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Jornal de OLEIROS INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA www.jornaldeoleiros.com Ano 2, Nº 12, Outubro de 2010 Preço: 0,70€(inclui IVA) • Edição Mensal Director Paulino B. Fernandes PÁGINA 12 PÁGINA 2 PÁGINA 12 25 de Setembro de 2010 JORNAL DE OLEIROS CELEBROU O 1º ANIVERSÁRIO Celebrações do 62º aniversário dos Bombeiros de Oleiros O vinho Calum de Oleiros. Que futuro? DEPUTADOS DE OLEIROS O Que Se Vê Daqui “Umas linhas de vez em quando…” PÁGINA 3 PÁGINA 3 PÁGINA 3 PÁGINA 4 PÁGINA 6 PÁGINA 7 PÁGINA 7 PÁGINA 10 A Educação na 1ª República PÁGINA 5 PÁGINA 8 PÁGINA 9 PÁGINA 11 PÁGINA 11 ALIMENTAÇÃO ESCOLAR ACADEMIA SÉNIOR DA SERTÃ JÁ É UMA REALIDADE APONTAMENOS Orçamento do Estado Comemorações do Centenário da República em Oleiros FAROL FORMAS DE GOVERNAR DIRECTOR CONVIDADO DO MÊS Medronho e Castanha voltam em grande A Alimentação – Património da Cultura Rural Artesanato produtivo O Turismo e a República

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Page 1: Director Jornal de - jornaldeoleiros.com · Cumpre agora aos portugueses fazer uma boa escolha. Jornal de Oleiros passa a ser vendido ... de 1840 a 1843. Proclamada a Carta Constitucional

Jornal deOLEIROSINFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

www.jornaldeoleiros.com Ano 2, Nº 12, Outubro de 2010 • Preço: 0,70€(inclui IVA) • Edição Mensal

DirectorPaulino B. Fernandes

PÁGINA 12PÁGINA 2

PÁGINA 12

25 de Setembro de 2010

JORNAL DE OLEIROS CELEBROU O 1º ANIVERSÁRIO

Celebrações do 62ºaniversário

dos Bombeiros de Oleiros

O vinho Calum de Oleiros. Que futuro?

DEPUTADOS DE OLEIROS

O Que Se Vê Daqui

“Umas linhas de vez em quando…”

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A Educação na 1ª República

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ALIMENTAÇÃOESCOLAR

ACADEMIA SÉNIOR DA SERTÃ JÁ É UMA REALIDADE

APONTAMENOS

Orçamento do Estado

Comemorações do Centenário daRepública em Oleiros

FAROL FORMAS DE GOVERNAR

DIRECTORCONVIDADO DO MÊS

Medronho e Castanha voltam em grande

A Alimentação – Património da Cultura RuralArtesanatoprodutivo

O Turismo e a República

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É apenas já uma recordação, agradável, empolga-dora e muito motivadora. Estivémos com muitosAmigos e muitos outros nos enviaram mensagens.

Num momento em que o online do Jornal deOleiros cresce exponencialmente, recomendando oreforço da capacidade do site www.jornalde-

oleiros.com , avançamosresolutamente, através dacrise que envolve o país,roubando-lhe esperança nofuturo, procurando nóspróprios com a ajuda dosAmigos, vencer a mesma.

Saudamos a criação doGRUPO DE AMIGOS que sedesenvolve muito para alémdas expectativas iniciais,acrescentando esperança.

Em 25 de Setembro de2011 faremos uma novafesta.n

Directoremail: [email protected]

Jornal de OLEIROS OUTUBRO 20102

EDITORIAL 1º. ANIVERSÁRIO

RENOVAÇÃO DE ASSINATURAS

Pedimos aos Amigos assinantes a atenção de renovarem asassinaturas, enviando vale de CTT ou cheque para: Largodos Viscondes, 3,1º, 6160 Oleiros.

1º Aniversário cumpridoO Jornal de Oleiros celebrou o 1º aniversário em 25 de Setembro,

reunindo Amigos num almoço de celebração.Não era para menos.Foi um ano de grande excitação, consolidação e credibilização do

projecto.Agradecemos as imensas mensagens que por diversas vias nos

chegaram.Prometemos continuar a trabalhar em prol do Concelho e da região,

com independência e seriedade.Nesta oportunidade, agradecemos a todos, Leitores, Assinantes e

Investidores por terem permitido este sucesso.

Um país em pânicoNo momento em que nos estiverem a ler, terá sido já aprovado o

Orçamento de Estado que permite a normalidade da actividade do país,mesmo em crise.

Sem esta aprovação, a crise seria maior, mais profunda e derradeira.

Presidenciais a caminho23 de Janeiro foi o dia escolhido pelo Presidente da República para

eleger o seu sucessor que pode ser ele próprio.Cumpre agora aos portugueses fazer uma boa escolha.

Jornal de Oleiros passa a ser vendidoAdiámos por um ano este momento que é agora inadiável.Apesar do jornal ter sido oferecido, as assinaturas cresceram em bom

ritmo.Foi a forma de habituarmos os Leitores à nossa presença.Agora, até para que as assinaturas façam sentido, devemos passar a ser

vendidos, fixando-se em 70 cêntimos o valôr da venda unitária.n

Director

RECORDANDO A DATA DO 1º ANIVERSÁRIO

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2010 OUTUBRO Jornal de OLEIROS 3

Começo a crónica deste mês por dar osParabéns aos Bombeiros Voluntários de Oleirospelo seu 62º aniversário. Instituição de grandevalor humanitário, que tem desempenhado comgrande dedicação a sua função no nossoConcelho. Que continuem assim por muitos ebons anos. Depois de um início que causoualguma preocupação aos sócios e adeptos, aARCO parece ter finalmente voltado aos bonsresultados. Com um jogo atraso, a equiparespondeu muito bem, perante um candidatocomo o Pedrogão, mesmo quando as condicio-nantes do jogo e algumas decisões da arbitragempareciam querem levar a equipa a outroresultado. Boa vitória e cá ficamos à espera deoutros bons resultados , quem sabe já nodomingo em Alcains, um campo também nadafácil. Por vezes, ficamos com a ideia que osárbitros vêm ao Concelho de Oleiros comdisposição de nos prejudicar, não sei se será pelaestrada que têm que fazer, o certo é queraramente são isentos e justos. Espero que aAssociação de Futebol de Castelo Branco estejaatenta a est situação, dado que os vários clubesdo nosso Concelho lutam muito todos os anos

para conseguir estar no vários escalões defutebol, pois devido à nossa distância de CasteloBranco torna-se muito difícil.

Para o fim do mês vai acontecer a IV Semanado Medronho e da Castanha. Evento que vaiganhando o seu espaço e crescendo ano apósano. De realçar a participação de váriasAssociações, Filarmónica Oleirense, RanchoFolclórico e Pinhal Total, bem como dos váriosrestaurantes aderentes, o que demonstra ointeresse e a vontade de participação dosOleirenses nesta iniciativa. Espera-se por issouma grande participação na semana de 30 deOutubro a 7 de Novembro.

Termino com a informação de que no dia 30de Outubro é a apresentação oficial da equipa deFutsal da Casa do Benfica ao seus sócios esimpatizantes. Espero a presença de todos, numdia em que podem também ficar a conhecer asrestantes equipas da Escola de Futebol bemcomo da Escola de Dança da Casa do Benficaem Oleiros.n

António [email protected]

Do concelho de Oleiros poucoparlamentares têm sido eleitos. No períododo parlamentarismo monárquico, de 1834 a1910, vamos encontrar um pequeno massignificativo número de deputados naturaisdos concelhos de Oleiros e de Álvaro, esteentretanto extinto e naquele integrado.

Proclamada a República, em 5 de Outubrode 1910, naturais do concelho de Oleiros nãomais tiveram assento no parlamento. Pelomenos, até ao momento, não os encontramosreferenciados. Ainda assim, alguns parla-mentares, da Primeira República e do EstadoNovo, tinham ligação estreita com a nossaterra. A todos farei referência.

Neste artigo de introdução vou apresentar alista desses deputados e far-lhes-ei uma brevereferência. Em edições seguintes apontareidados biográficos mais desenvolvidos, masnecessariamente resumidos e apenas dostidos por mais proeminentes**.

I – FRANCISCO de ALBUQUERQUEPINTO CASTRO e NÁPOLES, 1º Barão e1.º Visconde de Oleiros, nasceu nesta vila nodia 27 de Setembro de 1778 e faleceu emAlcains, a 23 de Maio de 1858.

Grande proprietário, senhor dos morgadiosde Oleiros e de Alcains, foi oficial doexército. Liberal e carbonário. Foi eleitodeputado para a legislatura de 1834-1836.

II – MANUEL ANTÃO BARATASALGUEIRO, foi eleito deputado pelocírculo de Castelo Branco para a legislaturade 1840 a 1843. Proclamada a CartaConstitucional em 1842, por Costa Cabral, oseu mandato ficou por aqui.

