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Diego Orlando Absorsor Pendular para Controle de Vibrações de Torres Esbeltas Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós- Graduação em Engenharia Civil da PUC-Rio. Área de Concentração: Estruturas. Orientador: Paulo Batista Gonçalves Rio de Janeiro, março de 2006

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Diego Orlando

Absorsor Pendular para Controle de Vibrações de Torres Esbeltas

Dissertação de Mestrado

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da PUC-Rio. Área de Concentração: Estruturas.

Orientador: Paulo Batista Gonçalves

Rio de Janeiro, março de 2006

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Diego Orlando

Absorsor Pendular para Controle de Vibrações de Torres Esbeltas

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da PUC-Rio. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo assinada.

Prof. Paulo Batista Gonçalves Presidente/Orientador

Departamento de Engenharia Civil - PUC-Rio

Prof. Carlos Magluta Universidade Federal do Rio de Janeiro - COPPE-UFRJ

Prof. João Luis Pascal Roehl Departamento de Engenharia Civil - PUC-Rio

Prof. Raul Rosas e Silva Departamento de Engenharia Civil - PUC-Rio

Prof. José Eugênio Leal Coordenador(a) Setorial do Centro Técnico Científico - PUC-Rio

Rio de Janeiro, 03 de março de 2006

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Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem autorização da universidade, do autor e do orientador.

Diego Orlando Graduou-se em Engenharia Civil pela Universidade de Passo Fundo (UPF), em janeiro de 2004. Participou de projetos de iniciação científica no Laboratório de Ensaios em Sistemas Estruturais (LESE-UPF). Ingressou no curso de mestrado em Engenharia Civil da PUC-Rio em março de 2004, atuando na área de Dinâmica Estrutural e Controle de Vibrações.

Ficha Catalográfica

CDD: 624

Orlando, Diego Absorsor pendular para controle de vibrações de torres esbeltas / Diego Orlando ; orientador: Paulo Batista Gonçalves. – Rio de Janeiro : PUC, Departamento de Engenharia Civil, 2006. 168 f. : il. ; 30 cm Dissertação (mestrado) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Engenharia Civil. Inclui referências bibliográficas. 1. Engenharia civil – Teses. 2. Torres esbeltas. 3. Absorsor dinâmico de vibrações. 4. Absorsor pendular. 5. Controle de vibrações. 6. Oscilações não-lineares. 7. Estabilidade dinâmica. I. Gonçalves, Paulo Batista. II. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Engenharia Civil. III. Título.

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Dedico este trabalho como minha mais saudosa homenagem aos meus pais, Wilson Orlando e Melânia Maria Orlando, por todo amor, carinho e auxílio no

decorrer da minha vida. Para meu irmão Thiago Orlando, pela amizade e por todas as oportunidades de

brincadeira e descontração.

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Agradecimentos

Agradeço a vida, e àqueles que passam fazendo-a valer a pena.

Ao Professor Paulo Batista Gonçalves pelas conversas, pelo auxílio constante na

realização deste trabalho, pela paciência e por sua amizade.

Aos professores do Departamento de Engenharia Civil da PUC-Rio pelos

ensinamentos transmitidos.

Aos professores que participaram da Comissão examinadora.

A meus familiares que sempre acreditaram em mim, em especial a minhas avós e

a meus avôs (Fidelis Orlando e Bonifácio Popiolek, in memoriam). A minha “Tia

Ninha”, que ainda está viva em minha memória.

Aos meus amigos de uma vida inteira, em especial Eduardo de Mattos, Erblai de

Mattos Junior, Cleiton Batista Silverio, Henrique Marek, André Guimarães,

Eduardo Zimmer, Maikel Orlando, Célio França, Taiana França, Denise Marek,

Carla Dall’Agnol, Osmar Cervieri e Jaime Giolo.

Aos Professores, Engenheiros e amigos Zacarias Chamberlain e Gilnei Artur

Drehmer pelo constante apoio e incentivo.

Aos colegas e amigos que colaboraram nessa Dissertação em especial Frederico

Martins, André Muller, Eduardo Pasquetti, Walter Menezes e Igor Otiniano.

Aos grandes amigos Julio e Gisele Holtz, Patrícia Cunha, Fernando Ramires e

Alexandre Del Savio obrigado pelo incentivo e apoio.

Aos colegas, companheiros e amigos de festa e descontração Adriano, Thiago

Pecin, Ygor, Christiano, Tiago Proto e Adenilson.

Aos antigos companheiros de republica Tinho, Zé, Fred, Pasquetti e Magnus, por

terem me aturado tanto tempo e aos novos colegas de apartamento Thiago, Erblai

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e Luis Gustavo.

A Cnpq e a Capes pelo apoio financeiro, sem os quais este trabalho não poderia

ser realizado.

A PUC-Rio pela complementação da bolsa através do programa de bolsa de

rendimento acadêmico.

Por fim, a todos aqueles que contribuíram de uma forma ou outra na realização

desta Dissertação.

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Resumo

Orlando, Diego; Gonçalves, Paulo Batista. Absorsor Pendular para Controle de Vibrações de Torres Esbeltas. Rio de Janeiro, 2006. 168p. Dissertação de Mestrado - Departamento de Engenharia Civil, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Nesse trabalho, estuda-se o desempenho de um absorsor pendular no

controle de vibrações de torres altas e esbeltas, ocasionadas por carregamentos

dinâmicos, tais como, por exemplo, cargas ambientais. Em virtude da

possibilidade de oscilações de grande amplitude, considera-se na modelagem do

problema a não-linearidade do pêndulo. O principal objetivo é estudar o

comportamento do sistema torre-pêndulo, submetido a um carregamento

harmônico, no regime não-linear, abordando-se aspectos gerais ligados à

estabilidade dinâmica. Apresenta-se, inicialmente, a formulação necessária para

obter o funcional de energia do sistema coluna-pêndulo, tanto para o caso linear

quanto para o caso não-linear, do qual derivam-se as equações diferenciais

parciais de movimento. A partir das equações lineares, obtêm-se as freqüências

naturais e modos de vibração para alguns casos relevantes de coluna. A seguir,

com base na análise modal do sistema coluna-pêndulo, deriva-se um modelo de

dois graus de liberdade capaz de descrever com precisão o comportamento do

sistema na vizinhança da freqüência fundamental da coluna, do qual obtêm-se as

equações de movimento e as equações de estado não-lineares. Uma análise

paramétrica detalhada das oscilações não-lineares do sistema coluna-pêndulo

demonstra que o absorsor pendular passivo pode reduzir ou amplificar a resposta

da coluna. No estudo da influência da não-linearidade geométrica do pêndulo,

verifica-se a importância dessa na resposta do sistema, evidenciando que a não-

linearidade não pode ser desprezada nessa classe de problema. Por fim, com base

nos resultados, propõe-se um absorsor pendular híbrido. Os estudos revelam que

este controle é mais eficiente que o passivo e que não requer grande gasto de

energia.

Palavras-chave Torres esbeltas, absorsor dinâmico de vibrações, absorsor pendular, controle

de vibrações, oscilações não-lineares, estabilidade dinâmica.

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Abstract

Orlando, Diego; Gonçalves, Paulo Batista. Vibration Control of Slender Towers with a Pendulum Absorber. Rio de Janeiro, 2006. 168p. MSc. Dissertation - Department of Civil Engineering, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

In the present work the performance of a pendulum absorber in the vibration

control of tall and slender towers, caused by dynamic loads, such as,

environmental loads, is studied in detail. Due to the possibility of large amplitude

oscillations, the non-linearity of the pendulum is considered in the modeling of

the problem. The main objective of this research is to study the behavior of the

tower-pendulum system, submitted to a harmonic load, in the nonlinear regimen,

with emphasis on general aspects related to its dynamic stability. It is presented,

initially, the formulation necessary for the derivation of the system’s energy

functional, both for the linear and the nonlinear cases, from which the partial

differential equations of motion are derived and the vibration frequencies and

related vibration modes are obtained. Then, based on the modal analysis of the

column-pendulum system, a two degrees of freedom model, capable of describing

with precision the behavior of the system in the neighborhood of the fundamental

frequency of the column is derived, from which the equations of motion and the

nonlinear state-space equations are obtained. A detailed parametric analysis of the

nonlinear oscillations of the system is carried out. It shows that the pendulum may

reduce or amplify the response of the column. The results show a marked

influence of the geometric not-linearity of the pendulum on the response of the

system, showing that its not-linearity cannot be neglected in this class of

problems. Finally, based on the results, a hybrid control approach is proposed.

These studies show that this control strategy is more efficient than the passive

control alone and that it does not require a large amount of energy.

Keywords Slender towers, dynamic vibration absorber, pendulum absorber, vibration

control, nonlinear oscillations, dynamic stability.

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Sumário

1 Introdução 27 1.1. Motivação 32

1.2. Objetivos 33

1.3. Organização do Trabalho 33

2 Formulação do Problema 35

2.1. Funcional de Energia do Sistema – Formulação Não-Linear 36

2.1.1. Energia Potencial Total da Coluna 37

2.1.2. Energia Cinética da Coluna 42

2.1.3. Amortecimento da Coluna 43

2.1.4. Força Harmônica 44

2.1.5. Funcional de Energia da Coluna – Formulação Não-Linear 44

2.1.6. Funcional de Energia do Pêndulo – Formulação Não-Linear 44

2.1.7. Montagem do Funcional de Energia do Sistema – Formulação

Não-Linear 47

2.2. Funcional de Energia do Sistema – Coluna Linear 47

2.3. Dedução das Equações Diferenciais de Movimento 48

3 Freqüências Naturais e Modos de Vibração da Coluna 50

3.1. Coluna de Seção Constante sem Força Axial 50

3.1.1. Estudo das Freqüências Naturais 57

3.1.2. Estudo dos Modos de Vibração 60

3.2. Coluna de Seção Variável com Força Axial 62

3.2.1. Avaliação da Força Axial 66

3.2.2. Exemplo Numérico 67

3.2.2.1. Coluna sem o Efeito do Peso Próprio 69

3.2.2.2. Coluna com o Efeito do Peso Próprio 69

4 Solução do Sistema Coluna-Pêndulo 71

4.1. Solução Modal 71

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4.2. Exemplo 72

4.3. Justificativa para o Modelo de dois Graus de Liberdade 76

4.3.1. Equações Não-Lineares do Modelo de Dois Graus de

Liberdade 76

4.4. Correlação com o Modelo Discreto de Dois Graus de

Liberdade 76

4.5. Relação Freqüência-Amplitude da Coluna com Pêndulo

Absorsor 79

5 Estudo Paramétrico do Sistema Coluna-Pêndulo 87

5.1. Influência da Freqüência da Excitação no Comportamento

do Sistema 87

5.2. Influência da Freqüência do Pêndulo no Comportamento

do Sistema 97

5.3. Influência das Condições Iniciais do Pêndulo Absorsor no

Comportamento do Sistema 100

5.3.1. Resposta do Sistema a um Carregamento Senoidal 100

5.3.2. Comportamento do Sistema sob um Pulso Senoidal 104

5.3.3. Comportamento do Sistema sob um Pulso Retangular 105

5.3.4. Comportamento do Sistema para uma Velocidade Inicial 106

5.4. Influência do Amortecimento do Pêndulo no Comportamento

do Sistema 107

5.5. Influência de uma Mola com Rigidez Linear 108

5.5.1. Variação da Rigidez Linear 109

5.5.2. Efeito de uma Mola Não-Linear 111

6 Resposta do Sistema Não-Linear 114

6.1. Obtenção das Equações Algébricas Não-Lineares 114

6.2. Resultados Numéricos 117

6.2.1. Exemplo 1 118

6.2.2. Exemplo 2 127

7 Absorsor Dinâmico de Vibrações Híbrido 139

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7.1. Comportamento do Sistema em Função dos Parâmetros

da Força de Controle 142

7.1.1. Influência do parâmetro f 143

7.1.2. Influência do parâmetro β 147

7.2. Comportamento do Sistema Considerando Defasagem

no Cálculo da Força de Controle 151

7.3. Comportamento do Sistema para um Pulso Retangular 155

7.4. Comportamento do Sistema para um Pulso com Amplitude

Variável 157

8 Conclusões e Sugestões 160

8.1. Conclusões 160

8.2. Sugestões 161

9 Referências Bibliográficas 162

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Lista de Figuras

Figura 1.1: Torres de telecomunicações. 27

Figura 1.2: Desprendimento de vórtices (Techet, 2005). 28

Figura 2.1: Coluna em estudo. 35

Figura 2.2: Deslocamento transversal e encurtamento da coluna. 38

Figura 2.3: Elemento infinitesimal da linha neutra da viga. 38

Figura 2.4: Parâmetros do pêndulo. 45

Figura 3.1: Coluna de seção constante sem força axial. 51

Figura 3.2: Modos de vibração da coluna. 54

Figura 3.3: Parcelas da condição de continuidade do esforço

cortante. 55

Figura 3.4: Variação da primeira freqüência em função de α e υ . 58

Figura 3.5: Variação da segunda freqüência em função de α e υ . 59

Figura 3.6: Variação da terceira freqüência em função de α e υ . 59

Figura 3.7: Comparação entre as três primeiras freqüências

quando 1=υ . 60

Figura 3.8: Forma do primeiro modo de vibração variando-se υ . 61

Figura 3.9: Forma do segundo modo de vibração variando-se υ . 61

Figura 3.10: Forma do terceiro modo de vibração variando-se υ . 62

Figura 3.11: Coluna de seção variável com força axial. 63

Figura 3.12: Variação da força axial (Li et al., 2000). 67

Figura 3.13: Coluna do exemplo numérico. 68

Figura 3.14: Modos de vibração da coluna sem o efeito do

peso próprio. 69

Figura 3.15: Modos de vibração da coluna com o efeito do

peso próprio. 70

Figura 4.1: Exemplo em estudo. 72

Figura 4.2: Modos de vibração do sistema coluna-pêndulo. 75

Figura 4.3: Sistema discreto massa-pêndulo. 77

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Figura 4.4: Comportamento do fator de amplificação de

deslocamento da coluna. 82

Figura 4.5: Comportamento do fator de amplificação da rotação

no topo da coluna. 82

Figura 4.6: Comportamento do fator de amplificação de

deslocamento da coluna para o ajuste ótimo. 85

Figura 4.7: Comportamento do fator de amplificação de

deslocamento da coluna para diferentes relações de µ . 86

Figura 5.1: Espectro de resposta de deslocamento do sistema

para 7965.0/ =cp ωω . 88

Figura 5.2: Espectro de resposta de deslocamento do sistema

para 00.1/ =cp ωω . 88

Figura 5.3: Espectro de resposta de deslocamento do sistema

para 1151.1/ =cp ωω . 89

Figura 5.4: Espectro de resposta de deslocamento da coluna

para 7965.0/ =cp ωω . 89

Figura 5.5: Espectro de resposta de deslocamento da coluna

para 00.1/ =cp ωω . 90

Figura 5.6: Espectro de resposta de deslocamento da coluna

para 1151.1/ =cp ωω . 90

Figura 5.7: Variação das amplitudes máximas de deslocamento

da coluna original e com absorsor na resposta permanente. 92

Figura 5.8: Diagramas de bifurcação para o deslocamento da

coluna na resposta permanente. 93

Figura 5.9: Resposta no tempo, plano fase e seção de Poincaré

da resposta permanente da coluna. 94

Figura 5.10: Diagramas de bifurcação para o deslocamento angular

do pêndulo na resposta permanente. 95

Figura 5.11: Resposta no tempo, plano fase e seção de Poincaré

da resposta permanente do pêndulo. 96

Figura 5.12: Amplitudes máximas da resposta total e permanente

da coluna e do pêndulo. 98

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Figura 5.13: Comportamento das amplitudes durante a resposta

