director, a peregrinação de julho,13 graças a · sem aos milhares as c:ortas, telegra nlas o...

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I - Ano XVII Fátima, 13 de Agôsto de 1939 Director, A peregrinação de Julho,13 Graças a O dia I3 de Julho findo foi um dia magnífico de verão e por isso muito próprio para a peregri- nação ao Santuário de Nossa Se- nhora da Fátima, porque a ma- nhã esteve fresca c o sol do meio- -dia não era muito quente. A procissão das velas, que se realizou na véspera, à hora cos- tumada, decorreu na melhor or- dem, tendo tomado parte nela al- guns milhares de fiéis que guar- davam a mais p<'rfeita compos- tura e edificavam pela sua pie- dade. Entre os peregrinos encontra- va-se o Ex. •o Sr. Doutor Carnei- ro Pacheco, Ministro da Educa- ção Nacional, e seu secretário. Antes de principiar a Missa dos doentes, o Rev. dr. Manuel Mar- ques dos Santos, vicc-reitor do Seminário de Leiria e director das Associações de Serdas, su- biu ao púlpito e leu nma c:1 rta de Sua Ex.• Rev:" o Senhor Bis- po de Leiria que leve de se r ,_ jeitar ultimamente a uma opera- ção bastante melindrosa devido a um descolamento da retina e Da meia-noite às duas horas da madruóada, durante a ceri- mónia da adoração geral do San- que se encontra semanas in- tíssimo Sacramento solenemente ternado no Hospital da Ordem exposto, pregou nos intervalcs Terceira de S. Franéisco (a Je- das dezenas do têrço dos misté- sus), cm Lisboa. rios glmiosos 0 Rcv. Dr. José Na carta, que era por êle as- Pedro Ferreira, 0. F. M .. f:ste sinada, a-pesar-de ter ainda os olhos vendados, o venerando ilustre fiacerdote fazia parte da Teve tempos o Senhor Bispo de Leiria de fazer melindrosa operação à vista, que o obrigou, durante se- monos c:onscc:utivas, a uma posição extr aordinàriomcnte inc:ómoda c lhe provoc:ou, porventura, as dores mais violentos da sua vida. Também não foi menos extraordi- nário o resignação do Venerando Pre- lado, que em tudo revelou a mois pro- fundo c sólida energia interior. Com ê lo estaria, naquelas horas a tormentados de c:olvário, o Virgem Senhora do Fátima, que no Senhor D. JoAlves Correia da Silvo tem tido um pregoeiro apaixonado e infa- tigável. Portugal inteiro o sabe do mui- to e só por isso se explic:a qu e fôs- sem aos milhares as c:ortas, telegra- nlas o telefonemas, além dos visitas pessoais oo Hospital do Ordem Ter- ceiro a Jesus, a pregu ntar pe lo es- tado do ilustre enfêrmo. Em muitos dessas c:artos havia o quer que fôiSe c'e esplendente humi- dade de lágrimas ogrodcc:idas e an- siosas. Sua Ex.< 1 Rev.m" alimentava-se , quási de frutos. - Quando alguém os io comprar aoJ mercados, mulheres anónimos c sim- ples, oo terem c:onhecilnento do quo era1n paro ec o Bispo da Sen hora do Fá- tima », logo queriam afirmar o seu res- peitoso carinho pela Prelado insigne e ..• ofereciam-nos espontâneamente! N: 203 grande peregrinação do Vara tojo Prelado SJ.ü..:_\ a os peregrinos, (Tôrres Vedras) constituída pe- explicava o mr ··vo da sua ausrn- los professores e alunos do curso cia e manifestava o desejo de teológico do Seminário das Mis- que pedissem a Nossa Senhora a sões Franciscanas, que vinte e graça do seu completo restabele- uma ca.minhetas transportaram à cimento, se fôsse essa a vontade Fátima. de Deus, e de que agradecessem A Schola cantorum dêste Semi- as melhoras obtidas. Concluía nário é que tomou a seu cargo a por dizer qce alimentava a <.s- execução do canto em tôdas as perança de já. poder assistir à funções religiosas, clesempenhan- próxima peregrinação do mês de do-se com tôda a proficiência. Agôsto que costuma realizar-se Quando no dio 21 de Julho, o mé- dico assistente tr. Dr. Borges de Sou- sa fôra ao hospital buscar Sua Ex .et"' Rev .ma para lhe tirar os pontos o fa- zer novo e cuidodosíssimo exame aos olhos, notou, com verdadeiro assombro, os resultados mognífic:os da operação. Foi tal a suo comoção no momento, que improuionadíssimo abraçou o Se- nhor D. José c segurando-lhe os mãos lhe beijava o anel. D. JOst ALVES CORREIA DA SILVA Das 2 às 3 horas foi a hora todos os anos naquele mês. de adoração das peregrinações de Belém e Grijó, das 3 1s 4 a da I peregrinação, bastante numerosa, ( Contimla na pág. z) No dia seguinte, o venoranc!o Pro- da freguesia de S. J osé, de Coim- bra, das 4 às 5 a de Meãs do Campo c Pelmá, e das 5 às 6 a de S. Tiago de Soure. PALAVRAS MANSAS Da peregrinação de Pelmá, além de muitas outras pessoas, f oram a cêrca de sessenta crianças da Cruzada Eucarística que, dispostas em duas na escadaria da Basflica, formavam um conjunto que prendia a aten- ção dos peregrinos. Às 6 horas, celebrou a Missa da comunhão gc:al o rev. P.• J úlio dos O F. M .. As comunhões elevaram-se a perto de oito mil. Tiveram :Missa privativa, às 8 horas a peregrinação de Belém, às 8,30 as de Grijó e Lourinhã, às 9 a de Meãs do Campo. Às IO horas, no altar do pavi- lhão dos doen•- :; , houve Missa solene promovida pela percgt ina- ção Varatojana. rouco depois do meio-dia, re- zou-se, como de costume. o tO:.:- ço do Rosário, em frente da cape- liar"' das aparições. efectuando- -se em seguida a procissão com a veneranda Imagem de Npssa Sentlora da Fátima que percor- reu um longo itinerário passando diante da Basílica p or entre r las de fié:s que, cheios de entusias- mo, acenavam com os DO E N T · E Nunca agradecemos suficientemen- te o Deus o bem precioso do saúde. Sem êle o felicidade é apenas uma recordação dolorosa e importuno, sol que negros e densos nuvens enco- briram... A saúde é alegria, des- preocupação, actividade, op timismo. Sucede, pois, que, todos o invejam em termos cloros e d1onte de do o ge nte. O dr. Ladislau Patrício contou um dia que o poeto Augusto Gil, pas- sando cor;q, êle diante dum quarte l, viu um clarim que fazia sem grande esfôrço um t oque regu lame ntar, vi- brante e comp li cado. Extintos jó os últimos notas, o au tor do Alba Ple- na, que o cunosidode, e o fadigo detiveram por um pouco, comentou: - «devo t õdo o minha obro lit eró- rio pelos bafes daquele rapaz». A saúde valia mais do que o músico. Músico, e, o espaços, verdadeiro- mente inspirado, também havia no olmo de Augusto Gil, como na ol- mo de Verloine, no dizer de Júlio Lemo1tre. Ao cavador do campo ninguém lhe inve;o a coso pobre, os f ilhos quási sempre numerosos, o pão escos- e duro, a enxada, o picareta, o trabalho aturado e rude. Mos todos lhe invejam o saúde, que o foz r1r e can tor. Nos romarias, desig nadame nte no Norte, devot os, que de joelhos, como quem se arrosto, dão voltas e voltas em tôrno dos sontuó- rios. Quósi todos pediram o Deus a graça do saúde poro si próprios ou poro oquêles que o seu coração amo e estimo. Por serem ouvidos, como êles dizem, vêm cumprir o seu vo- to, mostrar o s uo gratidão, com o al- ma em prece e os joelhos em san- gue . Poro estes só o fé sentido à doença e à saúde. Como são fiéis, como vão de boa vontade, como se sentem felizes! Há d oenças si ngu larmente morti- ficantes pelo gravidade que m e pelo rígido imobilidade o que obri- gam durante d1.:1s e dias que pore- cem mtermináveis. Foi atingido ln- felizmente por uma doença destas o snr. Bispo de Leiria, que poucos dias depois do operação, melmdroso, em corto escrito por mão alheio, dizia o um ont1go condiscípulo, muito do seu coração: «rezo por êste teu martiri- zado om1g o». Como estas palavras me comoveram, os prece- derem notic1os animadoras! E não eram poro mim; v1 - os no mão de al- guém por mero ocaso. Um sacerdote do P6rto, multo cul- to, que se submeteu com o melhor êxito, o um trotomento igual, t entou descrever-me 6sse mortirlo, que fica sendo na vida uma couso ))erfe1ta- mente inolvidável. lodo podia celebrar o Santo Sacrifício do Misso na Copola do Hospital, a que assistiram o sr. Dr. Borges de Sousa e espôso e outrcu pessoas do coso. Aos pés de Nona Senhora da Fá- timo, Saúde C:os Enfermos e Consola- dora dos Aflitos, todos temos quo le- var o nosso gratidão, pela alegria ro- diante que nos veio da curo do Se- nhor Bispo de Leiria e de Fá!imo. Será isto ainU., da porto dos ca- tólicos portugu eses, um a cto de jus- tiço, pelo muito que Sua Ex ! 1 Rev .... tem feito poro que a culto de NanCI Senhora da Fátima se conserve oceao no nossa terra e cresça cada vez maia em terras estranhas e distantes. I L U .S T R E A trevo e o imobi lidade fazem com que o t empo decorro com o len- tidão dum tormento russo, com um vogar estranhamente monótono que alongo e ob ri ga o notar o passagem dos mstontes. Tõda o vida, que pas- sou, decorreu mais de-pressa do que decorrem êsses dias, que parecem o mesmo noite sem fim. Duma vez disse oo enfermeiro: ol volta outro vez o ruído do cidade; pelo tempo que jó passou, deve es- t ar o amanhecer. Estava enganado: eram onze horas do noite. Como o tempo posso! dizem mui- tos com peno e melancolia. Como o tempo é vagaroso, como o tempo não poSliO! dizem outros sem luz e sem movimentos, entregues pelo doença ao sofrimento - t orturo. O moral do snr. Bispo de Leiria ó resistência. Tem raizes profundos no olmo e no múnus pastoral. S. Ex.• Rev.m• deve ter sofrido com sereni- dade e resig nação, como quem é. Empreendedor, activo, mfotigóvel, visando sempre os obras, os realiza- ções, o ilustre Prel ado que, no dioce- se do rto trabalhou no Acção Ca- tólico por uma formo exemplar, não esmorece diante dos dificuldades nem se intimido diante dos violências. Uma noi te, no Círculo. católico de operários, cujo edifício vasto ele- gante, é, em oronde PQtta obra suo, reolizou•se umo UMe lw.I.Ptontfstlmo. Presidiam o elo D. António Barbosa L eão, Bispo do Põrto e o snr. D. José, Bispo de Leiria, sagrado recente - mente. lo decorrendo o festa com apra- zimento d-' todos, quando entrou no salão um grupo de desordcaros, que passaram ràpi domen te do insulto à violência. Democróticos, multo da simpatia dos poderes constituídos, que foz1om inconscientemente o papel de precursores dos marxistas. Como hov1o no assistência muitos mulheres e crianças , fà- cilmente o desordem, a confusão e a grito. Imperou geralmente o 10ln-M quem puder. A atitude do snr. D. José surpreen- deu os próprios desordeiros. Mante- ve-se, no meio do perigo, sempre col- mo e forte, c?m uma grande supe- rioridade moral. Até que soíu emfim do Círculo, ile ,o e sem mostrar dian- te dos agressores impiedosos e bru- tais inquietação e mêdo. Ainda ho1e se recor dam no Põrto, nobres e oportunos palavras que o snr. D. José lhes disse, multo calmo e sorridente. Que o ilustre Prelado se restabe- leço por completo, em breve, poro bem do sua dioce.e poro beM dos palavras ft\Onsas, q_ue contam h6 muitos o. nos c:om a suo inck.llganctol CorraJe Plfthf x:x 2 - c. a: w : _e - ;esq: e:: $ .. 1

