diferentes métodos para secagem do bambu e aplicação do teste de compressão
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Análise do método de compressão de 3 espécies de bambus após passarem por 3 métodos de secagem diferentes.TRANSCRIPT
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE CAPÃO BONITO
Tecnologia em SILVICULTURA
DIFERENTES MÉTODOS PARA SECAGEM DO BAMBU E APLICAÇÃO DO TESTE DE COMPRESSÃO
Alysson Klebis Arantes
Capão Bonito /SP2012
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE CAPÃO BONITO
DIFERENTES MÉTODOS PARA SECAGEM DO BAMBU E APLICAÇÃO DO TESTE DE COMPRESSÃO
Alysson Klebis Arantes
Projeto de Trabalho de Graduação apresentado à Faculdade de Tecnologia de Capão Bonito, para graduação no Curso Superior de Tecnologia em Silvicultura.
Linha de Pesquisa: Caracterização da madeira e suas Tecnologias
Professora Orientadora: Profª. Dr(a). Andrea Cressoni De Conti
Capão Bonito /SP2012
AGRADECIMENTOS
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Primeiro, agradeço aos meus pais Álvaro Arantes e Tania Regina Klebis
Arantes, que sempre confiaram em minha capacidade de desenvolvimento e acreditaram
em mim, mesmo nos momentos que mais tive dificuldades em toda a faculdade.
Aos meus irmãos Nayara Klebis Arantes e Álvaro Klebis Arantes que sempre
estiveram dispostos a me ajudar em qualquer coisa que eu precisei.
A minha orientadora e amiga Andrea Cressoni De Conti, por me ajudar a
desenvolver um excelente projeto, sempre com paciência, carisma e companheirismo,
não apenas como orientadora, mas também como professora e amiga.
A todos os professores da Fatec Capão Bonito que me mostraram o valor do
conhecimento, me proporcionando ótimos conhecimentos, e de todos os momentos
descontraídos que passamos durante todo o curso.
Ao meu amigo José Humberto Motta que me ajudou na coleta de materiais para
o desenvolvimento de todo projeto.
A minha amiga Raquel Cristina que sempre esteve preocupada com meu
trabalho e sempre incentivando todos os alunos a continuarem com os estudos.
A todos meus outros amigos e colegas de sala que sempre estiveram ao meu lado
sempre me proporcionando momentos de alegria e sabedoria, me ensinando cada dia
mais o valor das amizades.
Aos professores Anderson e Cirilo da Etec Dr. Celso Charuri que me ajudaram
com a realização dos ensaios do corpo de prova e a direção da Etec que me
disponibilizou o laboratório com os equipamentos para que fosse possível realizar os
ensaios de compressão paralela às fibras dos bambus.
A todos os funcionários da Fatec que estavam dispostos a me ajudar sempre que
eu precisasse.
Enfim, a todas as pessoas que passaram por minha vida nesses três últimos anos,
sempre me ensinando e aprendendo algo comigo, onde cada um sempre terá um espaço
reservado em minha amizade.
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“Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos
momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso,
oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar.”
Bertrand Russell
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Resumo
O bambu, ao contrário do que se pensa, não é uma árvore e sim uma gramínea. As
espécies variam de tamanho, algumas podendo alcançar poucos centímetros de
diâmetro, enquanto outras chegam até mais de 30 cm de diâmetro e 40 metros de altura.
Existem, para o bambu, três métodos de secagem: a) Secagem ao ar livre: Onde o
período de secagem do bambu é de 6 a 12 semanas para se atingir maior resistência e
evitar fissuras; b) Secagem ao fogo: Modo muito utilizado para endireitar peças
tortuosas, o calor utilizado deve ser controlado, para se evitar a secagem muito rápida,
pois com uma contração excessiva, o bambu poderá apresentar alguns defeitos; c)
Secagem em estufa: Neste processo são utilizadas estufas convencionais semelhantes às
empregadas para secagem de madeira. Este sistema é mais rápido e eficiente para se
obter teores de umidades desejadas. Neste trabalho realizou-se os métodos de secagem
citados para três espécies de bambu: Dendrocalamus giganteus, Bambusa vulgaris
variação vittata e Phyllostachys pubescens. Após esses processos de secagem analisou-
se a qualidade do bambu seco quanto a rachaduras provenientes dos mesmos e realizado
o teste de compressão paralela às fibras para analisar qual espécie de bambu apresentou
maior resistência mecânica. Observou-se que as espécies apresentaram rachaduras para
o processo de secagem em estufa e mudança de coloração nas secagens em estufa e ao
fogo. Em relação a secagem ao ar livre, todas as espécies apresentaram uma secagem
com ausência de defeitos. Os corpos de prova firam submetidos ao teste de compressão
paralela às fibras resultando em uma maior resistência para o bambu da espécie
Bambusa vulgaris variação vittata com secagem em estufa. Concluí-se que os três tipos
de secagem propostos apresentaram uma taxa de ruptura diferente entre as espécies de
bambu e o método de secagem, sendo assim, é aconselhável a utilização do bambu da
espécie Bambusa vulgaris variação vittata com secagem em estufa por resultar em
maior taxa de resistência compressão paralela às fibras e não é recomendada a secagem
ao fogo por ocorrer a diferenciação de coloração e menor capacidade de carga em todas
as espécies analisadas.
Palavras chave: Bambu, Secagem, Rachaduras.
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SUMÁRIO
1. Introdução ........................................................................................................ 7
1.1. Justificativa ............................................................................................... 7
1.2. Objetivo Geral .......................................................................................... 8
1.3. Objetivo Específico .................................................................................. 8
2. Revisão Bibliográfica ...................................................................................... 9
2.1. Bambu ....................................................................................................... 9
2.2. Preservação do Bambu ............................................................................. 15
2.3. Secagem .................................................................................................... 18
2.4. Propriedades Mecânicas do Bambu .......................................................... 19
3. Materiais e Métodos ........................................................................................ 22
4. Resultados e Discussão .................................................................................... 27
4.1. Rachaduras ............................................................................................... 27
4.2. Coloração .................................................................................................. 28
4.3. Aparecimento de Rachaduras ................................................................... 29
4.4. Ensaios Mecânicos ................................................................................... 30
4.5. Variância dos Resultados ......................................................................... 33
5. Conclusão ........................................................................................................ 36
Referências Bibliográficas ............................................................................... 37
Anexo A ........................................................................................................... 40
Anexo B ........................................................................................................... 42
Anexo C ........................................................................................................... 44
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1. INTRODUÇÃO
Atualmente o bambu é muito utilizado em decorações internas de residências e
como base para estruturas de casas em sítios.
Existem, aproximadamente, mais de 1000 espécies de bambus, sendo que o
único local onde o mesmo não ocorre naturalmente é o continente Europeu. Embora o
nosso país tenha sido colonizado por europeus, os mesmos tinham rotas marítimas para
a Ásia e trouxeram o bambu para o Brasil, de forma que hoje em dia o bambu é uma
espécie bem difundida em nosso território. (VASCONCELLOS, 2004)
Os brotos de bambu são muito utilizados na área alimentícia por apresentar um
sabor característico e por ser rico em nutrientes. Porém, a principal utilização do bambu
é a construção civil. Mesmo por ser considerada uma gramínea, o bambu é flexível,
porém extremamente resistente, sendo excelente na utilização em andaimes e
construção de casas e áreas de lazer.