permanente. 99

Figura 5.14: Comportamento da força adimensional F. 100

Figura 5.15: Comportamento das amplitudes máximas da coluna

na resposta total para um carregamento harmônico senoidal. 101

Figura 5.16: Comportamento das amplitudes máximas da coluna

na resposta permanente para um carregamento harmônico senoidal. 101

Figura 5.17: Resposta da coluna no tempo para um carregamento

harmônico senoidal. 102

Figura 5.18: Comportamento das amplitudes máximas do pêndulo

na resposta total para um carregamento harmônico senoidal. 102

Figura 5.19: Comportamento das amplitudes máximas do pêndulo na

resposta permanente para um carregamento harmônico senoidal. 103

Figura 5.20: Resposta do pêndulo no tempo para um carregamento

harmônico senoidal. 103

Figura 5.21: Pulso senoidal. 104

Figura 5.22: Comportamento das amplitudes máximas da coluna

para um pulso senoidal. 104

Figura 5.23: Comportamento das amplitudes máximas do pêndulo

para um pulso senoidal. 105

Figura 5.24: Pulso retangular. 105

Figura 5.25: Comportamento das amplitudes máximas da coluna

para um pulso retangular. 106

Figura 5.26: Comportamento das amplitudes máximas da coluna

para uma velocidade inicial. 106

Figura 5.27: Amplitudes de deslocamento da coluna na resposta

transiente para diferentes valores de pξ . 107

Figura 5.28: Influência da variação da taxa de amortecimento

do pêndulo nas amplitudes máximas de resposta da coluna e

do pêndulo. 108

Figura 5.29: Comportamento das amplitudes máximas do sistema

na resposta total em função da variação de rigidez do pêndulo. 110

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Figura 5.30: Comportamento das amplitudes máximas do

sistema na resposta permanente em função da variação de

rigidez do pêndulo. 111

Figura 6.1: Variação de θ para cp ωω / =1.0, pξ =0.0%, µ =0.20 e

F = 0.092. 119

Figura 6.2: Variação de ζ para cp ωω / =1.0, pξ =0.0%, µ =0.20 e

F = 0.092. 119

Figura 6.3: Variação do ângulo de fase ϕ para cp ωω / =1.0,

pξ =0.0%, µ =0.20 e 092.0=F . 120

Figura 6.4: Variação do ângulo de fase ψ para cp ωω / =1.0,

pξ =0.0%, µ =0.20 e 092.0=F . 120

Figura 6.5: Influência do amortecimento do pêndulo em θ e

ζ para cp ωω / =1.0, µ =0.20 e F = 0.092. 121

Figura 6.6: Variação de θ para cp ωω / =0.833, pξ =26.23%,

µ =0.20 e F = 0.041. 121

Figura 6.7: Variação do deslocamento angular θ ao longo do

tempo para cp ωω / =0.833, pξ =26.23%, µ =0.20 e F = 0.041. 122

Figura 6.8: Variação de ζ para cp ωω / =0.833, pξ =26.23%,

µ =0.20 e F = 0.041. 123

Figura 6.9: Variação do deslocamento ζ ao longo do tempo para

cp ωω / =0.833, pξ =26.23%, µ =0.20 e F = 0.041. 123

Figura 6.10: Variação do ângulo de fase ϕ para cp ωω / =1.0,

pξ =26.23%, µ =0.20 e F = 0.041. 124

Figura 6.11: Variação do ângulo de fase ψ para cp ωω / =1.0,

pξ =26.23%, µ =0.20 e F = 0.041. 124

Figura 6.12: Variação das amplitudes de deslocamento θ e

ζ )/( estxx para cp ωω / =0.833, pξ =26.23%, µ =0.20 e

F = 0.041 (Pinheiro, 1997). 125

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Figura 6.13: Influência da não-linearidade do pêndulo em θ e

ζ para cp ωω / =1.0, µ =0.20 e F = 0.092. 127

Figura 6.14: Influência da não-linearidade do pêndulo em θ e

ζ para cp ωω / =1.0, µ =0.20, F = 0.092 e 25.0=pótimoξ . 127

Figura 6.15: Amplitudes de deslocamento angular θ para

cp ωω / =1.018, pξ =0.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007. 128

Figura 6.16: Diagrama de bifurcação do mapa de Poincaré.

Variação da coordenada θ para cp ωω / =1.018, pξ =0.0%,

µ =0.04 e sζ = 0.007. 129

Figura 6.17: Amplitudes de deslocamento ζ para cp ωω / =1.018,

pξ =0.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007. 129

Figura 6.18: Diagrama de bifurcação do mapa de Poincaré.

Variação da coordenada ζ para cp ωω / =1.018, pξ =0.0%,

µ =0.04 e sζ = 0.007. 130

Figura 6.19: Amplitudes de deslocamento angular θ para

cp ωω / =1.018, pξ =7.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007. 130

Figura 6.20: Diagrama de bifurcação do mapa de Poincaré.

Variação da coordenada θ para cp ωω / =1.018, pξ =7.0%,

µ =0.04 e sζ = 0.007. 131

Figura 6.21: Variação do deslocamento angular θ ao longo

do tempo para cp ωω / =1.018, pξ =7.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007. 132

Figura 6.22: Amplitude de deslocamento ζ para cp ωω / =1.018,

pξ =7.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007. 133

Figura 6.23: Diagrama de bifurcação do mapa de Poincaré.

Variação da coordenada ζ para cp ωω / =1.018, pξ =7.0%,

µ =0.04 e sζ = 0.007. 133

Figura 6.24: Variação do deslocamento ζ ao longo do tempo para

cp ωω / =1.018, pξ =7.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007. 134

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Figura 6.25: Comportamento das amplitudes de deslocamento

angular do pêndulo para diferentes valores de sζ e cp ωω / =1.018,

pξ =0.0% e µ =0.04. 136

Figura 6.26: Comportamento das amplitudes de deslocamento

da coluna para diferentes valores de sζ e cp ωω / =1.018,

pξ =0.0% e µ =0.04. 136

Figura 6.27: Comportamento das amplitudes de deslocamento

da coluna original para diferentes valores de sζ . 137

Figura 6.28: Comportamento das amplitudes de deslocamento

angular do pêndulo para diversos valores de sζ e cp ωω / =1.018,

pξ =7.0% e µ =0.04. 137

Figura 6.29: Comportamento das amplitudes de deslocamento

da coluna para diversos valores de sζ e cp ωω / =1.018, pξ =7.0%

e µ =0.04. 138

Figura 7.1: Comportamento da função )tanh( xβ . 140

Figura 7.2: Comportamento das amplitudes do sistema e da

força de controle. 141

Figura 7.3: Comparação das amplitudes de deslocamento da

coluna, sem e com a força de controle. 142

Figura 7.4: Comparação das amplitudes de deslocamento

angular do pêndulo, sem e com a força de controle. 142

Figura 7.5: Comportamento das amplitudes de deslocamento

da coluna no tempo variando f . 145

Figura 7.6: Comportamento das amplitudes de deslocamento

angular do absorsor pendular no tempo variando f . 147

Figura 7.7: Comportamento das amplitudes de deslocamento

da coluna no tempo variando β . 148

Figura 7.8: Comportamento das amplitudes de deslocamento

angular do absorsor pendular no tempo variando β . 150

Figura 7.9: Comportamento da função )(sign x . 150

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Figura 7.10: Variação da amplitude máxima da coluna em

função de β . 155

Figura 7.11: Variação da amplitude máxima da coluna em

função de f . 155

Figura 7.12: Comportamento das amplitudes do sistema com

a força de controle para um pulso retangular. 156

Figura 7.13: Força de excitação da equação (7.3). 158

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Lista de Tabelas

Tabela 3.1: Comparação dos resultados. 53

Tabela 3.2: Freqüências naturais da coluna sem o efeito do

peso próprio (rad/s). 69

Tabela 3.3: Freqüências naturais da coluna com o efeito do

peso próprio (rad/s). 70

Tabela 4.1: Freqüências naturais do sistema (rad/s). 74

Tabela 4.2: Modos de vibração do sistema. 75

Tabela 5.1: Valores máximos da resposta não controlada. 98

Tabela 5.2: Amplitudes de deslocamento da coluna na resposta

transiente para diferentes pξ . 107

Tabela 5.3: Variação da relação de freqüências com a variação

da rigidez do pêndulo. 109

Tabela 5.4: Amplitudes máximas da coluna na resposta total

com a variação de rigidez não-linear. 112

Tabela 5.5: Amplitudes máximas do pêndulo na resposta total

com a variação de rigidez não-linear. 113

Tabela 5.6: Amplitudes máximas da resposta da coluna na fase

permanente em função da variação de rigidez não-linear 113

Tabela 5.7: Amplitudes máximas da resposta do pêndulo na fase

permanente em função da variação de rigidez não-linear. 113

Tabela 6.1: Comparação das amplitudes máximas obtidas

no domínio da freqüência e no domínio do tempo para

cp ωω / =0.833, pξ =26.23%, µ =0.20 e F = 0.041. 126

Tabela 6.2: Comparação das amplitudes máximas obtidas

no domínio da freqüência e no domínio do tempo para

cp ωω / =1.018, pξ =7.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007. 135

Tabela 7.1: Influência do parâmetro f nas amplitudes máximas

da coluna na resposta total. 143

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Tabela 7.2: Influência do parâmetro f nas amplitudes máximas

da coluna na resposta permanente. 144

Tabela 7.3: Influência do parâmetro f nas amplitudes máximas

do pêndulo na resposta total. 145

Tabela 7.4: Influência do parâmetro f nas amplitudes máximas

do pêndulo na resposta permanente. 146

Tabela 7.5: Influência do parâmetro β nas amplitudes máximas

da coluna na resposta total. 147

Tabela 7.6: Influência do parâmetro β nas amplitudes máximas

da coluna na resposta permanente. 148

Tabela 7.7: Influência do parâmetro β nas amplitudes máximas

do pêndulo na resposta total. 149

Tabela 7.8: Influência do parâmetro β nas amplitudes máximas

do pêndulo na resposta permanente. 149

Tabela 7.9: Influência da defasagem nas amplitudes máximas

da coluna na resposta total para 00.1=f e 6000=β . 151

Tabela 7.10: Influência da defasagem nas amplitudes máximas

da coluna na resposta permanente para 00.1=f e 6000=β . 151

Tabela 7.11: Influência da defasagem nas amplitudes máximas

do pêndulo na resposta total para 00.1=f e 6000=β . 152

Tabela 7.12: Influência da defasagem nas amplitudes máximas

do pêndulo na resposta permanente para 00.1=f e 6000=β . 152

Tabela 7.13: Influência da defasagem nas amplitudes máximas

da coluna na resposta total para 00.1=f e 60=β . 153

Tabela 7.14: Influência da defasagem nas amplitudes máximas

da coluna na resposta permanente para 00.1=f e 60=β . 153

Tabela 7.15: Influência da defasagem nas amplitudes máximas

do pêndulo na resposta total para 00.1=f e 60=β . 154

Tabela 7.16: Influência da defasagem nas amplitudes máximas

do pêndulo na resposta permanente para 00.1=f e 60=β . 154

Tabela 7.17: Influência da duração do pulso retangular na

resposta da coluna. 156

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Tabela 7.18: Influência da duração do pulso retangular na resposta

do pêndulo. 157

Tabela 7.19: Influência do parâmetro 0ε nas amplitudes máximas

da coluna. 158

Tabela 7.20: Influência do parâmetro 0ε nas amplitudes máximas

do pêndulo. 159

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Lista de Símbolos

,A área da seção transversal da coluna de seção transversal constante;

,jA amplitudes; constantes da função nf ;

,0A área da seção transversal da base da coluna de seção transversal

variável;

,xA área da seção tranversal a uma altura x da base da coluna de seção

transversal variável;

,b número de termos necessários para descrição do campo de

deslocamento com a precição desejada;

,C coeficiente de amortecimento da coluna;

,C vetor de constantes;

,dC coeficiente de amortecimento da massa do modelo discreto;

,iC constantes;

,pC coeficiente de amortecimento do pêndulo;

,pdC coeficiente de amortecimento do pêndulo no modelo discreto;

,extd diâmetro externo da seção da coluna;

,ds elemento infinítessimal curvo;

,dx elemento infinítessimal linear na direção do eixo x;

,e espessura da parede da coluna;

,E módulo de elasticidade do material da torre; energia dissipada;

,dE energia dissipada do sistema;

,0EI rigidez a flexão na base da coluna;

,xEI rigidez a flexão da coluna na seção x;

,f magnitude da força de controle;

,nf função de aproximação para deflexão da coluna;

,F força de excitação adimensional;

,F matriz de coeficientes;

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,ζFA fator de amplificação de deslocamento da coluna;

,ψFA fator de amplificação de rotação da coluna;

,_ ótimoFAζ fator de amplificação da coluna ótimo;

,Fc força de controle;

,eF força de excitação para uma explosão, ou terremoto, ou rajada de

vento;

,oF amplitude da força de excitação;

,g aceleração da gravidade;

,I momento de inércia da seção transversal da coluna;

,nI função de Bessel de terceiro tipo;

,xI momento de inércia da seção transversal da coluna, na seção x;

,l comprimento da haste do pêndulo absorsor;

,dl comprimento da haste do pêndulo no modelo discreto;

,, in JJ função de Bessel de primeiro tipo;

,L comprimento da coluna;

,1L comprimento da extremidade engastada até a massa concentrada cM ;

,2L comprimento da massa concentrada cM até a extremidade livre da

coluna;

,K matriz de rigidez do sistema coluna-pêndulo;

,dK rigidez elástica da massa do modelo discreto;

,nK função de Bessel de quarto tipo;

,nlK rigidez não-linear do pêndulo absorsor;

,pK rigidez torsional do pêndulo absorsor;

,pdK rigidez torsional do pêndulo do modelo discreto;

,m massa do pêndulo absorsor;

,dm massa do pêndulo do modelo discreto;

,M massa por unidade de comprimento na coluna da seção transversal

constante;

,M matriz de massa do sistema coluna-pêndulo;

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,cM massa concentrada na coluna;

,dM massa do modelo discreto;

,oM massa por unidade de comprimento na base da coluna de seção

transversal variável;

,tM massa total da coluna;

,xM massa por unidade de comprimento da coluna de seção transversal

variável na seção x; ,n parâmetro que descreve a mudança de seção transversal da coluna;

,N força axial na coluna de seção transversal constante;

,0N força axial na base da coluna de seção transversal variável;

,xN força axial na coluna de seção transversal variável na seção x;

,p carga concentrada no topo da coluna;

),,( txP força transversal que age na seção x em um tempo t ;

,q carga axial devida ao peso próprio da coluna de seção transversal

constante;

,iq coordenadas generalizadas;

,xq carga axial devida ao peso próprio da coluna de seção transversal

variável na seção x;

,0q carga axial devida ao peso próprio na base da coluna de seção

transversal variável;

,Q força genérica externa;

,t tempo;

,T energia cinética; período do sistema coluna-pêndulo;

,plT energia cinética do pêndulo;

,u deslocamento axial;

