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9 DINHEIRO NA ESCOLA: A GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS Coordenação Dra. Katia Siqueira de Freitas Concepção, Elaboração e Organização Valdinei Costa Souza 1 Colaboração Equipe PGP/LIDERE 1995-2001 1 Administradora - UFBA. Especialista em educação de jovens e adultos, mestranda em Administração Pública – UnB. GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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DINHEIRO NA ESCOLA:A GESTÃO DOS RECURSOS

FINANCEIROS

CoordenaçãoDra. Katia Siqueira de Freitas

Concepção, Elaboração e OrganizaçãoValdinei Costa Souza1

ColaboraçãoEquipe PGP/LIDERE 1995-2001

1 Administradora - UFBA. Especialista em educação de jovens e adultos, mestranda em Administração Pública – UnB.

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DINHEIRO NA ESCOLA: ENTENDENDO MELHOR O TEMA

Em 1995, o Ministério da Educação e Desporto criou o Programa de Manutenção e De-senvolvimento do Ensino Fundamental (PMDE) com o objetivo de transferir recursos financeirosàs escolas públicas do ensino fundamental (redes estadual e municipal) e escolas de educaçãoespecial, mantidas por organizações não-governamentais, visando garantir, supletivamente, amanutenção e melhoria do atendimento de necessidades das escolas (MEC, Res. 8/2000).

Esse programa foi concebido a partir da percepção de que é a Unidade Escolar quemmelhor pode decidir sobre a aplicação do dinheiro destinado à sua manutenção. Assim, partedos recursos provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) começoua ser repassado para as escolas e executado de acordo com as prioridades estabelecidas pelaprópria Unidade Escolar.

Inicialmente, os repasses tinham como base os dados cadastrais, realizados pelo FNDE.Mas, a partir de 1997, os repasses passaram a ser feitos com base no número de alunos,matriculados no ensino fundamental e na educação especial, registrado no censo escolar doano anterior. Para gerenciar diretamente os recursos repassados, era necessário apenas que aescola criasse uma Unidade Executora.

Legalmente, a escola pública não se constitui em entidade jurídica, fato que a impede deexercer direitos e contrair obrigações. Para garantir que a escola pudesse gozar de autonomiafinanceira, surgiu a necessidade de criar uma entidade jurídica - Unidade Executora (UEX) -formada pela reunião de pais, alunos, funcionários, professores e diretor, que a representasseao promover a participação da comunidade em todas as dimensões da escola - pedagógica,administrativa e financeira.

Dessa forma, ao operacionalizar o PMDE a partir da UEX, o MEC fez crescer emimportância as diversas entidades encontradas no território nacional, diretamente envolvidasna gestão escolar: Caixa Escolar, Associação de Pais e Mestres, Colegiados/Conselhos Esco-lares, Círculo de Pais e Mestres, Cooperativas Escolares e Associação de Pais e Professores.

Um fato curioso é que, na Bahia, com a implementação do PMDE, as escolas da redeestadual terminaram por possuir duas associações envolvidas na gestão escolar: o ColegiadoEscolar, com caráter apenas consultivo, ligado às dimensões pedagógicas e administrativas; e oCaixa Escolar, com caráter consultivo e deliberativo, diretamente ligado à dimensão financeira.Essa situação é curiosa porque, na ânsia de envolver a comunidade escolar na gestão da escola,acabou sendo fomentada a visualização da escola a partir de dimensões isoladas e, de certaforma, dificultou a articulação de esforços em prol da qualidade do ensino: estruturam-se duasequipes distintas, mas com objetivos muito próximos.

Independente do nome adotado para a UEX, foi a partir da criação da Unidade Executoraque as escolas passaram a receber, diretamente em conta, os recursos que lhes cabiam do“bolo nacional”. As escolas passaram a ter autonomia para utilizar o dinheiro disponível, preci-sando, ao final do período, se reportar aos Tribunais de Contas dos Estados e dos Municípios e,quando for o caso, ao FNDE e ao Tribunal de Contas da União, em acordo com as normasreguladoras.

Torna-se necessário ressaltar ainda que, com a criação da UEX, as escolas além dopoder de gerenciar diretamente recursos repassados pelos órgãos governamentais, passaramtambém a gozar de autonomia para gerenciar recursos, conseguidos através da própria comuni-dade, empresas privadas ou de organizações sem fins lucrativos, destinados ao financiamentode projetos elaborados pela própria escola.

Atualmente, o PMDE chama-se Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e, juntamen-te com os principais programas financiados e executados pelo FNDE (Programa Nacional deAlimentação Escolar, Programa Nacional Biblioteca da Escola, Programa Nacional do Livro Didá-tico, Programa Nacional Saúde do Escolar, Programa Nacional de Transporte Escolar e Progra-ma de Garantia de Renda Mínima), tem como fonte de receita os recursos provenientes do Tesou-

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ro Nacional, os oriundos da quota federal do Salário-Educação, arrecadados via direta e via Insti-tuto Nacional de Seguro Social e os empréstimos do Banco Mundial (MEC, 2000).

São beneficiadas pelo PDDE “as escolas públicas estaduais, do Distrito Federal e munici-pais que apresentarem matrícula superior a 20 (vinte) alunos no ensino fundamental, inclusiveeducação especial, de acordo com dados extraídos do censo escolar realizado pelo Ministérioda Educação, no ano anterior”. Segundo o Ministério da Educação, até 1998, a transferênciafinanceira relativa ao PDDE dava-se mediante a celebração de convênio entre o FNDE e osGovernos Estaduais, do Distrito Federal, Prefeituras Municipais e ONGs. A partir de 1999, orepasse tornou-se automático em conta corrente específica, sem a necessidade de convênio.Excetua-se dessa nova forma de repasse às escolas vinculadas a ONGs, cuja operacionalizaçãodo Programa não sofreu alterações.

As escolas beneficiárias do PDDE, com matrícula entre 20 (vinte) e 99 (noventa e nove)alunos, e que não possuam unidades executoras próprias, poderão receber recursos do Programa,via Secretaria de Educação do Estado, do Distrito Federal ou da Prefeitura Municipal, de acordocom a sua vinculação, ou poderão consorciar-se de modo a constituírem uma única unidadeexecutora que as represente, desde que as unidades escolares abrangidas pelo consórciopertençam à rede de ensino da mesma esfera de governo. Já as escolas com 100 (cem) ou maisalunos matriculados são obrigadas a criarem suas unidades executoras próprias (MEC, Res. 8/2000)

Vale ressaltar que não é qualquer associação da Unidade Escolar que pode serconfigurada como UEX. Unidade Executora é uma sociedade civil com personalidade jurídicade direito privado, sem fins lucrativos, tendo por finalidade receber e gerenciar osrecursos destinados às escolas em prol da melhoria da qualidade do ensino. Portanto, aUEX precisa estar regularmente cadastrada nos órgãos públicos competentes. Sua es-trutura é geralmente constituída pela Assembléia Geral, Conselhos Deliberativoe Fiscal, Diretoria e Sócios. Sua função é administrar os recursos disponíveis para aescola, sejam eles de fontes governamentais (União, Estado e/ou Município), comotambém de outras fontes que a escola individualmente consiga arrecadar (doações,campanhas escolares, etc...), promovendo uma educação de qualidade.

Os recursos do PDDE podem ser aplicados pelas escolas beneficiárias na cobertura dedespesas que concorram para a garantia do funcionamento e de pequenos investimentos dasescolas, tais como: aquisição de material permanente; manutenção, conservação e pequenosreparos da Unidade Escolar; aquisição de material de consumo necessário ao funcionamentoda escola; capacitação e aperfeiçoamento de profissionais da educação; avaliação de aprendiza-gem; implementação de projeto pedagógico; e desenvolvimento de atividades educacionais (MEC,Res. 8/2000)

Dessa forma, a descentralização dos recursos proporciona maior autonomia às escolas,mais agilidade, menos burocracia e maior efetividade na resolução de seus problemas. Alémdisso, permite o fortalecimento da gestão participativa, mobilizando e motivando a comunidadeescolar na tomada de decisões importantes para a escola.

OBJETIVO DO MÓDULO

Discutir a estrutura operativa de uma unidade executora, seus objetivos, atividades eresponsabilidades de seus órgãos constituintes. Pretende-se ainda discutir técnicas para oplanejamento financeiro e os principais aspectos na execução dos recursos do PDDE e deoutras fontes financiadoras.

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ESTRUTURA DO MÓDULO

Para atingir o objetivo proposto, estruturamos este módulo através de três oficinastemáticas:

A - Unidade Executora: informações básicas;B - Dinheiro na escola: planejamento;C - Dinheiro na escola: execução de recursos.

Essas oficinas foram construídas a partir da experiência do Programa Gestão Participativa– PGP, em escolas públicas, durante os anos de 1995 e 2000, e no Sistema de Educação doEstado da Bahia em 1997. Com base nessas experiências, alguns conteúdos foram reorganizadose repensados para compor a proposta desta publicação. Não existe regra para a sua aplicação.As oficinas possuem conteúdos complementares, mas podem ser trabalhadas isoladamente.Não existe necessidade de ser obedecida a ordem em que elas são apresentadas nem que osconteúdos sejam aplicados sem sofrer alterações. Para incentivar a (re)elaboração das oficinas -seu desmembramento e reformulação - ao final desse módulo, pode ser encontrada a Resolução N.008 de 08/03/2000, nas páginas 39 a 41 do MEC/FNDE sobre o tema e indicações de leitura paraaprofundamento.

A estrutura das oficinas segue um padrão estabelecido a partir das experiências do PGP.Essa estrutura privilegia a apreensão de conteúdos a partir de vivências (sensibilizações e dinâ-micas). O suporte teórico, através de textos e transparências, assume o papel de sistematizadorda “teoria vivenciada”. A estrutura das oficinas consiste em atividades de: apresentação,sensibilização, dinâmica e avaliação da vivência, em relação ao objetivo proposto.

É preciso reforçar ainda que este módulo não pretende esgotar as abordagens que cadaoficina traz. O que se pretende é indicar formas de trabalho para se conseguir uma maiorefetividade em um assunto, muitas vezes, árido em nossas escolas.

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OFICINA A

Unidade Executora: informações básicas

Objetivo: discutir os principais aspectos na criação e operacionalização de uma Unidade Executora.

Pauta:1. Apresentação: encontros e reencontros2. Sensibilização: descendência dos macacos3. Referencial teórico: transparências4. Dinâmica: imagens de uma unidade executora5. Avaliação: o que é importante?

Público alvo: diretores, professores, líderes estudantis, funcionários, membros doColegiado Escolar, representantes das comunidade local, técnicos de Secretariade Educação e demais interessados.

Número médio de participantes: 30 pessoas.

Habilidades requeridas para os facilitadores: noções de direito civil e comerciale conhecimento teórico e/ou prático sobre o Programa Dinheiro Direto nas Escolas, do MEC.

Duração: 2 horas

Recursos Necessários:

- cartaz contendo o objetivo da oficina e as atividades que serão desenvolvidas pelaequipe;

- cópias do texto descendência dos macacos ( p.15);- transparência;- aparelho retroprojetor;- cópias de minuta de estatuto ou do estatuto da UEX (p.21);- quadro negro ou folhas de papel metro;- canetas;- papéis, tipo ofício;- giz ou canetas hidrográfica coloridas.

APRESENTAÇÃO: Encontros e reencontros

Objetivo da atividade: iniciar a oficina “Unidade Executora: informações básicas”, integrandoos participantes em torno do tema que será trabalhado.

