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Estamos em pleno Verão, altura do ano que grande parte dos portugueses aproveita para gozar as suas férias. Assim, é especialmente importante termos presente as principais regras de enquadramento do direito ao gozo de férias. Tendo isto em conta, disponibilizamos-lhe esta semana um conjunto de informações úteis, cujo objetivo é esclarecer as habituais dúvidas sobre esta matéria. Caso tenha alguma questão, não hesite em nos contactar!

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DIREITO A FÉRIAS

SABE QUAIS SÃO AS REGRAS FUNDAMENTAIS?

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Introdução

Estamos em pleno Verão, altura do ano que grande parte dos portugueses

aproveita para gozar as suas férias. Assim, é especialmente importante termos

presente as principais regras de enquadramento do direito ao gozo de férias.

Tendo isto em conta, disponibilizamos-lhe esta semana um conjunto de

informações úteis, cujo objetivo é esclarecer as habituais dúvidas sobre esta

matéria.

Caso tenha alguma questão, não hesite em nos contactar!

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Regras fundamentais

A quantos dias de férias se tem direito?

Parece uma questão simples, mas pode levantar algumas dúvidas. O artigo

238º do Código do Trabalho refere que “o período anual de férias tem a duração

mínima de 22 dias úteis”. Mas nem sempre foi assim. Até à entrada em vigor

da Lei nº 23/2012, o Código do Trabalho tinha um artigo que previa o aumento

do período de férias até três dias ao trabalhador com base no critério da

assiduidade. Ou seja, o período mínimo de férias poderia ir até aos 25 dias

úteis. No entanto, com a entrada em vigor da lei acima referida este artigo foi

revogado. E como tal, esta majoração deixou de existir. Apesar desta alteração,

nem todos os trabalhadores viram os seus dias de descanso diminuir. Em Setembro

de 2013, o Tribunal Constitucional decidiu que esta revogação não se pode

sobrepor às regras de uma convenção coletiva de trabalho. Significa isto que,

se um colaborador estiver abrangido por um contrato coletivo de trabalho que

preveja o direito a, por exemplo, 25 dias úteis de férias, esse direito terá de ser

respeitado.

Recorde-se ainda o facto de a lei referir que o direito a gozo de férias vence-se

a 1 de janeiro de cada ano civil.

Como funciona o direito a férias no primeiro ano em que o trabalhador é

admitido?

Apesar dos 22 dias úteis de férias serem a regra geral, a legislação prevê uma

duração diferente a aplicar em casos especiais. Um desses casos é o ano de

admissão, em que o trabalhador tem direito a 2 dias úteis de férias por

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cada mês de duração de contrato até a um máximo de 20 dias, cujo gozo só

pode ter lugar após 6 meses completos de trabalho. Para melhor compreensão,

observe o seguinte exemplo:

O Sérgio tem um contrato de trabalho com duração superior a seis meses, e

iniciou funções na empresa a 1 de setembro de 2013. A 1 de março de 2014 (data

em que completou 6 meses ao serviço da empresa) o Sérgio terá direito a 8 dias

de férias (dois dias de férias relativos a cada um dos 4 meses de trabalho no ano

da celebração do contrato). Mas como entretanto, a 1 de janeiro de 2014 se

venceram 22 dias úteis de férias, o Sérgio irá beneficiar este ano de um total de

30 dias úteis de férias.

No caso de se tratar de uma pessoa cujo contrato tenha uma duração inferior

a seis meses, a mesma terá direito a dois dias úteis de férias por cada mês

completo de duração do contrato. As férias deverão ser gozadas imediatamente

antes da cessação do contrato de trabalho.

Quem faz a marcação as férias?

Por norma, as férias são marcadas por acordo entre a empresa e o funcionário.

Mas se ambas as partes não chegarem a um acordo, a empresa pode marcar

as férias, “ouvindo a comissão de trabalhadores ou, na sua falta, a comissão

intersindical ou a comissão representativa do trabalhador interessado”,

conforme prevê o artigo 241º do Código do Trabalho. Segundo a Autoridade para

as Condições do Trabalho (ACT), nestes casos o empregador só poderá marcar

o período de férias entre o dia 1 de Maio e o dia 31 de Outubro, “a menos

que o instrumento de regulamentação coletiva de trabalho ou o parecer dos

representantes admita época diferente”. As regras dizem ainda que o gozo do

período de férias pode ser interpolado “desde que sejam gozados,

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no mínimo, 10 dias úteis consecutivos”.

