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HORIZONTES/ Dezembro de 2014 1 Director: Manuel Andrade Corrida Solidária (textos respeitando a transição entre a grafia antiga e o novo acordo ortográfico, segundo a vontade dos autores) Nº 13 Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor - Dezembro de 2014 Nº16 Presidente da Comissão de Finalistas Escola Básica de Ponte de Sor COMEMORAÇÕES DO DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA A SIDA NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PONTE DE SOR pág.»4 pág.»6 pág.»2 pág.»8 pág.»3 páginas»6-7 Miguel Teles -12ºA Carolina Rato -11ºC pág.»10

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HORIZONTES/ Dezembro de 2014 1

Director: Manuel Andrade

Corrida Solidária(textos respeitando a transição entre a grafia antiga e onovo acordo ortográfico, segundo a vontade dos autores)

Nº 13

Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor - Dezembro de 2014

Nº16

Presidente da Comissão de Finalistas

Escola Básica de Ponte de Sor

COMEMORAÇÕES DODIA MUNDIAL DA LUTA

CONTRA A SIDA NOAGRUPAMENTO DE

ESCOLAS DE PONTE DESOR

pág.»4

pág.»6

pág.»2

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pág.»3

páginas»6-7

Miguel Teles -12ºACarolina Rato -11ºC

pág.»10

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2 HORIZONTES/ Dezembro de 2014

ENTREVISTA Natural de Ponte de Sor, Carolina Maria AntunesPita, aluna do décimo segundo ano, é Presidente da Comissão deFinalistas desta Escola Secundária. Horizontes levantou algumasquestões sobre este fim de ciclo e a viagem final.

Horizontes – Que preocupações atravessam os jovens quando estãoa terminar o ensino secundário?Carolina Pita – Chegou o 12º ano! É neste momento em que nós jovens paramos  e pensamos:  “O que é que vou  fazer na minha vida?”,  “Quecaminho vou percorrer?”, “Que curso seguirei?”, “Valerá a pena ir paraa universidade?”. Acredito que todos os meus colegas se depararamcom as mesmas questões que eu. Este é um ano carregado de emoções.A nostalgia de deixar a família, os amigos e a escola que sempre nosacolheu, o medo de iniciar uma vida independente numa nova cidade, oreceio de não nos adaptarmos, etc. Ao contrário do que se possa pensar,também as questões monetárias são uma das muitas preocupações dosjovens no final do secundário. No meio de tantas preocupações, a quemais nos assalta é realmente que curso escolher. Tal como eu, muitosjovens sentem-se demasiado novos para tomar uma decisão tãoimportante e que nos irá condicionar para o resto da vida. “Terei escolhidobem as disciplinas específicas?”, “Que exames de acesso necessitareipara a universidade?”.Enfim, são muitos os receios dos jovens no finaldo secundário, sendo que o maior deles é o “medo do futuro”.H – Considera que os estudantes estão bem informados sobre opercurso universitário a frequentar?C. – Os jovens de hoje estão muito mal informados sobre o percursouniversitário a frequentar. Na escola não são esclarecidas dúvidas noque toca a esse assunto, pelo que acho que se deveriam realizar palestrasde apresentação dos diversos cursos existentes, bem como deesclarecimento sobre todo o processo de candidatura ao ensino superior.A fonte de informação dos jovens está concentrada no site DGES. Láencontramos todos os cursos e universidades disponíveis em Portugal.Ainda assim, muitas vezes sentimo-nos um pouco perdidos, uma vezque não sabemos ao certo, em que consiste cada curso, e se a nossaescolha está dentro daquilo que pretendemos seguir no ensino superior.Penso que seria importante os jovens terem contacto com os diversoscursos, através de testemunhos, palestras ou mesmo visitas de estudopara nos ajudarem a tomar uma decisão e elucidarem sobre o modocomo devemos proceder, no momento da candidatura.H – Na escolha do seu futuro devem eleger o sonho ou a realidadeprofissional?C – Esta é uma pergunta muito difícil de responder. Qualquer jovem temos seus sonhos e ambições para o futuro. No entanto, o nosso país temsido palco de uma crise económica que tem criado miséria, desesperoe fome. Todos os dias através dos meios de comunicação, contactamoscom esta realidade avassaladora. Então receamos vir a encontrar-nosnessa situação. Penso que hoje em dia, qualquer jovem prefere jogarpelo seguro, dando preferência, não aos seus sonhos, mas sim a umarealidade profissional. Quer isto dizer que, no momento de escolher ocurso e ou um emprego, acabamos por escolher aquele que nosproporciona estabilidade financeira e não satisfação pessoal.H- O que leva os estudantes a organizarem uma viagem definalistas?C – Após doze anos de estudo, qualquer aluno sente a necessidade deum momento para relaxar e divertir-se, afastando-se das suaspreocupações. O 12º Ano é um ano de muita responsabilidade, marcandoa passagem da adolescência para o momento em que partimos para a

universidade, passando a ser considerados “adultos”. A viagem definalistas é um momento para nos libertarmos de todas essasfrustrações, aproveitando essa semana com os nossos amigos, parafazer novas amizades, descontrair e também fazer algumas asneiras.Por outras palavras, a viagem de finalistas é como que a “recompensa”por todas as horas dedicadas aos livros. É o último momento em quepodemos ser cr ianças e viver alguns dias afastados deresponsabilidades, e também dos nossos pais.H – A existência de uma comissão demonstra a unidade de todosos alunos de 12º ano?C – A comissão de finalistas é um grupo de bons amigos que sejuntam para ajudar os restantes colegas do 12º ano, promovendoeventos, festas, entre outras atividades, com a finalidade de angariardinheiro para os finalistas. Apesar disso, esta não demonstra totalmentea unidade dos alunos. Muita gente tenta fugir a algumasresponsabilidades, deixando o trabalho nas costas da comissão,querendo beneficiar dos lucros depois. Até mesmo dentro da própriacomissão, é detetável alguma “preguiça” em alguns dos membros. Noentanto, este é um ano que devemos viver com espírito de entreajudae solidariedade, aproveitando o último ano que estaremos todos juntos,e como presidente da comissão é meu dever unir toda a escola,movendo-a nesse sentido.H – Vão todos para o mesmo destino?C – Deste há muitos anos que na escola Secundária de Ponte de Sorsão promovidos vários destinos para a viagem de finalistas. Comonão há unanimidade na escolha, a comissão de finalistas ausenta-seda tarefa de angariar dinheiro para a viagem, trabalhandoexclusivamente para o baile de finalistas. Tal acontece, pois os gruposadeptos dos diversos destinos das viagens são desiguais em número,e a divisão o dinheiro angariado, tornar-se-ia desigual. Na minhaopinião, deveria apenas existir um destino, que seria votado por todosos finalistas, no início do ano letivo, evitando todas as intrigas queesta escola tem vivido ao longo dos anos.H - Estarão os alunos sujeitos às escolhas de agências de viagensviradas para esta área?C – Sim. As agências de viagens possuem métodos específicos paraconseguirem obter o maior número de pessoas possíveis no seudestino. Promovem palestras onde vendem a sua viagem como sendoa melhor, mais barata, com mais discotecas e o melhor cartaz. Entreoutros métodos, escolhem também pessoas influentes na escola, comum grande número de amigos e uma “voz” que se faça ouvir, tornando-as assim, RP (relações públicas). Esta é uma maneira de conseguirchegar aos alunos de uma forma subtil, utilizando jovens que promovama sua viagem. Nós finalistas temos de estar mais atentos as estesmétodos utilizados, investigar bem os destinos e não nos deixarmos“namorar” pela “viagem dos nossos sonhos” que nos prometem atravésde um simples vídeo ou cartaz.H - Não sente que o convívio saudável e cultural é preterido pelaoferta comercial de excessos?"C - Sim. Na realidade, nas viagens de finalistas, o que se verificamuitas vezes é que os jovens não deixam o hotel durante o dia, ondeficam a dormir ou junto da piscina, sendo que a noite nas discotecasse prolonga até de madrugada. Estas viagens não têm uma cargacultural muito evidenciada, sendo que se resumem essencialmente àsfestas e Dj apresentados no cartaz. A maioria dos jovens não se afastado recinto dos concertos para conhecer a cidade, visitar museus,lojas tradicionais, nem procura conhecer a história ou cultura do localque os acolheu.H – Estão criadas as condições necessárias para que aquelesalunos com menos recursos financeiros possam ter acesso àviagem?C – Como referi há bocado, na escola existem vários destinos. Odinheiro angariado pela comissão de finalistas é apenas utilizado noBaile de Finalistas. Pessoas com menos recursos financeiros nãotêm a possibilidade de experienciar a viagem de finalistas, junto dosseus colegas. Talvez se o destino fosse apenas um, esses mesmosalunos pudessem ser ajudados, tendo também direito à “melhor semana”das suas vidas. Esta é outra marca da não unidade dos alunos.H - Quer fazer algum apelo aos seus colegas ou instituições parao êxito desta viagem?C – Desejo a todos um excelente ano letivo, repleto de trabalho e deesforço e que a sua recompensa seja merecida! Que se divirtam muitona viagem de finalistas, sempre com cuidado e sem excessos.

