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Dinâmica da Vegetação Aquática Submersa no estuário da Lagoa dos Patos (Projeto DIVAS)

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Page 1: Dinâmica da Vegetação Aquática Submersa no estuário da Lagoa … · 2017-07-04 · Bolsistas: Jeison B. Paiva, Marianna O. Lanari ATIVIDADES: 1) Monitoramento de pradaria de

Dinâmica da Vegetação Aquática Submersa no

estuário da Lagoa dos Patos(Projeto DIVAS)

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PELD I - Distribuição e Produção de Ruppia maritima

Pesquisadores: Ulrich Seeliger (Coordenador), César Vieira Cordazzo (até 2003), Margareth Copertino (a partir de 2008)

Bolsistas: Jeison B. Paiva, Marianna O. Lanari

ATIVIDADES:

1) Monitoramento de pradaria de Ruppia maritima in situ:• Coletas destrutivas de biomassas em transversais georeferenciadas. • - R. maritima: Biomassas aérea, subterrânea, caules reprodutivos, epífitas• - Macroalgas: percentual de cobertura, biomassa e composição específica.• Obtenção de parâmetros abióticos:• - Variação do Nível do sedimento: Transversal de 450m, 6 pontos, 4 amostras por ponto- - Granulometria:

testemunhos ao longo de mesma transversal• - Parâmetros abióticos da água (salinidade, nível, transparência, temperatura)2) Experimentos de germinação de sementes em campo e laboratório

3) Levantamento e compilação de dados históricos, a partir de 1979, sobre a abundância e distribuição de pradarias de R. maritima e de macroalgas, de parâmetros da água e outras informações sobre a ecologia das áreas rasas.

4) Análise de séries temporais contínuas e discretas sobre a variabilidade na abundância e distribuição de pradarias de R. maritima e de macroalgas

5) Análise das relações da variabilidade das biomassas com eventos ENSO, variações de descarga e nos parâmetros físico-químicos

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Nível médio da água

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Variabilidade na abundância da Vegetação Aquática Submersa de 1979 a 2009

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Biomassas verão e Descargas médias

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Biomassas verão & Descargas médias

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Biomassa vs DescargaB

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River discharge (m-3 s-1)

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Dinâmica de sedimentos

Redução drástica das biomassas de plantas e macroalgas ocorreu logo após e durante períodos de altas taxas de mobilização do sedimento (primaveras de 2002 até outono de 2003).

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Após colapso de fanerógamas e redução da descarga fluvial

Transição para comunidades dominadas por macroalgas de deriva (Ulvales), de crescimento rápido e carácter oportunista

Aumento na frequência de eventos de colapsos por morte e decomposição das algas

Redução de hábitats estáveis para infauna e juvenis de crustáceos e peixes

Fanerógamas

Macroalgas (Ulvales)

Mac

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R. maritima (g PS m-2)

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Parâmetros populacionais por períodos

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Mobilizado

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Distribuição de pradarias na década de 90

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Marés Verdes – florações de macroalgas de deriva

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Verões 2008 e 2009Densos bancos de R. maritima com caules verticais, flores e frutos

Plantas maduras de R. maritima com inflorescências fanerógamas.

O tempo de recuperação plena das pradarias no estuário da Lagoa dos Patos é de cerca de dez anos e dependerá das condições climáticas favoráveis, assim como de ações de manejo e conservação.

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PUBLICAÇÕESArtigos:

Copertino, M. S. Climate variability and the state of seagrasses in Patos Lagoon estuary (South Brazil). Seagrass Watch(40): In press.

Copertino, M. S., Seeliger, U. Bemvenutti, C. E., Colling, L. A., Cordazzo, C. Möller, O. 2009. Inter-decadal changes in seagrass meadows in Patos Lagoon estuary, Southern Brazil. In: International Phycological Congress, 2009, Tokyo. Phycologia. 48: 23-23.

Cordazzo, C. V. 2004. Produção de sementes e estabelecimento dos fundos de Ruppia matima L. no estuário da Lagoa dos Patos (RS). Anais do VI Simpósio de Ecossistemas Brasileiros: patrimônio ameaçado. 291-298 pp.