Esse trabalho concentra-se no estudo de secagem e da propriedade mecânica de
resistência a compressão do bambu, visando obter qual forma de secagem e qual espécie
apresenta melhor resistência a compressão paralela às fibras.
Assim, saberemos qual método de secagem é mais eficiente e qual espécie
analisada apresentará maior resistência.
1.1 Justificativa
Para o uso na área civil é necessário que o bambu apresente boas propriedades
mecânicas. Uma forma de melhorar essas propriedades mecânicas é através da secagem
do bambu. Também deve-se verificar se existe aparecimento de defeitos de secagem,
durante o processo, o que inviabilizaria o uso do bambu. Assim, nesse trabalho utilizou-
se de três formas diferentes de secagem para três espécies diferentes de bambus
escolhidas: Dendrocalamus giganteus1, Bambusa vulgaris var. vittata2 e Phyllostachys
pubescens3, a fim de realizar testes de compressão paralela as fibras e verificar qual a 1 Dendrocalamus giganteus: conhecido como bambu gigante, é originário da Malásia e pode alcançar até 36 metros de altura
2 Bambusa vulgaris var. vittata: conhecido como bambu Brasil, é originário da China e pode alcançar até 25 metros de altura.
3 Phyllostachys pubescens: conhecido como bambu mossô, é originário da China e pode alcançar mais de 10 metros de altura.
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melhor forma de secagem e qual a espécie de bambu que apresentou melhores
resultados para ensaio mecânico de resistência a compressão paralela
1.2 Objetivo Geral
No presente trabalho, os bambus foram secos e analisados quanto às rachaduras
sendo posteriormente realizados ensaios de compressão onde será verificada a sua
resistência e aplicação.
1.3 Objetivos Específicos
1. Análise do melhor método de secagem;
2. Análise da ocorrência de rachaduras durante o processo de secagem.
3. Análise de resistência do bambu seco pelo teste de compressão;
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Bambu
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Há indícios de que a palavra bambu tenha origem no forte barulho provocado
pelo estouro dos seus colmos quando submetidos ao fogo, “bam-boo”. No Brasil, para
denominar esta planta, os indígenas empregavam, entre outras, as palavras taboca e
taquara. (SILVA, 2005)
Os bambus pertencem à família das gramíneas e a subfamília Bambusoideae que
por sua vez se divide em duas grandes tribos: bambus herbáceos4 e os bambus
lenhosos5. (SILVA, 2005)
Existem mais de 1000 espécies de bambu espalhadas pela Ásia, Oceania, África
e América. O único continente onde não ocorre naturalmente é o europeu. Depois da
Ásia, a América do Sul é o continente com maior número de espécies nativas (cerca de
450). No Brasil já foram identificadas cerca de 200 espécies nativas de bambu, que
ocorrem de norte a sul do país. (VASCONCELLOS, 2004)
No século XVI, os portugueses que vinham dos territórios coloniais da Ásia e
mais tarde os imigrantes chineses e japoneses que vieram trabalhar no ciclo do café,
trouxeram muitas espécies asiáticas de bambu para o Brasil. É por este motivo que
encontramos tantas moitas de bambus asiáticos em todo o país. (VASCONCELLOS,
2004)
O que diferencia o bambu, de imediato, de outros materiais vegetais estruturais é
a sua alta produtividade. Dois anos e meio após ter brotado do solo, o bambu possui
resistência mecânica estrutural elevada, não havendo, portanto, nesse aspecto, nenhum
concorrente no reino vegetal. (MARÇAL, 2008)
De todos os materiais renováveis utilizados na construção ecológica, tais como:
casas, andaimes, estufas, entre outras, o bambu se destaca por ser de baixo custo, pouco
poluente, resistência comparada a do aço, de fácil plantio e de crescimento rápido, além
de atender diferentes características bioclimáticas e ser encontrado em todo o território
nacional. (NOGUEIRA, 2008; SOUZA, 2004)
A fibra do bambu também é uma excelente matéria-prima para a indústria de
celulose e papel embora fuja do padrão sob vários aspectos, como a dificuldade de
retirada de celulose. O seu rendimento florestal é competitivo como o do eucalipto, mas
o seu crescimento é tão rápido que permite colheitas a cada ano corte seletivo ou no
4 Bambus Herbáceos: bambu que não fornece resistência e de pequeno porte.
5 Bambus Lenhosos: bambus que apresentam grande resistência mecânica e são de grande porte, atingindo alturas de mais de 30 metros, dependendo da espécie.
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máximo a cada dois anos corte raso contra um período de espera de seis a sete anos do
eucalipto e de 15 a 20 anos do pinus. (KLEINE, 2004)
As espécies variam de tamanho, algumas podendo alcançar poucos centímetros
de altura, enquanto outras chegam até mais de 40 metros, como é o caso da espécie
indiana Dendrocalamus giganteus, que atinge cerca de 30 cm de diâmetro (Figura 1)
enquanto algumas espécies menores (herbáceas) podem chegar a menos de 1 cm (Figura
2). (RÉGIS, 2004)
Figura 1. Grande diâmetro
Figura 2. Pequeno diâmetro
O esgotamento das reservas naturais de várias essências madeireiras de uso
tradicional, aliado ao aumento do emprego da madeira nas construções civil urbana e
rural (cercas, cercados, apriscos, dentre outros), vem exigindo a busca de materiais
alternativos. (FERREIRA, 2010)
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Para o uso do bambu em grande escala, como em construções rurais, faz-se
necessário um estudo científico sistemático, através dos processos de plantação,
colheita, cura, tratamento e pós-tratamento, além de uma completa análise estatística das
propriedades físicas e mecânicas do colmo6 do bambu inteiro. (GHAVANI e
MARINHO, 2005)
Embora seja uma gramínea, os bambus possuem hábito arborescente e da mesma
forma que as árvores apresentam uma parte aérea constituída pelo colmo, folhas e
ramificações e outra subterrânea composta pelo rizoma e raiz. (SILVA, 2005)
Rizoma é um caule subterrâneo dotado de nós e entrenós com folhas reduzidas a
escamas e que se desenvolve paralelamente a superfície do solo. Não deve ser
confundido com a raiz que é uma parte distinta da planta e com algumas funções
completares e outras completamente diferentes. (SILVA, 2005)
Basicamente existem dois grupos distintos de bambus quanto ao tipo de rizoma:
os que formam touceiras (simpodiais) e os alastrantes (monopodiais). Muitos
autores propõem o semi-entouceirante (anfipodial) como um terceiro tipo que
dispõe de ambas as características anteriores. (SILVA, 2005)
O termo sistema radicular não é adequado aos bambus, sendo mais indicado o
termo sistema subterrâneo, que define o conjunto rizomas e raízes. As raízes dos
bambus partem dos rizomas, se lançam na projeção da copa numa profundidade
diretamente proporcional as dimensões de cada espécie. Por ser uma
monocotiledônea a raiz é fasciculada, sendo, portanto, destituído de raiz
principal. Além de ancorar a planta, juntamente com os rizomas, as raízes têm a
importante função de extrair nutrientes e água do solo. (SILVA, 2005)
As folhas dos bambus respondem pela função de elaborar as substâncias
necessárias ao rápido crescimento desta planta através do processo da
fotossíntese. Características como: dimensão, formato da lâmina e presença de
pelos nas folhas são informações taxonômicas de grande valia para a
identificação das espécies. Não obstante a grande quantidade de folhas
depositadas constantemente no solo, os bambus são perenifólios. Tal fenômeno
demonstra que esta planta tem uma notável capacidade de reposição foliar.
