dierle nunes - direito ao recurso e comentários 11276 e 11277 - contraditório

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5/13/2018 DierleNunes-DireitoaorecursoeComentrios11276e11277-Contraditrio-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/dierle-nunes-direito-ao-recurso-e-comentarios-11276-e-11277-contraditorio 1/11 REVISTA DE PROCESSO I SS N 0 10 0- 19 81 REVISTA DE PROCESSO l re lo r: A R RU DA A LV IM Coordenndora: TERESAARRUDAALVIMWAMl1lfR Conselho Internaclonal A. P er ez -G or do ( Es pa nh a) , C ar lo s M ig ue l ( Es pa nh a) , C ip ria no G om ez L ar a ( Me xi co ), E do ar do G a rb a gn a ti ( lt al ia ) , E d oa r do R i cc i ( lt al ia ), F a us ti no G u ti er re z -A l vi s y A r m ar io ( E sp a nh a ), F e rn a nd o P es so a J or ge ( Po rt ug al ), H em an do D av is E ch an di a ( Co lo m bi a) , H ur nb er td B ri se no S ie rr a ( Me xi co ). H u m be rto Molero Romero ( V en e zu e la ) , I gn a ci o M e di na ( M ex ic o ), I ta lo A u gu s to A n do li na (ltalla), Jorge A n to n io Z e pe d a ( M ex ic o ), J o se R o dr ig u es U r ra c a ( V en e zu e la ) , J o se T o m e P a ul e ( E sp a nh a ), Karl Heinz S ch wa b ( Al em an ha ). L in o E nr iq ue P al ac io ( Ar Qe nt ln a) , L ui gi P ao lo C om o gl lo (ltalla), M a nu e l M o r6 n ( Es pa nh a) , M ar io P is an i (Italla), Mario V el l an i ( lt al la ), O th rn ar J au er ni ~ ' (A le m an ha ), P ed ro J ua n B e rt ol in o (A rg e nt in a ), R a nz o P r ov i nc ia " (ltalia), R o be r to E \ er iz o nc e ( A rg e nt in a ), R o ge r P e rr o t (Franca), Victor Fairen G u il le n ( Es pa nh a) , W a lt er F as ch in g ( Au st ri a) , W o lf ga ng G ru ns ky (Aternanha). Conselho de Orlontayiio T he re za C eli na d e A rr ud a A lv im ( pr es id en te d o C on sa lh o de Orientaceo) A na C an di da d a C un ha F er ra z, C el so A nt on io B an de lr a d e M el lo , C li to F or na ci ar l J un lo r, E. D. Moniz A ra ga o, E dg ar d L ip pm an J r. , E du ar do R ib eir o de O li ve ir a, E lla na C al mo n, F atim a N an cy A nd ri Qh i, F e m an d o d a C o st a T o ur ln h o F it ho , G a le n o L a ce r da , G e n li l d o C a rm o P i nt o, G i lb e rt o Q u in ta n il ha R ib e ir o . H e li o T o rn a ~h i , H e rm i nl o A l be rt o M a rq u es P o rt o, . Jo l! io B a ti st a Lopes, J . J. cnimon d e P a ss e ls , Jose A lo ns o d a S il va , J os e A ug us to D el ga do , J os e C ar lo s B ar bo sa M o re ir a, J os e C ar lo s M or ei ra A lv es , Jose E d ua r do C a rr e ir a A l vi m . J o se I gn a ci o B o te lh o d e M e s qu it a, Lulz F u x, M a rc e lo Z a rl f, M i lt on Lulz Pereira. M o ac y r L o bo d o C o st a, M o z ar t V i ct or R u ss o ma n o, Petronio Culmon Filho,Salvio do Figueiredo Telxerra, S eb as ti Ao de O . C as tr o F il ho , S er gi o F er ra z, S y dn ey S an ch es , T e or i A lb in o Z av as ck l. Conselho Editorial L uiz M an oe l G om es J r, (responeavel pela selecao e o r g an l z ar ; :a o d o m a t er i a l J u r is p r ud e n c ia l ) A d a P e ll eg ri ni G r in o ve r , A m a ur i M a sc a ro d o N a sc lm e n t~ , A n t6 n lo C a rt os d e A r au jo C i nl rs , A n lo n lo C a rl os M ar ca to , A nt on io J an y r D al l' Ag no l J r. , A nt on io M ag al ha es G o me s F ll ho , A nt (' nl o S ca ra nc e F e ma nd es , A r ak e n d e A s si s, A t ho s G u sm A o C a m el ro , C A nd id o R a ng e l D ln a rr ,a r co , C a ss ia M e sq u l a d e Barroa Junior, D i rc e u d e M e li a, D o na ld o A r me li n, E d so n R i bA S M a l ac h ln l, E n nl o B o st os d e Barros, Jose Horaclo Cintra G o nr ;: al ve s P e r ei ra , J o se R o ge r lo C r uz e T u cc i, J u ra n dy r N il s so n , K a zu o W a ta n ab e , M a rc o s A l on s o B o rg e s, Milton Evaristo do s S a nt os , Milton Paulo de Carvalho, Nelson Luiz Pinto, Nelson N e ry J u ni or , R o do ll o d e C am ar go M a nc us o, R og an o L au ri a T uc ci , R oq ue K om a ts u, S er gi o B er mu de s, V lc en le G r ec o F il ho . Cons el ho de Redar;:iio A lc id as Munhoz da Cunha, A ng el ic a M un iz L el io d e A rr ud a A lv lm , A nt on io A lb er ti N at o, A nt on io C ar lo s M a tt ei s d e A r ru d a, A n to n io C e za r P e lu s o, A n to n io C l au d io M a ri z d e O l iv e ir a , A n to n io G i dl , A n t o ni o R l go li n, C a rl os A l be r to A l va r o d e O l iv e ir a , C a rt os A l be rt o C a rm o na , C a rl os E d ua r do d e C a rv a lh o , C a ri os R o be rt o B a rb o sa M o re ir a, C a ss lo S c ar p ln e l a Bueno, Celso A n to n io P a ch e co F i or il lo . E d ua r do C a m bl , E d ua r do P e ll eg ri ni d e A r ru d a A l vl m , E d ua r do T a la m in l, E l is a be th L o pe s , F a bi o L u lz G o m es , F l av lo C h el m J o rg e , F l av io R e na ta C o rr e ia d e A l me id a . F l av l o Y a rs h el l, F r an c is c o D u ar te , F r an c is c o G l au b er Pessoa Alves, F re dl e D id ie r J r, G il so n D el ga do M ir an da . G is el a Z il sc h, G ls el e H el ol sa C un ha , G le y ds on K le be r L op es d e O li ve ir a, H en ri qu e F ag un de s R lh o, J am es J os e M ar in s d e S ou za , J oa qu im F el ip e S pa do ni , , lO S e E d ua rd o C a rv a lh o P i nt o, J o se M i gu e l G a rc i a M e di na , J o se R o be r to B e da q ue , J o se S c ar a nc e F e rn a nd e s, L ul z E ds on F ac hl n, L ul z F em a nd o B el in et tl , L ul z G u Jl he rm e M a ri no nl , L Ul z P a ul o d a S il va A ra uj o F il ho , L ui z R od ri gu es W a mb ie r. L ul z S er gi o d e S ou za R iz zi , L ul z V ic en te P el le gr in i P or to , M a lr an Mala Jr., M a no e l C a et an o , M a rc e lo A b el ha R o dr ig u es , M a rc e lo B e rt ol di , M a rc e lo L il li a G u er r a, M a rc e lo N a va rr o R ib ei ro D an ta s, M ar cu s V in lc iu s d e A br eu S am p al o, O di lo n F er re ir a N ob re , O re st e N es to r d e S ou za L as pr o, P at ri ci a M ir an da P iz zo l, P au lo H en ri qu e d os S an to s L uc on , P ed ro D in am ar co , R it a G la ne sl ni , R od ri go d a C . L im a F re ir e, R on al do B re ta s d e C . D ia s, R 'l be ns L az za ri ni , R ul G e ra ld o C am a rg o V ia na , S e rg io G l lb e rt o P o rt o, S e rg io R i ca rd o A . F e m an d es , S e rg io S e lj l S h ir nu r a, S i dn e l A g os tl nh o B e ne ll , S . )n ia M a rc ia H a se d e A l me id a B a pt is ta , S u al y G o nr ;: al v es , U b lr a ta n d o C o ut o M a ur ic io , V i ct or B o rn fl m M a ri ns , W il ha m S an to s F e rr ei ra , W il li s S an ti ag o G u er ra F ll ho . C on se lh o de Apolo e Pesqulsa Adriano Peraoeo de Paula, Andre de LulzfCorreia, Cl8.udlaSimardl, C.laudioZaril, Cleunioa Phombo,Cristiano Chaves de Farias,FabianoCarvalho,FernandoZenJ,FemAo Borba Franco,FrandscoJose Cahall,GrazfelaMarins, Gustavo Henrique Righi, Jose Carlos P u o Il , J o s e S e b a st i Ao F a g u nd e s C u n h a, M a r l a E l iz a b e th Q u e l )o , M a r i a LUcia Uns Concelr;:Ao de M e d e ir o s , M a r ia T h e r ez a A s s i s M o u r a, R i ta V a s c on c e l o s , R o b e r t o P o r tu g a a a c el l ar , Robson Carlos de OUvelra,Rodrigo Bartoni,Rogeria D oW D o r ia , S a n d ra G i l be r t M a r ti n s. EDITonA~ REVISTA DOSTRIBUNAlS 137 Ano 31 julho de 2006 Publicacao oflclal do IBDP - Instituto Brasileiro de Direito Processual Beposltcrlo de Jurlsprudencta autortzado pelo S UP ER IO R T RI BU NA L D E J US TI 9A s ob n, 11 (Portarla 8/90); p el os TR IB UN Ai S RE GI ON AI S F ED ER Al S, da 1.' R EG lA O ( Po rt ar la 2, de 06.06.1992, OJU II de 17.06.1992, p. 17.850), da 4.' REGIAO (Porta ria 1, de 20.05.1997, OJU II, de 27.05.1997, p. 38,103)', da 5.' REGIAO (OJU I f, de 1 5, 08 .2 00 3, p . 1 .1 23 ); p el o T RIB UN AL D E J US TI 9A D O ESTAD O DO PAR AN A. (Portarla 01955, de 3 1. 10 .1 99 7, OJ de 24.11,1997); e pelo TRIBUNAL DEJUSTI9A DOESTADO DOCEARA. (Extrato de convenlo 09/2005)

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Dierle Nunes - Direito ao recurso - reforma processual - contraditório - sumula impeditiva - duplo grau de jurisdição

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5/13/2018 Dierle Nunes - Direito ao recurso e Coment rios 11276 e 11277 - Contradit rio - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/dierle-nunes-direito-ao-recurso-e-comentarios-11276-e-11277-contraditorio 1/11

REVISTA DE

PROCESSO

ISSN 0100-1981

REVISTA DE

PROCESSOl re lo r: A R RU DA A LV IM

Coordenndora: TERESA ARRUDA ALVIM WAMl1lfR

Conselho Internaclonal

A . P er ez -G or do ( Es pa nh a) , C ar lo s M ig ue l ( Es pa nh a) , C ip ria no G om ez L ar a ( Me xi co ), E do ar doGa rb a gn a ti ( lt al ia ) , E d oa r do R i cc i ( lt al ia ), F a us ti no Gu ti er re z -A l vi s y A rm ar io ( E sp a nh a ), F e rn a nd oP es so a J or ge ( Po rt ug al ), H em an do D av is E ch an di a ( Co lo m bi a) , H ur nb er td B ri se no S ie rr a ( Me xi co ).H umbe r to M o le r o R omer o (V en e zu e la ) , I gn a ci o M e di na (M ex ic o ), I ta lo A u gu s to A n do li na (ltalla), JorgeA n to n io Ze pe d a (M ex ic o ), J o se R o dr ig u es U r ra c a (V en e zu e la ) , J o se Tome Pa ul e (E sp a nh a ), K a rl H e in zS ch wa b ( Al em an ha ). L in o E nr iq ue P al ac io ( Ar Qe nt ln a) , L ui gi P ao lo C om o gl lo (ltalla), Manu e l M o r6 n( Es pa nh a) , M ar io P is an i (Italla), Mario Vellani ( ltal la), Othrnar J au er ni ~ ' (A le m an ha ), P ed ro J ua nBe rt ol in o (A rg e nt in a ), R a nz o P r ov i nc ia " (ltalia), Ro be r to E \ er iz o nc e (A rg e nt in a ), R o ge r P e rr o t (Franca),

Victor Fairen G u il le n ( Es pa nh a) , W a lt er F as ch in g ( Au st ri a) , W o lf ga ng G ru ns ky (Aternanha).

