dinÂmicas em produÇÃo musical

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Dinâmicas Em Produção Musical Por Azel Castro 1- Estudando as Formas de Introdução: Em diversas músicas, as introduções podem ser variadas, de acordo com o ritmo e estilo da música. Abaixo veremos alguns exemplos, de como devemos nos portar, em relação a cada introdução. OBS: Vícios evidentes na maioria dos grupos: - Não estudam com metrônomo. - Não conseguem entrar todos ao mesmo tempo, com uma pegada significante. Existem alguns parâmetros que ao longo de minha experiência fui adquirindo, e que deu certo, e passo princípios que irá ajudar a você e ao seu grupo ou banda, a ter um nível excelente nas introduções. 1.1 – Introduções feitas com toda a banda O correto é que o baterista faça a contagem com a baqueta ou até mesmo falando: 1 2 3 4 ou 1 2 ou 3 4 etc. Todos precisam estar sensíveis a contagem do baterista. Algo muito importante que devemos prestar atenção é quando o baterista for fazer a contagem. Tem que se ter o cuidado, principalmente do batera, de quando for puxar a contagem, puxar dentro do metrônomo da música, ou seja, se o metrônomo está e, 120bmp, a contagem da baqueta ou até mesmo da voz, devem estar no mesmo andamento. 1.2 – Introduções feitas com piano Na maioria das vezes, quando uma introdução é feita com o piano, podemos ter até mesmo um outro instrumento de base, como violão e até mesmo uma guitarra, sendo assim esses instrumentos de base, não solando e sim segurando a harmonia, para que o piano fique livre para desenvolver um solo na introdução. È muito importante que o tecladista, tenha uma sensibilidade em relação ao metrônomo. Pode-se usar pratos de condução, Hi-Hat ou algum efeito de percussão para dar um brilho da introdução. 1.3 – Introduções feitas com guitarra Em muitos casos se usa a guitarra com distorção. E o maior cuidado que se deve ter é com o tipo de distorção a ser usada, para que ela não transmita uma sujeira desnecessária e tire o brilho do timbre da guitarra. Em solos de guitarra tanto em introduções quanto em pontes, ou improvisos, deve-se tomar o cuidado dos demais instrumentos que nesta hora vão estar exercendo sua função de base harmônica, possam estar com o volume mais baixo do que a guitarra, para que sobre saia o solo da guitarra. 1.4 Introduções feitas com o contrabaixo

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O MAIS IMPORTANTE NÃO É O TOCAR E SIM, USAR A DINÂMICA CERTA, PARA QUE A MÚSICA TENHA SENTIDO E FORMA.

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Page 1: DINÂMICAS EM PRODUÇÃO MUSICAL

Dinâmicas Em Produção MusicalPor Azel Castro

1- Estudando as Formas de Introdução:

Em diversas músicas, as introduções podem ser variadas, de acordo com o ritmo e estilo da música. Abaixo veremos alguns exemplos, de como devemos nos portar, em relação a cada introdução.

OBS: Vícios evidentes na maioria dos grupos:

- Não estudam com metrônomo.- Não conseguem entrar todos ao mesmo tempo, com uma pegada significante.

Existem alguns parâmetros que ao longo de minha experiência fui adquirindo, e que deu certo, e passo princípios que irá ajudar a você e ao seu grupo ou banda, a ter um nível excelente nas introduções.

1.1 – Introduções feitas com toda a banda

O correto é que o baterista faça a contagem com a baqueta ou até mesmo falando: 1 2 3 4 ou 1 2 ou 3 4 etc. Todos precisam estar sensíveis a contagem do baterista. Algo muito importante que devemos prestar atenção é quando o baterista for fazer a contagem. Tem que se ter o cuidado, principalmente do batera, de quando for puxar a contagem, puxar dentro do metrônomo da música, ou seja, se o metrônomo está e, 120bmp, a contagem da baqueta ou até mesmo da voz, devem estar no mesmo andamento.

1.2 – Introduções feitas com piano

Na maioria das vezes, quando uma introdução é feita com o piano, podemos ter até mesmo um outro instrumento de base, como violão e até mesmo uma guitarra, sendo assim esses instrumentos de base, não solando e sim segurando a harmonia, para que o piano fique livre para desenvolver um solo na introdução. È muito importante que o tecladista, tenha uma sensibilidade em relação ao metrônomo. Pode-se usar pratos de condução, Hi-Hat ou algum efeito de percussão para dar um brilho da introdução.

1.3 – Introduções feitas com guitarra

Em muitos casos se usa a guitarra com distorção. E o maior cuidado que se deve ter é com o tipo de distorção a ser usada, para que ela não transmita uma sujeira desnecessária e tire o brilho do timbre da guitarra. Em solos de guitarra tanto em introduções quanto em pontes, ou improvisos, deve-se tomar o cuidado dos demais instrumentos que nesta hora vão estar exercendo sua função de base harmônica, possam estar com o volume mais baixo do que a guitarra, para que sobre saia o solo da guitarra.