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HORIZONTES/ Dezembro de 2014 3

No dia 01 de dezembro comemorou-se o Dia Mundial de luta contra a Sida. Como tal, nós (turma 10ºI), futuros técnicos auxiliares de saúde, sentimo-nos na obrigação

de não deixar passar esta data em branco e, algum tempo antes, começamos a preparar algumas atividades. Assim, no próprio dia, na escola Secundária de Ponte

de Sor, logo pela hora do primeiro intervalo, colocamos em prática o nosso abraço solidário, em que algumas alunas do 10ºI distribuíram abraços e em troca,

ofereciam um laço elaborado pela própria turma. Afinal, a Sida não se transmite com um abraço! Da parte da tarde, dirigimo-nos ao Largo da Igreja Matriz de Ponte de

Sor, e distribuímos panfletos e revistas oferecidos pela Associação Abraço e também os nossos laços. Fomos bem recebidos pelas pessoas que íamos abordando na

rua, nas lojas, nas farmácias e nos lares por onde fomos passando e deixando uma lembrança deste dia.

A atividade foi concluída com boa disposição e com vontade de repetir… pensámos que foi muito útil para todos, informar a comunidade e esclarecer as nossas

dúvidas. Agradecemos ao Gabinete de Saúde da Escola Secundária de Ponte de Sor, às professoras Angélica, Vera e Lígia por terem contribuído para que o Dia

Mundial de luta contra a Sida saísse à rua.

Os alunos da turma do 10ºI

COMEMORAÇÕES DO DIA MUNDIAL

DA LUTA CONTRA A SIDA NO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE

PONTE DE SOR

No dia 1 de dezembro, a escola acordou

diferente!

Os alunos do 7º ano de escolaridade, com a ajuda dos professores

João Sobreira e Pedro Marques, fizeram estendais de camisolas em

cartolina com frases que nos fazem pensar, invadindo o corredor central

da ESPS. Cartazes e trabalhos dos alunos, alertavam para o tema da

SIDA expostos nos mais variados placards. Trabalhou-se até tarde para

que no dia 1 de dezembro tudo estivesse diferente.

Em várias frentes, foi abordado o Dia Mundial da Luta Contra a SIDA.

Com a colaboração do Centro de Saúde de Ponte de Sor, foram

dinamizadas ações de sensibilização, pela enfermeira Paula Belo, na

Escola Secundária para os 7º anos e na Escola Básica João Pedro de

Andrade para o 9ºH.

Os 5º e 6º anos de escolaridade, com a colaboração da animadora

Olga no Centro Ludo Pedagógico e da professora Lina Salgueiro nas

aulas de Ev e Et, também se envolveram na montagem de cataventos

para a construção de um laço gigante, símbolo desta doença. A nós,

Gabinete de Saúde coube a sensibilização e o alerta a toda a comunidade

educativa do Agrupamento.

A sensibilização feita de forma diferenciada e de acordo com o nível

etário de cada grupo foi uma preocupação constante. Resultaram os

mais variados trabalhos para expor, laços feitos com moinhos de vento

na entrada de cada escola (ESPS e JPA) e na comunidade, através de

um pavilhão montado no largo da igreja, onde se distribuíram panfletos,

revistas e preservativos (cedidos pela Associação Abraço), laços feitos

pelos alunos do Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde do 10ºI

e ainda a recolha de donativos para a Associação Abraço.

A Escola Básica Nº1 de Montargil comemorou o Dia Mundial da Luta

Contra a Sida com uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos

da escola. Foi exposta uma coleção de cartazes construídos pelos

alunos do 9º ano e apresentado um PowerPoint elaborado pelos alunos

do 8º ano.

Todos os trabalhos apresentados foram elaborados após sessões de

sensibilização realizadas pelo Enfermeiro Francisco Mendes, no âmbito

das atividades de educação sexual previstas para as turmas e

envolveram as disciplinas de Ciências Naturais e Tecnologias da

Informação e Comunicação.

Muitos foram os esforços para que este dia não passasse sem que se

refletisse na sua importância e na mudança de comportamentos.

O Gabinete de Saúde está no hoje e no amanhã, na vida de cada jovem

para ajudar no seu desenvolvimento social e pessoal.

Das mãos dos nossos alunos saíram frases que falam por si:

A vida é mais forte do que a Sida.

A Sida não tem cura, preconceito tem.

O Amor é para dar vida, não para dar Sida.

Viver com Sida é possível, com preconceito não.

Quando a cabeça não tem juízo arriscas mais do que é preciso.

Director: Manuel Andrade

O início de mais um ano letivo aponta todo um conjunto de novosdesafios que é necessário assumir em toda a sua plenitude. Apesarde estarmos já no final do 1º período é necessário não perder devista que esses desafios podem ser fundamentais para aconsolidação desta nova unidade orgânica. Trata-se de um conjuntode desafios que devem ser assumidos em toda a plenitude doconceito de Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor.Assim, desde o início do ano conseguimos concluir a composiçãoe implementação ao nível do funcionamento do Conselho GeralTransitório. Este órgão será de uma importância fundamental nospróximos tempos ao nível das respostas a assumir para com osdesafios que o Agrupamento nos vai colocar.