Conselho de Orlontayiio

T he re za C eli na d e A rr ud a A lv im ( pr es id en te d o C on sa lh o d e Orientaceo)

A na C an di da d a C un ha F er ra z, C el so A nt on io B an de lr a d e M el lo , C li to F or na ci ar l J un lo r, E . D . M o ni zA ra ga o, E dg ar d L ip pm an J r. , E du ar do R ib eir o d e O li ve ir a, E lla na C al mo n, F atim a N an cy A nd ri Qh i,F em an d o d a C o st a To ur ln h o F it ho , Ga le n o L a ce r da , Ge n li l d o C a rm o P i nt o, G i lb e rt o Qu in ta n il ha R ib e ir o .H e li o T o rn a ~h i , H e rm i nl o A l be rt o M a rq u es P o rt o, . Jo l! io B a ti st a Lopes, J . J. cnimon d e Pa ss e ls , JoseA lo ns o d a S il va , J os e A ug us to D el ga do , J os e C ar lo s B ar bo sa M o re ir a, J os e C ar lo s M or ei ra A lv es , JoseEd ua r do C a rr e ir a A l vim . J o se I gn a ci o B o te lh o d e Me squ it a, Lulz Fu x, M a rc e lo Za rl f, M i lt on Lulz Pereira.M o ac y r L o bo d o C o st a, M o z ar t V i ct or R u ss oma n o, P e tr o ni o C u lm o n F i lh o , S a l vi o do Figueiredo Telxerra,

S eb as ti Ao d e O . C as tr o F il ho , S er gi o F er ra z, S y dn ey S an ch es , T e or i A lb in o Z av as ck l.

Conselho Editorial

L uiz M an oe l G om es J r, ( responeavel pela selecao e o rgan lzar ; :ao do ma ter ia l Ju r isp rudenc ia l )

A d a P e ll eg ri ni G r in o ve r , Am a ur i M a sc a ro d o N a sc lm e n t~ , A n t6 n lo C a rt os d e A r au jo C i nl rs , A n lo n lo C a rl os

M ar ca to , A nt on io J an y r D al l' Ag no l J r. , A nt on io M ag al ha es G o me s F ll ho , A nt (' nl o S ca ra nc e F e ma nd es ,A r ak e n d e A s si s, A t ho s Gu smAo C amel ro , C A nd id o R a ng e l D ln a rr ,a r co , C a ss ia M e sq u ll a d e Barroa Junior,D i rc e u d e Me li a, D o na ld o A rme li n, E d so n R i bASMa l ac h ln l, E n nl o B o st os d e Barros, Jose Horaclo CintraGo nr ;: al ve sP e r ei ra , J o se R o ge r lo C r uz e Tu cc i, J u ra n dy r N il s so n , K a zu o Wa ta n ab e , M a rc o s A l on s o B o rg e s,M i l ton Eva r is t o do s Sa nt os , M i lt on P a ul o d e C a rv a lh o , N e ls o n L u iz P i nt o, Nelson Ne ry J u ni or , R o do ll o d e

C am ar go M a nc us o, R og an o L au ri a T uc ci , R oq ue K om a ts u, S er gi o B er mu de s, V lc en le G r ec o F il ho .

Conselho de Redar;:iio

A lc id as M un ho z d a C un ha , A ng el ic a M un iz L el io d e A rr ud a A lv lm , A nt on io A lb er ti N at o, A nt on io C ar lo sM a tt ei s d e A r ru d a, A n to n io C e za r P e lu s o, A n to n io C l au d io M a ri z d e O l iv e ir a , A n to n io G i dl , A n t o ni o R l go li n,C a rl os A l be r to A l va r o d e O l iv e ir a , C a rt os A l be rt o C a rm o na , C a rl os E d ua r do d e C a rv a lh o , C a ri os R o be rt oB a rb o sa Mo re ir a, C a ss lo S c ar p ln e ll a B u en o , C e ls o A n to n io P a ch e co F i or il lo . E d ua r do C ambl , E d ua r doP e ll eg ri ni d e A r ru d a A l vlm , E d ua r do Ta lam in l, E l is a be th L o pe s , F a bi o L u lz Gomes , F l av lo C h elm J o rg e ,F l av io R e na ta C o rr e ia d e A lme id a . F l av l o Y a rs h el l, F r an c is c o D u ar te , F r an c is c o G l au b er P e ss o a A l ve s ,F re dl e D id ie r J r, G il so n D el ga do M ir an da . G is el a Z il sc h, G ls el e H el ol sa C un ha , G le y ds on K le be r L op esd e O li ve ir a, H en ri qu e F ag un de s R lh o, J am es J os e M ar in s d e S ou za , J oa qu im F el ip e S pa do ni , , lO S eEd ua rd o C a rv a lh o P i nt o, J o se M i gu e l Ga rc i a M e di na , J o se R o be r to B e da q ue , J o se S c ar a nc e Fe rn a nd e s,L ul z E ds on F ac hl n, L ul z F em a nd o B el in et tl , L ul z G u Jl he rm e M a ri no nl , L Ul z P a ul o d a S il va A ra uj o F il ho ,L ui z R od ri gu es W amb ie r. L ul z S er gi o d e S ou za R iz zi , L ul z V ic en te P el le gr in i P or to , M a lr an M a la J r. ,M a no e l C a et an o , M a rc e lo A b el ha R o dr ig u es , M a rc e lo B e rt ol di , M a rc e lo L il li a Gu er r a, M a rc e lo N a va rr oR ib ei ro D an ta s, M ar cu s V in lc iu s d e A br eu S am p al o, O di lo n F er re ir a N ob re , O re st e N es to r d e S ou zaL as pr o, P at ri ci a M ir an da P iz zo l, P au lo H en ri qu e d os S an to s L uc on , P ed ro D in am ar co , R it a G la ne sl ni ,

R od ri go d a C . L im a F re ir e, R on al do B re ta s d e C . D ia s, R 'l be ns L az za ri ni , R ul G e ra ld o C am a rg o V ia na ,S e rg i o G l lb e rt o P o rt o, S e rg io R i ca rd o A . Feman d es , S e rg io S e lj l S h ir nu r a, S i dn e l A g os tl nh o B e ne ll , S . )n iaM a rc ia H a se d e A lme id a B a pt is ta , S u al y Go nr ;: al v es , U b lr a ta n d o C o ut o M a ur ic io , V i ct or B o rn flm Ma ri ns ,

W il ha m S an to s F e rr ei ra , W il li s S an ti ag o G u er ra F ll ho .

Conselho de Apolo e Pesqulsa

Adr iano Peraoeo de Paula, A n d r e de LulzfCorre ia , C l8 .ud laSimard l, C. laudioZari l , C leunioa Phombo,Crist ianoChaves de Farias,FabianoCarvalho,FernandoZenJ,FemAo Borba Franco,FrandscoJose Cahal l ,Grazfe laMarins,Gus tavo Hen r ique R ighi , Jose Carlos Puo Il , Jose Sebast iAo Fagundes Cunha, Ma r la E l izabe th Que l )o ,Ma r iaL U c i a Uns Concelr;:Aode Mede iro s , Ma r ia The reza Ass is Mou ra, R i ta Vasconce ll o s ,Robe r t o Po r tuga aacel l ar ,

Robson Car los de OUvelra ,Rodrigo Barton i,Rogeria D oW Do r ia , Sand ra G i lbe r t Ma r ti n s. EDITonA~REVISTA DOSTRIBUNAlS

137

Ano 31 • julho de 2006

Publicacao oflclal do IBDP -

Instituto Brasileiro de Direito Processual

Beposltcrlo de Jurlsprudencta autortzado pelo

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTI9A sob n, 11 (Portarla 8/90);

pelos TRIBUNAiS REGIONAIS FEDERAlS, da 1 .' REGlAO (Portar la 2,

de 06.06.1992, OJU II de 17.06.1992, p. 17.850), da 4.' REGIAO

(Porta ria 1, de 20.05.1997, OJU II, de 27.05.1997, p. 38,103)',

da 5.' REGIAO (OJU I f, de 15,08.2003, p. 1.123);

pelo TRIBUNAL DE JUSTI9A DO ESTADO DO PARANA.

(Portarla 01955, de 31.10.1997, OJ de 24.11,1997);

e pelo TRIBUNAL DEJUSTI9A DOESTADO DOCEARA.

(Extrato de convenlo 09/2005)

5/13/2018 Dierle Nunes - Direito ao recurso e Coment rios 11276 e 11277 - Contradit rio - slidepdf.com

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ISSN 0100-1981 SUMARIO__ • 1__ ._. .• ..__ .__ .. __ ._ .__ ._. • _.

REVlSTADE

PROCESSO

Ano 31 • 11,137 • [ulno de 2(JOUI. IH )(I 'I 'IU NA N ,\( 'IO NA I.

1. 1 0 Iounallsmo-vuloru t ivo no c on tr uu to c om 0 I or ru all sm o c xc css iv o -CARLOS ALBERTO ALVARO DE OLIVEIRA .",,",," .

1.2 AdlllisKihilid:ldl: UO 1'I:I:1I1'SIl mlcxivo - FAUIANO CARVALIIO. .12

2. POl1TntNA INTERNAC IONA I .

©Edir;:aoe distribulciio de

2, I E'lllburgm; de tcrcciro c trrccrl« tic' dominio: sClllclh'\Il,<lS c ,Il,III:\SI':"

(tI'11 cstudo compurativo do dirci t» bruxi lc ir« " uruguaiu) - ANA LA URA

GONZALEZ POITTEVIN " " .. "" .. "" .. ."" ." . ... " ."" "" ". " . ." ... , ,.. . () S

EDITORA~REVISTA DOS TRIBUNAlS

EDITORA REVISTA DOS TRIBUNAlS LTDA,

Rua do Bosque, 820 • Barra Funda

Tel. (11)361:l ·0400 • Fax(11):1613- IY1fiO

CEP 01136-000 - Sao Paulo. SP. Brasil

Internet: www.rt.corn.br

e-mail: cdilorlul.revista@r\.com.br

3 . ATU AL ID AD ES N ACIO NA IS

3. 1 AlIscllcia d e p r cp n ro C 0 novo § 4 ." d o a rt . 5 I S t lo CPC : "tccnicu U scrvico

t in c fc tl vi du d e" - RODRIGO DA CUNHA L IMA f RE IR E " ." "" "." ." " ~7

3 .2 A 3 ' E tapa da refo rrna p rocessua l civ il e II nova slsterruiticu re cursu l -

RO J)I~IGO ST IJOBEL P INTO " " %

:1.:\ I ,ci 11.1K0I20()(I : novus I 'cncxr ,cs suhrc 0 for I) U\!ck i~;io ! Il l d ir~" I" Pi' '' '

cessuul civil c u com peten clu territo riul no pro ccsso do truba ll:« -

GI.ISTI\ VO FIUPF . J1i\R130SI\ ('ji\lWli\ " " " .." .." I II

: 1 . 4 i\ nl: lI lUlc lI l, 't io l Ios cmb ..rgos int rinucntux pcla rctorma do CPC c a res-

Iri<rtto indlrctu truzidu pelo novo!i 4." do :1 1'1 .5 15 - E D UA RD O DE

AVELAR LAMY ." " " " .. " " " " " " 12k

Oiretor Responsavel: CARLOS HENRIQUE DE CARVALHO FILHO:',.i 0 , ',hvio que IIf lo se vi:: a nova forma do Jll'ilidpio dil fUllgillilidalil: ..

TEJU~SA ARRUDA ALV IM W AMBIER " 134

3 .6 B reves anouf~oes sobre a nova le i recursa l: L ei 11 ,276/2006 -

ANTON IO CE7.AR L IMA DA FONSECA . .. .. .. . " " . .. " . . .. " . ". " . .. .. .. .. , ,, ," . 1,1l)

.'.7 M uls do m esm o: retlexoes sobre us reformas p ro ce ss uu ls - VILIAN

BOLLMANN " .. " ."" ." """."" .. " ." "" , ,,, 15:1

:U ~ C om cn uir lo s uccrca d u sum ulu irn pcd itlv a d e re curso s (Lei I 1.276/2( )06)

c do julgurncnto lim in ur de w ;ocs rcpctitivax (L ei 1 1.2 77 12 0U 6) - D o

dup le gruu d e j ur is di ~u o e d o d ir ei to c on sti tu ci on al a u r ec u rs o ( co n tr u di -

t6rio s uc e ss iv o ) - A spectos norrnu tlvo s e prag rn aticos - D lER LE JOSE

COE lJIO NUNES ."""" "" .. "" " "" " ,, 171

4. JUR ISPRUDENCIA

CEN TRO DE A TE ND IM E NTO AO CONSUM IDOR : T el. 0 80 0-7 02 -2 43 3( liga9ao qratuita, de segunda a sexta-telra das 8 a s 17 horas)

e-malldoatendimentoaoc(lnsumldor;[email protected]

DiagramayBo eletromc«: Oficina das t.etras Lt(ln.

CNPJ 03.391.911/0001-85

tmpressso e aeabamenlo: Moore Brasil Llda.