1.4Introduções feitas com o contrabaixo

O baixo é um instrumento muito usado em introduções, por seu conteúdo harmônico muito peculiar, e por dar um charme em músicas do tipo soul e funk. Não é uma regra, mais em sua maioria se usa um Pad, como base, para dar estabilidade ao solo do contrabaixo.

1.5Introduções feitas com bateria

O uso de viradas e improvisos de bateria se tornou muito normal nos dias de hoje, com a evolução da música e do instrumento propriamente dito. O cuidado é o mesmo, cuidado com o andamento. Normalmente quando o baterista vai dar início a uma introdução ele não precisa contar, a não ser que o andamento seja complexo, e que para trazer um entendimento mais fácil para o grupo, ele queira fazer a contagem.

1.6 Introduções feitas com violão

O violão é um instrumento que tem muito swing. E por isso deve-se tomar o cuidado com as batidas para que elas não venham confundir os ouvidos com um outro violão ou guitarra.

SINAIS DE DINÂMICA

Page 2: DINÂMICAS EM PRODUÇÃO MUSICAL

Dinâmica é a arte de graduar a intensidade sonora na execução musical.Os diferentes graus de intensidade são indicados por sinais e ou palavras apropriadas.

Pouca intensidade é indicada com a letra "p", significa "piano" ou "pouca intensidade". Muita intensidade é indicada com a letra "f", significa "forte" ou "muita intensidade".

ESCALA CRESCENTE DE INTENSIDADE:

INTENSIDADE ABREVIATURA SINAL

bem pianíssimo ppp

pianíssimo pp

piano p

mezzo piano (meio piano)

mp

mezzo forte (meio forte)

mf

forte f - > <

fortíssimo ff

bem fortíssimo fff

Na prática só escrevemos as abreviaturas que as vezes se juntam com expressões como as que seguem: pouco p, quasi f, più f, p súbito, etc..

Outros termos são:

INTENSIDADE ABREVIATURA SINAL

Andamento é a velocidade da música. É indicada tradicionalmente por palavras italianas que se escrevem no início do trecho musical.

A escala crescente de andamento, desde o bem lento até o bem rápido é: Largo, Larghette, Adagio, Lento, Andante, Andantino, Allegrette, Moderato, Allegro, Vivace, Presto.

Qualquer desses andamentos podem ser graduados por um dos seguintes termos: assai = muito, com moto = com movimento, ma non tropo = mas não muito, quasi = quase, tropo = muito.

Palavras que exprimem o caráter da música são muitas vezes juntadas aos andamentos: Affetuoso = afetuoso, com anima = com alma ou com disposição, com brio - com entusiasmo, com spirito =

com finura, giocoso = jocoso, risoluto = resoluto, scherzando = brincando, tranquillo = tranqüilo, sostenuto = mantendo.

Atualmente os compositores estão usando termos de seus idiomas em substituição aos empregados no idioma italiano: Dengoso, Devagar, Dolente, Gingando, molengamente, rápido, saudoso, Sem

pressa, Sentido, Saltitante, Tristonho, etc..

2. Trabalhando a Dinâmica na Música:

Page 3: DINÂMICAS EM PRODUÇÃO MUSICAL

A dinâmica musical é tudo, dentro de uma música, orquestra, etc. È nela que a música ganha formato e beleza. Compara a dinâmica musical com a educação musical. E como essa palavra educação musical faz falta na maioria dos músicos. Todos querendo tocar e tocar, e não pensam que existe outros instrumentos em uma banda, que somam para fazer da música se tornar algo agradável e belo.

2.1 Banda e voz

Chegamos ao ponto mais importante, de nossa dinâmica onde devemos ter consciência que na maioria das vezes, a voz é mais importante, porque é a voz que vai comunicar algo para quem está ouvindo. Os instrumentistas precisam ter a sensibilidade de descer o volume de som, no exato momento que houver som vocal. Abaixo quero listar um padrão de dinâmica e mixagem nas músicas que vai te ajudar.

Vamos tentar trabalhar com níveis de porcentagem referente aos volumes de cada instrumento.

1 – Introdução – volume 100% respeitando quem está solando2 – Estrofes geralmente todos os instrumentos devem cair 50% a bateria deve cair apenas 40%3 – Solos e improvisos, o instrumento que estiver solando deve ficar em evidência. 4 – Refrão nesta hora os instrumentos devem aumentar para 60% e a bateria para 70 %5 – Back Vocal geralmente devem ficar 60% mais baixos do que a voz principal

São princípios básicos que tenho desenvolvido ao longo do trabalho musical e dinâmicas de banda, que tem dado certo.

OBS : o certo seria que cada músico ao ouvir a entrada de uma voz, automaticamente houvesse uma diminuição aparente de volume.

Então ficam essas dicas para que você possa crescer, como músico e ser mais educado musicalmente.