Tempo aproximado: 15 minutos.

Material: cartaz contendo o objetivo da oficina e as atividades que serão desenvolvidas pelaequipe.

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Processo de Trabalho:

1) Cumprimentar os presentes, sintetizando os motivos para a realização do encontro. Sugerimos auto-apresentação do facilitador e dos presentes.

2) Para o grupo que não se conhece, é recomendável solicitar que os participantes escrevam seus nomes em um pedaço de papel e o fixe em lugar visível, na blusa ou na carteira. Quando os participantes já se conhecerem, pode-se iniciar uma discussão sobre os conhecimentos que trazem a cerca de unidades executoras, sua importância

e resultados obtidos ou que se espera alcançar.

3) Apresentar cartaz, contendo o objetivo e a Pauta prevista para oficina, fazendo um pequeno comentário sobre o conteúdo das atividades e o tempo previsto para cada

uma delas.

CARTAZ: sugestão

SENSIBILIZAÇÃO: Descendência dos macacos (autor desconhecido, publicado na Revista Gerir,v. 5, n. 11, p. 7, dez. 1999).

Objetivo da atividade: refletir sobre práticas atuais, suas origens e a necessidade dequestionamentos para o crescimento e a aprendizagem contínua.

Tempo aproximado: 15 minutos.

Material: cópias do texto Descendência dos macacos, aos participantes.Processo de Trabalho:

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1) Distribuir cópias do texto aos presentes.2) Solicitar que um ou mais voluntários proceda leitura em voz alta.3) Ao final do texto, perguntar aos participantes sobre a mensagem que o texto traz.

Refletir junto com eles sobre a relação dessa mensagem a vida escolar. Aproveitarpara perguntar se alguém tem um exemplo para ilustrar o texto.

4) Finalizar, relacionando a mensagem do texto com o que foi dito pela equipe acercada Unidade Executora, principalmente nas escolas que já possuem a associação.

TEXTO:

REFERENCIAL TEÓRICO: Transparências

Objetivo da atividade: discutir as orientações do MEC sobre a legalização, organização eadministração de uma unidade executora.

Tempo aproximado: 30 minutos.

Material: transparência ou apostilas individuais.

Processo de Trabalho:

1) Apresentar as transparências, interagindo à medida em que são apresentadas paraesclarecer alguns aspectos e diminuir dúvidas dos participantes.

2) Falar em tom claro e pausado.

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INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

1. Não é necessário que o presidente da Unidade Executora seja o diretor da Escola.Melhor até que não seja. O ideal é que o diretor seja o presidente do ConselhoDeliberativo, possibilitando uma maior troca de opiniões sobre a administração escolare, por conseqüência, melhorando a qualidade das decisões. Isso significadescentralização e maior participação. O diretor, por sua própria posição, já assumegrande responsabilidade e poder na escola. Assim, o mais indicado é que outro membroassuma a presidência da UEX.

2. A Lei 9.042, de 09/05/1995, obriga o visto de um advogado no registro de pessoasjurídicas. Com isso, deve-se aproveitar a sua presença para esclarecer dúvidasexistentes sobre a conformidade do estatuto às exigências legais e outras, relativasa forma de um requerimento, procedimentos para reconhecimento de firma e o próprioregistro da UEX em Cartório e no Ministério da Fazenda.

3. Unidade Executora é uma sociedade civil com personalidade jurídica de direito privado,sem fins lucrativos, tendo por finalidade receber e gerenciar os recursos destinadosàs escolas. Independente do nome que assuma, Caixa Escolar, Associação de Paise Mestres, Colegiados/Conselhos Escolares, Círculo de Pais e Mestres, CooperativasEscolares ou Associação de Pais e Professores, a UEX precisa estar regularmentecadastrada nos órgãos públicos competentes, para usufruir direitos e deveres nogerenciamento de recursos da escola.

4. O Estatuto da UEX não tem o fim em si mesmo. Isso significa que, com o tempo serãonecessárias adaptações no Estatuto para que este continue sempre representandoas aspirações da comunidade Escolar no gerenciamento dos recursos financeirosdisponíveis. Sendo assim, quando houver necessidade, a Assembléia Geral podedeliberar por mudanças no Estatuto, tendo com base as permissões legais. Quandoas mudanças forem aprovadas, deve-se promover o registro das mesmas em cartório,da mesma forma que aconteceu quando do registro da entidade.

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5. O MEC determina normas gerais sobre a estrutura e funcionamento da PDDE, trans-ferindo aos Estados, Distrito Federal e Municípios uma organização interna dos seussistemas de ensino para o funcionamento das UEXs a eles vinculadas. Atualmenteas diretrizes gerais do PDDE são normalizadas pela Resolução Nº8, de 08/03/2000 epela Medida Provisória n.º 1.784, de 14 de dezembro de 1998, e suas reedições (emanexo, p.42). As regras internas das UEXs variam entre os Estados e Municípios,devendo cada Unidade Escolar manter-se atualizada sobre a legislação que lhe dizrespeito.

6. Embora a existência de UEXs no Brasil tenha sido fomentada para as transferênciasde recursos do PDDE, as finalidades da UEX devem ir além do gerenciamento dessesrecursos. Com as UEXs, as escolas passaram a ter autonomia e legitimidade paragerenciar recursos de outras fontes. Portanto, elas devem estar atentas para orga-nizações que estejam dispostas a financiar projetos elaborados por iniciativa da escola,além daqueles que podem ser financiados pela própria comunidade.

DINÂMICA: Imagens de uma Unidade Executora

Objetivo da atividade: proporcionar maior intimidade dos participantes com um estatuto deUnidade Executora, incentivando-os na montagem e adequação do estatuto às necessidadesespecíficas da escola que fazem parte.

Tempo aproximado: 40 minutos

Material: cinco cópias da minuta do estatuto da UEX ou do Estatuto da UEX da própria escola,papel metro, canetas e normas que regulam a UEX, no âmbito da Secretaria de Educação a qualvincula-se a escola.

Processo de Trabalho:

1) formar cinco equipes, com quatro a seis participantes no máximo;

2) entregar uma cópia da minuta do estatuto ou do próprio estatuto da UEX para cada um deles, acompanhado das normas norteadoras, vinculada a UEX. Caso estas normas não

estejam disponíveis, lembrar aos participantes da necessidade de serem observadas as prerrogativas legais na elaboração do estatuto da UEX;

3) solicitar que as equipes leiam a minuta e destaquem as mudanças que fariam para (re)adaptá-la à realidade da escola;

4) solicitar que as alterações propostas sejam transcritas para o papel metro;

5) após trinta minutos do início da atividade, solicitar que as equipes apresentem suas conclusões, justificando as mudanças propostas.

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MINUTA DE ESTATUTO – MODELO SUGERIDO PELO MEC

Capítulo I

Da Constituição e Finalidade

Seção I

Da Constituição

Art. 1 - A Unidade Executora (UEX) doravante denominada ___________________________,fundada em _____________________, na Unidade Escolar ____________________, é umasociedade civil sem fins lucrativos, de duração indeterminada com atuação junto a referidaUnidade Escolar, sede e foro no Município de ____________________, Estado da______________________, e registrada pelo presente Estatuto.

Seção II

Da Finalidade

Art. 2 – A associação tem por finalidade geral colaborar na assistência e formação do educando,por meio da aproximação entre pais, alunos e professores, promovendo a integração: poderpúblico – comunidade – escola – família.

Art. 3 – Constituem finalidades específicas da UEX a conjunção de esforços, a articulação deobjetivos e a harmonia de procedimento, o que a caracteriza principalmente por:

a) interagir junto à escola como instrumento de transformação de ação, promovendo obem-estar da comunidade do ponto de vista educativo, cultural e social;

b) promover a aproximação e a cooperação dos membros da comunidade pelas atividadesescolares;

c) contribuir para a solução de problemas inerentes à vida escolar, preservando umaconvivência harmônica entre pais ou responsáveis legais, professores, alunos e funci-onários da escola;

d) cooperar na conservação dos equipamentos e prédios da Unidade Escolar;e) administrar, de acordo com as normas legais que regem a atuação da UEX, os recursos

provenientes de subvenções, convênios, doações e arrecadações da entidade;f) incentivar a criação do grêmio estudantil e trabalhar cooperativamente com o mesmo.

Capítulo II

Da Organização Administrativa

Seção I

Da Composição

Art. 4 – A Unidade Executora compõe-se de:I – Assembléia Geral;II – Conselho Deliberativo;III – Diretoria;IV - Conselho Fiscal.

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Seção I

Da Assembléia Geral

Art. 5 – A Assembléia Geral é constituída pela totalidade dos associados e é soberana em suasdeliberações, respeitadas as disposições deste Estatuto.

Parágrafo único – A Assembléia Geral será convocada e presidida pelo Diretor da UnidadeEscolar.

Art. 6 – Cabe à Assembléia Geral:I – fundar a Unidade Executora;II – eleger e dar posse à Diretoria, ao Conselho Deliberativo e ao Conselho Fiscal;III – discutir e aprovar o Estatuto da entidade.

Parágrafo 1 – Far-se-á convocação por comunicação escrita, com antecedência mínima de 48(quarenta e oito) horas, para sessões ordinárias, e de 24 (vinte e quatro) horas para as sessõesextraordinárias.

Parágrafo 2 – As decisões tomadas pela Assembléia Geral só terão validade se aprovadas pelamaioria absoluta (primeira convocação) e pela maioria simples (segunda convocação) de seusmembros, decorridos 30 (trinta) minutos da primeira convocação.

Art. 7 – A Assembléia Geral será Ordinária ou Extraordinária.

Parágrafo 1 – A Assembléia Geral Ordinária será convocada e presidida pelo presidente daUEX, com o mínimo de 30 dias de antecedência.

Parágrafo 2 – A Assembléia Geral Ordinária ocorrerá duas vezes por ano, em primeira convocação,com a presença de metade mais um dos associados, ou em segunda convocação, 30 (trinta)minutos depois, com qualquer número.

Parágrafo 3 – As deliberações das assembléias gerais serão aprovadas por metade mais umdos sócios presentes.

Parágrafo 4 – Compete à Assembléia Geral Ordinária deliberar acerca dos seguintes assuntos:a) discutir e aprovar a Programação Anual, o Relatório Anual, o Plano de Aplicação de Recursos

e a Prestação de Contas do exercício findo, acompanhados por parecer do Conselho Fiscal;b) deliberar sobre eleições, eleger Diretoria, Conselhos Fiscal e Deliberativo, podendo também

preencher cargos vagos ou criar novos.

Art. 8 – A Assembléia Geral Extraordinária será convocada pelo Presidente da UEX, por 2/3 dosmembros do Conselho Deliberativo ou Fiscal e/ou por 1/3 dos associados.

Parágrafo 1 – A Assembléia Geral Extraordinária é presidida pelo Presidente da UEX, ou porseu substituto legal, sempre que se fizer necessário.

Parágrafo 2 – As decisões tomadas pela Assembléia só terão validade se aprovadas pelamaioria absoluta (primeira convocação) ou pela maioria simples (segunda convocação) de seusmembros, decorridos 30 (trinta) minutos da primeira convocação.

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Parágrafo 3 - Compete à Assembléia Geral Extraordinária:a) deliberar sobre assuntos não previstos nesse Estatuto;b) alterar o nome da UEX, em decorrência de alteração do nome da escola;c) transformar as finalidades e/ou serviços oferecidos pela escola;d) alterar o Estatuto;e) destituir a Diretoria da UEX, quando for necessário.