,U energia interna de deformação; carga de vento;

,fU energia da membrana gerada pela deformação axial;

,mU energia de flexão gerada pelo alongamento das fibras tracionadas e o

encurtamento das fibras comprimidas; ,v velocidade tangencial da massa do pêndulo;

,pV potencial das cargas externas;

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,plV energia potencial total do pêndulo;

),(dYn função de Bessel de segundo tipo;

,x coordenada axial; ,w deslocamento transversal da coluna; ,w deslocamento transversal da coluna;

,esw deslocamento estático da coluna;

,W trabalho;

,ncW trabalho realizado pelas forças não conservativas;

,pW trabalho realizado pela força harmônica;

,1

0R curvatura da estrutura indeformada;

,1

fR curvatura do eixo deformado;

,α relação entre a massa concentrada ( cM ) e massa total da coluna ( tM );

parâmetro de controle da rigidez não-linear do pêndulo;

,β parâmetro de controle da força de controle;

,jβ parâmetro de freqüência;

,δ variação dos termos; função delta de Dirac;

,ε deformação específica da linha neutra;

,0ε parâmetro de controle da força de excitação eF ;

,ζ parâmetro adimensional de deslocamento da coluna;

,sζ parâmetro adimensional de deslocamento estático; amplitude da força

de excitação (adimensional);

,origζ parâmetro adimensional de deslocamento da coluna original;

,η parâmetro que descreve a mudança de seção transversal da coluna;

,ϖ relação entre a freqüência de excitação e a freqüência natural da

coluna;

,θ deslocamento angular do pêndulo absorsor;

,θ deslocamento angular do pêndulo absorsor;

,0θ condição inicial do deslocamento angular do pêndulo absorsor;

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,ϑ relação entre a freqüência natural do pêndulo e a freqüência natural da

coluna;

,ótimoϑ relação ótima entre a freqüência natural do pêndulo e a freqüência

natural da coluna; ,µ relação entre a massa do pêndulo e massa da coluna;

,cξ taxa de amortecimento da coluna;

,pξ taxa de amortecimento do pêndulo absorsor;

,pótimoξ taxa de amortecimento do pêndulo absorsor ótimo;

,π energia potencial; pi; ,ρ massa por unidade de volume;

,τ parâmetro adimensional de tempo (dado por teω );

,υ parâmetro de posição da massa concentrada ao longo da coluna;

),(xφ deslocamento lateral da torre; modos de vibração;

,, 21 φφ funções peso;

,ϕ ângulo de fase; ,χ mudança de curvatura; ,ψ ângulo formado entre o eixo x e o eixo da viga; ângulo de fase; ,ω freqüência do sistema coluna-pêndulo;

,cω freqüência natural da coluna;

,eω freqüência de excitação;

,pω freqüência natural do pêndulo absorsor;

,Γ função gamma;

,∆ encurtamento na extremidade da coluna.

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1 Introdução

Em virtude dos constantes avanços nas áreas de materiais e técnicas

construtivas, aliadas ao desenvolvimento dos métodos de cálculo e às

necessidades tecnológicas, as estruturas do tipo torres de telecomunicações têm-se

tornado cada vez mais altas e esbeltas. A Figura 1.1 apresenta algumas torres de

telecomunicações.

(a) CN Tower, Toronto, 553m. (b) Europe Tower, Frankfurt, 331m.

(c) Torre da TV, Brasília, 224m. (d) Torre da Telepar, Curitiba, 109.4m.

Figura 1.1: Torres de telecomunicações.

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As torres de telecomunicações, devido a sua altura e esbeltez, estão cada vez

mais vulneráveis à ocorrência de vibrações excessivas causadas por

carregamentos dinâmicos, tais como, por exemplo, ventos e terremotos.

A ação do vento é de suma importância nas torres, pois gera vibrações por

flexão, ocasionando grandes deslocamentos e rotações no topo das mesmas. Estas

vibrações causam irregularidades nos sinais de torres de telecomunicação, em

função de desvios excessivos das antenas, trazendo também certo desconforto às

pessoas, em função do movimento, no caso de torres altas com plataformas de

observação. Em certos casos estas vibrações podem até mesmo afetar a

integridade estrutural da torre.

Figura 1.2: Desprendimento de vórtices (Techet, 2005).

As vibrações por flexão em torres são usualmente provocadas pelo

desprendimento cadenciado de vórtices, como ilustrado na Figura 1.2, gerando

uma força perpendicular à incidência do vento na torre, sendo essa força lateral

uma força praticamente harmônica. Conceitos e estudos do comportamento de

estruturas submetidas à ação do vento são apresentadas por Korenev & Reznikov

(1993) e Pinheiro (2004).

Uma alternativa para minimizar estas vibrações, amplamente estudada nas

últimas décadas, é o controle estrutural, que é capaz de absorver e dissipar parte

da energia vibratória. O controle estrutural basicamente promove uma alteração

nas propriedades de rigidez e amortecimento da estrutura, seja pela adição de

dispositivos externos, seja pela ação de forças externas (Avila et al., 2005).

Estruturas sujeitas a ações dinâmicas, projetadas com esses mecanismos de

controle, apresentam vida útil maior, pois as amplitudes de vibração são menores

(Pinheiro, 1997). Conceitos básicos, experimentos e aplicações práticas desses

dispositivos são encontrados em Korenev & Reznikov (1993) e Soong & Dargush

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(1997), dentre outros. No Brasil as aplicações práticas de controle estrutural ainda

não estão muito difundidas, mas vem atraindo a atenção da comunidade científica

devido a sua importância, resultando numa série de trabalhos. Dentre as pesquisas

correlacionadas com esse trabalho, podem-se citar: Magluta (1993), Pinheiro

(1997), Pinto (1999), Marques (2000) e Avila (2002).

Hoje existem várias metodologias de controle de vibrações em estruturas,

que vão desde técnicas simples baseadas na introdução de materiais

amortecedores passivos, modificação e otimização do projeto estrutural, até o uso

de sofisticados sistemas de controle ativo em malha fechada (Marques, 2000).

Nesse contexto, um controle estrutural em franca expansão são os absorsores

dinâmicos de vibrações (ADVs). Esse tipo de controle estrutural tem-se revelado

robusto, confiável e econômico, sendo que, por essa razão, os ADVs tornaram-se

objeto da atenção dos pesquisadores e engenheiros em todo o mundo.

A invenção do ADV é associada ao nome de Frahm, que em 1909 patenteou

o primeiro projeto de um ADV (Korenev & Reznikov, 1993). De acordo com

Borges et al. (2005), pode-se citar como aplicações práticas desses dispositivos os

estabilizadores de navios, a absorção de vibração em linhas de transmissão de

potência, a redução de vibração em estrutura rígida contínuas de grande porte,

torres, edifícios altos e pontes, dentre outras.

Nesse tipo de controle, o sistema auxiliar (ADV), a partir de suas

propriedades de massa, rigidez e amortecimento, é responsável pela criação de

forças de inércia, forças elásticas e de amortecimento opostas às forças atuantes na

estrutura, fazendo com que o trabalho realizado pela força distribuída na estrutura

principal seja reduzido. De acordo com Avila et al (2005), a adição de um ADV

tem como objetivo trazer a amplitude do pico de ressonância para seu mais baixo

valor possível, a fim de que amplificações menores ao longo de uma faixa mais

larga de freqüência próxima à de ressonância possam ser atingidas.

Os absorsores dinâmicos de vibrações são divididos em: passivos, onde a

magnitude das forças de controle é dependente das propriedades do próprio

sistema auxiliar; adaptativos, que são aqueles cujos parâmetros físicos de massa,

rigidez e amortecimento podem ser ajustados; e híbridos, que dispõem de um

elemento ativo (atuador), colocado paralelamente aos elementos passivos. Avila

(2002) apresenta uma revisão bibliográfica detalhada sobre os diversos

dispositivos de controle estrutural.

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No ADV passivo a magnitude das forças de controle depende apenas de

suas propriedades físicas de massa, rigidez e amortecimento. De acordo com

Marques (2000), a escolha de seus parâmetros de inércia, amortecimento e rigidez

é baseada na sintonização de sua freqüência natural à freqüência de excitação

harmônica cujo valor é admitido como fixo. Os ADVs passivos destacam-se dos

demais por não necessitarem de energia e não causarem instabilidade, sendo

simples e confiáveis. Entretanto, há limitações no uso dessa tecnologia, já que os

dispositivos são projetados de forma a funcionar eficientemente dentro de uma

determinada faixa de freqüência (Avila, 2002). Uma vez que a estrutura seja

excitada fora da faixa de freqüência de projeto, o controle reduz sua eficiência.

Liu & Liu (2004), oferecem uma detalhada contribuição ao estudo de absorsores

dinâmicos de vibrações passivos, introduzindo novos conceitos e apresentando

novos parâmetros ótimos.

No campo dos AVDs passivos, Mustafa & Ertas (1995), Ertas et al. (2000),

Cuvalci (2000) e Yaman & Sen (2004) apresentam estudos do comportamento de

um absorsor pendular acoplado a uma estrutura de um grau de liberdade. Todos

destacam a eficiência desse dispositivo na redução das vibrações da estrutura.

Mustafa & Ertas (1995) mostram a influência de uma mola torsional junto ao

absorsor pendular no ponto de conexão desse com a estrutura. Ertas et al. (2000) e

Yaman & Sen (2004) estudam a influência da não-linearidade geométrica da

estrutura principal e Cuvalci (2000) analisa o comportamento desse sistema com a

adição da não-linearidade do absorsor pendular. Mais recentemente, Vyas & Bajaj

(2001) estudaram o comportamento de vários absorsores pendulares acoplados a

uma estrutura principal de um grau de liberdade. Naquele trabalho também é

apresentado um estudo do comportamento do sistema com a variação dos

parâmetros dos absorsores e sua influência na qualidade dos resultados. Já Pirner

(2002) apresenta um absorsor esférico de vibrações, descrevendo a teoria,

experimentos e aplicações práticas e Naprstek & Pirner (2002) demonstram o

comportamento não-linear e estabilidade dinâmica desse dispositivo de controle.

Os ADVs adaptativos são aqueles cujos parâmetros físicos de massa, rigidez

e amortecimento podem ser ajustados, conferindo aos dispositivos a capacidade de

sintonização em uma gama maior de freqüências (Marques, 2000). Ainda, nesse

contexto, os recentes avanços tecnológicos obtidos na produção dos chamados

materiais inteligentes (materiais piezelétricos, materiais com memória forma,

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fluidos eletro-reológicos e magneto-reológicos) oferecem amplas possibilidades

para a proposição de novas configurações de ADVs adaptativos. Winthrop et al.

(2005) apresentam uma sumarização dos diversos mecanismos de controle de

rigidez, fazendo uma comparação da performance desses dispositivos e mostram,

ainda, que os resultados encontrados na literatura podem ser explicados a partir da

solução exata por eles obtida. Finalizando, apresentam uma ferramenta para o uso

dessa técnica em sistema com dispositivos de controle adaptativo de rigidez.

No que diz respeito aos ADVs adaptativos, Franchek et al. (1995) propõem

um absorsor adaptativo, que tem a rigidez controlada por um algoritmo de

realimentação robusto que é baseado nas variações dos parâmetros do absorsor e é

insensível a outras perturbações ou mudanças. Williams et al. (2002) apresentam

um absorsor adaptativo que utiliza uma liga de memória forma para controlar a

rigidez, aumentando assim a faixa de freqüência em que o absorsor atua de forma

eficiente. Eles apresentam ainda uma discussão das propriedades desse material e

seu uso como um material estrutural adaptável no controle de vibrações. Mais

tarde, Williams et al. (2005) iriam expandir os conceitos do absorsor adaptativo

com liga de memória forma utilizando um controlador não-linear, mostrando a

melhoria na performance do absorsor. Já Nagarajaiah & Varadarajan (2005)

propõem um novo algoritmo para controle de rigidez do absorsor adaptativo para

estruturas altas e esbeltas.

Os ADVs híbridos ou ativos possuem um elemento ativo (atuador),

colocado paralelamente aos elementos passivos, sendo a força exercida pelo

atuador calculada através de uma estratégia de controle previamente estabelecida

(Marques, 2000). De acordo com Avila (2002), esse tipo de controle tem a

vantagem de exigir forças de magnitudes bem menores nos atuadores que no

controle puramente ativo, gerando uma redução considerável no custo, além de

um desempenho mais eficiente quando comparado ao controle passivo, ampliando

assim a faixa de freqüências em que o mesmo funciona de forma eficiente. Ainda,

o ADV híbrido tem a vantagem de seu componente passivo propiciar um certo

grau de proteção à estrutura na falta de energia.

Filipovic & Schoroder (1998) apresentam um tipo de absorsor ativo que

possui realimentação local, mostrando os conceitos e o comportamento desse

dispositivo. Já Jalili & Olgac (1999) apresentam um absorsor ativo que possui

múltiplos ressonadores defasados para controlar as vibrações de estruturas com

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vários graus de liberdade. Oueini et al. (1999) propõem um absorsor não-linear

ativo baseado na introdução de um absorsor na estrutura juntamente com um

sensor e um atuador, onde a realimentação e o controle do sinal são quadráticos.

Nesse estudo aborda-se o comportamento de uma torre com um absorsor

dinâmico de vibração sujeita a um dado carregamento harmônico senoidal, que

representa, de maneira simplificada, uma carga dinâmica de vento. O ADV

utilizado para reduzir as vibrações da torre é o absorsor pendular, que está fixado

na extremidade superior da estrutura. Inicialmente, considera-se que o sistema de

controle é passivo. Posteriormente, com base no comportamento do absorsor

passivo, é proposto um ADV híbrido.

Uma característica do absorsor pendular é que ele pode desenvolver

oscilações em regime não-linear, diferente da maioria dos sistemas de absorção

massa-mola ou outros mais comuns, sendo o seu uso bastante adequado a

estruturas do tipo torre. Assim, deve-se ter um conhecimento melhor dos

parâmetros de eficiência no regime não-linear de oscilação. Ao considerar apenas

as equações que regem o movimento desse sistema no regime linear, tem-se que

os resultados não são confiáveis. Ainda, o modelo matemático que melhor

representa o funcionamento do absorsor é dado pelas equações não-lineares

completas, contendo os termos de inércia, elástico e amortecimento do absorsor

pendular dinâmico de vibrações.

1.1. Motivação

A motivação para o estudo de absorsores dinâmicos de vibrações é o grande

interesse da comunidade científica que afirma que o controle estrutural tem um

grande potencial para melhorar a performance de estruturas existentes ou novas.

Para Avila (2002), obstáculos devem ser superados antes que essa tecnologia de

controle estrutural seja aceita de forma geral pelos profissionais de engenharia e

construção, apesar dos estudos já realizados e do razoável número de aplicações

práticas (Spencer Jr. & Sain, 1997).

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1.2. Objetivos

Essa dissertação está inserida na linha de pesquisa em Instabilidade e

Dinâmica das Estruturas do Departamento de Engenharia Civil da PUC-Rio.

Pretende-se com essa pesquisa fornecer uma contribuição na área de proteção de

estruturas civis contra excitações dinâmicas indesejáveis.

O objetivo é aprofundar o estudo paramétrico do sistema torre-pêndulo no

regime não-linear, abordando aspectos gerais ligados à estabilidade dinâmica e

propor um sistema de controle estrutural híbrido para controle de vibrações por

flexão em torres de telecomunicações.