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I ~

-Ano XVII Fátima, 13 de Agôsto de 1939

Director,

A peregrinação de Julho,13 Graças a O dia I3 de Julho findo foi

um dia magnífico de verão e por isso muito próprio para a peregri­nação ao Santuário de Nossa Se­nhora da Fátima, porque a ma­nhã esteve fresca c o sol do meio­-dia não era muito quente.

A procissão das velas, que se realizou na véspera, à hora cos­tumada, decorreu na melhor or­dem, tendo tomado parte nela al­guns milhares de fiéis que guar­davam a mais p<'rfeita compos­tura e edificavam pela sua pie­dade.

Entre os peregrinos encontra­va-se o Ex. •o Sr. Doutor Carnei­ro Pacheco, Ministro da Educa­ção Nacional, e seu secretário.

• • • Antes de principiar a Missa dos

doentes, o Rev. dr. Manuel Mar­ques dos Santos, vicc-reitor do Seminário de Leiria e director das Associações de Serdas, su­biu ao púlpito e leu nma c:1 rta de Sua Ex.• Rev:" o Senhor Bis­po de Leiria que leve de se r ,_ jeitar ultimamente a uma opera­ção bastante melindrosa devido a um descolamento da retina e

Da meia-noite às duas horas da madruóada, durante a ceri­mónia da adoração geral do San- que se encontra há semanas in­tíssimo Sacramento solenemente ternado no Hospital da Ordem exposto, pregou nos intervalcs Terceira de S. Franéisco (a Je­das dezenas do têrço dos misté- sus), cm Lisboa. rios glmiosos 0 Rcv. Dr. José Na carta, que já era por êle as­Pedro Ferreira, 0. F. M .. f:ste sinada, a-pesar-de ter ainda os

olhos vendados, o venerando ilustre fiacerdote fazia parte da

Teve há tempos o Senhor Bispo de Leiria de fazer melindrosa operação à vista, que o obrigou, durante se­monos c:onscc:utivas, a uma posição extraordinàriomcnte inc:ómoda c lhe provoc:ou, porventura, as dores mais violentos da sua vida.

Também não foi menos extraordi­nário o resignação do Venerando Pre­lado, que em tudo revelou a mois pro­fundo c sólida energia interior.

Com êlo estaria, naquelas horas a tormentados de c:olvário, o Virgem Senhora do Fátima, que no Senhor D. José Alves Correia da Silvo tem tido um pregoeiro apaixonado e infa­tigável.

Portugal inteiro o sabe do há mui­to e só por isso se explic:a que fôs­sem aos milhares as c:ortas, telegra­nlas o telefonemas, além dos visitas pessoais oo Hospital do Ordem Ter­ceiro a Jesus, a preguntar pelo es­tado do ilustre enfêrmo.

Em muitos dessas c:artos havia o quer que fôiSe c'e esplendente humi­dade de lágrimas ogrodcc:idas e an­siosas.

Sua Ex.<1• Rev.m" alimentava-se , quási só de frutos. -

Quando alguém os io comprar aoJ mercados, mulheres anónimos c sim­ples, oo terem c:onhecilnento do quo era1n paro eco Bispo da Senhora do Fá­t ima», logo queriam afirmar o seu res­peitoso carinho pela Prelado insigne e ..• ofereciam-nos espontâneamente!

N: 203

grande peregrinação do Vara tojo Prelado SJ.ü..:_\ a os peregrinos, (Tôrres Vedras) constituída pe- explicava o mr ··vo da sua ausrn­los professores e alunos do curso cia e manifestava o desejo de teológico do Seminário das Mis- que pedissem a Nossa Senhora a sões Franciscanas, que vinte e graça do seu completo restabele­uma ca.minhetas transportaram à cimento, se fôsse essa a vontade Fátima. de Deus, e de que agradecessem

A Schola cantorum dêste Semi- as melhoras já obtidas. Concluía nário é que tomou a seu cargo a por dizer qce alimentava a <.s­execução do canto em tôdas as perança de já. poder assistir à funções religiosas, clesempenhan- próxima peregrinação do mês de do-se com tôda a proficiência. Agôsto que costuma realizar-se

Quando no di o 21 de Julho, o mé­dico assistente tr. Dr. Borges de Sou­sa fôra ao hospital buscar Sua Ex.et"' Rev.ma para lhe tirar os pontos o fa­zer novo e cuidodosíssimo exame aos olhos, notou, com verdadeiro assombro, os resultados mognífic:os da operação. Foi tal a suo comoção no momento, que improuionadíssimo abraçou o Se­nhor D. José c segurando-lhe os mãos lhe beijava o anel.

D. JOst ALVES CORREIA DA SILVA

Das 2 às 3 horas foi a hora todos os anos naquele mês. de adoração das peregrinações de • • • Belém e Grijó, das 3 1s 4 a da I peregrinação, bastante numerosa, ( Contimla na pág. z) No dia seguinte, o venoranc!o Pro-

da freguesia de S. J osé, de Coim-bra, das 4 às 5 a de Meãs do Campo c Pelmá, e das 5 às 6 a de S. Tiago de Soure.

PALAVRAS MANSAS

Da peregrinação de Pelmá, além de muitas outras pessoas, foram a pé cêrca de sessenta crianças da Cruzada Eucarística que, dispostas em duas al:~s, na escadaria da Basflica, formavam um conjunto que prendia a aten­ção dos peregrinos.

• • • Às 6 horas, celebrou a Missa

da comunhão gc:al o rev. P.• J úlio dos Santo~, O F. M ..

As comunhões elevaram-se a perto de oito mil.

Tiveram :Missa privativa, às 8 horas a peregrinação de Belém, às 8,30 as de Grijó e Lourinhã, às 9 a de Meãs do Campo.

Às IO horas, no altar do pavi­lhão dos doen•-:;, houve Missa solene promovida pela percgtina­ção Varatojana.

rouco depois do meio-dia, re­zou-se, como de costume. o tO:.:­ço do Rosário, em frente da cape­liar"' das aparições. efectuando­-se em seguida a procissão com a veneranda Imagem de Npssa Sentlora da Fátima que percor­reu um longo itinerário passando diante da Basílica por entre r las de fié:s que, cheios de entusias­mo, acenavam com os l~nços,

DO E N T · E Nunca agradecemos suficientemen­

te o Deus o bem precioso do saúde. Sem êle o felicidade é apenas uma recordação dolorosa e importuno, sol que negros e densos nuvens enco­briram... A saúde é alegria, des­preocupação, actividade, opt imismo.

Sucede, pois, que, todos o invejam em termos cloros e d1onte de tõdo o gente.