CNPJ 62.004.395/0026·064.1 Comentada

4, I , I E mburgos de tcrcciro preven t ivo s C II necessaria ~ l I s p C ' n s f i l l do s

a to s I II ' c on st ri ;:10 lIa CXCCII\~nil - BRUNO FIWII{ ( : E SII. ,V i\ ..., 1'<17

4.2 in tcgrn

4 .21 Sup rem o T ribunal Federa l

4.:2. 1 .1 A \~ :i( l civil p tlhlic n - f)cc!:tra\ 'i 'io de i n conx t i tuc i onul i du-

d e com efcuo s /: / ',1;(/ C II Il I/C :S - Prclensiiu qUI: nuo ~ flOsl;\

10I'O"".,ILIAOo\

inipresso no 8rasil

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3. ATUALIDADES NACIONAIS

3 . 8

CO MENTAR IO S ACER CA DA SUMU LA IMPED IT IV A

D E R EC UR S O S ( LE I 11.276/2006) E DO J U L G AMEN T O

LlMINAR DE AC;OES REPETITIVAS (LEI 11.277/2006) -D o d up lo g rau d e j urisd ic ao e d o d ire ito c on stitu cio na l a o rec urso( co nt ra dit or io s uc es slv o) - A sp e cto s n ormativ os e p ru gma tlc os

DIEI {LE JOSr~( '0 ELI 10 NUNES

M es tre e d ou to ra nd o e m d ire ito p ro ce ssu al p ele P U C-M O e U nlve rs lta de g/i S tu dt di

Roma "LA Sa p le n u: " , P ro fes so r d o c ur se d e p6s-gruduuc;lIo lato sensu em Direi to

p ro c es su a l d o l ns ti tu to de E du cu <; ii o C o nt in ua du - m C -PUC -MG , P ro fe ss or do cursede p( ls-! ; : raduu<; iio i a ta s e ns u em D i re it o p r oc c ss u al consutuclonat do CentroUn i ve r sl ta r io Me t o dl st a l za b el a Hendrix, P ro fe ss o r d o curse de sradul Ic;no o n

Fucu ldudc Minciru do D ire lto - I'M D P U C- MG , P ro lessur do cursu de G rad uacao d a

Fuculdude de D i re i to de S ete L ug oa s - FADISETE-FEMM·MG. Advogado.

SUMARJO: I. Cousiderucocs in lc ia is - 2. D a p ole ml ca u ce rc a d u c on su -

t uc io na li da de d o princlpio d o d up lo grau de jur isdi~i io e do ap l icac ; ii o di-n il mi ca d o c on tr ad lt cr lo - po r u rn d ir ei to c on st it uc io na l a o r ec ur so : 2 .1 .D o c on tra dito rio e d o d irc lto c on stitu cio na l u o r ec urs o - 3 . D o n o vo p a ra -

grufo primc iro do ad. 518 do CPC - ca sumulu l rn p ed it lv a d e r ec ur so s :3 .1 . D u ulleruc;ilo d og rn aticu : 3 .2 . D o o bjc tiv o d u re lo rm a e d e algumas

discussoes d e i nd o le p r at lc a : 3 . 3. D a poss lvei aplica 'Jlio lncons t l tuc ionaid o d is po sl ti vo - D a q ue br a d o d ir ei to c on st it uc lo na l a o r ec ur so ( co n tr ad i-

t 6r io s u ce ss iv o ) c a so 0j ui z s ur pr ee nd a a s p ar te s n a a pl lc ac zo do slimuln-4 . D o no vo a rt. 2 85-A - O il pcsslb llldad c d e julgumcruo l i r n i u a r de u90CS

r e pe t it iv a s - S. Co n sl d er a co e s f ln a is ,

R es um e: 0 p re se nr e e ns aio r ea uze u rn a a na lise n orru ariv a e p r a g n n i r i c a da s refer

m as lm ple me uta da s p cla s L eis 11.276/2006 e I I.2 7 7/ 2 00 (l , 4 1 1 C implcincnturur» a S uonH li a lm p cd iu v u U I! r c cu rs os c I ) ju lg u rn e ru o l im in ar d e l lr iO e s r ep e ti ti va s, u partir de u rna

lc i turu d in luulcu do prlnclpio do co n tr a di to r lo . emendi d o como po s si b ll id a d e de lnfluencia

(Eil lwirkungs/II(}gl ichke;/) na f o rm a "l Io d e d ec is oe s r ac io na is , e d a v i sua l iz a ~ ii .o d e como

os novos a rts . 2 85 ·A e 5 18 , § 1 . 0 , C PC s erilo a plic ad os n a pratica.

Palavrus-chavet C on tra ditc rio - I ntlu en cia - D up lo grau d e j ur is dlc ao - D ir ei to

c on stitu cio na l a o re cu rso - Su mu la - A<; :oe s r epet i tlvas - lnconst i tuc ionali dode .

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, 'j }

: f:HI"'ISTA IW I'IU)(:r :SS() - 1:17 :1 , ATtMU i)i,DJ:SNACIUNAIS 17]

I. Considcracocx inidais E ssa s d un s ul lerUl ioes pon tuais , reulizadus no C P C , tr ab alh ar n b as ic am cn te

su b u rn jufzo de efica clu (busca de resulta dos p ra tico s), den tro de uru pecullur

discurso de sociuliztI<;iio do pro cesso , m ed ian te () referee dos poderes do ju if.

p nru u b usc u d e m a io r c ele rid ad e, m a s, sc m m aio re s p re oc up ac oe s c orn <I ade-

q U a t i n o a n m ud clo co nstlru cio nn l d e p ro ccss o,

Oco r r e qu e a s d ua s a lte ra co es tra ze m quest ionarnentos IHnlU n u n ia p e rs p ec -

tivu uonuntiva (consutucionnlidude) qunnto prngnuitlcu (cflc.icia).No plano nornuuivo, COIIW scr:i v ixlu, <IS rctormux S,',O ill<ldcqll;lli;l.\ l'lll ,';Il'l'

d e u m a u pli ca ca o duuun i ca d o m o de le c on sti tu ci on al <.10 proccsso .

No plano decficriciu.us novas rcgrus podcm trazer, IlUIlHi primciru un.ilixc,

u ma p la usf ve l d im in ui ca o <.10 t empo d e t ru rn it ac il o p ro cc ss uu l, C\JJ\lUUO e xis rc

um a euorrne probabilldade de arnpllacao tem pora l, casu nao ocorram alguns

cuidados em su n ap l i ca cao ,

P ore m, a nte s de s c a n a li sa r efctivarncnte as re fonuus , r or nu -s c n cc cx st lr i«

fix ur a lg um as p rc missu s q ue c mb asa rilo o s c mn cn ulr lo s su ccs siv os,

o "p ac ote " d e re fo rm as p ro cc xsu ais tru zid as p ela s u ltim as le is c uu sa m, c om o

norrnu lm en te ocorre , alg um u perp lexid ade pa ra os "operadores d o d ire ito" no

que runge fl xun "pi il": l I; ii 0 ,

o grande problema e q ue d en rr e e ss as re fo rrnas s ur ge rn d un s n ov a s p o ss ib i-

l idades te cn ic as n o s is t ema p ro cc ss ua l s ab re 0a rg um en to d e m uio r c cle rid nd c.que suscitum qu esto cs d e constiruclonnlldude e t:r suu cficiiciu qu e ulrrnpnssnm

a normal preocupucao qu e nxsolu os uplicudcres nesse pcrfodo.

T ra ta -se d as a lte ra co es trn zld us p ela Lei 11.276 d e 07.02.2006, qu e i ncor -

po r a ndo novo § 1 .° u o a rt. 5 1 H d o C PC cria u p o ss ib ilid ad e d e uplieuc;ao e a dcno -

minada "siimulu impcdit iva de rccursos", e pela Lei 11,277 de07,02,2006, que

introduz 0 art . 285-AI permitindo ao j uiz, sem citacao do reu e contraditorioantecipado.l ju lgar 0 merito com u repeticllo de sentence de improcedencia jr i

p ro fe r ida em ca so id en tlco que verse m ate ria d e d ire ito , o u se ja , pcrm itc a rc jc i-

9 fi( ) lir ni na r d e n 90 es r ep eti ti va s.

A primeiru lei e Iruto d o p ro jcto up rcsen tud o p clu A sso cill~ il() de M ng lstrn -

d os B ru sile iro s ( A M B ),junto uo Scn ad o ,' e u scgun da le i e I ru to d o " pu co te 1'\,)-

publicano" apresentudo pelo Prcsidentc du Repiibl icu no diu 15.12.2004, emdecorrencia do trubalho dcscnvolvido pcln Sccrctarin de Rcforma do Jud icuir i«

do M i ni st er io d a J us ti ca ."

2. Da polemica ucercu da constltucionalldade do prlnclpio do duplo grau

de jurisdil;iio e dl \ uplica~ao dinfimica do cnntradltorlu - POl ' urn dircito

constltuclonal ao recurso

Nilo c es t runhu, I1n d isc ussilo d ou trir uiriu e ju ris pru dcn ciu l " p ole mic s a ce r-

en d a co nstltuc iona lldud e do prin cip io do d uple g ra u d e ju risd ic iio ,

Para lima percep ca o ad eq uad a d a d iscu ssao p recisarnos sab er com uuxflio

d u m el h or d ou tr in a, q ue :

UNa conc e p ca o abstrr.ta e tradicional do modele, "duple grau de ju izo" (ou

"de jurlsdiciio") significu "dupla cognic;ilo do mcrito" du mesma controvcrxia,

efctuudu por dois j u r i e S divcrsos (normulmcntc. I I l U S nilo ncccssuriumcnte, ur u

inferior c outre superior). Em teoria.Jsto e , se entende que 1I1lHl controversia,

su bm et id a :1cogni,'uo de um pr i meiro juiZ,/){I,I',\'I/ xe r slll ' \~ssi vnmenrc suhuu-t id:1

a coglli,no ti l' 1 11 11o utr e j ui z, COl l i a I i n u l i d u d e de SC I ' p or e sse '1IIII.!il'aIIICIIIL'

reanal l sada e decid ida po r l im a p ro n un ci a des t inadn a prevalece r SODre CIpi -

mciru".' (IraulIc,;Dn noxsu)

E,j : l xc tcvc op ortuu idudc de dcm onx rrur ' que a pOIC:l l l ici l SIII'''iJu inil'i:Ji-

mente 1 1 < 1 Ital ill ( ' Iesenvolveu-se a partir de parecer e laborudo p O I ' M auroCappe l lc t t i,

II) No cnpitulo l , do titulo VIII. li p ('PC'. (jUl' trutu do prnccdimcntu ordhulrlu. mnix

cspccil'icnmeutc lIa pC l i~ i il l i n k -i n !'

I~ N U NE S, D ierle Jose C oe lho . 0 principio do con tr ad i td r i o . Revista Sintese de di-

reito civil e processual civil, P I ) " IOAleg r e : Sfntese, n. 29, muio-jun. '2004, p. XO,

I II C0ll10 inlurmu a justi llcativu <InAntcp ro jeto , em termos: "Visando dar muior e r e -Ii v idudc tiS d e cis oc s d e p ri rn cir o g ru u c i mp cd ir o s r c c ur so s m c ram cn te p ro te lu tu ri os .

pcrmitir-se-lu, no j uf zo p ro vi so ri » d e a d mi ss ib il ld a dc cfctuado pe l o l 11ag is t rud l l de

primeiro gran, 11 nile) rccchimcut» do rCI:\lJ'S11 de npelac,:i\o, xe a dl~cis:io rccorridu

cstivcr ern cousunanc ia COIll s i imula do r e spec t ive Tribunal o u d os T rib un als S upe -r io rcs . 0 qu e p o ss ih il lt ur iu 1 1p ur t« inicrpor rccurso d e :lr,l'ilVO d e i n st rn m c n to cuntr . ,

cssa lnad rn issil o, < lesl ie que , sob 1;~',IlU de u iio conhecimen to, promovcr II r(lI'llHI~'ii<1

do inxtrumento de 1I10doa poxxih' .itar, caw provido, 0 illlcliiato julg.uucnto do re-

cu rse d en eg ad o, in struin do u p~ :i .. 1io d e in tcrpo sicao : a) obrigutoriumentc, co mc6pias da dec isao agravada , da cvrtidao d a r e sp e ct iv n intimucllo, d u s p r oc u ra c oe s

o uto rg ad as a os a dv og ad os d o a g; a v an te e d o a gra va do , d a p eli9iio iniciul, da con-

t es ta c ao , d u d ec is ao o ri gi nr ir in , 0;1 c om p ro vu cd o d o deposiro r cc ur su l e do recolhi-

mente das custus: b) Iuculuuiv.uucnte, c om o utr as PC';<lS que () ag.nlvllnle rcputur

uteis a o d eslin dc d n I lla teria de nH~ril( l controvert ida."

I') Informa a e xp os i~ fi o d e l I lo l ivos d o M in . Mardo Thomu: r . BaSIn s : "4 . A propos la

v,li nesse senlido ao eriar Illeean i ':1110 que perm\te no juiz, nos caw s de processo~

r cp ct il iv () s, e m que u ma lc l' ii ll 'O n ll 'O V c rt iu a I 'M u n il ': tl ll cn lc de dir l ' i to, e no juli '.o j:'1

h ou ve r s cn le n~ <l tk lo la l i l l1pro. : c, , J. ! nc iu , d ispen sur n dtn~ao e profcrir l i <: e is i io r l .! -

prodll7.indo a u ll te ri on n el lt e p ro 1. lt ud u. 5 . A s ug es t1 io e nc on lrn -s e n co rd e co m os

precei tos qu e o ri en ta rn a p ol ft ic a l eg is la ti va de re fo rma i nfra -const i tuciona] do

p ro ce ss o, r es sa lt an do q ue a p ro p os tu r es gu a rd u o d ir ci to d o u u to r u p el ur d u d ec is ao ,

p os xih il it un dn , a in da , a c us su cn o d u IIlCSIIHl p clu [u iz , c 0 p ro sx cg uu nc nt o d a d e-

ruanda e m p ri mc ir u i ns l< 1n ci a. "

Il) C OM OG L lO , L uig i Puulo .1 I d t1ppio gruuo di giudizio Ilelle prospcllivl!di revisiol lc

costiluzionule, Ri l 'i s / a d i d i r it l o processlia/e. Paelova: CEDAM , 1999 , p . 3 2 8,

",1 NUNES , Dierle J ns e C o elh o N u ne s. Din'i/II C(lI1.HitliCiOI/(// (III 1'('('111',\'11: Ja lcor i : l

g em l d o s l ') ! eu r SOS , elas refol' l11us processl i a i s e < in cumpar t i cipa~~o lias d t : ~ is i )e s , I { io

de .Janeiro: L um en Ju ris, 2 006.