Era natural da vila de Álvaro, ainda sede deconcelho. Nasceu a 6 de Fevereiro de 1792.Frequentou a Universidade de Coimbra(UC), de 1813 a 1817, formando-se emDireito. Estabeleceu vida profissional emLisboa.

III – JOÃO de DEUS ANTUNESPINTO, nasceu em Álvaro em 1803 efaleceu em Castelo Branco em 27 de Julho de1864.

Foi sacerdote e formou-se em Direito(Cânones) na UC, que frequentou de 1824 a1828.

Simpatizava com a carta constitucional.Terá pertencido à maçonaria. Foi eleitodeputado em 21 de Julho de 1836, pelaprovíncia da Estremadura, e em 1848-1851,pelo Alentejo.

Teve uma relevante actividade parla-mentar, nomeadamente no domínio da dis-cussão de leis em matérias eclesiásticas e nasáreas do direito civil e criminal.

IV – ANTÓNIO PINTO deALBUQUERQUE MESQUITA eCASTRO, nascido em Castelo Branco, em21 de Fevereiro de 1822, foi o 7.º dos novefilhos do 1.º Visconde de Oleiros. Frequentoua UC, entre 1841 e 1847, formou-se emDireito.

Foi eleito deputado por cinco legislaturas,entre 1857 e 1865, pelos círculos de CasteloBranco e Sertã.

V – FRANCISCO de ALBU-

QUERQUE PINTO MESQUITA ECASTRO, 3.º visconde de Oleiros, nascidoem Castelo Branco, em 08 de Abril de 1841,formado em Direito na UC.

Foi eleito deputado pelo Partido Rege-nerador em 1879 pelo círculo do Fundão.

VI – ANTÓNIO AUGUSTO deMENDONÇA DAVID, nasceu em Álvaroem 01 de Novembro de 1856 e faleceu namesma localidade com a idade de 91 anos.Formado em Direito, em 1876, na UC,exerceu advocacia, foi presidente da CMO egovernador civil de Castelo Branco. Foieleito deputado pelos círculos da Sertã (1900)e de Castelo Branco (1901, 1906 e 19008),pelo Partido Regenerador.

VII – FRANCISCO CAETANO dasNEVES e CASTRO SÉNIOR, sendonatural da Pampilhosa da Serra, foi capitão deordenanças em Álvaro, e foi deputado pelaprovíncia da Beira Baixa, de 1845 a 1846.

VIII – JOSÉ RIBEIRO CARDOSOnasceu na Sobreira Formosa no dia 19 deAgosto de 1874 e morreu em Castelo Brancono dia 21 de Setembro de 1965. Foi ordenadosacerdote em Portalegre, em 1895. Neste anoiniciou-se como pároco no Estreito. Em 1901suspendeu as suas funções para ir tirar ocurso de Direito na UC, onde, como OliveiraSalazar, foi dirigente do CIDAC. Em 1942.Formou-se em 1906. Escreveu largamentesobre o Estreito e sobre o Orvalho e, em geralsobre temas de interesse do concelho deOleiros. Além de diversos cargos públicos epolíticos, exerceu advocacia em CasteloBranco.

Foi eleito deputado da República Nova, deSidónio Pais, em 1918, exercendo o cargo até21 de Fevereiro de 1919. Em 25 deNovembro de 1938 iniciou mandato deprocurador à Câmara Corporativa.n

João H. Santos [email protected]

* O presente artigo mais não é do que umabreve e superficial divulgação, quaseexclusivamente resultante da consulta dasseguintes obras:

- 42 Parlamentares da Monarquia pela BeiraBaixa, 1834-1910, da autoria de F. Pina Lopes,beirão ilustre, publicada em 1958, em CasteloBranco;

- Dicionário Biográfico Parlamentar, volumesI, II e III, respeitantes às legislaturas de 1834-1910, sob direcção de Maria Filomena Mónica evolumes IV e V, respeitantes às legislaturas de1935-1974, sob coordenação de Manuel Braga daCruz e António Costa Pinto publicados de 2004 a2006, pela Assembleia daRepública.

- Os Deputados daAssembleia Nacional (1935-1974), J.M. Tavares Castilho,publicado em 2009, pelaAssembleia da República.

** Espero a colaboração dosleitores com a indicação denovos elementos que possamenriquecer o conhecimento dabiografia destas personalidades.Como peço a indicação de errosa merecer correcção.

As malfadadas “SCUT” – ParteII

Todos sabemos que no mundoactual em que vivemos não há bensde graça. Vivemos num mundodemasiado materialista e onde ocapital pesa muito e por isso temosde lhe pagar tributos. Os bens queusufruímos têm de ser pagos. É atriste realidade, e se houver quem utilize essesbens sem pagar, alguém deve estar a sersacrificado. No nosso dia a dia verificamos,infelizmente, casos destes com muita frequência.O caso das “SCUT” é o exemplo mais flagrantedeste estado de coisas.

É inconcebível que uns tenham de pagar paraandar em auto-estradas, enquanto outros,favoritos dos Deuses, noutras auto-estradasandam de borla, com a agravante, de estarmostodos a pagar a factura.

Além disso, falando agora daqueles – quesomos nós , aqui no interior do país – que nadatêm de vias rápidas, sentimos que somos umaraça de portugueses, que para os nossosgovernantes, estamos “abaixo de cão “.

Então nós – todos os que estamos isoladosneste interior desertificado – não temos umapalavra a dizer? Temos, concerteza. E essapalavra que em parte será de revolta, mas comtoda a serenidade, também para chamar a atençãodos governantes deste país, para que olhem paraeste interior, muito longo, onde ainda não chegou,totalmente, o progresso rodoviário que se verifica– às vezes em exagero – no litoral. Embora umpouco já tarde, ainda podem fazer qualquer coisa,para contrariar os efeitos da desertificação, destecastigado interior, construindo boas ligaçõesrodoviárias a todos os concelhos.

No ano do Senhor de2010, séculoXXI, 40 anos depois do Homempisar a Lua, atinge as raias doinacreditável, que haja sedes deconcelho com ligações, como éflagrante o caso de Oleiros.

O nosso concelho possui uma dasmelhores redes viárias municipais,fruto do trabalho árduo do município,

nestes últimos anos.Contudo, para sairmos limites do concelho

com destino aos grandes centros ou pontosestratégicos, não temos estradas dignas dessenome.

Tudo isto atinge os limites do ridículo, quandopensamos que há quem perca tempo a discutir sedeve ou não pagar portagem, dos benefícios quetêm, quando nós e muitos outros, por esse paísfora, nem uma modesta estrada, digna dessenome, temos para utilizar.

Só há uma solução justa para tudo isto: outilizador pagador. Pagam todos os não paganinguém. Salvem-se, contudo – aí não me meto –as situações de excepção, que sejam justas, e quepor isso mesmo, tenham razão de existir. Mas queesta justiça não seja elástica onde caibam todos osargumentos.

Acabemos de vez com as situações de previ-légio, que os governantes tanto gostam de manter,afim de beneficiar clientelas, a seu belo prazer.

Já disse que habito uma região onde não temosbens sociais, mas se me beneficiarem, cons-truindo aqui uma auto-estrada, eu não merecusarei a pagar a portagem que for devida, poissei que só assim é possível usufruir destes bens deprogresso.n

Augusto de Matos

CC OO NN TT AA BB II LL II DD AA DD EE CC OO NN TT AA BB II LL II DD AA DD EE ee SS EE GG UU RR OO SSee SS EE GG UU RR OO SS

José Mateus & Filho - Contabilidade, Lda

Rua Cabo da Deveza6160-412 Oleiros

DEPUTADOS DE OLEIROS

Introdução*

O Que Se Vê Daqui

“Umas linhas de vez em quando…”

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Nas últimas décadas do séculoXIX sentia-se o descontentamentoda população. A maioria do povoportuguês continuava a viver comgrandes dificuldades. Aqueles quejá antes eram pobres - operários,agricultores e outros trabalhadoresrurais - estavam cada vez maispobres e só os que já eram muitoricos conseguiam aumentar a suafortuna. Esta situação provocavagrande agitação e mal-estar.

Os sucessivos governos damonarquia liberal mostraram-seincapazes de melhorar ascondições de vida da população.E, em 1876, formou-se um novopartido, chamado “partido republi-cano”.

Os republicanos achavam que àfrente do país não devia estar umrei, o qual nem sempre tinha ascapacidades necessárias para ocargo, mas sim um presidenteeleito pelos portugueses e quegovernasse só durante algunsanos. Consideravam, portanto, quea forma de governo tinha de seralterada. A monarquia devia sersubstituída por uma república. Eassim aconteceu e logo a partir de1910, os sucessivos governosfizeram importantes reformas noensino português.