(SILVA, 2005)
6 Colmo: caule das gramíneas; haste dos bambus lenhosos, composta de nós e entrenós, que serve de apoio para os galhos e as folhas.
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Em muitas espécies de bambus o florescimento é um fenômeno raro, podendo
acontecer em intervalos de até 120 anos. Várias espécies de bambus morrem ao
florescer devido a energia desprendida pela planta para a formação de um grande
número de sementes. Contudo nem todos os bambus morrem ao florescer, os
bambus herbáceos fogem a esta regra uma vez que florescem freqüentemente e
não morrem. (SILVA, 2005)
Durante as primeiras fases do seu desenvolvimento os colmos dos bambus são
protegidos pela folha do colmo que apresenta uma bainha com uma área muitas vezes
superior ao da lâmina (Figura 3). Quando o ápice do colmo ultrapassa o dossel,
alcançando a luz, aumenta a emissão de ramificações e o solo, e a projeção da planta
fica tomada pelas folhas caulinares que vão gradativamente se desprendendo do colmo.
Nos bambus do gênero Guadua as folhas caulinares são mais persistentes, podendo
acompanhar o colmo por boa parte da sua existência. (SILVA, 2005)
Figura 3. Bambu nas primeiras fases do seu desenvolvimento
As ramificações dos bambus originam-se das gemas localizadas nos nós e são
sempre alternas. Diferem entre as espécies, além de outras características, pelo número
e a posição que partem do colmo assim como pela presença ou não de espinhos. Os
espinhos, sempre presentes nos bambus do gênero Guadua, embora não sejam
restritivos, representam uma dificuldade a mais no manejo de florestas comerciais de
bambus. São tão agressivos que podem facilmente perfurar um calçado. (SILVA, 2005)
O colmo originando-se de uma gema ativa do rizoma compõe a parte aérea dos
bambus e dá sustentação para os ramos e folhas. Como os bambus não
apresentam crescimento radial, o colmo já surge com o seu diâmetro máximo na
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base e afunila em direção ao ápice assumindo assim a sua forma cônica. Os
colmos são segmentados por nós e os espaços compreendidos entre dois nós são
denominados entrenós, que são menores na base, aumentam o seu comprimento
na parte mediana e reduzem novamente o tamanho na medida em que vão
aproximando do ápice. As paredes dos nós são mais finas que as paredes dos
entrenós e recebem o nome de diafragma. (SILVA, 2005)
Os bambus são plantas de rápido crescimento que expressa de forma visível no
alongamento dos seus colmos. Avaliando a velocidade de crescimento dos colmos de
algumas espécies de bambus, no estado de São Paulo encontra-se o valor máximo de 22
cm em 24 horas para o Dendrocalamus giganteus e, no Rio de Janeiro, para a mesma
espécie, um incremento diário de 39 cm. Em outro estudo realizado com Phyllostachys
reticulata, encontrou uma velocidade máxima de crescimento de 1,21 m para o mesmo
período de 24 horas. (SILVA, 2005)
As espécies de bambus simpodiais ou paquimorfos podem ser usados tanto para
a produção de madeira como para a produção de brotos comestíveis, já as espécies
monopodiais ou leptomorfo podem ser plantadas somente para a produção de madeira.
Como os rizomas de espécies monopodiais crescem de forma invasiva a ponto de
atrapalhar outra colheita, deve-se regular a densidade de colmos e a sua distribuição por
meio de derrubada seletiva ou, se houver recurso suficiente, a utilização de cinturão de
contenção. (SOUZA, 2010)
O teor de umidade de cada constituinte pode variar de acordo com a espécie,
condições de crescimento, idade e a localização do colmo (base, meio ou topo). Durante
o desenvolvimento do colmo, a proporção de lignina e de carboidratos varia, tendendo a
permanecer constante após um período de aproximadamente um ano. A região dos nós
possui quantidades menores de substâncias solúveis, cinzas e de lignina, contudo
apresentam maiores quantidades de celulose do que na região entre nós. A presença de
amido no tecido parenquimatoso é uma das características químicas mais marcantes do
bambu, seu teor também está relacionado à espécie, idade dos colmos e época do ano, o
amido apresenta suas maiores concentrações na estação seca. (PEREIRA e BERALDO,
2008).
Devido a fatores climáticos, a espécie mais recomendada como alternativa de
reflorestamento no sul do Brasil é a Phyllostachys pubescens. Por isso faz-se necessário
compreender suas propriedades a fim de viabilizar a utilização desta espécie como uma
alternativa para suprir o déficit da produção de madeira, promovendo o
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desenvolvimento sustentável, evitando o corte irracional de madeiras nobres e
combatendo o aquecimento global. (BERNDSEN, 2008)
A maturação dos colmos, ou a idade mais adequada para a sua colheita, são
fatores biológicos que devem ser levados em consideração, principalmente quando da
utilização do bambu como um material estrutural para colunas, vigas, tesouras e
pontaletes. Devem ser utilizados apenas colmos maduros e que estejam completamente
lignificados. A idade mais adequada para a colheita dos colmos depende de seu ciclo
vegetativo, o qual pode ser curto (em torno de 7 anos) ou longo (em torno de 14 anos).
(BERALDO, et. al. 2003)
Para o agricultor familiar, o bambu traz inúmeras vantagens, pois pode ser
utilizado em benefício do agroecossistema, protegendo mananciais e encostas, evitando
a erosão, e o condicionamento climático com quebra-ventos favorecendo a fertilidade e
sanidade do sistema. Pode trazer benefícios diretos à família do agricultor, através do
consumo dos brotos (Figura 4), que são altamente nutritivos; da confecção de móveis
(Figura 5), artesanatos e construções rurais (Figura 6). (SILVA, 2011)
Figura 4. Broto de bambu para alimentação
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Figura 5. Móveis de bambu
Figura 6. Construções de bambu
2.2. Preservação do Bambu
O bambu por ser um material biológico, é susceptível à deterioração causada
pelo ataque de fungos e insetos. (JUNIOR, 2000)
Para tornar mais eficiente o tratamento das peças de bambu, é importante a etapa
de cura do bambu, ou seja, processo muito utilizado para tornar o material recém
cortado menos propenso ao ataque de insetos, com a eliminação de grande parte da
seiva, reduzindo a concentração de amido pela transpiração das folhas. (JUNIOR, 2000)
Os métodos mais comuns de cura são:
Cura na mata: Depois de cortado, o bambu é deixado na moita na posição
vertical por 30 dias, longe do solo para diminuir a quantidade de seiva. Este
método aumenta a resistência dos colmos a brocas, mas não contra fungos e
cupins. (TEIXEIRA, 2006)
Cura pela água: este tratamento consiste em deixar os colmos armazenados por
vários meses em um tanque com água. Isto diminui a quantidade de seiva e
melhora sua resistência contra fungos e insetos. Depois disto, as varas precisam
ser colocadas para secar (Figura 7). (TEIXEIRA, 2006)
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Figura 7. Cura pela água
Cura pelo fogo: pode ser feita uma escavação de 30 a 40 centímetros no solo,
colocando-se brasas no interior da vala. Depois, deitam-se as varas sobre a
cavidade, apoiando-se as extremidades das varas para que elas fiquem na
horizontal e não sejam atingidas pelas chamas. Da mesma forma também se
pode usar um maçarico a gás, para aquecer as varas manualmente, retirando-se
assim a seiva (Figura 8). (TEIXEIRA, 2006)
Figura 8. Cura pelo fogo
O tratamento preservativo do bambu consiste na aplicação de diversas
substâncias químicas. Este tratamento tem como objetivo proteger as varas contra
ataque de fungos, insetos, assim como na putrefação. (JUNIOR, 2000)
Os métodos que utilizam preservativos químicos são mais eficientes que os
tratamentos anteriores, porém necessitam de maior cuidado no manuseio e aplicação das
soluções. Eles também são mais caros, e podem-se utilizar equipamentos para aplicar
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soluções que podem causar danos ao meio ambiente, necessitando de acompanhamento
técnico especializado. (CARDOSO, 2007)
As soluções podem ser:
Solução de cobre – cromo – arsênico;
Solução de ácido acético – cromo – cobre;
Solução oleosolúvel (a base de combustível fóssil, recomendada para caso de
enterrar colmos no solo);
Resinas sintéticas (recomendadas como impermeabilizantes contra fungos);
Para estes produtos, os tratamentos podem ser:
Por imersão: consiste em mergulhar as varas secas desprovidas de galhos e
folhas em solução oleosa e hidrossolúvel, quentes ou frias, por período de 12
horas;
Por aplicação externa: consiste em aplicar a solução com pincel na superfície do
bambu, em 2 ou 3 demãos;
Por capilaridade: consiste em acondicionar as varas em tambor com o
preservativo. O produto químico penetra na vara por capilaridade.
