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Freguesia de Cambas confiante no futuro Presidente de Cambas ao nosso jornal Jornal de OLEIROS www.jornaldeoleiros.com · Ano 3, Nº 22, Outubro de 2012 Preço: 0,01€ (inclui IVA) Edição Bimestral INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA Director e Fundador: Paulino B. Fernandes PÁGINA 2 Editorial Paulino B. Fernandes A GASPALHA aplaudiu José Martins Fernandes PÁGINA 5 Hotel de Santa Margarida em Oleiros já abriu PÁGINA 4 A estação vitivinícola da bairrada - deve apostar no futuro Dra. Alda Barata Salgueiro PÁGINA 2 PÁGINA 4 PÁGINA 13 GASPALHA prestou homenagem a José Martins Fernandes Complexo desportivo de Oleiros PÁGINA 9 Parabéns a todos os Membros A Casa do Benfica de Oleiros celebrou 5 anos Equipa de Gestão já em pleno: Conceição Rocha, Chef Leonel Barata, e Sofia Martins lideram as operações no novo hotel Activando a liberdade interior Dr. Fernando Caldeira Silva PÁGINA 7 Complexo Desportivo de Oleiros PÁGINA 9 O Farol António Graça PÁGINA 6

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Page 1: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · da sua primeira missa. Foi muito comovente assistir à comemoração de cinquenta anos de vida em comum, continuada nas filhas

Freguesia de Cambas confiante no futuro

Presidente de Cambas ao nosso jornal

Jornal deOLEIROSwww.jornaldeoleiros.com · Ano 3, Nº 22, Outubro de 2012 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral

InfLuEntE na REgIãO dO PInhaL IntERIOR SuL, BEIRa IntERIOR SuL E COva da BEIRa

Director e Fundador: Paulino B. Fernandes

Página 2

EditorialPaulino B. Fernandes

A GASPALHA aplaudiu José Martins Fernandes

Página 5

Hotel de Santa Margarida em Oleiros já abriu

Página 4

A estação vitivinícola da bairrada - deve apostar no futuro Dra. Alda Barata Salgueiro

Página 2

Página 4

Página 13

3º ANIVERSÁRIO

gaSPaLha prestou homenagem a José Martins fernandes

Complexo desportivo de Oleiros

Página 9

Parabéns a todos

os Membros

A Casa do Benfica de Oleiros celebrou 5 anos

Equipa de Gestão já em pleno:

Conceição Rocha, Chef Leonel Barata, e Sofia Martins lideram as operações no novo hotel

Activando a liberdade interiorDr. Fernando Caldeira Silva

Página 7

Complexo Desportivo de Oleiros

Página 9

O FarolAntónio Graça

Página 6

Page 2: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · da sua primeira missa. Foi muito comovente assistir à comemoração de cinquenta anos de vida em comum, continuada nas filhas

2 Jornal de OLEiROS 2012 OUTUBRO

Foi na antiga capela de Santo An-tónio, no passado dia vinte e três de Setembro que se celebraram as bo-das de ouro do casal Edviges Sal-gueiro Rodrigues e Alírio da Silva Rodrigues.

A cerimónia conduzida pelos padres Oleirenses José António Afonso, pároco do Ladoeiro e João Miguel Rodrigues, neste momento a exercer em Itália, foi carregada de emoção e simbolismo com a parti-cipação das quatro filhas e netos.

Os dois sacerdotes realçaram as

vivências do casal como membros activos da comunidade, dando testemunhos da sua participação em actividades locais de solidarie-dade.

O cálice da Eucaristia, por exem-plo, tinha sido uma oferta da famí-lia ao padre José António aquando da sua primeira missa.

Foi muito comovente assistir à comemoração de cinquenta anos de vida em comum, continuada nas filhas e netos.

A festa prolongou-se em agradá-

vel convívio, entre amigos e fami-liares, a quem desejamos saúde e felicidades.

Ana Neves

Alda Barata Salgueiro (Este texto não segue as regras do novo acordo ortográfico)

EDITORIAL

Realizou-se, na primeira semana de Setembro, na Estação Vitiviní-cola da Bairrada em Anadia, mais um curso – 106º Curso Intensivo de Vinificação.

Cerca de 90 alunos, vindos de Norte a Sul do País, receberam for-mação com o objetivo de os prepa-rar para o período das vindimas que se aproxima com ênfase para os cuidados e preceitos a ter em conta no: transporte das uvas, seu manuseamento, desengaço, méto-dos de prensagem e algumas das técnicas mais adequadas para o sucesso de boas fermentações dos mostos.

A maioria dos formandos que se inscrevem nestes cursos, são já pro-dutores de vinho, pequenos e mé-dios, mas também muitos futuros enólogos e jovens estudantes das engenharias vocacionadas para es-tas áreas – agrícolas e laboratoriais - encontram nesta formação res-postas práticas para as suas dúvi-das. Por último, é cada vez maior o número de pessoas indiferenciadas que deseja apostar na área vinícola como futuro de vida e ali vai para iniciar os primeiros contactos.

Os cursos, embora exaustivos, são deveras entusiasmantes não só pela oportunidade – 1ª semana de Setembro e 1ª semana de Janei-ro - mas também pelas questões e dúvidas apresentadas pelos mais conhecedores, que acabam por ser discutidas em saudável encontro

de ideias, com base na experiência de cada um, contribuindo assim, para que o curso atinja níveis de excelência.

A DRAP CENTRO - MINISTÉ-RIO DA AGRICULTURA, sediada em Castelo Branco, possui o Labo-ratório de Química Enológica em Anadia, designada Estação Viti-vinícola e está vocacionada para o estudo da vinicultura e enologia, utilizando métodos científico - la-boratoriais actualizados, com apli-cação destacada nos espumantes da zona da Bairrada. Este serviço esteve sempre ao dispor dos vi-ticultores para aconselhamento e hoje, cada vez mais, é procurado para a formação de potenciais pro-dutores de vinhos nacionais e de futuros enólogos que, ali, vão testar

os seus conhecimentos e apresentar as suas dúvidas.

Na verdade, estes cursos têm a fi-nalidade de orientar os produtores para o desenvolvimento de boas práticas necessárias à obtenção de bons vinhos, que possam ser com-petitivos em qualquer região do mundo.

A Estação Vitivinícola da Bairra-da iniciou a sua actividade em 1887 pelo que celebra, este ano, 125 anos de vida. Apesar da sua longevida-de parece-me não ter tido ainda o relevo que merece. Espero que, de-vido à crise que se instalou no País, esta Instituição não entre em colap-so por falta de verbas, mas sim que se transforme num grande pólo de formação e apoio para quem deseja investir em vinhos de qualidade. ■

a estação vitivinícola da bairrada - deve apostar no futuro

Congratulamo-nos com mais um aniversário desta importan-te e notável Instituição, Presi-dida pelo Amigo Cap. António Fernandes, a quem saudamos e, através do Presidente, toda a Corporação que se louva pelo profissionalismo e dedicação.

Director

Bombeiros de oleiros celebram 64º aniversário

Viatura nova Combate de Incêndios Urbanos

. OLEIROS EM DESENVOLVIMENTO

A criação de meios de apoio ao turismo na região é algo que temos de aplaudir e notar que a oferta parece estar agora completa, sob pena de ser excessiva. Com efeito, a inauguração do Hotel de Santa Marga-rida, gerido por profissional competente, não só transforma a oferta anterior, acrescentando notoriedade, como cria emprego e gera expec-tativas de uma gestão capaz de angariar dividendos para o Conce-lho. Acreditamos que a competência associada à gestão e dinamismo, pode permitir o sucesso financeiro e a notoriedade internacional.

Junta-se esta unidade a outras já existentes, com particular destaque para S. Torcato do Moradal (Estreito) agora ampliada num notável es-forço do Amigo José Bártolo, Vilar dos Condes (Madeirã), A Casa dos Hospitalários (Álvaro), A Casa da Ladeira (Ameixoeira), a Casa do Dão e O Carteiro (Oleiros), destacando-se ainda o excelente Camping na Praia do Açude, com excelentes bungalows.

Podemos dizer que os vários targets estão preenchidos e a oferta diversificada é agora suficiente, sob pena de se anular entre si.

. O “ATL” e Centro de Apoio ao Estudo que faltam

Oleiros precisa agora de resolver problemas mais básicos mas de enorme importância. O ATL em falta e o Centro de Apoio e Acom-panhamento de Estudantes são carências que se assinalam como im-prescindíveis para apoiar os pais que não possuem local para acolher os filhos após as aulas e ainda a ajuda complementar aos estudos que a não ser feita, compromete o aproveitamento escolar já que em casa, por razões várias não pode ser prestado.

Seguramente o empreendedorismo da Câmara Municipal terá estes dados em conta.

. Entramos no 4º ano de vida

No dia 20 de Outubro, celebramos em CAMBAS o 3º aniversário, patenteando uma resistência em que poucos acreditavam.

Na verdade, não nascemos para disputar o pódium da Imprensa de Oleiros, pensando mesmo que a ampliação da oferta aos cidadãos OLEIRENSES, foi um acto, além de corajoso, importante e decisivo.

Destacamo-nos como um jornal aberto, livre, independente, desti-nado a defender a região, a nossa cultura, o desenvolvimento, a inclu-são e promover a literacia

Este é o nosso projecto que não se confunde com eventuais projectos que nos queiram atribuir e não perfilhamos.

Nestes três anos, orgulhamo-nos de congregar à nossa volta inúme-ras figuras da cultura e do empreendedorismo da região, espalhados pelo mundo e, nesta senda continuaremos.■

Paulino B. Fernandes Director Email: [email protected]

Bodas de Ouro

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Jornal de OLEiROS 32012 OUTUBRO

Nós, os portugueses, nunca es-tamos contentes. Pouco tempo de-corrido sobre a tomada de posse de qualquer novo governo, começa o desaire: greves, contestações e ma-nifestações por dá cá aquela palha, calúnias difamações e insultos, enfim, uma bagunça. E tudo isto, diga-se, sem qualquer justificação minimamente plausível.

Somos velhacos por natureza, in-vejosos, malcriados e de uma ingra-tidão atroz.

Ao governo do eng. José Sócrates, um exemplo de competência, trans-parência, rigor e contenção, não des-cansámos enquanto não o deitámos por terra. Apenas por velhacaria e faltando-nos qualquer outro argu-mento de peso, chegámos ao ponto de inventar situações que punham em causa a dignidade e honestidade do então primeiro-ministro. Apenas por despeito e sem um mínimo de vergonha, até pusemos em causa o curso de engenharia. Diga-se, de passagem, que esta mania de pôr em causa os cursos dos outros deve ser endémica à nossa raça, dado que ainda muito recentemente voltámos a repetir a graça com o dr. Miguel Relvas, ministro do actual executi-vo. Que raio de mania a nossa de andar sempre a vasculhar o passa-do do parceiro do lado…

Justamente ofendido, o eng. Só-crates deixou o país e rumou a ter-ras de França, ao que parece para tirar um curso de filosofia. Já que não acreditámos no primeiro, foi tirar um segundo. Não é que de tal precisasse, porque sabedoria qual-quer pessoa minimamente decen-te lhe reconheceria. Mas pronto, decidiu assim e muito bem, talvez tenhamos emenda e ganhemos vergonha quando ele exibir o novo canudo.

Foi-se o eng. Sócrates, entra o dr. Passos e pimba, lá veio outra vez ao de cima o nosso mau feitio. Uma vez mais, sem qualquer razão, já demos em embirrar com o senhor e respectivo executivo, apelidando-o

de fanático ultraliberal, ditador, de-fensor de interesses inconfessáveis, enfim, tudo o que de melhor nos veio à cabeça.

Quando decidiu, e muito bem, efectuar os cortes dos subsídios de férias e Natal dos funcionários pú-blicos, reformados e pensionistas deparou, sem que alguém entenda porquê, com a nossa teimosa in-compreensão. Então onde quería-mos nós que o sr.primeiro-ministro cortasse na despesa do estado? Não tinha outra hipótese, e limitou-se a subtrair gordura onde a havia. Pon-to final.