Neste momento ao nível do Conselho Geral Transitório prepara-se outro grande ecomplexo desafio – a elaboração de um Regulamento Interno único para todo oAgrupamento de Escolas. Não será uma tarefa fácil no entanto imprescindível para ofuncionamento das onze unidades orgânicas que fazem parte deste Agrupamento.Numa outra dimensão mais pedagógica, o Conselho Pedagógico deu recentemente umparecer favorável ao Plano Anual de Atividades constituído à escala do Agrupamento.Este documento estruturante para a afirmação da autonomia e funcionamento das váriasescolas acolhe no seu interior propostas de atividades dos vários ciclos das váriasescolas, dos vários sectores e departamentos da Escola. O Plano Anual de Atividadesserá posteriormente submetido a aprovação do Conselho Geral Transitório. Nestedocumento são já visíveis esforços consideráveis de articulação de atividades entrealunos de vários ciclos, escolas e turmas. Trata-se de um documento estruturante noque devem ser as dinâmicas de Agrupamento. Outros documentos são importante rever e ampliar em escala – refiro-menomeadamente ao Projeto Curricular de Agrupamento e ao Projeto Educativo deAgrupamento. Para além destes desafios institucionais é importante também ponderar desafios aonível das práticas letivas e ofertas educativas integradas nas atuais lógicas deescolaridade obrigatória. Recorda-se que atualmente a escolaridade obrigatória é de 18anos ou 12º ano. Nesta lógica dentro deste parâmetro temporal o Agrupamento temobrigação de encontrar respostas para todos os seus alunos – este esforço tem sidofeito, nomeadamente, com algumas opções estratégicas ao nível da oferta educativa. Um Agrupamento com estas características deve assumir este grande objetivo –encontrar respostas para todos os seus alunos de acordo com perfil dos mesmos –desde o pré-escolar ao 12º ano, desde os cursos de natureza mais profissionalizanteaos cursos mais orientados para o prosseguimento de estudos. Em resultado desta situação há outro desafio que se impõe colocar – proporcionaraos alunos as melhores aprendizagens para que se possam ter os melhores resultadosescolares e académicos. Assim, no contexto desta complexidade importa clarificar eajustar o que se deve avaliar e valorizar em cada uma destas ofertas formativas. Aqui opapel e a sensibilidade dos Conselhos de Turma é fundamental. Há que encontrarestratégias de avaliação na diferença e acima de tudo na diferenciação.Falando um pouco de avaliação e reportando-nos para o ano letivo anterior há que nãoesquecer que em termos gerais os vários ciclos de ensino vão melhorando os seusresultados em sede de exames de forma sustentada. Penso, que este aspeto é muito importante e que nos deve motivar a ir mais além afazer um maior esforço em benefício da avaliação e das aprendizagens dos nossosalunos. Este esforço tem que ser consideravelmente maior no caso das disciplinas quenão têm conseguido gerar resultados positivos em sede de Exames Nacionais. O papeldo Professor da sala de aula e dos restantes mecanismos de apoio para melhorar estasaprendizagens e resultados é fundamental neste processo de melhorias.Este é sem dúvida nenhuma o grande desfio deste Agrupamento para o qual todos sedevem mobilizar – criar dentro da sala de aula as condições apropriadas para que sejapossível otimizar o processo de ensino e aprendizagem com efeito ao nível dos resultadosescolares. Não tenho dúvidas de que estamos a fazer bem no entanto há situações emque é preciso ir mais além com todos os alunos e com todas as diversidades de ofertaseducativas e de perfis de alunos. Numa altura em que se faz o primeiro balanço deste ano letivo é importante induzirnos processos de avaliação e aprendizagem todos os mecanismos de melhoria que sepossam justificar e exigir. De um ponto de vista estratégico o nosso grande objetivodeve ser reduzir a zero as taxas de abandono e insucesso e promover na totalidade dosalunos mecanismos de sucesso. Por esta via estamos não só a cumprir uma funçãoeducativa mas também uma função social.

Votos de um bom final de período, boas festas e um Santo e Feliz Natal.A luta contra a Sida sai à rua

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4 HORIZONTES/ Dezembro de 2014

O Jardim de Infância de Pontede Sor comemorou dia 20 denovembro, o Dia Nacional doPijama.O que é o Dia Nacional doPijama ?

O Dia Nacional do Pijama é um dia educativo e solidário feito porcrianças que ajudam outras crianças.Neste dia, as crianças nas escolas e instituições participantes, detodo o país (continente e ilhas) ou de países onde há portugueses,vêm vestidas de pijama e passam, assim, o dia em atividadeseducativas e divertidas até regressarem a casa.Este é um dia em que, anualmente, as crianças pequenas lembrama todos que “ uma criança tem direito a crescer numa família”.O Dia Nacional do Pijama é uma iniciativa e marca registada daMundos de Vida. É também uma iniciativa que faz parte da MissãoPijama.

O Jardim de Infância de Ponte de Sor juntou-se a este movimento,aceitando o desafio da Missão Pijama de gravar um videoclip com acanção/hino de autoria de Pedro Abrunhosa “O melhor está pravir”, que pode ser visto na página do facebook da escola, no youtubeou ainda no facebook oficial da Missão Pijama.Nesta missão a escola angariou, com a participação das famílias, aquantia de 473.22 euros que foram depositados na conta dos Mundosde Vida no BPI.Muitos trabalhos foram feitos, histórias foram lidas, jogos e ensaiospara que dia 20 de novembro fosse o dia D, mas não o único deabordagem a um tema tão sensível e importante.

Mais do que as palavras referindo o entusiasmo e empenhodas crianças, educadores, auxiliares e famílias ficam as imagensde um dia especial, passado entre afetos e mensagenssolidárias.

Tocámos clavas, cantámos e dramatizámos

Alguns dos nossos trabalhos em sala de aula Os nossos jogos

Os alunos da Turma I do 10º ano do CursoProfissional de Técnico Auxiliar de Saúde

visitaram no dia 24 de Novembro de 2014 as instalações do LarResidencial Ponte. Esta visita foi realizada no âmbito das disciplinas deSaúde e Higiene, Segurança e Cuidados Gerais.Os objectivos desta visita foram:- identificar as tarefas inerentes ao Técnico Auxiliar de Saúde;- Identificar as preocupações básicas a ter no cuidado dos utentes;- Conhecer o organização de uma instituição (lar);- Promover o encontro intergeracional (entre jovens e idosos).

Professoras Angélica Marques e Vera Domingos

Chegou mais um ano letivo e, mais uma vez, vamosfazer a recolha de grandes e pequenoseletrodomésticos, resíduos de natureza informática,televisões e monitores, lâmpadas e pilhas/baterias.Esta atividade irá decorrer ao longo de todo o anoletivo e serão atribuídos prémios às três primeirasescolas que demonstrem melhor desempenho narecolha de REEE e RP&A.

Candidatura da Escola ao Programa Eco-EscolasA Escola Secundária de Ponte de Sorapresentou, pelo quinto ano consecutivo, a suacandidatura ao Programa Eco-Escolas 2014-2015.São objetivos deste Programa encorajar,reconhecer e premiar o trabalho desenvolvidopela escola na melhoria do seu desempenho

ambiental e sensibilizar para a necessidade de adotar comportamentosmais sustentáveis. Visa ainda criar hábitos de participação e cidadania,tendo como objetivo principal encontrar soluções que permitam melhorara qualidade de vida na escola e na comunidade.Todos os anos tem sido reconhecido o mérito da nossa escola com aatribuição do Galardão, uma bandeira verde, que se encontra hasteadaà entrada principal da escola.Para que possamos continuar o receber o Galardão teremos quedemonstrar cumprimento da metodologia e dos temas de trabalhopropostos, bem como das ações programadas.Ao longo deste ano serão desenvolvidas várias atividades relacionadascom os seguintes temas: água, resíduos, energia e agricultura biológica.O Conselho Eco-Escolas agradece a colaboração/participação de todosos elementos da comunidade para atingir os objetivos a que a escola sepropõe.

As Coordenadoras do Programa

Maria Augusta Rosa e Sílvia Veríssimo

Prof. Ligia Braz

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HORIZONTES/ Dezembro de 2014 5

Workshop “Future Classroom Scenários”Nos dias 25 e 26 denovembro decorreu emBruxelas, um Workshopdenominado “FutureClassroom Scenários”(Cenários Futuros da Salade Aula), promovido pelaEuropean Schoolnet eSamsung.Este Workshop decorreuna European Schoolnet,num ambiente deaprendizagem inovadorchamado FutureClassroom Lab. Estaorganização sem finslucrativos é uma rede de 31ministérios da Educaçãoeuropeus, com sede emBruxelas, na Bélgica. Tem

por objectivo colocar a inovação ao serviço do ensino e os seus principais parceirossão os Ministérios da Educação, as escolas, os professores, os investigadorese as indústrias fornecedoras de tecnologia de ensino.Os Cenários Futuro da Sala de Aula foi o primeiro de dois workshops e fazemparte do Programa de Desenvolvimento Profissional da Samsung, que foiconcebido para professores que trabalham com equipamentos digitais em salade aula, cujo objetivo é ajudar os participantes a desenvolver as suas capacidadessobre o uso inovador das tecnologias. Desta forma, esta oficina contou com aparticipação de professores de vários países europeus nomeadamente da Áustria,Croácia, Letónia, Espanha, Itália, Polónia, Portugal, Republica Checa e Servia.Os participantes portugueses foram as professoras dos Agrupamentos deEscolas de Ponte Sor (Paula Valamatos Reis), de Vendas Novas (Nídia RaimundoRega), da Vidigueira (Fátima Ralha) e um professor do Centro de CompetênciasTIC, da Universidade de Évora (Gonçalo Espadeiro). Estas escolas foramselecionadas para integrar um projeto-piloto denominado “ComunidadesEscolares de Aprendizagem Gulbenkian XXI”, cujos promotores são a Gulbenkian,a Samsung, a Universidade de Évora e os respetivos Agrupamentos de Escolas.Neste âmbito, irão ser entregues tablets aos alunos do 3º ano da Escola dePonte Sor (três turmas). As turmas do Centro Educativo de Vendas Novas (duasturmas) e da Escola da Vidigueira (duas turmas) já contam com o equipamento.Com este projeto pretende-se promover a qualidade das aprendizagens e dosresultados escolares, mobilizando processos organizativos, didáticos etecnológicos.