Método Boucherie: atualmente considerado o método mais eficiente para
tratamento do bambu. Consiste na penetração da substância química com auxílio
de dispositivos pneumáticos. Assim a seiva é expulsa dos colmos por pressão e
em seu lugar é inserido o produto preservativo. (OLIVEIRA, 2006)
Após o tratamento químico, os colmos devem permanecer em repouso por cerca
de 10 dias, em local coberto e fechado, para que haja distribuição do produto dentro dos
colmos. Para estes processos, os bambus devem estar recém-cortados, caso contrário, a
seiva endureceria dentro dos casos, o que impediria o tratamento. (OLIVEIRA, 2006).
A durabilidade do bambu é curta, sem tratamento. Chegaram aos seguintes
valores:
- 6 a 24 meses, quando enterrados no solo;
- 22 a 41 meses, quando em contato direto com o solo;
- 2 a 7 anos, sob cobertura e sem contato com o solo.
A durabilidade natural do bambu é de aproximadamente:
- 6 meses, quando exposto a condições agressivas em regiões próximas ao mar;
- 1 a 3 anos, quando usado em ambientes externos;
- 4 a 7 anos, quando usado em ambientes internos e;
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- 10 a 15 anos, quando expostos ao fogo e ao calor (utensílios domésticos).
(JUNIOR, 2000)
2.3. Secagem
A secagem pode ser feita através de três processos:
a) Secagem ao ar livre
O período de secagem do bambu ao ar livre é de 6 a 12 semanas para se atingir
maior resistência e evitar fissuras. Os bambus armazenados devem estar cobertos e
isolados do solo em plataformas elevadas de aproximadamente 30 cm. O terreno deve
ser desinfetado, se houver a presença de restos de madeira atacadas por insetos e fungos.
Pode-se ainda armazenar os bambus na vertical, isolados do solo, dispostos lado a lado,
permitindo-se inspecionar com facilidade o material armazenado (JUNIOR, 2000).
Passado esse período em que o bambu fica secando, o teor de umidade atingido varia
entre 10% e 20%, em decorrência do equilíbrio de umidade com o ambiente.
Deve-se dispor os bambus em camadas superpostas, isolando uma camada da
outra com bambus também na horizontal, dispostos perpendicularmente e com um
diâmetro de 1,5 vezes, em relação ao bambu colocado para secar. O espaço entre os
bambus, em uma mesma camada, deve ser de meio diâmetro. (JUNIOR, 2000)
As peças armazenadas devem ficar isoladas do solo em 30 cm e devidamente
protegidas das intempéries. A secagem pode durar em média 2 meses, podendo variar
segundo as condições de temperatura; ventilação e umidade relativa do ar. (JUNIOR,
2000)
b) Secagem ao fogo
Modo muito utilizado para endireitar peças tortuosas, o calor utilizado deve ser
controlado, para se evitar a secagem muito rápida, pois com uma contração excessiva, o
bambu poderá apresentar alguns defeitos. (JUNIOR, 2000)
Os bambus devem ser movimentados para uma secagem mais uniforme.
Aconselha-se também que antes dos bambus serem submetidos a este processo
de secagem, a umidade das peças de bambu sejam reduzidas em 50%. Os defeitos mais
comuns para este tipo de secagem são:
Fissuras superficiais
Extremidades;
Fendilhamento generalizado;
Deformações;
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Mudança de coloração.
Este processo pode ser usado também como forma de tratamento. Os bambus
dispostos sobre a brasa eliminam lentamente a água e outros produtos indesejáveis
através da superfície externa. Estas substâncias que vão sendo eliminadas devem ser
removidas com um pano. O bambu, em seguida deve ser submetido a raios
infravermelhos, ficando com uma superfície brilhante, sem a perda da flexibilidade das
fibras. (JUNIOR, 2000)
c) Secagem em estufa
Neste processo são utilizadas estufas convencionais semelhantes às empregadas
para secagem de madeira. Este sistema é mais rápido e eficiente para se obter teores de
umidades desejadas, porém envolve custos mais elevados. É recomendado para secagem
em larga escala. Este processo de secagem pode ser feito em 2 ou 3 semanas para atingir
uma taxa de umidade de 12%, na qual os corpos de prova são pesados a cada 6 horas
para conseguir calcular a taxa de umidade, porém há maiores possibilidades de
ocorrerem rachaduras nas peças devido à velocidade de secagem. (JUNIOR, 2000)
2.4. Propriedades Mecânicas do Bambu
O bambu possui propriedades mecânicas excelentes e que possuem o teor de
umidade como influência. As propriedades mecânicas também estão relacionadas com a
idade, com a densidade do colmo e principalmente o teor de fibras, principal elemento
de resistência. Um colmo mais seco apresenta uma resistência superior a de um colmo
ainda verde, sendo que com aproximadamente 3 anos os colmos já estão maduros e
apresentam seus maiores valores de resistência. (PEREIRA e BERALDO, 2008)
O bambu é um material que possui propriedades mecânicas compatíveis às dos
materiais utilizados em estruturas de concreto armado. (LIMA JR. et al, 2000)
O bambu é um material não poluente, tubular, longo e resistente, flexível, fácil
de manusear e transportar, de baixo custo financeiro e principalmente, as reservas de
bambu são fontes renováveis e sustentáveis, sendo que, as plantações de bambu podem
vir a reconstituir áreas devastadas em um curto período de tempo, contribuindo para a
diminuição da extração da madeira nativa, devastação das florestas, podendo funcionar
como estabilizador de encostas e taludes. Além disto, esta planta de fácil obtenção e
manejo, com bom efeito estético. (FILHO, 2003).