A este propósito temos ouvido disparates que até nos poem a ca-beça a andar à roda. Imagine-se a enorme injustiça que seria – como defendem alguns – cortar na despe-sa por via da extinção e/ou revisão da maioria das parcerias público-privadas. Porventura conhecem alguma parceria que não entregue anualmente ao estado avultados di-videndos dos lucros que apresenta? No tocante a utilidade pensemos, por exemplo, no caso das funda-ções. Alguém será capaz de me indicar uma única que não seja de indiscutível utilidade pública?

Outros, igualmente idiotas, de-fendem ideias ainda mais dispara-tadas que consistiriam – ora vejam só o desplante – em diminuir o número de deputados, as regalias inerentes a determinados cargos, os vencimentos de gestores, as frotas automóveis, e por aí fora.

Mas será que a velhacaria e inve-ja nos toldou o raciocínio? Mas que regalias? Mas que vencimentos? Mas que automóveis? Porventura não foi no governo e na assembleia da república que se verificaram os cortes de despesa mais drásticos e dolorosos, nomeadamente no tocante a vencimentos e gastos su-pérfluos? Quantos portugueses se sujeitavam a comer diariamente uma sopita numa cantina como a da Assembleia da República e, ainda por cima, a pagar o balúrdio que é exigido aos nossos dignos re-presentantes? Quanto aos gestores, querem pô-los a pedir esmola?

Deixemo-nos de hipóteses extra-vagantes, perfeitamente disparata-das e fora de contexto.Ponhamos de lado a nossa velhacaria e ganhemos vergonha de uma vez por todas.

Outro caso paradigmático da nos-sa inveja e pouca vergonha prende-

se com o historial do BPN/SLN, situação que, diga-se em abono da verdade, quanto mais lhe mexe-mos pior cheira. Proclamamos aos quatro ventos que foi uma fraude de custos incalculáveis que agora todos nos vemos obrigados a pagar. Asneira da grossa, apenas e só fruto da nossa língua viperina…

Metamos a mão na consciência. O caso em questão, longe de ser uma fraude, foi uma bênção. Não fora o BPN e um grande número dos nossos políticos continuariam a vi-ver no limiar da pobreza. Achavam bonito deparar com um político em cada esquina, de bonezito esticado, a pedir esmola? O que é que os ou-tros países pensariam de nós?

Os dirigentes do BPN agiram muito bem. Muito bem mesmo. O BPN limitou-se a substituir a Santa Casa da Misericórdia, já que esta instituição fechou os olhos à des-graça que grassava no seio da clas-se política e se mostrou incapaz de resolver a situação. Quanto ao facto de termos de ser todos nós a pagar os custos, não vejo mal algum nisso, pelo contrário. A situação em causa não apenas dignificou a instituição, mas também a todos nós. Só nos fica bem esta demonstração de civismo e solidariedade para com os neces-sitados. Acresce, além do mais – e é particularmente por causa disto que não posso ouvir falar mal do dito banco – que conseguimos vendê-lo por um montante astronómico, muito acima do seu real valor, ten-do o estado português arrecadado milhares de milhões. Foi um bom negócio, muito bom mesmo.

No seguimento de toda esta ba-gunçada que armámos à volta de uma situação tão linear e transpa-rente, ainda acusámos o dr.Vitor Constâncio de, na qualidade de presidente do Banco de Portugal, não ter supervisionado como devia. Só nos saem alarvidades…

Justificadamente ofendido viu-se na necessidade de deixar o país e, por sorte, lá conseguiu arranjar um empregozito no BCE.

Já há uns anos atrás, também de-vido a este nosso mau feitio, o nosso compatriota dr. Durão Barroso, fe-rido por não lhe reconhecermos o devido valor, rumou para Bruxelas onde exerce voluntariado. Mas bem, como Deus é grande, um e outro lá vão subsistindo. Como se não lhes bastasse a mágoa de terem de viver

longe da pátria, ainda continuamos a tecer impropérios contra eles. Isto não se faz!

Não ouviram há uns dias atrás o vice-presidente da C.G.D. a dizer que, provavelmente, também se irá pirar? E se eles se piram todos? Já viram bem a desgraça em que fica-mos? É bem feito!!!

Mas ainda por falar em necessi-tados, arrepia-se-me o corpo quan-do penso na nossa absoluta falta de sensibilidade, outro defeito a somar aos muitos que já temos. Há tempos, com a simplicidade e sinceridade que todos lhe deverí-amos reconhecer, o prof. Cavaco Silva queixava-se por não saber se o montante da reforma lhe chegaria para as despesas. Vai daí, em vez de sermos solidários e promover a an-gariação de um contributo, fartámo-nos de gozar, criticar e até insultar. A velhacaria empederniu-nos por completo o coração. Isto também não se faz!

Há escassos dias a esta parte o primeiro-ministro, seguido do mi-nistro das finanças, manifestaram a intenção de o governo efectuar – e muito bem - mais umas insig-nificantes alterações em prol da austeridade, anunciando algumas medidas que, diga-se em abono da verdade, pouca ou nenhuma mos-sa fariam à bolsa da enormíssima maioria dos portugueses. A saber: aumento da TSU para os trabalha-dores, diminuição para as empre-sas, e criação de uma taxa adicional, em sede de IRS, para pensionistas e reformados.

Armámos uma bagunçada ainda pior que as anteriores, culminando numa manifestação absolutamente descabida e despropositada. Não temos vergonha de espécie algu-ma…

Custa-me, sobretudo, que tenha-mosganho a mania – mais uma e sempre a somar - de tratar os nos-sos maiores por tu cá tu lá. Nosco-mentários da net,blogs, cartazes das manifs, vê-se a toda a hora: “OhPassos tu para aqui… Oh Por-tas tu para ali…Oh Relvas tu para acolá”. Mas afinal que bandalheira é esta?Andámos com eles na escola ou fizemos tropa juntos?

Numa de bonomia os sublimes da Pátria esticam-nos o pé e nós pimba, numa de alarvidade, agar-ramos logoo braço. Haja decência e decoro.

As medidas anunciadas, para além de justas, revelaram uma ló-gica irrebatível. No tocante às alte-rações à TSU, só não vê quem não quer. Estas alterações permitiriam a criação de milhares e milhares de postos de trabalho e nós, os in-gratosdo costume,que tanto nos queixamos do desemprego, ainda vamos passar pela vergonha de ter de importar mão-de-obra por não conseguir dar conta do recado. É bem feito! Sempre tivemos os olhos maiores que a barriga…

No tocante à taxa suplementar para pensionistas e reformados, para além de justa, revela a preocu-pação deste governo pela saúde e bem-estar dos ditos. Todos sabemos que a partir de certa idade há que ter particular cuidado com a saúde, particularmente no que toca a ex-cessos alimentares. Com esta receita apenas se pretende acautelar que não exageremos como era nosso há-bito e, consequentemente,vivamos muitos mais anos. Muito bem, muito bem mesmo…

Uma e outra medidas preten-diam também, e muito bem, evitar que sejamos um pouquito mais co-medidos na nossa alarvidade. Não fazia sentido algum que a troika viesse a constatar que continuamos sistematicamente na bela comezai-na e bebezana.

O que haveriam eles de pensar? Então emprestaram-nos desin-teressadamente uns dinheiritos, fruto das suas poupanças, a juros ridiculamente baixos, apenas para nos ajudar e nós, em vez de traba-lhar, gastamos a nota na patuscada e musicata?

Se fôssemos gente decente, agra-decíamos diariamente a quem noutra coisa não pensa senão em garantir-nos o farto pão de cada dia, subtraindo-o, se necessário, à própria boca, e bendiríamos o ter nascido neste ditoso país, pe-las tantas e tão frutíferas enxertias com que nos últimos anos nos tem contemplado.

Para terminar, e dado que nin-guém anima o nosso primeiro-mi-nistro com uma palavra que seja, tomo eu a iniciativa: “Não ligue às más línguas e aves agoirentas que proclamam estar a conduzir o país para um abismo. Nada disso. Custe o que custar, e mesmo que sozinho, siga em frente que vai bem”. ■

Que falta de vergonha…

António Romão de Matos

Foram conhecidos no passado sábado à noite os resultados do 22.º Concurso Internacional de Pirotec-nia em Hannover, a maior compe-tição pirotécnica do mundo, em que foi anunciado o grande vence-dor da competição: o Grupo Luso-pirotecnia – consórcio que integra a Pirotecnia Oleirense. A excelente apresentação pelos especialistas pirotécnicos portugueses colocou-os em vantagem perante os seus rivais internacionais, trazendo o primeiro prémio para Portugal e Oleiros.

O Grupo encantou o público que

assistia ao espetáculo no famoso “Jardins Reais de Herrenhausen” com o seu “filosófico e poético pi-romusical” intitulado ASTRUM, concebido especialmente para a competição. “A sua perfeita inter-pretação do regulamento do con-curso, a malha harmoniosa entre os efeitos pirotécnicos e musicais e a sua elevada performance artística” convenceram o júri formado por especialistas independentes. Em segundo e terceiro lugar ficaram a Croácia e a China, respetivamente.

Recorde-se que durante cinco sábados, entre maio e setembro

de 2012, as equipas de topo mun-dial, México, China, Reino Unido, Portugal e Croácia, exibiram na at-mosfera barroca dos Jardins Reais de Herrenhausen fogos-de-artifício de tirar o fôlego, os quais atraíram um total de cerca de 49.000 espeta-dores. Para o próximo ano, será o Grupo Lusopitotecnia que irá abrir este Festival, conhecido o mais respeitado e popular do mundo. O 23.º Concurso Internacional de Pirotecnia em Hannover terá então início no dia 25 de maio de 2013 com a atuação dos vencedores por-tugueses.■

Lusopirotecnia vence o 22.º Concurso Internacional de Pirotecnia em hannover

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4 Jornal de OLEiROS 2012 OUTUBRO

POTENCIALIDADES

Inês Martins Engenheira Agrónoma

António Justo [email protected] www.antonio-justo.eu

“Segundo estimativas de espe-cialistas, os militares egípcios, com pessoal em uniforme e civil, são hoje os maiores dadores de empre-go no país”, como descreve a notá-vel revista alemã “Cicero”, August 2012, num artigo sobre o Egipto. O negócio dos generais cifra-se entre 10 e 40% da economia egípcia, refe-re ainda a revista.

Agora, com o islamista Mo-hammed Mursi na presidência, os militares perderam influência no aparelho do Estado. Apesar disto, Mursi (que vem do seio da radical Irmandade Muçulmana), terá de se moderar nas suas pretensões de maior islamização do país, se pretende conseguir impulsionar a economia que só será viável num clima de estabilidade política e so-cial. Também não poderá renunciar às receitas do turismo, outro factor modernizador a domar o zelo e a fúria inicial de forças islamistas que pretendiam irradiar da cultura egípcia o que não fosse islâmico.

Também a rivalidade vigente, entre o Tribunal Constitucional, Militares e Presidente, pode reve-lar-se como factor moderador das intenções do Presidente e impedir confrontações. Entretanto os isla-mistas, com a sua maioria parla-mentar, demonstraram que não tinham soluções para os problemas do país: alimentação, escola e hos-pital. Até setembro terá de ser ela-

borada uma nova constituição a ser aprovada por plebiscito.

“O Islão não oferece soluções” disse Amr Mohammed Musa, Mi-nistro dos Negócios Estrangeiros do Egipto em entrevista a “Cícero”. Amr Musa foi escolhido para mi-nistro das Relações Exteriores, a de-sejo dos militares, para indicar uma certa continuidade pró-ocidental e que a política anti-israelita não será o caminho da política externa.