Acontece com alguma frequência existirem vários funcionários que pretendem

tirar férias no mesmo período. Nestas situações a lei diz que “os períodos

mais pretendidos devem ser rateados, sempre que possível, beneficiando

alternadamente os trabalhadores em função dos períodos gozados nos dois anos

anteriores”.

É possível renunciar ao direito a férias?

Não. A lei é taxativa quanto a este aspeto: “O direito a férias é irrenunciável

e o seu gozo não pode ser substituído, ainda que com o acordo do trabalhador,

por qualquer compensação”. Há, no entanto, uma exceção a esta regra: o Código

do Trabalho prevê a possibilidade de o trabalhador renunciar ao gozo de dias de

férias que excedam os 20 dias úteis, “sem redução da retribuição e do subsídio

relativos ao período de férias vencido”.

O funcionário pode ser obrigado a tirar férias num determinado período?

Nos casos em que a empresa encerre para férias, pode. O artigo nº 242 do

Código do Trabalho prevê que “o empregador pode encerrar a empresa ou

estabelecimento, total ou parcialmente, para férias dos trabalhadores até

15 dias consecutivos entre 1 de maio e 31 de outubro”. Mas se a atividade da

empresa assim o exigir, o encerramento para férias pode ser superior a 15 dias

consecutivos entre 1 de maio e 31 de outubro. Além disso, as alterações ao

Código do Trabalho introduzidas em 2012 vieram também trazer a possibilidade

de as empresas encerrarem para férias durante cinco dias úteis que ocorra

à terça-feira ou quinta-feira”- desde que avise os trabalhadores até 15 de

dezembro do ano anterior.

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Quais as consequências de um trabalhador adoecer durante as férias?

Acontece por vezes o trabalhador estar de férias e, durante esse período,

adoecer. Apesar do transtorno causado, a pessoa pode suspender as suas

férias e gozá-las noutra altura. O artigo nº 244 do Código do Trabalho prevê

que “O gozo das férias não se inicia ou suspende-se quando o trabalhador

esteja temporariamente impedido por doença ou outro facto que não lhe

seja imputável, desde que haja comunicação do mesmo ao empregador”. O

trabalhador tem de apresentar a declaração médica à empresa e não pode opor-

se à verificação da situação de doença por um médico. Caso contrário, deixa de

ter direito a poder alterar o período de marcação de férias.

As férias do colaborador podem ser alteradas pela empresa após já terem

sido marcadas?

Podem. A lei permite que, por “exigências imperiosas do funcionamento da

empresa”, a entidade patronal obrigue ao adiamento ou mesmo à interrupção

de férias. Nestas situações, o trabalhador tem direito a ser indemnizado pelos

prejuízos sofridos por deixar de gozar as férias no período marcado.

As faltas podem ser descontadas nas férias?

É comum levantar-se esta questão relativa à possibilidade de substituir um

dia de falta ao trabalho, por um dia de férias. Segundo o previsto na lei, esta

situação é possível. No entanto, têm de ser seguidas algumas regras. Assim, as

ausências que determinem a perda de retribuição podem ser substituídas por dias

de férias, desde que seja salvaguardado o gozo efetivo de 20 dias úteis de férias.

Além disso, o funcionário deverá comunicar por escrito à empresa a vontade de

substituir um dia de falta por um dia de férias.

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Em que base se calcula o subsídio de férias?

Segundo a ACT, o montante do subsídio de férias a atribuir compreende a

retribuição base e outras prestações retributivas “que sejam contrapartida do

modo específico da execução do trabalho”. Assim, além da remuneração base,

o subsídio de férias deverá ainda incluir as diuturnidades, a isenção do horário

de trabalho e o trabalho noturno, entre outras. No entanto, nem todas as

retribuições deverão estar incluídas no subsídio de férias. É o caso, por exemplo,

do subsídio de alimentação, do subsídio de transporte e de representação, das

ajudas de custo ou dos abonos de viagem.

Caso persista alguma dúvida, não hesite em nos contactar!

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