Durante a primeira oficina, os professores participantes tomaram conhecimentode um conjunto de recursos e ferramentas digitais, que lhes permitirãodesenvolver atividades inovadoras nas aulas, através do uso das tecnologias.No final do primeiro Workshop cada professor recebeu um Certificado departicipação. A Professora

Corta-Mato Escolar 2014/2015 do Agrupamento de Escolas dePonte de Sor

Com um total de 380 alunos

inscritos, realizou-se no passado

dia 26 de Novembro, o primeiro

corta mato escolar envolvendo as

três escolas do agrupamento. O

evento teve lugar no complexo desportivo de Ponte de Sor e contou com a

organização e dinamização do grupo de Educação Física com o auxílio da

turma do 9ºG - Curso vocacional da Transformação da Cortiça, da equipa

escola segura da Guarda Nacional Republicana e dos bombeiros voluntários

de Ponte de Sor.

A organização da prova dividiu os atletas por cinco escalões etários Infantis A,

Infantis B, Iniciados, Juvenis e juniores. No escalão de Infantis A femininos a

vitória coube à aluna Alexandra Ramos do 4ºA, o segundo lugar do pódio foi

ocupado pela aluna Margarida Proença do 4ºA e o terceiro pela Joana Bispo

do 5º A. Ainda no mesmo escalão, mas no sector masculino, o vencedor foi o

aluno Edgar Martins do 5º B, sendo os restantes lugares do pódio ocupados

pelos alunos Afonso Rocha e António Silva, do 5º C e 5º E respetivamente.

No escalão de Infantis B femininos a vitória coube à aluna Bruna Libério do 6º

B, enquanto o segundo lugar do pódio foi ocupado pela aluna Diana Lourenço

também do 6º B e o terceiro pela Carolina Fuzeta do 7º A. Ainda no mesmo

escalão, mas no sector masculino, o vencedor foi o aluno Gabriel Gonçalves,

sendo os restantes lugares do pódio ocupados pelos alunos João Pascoal e

João Rodrigues respetivamente, sendo estes alunos da turma E do 7º.

No escalão de iniciados masculinos o aluno João Valador do 8º B conseguiu

bater toda a concorrência. Os alunos António Martins do 8º B e Francisco

Guiomar do 6º B ocuparam os lugares mais baixos do pódio. No sector feminino

e no mesmo escalão a vitória coube à aluna Érica Prates do 8º A, enquanto as

alunas Rita Carvalho do 8º D e Adriana Prates do 7º C, ficaram na segunda e

terceira posições respectivamente. Em juvenis masculinos, o aluno David

Lopes do 10º G foi o vencedor seguido dos alunos João Silva do 11ºA e Miguel

Santo do 10º F. Em femininos, a vitória acabou por sorrir à aluna Adriana

Estevinha do 10º F. O segundo lugar do pódio ficou reservado para a aluna

Carina Muacho do 11º F e o terceiro lugar do pódio Jéssica Ferrobista do 8º E.

Por fim, no escalão de Juniores, o grande vencedor foi o aluno Nelson Ribeiro

do 9º I, enquanto os alunos João Grossinho e André Freire do 10º G e 11º A

respetivamente ocuparam os lugares mais baixos do pódio. O sector feminino

deste escalão contou apenas com uma participante sendo ela a aluna Ana

Ferreira do 11º F.

Sendo este o primeiro corta mato escolar do agrupamento, o balanço final é

francamente positivo, toda a competição decorreu sob um clima de festa e

entusiasmo, transmitidos por uma plateia extraordinária que enchia a bancada

central do estádio,

O Desporto Escolar tem como grande objectivo, proporcionar momentos de

lazer e competição aos praticantes e espectadores presentes na actividade,

objectivo esse que foi plenamente alcançado.

Paula Cristina Dias Bogalho Valamatos dos Reis

No dia 20 de novembro comemorou-se o DiaMundial da Filosofia. Os docentes do Grupodisc iplinar de Filosofia convidaram aprofessora /investigadora da Universidade

Nova, Dª Isabel Baltazar, para dinamizar uma palestra sobre os Valoresno auditório da Escola Secundária de Ponte de Sor. A palestra tevecomo destinatários os alunos que frequentam a disciplina de Filosofiado 10º e 11º ano com o objetivo sensibilizar os alunos para a problemáticados valores no mundo atual. Procurou-se reforçar a importância e valorda Filosofia na formação de cidadãos despertos para a necessidade depensar de forma livre e crítica, de modo a promover uma sociedadedemocrática e justa.

Prof . Ricardo Fernandes

O Grupo de Filosofia

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6 HORIZONTES/ Dezembro de 2014

Ciência no 1º cicloAs professoras de Físico-Química, Cristina Gonçalves e SílviaVeríssimo, deslocaram-se à Escola Básica de Ponte de Sor para realizaratividades experimentais com as turmas do 1º e 2º ano.Através da realização de diferentes experiências científicas mágicas,tiveram a intenção de despertar o interesse, a curiosidade e a vontadede saber mais Ciência. Os nossos alunos mais pequenos portaram-semuito bem, colaboraram de forma muito positiva e levaram para casa odesafio de replicar com os pais algumas das experiencias realizadas.Que estas atividades sejam uma porta para o maravilhoso mundo daciência!

Escolher Ciência – 3 x 4 cientistas regressam à escola

Tentando contribuir para aproximar a comunidade escolardos cientistas, a Escola de Ciências e Tecnologia daUniversidade de Évora em colaboração com o CentroCiência Viva de Estremoz trouxe à escola 3 cientistas deáreas diferentes.A sessão destinou-se a turmas de cursos científ ico –

humanísticos. Aos alunos foram apresentadas vivências no âmbito dainvestigação científica, em áreas como a arquitetura paisagista, a geologiae a antropologia, assim como o que é ser aluno universitário.

Será toda energia nuclearmá? Será que em centrais defusão nuclear poderãoacontecer acidentes como osde Fukujima no Japao?Porque é que a nossa contade eletricidade indica que emmédia consumimos 5% de

energia nuclear, se Portugal não tem centrais nucleares? Quantosgeradores eólicos são necessários para perfazer a energia dumacentral nuclear?

Bruno Gonçalves é investigador e presidente do Instituto de Plasma eFusão Nuclear (IPFN) do Instituto Superior Técnico (IST) e esteve àconversa connosco para responder a todas as nossas questões ecuriosidades em torno do tema da energia nuclear.

O professor falou sobre o projeto de construção do primeiro reatornuclear que está a ser construído em França, projeto no qual Portugalestá envolvido através da participação do IPFN, onde pode vir a seruma realidade a produção de eletricidade a partir da fusão nuclear,considerada uma fonte de energia limpa, abundante e segura. A fusãonuclear, junção de dois ou mais núcleos atómicos, ocorre no interiordas estrelas. O que os cientistas fazem é “simular na Terra esse mesmoprocesso para produzir energia elétrica” explicou Bruno Gonçalves aosnossos alunos.

Os palestrantes ficaram a saber que numa fusão nuclear, o “combustível”usado são isótopos do átomo de hidrogénio, abundantes na água nomar, que se juntam, provocando uma reação, e que se algo correr mala reação extingue-se. O professor fez o contraponto com a fissãonuclear, onde a energia elétr ica é produzida “com bastanteradioatividade” e a reação pode tornar-se descontrolada e levar àocorrência de acidentes como o de Chernobyl e Fukushima.

O entusiasmo e o prazer de comunicar aliados ao elevado nível deconhecimentos do professor marcaram esta palestra que f icará,certamente, na memória daqueles que tiveram a sorte de poder assistire privar com o maior perito em fusão nuclear português.