A elevada taxa de analfabetismoda população (cerca de 75%) eraalgo que afectava os republicanos,especificamente a ineficácia dasreformas de ensino anterior, maisvoltado para um ensino enciclo-pédico, que privilegiava um saberfeito à base da memorização emdetrimento do desenvolvimento dopensamento reflexivo. O plano deestudos visava uma feição maishumanista em detrimento dopendor científico tão desejado pe-los republicanos, já que estespretendiam garantir, pela educa-ção, uma participação política doscidadãos mais ampla e consciente,de acordo com os ideais republi-canos.

Várias reformas foram postasem prática, sendo a de 1911 umconjunto programático e legis-lativo de inegável valor, embora sóem 1913 se tenha criado aquiloque hoje é a instituição gover-nativa Ministério da Educação,que, à época, António Joaquim deSousa Júnior presidiu como Mi-nistro da Instrução Pública. Foramtomadas medidas relacionadascom o ensino infantil para as cri-anças dos 4 aos 7 anos; o ensinoprimário foi tornado obrigatório e

gratuito para as crianças entre os 7e os 10 anos; criaram-se escolas deensino primário e técnico (as,ainda hoje, conhecidas escolascomerciais e industriais) e paraalém destas medidas, no corpodocente do país também ouvemudanças: em termos pedagó-gicos tentou encontrar-se o equi-líbrio entre uma pedagogia clás-sica de tipo intuitivo e enciclo-pédico com um carácter dedutivocujo método da interrogação comomeio da exactidão e firmezaauxiliasse o desenvolvimento daactividade mental reprodutiva. Osdocentes passaram a ter cursos quedesenvolviam a instrução peda-gógica teórica e a iniciação práticaao trabalho docente. No final, o“Exame de Estado” aprovava osfuturos docentes. Assim seoriginava um sistema potencia-lmente mais capaz de poder operartransformações qualitativas napreparação dos alunos no ensinoliceal. Apostou-se também emconferências, congressos pedagó-gicos, com vista a possibilitar adiscussão e a troca de experiênciasem termos de pedagogia e didá-ctica.

No entanto e apesar de tudo oque estava destinado fazer pelosrepublicanos, a verdade é quehouve ineficácia por parte das re-formas aplicadas. Isto porque,como a maioria dos governos dehoje, tudo foi feito rápido demais enão atendeu a uma série de cir-cunstâncias importantíssimas. Pri-meiro, a república ainda não tinhaforça suficiente para se aguentar(basta ver o número de governosque se sucederam, num curtoespaço de tempo), segundo, erapreciso mudar mentalidades já quea escola não muda se nós não

mudarmos, pois a escola reflecte asociedade. E terceiro, os proble-mas financeiros que a 1ª repúblicaatravessou não possibilitaram osresultados esperados.

Segundo João de Barros nãoestavam os republicanos pre-parados para levarem a cabo aspropostas contidas na suarevolução: «em Portugal apenasse criaram os meios de alargar emultiplicar um ensino antigo. Oensino primário não tem ligaçãocom o ensino secundário; oensino secundário não combinacom o ensino superior; o ensinoprofissional não corresponde àsexigências económicas das re-giões em que se exerce. É ocaos.».

Cem anos passaram, e pareceque este caos se mantém actual,segundo novas perspectivas é cla-ro, mas a instabilidade, as dificul-dades e o mal-estar que a socie-dade atravessou na época da 1ªrepública são tão actuais que atéassusta. É normal evoluir, masparece que nada aprendemos comos erros do passado. Os pobrescontinuam mais pobres e os ricos,cada vez, fazem mais fortuna,onde param os ideais da revoluçãofrancesa que estiveram no mote daRepública? Igualdade, Fraternida-de, Liberdade… Assusta-me veri-ficar que sempre que há uma crise,são constantemente os mesmosque a pagam; assusta-me sentirque quero trabalhar para educarcidadãos responsáveis activos,inteligentes e interventivos e nofundo parece que estou simples-mente a alfabetizar através demetas de aprendizagem simplistas;assusta-me que a liberdade depensamento e expressão não sejamtotalmente livres…e por fim,assusta-me a falta de fraternidadee união, não só entre os povos,mas também no combate pelosideais. Tornámo-nos uma civili-zação egoísta que não luta pelobem comum, nem se revolta con-tra as injustiças que alguns queremfazer com muitos.

Se efectivamente o pensamentorepublicano, referido no iníciodeste artigo, se mantiver actual,daqui a cem anos gostaria de poderobservar o resultado das medidasgovernamentais para a educaçãodeste país. Certamente ficariachocada…n

A professora Manuela [email protected]

Jornal de OLEIROS OUTUBRO 20104

BIG barSérgio André Martins HenriquesEstr. Nac. 238, Ameixoeira • Telem. 965 839 770

DE “OLHO” NA EDUCAÇÃO

Mês de Outubro

23 de Outubro a 14 de Novembro- Exposição “Oleiros - 50 Anos emFotografia”, da autoria de AcácioFernandes e Alberto Ladeira,inserida no âmbito das Comemo-rações dos 100 Anos do MuseuFrancisco Tavares Proença Júnior.Local: Museu F.T.P.J. (CasteloBranco).

27 de Outubro - Hora do Conto “OPirilampo Mágico”, da autoria deMaria João Carvalho. Actividadedestinada aos alunos do Ensino Pré-Escolar de Estreito, Oleiros, Orvalhoe Infantário Maria Augusta da Silva(S. C. Misericórdia de Oleiros).Local: Biblioteca Municipal deOleiros.

30 de Outubro - Montaria ao Javalipromovida pela Associação de Caçae Pesca da Amieira. Local: Zona deCaça Municipal de Amieira.

30 e 31 de Outubro - “Pés, Cabeça& Estômago”, evento promovidopela Associação Recreativa dosAmigos da Cardosa em celebraçãodo Dia do Padroeiro da Freguesia, S.

Simão. Inclui passeio pedestretemático (9H30) e lançamento do 2.ºnúmero do Boletim Informativo eCultural “Cardo” (14H) (dia 30) esardinhada e magusto oferecidospela Associação (dia 31). Local:Cardosa (Sarnadas de S. Simão).

30 de Outubro - Montaria ao Javalipromovida pela Associação de Caçae Pesca de Oleiros. Local: Zona deCaça Municipal de Oleiros.

30 de Outubro - Magusto Anualpromovido pelo Grupo dos AmigosIncondicionais do Orvalho (GAIO).Local: Instalações do B. V. deOleiros - secção de Orvalho.

31 de Outubro - Magusto promo-vido pela Associação de Ribeira daIsna. Início pelas 12 H. Local:Ribeira de Isna (Isna).

• Jantar Micológico (Tartulhos)promovido pela Associação “IsnaSport Clube Alvélos”. Local: Isna.

• Início das aulas da Escola de Mú-sica da Sociedade Filarmónica Olei-rense. Local: Sede da Colectividade.

• Início das aulas das Escolas deDança e de Futebol da Casa doBenfica em Oleiros. Locais: Salãodos B.V. de Oleiros/Campo deFutebol e Pavilhão GimnodesportivoMunicipais de Oleiros.

Novembro

1 de Novembro - Feira dos SantosLocal: Recinto das Feiras emOleiros.

2 de Novembro - Início da 2.ªMeia Maratona “Oleiros a Correr”promovida pelas Piscinas Muni-cipais. Local: Ginásio Municipal deOleiros.

6 de Novembro - Magusto eSardinhada promovido pela SantaCasa da Misericórdia de Álvaro.Local: Álvaro.

6 de Novembro - Magusto e Provade Obstáculos com Moto 4promovido pelo Grupo Maltez Des-portivo de Mosteiro. Local: Mos-teiro.

7 de Novembro - Magusto Anualpromovido pelo Rancho Folclórico eEtnográfico de Oleiros. Local:Oleiros.

AGENDA

A Educação na 1ª República

Os republicanos sempre acreditaram

na força e importânciada instrução.

Por isso diziam: «O Homem vale

sobretudo pela educação

que possui»

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2010 OUTUBRO Jornal de OLEIROS 5

Calum é uma casta brancaque produz um vinho com omesmo nome, sendo exclu-siva da zona de Oleiros. Assuas videiras, ditas caluas,encontram-se de formadispersa, isolada ou empequenos grupos; normal-mente junto às linhas deágua, facto que fez com quetivessem resistido à filoxera,uma praga que nos finais doséculo XIX dizimou a maiorparte da cultura vitícolamundial.

A resistência desta casta adoenças e pragas representaum ponto forte a considerar,o que favorece um modo deprodução biológico tãoapreciado nos dias de hoje,tanto em termos sanitárioscomo em questões comerci-ais.

As videiras caluascrescem livremente sobretutores vivos (tais comopereiras, macieiras, marme-leiros e salgueiros etc.) ouconduzidas em latadas. EmOleiros, a Calum estápraticamente sem enxertia, com amaior parte das vinhas em “péfranco”, ou seja, enraizadasdirectamente a partir de genuínosexemplares da mesma casta.