O valor de resistência máxima de compressão no bambu laminado de Guadua
angustifolia depende da direção das fibras. A resistência máxima da compressão
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paralela às fibras é de 7 a 10 vezes maior que a resistência de compressão perpendicular
à fibra nas direções radiais e tangenciais respectivamente. Esta diferença ocorre
principalmente pela contribuição das fibras, em que os ensaios de compressão paralelo
estão na mesma direção da carga e envolvidas por parênquima. No caso de compressão
perpendicular às fibras, há uma diferença na compressão máxima, dependendo se a
carga é aplicada na direção radial ou tangencial. (LÓPEZ, 2009)
Componentes estruturais que exigem elevada rigidez, resistência a impactos,
formas complexas e grande volume de produção são ideais para ser fabricada a partir de
matérias compostos (RODRIGUEZ, GARCÍA e GONZÁLEZ, 2009), como por
exemplo, o bambu.
Em termos de engenharia, observa-se com interesse a possibilidade de utilização
de bambu como colunas estruturais, vigas e treliças. Enquanto, pouco se sabe ainda
sobre a distribuição de tensão durante uma condição de carga determinada,
principalmente porque a obtenção de deformações é apresentado como uma complicão,
sendo o nó mais responsável pela concentração das tensões. (BERALDO, et al. 2006)
Suas características estruturais tornam o bambu um material de excelente
qualidade. Em países como a Índia e a China o bambu é muito utilizado como andaime,
e se tornam gigantescos esqueletos à volta dos prédios modernos, em cidades como
Hong Kong. É mais resistente que o aço, sendo sua compressão, flexão e tração já
amplamente testadas e aprovadas em laboratório. Se tratado adequadamente com os
métodos de secagem, ele apresenta durabilidade equivalente a do eucalipto, por
exemplo. Possui variações dimensionais dentro da mesma espécie por ser um material
natural e umidade próximo de 80% e ainda grande concentração de seiva após o corte,
daí a necessidade de tratamento químico específico. (PINHO, 2007)
Ocorrem diferenças de resistência mecânica nas diversas partes do colmo dos
bambus, as quais devem ser consideradas em estudo:
a) Resistência no colmo inteiro: as propriedades mecânicas variam da base para
ao topo do colmo. Se a altura útil do colmo for dividida em três partes, na
maioria dos casos a parte superior é a mais resistente em compressão e flexão do
que a mediana e a inferior. A parte central, onde ocorrem os internós mais
longos, é a mais resistente em tração, enquanto que a parte inferior do colmo
apresenta, geralmente, menores valores de resistência mecânica.
20
b) Resistência nos internós: nos internós, as fibras situadas próximas aos nós são
mais curtas e, no centro, mais longas, consequentemente, o centro do internó é
mais resistente.
c) Resistência na parede do colmo: a resistência da parede, em tração e em
compressão, aumenta da parte interna para a parte externa, em razão da maior
quantidade de fibras.
d) Resistência nos nós: a densidade nos nós, devido a menor ocorrência de células
parenquimatosas, é mais elevada do que aquela obtida nos internós, porém, sua
resistência à tração, flexão, compressão e cisalhamento são menores, devido à
descontinuidade da seção e aos desvios dos feixes de fibras. (LÓPEZ, 2003)
O principal inconveniente para determinar as características mecânicas dos
colmos está na realização de ensaios precisos, não havendo uma padronização, pois
cada pesquisador adota uma metodologia diferenciada, tornando difícil à comparação de
resultados. (BERNDSEN, 2008)
3. MATERIAL E MÉTODOS
Esse projeto foi realizado na cidade de Capão Bonito – SP. Localiza-se a uma
latitude 24º00'21" sul e a uma longitude 48º20'58" oeste, estando a uma altitude de 705
metros na zona fisiográfica do Paranapiacaba no vale do Alto do Paranapanema, estado
de São Paulo. Situado a 222 km da cidade de São Paulo, possui clima temperado, com
média máxima de 21°C e média mínima de 14°C. (Prefeitura de Capão Bonito, 2012)
21
Foram utilizadas três espécies diferentes de bambu, sendo duas espécies
entouceirantes; Dendrocalamus giganteus (bambu gigante) (Figura 9) e Bambusa
vulgaris variação vittata (bambu Brasil) (Figura 10), e uma espécie alastrante,
Phyllostachys pubescens (bambu mossô) (Figura 11), encontrados próximo as cidades
de Capão Bonito e Ribeirão Grande.
Figura 9. Dendrocalamus giganteus
Figura 10. Bambusa vulgaris var. vittata
22
Figura 11. Phyllostachys pubescens
A colheita desses bambus foram feitos com o auxilio de um serrote para não
danificar os entrenós, com exceção apenas na espécie Dendrocalamus giganteus que,
por apresentar uma parede muito espessa, teve que ser extraído com moto-serra.
Para a confecção dos corpos de prova, foram cortados 12 corpos de prova de 15
cm, totalizando 36 corpos de prova. Após a secagem foram utilizados apenas 8 corpos
de prova de cada espécie, pois foram eliminados os corpos de prova que sofreram
danos, como rachaduras e, para padronizar os resultados, foram retirados 4 corpos de
prova de cada espécie, sendo que a norma requer 6 corpos de prova para a realização
dos testes, totalizando 24 corpos de prova. Isso pode ser visto nas figuras 12 e 13.
Figura 12. Bambusa vulgaris var. vittata e Phyllostachys pubescens padronizados com
15 cm de comprimento.
23
Figura 13. Dendrocalamus giganteus padronizados com 15 cm de comprimento.
Na secagem ao ar livre, os corpos de prova do Dendrocalamus giganteus foram
deixados durante 16 semanas em local aberto, ao abrigo de sol e chuva, com muita
circulação de ar para que houvesse a secagem. Já as espécies Bambusa vulgaris var.
vittata e Phyllostachys pubescens, apresentam um tempo de secagem menor, portanto
foram deixados por 8 semanas no mesmo local aberto para que a secagem ocorresse de
maneira correta.
Para o acompanhamento da secagem em estufa cortou-se 12 corpos de prova de
cada espécie, de tamanho de 15 cm, que foram colocadas em estufas e mediu-se as
massas dos mesmos de 6 horas em 6 horas para a realização do teor de umidade e
consequentemente a secagem dos mesmos até o teor de umidade de 12% na estufa,
conforme a norma NBR 7190/97.
Este método de secagem em estufa é mais eficiente por conseguir controlar a
temperatura desejada, fazendo com que os corpos de prova sequem a uma temperatura
mais baixa, entre 60°C a 70ºC, com a finalidade de evitar possíveis rachaduras no
decorrer da secagem.
Já no método de secagem ao fogo, os corpos de prova foram expostos durante
um tempo ao calor de brasas para que a umidade existente dentro dos corpos de prova
fosse retirada, fazendo a secagem de todo o material. Esse tempo varia conforme a
espécie e a umidade existente em seu interior, sendo feita a medição de peso a partir de
balança.
A partir de ensaios feitos em estufa para determinar a quantidade de umidade no
bambu, os resultados foram deixados como base para analisar o teor de umidade nos
corpos de prova. Nos três processos de secagem, a umidade interna dos bambus atingiu
a marca de 12%, que foi possível definir esse teor de umidade pelo peso dos materiais
seguindo a equação (1):
U(%) = Mu – Ms x 100 (1)
Ms
Onde:
U(%) = Teor de Umidade;
Mu = Massa úmida da amostra (g);
24
Ms = Massa completamente seca da amostra (g).