1.3. Organização do Trabalho

O presente trabalho constitui-se de oito capítulos, incluindo-se esse de

introdução, onde são apresentados conceitos básicos, formulações utilizadas,

resultados obtidos, conclusões e sugestões para continuação da pesquisa, a saber:

O capítulo 2 apresenta a formulação necessária para obter o funcional de

energia, tanto para o caso linear quanto para o caso não-linear. Além disso, são

obtidas as equações de movimento através dos funcionais de energia.

No capítulo 3 é apresentada a solução analítica das equações lineares de

movimento para obter as freqüências naturais e os modos de vibração de alguns

casos relevantes de coluna, para esse estudo.

O capítulo 4 mostra a metodologia utilizada para obter as freqüências e

modos de vibração do sistema coluna-pêndulo. Ainda, é feita uma correlação entre

o sistema coluna-pêndulo com um modelo discreto de dois graus de liberdade, de

onde obtêm-se as equações de movimento do sistema coluna-pêndulo. Na

seqüência é apresentada uma análise linear das equações de movimento do

sistema, donde são obtidas algumas relações ótimas para o sistema de absorção.

No capítulo 5 é investigado o desempenho do pêndulo absorsor na redução

das oscilações da coluna, bem como o comportamento das amplitudes máximas de

deslocamento, velocidade e aceleração do sistema.

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34

No capítulo 6 é apresentada uma análise da influência do grau de não-

linearidade do sistema na resposta, bem como uma análise dos casos onde se

tornem necessários ajustes do absorsor pendular.

No capítulo 7 é proposto um absorsor dinâmico de vibrações híbrido, que

consiste na junção do absorsor pendular (controle passivo) com uma força de

controle ativo (atuador).

Por fim, no capítulo 8, são apresentadas as conclusões e algumas sugestões

para continuação desse trabalho.

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2 Formulação do Problema

Nesse capítulo é apresentada a formulação necessária para obter o funcional

de energia do sistema torre-pêndulo, tanto em sua forma linear quanto em sua

forma não-linear. Através dos funcionais de energia e utilizando as ferramentas do

Cálculo Variacional, obtêm-se as equações diferenciais de movimento.

A torre é modelada como uma coluna de seção transversal variável com a

extremidade inferior engastada e a extremidade superior livre. Plataformas de

observação, antenas e equipamentos são modelados como massas concentradas ao

longo da torre. Exemplos dessa classe de estruturas foram mostrados na Figura

1.1. O pêndulo absorsor é considerado como um elemento discreto ao longo da

torre. Em termos de eficiência, a melhor localização para o pêndulo é o topo da

torre, embora, em alguns casos, por motivos construtivos, o pêndulo deva ser

colocado em uma outra posição.

L2

L1

L

m

P (x, t)Mc

l

MxEIx

qx

x

Figura 2.1: Coluna em estudo.

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36

O modelo estrutural considerado é ilustrado na Figura 2.1, onde xEI é a

rigidez a flexão em x e xN , a força axial em x devido ao peso próprio xq . xM é a

massa por unidade de comprimento em x, ),( txP a força transversal que age na

seção x em um tempo t e L , o comprimento da coluna. cM é a massa

concentrada a uma distância 1L da base da coluna. Finalmente, l e m são o

comprimento da haste e a massa do absorsor pendular.

2.1. Funcional de Energia do Sistema – Formulação Não-Linear

As equações de movimento são obtidas através do Princípio de Hamilton.

Para um sistema conservativo, ou seja, sem dissipação de energia, tem-se que a

variação da energia cinética menos a energia potencial durante um intervalo de

tempo de t1 a t2 é nula, a saber:

∫ =−2

1

0)(t

t

dtT πδ (2.1)

sendo que T é a energia cinética, π a energia potencial total e o símbolo δ

representa a variação dos termos entre parênteses.

A equação (2.1) é utilizada para sistemas onde tem-se a vibração livre sem

amortecimento ou qualquer outra forma de dissipação de energia.

Para o caso de terem-se forças não-conservativas, tem-se que a variação de

energia cinética e potencial mais a variação do trabalho realizado pelas forças não

conservativas durante um intervalo de tempo de t1 a t2 deve ser igual a zero, ou

seja:

∫ ∫ =+−2

1

2

1

0)()(t

t

t

tnc dtWdtT δπδ (2.2)

onde ncW é o trabalho realizado pelas forças não conservativas.

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37

2.1.1. Energia Potencial Total da Coluna

A energia potencial total de uma estrutura (π ) é obtida através da soma da

energia interna de deformação (U ) com o potencial das cargas externas ( pV ), ou

seja:

pVU +=π (2.3)

Na expressão (2.3), U é o somatório da energia de membrana gerada pela

deformação axial ( mU ) e da energia de flexão gerada pelo alongamento das fibras

tracionadas e o encurtamento das fibras comprimidas ( fU ), que, portanto, pode

ser expresso como:

∫ ∫+=+=L L

xxfm dxEIdxEAUUU0 0

22

21

21 χε (2.4)

onde E é o módulo de elasticidade do material, xI , o momento de inércia da

seção transversal em x , xA , a área da seção transversal em x , χ , representa a

mudança de curvatura e ε , a deformação específica da linha neutra.

Seguindo procedimento adotado na literatura na análise de colunas esbeltas

desprezou-se a parcela relativa à deformação axial da coluna (Timoshenko, 1961).

Então, a expressão (2.4) toma a forma:

∫=L

x dxEIU0

2

21 χ (2.5)

Através da Figura 2.2, tem-se que o trabalho realizado (W) é dado pelo

produto da força axial no topo da coluna, xN , pelo encurtamento da coluna, ∆

nesta seção. Logo tem-se a equação:

∆= xNW (2.6)

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38

L

w

u

dx-duP1

dsdw

P2

x

Figura 2.2: Deslocamento transversal e encurtamento da coluna.

O potencial das cargas é dado por:

∆−=−= xp NWV (2.7)

Assim, pode-se chegar à equação da energia potencial total π , substituindo-

se (2.5) e (2.7) em (2.3).

∆−= ∫ x

L

x NdxEI0

2

21 χπ (2.8)

Partindo da Figura 2.2, tem-se que o deslocamento de um ponto 1P na

configuração indeformada para uma nova posição 2P em uma configuração

deformada pode ser representado por um vetor de deslocamentos decomposto em

duas componentes: deslocamento axial u e deslocamento lateral w. Ainda, se a

linha neutra da estrutura é inextensível, considera-se o elemento infinitesimal dx

igual ao elemento curvo ds, como apresentado na Figura 2.3.

dx-du

dw

ds=dx

ψ

Figura 2.3: Elemento infinitesimal da linha neutra da viga.

Da Figura 2.3, pode-se deduzir as relações:

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39

xwdxdw

dsdwsen ,===ψ (2.9)

),(1xwsen−=ψ (2.10)

sendo que ψ é o ângulo formado entre o eixo horizontal e o eixo da estrutura

deformada.

A curvatura do eixo deformado, fR/1 , é dada por:

2/121

),1(,

),,(,1

x

xxxxx

f ww

wsenR −

=== −ψ (2.11)

Já a curvatura da estrutura indeformada, 0/1 R , é:

011

0

=∞

=R

(2.12)

Assim, a variação da curvatura, χ , tem a forma:

2/120 ),1(

,11

x

xx

f ww

RR −=−=χ (2.13)

Expandindo a expressão (2.13) em séries de Taylor até a segunda ordem,

chega-se à aproximação:

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ += xxx ww ,

211, 2χ (2.14)

Substituindo (2.14) em (2.5), pode-se reescrever a energia interna de

deformação (U) como:

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40

∫ ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ ++≅

L

xxxxxxxxx dxwwwwwEIU0

42222 ,,41,,,

21 (2.15)

Observa-se na equação (2.15), que a grandeza xEI não é constante, pois

varia com o comprimento da coluna. Nesse caso é necessário adotar uma função

aproximada para representar a variação de rigidez à flexão da coluna. Li et al.

(2000) sugerem a seguinte expressão:

( ) 21 ++= nox xEIEI η (2.16)

onde oEI é a rigidez a flexão na base da coluna, η e n são os parâmetros que

descrevem a mudança da seção transversal da coluna.

Escolhendo-se de forma conveniente os parâmetros η e n , pode-se

representar uma série de geometrias encontradas na prática ( Li et al. , 2000).

Com isso, a equação (2.15) é dada, agora, por:

( )∫ ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ +++≅ +

L

xxxxxxxxn

o dxwwwwwxEIU0

422222 ,,41,,,1

21 η (2.17)

Dym & Shames (1973) demonstram que esta expressão não-linear é

suficiente para determinar de forma precisa a energia interna de deformação,

incluindo até a região de grandes deslocamentos laterais.

O parâmetro ∆ , que representa o encurtamento da coluna, pode ser escrito

em termos do vetor deslocamento. Através da Figura 2.3 e usando o Teorema de

Pitágoras, tem-se:

222 )()()( dwdudxds +−= (2.18)

Dividindo-se todos os termos da equação (2.18) por 2)(dx , obtém-se:

222

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛+⎟

⎠⎞

⎜⎝⎛ −

=⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

dxdw

dxdudx

dxds (2.19)

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41

Admitindo que dxds = , tem-se:

xx wu ,),1(1 22 +−= (2.20)

o que leva a

2/12 ),1(1 xwdxdu

−−= (2.21)

Partindo da relação

[ ]∫ ∫ −−==∆L L

x dxwdu0 0

2/12 ),1(1 (2.22)

e expandindo o termo 2/12 ),1( xw− até a quarta ordem em séries de Taylor,

chega-se à expressão:

dxwwL

xx∫ ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −−=∆

0

42 ,81,

21 (2.23)

Assim, substituindo a expressão (2.23) em (2.7), tem-se:

dxwwNVL

xxxp ∫ ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −−−=

0

42 ,81,

21 (2.24)

Considere agora que a força axial, xN , varia como a rigidez a flexão, xEI .

Em conformidade com a expressão (2.16), adota-se:

1)1( ++= n

ox xNN η (2.25)

onde oN é um parâmetro que depende do carregamento.

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42

Com base em (2.24), Li et al. (2000) sugerem a seguinte expressão para o

potencial das cargas externas.

dxwwxNVL

xxn

op ∫ ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −−+−= +

0

421 ,81,

21)1( η (2.26)

Para cada distribuição de cargas axiais a expressão (2.26) deve-se

determinar os valor de oN , como será mostrado no próximo capítulo.

Finalmente, de posse das equações (2.17) e (2.26), referentes,

respectivamente, à energia interna de deformação e ao potencial das cargas

externas, pode-se escrever a expressão para a energia potencial total da coluna.

( )

dxwwxN

dxwwwwwxEI

L

xxn

o

L

xxxxxxxxn

o

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −−+−

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ +++=

+

+

0

421

0

422222

,81,

21)1(

,,41,,,1

21

η

ηπ (2.27)

2.1.2. Energia Cinética da Coluna

Em um elemento de coluna esbelta geralmente é considerado apenas o efeito

da inércia à translação na direção transversal ao eixo da viga. A energia cinética é

dividida em duas parcelas, a primeira parcela é referente ao efeito da massa da

coluna e a segunda refere-se ao efeito da massa concentrada, cM , então:

2

1

0

2 )(21

21

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

= ∫ tLwMdx

twMT c

L

x (2.28)

Na equação anterior, xM representa a massa por unidade de comprimento

da coluna na seção x. Como a seção transversal da coluna não é constante, tem-se

que esse coeficiente é variável. Como feito para a rigidez a flexão, xEI , e para a

força axial, xN , adota-se, para representar a variação da massa, a função:

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43

( )nox xMM η+= 1 (2.29)

onde oM é a massa por unidade de comprimento na base da coluna.

Assim, a energia cinética é dada por:

( )2

1

0

2 )(211

21

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

+= ∫ tLwMdx

twxMT c

Ln

o η (2.30)

2.1.3. Amortecimento da Coluna

O amortecimento está presente em todos os sistemas oscilatórios. Entretanto

é difícil a descrição real da força de amortecimento, embora seja possível a

admissão de modelos ideais de amortecimento, que muitas vezes resultam em

prognósticos satisfatórios da resposta. Dentre esses modelos, a força de

amortecimento viscoso, proporcional à velocidade, conduz a um tratamento

matemático simples. A presença do agente amortecedor muda as características do

movimento, passando-se a ter um “movimento harmônico amortecido” ou até sem

caráter oscilatório.

Portanto, a parcela de trabalho )(Re é adicionada ao funcional de energia,

sendo que essa parcela pode ser escrita da forma sugerida por Rayleigh:

∫ ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

=L

dxtwCRe

0

2

(2.31)

onde C é o parâmetro de amortecimento. C pode ser expresso em termos da taxa

de amortecimento, cξ , e da freqüência natural da coluna, cω (Meirovitch, 1975).

Considerando um sistema em vibração livre, o valor de cξ determina o

caráter oscilatório do sistema. Se o parâmetro cξ < 1,0 tem-se um movimento

oscilatório subamortecido, quando cξ > 1,0 o movimento é superamortecido. Para

cξ = 1,0 tem-se o caso crítico.

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44

2.1.4. Força Harmônica

Considera-se que a coluna está submetida a uma carga harmônica lateral

),( txP (veja Figura 2.1) dada por:

)(),( tsenFtxP eo ω= (2.32)

onde eω é a freqüência da excitação e oF a sua amplitude em x .

No funcional introduz-se a força harmônica, ao considerar o trabalho pW

realizado por essa, que tem a forma:

∫=L

p wdxtxPW0

),( (2.33)

2.1.5. Funcional de Energia da Coluna – Formulação Não-Linear

Com base nas equações (2.27) e (2.30), tem-se a função de Lagrange que

representa a coluna em estudo, sendo esta:

( )

( )

dxwwxN

dxwwwwwxEI

tLwMdx

twxMTL

L

xxn

o

L

xxxxxxxxn

o

c

Ln

og

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −−++

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ +++−

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

+=−=

+

+

0

421

0

422222

21

0

2

1

,81,

21)1(

,,41,,,1

21

)(211

21

η

η

ηπ

(2.34)

2.1.6. Funcional de Energia do Pêndulo – Formulação Não-Linear

O funcional de energia do pêndulo absorsor é obtido através da equação

(2.1), como o funcional da coluna. O mesmo é expresso em sua forma não-linear

devido a não-linearidade geométrica do pêndulo.

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45

As parcelas de energia cinética )( plT , energia potencial total )( plV e energia

dissipada do sistema ( dE ) podem ser deduzidas através da Figura 2.4, onde θ

representa o deslocamento angular do pêndulo e v é a velocidade tangencial da

massa m . Considera-se também que na ligação coluna-pêndulo há uma mola de

rigidez torsional, pK . O pêndulo possui ainda um amortecimento, pC , que não

está representado na Figura 2.4.

v

l

h2

vx

vyθ

h

h1

w(L) Kp

m

Figura 2.4: Parâmetros do pêndulo.

As parcelas de energia cinética, energia potencial e energia dissipada são:

2

21 mvTpl = (2.35)

2

21 θppl KmghV += (2.36)

2

21

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛=

dtdCE pdθ (2.37)

onde g é a aceleração da gravidade.