Iniciação à Robótica

No dia 24 de novembro, Pedro Torres da Unidade Técnico Científicade Eng. Electrotécnica e Industrial da Escola Superior de Tecnologia– IPCB veio fazer uma apresentação sobre a robótica em geral euma demonstração com robôs. O professor e um aluno do curso deEngenharia Industrial deslocaram-se à ESPS, no âmbito do projetoROBOT@ESCOLA, projeto que fomenta a interação entre os ensinossuperior e secundário, através da realização de atividades conjuntasentre os alunos do IPCB/ EST e alunos das escolas secundárias.Os alunos das turmas do 11º G e do 12º E aprenderam sobre ofuncionamento – Hands-on with mobile robots (Arduino Based) tendotambém tido oportunidade de programar um robô.

Professor: Marco Rosa

A Semana Mundial do Espaço tem comoobjetivo a celebração da contribuiçãoda ciência e tecnologia espacial parao melhoramento da condição humana,foi instituída pela Assembleia Geral das

Nações Unidas em 1999. O tema em foco em 2014 foi a navegação porsatélite.

Os professores de Físico-Química associaram-se aesta comemoração eestabeleceram parceriascom o Núcleo Interativo deAstronomia, NUCLIO, bemcomo com a CâmaraMunicipal de Ponte de Sor.A professora e astrofísicaRosa Doran, presidente doNUCLIO, proferiu na Escola

Secundária, uma palestra intitulada Do Big-Bang ao espectro dasestrelas aberta a toda a comunidade.No dia 11 de outubro, foi inaugurada no Centro de Artes e Cultura, aexposição comemorativa dos 50 anos do “Observatório Europeu do Sul”seguida de um cafécom ciência “AEvolução Químicano Universo”dinamizado peloProfessor DoutorMiguel Moreira.Os alunos do ensinosecundário foramconvidados a assistirao filme “Gravidade”,s o b e j a m e n t econhecido, e galardoado com 7 óscares pela Academia de Hollywood.Foi feita análise deste filme sob diferentes perspetivas: científica, artísticae de entretenimento.Ainda no âmbito desta comemoração decorreu no Agrupamento a açãode formação acreditada Astronomia Hands-On: Descobrir o Cosmos,da responsabilidade do NUCLIO.

Professora Cristina Gonçalves

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HORIZONTES/ Dezembro de 2014 7

“Era uma vez, há 50 anos atrás… um cientista chamado Feynmanque fez um comunicado: lá em baixo há um mundo por descobrir!!”

Foi desta forma que Quirina Ferreira, investigadora do Instituto deTelecomunicações do Instituto Superior Técnico (IST), iniciou a palestrasobre Nanotecnologia proferida a 25 de novembro, no âmbito da Semanada Ciência e da Tecnologia.Por se tratar de um tema pouco conhecido de todos, a investigadorafez uma breve introdução histórica tendo dado realce ao trabalho deFeynman e à construção do primeiro microscópio de efeito túnel, em1979, por Rohrer e Binning, um poderoso microscópio que conseguever partículas muito pequenas com uma precisão absoluta (ao nível doátomo).Atualmente a nanotecnologia consiste na manipulação de átomos e/oumoléculas para a produção de materiais, de dispositivos e até mesmode máquinas, ou seja, parte das “coisas pequenas” e transforma-asem objetos mais complexos. No dia-a-dia as aplicações deste ramo daFísica vão desde os protetores solares, aos díodos emissores de luzorgânicos (OLEDs), que estarão na base dos telemóveis flexíveis, bemcomo na construção de bicicletas de carbono.A investigadora falou ainda aos alunos sobre o trabalho de investigaçãoque está na desenvolver no Técnico, que consiste na construção deum dispositivo intraocular para tratamento do glaucoma.

Era uma vez um cientistaque descobriu ananotecnologia

Todos os anos em outubro se comemora o MêsInternacional da Biblioteca Escolar com oobjetivo de divulgar a biblioteca e os seusrecursos, através de várias atividades. NaBiblioteca ESPS é o momento para recebernovos alunos e privilegiar a sua formação comoutilizadores, este ano, entre outras iniciativas,recorreu-se a um fotopaper do qual resultaram

quadras como estas do 8ºC:Dou-te um conselhoQue deves sempre seguir,Aconselho-te a lerE à biblioteca ir.

Na biblioteca da escolaVamos estudar,Para boa notaPodermos tirar!O grupo Impakto Jovem foi também um óptimo colaborador que no dia

27 de outubro, DiaNacional da BibliotecaEscolar, aceitoucorajosamente a nossaproposta para umaapresentação surpresa noespaço central da nossaescola no intervalo damanhã. O resultado foi sem

dúvida positivo, conseguiram chamar a atenção para a importância dabiblioteca escolar e do prazer da leitura.O escritor Filipe Faria esteve presente no dia 21 de outubro na nossabiblioteca, integrado naSemana do Fantásticopromovido pelo CAC,encantou a todos com o seudiscurso jovial edescontraído.O mês de outubro terminoucom o Halloween, umadivertida decoração dabiblioteca feita pelos nossos utilizadores e o lançamento de um concursode trabalhos que envolveu os alunos de todo o agrupamento. No finalhouve prémios para as várias categorias e muitos rebuçados, o queagradou a todos.Em novembro é de realçar o Concurso de Poesia “Obrigado!” com acolaboração de todas as bibliotecas do agrupamento, no âmbito daatividade Thanksgiving da disciplina de inglês. Foram quarenta aspoesias a concurso, desde o 1º ciclo ao secundário e ainda aberto àcategoria de adultos. Parabéns aos premiados e a todos osparticipantes.Aqui fica a poesia premiada da mais pequena concorrente, a MatildeEsperto Esteves do 2ºC.“Obrigado”Uma bela tardeUm meninoEncontrou uma menina

A menina comia um geladoO menino nada tinha

Em dezembro todos participaram com entusiasmo na construção danossa Árvore de Natal da leitura, feita de muitos cartuchos de jornal.Só nos resta desejar a todos Boas Festas com muitas leituras!

A menina olhou, olhouO menino de olhos tristes

A menina deu o geladoO gelado ao meninoO menino sorriuOlhos brilhantesObrigado menina

Prof. Alzira

Martins

todos os seus colaboradoresHorizontes deseja ae comunidade educativa

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8 HORIZONTES/ Dezembro de 2014

Feira ecológica, pedagógica esolidária da turma PIEF

No dia 4 de novembro a turmaPIEF realizou a feira “Saboresde Outono” na learning street da

Escola Secundária de Ponte de Sor.

A feira foi organizada pela turma PIEF, com o apoio do CRIPS,Segurança Social, Lar Residencial da Ponte, Universidade Sénior e a

Caminhar, quercomo fornecedores,quer como clientes. Vendeu-se nafeira uma grandediversidade deprodutos, entrecebolas, alface,couve, nabiças,feijão, broas, eoutros… A feira fezsucesso, porqueatraiu muitaspessoas ao longo detoda a manhã, quecompraram amaioria dosprodutos expostos. A turma PIEFd e s e n v o l v e ucompetências nasáreas comercial eda comunicação, e

angariou algum dinheiro, que servirá para adquirir material e permitir arealização de outras atividades. Uma parte do lucro da feira foi entregue como donativo ao CRIPS,que, mais uma vez, forneceu gratuitamente muitos produtos hortícolas ede confeção tradicional. Obrigado a todos os que contribuíram para o sucesso desta atividade!

Turma PIEF

Horta biológica, pedagógica e solidária Terminadas as férias, a nossa horta voltou a ganhar vida. Com oapoio da União de Freguesias, foram limpas as ervas que povoavam oespaço de 78 metros quadrados. Foram também retirados os restosdas culturas do ano letivo anterior, e a terra foi preparada para asementeira. Entretanto, a turma, em conjunto com as crianças do pré-escolar e 1º ciclo, já semeou / plantou nabos de bola, nabiças,espinafres, coentros, alfaces e ervilhas.