O dr. Ladislau Patrício contou um dia que o poeto Augusto Gil, pas­sando cor;q, êle diante dum quartel, viu um clarim que fazia sem grande esfôrço um toque regulamentar, vi­brante e complicado. Extintos jó os ú ltimos notas, o au tor do Alba Ple­na, que o cunosidode, e o fadigo detiveram por um pouco, comentou: - «devo tõdo o minha obro literó­rio pelos bafes daquele rapaz». A saúde valia mais do que o músico.

Músico, e, o espaços, verdadeiro­mente inspirado, também havia no olmo de Augusto Gil, como na ol­mo de Verloine, no dizer de Júlio Lemo1tre.

Ao cavador do campo ninguém lhe inve;o a coso pobre, os f ilhos quási sempre numerosos, o pão escos­~o e duro, a enxada, o picareta, o trabalho aturado e rude. Mos todos lhe invejam o saúde, que o foz r1r e cantor.

Nos romarias, designadamente no Norte, há ~empre devotos, que de

joelhos, como quem se arrosto, dão voltas e voltas em tôrno dos sontuó­rios. Quósi todos pediram o Deus a graça do saúde poro si próprios ou poro oquêles que o seu coração amo e estimo. Por serem ouvidos, como êles d izem, vêm cumprir o seu vo­to, mostrar o suo gratidão, com o al­ma em prece e os joelhos em san­gue.

Poro estes só o fé dá sentido à doença e à saúde. Como são fiéis, como vão de boa vontade, como se sentem felizes!

Há doenças singularmente morti­ficantes pelo gravidade que têm e pelo rígido imobilidade o que obri­gam durante d1.:1s e dias que pore­cem mtermináveis. Foi atingido ln­

felizmente por uma doença destas o snr. Bispo de Leiria, que poucos dias depois do operação, melmdroso, em corto escrito por mão alheio, dizia o um ont1go condiscípulo, muito do seu coração: «rezo por êste teu martiri­zado om1go». Como estas palavras me comoveram, o-peso~de os prece­derem notic1os animadoras! E não eram poro mim; v1 -os no mão de al­guém por mero ocaso.

Um sacerdote do P6rto, multo cul­to, que se submeteu com o melhor êxito, o um trotomento igual, tentou descrever-me 6sse mortirlo, que fica sendo na vida uma couso ))erfe1ta­mente inolvidável.

lodo podia celebrar o Santo Sacrifício do Misso na Copola do Hospital, a que assistiram o sr. Dr. Borges de Sousa e espôso e outrcu pessoas do coso.

Aos pés de Nona Senhora da Fá­timo, Saúde C:os Enfermos e Consola­dora dos Aflitos, todos temos quo le­var o nosso gratidão, pela alegria ro-

diante que nos veio da curo do Se­nhor Bispo de Leiria e de Fá!imo.

Será isto ainU., da porto dos ca­tólicos portugueses, um acto de jus­tiço, pelo muito que Sua Ex! 1• Rev .... tem feito poro que a culto de NanCI Senhora da Fátima se conserve oceao no nossa terra e cresça cada vez maia em terras estranhas e distantes.

I L U .S T R E A trevo e o imobi lidade fazem

com que o tempo decorro com o len­tidão dum tormento russo, com um vogar estranhamente monótono que alongo e obriga o notar o passagem dos mstontes. Tõda o vida, que pas­sou, decorreu mais de-pressa do que decorrem êsses dias, que parecem o mesmo noite sem fim.

Duma vez d isse oo enfermeiro: ol volta outro vez o ruído do cidade; pelo tempo que jó passou, deve es­tar o amanhecer. Estava enganado: eram onze horas do noite.

Como o tempo posso! dizem mui­tos com peno e melancolia. Como o tempo é vagaroso, como o tempo não poSliO! dizem outros sem luz e sem movimentos, entregues pelo doença ao sofrimento - torturo.

O moral do snr. Bispo de Leiria ó resistência. Tem raizes profundos no olmo e no múnus pastoral. S. Ex.• Rev.m• deve ter sofrido com sereni­dade e resignação, como quem é.

Empreendedor, activo, mfotigóvel, visando sempre os obras, os realiza­ções, o ilustre Prelado que, no dioce­se do Põrto trabalhou no Acção Ca­tólico por uma formo exemplar, não esmorece diante dos dificuldades nem se intimido diante dos violências.

Uma noite, no Círculo. católico de operários, cujo edifício vasto • ele­gante, é, em oronde PQtta obra suo, reolizou•se umo UMe lw.I.Ptontfstlmo.

Presidiam o elo D. António Barbosa Leão, Bispo do Põrto e o snr. D. José, Bispo de Leiria, sagrado recente­mente.

lo decorrendo o festa com apra­zimento d-' todos, quando entrou no salão um grupo de desordcaros, que passaram ràpidomente do insulto à violência. Democróticos, multo da simpatia dos poderes constituídos, que foz1om inconscientemente o papel de precursores dos marxistas.

Como hov1o no assistência muitos mulheres e crianças, Imagino-~ fà­cilmente o desordem, a confusão e a grito. Imperou geralmente o 10ln-M quem puder.

A atitude do snr. D. J osé surpreen­deu os próprios desordeiros. Mante­ve-se, no meio do perigo, sempre col­mo e forte, c?m uma grande supe­rioridade moral. Até que soíu emfim do Círculo, ile,o e sem mostrar dian­te dos agressores impiedosos e bru­tais inquietação e mêdo.

Ainda ho1e se recordam no Põrto, nobres e oportunos palavras que o snr. D. José lhes disse, multo calmo e sorridente.

Que o ilustre Prelado se restabe­leço por completo, den~~M em breve, poro bem do sua dioce.e • poro beM dos palavras ft\Onsas, q_ue contam h6 muitos o.nos c:om a suo inck.llganctol

CorraJe Plfthf

x:x 2 - c . a: w : _e - ;esq: e:: $ .. 1

I.

Peregrinação Diocesana de Lei ria ' Fátima a Nos dias 12 e 13 de Agôsto de 1939

p R o G R A M A DIA 12 -Chegada das peregrinacões das üeguesias, entran­

do logo no Santuário, cantando e fazendo as suas orações em comum.

4 tardinha - Retinem-se todos os pe1·egrlnos, agrupados por freguesias e com :;.s suas bandelras, Junto do portão principal, fa­zendo a entrada solene presidida por Sua Excelência Reveren­disstma o Senhor Bispo de Leiria.

As 22 horas e mela- (10 e meia da noite) - Têrço em comum, seguido da procissão das velas.

A mela noite -Exposição do Santíssimo Sacramento. Adora­ção nocturna com prêgação.

Dia 13- As 8 horas- EncerraçA.o do Santissimo Sacramen­tO. Missa ~ Comunhão Geral às crianças, aos peregrinos e aos doentinhos albergados.

As a horas - AlmOço às crianças que tomarem parte no dia do catecismo.

As a horas - Disputa do prémio do catecismo perante um júri com representantes de tôdas as Vigararias, sob a presidên­cia do Ex.•uo Prelado.

As 12 horas - Têrço em comum na ::apellnha das Aparições seguido de procissão com a imagem de Nossa Senhora.

Ao melo dia - Missa, alocução e bênção com o Santíssimo aos doentes e peregrinos.

Adeus! Ccnsa~ração a Nossa Senhora.

OBSERVAÇGES

As pessoas que tomarem parte na peregrinação devem: 1.0 - Con!essa1·-se antes, lembrando-se que não haverá na

Fátima sarordotes para atender a todos, tanto mais que é c!omlngo. 2.• - Dar com antecedência os nomes aos Revs. Pá.rocos, cu­

.las Indicações seguirão. 3.• - Dur.mte o caminho, rezar o Rosário, entoar cê.ntlcos,

ajudar os mais vélhos, fracos ou crianças, visitar o Snntlsslmo Sacramento, passando por alguma IgreJa e. os que seguu·em pela estrada que oom os Cru2eiros, fazer a Via Sacra.

4.• - Os ftlhos devem acompanhar os seus pais, não pratl­t:ando actos que poss:un escandalizar os fiéis ou ofender a Nos-

Bispo de Leiria.

• \\\\ taumprp Jr~!J!D.. ~ t\\allPU

VOl. DA fATIMA

o ·p AD .R E Muitos n egam no padre o carác­

ter sagr.tdo e singular de ccMini~ tro Je Deusu e , portanto, o poder el:.elush o de consagrar, ensinar, em suma : «administrar os mistérios de Deusn, como diz S. Paulo.

lo. malícia, reconhecem, pelo alari ­do que fazem, sem mesmo dnr~m cont n disso, a singularidade, a di-gnid·.lde do sncerdócio. A h I rC<'o­nheccm-lJJO com uma. fôrça afirmn­tiva. t erminante o mostram bem que . se o pudro f.jsse apenas um ho­mem com" outro qualquer, como afirmam no rcfe rirem·sc com des­prêzo à. sun ac<;üo sacel'C]otal , não ti ulta m do que se udmir .u o cscrtn­dali.r.ar.

Para êsses, o padre é um parasi­tA, um impostor, que se g c.verna Da vid :. l indamente (oras não que­rem para Hl , nem para os seus, es­sa tal boa vida I) e · que n i!o é ma1s , ne m tem out ros poderes quo os _o u­tros home ns, nos quais ó nbi>Oiu f'a­mente igual. .. menos - e só aqui é que !he reconhecem uma g t•.1nde di­ferença 1... - na possibilidade de ser humaname nte fraco e pccadc.r.

