prazo de intervalo mínimo – 30 e 15 dias (art. 21).

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CONVITE• - Modalidade utilizada para valores menores, nos limites

do art. 23, utilizada entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas.

• - Prazo de intervalo mínimo: de 5 dias úteis (art. 21, § 2º, IV).

• - Número mínimo de 3 licitantes (art. 22, § 7º).

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CONCURSO

• - É uma disputa entre quaisquer interessados que possuam a qualificação exigida, para a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, com a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores.

• - Prazo de intervalo mínimo: 45 dias.• - Procedimento do concurso terá regulamento

próprio.

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LEILÃO

• - É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis decorrentes de decisão judicial ou dação em pagamento (art. 19), a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

• - Limite de valor (art. 17, § 6º).• - Prazo de intervalo mínimo: 15 dias.

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PREGÃO

• - nascera inconstitucional e fora convalidado pela Lei 10.520/02.

• - Modalidade aplicável para a aquisição de bens e serviços comuns, que são aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado, independente dos valores.

• - Prazo de intervalo mínimo: 8 dias úteis.

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PROCEDIMENTO

• - Etapas: interna e externa.• 1. INICIAL - O procedimento da licitação será

iniciado com a abertura do processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente todos os atos da administração e dos licitantes.

• - Edital (art. 40).

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PUBLICAÇÃO DO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO

• - Comercialização de edital - compra como condição – ilegalidade;

• - Impugnação ao instrumento convocatório (art. 41);

• - Alteração do edital (art. 21, § 4º).

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HABILITAÇÃO (art. 27 e seguintes);

• - Atraso na entrega de envelopes;• - Rubrica (art. 43, § 2º);• - Desistência de participar do certame (art. 43,

§ 6º);• - Decisão e recurso (art. 109).

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JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS

• - Devem ser utilizados os critérios objetivos definidos no edital, sendo vedada a utilização de qualquer elemento que não esteja previsto no edital e que possa violar a igualdade entre os licitantes.

• - Desclassificação (art. 44, § 3º e art. 48);• - Desempate (art. 3º, § 2º - alterado pela Lei

11.196/2005 e art. 45, § 2º);

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• - Recurso (art. 109);• - Diligência (art. 48, § 3º).

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HOMOLOGAÇÃO (ratificação do julgamento).

• - Anulação e Revogação (art. 49).

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ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA

• - Vinculação da proposta (art. 64, § 3º).

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PROCEDIMENTO DO PREGÃO

• - Julgamento e classificação das propostas (art. 4º, IV e seguintes, da Lei 10.520/02);

• - Habilitação (art. 4º, XVII);• - Recurso (art. 4º, XVIII);• - Adjudicação;• - Homologação.