Da Figura 2.4 têm-se as seguintes equações:

))cos(1(1 θ−=−= lhlh (2.38)

yx vvv 222 += (2.39)

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46

Tomando θ como coordenada generalizada, torna-se necessário escrever v

em função de θ , para isso deve-se ter em mente que:

)(sen)(2 θlLwhxx +=+= (2.40a)

)cos(1 θlhy == (2.40b)

de onde pode-se chegar às seguintes componentes de velocidade:

)cos()( θθ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛+

∂∂

==dtdl

tLw

dtxdvx (2.41a)

)(sen θθ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛−==

dtdl

dtdyvy (2.41b)

Substituindo as expressões (4.41) em (4.39), tem-se:

2

22

2 )cos()(2)(⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

=t

ltt

LwltLwv θθθ (2.42)

As parcelas de energia cinética, energia potencial e energia dissipada

resultantes são:

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

=2

22

)cos()(2)(21

tl

ttLwl

tLwmTpl

θθθ (2.43)

2

21))cos(1( θθ ppl KmglV +−= (2.44)

2

21

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛=

dtdCE pdθ (2.45)

Então, o funcional não-linear do pêndulo é:

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47

2

22

2

2

21))cos(1(

)cos()(2)(21

θθ

θθθπ

p

g

Kmgl

tl

ttLwl

tLwmTL

−−−

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

=−= (2.46)

2.1.7. Montagem do Funcional de Energia do Sistema – Formulação Não-Linear

Através das expressões anteriores pode-se estudar as vibrações não-lineares

livres ou forçadas com e sem amortecimento, de um sistema coluna-pêndulo.

Com as equações (2.34) e (2.46), chega-se a função de Lagrange que

representa o sistema coluna-pêndulo.

( )

( )

2

22

2

0

421

0

422222

21

0

2

21))cos(1(

)cos()(2)(21

,81,

21)1(

,,41,,,1

21

)(211

21

θθ

θθθ

η

η

η

p

L

xxn

o

L

xxxxxxxxn

o

c

Ln

og

Kmgl

tl

ttLwl

tLwm

dxwwxN

dxwwwwwxEI

tLwMdx

twxML

−−−

⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

+

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −−++

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ +++−

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

+=

+

+

(2.47)

2.2. Funcional de Energia do Sistema – Coluna Linear

Considerando que a coluna sofre pequenas rotações após a sua deformação,

tem-se que o ângulo ψ , apresentado na Figura 2.3, é muito pequeno e, dessa

forma, pode-se fazer a aproximação:

1),1( 2/12 ≅− xw (2.48)

Em conseqüência dessa aproximação, a energia interna de deformação toma

a forma:

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48

( ) dxwxEIU xx

Ln

o ,121 2

0

2∫ ++= η (2.49)

Considerando mais uma vez a hipótese de pequenas rotações, tem-se que o

potencial das cargas é dado por:

( )∫ ++−=L

noxp dxxNwV

0

12 )1(,21 η (2.50)

Com as expressões (2.49) e (2.50), pode-se reescrever a energia potencial da

coluna )(π , sendo essa:

( ) ( )∫ ⎥⎦⎤

⎢⎣⎡ +−+= ++

Ln

oxxxn

o dxxNwwxEI0

1222 )1(,21,1

21 ηηπ (2.51)

Somando as expressões (2.51), (2.30) e (2.46), tem-se o funcional de

energia do sistema coluna-pêndulo.

( )

( ) ( )

2

22

2

0

1222

21

0

2

21))cos(1(

)cos()(2)(21

)1(,21,1

21

)(211

21

θθ

θθθ

ηη

η

p

Ln

oxxxn

o

c

Ln

og

Kmgl

tl

ttLwl

tLwm

dxxNwwxEI

tLw

MdxtwxML

−−−

⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

+

⎥⎦⎤

⎢⎣⎡ +−+−

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

+=

++

(2.52)

2.3. Dedução das Equações Diferenciais de Movimento

Como o sistema coluna-pêndulo, apresentado na Figura 2.1, possui duas

variáveis, w e θ , tem-se uma equação diferencial parcial para cada variável. O

funcional, a ser minimizado nesse caso, é dado por:

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49

( )∫ ∫2

1 0

,,,,,,,,,,t

t

L

ttxxxg dxdttwwwwL θθ (2.53)

Faz-se necessário encontrar uma função ( , )w x t , para o deslocamento

transversal da coluna, e uma função ( )tθ , para o deslocamento angular do

pêndulo absorsor, porém as ferramentas do cálculo variacional não fornecem essas

funções diretamente, mas sim as equações diferenciais que essas funções devem

satisfazer. Aplicando as ferramentas do cálculo variacional e o princípio de

Hamilton, tem-se:

∫ ∫ =⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

⎡⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂+⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂−

∂−⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂2

1 02

2

0,,,

t

t

L

xx

g

x

gg

t

g wdxdtwL

dxd

wL

dxd

wL

wL

dtd δ (2.54)

0,

2

1

=⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

⎡⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂−

∂∫ dt

LdtdLt

t t

gg δθθθ

(2.55)

Na expressão (2.54), o termo entre colchetes representa a equação de Euler-

Lagrange da coluna, ou seja, sua equação de movimento. Já na expressão (2.55) o

termo entre colchetes na integral representa a equação de Euler-Lagrange do

pêndulo, sendo essa a sua equação de movimento.

Com base nas expressões (2.54) e (2.55) e no funcional de energia, dado

pela expressão (2.52), e ainda calculando as derivadas necessárias, obtêm-se as

equações diferenciais para o sistema coluna-pêndulo.

0)(sen)()cos()(

)()()1(

)1()1(

2

2

2

2

2

2

2

12

2

12

22

2

2

=⎟⎠⎞

⎜⎝⎛−−⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛−

+⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂∂

−+⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂∂

−+⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂∂

+

+⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

++⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂∂

+ ++

θθδθθδ

δδη

ηη

dtdLxml

dtdLxml

twLxm

twLxM

twxM

xwxN

dxd

xwxEI

dxd

cn

o

no

no

(2.56)

0)cos()()(sen 2

2

2

22 =⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛∂∂

−+++⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛θδθθθ

twLxmlmglK

dtdml p (2.57)

onde δ é a função delta de Dirac.

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3 Freqüências Naturais e Modos de Vibração da Coluna

Nesse capítulo é apresentada a solução analítica das equações lineares de

movimento para se obter as freqüências naturais e os modos de vibração de alguns

casos relevantes para esse trabalho.

São deduzidas as equações diferenciais parciais de movimento com as suas

respectivas condições de contorno a partir do funcional de energia. Com isso, tem-

se um problema de valor de contorno cuja solução analítica fornece uma família

de autovalores e autovetores que são, respectivamente, as freqüências naturais e

os modos de vibração. As equações diferenciais parciais de movimento com as

suas respectivas condições de contorno são obtidas através do funcional de

energia da coluna:

( )

( ) ( )∫

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ +−+−

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

+=

++L

noxxx

no

c

Ln

og

dxxNwwxEI

tLw

MdxtwxML

0

1222

21

0

2

)1(,21,1

21

)(211

21

ηη

η (3.1)

Pode-se citar os trabalhos de Low (1998), Uscilowska & Kolodzeij (1998),

Dwivedy & Kar (1999) e Ozkaya (2002) como sendo estudos detalhados, que

permitem compreender o comportamento de colunas de seção constante. Já os

trabalhos de Auciello (1995), Li et al. (1999), De Rosa & Maurizi (2005), Wu &

Chen (2004) e Elishakoff & Johnson (2005) apresentam uma detalhada

contribuição para o estudo e compreensão do comportamento de colunas com

seção variável.

3.1. Coluna de Seção Constante sem Força Axial

Apresenta-se, nesse item, o comportamento de colunas de seção constante e

descarregadas. Estas colunas são apresentadas na Figura 3.1.

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51

L

L

L1

L2

Mc

(a) Coluna sem massa concentrada (b) Coluna com massa concentrada

Figura 3.1: Coluna de seção constante sem força axial.

Inicialmente estuda-se a coluna mostrada na Figura 3.1 (a). Essa coluna já

foi estudada por vários autores, entre eles, Meirovitch (1975) e Blevins (1979).

Partindo do funcional de energia da coluna, equação (3.1), desprezando a

parcela referente ao carregamento axial e considerando que a coluna é de seção

constante, tem-se a equação de movimento de uma coluna à flexão:

0)()(2

2

4

4

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂+⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂t

twEIM

xxw (3.2)

Para determinar as freqüências naturais, pode-se escrever que o

deslocamento transversal da coluna é dado, usando separação de variáveis, por:

ti cexwtrxwtxw ω)()()(),( == (3.3)

Assim, a equação (3.2) toma a forma:

0)()( 44

4

=−⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛xwk

dxxwd (3.4)

onde EIMk c24 ω= .

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52

A solução da equação diferencial ordinária (3.4) é dada em termos de

funções trigonométricas e hiperbólicas, por:

)(cosh)(senh)(cos)(sen)( 4321 xkCxkCxkCxkCx jjjj +++=φ (3.5)

onde jk são as raízes da equação característica 044 =+ jkλ , sendo estas:

jik±=2,1λ e jk±=4,3λ .

Tratando-se de uma coluna engastada e livre, tem-se que suas condições de

contorno são:

0)0(')0( == φφ (3.6a)

0)(''')('' == LL φφ (3.6b)

Substituindo a solução geral da equação diferencial ordinária (3.5) nas

condições de contorno (3.6), obtém-se o sistema:

0FC = (3.7)

onde F é a matriz dos coeficientes e C o vetor das constantes a serem

determinadas.

Considerando que a solução geral do problema (3.5) pode ser representada

por:

)()()()()( 44332211 xWCxWCxWCxWCx +++=φ (3.8)

na qual as funções )4,3,2,1)(( =jxW j são dadas pela expressão (3.5), tem-se que

o sistema (3.7) apresenta a seguinte forma:

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53

0=

⎪⎪⎭

⎪⎪⎬

⎪⎪⎩

⎪⎪⎨

⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥

⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢

4

3

2

1

34

3

33

3

32

3

31

3

24

2

23

2

22

2

21

2

4321

4321

CCCC

dxWdEI

dxWd

EIdx

WdEIdx

WdEI

dxWd

EIdx

WdEI

dxWd

EIdx

WdEI

dxdW

dxdW

dxdW

dxdW

WWWW

(3.9)

Para que o sistema homogêneo (3.7) apresente uma solução não-trivial é

necessário que o determinante de F seja igual a zero. A equação obtida a partir do

determinante da matriz F é chamada de equação característica e tem como

incógnitas as freqüências naturais que são os autovalores da matriz. Fazendo as

derivações necessárias tem-se que o determinante da matriz F é dado por:

0)cosh()cos(22 =+ jj ββ (3.10)

onde Lk jj =β é o j-ésimo autovalor.

As raízes da expressão (3.10), fornecem as freqüências naturais da coluna.

Na Tabela 3.1 é apresentada uma comparação das três primeiras raízes da equação

(3.10) com os resultados encontrados na literatura.

Tabela 3.1: Comparação dos resultados.

Raízes Meirovitch (1975)

Blevins (1979) Presente Trabalho

1β 1.875 1.87510407 1.87510407

2β 4.694 4.69409113 4.69409113

3β 7.855 7.85475744 7.85475744

Com as raízes da expressão (3.10) obtidas, pode-se determinar as

freqüências naturais da coluna, a partir da expressão:

( ) 42 / MLEIjcj βω = (3.11)

Ao substituir os valores de jβ no sistema homogêneo (3.7), obtêm-se as

constantes iC e, conseqüentemente, os modos de vibração através da expressão

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54

(3.5). Os três primeiros modos da coluna engastada e livre são apresentados na

Figura 3.2. Esses modos foram normalizados de tal forma que a amplitude

máxima é unitária.

(a) Primeiro (b) Segundo (c) Terceiro

Figura 3.2: Modos de vibração da coluna.

Adicionando à coluna uma massa concentrada, tem-se o problema mostrado

na Figura 3.1 (b). Nessa etapa, opta-se por dividir a coluna em dois segmentos,

onde o primeiro segmento vai do engaste até a massa concentrada e o segundo

segmento vai da massa concentrada até a extremidade livre. A equação diferencial

de cada trecho é deduzida a partir do funcional (3.1). Assim, tem-se:

121

2

41

4

00)()(

Lxt

twEIM

xxw

≤≤=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂+⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂ (3.12)

LxLt

twEIM

xxw

≤≤=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂+⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂12

22

42

4

0)()( (3.13)

Adotando a mesma metodologia empregada na solução da coluna

apresentada na Figura 3.1 (a), tem-se que a solução geral das equações (3.12) e

(3.13) são:

)(cosh)(senh)(cos)(sen)( 43211 xkCxkCxkCxkCx jjjj +++=φ (3.14)

)(cosh)(senh)(cos)(sen)( 87652 xkCxkCxkCxkCx jjjj +++=φ (3.15)

As condições de contorno são dadas, para esse caso, por:

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55

0)0(')0( 11 == φφ (3.16a)

0)(''')('' 22 == LL φφ (3.16b)

Além das condições de contorno, são necessárias as condições de

continuidade que podem ser deduzidas do funcional (3.1), sendo essas:

)()( 1211 LL φφ = (3.17a)

)(')(' 1211 LL φφ = (3.17b)

)('')('' 1211 LL φφ = (3.17c)

)(''')()(''' 12114

11 LLkLL φφαφ =+ (3.17d)

onde, tc MM /=α é a relação entre a massa concentrada e o massa total da

coluna, MLM t = . Na Figura 3.3 são apresentadas as parcelas da condição de

continuidade do esforço cortante, equação (3.17d). Cabe ressaltar que não foi

considerado o efeito de rotação da massa concentrada em (3.17c).

( 1111 LEILV φ=

= φV L EI L2 1 2 1( ) ' ' '( )

2112

12

)()(ccc LM

dtLwdM ωφ−=

)(''') Figura 3.3: Parcelas da condição de continuidade do esforço cortante.

Substituindo as soluções do problema (3.14) e (3.15) nas condições de

contorno (3.16) e nas condições de continuidade (3.17), obtêm-se novamente o

sistema (3.7), 0FC = . A matriz F , nesse caso, tem dimensão 8x8 devido às

quatro condições de contorno e às quatro condições de continuidade.

Escrevendo as soluções gerais do problema na forma:

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56

)()()()()( 443322111 xWCxWCxWCxWCx +++=φ (3.18)

)()()()()( 887766552 xWCxWCxWCxWCx +++=φ (3.19)

onde )8,7,6,5,4,3,2,1)(( =jxW j , são dadas pelas expressões (3.14) e (3.15), tem-se

que o sistema (3.7) toma a forma:

0

8

7

6

5

4

3

2

1

8887868584838281

7877767574737271

6867666564636261

5857565554535251

4847464544434241

3837363534333231

2827262524232221

1817161514131211

=

⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪

⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥

⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢

CCCCCCCC

FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF

(3.20)

Os termos da matriz F são:

ii WF =1 01 =jF (3.21a)

dxdW

F ii =2 02 =jF (3.21b)

03 =iF 2

2

3 dxWd

EIF jj = (3.21c)

04 =iF 3

3

4 dxWd

EIF jj = (3.21d)

ii WF =5 jj WF −=5 (3.21e)

dxdW

F ii =6

dxdW

F jj −=6 (3.21f)

2

2

7 dxWd

EIF ii =

2

2

7 dxWd

EIF jj −= (3.21g)

ii

i WkLdx

WdEIF 4

3

3

8 α+= 3

3

8 dxWd

EIF jj −= (3.21h)

com 4..1=i e 8..5=j .