.'

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174 R EV IST A D E P R O CE SSO - 1 37 3 . A T U A LlD A D E S N A C IO N A IS \ 7S

Cl, cr . C A PP E LL E TT I. M a ur o. D i ct am e n i co no ch is ti co s ob re I n r e fo rm a de l procesocivil i tuliano. I I I : C A PP E LL E TT I. M a ur o. Proceso, ldeologla« •.sacledad. Bue n o sAi re s : E jea , 1 9 74 . p . 2 7 3 -2 8 2 .

1M , R ICC I . E do urd o. I I dopp io g ru do d o g iu rls di zlo ne n el p ro ce ss o c iv ile . R iv is ta d i

Dlritto Pracessuale. Mi ln n o : Cedn m, n. I . p. 59-R:'i, 197R.

C'" P IZZORUSSO . A l cs s un d r» . : SuI p ri nc ip le d e l d o pp io g ra d e d i g lu rl sd iz lo u e. Rivistadi Diritto Processuale. P a do va : C e da rn , n, 1. p, 33-58 . 1978 .

" "' T AR ZIA . G iu se pp e. Real td e p r os pe tt iv e d c ll 'n p el o civile . Rivistn iii Dirltto

P r o C ' c ' .\ · . \ ·I I C 1 / C ' . Padova: Ccdnm, n. I . p . X( )- ') 2~. I 'nil." " L lE BM AN . E nrico T u ll o, 1 1 gi ud lz io d 'u pp ell o e la c os tl tu zi on c, Rivista di Diritto

Processuale . Padova: Cedam, n, 3 . p . 4 0 1- 4 09 . 19 8 0 .

,ZI A L LO R IO . E n ri co . S ui d op pio g ra de d el p ro ce ss o c iv ile . R iv is ta d i d ir it ta civi!«,P nd ov n: C c d u m , p ar te I . p . ~ 1 7 - . 1 :\ < ), 11) l\ l .

,III Q u e o r u p e r ce b eo p r ln c lp io c o m o g a ra n ti ac o n st it uc l on a l o r a n i i o , C f.NUNES . Die r leJ o se C o e lh o . Direito constltucional no recurso: do te or ia g er ul d os re cu rso s, d ns

r eformas processun is e dn compa r l ic ip l I I; i lo n as dc( ', jsf lcs . p. I I I l" seq.

" '" Leading case uuunalise: STF. HC 7 1 .1 2 4 /R J . P r im e ir a Turmu, r e t. M i n . SepulvedaPertence, j. 28 .06 .1994 , DJ 23 .09 .1994 . p. 669 . Tarnbem: "[...) Pa r a c o r re s p o n d e r~ ef i c aci a i ns tr um e nt al q ue I he costuma se r arr ibufda, 0 dup lo grau de j l l r i~d i~uo hn

de SCI ' conceb ido , i\ mo d a c 1 n ~s ic a . c om s e us d o ls c u ra c te r es e s pe c ff ic o s: a p o ss ib i -I id ad e d e u rn r ee xa me i nte gr al d a s en te nc a d e p rim eir o g ra u e q ue e ss e r ee xa mes ej a c on fi ad o a 6 rg ao d iv er so d o q ue a p ro fe ri u e d e h ie ra rq uia s up er io r n a o rd emj ud ic la ri a. 2 . C o m e ss e s en ti d o p r6 pr io - s er n c o nc cs sc es q ue 0 d e sn a tu rc rn - n a o epossivc l , s ob a s s u cc s si v a s C o n s ti tu i co e s Uti Republ i c a , crigir 0 d up lo g ru u e m p r in -c fp io e g ar an ti a c o ns dt uc io n al , t an ta s s ao a s p re vi so e s, n a p ro p ri a L e i F u nd a me n -tal. do j ul ga m en to d e ti ni ca i ns ta nc la o rd im lr iu , j a n a a re a c f ve l , j u , p a r tl c ul a rm c n -te , n a a rea p en al [ .. . )" - S TF . R HC 7 9.7 85 -R J. reI . M in . S ep ulv ed a P crten ce , j.

29 .03 .2000 , DJ 2 2.1 1.2 00 2. p . 5 7 . N a m esm a lin ha : "I ..1 0 d u pl o g ra u d e j ur is dl -< ra o .n o a m bi to d a r ec o rr ib il id a de o rd in a ri a, n a o c on s ub st an ci a g a ra nt ia c o ns tl tu -c io n al ". S T F. A g R g R E 2 1 6. 25 7- 4- SP . 2 'T ., r eI . M i n . M a rc o A u re li o. ]. 2 5 .0 9. 19 98 .

DJ 1 1. 12 .1 99 8 . S T F, A g R g n o A g ln 2 0 9. 95 4- SP . 2 " T . • r e l, M i n. M a rc o A u re li o, j.15 .09 .1998 . DJ 0 4. 12 . 1 99 8 . S T F. R E 2 0 1 .2 9 7- D F, I ' T . • re l. M i n. M o r ei ra A l ve s. j.01 .10 .1997 . DJ 0 5. 09 .1 99 7 . S T F. R E 3 1 7. 84 7- SP . I'T ., M in . M o re ir a A lv es . j.09.10.2001.DJ16.11.2001. p . 2 3 . S TF . 2 ' T . . R HC 8 0.9 1 9 -S P. rc l, M in . N elso nJob im , j. 12.06 .2001 , DJ 1 4 .0 9. 20 01 . p . 6 4.

(1. '1 C o rt e C o st it uz io n al e, 1 5. 04 .1 98 1 . n . 6 2 . /l Foro Italiano. R o m a: I I F o r o I ta li an o ,

1 98 1 .1 . p . 1 .4 97 -1 .4 99 . C o rt e C o st it uz io n al e, 0 3 .0 4. 19 8 2. n . 6 9. II Foro Italiano.

R o ma : I I F o ro it ali an o, 1 98 2, I.p . 1 .2 1 3 -1 . 21 6 . C o r te C o s ti tu z io n a le . 2 3 .1 2 .1 9 94 .n . 4 3 8. /l Foro Italiano. R o ma : I I F o ro I ta li an o, 1 99 5. L p . 7 5 4- 75 8 .

c on sth ucio nu l. D e m od o a se p erm itir q ue 0 leg isla do r im plem en te a ac oc ao d e

r no de lo s d e c o gn iv uo u n ic a. d es dc q ue na o sc u taquem 0 c on ju nt o d e p ri nc lp io s

prucessuul» cO lls t i luc iC lnn i l l C X .i SI C I\ \C S 1 1 0 Si~tCllll\ (modclo const itucicnal de

P I ' OCC I i : lO ) .

Po re rn, equl voco manifes to nessa d isc l iSSUO e a de s e v in cu lu r n d efe sa d a

ucccssldadc de um d uple exurne (duple grau) com o a base para se estruturar o

s is te m a r e cu r sa l.

E m re ali da de , a pe sa r d o " du pl o e xa rn e" se r q ua se s ern pr e urna decorreuc " In a tu ra l d a l n te rp o xl ca o de r ec ur so s , r nu it as VCI.CS o co rre a ulili/'tI~fl() do s is \( 111 ;1

r cc ur sa l s cm s o p e r ml ti r q ue e ss e reexurne HCOIlIC;:~U. Es s a s l tu a c ao e amplamcu

te d iscutid a na d outrln a estran ge lra. E . no Brasil, somenre II t lt ul o d e excrnpl«.

p o( \c r( mn os c ltu r U up<;l'Iu I t . ! c n i c u lm plc mc utu da p elo le gisl ud or b ra sile lr c 11l('!'

d ian te a L ei lO .3 52 /2 001 ,eo mo acre scim o d o § 3 .° ao art. 515 d o C PC I6 e mesomo a posslbilidade de c on he cim en to d e m at er ia o fi cio sa em s eg un do g ra u (v.g.

a r t. 2 6 7 . § 3.°, CPC).

P erc eb e- se d es se m o do . a e xi st en cl a d e u ma a tlv id ad e t ec nic a r ec ur sa l, S < : I 1 1

s e po s s ib i li t a r 0 dup lo ex ame ,

EnU \ o . constatu-se que n base consiitucionul do sistcmu rccursal, 11,10\Mk

S C I ' atr ibufda >1 O princfpio do d up le g ra u d e juri ,d i '1uo, p oi s e x isre wil la cluta

posslbilldade de e xe rc ic lo d e i nt er po si ca c d e r ec ur so se m q u e o c or ra II dupLI

nnalise.

N u o s ig n lf ic a, e rn re ra nt o, q ue s e p o ss a r et ir ar p o r c om p le te a p o ss ib il id a de

de recorribilidade das decisoes, pols essa oP9ao legislativa partiria d o p r es su -

posto qu e a e st ru tu ra n o rm a ti va d e f or m uy i' \o d o p ro vi me nt o ( pr oc ed ir nem o emc on tr ad it or lo ) t er ia g a ra n ti do u m d ia lo g o g e nu ln o e n tr e o s s uj ei to s processuais

. " de t od o s o s a sp e ct os r e levan te s d ad ec is ao , c om o d ec or re nc ia d o m o de le c on s-

I it u ci o n al d o p r o ce s so .

N o ta -s o q ue a s r ef or ma s p ro ce ss ua is b ra si l ei ra s v er n a ur ne nt an d o o s p ed e-re s d o sju fzc s" c c ri un do d cs tu f or ma m ui ore s p os sib ili da de s d e d ec is ce s s o l i i a -

em 19 68 . a ped id o d e algun s rn cm bro s d o Sen ad o , em re luy1 io U r ef'o rm u d o

Codlce? A estc parccer scguiram-se os t ra ba lh os d e R ic ci ," P iz zo ru ss o, " Turzla,"Liebman" e AIJo r io .12

No cnuuuo, pa ra ulemdu dlscussao realizuda peludoutrlna,!' 0entendimento

do l ' T r ib u na l s S u pe r io r es , ta n to n o B r as il ," q ua nt o n a J tn li u. '~ e n o se nt id o d eu us en cia d e p re visa o c on stitu cio na l d o p rin cfp io d o d up le g ra n 1111 norrnutlzacito

""I " D a v e rl fi ca c ao d u s r eg r as p r o ce s su a is b r us jl e ir a s, p e rc e be -s e q u e 0 t r ib u n a l p e d e .a p ar ti r d e r ec en te r ef or rn a , a ti en tr ar n a s q U e St oe s d e m e ri to , m e sm o n ahipcrese deII d e cl sa o i m pu g nn d a s er t e r m ln a tl v a , d e s de q u e 0 p ro ce ss o e st ej a e m c o nd ic o cs d ej ul ga m en to o u v er se sorncnrc s o br c q u cs lf ld j u ri d ic u s, [ . .. J P c rc e bc - se . c e ss a t o r-r na . q u e o l ns ti tu to d o r ec ur so d e a pe la cs o p er rn it e, a g or a, e m a lg u ma s c ir cu n st an -c ia s , u r n e s p a co p r o ce d im e n ta l d e a n al is e u n ic a d a s q u es to e s , s e rn n e ce s si ta r d eWilld up l o e x am e ," NUNES , D i e rl e J o se C o e lh o . Dire t to cons ti tucl ona i ao recurso. cit.

p . 1 6 4- 1 65 .

1 1 7 1 " O s r no v ir ne n to s r ef or rn is ta s d o s is te m a p ro c es su al , i ni ci ad o s n o f in al d o s ec ul o

X IX . d e rn o ns tr am u m a n n id a t en d en c ia d e t ra ns i~ a o d e u m p ro c es so l ib er al ( Ii be -r a li sm o p r cc e ss u al ), e s cr it o e d o r ni n ad o p e la s p a rt es ( S ac he d e r P a rt ei em p a ra u r np ro ce ss o q ue s eg u e! a s p er sp ec ti va s d a o ra ll da d e e d o p ri nc lp io a ut or ir ar io , COlli 0

d e c o r re n t e d e l i n eam e n t o d e u r n a t i v is r n o ju d i c ia l n o t r ar n l te p r o c es s u a l. A s s i rn , d e s d e

.. :.,,' .

