dimensões da cultura
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DIMENSÕES DA CULTURA EPOLÍTICAS PÚBLICAS- Isaura BotelhoTRANSCRIPT
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOSECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICAINSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DO TOCANTINS CAMPUS GURUPICURSO DE LICENCIATURA EM ARTES CÊNICAS
NATÁLIA PIMENTA
RESENHA CRITICA:
DIMENSÕES DA CULTURA EPOLÍTICAS PÚBLICAS
(Isaura Botelho)
Trabalho apresentado para disciplina Gestão Cultural do 6º período, IFTO – Gurupi.
Professor : Manoel Ataíde
GURUPI – TOSETEMBRO DE 2014
DIMENSÕES DA CULTURA E POLÍTICAS PÚBLICAS
Segunda a autora Isaura Botelho "Embora as duas dimensões –
antropológica e sociológica sejam igualmente importantes, do ponto de vista de uma
política pública, exigem estratégias diferentes. Dadas suas características
estruturais, devem ser objeto de uma responsabilidade compartilhada dentro do
aparato governamental em seu conjunto. A distinção entre as duas dimensões é
fundamental, pois tem determinado o tipo de investimento governamental em
diversos países, alguns trabalhando com um conceito abrangente de cultura e outros
delimitando o universo específico das artes como objeto de sua atuação." No meu
ver não existe cultura superior à outra, nem mais desenvolvida, nem mais lógica.
Todas elas possuem seus princípios válidos para seus respectivos indivíduos. Antes
de tudo, todas as culturas têm o mesmo valor. Seja em âmbito privado ou público, a
cultura se revela importante instrumento para o desenvolvimento humano. Na
verdade, ela sempre foi chave deste desenvolvimento.
Para a autora os meios específicos de expressão são aqueles em que a
cultura se manifesta através da arte, pela criação do indivíduo-artista. São as
manifestações artísticas criadas nem sempre com o intuito de ganharem visibilidade,
pois geralmente são concebidas na particularidade do artista e na sua singularidade,
mas ao alcançarem outras fontes de percepção e ao serem absorvidas, tornam-se
universais. Fala-se ainda do escoamento dessas expressões, ou seja, ações
concretas que venham ser criadas e dar condições para a circulação e apresentação
desses trabalhos à sociedade. A dimensão sociológica, sob a qual Botelho vê a
cultura, trata, segundo suas próprias palavras, de um circuito “mais visível e
palpável”, que ao contrário da dimensão antropológica, seria planejada uma
interferência mais facilmente onde se buscaria resultados relativamente previsíveis.
podemos dizer que a antropologia, uma ciência nova, procura apresentar uma
palavra sobre o ser humano e, ao mesmo tempo, procura entender as
manifestações humanas, suas criações. Da mesma forma que outras ciências, a
antropologia quer entender o Homem, o que pode ser feito a partir de uma das mais
claras manifestações do ser humano que é a cultura. Esse processo e produção
humanos concretamente se manifestam em diferentes modalidades e com diversos
rostos, mostrando as diversas faces do ser humano presentes nas criações
humanas. O que implica dizer que o homem pode ser entendido não em si mesmo,
mas a partir e naquilo que produz. Em resumo, só para reafirmar o que já foi dito, o
homem se humaniza ao produzir o mundo; a produção do mundo, as formas de
produzir e reproduzir, criar e recriar, são elementos culturais. Assim sendo o homem
se humaniza não porque é diferente dos animais ou dos outros existentes, mas
porque produz e se manifesta na cultura.
Botelho critica a falta de recursos por parte do estado e o fato de eximir-se
muitas vezes enquanto órgão regulador, especialmente quando transfere para
empresas privadas a responsabilidade de patrocínio de projetos culturais, através
das leis de incentivos fiscais e cita isso "“se é possível afirmar que a cultura, do
ponto de vista antropológico, é a expressão das relações que cada indivíduo
estabelece com seu universo mais próximo, em termos de uma política pública, ela
solicita, por sua própria natureza, uma ação privilegiadamente municipal” A política
pública de cultura, como foi apontado diversas vezes no texto, deve ser elaborada
com peneira da sociedade, com chamadas públicas onde se discuta, principalmente,
questões relevantes e objetivas quanto às ações e abordagens que devem ser feitas
em cada caso.
As culturas são responsáveis pelo o homem ser capaz de transpassar os
anos, sem a necessidade de modificarem-se somaticamente para resistirem às
mudanças ecológicas. E por mais diversas que possam ser, todas obedecem regras
elementares e genéricas, que podem ser estudadas com seriedade e cientificidade,
para que se possa compreender a maior característica do ser humano, numa
tentativa de se conviver pacifica e harmoniosamente .
O Homem não se limita ao mundo natural; ele o transcende e o transforma.
Transcende porque tem expectativas que não se limitam ao mundo como ele se
apresenta e nem à sua materialidade. Transforma porque o recria constantemente,
imprimindo sua marca: a marca da cultura. Em razão disso é que dizemos que o
Homem se humaniza produzindo seu mundo, gerando sua marca cultural ou as
diferentes manifestações culturais. Ou seja, diferentemente de outros seres, o
humano se auto-produz reproduzindo o meio que o circunda; recria o mundo natural
e o já criado, criando novo significado e novas formas de aproveitamento das
realidades já existentes.