Em termos gerais, este é um vinhoque se caracteriza por ser muitoligeiro, possuir baixo teor alcoólico,apresentar uma tonalidade que variaentre o amarelo palha e o topázio everificar considerável gaseificação.

No concelho de Oleiros, aprodução está confinada a poucomais de uma dezena de agricultores,os quais utilizam sistemas devinificação muito diversos. O escas-so volume de produção, a par daausência de uniformidade doproduto, representa uma grandeameaça que pode comprometer nãosó uma eficiente comercialização,como também uma adequada defi-nição de parâmetros de qualidade.

Por outro lado, existe ainda umdesconhecimento generalizado noque diz respeito ao acondiciona-mento do vinho. Se este não foradequado, pode adulterar as suascaracterísticas, nomeadamente no

que se refere a questões de tona-lidade e de gaseificação. O idealseria engarrafar o vinho tão cedoquanto possível, armazenando-o emlocal fresco e estável, sob tem-peratura constante, abrigado da luz ecom ausência de trepidações e deodores fortes. Desta forma, garante-se a manutenção das característicasespecíficas do produto, assim comoum tempo de conservação maisalargado.

Outro aspecto que também deveser tido em conta, diz respeito aomodo como é consumido. Este é umvinho que deve ser servido bemfresco e imediatamente após odesarrolhar da garrafa, de forma anão perder o seu gás natural.

O Calum é um produto tradicionalde Oleiros que foi perdurando notempo. Faz sentido pensar na suacomercialização e promoção, enten-dendo-o como nicho de mercado,uma vez que possui elevada tipici-dade e considerável potencial deafirmação.

Oleiros é um concelho rural ecomo tal, deve apostar num desen-

volvimento agrícola sustentávelonde a casta Calum pode ter umpapel interessante, trazendo àagricultura um novo impulso.

Fomentar o aumento de volumeproduzido é assim um desafio, a parde uma orientação da produção parapatamares de qualidade padro-nizados. Só assim se conseguiráuma eficaz promoção e valorizaçãodo produto, assente na qualidade enuma boa imagem de marca criadaatravés de uma estratégia comum,consertada entre os diversos produ-tores locais.

Por outro lado, sendo o vinhoCalum o acompanhante sugeridopara muitas das iguarias gastro-nómicas locais (algumas bastantereputadas, como é o caso do CabritoEstonado), faz todo o sentido queeste produto esteja habitualmenteacessível para degustação nasgarrafeiras dos restaurantes oleiren-ses, viabilizando assim o futuro dasua produção.n

Inês MartinsEngenheira Agrónoma

RURALIDADES

Nova Etapa!Novo ano, nova vida, novo rumo, nova etapa! É com êxito que

milhares de alunos terminam o secundário e decidem ingressar no ensinosuperior.

Assim, é neste contexto que muitos jovens iniciam um desigual ciclo:inicialmente, adaptam-se aos diferentes locais, convivem com outrarealidade que, muitas vezes, desconhecem. Que fazem crescer, sonhar eperspectivar um futuro impensável.

Claro que custa a despedida dos nossos amigos, da nossa casa, donosso sítio e, simultaneamente, deixar para trás a nossa rotina, porémqual é o estudante que não preza a sua vida académica? Que não lutacom a Universidade por um grupo mais coeso e unido? É todo umprocesso que faz parte e que nos ensina a crescer e um pouco mais do queé a vida.

No entanto, várias inquietações nos surgem: qual é o ambiente quevamos encontrar? Vamos gostar? Demos o passo certo? As praxes sãoduras? Ao contrário do que excepcionalmente acontece, a praxe éintegração, convívio, novas relações, espírito e não humilhação! É acriação de novos laços com magia à mistura.

Posto isto, é assim que ganhamos ambição para esta nova fase. Serestudante não é só sair e ser social, falar com pessoas de topo, é vontadede ter gosto pelo que fazemos e lutarmos sempre mais pela vontade deentreajuda, de partilha, de emoção. É conseguir conciliar tudo sem, emmomento algum, esquecer que o importante é seguir em frente e cumpriro compromisso que automaticamente assumimos para connoscomesmos.

Deste modo, o mais importante é ter em conta três palavras-chaves:Alma, Dinamismo e Convicção!n

Soraia [email protected]

O vinho Calum de Oleiros:Que futuro?

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De facto já é umarealidade. O lança-mento oficial da Aca-demia Sénior da

Sertã foi feito no passado dia 3 – Domingo -no Auditório da Casa da Cultura, inserido numprograma mais variado no período das 15H00às 20H00 e que, para além da Sessão deAbertura com a presença do Presidente daCâmara Municipal, José Farinha Nunes,estiveram o Dr. Ricardo Nunes do Gabinete deAcção Social e Apoio ao Desenvolvimento daautarquia e a Drª Sofia Alves do mesmoGabinete. Seguiu-se depois a Apresentação do“Plano de Desenvolvimento Social e Planode Acção 2010-2012” e já mais tarde, foi a vezda realização do Fórum “CuidadosPaliativos”, do qual falaremos noutro momen-to e que decorreu maravilhosamente.

Mas, na apresentação da Academia -momento que não pode ser desligado dacerimónia do dia do idoso - o Presidenteafirmou que esta iniciativa vem colmataruma lacuna junto da população sénior doconcelho aproveitando para afirmar aindaque a Academia será um espaço de ensinonão formal mas aqui se criarão momentosde verdadeira dinamização e organizaçãode actividades de aprendizagens regulares,culturais, recreativas e de convívio para ecom os idosos . Disse ainda que este tipo deiniciativas funcionam sempre em regime devoluntariado por parte dos professores eessa poderá vir a ser uma dificuldade efe-ctiva.

Se durante a apresentação o autarcainformou que já existia, inclusivamente,

uma turma formada soubemos poste-riormente e em contacto com a Drª SofiaAlves que, dada a afluência às inscrições,“espera-se vir a abrir, já em Novembro,cinco ou seis turmas e, como se está peranteum processo dinâmico, esperamos vir maistarde a abrir algumas mais”.

Este Executivo deu corpo a uma ideia quejá era trabalhada há algum tempo e, só foipossível, graças às parcerias entre oMunicípio e o Centro de Cultura e Desportoda Câmara e ainda com o Banco deRecursos da Sertã. A Academia irá fun-

cionar, como é conhecido publi-camente, na antiga escola “do Cimoda Vila” .

Poucas são as “Universidades de3ª idade”. Hoje são mais designadaspor Universidades ou AcademiasSéniores, como é o caso presente. Édas poucas existentes, a nível na-cional, da responsabilidade de au-tarquias. Por isso tem muitas vanta-gens e que o decorrer do tempo severificará.

A primeira “Universidade Sénior”que conhecêmos muito bem, comesta tipologia, foi a do Barreiro(conta com milhares de alunos).Aqui, como em quase todas elas, sóé possível funcionarem com recursoao voluntariado dos professores e àsdiversas parcerias. A experiênciamostrou que rapidamente se pre-

cisava de salas de aulas em escolas (emhorários não coincidentes com os dosalunos), utilizando salas bem equipadascom computadores, Centros de Recursos,Centros de Formação, Pequenos auditórios,Centros de Saúde Ginásios etc. O cres-cimento, neste exemplo, foi em espiral, masé evidente que se trata de uma cidade plenade valores e que encontraram nesta“Universidade”, a possibilidade de alargarconhecimentos, partilhar os seus e vivernum ambiente onde as visitas de estudo, osconvívios, colóquios e até outras acções sãocontinuamente realizadas. É mesmo umPólo de dinamização na cidade.

É assim que podemos imaginar já aAcademia Sénior da Sertã. É muitopromissora e vai facilitar uma forma de vidaàs pessoas que, doutro modo não teriam. Eacreditem (fala a experiência) que são os“alunos” que acabam por fazer a maior emelhor divulgação desta realidade. Épreciso ter em conta que não se trata delocais onde se tem de seguir um programaformal, rígido, elaborado com váriasdisciplinas. Aqui, cada pessoa pode escolherlivremente as áreas (disciplinas) que maisgosta. A oferta será tanto mais alargadaquanto maior for o número de inscritosporque, estes, indicam o que gostavam deaprender ou continuarem a aprender…

Casos conhecemos em que, foram feitospequenos cursos de preparação aos interes-sados que se iam deslocar a Inglaterra e

Espanha. Foram ministradas aulas de Inglêse Espanhol de preparação mínima nessaslínguas.

Também devido às aulas de música, existeagora um grupo coral de homens e mulheresde muito interesse e já com imensas des-locações a vários locais do País e Es-trangeiro. Mas são só exemplos que, iden-ticamente darão também frutos na Sertã.Disso não temos qualquer dúvida. OsServiços Técnicos e logicamente a Vere-ação, com a responsabilidade e empenho daVereadora Cláudia André, temos êxitogarantido.