N este caso, distinguem-no singu­larmente elos outros homens I 1~, cn. tõo, para éle não há dcsculpn, não bi ntcnuantcs l Essas, siio p a ra os maridos 01dtilte ros e para os soltei­ros que vi,·em •• margem da lei de Deus c. n.tó n vezes, da socied ade. Esstls SÜCJ para tõda a espécie de frnqut'l'.as. E a vida... é a mocid a­de.. . otn e-se dizer , com tõda n in· dulgênci-.1 .

Mas. w algum padre t rcpeça n o seu á rduo caminho eri~·ado de esco­lhos, ~o cai , êlo que ccó igual n to­do~ e t a nt o como os out rosn para tudCJ, deixo. tle o ser, e é \ c r, en­tão, como tôdas as mãos fa t·isaica ­mente zelosas, se enche m de pcdr:•s p·.ua lhas atirarem, como todos os dedos o .t[lont:lln pudicamente, co­mo os mais descrentes f' os mai'! es­candnlo.~c.s, se escandalizam , embo­ra seJa m scmp•·e indulgentes para as m•sérias próprias. Mas . p·.lra o padre ? I Confundem, lamentàvchnen­te, o carácter di vino do seu succr­elócio. com o barro f raco do seu ser humano ...

L , ahnal, pot· que ~e c~<·andah­znm essas pessoas se rcsoh·crnm, lui mnit<J, que os p·.1dres fôsscm ho­mens como os c.utros ? I

Se lhe negam e lhe não r ecouJJe­ce~n o cnníctcr sagrado para umas co•sas, com que direito lho encon­tram pnra aquelas que, prccisnmen­to, não a fectam , nem ele longe ~<r que r, êsse ca rácte r? E é só êsse ca­ca ráctc r que lhe d;\ d ireitos c pc.de­rcs que os outros JJoml!ns n iifl t êm. como ó ,J ún i"a razão de se espera r dêle uma vida difl!rente. perfeito., pura, c m r E.'l nc;ão à. pnrte d ifcren· cinda c clcvnda da sua personalida­de - o sarerdó('io d ivino, que n<r nhum pc('ado atinge.

Ncgnm-lhc ês•e ('a J·'í"tc r s-.1grndo. mus, qua ndo um padre cai, é ,·er f' n~ tão como êsses fariseus, cegos, pc-

Se tn nt o !>C eapa u tam, provam .:~~t.!a que os que caE.'m são as 1!!'>7·

ccp•:<::;~; se t anto ~E.' impa(' Je nram é porque sente m quo se nmesquiuhn alguma coisa do mnis <~lto que o co­mum d c.s homens rt>prcscnta -nquêle carácter sagrado de que uma criatura lraco. se revestiu ; se tanto querem dest acar é porque is­SCJ acontece poucas Yezes e m r ela­ção ao número de padres e, por· tanto, 11m ou outro caSCJ provoca um choque.

.!!.: p c.r que t anto desprêzo, t a nta indignnç[o, t anto sa rcasmo? I O en­d eter sncerdotnl dum padre é re~­pe •távcl no ma is pec·.1 dor do todos êles, e a s suas ç.lltns não ser[o j ul­gados por nós, mas sim por D eus a quem se consagrou e por quem r enunciou a tudo.

Se pe<.:'.l , não é cont ra a socieda­de rotda de cr imes c misér ias, e que t a nto lhe de ve no campo mo· r al . Pccn contra De us que o distin­g uiu chamando-o pa ra o seu sen · i­\' O, elevand<J-o ucimo. dos out ros ho­mens pcln missão sublime que lhe confiou .

Mns o Senhor ama-o com u ;n ·.unor especial mesmo que o. bUa

qued·.t seja grnnde. Ele encontr a bem de-pressa o coração do Bom l'~stor a ber tCJ o pronto a p erdoar , po1s nunca será esquecido o sacri­f ício gene roso que fnz a Deus qunn­do se dá , cm plena ju\·cntude quá­si sempre, r enuncia ndo às alegrias legít im·.ls d n. vidn. para receber em trc.co. a g rande cru:~:, sempre escnr­necid n. e t ão peso.da, da vida sn­ccrdc.t a l :

E nun"a ninguém. ninguém, cni t ão fundo, que e nüo possa erguer um d ia a té iL cul minâ ncia da bem­-a, enturança I

Qu<' aqn~lcs que o despreza m co­mo sacerdote , do quem niio querem r ecebe r os cnsinnml!ntos nem os conselhos, o deixem em paz nas ho­r as amargas e pesadas da pro\·a , quando, co1no homem, sucumbir.

M aria das Flol'l'&

I

A p~regri nação

·de Julho, 13 rc onttnuacdoJ

> •

C~lebrou a Missa dos uoente5 o R ev. P. Augusto ele Sousa Maia, secrdário particular de Sua Ex.<1

• Rev.•a o Senhor Bispo c profe;::;or no Seminário. Além das intenções habituais, a Y~.;sa h celebr:!da com a intençlJ d e ~ ) pe<iir o completo restabr~~cimen- 1

to do venerando enfêrmo e agra­uecrr as melhoras j á alcançadas.

Ao Evangelho pregou o R~v. P. " 'bel Correia Pinto, O. F. :r sôbre o r:·.'stério da Anunciação . frisando a protecção especial dis­pensada sempre pela Santí;;ima • Virgem à Nação Portuguesa, des­de o seu início.

F oi ~ celebrante benção aos doentes todo o povo.

• • •

que deu a e depois a

Na ocasião em que se canta,·a o Credo na Missa dos doentes, numa das últimas filas de ban­cadas que lhes são reservadas, uma mulher de idade exclamou alguma:; veze3 em \ ' OZ alta: «Es­tou curada!))

Essa mulher, de nome Pan·o­cíniJ. de J esus Moutinho, tem 70 anos de idade. é viúva e mora em Belém (Lisboa).

Jlavia cinco anos que, além de sofrer bastante do estômago, tinha no ventre um tumor de grande volume.

Logo que tomou a resolução de ir à Fátima, o tumor come- 1

çou a diminuir e, no local das aparições, verificou que tinha desaparecido' completamente, não podendo, por êsse motivo, dei­xar de exclamar q ue se sentia curada. . . •

Eram quási três horas da tar­de quando se efectuou a procis­são final que foi seguida da ' ·_ lura da fórmula de consagração a ~ossa Senhora c do canto do uAdeus)) . :ualquPr !..

<p~te~ o que eot11.flA.O· ..

A ,

VOS recorremos Santa Mãi de Deus Cemcçou então a debandada

dos peregrinos.

Perdeu devido

o emprego ao reuma­

tismo

Os perigos

Erguem-se altas no mundo as ondas do ódio, do egoismo e da ambição. Perdeu-se em grande parte o sentido cristão da vlda.

Uma vaga de paganismo avas­sala as almas.

ma não nos abandonará jamais. Podia lá ser que uma t ão boa

M ãi abandonasse o mais pobre dos seus filhos?

Confiemos na omnipotência suplicante, na poderosisslma in­t ercessão dAquela a quem o pró­prio Deus feito homem chama pelo doce nome de mãi.

lnPÉRIO CAIS OS AVIZ Representou uma especle de trag~la

o !acto dbte !erro-viArlo ter de aban­donar o trabalho no tlm de 30 anos, maa sofria tanto de rcum&ttsmo que nAo tinha outro remédio- aó podia an­dar apoiando-ao ,. uma benaala. A con• aclho de um amigo principiou a tomar Sais Kruschcn. Verlllcando que melho­rava com o tratamen to, continuou na oua resoluçAo e tomA-loa-6 at4 t!car

Instituições venerandas caem ~~~~idas pelos inimigos de 0 que é preciso

A Santa Igreja é alvo das é maiores perseguições. pedir-lhe encarecidamente

·' ver.da nas sesulntes casas:

bom de todo. So Ylsse agora este homem, e o pu.

deue ter visto h' tres aaoa passadoa, nlo acreditaria que !ósse o mesmo. Fala

l.ISBOA - J . Mendes Loureiro de Kruachen a todoa ot aeua amlsoa e n&o ae~cança da oa recomendar. Hos. - Rua de Alcântara, 43; J. As dores •reum,tlcas o a prlslo dos Nunes Correia & C.", Ltd, - Rua mo•lmento• alo causadu pelo! depó-A t 250 C N t I Ltd altoa dot cristais de Acido tlrlco, nos

No horizonte levantam-se nu­vens carregadas que nos privam da luz do alto e nos tu·am a alegria de viver.

O pavor do dia de amanhã apodera-se das almas.

Sente-se que o mundo se afun­da.