Os ensaios foram realizados na ETEC Dr. Celso Charuri. Usou-se uma estufa
NT 523 (Figura 14) para a secagem e uma máquina de compressão de concreto 100T
(Figura 15) com manômetro de 0 a 120.000 Kg (figura) na qual foi adaptada, por meio
de extensores de compressão, para que o teste fosse feito corretamente.
Figura 14. Estufa NT 523
Figura 15. Compressor de Concreto 100T
Nesta máquina, os corpos de prova foram colocados no centro do compressor e o
teste foi realizado de forma manual, na qual deveria ser constantemente bombeado para
que o compressor não perdesse força até atingir o ponto de ruptura.
Para calcular a capacidade de ruptura dos corpos de prova, os resultados foram
convertidos para o valor de Resistência a compressão através da equação (2):
Resistência a compressão = 4 x F (2)
25
π x D²
Onde:
F = força de ruptura em Kgf (tendo que ser transformado para N, aplicando a
divisão por 9,8);
π = utilizando um valor de 3,14;
D = diâmetro do bambu (cm).
Foi realizado, também, o teste de variância com todos os resultados obtidos
(encontrados nos Anexo A, B e C), no qual o teste variância tem o objetivo de analisar o
grau de variabilidade de determinadas situações, através dela podemos perceber
desempenhos iguais, muito próximos ou muito distantes. A média aritmética pode ser
usada para avaliar situações de forma geral, já a variância determina de forma mais
específica as possíveis variações, no intuito de não comprometer os resultados da
análise. (NOÉ, 2012)
Foi utilizada a seguinte fórmula
Variância = ∑ (Xi – Média)² (3) n-1
Onde:
∑ = somatória dos resultados
Xi = resultado das amostras (MPa)
Média = média dos valores das amostras (MPa)
n = número de amostras
Também realizados o teste de Coeficiente de Variação (CV) é uma medida
relativa de dispersão, útil para a comparação em termos relativos do grau de
concentração em torno da média, sendo que pode ser estabelecida como: Menor ou igual
a 15% - Baixa dispersão - homogênea, estável; Entre 15 e 30% - Média dispersão;
Maior que 30% - Alta dispersão – heterogênea.
26
4. RESULTADO E DISCUSSÃO
As tabelas encontradas nos Anexos A, B e C contêm todos os resultados
individuais de resistência a compressão dos métodos de secagem em estufa, ao fogo e
ao ar livre, respectivamente.
Com base nos defeitos encontrados, pode-se separar em três classificações:
4.1. Rachaduras
27
Ocorreu o aparecimento de rachaduras nas três espécies de bambus no método
de secagem em estufa, devido ao fato de ocorrer uma secagem mais rápida a uma
temperatura elevada e constante, que variou entre 60°C e 70°C, demonstrando que para
esse método de secagem em estufa deve ser feito a uma temperatura abaixo de 60°C
para que não ocorram rachaduras.
Já nas secagens ao ar livre e ao fogo, não ocorreu esse tipo de defeito em
nenhum corpo de prova, porque na secagem ao ar livre a redução de umidade foi de
forma lenta e na secagem ao fogo a temperatura não é constante fazendo com que os
corpos de prova não rachem.
Isso pode ser mostrado nas figuras 16, 17 e 18 logo abaixo:
Figura 16. Rachadura externa em Phyllostachys pubescens
Figura 17. Rachadura interna de Bambusa vulgaris var. vittata
28
Figura 18. Rachadura externa em Dendrocalamus giganteus
4.2. Coloração
As espécies apresentaram uma coloração mais escura depois dos processos de
secagem, tanto em estufa quanto em fogo.
A mudança de coloração causada pelas secagens em estufa e ao fogo é
decorrente da rápida perda de umidade nos corpos de prova e por essa perda de umidade
acontecer pela casca, ocasionando a mudança de coloração.
Na secagem ao ar livre, essa mudança de coloração não ocorreu, pois os corpos
de prova não passaram por nenhuma mudança brusca de temperatura que pudesse
resultar nessa mudança de cor.
Essas mudanças podem ser observadas nas figuras 19 e 20:
29
Figura 19. Coloração mais escura em Bambusa vulgaris var. vittata e Phyllostachys
pubescens
Figura 20. Coloração mais escura em Dendrocalamus giganteus
4.3. Aparecimento de brocas
Houve alguns pedaços de bambus excedentes que foram deixados para a
secagem ao ar livre em local com pouca circulação de ar. Dessa forma, pôde ser
constatado o aparecimento de brocas (Dinoderus minutus) com mais facilidade e
rapidez na espécie de Dendrocalamus giganteus, devido ao fato de apresentar maior
quantidade de amido em seu interior, onde, em apenas uma semana, a estrutura estava
totalmente comprometida pelo grande número de orifícios causados por essa praga.
No mesmo período de observação, não houve o aparecimento de brocas nas
espécies de Phyllostachys pubescens e Bambusa vulgaris var. vittata, mas não foi
descartada a possibilidade de ocorrer o aparecimento após esse período de apenas uma
semana.
A figura 21 mostra o aparecimento de brocas no bambu Dendrocalamus
giganteus:
30
Figura 21. Orifícios causados por brocas
4.4. Ensaios Mecânicos
Neste item serão analisados os ensaios mecânicos de compressão paralela as
fibras, como mostrado nas tabelas 1, 2 e 3.
Tabela 1. Dados médios de Compressão realizada para a Secagem em Estufa
Método de Secagem Espécie Média de
Diâmetro (cm)
Média de Resistência
a compressão (MPa)
Secagem em Estufa
Phyllostachys pubescens 7,275 31,38153
Bambusa vulgaris var. vittata 6,70 43,87694
Dendrocalamus giganteus 8,5625 40,69846
Tabela 2. Dados médios de Compressão realizada para a Secagem ao Fogo
Método de Secagem Espécie Média de
Diâmetro (cm)
Média de Resistência
a compressão (MPa)
Secagem ao Fogo
Phyllostachys pubescens 7,2125 25,70809
Bambusa vulgaris var. vittata 5,3625 24,08426
Dendrocalamus giganteus 8,2875 22,29831
Tabela 3. Dados médios de Compressão realizada para a Secagem ao Ar Livre
Método de Secagem Espécie Média de
Diâmetro (cm)
Média de Resistência
a compressão (MPa)
Secagem ao Ar Livre
Phyllostachys pubescens 8,475 28,00153
Bambusa vulgaris var. vittata 6,5125 23,36712
Dendrocalamus giganteus 9,1125 33,17296
Observando os resultados dos métodos de secagem, pode-se dizer que:
31
Secagem em estufa
Observa-se que na secagem em estufa, o ensaio de compressão paralelo às fibras
aplicado para ocasionar a ruptura dos corpos de prova das três espécies foram mais
elevadas, devido ao fato de sua secagem ser mais controlada com uma temperatura
estável. Sendo assim, sua resistência a compressão foi superior aos outros dois métodos.
Foi observado que a média de resistência a compressão obtida para a espécie de
Bambusa vulgaris var. vittata, como esperado pela equação (2).
Nesse método, o teor de umidade é controlado, deixando os corpos de prova com
12% de umidade, por ser feito em um ambiente onde é possível ter o controle da
temperatura.
Secagem ao Fogo
Nesse método foi observada a redução de capacidade de carga dos corpos de
prova das três espécies, onde ocorreram casos de redução se forma em cerca de 50% se
comparado com a secagem em estufa.