O ministro dos meios de comuni-cação social (estatais) é Salahedin al Maksud, também ele, membro emi-nente da Irmandade Muçulmana. O programa de promoção do isla-mismo encontra-se assim em boas mãos. Uma inovação da TV estatal egípcia revelou-se no facto de o no-ticiário passar a ser apresentado, de-pois de 50 anos, por uma jornalista com véu islâmico na cabeça. Esta inovação foi exibida como sendo uma “vitória da Revolução de 25 de Janeiro”. A agenda da “Irman-dade Muçulmana” é longa; agora que se encontra no poder, exercê-lo-á com decretos, não precisando, para já, de recorrer à violência física. Entretanto a censura acentua-se e a insegurança nas comunidades não muçulmanas também. O objectivo declarado da Irmandade Muçulma-na fundada em 1928 é estabelecer uma ordem social subjugada à mo-ral do Corão e à jurisprudência da Sharia islâmica.

Informação estrutural enganosa ou factual

descontextuadaNos sistemas muçulmanos, a

formação de uma oligarquia mi-litar corresponde, por vezes, por

muito contraditório que pareça, a um elemento diferenciador duma sociedade de cunho religioso mo-nolítico e hegemónico onde pers-pectivas seculares civis se tornam difíceis. Os militares, tal como na Turquia, formam como que uma pequena nobreza, que se tem reve-lado como elemento correctivo do islamismo absorvente e omnipre-sente. Ao contrário da democracia ocidental que favorece a alternân-cia dos partidos mais fortes no governo, o sistema hegemónico muçulmano favorece o fenóme-no dual: dum lado os militares e do outro, os imames (cabeças das mesquitas: o seu poder de mobi-lização política pode verificar-se nas demonstrações organizadas e realizadas às sextas-feiras logo a seguir às orações nas mesquitas) e a revolta terrorista. Por muito estranho que pareça os militares têm-se revelado como parceiros mais sérios em relação ao estran-geiro atendendo aos interesses co-muns. De lembrar, neste contexto o ataque sistemático dos grupos islâmicos radicais contra a forma-ção de exércitos e a organização policial estatal, no Afeganistão, Iraque, etc.

Se aos países ocidentais, o que mais os une é o sistema liberal capitalista (competição em torno do trabalho/consumo), aos países muçulmanos/árabes une-os a reli-gião muçulmana que é ao mesmo tempo programa de vida e ideal político…

Nas sociedades muçulmanas não se tem revelado possível o desenvolvimento duma cultu-ra cívica/secular (possibilitadora

duma democracia aberta) por ra-zões teológicas, antropológicas e sociológicas. Enquanto o ocidente se orienta pela fórmula cristã “dai a Deus o que é de Deus e a César o que é de César” (princípio de dis-tinção entre realidade secular e re-alidade religiosa: Homem por um lado como ser divino e por outro como ser secular), as sociedades de cunho árabe não conhecem esta dualidade deixando tudo para Deus, sem nada para o Homem numa atitude de súbdito e, con-sequentemente, de ser definido e controlado apenas pela religião. A mitologia ocidental ao conce-ber o Homem como filho de Deus reconhece no Homem os genes divinos e consequentemente o di-reito do Homem à individuação e à personalização. No Islão não há o conceito de Homem como filho de Deus nem tão-pouco o Homem pode ter comunhão com Alá tan-to no aquém como no além. Isto ocasiona diferentes antropologias e diferentes sociologias, com as consequentes maneiras de estar no mundo e de se compreender o Homem e a política. Se nos pa-íses de influência cristã o Homem é concebido como ser autónomo, anterior ao religioso, nos países de influência islâmica o Homem é concebido como súbdito, só ten-do sentido dentro do religioso, da Uma (a grande comunidade islâ-mica). Aqui, o ser humano indivi-dual não tem consistência pessoal, só grupal. Daí o facto de, quan-do se fala em democracia, assim como quando se fala em direitos humanos, os ocidentais e os árabes compreenderem coisas totalmente

diferentes.Geralmente, os jornalistas e os

políticos ocidentais, quando ava-liam os acontecimentos nos es-tados árabes e quando falam de integração de estrangeiros equivo-cam-se porque julgam que as pa-lavras e as manifestações públicas duma cultura são equivalentes às da outra, quando, muitas vezes expressam precisamente o contrá-rio do que se diz delas. Enquanto o Ocidente aposta sobretudo na força militar e na expansão econó-mica os países de influência árabe apostam tudo na religião e na ex-pansão da procriação.

O entusiasmo e optimismo dos meios de comunicação ocidental nas notícias sobre o Norte de Áfri-ca e outros conflitos internacionais leva o público a avaliações não aferidas à realidade meramente factual.

A informação publicada, além de ser equacionada em perspec-tivas políticas condicionadas pela própria localização política, sofre do equívoco de falar de realidades que, muitas vezes, não passam de projecções da própria mundivisão sobre a dos outros. Temos assim uma informação estrutural do sa-tus quo enganosa ou factual des-contextuada.

Por vezes tem-se a impressão de se viver no século V do impé-rio romano, assolado, ao mesmo tempo, interna e externamente. Os tempos que se aproximam para o norte de África e para a Europa pressagiam muita instabilidade! Todos terão de mudar muito a nível de mentalidades e de estraté-gias de poder! ■

Egipto quo vadis?

“O Islão não oferece soluções”

Delas depende não só o sucesso de ancestrais mezinhas caseiras curativas, mas também o segre-do de muitos cozinhados ou o encontro com o típico paladar português. Em saladas, massas ou acompanhadas por legumes, a fragrância de algumas ervas representa uma inesquecível ex-periência sensorial. No entanto, embora sejam habitualmente utilizadas frescas, existem varie-dades, como o tomilho ou os oré-gãos, cujo aroma melhora depois de secas.

Elementos distintivos da gas-tronomia portuguesa, a maior incidência de cada espécie de

planta varia de região para re-gião. No Alentejo, por exemplo, as plantas mais utilizadas são os coentros, os orégãos e o alecrim. Os coentros vão bem com quase tudo. Bons acompanhantes de sopas e cozinhados de ervilhas ou favas, são utilizados também em carnes assadas, pescado, marisco, legumes e molhos. Os orégãos, por seu lado, são outra erva aromática muito utiliza-da na cozinha portuguesa, com grande influência mediterrânica, nomeadamente em frescas sa-ladas de tomate ou pepino. Já o alecrim, cada vez mais utilizado por reputados chefs, o seu sabor forte obriga a usá-lo com alguma parcimónia, sendo muitas vezes escolhido para acompanhar o borrego e outro tipo de carnes, a

incorporar pratos de massas ou como tempero de peixes.

Tendo como referência as regi-ões mais a Norte, nestas utiliza-se mais a salsa e o louro. Indicada para a produção do típico molho verde, a polivalente salsa ajuda a estimular o apetite em variadas entradas, podendo ser utilizada em pratos como omeletes, sala-das, arroz, massas, carne ou pei-xe. Por sua vez o louro, é talvez a erva aromática mais utilizada na gastronomia portuguesa. Muito recomendada em estufados, so-pas e molhos, pode utilizar-se ainda em marinadas, caldos de peixe, recheios e pratos de caça.

Outra erva também muito uti-lizada no nosso país, principal-mente em receitas de aves e caça, bem como na preparação de mo-

lhos, é o tomilho, o qual pode ser um bom substituto do sal. A menta é outra erva aromática que pode ser utilizada em pratos de carne, como é o caso do Enso-pado de Borrego.

No caso de Oleiros, na sua tí-pica e inspiradora gastronomia regional, bastante estimulante para qualquer chef de cozinha, temos o exemplo da hortelã a in-corporar os tradicionais maranhos ou a carqueja, espécie arbustiva existente nas redondezas que pode ser utilizada na culinária para temperar carne, principal-mente em pratos de caça (como a iguaria beirã perdiz de escabeche) ou em receitas ancestrais como o arroz de carqueja.

Generalizando, para além da sua função aromática, como

a designação indica, as PAM (Plantas Aromáticas e Medicinais) possuem ainda uma dupla fun-ção medicinal. Veja-se o caso da menta, que ajuda a regular os sistemas digestivo e nervoso; do tomilho que estimula a circula-ção, é anti-séptico e quando usa-do em infusão, faz a vez de um xarope contra a tosse. Refira-se ainda o orégão, excelente para constipações, situações de tosse e gripe, bem como para as dores menstruais; o alecrim, facilitador da digestão e benéfico para o sis-tema nervoso; ou ainda a carque-ja, cuja infusão feita a partir das suas flores secas é tradicional-mente utilizada para combater tosses, rouquidões e gripes. ■

as PaM

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Jornal de OLEiROS 52012 OUTUBRO

Sítio das PlantasComercialização de Plantas, Lda.

Dispomos de serviço de Restaurante e Residencial Pôr do Sol 2com Salas para todos os tipos de eventos (incluindo casamentos e batizados)

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ao Público

e Revenda

Rua Dr.º Barata Lima, 39 - 6160 - OleirosTelefone 272 682 250

Fundador e Presidente da Comissão de Melhoramentos da GASPALHA, lá onde está, sentiu hoje seguramente que se reconhece a sua enorme obra. Com efeito, centenas de pessoas acorreram à GASPALHA para lhe prestar homenagem.

Discursaram João Freire, um Amigo que importa mobilizar para as “lutas futuras no Conce-lho”, a actual Presidente e Filha, José Santos Marques, Presidente da Câmara de Oleiros, o amigo Vitor e, Manuela Marques, Pre-sidente do Conselho Editorial do Jornal de Oleiros, num momen-to de rara beleza e profundida-de, exibindo a cada vez maior ligação do Jornal de Oleiros ao Concelho.

Cabe aqui destacar a Página Especial alusiva à Gaspalha, produzida pelo Jornal de Olei-ros, em exclusivo, que todos os Colaboradores do Jornal enten-deram dever oferecer.

Apesar do importante dia que se vivia no país, na opinião de muitos, decisivo para Portugal, o povo acorreu em força.

O Director do nosso Jornal, também presente, de forma in-formal, anunciou importantes notícias a divulgar no almoço do 3º aniversário que se realiza em CAMBAS dia 20 de Outubro.

Em resumo, tratou-se de um enorme dia, para a GASPALHA, para Oleiros, para os oleirenses, culminado com o descerramen-to de uma placa alusiva ao dia e para perpetuar a obra de José Martins Fernandes, um Amigo da primeira hora.

Veja mais em www.jornaldeo-leiros.com ■

a gaSPaLha aplaudiu José Martins fernandes

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6 Jornal de OLEiROS 2012 OUTUBRO

O FAROL

António GraçaNota: O Farol nunca segue as regras do NAO (Novo Acordo Ortográfico)

Competitividade e Produtividade

1 Custos do trabalho e produtividade em Portugal e nos países da UE

“A política em Portugal é a arte de trair os interesses reais e legíti-mos do povo, criando outros ima-ginários e injustos”

Competitividade, produtivida-de. Os portugueses têm sido con-frontados, frequentemente com estas duas palavras, como justifi-cação para um conjunto de barba-ridades cometidas recentemente, sobretudo para quem vive do seu trabalho.

Mas, se atentarmos no real sig-nificado destas palavras, somos forçados a concluir que algo está mal explicado.

Comecemos pela competitivi-dade;

Afirmam os “génios” que Portu-gal não é competitivo, e que, para o ser, se torna necessário e urgente baixar os salários dos trabalhado-res.

Desfaçamos este equívoco hipó-crita.

A competitividade pressupõe à partida a existência de um termo de comparação.

É-se competitivo relativamente a outro competidor, pois ninguém é competitivo em relação a si pró-prio.

Portanto, quando dizem que não somos um país competitivo, convirá que digam em relação a quem. A teoria que defende a baixa dos salários parece querer atirar-nos para a competição com aqueles países em que os trabalha-dores trabalham um dia inteiro em troca de pouco mais que uma tige-la de arroz e uma enxerga para, dormindo no local de trabalho, começarem a trabalhar logo pela madrugada.

Será a esse nível que queremos

ser competitivos? Creio bem que não, pois isso seria recuar a sécu-los já idos e incompatível com a evolução natural da sociedade.

Portanto, numa primeira apro-ximação, será necessário definir e divulgar quais as áreas e os “ad-versários” com quem vamos com-petir.