Por fim, outro exemplo que podemos dar,é o de turmas que têm aulas práticas depintura, vitrais ou cerâmica, e que expõem,todos os anos, na Feira Pedagógica (na Sertãpode ser na FAFIC) os seus trabalhos com opatrocínio da Câmara. As pessoas gostam, emuito!

Esta Academia vai ter asas. Não com adimensão de uma cidade, mas na proporçãodevida e, ao que sabemos, vai estender-se,posteriormente, a Cernache do Bonjardim.Como afirmou a Vereadora, trata-se de umaaposta assumida que todos devem contri-buir para lhe dar a maior divulgaçãopossível. Pela nossa parte, é o que fizemos.

A Sertã merecia esta iniciativa! n

Luís [email protected]

Jornal de OLEIROS OUTUBRO 20106

Sobre Seguros, Mediação de Seguros, LdaPortela, nº 6, 6160-401 Oleirosemail: [email protected]

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ACADEMIA SÉNIOR DA SERTÃ JÁ É UMA REALIDADE

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ALIMENTAÇÃOESCOLAR

A infância e a adolescência são períodoscruciais para a saúde, em que a alimentaçãoé extraordinariamente importante, dadas asnecessidades nutricionais específicas destesgrupos etários. Com o início de um novoano escolar, regressam também algumaspreocupações com a alimentação dascrianças, na escola e em casa.

As crianças que não comem de formasatisfatória e equilibrada logo pela manhã,tornam-se desatentas, agitadas, fracas e/ousonolentas e apresentam um menorrendimento escolar. Isto acontece porqueapós um longo período de jejum (desde aúltima refeição do dia anterior) o nossoorganismo continua a gastar energia paraassegurar as funções vitais, tais como obater do coração, e o funcionamento dopróprio cérebro. Tudo isto envolve gasto deenergia, fundamentalmente sob a forma deaçúcar (glucose), que se encontraessencialmente armazenado no fígado. Noentanto esta reserva é limitada. Assim, éimportante iniciar o dia com um bompequeno-almoço, e este deve abranger trêselementos fundamentais:

Fonte proteica: ex. iogurte, leite meiogordo, queijo, fiambre, porque fornecemcálcio e proteínas importantes que permitemconstruir, manter e renovar os tecidos.

Fonte de Glícidos complexos: ex. pão demistura, pão de centeio, cereais de pequeno-almoço não açucarados, porque fornecemenergia de uma forma constante, devido aosglícidos complexos que os constituem.

Fruta: contém vitaminas e mineraisnecessários para proteger as crianças eadolescentes das doenças e manter o corpoem equilíbrio.

Também os lanches do meio da manhã eda tarde são fulcrais para garantir que aenergia e concentração são mantidas aolongo do dia.

A informação na tabela abaixo é exemplodas diferenças nutricionais entre um lancheequilibrado (opção A) e uma opção menossaudável (opção B) para o seu filho. Aocomparar as duas opções verifica-se ummaior aporte de lipidos e açúcares na opçãoB, tal como um maior aporte energético.

Opção A1 Copo de leite + 1 pão com queijoEnergia: 300kcalProteínas: 20gLípidos: 8gGlícidos: 37g

Opção B1 Refrigerante + 1 quequeEnergia: 423kcalProteínas: 6gLípidos: 15gGlícidos: 66g

Por fim, é indispensável recordar que aactividade física é necessária para odesenvolvimento das crianças e adoles-centes. Envolva o seu filho e toda a famíliaem actividades como, por exemplo, cami-nhadas, andar de bicicleta, natação sendoesta uma magnífica forma de conviver epraticar actividade física.n

Cátia AfonsoLicenciada em Dietética e Nutriçã[email protected]

2010 OUTUBRO Jornal de OLEIROS 7

AAPPOONNTTAAMMEENNOOSS

Orçamento do Estado. Concer-teza das palavras mais ouvidas pe-los portugueses nos últimostempos.

Afinal o que é o Orçamento doEstado?

Numa definição simplista é “oinstrumento de gestão que contêma previsão das receitas e despesas

públicas, apresentado pelo Gover-no à Assembleia da República soba forma de Proposta de Lei até 15de Outubro de cada ano”.

Governo, oposição, econo-mistas, fiscalistas e juristas, não seentendem quanto ao teor do mes-mo. Aumentem os impostos, afir-mam uns, baixem a despesa públi-

ca, rispostam outros, façam as du-as coisas, clamam os mais pruden-tes.

No dia-a-dia quase todos nós jápedimos um orçamento, seja parao arranjo do automóvel, para a pin-tura da casa, enfim para inúmerassituações. o Orçamento do Estado,quem o pediu?

Os cidadãos, quem nos gover-nou ou governa?

Será que podemos viver semOrçamento do Estado? Poderpodíamos e até acho que era amesma coisa.n

Miguel Marques

Orçamento do Estado

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Autarcas de Oleirosvisitam instalações da VALNORNo passado dia 4 de Outubro, os Pre-sidentes de Junta de Freguesia e Verea-dores da Câmara Municipal de Oleirosvisitaram as instalações da VALNOR, emAvis. Recorde-se que a Associação deMunicípios Raia Pinhal, da qual o

Município de Oleiros faz parte,juntou-se recentemente a estaAssociação Intermunicipal. A visita consistiu numa acção desensibilização junto dos autarcascom o objectivo de os incentivar apromover a reciclagem junto dapopulação. A comitiva foi rece-bida pelo administrador-delegadoda empresa, Eng. Pinto Ro-drigues, o qual fez uma breveapresentação da evolução his-tórica da empresa e das orien-tações estratégicas futuras face àinclusão dos municípios da A. M.Raia Pinhal. Após esta apre-sentação, foi feita uma visita àsinstalações da VALNOR, nomea-damente ao Centro Integrado deValorização e Tratamento deResíduos Sólidos (CIVTRS).n

Governar um país é uma tarefadifícil, governá-lo bem é ainda maisdifícil. Governar Portugal parece seruma tarefa ainda mais complicada, ouquase impossível. Já dizia oImperador romano Júlio César “ naparte ocidental da Ibéria, habita umpovo estranho que não se governanem se deixa governar”.

Talvez por ser uma tarefa assim tãodifícil, quem assume perante osportugueses a responsabilidade de bemgovernar o país, entretém-se comformas de fingir que está a governar.

Uma dessas formas, hoje em dia amais utilizada é aquilo a que poderemoschamar de Governação estatística, naqual os mais recentes governantes sãoautênticos mestres.

Assim, temos visto com bastantefrequência os políticos, dos governos àsoposições, utilizarem as estatísticaspara defenderem os seus pontos de vistae a competência das suas actuações.Mas, a estatística, embora sendo umaciência matemática, pode prestar-se ainterpretações abusivas e menoshonestas. É bem conhecido o exemplodo fenómeno estatístico segundo o qualse o autor destas linhas comer doisfrangos e o leitor das mesmas não comernenhum, a estatística dirá que cada umde nós comeu um frango.

Hoje em dia, instituições nacionais“despejam” literalmente para acomunicação social, números relativos aindicadores, muitos dos quais sedesconhece o que significam, númerosesses que, imediatamente, os políticosmanipulam a seu belo prazer, no sentidoque mais lhes convém, criando-sesituações em que, o mesmo número tem

interpretações completamente opostas,conforme a área política que se apoderadele.

Para além disso as estatísticas deverãoassentar em princípios rigorosos.Voltando ao exemplo dos frangos, se seconsiderar que uma simples dentada nobicho equivale a um frango comido equinze pessoas derem uma dentada nomesmo frango, passe a promiscuidade,considera-se que foram comidos quinzefrangos, facto que será uma boa notíciapara os donos de aviários e dechurrascarias, mas que é completamentefalso. Portanto, cuidado com asestatísticas e com quem se aproveitadelas.

Outra forma de governar é a dogoverno-sondagem

Consiste, basicamente, em inventarpretextos para aparecer nas televisões, apropósito de qualquer inauguração,mesmo que o objecto inaugurado nãotenha tido qualquer apoio do governo,ou tenha algum interesse para a

sociedade, o importante é estar lá eaparecer nos telejornais, afirmando,descarada e desonestamente, que ainauguração faz parte da estratégia dogoverno para melhorar qualquer coisa.

Quanto aos factos negativos, ignoram-se, desvalorizam-se, desdramatizam-se,assobiando para o ar e pondo as culpasnos outros, ou, na economia global.

Com este tipo de actuação espera-seque as sondagens, também elas baseadasem métodos estatísticos, subam acontento de quem está no poder

Tão absorvidos andam os governantesa praticar estas formas de pseudo-governação, que se esquecem que existeum país real para governar, muitodiferente do país imaginário da suafantasia, e que esse país, sem ninguémcompetente à sua frente se afunda cadavez mais naquilo a que Eça de Queirozchamaria “ o progresso da decadência”.