Seção III

Do Conselho Deliberativo

Art. 9 – O Conselho Deliberativo é constituído dos seguintes membros:I – Presidente;II – Secretário;III – Conselheiros.

Parágrafo 1 – A presidência é exercida pelo Diretor da Unidade Escolar.

Parágrafo 2 – O cargo de secretário deverá ser ocupado por um professor da Unidade Escolarou pelo secretário da escola que tenha lotação na respectiva Unidade Escolar.

Parágrafo 3 – Os conselheiros totalizam-se em número de 7 (sete) membros, sendo um presi-dente (exercido pelo diretor da escola), um secretário (exercido por um professor ou um funcio-nário) e conselheiros (em número de cinco, sendo quatro pais de alunos e um professor).

Art. 10 – Cabe ao Conselho Deliberativo:I. - apreciar o Plano de Ação da Diretoria para o respectivo exercício;II. - aprovar o Plano de Aplicação de Recursos;III. - revisar os balancetes de receitas e despesas, apresentados nas reuniões pela

Diretoria, emitindo parecer por escrito com assinaturas de 1 (um) conselheiro que seja pai/responsável por aluno;

IV. - promover sindicância para apurar ocorrência de irregularidades no âmbito de sua competência;

V. - determinar a perda de mandato dos membros da Diretoria por violação do Estatuto;VI. - emitir parecer conclusivo sobre matérias levadas à apreciação do Conselho;VII. - reunir-se ordinariamente 1 (uma) vez por bimestre.

Parágrafo Único – As decisões emanadas do Conselho Deliberativo só terão validade seaprovadas por maioria absoluta.

Seção IV

Da Diretoria

Art. 11 – A Diretoria é o órgão executivo e coordenador da Unidade Executora.

Parágrafo Único – A Diretoria será eleita em Assembléia Geral Ordinária, para um mandato de 2anos, mediante chapas registradas com antecedência mínima de dez dias, podendo serreconduzida uma vez por igual período.

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Art. 12 – A Diretoria terá a seguinte composição:

I – Presidente;II – Vice-Presidente;III – Secretário;IV – Tesoureiro.

Parágrafo Único – Na composição dos membros da Diretoria, deverão ser respeitas as seguintescondições de ocupação:

a) Presidente: pai de aluno, professor ou diretor da Unidade Escolar;b) Vice-Presidente: pai ou responsável;c) Secretário: pai/responsável ou professor;d) Tesoureiro: pai/responsável ou professor.

Art. 13 – O exercício dos cargos de direção não serão remunerados.

Art. 14 – Em caso de vacância de qualquer cargo para o qual não haja substituto legal, caberá àAssembléia Geral Extraordinária eleger um substituto.

Art. 15 – A Diretoria, no todo ou em parte, poderá ser destituída por decisão da AssembléiaGeral. Quando constatado desvirtuamento de suas funções.

Art. 16 – Compete à Diretoria:I. elaborar e executar o Programa Anual e o Plano de Aplicação de Recursos da UEX;II. deliberar sobre aplicações e movimentação de recursos da UEX;III. encaminhar aos Conselhos Fiscal e Deliberativo o balanço e o relatório, antes de submetê-

los à apreciação da Assembléia Geral;IV. em caso de convênios, enviar à Secretaria de Educação o demonstrativo de receita e

despesa e a prestação de contas, conforme legislação vigente;V. exercer as demais atribuições decorrentes de outros dispositivos deste Estatuto e as que lhe venham a ser legalmente conferidas;VI. decidir os casos omissos;VII. cumprir e fazer cumprir as deliberações das Assembléias Gerais.

Art. 17 - Compete ao Presidente:

I. convocar e presidir as Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias e as reuniões da Diretoria;

II. representar a entidade em juízo e fora dele;III. administrar, juntamente com o Tesoureiro e em consonância com o Estatuto, os recursos

financeiros da entidade;IV. ler e tomar as providências cabíveis quanto à correspondência recebida e expedida;V. promover o entrosamento entre os membros da Diretoria, a fim de que as funções sejam

desempenhas satisfatoriamente;VI. exercer as demais atribuições previstas neste Estatuto ou que venham a ser exercidas

pela Diretoria;VII. administrar a Unidade Executora e divulgar as suas finalidades;VIII. apresentar relatório anual dos trabalhos realizados.

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Art. 18 – Compete ao Vice-presidente:I. auxiliar o Presidente nas funções pertinentes ao cargo;II. assumir as funções do Presidente quando este estiver impedido de exercê-las.

Art. 19 – Compete ao Secretário:I. elaborar a correspondência e a documentação: atas, cartas, ofícios, comunicados,

convocações, etc;II. ler as atas em reuniões e assembléias;III. assinar, juntamente com o presidente, a correspondência expedida;IV. manter organizada e arquivada a documentação expedida e recebida;V. conservar o livro ata em dia e sem rasuras;VI. elaborar, juntamente com os demais membros da Diretoria, o relatório final.

Art. 20 – Compete ao Tesoureiro:I. assumir a responsabilidade da movimentação financeira (entrada e saída de valores);II. assinar, juntamente com o Presidente, os cheques, recibos e balancetes;III. prestar contas, no mínimo a cada três meses, à Diretoria e ao Conselho Fiscal e, anualmente,

em Assembléia Geral, aos associados;IV. manter os livros contábeis ( caixa e tombo) em dia e sem rasuras.

Seção V

Do Conselho Fiscal

Art. 21 – O Conselho Fiscal é o órgão de controle e fiscalização da Unidade Executora. Seráconstituído por 3 (três) membros efetivos e 3 (três) suplentes, sendo 3 (três) pais e 3 (três)professores.

Parágrafo 1 – O Conselho Fiscal deverá ser eleito na primeira Assembléia Geral Ordinária, apósa eleição da Diretoria.

Parágrafo 2 – O Conselho Fiscal será presidido por um desses membros, escolhidos por seuspares na primeira reunião.

Art. 22 – Compete ao Conselho Fiscal:

I. fiscalizar as ações e a movimentação financeira da Unidade Executora: entradas, saídas e aplicações de recursos, emitindo parecer para posterior apreciação da Assembléia Geral;

II. examinar e aprovar a programação anual, o relatório e a prestação de contas, sugerindo alterações se necessário, e emitir parecer;

III. solicitar à Diretoria, sempre que se fizer necessário, esclarecimentos e documentos comprobatórios de receitas e despesas;

IV. apontar à Assembléia Geral as irregularidades, sugerindo as medidas que julgar úteis à UEX;

V. convocar a Assembléia Geral Ordinária, se o presidente da UEX retardar por mais de um mês a sua convocação, e convocar a Assembléia Geral Extraordinária sempre que ocor rerem motivos graves e urgentes.

Art. 23 – O mandato do Conselho Fiscal terá duração de 2 (dois) anos, permitida a reconduçãopor uma vez.

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Capítulo III

Dos Sócios – Direitos e DeveresSeção I

Dos Sócios

Art. 24 – O quadro social da UEX é constituído por um número ilimitado de sócios e composto de:

I – sócios efetivos;II – sócios colaboradores.

Parágrafo 1 – São considerados sócios efetivos:a) diretor; d) pais/responsáveis;b) vice-diretor; e) alunos maiores.c) professores;

Parágrafo 2 – São considerados sócios colaboradores:

a) pessoal técnico-administrativo;b) ex-diretores da unidade de ensino;c) pais/responsáveis de ex-alunos;d) ex-alunos maiores;e) ex-professores;f) membros da comunidade que desejam prestar serviços à Unidade Escolar.

Seção I

Dos Direitos e Deveres

Art. 25 – Constituem direitos dos sócios:

I. apresentar sugestão e oferecer colaboração aos dirigentes da UEX;II. participar das atividades associativas;III. votar e ser votado;IV. solicitar em assembléia geral esclarecimentos a respeito da utilização dos recursos

financeiros da UEX e dos atos da Diretoria e do Conselho Fiscal;V. apresentar pessoas da comunidade para ampliação do quadro de sócios.

Art. 26 – Constituem deveres dos sócios:

I. conhecer o Estatuto da UEX;II. participar das reuniões e assembléias para as quais forem convocados;III. cooperar, de acordo com suas possibilidades, para a constituição do fundo financeiro da UEX;IV. colaborar na realização das atividades da UEX.

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Capítulo IV

Seção I

Das Reuniões

Art. 27 – Haverá reuniões administrativas, convocadas pelo Presidente, no mínimo 1 (uma) vezpor mês, com a presença da Diretoria e/ou dos Conselhos Fiscal e Deliberativo da UEX.

Capítulo V

Seção I

Das Eleições da Diretoria e Conselhos

Art. 28 – As eleições para os cargos da Diretoria, do Conselho Fiscal e do Conselho Deliberativodar-se-ão no primeiro bimestre letivo, em Assembléia Geral, por voto secreto, e a posse deveráocorrer nos 30 (trinta) dias subseqüentes.

Art. 29 – Na apuração dos votos, deverão participar, preferencialmente, os funcionários do corpoadministrativo da Unidade Escolar, sob a fiscalização de uma comissão de pais e professoresque não sejam candidatos.

Art. 30 – Os membros eleitos terão mandato pelo período de 2 (dois) anos, permitida a reeleiçãopor uma única vez.

Art. 31 – Antes de findar o mandato, realizar-se-ão as eleições em prazo hábil para garantir anova composição da UEX, respeitando-se o prazo da administração anterior.

Art. 32 – A posse dar-se-á na data subseqüente ao vencimento do mandato da gestão anterior.

Parágrafo Único – O Diretor da Unidade Escolar dará posse ao Presidente da UEX e este aosdemais membros da Diretoria, devendo a posse ser lavrada em ata, em livro próprio da UEX.

Capítulo VI

Dos Recursos e suas Aplicações

Seção I

Dos Recursos

Art. 33 – Os meios e recursos para atender os objetivos da UEX serão obtidos mediante:a) contribuição voluntária dos sócios;b) convênios;c) subvenções diversas;d) doações;e) promoções escolares;f) outras fontes.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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Art. 34 – Os recursos financeiros da UEX serão depositados em conta a ser mantida em estabe-lecimento bancário oficial do Município e, na ausência deste, em outro banco, efetuando-se amovimentação por meio de cheques nominais assinados pelo Presidente e Tesoureiro.

Parágrafo Único – Na hipótese de não existir na localidade nenhum estabelecimento bancário,os recursos serão depositados na agência bancária de mais fácil acesso.

Seção II

Das Aplicações

Art. 35 – Os recursos serão gastos de acordo com o plano de aplicação previamente elaboradoe aprovado pelo Conselho Deliberativo.

Art. 36 – Caberá ao Conselho Fiscal acompanhar, supervisionar e fiscalizar a aplicação dosrecursos da UEX.

Capítulo VII

Da Intervenção e Dissolução

Seção I

Da Intervenção

Art. 37 – Pela indevida aplicação de renda, responderão solidariamente os membros da Diretoriaque houverem autorizado a despesa ou efetuado o pagamento.

Art. 38 – Quando as atividades da UEX contrariarem as finalidades definidas neste Estatuto ouferirem a legislação vigente, poderá haver intervenção mediante solicitação do ConselhoDeliberativo às autoridades competentes.

Parágrafo 1 – O processo regular de apuração dos fatos será feito pelo órgão educacional cujaUnidade Escolar estiver sob sua jurisdição.