5/13/2018 Dierle Nunes - Direito ao recurso e Coment rios 11276 e 11277 - Contradit rio - slidepdf.com

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I" \VISTA 1)1\ I'ROCl~SS()·- 1.17

r ias que contrur iam lima <las muiorcs reudencias do proccsso c ivil modcrno, qu;t !

sc ju , a d cnom inud .. com uuid udc de tra bulho (Arbeilsgemei/l.w:/U(/f) e ntr e j ui z C

partes (e s eu s n d vo g ad o s) . T a l v i sa o co laborat iva do p ro cesso a sseg ura ria em

rnultos cases 1II11 processo com tempo rnzorivcl ulcm de'conxcutir n1 l lnxt.uuu

\'i iu de 1I1lI l' spa, (I t iL ' d iSl' IISS;J (1 t I L - fillips II;) tcuurx I'CkV:lJlIl 'S, ...11111rctlll/ .id;1 P(lS-

si bi I idude d e d eciso es to rnadus de surp resa ,

A rendencia de 11 m paulutlno uurnento de podcres dojuiz decorrcnre dusoci-; l ii7.a<,:; lodo proccsso, rcfo rcuda pOl' urnu peculia r lc itura dos resultado s do d e-

n orn inado P ro jeto F lo ren ca de A cesso a Justica." jarna is ob jetiv ara rn urn u tu-

que ao con jun to de p rincfp ios p rocessuais co nstituc io na is, so b 0 efeiro de se

inviahilizur qualqucr perspcctivu dcmocni t lca de pJ'nI.:L~~SO.

D esse m od o , pe rcebe -se a necessid ad e da rnunutencao de abe rtu ra pa ra H

reco r rib ilid a de du s declso e s, c spec ia lrn en te d eu tro de urn qu ad ro p ra tlco que

pcrmi te 1I111nnpl icacf io cudu VI~/, mnis solirurlu d o d ire ito p elo julgndor,

2. 1 Do contraditorio e do direito constitucional (/0 recurso"

Ma s , p o de r- sc -i u indagar x ob re a c xi ste nc ia de u rn e mb asu mc nto co nstitu -

c io na l q ue g ara nta < t in te rp osic flo d e re cu rx os . T al x up or te p od er ia SCI' encoruru-

a O rd enan ca p ro cessua l au strfuca d e 1& 95 , o bra do juris .a c soclo log o Franz K le in .

I I p ro cc sx o p as so ll a s er v is to < :0 11 10iu sti tu to d e b em -cx tu r social , E s ta v is ao penn i -

t iu u rn a c en tu a rn en to d o s p od er es j ud ic ia is c om a a tr i' i: Ju ir ;1 ioi n d ir e9 1 io d o p ro ce ss op er p ar te d o ju iz (richtertich« Prozessleltung) en tendk 'u nilo s o m e n te no aspecro

formal tformelle Prozessleitungi, d e r e g ul a r e prornovcr a o rdem e 0 ritmo dON utos

do processo , m as ta mb em em seu a sp ccto m ater ia l (nuuerletla Pro:.e.l'sleilllllg)

o fe rta nd o u o o rg ii o j ud ic ia l c on tr olc e i ni ci ati vu o fi ci os a n o r ec olh im en to d o m a te -

r ia l q ue fo rm u ni 0 o bj eto d o jufzo s ob re ( ) r u er ito , D e ste m od o, d cli ne uv u-s c UIlHi

pcrsp:ct iva de sncializil<;iill do proccsso q ue o bj eti va va , s eg un do u m u p rc sti gi os u

d ou trin u, a a ce le ra ciio d o p ro ces so co m u rn n ip id o re sta be le chu en to d a p az ju rfd i-

ca , l11US s cm i rn po r U oniporenclu estutul no cam po d o p ro ccsso com 0 a ux lli o d ojuiz." NUNES , D i er le J os e Coelho . Apontumentos i n h; iu ls L i nmo d el e c o n st lt uc lo -

ne il d o processo : <Inconccpcso proccd irnen tul c om pu rr lc ip ud a OUup llc uc ao d e tute-

la - d a le ltu ru d as c la usu lu s g er ais IlO n ov o C 6 di go C iv il. R ev is ra d a F ac ul da de d e

Direito de Sell' Lagoas. v. 3 . jan - jun . 2004 , p. 41 · 42 .

I I X, 0 proje to F lo re nc u d e A c cs so i\ J us ti ca , f un d ud o p el u PUllthl!;u(l F or d e p elo COIlS!:)-

l ho N a c io n al d e p es qu is u Italiana, c o -d lr ig ld o p a r M a u ro C a p pe ll et ti e E a rl -J oh ns on

J r . . e n v ol ve u 23 p alses na d cca da de 70 do secu lo p assa do busca nd o p erceb er a s

chag as e po ssive is so lu ~o~s tecn ica s p ara os problem as L ie seu s sis tem as . C f.

CAPPELLET I I . Mauro e l a i . Th e F lo ,. e ll c eacce s ,Ho~i ll s li c e p / "(~ iec l.Milao : Giuffre,

1978 . v. I a 4.

II'" Para IIl11aal1:il i~t ' 111111(111," Ill:lis :I(ll'llflllld;lda: Cr . N\. lNI~S , I;it:rk . lOSt ' ( \w l l1o .

I Jir ei lO ( 'o lls /i/ I/ cio // al 1 10 r ,' ,· II I' .I 'O ; e NUNES ~ D i l! rl c J os e C o el ho . 0 Jlrillcipio do

colltmdi/(i l ' io. cit.

3 . , \T U AL ID A DE S N A CI ON A IS \7 7

do 11 0 dcnominudo t 'dircito contituciunul ao rccurso", qll~~ nuda muis Iido qu e 1111II

d ec orr en cia d o c on tru dito rio ( e d u a mp la d ele sa ) e m p er sp ec tiv u dinfi"1ica.)11

1-11 \mul to a d ou tr in u p cr cc bc u que o contraditorlo n an p oc lc mais Sl~r : 1 1 1 : 1 1 j\:I'

do Ifill SlIllll'llll't:OIlHlIII\'l';\ !;!.al'alilia ('milial dl ' h i lutr ral id .u lc da :ludi':·l\L·ia.III:t\.

s im , com o um u poss ibi l idade de in!'llll!lIcia \l:iI/JI·i,.k(lI/,l:.\"l/ij.~·lillll.('/tl;1 ,phil;

o d ese nv olv im eruo d o p ro cesso e so bre u t'UI'llIa<;Uo d e d c ci so e s ruciouuis, Ct.'111

inexistentes ()U r cd uz ld as p ossib ilid ad es d e su rp res a,T al con cepcd o s ig nifica que n iio se po de m ais na atualid ad e acred itar que C)

con trud ito rio se circuuscrev u a o d ize r e co ntrad ize r fo rm al en tre a s p artes. sem

q ue iss o g ere u mu e fe tlv a re ss on fm cin (, '()nlriblli\~(l) purn n f un d amC I lI :l ,' fi ll d l l

provimento, ou xcja, ulu stan do a ide iu de que a pa rtic ipm ;1io das pu rtes n o pro -

c esso p od e SCI' m cru me nte flc ticiu e mesr no d esn ec cssa riu n o p I un o substancial.

Comog. io csclarcce qu e na Alernanhu () princfpio do co ntrud itorio xc

con cre tizu em perfis co nstitu cio na is com ba se n a d en orn lna da Rechtsschutz-

effektivitlit,

I...grucas II um u t rt pli ce o rd em d e s it ll <l t; (i es s ub jc ti vu x proccxxuuix, n u q uu l

u quulqucr par te V C J 1 I , rcconhccidus: I) 0 dire i to t ic rcccbcr udcquudnx C

ternpestlvas informaciies, sobre 0 descncudear do ju tz o c as u tiv id ad es r eu liz a-

d u s, u s i n ic ia t iv u s cmprccndidus e O~ a lOs de im pu lso re uliz ad os p cla contrupurt L:

e p elo ju iz , d um ute 0 in te ir o c ur so d o p ro ce ss o: 2 ) ( ) dire ito d e d cfc nd er -x c ali vl l-

m en te, p osic lon und o-se sobre ca da q uesta o, de tuto OLi de d ire ito , qu e se ja re !e -

va nte p ara u d ccixiio lin con trov ersiu: 3 ) l) dircitn de pn .: IC I 1Ue r qu e I) ju i» , :J SlI:1

v ez.levc em clll1sLderu<;ao u s s u ns d efe su s, u s su us a lc gu <,:o es e a s su us p ro va s, Ill!

m em en to d a p ro la ca o d a d ec is ao ."

O b via rn en le q ue e ssa v lsa o d o p rin cip io nuo d ev e s e l ir ni tu r , I umu d i sc u ss it o

d e d ire ito com purudo '(na A lem nnha .Ita lia , F run ca " e tc.) , urna v el. qu e e ln per-

m ite vislu mb ru r e d efen de r 1 1 existenciu d e u mju iz d irc to r (fo rm al e m ate r ial d o

processo ) , m as . qu e exerce su a Iun cilo g uru ntind o u s p ar te s a r na nu te nc ao c I ~ 1

po ssibllid ude de uun bem purtic ipa r utiva mcn tc d o processo ."

Ilill QUI.) pcrmitem a pcrccpcllo l ias guramlus de modo concreto. uuionomo c inovador

do con tex te normative, Cf , COMOGL l O , Luig l Pao lo . Gnr anz l c c oxt it u zi onal c e

" g lu st o p ro c es so " ( m od el li a c on fr on to ). Nevis/a d e P roc e ss o , S : io P a u lo : Revisiu

do s Tribu;lil is. 1 1 .9 0 , u br -j un , 1 l) l) R, p. 101.

illl BAU l ~, F ri tz . D c r A n sp ru ch uuf rcchliches Gdlilr. Archiv,riir civi lis t iclu: }'I' II.I' i.l' . /I

,1 53 , T u bin ge n: V e rla g J .C .B . Mohr, 1954 , p. 403 .

(21) C O MO G LlO , L uig i Pao l o . Vo c e: C o n tr a dd it to ri o ( P ri nc lp io del ) . Ellciciopecli(l

gillridica. R om a: M itu to d ella en ciclo pe dia ita lia na , v . 2 5, 1 99 7, p . 6 .

12)1 N O RMA N D , Ja cq ue s. I p ate n tie l g i ud ic e e d elle p Uiti q ua nta a l fonuillllcnlo delle

prelese controwrse. Ri J 'i s /a d i d i ri l lo fJ/"m·( 's.wa/c. P n u o l ' a : Cc(I' lnt. I < J B . X . pn(le.

s~q ,

I~'" D e v em o s n o s p re oc up a rc om 0 refort,l 'l du pupd d o j u iz . I 1U IS , ao IllCSI 111 !';!I1){l'J l'PITi

o re rOl ' t:o do pupc l da s r i lr l t~S e t ln s a d v f' ga d o s , p u is cnso conmll ' i o dt:liJll':lI'-S('-:1 lim

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REVISTA DE PROCESSO - 137

3 . A T U A LI DA D ES N A CI ON A IS17 9

Dcntro dessc quadro de tuullisc vcrlflcn-se que o princfpin gani ll ti ri a I I i l l-

f'llIcncia d e a mb as us pa r te s c. n hv ia llle ni c d o j ui z ( se ll u ut or ), u n.l ' t l I 'l l l :u ,:iiodo

provimcnto (garaniia de nao surpresa) p r iv iJ e gi an d o s ua im p lem e nt uc ll <i uo un-tecipada ( de ba te a n te ri or a dec i s a o ) o u s uc es si va ( im p r6 pr ia )Y

,E , co mo n o d ire ito brasileiro, a c ad a dia qu e passa, se esvazia mais 0 c on tr a . .

d it6r io d in lim ico em seu m odo de exercfcio an t ec ipado , 0que se deve assegurare o co ntra dit6r io suce ssivo m ed ia nte 0 s is tem a r e cu rs a l.

Daf se depreende 0 denorninadr, direito cOllsfi ll iciolla/ (In 1'( '( '111'.\'0COIllO

possibilidade de i nf luencia sucessiva na formacao dns dcci soes em dccorrencln

d a up licur;u o d in ftruica d o p rin cfp io d o contruditorio ( e li n umplu d cfe sn ) c omg er :u ;i io o u n llo d e d up lo e XU IllC .~ (,

E sta be le eid as e ssa s p re missa s p od e-se te ee r a lg um as co nsid er ar,:o es sobreas altemcoes das Leis 11.276 e 11.277 de 07.02.2006 (j:i em v ig o r) . I ll ;t is cxpc-

clflcnmcntc nccrca do novo * I." do art. 51X c do art. 2X5-A c * * . do CI'(,.

I,

lill\ ve rd ad c, p erce bc-sc q ue a n ova 1\\)1 '11\(1 , sc gu in do u mu tcn de uc iu unic-

r iunucnu- illkiada pda I.d I).7S(I/l)!FK ~l pdll pnlpriill~C4.V2()()4. l ') 1 1 '1 \7 ,1 1 11 1 11

I. 'Ci 'lU l l !l l 'l lx iIl lHl; iil l do sistcmu b ru sl tc tr o ( de ri\'iIIC/l\') cum o SiSt\!IIHI (l l l l \!ri<:ullo

(d e couunon loll') u o u tr ib u lr e n c rme imp \ ) rt fi n < :i a p am O.~p r eceden rss j u ri sp r u-denc i a i s .

F a la -s e e m " a pr ox im a ca o " po is 0 siste ma br asile iro d e surnulas n ao p ed e

se r ccrnparado co m 0 siste ma a ng lo -a me rica no d e cases, po is l a s e p r o c ur a urnaidentif icayilo dlscursiva de asp ecto s en tre a causa em cxarne e 0 prcccdeutc,

inclusive !lIlS IISpC~'IIlS f .\t ieos . cm um a dis<':lIss~o rica. J, \ 0 sislcmu de su rnu la s ,

d e ve rb e re s cu rt os c o b je ti vo s , s up o sl am e n te e s tu be le c er ia apenasu rnu "ap li ca -

< ; ~ ( ) rnecnnica" po r purtc do julgudor, sc m levur em eOl1s iJeru<, :i loedo 0 suporic

de dixcllsxllo. Illes 1110 jurtdico, qu e conduzru () tribunal U tomar determinudopI)sieioIWlllentll.