Nesse país real, o desemprego atingenúmeros alarmantes, o endividamentocresce exageradamente em cada dia quepassa, o Estado esbanja sem qualquerrigor o dinheiro dos contribuintes, aeconomia definha e arrisca umarecessão dramática.

Resumindo, a situação é, cada vezmais, insustentável e perigosa.

A Solução mágica para isto? A docostume, aumentar os impostos. É umasolução vergonhosa, porque é imoral eprejudica os reais interesses do país e éimposta por entidades exteriores ao país,atestando a incompetência e falta decoragem e saber dos governantes paratomarem as medidas correctas.

Até breve n

António Graça

Jornal de OLEIROS OUTUBRO 20108

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FORMAS DE GOVERNAR

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2010 OUTUBRO Jornal de OLEIROS 9

Director: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. Fernandes • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernandes •Periodicidade: Mensal • Redacção e sede: Largo dos Viscondes, 3, 1º, 6100 Oleiros • www.jornaldeoleiros.com • email da redacção:[email protected] • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.com • Tiragem: 3 000 exemplares • Redacção: Oleiros •Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores: • Luís Mateus • João H. Santos Ramos, InêsMartins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Rui Pedro Brás, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Feliciano BarreirasDuarte, Hugo Francisco, Hugo de Freitas Andrade, Miguel Marques, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Graça, Cristina Ferreira deMatos, Cátia Afonso, Ana Faria • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Correspondente em Castelo Branco: Rui ManuelAlmeida Nunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernandes (Lisboa) • Correspondente na Sertã: Soraia Tomaz • Fotografia: RuteAntunes, email: [email protected] • Impressão: Gráfica: Coraze, Oliveira de Azeméis • Paginação: [email protected]

Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110Bombeiros Voluntários

de Oleiros – 272 680 170Centro de Saúde – 272 680 160Correios – 272 680 180

Farmácias

Estreito – 272 654 265Farmácia – Oleiros – 272 681 015Farmácia – Orvalho – 272 746 136G.N.R – 272 682 311

Postos de Abastecimento

Galp (Oleiros) – 272 682 832Galp (Ameixoeira) – 272 654 037Galp (Oleiros) – 272 682 274António Pires Ramos (Orvalho) – 272 746 157

Infra-Estruturas

Câmara Municipal – 272 680 130Piscinas Municipais/Ginásio – 272 681 062Posto de Turismo/Espaço net – 272 681 008Casa da Cultura/Biblioteca – 272 680 230Campo de Futebol – 272 681 026Pavilhão Gimnodesportivo (Oleiros) – 272 682 890

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.• PROENÇA-A-NOVA- Da Idalina de JesusAvenida do Colégio, nº 16150-410 Proença-a-Nova

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• COVILHÃ- Pedro LuzRua General Humberto DelgadoQuiosque - 6200-014 Covilhã

• PEDROGÃO GRANDE- Papelaria 100 RiscosLg. do Encontro, 47-A

• VILADE REI- Quiosque Notícias Novas- Papelaria Tertúlia

• VILAVELHADE RÓDÃO- Galp na A23 nos dois sentidos

• SERTÃ- Papelaria Paulino & IrmãoAv. Gonçalo Rodrigues Caldeira, 46-A

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INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

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Jornal deOLEIROS

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

Ficha técnica

Jornal deOLEIROS

No ano em que se co-memoram cem anos sobre aImplantação da República,o Município assinalou estaefeméride, no passado dia 5de Outubro, com diversasiniciativas, as quais tiveraminício com uma alvorada defoguetes, seguida dacerimónia do hastear dabandeira, no edifício dosPaços do Concelho, a qualfoi abrilhantada pelapresença da SociedadeFilarmónica Oleirense.Numa iniciativa inédita, osmúsicos Oleirenses associaram-sea um momento extraordinário emque centenas de BandasFilarmónicas, por todo o país,tocaram o Hino Nacional emuníssono.

Paralelamente a este acto, oMunicípio de Oleiros produziu umfolheto informativo onde sãoevidenciadas as ligações fami-liares de uma figura incontornáveldesse acontecimento, José Relvas,a Oleiros. Este vulto que foi acabeça da revolução, não só nosideais, mas sobretudo na acção, foium lavrador bastado, políticoíntegro, amante das artes ecoleccionismo e ainda filantropoesclarecido.

Senhor da Casa dos Patudos, emAlpiarça, nasceu no seio de umafamília nobre e a ligação dafamília Relvas a Oleiros vem dotempo dos irmãos José e ManuelFarinha Relvas de Campos. O

primeiro, avô de José Relvas, aquem se deve o nome, iniciou asua actividade comercial nesteconcelho, como arrendatário daComenda de Oleiros. Poste-riormente, estabeleceu-se na vilada Golegã, onde se tornou um bemsucedido empresário e fundadorde uma das maiores casas agrí-colas do Ribatejo. Reportando aoramo da família Oleirense, ManuelFarinha Relvas de Campos, irmãode José Farinha Relvas de Campos(e tio-avô de José Relvas), conti-nuou sempre radicado a Oleiros,tendo vivido na povoação daSerra. Boticário de profissão, foitambém Capitão de Ordenanças ePresidente da Câmara Municipalde Oleiros, durante alguns anos.Do casamento da sua filha maisvelha com Francisco BarataNogueira de Andrade, nasceuFrancisco Barata Relvas, seu neto,considerado como uma figuranotável da História Oleirense, a

quem se deveu a construção dohospital com o mesmo nome.

Estas comemorações continua-ram com a exposição “Letras eCores, Ideias e Autores da Repú-blica”, patente no Posto deTurismo de Oleiros, cujasilustrações se baseiam em textosde autores que marcaram decisi-vamente a cultura humanístico-literária em Portugal no final doséc. XIX e início do séc. XX. Naexposição são abordados deztemas representativos do contextosocial, político, cívico e cultural daépoca: Ultimatum, Monarquia, 5de Outubro, Igreja, Educação,Mulheres, Modernismo, GrandeGuerra, Chiado e Revistas.

As celebrações do Centenárioculminarão em Oleiros no iníciode 2011, mais precisamente de 17a 19 de Fevereiro, com a ex-posição itinerante “Viva aRepública!... em Digressão”.n

No âmbito das Comemoraçõesdo Centenário do Museu Fran-cisco Tavares Proença Júnior, emCastelo Branco, o concelho deOleiros vai fazer-se representarcom a exposição “Oleiros – 50anos em fotografia”, patente de 23de Outubro a 14 de Novembro noSalão Nobre daquele Museu. Daautoria de Acácio Martins Fer-nandes e de Alberto Ladeira, esta éuma exposição a quatro mãos queretrata, numa linha de conti-nuidade, alguns dos momentosmais marcantes da História recen-te de Oleiros.

Para além da documentaçãofotográfica de alguns aconte-cimentos envolvendo colectivi-dades, instituições ou visitas ofi-

ciais, esta exposição irá exibiralguns dos utensílios da artefotográfica, usados nos últimoscinquenta anos. Numa perspectivade evolução tecnológica, a inici-ativa ganha assim uma dimensãomais abrangente.

Com esta iniciativa, para alémde se pretender a aproximação dacomunidade Oleirense a este Mu-seu de abrangência regional, étambém enaltecida a temática daFotografia, atraindo os amantesdesta arte.n

Exposição “Oleiros – 50 anos em fotografia” no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco

Comemorações do Centenárioda República em Oleiros

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OUTUBRO 2010Jornal de OLEIROS10

Vasco Pereira Vasco Pereira Chefe de Serviço de OFTALMOLOGIA Chefe de Serviço de OFTALMOLOGIA

da Carreira Médica Hospitalarda Carreira Médica Hospitalar

Cirurgia nos Hospitais Públicos – doentes do SNSCirurgia nos Hospitais Privados – Convenções e Seguros de Saúde

Raios Laser, Lentes de Contacto, Doenças, ÓculosCLÍNICA CELINDA . SERTÃ ( junto ao mercado)

Av. Dr. Ângelo Henriques Vidigal Lote 4 R/CMMAARRCCAAÇÇÕÕEESS:: 227744001100001144 .. 996633558822110022

Há cerca de meio ano a estaparte a SIC efectuou um inquéritotendente a averiguar se nós, osportugueses, estaríamos dispostosa fazer sacrifícios pelo país. Maisconcretamente, a questão era sobrese prescindiríamos, se necessário,do subsídio de férias.

A este propósito, num artigo queescrevi para este jornal em Maio,dizia eu que nada acontece poracaso. Tratava-se, a meu ver, deum atirar de barro à parede a ver sepegava. No fundo, uma ausculta-ção à opinião pública.

Dito e feito. Apesar da conversa fiada a que

este governo nos foi habituando, ecom a qual nos manteve serena-mente no papel de crédulos pacó-vios, as medidas de austeridade aíestão e, desta vez, a doer a sério.