Utilizando uma analogia fute-bolística; não é a mesma coisa ser-se competitivo num campeonato distrital ou na 1ª liga.

Esta clarificação pressupõe um trabalho de base que, ao que pare-ce, os Borges, os FMI’s, as OCDE’s e outras inteligências, não se dão ao trabalho de fazer.

Em meu entender, deveremos ser competitivos dentro do espaço económico em que estamos inte-grados, e, nesse espaço, já temos os salários mais baixos. De acordo com um trabalho elaborado pelo economista Eugénio Rosa com base nos insuspeitáveis dados do Eurostat:

“o custo do trabalho por hora em Portugal, para toda a econo-mia (não incluía a Administração Pública) correspondia a 52,4% do custo médio da União Europeia; a 30,8% do custo da hora do traba-lho na Bélgica; a 40,2% do custo da hora de trabalho da Alema-nha; e a 58,7% do custo da hora do trabalho na Espanha”.

Não é, portanto a baixa dos sa-lários a solução que se vai traduzir num aumento da competitivida-de, nem, como adiante veremos, da produtividade.

Ao nível das sociedades moder-nas, a competitividade alcança-se pela competência tecnológica da mão-de-obra e não pela miserabili-

zação dessa mesma mão-de-obra.A competência tecnológica existe

no nosso país, a prová-lo estão os investimentos da Volkswagen, da Embraer, da Leica ou da Airbus, entre outros, e a altamente compe-tente população de investigadores universitários que alguém teve a miserável ideia de aconselhar a emigrar.

Haverá ainda um caminho a percorrer para aproveitar todo o potencial tecnológico do país, no-meadamente uma aposta forte e sustentada na formação técnico-profissional, a qual deve ser feita em bases sólidas e não como re-mendo de ocasião de uma política educacional falhada e castrada pe-los complexos do PREC. Para além disso, deve potenciar-se a simbio-se, ou, se quiserem, a comunica-ção, entre essa mesma formação técnico-profissional e o conheci-mento universitário. Creio que, no actual governo, apenas o Ministro Álvaro Pereira tem condições para compreender esta ideia

Passemos à produtividadeEm economia, produtividade

pode definir-se como a capacida-de dos factores de produção para criar produto. É comum utilizar a expressão “produtividade”, asso-ciada à produtividade do trabalho, ou seja a quantidade de produto que se obtem, utilizando uma uni-dade de factor trabalho. No entan-to a produtividade não depende apenas do trabalho, mas sim todos os factores envolvidos na produ-ção. Não depende também apenas da quantidade de produto, mas também da sua qualidade.

Portanto não é fomentando os despedimentos que se obtêm me-

lhorias de produtividade.As melhorias de produtividade

obtêm-se com boa organização e gestão das empresas, bom planea-mento industrial, investimento na investigação e desenvolvimento do produto, no marketing, na qua-lidade de serviço ao cliente, etc..E, quanto a estes pontos, grande par-te dos patrões portugueses não tem formação adequada. Como não se pode despedir os patrões, o que, em muitos casos, seria a so-lução para o problema, tem de se arranjar forma de lhes transmitir os conhecimentos em falta.

Recorrendo, uma vez mais, ao trabalho de Eugénio Rosa, será ainda de salientar o seguinte:

“Em 2010, a produtividade da mão-de-obra por empregado em Portugal, correspondia a 76,5% da produtividade média da União Europeia, enquanto os custos do trabalho por hora em Portugal correspondiam apenas a 45,4% dos da União Europeia; no mesmo ano.”

Concluímos pois que, nos tem-pos recentes os portugueses têm sido intoxicados com mentiras, por sujeitos alegadamente compe-tentes, movidos por interesses que nada têm a ver com os do país.

HOMENAGEM (TARDIA, MAS SENTIDA)

Aqueles que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando ( Os Lusíadas, Canto I)

A cultura de um povo é, a sua história, o seu folclore, os seus escritores, os seus monumentos, etc. Não é, por muito meritória que seja, a obra de autores cujo

nome dificilmente o cidadão co-mum consegue pronunciar cor-rectamente ou outras formas ditas culturais importadas por pseudo-intelectuais reunidos por entre o fumo de cachimbadas e de copos de whisky na mão, isso é snobis-mo, ou novo-riquismo cultural.

O Professor José Hermano Sarai-va é um Homem da cultura por-tuguesa, que ele, à sua maneira e com os seus reconhecidos dotes de comunicador, procurou transmitir a todos nós

O Professor foi por vezes alvo das críticas de alguns investiga-dores mais puristas e de muitos invejosos que o acusaram de a sua visão da história conter muita fan-tasia.

Mas, foi essa mesma fantasia que prendeu a atenção dos espec-tadores durante décadas e os sin-tonizou com a mensagem que o Professor quis transmitir.

Uma outra vertente do poder de comunicação de Hermano Sa-raiva, foi uma espécie de fomento do turismo interno. Quantas ve-zes, muitos de nós ao assistir a um dos seus programas, gravado num qualquer recanto do nosso país, não pensou para si mesmo “ Que lugar interessante. Tenho de lá ir um destes dias”.

O Professor José Hermano Sarai-va ficará na memória de um povo, por todo o enorme contributo que, quer sob a forma áudio-visual , quer sob a forma de livro deu para a divulgação acessível, dos factos essenciais da nossa história. ■

Produtos frescos de qualidade, apanhados nas hortas de pequenos produtores dos concelhos de Ma-ção, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei. Produtos transforma-dos típicos da região. Animação musical e artesanato. Tudo isto vai estar, dentro de pouco tempo, num mercado ao ar livre que pretende dar aproveitamento ao que de me-lhor se produz nos quintais, poma-res, explorações pecuárias, adegas, destilarias e lagares da zona do Pinhal.

Se tem excedentes que gostaria de vender, está sempre a tempo de contactar a Pinhal Maior (274 600 130) ou o Município da sua área de residência, para aderir.

Se aprecia produtos frescos e ca-seiros, em breve teremos novida-des sobre a primeira feira...■

Os Quintais nas Praças do Pinhal

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Jornal de OLEiROS 72012 OUTUBRO

O conceito de liberdade nem sempre é compreendido. Mui-tas vezes está associado ao seu aspecto exterior, mas a essência da liberdade está bem assente noutras dimensões interiormen-te profundas e vitais em cada ser humano. Assim, é necessário de-finir, identificar e activar a liber-dade. Porque quem é livre, o deve ser primeiro no interior, e então o será em sociedade.

Por vezes julgamos que a pro-jecção da liberdade se faz de fora para dentro; isto é, do meio social e político para a vida individual e pessoal. Pensamos ainda que a liberdade está apenas relacionada com a liberdade de movimentos, de expressão, de associação e de manifestação pessoal e colecti-va. Outros também a descrevem como a liberdade do cativeiro e do controlo contra a nossa vontade. Todos estes aspectos estão rela-cionados com parte da liberdade humana. Porém, não a descrevem

por completo porque a colocam em moção no sentido errado; de fora para dentro do indivíduo.

Precisamos prestar atenção a um factor invisível; à dimensão mais profunda do nosso interior. Ali descobriremos que a liberdade está activada como parte essencial inerente e imanente no ser huma-no naquilo a que chamamos espí-rito. Faz parte integrante do ser racional, pensante, consciente e emocional que somos. Nada nem ninguém nos poderá forçar a per-ceber as coisas na perspectiva que não queremos. Podem forçar-nos a obedecer a essas vontades alheias mas cá dentro resistiremos e sere-mos sempre livres. A opinião dos outros não será aceite por nós se o não quisermos. A nossa mente age por si própria pensando e promo-vendo sentimentos e acções. Os pensamentos e as emoções são livres mas as acções nem sempre o são. Podemos ser indoutrinados a eventualmente acreditar que so-mos estúpidos, passivos ou cons-truidos para obedecer cegamente àquilo que os outros querem a que nos conformemos. E essa in-

doutrinação inibirá até certa me-dida a nossa liberdade interior. Mas a liberdade nunca se perde; e se a reconhecermos e a desenvol-vermos dentro de nós crescerá e brotará como uma flor na lixeira. Tornar-se-á a parte mais maravi-lhosa e enriquecedora da experi-ência humana; porque a Verdade Essencial liberta de facto.

A realidade da liberdade inte-rior deve tornar-se o poder que controla a maneira como pensa-mos acerca do que nos acontece, e como nos definimos a nós mes-mos, recusando simultaneamente que sejam os outros a determinar quem somos. A liberdade é a base da vida autogovernada e autodi-rigida com boa vontade e gene-rosidade capaz de escolher entre o bem e o mal, capaz de abrir di-mensões que desconhecemos da essência do nosso ser e de encora-jar-nos intimamente a entrar por essas dimensões à aventura da descoberta de nós mesmos como seres éticos. A liberdade também nos abre a porta a caminhos in-teiramente novos, recheados do sentido do que é de facto valioso

e significativo na dimensão espi-ritual, fundindo tudo numa re-alidade sagrada só nossa e bem nossa, onde jamais alguém en-trará sem permissão. Existimos e somos livres no sentido de dentro para fora. A liberdade começa no nosso interior e projecta-se para o exterior da nossa existência.

A consciência e a percepção da liberdade interior, isto é, da ver-dadeira pessoa que existe dentro de nós – porque às vezes conver-samos com os nossos botões – é um dom mas também um fardo. Porque está intrinsecamente liga-da à responsabilidade. A liberda-de interior implica absoluta res-ponsabilidade pela maneira como pensamos, como sentimos e pelos actos que praticamos. Porque as nossas decisões passam a ser de única e exclusiva responsabilida-de pessoal. Ou seja, o nosso senti-do moral e ético transforma-se em consciência desenvolvida e nutri-da que rege o nosso pensamento, o nosso sentimento e a nossa ac-ção como seres humanos. Quanto mais nos deixarmos governar pela consciência mais seremos respon-

sáveis e capazes de assumir o co-mando do nosso destino. O dom é a liberdade interior, o fardo é a consciente responsabilidade mo-ral.

Dentro de nós preenche-nos o sonho e a aspiração a uma vida melhor; mas não sabemos o que satisfará essa aspiração profunda-mente enraizada. Portanto, deve-mos criativamente desenvolver a sensibilidade necessária à recep-ção e integração de informações novas que nos catapultem para paradigmas mentais frescos e nos equipem para enfrentarmos no-vos desafios. Desafios que acon-tecem dentro de nós provocando transformações e mudanças – às vezes bruscas, outras porém mais lentas – como uma metanoia ver-dadeira e genuinamente espiritual que resultará num processo de re-educação e de renovação da nossa maneira de pensar, de sentir e de agir. E entraremos na aventura ética de sermos senhores do nos-so futuro; porque o escolhemos livremente e conscientemente. Quem assim está e se sente livre é de facto livre. ■

activando a liberdade interior

Dr. Fernando Caldeira da Silva

A Pinhal Total, Associação de Desporto Aventura continua numa sen-da de sucessos..

O seu principal objetivo é dar a conhecer Oleiros a todos aqueles que participam nas nossas atividade ao longo do ano.

No passado dia 16 de Setembro organizaram a 5ª Concentração de Mo-torizadas que reuniu cerca de 200 participantes. Sim 200, não é erro do jornal.

Aqui Vos deixamos algumas imagens que a Amiga Nelma nos facultou e a qu assistimos em parte.

Saudações à PINHAL TOTA e votos de continuação de organizações bem sucedidas. ■

5ª Concentração de Motorizadas em Oleiros foi enorme sucesso

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8 Jornal de OLEiROS 2012 OUTUBRO

Contabilidade . Salários . IRS/IRC . PocalRua Cabo da Devesa, 6160-412 Oleiros

email: [email protected] • Telefone 272 682 795

Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra

Rua dos Bombeiros Voluntários - OleirosTelefone 272 681 015 . Fax 272 681 016

No passado dia 19 de setembro o Ministro da Economia e do Em-prego, Dr. Álvaro Santos Pereira, no âmbito da sua visita ao con-celho, reuniu com um grupo de gestores oleirenses com o intuito de auscultar as suas necessidades e preocupações.