A ssim .o no vo * I." uludido pcrmitc ;10 Ill;lgisll·'ldo. I(IIllllct(l d,l illl\!l'jl()'\I,';'I\I

do recurso de aJl<':"I~·rl(). i lw d ll li ti r d e p la l ll ll ll 'e l :l Ir Sl l ( juizo de ndllllSsihililbdc')

1."ISO su n scntcncu estcju em contormloude com stimulu do STJ OLi STF.

D a r e da cao po st a pe rce be - se qu e 0 Iegislador p erm itiu q ue 0 ju lgador ,IU

realizer 0j uf zo d e u d m ls sl bl ll du d e, no exume d o requisiro in tr fn se co d o c ab i-

mcn to ," poxxa rcrirn r a rcco rribllid adc da decisiio ca so essa esteja em co n for-n ii ua J c c om sumulu." .

V islum br a-se , d essa fo rm a, a co nstitui9 uO d e urn p ro ce sso d e co gn ica o de

g ra u u nl co . D a d ec is ao c ab er a a in terposiyao de ag ravo no s te rm os da nova re -d a 9i 1 0 d o art . 52 2 do CPC , im ple me nta da p ela L ei 1 1 . 1 8 7 / 2 0 0 5 . 3 2

3. Do novo § 1.0 do ar t. 518 do CPC - da Sumula impeditiva de recursos

3.1 Du alteracilo dogllUllicCl

A L ei) 1.276/2006 alterou q u a tr o d i sp o si ti v os legais ,17 incluiu n ov o p ar a-

g ra fo a o texto do art. 518 do CPC e a ite rou a redacao do paragrafo anter iormen-t e e x i st e n te .

s is te ma u ntl-d ern oc ra ti co d e a pli ca ca o d e tu te la o nd e 0j uj z d ev en i tr ab alh ar p ra ti-

carnentc sozinho scm substdlo tecnico algum do procedimenro e dos advogados.

ml COLES ANTI, Vittorio. P r i n ci p io d c l c o n lm c t di l ln r i oc proccdiment] speciull. Nit'i.I'ladi tlirillllllrlll·I·.V.I'IIIIII·. I'adova: C cd um , I '> 7: i. p, 5X7-:iX'),

1 2 . , NUNES, Dierle Jose Coelho. D i r e it o con st t tu c to na t ao r e c ur s o : da teoria geral dos

recursos, das re fo rmas prccessuais e d a c ompa r ti c ip ay1io nas decisoes. R io de Ja-

neiro: 1.1I111Cll Juris, 2006. Pcrcche-sc, COll i R ic ci , q ue a d is Cl iS SU Il do duplo grail

ni io podc SCI ' conlundida co m II discusstto da necessidude de rccursos, cr . RICCI.

Edoardo, /I dopplo grado do gillri.wliziolle ne! proCC'.I '.1'Ocivil», cit . fl. lB.

Illi "A rt. 5 04 . D os d esp acho s n no cube rccurso." (NR ) " A rt . 5 06 . [ ... J 111 . da pub l ic a c i lo

do d i sf lo s it iv o d o i lc 6 rd i io no orgilo o f ic i al . P a r ri g ru f o unico. Nil PI ': l i' .opan! a inter-

p o si y il o d o r e cu r so , a p et iy il o s er a p ro to co la d u e m e ar t6 ri o o u s eg un do IIn o rma de

orgun i7 .a~ i \o jud ic i ti r iu , r e ssalvndo 0 di spos to no § 2 .° d o art . 52 5 des tu L e i. " ( N R )

"Art . 515 . § 4 .°. C on stn tun do n ocnrrcnl ' ia d e n u li d nd « san:h~'l . n t rihunal P O d l W l 1

dctcnninnr U rculizuC;u\l ou rcnovuy:lo U ( I u t o p ro cc ss u ul , i n ti nu u la « ,!S par tes; cum-

p ri du a d il ig en ci a, s em p re q ue p os sf ve l p ro ss eg ui rn o ju lg am e n to d u u p e la ca o ." ( N R )

"Art . 5 18 . [ .. .] 0 ju iz na o recebera 0 recurso de n p el ac ll o q ua n do a s eu te n c a c st iv e rem conforrn ldadc com xurnuln do Superi or Tribunal de Jl Isl i~a 01 1 do SllPI'l~11I0 Tr i -

buna l Federal. § 2 .° A p re se n tu du a r es po st a, e Iucultado ao j ui z, e m c in co d in s, 0

reexurne dos pressupostos de admissibilidadc do rccurso."

3.2 D o obje t iv a d a re for ma e d e a lg um as d iscu ss oe s d e tn dole prd tica

Cla ro est: . i qu e < I refo rruu bu sc a a obtencao de l im p r o ce s so co m trarnitacao"I;nais rupkln,

Nucntuutn, pam ulcm du pos, ib i l idadt .: de apl il : i. I I, : iio inconstuuciouul do dis.

p ositive , q ue se d em on stra ra a se guir (ite m 3 .3 ), p erce be -se q ue a a lm eja da ra.

pidez podenl nao SCI' o b ti du ca so 0 novo d is pox it iv o se ju aplkauo.

I~il Q ue d cu n ova I 'c d w . ; f in a u urt. 557.uo C P C .

I~"I Que ut r ibu iu 0 e fc it o v in cu lu nt e a s slil11ulas no ar t. 1m -A C F / R R .

III" ( 'OIlIIIl ISll ld l l h i lH il l 1i l l: a) 1'~'l:lll'rihilidudl) da Ik~' is ;111~' II) :ldC,.'qll:Jl;fludo rccurxo IIespecle ,

1 . 1 1 1

T al a ll l : l' : I ,1 I0 s c m u su n d iv c rx u d a qu c l a CII\PI'L'ClIdidii p l ) l a Lei ' ! . 7 . V l N H . uruu v,'/que 0 urt, 5 57 , u lt cr ud o p el u L ei Y.756N~, permhc a l l re l a to r urnu vertludeira 1 1 1 1 ; 1 1 1 '

se do mer i to do recurso n a aplicacao das siimulas e da jurisprudcl1ci,1 dominunnd o s t ri bu n al s s up c rl o re s.

"~' NUNES. Dlcrlc Jos\! Coelho. PrillH.'irus COII)'·III:iriu., ,'1I..:i I I, I S 7 U.: 11),1U,~IJ().\,

qu e ultcru a slstcnultlca do recurso de ag ruvo , e a uplicacao da c h i u s u l a gcralll!.I'lio

g ra ve e d e e li /l ei ! r ep (1 ra r; i1 o d o n ovo an . 522 do Cf 'C . Rei 'ro . Sa o Paulo: Revistud o s T r ib un a ls , v . 134. u b r . 2 0 0 6 , p. 63.74.

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;;';0 1.:HVISTt\I)EI' IWCESSO .1171 1' \ 1

Ca so 0 j uiz i na dm it a 0 recu rso d e u peln cilo ( lin da resta ni, corno ja d ito . a

p os sib ilid ud c d e inll'rpnsi,'iin dl ' :I!-!r:l\,11 t il ' i n st rumcn to (jill' !!-l'ranl II disp('lIdio

de tem po e truba lho sim ilu r uo que sc expen de riu COIll a a n a li se lin apda<; i l~ ) , ( I I :

fo rm a que na praticu nun so v islu rnbrarri um u dirninulcao co nsid erd vel n o IIS-

pcclo rcmporal que rccomcndc a :lplkCH,:iill do dlxpositlvo, a niio Sl!J' que xc cogl-

te < . . 1 : 1 hipotcxc rcmoru (quusc iucxistcntc) du parte sucu.nbcntc n ilo intcrpur II

ag rav o o u d o re la to r do rccu rx o SI.! va le r uo d ispo sto n o a rt. 5 57 do C PC . T alve z

s ej a m e lb e r 0 j ul ga rn en to d a n pe la cu o ale mesmo pela p ot en ci ali da de d e p ro vi -

mente do ugravo.

A ind a , n o p la no p ra tic o, v erlfic a-s e q ue a lei crla , n a verd ad e, u m onus pa ra

()apelante dedcmonstrar a inudcquacflo de lncidenciu ciastirnula, que 0 condu-

L ir (\ u u rn d eb ate pormenorizudo xobre () c un it er e sp cc ff ic o til! S l'U C :l SO e m J ': ll 'l '

dcssu c do s p r C l' ct !l 'n ll 's q ll l' 111\ 'xcrvir.uu d e bu sc .

A c olo ca cllo c ia su mu la como Iund am euto d a scn ten cu. n plicud n ('I" OUlI,/(!

pclu . il l i) ' , s eiu a nte rio r d e b ull' COl l i tiS purivx, p\Jlkni g_l ' rar 0 :lilldidu 1'<. :1111111<:11\1

U U surpresa.

Ocorrc que a decixilo de surpresn ( iL-\ 'l ' SCI'dcclurudu nuln (lPI' liL'S:ltl'lldl'l' ;11'

pri l lcipio do l :o l l tral l i t ( ' l riO.

L uiso pro pu gn a n a Iu ilia qUI! 0 c ou tr ud ir or io p os su i s ig n if ic ad o nu o SOJl1ClllC

. p o r g a ru n ti r USpa r tes a du zir a quilo q ue 0 juiz n ilo po de conhecer d e o ficio , m as

ta mb ern p elo fa to de ga ran t i r qu e u m a q ue st ao s ub m eti da a d is cu ss il o s er a m e -lho r d ecid id a d o q ue qu an do posta e ana li s ad a so l i i a r lamen te p el o j ui z, A fi rr nn ,

c nta o, q ue to da d ec is llo p ro fe rid a so lita ria rn cn tc d cs rc sp clt m ia (ll'(lill r .ul i II)ri l I. rv

NII Il I: I I II I S i ,' : 11 I uuris tlcxivcl Cuiuruui, ':111ccrtu mcdidu :dteralldll cnrcudi-

menlo unrcriormcnre citudo." nu o ncrcdita nu possibl lidude de dcfesu du nul i-

d ad e d u d cc ls ii o su rp re sa ( /er: : ; l I da) em q u al qu e r ClISO, em analise a b s r r a t a . j11)'

rem, defence si III s ua u p l i c a <; uo em c o n cr c ro . "

A firm u, a ssim , q ue p ara u o co rren ciu d u uulid udc J;) d e ci si io ( ) c o uh ec im e n-

10 solitario do j ui z d ev er a tel' violudo 0 direito de d ef es u c ia p ur tc p re ju di ca du .

devidamcntc dcmonsrrado pcrunic 0Tribunul.". ,

.1.3 Du /)(J.I',I'/ ld l Ipl icarcio incon stit ucion ul do dispositivo - D {/ qu cbra do di-

reito constitucional ao recurso (contradltorio sucessivo) caso ()lut: sur-preenda as partes /1(1 aplico{'c7o da stunulu .

Co m base n os a rg um en to s e xp re ss es no item II. 1 do p re se n te e n su io pcrcc-

b e-s o q ue 0 co ntrud ito rio ern u ma vistio d im lm lc a e d em o cr at ic a dove s er i n te r.

pretado como v cr da d ci rn g ur un ti a de influencia, d e m od o a p errn itir u rn d eb ate

p ro ce ss uu l p el us partes de t oc lo s o s a sp l't 'l os rc lcvnnrcs da (h 'L"isfio, : 'Wj : lI l I I ' SS l' . ~

arp,lllllclltlls susCital}ll~ pcla:; p<lrlcs O il IIleSIIll! p elt ) j ui z . .

Obviamentequ e uuplicucllo dcssa Ieituru do contruditorio devepurt irdc I I I1HI

ap l il 'a~ . ao p r ul il 'a , lcvudu a s L ( ri o , du lusc p rl 'p a ra l l' lr ia ! Il l p ro c cd i mc n to .

N ao se p od e to lc ru r. l!1111lo, as dcuominndas dcdsiks de xurprcxu (i/ ('cisiol /('

di /('1':.(/ v lu - . t·jh(,,./,(I.\·(·/IIII1,t:.V('//(SC"lI<'idllll.t:('/I) que su o ox provlmcntos judiciui«

fundados sobre a resolucl io de questoes de futo e d e d lr el to nllll su bm etid us a

d isc ussao co m as partes c n ilo in dic ud us p re ve ntiv am en te p clo ju iz."

o ambito da s decisoes d e s ur pr es a possui i n te resse especialrnente pa ra ;IS

l]lIcstoes de dlrciiu tiS quais o juiz podeni conhcccr de oficio.