Quem nos valerâ? ugus a, : asa a a • • - mOsculoa e · artlculaç~ea. oa aals mine·

Rua da Palma, 6; H. Branco v. rall que Kruscllen cont~m estimulam A r Barros - Largo do Corpo Santo, o nsado o os rins a uma actividade eau- Sa vação 12·, J. Vldal Lopes, Ltd. _ Rua davel e re;ular, auxiliando htu or­llloa na ellmlnaçlo do u ceHo de •ct-do Rato, 43; Marques & Antu- do úrico, causa dos sorrlmentos. ~u.Pn· Nada de mêdos. nes - Rua da Graca, 89. .so o venenoso 'cldo o!rlco desaparece, A criança que se recllna no

• N doru rcumAtlcas deixam do apo• 1 d "i d PORTO - Estabelecimentos Le- quentar. co o a m... esafia os maiores mos - Praça da Liberdade; ca- inimigos e ri-se dos mais gra-misarla Çnnflnnça- Rua de rtll!!l! .tft.~ 1ll?m,f!t~J" ~~n ves perigos. Santa Ca tili.ina. ~W~J/1~ Aii M~W'Btii!M E havemos nós de temer?

p. t.COBAÇA - José Bento da Vendem-H em 'Odaa ., tarmActaa. Nós que sentimos tão forte, Silva. tão profunda, a protecção de

POffTALj:GRE -Manuel Gra- Nossa Senhora, a no,ssa querida de Ribeiro, 1· Mãi do Céu que é ao mesmo

SANTAAI!M - A. Sampa.lo. Quando prec·se dum jornal tempo a Ma.t de Deus? VIANA DO CASTELO - Car- d" • , 1! d d' Oh! ~ :á Virgem Santisst-

nfliro & Innão, sucr. 1ar1o, o cato JCO eve pe ., .-~ _ VISEU - António da Silva. 1empre as lcNoYidadeu. -1 lste mlmero tol visado pela Censura

que nos valha. Ela bem sabe do que nós precisamos, mas quere que lho roguemos.

A Pátria , a Igreja, as almas, nós mesmos precisamos do seu valimento como nunca. SeJa ca­da um de nós um filho devoto e amante de tão boa M!l.i!

Invoquemo-la com amor e per­severança!

Rezemos o têrço todos os dias E não nos contentemos de A

invocar ... Marta é modêlo de tOdas as

virtudes. Dêste vale de lágrimas e do

meio das misérias que nos cer­cam levantemos o olhar, para o admirável exemplar que Deus nos deu para nQs socorrer e co­municar a Vida d1v1na.

NOVIDADES são um jornal moderno, de larga informaçãe e de segura doutrinação cató­lica.

Uma hora mais tarde, o loc<l.l das aparições encontrava-:~ quá­si deserto, merg••lhado no silên­cio e sossêgo habituais. tão ca­ros ao peregrino solitário, piedo­so c recolhido.

Visco1zde de Mo11telo

Imagens, estampac e todos

os artigos religiosos: há sempre

grande variedade

Cráfica».

na «União

'l Porque é que os ingleses · não dispensam o Vinho

do Põrto na ~ua mesa? Porque sabem que é a melhor bebida do mundo.

. /!11 ""--~ ,,~ - :;:~· ... • ::.1.."'-'

--------------------------.-----------•••~se~~r~~~-~~=~------~rr~.m~.-~~~•AW~------------~--------------------~--~~~----------~------------------------~

]

NO CONTINENTE Joia - Lameso, agradece a N06Sa Se­nhora dn Fátima ter protealdo a b\111.

o. Maria Henriqueta Viei ra - Co- cnso. num togo que de6truiu as vl­hnnbeir<~, d1z o seaulllte: - cHa b ztnhas. :\I\06 que tive de !r a LoUienço MAr­

dlz:-4<Como pro.ueu, , ·enbo &~n"ndc­

ccr a N<>esa Senhora da Fátima que, wr melo tkl 1'\g\H\ do seu Santuâl'Jo, e por \ntctmédlo de S.t• Terezinha do Menino Jesus, se dignou melhorar sensivelmente uma pessoa minha. amiga que !Ora mordida.. num brnço, por um bicho. Devido oo comêço de gangrena, a. doente E.O!ria do1·es bor­rtve!s, tendo ataques e dando a lm­lli'Cssão de não poder resistir multo tempo. Fiz \lma novena. a. S.t• Terezl­nha e rezei em cada dia o têrco ._ Santíssima Vlr~em, e durante êstes dias a doente tomou a Agua. do San­tuário, não se repetindo mal.s 011 ata­ques e dores.

de a. publicação do uma graça conce­dida por lnLermédlo de Nossa Senho­ra da Fatima a D. Maria da. Glória Matias residente agora na América.

ques aco:npanhar três sobr\nhoe que pa,ra lá. Jam 1-esldlr con1 os pais que Jt\. 111. se encontravam.

Prcc!sa'llente nas véaperas do nos.>O c:nbal'QI.!e comecei a .rontlr dores ter-nvc!s num ouvido. O módico dl&58 serem motivadas por um tumor em 1ermacdo na. parte Interna do mesmo ouvido. Magoavam-me as dores que ro!rla. mas incomodava-me também o trlliUitOrno do não poder Ir assim doente J,>ara uma viagem ta.o distante.

Além disto, maM;oavo-me também a Ideia de ter de deixar na minha terra ::. mllllla miil j t\. vêllllnha.

Com o alento possivel, entrcgtte1 a Noesa Senbc1·a. da Fll.ilma u. resolução cas mlnhtlB d!tlculdlldes, e Pm boa ho­ra o Hz. Nossa Senhora deu-me uma cx~elE'nte viagem, pois não mais sofri oo ouvido de6de que me entreguei a Ela, e, pa~ados 4 anos, encontrava­-me de no,·o em minha. casa nn com· panhla de minha querida mii!. Hole '\Cnho publicar estes favores, cum­J\l'lndo as.;Jm a promessa que entã<> !l.!el":l à Mãl do CéU».

• • • o. Carolina TOrres Carneiro Alves

- Pllrto, ped~ para ser publlc~do na «Voz da. Fãtlmnt' o aeu reconhecimen­to por uma graça. que obteve de Noe­sa. Senhora. ..

CypriaJ1o .Junqueira e Silva, vem agrndccer à Vlrge!ll Múl. Santíastma N066a Senhora. da Fátima a graça que lho concedeu, a. cura. a. suo. muiber Marta Correia e Silva que estava para ser operada. dos dof8 peitos por dcllbero.çiio de 2 méd iCOII c tendo re­corrido a Nossa Senhora obteve a graça. da. t'urn.

• .. " Venho n~trad<'Cer à Mãl do Céu uma

grande graça que !ol a restltu1çll.o da J>az ao meu lar, quásl desfeito.

Anón ima dt Gouveia. .. • •

o. Isaura Mateus Ribeiro - Faro, 'em agradecer o. N<>S~~a Senhora da Fátlma uma graça Que diz t-er sldo con~dlde a se'US pala.

• • • o. Lucia de Moura - Va lado, diz

ter recebido uma graça pantcula1· por !ntcl'CC&Siio de Nossa Senhora da Fá­tima., desejando agndecer-lhe aqui o seu valimento em seu favor.

• • .. O. Maria da Piedade Roque - Ser·

nancelhe, deseJa patentear o seu agra­decimento a NOB80. Senhora da Fáti­ma ))Or uma graça que lhe alcançou em ocaaHio de grave dl!lcllldade em que se via.

• • .. o. Glória da Trindade Antunta -

S. .Jol o da Cova, diz ter tido uma J,>C680a do taml!la tJue esteve J)(lra ser operada. por tef' num bmco unl quisto. In"ocou Nossa Senhora pedln­c!o-lbe a graça da cura. sem que !Os­se feita a. operação. Tendo sido con­cedida esta graça, deseJa aqul PUbll­ca-l;l como p.t·ometera ao fazer o pe­dido. . .. ..

o . Luoinda Ferrei ra da Silva -Pllrto, agradece a Noa,sa Senhora da Fátima uma graça (lUe lhe alcançou por Intermédio de S.t• Tereztnha e com promessa de publicação neste jornal.

NOS AÇORES

Hoje, grnÇ(ls A Santil;slma VIrgem c n S.t• Tei'CZinlla, cstt\. multo bem. fazendo a s\111. vida de piedade com missa. e oomunhf10 dlãril!-'. Mil graças ujrun dadas As suas celestes bem!et­toras».

o . Ma ria das Morols l imas F~rreira, oscreve de Angra, dizendo o seguinte: --«Tendo uma pceeoa multo querida da. minha !amilla. adoecido com mo­lcstla grave. obteve melhoras qu641 rac11CQls dos seus sofrln\cntoe ao to­mar ünlt'I\Jnente duas colhcrzltas ds dgua da. Fátlml\. Reconhecida para com a bondosa VIrgem desejava que esta. graça. !&.se publicada no seu jornal como prometi ao recomendar esta. lntençiio a Nossa Senhora».

• • • o . Maria Ferreira dt Simaa - Bi ..

coitos, dlz ter obtido por Intermédio de Noss~ Senhora da Fátima e de S.t' Terez\nlla o desaparecimento dum cancro que tinha num lábio. Reco­nhecida por tiio ~n"ande favor aqui c!elxa. o seu públ!co 81n'ftdeclmento.

• • o

do Norte. • • •

o. 1\lariana Furtado - Ribeira Gran· de, diz ter tido a S\111. fuão direita de tal maneira doente que nem sequer podia pegar nas contas do têrco pa­l-a. o rezar. Entregou a sua cura a Ncesa Senhoro da Fátima cm cuja. honra. !êz uma. novena, recomendan­do a mesma graça a S.t• Rita de Cá&­sla. Durante ::1. novena já começou a melhorar, e hoJe, diz O!Jtar completa­mente curada.

NO BRASIL o. Ma ria Lulsa - Rio Grande do

Sul, diz: - cUma. de mlnha11 trmlls, doente, teve várias hemoptlse<J, se­autndo-se depol.s uma febre multo al­ta. durante cêrca de um mM. Nào cedendo aos remédloe, determ!nou-ee que a doente recebe&6e os Santo& Sa~ cramentoe e se preparasse do perto paro ~ morte que parecia. Inevitável e Imediata..