Na ocasião foi realçado o di-namismo e juventude do tecido empresarial Oleirense, cujo de-sempenho tem sido evidenciado por instituições e publicações de referência.

Segundo José Santos Marques, “os empresários do concelho têm sabido ultrapassar as dificulda-des com grande esforço e talen-to, o que tem garantido níveis de empregabilidade e o alcance dos seus objetivos”.

Após um período profícuo de abertura e diálogo no qual, em ar-ticulação com todos os presentes, se sintetizou o cenário económico local, para além das reivindica-ções do edil, os gestores tiveram

ainda a oportunidade de expor as suas inquietações.

No final, ficou a esperança que estas sejam devidamente

encaminhadas, desbloqueando soluções que fomentem o desen-volviment económico e social do concelho. ■

Empresários de Oleiros reúnem com Ministro

da Economia e do Emprego

O Hotel Santa Margarida está equipado com parque infantil, Piscina Exterior, Ginásio e um SPA.

No SPA os hóspedes podem relaxar com os tratamen-tos e massagens, assim como com a utilização da Sauna e Banho Turco.

A pensar na oferta de um serviço de excelência, o Hotel de Santa Margarida dispõe ainda do restauran-te “Callum”, bar, auditório, salão de refeições, piscina, SPA, jardins, sauna, banho turco, ginásio, loja de produ-tos locais e uma casa de chá. Tanto a piscina como a casa de chá, estão implantados na envolvência das margens da ribeira, que futuramente permitirá um passeio pedo-nal até à Praia Fluvial de Açude do Pinto.

Saiba mais em: www.hotelsantamargarida.ptemail: [email protected]: (00351) 272 680 010 ■

O estupendo hotel de Santa Margarida em Oleiros

Vai realizar-se de 1 a 4 de novem-bro, a 6.ª edição da Mostra do Me-dronho e da Castanha, um evento temático que compreende diversas atividades de vários âmbitos. Pro-movido pelo Município de Oleiros, em parceria com a associação Pinhal Maior, este é já um acontecimento reconhecido nacionalmente e que conta anualmente com a bastante afamada Mostra Gastronómica, Caminhada Rota da Castanha, Ma-ratona de BTT Rota do Medronho, organizada pela associação Pinhal Total e a bem-sucedida Mostra de Produtos Locais numa tenda situa-da no centro da vila.

O evento começa a envolver cada vez mais a comunidade local, mo-bilizando ainda os comerciantes locais que aderem a esta iniciativa decorando as suas montras com motivos alusivos às fileiras dos dois frutos em destaque nesta Mostra: a castanha e o medronho. Este últi-mo, aliás, o fruto do medronheiro,

insere-se na categoria dos pequenos frutos, tal como o mirtilo, cujo mer-cado está em franca expansão.

O medronho é encarado pelo município de Oleiros como uma oportunidade a considerar, tendo em conta as suas potencialidades e a margem progressão na criação de valor acrescentado. Recorde-se que a procura por esta espécie mediter-rânica tem sofrido um forte incre-mento devido não só à produção de aguardente de medronho, mas tam-bém pela sua utilização em projetos de arborização, pela expansão do mercado de comercialização da sua folha para corte, pela sua utiliza-ção em compotas e doces ou ainda devido ao crescente interesse pelos pequenos frutos, nos quais este fru-to vermelho se insere. Por todos os motivos e devido à adaptabilidade e generosidade da espécie, o muni-cípio de Oleiros tem apostado nesta fileira e é reconhecido como Capital do Medronho. ■

6.º Mostra do Medronho e da

Castanha de 1 a 4 de novembro

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Jornal de OLEiROS 92012 OUTUBRO

Foi com prazer que visitámos a Cooperativa Agro-Florestal da freguesia da Amieira, em Oleiros, fundada em 17 de Agosto de 1987 pelo Amigo Fernando Dias que após 15 anos cedeu a gestão a José Mateus que veio posteriormente a ser substituido por Francisco António, também Presidente da Junta de Freguesia da Amieira e que conta com 275 sócios.

A zona de coelhos, com 14 salas e em cada sala com 124 jaulas (ha-bitação dos coelhos), reúne todas as condições de higiene e bem es-tar para os animais e está impe-cávelmente tratada, permitindo a existência de 12 000 coelhos e exportando mais ou menos 3200, de 3 em 3 semanas.

A Cooperativa, sólida e a crescer, está inserida numa zona paradisí-aca, um pulmão verde, facto extre-mamente importante. Assistimos à demonstração da alimentação proveniente dos silos, com três configurações possíveis (coelhas grávidas, coelhas em crescimento, etc), o processo de abastecimento de água e, destacamos o entusias-mo de Francisco António, também a dedicação atenta e cuidada às necessidades dos animais

Com 4 postos de trabalho, esta empresa exporta como já dissé-mos e pode crescer, parecendo-nos estar mesmo a necessitar de mais um posto de trabalho, dada a constante actividade que vimos, padronizada por horários intensos e de regularidade imprescindível.

Ficámos encantados com ani-

mais tão dóceis e úteis e saudamos a dedicação da equipa de gestão e todos os sócio, apontando esta Co-operativa como exemplo para ou-tras actividades no Concelho. ■

PF

Cooperativa agro-florestal da amieira, cresce

O importante Complexo Despor-tivo de Oleiros há muito justificava uma conversa com João Marques, Director do mesmo.

As agendas de ambos não facili-tarem e só agora, em boa hora, pois estamos no final da época balnear e importava mostrar que este im-portante complexa tem uma vida activa durante todo o ano. Por isso falámos com João Marques, tam-bém um dos Capitães do “ARCO-leiros”.

JO: Que modalidades se prati-cam?

JM: As piscinas municipais na sua abertura apresentavam 2 mo-dalidades, “ Natação e Hidrogi-nástica”; hoje e como era nossa meta aumentamos a nossa oferta, contamos com mais 7, nomeada-mente: Aulas de ténis, Hidrotera-pia, Hidrobike, Hidrojump, Jump, Pilates e Ginástica Sénior. Gostaria de referir que a Câmara Municipal através da Piscinas foram pionei-ras em leccionar aulas de Hidrobi-ke no nosso distrito, algo nos deixa obviamente orgulhosos. Para o ano de 2012/2013 – Ginástica Sénior, Jump, Hidrojump e aulas de ténis são as novidades.

JO: Quantos funcionários tem a estrutura?

JM: Neste momento a estrutura tem 12 funcionários.

JOleiros: Que iniciativas vão promover até final do ano?

JM: várias:A partir de Setembro promove-

mos sempre uma semana temática onde abordamos algum tema ou assunto que as próprias datas nos designam; provas desportivas no ginásio e piscina.

Para além destes – passeios pe-destres (dia Mundial do coração); Hidro de natal (grátis); Final do torneio de ténis, torneio de futebol (parque de lazer), e outras que va-mos incluindo na nossa planifica-ção.

João Marques, como nota final,

gostaria de apelar aos Oleirenses para a prática de actividade física. Nos tempos que vivemos o Des-porto representa uma mais valia em termos de saúde e bem-estar, e a Piscina e Ginásio Municipal têm todas as condições para proporcio-nar aos seus utentes os objectivos a que se propõem. Concordamos plenamente e apoiamos a suges-tão.

Quem é João Marques?João André Marques tem 30

Anos.É Licenciado em Ciências do

Desporto pela Faculdade de Ciên-cias do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra.

Complexo desportivo de Oleiros

João Marques

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10 Jornal de OLEiROS 2012 OUTUBRO

O topónimo desta freguesia, Cambas, parece estar relacionado com o traçado sinuoso e tortuo-so que o rio Zêzere ali toma para contornar as serranias. O nome vem provavelmente de “câmbios”, inspirado nas voltas que o rio faz naquele lugar.

A freguesia, com uma área de 48,5 Km2, situa-se a Norte do con-celho. Sendo a única a ser a ser atravessada pelo rio Zêzere, apre-senta particularidades únicas no contexto paisagístico. Situada na margem direita do rio Zêzere, a Praia Fluvial de Cambas apresen-ta-se como um local interessante para banhistas e para quem pre-

tende meditar e descansar.O aglomerado de Cambas es-

tende-se pela encosta direita do rio, dando-lhe um enquadramento único. Salientam-se deste comple-xo habitacional a Igreja Matriz de-votada a S. João Baptista, padroei-ro da freguesia. Este é um templo amplo, com linhas arquitectónicas harmoniosas, rico em talha, azule-jaria e painéis.

Destacam-se desta freguesia os seguintes aglomerados: Admoço, Brejas do Barco de Cima, Canei-ros, Reboucinhas, Pisoria, Rouco de Baixo, Rouco de Cima, Muros, Cimo da Breja, Cimo do Sobral e Selada da Pedra. ■

José Mendes Dias acolheu-nos bem, como sempre.

Começámos por anunciar que faremos a Festa do 3º Aniversário na sua Freguesia dia 20 de Outu-bro num jantar onde contamos reunir as Autoridades do Con-celho, Colaboradores e Amigos. Viu-se que ficou contente...e logo nos disse que a única grande má-goa que leva quando sair do seu mandato, relaciona-se com a Ex-tensão de Saúde que construiu de raíz, com todos os meios. Com-provámos pessoalmente e verifi-camos que não há muitas iguais...Tem apenas 2 enfermeiros por semana, dedicados e de grande utilidade.

JO: Perguntamos, porquê a mágoa?

JMD: “ Não consegui um mé-dico uma vez por semana. La-mento muito e disse-o a quem de direito.”

Ressalvou a Câmara de Oleiros que em conjunto com ele tudo fez para tornar possível a vinda do médico.

JO: Como resolveu o proble-ma Presidente?

JMD: Comprámos com enorme esforço uma carrinha de 9 lugares que estamos a pagar a prestações e, desta forma, os nossos doentes podem ir ao médico...Insistiu no seu descontentamento nesta ma-téria.

JO: Uma realização que o sa-tisfaça Presidente?

JMD: Sem demora, a resposta: “A Ponte Nova inaugurada por Macário Correio em 1991, que li-gou a margem sul à norte. Antes era necessário passar de barco e ou barcaça e ainda os morado-res, devido a horários operativos eram obrigados a ter barco pró-prio...não estávamos no mun-do...”

JMD: Acrecentou ainda que deseja fazer uma homenagem ao Homem que se empenhou na Ponte Nova. O Eng. DIAS Agúdo e a Direcção de Hidráulica. Sem eles nada teria sido possível.

Esta obra permitiu construir CAMBAS da margem do rio até ao cimo, aquilo que é hoje uma edificação organizada e contínua, era antes uma zona de silvas e ervas daninhas...foi um enorme passo, acrescentou.

JO: E as outras infraestruturas,

Presidente?JMD: O saneamento está feito,

a distribuição de àgua igualmen-te, apenas as localidades de Re-boucinhos, Muros, Cimo da Breja e Cimo do Sobral está por con-cluir. Pela distância e enormidade de custos que não conseguimios suportar mesmo com o apoio da Câmara que destaco como gran-de apoio a CAMBAS.

JO: E as Escolas Presidente?JMD: As crianças da primária

vão para o Orvalho, são cerca de 10. As outras ara Oleiros estando os transportes assegurados.

JO: Quantos habitantes Presi-dente?

JMD: Cerca de 750 mas a cres-cer, acredito.

