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Diocese em Comunicação 1 Diocese de Caxias do Sul Ano 29 | nº1 Janeiro de 2020 Amor Iniciamos um novo ano e, através dos meios de comunicação social, acompanha- mos o número de pessoas que saiu às ruas com entusiasmo para festejar a virada do ano. Tive a impressão de que o ano que ter- minou não foi dos melhores na vida do nos- so povo, mas, mesmo assim, tudo indica que não perdemos a esperança. Somos um povo que sabe sorrir e fes- tejar, mesmo quando a realidade da vida pode ser marcada por incertezas. Nós não nos deixamos abater pelos contratempos que, com certa frequência assolam os nos- sos projetos pessoais e as nossas expecta- tivas em relação ao futuro. Somos um povo que cultiva a esperança em seu coração, mesmo diante de certas realidades que fe- rem e maltratam a dignidade da nossa vida. Essa esperança é fundamental para mantermos viva a vontade de caminhar, de trabalharmos para progredir e para cons- truirmos um país melhor, mas não só para beneficiar um pequeno grupo, mas para tra- zer benefícios para todo o nosso povo em todas as realidades do nosso grande país. Acreditamos que a inserção social dos me- nos favorecidos, através de oportunidades de trabalho, não só ajuda a pessoa a melho- rar a sua autoestima, mas lhe dá a possibili- dade de ser protagonista de um projeto de vida em relação ao seu futuro. Aos governantes cabe a responsabilidade de adequar os projetos de governo que tenham também conotação social, de inclusão, de geração de renda, mas também de amparo dos que estão no limite da sobrevivência e dependem da assistência, da colaboração e atuação do poder público, sem excluir a participação das instituições caritativas que estão presentes na nossa sociedade e pres- tam um serviço relevante para milhares de pessoas. A solidariedade humana, manifestada através dos gestos de caridade, revela a no- breza e o amor a Deus e ao próximo. O nos- so querido povo, tantas vezes provado e fe- rido na sua caminhada da vida, não se deixa abater ou dominar pelo desânimo e a indife- rença que rondam a jornada do dia a dia. De forma altruísta, o povo mantém abertas as portas e os olhos do coração para ver a re- alidade de quem está ao seu redor, vivendo muitas vezes em situação de penúria e cla- mando por solidariedade através do silêncio. Não do silêncio de quem já se resignou com os fatos da vida, mas do silêncio que chama a atenção de quem sabe ver o mundo, não só a partir das cifras econômicas, mas tam- bém com os olhos da compaixão e da cari- dade que geram proximidade e alimentam a esperança no coração das pessoas. + Dom José Gislon, OFMCap. Solidariedade Esperança

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Diocese em Comunicação1

Diocese de Caxias do Sul Ano 29 | nº1

Janeiro de 2020

Amor

Iniciamos um novo ano e, através dos meios de comunicação social, acompanha-mos o número de pessoas que saiu às ruas com entusiasmo para festejar a virada do ano. Tive a impressão de que o ano que ter-minou não foi dos melhores na vida do nos-so povo, mas, mesmo assim, tudo indica que não perdemos a esperança. Somos um povo que sabe sorrir e fes-tejar, mesmo quando a realidade da vida pode ser marcada por incertezas. Nós não nos deixamos abater pelos contratempos que, com certa frequência assolam os nos-sos projetos pessoais e as nossas expecta-tivas em relação ao futuro. Somos um povo que cultiva a esperança em seu coração, mesmo diante de certas realidades que fe-rem e maltratam a dignidade da nossa vida. Essa esperança é fundamental para mantermos viva a vontade de caminhar, de trabalharmos para progredir e para cons-truirmos um país melhor, mas não só para beneficiar um pequeno grupo, mas para tra-zer benefícios para todo o nosso povo em todas as realidades do nosso grande país. Acreditamos que a inserção social dos me-nos favorecidos, através de oportunidades de trabalho, não só ajuda a pessoa a melho-rar a sua autoestima, mas lhe dá a possibili-dade de ser protagonista de um projeto de vida em relação ao seu futuro.