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57

Igualando o determinante de F a zero, obtêm-se a equação característica em

termos dos parâmetros β , υ e α :

0)(cosh)2cos()(cosh)sen()()senhsen()(sen)(cos

)(senh)(cos)(senh)(cos)(cos)(cosh)(sen)(cosh)()coshsen()(sen)(senh

)()senhsen()(cos)(senh)()coshcos()(cos)(senh)()senhsen()(cos)(senh)(senh)()coscos()cosh()(senh)()sensen()cosh()cosh()()sencos()cosh(

)cosh()()cossen()cosh())senh(sen()cosh(2

2

2

=+−

++

+−

+++−−−

−++

βββυαββυββυβαββυ

βυαββυββυβαβ

βββυαβββυββυαβ

ββυββυαββββυβυαββββυβυαβββυββυαβββυββυαβββυββυαβ

ββυββυαββυββυαβ

(3.22)

onde LL /1=υ , é o parâmetro de posição da massa concentrada ao longo da

coluna.

Com as raízes de (3.22), têm-se as freqüências naturais da coluna

apresentada na Figura 3.1 (b) através da expressão (3.11) e conseqüentemente os

modos de vibração a partir das funções (3.14) e (3.15).

3.1.1. Estudo das Freqüências Naturais

Nesse estudo buscou-se mostrar o comportamento das freqüências naturais,

com a variação dos parâmetros υ (posição da massa concentrada) e α (relação

entre a massa concentrada e a massa da coluna). Os casos analisados são:

• →= 0.0υ Coluna sem massa concentrada;

• →= 25.0υ Massa concentrada a 0.25 do comprimento da coluna;

• →= 50.0υ Massa concentrada a 0.50 do comprimento da coluna;

• →= 75.0υ Massa concentrada a 0.75 do comprimento da coluna;

• →= 00.1υ Massa concentrada na ponta da coluna.

As freqüências naturais são obtidas através da equação (3.22), onde, para

determinados valores de υ e α , podem ser obtidas as raízes jβ . De posse dos

jβ , calculam-se as freqüências a partir da expressão (3.11).

Com as três primeiras freqüências naturais obtidas para cada caso, partiu-se

para a análise do comportamento das mesmas, onde estudaram-se as alterações

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58

dos valores de jβ , ou seja, variações das freqüências naturais, com a mudança do

parâmetro α na expressão geral das freqüências naturais (3.22). Adotou-se α

variando de 0.01 a 100.

O comportamento da primeira freqüência natural com a variação de α e υ

é apresentado na Figura 3.4.

Figura 3.4: Variação da primeira freqüência em função de α e υ .

Observa-se que o valor de jβ decresce conforme aumenta o valor da

relação de massa, α , ou seja, cM cresce. Esse decréscimo é mais acentuado para

posições da massa concentrada próximas do topo da coluna. Com isso há uma

redução marcante da freqüência natural, indicando que o sistema fica mais

flexível quanto mais próxima da extremidade livre estiver a massa concentrada.

O comportamento da segunda freqüência natural é ilustrado na Figura 3.5.

Na mesma observa-se que a segunda freqüência é bastante sensível à posição da

massa. Para valores de α menores que três, a redução é maior quando a massa

concentrada esta na metade da coluna. A partir desse ponto, a maior redução

ocorre para 25.0=υ . Nota-se ainda que, quando a massa está a um quarto da

extremidade livre ( 75.0=υ ), praticamente não há alteração no valor da

freqüência, fato este explicado observando-se a Figura 3.9, que apresenta o

comportamento do segundo modo de vibração de uma coluna engastada e livre.

Como se observa, nesse caso, a massa concentrada coincide praticamente com a

posição do nó.

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59

Figura 3.5: Variação da segunda freqüência em função de α e υ .

A Figura 3.6 mostra o comportamento da terceira freqüência natural com a

variação do parâmetro α .

Figura 3.6: Variação da terceira freqüência em função de α e υ .

Nota-se na Figura 3.6 que também há redução da freqüência natural e ainda,

quando a massa concentrada esta no meio da coluna não há variação dos valores,

em comparação com uma coluna sem massa concentrada.

Pode-se observar na Figura 3.7, uma comparação entre as freqüências da

coluna para uma relação de massas 1=υ .

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60

Figura 3.7: Comparação entre as três primeiras freqüências quando 1=υ .

Nota-se que as freqüências são bem separadas para esse caso, sendo que o

mesmo acontece para as demais relações de massas.

3.1.2. Estudo dos Modos de Vibração

Os modos de vibração são obtidos através da resolução do sistema (3.7),

onde, uma vez obtidas as constantes jC para cada jβ , pode-se desenhar os modos

de vibração a partir das expressões (3.14) e (3.15) que descrevem as autofunções

do problema.

Para essa análise é adotada a relação entre massas 1.0 ( 0.1=α ). Então,

pode-se encontrar os três primeiros modos de vibração normalizados para υ igual

a 0.00, 0.25, 0.50, 0.75, 1.00.

O comportamento do primeiro modo de vibração, normalizado, para

diferentes valores de υ , é apresentado na Figura 3.8.

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61

Figura 3.8: Forma do primeiro modo de vibração variando-se υ .

Observa-se que quase não há alteração na forma do primeiro modo de

vibração para diferentes valores de υ .

O segundo modo de vibração, normalizado, comporta-se como apresentado

na Figura 3.9.

Figura 3.9: Forma do segundo modo de vibração variando-se υ .

Pode-se observar que os modos têm amplitude máxima na extremidade

livre, com exceção do modo para 0.1=υ . Observa-se ainda que as configurações

dos modos são parecidas, entretanto a posição do nó varia com a posição da massa

ao longo da coluna.

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62

O comportamento do terceiro modo de vibração, normalizado, é apresentado

na Figura 3.10.

Figura 3.10: Forma do terceiro modo de vibração variando-se υ .

Nota-se que há uma influência marcante da posição da massa na forma do

terceiro modo de vibração.

Em resumo, pode-se afirmar que a massa concentrada tem pouca influência

na forma do primeiro modo, mas sua influência cresce para os modos mais altos.

3.2. Coluna de Seção Variável com Força Axial

As colunas de seção variável estudadas estão expostas na Figura 3.11.

Observa-se que as colunas possuem seção transversal variável e estão sob a ação

de uma força axial devida à carga concentrada p no topo da torre e ao

carregamento axial xq (peso próprio).

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63

L

p

MxEIx

qx

x

x

qx

EIx Mx

Mc

p

L

L1

L2

(a) Coluna sem massa concentrada (b) Coluna com massa concentrada

Figura 3.11: Coluna de seção variável com força axial.

A equação de movimento da coluna apresentada na Figura 3.11 (a) é

deduzida a partir do funcional de energia da coluna (3.1), de onde se obtém a

equação diferencial com coeficientes variáveis:

0)()1(

)()1()()1(

2

2

12

22

2

2

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂+

+⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

++⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂+ ++

ttwxM

xxwx

dxdN

xxwx

dxdEI

no

no

no

η

ηη (3.23)

Adotando (3.3) como solução do problema, reduz-se (3.23) à equação

diferencial ordinária de quarta ordem:

0)()()1(

)()1()()1)(2(

)()2)(1(2)()1(

2

2

2

2

22

3

3

4

42

=−⎥⎦

⎤⎟⎠⎞

⎜⎝⎛+

⎢⎣

⎡+⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛++⎥

⎤⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛++

⎢⎣

⎡+⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛+++⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛+

xwMdx

xdwn

dxxwdxN

dxxwdnn

dxxwdnx

dxxwdxEI

co

o

o

ωη

ηη

ηηη

(3.24)

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64

Seguindo a metodologia apresentada por Li et al. (2000), tem-se que a

solução geral da equação diferencial ordinária (3.24) é dada por:

)()()()()( 224223112111 dKdCdIdCdYdCdJdCx nn

nn

nn

nn −−−− +++=φ (3.25)

na qual

xsNNd ee ηη

+++= 12 421 (3.26)

xsNNd ee ηη

++−= 12 422

(3.27)

onde ooe EINN 2/= e oco EIMs /24 ω= .

Os termos )(dJ n , )(dYn , )(dI n e )(dKn são funções de Bessel de

primeiro, segundo, terceiro e quarto tipo, respectivamente.

Para a coluna apresentada na Figura 3.11 (a), as condições de contorno são

dadas pelas expressões (3.6). Substituindo a expressão (3.25) nas condições de

contorno (3.6), obtém-se, novamente, o sistema (3.7).

Admitindo que a solução geral do problema pode ser representada pela

expressão (3.8), onde os )4,3,2,1)(( =jxW j são dados pela expressão (3.25), tem-

se que o sistema (3.7) toma a forma:

0

4

3

2

1

24

2

23

2

222

2

21

2

424

2

323

2

222

2

121

2

4321

4321

=

⎪⎪⎭

⎪⎪⎬

⎪⎪⎩

⎪⎪⎨

⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥

⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢

⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡+⎥

⎤⎢⎣

⎡+⎥

⎤⎢⎣

⎡+⎥

⎤⎢⎣

⎡+

++++

CCCC

WNdx

WdEIdxdWN

dxWdEI

dxdWN

dxWdEI

dxdWN

dxWdEI

dxd

WNdx

WdEIWNdx

WdEIWNdx

WdEIWNdx

WdEI

dxdW

dxdW

dxdW

dxdW

WWWW

xxxxxxxx

xxxxxxxx (3.28)

Para que o sistema (3.7), nesse caso, tenha solução não-trivial é necessário,

novamente, que o determinante da matriz F seja igual a zero. Assim tem-se que

suas raízes fornecem as freqüências naturais através de (3.11) e,

conseqüentemente, os seus modos de vibração através de (3.25).

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65

Adicionando ao problema uma massa concentrada tem-se o problema

representado pela Figura 3.11 (b), onde suas equações de movimento também são

deduzidas através do funcional de energia da coluna (3.1).

0)(

)1(

)()1()()1(

21

2

112

12

22

2

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂+

+⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

++⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

⎡⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂+ ++

ttw

xM

xxwx

dxdN

xxwx

dxdEI

no

no

no

η

ηη

(3.29)

0)()1(

)()1()()1(

22

2

212

22

22

2

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂+

+⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

∂∂

++⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

⎡⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂+ ++

ttwxM

xxwx

dxdN

xxwx

dxdEI

no

no

no

η

ηη

(3.30)

Utilizando o mesmo processo empregado na coluna exposta na Figura 3.11

(a), chega-se à solução das equações (3.29) e (3.30), que são:

)()()()()( 2242231121111 dKdCdIdCdYdCdJdCx nn

nn

nn

nn −−−− +++=φ (3.31)

)()()()()( 2282271161152 dKdCdIdCdYdCdJdCx nn

nn

nn

nn −−−− +++=φ (3.32)

Como se trata de uma coluna engasta e livre com uma massa concentrada,

tem-se que suas condições de contorno e suas condições de continuidade são

dadas pelas expressões (3.16) e (3.17), respectivamente. Substituindo as

expressões (3.31) e (3.32) em (3.16) e (3.17), obtém-se, novamente, o sistema

(3.7), 0FC = .

Admitindo que as soluções gerais do problema possam ser expressas como

as expressões (3.18) e (3.19), tem-se que o sistema (3.7) é dado pelo sistema

(3.20) e os termos da matriz F são:

ii WF =1 01 =jF (3.33a)

dxdW

F ii =2 02 =jF (3.33b)

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66

03 =iF jx

jxj WN

dxWd

EIF += 2

2

3 (3.33c)

04 =iF ⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

⎡+= jx

jxj WN

dxWd

EIdxdF 2

2

4 (3.33d)

ii WF =5 jj WF −=5 (3.33e)

dxdW

F ii =6

dxdW

F jj −=6 (3.33f)

ixi

xi WNdx

WdEIF += 2

2

7 jxj

xj WNdx

WdEIF −−= 2

2

7 (3.33g)

iii

i WkLNWdx

WdEI

dxdF 4

3

3

8 α+⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡+=

⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

⎡+−= j

jj NW

dxWd

EIdxdF 3

3

8 (3.33h)

onde 4..1=i e 8..5=j .

Conseqüentemente, chega-se ao mesmo problema da coluna da Figura 3.11

(a), onde, novamente, o determinante da matriz F , igualado a zero, fornece os

autovalores a partir de (3.11) e os modos de vibração através das expressões

(3.31) e (3.32).

3.2.1. Avaliação da Força Axial

Ao considerar a força axial agindo sobre a coluna é necessário saber como

comporta-se a distribuição dessa força ao longo da mesma. Para os casos da

Figura 3.11, tem-se que a força axial é dada pelo somatória da carga concentrada

p e o carregamento axial xq (peso próprio), como ilustrado na Figura 3.12.

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67

x

p

Lqx

Figura 3.12: Variação da força axial (Li et al., 2000).

Através da Figura 3.12 pode-se deduzir a função que descreve a variação da

força axial agindo na coluna. Assim tem-se:

)()( xLqpxN xx −+= (3.34)

onde gMq xx = .

No Capítulo 2 desse estudo foi adotado que 1)1( ++= nox xNN η . Então, para

correlacionar estas duas expressões e determinar oN , é utilizado o processo

apresentado por Li et al. (2000), onde este parâmetro pode ser determinado

através da equivalência de momentos fletores na base da coluna.

[ ] dxxxLqpdxxxNL

x

Ln

o )(.)()()1(00

1 φφη ∫∫ −+=+ + (3.35)

Para facilidade o processo, adota-se )(xφ como sendo o primeiro modo de

vibração da coluna da Figura 3.11 (a) sem a consideração da força axial.

3.2.2. Exemplo Numérico

Os parâmetros do exemplo numérico estão apresentados na Figura 3.13.

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68

x

qx

EIx Mx

10m

Figura 3.13: Coluna do exemplo numérico.

Observa-se que esse exemplo trata de uma coluna com seção variável, tendo

um comprimento total de 10 m, um diâmetro inferior de 1.00 m e um diâmetro

superior de 0.80 m. Para representar a variação da seção transversal foram

adotados os parâmetros 1021.0 −−= mη e 1=n .

Para obterem-se os parâmetros do problema, é necessário calcular os valores

da área e do momento de inércia em 0.0=x . Esses valores são dados por:

)(0 edeA ext −= π (3.36)

))2((64

440 eddI extext −−=

π (3.37)

onde, e é a espessura da parede da coluna e extd é o diâmetro externo da seção.

Adotando 11101.2 xE = N/m2, 2125=ρ Kg/m3 e 5=e cm, pode-se

determinar a rigidez a flexão e a massa por unidade de comprimento da seção em

0.0=x , que são:

• 80 1035.450418x=EI Nm2;

• 317.1045100 == ρAM Kg/m.

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69

3.2.2.1. Coluna sem o Efeito do Peso Próprio

Com os parâmetros definidos, tem-se que as três primeiras freqüências

naturais da coluna, sem o efeito do peso próprio, são apresentadas na Tabela 3.2.

Tabela 3.2: Freqüências naturais da coluna sem o efeito do peso próprio (rad/s).

1ω 2ω 3ω

120.82572142 687.037720005 1869.35950259

Os três primeiros modos de vibração para essa coluna são mostrados na

Figura 3.14.

(a) Primeiro (b) Segundo (c) Terceiro

Figura 3.14: Modos de vibração da coluna sem o efeito do peso próprio.