Visitámos depois a Freguesia. Voltaremos em breve Presidente. ■

PF

Telefone: 272 773 179email: [email protected]

freguesia de CaMBaS (Oleiros) um pouco de história

Entrevista com o Presidente da freguesia de CaMBaS José Mendes dias

Junta de Freguesia de Cambas (OLR)

De um lado de o rio temos:Brejas do BarcoEstremanças de CimaEstremanças de BaixoReboucinhas de CimaReboucinhas de BaixoQuinta do PromourinhoMuro FundeiroAtalaiosCaniças

CereijeiralBalseiraSelada das PedrasPereirosBreja (Cimo do Sobral)Cimo do SobralCaneirosAdmoçoCambas (Sede de Freguesia)

Do outro lado do rio: PisoriaRouco de CimaRouco de Baixo

* Apoio de Carla, Freguesia de Cambas

Carrinha de Transporte de Doentes

Bela praia de Cambas

Capela restaurada

Caracterização da freguesia de Cambas (Povos)

HíperActiva

Telefone:(00351) 235 512 013

email: [email protected]

Site: www.hiper-activa.pt

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Jornal de OLEiROS 112012 OUTUBRO

* Carlos Fernandes

A canção de Coimbra é um género musical cujas origens se encontram na cultura urbana da própria cidade.Com caracte-rísticas populares e académicas insere-se na Música Tradicional da cidade e pelas suas influências locais, constitui-se na Serenata o ponto mais alto e relevante da sua expressão artística e genuína.

Desde sempre marcada por excelentes intérpretes vocais e exímios instrumentalistas da gui-tarra Coimbrã, a canção de Coim-bra tem as suas origens de base deixada no final do século XIX por Augusto Hilário, sem dúvi-da o seu pioneiro, era entoada a saudade de deixar Coimbra, os encontros, desencontros e sofri-mentos de amor. Mas é na pri-meira década do século XX ,que se assiste a um ponto de viragem no que diz respeito à interpreta-ção e à poesia com Edmundo de Bettencourt e António Menano, sendo este uns dos mais féis re-presentantes do legado anterior. Na parte instrumental não pode-remos deixar de referir um dos expoentes máximos da primeira geração de ouro e um dos mais célebres guitarristas de todos os tempos, Artur Paredes.

José Afonso , Luís Goes, são alguns dos nomes de destaque, desta segunda geração passan-

do a Canção Coimbrã a assumir também ela um papel relevante de contestação para como regi-me que vigorava à época, nomes como Adriano Correia de Olivei-ra e António Bernardino apare-cem também na chamada cantiga de intervenção. Nuno Guimarães, José Manuel dos Santos, Mário Soares da Veiga e tantos outros, renovam a linha mais tradicional e conservadora da Canção Coim-brã . Não nos poderemos esque-cer, de um dos maiores mestres da guitarra Carlos Paredes, tam-bém ele um dos ilustres repre-sentantes da Canção Coimbrã.

Após o ressurgimento da Can-ção Coimbrã. (1978/1980), as re-ferências deixam de ser indivi-duais, como até então acontecia , para passarem a ser em torno do coletivo.

Se houve voz que em muito ultrapassou as margens do Mon-dego, essa tem um nome Luiz Fernando de Sousa Pires de Góes, nascido na cidade de Coimbra em 1933,cujas origens familiares em muito contribuíram para a sua formação artística, ,De fac-to, o cantor cedo se iniciou, (aos catorzes anos era considerado o “menino prodígio” com honras de ser convidado e acompanha-do por Artur Paredes ,Afonso de Sousa e mesmo Francisco Mena-

no), por influência do tio paterno Armando Góes, contemporâneo de Edmundo Bettencourt, Antó-nio Menano, Lucas Junot, Para-dela de Oliveira, Almeida d’Eça e Artur Paredes.

Luiz Góes viria a revelar-se num dos mais brilhantes cantores que passaram por Coimbra, mas cujo fogo, alimentado que fosse para fora do ambiente tão propí-cio à inspiração e à difusão, como o do Mondego fez dele a maior voz da Lusa Atenas.

De facto, Góes é autor de 25 fados e de 18 baladas, de que se destacam Fado da Despedida, Toada Beira, Balada da Distância, Canção do Regresso, Homem Só, meu Irmão, Romagem à Lapa, É Preciso Acreditar e tantos outros. Fado, toada, balada, canção. Luiz Góes, atravessou uniformemente os diferentes géneros da canção de Coimbra com um fio condutor: a sua voz inconfundível de baríto-no ao serviço de um conjunto de temas criteriosamente escolhidos ou criados.

Quis o destino que nos deixas-se, esta semana, mas a imortalida-de da sua voz permanecerá viva nas nossas vidas, nesta Coimbra que nos enche de luz. Até sempre meu irmão!!

Bem hajam ■

Ouvimos a voz que, agora, se cala. Lembramos o eco de esperança que

essa voz deixa em nós.

“a voz da lusa atenas”

No seguimento do curso de pintura que decorreu na Junta de Freguesia de Oleiros no passado mês de fe-vereiro, o qual esteve a cargo da artista local Rosa Afonso e reuniu cerca de oito forman-dos, vai estar patente na sede daquela autar-quia, de 1 a 15 de ou-tubro, uma exposição que reúne os trabalhos resultantes desta ini-ciativa. A mostra pode ser visitada diariamen-te, mediante o horário de funcionamento da Junta de Freguesia.

Recorde-se que a formadora do curso em questão possui um atelier de cerâmica e pintura decorativa no Centro Histórico da Vila, sendo neste espaço que esta conhecida artista local expõe e vende al-gumas das peças decorativas que pinta, em diversas formas (linho, tela, acrílico, azulejo), muitas destas dedicadas ao património de Olei-ros. Uma nota de relevo, será o facto de a autora promover cursos de pintura, fomentando a criação de arte no concelho de Oleiros.

Junta de freguesia de Oleiros promove

exposição de pintura

Trabalhos realizados pelos formandos

do Curso de Pintura lecionado pela

artesã Rosa Afonso

Exposição de Pintura

De 1 a 15 de Outubro de 2012

Local: Junta de Freguesia de Oleiros

Caro Director,

Quero em primeiro lugar, em meu nome e em nome da Direc-ção da Casa da Comarca da Sertã, dirigir-lhe as maiores felicitações pelo 3º aniversário do Jornal de Oleiros. De seguida e na impos-sibilidade de o fazer pessoalmen-te, quero agradecer o convite que nos dirigiu para participar nos justos festejos, a realizar dia 20 de Outubro.

Tenho acompanhado, como sabe, a ainda curta vida do Jor-nal de Oleiros, relevante órgão de comunicação social local mas também de toda a região do Pi-nhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira, fundado em 25 de Setembro de 2009 e que, assim creio, constitui uma mais valia para Oleiros e municípios limítrofes.

Digno sucessor do Jornal Heral-do de Oleiros, que terá iniciado a sua publicação em 1927, o Jornal de Oleiros tem procurado dar nota pública das notícias mais relevantes a nível local, não des-

curando o que a nível nacional se reflecte na vivência diária de to-dos os portugueses, sejam eles do interior ao litoral, do continente às ilhas.

Para mim, enquanto responsável pela Casa da Comarca da Sertã, todo o trabalho que vá no sentido de divulgar e promover aquilo que de melhor a nossa região tem

e pode oferecer, merece o nosso re-conhecimento e agradecimento.

Desejo-lhe as maiores felicidades no desempenho das funções que ousou assumir, desejando longa vida ao Jornal de Oleiros! ■

Pedro Amaro Presidente da Direcção Casa da Comarca da Sertã

Presidente da Casa da Comarca da Sertã ao nosso jornal

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12 Jornal de OLEiROS 2012 OUTUBRO

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Jornal de OLEiROS 132012 OUTUBRO

aconteceu em Oleiros

Este artigo faz uma modesta ho-menagem ao juiz João Ramos, meu professor do ensino preparatório no distante ano lectivo de 1977-78. Pois foi ele que, a seu modo, me iniciou nos mistérios da História e que, sobretudo no último ano de vida, instando comigo, me obrigou ao contrato tácito de escrever alguns artigos para o jornal de Oleiros, dos quais este é o primeiro.

Na longa agonia das Ordens militares e religiosas em Portugal, imediatamente antes de serem inte-gradas na Casa do Infantado (1789) ou, depois desse acontecimento, antes da sua extinção (1834), várias novidades traçam novos caminhos das suas biografias seculares. Uma das mais inusitadas, no que concer-ne à Ordem de S. João do Hospital de Jerusalém (ou simplesmente Ordem de Malta) diz respeito à criação do seminário de São João Baptista do Priorado do Crato, na Quinta do Bom Jardim, em Cer-nache, por decreto de 10 de Março de 1791. Era então Grão-Mestre da Ordem o príncipe regente D. João (futuro D. João VI) e o local esco-lhido carregava consigo, ao mesmo tempo, venturas de glória guerrei-ra e cheiros de santidade.

Em primeiro lugar, a Quinta do Bom Jardim compunha-se de uma casa senhorial acastelada com seus logradouros ajardinados, terras de cultivo e mais pertences, e fora uma das muitas e imponentes obras gizadas e construídas pelo carácter empreendedor de D. Ál-varo Gonçalves Pereira, 1.º Grão-Prior do Crato. Em segundo lugar, de acordo com a maior parte dos biógrafos, foi nesse lugar que D. Iria do Carvalhal deu à luz o fu-turo Condestável do Reino, figura decisiva na crise dinástica de 1383-85: D. Nuno Álvares Pereira. Ora, a escolha daquele sítio para instalar o seminário prendia-se com um pe-dido (e talvez um voto pessoal) do

Vigário Geral do Grão Priorado do Crato, D. Manoel Joaquim da Silva, Bispo de Adrianapolis, natural de Cernache, e tinha em mira fornecer os futuros freires àquela milícia sa-grada.

Mas seria despropositado in-vocar esta breve resenha se, neste mesmo lugar, no dia 8 de Dezem-bro de 1855 não abrisse as portas (àqueles que sentiam o apelo divi-no) o Colégio das Missões. De fac-to, a fundação do colégio tinha em vista subsidiar, tanto quanto pos-sível, a grande “cruzada” nacional religiosa do século XIX — a missio-nação do território ultramarino por-tuguês. Por outro lado, aquela insti-tuição está tão ligada à história do concelho de Oleiros, que seria um fracasso tentarmos compreender a história da vila e do seu termo, no plano religioso, sem abordamos a acção do Colégio das Missões. Bas-taria para isso lembrar que o Bispo de Angra do Heroísmo, natural da vila de Oleiros, foi aluno do colégio, nele foi sagrado e chegou a Supe-rior do mesmo (de 1865 a 1872) e no qual fundara o jornal Annaes das Missões Portuguezas Ultramarinas. Também deixaria, em testamento, cinco acções do Banco de Portugal ao Colégio, todas de duzentos e cin-quenta mil réis, com a condição de se lhe cantar uma missa de requiem no aniversário da sua morte.

Todavia, apesar de aquele lugar carregar glórias e venturas de ou-trora, este artigo pretende somente arrolar os missionários do concelho de Oleiros, que, durante os primei-ros cinquenta anos de vida do colé-gio, o frequentaram e dele partiram para as colónias. As viagens e a mis-sionação dos indígenas eram tão perigosas que delas se esperava tão só um dos dois resultados possíveis: a redenção dos pecados ou a morte. Embalados pela esperança da salva-ção, os nomes que se seguem não merecem perder-se no esquecimen-

to. Para eles vai a minha homena-gem mais sincera e ao missionário Cândido Teixeira, grande estudioso do Colégio e das Antiguidades da Ordem de Malta nos aros de Cerna-che, Sertã, Oleiros, Álvaro e Proença a Nova, aqui deixo expresso o senti-mento da minha gratidão. A maior parte das notas coligidas sobre os missionários provêm das suas atu-radas pesquisas.

José Sérgio Antão Alvares, natural de Póvoa de Cambas, tendo conclu-ído o curso e ordenação partiu em missão a 5 de Janeiro de 1872 para Macau. Foi nomeado professor do seminário diocesano. Regressou gravemente doente e morreu no Hospital de S. José em Lisboa.

Joaquim Luís Alvares, natural de Vilar Barroco, partiu em missão para S. Tomé no dia 5 de Outubro de 1878. Teve várias nomeações eclesiásticas e leccionou ensino pri-mário na ilha do Príncipe. Serviu nas missões 23 anos. Mandou re-construir a capela de Nossa Senhora do Rosário. Faleceu nesta ilha a 22 de Outubro de 1901.