Aos governantes cabe a responsabilidade de adequar os projetos de governo que tenham também conotação social, de inclusão, de geração de renda, mas também de amparo dos que estão no limite da sobrevivência e dependem da assistência, da colaboração e atuação do poder público, sem excluir a participação das instituições caritativas que estão presentes na nossa sociedade e pres-tam um serviço relevante para milhares de pessoas. A solidariedade humana, manifestada através dos gestos de caridade, revela a no-breza e o amor a Deus e ao próximo. O nos-so querido povo, tantas vezes provado e fe-rido na sua caminhada da vida, não se deixa abater ou dominar pelo desânimo e a indife-rença que rondam a jornada do dia a dia. De forma altruísta, o povo mantém abertas as portas e os olhos do coração para ver a re-alidade de quem está ao seu redor, vivendo muitas vezes em situação de penúria e cla-mando por solidariedade através do silêncio. Não do silêncio de quem já se resignou com os fatos da vida, mas do silêncio que chama a atenção de quem sabe ver o mundo, não só a partir das cifras econômicas, mas tam-bém com os olhos da compaixão e da cari-dade que geram proximidade e alimentam a esperança no coração das pessoas.

+ Dom José Gislon, OFMCap.

SolidariedadeEsperança

Diocese em Comunicação2

120ª Romaria Votiva de Nossa Senhora de Caravaggio Com o lema: “Se quiseres cultivar a paz , preserva a criação”, acontece nos dias 1º e 2 de fevereiro mais uma Romaria votiva ao Santuário de Caravaggio. A programação consiste na visita de Nos-sa Senhora nas comunidades da Paróquia de São Marcos e de missas com as paróquias da região no Santuário.

Já no dia 1º de fevereiro, a missa será às 10h30min e o almoço festivo, às 12h. À noite, às 20h, haverá missa com a presença da Paróquia Nossa Senhora de Caravaggio. No dia 2 de feve-reiro, a missa festiva acontece às 11h através da TV Canção Nova e dos demais meios de comuni-cação.

No dia 1º de dezembro, celebraram-se 20 anos de criação da Paróquia Cristo Operário, localizada na Região Sul da cidade de Caxias. A paróquia é formada por uma rede de comunida-des: são nove ao todo. Na ocasião, foram comemorados os 25 anos de vida sacerdotal do padre Carlos Augusto Bertotti. Padre Carlos é natural de Caxias do sul e foi ordenado sacerdote, na Paróquia Sagrada Família, no dia 31 de dezembro de 1995, data do seu aniversário natalício. Ele atuou na Paróquia Cristo Redentor durante 16 anos. No próximo ano, ele vai iniciar suas atividades pastorais junto à comunidade da Paróquia Santa Fé, em Caxias do Sul, como vigário paroquial.

Jubileu de Vida Sacerdotal do padre Carlos Augusto Bertotti e aniversário de criação da Paróquia Cristo Operário

Celebração Eucarística marcou os 20 anos da criação da paróquia e os 25 anos de ordenação sacerdotal do padre Carlos Augusto Bertotti.

Foto: Sandra Rissinger

Diocese em Comunicação3

Com a participação do Colégio de Consultores, e ten-do presente a disponibilidade do amor serviço dos sacerdotes, diácono e as necessidades de atendimento do povo de Deus da Diocese de Caxias do Sul, achamos, por bem, fazer as seguintes transferências: - Pe. Marciano Guerra - Reitor do Seminário São José - Caxias do Sul (Filosofia e Propedêutico), Animador Vocacional e As-sessor do Setor Diocesano de Juventude. - Pe. Gustavo Predebon - Assistente do Seminário São José - Caxias do Sul (Filosofia e Propedêutico) e coordenador do Grupo Vocacional de Caxias do Sul.