Cheia de confiança recorri a Nos­sa Senl1ora da Fá.tlma e comecot uma novena no dia 4 de AgOsto. No dia 13 do memno mês a. d~nte esta.v~ sem febre. Esperamos que Noesa. MIU do Céu acabará a obra começada.. Mil louvores a tão boa Mlil, &emJ)l'e propicia. aoe rogos de suas !llhaaa.

• • •

• • " O. Maria do Carmo Bettenoourt da O Rev. P.• António Carreira Escobar

Milrio Augusto Costa - 1. Pauto - Brasil, com pcüldo do publicação diz o seguinte: - cEncont1·avarme no Brasil quando meu pai, por u ma carta., me !êz saber que minha mlit estava gravemente doente. ApÓS a lei­tura do tal carta, com lágrimas noe olhos, !ul pedir a Nossa Senhora da Fátlmn se dlgniiSõe meiborar m inha que1ida mltl. Prometi nossa ocaslllo uma Imagem de Nossa. Senhora da Maria de J\ssunqlo Graoa - Pena· Silveira Avila - Angra - Aollru, - Ribeirinha do Faia l - Açllres, pc-

A lição da pobrezinha Entrava AgOsto com seus dias pesados e ardentes, suas

noites calmas e pra4:adas. o ruído estrídulo das cigarras, campos loiros de restôlho, vinhedos pujantes, pomares car­regadinhos. Pela cneosl:l da l\Iatin.ha Verde, num carreiri­to junto à sebe que dC:~sc lado limita a propriedade, cami­nhava certa tarde um vélho ressequido e corcovado, de al­forge ao ombro c cajado na mão. Atrás dêle, ora detendo-se <'m contemplaÇ<io de avezinha ou cm colheita de flor, ora

Fui lá arriba à casa, ali pelo pinhal, pedir que me dessem uma manchit~a dela para mim c para o ti Joào que está além mortinho de sêdc. Não me deram nada e já nos íamos embora, mas ou olhei para trág. avistei voccmecê e sempre lhe 'enho preguntar se não 6 mesmo uma dor dll alma ver aqui esta. fruta tôda a estragar-se.

Na vozita débil havia úO:mitos de indignaÇ<io; no olhar, porém, puro c suaví~simo, transparecia uma doce e com­passiva curit!hidade. A expressão do rosto para o qual ela levantava o seu, cmmoldur.tdo de aneis onde brincava o sol poente, era agora menos severa.

- Pois sim ... leva a qu~ quiseres ... para ,!;i e para êle. 1\Ias dbpacha-te! ... TocQ a nndorl

A pequena, contudo, não se movia. -Então?... Não ouves? ... - Oiço, sim senhor, e agradeço. l\Ias... e outra?... Essa

íruta tôda? ... Que vai fazer dela? - E isso é da tua conta? Quem conhecesse bem o dono da :liatinha Verde obser­

v:iria que êlc mordia. o lábio inferior simplesmente para dis­farças um sorriso, A criança considerou apenas os dentes ralos e longos que, sem S.'\ber porquê, lhe fizeram um cer­to mêdo, mas continuou afoita:

-Lá da minha. conta não é ... mas olhe ... sabe? . .. Te-nho muita pena de si. .

-Então po:quê? --Tem tanta fruta. e não tem quem lha coma!... Não

t.em filhos ... nem netos ... nem nada? -Ninguém ... Estou sõ~i.Hho l - Está si>Zinho porque quere. Não há. tanta gente por

êsse mundo fora e ... não somos todos irmãos? A modos que os ricos não gostam de pensar que são irmãos dos pobres, mas olhe que eu ... vou tão tri~te de o deix:1r assim ... co­mo se fôs:;e mesmo da sua família ...

Fátima para a l~:reJa da minha po­voação, promeasa que tenciono cum­prir dentro em breve. Nilo !ui loao atendido )')Orque .&e passou ainda multo tempo sem que minha miU ro­cuperas~e a. saúde.

Foi sem dúvida. por araça do Céu que entllo chegou u minhas m lioa o mn.ra.vliboso livro «Esplendorea da FAI­tlma» cuJa leitura bastantes vezes suavleou os minhas tr!steZlta prlnct­pnlmente quando lia u curu ex­traordlnlirlaa operadas por Noaea se­nhora da Fátima.

Havia Já muito tempO que eu nllo recebia carta de meu pai, andando oor Isso tão triste que tOdas u noi­tes chorava oo lembrar-me do minha mlll por quem sempre rezava.

Uma. noite prometl publicar na cVoz di\ Fátima• a cura de mlnha ml\1 ae N068a Senhora lha alcanea&M. Passaram-se alguns dias mala e e~

recebia. de meu J)61 uma carta dizen­do-me que minha miU estava com­pletamente curada. * e&te o motivo pelo <tual roso o favor d& publloeçllo de tão rrnnde eraça que NOSII& Se­nhora me ~ncedeu».

• • • Brasil - Por notictaa chepcta,e da

Bala. aabemoa que a devoelo a Noeea Senhora da FitlmA continua • pra. perar entre o bom povo daa Terras de &lnta Oruz, sobretu~o por Intel-. médio da 6aua. dêate Bantuirlo. ~ rante o mt!e de Marta notou-. ex­traordlnArJo concureo que 1&\ ae atri­buiu ao aumento da 4evocllo a. NOIIBa Senhora. da. Fitlma. São lnúmeru ae curas operadas em en!ermoe Jt. do­sen~rQnadoe pelos médlOOII.

EM FRANÇA J. Ribeiro e I. Costa moradores em

Ltnl - (Pas de Ca la is), man.l!eatam o seu reconhecimento a N08SII. So­Uhora da FA'tlma por gracaa obtldoa.

correndo para compensar essa demora, uma pequcll:l, mwi­ta, pobremente vestida.

-Olhe, ti Joãozinho .. . tanta fruta ali no chão ... O hom~m parou e seguiu com o olhar embaciado pe.

los anos- talvez pelas l:igdmas- a direcç.:io indicada pe­lo braço da criança, e murmurou enlevado:

Parecia que, de facto, havia lágrim!!-5 nos olhos da ra­pariguinha que, como para disfarçar a comoção, saltou o estreito vala.Go quo separava <> caminho do pomar e ~bai­xou-se a cneher o avental.

-Levo destas peras madurinhas para o ti Joãozinho que já n.:io tem dentes, dis:;c com animação, e para mim levo ~Ç<is. Pronto!... Adeus!. .. Nosso Senhor lhe paguei ...

-Queres tu cá.. ficar comigo? interrogou nervoso. E co­mo ela o olhasse apatetada e, em sei'Uida, com pesar, a fruta dispersa:

- Bemdito seja D eus i Não era a sebe tão cerrada nem tão eniretccida de sil­

vas que a pequena não pudesse abrir :fàcilmente uma passa­gem para a quinta que parecia abandonada, mas, se a tcn!a­ção lhe veio, logo a venceu corajosamente:

-Vou lã acima à casa pedir uma poucochinha, sim? - Vai, filha, mas julgo que cra desta 1ente que fala-

vom além na fonte: um vélho avarento que vive só com uma criada. menos vélha mas mais avarenta ainda. Enfun ... cada um é que tem de dar conta de- si, Vai que eJl descanso aqui um bocado= ·

• • • - Vocemecê 6 que 6 o dono desta quinta? O interpelado que passeava num arruamento todo én­

I!Ombrado por vélhos ulmciros e que não distinguira as pas­sadas leves da criança voltou-se mal humorado:

-Sou ... Porquê? ... E quem te deu licença para entra­res aqui? Vens-me à fruta.?

- Não, senhor, que cu bem sei que 6 pecado roubar.

E, apressada, começou a descer a encosta. Loio. po­rém, se voltava ao chamar precipitado do donQ dl!, quinta que em seguida pregun·tava:

-Mas para onde v'!is? A pequena olhou-o espantada~ -Vou ter com o ti João! ... - ~ão tens mais família.? -. A falar a verdade nem 6 meu tio; era meu ,vizinho .••

fiquei sem pai nem mãi e Cle recolheu-me ~-pesar-de não ter mais que o ganho da su~ enxada. Agora nem isSQ ~em .. ~ que êle já não pode ...

.- E para onde vão? --.Vamos por aí fortt ... À conta. de Deus ... Se eu fOsse

maior é me quisessem para crjada e lhe dessem a êle uns servicinl1os leves ...

Com uma agilid;!de que já. ninguém làe suporia o ho­mem seltou para o pomar, aproximou-se da criança e , num gesto desabrido, deitou-lhe a miio aq ayenta.l, fazcnd~ rolar a fruta pelo chão.

·n r

- Dei .. u lá isso e yai cbamf!r o tio João. De-pressa!

• • • Nunca. mais na quinta. da Matinha Verde, por muito

farto qae seja o ano, se viu q chão coalhado de fruta a apo­drecer. A filha adoptiva do proprietário, sempre vigilante, desde que a fruta começa a amadurecer, começa também lo­go a aprovcit~ a que cai, distribuindo-a, cozida, assada ou em compota, pelos- doentes e pobres dos arredores. E no tempo da maturação completa nunca. mais o viadante dei­jl[OU de ali matar a sêde e encher o bornal.

Freqlientcmente, todo feliz niuna. curocita adquirida de propósito para levar à vila. frutas e hortaliças que não encontram venda. na. quinta, o tio Joãozinho, cujo ar bon­doso e ingénuo justifica a per~istência do deminutivo, ya.i distribuir belos presentes pel.;!s crianças da.s escolas e dum hospício recentemente fundado.