Foi-nos dito e redito, repetidovezes sem conta pelos mais altosresponsáveis do governo, que asfinanças do país se encontravamde boa saúde e se recomendavam.A crise já o fora, a dívida públicaestava mais que controlada e nãohavia quaisquer motivos parapessimismos. Portugal, só faltoudizê-lo, ia de vento-em-popa.

Insistiu-se e persistiu-se noengano, no logro, até chegarmos auma situação de quase rupturaque, eventualmente, exigiria medi-das drásticas. Um assumir tardioda realidade em que nos encon-tramos e que, precisamente porisso, mais gravoso se tornou emtermos de sacrifícios exigíveis.

Pagamos agora uma factura bemmais cara do que seria necessário,se atempadamente tivesse existidoa coragem e o bom senso de colo-car os pés em terra.

O governo sabia mas não disse,viu mas desviou-nos o olhar, aper-cebeu-se mas fez de conta.

Para além de tardias e, conse-quentemente, mais gravosas, pa-decem as medidas ora tomadas dopecado original: são sempre,sempre os mesmos, a pagar pelairresponsabilidade, incompetênciae pouca honestidade quem segurao leme do país.

A título de exemplo: persiste-seem manter afectas ao sector públicoempresas altamente deficitárias eproliferam um sem número de

organismos e entidades públicassem utilidade à vista, tudo isto como fim único de garantir empregosde luxo para a “rapaziada”; adqui-riram-se frotas automóveis decustos absolutamente irrazoáveis,bem acima das nossas posses enecessidades, apenas para garantirviagens de “rabo bem assente” àfidalguia instalada; promoveu-se epremiou-se a incompetência, vigo-rando o compadrio como únicofactor de selecção; atingiram-seleques salariais abissais e irrever-síveis, absolutamente imorais enada dignificantes de país que sepreze; em suma, foi içada pelosresponsáveis deste país a bandeirado vale-tudo

Perante isto - apenas apontei es-cassos e evidentes exemplos – asmedidas agora anunciadas, nome-adamente no que respeita a cortespercentuais, são falaciosas e irri-sórias.

No meio de tanto pessimismo edesagrado valeu-nos apenas, paranos dar algum ânimo e alento,parte da entrevista dada pelo Dr.Almeida Santos, após a comuni-cação efectuada ao país peloprimeiro-ministro e ministro dasfinanças.

Passo a citar: “…as crises nãosão só dos governos, são do povo eo povo tem que sofrer as crisescomo o governo sofre…”

Que rasgo de lucidez! Queespírito de sacrifício! Que patrio-tismo!!!

Assim é que é falar.Quase sentimos que nada temos a

sacrificar em comparação com aimolação a que o governo estádisposto a sujeitar-se. Com estagrandiosidade de alma – a do go-verno, entenda-se – temos rumo,vamos longe.

Sabe, Dr. Almeida Santos. OCarnaval já passou, a brincadeira éde mau gosto e a paciência está dehá muito esgotada.

Apenas espero, embora compouca fé, que dentro em breve nãosejam anunciadas novas medidasde aperta cinto, digo, de aperta ci-lha, já que por burros nos pre-tendem diariamente fazer passar.n

António Romão de [email protected]

“Qual preferir(…), beira-marou montanha? Estoril ou Alpe-drinha? O leitor que escolha. Masque por amor de Deus não vá, noembaraço da escolha, optar porBiarritz ou por alguma montanhada Suíça!”.

João Prudêncio, “ChronicaOccidental”, in O Occidente, Re-vista Ilustrada de Portugal e doEstrangeiro, 10 de Setembro de1910, p. 205.

Foi com esta afirmação que fuirecebido na exposição “VIAJAR:Viajantes e Turistas à descobertade Portugal no tempo da I Repú-blica”, que esteve patente até aodia 5 de Outubro, deste 2010, noTerreiro do Paço, em Lisboa, or-ganizada pela Comissão Nacionalpara as Comemorações do Cen-tenário da República em parceriacom o Turismo de Portugal.

Para todos aqueles que nãotiveram a oportunidade de a visitar,ou para aqueles, que como eu,ficariam muito mais do que otempo aconselhado a explorar osprimórdios desta tão nobreactividade, aqui fica um pequenoresumo do que se viu, e do que sesentiu.

“O turismo! Mas o que significaeste substantivo entrado nosúltimos anos nos dicionários? È aviagem de recreio, de aprazimento,rodeada das comodidades, feitascom liberdade; com itineráriopreconcebido ou previamenteestudado, ou com o encanto dadigressão ocasional…”

Leonildo de Mendonça e Costa,Revista de Turismo. Publicaçãoquinzenal de turismo, propaganda,viagens, navegação, arte eliteratura, nº25, 05 de Julho de1917.

Começo da mesma forma que oautor que me precede… O Turis-mo! Uma palavra que todosconhecem, mas que ainda hoje édifícil de explicar. O que é, paraque serve, o que se faz? Descrevera actividade, uma tarefa que eutenho tentado levar a cabomensalmente neste jornal, não éuma actividade fácil nem simples.Mas depois da visita a estaexposição fiquei algo apaziguado,pois como eu, muitos têm tentado.O turismo evoluiu ao longo dosanos, ao sabor das disputas sociais,dos êxitos políticos, das guerras equerelas da humanidade. No casode Portugal, a actividade remontaao final de 1700, inícios de 1800com a entrada da Madeira nomercado turístico internacional.

No início da República Portu-guesa, teve lugar em Lisboa o IVCongresso Internacional de Tu-rismo, que viria a ser consideradoum marco histórico na actividade.Este foi o principio da época“moderna”, num período pós revo-lucionário, quando o paísfervilhava de excitação e anteci-pação do que estava para vir. Foi

assim que pela primeira vez, emPortugal, a actividade turística foientendida como tal, havendo anecessidade de estruturar a actua-ção, assim como capacitar a oferta.Descobrir e dar a conhecer o paísconstituía a missão da altura, e paratal surgem dois organismos queiriam ser os responsáveis pelaorganização turística nacional, aSociedade Propaganda de Por-tugal, já criada em 1906, e respon-sável pelas publicações promo-cionais nacionais, e a Repartiçãode Turismo, criada em 1911.

Pela primeira vez pode-se falarem promoção e publicidade, sendoconcebidos folhetos, brochuras,guias e cartazes que deram início àformação da imagem do destinoPortugal, e catapultaram o paíspara um mercado turístico emcrescimento.

Foi assim que o nosso país deuos primeiros passos na promoçãointernacional, e para sempre vaificar marcada a importância docaminho-de-ferro, com a CartaExcursionista de Portugal, de1912. Destaque para as campanhaspromocionais de 1925 da Estânciade Vidago (cujo complexo foireinaugurado esta semana), entãoapelidada de “Vichi Portuguesa”,para o cartaz promocional deAveiro, de onde advém o aindahoje utilizado epíteto “Veneza dePortugal”, bem como para acrescente importância do Turismoe Saúde, com o advento dasestâncias termais, ou o início dasférias na praia, com as campanhaspromocionais das praias daFigueira da Foz, Nazaré e SantaCruz.

Assim sendo, a palavra turismofoi sofrendo mutações constantes,sendo que a partir dos ServiçosCentrais e Órgãos Locais deTurismo, criados durante a I Repú-blica, a palavra Turismo passa a teroutro significado: “as instituiçõesoficiais de turismo, os organismoque os Estados criaram parapromover o seu turismo: “conse-lhos e repartições” têm um obje-ctivo muito diferente das outrascorporações particulares que sededicam ao turismo (…). Enca-

rado assim, como função doEstado, o Turismo passa a ter umaconcepção diversa porque deixa designificar a viagem para passar atraduzir um conjunto de provi-dencias que o Estado tem que em-pregar para que os atractivosnacionais se valorizem e para queo País ofereça facilidades decirculação e de hospedagem”.

José de Ataíde, Algumas NotasSobre o Turismo. Turismo, Sepa-rata do Anuário Comercial dePortugal, 1932.

Contrariamente ao senso co-mum, é notório que o Turismo éuma actividade centenária, quesempre caminhou de mão dadacom as alterações do país, e quemuito tem contribuído para o seudesenvolvimento económico esocial. Desde as praias de Moledo,às vinhas do Douro, passandopelas planícies da Raia até aoscampos de golfe de Alqueva, ofazer do turismo tem moldado anossa economia, o nosso desen-volvimento, a nossa existência. Aforma como os nossos vizinhos, eaté os nossos aliados olham paranós tem, em algum plano, a vercom a imagem que tiveram de umabrochura, de uma panfleto, de umaanúncio, em que alguma parte dasua vida entraram em contacto como nosso país.

“Hoje, como então, o turismo,como actividade estratégicanacional, promotora de correcçãode assimetrias sociais e geo-gráficas, de qualificação e criaçãode emprego, e, assim, de inte-gração nacional e de desenvol-vimento económico, precisa do en-volvimento de todos. Abrir Por-tugal ao mundo, e partilhar comoutros povos o que de melhortemos para oferecer, mais do queuma mera opção táctica, constituium encontro com a dialéctica danossa história.”