Capítulos de livros:

Copertino, M. S., Seeliger, U. 2010. Hábitats de Ruppia maritima e de macroalgas. In: U. Seeliger, U., C. Odebrecht (Eds.). Estuário da Lagoa dos Patos: um século de transformações. Rio Grande. FURG. p. 91-98.

Odebrecht, C., P. C. Abreu, C.E. Bemvenuti, M. Copertino, J.H. Muelbert, J.P. Vieira & U. Seeliger. 2010. The PatosLagoon Estuary: Biotic responses to natural and anthropogenic impacts in the last decades (1979 – 2008). In: In: H. Paerl & M. Kennish. (Org.). Coastal Lagoons: Human and Natural Impacts. CRC Press. In press.

Apresentações em Congressos:Copertino, M. S. ; SEELIGER, U. .2009. Passado, presente e futuro da vegetação submersa: efeito de mudanças climáticas e outros impactos

antropogênicos. Em: VIII Encontro de Bioincrustação, Ecologia Bêntica e Biocorrosão, Arraial do Cabo, RJ. p. 1-3.

Copertino, M. S. ; COLLING, L. A. ; SEELIGER, U. ; BEMVENUTTI, C. E. ; Gianasi, B. L. 2009. Modificações hidrológicas e variabilidade na abundância e estrutura de habitats vegetados submersos: uma avaliação histórica para o estuário da Lagoa dos Patos. Em: I Workshop Brasileiro de Mudanças Climáticas em Zonas Costeiras. Rede CLIMA. 18-18.

Copertino, M. S., CORDAZZO, C. ; SEELIGER, U. ; Paiva, J. B. 2007 . Causas e consequências da redução de pradarias de fanerógamas submersas no estuário da Lagoa dos Patos (RS, Brasil). Em: Anais do VII Congresso de Ecologia do Brasil. Sociedade de Ecologia do Brasil. p. 1-3.

Copertino, M. S. ; SEELIGER, U. ; Paiva, J. B. 2007. REDUÇÃO E DESAPARECIMENTO DE PRADARIAS DE FANERÓGAMAS SUBMERSAS NO ESTUÁRIO DA LAGOA DOS PATOS- RS, BRASIL. Em: XII Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar, Florianópolis. p. 1-3.

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PELD II Dinâmica da Vegetação Aquática Submersa (DIVAS)

Pesquisadores envolvidos: Margareth Copertino, Ulrich Seeliger , Evlyn Novo (INPE), Waterloo Pereira Filho (UFSM)

Bolsistas de Iniciação: Bruno G. Lainetti, Milton Araújo

Objetivos Principais

1) Dar continuidade ao monitoramento da vegetação aquática submersa no estuário da Lagoa dos Patos, ampliando pontos de observação e implementando protocolos sistemáticos e integrados à programas de monitoramento nacional (ReBentos) e internacional (Seagrass Watch);

•2) Sistematizar o banco de dados existente sobre as pradarias de plantas submersas e bancos de macroalgas no

estuário da Lagoa dos Patos, coletados nos últimos 30 anos;

3) Avaliar a variação espacial e temporal da biomassa e dinâmica do transporte de macroalgas de deriva;

4) Reanálises integradas de dados climatológicos, hidrológicos e sedimentológicos e parâmetros físico-químicos da água, correlacionando-os às variações na abundância, estrutura e composição da vegetação submersa;

5) Avaliar a variabilidade temporal e espacial na distribuição e abundância da vegetação aquática submersa através de técnicas de sensoriamento remoto (fotografia e imagens de satélite).

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Atividades realizadas no verão de 2010:

- Monitoramento mensal em site de PELD I

- Avaliação espacial da abundância de biomassas e do banco de sementes em áreas rasas:Pombas, Pólvora, Arraial, Mangueira.

- Coleta de dados de radiância in situ (Região do Saco do Rio Grande), juntamente com características da água: biomassa fitoplanctônica, sólidos em suspensão, secchi, temperatura, salinidade, etc.