Dcsse 1110do 0 c on uu du orio d cv c SCI' dcscnvo lvido em tudo o i / l 'I 'processllal

tanto em rela<;1io liS ali vidudcs lias parle.s qll<lIlIO tIS alivid 'llksjlld ki;lis de m odo

qu e HO exercic io de podercs o l'ic io so » co nstitua cxp ressilo d e llll1 p rin cfp io d e

co laboracao C 111\ 0d e a u to r id a d c no p ro ce ss o" (Traducilo nossa) \,1

E p arc cc s er essu tendenciadc 1 I 1 l i rurmizu, :i io do c nte nd im cn to " j un to it Cor te

d e C us sa <;i1 o I ta lia na , e is q ue s e n firrn ou em rccen te preced cn te q ue 0 recurso

deve ser ucompunhndo cia indic'H,:iio dll utlvidadc proccsxuul qlle:1 parte porlcriufl~r rl'ati)'.adll Sl : r iv exse sid ll p ro vu cu du a d isv ut ir s ob rc u q uc sr uu .! "

E t HI u ni fo nn iz uc llo p ar ec c tumbcm dizer respcito uo exumc du dcnominuda

d ec ts io ne d e lam pia, po is no rcfcrido p r cCCdCI IIL ' a Corte, ap lh Lilli rctroccs-

SO;I I p ropUI; !1 I011 que:

t .<.~1 · LU IS O. P ru nc es co P . Q uc stio ne r ile va ia d i u lf ic io l'· c on tr ud diu or io : u mu '>\:lIt\:11I.<1

r lv o lu zi o na r ia ? G i us ti zi u c iv il e. Rlvista 1II(,lIsi/1' el i glurispruden;a. v, 5 2. «un o II.parte I , 2 0 0 2, p .. 614 .

(.Ihl CHIARLONI. S er gi o. Q uc st io n i r il cv uh il i d 'uf lk . io , diritto eli .t iJ'esa c ' Io n u nl ixm »

delle garalll.ie'. Rivistu trimestnt!« iii dir iu« ( 'proccdur« civile. rv l il an u : ( ii u ll l· (: .1987 , p, S 7()-SH 4 ,. .

I'll (,IJIARt ,ONt, Sl!rJ!,io. (.:1 s c nt cn z u " d c ll u rc rvu via" em c aSS :l ' l. i Il I IC : 11111111'11 ~I~()ii

r or mu li sm o d elle g ur un zi c? Giurisprndenrn ltaliana, UTEl ', 2()02, p, 1. :1(>01.

1.1'1 CHIARLONI. S e rg iu .L n s cn tc n za " de ll a t cr za via" \:111 cl l ss<1zi<l I lC: un ni t ro 1::1.\11 eli

fonnalixmo d e ll e g u ra n zl e? Giurisprudenza tialiann. UTET . 2 00 2, p . I.Y>4.

1.11), Corti} d! Cussazlonc, s e nt cn c n n , 2 I J O X de 3 J .12.2()U5~Tcrceira se~'n()civi I. p r cs i ~

d cn te P . V it to ri u, R e la to r P rc dc n, I tc II 12 .1 . d a fUllo.llIlcllla1f1io. 1 . D I U ;" 2 0( )5 .

I · !OJ Corte di CO,\',\'(/';.iOIl(#, scntcnca n. 2 1 1 0 H de ) l .l 2 .2 00S, Terceiru SC<;[ lO civil. prcsi-

d cn tc P . V i uo ri u, Relator P re de n, I te m 2 .2 , d a f u nd amen ta<yu( ) . 1. 08,07 . 2005 .

t ·111 C f, Co r te d i C a s sm. io n c, sellten~a n. 15 .705 de 27 .07 . 2005 , Segundil sc~5o ,ivil n<1

qunl a i ,: or tc f a7 .i a u nw i nl cr pr ct ac ;i iu d o gJ ll ~l ic a n o (1I<1no'l i n r r al ' oi l si i t l I l' i !1 l 1:d iU : l d l· .

l :nl l l !J'I I l t Is: 'jNlln pili), illf;)lli , <':SSl!I 'C prollt ln1.:i i l f(1 lu nullillil pe r i nl ls serva ll/ :' " .

1 " , CI V IN IN I ,M n r iu J ul ia n a. Porcri dl'l gludicc t : : . potcri d e ll e p n n i 111.'1r occsso ordillario

eli c o gn iz io n e, R i li ev o ufficlusu delle quest ioni e contraddit torio. II Foro Italiano,

R om a, 19 99 , v. CXXII, rar tc qll i l l ta , p . 4 .

, '" C I V IN IN I, M aria Julian a. P ole d d el giud ice e poter i delle parti ne proCI!SSO ordina-

r io d i c og ni zi on e. R il ie vo u ff ic io so delle qu e~t io n i e c o n tr a d di l lo r i o. 1 I Foro Ita/ill-

no. R omn . v . C X XI I. parlc qllillt:i. 199< ) , (1. 6.

HI(VISTI\ l)I 'iI'IHWHSSO, 117 I 1\ 'I' I 11\ I .11) 1\ I)I',S NI\( '1() N1\ 1S

5/13/2018 Dierle Nunes - Direito ao recurso e Coment rios 11276 e 11277 - Contradit rio - slidepdf.com

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IX2 IK1

"A corte , undundo em conhecido con trastc com a Casso n, 15705 , u l' ir rn u qu e

ojuiz quc cntcnda, depois da dclirnitacflo do themadecidandum o co rr id a n o cu rso

d u a ud le nc ia p re li rn in ar , d e Ie va n ta r u ma q ue sti io c on he cf ve l o fic io sa me ru e nuo

considerada anteriormente, deve subrnete-la a s p a rt es para Ihes permltir sua

intervencao em contraditorio, A falta de indicacao cornportu a violur;llo do de-

ve r d e colaboracao p or p arte d o juiz e determina a nulidadc dusentence por vio-

l ac iio de 'lir ei to d e defesa du s par tes" . ( truducrto nossu)

I \s si 1 11 , a ra a d is ~' lI ss fi o o bj cl ( )do 11I'L'SL~nc c l I sa io podcmo» pL'rl'L'ilL'I'(I'IL' l od"

v el . q ue 0ju iz uplicur a sum ulu su liturium cm c pclu prlm ciru ve '! . em su a semen -

c a ( d e ci sa o de s ur pr es a) , s em e xi ste uc iu d e c on tr ad ito ri o a ut ec ip ad o e a parte

p rejud ica dn d em on strur a in ap lica cllo d u siim uln em fa ce tlas csp cciflc id nd cs d e

sell cuso seni ineubfvel e absoluuuncntc lnconstltucionul u u pl ic a< ;u o d o dlspos-

to no § 1. 0 d o a rt. 518. .

Hipo tcxc 101:I1111011IC d iv cr su 1 5a de OL'oITC'n~';ade \1111nmp l o duh: IIC ' p roves-

suul sohrc a a p li cH I ; uo du suruulu em primciro grau, COl l i a ubcrturude Uill con-

trud ito rlo d in fu nicu . q ue p erm ltu in clusive a d lscusstto d as csp cciflc id ud cs q ue

conduzinuu fl clahonu,iio li n x ii mu lu , u sx im s cm ln p oss iv cl :1 0 jllii', a uplk:lI; il l l

do dispositivo.

Ta l d is cu ss ao c a so nn o se j a ap r e seut a da p el a s p ar te s d ev e s e r f o m e n ta d u p e lojuiz, como qualquer outra de cunho futil:o e jurfdico, nu fuse prcpunuoriu do

procedlmento, Obviamente sem qualquer p re ju lg am en to , m as, COD ' l suscica<;ao

d a p ossibilid ad e d e a dap ta billd ad e d a surn ula a o cuso em julg urn cn to U pcrmlur

qu e amba s a pa rtes se mani festern (o u nao ) a ce rc a d a m ate ria .

A uti li z ac u o da f a se p r e pa r a t6 r ia (nosso art . 33 1 d o CPC) , le v a dr l a s e r io , co ma fixar;ao adequada de todos os pon tos con trovertidos pode m esm o conduzir a

um a reducao do tempo processual em face da pe r cepcao pelas p ro p ri us p a rt es ( eseus advogados) que a con tinuidade do feito nao se fa z adequada e necessar i a ,qu e conduzi ra u rn a d vo g ad o tecnico a busca da conci l i acao co m 0 te r rn ino do

p ro ce sso e m prazo razoavel. '

Essa tendencia de utilizaciio metodica da fuse preparatoria para filtrugern

d a s qu e st o es endoprocessuais (pon tos con trovertidos) de fate e de di re i to , ini-ciada POI' Franz Klein em sua festejada QZPO (ordenanca p ro ee ss ua l c iv il aus-

t rt ac a) d e 1895, e a tua lm en te re vig orad a p ela e re fo rm as a le ma d a Z PO m ed ia nte

a Yercinfachungsnovelle de 1976,42 pel a refo rm a WOOlf4) d o n ov o p ro ce sso

civil Ingles, pela Le y de enjulcianiento civil espunholu" 0 outrus curopci:.s ,UI\-

duzem il conclusflo que essn fuse procexsuul pede uuxil iur ~11Imuiio !HIIIHI udc-

quacao do tuodelo deapli"(lfi,io p rocessual pf(lglIl(i(i~'u brasileiro p ar a a O bl ,' II'

r ;i i. o de r es ul ta do s te cn ic os e c on sti tu ci on alr ne nt e a de qu ad os , e sp ec ia lm e nt c 1 1 ( 1

q ue ta ng e 0 . a p li cu fJ uo d a celeridade e do c o nt ra d it or io d i na r ni co .

Pa ra t:1I110, nu n s c f 'a ri am nec es sa ri us ncrn mexmo ulicrucoes lcgisluuvux.

h us tu nd o s om cm c IIIn" pcrcepctio simples que u Iusc < I I ! noxsu ~llIdii!Jlci'dprcli-

iuinur (urt. ,n I. <. ' 1 ' < . . ' ) un o serve SlllllCIII c Jl:lI':I a tcuuuivu de ob \ cn< ; uu d e ucordo,

um a v ez q ue e ss u d e ve buscur um a fun<;uo t ec n ic u ma is impo r ta n te , qual seja, U

filtra gem co mp le ta d a discussao en do pro ce ssua l p ara a fase p oste ri or d e p ro -

b lcmu ti '! .u c; uo , c as o o u co rd o nu n s cju p os siv cl e n ern te cn ic arn cn te re co rn en da -vel .

A p6s essn s sin ge las co nsid era co es a cerca d o n ovo § 1 .0 d o a rt. 5 18 , I az -x em l su -r a lg l li ls l'oIlH'nl:'Irips ;\(lnpVO : 1 1 ' 1 . '2K~-i\ lill ('1'(',

4 , 00 n ovo u rt, 2 HS- !\ ·I ; - d n po sslhllld ud v d e [u lg .un cn to lun luur de H t , ' I I C . - ;

rcpetl t ivu»

. V islu mb ro u-s e, a te a g or a, que as r ef or rn as t ra ba lh am b us cn nd o ta o sornentc

u ma e fi ca cl a p ra ti ca ( co n te st av el ) com a obtencao de um p ro c es so c el er e, co m

pouea preocupacao co m 0 mo d el e c o nt it uc to n al de processo em lim a v is ao d i-

n um ica . N o e nt an to , m es mo n esse p la no d e a na lise a s refo rm as sao discutfveis.

Isso fica cla ro a o se v er ifi ca r a alteracao da L ei 11.277/2006.

A l e i p e rm it e ao ju iz 0 ju lgamento lirninar d e a <;o es r ep et iti va s, c om a repro -du<;1io d e s e n te n c e ja p ro la ta da , s e a m ate ri a c on tr ov er ti da fo r u ni ca me nte de. d ire ito e no [ufzo jih ou ve r si do p ro fe ri da u rn a s en te n ce de rota I irnprocedencia

e m o utro s ca so s ld en tico s, d isp en sa nd o-se a citacao.

D essa se nte nce cn be ra a ln te rp oslcao d e re curso d e a pela ca o COIll possibiu

dade de exerclcio de julzo de re tra tacao (a rt, 28S -A , * 1.°), igualrnerue como

de l processo - ~i legge nel la mot ivazionc del la r lchiumatu pronunziu « sc IIInullith

no n e c om rn in ut a d al la l egge: u n a d i sp o s iz i on e in tal SCIl~() munc u n c ll 'u r t. I H3

cod.proc.civ. come sanzione dellomessu i nd ic az io n e a il e patti delle question:rilevabili di ufficio". .

"~I E st ru tu ra da a p ar ti r d os r es ul ta do s p ra ti co s o bt id os p el o M o de le til:S t tu t gu r t l e vu -d a a ca bo p elo j ui z R olf B en de r e s eu s p ar es, in sp ir ad a n a p re le ci io d c. Fr Itz B au r d e

1965 . cr . B AUR , F ri tz . We ge z u e in er K o nz en tr at io n d er m i md ii cl te n V(!rl1tI1IC1III/I~

im Pro ze fs . B e rli m : W a lt er de G r ui te r & c o. , 1 96 6.

1·1)1 WOOLF . Access /0 justice. In te ri m R ep ort to th e L ord C ha nce llo r o n the c' vi I just icesystem in E ng la nd a nd W a le s: London , 1995 . WOOLF . Access (0 jus/ice. Fin31Repo r t 10 t he L o rd C h an c el lo r on th e civil ju stice sy ste m In Englund an d Wal es ,

London , 1996 .

1441 M ON TER O AR OCA , Juan . I principl pol it ic i del I I 1 1 0 VIJproCI:.I.I'O civile spaglloll I

N ap ol i: E di zi un i S cc nr lf ic hc i tu li nn c, 2 00 2.