A Horta é um projeto desenvolvido com a colaboração do Município,da União de Freguesias e da Caminhar, no espaço do Centro Escolar,e destinada às crianças do pré-escolar e 1º ciclo que frequentam oestabelecimento. Este ano regista-se um aumento do envolvimento dasturmas, que são 11 no total (8 turmas, em 2013/2014). Os alunos da turma PIEF fazem a manutenção da horta e as tarefassão repartidas pelos mesmos, sob a coordenação do professorresponsável, Adriano Churro. As crianças da Escola Básica assisteme colaboram em algumas tarefas, como a sementeira, plantação, regae colheita. Os produtos da horta destinam-se a venda a preços simbólicos àcomunidade escolar (por exemplo, nas feiras PIEF ou no próprioestabelecimento, ao final do dia), de modo a angariar algum dinheiropara reinvestir em sementes, planta e equipamentos, e a entrega afamílias carenciadas, através das instituições de apoio social locais.

O projeto tem como objetivos promover e divulgar boas práticasagrícolas, reforçando a importância dos produtos locais e da pequenaprodução para consumo próprio. Pretende também incutir nas geraçõesmais jovens o gosto e respeito pela terra, a valorização do contactocom a natureza e o conhecimento e experiência acerca das culturaspróprias da nossa região. Pretende-se também desenvolver aresponsabilidade, a autonomia e a solidariedade.Seja cada presépio a nossa casa

Transformada no mais florido altar,Um pedaço de sol em cada brasa,Uma estrela do céu em cada olhar.

(Poema de Moreira das Neves)

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HORIZONTES/ Dezembro de 2014 9Thanksgiving / Dia de Ação de Graças“Celebrar a Comunidade” foi o nome escolhido para a celebração desteano do Dia de Ação de Graças. A festa realizou-se na Learning Streetda Escola Secundária, a 27 de novembro, dia em que os Estados Unidoscomemoram o seu Thanksgiving.

Contudo, as atividades em volta desta celebração iniciaram-se no finalde outubro, com o lançamento do concurso de poesia “Obrigado!”,junto das bibliotecas escolares e da Universidade Sénior, e que contoucom mais de 40 poemas a concurso. Entretanto, as turmas PIEF e11ºH (Curso de Artes Visuais) começaram a trabalhar o aspeto visualdo evento. Produziram, sob orientação do professor João Sobreiro,cartazes inspiradores, um painel para os votos de gratidão e um enorme“Obrigado”, que decorou a Learning Street, lembrando a todos aimportância de sermos gratos por tudo. As turmas do pré-escolar e do1º ciclo da cidade e freguesias trabalharam afincadamente o tema eproduziram, com as professoras de Inglês, bonitos trabalhos: umMayflower (o barco que transportou os Pilgrims para o Novo Mundo),uma árvore cheia de poesia, um perú (personagem principal do menu),vários cartazes, e banners.Mais próximo do evento, a professora Cecília Almeida realizou oworkshop de culinária “Tartes para o Thanksgiving”, que contou comum público diverso, entre alunos da Universidade Sénior, Voluntáriosda rede local de voluntariado (bs3.pt), professores e alunos da Escola.A mestre da cozinha deu-nos o privilégio de também cozinhar para nóso delicioso perú e o cornbread quentinho que o acompanhou.

No dia da celebração ao redor da mesa, os alunos da UniversidadeSénior, a Casa dos Avós e a Associação de Pais do Agrupamentoajudaram a compor a mesa, e a turma do Curso Profissional Técnicode Cozinha / Pastelaria tratou de todos os pormenores relativos àdecoração da mesma, e fê-lo com grande profissionalismo! No palcopudemos ouvir os poemas vencedores do concurso em cada uma dascinco categorias. A Banda E.M.R.E. (Educação Moral e ReligiosaEvangélica) trouxe-nos alguns temas musicais muito inspiradores. O

Impakto Jovem brindou-nos com o flashmob “Happy”. Enfim, foi umaverdadeira celebração em comunidade.

Muito obrigado a todos os que colaboraram para que esta inspiradoraatividade se tivesse realizado!

Tampinhas por uma cama articulada elétricaCom os mais de 4.000 kg conseguidos através da campanha Tampinhasrealizada ao longo de mais de 6 anos no Agrupamento de Escolas e naCaminhar, a VALNOR entregou à comunidade ponte-sorense uma camaarticulada elétrica, que fica à guarda da Caminhar e está já disponívelpara empréstimo às famílias da comunidade que dela necessitem. Acama foi entregue também no dia 27 de novembro, em que estevepresente, em representação daquela empresa de valorização de resíduos,a Dra. Sandra Pedrogam.Muito obrigado a todos os que colaboraram na recolha de tampinhas etornaram possível este ato de solidariedade!E tu, tens razões para agradecer? Então, não te esqueças, basta dizer“Obrigado!!

Mesa Redonda IntergeracionalNuma parceria entre o grupo de jovens Impakto Jovem e a USePS –Universidade Sénior de Ponte de Sor, realizou-se no dia 20 de novembro,na biblioteca da Escola Secundária de Ponte de Sor, uma mesa redondaintergeracional com o tema “O Direito à Educação”. O debate realizou-se a propósito da comemoração do 25º aniversário da Convenção sobreos Direitos da Criança, e contou também com a participação do 11ºE ealguns elementos da comunidade escolar e local.A mesa redonda teve início com uma apresentação, pela professoraFátima Pinheiro, sobre a Escola dos nossos dias em diversos pontos domundo. Fez também uma contextualização da Convenção sobre osdireitos da criança e, mais especificamente do Direito à Educação. Adiscussão que se seguiu, muito animada, andou à volta das questões daEscola com e sem recursos, da Escola de ontem e de hoje, e davalorização / desvalorização da escolaridade, quer pelos alunos, querpelas famílias.O objetivo foi conseguido: jovens e seniores discutiram o tema, comtoda a propriedade e num ambiente de grande respeito e educação.Ficou a vontade de repetir a experiência.

Prof . Pedro Lopes

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10 HORIZONTES/ Dezembro de 2014

Ainda me lembro como se fosse hoje...Era véspera de Natal. A casa totalmente decorada e iluminada convidava toda a família a sentar-se em

roda da lareira. Num canto, lá ao fundo na sala, havia uma árvore “animada” aqui e ali com bolas douradas evermelhas que a tornavam sem dúvida a minha árvore de Natal preferida. No cimo desta encontrava-se uma estrela,tão grande, tão bonita e cheia de brilhantes que lhe conferia um toque de subtileza e luz. No meio da sala, estava amesa que, àquela hora da noite, se encontrava repleta de doces e bolos que acredito que estivessem deverasdivinais mas nem me lembro sequer de os provar. Naquele dia, a única coisa que realmente me interessava eramas prendas que esperavam, incessantemente, debaixo da árvore, para serem desembrulhadas. As horas passavamtão devagar. Da lareira vinha um calor tão tranquilizante e o som do crepitar da madeira tornava-se, por vezes, a

única melodia a ecoar dentro das quatro paredes em que nos encontrávamos. Mas e os presentes?Em volta da lareira, os meus avós, pais e tios contavam as mais variadas histórias. Umas inventadas, outras nem tanto. Mas nada disso me

interessava. Tudo o que me rodeava não me enchia verdadeiramente. Só as prendas interessavam.Por fim, o momento chegou. Do relógio da cozinha ecoaram as doze baladas. Comecei por me dirigir à prenda maior. Abracei-a com a maior dasfelicidades e abri-a. Era a pista de carros que tanto desejava ter. Boa! Para além desta recebera roupa e dinheiro que pusera instantaneamente de ladocomo se nada valessem. Como se não fossem verdadeiros presentes.

Os anos foram passando, assim como os dias de Natal, mas os presentes não perderam, em nada, a sua magia. Eles continuavam a ser oponto alto da noite. Nada mais interessava. Tudo o que me rodeava era relativo.

Mas, os anos continuaram a passar e a criança dentro de mim foi aos poucos transformando-se naquilo que sou hoje. Fui perdendo a minhainfância e inocência. As prendas começaram a perder a sua magia e o seu toque especial e comecei a aperceber-me daquilo que me rodeava e que atéaí me era indiferente.

Comecei a dar importância aos momentos em família. À mesa comíamos tão apertadinhos que era inevitável uma cotovelada ou outra. Acomida era tão boa, tal como os doces. Não me cansava de repetir vezes e vezes sem conta. E as histórias eram mesmo de encantar qualquer ser. Amaior parte já conhecíamos tão bem que mexíamos os lábios, em perfeita sincronia, e soletrávamos cada palavra, cada suspiro.