- Pe. Renan Dall’Agnol - Santuário Diocesano de Nossa Senho-ra de Caravaggio.

- Pe. Decio Podenski - Pároco da Paróquia Santo Antônio - Fagundes Varela.

- Pe. Josemar Conte - Pároco da Paróquia São Lourenço Mártir - Coronel Pilar e Paróquia São Marcos de Marcorama - Gari-baldi.

- Pe. Rafael Giovanaz - Vigário paroquial da Paróquia Cristo Rei - Bento Gonçalves.

- Pe. Carlos Augusto Bertotti - Vigário paroquial da Paróquia Santa Fé - Caxias do Sul.

- Pe. Kleiton Pena - Pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus - Antônio Prado.

- Pe. Lucivan Francieski - Vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus - Carlos Barbosa e Nossa Senhora das Graças - Arcoverde - Carlos Barbosa.

- Pe. Vitor Aquiles Cecatto - Vigário paroquial da Paróquia São Marcos - São Marcos.

- Pe. Jaime Luiz Gusberti - Pároco da Paróquia Cristo Operário - Caxias do Sul.

- Pe. Jairo Luiz Gusberti - Vigário paroquial da Paróquia Cristo Operário - Caxias do Sul.

- Pe. Agenor da Rocha - Pároco da Paróquia Santíssima Trin-dade - Caxias do Sul.

- Pe. Gerson Bartelli - Vigário paroquial da Paróquia São Pele-grino - Caxias do Sul.

- Pe. Lucas Antônio Mazzochini - Capelania Militar - RS. Auxi-liar da Paróquia Santa Catarina - Caxias do Sul e Paróquia San-ta Maria do Belo Horizonte - Cazuza Ferreira - São Francisco de Paula (Nos finais de semana).

- Pe. Volnei Júnior Vanazzi - Pároco da Paróquia Santa Teresa D’Avila - Catedral diocesana.

- Pe. Joni Antônio Bonato - Gestor do Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida e auxiliar da Paróquia Santa Catari-na - Caxias do Sul e Paróquia Santa Maria do Belo Horizonte - Cazuza Ferreira - São Francisco de Paula.

- Pe. Eleandro Teles - Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Caxias do Sul, Chanceler do Bispado e Secretário do Bispo.

- Pe. Paulo Nodari - Coordenador Diocesano de Pastoral.

- Residentes da Casa de Saúde Pe. Pedro Rizzon - São Marcos: - Pe. Sebastião de Vargas Furtuna. - Pe. Mariano Calegari. - Pe. Sérgio Renato Nicoletti. - Pe. Roberto Pezzi. - Pe. Ireno Lusa.

- Diácono Dervile Tenutti - Paróquia Sagrado Coração de Jesus - Antônio Prado.

- Diácono Miguel Mosena - Paróquia São Roque e Nossa Se-nhora do Rosário - Faria Lemos - Bento Gonçalves.

Seminaristas da etapa da Teologia:

- Seminarista Luciano Dalmolin - Estágio em 2020 na Paró-quia Santo Antônio - Santuário - Bento Gonçalves.

- Seminarista Alexandre Paludo Bressiani - Estágio pastoral - Pastoral Vocacional e Setor Juventude no Vicariato de Nova Prata.

- Seminarista Cristian Fabiani - Estágio pastoral nas Paróquias Mãe de Deus e Nossa Senhora das Graças - Carlos Barbosa.

Com espírito paterno e fraterno, solicito aos que foram trans-feridos, que combinem o tempo de suas férias, possivelmente, antes de assumirem a função no novo local para o qual foram designados. Manifesto a minha profunda gratidão aos padres e ao diáco-no que foram transferidos, pelos relevantes serviços prestados à Igreja povo de Deus, nas paróquias, santuário e seminários aonde atuavam. Ao mesmo tempo, conto com a compreensão dos fiéis dian-te das transferências e, carinhosamente, solicito que acolham bem os padres, o diácono e os seminaristas nas novas realidades em que irão desempenhar a sua missão de amor e serviço. Que Nossa Senhora de Caravaggio, padroeira da nossa Dio-cese, nos acompanhe na missão de amar e servir ao seu filho Jesus, servindo o povo de Deus da nossa querida Diocese de Caxias do Sul.