14)1 " Ar t. 2 8 5- A Quando u materia controvert ida fo r unicarnente de direiio c 1 10 JU I/ " ) "h ou ve r si de p ro fe ri da s en te nc e d e to tal l rn pr oc ed en ci a e m o ut ro s c as os rdenuccs

p od e n ! se r d isp en sn da a c ila9uo e p r of er id n s en r en ca , r e pr o du zi nd o -s e 0 t eo r U :J

un r cr lonncmc p r ol a tudu . * I .· S e 11 uu r or upc lu r . ~ l u cuundo uo j u iz d cc id i r, n o p r u-zo de 5 (cinco) d ius , nno m a nt er n s en t en c e e d e tc rm i na r 0 p r os se g ui rn e nt o d a u ~ ,i o

* 2 .· C a se s ej u mu n ti d a a s en te n ce , sera ordenada U c it u9 i io d o r e u p a r a r es p on d er a o

recurso."

5/13/2018 Dierle Nunes - Direito ao recurso e Coment rios 11276 e 11277 - Contradit rio - slidepdf.com

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RE.VI,:;TA DEPROCr;SSO-137 3.ATUALlD,\OES NACIONAlS 185

oco rre no recurso con tra as scn tcncas terrn in a tivus de indcfcrim ento da in icin l

(art. 2%, CPC).

A ap licaciio do ( . ' ( / / 1 1 1 1 d o a rt. : :'R 5-A v is a r es ol ve r du fo rm u mnls l ' ilpid:l :IS

hipotcses rccorrcntcx d e : tc ; li e s r e p e l; t ivus qu e uburrouun cspecialmente u Justi-

c; n Federal com eno rrn e d ispend io de traba lho pelo s o rg ao s do P uder Jud icu irio .

Para alem da discussao du luconxrhucionulldudc du nova rcgru." j :1 e rn d e-

bate desde 29.03.2006 perunte 0 STF median te u AD l n 3.6<)5, propostu pclo

Conselho Federa l du OAB, ern race du quebra do devido proccsso legal, duisonomlu, du inufustnbllidndc c cxpcciulmcutc pclu impoxxihllldudc decxcrci-

cio do contruditririo co mo g urun tia de in fluen ciu '" c nilo surpresu (COI11 esvaziu-

m en to da cooperacao intersub je tiva) e /ou mesmo pe la im posslb illd ade de se

verifica r a fo rm acao do p roccsso ." a refo rm n perrnitc a v i sl ia l i za , ii o < It imunc-

ros pJ'ohklll:ls Ill) Cllll(lll d a Il:l'llil':Il' < I t ' sua :lplk:u,':'i<) (l1':iliL':1.

P rim cirum eutc, () Il()V() dixpoxiiivo presume" exisicnciu d e u mu c om ro vc r-

Sill IllCSI1l0 an te s U O r cu uprc seu tur sun d cfesu .

T ambcrn sc percebe que a lei fu ln d e um a n ova hlp otcxe tecn lcu d e ld en tidu-

d e d e causas, d iversa d a d en om in ad a (ria eadem ( tr ip lic e ld en tid ad e) q ue e xig i-

ria para ta l a ex istencia de id en tid ade en tre as mesrnas par tes , 0 mesmo objeto e

m esrn a causa de ped ir ,

A qui parece que a le i se con tem n com a iden tid ade en tre o s ped ido s e as cau-sas de ped ir p roxim as (sern d iscussoe s de indo le fa tica ) , m esm o e obvia rn en te

e n tr e d iv er sa s partes,

Ocorre que puraaplicacno udcquada do novo p re ce ito le ga l 0ju iz deveria nu

segundu senterica re a lizur lim a de m onstra cao nnalltica do s elem entos

identificador-s entre o s cases, fu to que ta lvez conduza a urn m aie r traba lho na

c labo ra ciio da sen tenca do q lle se 0ju lg ad or e sco lhesse esp erar 0 coutruditorio

( np re se nta ca c d n c on te sta ca o) c p ro f'e ris sc 0ju lg um cn to co nfo rm e o estad o do

processo (art. 330, CPC),

E nftido 0fa ro q ue 0 leg islad or reu liza a refo rrn a busca nd o a red ucilo do te m-

po p rocessua l, com m en os aro s p roccssuu is , c a d im inulc ilo do tru bu lh o d o I11l1-

g is trn do c sp ec ia lm e nte e rn c ase s r ec orr en te rn en te P I 'OP : J st o s p e ru n te 0 Pode r

J udiciario envolvendo unicnmenre mate ria jurldica."

N o cn tum o. se o juiz, no repetir II sentencu j:i profcr idu, sem c 11 li t r.ulitorio l'

unalisnndo 0. mc ri to , d c cl nr nr a i III r)f'Ol'l'd.j ncia sc m rc u Ii '.:l r 11111:1<ll'll \I 'iisl I'd\,:II}

HlHl l i lka lin ldcntidudc, s cn l p os si vc l que Lilli udvogudo luihil p'~~~1 o lk~:II'l[lIl'

vam en to de urg encia dos au tos d o p ro ce sso , d o g lia l p ro ve n, :l ~CIlICIII;:1 :11)\c'

r ior, e cluborc fnzocs do rccurso e l l ) npdal{iiu onde upouturu as diversidadcx e L I . ,

u c;o e s e , ussim , po dera o bter 0 provimenro (acauunemo) d e seu rccurso . E . I),"

:tUIDS xcrlio rccn viud ox p ara prirn elro g rau , M esm o que I) juiz, II, .'SC: c ux o , a p t) "

a in tim ncfln d o rcu e co ntestacao , re novo rn ais UIlW ve l U SCIHCn\?H, sen! ubcrt.inova oportunidudc recursul, COlli um uu1l1l!n10 cousidcri ivvl do tcuipo proccx-suul,

A inda que essa hipo rese na n s ej a c o us id c ru du il lin k a po ssivc}, a ~illi-

pks pntcuciulidnde de sun ocurrcncin iii conduz, dcntro de umn n ll: 1l is \: U C

cflcuciu, a abcrtu ru uu co ntrud ito rio , co m c ita< ,:ao c co ntestucilo , e caso cn tcn -

du cabfve l, an julg arnento coufo rm c o estudo do p rocesso . A xsu» , perm it ir-xc

:ium CX<l1111! muis pormcnorizado UOCUSO , corn u ln t'luenc iu do reu uu I 'O I ' l1H1·

C ;ilo d o p rov im en to , q ue red uzira em multo a porencialldadc de umu rcl 'or-

rn a d a d ec is ao .

D entro d u o tica d a eficacia . p erce be -se q ue 0 risco da ex istenci a de d u as a t i·

v id ad es re cu rsa is (d ua s a pe la co cs) , q ue podera g era r u rn aumento d e rn eses d e

tra mita cllo p ro ce ssu al, co nd uz a a be rtu ra pa ra 0 contradi tor io que ger an i IIIli

pequeno acrcsclm o na t rurni tacao p ro cessua l, em circ un stan ciu .ja co mum , d e 0

juiz repetir a sen te nc e em hip oteses an alog as, ern ju lg am en to co ntorrn e 0 esta -

do do processo .

A de rn ais, v eja -s e q ue 0 tem po d ificilm en te sera red uzid o na p ra tica , caso se

apl ique 0 novo art. 2 85 ·A , um a ve: q ue q uase se mp re 0 au tor in te rp ora seu re-

curso de ape lacao con tra a sentence e em face disso 0re u d e vera s er c ira do ( no vo

§ 2 _ ° d o art . 235 -A ) para se defender v ia con rra-razoes, a o inve s de se defender

v i a c o nt es ta c ao , no rnesrno prazo, D esse m od o, nlio $C en rende porquc Il~lll'l'

irnplernentur 1I1lHl efetiva dlscussau antes UU dccisilo (comrudiuirio .uuecipudo),

corn a p osslb ilid ad e d e um succssivo ju lg um en to co nfo rm e 0 e stu do , n o c on tr a-

rio de se g aruntir tao so rnen te um contrad lto rio sucessivo (v ia ruzoes e con t r a -

razoes de recurso ), que g erard na p ra tica a po tenciulld ade de duas a tiv id adesrecursa is e um a q uebra in discu tfvel d a cele rida de ,

Ill,) C f. O L IV E IR A , Marce lo A nd rad e C utto ni d e; S TR EC K, L en io L uiz , (M il i s) u rn

p asso a tra s n o d ire ito p ro ce ss ua l h rus llc iro u tua l o u "q ue m v ai c uid nr d o g uurd a ( /n

csqninn"? 0c s tu d o , d i rc it o c j us ti ca . SUpICIlll'1l10 de 0 cstudo do Punuu), 2(l ,02 ,2006 .

p. H-t).

<'7) cr . N U N ES , D ie rle JoseCoelho, 0 prillcil)jo do ('11IIf/'(ldi((lrio, c it . . p , n 1'1, .IC(/,

I}~l S c ja e ss e e n tc n di do COnlO r el u< ;1 io u dd ic o p ro c es su al , p l'l lc ed im e nt o em c o nt ra d i·

t 6r io o u i n st il ui 9 ii o c o n st it uc i on a li zu d a .

(,J) Des laquc-se qll(~sc a nova dell1allll;ll~II\'()lvl!r qllalquef 1Il :.!;cssi<iauc til! prut!ut;['ul u ep ro v: ls e p oss ui r c sp cc it'i ci ua uc s f{ lI ic as d iv er sa s da p ri m ci ru ': uu sa sera absolulH-

!nellIe imposslvcl a ; Ip l ic . :u y . jo d o uisposiLivu,

I

5. Conslderaciies finals

D e todas a s con side ra coes a te aqu i expend id as pcrcebe-se que a lc itu ru d i-

narnica do princfpio do contl 'uliit6rio va i garan t i r pd o m enos um ll1um en to de

dia logo , d e m od o an tecip ad o o u suc essivo , en tre o s su je itos pl'o cesslI :lis (Jlli?,

p arte s e advogaclos) (k tn do s o s ;lSpCt'toS n:lev:lllt('S da Jc~:i<i\l.

A ssim ,lH io s c. P O U \! reull/.ir it d(' .l ' is1io 11llcm <ltv Jc illl(l13rio till L,laJ,)·jlli/.,

m as sim co mo p lO vim cn lo fo rllln do pCl l l u i scl is s i io < ! nu (l p r occs s lI : i1 . Wll pp.,; .,i.

h il iu atie s d l! s l l rp rcsas .

5/13/2018 Dierle Nunes - Direito ao recurso e Coment rios 11276 e 11277 - Contradit rio - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/dierle-nunes-direito-ao-recurso-e-comentarios-11276-e-11277-contraditorio 11/11

,186 REVISTA DEPROCESSO-137

E as duas re for rnas possibilitam, dependendo de sua aplicacao, 0 esvazia-

mente dessa perspectiva de analise constitucional.

Alem disso, verifica-se que nern mesmo no plano pratico as reformas aten-

dem os seus objetivos, mostrando-se in6cuas para a obtencao da celer idade emface da poss ib i l idade de a r t i cu lacao sucessiva do sistema recursal via ape luc f io ,IlU hipotese de a sentence ser repetida, ou do agravo, na hipotese de inadmissiio

da apelacao por aplicacao de siimula.

Recordando-se que no caso do julgamento Iiminar de a90es repetitivas ain-da podera ocorrer a existencia de duas atividades recursais (apelacoes),

Em sfn tese , percebe-se que as r e f o rmas nao atendem n em a adequabilidade

uornuuivu. ncm it prugnuiticu, de modo que poderiio gerur nu pratica lIlll consl-

dertivel aurnento da tramitacilo processual, alem de ferir de morte alguns prin-cipios constitucionais dependendo da forma que forem aplicados.

As tendencias pelo acesso a jusrica, amplamente discutidas em todo 0mun-do. devem vlabillzar solucoes processuais adequadas a tecnica e a Constitui-

9ao. A busca desenfreada por uma rapidez mediante alteracoes leglslativas (dis-

cutfvels) sem se atacar os tempos mortos do procedimento e sem a oferta de infra-

csu utu ra u de qu ad a p ara 0P o d e r J ud lc ia ri o, jamais obte ra os tao a lm e ja do s re -sultados iiteis, celeres e legftirnos que todos desejarnos."

c

.'

f)III C om o asseve rava co m bastan te acu id ad e T arzia em p ro nun cia me nto que se up lic ap crfc itum en te uo B ra sil, em te rm os: "O s p ro blem as rn als g rave s d a ju stic a c iv il,

p elo m en os n a Ita lia , d izem resp eito , d e o utra p ar te , n ao n e str utu ra , m a s n du r ac aod o p ro ce sso ; d iz em re sp eito a os te mp os d e e sp era , a os 'te mp os rn orto s', m ulto m ais

qu e n os tem po s d e d esen vo lv im en to e fc tiv o d o [ufzn, A sua ~oIUCffi()d ep en d e , por-

ta nto . e m g ra nd e p arte . d a o rg an iz aca o d us e stru tu ra s ju dic la riu s e n ao d as n orm as

d o C 6d ig o d e P ro ce sso C iv il. A a ce le ra ca o d aju stic ;:a n ao p od era , p orta nto , se r a s-

seg u rad a som en te com a nova le i o u co m a re v isao d e to do 0 p r o ce ss o c iv il Italiano,q ue e sta a tu alm en te e m estudo", In : T AR ZIA . G iusep pe . 0 n ovo p ro cesso c iv il d e

c o glli~ a o n a I ulI io . R ev is ta d e P ro ce ss o. Sao Paulo:Revista do s Tribunals, n . 79. p.63. jul.vset. 1995.