Parágrafo 2 – A intervenção será determinada pelo Secretário de Educação, mediante Resolução.

Seção II

Da Dissolução

Art. 39 – A Unidade Executora somente poderá ser dissolvida:a) por decisão de 2/3 (dois terços) de seus associados, manifestada em Assembléia Geral

Extraordinária, especificamente convocada para tal fim;b) em decorrência da extinção do estabelecimento de ensino;c) em decorrência de ato legal emanado do poder competente;d) em caso de desativação da UEX, o Presidente do Conselho Deliberativo deverá enviar, ao

órgão educacional de sua jurisdição, uma comunicação escrita, explicando os motivos da respectiva desativação, devidamente assinada por todos os membros da Diretoria e associados.

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Parágrafo Único – Em caso de dissolução da UEX, o destino de seu patrimônio, respeitados oscompromissos existentes, será deliberado por Assembléia Geral ou será recolhido pela Secre-taria de Educação, que lhe dará adequada destinação no prazo de 60 (sessenta) dias.

Capítulo VIII

Dos Recursos e suas Aplicações

Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 40 – Os sócios não respondem pelas obrigações da UEX.

Art. 41 – São sócios fundadores da UEX as pessoas que participaram da reunião de fundação,cujos nomes constam na respectiva ata.

Art. 42 – A UEX não distribuirá lucros sob nenhuma forma ou pretexto, aos dirigentes ou asso-ciados e empregará os recursos de acordo com a decisão da Diretoria.

Art. 43 – É vetada à UEX exercer qualquer atividade de caráter comercial no âmbito do estabe-lecimento de ensino.

Art. 44 – A UEX constituirá um fundo de reserva para situações emergenciais, cujo percentualdeverá ser decidido pela Diretoria, em assembléia.

Art. 45 – O presente Estatuto só poderá ser reformulado por ato da Assembléia Geral Extraordinária.

Art. 46 – A Diretoria e o Conselho Fiscal da UEX ficam assim constituídos:

Diretoria

Presidente - nome, nacionalidade, naturalidade, estado civil, profissão, RG, CPF e endereço;Vice-Presidente - idem;Secretário - idem;Tesoureiro – idem.

Conselho Fiscal

Presidente - nome, nacionalidade, naturalidade, estado civil, profissão, RG, CPF e endereço;Membros efetivos – idem;Membros suplentes – idem.

Art. 47 - Este Estatuto será registrado no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas daComarca de ________________________ - ______________, _____ de_______________________ de _________.

_________________________________________Presidente

Visto de um Advogadoe nº de inscrição na OAB.

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AVALIAÇÃO: O que é importante?

Objetivo da atividade: promover a avaliação dos participantes em relação à Unidade Executora:o que acontece na escola e o que pode vir a ser feito.

Tempo aproximado: 15 minutos.

Material: quadro negro ou folhas de papel metro, giz ou canetas hidrográficas coloridas.

Processo de Trabalho:

1) Convidar os participantes a responder três questões norteadoras para avaliar a UEX:- O que a UEX representa(rá) para a escola?- Como aumentar as vantagens da UEX na escola?- Como reduzir as desvantagens da UEX na escola?

2) Solicitar que cada um dos participantes responda pelo menos uma das questões, ou todas três, a critério dele.

3) Procurar não interferir nas respostas, nem permitir comentários enquanto as ques tões são respondidas.

4) Anotar todas as respostas.

5) Após todos terem respondido, discutir com o grupo as respostas dadas e identificar ações para a melhor atuação da UEX na escola.

6) Finalizar a oficina resumindo a importância da UEX para a escola e externar a expectativa do grupo para que as ações identificadas possam ser efetivamente adotadas para a criação/melhoria da UEX na escola.

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OFICINA B

Dinheiro na Escola: planejamento

Objetivo: discutir técnicas de planejamento financeiro, recursos disponíveis para a UEX eprioridades de utilização.

Pauta:1. Apresentação: o que vamos fazer hoje?2. Sensibilização: bola no ar3. Referencial teórico: transparências4. Dinâmica: simulando receitas e despesas5. Avaliação: sonhando nossas prioridades

Público alvo: diretores, professores, líderes estudantis, funcionários, membros doColegiado Escolar, representantes da comunidade local, técnicos de Secretariasde Educação e demais interessados.

Número médio de participantes: 30 pessoas.

Habilidades requeridas para os facilitadores: noções de contabilidade e administraçãofinanceira, conhecimento teórico e/ou prático de administração de projetos.

Duração: 2 horas.

Recursos Necessários:- transparências;- aparelho retroprojetor;- quadro negro ou folhas de papel metro;- canetas;- papel, tipo ofício;- giz ou canetas hidrográficas coloridas;- cinco cópias de cada um dos formulários receitas e despesas;- cartaz contendo o objetivo da oficina e as atividades que serão desenvolvidas pelo

grupo;- aparelho de som;- música animada.

APRESENTAÇÃO: O que vamos fazer hoje? (adaptação de dinâmica publicada pelo Centro deCapacitação da Juventude)

Objetivo da atividade: apresentar o conteúdo da oficina, criando uma disposição nos partici-pantes para o início das atividades.

Tempo aproximado: 15 minutos.

Material: cartaz contendo o objetivo da oficina e as atividades que serão desenvolvidas pelogrupo, aparelho de som e música animada.

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Processo de Trabalho:

1) Cumprimentar os presentes, sintetizando os motivos para a realização do encontro. Para os grupos que não se conhecem é recomendável auto-apresentação do facilitador e dos presentes.

2) Solicitar que os participantes se levantem e façam dois círculos, de mãos dadas, um dentro do outro, de forma que as pessoas possam ficar frente a frente.

3) Instruir os participantes a rodar no ritmo da música, um círculo para o lado direito e o outro para o lado esquerdo, enquanto ela estiver tocando.

4) Interromper a música rapidamente, dando apenas o tempo dos participantes dizer o nome e o que fazem nesta reunião, de forma que todos possam saber o nome do outro e/ou o que fazem.

5) Depois de 10 minutos, finalizar a brincadeira e desafiar alguns dos participantes a dizer, o nome de pelo menos, cinco dos presentes.

6) Em seguida, apresentar cartaz, contendo o objetivo e a pauta prevista para oficina, fa zendo um pequeno comentário sobre o conteúdo das atividades e o tempo previsto para cada uma delas.

CARTAZ: sugestão

SENSIBILIZAÇÃO: Bola no ar

Objetivo da atividade: integrar o grupo em torno de uma ação comum, possibilitando o trabalhocoletivo tendo como origem o trabalho individual, e vivenciar a importância da participação coletiva.

Tempo aproximado: 20 minutos.

Material: bolas de soprar, uma para cada participante.

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Processo de Trabalho:

1) Entregar uma bola de soprar a cada participante, solicitando que encha.

2) Explicar ao grupo que todos devem manter sua bola no ar, sem usar as mãos ou os pulsos.

3) À medida que algumas bolas vão saindo da brincadeira, comunicar ao grupo que a “brin cadeira” continua, e assim, sucessivamente, vão se formando pequenos grupos de parti cipantes em torno de uma bola.

4) Quando restar poucas ou nenhuma bola, solicitar que o grupo avalie os sentimentos e o estabelecimento das relações durante a brincadeira.

5) Finalizar, relacionando os sentimentos e relações descritas pelo grupo com o trabalho coletivo e sua importância para o processo de planejamento em grupo que será tratado em seguida.

REFERENCIAL TEÓRICO: Transparências

Objetivo da atividade: discutir conceitos de planejamento e a sua operacionalização no trabalhode estruturação de receitas e despesas.

Tempo aproximado: 25 minutos.

Material: transparências ou apostilas individuais.

Processo de Trabalho:

1) Apresentar as transparências, interagindo à medida em que são apresentadas paraesclarecer aspectos e suprimir as dúvidas dos participantes.

2) Falar em tom claro e pausado.

TRANSPARÊNCIA 1

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TRANSPARÊNCIA 2

TRANSPARÊNCIA 3

TRANSPARÊNCIA 4

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TRANSPARÊNCIA 5

TRANSPARÊNCIA 6

TRANSPARÊNCIA 7

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TRANSPARÊNCIA 8

DINÂMICA: Simulando receitas e despesas.

Objetivo da atividade: exercitar o planejamento financeiro através da aplicação do instrumentode orçamento discutido anteriormente.

Tempo aproximado: 30 minutos.

Material: cinco cópias de cada um dos formulários receitas e despesas.

Processo de Trabalho

1) Formar cinco equipes com, no máximo quatro a seis participantes.

2) Entregar uma cópia de cada um dos formulários para cada grupo e solicitar que, em conjuntoeles o preencham.

3) Após vinte minutos, independente dos grupos terem terminado ou não, solicitar que, voluntaria-mente, os participantes destaquem as dificuldades e/ou facilidades na realização do exercício.

4) Finalizar, resumindo as falas dos voluntários, destacando a necessidade de elaboração préviado Plano de Aplicação de Recursos para melhor respaldar os orçamentos, principalmente o dedespesas. Destacar ainda o papel da UEX, não só de executar recursos encaminhados pelasesferas de governo, mas também na busca de financiamentos para viabilizar projetos da escola.

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FORMULÁRIO 1 (MODELO)

Unidade Executora:Receitas: Quadro Orçamentário - entrada de recursos

FORMULÁRIO 2 (MODELO)

Unidade Executora:Despesas: Quadro Orçamentário – saída de recursos

AVALIAÇÃO: Sonhando nossas prioridades.

Objetivo da atividade: promover a avaliação dos participantes em relação ao planejamento dosrecursos disponíveis à Unidade Executora.

Tempo aproximado: 30 minutos.

Material: quadro negro ou folhas de papel metro, giz ou canetas hidrográficas coloridas.

Processo de Trabalho:

1) Convidar os participantes a responder a seguinte questão:

2) À medida que os participantes forem respondendo, anotar no quadro negro ou nafolha de papel metro.

3) Procurar não interferir nas respostas, nem permitir comentários enquanto a questãofor respondida.

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Quais os principais problemas da nossa escola hoje?

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4) Após ter esgotado as respostas, incentive os comentários sobre cada um dos problemase o por quê deles terem sido listados. Procure identificar, junto com o grupo, problemascomplementares ou de mesma ordem.

5) Ao final de vinte minutos, tente montar uma lista melhorada dos principais problemasidentificados.

6) Lembrando ao grupo que o que acabou de ser feito é o primeiro passo do processode planejamento: o diagnóstico. A partir dele, devem ser definidos os objetivos e asprioridades da escola.

7) Finalize discutindo com os presentes como acontece o planejamento da UnidadeEscolar como um todo e na UEX em particular. Identifique junto com eles as maioresdificuldades no planejamento participativo, relacionando-as com as conclusões a queo grupo chegou com a sensibilização “bolas no ar”.

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OFICINA C

Dinheiro na Escola: execução de recursos

Objetivo: discutir pontos relevantes durante o processo de execução dos recursosdisponíveis na UEX.

Pauta:1. Apresentação: vamos começar?2. Sensibilização: círculo energético para excelência.3. Referencial teórico: transparências.4. Dinâmica: simulando prestação de contas.5. Avaliação: como executamos os recursos da UEX?

Público alvo: diretores, professores, líderes estudantis, funcionários, membros doColegiado Escolar, representantes da comunidade local, técnicos de Secretariasde Educação e demais interessados.