O fator que deve ser considerado para a redução da capacidade de resistência
está relacionado a distância que os pedaços ficam da brasa, com espaçamento de cerca
de 50cm, isto é devido ao fato de que as fibras se contraem muito mais rápido que nos
outros métodos de secagem ocasionando uma menos capacidade de carga.
Nesse método, o teor de umidade é perdido através de medidas constantes da
massa, que são utilizadas para calcular a umidade encontrada nos corpos de prova, dada
pela equação (1)
Secagem ao Ar Livre
Este método foi o mais demorado, pois os corpos de prova duraram algumas
semanas para atingir o teor de umidade que se deseja. Nessa secagem não precisa se
preocupar com temperaturas ou distância do fogo, desde que deixado em local com
bastante circulação de ar, longe de umidade e ao abrigo do sol, como pode ser visto em
JUNIOR, 2000.
O longo tempo em espera é compensado por não ocorrer nenhum defeito, nem
de rachaduras nem de diferenciação de cor, mas o único problema é que a resistência a
compressão não é tão forte quanto na secagem em estufa, porém, apresenta maior
resistência a compressão que a secagem ao fogo.
32
A secagem ao Ar Livre é mais difícil de deixar os corpos de prova com o teor de
umidade equilibrado em 12%, pois uma umidade relativa do ar mais elevada durante o
dia, influenciará diretamente no teor de umidade do bambu. Acredita-se que isso
ocorreu e então os resultados dos testes de compressão paralela as fibras não foram os
esperados. Um estudo anatômico mais detalhado se faz necessário e será realizado em
estudos posteriores.
As tabelas 4, 5 e 6 mostram a comparação entre os métodos de secagem para
demonstrar quanto foi a redução de capacidade de resistência entre os métodos
Tabela 4. Comparação de diminuição de resistência entre Secagem em Estufa e
Secagem ao Ar Livre.
Espécies Secagem em
Estufa (MPa)
Secagem Ao
Ar Livre
(MPa)
Redução da
Resistência a
Compressão (%)
Phyllostachys pubescens 31,38153 28,00153 - 10,77
Bambusa vulgaris var. vittata 43,87694 23,36712 - 46,74
Dendrocalamus giganteus 40,69846 33,17296 - 18,49
Tabela 5. Comparação de diminuição de resistência entre Secagem ao Ar Livre e
Secagem ao Fogo.
Espécies Secagem ao Ar
Livre (MPa)
Secagem Ao
Fogo (MPa)
Redução da Resistência
a Compressão (%)
Phyllostachys pubescens 28,00153 25,70809 - 8,19
Bambusa vulgaris var. vittata 23,36712 24,08426 + 3,07
Dendrocalamus giganteus 33,17296 22,29831 - 32,78
Tabela 6. Comparação de diminuição de resistência entre Secagem em Estufa e
Secagem ao Fogo.
Espécies Secagem em
Estufa (MPa)
Secagem Ao
Fogo (MPa)
Redução da Resistência a
Compressão (%)
Phyllostachys pubescens 31,38153 25,70809 - 20,61
Bambusa vulgaris var. vittata 43,87694 24,08426 - 45,11
Dendrocalamus giganteus 40,69846 22,29831 - 45,21
33
A comparação para a espécie Phyllostachys pubescens variou consideravelmente
em quando analisado na Tabela 6. Observou-se uma redução de 20,61%, pois nessa
comparação, ocorreu que a secagem ao fogo foi inferior aos outros tipos de secagem.
Na espécie Bambusa vulgaris var. vittata as comparações dos gráfico 4 e 6 não
foram muito diferentes, resultando numa perda de umidade equilibrada nas secagem ao
ar livre e ao fogo quando comparadas com a secagem em estufa. Já a comparação entre
Secagem ao Ar Livre e Secagem ao Fogo, o resultado da capacidade de resistência
aumentou, demonstrando que na secagem ao fogo, essa espécie apresenta maior
resistência a compressão, novamente propõe-se um estudo anatômico, a fim de verificar
o que pode ter ocorrido anatomicamente para que os resultados sejam melhores
explicados.
A espécie Dendrocalamus giganteus demonstrou uma perda de resistência muito
grande na secagem ao Fogo, como pode ser analisada na tabela 6, comparando-a com a
secagem em estufa. Mesmo a secagem ao Ar Livre demonstrou uma perda de 18,49%
de resistência a compressão.
4.5. Variância dos Resultados
Tabela 7. Resultado de Variância de todas as amostras de bambus, separadas por
espécie e método de secagem.
Método de Secagem Espécie Variância
Secagem em Estufa
Phyllostachys pubescens 6,055
Bambusa vulgaris var. vittata 76,647
Dendrocalamus giganteus 37,436
Secagem ao Fogo
Phyllostachys pubescens 11,820
Bambusa vulgaris var. vittata 21,321
Dendrocalamus giganteus 51,661
Secagem ao Ar Livre
Phyllostachys pubescens 6,616
Bambusa vulgaris var. vittata 3,582
Dendrocalamus giganteus 0,917
34
Nas figuras a seguir (figuras 22, 23 e 24), pode-se visualizar o corpo de prova
sendo comprimido, material após a compressão e o resultado de todos os pedaços de
bambus depois de terem passado pelo teste de compressão paralela.
4.6 Resultados dos testes de Coeficiente de Variação
Dessa forma conseguimos avaliar essa taxa de Coeficiente de Variação, na qual
aproximadamente 60% dos resultados demonstraram uma baixa dispersão, ou seja, a
variação não ocorre de não é muito distante; aproximadamente 26% apresentaram
média dispersão, na qual os resultados foram mais distantes do que deveria acontecer; e,
aproximadamente 14% dos resultados apresentaram alta dispersão, podendo considerar
que os resultados não foram os desejados.
Portanto, com esta tabela de resultados encontrada no Anexo D, podemos
qualificar como excelentes os testes realizados, pois conseguimos ter uma taxa de
aproximadamente 60% das análises com baixa dispersão, demonstrando que os
resultados foram consistentes e significativos para os testes realizados.
35
Figura 22. Material submetido ao teste de resistência a compressão paralela às fibras.
Figura 23. Material após teste de compressão
Figura 24. Resultado Final após a realização dos testes de resistência a compressão de
todos os corpos de prova.
5. CONCLUSÃO
A secagem em estufa ocasiona rachaduras e perdas de materiais, mas a
temperatura pode ser controlada de maneira a evitar esse prejuízo. Com isso, este
método acaba sendo o mais recomendado, caso a utilização do bambu necessite de
maior capacidade de compressão, pois os resultados mostram que sua força a ruptura é
muito maior comparada com outros tipos de secagem.
36
Mas caso o objetivo seja evitar o máximo de perda, que a coloração não fique
diferente e que não tenha pressa para a utilização, a secagem ao ar livre fornece bons
resultados.
Já a secagem ao fogo não é recomendada, pois a resistência fica muito
prejudicada, atingindo, em alguns casos, apenas metade da força que possa suportar.
Para a proposta desse trabalho, verificou-se que podemos afirmar que o melhor
tipo de secagem que se deve empregar para todas as espécies estudadas é a secagem
realizada em estufa e a espécie que apresentou melhores resultados quanto a resistência
mecânica aos ensaios de compressão paralela às fibras após a secagem foi a Bambusa
vulgaris var. vittata.
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tratamento-corte-com-usando-bambu.htm
ANEXO A
Segue-se os dados da secagem do bambu em estufa.