Bernardo Trindade, Secretáriode Estado do Turismo. In ViajarViajantes e Turistas à Descobertade Portugal no Tempo da IRepública.

Um século depois, o turismoainda enfrenta sérias adversidades,algumas até impostas pelas pró-prias pessoas que o querem desen-volver e promover, quer por faltade conhecimento ou interesse. Aolongo dos anos mais recentes temsurgidos elementos que, estudandoe trabalhando o sector, tentamdevolver as decisões importantesao seu espaço de discussão,promovendo uma estruturação or-ganizada e harmoniosa, de forma atirar pleno proveito de umaactividade que tem provas dadas.

Estamos hoje aqui, não pelocaminho que percorremos, maspor aqueles que vamos fazer.n

Hugo Teixeira [email protected]

Ora aí está… O Turismo e a República

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2010 OUTUBRO Jornal de OLEIROS 11

Na sequência das três ediçõesanteriores, o Município de Oleirosleva a efeito, de 30 de Outubro a 7de Novembro, a sua “IV Semanado Medronho e da Castanha”. Ainiciativa pretende, uma vez mais,promover os recursos locais erealçar todo o potencial endógenode Oleiros.

Esta é uma semana temática quetem vindo a ganhar algumavisibilidade, atraindo ano apósano, um número crescente devisitantes. Para além da 4.ª MostraGastronómica do Medronho e daCastanha (nos restaurantes ade-rentes), da 4.ª Maratona de BTT“Rota do Medronho” (dia 7 de No-vembro), ou da Caminhada “Rotada Castanha” (dia 31 de Outubro),numa lógica evolutiva, junto aoJardim Municipal irá ser instaladauma tenda onde irá funcionar aMostra de Produtos Locais.

Assim, durante os dois fins-de-semana em que ocorre esta semanatemática, dias 30 e 31 de Outubroe 1, 6 e 7 de Novembro, quem sedeslocar a Oleiros poderá assistiràs mais genuínas tradiçõesfilarmónicas e etnográficas com aactuação de Bandas Filarmónicas

e do Rancho Folclórico de Oleiros(nos dias 31 de Outubro e 7 deNovembro, respectivamente),assim como experienciar aelaboração do mais tradicionalartesanato ao vivo ou adquiriralguns dos mais emblemáticosprodutos locais.

Este evento temático vem assimchamar a atenção para a con-solidação de promissoras fileiras,ao mesmo tempo que pretendedemonstrar que Oleiros constituium destino de excelência capaz desatisfazer quem nos procura aolongo de todo o ano.

Mostra Gastronómicasatisfaz paladares

mais exigentes

Nos fins-de-semana de 30 e 31de Outubro e de 6 e 7 de No-vembro, o melhor do Pinhalrevela-se à mesa na 4.ª MostraGastronómica do Medronho e daCastanha.

Já se imaginou a degustar umasopa à lavradora com castanhas, ocreme aveludado de couve-florcom este fruto ou o famoso queijode cabra com compota de medro-

nho? E o javali à D. Carlos comcastanhas, o lombo com ananás efrutos do bosque, ou o lombo noaçucareiro?

Não deixe de provar a misturasublime do marmelo com os frutossilvestres e não perca a afamadageleia de medronho, o crepe comgelado à base deste fruto ver-melho, o semi-frio de frutossilvestres, o bolo de chocolate comrecheio de medronho, o pudim decastanhas regado com“medronheira” ou os canapés demedronho. No final, inspire-setambém com os licores demedronho e de castanha, aaguardente “medronheira” ou ocafé “com cheirinho”. Os res-taurantes Casa Peixoto, MariaPinha, O Carteiro, O Ideal,Regional, Salina e Slide, esperampor si.

Para efectuar marcações,contacte qualquer um dos 7restaurantes aderentes: “CasaPeixoto” – 272 682 250, “MariaPinha” – 934 321 282, “OCarteiro” – 272 682 596, “O Ideal”– 272 682 350, “Regional” – 272682 309, “Salina” – 967 258 298 e“Slide” – 965 720 287.n

Na milenar sequência de usos ecostumes, os saberes e os saboresdas comunidades rurais cons-tituem sínteses amadurecidaspelo tempo, traduzindo a formainventiva e culturalmente ama-durecida, como o homem se rela-cionou com a natureza, consigopróprio e com os outros. Em taissaberes e sabores, traduzidos emtecnologias humanizadas, secristalizou a alma inventiva desucessivas gerações, trazendo aténós verdadeiras jóias do genuíno

artesanato produtivo. E aí temoso pão, os vinhos, os queijos, osenchidos, as sopas e as migas, osacompanhamentos, os pratos depeixe e de carne, as sobremesas,os bolos, bolachas e biscoitos, oazeite e as azeitonas, as ervas,especiarias e condimentos, osdoces e as compotas. Os produtosnaturais, os cultivados comdedicação e afecto e os saberescolocados na arte da alimentaçãotestemunham uma ruralidadefecunda que se exprime na

riquíssima pauta dos sabores edos aromas, constituindo inde-lével património cultural. Tal pa-trimónio, ligado aos tempos difí-ceis da luta pela sobrevivêncianas comunidades rurais, dá ex-pressão ao prazer franco que étimbre do homem rural empartilhar a sua mesa, na pautasolidária dos afectos.n

*in Cozinhados lembrados – Tradições gastronómicas da Beira Baixa - Penamacor

A Alimentação – Património da Cultura Rural

Artesanato produtivoPor Lopes Marcelo*

Medronho e Castanhavoltam em grande

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Jornal de OLEIROS OUTUBRO 201012

Especialidades: Exame de Densitometria Óssea, Exames Auditivos, Electrocardiograma, Fisioterapia, Massagem facial e Corporal, Medicina Dentária, Podologia, Hidrotox, Acupunctura, Terapia da Fala, Psicologia Clínica, Consultas Médicas de Clínica Geral ( Dra. Graça Veiga), Fisiatria (Dr. João Saraiva), Pediatria (Dra. Almerinda Silva),Ginecologia/Obstetrícia ( Dr. Luis Abreu - Maternidade Bissaya Barreto/Coimbra ) e, naturalmente Analises Clínicas.

Rua do Ramalhal, Lj 2, r/c esq, 6160-418 OleirosTelefones:272688023, 925228223 Fax 272688024. email: [email protected]

OLEIROS TRANSFORMA-SEE REJUVENESCE

Oleiros continua a evoluir para um futuro melhor. Exemplo dissomesmo são as obras das novas sedes da Filarmónica e da Junta deFreguesia que avançam em bom ritmo.n

O nosso jornal a convite daDirecção dos Bombeiros de Oleirosesteve nas celebrações do 62ºaniversário e assistiu a um diagrandioso.

Foi bom ver a unidade celebrada,figuras ilustres da terra, dos bom-beiros, a presença do ComandanteDistrital de Castelo Branco, Cmdt.Rui Esteves, o primeiro Presidentede Câmara Eleito após o 25 de Abril,Fernando Luis, o Sr. António Natá-rio, o excelente almoço, o desfile aida ao cemitério prestar honras aosque já partiram e o desfile extraor-dinário das fanfarras dos bombeirosde Oleiros, Caldas da Rainha,Nazaré, Peniche e Ponte de Sôr.

As celebrações tiveram a adesãopopular que não teve medo da chuvaem perspectiva e foi ainda pro-

movido a Bombeiro de 3ª o jovemAmigo Luis Miguel da Costa LuisDomingos.

Os autarcas compareceram empeso, naturalmente o Presidente daCâmara mas também o destaquepara os Presidentes de Junta que

demonstraram uma grande coesão.Um abraço aos dois pilares da

Instituição, ambos Amigos, o Presi-dente da Instituição e o Comandanteoperacional.

A ambos se deve o espírito decoesão que é visível.n

CASA DO BENFICA DE OLEIROS

Continuando a exibir enormedinamismo, a Casa do Benfica celebrouo 3º aniversário.

Sabemos que vai ser um ano de gran-des realizações.

Os parabéns foram dados na hora esão agora reiterados.n

DIRECTOR CONVIDADO DO MÊS

Como anunciado já online, o Jornal de Oleiros, sempre procurandoevolução, inovação e valôr acrescentado, inaugura uma nova era,criando a figura do Director Convidado do mês.

Assim, em Novembro, o Director convidado é o Eng. António Graça,nosso Colaborador.

Constará no cabeçalho do jornal sob o título designado em parceriacom o Director que por razões legais constará sempre.

Esta medida altera a anterior configuração, deixando de existir oDirector-Adjunto que passará a integrar o quadro de Colaboradores e noseu mês será também Director convidado.

Sugestões para o Director do mês Convidado podem ser enviadas parao email: [email protected] n

Celebrações do 62º aniversário dos Bombeiros de Oleiros