Número médio de participantes: 30 pessoas

Habilidades requeridas para os facilitadores: noções de contabilidade, administração financeira edireito administrativo, conhecimento da legislação do MEC, Secretaria de Educação e Tribunaisde Contas que regulam a prestação de contas pela UEX.

Duração: 2 horas

Recursos necessários:- cópias do texto descendência dos macacos;- transparências;- aparelho retroprojetor;- cópias de minuta de Estatuto ou do Estatuto da UEX;- quadro negro ou folhas de papel metro;- canetas;- papéis, tipo ofício;- giz ou canetas hidrográficas coloridas.

APRESENTAÇÃO: Vamos começar?

Objetivo da atividade: iniciar a oficina “Dinheiro na Escola: execução de recursos”, integrandoos participantes em torno do tema a ser trabalhado.

Tempo aproximado: 15 minutos.

Material: cartaz contendo o objetivo da oficina e as atividades que serão desenvolvidas pelogrupo.

Processo de Trabalho:

1) Cumprimentar os presentes, sintetizando os motivos para a realização do encontro.Para os grupos onde apenas alguns dos componentes se conhecem, pode ser solici-tado que o vizinho apresente o companheiro.

2) Apresentar cartaz, contendo o objetivo e a pauta prevista para oficina, fazendo umpequeno comentário sobre o conteúdo das atividades e o tempo previsto para cadauma delas.

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CARTAZ: sugestão

SENSIBILIZAÇÃO: Círculo energético para a excelência.

Objetivo da atividade: despertar a consciência do outro, sua importância e a necessidade deharmonia e companheirismo na realização do trabalho coletivo.

Tempo aproximado: 15 minutos.

Material: não há necessidade de nenhum material especial.

Processo de Trabalho:

1) Solicitar que os participantes formem um círculo, e que cada um coloque a mão direita no seu próprio coração, sentindo os batimentos cardíacos, e a mão esquer da nas costas do vizinho.

2) Em voz suave, solicitar que os participantes fecham os olhos e sintam as diversas energias do ambiente, as suas próprias energias e as energias dos seus compa nheiros.

3) Solicitar que eles concentrem na mão direita todos os sentimentos bons e produti vos, e os enviem ao seu companheiro através do contato de sua mão esquerda, de forma que seus corpos formem uma grande corrente.

4) Finalizar, solicitar que todos coloquem no centro do círculo, os seus desejos, anseios, sentimentos, para que possamos ter tranqüilidade, amor, coragem, compromisso e companheirismo para que seja possível desenvolver com harmonia as ativida des do dia.

REFERENCIAL TEÓRICO: Transparências

Objetivo da atividade: discutir aspecto-chave no processo de execução orçamentária.

Tempo aproximado: 25 minutos.

Material: transparência ou apostilas individuais.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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Processo de Trabalho:

1) Apresentar as transparências, interagindo à medida em que são apresentadas paraesclarecer aspectos e suprimir as dúvidas dos participantes.

2) Falar em tom claro e pausado.

TRANSPARÊNCIA 1

TRANSPARÊNCIA 2

TRANSPARÊNCIA 3

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TRANSPARÊNCIA 4

TRANSPARÊNCIA 5

TRANSPARÊNCIA 6

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DINÂMICA: Simulando uma prestação de contas.

Objetivo da atividade: exercitar a elaboração de uma prestação de contas, a partir dos conhe-cimentos dos participantes e formulários do PDDE.

Tempo aproximado: 30 minutos.

Material: cinco cópias de cada um dos formulários de prestação de contas do PDDE.

Processo de Trabalho:

1) Formar cinco equipes com, no máximo, quatro a seis participantes.2) Entregar uma cópia do jogo de formulários de prestação de contas (ANEXO p. 51-62).3) Solicitar que as equipes tentem preencher com dados fictícios os formulários.4) Após vinte minutos do início da atividade, solicitar que voluntários socializem as dificulda-

des no preenchimento do formulário e as dicas que podem ser utilizadas no processo deprestação de contas, principalmente aquelas relativas à etapa de planejamento, queantecede a execução financeira.

AVALIAÇÃO: como executamos os recursos da UEX?

Objetivo da atividade: promover a avaliação dos participantes em relação à forma que ocorre aexecução de recursos na UEX, ou, nos casos em que não existam UEX, esses devem vir a serexecutados.

Tempo aproximado: 30 minutos.

Material: quadro negro ou folhas de papel metro, giz ou canetas hidrográficas coloridas.

Processo de Trabalho:

1) Promover uma tempestade de idéias com o seguinte tema:Como executamos e como devemos executar os recursos da UEX?

2) Procurar não interferir nas respostas, nem permitir comentários enquanto a questão é respondida.3) Anotar todas as respostas.4) Após todos terem respondido, discutir com o grupo as respostas dadas e identificar ações

para a melhor execução dos recursos disponíveis na UEX da escola.5) Finalize a oficina resumindo as contribuições do grupo sobre a importância da boa utilização

dos recursos disponíveis e a contribuição que o planejamento participativo dá a uma execuçãoorçamentária mais eficiente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Dinheiro na Escola: procedimentos operacionais. 1997.Brasil.Ministério da Educação e do Desporto /Projeto Nordeste/Programa de Apoio aos Secretários Municipais de Educação.Guia de Consulta, 1997.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto /Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Sistemática deFinanciamento do Ensino Fundamental, 1977.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto /Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. RESOLUÇÃO N.º008 , DE 08 DE MARÇO DE 2000.

BRASIL. Medida Provisória Nº 1.784-1, de 13 de Janeiro De 1999.

FRANÇA, Magna. Gestão educacional nos anos 90: um estudo da descentralização financeira. Natal: Universi-dade Federal do Rio Grande do Norte, tese de doutorado, 2001.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOFUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

Conselho Deliberativo

RESOLUÇÃO N.º 008 , DE 08 DE MARÇO DE 2000.O PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTODA EDUCAÇÃO - FNDE, no uso de suas atribuições legais e de conformidade com o que determina aMedida Provisória n.º 1.784, de 14 de dezembro de 1998, e suas reedições, RESOLVE “ad referendum”:

Art. 1º O Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE consiste na transferência, pelo Fundo Nacional deDesenvolvimento da Educação – FNDE, de recursos financeiros, consignados em seu orçamento, emfavor das escolas públicas do ensino fundamental das redes estadual, do Distrito Federal e municipal eescolas de educação especial, mantidas por organizações não-governamentais, sem fins lucrativos, deforma a contribuir, supletivamente, para a manutenção de cada estabelecimento de ensino beneficiário.Parágrafo único. O Programa Dinheiro Direto na Escola adotará o princípio redistributivo dos recursosdisponíveis de modo a garantir um padrão mínimo de qualidade do ensino e contribuir para redução dasdesigualdades sócio educacionais entre as regiões do País.

Art. 2º Os recursos transferidos à conta do Programa serão destinados à cobertura de despesas que con-corram para a garantia do funcionamento e de pequenos investimentos das escolas beneficiárias, taiscomo:

I – aquisição de material permanente;II – manutenção, conservação e pequenos reparos da Unidade Escolar;III – aquisição de material de consumo necessário ao funcionamento da escola;IV – capacitação e aperfeiçoamento de profissionais da educação;V – avaliação de aprendizagem;VI – implementação de projeto pedagógico; eVII – desenvolvimento de atividades educacionais.

§ 1º Somente serão beneficiadas pelo Programa as escolas públicas estaduais, do Distrito Federal emunicipais que apresentarem matrícula superior a 20 (vinte) alunos no ensino fundamental, inclusiveeducação especial, de acordo com dados extraídos do censo escolar realizado pelo Ministério da Educação,no ano anterior.

§ 2º As escolas a que se refere o parágrafo anterior, com matrícula superior a 99 (noventa e nove) alunos,somente serão beneficiadas se dispuserem de unidades executoras próprias – entidade de direito privado,sem fins lucrativos, representativa da comUnidade Escolar (Caixa Escolar, Associação de Pais e Mestres– APM, Conselho Escolar, etc.), responsável pelo recebimento e execução dos recursos financeiros, trans-feridos pelo FNDE.

§ 3º As escolas beneficiárias do PDDE, com matrícula superior a 20 (vinte) alunos e inferior ao limiteestabelecido no parágrafo anterior, que não possuírem unidades executoras próprias, poderão receberrecursos à conta do Programa por intermédio da Secretaria de Educação do Estado, do Distrito Federal ouda Prefeitura Municipal, de acordo com a sua vinculação, ou poderão consorciar-se de modo a constituíremuma única unidade executora que as represente, desde que as unidades escolares abrangidas pelo consórciopertençam à rede de ensino da mesma esfera de governo.

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Art. 3º O valor devido, anualmente, a cada estabelecimento de ensino, terá como base o número de alunosmatriculados no ensino fundamental e na educação especial, de acordo com o censo escolar do anoanterior, tomando-se como referência:

1 – Para o ensino fundamental (escolas públicas estaduais, do Distrito Federal e municipais):

(*) exceto o Distrito Federal

2-Para a educação especial (escolas mantidas por organizações não-governamentais):

(*) para todas as regiões

Parágrafo único. As escolas de educação especial mantidas por organizações não-governamentais, semfins lucrativos, que atendam até 5 (cinco) alunos, serão contempladas com a importância de R$ 50,00(cinqüenta reais), por aluno, para aquisição de material escolar destinado aos alunos portadores de neces-sidades educativas especiais.

Art. 4º Para a operacionalização do PDDE, o FNDE contará com as parcerias dos governos estaduais, doDistrito Federal e municipais e das organizações não-governamentais, processando-se de quatro formasdistintas:

I – mediante transferência de recursos financeiros aos governos estaduais e do Distrito Federal, representados pelas respectivas Secretarias de Educação, possibilitando o atendimento às es colas estaduais e do Distrito Federal, com matrícula superior a 20 (vinte) e inferior a 100 (cem) alunos no ensino fundamental, inclusive educação especial, que não tenham instituído suas unidades executoras próprias, na forma definida no §3º do art. 2º;II - mediante transferência de recursos financeiros às prefeituras municipais, possibilitando o atendi mento às escolas municipais, com matricula superior a 20 (vinte) e inferior a 100 (cem) alunos no ensino fundamental, inclusive educação especial, que não tenham instituído suas unidades executoras próprias, na forma definida no §3º do art. 2º;

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III - mediante transferência de recursos financeiros diretamente às escolas que tenham instituído suas unidades executoras na forma definida nos §§2º e 3º do art. 2º;

IV - mediante celebração de convênio entre o FNDE e a organização não-governamental, para o atendimento às escolas de educação especial.

Art. 5º As transferências de recursos à conta do Programa dependerão da apresentação e comprovação,por parte da entidade executora (SEC = Secretaria de Educação do Estado e do Distrito Federal, PM =Prefeitura Municipal, ONG = Organização Não-Governamental e UEx = Unidade Executora), dos seguintesdocumentos:

§ 1º A comprovação da regularidade dos recolhimentos ao INSS, FGTS e PIS/PASEP, requerida nesteartigo, será obtida mediante a Certidão Negativa de Débito – CND, fornecidapelo INSS, o Certificado de Regularidade de Situação – CRS junto ao FGTS, fornecido pela Caixa Econômi-ca Federal e o Certificado de Quitação de Tributos e Contribuições Federais, respectivamente, ou cópias dasguias dos recolhimentos, referentes aos 03 (três) meses anteriores à apresentação dos documentos.