3.2.2.2. Coluna com o Efeito do Peso Próprio

Para se obter as freqüências naturais e os modos de vibração considerando a

carga distribuída é necessário calcular o valor de 0N . A distribuição de carga

axial é dada pela equação (3.34), sendo nesse caso 0.0=p . Conforme o método

proposto, xN é dado por 1)1( ++= nox xNN η , sendo 0N determinado a partir da

equação (3.35).

Para simplificar, é assumido que )(xφ tem a forma do primeiro modo de

vibração da coluna da Figura 3.13 sem o efeito da carga axial (peso próprio).

Assim obtém-se 31196.102100 =N N.

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70

As três primeiras freqüências naturais estão apresentadas na Tabela 3.3.

Nota-se que a influência do peso próprio é desprezível. Na verdade, está

influência é pequena na maioria das torres esbeltas.

Tabela 3.3: Freqüências naturais da coluna com o efeito do peso próprio (rad/s).

1ω 2ω 3ω

120.82310965 687.03331335 1869.35483997

Os três primeiros modos de vibração para essa coluna estão apresentados na

Figura 3.15.

(a) Primeiro (b) Segundo (c) Terceiro

Figura 3.15: Modos de vibração da coluna com o efeito do peso próprio.

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4 Solução do Sistema Coluna-Pêndulo

Nesse capítulo apresenta-se a metodologia para se obter as freqüências e

modos de vibração do sistema coluna-pêndulo. Um exemplo de uma coluna com

absorsor pendular é apresentado. A seguir, é realizada uma correlação do sistema

coluna-pêndulo com um modelo discreto, donde são obtidas as equações de

movimento que representam um sistema coluna-pêndulo com dois graus de

liberdade. Por fim, faz-se uma análise linear das equações de movimento do

sistema, obtendo-se algumas relações ótimas para o sistema de absorção.

4.1. Solução Modal

Para analisar o sistema coluna-pêndulo, é utilizado o método de Rayleigh-

Ritz. Esse método apresenta-se como uma boa ferramenta na análise linear e não-

linear, quando tem-se um sistema que apresenta condições de contorno e equações

diferenciais não-lineares complexas. O método consiste na substituição, no

funcional de energia, de uma função de aproximação, bf , para a deflexão da

coluna, usualmente na forma de séries:

∑=

=b

jjjb Af

0φ (4.1)

onde jA são constantes que multiplicam as funções jφ e b é o número de termos

necessário para a descrição do campo de deslocamentos com a precisão desejada.

As funções jφ são dadas pelos modos de vibrações das colunas apresentadas no

capítulo anterior.

Substituindo-se a expressão (4.1) no funcional de energia (2.52) e

integrando-se a expressão resultante, tem-se uma expressão em termos das

constantes jA e θ .

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72

As constantes jA e θ são determinadas utilizando o princípio de Hamilton

e a expressão discretizada do funcional de energia. Portanto, tem-se 1+b

equações de equilíbrio, encontradas a partir de:

0=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

∂−

j

g

j

g

AL

dtd

AL

& bj ...1= (4.2)

0=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛∂

∂−

θθ &gg L

dtdL

(4.3)

Assim, chega-se a um sistema de equações algébricas com as amplitudes jA

e θ como sendo as únicas incógnitas do problema, resultando em um problema de

autovalor, onde as freqüências naturais são os autovalores e os autovetores os

respectivos modos de vibração.

4.2. Exemplo

O exemplo trata de um sistema coluna-pêndulo, onde a coluna tem seção

transversal constante e está sujeita a um carregamento axial devido ao peso

próprio. O sistema em estudo é apresentado na Figura 4.1.

q360 m

6 m

Figura 4.1: Exemplo em estudo.

Os demais parâmetros do sistema são:

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73

• 360=L m, comprimento da coluna;

• 976.2=A m2, área da seção transversal da coluna;

• 4176=ρ Kg/m3, massa por unidade de volume da coluna;

• 11101.2 ×=E N/m2, modulo de elasticidade da coluna;

• 61.133=I m4, momento de inércia da seção transversal da coluna;

• 44740=m Kg, massa do pêndulo (1.0% da massa total da coluna);

• 0.6=l m, comprimento da haste do pêndulo;

• 81.9=g m/s2, aceleração da gravidade.

Esses dados foram baseados no trabalho de Pinheiro (1997), que considerou

uma torre de seção variável com 362.7m de altura e uma massa total de 4473.9 t.

Seguindo a teoria clássica para sintonização do absorsor tem-se, para esses

dados, que a freqüência do pêndulo isolado é aproximadamente igual à primeira

freqüência natural da coluna sem absorsor ( )pc ωω ≈ .

Adotando a metodologia do item 4.1, considerando os três primeiros termos

de (4.1), obtêm-se as quatro equações de movimento do sistema coluna-pêndulo.

(4.4a)

(4.4b)

(4.4c)

( )

( ) ( )

( )

( ) ( )

( )

( ) ( )

( )⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪

=+−++

=−++−+

+−−+

=−−+−−

+−−+

=−++−+

+++−+

0)cos()sen(

0)sen()cos(

25.047.1294.054.063.951

0)sen()cos(

25.094.032.421.038.121

0)sen()cos(

25.054.021.078.009.3

3212

2321

332133

2321

232132

2321

132131

θθθ

θθθθ

θθθθ

θθθθ

AAAmlmlmgl

mlAAAm

AMLAAAMgL

EIA

mlAAAm

AMLAAAMgL

EIA

mlAAAm

AMLAAAMgLEIA

&&&&&&&&

&&&&&&&&&

&&

&&&&&&&&&

&&

&&&&&&&&&

&&

(4.4d)

onde jA e θ são as incógnitas do problema.

É importante ressaltar que ρAM = e que o carregamento axial para esse

caso é dado por )( xLqN −= , onde Mgq = .

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74

Para obter as freqüências naturais e os modos de vibração é necessário que

as equações de movimento (4.4) sejam linearizadas. Para linearizar, considera-se

θθ ≅)(sen e 1)cos( ≅θ . A seguir, adota-se como solução itjj eAtA ω=)( e

itet ωθθ =)( . Então, tem-se que o sistema de equações de movimento (4.4) se

reduz ao sistema de equações algébricas:

(4.5a)

(4.5b)

(4.5c)

( )( )

( )( )

( )( )

( )⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪

=+−++

=++−+

+−−+

=−+−−

+−−+

=++−+

+++−+

0

0

25.047.1294.054.063.951

0

25.094.032.421.038.121

0

25.054.021.078.009.3

321222

2321

2

32

32133

2321

2

22

32132

2321

2

12

32131

AAAmlmlmgl

mlAAAm

AMLAAAMgL

AEI

mlAAAm

AMLAAAMgL

AEI

mlAAAm

AMLAAAMgL

AEI

ωθωθ

θωω

ω

θωω

ω

θωω

ω

(4.5d)

Com as equações e os parâmetros do problema definidos pode-se obter o

sistema (4.6) do qual têm-se as freqüências naturais e os respectivos modos de

vibração.

0|| 2 =− MK ω (4.6)

Em (4.6) M é matriz de massa, K, a matriz de rigidez, e ω , a freqüência

natural do sistema coluna-pêndulo.

As quatro primeiras freqüências naturais do sistema acoplado são

apresentadas na Tabela 4.1.

Tabela 4.1: Freqüências naturais do sistema (rad/s).

1ω 2ω 3ω 4ω

1.144791021 1.401425568 8.053438208 22.59139432

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75

Determinadas as freqüências naturais, pode-se obter a configuração dos

modos de vibração do sistema, que estão apresentados na Tabela 4.2 e Figura 4.2.

Os mesmos estão normalizados de modo que as amplitudes máximas sejam

unitárias.

Tabela 4.2: Modos de vibração do sistema.

Constantes 1φ 2φ 3φ 4φ

1A 0.78372 0.65126 -0.00009 -0.00002

2A -0.00356 0.00378 0.12867 0.00003

3A 0.00032 -0.00057 0.00005 -0.09135

θ 0.53022 -0.64364 0.022 0.01528

(a) Primeiro (b) Segundo

(c) Terceiro (d) Quarto

Figura 4.2: Modos de vibração do sistema coluna-pêndulo.

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76

4.3. Justificativa para o Modelo de dois Graus de Liberdade

Com essa calibração, o pêndulo tem grande influência no primeiro e

segundo modo de vibração. Comparando o terceiro e quarto modo da coluna com

e sem pêndulo, verifica-se que a influência do pêndulo sobre esses modos é

desprezível, o mesmo ocorrendo com as freqüências naturais associadas a esses

modos, que são bem superiores às duas primeiras. No segundo modo de vibração

o pêndulo atinge seu maior deslocamento angular. Como o pêndulo tem apenas

influência no primeiro e segundo modo de vibração, adota-se para a análise do

sistema um modelo simplificado com dois graus de liberdade, um grau referente

ao deslocamento transversal da coluna e outro referente ao deslocamento angular

do pêndulo.

4.3.1. Equações Não-Lineares do Modelo de Dois Graus de Liberdade

As equações de movimento do sistema coluna-pêndulo com dois graus de

liberdade é obtida, novamente, através da metodologia explicitada no item 4.1.

Considerando o primeiro termo da expressão (4.1), tem-se que o sistema de

equações de movimento é dado por:

(4.7a) ( ) ( )⎪⎩

⎪⎨

=++

=−+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −++

0)cos()sen(

0)sen()cos(78.009.325.0

2

23

θθθ

θθθθ

wmlmglml

mlwMgL

EIwmML

&&&&

&&&&&

(4.7b)

onde w é o deslocamento transversal da coluna e θ , o deslocamento angular do pêndulo.

4.4. Correlação com o Modelo Discreto de Dois Graus de Liberdade

O sistema coluna-pêndulo pode ser correlacionado com um modelo discreto

de dois graus de liberdade, ou seja, o sistema massa-pêndulo apresentado na

Figura 4.3.

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77

md

θ ld

Cd

Kd

w(L)

Md Fo sen(ωet)Kpd

Figura 4.3: Sistema discreto massa-pêndulo.

Na Figura 4.3 dM , dC e dK são a massa, o coeficiente de amortecimento e

a rigidez elástica da massa do sistema discreto, respectivamente, 0F é a amplitude

da força de excitação e eω , a freqüência de excitação. Já dm , pdC , pdK , dl são,

respectivamente, a massa do pêndulo, o seu coeficiente de amortecimento (não

representado na Figura 4.3), a rigidez e o comprimento da haste do pêndulo.

As equações de movimento do sistema discreto são obtidas usando-se a

equação de Lagrange em sua forma fundamental para coordenadas generalizadas

iq , que são dadas por:

QqE

qV

qT

qT

dtd

iiii

=∂∂

+∂∂

+∂∂

−∂∂

&&

)()()()( (4.8)

onde T é a energia cinética, V a energia potencial, E a energia dissipada e Q a

força genérica externa.

As parcelas de energia são deduzidas da Figura 4.3, a saber:

22

21

21 vmwMT dd += & (4.9a)

22

21

21 θpddd KghmwKV ++= (4.9b)

22

21

21 θ&& pdd CwCE += (4.9c)

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78

Sabendo que h e 2v são dadas pelas expressões (2.38) e (2.42),

respectivamente, tem-se que as expressões de energia tomam a forma:

))cos(2(21

21 2222 θθθ &&&&& llwwmwMT dd +++= (4.10a)

22

21))cos(1(

21 θθ pddd KglmwKV +−+= (4.10b)

22

21

21 θ&& pdd CwCE += (4.10c)

Aplicando a equação de Lagrange e adotando como coordenadas

generalizadas w e θ tem-se o sistema de equações de movimento.

(4.11a) ( ) ( )⎪⎩

⎪⎨⎧

=++++

=−++++

0)cos()sen(

t)sen()sen()cos(2

e02

θθθθθ

ωθθθθ

wlmglmKClm

FlmwKwCwmM

ddddpdpddd

dddddd

&&&&&

&&&&&&

(4.11b)

Então, faz-se uma correlação entre o sistema dado em (4.7), com o sistema

da expressão (4.11), resultando nas equações de movimento que serão estudas no

decorrer desse trabalho:

(4.12a) ( )

⎪⎪⎪

⎪⎪⎪

=++++

=

−+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −+++

0)cos()sen(

t)sen()sen(

)cos(78.009.325.0

2

e02

3

θθθθθ

ωθθ

θθ

wmlmglKCml

Fml

mlwMgL

EIwCwmML

pp &&&&&

&

&&&&&

(4.12b)

Para facilitar a análise paramétrica, as equações de movimento (4.12) são

transformadas em equações adimensionais. Para isso são adotados os parâmetros:

MLm 25.0/=µ , ccMLC ωξ225.0/ = , 225.0/ cMLK ω= ,

22/ lmC ppp ωξ= , 2/ plg ω= e 20 25.0/ ceswMLF ω= .

onde cω é a freqüência natural da coluna, pω a freqüência natural do pêndulo, cξ

a taxa de amortecimento da coluna, pξ a taxa de amortecimento do absorsor

pendular e esw o deslocamento estático do sistema principal.

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79

Além disso, considera-se ζlw = , onde ζ é o parâmetro adimensional de

deslocamento da coluna. Ainda, utilizando a variável auxiliar teωτ = , onde eω é

a freqüência de excitação, chega-se às equações de movimento

adimensionalizadas:

(4.13a)

⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+++

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛=

−+⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+++

0)(sen)cos(,,2,

)(sen)(sen,

)cos(,,2,)1(

2

22

2

θωω

µθµζθωω

µξµθ

τωω

ζθµθ

θµθζωω

ζωω

ξζµ

τττττ

τ

τττττ

e

p

e

pp

e

cs

e

c

e

cc

(4.13b)

onde sζ refere-se ao parâmetro adimensional do deslocamento estático.

Chegando as equações de estado:

(4.14a)

(4.14b)

(4.14c)

⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−−−=

=+

+−⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−−⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

=

=

)(sen)cos(2

)1(

)(sen)cos(2)(sen

3

2

3244

43

32

4341

2

2

2

2

21

yyyyy

yy

yyyyyyy

yy

e

p

e

pp

e

c

e

cs

e

cs

ωω

ωω

ξ

µ

µµωω

ωω

ξτωω

ζ

&&

&

&

&

&

(4.14d)

onde, 1y é o deslocamento, 1y& ou 2y , a velocidade e 2y& a aceleração da coluna, e

3y é o deslocamento, 3y& ou 4y , a velocidade e 4y& a aceleração do pêndulo

absorsor.

4.5. Relação Freqüência-Amplitude da Coluna com Pêndulo Absorsor

Introduzindo-se um absorsor em um sistema de um grau de liberdade busca-

se, obviamente, reduzir as amplitudes dos deslocamentos do sistema principal.

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Assim, em um sistema massa-mola sob excitação harmônica, Den Hartog (1956),

apud Pinheiro (1997), indica que a freqüência do absorsor deve ser escolhida de

forma a igualar-se com a freqüência da perturbação. Nessa condição, e na

ausência de amortecimento, a massa principal não vibra, pois o sistema de

absorção oscila de forma que a força criada por sua presença é igual e oposta, a

todo instante, à força de excitação. Com base nesses conceitos, pretende-se obter

relações semelhantes para o absorsor pendular.