Além disso, também de vez em quando, na camioneta da carreirn. que passa pela Maticba Yerde, embarcam canas­tras e 8'f!lld~ ~z:g d~ !ruta des!inados 3Q Seminário dio­c:esanoa

---~--, ~ ,.,- r

O culto de Nossa Senhora da Fátima no estranjeiro

ÃSIA

Em Sincapura

O Senhor Bispo ele Leiria recebeu 41o Rev."" P.• A. Gonçalves, Vigário da igreja. Ahijh Chetch of St. Jo­seph do Singapura a seguinte carta qne julgamos interessará oa nossos queridos leitores e pode se~ estimulo para. benemer1ncaa.s similares.

Ex.- e Rev.- Sr. Di .. po:

Yenho respeitosamente apresentar li. V. Ex ... os meus cumprimentos e beijar o seu Sagrado Anel.

Juntamente com esta carta vai u.ma letra do Banco no valor de 1. .S7·I.f·II para a. Basffíca da Fáti­ma.

Julgo dever dar a V. Ex.r. uma explicação a respeito deste dinheiro. Tr6s quintos foram por mim recolh~­dc» como produtç. da. venda. de arb­gos religí0608 da. Flitima e esmolas dos devotos da. Senhçrn. da Fá­tima. O resto foi-me entregue pe­lo pároco d:J. nossa igreja para ser enviado a V. E.x... pE!Jõl as obras da Baalüca. nsse dinheiro íoi retirado da c.•i~ioha de eslllOia.s, colocada

diante do nicho de .Nossa Senhora. da. Fátima, que os fiéis 111. depositam quando visitam a igteja. O pároco sugeriu-me que pedisse a V. Ex. • se digne empregar n presente quantia na aquisição de qualquer objecto pa­ra o Santuó.rio, com. dádiva, exclu­siva dos cristãos de Singapura; pa­ra. isso faria V. Ex.' o obséquio de mandar dizer-me o custo do objecto que deseja adquirir e nós aqui nos encarregariamoe de mandar o que fôsse neceu;irio à medida que fô~sc­mos recolhendo as esmolas.

Achei a ideia boa, tr por isso comu­nico-a a V. Ex r. apenas para o seu conhecimento, para V. Ex.r. resolver como melhor entender. Da parte as e~motas que tenciono lher, continuarei a mandá-tas lá.

Faço votos pela preciosa. saúde e vida de V. Ex ... que DellS conserve ainda por longos anos. Peço se di­gne lembrar-se de nós em soaq ora­ções e sacri fi cios e enviar-nos a Sua Santa Bl!nção.

De V. Ex.r. Rcv.ma dedicado c ín­fimo servo.

P.• A. Gonçalves

,-

VOZ DA t-Af iMA

A diocese de Leiria aos ,

de N. S. da Fátima pes Peregrinação d iocesana nos dias 12 e 13 de

Agôsto de 1939 (Sábado e Domingo) Caros Diocesanos:

~ com o coração cheio de alegria e do amor para com a Virgem Mãi do Céu que vo:o venho convidar a tomar parte na costumada. peregrina­ção da. nossa querida Diocese nos pró­ximos dias 12 e 13 de Agõ.;to.

Elita homenagem filial para com a nossa Md.i do Céu dewmo-la., entre outros motivos, como cristiios, como portugueses e como leirienses.

Como Ct'istãos - O Divino Reden­tor, ao morrer na. Cruz dando até a última gota do seu Sangue por nós, depois de nos ter ensinado o ca­minho do Céu pek\ sua doutrina com­provada por tantos milagres, profes­sia.:. e ainda. com o seu exemplo, quis entregar-nos à protccçoio da. sua San­ta Mãi.

E assim nós todo~. justos c pecado­res, grande!. e pequemos, ficámos en­tregues à sua protecção e guarda. Maria. aanüssima, St-guntlo o testa­mento qui' Jesus fl·z no Calvário, é no5~a. verdadeira 1\:Lli. Devemos-lhe, pois, todo o rc!'peito. amor e carinho para. com tão l>ro. M.:ii. ·

Como portugueses Desde o

Aljubarrota, a Nossa Senhora da Vi­tó ria..

Nossa Senhora é venerada. no San­tuário predilecto dos habitantes de Leiria, Nossa Senhora da Encarna­ção. A Santíssima Virgem, sob dife­rent<'s ULulas, é o orago de quási tOdas as igrejas paroquiais e de mui­tas capelas. Em tôdas as igrejas da Diocese a. boa Mãi do Céu tem um altar junto ao trono do seu Divino Filho.

As mãis colocam as suas filhinhas debaixo da ptotecção de Nossa Se­nhora na pia. baptismal.

A Santíssima Virgem tem uma pre­dilecção E:spccia.J pelos pequeninos, segumdo as pisadas do seu Divino Fi­lho que dizia: - deixai vir a mim os pequeninos porque dêles é o reino dos Céus. E em Fátima, Noss..1. Senho­ra escolheu criancinhas para serem os oxecutores das suas determinações c os can fidcntcs dos seus segredos.

Daí vem, ter o Rev. Clero escolhi­do o dia 13 de AgOsto par.t em Fá­tima se realizar, como determina a Santa Sé, . O dia Diocesano da Catequese

~~IIIJ:l';~~~~~~-!rJ!~~~--jijfli!í1~Nj principio da nossa nacionalidade, 'I Portugal foi entregue à protecção da

Será também êstc ano, uo dia 13 de AgOsto, c juntaremos as crianci­nhas, queridas do Sagrado Coração de Maria, no seu Santuário predilec­to. Virgem Santíssima. Os portugueses

de antanho. os nO!\:.os guerreiros ilus­tres, os nossos reis, os nos~os mari­nheiros, ao passo que iam conquis-

•-~11 ta.ndo aos infiéis esta terra. bemdita

NO JAPÃO Grupo fotográfico do Sr. Couto, Vice-Cônsul Geral do Brasil no Japão, com os seus alunos cfe português a quem ofereceu como pt'émio da sua aplicação e estudo, exemplares do livro «A Jacinta» que êles muito apreciaram

.CRóNICA FINANCEIRA Em Setembro do CII'IO passado a

guerra • teve oor um f1o. S. não fô­ro o prudência da Ch.omberlain, se n& f6ta e SOngtJe-frio, o fleugma do SJrc;Jnde nor;õa inglé'so, a guerra teria deflagrado então paro gaudio dos bolchevistas que sonhem com a guer­ra universal, e dos os+áricos que pen­sam em c:ICiminor e destruir o Europa. Mos s& & verdade qu-e o Inglaterra salvou o pa:z: do mundo, evitando uma guerra iminente, não é menos certo que os ódios ideológicos e os opetltes l.,..:>eriolistos, ficaram mols exacerbados aindo depois do jornada ele Munich. Os blocos em oposição codo vez se ofostovom mols um do

da nossa Pátria, o~ dcsccbridores atrn.vessando ma~ nunca dantes na­vegados, iam colocando as novas ter­ras aos pés de JS"os!'ll Senhora. O no­mo de Maria fulge em tOdas as pá­ginas da nossa História, arde nos co­rações dos grandes nomes da nossa Pátria. - m ilitares, m issionlirios, poe­tas, oradores, sábios e sobretudo dos Heróis e Santos, nossos antepassa­

dos de que somos, infelizmente, tão frn.cos herdeiros.

Como leJriens~s - Nossa Senhora foi sempre amada e venerada pel<:-' nossos antepassados. Os nossos quen­dos Seminários, o dos maiores e o dos m.:~is pequenos, estiio colocados de­baixo da protecção de Nossa Senhora, respectiv:unente sob o titulo de Nos­sa Senhora da Conceiçüo e de Nossa Senhora da Fátima. ~ padroeira da nossa. Catedral, Nossa Senhora da. As­sunção; e o Mosteiro da BataTba - o primeiro monumento nacional -foi{erguido como padrão de gl6ria por D . J oão I , vencedor da Batalha de

VOZ DA FATIMA DESPE IA

TJ:ansporte... .. . . . . . .. Franquias, emb. trn.ns­

porte do n.0 2o:z ... Papel , comp. e imp. do n.0 202 (359·712 e:.)

Na Administração ..... .

1.862.668$19

.5.189$35

16.739So3 284$40

Meus Caros Diocesanos:

Dito-vo~ estas simples c dc.;atavia­da.s palavras dum Hospital de Lisboa onC:e tive de vir fazer uma operação mclindroslssima a um dos olhos. Es-t ou condenado a uma. imobilidade

ab!iOluta. Não distingo a luz das trevas, a noite do dia, nem conhe­ço as pessoas senão pelo timbre da sua voz. Nesta. crise da minha vida coo.servo-vos, como sempre, j unto ao meu coração <!c Pai em Cristo, peço por vós e ofereço a Nosso Senhor to­dos os sacri!ícios para qne vos prote­ja e guarde a vossa Fé e as vossas famflias. Tenho também a certeza que não vos esqueceis de mim.

Espero que, restituindo-me Nosso Senhor a vlSta, me possa juntar con­vosco na peregrinação diocesana de Agôsto, em Fátima, para todos jun­tos - num só coração e numa. só alma - cantarmos os louvores a Nos­sa. Senhora, berudizermos o seu nome e a.gradecer-lhe os benefícios que tem espalhado sôbre nós. Entretanto, meus amados Padres, Re.-erendos Párocos, Coopera<!orcs da minha mis­são pastoral, caros seminaristas. doentinhos, instituições rcHgiosas, membros da Acção Católica em to<los oe aeus ramos, numa palavra, a to­dos os meus queridos d ioceS:J.Dos en­vio a Bênção Episcopal em nome de Nosso Senhor.