§ 2º A apresentação e o trâmite dos documentos exigidos ocorrerão da seguinte forma:I – as Unidades Executoras deverão apresentar os documentos exigidos à Prefeitura Municipal ou à Secretaria de Educação do Estado e do Distrito Federal, observada a vinculação das escolas que representam;II – as Prefeituras Municipais, Secretarias de Educação e organizações não-governamentais, deve

rão apresentar os documentos exigidos, inclusive os recebidos das unidades executoras das escolas a elas vinculadas, ao FNDE, até 15 de maio do ano 2000, para fins de análise,

cadastramento e geração da Relação de Unidades Executoras – REx.

§ 3º Após a análise e a comprovação da regularidade dos documentos de que trata este artigo e concluídoo cadastramento dos dados relativos às Unidades Executoras e aos seus dirigentes (Anexos I e I-A), oFNDE providenciará as correspondentes transferências de recursos.

Art. 6º Os Governos Estaduais e do Distrito Federal, representados pelas respectivas Secretarias deEducação, e as Prefeituras Municipais, deverão incluir, em seus respectivos orçamentos, nos termos esta-belecidos no § 1º, art. 6º da Lei n.º 4.320, de 17.03.64, os recursos a serem transferidos às escolas a elasvinculadas, à conta do PDDE, nas formas definidas nos incisos I, II e III do art. 4º.

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Parágrafo Único - As liberações dos recursos às escolas beneficiárias do Programa ficam condicionadas àapresentação de Termo de Compromisso (Anexo II), conforme estabelecido na Medida Provisória n.º1.784, de 14.12.98, e suas reedições, a ser lavrado pelas Secretarias de Educação e Prefeituras Munici-pais, no qual será firmado o comprometimento de atender à exigência prevista no caput deste artigo.

Art. 7º Os recursos financeiros serão liberados, na forma estabelecida no art. 4º, devendo sua utilização serealizar mediante emissão de cheques nominativos e na conta bancária específica onde os recursos foramdepositados.

§ 1º As escolas das redes estaduais e municipais, situadas nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste,selecionadas para atuação do Fundo de Fortalecimento da Escola - FUNDESCOLA, deverão, preferenci-almente, direcionar a aplicação dos recursos transferidos na aquisição de bens e contratação de serviçosque concorram para o alcance do padrão mínimo de funcionamento da escola, de acordo com orientaçõesestabelecidas pela Direção Geral do Fundescola.

§ 2º O FNDE, mediante o encaminhamento da Relação de Unidades Executoras - REx, manterá informa-dos os Tribunais ou Conselhos de Contas dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios, as Secreta-rias de Educação e as Prefeituras Municipais, observadas as jurisdições dos tribunais ou conselhos e asvinculações das escolas, os dados e os valores destinados aos estabelecimentos de ensino beneficiados.

Art. 8º O prazo para aplicação dos recursos transferidos, na forma definida no inciso III do art. 4º, seráestabelecido pelas Secretarias de Educação e Prefeituras Municipais a que as escolas sejam subordina-das, e nos demais casos, pelos órgãos de controle interno e externo a que as entidades estejamjurisdicionadas.

Art. 9º Os recursos transferidos poderão ser aplicados no mercado financeiro, se a previsão do seu uso forigual ou superior a um mês.Parágrafo único. As receitas obtidas em função das aplicações efetuadas serão, obrigatoriamente, compu-tadas a crédito do objeto da transferência e aplicadas, exclusivamente, em sua finalidade, na forma defini-da no art. 2º, devendo constar dos documentos e demonstrativos que integram a prestação de contas.

Art. 10º Os documentos comprobatórios da realização das despesas efetuadas na execução do objeto datransferência (notas fiscais, recibos, faturas, etc.) deverão atender a norma regulamentar a que abeneficiária estiver sujeita, conter o nome da unidade executora e a identificação do Programa, e deve-rão ser arquivados na instituição ou entidade que aplicou os recursos ( Prefeitura Municipal, Secretaria deEducação ou Unidade Executora), pelo prazo determinado na legislação específica, à disposição dosórgãos de controle interno e externo.

Art. 11 Sem prejuízo das atribuições dos órgãos de controle interno e externo, é facultado:I - ao FNDE e à Direção do Fundescola o acompanhamento da execução do PDDE;II - ao FNDE solicitar ao Estado, ao Distrito Federal ou ao Município demonstrativo da execução físico -financeira do PDDE, em formulário próprio ou em meio magnético.

Parágrafo único. A comunidade escolar e a sociedade civil poderão acompanhar a execução do Programa,devendo formalizar denúncias ao FNDE e aos órgãos de controle interno e externo sobre quaisquer irregu-laridades identificadas.

Art. 12 O encaminhamento da prestação de contas dos recursos recebidos à conta do Programa ocorreráda seguinte forma:

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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I - da organização não-governamental, ao FNDE, até o último dia da vigência do convênio, contendo os seguintes documentos:

a) ofício de encaminhamento;b) Demonstrativo da Execução da Receita e da Despesa e Relação de Pagamentos Efetuados (Anexo III);c) Relação de Bens Adquiridos ou Produzidos (Anexo IV);d) cópia do extrato bancário e do comprovante de recolhimento do saldo, se houver;e) e parecer do conselho fiscal, ou similar, da ONG sobre a regularidade das contas e dos docu

mentos comprobatórios.

II – das unidades executoras das escolas públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal às Pre feituras Municipais ou Secretarias de Educação a que as escolas estejam subordinadas, constitu ída dos documentos e nos prazos por elas estabelecidos, as quais caberão consolidá-las e encaminhá-las na forma definida no inciso III deste artigo.III – das Prefeituras Municipais e Secretarias de Educação ao respectivo Tribunal ou Conselho de Contas a que pertença como parte da prestação anual de suas contas ordinárias.

§ 1º As escolas a que se refere o § 1º do art. 7º, deverão apresentar, também, no momento do encaminha-mento da prestação de contas, à Coordenação Estadual Executiva do Fundescola, o Formulário deDetalhamento de Ações e Despesas (Anexo V).

§ 2º Ocorrendo irregularidades na prestação de contas apresentada pela unidade executora da escola, aPrefeitura Municipal ou a Secretaria de Educação do Estado e do Distrito Federal efetuará as diligênciasnecessárias e, não havendo a sua regularização, o FNDE deverá ser comunicado para a adoção dasmedidas cabíveis.

Art. 13 Os bens patrimoniais adquiridos ou produzidos com os recursos transferidos pelo PDDE, deverãoser incorporados ao patrimônio da Prefeitura Municipal ou da Secretaria de Educação do Estado e doDistrito Federal e destinados às respectivas escolas beneficiadas, cabendo a estas a responsabilidade pelaguarda e conservação desses bens.

Art. 14 As unidades executoras das escolas públicas das redes municipal, estadual e do Distrito Federaldeverão apresentar, anualmente, Declaração de Isenção do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e RelaçãoAnual de Informações Sociais –RAIS ainda que negativa, na forma e nos prazos estabelecidos, respectiva-mente, pela Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda e pela Secretaria de Políticas deEmprego e Salário do Ministério do Trabalho.

Art. 15 Ficam aprovados os formulários que constituem os Anexos I a V, desta Resolução, que serãoutilizados pelas instituições ou entidades beneficiárias do Programa.

Art. 16 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as Resoluções n.ºs 03, de21.01.99 e 20, de 15.07.99. Paulo Renato Souza

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.784-1, DE 13 DE JANEIRO DE 1999

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o Art. 62 da Constituição, adota aseguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art.1º Os recursos consignados no orçamento da União para execução do Programa Nacional de Alimen-tação serão repassados em parcelas aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, observadas asdisposições desta Medida Provisória.

§ 1º O montante dos recursos financeiros a ser repassado será calculado com base no número de alunosdevidamente matriculados no ensino pré-escolar e fundamental de cada um dos entes governamentaisreferidos no caput deste artigo.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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§ 2º Excepcionalmente, para os fins do parágrafo anterior, a critério do Fundo Nacional de Desenvolvimento daEducação-FNDE, poderão ser computados como parte da rede municipal os alunos matriculados em escolasqualificadas como entidades filantrópicas ou por elas mantidas, observado o disposto no Art. 10 desta MedidaProvisória.

§ 3º Para o cálculo do montante dos recursos de que tratam os §

§ 1º e 2º serão utilizados os dados oficiais de matrículas obtidas no Censo Escolar relativo ao ano anteriorao do atendimento.

§ 4º Os recursos financeiros destinados ao Programa Nacional de Alimentação Escolar em estabelecimentosde ensino mantidos pelo Governo Federal poderão ser administrados pelos municípios em que essesestabelecimentos se encontram localizados.

§ 5º A assistência financeira de que trata esta Medida Provisória tem caráter suplementar, conforme dis-posto no inciso VII do Art. 208 da Constituição Federal, e destina-se, exclusivamente, à aquisição degêneros alimentícios.

§ 6º É facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios repassar os recursos do Programadiretamente às escolas de sua rede.

§ 7º Os Estados poderão delegar a seus Municípios o atendimento aos alunos matriculados nos estabele-cimentos estaduais de ensino localizados nas suas respectivas áreas de jurisdição, e, neste caso, autorizaro repasse direto ao Município, por parte do FNDE, da correspondente parcela de recursos calculados naforma do § 1º.

§ 8º A autorização de que trata o parágrafo anterior será encaminhada ao FNDE no mês de janeiro de cadaano, com validade a partir do ano de referência, e poderá ser revista, exclusivamente, no mês de janeiro doano seguinte.

Art.2º A transferência de recursos financeiros objetivando a execução descentralizada do Programa Naci-onal de Alimentação Escolar será efetivada automaticamente pela Secretaria Executiva do FNDE, semnecessidade de convênio, ajuste, acordo ou contrato, mediante depósito em conta corrente específica, nãose aplicando o disposto no Art. 27 da Lei no 9.692, de 27 de julho de 1998.

Art.3º A prestação de contas da aplicação dos recursos financeiros relativos ao Programa de AlimentaçãoEscolar será feita pelo beneficiário diretamente ao Tribunal de Contas do Estado ou do Distrito Federal, nocaso destes entes federados, e à Câmara Municipal, auxiliada pelos Tribunais de Contas dos Estados ouTribunais de Contas dos Municípios ou Conselhos de Contas dos Municípios, quando o beneficiário for oMunicípio, e também ao Tribunal de Contas da União, quando for por ele determinado.Parágrafo Único - Éassegurado ao Tribunal de Contas da União e ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo da Uniãoo acesso, a qualquer tempo, à documentação comprobatória da execução da despesa, aos registros edemais documentos pertinentes à execução dos programas custeados com os recursos financeiros doFNDE.

Art.4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de suas respectivas jurisdições,Conselhos de Alimentação Escolar, constituídos por representantes do órgão de administração da educa-ção pública, dos professores, dos pais e alunos, podendo também incluir representantes de outros seg-mentos da sociedade local.Parágrafo Único – As atribuições do Conselho de Alimentação Escolar serãodefinidas em norma específica a ser expedida pelo Conselho Deliberativo do FNDE.

Art.5º Os cardápios dos programas de alimentação escolar, sob a responsabilidade dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios, serão elaborados por nutricionistas capacitados, observando orientação do Con-selho de Alimentação Escolar e respeitando os hábitos alimentares de cada localidade, sua vocação agrí-cola e a preferência pelos produtos in natura.Art.6º Na aquisição de insumos, terão prioridade os produtos da região, visando a redução dos custos.