António Luís, natural da fregue-sia de Oleiros, concluiu o curso e ordenou-se, partiu para Angola a 6 de Agosto de 1887. Foi pároco e professor da instrução primária da vila do Dondo. Construiu a igreja do Dondo, que foi benzida a 22 de Março de 1896. Foi nomeado cóne-go penitenciário da Sé de Luanda. Deixou as missões a 29 de Junho de 1896.

Joaquim Pinto de Albuquerque era natural e membro de uma das famílias mais gradas da vila, fez curso, ordenou-se e saiu para mis-são no ano de 1890 (chegou a Lu-anda a 30 de Junho). Foi missionar para S. Salvador do Congo, onde foi nomeado arcipreste e superior da Missão. Em 17 de Agosto de 1895 regressou doente à Europa; foi dado como incapaz de todo o serviço no ultramar.

António de Azevedo Bártolo, na-tural do Estreito, concluído o curso e feita a ordenação, embarcou em missão para Macau, onde chegou a 23 de Janeiro de 1894. Foi eleito Vigário Geral e Superior das mis-sões na ilha de Timor. Em 1901 foi nomeado pároco da freguesia de S. Lourenço, em Macau. Em 1905 ain-da era pároco na ilha de Taipa.

António Mendes Cardoso, natu-ral da freguesia da Isna, concluiu o curso e ordenou-se, partiu para a missão de Moçambique onde chegou a 7 de Junho de 1895. Aí foi secretário da prelazia, pároco da freguesia da Sé e professor na Escola de Artes e Ofícios até 1900. Nesta altura acompanhou o Bispo da Diocese de Damão, D. Sebastião José Pereira e aí ficou.

João Esteves Ribeiro, natural da freguesia de Isna, acabado o curso e feita a ordenação, partiu para a Guiné a 22 de Setembro e chegou a 3 de Outubro de 1895. Foi logo no-meado pároco da Igreja de Nossa Senhora da Graça de Farim; igreja que era apenas um altar ambu-lante. Foi este padre que mandou construir a Igreja (de comum acor-do com o Comandante da Praça, o tenente Jaime Augusto da Graça Falcão), de adobe (e caiada), e co-

berta a telha Marselha. De 1897 a 1899 paroquiou a Igreja de Nossa Senhora da Candelária de Bissau. Em Dezembro de 1899 regressou à Europa, depois de ter caído grave-mente enfermo e tendo sido dado como incapaz para todo o serviço das missões ultramarinas.

Joaquim Domingues Coelho, natural do Estreito, acabado o cur-so e feita a ordenação, partiu para Angola onde chegou a 4 de Março de 1903. Foi logo nomeado capelão cantor da Sé Catedral, escrivão in-terino do Juízo Eclesiástico e ama-nuense da Câmara Eclesiástica. Porém, deixou estes cargos a 20 de Junho do mesmo ano por ter sido nomeado pároco da igreja de Nossa Senhora dos Remédios, na mesma cidade de Luanda. Pouco depois é nomeado capelão da Fortaleza de S. Miguel. Em 1905 ainda ocupava este cargo.

Uma palavra final, dirigida aos leitores deste artigo: aquilo que aqui se inventariou constitui apenas o início de uma investigação sobre o tema em epígrafe e que, a longo prazo, espero possa chegar a ser vo-lume publicável em livro. ■

Leonel Azevedo

Missionários do concelho de Oleiros provenientes do Colégio das Missões,

durante os primeiros 50 anos (1855-1905)

A Federação Distrital de Castelo Branco da Juventude Socialista re-alizou, neste momento de reinício das actividades lectivas no ensino superior, reuniões com o Presiden-te do Instituto Politécnico de Caste-lo Branco e com o Reitor da Univer-sidade da Beira Interior.

Pretendeu-se nestas reuniões trocar informações com os respon-sáveis máximos das instituições de ensino superior no distrito sobre a situação actual das mesmas e o impacto que a presente crise está a ter na sua actividade e nos seus alunos.

É com preocupação, mas sem grande surpresa, que constatamos que ambas as instituições de ensino superior do nosso distrito se encon-tram em situações financeiras limi-te. Estas instituições têm consegui-do gerir os cortes de financiamento, quer no aumento das suas receitas

próprias quando possível, o que se afigura progressivamente mais complicado dada a situação do país e particularmente do distrito, quer com a racionalização de despesas. No entanto ambos os responsáveis nos garantiram estar no fim da li-nha e que futuros cortes irão por em causa não só a qualidade do ensino, o que até agora tem sido evitado, como até o próprio fun-cionamento das instituições.

Foram também discutidas as nossas preocupações com a situ-ação económica cada vez mais precária de muitos alunos. Ambas as instituições referiram que têm efectuado um reforço do apoio em situações de carência e que tem sido possível evitar o aumento do abandono de alunos por razões económicas através do aumento do número de prestações para pa-gar as propinas, do prolongamen-

to dos prazos de pagamento e da utilização de planos de pagamen-to que permitam aos alunos com propinas em atraso continuar os seus percursos académicos.

Ainda assim é com muita apre-ensão que a JS olha para um qua-dro de restrição orçamental no ensino superior em que é perma-nentemente necessário um au-mento das verbas de apoio social. Parece-nos que, ainda que feliz-mente tenha sido possível até ago-ra evitar situações mais gravosas, estamos numa situação em que será progressivamente mais difícil fazê-lo sem que exista um reforço das verbas das instituições de en-sino superior.

Foi também com muita preo-cupação que ficámos a saber que o Governo preparou o orçamento deste sector, com os cortes que irá acarretar, sem ter previamente ou-

vido as instituições afectadas.Foi ainda apontada a necessi-

dade premente de uma efectiva estratégia para o Ensino Superior que evite que a sua racionalização seja feita através de um estrangu-lamento orçamental em que ape-nas as instituições que consigam sobreviver por sua conta tenham futuro.

Por último, não podemos deixar

de referir o fundamental papel no desenvolvimento económico, social e cultural que estas institui-ções têm nas zonas do interior e como tal a necessidade de assegu-rar que o acesso à Educação é efec-tivamente cumprido nestas zonas do país, principalmente num mo-mento em que muitas famílias não possuem condições para que os jo-vens estudem longe de casa. ■

a JS e o ensino superior

Colégio das Missões

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14 Jornal de OLEiROS 2012 OUTUBRO

O FUTURO AGORA!“Ultrapasse o presente, chegue ao sucesso e seja feliz.”

Taróloga Cartomante Margarida FernandesContacto: 961 093 [email protected] no facebook: https://www.facebook.com/TCEMF Visite o meu blog: http://tarologamargaridafernandes.blogspot.pt/

CARNEIRO 21/3 a 20/4Carta Dominante: A Torre: destruição, mani-festaçãoAmor: Outubro vai-lhe trazer um sentimen-

to de desilusão. Estará com alguns altos e baixos a nível sentimental, pelo que mesmo que tente equilibrar essas energias irá sempre sentir-se impotente em determinadas situações. Entrará numa fase de alguma teimosia e infle-xibilidade, e quererá que tudo seja à sua maneira. Devia aproveitar a sua Estrelinha da sorte, em vez de complicar o que o Universo lhe traz de bom! Todo este turbilhão de emoções reflectir-se-à em casa, deixando, por vezes, descontrolado.Trabalho: Entrará em mudanças fundamentais para a sua carreira. Especial cuidado com desonestidade por parte dos outros que poderão querer prejudicá-lo. Acautele-se com gastos excessivos e desnecessários.Saúde: Faça análises.Conselho: Mantenha o controlo das situações e do seu próprio estado de espírito. Nem tudo pode ser como que-remos. Pode magoar quem o rodeia e arrepender-se mais tarde. Pense antes de falar e mantenha a calma em todas as situações. Só assim conseguirá chegar a um bom fim. Lembre-se: “Quem tudo quer, tudo perde!”.

TOURO 21/4 a 21/5Carta Dominante: A Força: audácia, controlo.Amor: O amor andará no ar. Irá sentir que a sua Estrelinha da sorte está consigo e parece

querer fazer bater forte o seu coração. Perfeito entendi-mento neste sector. No entanto este ar renovado pode fazer com que tenha de tomar decisões em relação a as-suntos familiares e até mesmo vir a despoletar conflitos internos e com os outros. Trabalho: Continua em fase de muito trabalho e todos os assuntos pendentes deverão ser tratados o quanto antes. Organize o seu tempo para conseguir cumprir prazos. Deve ler muito bem todos os documentos que lhe sejam apresentados.Saúde: Tendência a depressões devido a stress acumu-lado. Conselho: Deve ser você próprio. Não deixe que outros controlem a sua vida. Faça o que realmente lhe dá felici-dade. Esclareça tudo, e não deixe nada por dizer.

GéMEOS 21/5 a 20/6Carta Dominante: O Papa: passividade, perse-verança.

Amor: A vida sentimental não está facilitada este mês. Muitas situações poderão deixá-lo descontrolado. Senti-rá que querem manipular a sua vida e isso poderá fazer com que tenha de tomar decisões importantes para a sua vida. É possível que se isole mais e que entre em fase de reflexão para entender o que realmente é positivo para si, na sua vida.Trabalho: Muito trabalho dependerá de si. Estão favore-cidas as relações com o estrangeiro. Financeiramente será recompensado pelo seu empenho.Saúde: Acautele-se com o sol.Conselho: Saia do seu estado de passividade e vá à luta pela sua vida e pelos seus objectivos. Para resolver os assuntos com os outros terá, primeiro, que se entender consigo próprio e perceber o que afinal quer para a sua vida. Pense mais em si!

CARANGUEJO 21/6 a 22/7Carta Dominante: A Justiça: acção, reacção.Amor: Apesar de se sentir destruído, por vezes,

saiba que Outubro lhe traz momentos muito benéficos neste campo. No entanto, o Tarot indica que fugirá das situações que lhe sejam apresentadas. Tem ligações pas-sadas que terá de resolver no seu interior. No final do mês está mais protegido e inclusive poderá sair do seu “mundo” e conviver mais.

Trabalho: Melhorias neste sector, pelo que se pede mais acção para conseguir o que pretende. Financeiramente, analise os seus gastos.Saúde: Problemas ósseos.Conselho: Clarifique o seus sentimentos e saia mais com os amigos. Conheça novas pessoas e divirta-se mais. Não vale a pena remoer em factos anteriores. Fale abertamen-te sobre os seus sentimentos, e avance com a sua vida!

LEãO 23/7 a 22/8Carta Dominante: O Diabo: ambição, desejo.Amor: Embora passe por uma fase de algum

autoritarismo, em que irá querer dominar e controlar to-das as situações, tem um mês muito positivo neste cam-po. O Universo irá actuar em seu favor. Sentirá fortes mudanças positivas e tudo tende a correr sobre rodas. Apenas, no final do mês poderá passar por uma fase de alguma desilusão e tristeza.Trabalho: Mês protegido! Todo o seu trabalho será reco-nhecido. Descontrolo financeiro.Saúde: Estável.Conselho: Este mês, o Tarot aconselha, essencialmente, que se liberte das amarras. Deve manipular situações para chegar onde pretende. Vai ser bem sucedido!

VIRGEM 23/8 a 22/9Carta Dominante: A Temperança: confiança, apaziguamento.Amor: Mês extremamente positivo para este

nativo! Todas as relações terão sucesso e para quem está só, acredite que em Outubro sentirá o seu coração palpi-tar por alguém. Fase de grande entendimento, cumpli-cidade e de amor! Aproveite esta fase. Especial atenção para o final do mês em que poderão surgir desentendi-mentos. Trabalho: Há quem queira prejudicar o seu trabalho. Seja astuto! Fase positivada para pequenos ganhos de dinhei-ro. Jogue, porque a sorte estará do seu lado, mas sem ga-nhos muito avolumados!Saúde: Descontrolo psicológico e nervoso. Conselho: Defenda-se dos outros, reservando-se mais. Não conte tudo sobre a sua vida e aja de forma pacífica. “O segredo é a alma do negócio!”.