O tempo foi passando. Tornei-me adulto. À mesa iam-se sentando cada vez menos pessoas. Deixámos de comer tão apertadinhos e já ninguémdava, sem querer, cotoveladas a quem estava ao lado. Os presentes... Esses eram cada vez menos. As muitas histórias infinitamente repetidas, em voltada lareira, foram-se perdendo, como simples e breves memórias. A árvore de Natal já não era a mesma. As bolas douradas e vermelhas perderam a suavivacidade e a estrela, no topo, perdera parte dos seus brilhantes e tornara-se uma estrela “mais ou menos brilhante”. O espírito natalício foi-sedesvanecendo da minha casa como uma simples e fina neblina.

E, hoje, percebo que, durante a nossa vida, nos perdemos com coisas desnecessárias. O Natal não são os presentes que recebemos ao longodos anos, pois esses, apesar de se partirem ou estragarem, eventualmente, continuam presentes nas nossas vidas. Mas e a família? Essa está emconstante mudança. Aprendi, ainda, que o espírito natalício vai muito para além das decorações que tornam as casas tão bonitas, nesta época festiva.Este encontra-se em todas as pessoas que nos rodeiam e que nos querem bem. Mas com o tempo, essas pessoas acabam por partir e é aí que nóspercebemos o verdadeiro significado do Natal. A família, o amor, o carinho são algo que nos completa. Todos queremos ser amados. Os presentes,esses, sim, são relativos. Apenas nos trazem uma felicidade ilusória que acaba por desaparecer. Uma felicidade momentânea que nos faz viver umavida em torno do que é material e não abstracto.

Para mim, o Natal nunca mais foi o mesmo e, dos meus tempos de infância, apenas restou a estrelinha que costumava colocar no topo daárvore, com a ajuda da minha mãe e que hoje encontrei no fundo de uma caixa cheia de pó. Quase que não a reconhecia, sem os seus brilhantes. Abeleza que tanto a caracterizava no início já não existia. Esta acabou por se tornar uma sombra,tal como eu, que continua a desejar, incessantemente,viver, novamente, esses momentos de glória que outrora vivera e voltar a ganhar o brilho que tanto a caracterizava.

E, agora, aqui estou eu prestes a viver mais uma vez esta época festiva e a pedir em segredo, vezes e vezes sem conta, a única coisa que nãoposso voltar a ter: o tempo que perdi...

Miguel Teles

Quero-te de volta, meu “velho” Natal

Não tinha mais do que cinco anos quando recebi legos no Natal. Fazia casas e erguia muros com as peças, umas grandes e outrasmais pequenas, e elas encaixavam-se umas nas outras com as saliências que tinham. Se não corria bem, se não ficava exatamente como

eu pretendia – às vezes, tipicamente alentejana, com as paredes brancas e uma faixa amarela ou azul; outras vezes, era um edifíciomaior, e viviam pessoas no seu interior, tal como nas casas habituais – podia sempre destruí-la. Essa era a parte boa. Ninguém semagoava quando as coisas não estavam completamente perfeitas. Era bom que na vida real fosse assim, que se pudesse recomeçardo zero como se nada tivesse acontecido. Era bom que a vida fosse apenas peças Lego. Os muros que separam a solidariedade de uma família de ser partilhada com outra,com a família que mora mesmo ao lado, ou em frente, deviam poder ser destruídos com mais facilidade. O mesmo se aplica à honestidade,

à simpatia, ao afeto e à ternura. Os sentimentos não deviam ser apenas algo que vive entre quatro paredes, deviam viver num open-space, chamemos-lhe assim, em que todas as pessoas partilhavam e praticavam essas virtudes. Oferecer-se-iam as virtudes em falta a alguém pelo Natal, e essapessoa encaixá-las-ia dentro de si. Nunca ninguém se tornou pobre por oferecer o que não se pode comprar. Hoje em dia, dá-me a sensação que as pessoas agem sem vontade própria. Não praticam o bem espontaneamente, e, mesmo que acabem porfazê-lo, fazem-no para impressionar quem as vê e lhes estimula o ego. Contribuem para o sucesso das causas solidárias que são divulgadas natelevisão, mas são incapazes de estender a mão e ajudar o vizinho ou um amigo com quem não falam há já algum tempo. Comportam-se como se nãoconseguissem ver os problemas à sua volta, como se apenas conseguissem compreender se alguém os chamasse à razão. Era bom que as pessoas voltassem a sentir a necessidade do imaterial. Voltassem a sentir que era necessário serem bons uns para os outros, eque não achassem que isso era uma coisa supérflua e que não vale a pena continuar a praticar. Magoa-me o egoísmo. Pensei que, neste ponto,fôssemos melhores. A melhor versão do que poderíamos ser. As peças de Lego deviam ser como o número de virtudes importantes que cada um devia ter – e, quando se perde uma peça, o conjunto já não estácompleto, está pior do que estava inicialmente. Perdeu a beleza inicial. As virtudes no fundo não são mais do que peças que encaixam umas nasoutras. As peças pequenas, aquelas que fazem de janela quando se ergue uma casa, são a clareza com que vemos a realidade ao nosso redor. Asparedes, a grande parte que serve para que fique completa, inteira, é a solidariedade, porque ninguém é um ser apenas, é uma mistura de tudo o queconhece, de toda a ajuda que já deu e de toda a que já recebeu quando estava mais frágil. Depois, o telhado. É necessário que haja honestidade. Tudocolapsa quando não há bases firmes que suportem um impacto mais forte, mesmo que sejam apenas uns pingos de chuva. Somos uma casa mal construída, à qual faltam umas peças e vão desaparecendo cada vez mais. Temos que reconstruir-nos. Temos que erguer-nostodos juntos. Afinal, nunca é tarde demais. Ainda vamos a tempo. Carolina Rato

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HORIZONTES/ Dezembro de 2014 11

Manuel Amaral

HORIZONTES - dezembro de 2014email - [email protected]: Manuel AndradeEditor: José Torres.Edição online: Ana Tapadas - Henriqueta GarranchoConsultor Informático: Joaquim PereiraColaboradores especializados: Cursos do Ensino Profissional.Repórter fotográfico: Armindo PedroImpressão: Impriponte Artes Gráficas Lda

Portugal e InglaterraCumprido um século sobre o fim

oficial do primeiro conflito armado

à escala mundial e o surgimento

do maior surto de peste que, a

seguir à Peste Negra, devastou a

população do Ocidente europeu

(parece que um mal nunca vem

só) talvez não seja desperdício de

tempo reflectirmos acerca deste

período da história humana no

mundo e no papel que o nosso

Portugal desempenhou à época. Senhor de um vasto mas

insuficientemente explorado (atavismos muito nossos) império

colonial, o reino de Portugal, sendo geográfica e politicamente um

império em tudo o que correspondia à respectiva noção, não fazia

do país uma potência com relevância internacional. No entanto, com

um solo e subsolo muito prometedores, as nossas colónias

africanas ofereciam um maná a quem os soubesse explorar e

exactamente por tal razão, o império alemão em crescimento

económico sem rival e um governo britânico que se lembrara de

políticas antiesclavagistas mas apenas após o sucesso da sua

revolução industrial, olhavam com indisfarçável interesse e cobiça

para Angola e Moçambique. Fazendo jus ao plurissecular epíteto

camoniano, “a pérfida Albion”, não teve pruridos em penhorar a paz

com seus primos germânicos à custa dessas colónias lusas,

atropelando a mais antiga e duradoura aliança conhecida na Europa

(Windsor, último quartel de XIV). Esta aliança havia sido celebrada

com o intuito de evitar que a Espanha (Castela e reinos ibéricos a

ela submetidos) se constituísse numa potência que bloqueasse os

interesses britânicos num Mediterrâneo pujante de comércio. O

próprio embaixador teutónico em Londres (1912 – 1914), príncipe

Lichnowsky não teve pejo em referir nas suas memórias como

segue: «pelo que respeita à realização prática do nosso verdadeiro

mas não expresso intento – uma futura divisão efectiva das colónias

portuguesas …ou (reforçando o artigo 8º desse secreto acordo

anglo-germânico) se perigasse a vida ou os haveres de súbditos

britânicos ou alemães por motivo de distúrbio e o governo português

não estivesse em condições de os proteger, o governo inglês e o

governo alemão tomariam as medidas que entendessem

necessárias para a defesa dos interesses ameaçados». Não fora o

precipitar dos acontecimentos, por acção do jovem estudante Gavrilo

Princip (nacionalista a soldo da organização secreta supostamente

pan-Sérvia Mão-Negra) ao assassinar o herdeiro do trono austro –

húngaro e a soberania portuguesa em territórios de África teria

antecipado em algumas décadas o «regresso das caravelas».