Esta nOS!n Provisão será. lida e e.~­pücada ao povo pelos Rev.00 Páro­cos e Capelães.

outro no campo dos princípios e no sector do economia; os totalltárioa, aperta ndo-se uns contra os outros no seu eixo de autarquias; os liberais, dando-se os mãos, e estendendo pelo mundo vasta e potente rêde, capaz de emmolhor os mais poderosos óguios.

tícia do sua ida fôsse acolhida com desconfiança no Alemanha. O mundo chegou o ponto de não haver um homem copoz: de Inspirar confiança oos dois...partidas, condição essa in­d lspensóvel poro ser possível um ocôr­da honroso paro ambos os portes. Sem medianeiro, não poderia haver uma aproximação que inspirasse confian­ça oos dois blocos; e sem um míni­mo dE!' confiança mútuo entre as par­tes, é impossível negociar. Nem próprio presidente dos Estados Uni­das t inha autoridade poro servir de medianeiro, porque o seu pois enfi­leirara no bloco libero!, e por isso o sua oferta da mediação foi rejei­tada ...

Dada em Lisboa, no Hospital de S. Franeisco (a Jesus), aos dias 2 de J ulho de 1939·

------1 t JOS~. Bispo de Leiria Total . . . t.SS-1 .88oS97

Donativos desde 15$00

E.ntre estes dois blocos de Ideias e inteJêsses antagónicos, o hormonio parecia impossível e a guerra inevi­tóvel. E' digo-se de passagem que os fenótico• de a mbos os campos era justamente o guerro que queriam, pois s6 o trovés do guerra poderiam sat isfazer os seus ódios de exaltados.

Mos os homens de juízo, que os hó •mpre em todos os campos, que­riam e querem salvar o paz o todo wsto. Sim~oJsmente o solvoção do po:z: se tomava de dia poro dio mais d ifícil, justamente porque os dois blo­cos se estava m a fastando um do ou­trg co111 velocidade ocele'l'oda. Conta­-se que DO saber do projecto da ido cie' Chomberlain 11 Municho, Hitler d ts­sero: Qwe má cá fa .. r es .. Yélhca r.oJtQtw

A Yélho raposa foi a Mun1ch sal­var o llCU, mos é na tural que o no-

E foi nesta a tmosfera, de des­confiança e de ódios vivos, que su­biu ao s61io pontifício Sua Santidade Pio Xll, cujos primeiros votos e cui­dadas foram em fa'tiiOI' do paz. E por­que sinceramente desejava o paz, Pio Xll não proferiu uma palavra, não fêz um gesto que pudesse, mes­mo de longe, contribuir poro excitar mais os llnimos, poro ogrovar mais o si tuoção.

Pelo contrórlo, desde o primeiro instante do seu pontificado que Sua Santidade Pio XII procurou captar a confiança de a mbos os pactidos. A guerra aos erros estava feita, ero che­gado o momento de dar o pa:z: haml!Tis.

E os homens que do fundo do seu coração só buscam o paz, souberom comp,eender a purezo das intenções do Sumo Pontífice e sem mesmo do­rem por isso, em suos o lmos o esco­lheram poro medianeiro. E é por qu~ por todo o mundO se d iz que é Papo que estó salva ndo o poz.

António Lopes Silva · - Bmsil, soSoo; J oão Hiládo Dias - Borba, 2o$oo; P. • António :Maria Alves -Macau, 67o$oo; Almcrinda Brito -França, 50 francos; Elvira. Ferreira - Pôrto, 2o$oo; Acácio H. Vieira. -Pôrto, 2oSoo; Joaquim Valente Silva -Rio de Janeiro, SoSoo; Maria I sabel R usso - Cab. de Vide, 2:7$oo, Caro­lina Carvalho - Mirandela, 20$00; Jorge Vareta - Tua, 2o$oo; Aida Ta­vares - Macau, 34Soo; Custódio Lo­pes - Pôrto, t5$oo; Maria. Bértola -Aradas, 3o$oo; António M. Custó­dio - Bera, 2o$oo; António J. Cu­nha - Bra&'a. 2oSoo; Elvira do Cor. de Jesus - Vilar. 30$00; Maria A. Santos - América, I .dólar; Emília Canela. - Cantanhede, 6o$oo; José M. Lopes - Paços de Sousa, 2o$oo; Ana. Aug. Oliveira - ltvora, 2o$oo; Helena Bra1.1dão - Covela$, 24$8o; Joana do Esp. Santo - Amoreira, xs$oo; Maria do Carmo Rodrigues -Faro, 3otoo:' Augusto Gon~yes -Seyru.. so fra.ocos.

_,..__ a s m = a a a ••

TIRACEM DA «VOZ DA FATIMA»

no mês de Julho Algarve ... . ........ ..... . Angra . ..•••... . .. .....• ..• A•eira ...... ... .. . ........ . lejo ... .. . ....... .. .. . Brcrga ...... ... ...... .. . Bragan~a ..•.....•..•... Coimbra •.••.••.••••••• fyora ... ... ......... .. . Funchal ..••.• Guorda ...... ..... . Lamego ........... . Leiria . .......... . Lisboa .....• •••.•• Portalegre .. • ••••••••• ••• .•• Pôrto ...... ...... ..... , ••• Vila Re al ...... ...... ... . .. Viseu .•• ••• ·· ·~ ••• •••••••••

Estronjeiro ... .!!.A

Diversos ''"" ~.. ~·•

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5.497 20.174

6 .323 3.699

86.550 14.077 14.454

5.388 15.647 21.972 12.503 15.797 11 .880 10.928 56.610 28.951 10.020

340.470 3.883

15.359

3S9.712

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ARQUIDIOCESE DE BRAGA

Apêlo aos Rev.do• Sacer· dotes

Cêrca de 15.000 Missas foram jó celebradas nos altares desta Arqui­diocese, desde o comêço da organi­zação, pelos nossos queridos Cruzo­dos, vivos e falecidos. Afora o Santa Missa diória, celebrada no Sontuório de Nossa Senhora da Fótima, sempre oferecido pelos associados de tôda a noção.

Digam isto oo nosso bom povo, a cada posso, nos suas homilias, os Rev."" Sacerdote, que tõo zelosos têm sido pelo d ifusão e manutenção desta , Obra única e providencial; repitam­-no em todos os púlpitos os nossos apostólicos Pregadores, mencionando simultâneamente o precioso tesouro de indulgências que a Santa Igreja concede a todos os Cruzados, e na­do mais seró preciso poro que êle" se multipl iquem, e sobretudo perse­verem, no seio desta Pia-União.

E a inda mais o pedido, tantas ve­zes reiterado: que os incansáveis Chefes de Trezenas conservem sem­pre os seus grupos absolutamente completos, apressando-se a preencher uma vogo que se dê, por outrem que à Cruzado ainda não pert~nça. Mos quando a lguma Trezeno infelizmente desapareça, apressem-se os Rcv.o• Pó­roces o comunicó-lo à Direcção Ar­quidiocesono, com a indocoçõo do r.ú­mero de jorna1s que se devem supri­mir na remessa.

Passou de 1 milhão de exempla­res de «A Voz do Fátima», que vie­ram poro esta Arqu idiocese só no ano de I 938! Que prodigiosa sementeira, mos também que fabuloso despesa!. .. Que não se perca um só jornal c que o dispense quem dêle não precisa; ter-se-ó feito assim o melhor serviço, em prol desta sento Couso, pelo Rei­nado do Senhor.

Advcniat! ..•

O d irector arquidiocesano

FALA UM MÉDICO XXXIX

Fazer • reg• me A locução afrancesado «fazer re­

gimel> anda agora muito na bõca dos meninas que se deixam tiranizar pela modo.

Muita dificuldade têm os sacerdo­tes poro convencer os católicos que devem obedecer ao salutor preceito do je jum e do abstinência.

A cada passo luto o médico com o resistência dos diabéticos ou dos vé ­lhos ortério-esclerosos, que muitas ve­zes se recusam a suportar dietas, das quols depende, aliós, a sua vida.

Ao lado dessa resistência aos man­damentos do Igreja e da higiene, é curioso ver como o~ modos mais es­túpidas estendem o seu império.

Desobedece-se oo padre e ao mé­dico, mos é com a maior sem-cerimó­nia que uma rapariga pinto o coro e os unhas ou prescinde de artigos de vestuório como os meias e a ca­misa os qu~is antigamente pareciam i ndis~ensóveis e que só os mendigos mais miseráveis deixavam de usar.

Decretou também a moda que o suprema distinção da mulher consis­t ia no magreza quósi esquelética.

Por isso, desataram os meninos o fazer regime, isto é, o passar fome, com requintada elegôncio.

Emquanto o família janta descon~ sodamente com~ndo c que vem a mesa, o ~enina que foz regime não come sapo, nt-m pão, nem mante1go nem alimentos doces ou feculentos, e também não bebe.

Engole à pressa uns bocadinhos de carne e alguma comido que tem fa · mo de não fazer engordar.

Depois, fico de pé, ao lado d.o me­sa, emquanto os outros comem o von­tade.

Nõo há dúvida que a menino que foz regime, em pouco tempo, fico uma mogrizelo do tipo exig<do pelo moda .

Mas pode ser que fique também candidata o uma cadeira de cur.o no sanatório, ou o um lugor vitolído no campo dum cemitério.

P. L

w. a ;pss