40
Tabela 1. Resultados individuais de Resistência a Compressão da secagem em estufa da espécie Phyllostachys pubescens.
41
Secagem em Estufa
Phyllostachys pubescens
Corpo de
Prova
Diâmetro
(cm)
Carga de
Ruptura (Kgf)
Resistência a
compressão (MPa)
1 6,40 10.800 34,27426
2 6,80 12.200 34,29622
3 7,60 12.800 28,80627
4 7,50 12.600 29,11738
5 7,70 15.000 32,88623
6 7,30 12.700 30,97863
7 7,80 13.200 28,20259
8 7,10 12.600 32,49063
Média 7,275 12.737,5 31,38153
Secagem em Estufa
Bambusa vulgaris var. vittata
Corpo de
Prova
Diâmetro
(cm)
Carga de
Ruptura (Kgf)
Resistência a
compressão (MPa)
1 6,80 12.100 34,0151
2 6,90 14.800 40,40804
3 7,00 15.200 40,3229
4 6,50 19.600 60,30227
5 6,70 15.700 45,4626
6 6,50 17.300 53,22598
7 6,50 12.600 38,76574
8 6,70 13.300 38,51291
Média 6,70 15.075 43,87694
Tabela 2. Resultados individuais de Resistência a Compressão da secagem em estufa da
espécie Bambusa vulgaris var. vittata.
Tabela 3. Resultados individuais de Resistência a Compressão da secagem em estufa da
espécie Dendrocalamus giganteus.
ANEXO B
Segue-se os dados da secagem do bambu ao fogo.
42
Secagem em Estufa
Dendrocalamus giganteus
Corpo de
Prova
Diâmetro
(cm)
Carga de
Ruptura (Kgf)
Resistência a
compressão (MPa)
1 10,00 36.100 46,92578
2 9,00 21.000 33,70067
3 6,00 12.200 44,05159
4 7,00 14.600 38,73121
5 9,00 22.400 35,94738
6 9,50 32.600 46,95422
7 9,00 29.000 46,53902
8 9,00 20.400 32,73779
Média 8,5625 23.537,5 40,96849
Secagem ao Fogo
Phyllostachys pubescens
Corpo de
Prova
Diâmetro
(cm)
Carga de
Ruptura (Kgf)
Resistência a
compressão (MPa)
1 6,6 7200 21,48567
2 7,1 11300 29,13842
3 6,9 8000 21,84218
4 6,7 8000 23,16566
5 7,4 12000 28,48538
6 6,8 8600 24,17602
7 7,2 12000 30,08988
8 9 17000 27,2815
Média 7,2125 10.512,5 25,70809
Tabela 1. Resultados individuais de Resistência a Compressão da secagem ao fogo da
espécie Phyllostachys pubescens.
43
Secagem ao Fogo
Bambusa vulgaris var. vittata
Corpo
de Prova
Diâmetro
(cm)
Carga de
Ruptura (Kgf)
Resistência a
compressão (MPa)
1 5,5 7000 30,07994
2 5,5 7000 30,07994
3 5 4200 21,83803
4 5,1 3600 17,99146
5 5,7 5000 20,00436
6 5,2 5000 24,0363
7 5,3 4600 21,2868
8 5,6 6600 27,35723
Média 5,3625 5.375 24,08426
Tabela 2. Resultados individuais de Resistência a Compressão da secagem ao fogo da
espécie Bambusa vulgaris var. vittata.
Tabela 3. Resultados individuais de Resistência a Compressão da secagem ao fogo da
espécie Dendrocalamus giganteus.
Anexo C
Segue-se os dados da secagem do bambu ao Ar Livre.
44
Secagem ao Fogo
Dendrocalamus giganteus
Corpo de
Prova
Diâmetro
(cm)
Carga de
Ruptura (Kgf)
Resistência a
compressão (MPa)
1 7,4 13100 31,09654
2 7,5 7100 16,40741
3 8,6 8800 15,46643
4 7,2 7600 19,05693
5 7,5 14400 33,27701
6 9,4 18800 27,65709
7 9,5 11800 16,9957
8 9,2 12000 18,42934
Médias 8,2875 11.700 22,29831
Secagem ao Ar Livre
Phyllostachys pubescens
Corpo de
Prova
Diâmetro
(cm)
Carga de
Ruptura (Kgf)
Resistência a
compressão (MPa)
1 8,3 18100 34,15283
2 7,6 11800 26,55578
3 8,1 13800 27,34093
4 8,6 15100 26,53899
5 8,5 14700 26,44745
6 8,8 16000 26,85709
7 8,8 16600 27,86423
8 9,1 18000 28,25491
Média 8,475 15.512,5 28,00153
Tabela 1. Resultados individuais de Resistência a Compressão da secagem ao ar livre da
espécie Phyllostachys pubescens.
45
Secagem ao Ar Livre
Bambusa vulgaris var. vittata
Corpo de
Prova
Diâmetro
(cm)
Carga de
Ruptura (Kgf)
Resistência a
compressão (MPa)
1 5,9 6000 22,40534
2 5,5 6000 25,7828
3 6 6200 22,38687
4 6,8 9100 25,58161
5 7 9200 24,40597
6 6,6 7400 22,08249
7 7,2 8100 20,31067
8 7,1 9300 23,98118
Média 6,5125 7.662,5 23,36712
Tabela 2. Resultados individuais de Resistência a Compressão da secagem ao ar livre da
espécie Bambusa vulgaris var. vittata.
Secagem ao Ar Livre
Dendrocalamus giganteus
Corpo de
Prova
Diâmetro
(cm)
Carga de
Ruptura (Kgf)
Resistência a
compressão (MPa)
1 9,3 21600 32,46326
2 8,7 18500 31,77148
3 9,5 23800 34,27946
4 9 20400 32,73779
5 9 20800 33,37971
6 9,5 24100 34,71156
7 8,9 20000 32,82118
8 9 20700 33,21923
Média 9,1125 21.237,5 33,17296
Tabela 3. Resultados individuais de Resistência a Compressão da secagem ao ar livre da
espécie Dendrocalamus giganteus.
46
ANEXO D
Espécies Secagem em Estufa Secagem ao Fogo Secagem ao Ar Livre
Diâmetro Carga de Ruptura
Resistência a Compressão
Diâmetro Carga de Ruptura
Resistência a Compressão
Diâmetro Carga de Ruptura
Resistência a Compressão
Phyllostachys pubescens
Desvio Padrão
0,483292 1159,972 2,460658 0,769856 3259,902 3,438054 0,47132 2133,031 2,57216
CV (%) 6,64 9,11 7,84 10,67 31,01 13,37 5,56 13,75 9,19
Bambusa vulgaris var.
vittata
Desvio Padrão
0,192725 2508,13 8,754818 0,250357 1319,903 4,617515 0,633443 1465,74 1,892611
CV (%) 2,88 16,64 19,95 4,67 24,56 19,17 9,73 19,13 8,10
Dendrocalamus giganteus
Desvio Padrão
1,347948 8415,791 6,118518 0,989137 3893,951 7,187565 0,290012 1893,551 0,957486
CV (%) 15,74 35,75 15,03 11,94 33,28 32,23 3,18 8,92 2,89
Tabela 1. Resultados dos testes de Coeficiente de Variação para os Diâmetros, Carga de Ruptura e Resistência a Compressão para as três
espécies trabalhadas nos três métodos de secagens utilizadas nesse trabalho.