Art.7º Os Estados prestarão assistência técnica aos Municípios, em especial na área de pesquisa dealimentação e nutrição, elaboração de cardápios e na execução de programas relativos à aplicação de

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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recursos de que trata esta Medida Provisória.

Art.8º Fica instituído, no âmbito do FNDE, o Programa Dinheiro Direto na Escola, com o objetivo deprestar assistência financeira às escolas públicas do ensino fundamental das redes estaduais, municipaise do Distrito Federal e às escolas de educação especial qualificadas como entidades filantrópicas ou porelas mantidas, observado o disposto no Art. 10 desta Medida Provisória.Parágrafo único. A assistênciafinanceira a ser concedida a cada estabelecimento de ensino beneficiário será definida anualmente e terácomo base o número de alunos matriculados no ensino fundamental e especial, de acordo com dadosextraídos do Censo Escolar realizado pelo Ministério da Educação e do Desporto no exercício anterior, erepassada:

I – diretamente à unidade executora ou à entidade representativa da comUnidade Escolar, na forma dos requisitos estabelecidos no Art. 10;II – ao Estado ou Município mantenedor do estabelecimento de ensino nos demais casos.

Art.9º Os recursos financeiros repassados pelo programa de que trata o artigo anterior serão destinados àcobertura de despesas de custeio, manutenção e de pequenos investimentos, exceto gastos com pessoal,que concorram para a garantia do funcionamento dos estabelecimentos de ensino.

Art.10º O Conselho Deliberativo do FNDE expedirá as normas relativas aos critérios de alocação dosrecursos, valores per capita, unidades executoras e caracterização de entidades, bem assim as orientaçõese instruções necessárias à execução dos programas de que trata esta Medida Provisória.

Art.11º O disposto nos arts. 2º e 3º desta Medida Provisória aplica-se, igualmente, ao repasse de recursosaos estabelecimentos de ensino públicos no âmbito do Programa Dinheiro Direto na Escola.Parágrafoúnico. A prestação de contas dos recursos financeiros transferidos na forma do inciso I do parágrafo únicodo Art. 8º será de responsabilidade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios mantenedores dosestabelecimentos de ensino a eles vinculados.

Art.12º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Art.13º Revoga-se a Lei nº 8.913, de 12 de julho de 1994.Brasília, 13 de janeiro de 1999; 178º da Indepen-dência e 111º da República.

Fernando Henrique Cardoso

Paulo Renato Souza

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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51GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

ANEXOS 13 a 18.FORMULÁRIOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

RETIRADOS DA PÁGINA www.fnde.gov.br.programas/pdde.htm

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Campo 1NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE CONVENENTEIndicar o nome do órgão ou entidade convenente,de acordo com a inscrição no Cadastro Geral deContribuintes do Ministério da Fazenda (citar adenominação constante do cartão do CGC).

Campo 2UFIndicar a sigla da Unidade da Federação onde selocaliza a sede do órgão ou entidade convenente.

Campo 3CGCIndicar o número de inscrição do órgão ou entidadeconvenente no Cadastro Geral de Contribuintes -CGC do Ministério da Fazenda.

Campo 4N. DO PROCESSO DE CONCESSÃOIndicar o número do processo de concessão que deuorigem ao repasse de recursos.

Campo 5Nº DO CONVÊNIO/ANOIndicar o número e o ano do convênio, objeto daprestação de contas parcial.

Campo 6Nº DA PARCELAIndicar o número da parcela do convênio, objeto daprestação de contas parcial.

Campo 7EXERCÍCIOIndicar o exercício financeiro a que se refere a pres-tação de contas apresentada.

Campo 8AÇÃO/ESPECIFICAÇÃOIndicar a(s) ação(ões) / especificação(ões) da(s)ação(ões) objeto da prestação de contas parcial, con-forme apresentado no projeto gerador do convênio.

Campo 9UNIDADEIndicar a unidade da especificação da ação apre-sentada no campo 8.

Campo 10 - QUANTIDADE

Campo 10.1APROVADAIndicar a quantidade aprovada e financiada para aunidade apresentada no campo 7.

Campo 10.2REFORMULADAIndicar a quanidade reformulada para a unidadeapresentada no campo 7, caso tenha sido autorizadareformulação a pedido do convenente.

Campo 10.3 - EXECUTADA

Campo 10.3.1NO PERÍODOIndicar a quantidade efetivamente executada noperíodo entre a data da liberação da parcela e a suacorrespondente prestação de contas.

Campo 10.3.2ATÉ O PERÍODOIndicar a quantidade efetivamente executada noperíodo entre a data de início da vigência do convênioe a data da prestação de contas da parcela em questão.

Campo 11AUTENTICAÇÃOIndicar a data do preenchimento do formulário, bemcomo o nome e a assinatura do técnico responsávelpela execução, do técnico responsável pela presta-ção de contas e do dirigente do órgão ou entidadeconvenente ou de seu representante legal.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

ANEXO 13PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIALRELATÓRIO DA EXECUÇÃO FÍSICA

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53GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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Campo 1NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE CONVENENTEIndicar o nome do órgão ou entidade convenente,de acordo com a inscrição no Cadastro Geral deContribuintes do Ministério da Fazenda (citar adenominação constante do cartão do CGC).

Campo 2UFIndicar a sigla da Unidade da Federação onde selocaliza a sede do órgão ou entidade convenente.

Campo 3Nº DO CONVÊNIO/ANOIndicar o número e o ano do convênio, objeto daprestação de contas parcial.

Campo 4Nº DA PARCELAIndicar o número da parcela do convênio, objeto daprestação de contas parcial.

Campo 5AÇÃO/ESPECIFICAÇÃOIndicar a(s) ação(ões) / especificação(ões) da(s)ação(ões) objeto da prestação de contas parcial, con-forme apresentado no projeto gerador do convênio.

Campo 6 - RECEITA EFETIVADA

Campo 6.1NO PERÍODOIndicar o valor da receita efetivada relativa à parcelado convênio, objeto da prestação de contas parcial.

Campo 6.2ATÉ O PERÍODOIndicar o valor da receita efetivada no período entrea data de início da vigência do convênio e data daprestação de contas da parcela em questão.

Campo 7 - DESPESA REALIZADA

Campo 7.1NO PERÍODOIndicar o valor da despesa realizada no período re-lativo a parcela do convênio, objeto da prestaçãode contas parcial.

Campo 7.2ATÉ O PERÍODOIndicar o valor da despesa realizada no períodoentre a data de início da vigência do convênio e adata da prestação de contas da parcela em ques-tão.

Campo 8 - SALDO

Campo 8.1NO PERÍODOIndicar o saldo apurado entre a receita efetivada e adespesa realizada, obtido pela diferença dos valo-res lançados nos campos 6.1 e 7.1.

Campo 8.2ATÉ O PERÍODOIndicar o saldo apurado entre a receita efetivada e adespesa realizada, obtido pela diferença dos valo-res lançados nos campos 6.2 e 7.2.

Campo 9TOTALIndicar nos espaços correspondentes, o somatóriodos campos 6.1, 6.2, 7.1, 7.2, 8.1 e 8.2.

Campo 10TOTAL ACUMULADOEste campo somente deverá ser preenchido, obser-vadas as instruções relativas ao campo 9, quando oórgão ou entidade convenente vier a utilizar maisde uma folha de formulário, hipótese em que a(s)folha(s) seguinte(s) deverá(ão) receber numeraçãosequencial, a partir de 02, a ser indicada no ladosuperior direito da(s) página (s).

Campo 11AUTENTICAÇÃOIndicar a data do preenchimento do formulário, bemcomo o nome e a assinatura do técnico responsávelpela execução, do técnico responsável pela presta-ção de contas e do dirigente do órgão ou entidadeconvenente ou de seu representante legal.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

ANEXO 14PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIAL

DEMONSTRATIVO DA EXECUÇÃO FINANCEIRA (RECEITA E DESPESA)

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55GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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Campo 1NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE CONVENENTEIndicar o nome do órgão ou entidade convenente,de acordo com a inscrição no Cadastro Geral deContribuintes do Ministério da Fazenda (citar a de-nominação constante do cartão do CGC).

Campo 2UFIndicar a sigla da Unidade da Federação onde selocaliza a sede do órgão ou entidade convenente.

Campo 3Nº DO CONVÊNIO/ANOIndicar o número e o ano do convênio, objeto daprestação de contas parcial ou final.

Campo 4TIPO DE PRESTAÇÃO DE CONTASAssinalar com "X" a quadrícula correspondente aotipo de prestação de contas.

Campo 5Nº DE ORDEMIndicar, em ordem crescente, a numeraçãosequencial correspondente a cada favorecido a serindicado no campo 6.

Campo 6NOME DO FAVORECIDO/CGC OU CPFIndicar o nome ou razão social do(s) fornecedor(es)ou prestador(es) de serviços (pessoa jurídica oupessoa física) que foi(ram) pago(s) com os recursosdo convênio, bem como o(s) respectivo(s) CGC ouCPF.

Campo 7LICITAÇÃOIndicar o procedimento adotado para a aquisiçãodo(s) bem(ns) e/ou a contratação do(s) serviço(s)do(s) fornecedor(es) ou prestador(es) de serviços,utilizando a seguinte codificação:· CC = carta convite;· TP = tomada de preços;· CO = concorrência;· DL = dispensa de licitação;· IL = inexigibilidade de licitação.

Campo 8DOCUMENTOCampos de 8.1 a 8.3

TIPO, NÚMERO e DATAIndicar o tipo, o número e a data do documento quecomprova a despesa com a aquisição do(s) bem(ns)e/ou a contratação do(s) serviço(s), utilizando a se-guinte codificação para tipo:· RB = recibo;· FT= fatura;· NF = nota fiscal.

Campo 9PAGAMENTOCampos de 9.1 a 9.4Nº CH/OB, DATA, NAT.DESPESA e VALORIndicar o número e a data dos documentos - cheque(CH) ou ordem bancária (OB) - utilizados para efe-tuar o(s) pagamento(s) ao(s) fornecedor(es) ouprestador(es) de serviços, bem como a natureza -custeio (C) ou capital (K) e o valor da despesa.

Campo 10Indicar no espaço correspondente, o somatório docampo 9.4.

Campo 11TOTAL ACUMULADOEste campo somente deverá ser preenchido, obser-vadas as instruções relativas ao campo 9, quando oórgão ou entidade convenente vier a utilizar maisde uma folha de formulário, hipótese em que a(s)folha(s) seguinte(s) deverá(ão) receber numeraçãoseqüencial, a partir de 02, a ser indicada no ladosuperior direito da(s) página (s).

Campo 12AUTENTICAÇÃOIndicar a data do preenchimento do formulário, bemcomo o nome e a assinatura do técnico responsávelpela execução, do técnico responsável pela presta-ção de contas e do dirigente do órgão ou entidadeconvenente ou de seu representante legal.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

ANEXO 15PRESTAÇÃO DE CONTAS

RELAÇÃO DE PAGAMENTOS EFETUADOS

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57GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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Campo 1NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE CONVENENTEIndicar o nome do órgão ou entidade convenente,de acordo com a inscrição no Cadastro Geral deContribuintes do Ministério da Fazenda (citar adenominação constante do cartão do CGC).

Campo 2UFIndicar a sigla da Unidade da Federação onde selocaliza a sede do órgão ou entidade convenente.

Campo 3Nº DO CONVÊNIO/ANOIndicar o número e o ano do convênio, objeto daprestação de contas final.