Caxias do Sul, 31 de dezembro de 2019.

+ Dom José GislonBispo Diocesano de Caxias do Sul.

Transferências e nomeações da Diocese de Caxias do Sul para 2020

Diocese em Comunicação4

Diocese em ComunicaçãoInformativo da Diocese de Caxias do Sul

Jornalista responsável:Pe. Paulo Roque Gasparetto - Reg. 8712

Projeto gráfico e diagramação:Pe. Elton Marcelo Aristides - MTB 16.423

Colaboradores: Pe. Renato Ariotti, Ivo Adamatti, Maria Helena Bortolon Rech, Ir. Eliana Aparecida dos Santos e

Leandro Adamatti

E-mail: [email protected]

Impressão: Gráfica Agetra

São Tiago de Compostela: Um caminho para dentro de nós mesmos

Por Pe. Josemar Conte

Dos dias 3 a 14 de setembro percorri parte do caminho português para Compostela (quase 250 km). Costuma-se afirmar, porém, que o caminho inicia quando você parte de casa. Por que fazer o caminho? Essa pergunta fiz para muitos peregrinos e concluí que é a busca de sentido (o rumo) do nosso existir e do nosso ser no mundo. Eu, particularmente, fiz o caminho por pura gratidão. O caminho das estrelas (Compostela) nos remete a muitos símbolos: mochila, seta amarela, band-aid, bastão, concha, etc., todos

símbolos que nos falam não só do caminho de Compostela, mas de nossa vida de peregri-nos. M o c h i l a :

quando você esta em casa, preparando-se para fazer o caminho, parece não ter tanta importância o que se coloca na mochila, mas, quando a carregamos nas costas, tomamos consciência do que se poderia ter dispensado, pois muitas coisas que carregamos são inú-teis... Meio quilo a mais, durante várias horas, transforma-se num pesadelo.... No caminho da vida, todos nós carrega-mos uma mochila e, às vezes, vamos acrescen-tando coisas que não são essenciais, são até desnecessárias e inúteis para a vida. É esse peso a mais que nos impede de avançar, de ir para águas mais profundas... O que você leva em sua mochila que é dispensável? Que coisas, hoje mesmo, você pode dis-pensar de sua mochila para ter uma viagem mais tranquila? Posso afirmar que o caminho de Compostela me desafiou a desentulhar muitas coisas da minha vida, o que tornou a minha caminhada mais leve e prazerosa, pois aprendi do Mestre Jesus que “meu fardo é leve, e meu jugo é suave”.

Feliz Natal e abençoado 2020.

Romaria da Terra 2020 “O bem Viver no Campo e na cidade”

As 18 dioceses do Rio grande do Sul, que in-tegram o Regional Sul 3 da CNBB, realizam em 2020 a 43ª Romaria da Terra. A Romaria acontece anual-mente, desde 1978, sempre na terça-feira de carna-val. Organizadas de um jeito próprio, buscam unir luta, festa, alegria e esperança. Para 2020, o local escolhido foi o Parque Mu-nicipal de Mormaço, na Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, Diocese de Cruz Alta. O evento ocorrerá no dia 25 fevereiro. O tema deste ano será: “O bem viver no campo e na cidade”, e o lema: “Dá-me de be-ber” (Jo 4,7). O trajeto será de 2,7 km de caminhada, e esperam-se milhares de romeiros e romeiras vin-dos de diferentes lugares para, em romaria, encon-trarem-se, relembrarem e celebrarem os mártires da terra que tombaram defendendo a vida do povo empobrecido.