Mais um ano que se

in icia e com ele

renovam-se as

expetativas e os

projetos!

Que este seja repleto

de concretizações e que estas produzam efeitos nos nossos alunos, pois é para eles que

nós idealizamos e planificamos as atividades a levar a efeito. Para além dos trabalhos

inerentes a uma Biblioteca, procuramos em cada ano diversificar a nossa atuação, para

desta forma contribuir para as aprendizagens dos nossos alunos, princípio que norteia toda

a nossa ação.

Iniciámos este ano letivo, com uma visita de estudo à Biblioteca Municipal de Setúbal e ao

Museu do Trabalho, como forma de premiar os muitos alunos que participaram ativamente

nas actividades propostas pela Biblioteca. Esta foi não só interessante como também

divertida, pois para além da visita à Biblioteca, os alunos tiveram ainda ocasião de assistir à

dramatização da peça João Pateta.

No Museu do Trabalho, com as roupas apropriadas dos operários da indústria da conserva

da sardinha, os alunos puderam ver e experimentar todas as etapas inerentes ao processo

de transformação da sardinha em conserva.

Setúbal ficou sem dúvida na retina dos nossos alunos por todos estes motivos, mas também

pelo mar ali tão perto, onde apetecia tanto dar um mergulho.

À semelhança de anos anteriores, esta visita foi financiada pela Junta de Freguesia de Ponte

de Sor, à qual não podemos deixar de agradecer mais uma vez!

Ainda em outubro, no dia 27, Dia Internacional das Bibliotecas Escolares, no pátio da nossa

escola, tivemos uma Livraria Itinerante, onde os alunos tiveram oportunidade de apreciar e

adquirir livros. Foi uma experiência muito agradável, a evocar outros tempos...

Ao mesmo tempo, a contadora de histórias, Ana Isabel Gonçalves dinamizava várias sessões

de “Conta-me histórias”, conseguindo cativar magnificamente os alunos, não só com as

suas palavras, mas também com o seu sorriso, as suas danças e tudo aquilo que foi fazendo

para tornar as suas histórias ainda mais atrativas…

No dia 28 e 29 de outubro, na continuação da comemoração do mês das Bibliotecas

Escolares, tivemos mais uma vez, o prazer de ter entre nós, Odete Canha com a

apresentação do seu novo livro: A Borboleta Mágica no mundo escondido das palavras às

turmas do 3º e 4º anos. Ficou no ar, a promessa de outras vindas à biblioteca, pois Odete

Canha inscreveu-se como Voluntária da Leitura.

Nesta atividade, colaboraram também os alunos da turma do 5º C que quiseram presentear

os seus colegas do 3º ano com um trecho musical. Foi verdadeiramente um gosto, ouvi-los!

Já no mês de novembro, no dia 25 e integrada nas atividades programadas para a Semana

da Ciência e da Tecnologia, estiveram presentes na Escola João Pedro de Andrade, dois

professores do Centro de Ciência Viva de Estremoz que dinamizaram a atividade: “Contos,

lendas e outras lengalengas com ciência” dirigida aos alunos do 2º ciclo.

Previamente, nas aulas de Português, os alunos do 5º ano leram o livro A Fada Oriana e os

alunos do 6º ano Ulisses, de Sophia de Mello Breyner Andresen.

Na Biblioteca, os alunos do 6º ano ouviram um excerto do livro e a partir daí simularam o

sistema circulatório no chão.

No laboratório, os alunos do 5º ano, após a audição de um excerto do livro, tiveram

oportunidade de assistir e participar ativamente numa aula de microscopia.

Partindo do mundo da fantasia e da imaginação proporcionada pelos livros de Sophia, os

alunos tiveram acesso a conceitos e conhecimentos científicos, aliando-se desta forma a

Literatura e a Ciência.

Também teve lugar na Biblioteca, no dia 13 de novembro uma degustação de produtos

alusivos ao dia de São Martinho da turma do 9º H, Curso Vocacional. Foi uma actividade que

envolveu as disciplinas de Gestão Doméstica e Cozinha e Português em articulação com a

Biblioteca!

A Biblioteca participou ainda na divulgação do Concurso de Poesia previsto no Thanksgiving/

Dia de Ação de Graças.

Desde o dia 13 de novembro, temos à venda livros da escritora Maria Teresa Maia Gonzalez,

que estará connosco para falar com os alunos por videoconferência, no dia 10 de dezembro.

A par dos livros da escritora, temos neste momento, a decorrer uma feira do livro até ao final

do período.

No entanto, o trabalho da Bibliotecas não se esgota nestas atividades! Uma agradável

surpresa que temos tido este ano, é a elevada afluência de alunos a requisitar livros. Oxalá,

este hábito tão salutar continue a fazer parte das suas resoluções de ano novo!

A Prof. Bib. Lurdes Castanheiro

Manuel Amaral

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12 HORIZONTES/ Dezembro de 2014

Este jornal conta com oapoio de

Esteve patente ao público em geral e a toda a comunidade educativa,nas instalações da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, emLisboa, uma exposição de projetos e trabalhos, organizadapelo Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor.

Partindo da educação pré-escolar como a ”a primeira etapa daeducação básica no processo de educação ao longo da vida”, estaexposição teve um especial enfoque num projeto pioneiro de ensinobilingue, que associa a aprendizagem do inglês e da música nodesenvolvimento de competências para o sec XXI.Este projeto denominado ”Kiitos”, promovido pelo Município de Pontede Sor, em parceria com o Agrupamento de Escolas, constitui umaprimeira etapa de um projeto educativo local, que pretende capacitaros jovens do concelho para os desafios do mundo global.

Iniciando na educação pré-escolar e  seguindo  para  as ofertasformativas ao nível do ensino básico e secundário, fica patente oolhar visionário de um Agrupamento de Escolas do Alentejo, quealia as potencialidades endógenas da região, à formação e capacitaçãodas novas gerações, projetando o futuro.

Exposição de Trabalhos do Agrupamento deEscolas de Ponte de Sor na DGESTE

CENTRO ESCOLARO contacto na infância com o livro e a leitura de histórias é fundamentalpara criar futuros leitores. Consequentemente, a hora do conto foiuma atividade recorrente no 1º período na biblioteca da Escola Básica

de Ponte de Sor e da Tramaga. Fizeram-se muitas leituras alusivasa datas comemorativas, como o Dia da alimentação, o 5 de Outubro,Dia Nacional do Idoso, Dia do professor, o S. Martinho, entre outros.No dia Nacional da Biblioteca Escolar a presença da Livrariaitinerante e do grupo Os Cabeçudos encantou com as suas históriasos nossos alunos .No dia 5 de dezembro os alunos do 1º ciclo teveram o privilégio deouvir a história de Anuro, o sapo sapinho, o sapo sapão contadapelo seu autor Carlos Canhoto e acompanhado pela ilustradora RitaGoldrajch.

Escola Básica nº 1 de MontargilNo âmbito da disciplina de Educação Visual e relativamente aoconteúdo módulo padrão foram realizados diferentes tipos depadrão para embelezar o teto da Escola Básica nº1 de Montargil.

Alunos do 6º e 8º s anos

No âmbito da técnica de pintura a guache e homenageando um pintor da

nossa zona (Alentejo) os alunos do 7ºA e B realizaram este lindo painel.

Professora: Maria de Fátima Leão Chuço Pires