Campo 4TIPO DE PRESTAÇÃO DE CONTASAssinalar com "X" a quadrícula correspondente aotipo de prestação de contas.

Campo 5DOCUMENTOCampos de 5.1 a 5.3TIPO, NÚMERO e DATAIndicar o tipo, o número e a data do documento quecomprova a despesa com a aquisição do(s) bem(ns)e/ou a contratação do(s) serviço(s), utilizando aseguinte codificação para tipo:· RB = recibo;· FT= fatura;· NF = nota fiscal.

Campo 6ESPECIFICAÇÃO DOS BENSIndicar o(s) bem(ns) de capital adquirido(s) ouproduzido(s) (aqueles que, pela sua natureza,aumentam o patrimônio).

Campo 7QUANTIDADEIndicar a quantidade do(s) bem(ns) relacionado(s).

Campo 8 - VALOR

Campo 8.1UNITÁRIOIndicar o valor unitário de cada bem relacionado.

Campo 8.2TOTALIndicar o valor total, obtido mediante a multiplicaçãoda quantidade pelo valor unitário (campos 7 e 8.1).

Campo 9TOTALIndicar no espaço correspondente, o somatório docampo 8.2.

Campo 10TOTAL ACUMULADOEste campo somente deverá ser preenchido, obser-vadas as instruções relativas ao campo 8, quando oórgão ou entidade convenente vier a utilizar maisde uma folha de formulário, hipótese em que a(s)folha(s) seguinte(s) deverá(ão) receber numeraçãoseqüencial, a partir de 02, a ser indicada no ladosuperior direito da(s) página (s).

Campo 11AUTENTICAÇÃOIndicar a data do preenchimento do formulário, bemcomo o nome e a assinatura do técnico responsávelpela execução, do técnico responsável pela presta-ção de contas e do dirigente do órgão ou entidadeconveniente ou de seu representante legal.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

ANEXO 16

PRESTAÇÃO DE CONTASRELAÇÃO DE BENS ADQUIRIDOS OU PRODUZIDOS

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59GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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Campo 1NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE CONVENENTEIndicar o nome do órgão ou entidade convenente,de acordo com a inscrição no Cadastro Geral deContribuintes do Ministério da Fazenda (citar adenominação constante do cartão do CGC).

Campo 2UFIndicar a sigla da Unidade da Federação onde selocaliza a sede do órgão ou entidade convenente.

Campo 3CGCIndicar o número de inscrição do órgão ou entidadeconvenente no Cadastro Geral de Contribuintes -CGC do Ministério da Fazenda.

Campo 4N. DO PROCESSO DE CONCESSÃOIndicar o número do processo de concessão que deuorigem ao repasse de recursos.

Campo 5Nº DO CONVÊNIO/ANOIndicar o número e o ano do convênio, objeto daprestação de contas final.

Campo 6EXERCÍCIOIndicar o exercício financeiro a que se refere a pres-tação de contas apresentada.

Campo 7AÇÃO/ESPECIFICAÇÃOIndicar a(s) ação(ões) / especificação(ões) da(s)ação(ões) objeto da prestação de contas final, con-forme apresentado no projeto gerador do convênio.

Campo 8UNIDADEIndicar a unidade da especificação da ação apre-sentada no campo 6.

Campo 9 - QUANTIDADE

Campo 9.1APROVADAIndicar a quantidade aprovada e financiada para aunidade apresentada no campo 7.

Campo 9.2REFORMULADAIndicar a quanidade reformulada para a unidadeapresentada no campo 7, caso tenha sido autorizadareformulação a pedido do convenente.

Campo 9.3EXECUTADAIndicar a quantidade efetivamente executada noperíodo de vigência do convênio.

Campo 10AUTENTICAÇÃOIndicar a data do preenchimento do formulário, bemcomo o nome e a assinatura do técnico responsávelpela execução, do técnico responsável pela presta-ção de contas e do dirigente do órgão ou entidadeconvenente ou de seu representante legal.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

ANEXO 17PRESTAÇÃO DE CONTAS FINAL

RELATÓRIO DA EXECUÇÃO FÍSICA

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61GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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Campo 1NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE CONVENENTEIndicar o nome do órgão ou entidade convenente,de acordo com a inscrição no Cadastro Geral deContribuintes do Ministério da Fazenda (citar adenominação constante do cartão do CGC).

Campo 2UFIndicar a sigla da Unidade da Federação onde selocaliza a sede do órgão ou entidade convenente.

Campo 3Nº DO CONVÊNIO/ANOIndicar o número e o ano do convênio, objeto daprestação de contas final.

Campo 4 - RECEITA

Campo 4.1VALOR RECEBIDOIndicar o valor recebido para a execução do objetodo convênio em questão.

Campo 4.2RENDIMENTOS DA APLICAÇÃO FINANCEIRAIndicar o valor dos rendimentos auferidos, pelo ór-gão ou entidade convenente, com as aplicações fi-nanceiras dos recursos do convênio em cadernetade poupança, fundo de aplicação financeira ou mer-cado aberto.

Campo 4.3TOTALIndicar o total da receita, obtido pela soma dosvalores lançados nos campos 4.1 e 4.2.

Campo 5AÇÃO/ESPECIFICAÇÃOIndicar a(s) ação(ões) / especificação(ões) da(s)ação(ões) objeto da prestação de contas final, con-forme apresentado no projeto gerador do convênio.

Campo 6RECEITA EFETIVADAIndicar o valor da receita efetivada no período devigência do convênio.

Campo 7DESPESA REALIZADAIndicar o valor da despesa realizada no período devigência do convênio.

Campo 8SALDOIndicar o saldo apurado entre a receita efetivada e adespesa realizada, obtido pela diferença dos valo-res lançados nos campos 6 e 7.

Campo 9TOTALIndicar nos espaços correspondentes, o somatóriodos campos 6, 7 e 8.

Campo 10TOTAL ACUMULADOEste campo somente deverá ser preenchido, obser-vadas as instruções relativas ao campo 9, quando oórgão ou entidade convenente vier a utilizar maisde uma folha de formulário, hipótese em que a(s)folha(s) seguinte(s) deverá(ão) receber numeraçãosequencial, a partir de 02, a ser indicada no ladosuperior direito da(s) página (s).

Campo 11AUTENTICAÇÃOIndicar a data do preenchimento do formulário, bemcomo o nome e a assinatura do técnico responsávelpela execução, do técnico responsável pela presta-ção de contas e do dirigente do órgão ou entidadeconvenente ou de seu representante legal.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

ANEXO 18PRESTAÇÃO DE CONTAS FINAL

DEMONSTRATIVO DA EXECUÇÃO FINANCEIRA (RECEITA E DESPESA)

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CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E ATENDIMENTODE PROJETOS 1999

GLOSSÁRIO

CONVÊNIO

Instrumento que disciplina a transferência de recursos públicos tendo como partícipes órgão da administra-ção pública federal direta, autárquica ou fundacional, empresa pública ou sociedade de economia mistaque estejam gerindo recursos dos orçamentos da União, visando à execução de programas de trabalho,projeto/atividade ou evento de interesse recíproco em regime de mútua cooperação.

CONCEDENTE

Órgão da administração pública federal direta, autárquica ou fundacional, empresa pública ou sociedadede economia mista, responsável pela transferências dos recursos financeiros ou pela descentralização doscréditos orçamentários destinados à execução do objeto do convênio.

CONVENENTE

Órgão da administração pública federal direta, autárquica ou fundacional, empresa pública ou sociedadede economia mista, de qualquer esfera de governo, ou organização particular com o qual a administraçãofederal pactua a execução de programa, projeto/atividade ou evento mediante a celebração de convênio.

EXECUTOR

Órgão da administração pública federal direta, autárquica ou fundacional, empresa pública ou sociedadede economia mista, de qualquer esfera de governo, ou organização particular, responsável direta pelaexecução do objeto do convênio.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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PLANO DE TRABALHO

Instrumento programático que deve ser apresentado pelo interessado ao titular do Ministério, órgão ouentidade responsável pelo programa, onde deverá conter, além das razões que justifiquem a celebraçãodo convênio, a descrição completa do objeto a ser executado; a descrição das metas a serem atingidas,qualitativa e quantitativamente; as etapas ou fases da execução do objeto, com previsão de início e fim; oplano de aplicação dos recursos e o cronograma de desembolso.

UNIDADE EXECUTORA

Entidade representativa da comunidade Escolar (Associação de Pais e Mestres, Caixa Escolar, ConselhoEscolar, etc.), que se responsabiliza pela execução financeira dos recursos destinados à escola.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 09-64, mai./jun. 2001.

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SITES COMENTADOS

PROGRAMA DINHEIRO DIRETONA ESCOLA - PDDE

Rita Cristina Mira de Souza1

Os sites comentados são interessantes paradiretores, secretários de educação, coordenado-res pedagógicos, professores, associação de pais emestres, colegiado e conselho escolar, cooperati-vas e outros interessados na pesquisa e análisede informações sobre o PDDE na internet.

www.fnde.gov.br.programas/pdde.htm

Este é um site do MEC, dispõe de muitas informações sobre PDDE: conceito, quando foiimplantado, quais as escolas beneficiadas, em que consiste o programa, qual o objetivo, quemexecuta, como acontece a operacionalização do PDDE, o que é Unidade Executora - UEX, emque os recursos devem ser aplicados, quais as vantagens das escolas receberem diretamente odinheiro, como e quando ocorre a prestação de contas, quem pode e para quem devem serfeitas denúncias de irregularidades na utilização do PDDE e os formulários de prestação decontas. Abrindo os links Ensino Fundamental e Educação Especial estará disponível quantorecebe cada escola. O site oferece vários links interessantes sobre PDDE é só navegar.

www.ac.gov.br/educacao/desafios/5_modernizar.htm

Neste site é possível encontrar a diferença do PDDE Federal e o Estadual, um quadrodemonstrativo de recursos repassados às escolas até março de 2001, projetos e programasrelacionados com o PDDE.

www.planalto.gov.br/puli_04/COLECAO/5anos11.htm

Estão disponíveis neste site gráficos que demontram a estabilidade e desenvolvimento daeducação, principalmente, o PDDE demonstrando os recursos transferidos entre os anos de1995 à 1998.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 65-66, mai./jun. 2001.

Pedagoga-UNEB. E-mail: [email protected]

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www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/decreto/anteriores/dec289698.htm

Este endereço conduzirá o navegador ao Decreto nº 2896, de 23 de dezembro de 1998,o qual dispõe as obrigações das Unidades Executoras do PDDE e os respectivos artigos,consta também o termo de sub-rogação.

www.espacomunicipal.com.br/orientacoes/Paulo/pdinescola.htm

O site citado traz o conceito de PDDE, um quadro demonstrativo do valor anual do alunopor escola nas regiões do Brasil,o Programa de Renda Mínima e o Progama Nacional de Alimen-tação Escolar - PNAE.

www.seduc.go.gov.br/proj.educ.htm

Este site apresenta o Programa Estadual Dinheiro Direto na Escola - PROESCOLA, con-ceito, descrição, indicadores para atuação em todo país, metas previstas e alcançadas, descre-ve como e onde se faz a Unidade Executora - UEX. Apresenta os links Adequação da RedeFísica e Fundescola.

www.tcu.gov.br/imprensa//informativo

Trata-se de um informativo do Tribunal de Contas da União, sobre o PDDE, uma solicita-ção do MEC para fiscalização de verbas destinadas a programas escolares.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 19 p. 65-66, mai./jun. 2001.