BALANçA 23/9 a 22/10Carta Dominante: A Torre: confusão, mudan-ça drástica.Amor: A tristeza parece persistir no inicio

deste mês. Há duvidas que devem ser esclarecidas. Não tire conclusões precipitadas. Por isso, entre num entendi-mento, pois vai conseguir estabelecer a calma após algu-mas complicações e conflitos. Trabalho: Agarre as oportunidades que o Universo lhe oferecer. Entradas de dinheiro poderão ajudar a resolver situações pendentes.Saúde: Cuide da sua imagem.Conselho: Tente encontrar o seu equilíbrio interno com a calma e com a razão. De nada lhe servirá entrar em dis-cussões. Portanto, mantenha a calma e ouça mais o que lhe têm para dizer. “É a falar que nos entendemos!”.

ESCORPIãO 23/10 a 21/11Carta Dominante: A Torre: rapidez, ajuste.Amor: Inicia o mês com alguma tristeza, o que fará com que se isole dos amigos e familiares.

Aproveite este tempo para reflectir e analisar. A meio do mês encontrará um sentido e rumo para o entendimento perfeito na sua vida sentimental. No entanto, no final de Outubro poderá perder o controlo de algumas situações, que o deixarão confuso.Trabalho: Fase estável e não atacável. Prosperidade fi-nanceira.Saúde: Faça um check-up.Conselho: Deverá fazer uma análise à sua vida. Mesmo

sentindo algum nervos que o deixem um pouco explo-sivo com os outros, terá como prova durante este mês, acalmar os seus nervos e ansiedade. Então, faça passeios pelo campo para recarregar baterias e eliminar nuvens negras do seu céu.

SAGITáRIO 22/11 a 21/12Carta Dominante: A Torre: problemas, impre-vistos. Amor: Embora o mês inicie de forma pacifi-

ca, poderão surgir contratempos que o deixem nervoso. Há dualidades que devem ser eliminadas. Por isso actue com o coração e não pense tanto sobre os assuntos, pois só poderá complicá-los mais. No final do mês sentir-se-á limitado nas suas acções.Trabalho: Estabilidade profissional e financeira.Saúde: Sujeito a insónias.Conselho: Deve superar todos os obstáculos e problemas com mais garra e com a positividade natural do Sagita-riano. Portanto, liberte-se de prisões e actue perante as situações de forma emotiva!

CAPRICóRNIO 22/12 a 19/1Carta Dominante: O Mundo: perfeição, auto-nomia.

Amor: O destino poderá fazer das suas! Prepare-se por-que inesperadamente poderá passar por provações ao seu coração. Vai manipular os seus sentimentos e pesso-as. Terá tendência a iludir-se por situações passageiras e isso trará tristeza e desanimo, que o levará ao afastamen-to e isolamento.Trabalho: Os seus colegas e superiores estão de olhos postos no seu trabalho e tarefas! Cuidado com invejas! Nada deve falhar nem sair do seu controlo! Entradas de dinheiro.Saúde: Sujeito a queimaduras solares.Conselho:Não se deixe influenciar por situações ilusó-rias que mais tarde lhe tragam tristeza. Saiba o campo que pisa, para não ser traído! “De boas intenções está o inferno cheio!”.

AQUáRIO 20/1 a 18/2Carta Dominante: A Roda da Fortuna: acaso, mudança.Amor: Perspectiva a possibilidade de surgi-

rem interferências menos positivas na sua vida ou cair num estado de fantasia ou irrealismo de análises. Isso trazer-lhe-à lutas internas, mas irá encontrar realização sentimental ou afectiva com a possibilidade de um enten-dimento perfeito, no entanto não com muitas emoções.Trabalho: Analise todas as propostas. Todas as suas de-cisões serão fundamentais para o seu futuro. Deve fazer pequenos investimentos. Faça doações ou dádivas!Saúde: Agitação emocional.Conselho: Não deve tomar decisões sem procurar apoio ou tentar reencontrar a lucidez. “O seguro morreu de ve-lho!”.

PEIxES 19/2 a 20/3Carta Dominante: O Sol: sonhos, energia.Amor: Vai ter uma atitude confiante e opti-mista de quem confia e acredita que a vida vai

melhorar. Acredite que a meio do mês terá uma mudan-ça significativa para a sua vida afectiva. Prepare-se para surpresas positivas e decisivas para a sua felicidade! Re-lações serão fortalecidas. Trabalho: Estabilidade na carreira profissional. A evolu-ção faz-se gradualmente e por etapas. Não gaste além das suas posses reais.Saúde: Sujeito a alergias sazonais.Conselho: Abra o coração a novas oportunidades. Apro-veite todos os momentos da sua vida e seja muito feliz em Outubro!

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Jornal de OLEiROS 152012 OUTUBRO

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* João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presidente do Conselho Editorial do Jornal de Oleiros.

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DE OLEIROS

Sociedade de Olivicultores de Azeite da Serra, Lda

. Lagar de Azeite .

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DE “OLHO” NA EDuCAçãO

Manuela Marques

Olímpia, uma cidade grega, da antiguidade clássica, num dos sé-culos em que o festival religioso e atlético em honra de Zeus, prolife-rava e que muito, mas muito mais tarde ficaria conhecido por “Jogos Olímpicos” do nosso tempo. Esta é uma matéria recente, pois ainda há bem pouco tempo pudemos assistir a mais um a etapa que de quatro em quatro anos nos leva a algum país deste mundo a assis-tir ao aglomerado da excelência desportiva. Este ano em Londres, nos Olímpicos e paraolímpicos, habituámo-nos a ver e elite atlética unida pelas argolas dos continen-tes da bandeira Olímpica.

Interessante é a história antiga destes jogos, com imensas peripé-cias, que não importam ao momen-to, mas cuja particularidade que interessa a este artigo está na inti-tulada “Trégua Sagrada”. Durante os referidos jogos da antiguidade e após algumas guerras sangren-tas, que punham em causa estes encontros atléticos, que visavam, na altura, sobretudo, treinamen-to físico e militar, havia a Trégua Sagrada (lida no início da prova pelos juízes da mesma) que proi-bia a guerra de modo a garantir a proteção dos atletas e espetadores durante a vinda, a estadia e a via-gem de regresso. Mas, como tudo na vida do Homem, a guerra vol-

taria e acabaria com a paz dos jo-gos olímpicos e consequentemen-te se instituiu a sua condenação no século XIV para recuperá-los mais tarde, no século XIX com o Barão Pierre de Coubertain (fundador e presidente do Comité Olímpico Internacional).

Não se trata da abordagem aos jogos olímpicos, embora o tema olimpíadas seja muito interessan-te e matéria para uma próxima oportunidade, mas que a história da humanidade nos ensina, aos mais atentos, muito…Ensina. É bem verdade!

Quantos objectivos bons passa-ram na mente e foram postos em prática por homens magníficos? E quantos destes objectivos caíram por terra, não por serem bons…mas pela maldade humana, pela injustiça, pela indiferença, pela in-capacidade…

Estas olimpíadas sagradas, com a sua trégua, fazem-nos querer que estes tempos que vivemos se-jam de trégua também. Imagino, então, um dos juízes ao ler a tré-gua, dizendo: “que todos tenham direito à paz; que todos tenham direito a viver confortavelmente, que todos tenham direito a que ninguém, direta ou indiretamen-te, seja privado de receber o sus-tento para o qual tanto trabalha; que todos tenham por igual direi-to a justiça imparcialíssima; que todos vivam a partilha do bem e do mal sempre que seja neces-sário vivê-lo”…e tantos outros direitos inalienáveis que todos e cada um de nós conhece bem e

aspira. Ao invés da politiquice, da injustiça, apregoada na rua, que leva ao que está a tornar-se comum e tradicional – vaiar-se a classe governante pela incapaci-dade absurda de resolver ques-tões financeiras, políticas, sociais, gerais e particulares, num comum de argolas olímpicas, cujas cores, os objetivos, o orgulho, o ideal se desfaz perante o peso que tem o dinheiro. Já vivemos sem ele e sobrevivemos e evoluímos, po-rém parece-me que quanto mais importância ganha esse metal/papel insidioso, mais a humani-dade esquece valores, princípios éticos e morais que são a base de qualquer sociedade. Regras sim e para todos, com igualdade, justi-ça e imparcialidade.

Custa imenso abrir o jornal e ler “Ministério gastou 61 mil euros para justificar não pagar compen-sações a docentes…” (in, Publico.pt) , pois solicitou um parecer jurí-dico a uma sociedade conceituada de advogados e pagou esse valor para evitar o pagamento a quem deveras trabalha…Custa mais ainda ler “Corte no financiamen-to deixou sem apoio crianças com necessidades educativas especiais em Lisboa” (in, Publico.pt). Estas organizações que apoiavam as crianças, devido ao corte, deixarão de apoiá-las e por força da escola inclusiva, certos organismos como a CERCI que prestavam apoio no âmbito da terapia da fala, psi-cologia, fisioterapia, deixarão de fazê-lo. E agora, que será destas crianças? São os professores sem

especialização alguma na área que prestarão apoio? Pois está claro. Já tive alguns desses alunos e tentei dar o meu melhor, mas somente na área do respeito, carinho, aten-ção e compreensão…valerão algu-ma coisa estas áreas para as neces-sidades destas crianças?!

Estes são apenas alguns exem-plos relacionados mais com a educação, porque puxo a brasa à minha sardinha, mas e as outras sardinhas? Quem puxará por elas? É caso para um lamento dramáti-co: E o povo, meu Deus, quem cui-dará dele?

Senhores ministros e afins, não estará na hora de uma Trégua Sa-grada? Folgando o povo para que se fomente novo alento, se renove a esperança, desviando-nos do cansaço que é ouvir diariamente: sobe o preço disto e daquilo; bai-xam os ordenados; mantêm-se as reformas dos grandes gestores e superiores especializados; não ande de carro, mas a pé, por-que o preço dos combustíveis irá causar-lhe ataques de pânico e/ou cardíacos, o pão vai ficar mais caro; cortam-se os subsídios disto e daquilo…

Senhores, pensem bem, é ur-gente uma reflexão e análise à si-tuação que o povo vive. Pensem no espírito olímpico que une to-dos nós, no esforço para bons de-sempenhos, mas pensem também nas medalhas a conquistar e não só em medidas de austeridade!

Atletas do governo, deste ou de outro, não importa, que tal? Vocês conseguem…Força! ■

a trégua Sagrada

Page 16: Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Jornal de · da sua primeira missa. Foi muito comovente assistir à comemoração de cinquenta anos de vida em comum, continuada nas filhas

16 Jornal de OLEiROS 2012 OUTUBRO

fESta dO 3ºanIvERSÁRIO

No dia 27 de Outubro, sába-do, a Casa da Comarca da Sertã promove uma iniciativa dedica-da à imprensa regional.

O Almoço-debate, designado “A comunicação social regional e a sua relevância para o desen-volvimento local”, terá início pelas 13 horas e serão dirigidos convites aos principais meios de comunicação social dos mu-nicípios abrangidos pela Casa da Comarca da Sertã (Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei, bem como Mação, dado que as freguesias de Amêndoa e Cardigos, também integram a nossa Casa.

Serão ainda convidados al-guns meios de comunicação re-gional dos municípios vizinhos

ou outros que venham a ser considerados oportunos. ■

“Casa da Comarca da Sertã” debate dia 27 a Imprensa Regional

director do Jornal de Oleiros será

um dos oradores convidados

www.creditoagricola.pt

POR MUITAS VOLTAS QUE A VIDA DÊ, ESTAMOS SEMPRE AO SEU LADO.

PUBL

ICID

AD

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Dia 20 de Outubro cele-bramos o 3º aniversário do Jornal de Oleiros, entrando decididamente no 4º ano de vida.

PROGRAMA. 19H00, Início do encontro de Amigos em CAMBAS no restaurante SLIDE;. Recepção de Entidades Ofi-ciais e Amigos;. 20H30, Jantar;. Durante a noite, sessão de Fados;. Final da noite, Fôgo de Ar-tifício.

Contamos consigo. Confir-me a sua presença para o te-lefone 922 013 273