É necessário que as equações de movimento (4.12) sejam linearizadas,

sendo que, para facilitar a análise, tomou-se a rigidez do pêndulo nula. As

equações de movimento linearizadas são:

(4.15a) ( )

⎪⎩

⎪⎨

=+++

=+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −+++

0

t)sen(78.009.325.0

2

e03

wmlmglCml

FmlwMgL

EIwCwmML

p &&&&&

&&&&&

θθθ

ωθ

(4.15b)

Adotando como solução ti eeww ω= e ti ee ωθθ = , chega-se às equações

algébricas:

(4.16a)

[ ]⎪⎩

⎪⎨

=+−+−

=−⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡+−−⎟

⎠⎞

⎜⎝⎛ −

0)(

)25.0(78.009.3

22

022

3

θωωω

θωωω

iClgmlwml

FmlwMLmCMgL

EI

ePee

eee

(4.16b)

Para facilitar o desenvolvimento adotou-se:

231 )25.0(78.009.3

ee MLmCMgL

EIQ ωω +−−⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −= (4.17a)

22 emlQ ω−= (4.17b)

)( 23 elgmlQ ω−= (4.17c)

Com isso tem-se as amplitudes do deslocamento horizontal da coluna e do

deslocamento angular do pêndulo, que são:

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iCQQQQiCQF

weP

ePo

ωω

12

231

3 )(+−

+= (4.18a)

iCQQQQQF

eP

o

ωθ

12

231

2

+−

−= (4.18b)

Aplicando algumas operações de números complexos na equação referente

ao deslocamento horizontal (4.18a), tem-se que a sua magnitude no domínio dos

reais é dada por:

( )( ) 2

1

22231

223

2

32

)(

)(78.009.3

iCQQQQ

iCQMgL

EI

ww

eP

eP

es ω

ω

+−

+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛ (4.19)

sendo, ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −

=Mg

LEI

Fw o

es

78.009.33

.

Da expressão (4.19) obtêm-se o fator de amplificação de deslocamento da

coluna, que é dado, em sua forma adimensional, por:

( ) ( )( ) ( )2222422222

2222

)21(2)21)((

2

ϑϖµξµϖϖϖξϖµµϖϖϖξµϖµϑ

ϑϖµξµϖµϑζ

pcc

pFA−−−+−−−−−

+−= (4.20)

onde ϑ é a relação entre a freqüência natural do absorsor pendular e a freqüência

natural da coluna; µ a razão entre as massa do pêndulo e a massa modal da

coluna e ϖ a relação entre a freqüência de excitação e a freqüência natural da

coluna.

Nas Figuras 4.4 e 4.5 mostram-se a variação do fator de amplificação de

deslocamento e rotação no topo da coluna, respectivamente, com a relação entre a

freqüência de excitação e a freqüência natural da coluna, ϖ , para níveis

crescentes de amortecimento do pêndulo absorsor.

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82

Figura 4.4: Comportamento do fator de amplificação de deslocamento da coluna.

Figura 4.5: Comportamento do fator de amplificação da rotação no topo da coluna.

Observa-se que as amplitudes de deslocamento e rotação da coluna são

proporcionais. Nota-se na Figura 4.4 que, comparando o comportamento da

coluna com e sem absorsor, têm-se que o pêndulo não-amortecido causa a maior

redução das amplitudes da coluna na região de ressonância, mas gera duas regiões

próximas onde se faz sentir o efeito da ressonância relativas aos dois primeiros

modos de vibração. À medida que se aumenta o amortecimento do pêndulo esses

picos decrescem até atingir um valor ótimo. Se o amortecimento for aumentado

além desse limite a amplitude máxima de vibração volta a crescer, e a eficiência

do pêndulo absorsor vai decrescendo até que praticamente desaparece, como se

observa na resposta para 0.1=pξ .

Nota-se, ainda, que as cinco curvas para os diferentes valores de

amortecimento do pêndulo absorsor passam pelos pontos P e Q .

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O projeto ótimo dos absorsores passivos, tal como proposto por Den Hartog

(1956), é baseado na determinação dos valores de ϑ e pξ que fazem com que os

pontos invariantes P e Q estejam a uma mesma altura e que o mais alto pico de

amplitude passe por um deles. Ainda, esse critério assegura que a curva de

resposta em freqüência da massa primária será a mais plana possível, tornando o

absorsor eficiente em uma maior faixa de freqüências.

Então, inicialmente, é necessário encontrar os valores de ϖ para os pontos

invariantes, onde ζFA seja independente do fator de amortecimento pξ .

Reescrevendo a expressão (4.19) na forma:

( )( ) 4

23

22

1

2

DCDDCD

ww

P

P

es ++

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛ (4.21)

onde,

22

31 78.009.3eMg

LEID ω⎟

⎠⎞

⎜⎝⎛ −= (4.22a)

23

2

32 78.009.3 QMgL

EID ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −= (4.22b)

2213 eQD ω= (4.22c)

( )222314 QQQD −= (4.22d)

pode-se visualizar, na expressão (4.22), que 1D e 3D independem de pC , e que

2D e 4D são proporcionais a pC . A resposta será independente de pC se

4231 // DDDD = , o que ocorre nos pontos P e Q .

Resolvendo essas equações, obtém-se uma equação a ser resolvida em eω ,

cujos valores são os dois pontos independentes do amortecimento do absorsor.

02 2231

42 =− QQQQ (4.23)

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Substituindo os valores de 1Q , 2Q e 3Q em (4.23), obtém-se a expressão

(4.24), que representa a solução da expressão (4.23). Além das soluções triviais, a

equação fornece os valores de eω nos pontos P e Q . São estas:

)2(

)1(2)1( 2422422

+

++−±++=− µ

µωωωωµωωω ppccpc

QeP (4.24)

Com os valores de eω obtidos nos pontos P e Q , é necessário ajustar a

relação de freqüências ϑ para que esses pontos tenham a mesma ordenada. Para

isso, deve-se substituir ePω na expressão (4.19), obtendo uma ordenada para a

amplitude de deslocamento. Fazendo o mesmo para eQω , tem-se a ordenada desse

outro ponto. Igualando as duas, chega-se à equação que determina a calibração

ótima do pêndulo com a estrutura:

( ) ( ) 012111

2/1

242

22

=⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

⎡+⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛+⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛−

⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

⎡−+⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛µ

ωω

ωω

µωω

c

p

c

p

c

p (4.25)

Tomando-se o primeiro termo da expressão (4.25), tem-se que a razão de

sintonia ótima é:

µωω

ϑ+

==1

1

c

pótimo (4.26)

O segundo termo da expressão (4.25) fornece as outras soluções, mas como

essas possuem forma complexa, não têm significado físico.

Com a expressão (4.26), fica garantido que os pontos P e Q possuem a

mesma ordenada. Para determinar o valor dessa ordenada é necessário substituir

uma das raízes de (4.24) em (4.21), adotando a relação (4.26). Assim obtém-se:

µζ21_ +=ótimoFA (4.27)

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Se a inclinação da curva de resposta for igualada a zero em cada um dos

pontos invariantes, obtêm-se para o amortecimento do absorsor pendular:

( )µµµµ

ξ+

⎥⎦

⎤⎢⎣

=18

23

2p

(4.28)

Segundo Den Hartog (1956), uma boa estimativa para pξ ótimo é o valor

médio da expressão (4.28).

( )µµξ+

=183

pótimo (4.29)

Na Figura 4.6 comparam-se algumas curvas para diferentes valores de pξ

com a curva obtida com a calibração ótima, dada por 1201.0=pótimoξ .

Figura 4.6: Comportamento do fator de amplificação de deslocamento da coluna para o

ajuste ótimo.

Nota-se na Figura 4.6 que, para um 04.0=µ e 0.0=pξ , a resposta é

bastante sensível a alterações em ϖ , pois qualquer mudança da magnitude de ϖ

ótimo na região de ressonância leva a um alto valor de amplitude. Isso pode ser

provocado, por exemplo, por variações na freqüência de excitação. Segundo

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Franchek (1995), para reduzir a sensibilidade de ϖ pode-se aumentar a

magnitude da relação de massas µ , aumentando, assim, a largura da faixa entre

os picos de ressonância. Apresenta-se na Figura 4.7 o comportamento das

amplitudes para diferentes magnitudes de µ e 0.0=pξ . Observa-se que, quanto

maior a relação de massas, µ , maior é a largura da faixa entre os picos de

ressonância, diminuindo assim a sensibilidade do sistema e conseqüentemente de

variações na excitação e na freqüência da própria estrutura.

Figura 4.7: Comportamento do fator de amplificação de deslocamento da coluna para

diferentes relações de µ .

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5 Estudo Paramétrico do Sistema Coluna-Pêndulo

Um estudo paramétrico detalhado para investigar o desempenho do pêndulo

absorsor na redução das amplitudes da coluna, bem como o comportamento do

próprio pêndulo, é apresentado na seqüência. Utilizando as equações de estado

(4.14), obtêm-se os deslocamentos, velocidades e/ou acelerações da coluna e do

pêndulo absorsor por integração numérica, através do método de Runge-Kutta.

Inicialmente, é apresentado um estudo do comportamento das amplitudes do

sistema com a variação da freqüência de excitação. Posteriormente, é mostrado

um estudo de como o sistema se comporta alterando-se os parâmetros do pêndulo

absorsor, tais como a freqüência natural , o amortecimento e a rigidez.

5.1. Influência da Freqüência da Excitação no Comportamento do Sistema

Partindo das equações de estado (4.14), são obtidas as respostas no tempo e

os planos fase, bem como os diagramas de bifurcação através do método da força

bruta e as seções de Poincaré para esses diagramas de bifurcação, dos quais pode-

se compreender o funcionamento do pêndulo absorsor, para o sistema submetido a

um carregamento harmônico senoidal.

Conhecendo a freqüência da coluna ( cω ) pode-se variar as freqüências da

excitação ( eω ) e do pêndulo ( pω ) de modo que todos os casos possíveis em

termos de relações de freqüências ( ce ωω / , ep ωω / e cp ωω / ) possam ocorrer,

verificando, posteriormente, quais dessas relações promovem o controle de

vibrações da coluna original.

A análise é referente ao exemplo do item 4.2, que possui os seguintes

parâmetros:

• 255428.1=cω rad/s, que representa o freqüência natural da coluna;

• %7.0=cξ , é a taxa de amortecimento da coluna;

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• %0.0=pξ , é a taxa de amortecimento do pêndulo absorsor;

• 04.0=µ , relação de massas (representa 4.0% da massa modal);

• 007.0=sζ , amplitude da força de excitação (adimensional);

• 0.0=pK , rigidez do absorsor pendular.

Inicialmente, são apresentados os espectros de resposta das amplitudes de

deslocamento da coluna e do pêndulo em função da freqüência de excitação,

usando tanto a formulação linear como a não-linear. As Figuras 5.1, 5.2 e 5.3

mostram os espectros para os casos cp ωω < , cp ωω = , cp ωω > ,

respectivamente.

(a) Comportamento Linear (b) Comportamento Não-Linear

Figura 5.1: Espectro de resposta de deslocamento do sistema para 7965.0/ =cp ωω .

(a) Comportamento Linear (b) Comportamento Não-Linear

Figura 5.2: Espectro de resposta de deslocamento do sistema para 00.1/ =cp ωω .

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(a) Comportamento Linear (b) Comportamento Não-Linear

Figura 5.3: Espectro de resposta de deslocamento do sistema para 1151.1/ =cp ωω .

Nesse conjunto de resultados tem-se o comportamento das amplitudes de

deslocamento do sistema em relação a freqüência de excitação, donde observa-se

os picos de ressonância para o sistema acoplado em três casos distintos. Embora

apresentem as mesmas ressonâncias, a não-linearidade afeta de modo positivo as

vibrações da torre, diminuindo as amplitudes de vibração na região mais crítica.

As Figuras 5.4, 5.5 e 5.6 apresentam uma comparação entre os espectros de

resposta de deslocamento da coluna com absorsor e da coluna original, para os

mesmos casos estudados anteriormente.

(a) Comportamento Linear (b) Comportamento Não-Linear

Figura 5.4: Espectro de resposta de deslocamento da coluna para 7965.0/ =cp ωω .

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(a) Comportamento Linear (b) Comportamento Não-Linear

Figura 5.5: Espectro de resposta de deslocamento da coluna para 00.1/ =cp ωω .

(a) Comportamento Linear (b) Comportamento Não-Linear

Figura 5.6: Espectro de resposta de deslocamento da coluna para 1151.1/ =cp ωω .

Observa-se nesses resultados que o desempenho do absorsor pendular está

intimamente ligado as relações de freqüências. No caso cp ωω < tem-se que o

pico de ressonância da coluna original coincide com o segundo pico de

ressonância do sistema acoplado, já para cp ωω > tem-se que o pico de

ressonância da coluna original coincide com o primeiro pico do sistema acoplado,

em ambos os casos o absorsor pendular é eficiente para uma pequena faixa de

freqüências de excitação. Como esperado, no caso em que cp ωω = a eficiência

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do absorsor pendular é maior, pois o pico de ressonância da coluna original está

na região onde a coluna com absorsor atinge suas menores amplitudes.

Para melhor compreensão do funcionamento do absorsor pendular é

apresentado no decorrer desse capítulo um estudo detalhado do comportamento do

pêndulo bem como da coluna.

Na Figura 5.7 mostra-se o comportamento das amplitudes máximas de

deslocamento da coluna no estado permanente para diferentes magnitudes da

freqüência de excitação. Para referência, mostra-se também o valor do

deslocamento da coluna original em comparação com a coluna com absorsor.

Analisando esses resultados, conclui-se que quando ce ωω < , se ep ωω < há uma

redução na magnitude das oscilações, mas se ep ωω > , não há redução, mas sim

um aumento das amplitudes de vibração da coluna com absorsor. Já para ce ωω >

há uma inversão desse comportamento, se ep ωω < não há redução, mas se

ep ωω > , há redução. Finalmente observa-se que, quando ce ωω = , há sempre

redução (Figura 5.7 (d)).

A Figura 5.8 apresenta os respectivos diagramas de bifurcação, que ilustram

o comportamento da coluna com absorsor no estado permanente. Observando

esses diagramas, conclui-se que para ce ωω < a maior não-linearidade da resposta

ocorre na região em que ep ωω ≈ , com uma região de comportamento

particularmente complexa quando ep ωω < . Quando ce ωω > a resposta apresenta

sempre o mesmo período da excitação (representada por um ponto na seção de

Poincaré).

Já Figura 5.9 exemplifica o comportamento não-linear da coluna através das

respostas no tempo (fase permanente), dos planos fase e das seções de Poincaré de

pontos obtidos nos diagramas de bifurcação da Figura 5.8 para valores

selecionados de pω e ce ωω / .

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(a) 3.0=eω rad/s e 2389.0/ =ce ωω (b) 7.0=eω rad/s e 5575.0/ =ce ωω

(c) 0.1=eω rad/s e 7965.0/ =ce ωω (d) ce ωω = e 00.1/ =ce ωω

(e) 4.1=eω rad/s e 1151.1/ =ce ωω (f) 7.1=eω rad/s e 3541.1/ =ce ωω

(g) 0.2=eω rad/s e 5931.1/ =ce ωω

Figura 5.7: Variação das amplitudes máximas de deslocamento da coluna original e com

absorsor na resposta permanente.

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93

(a) 3.0=eω rad/s e 2389.0/ =ce ωω (b) 7.0=eω rad/s e 5575.0/ =ce ωω

(c) 0.1=eω rad/s e 7965.0/ =ce ωω (d) ce ωω = e 00.1/ =ce ωω

(e) 4.1=eω rad/s e 1151.1/ =ce ωω (f) 7.1=eω rad/s e 3541.1/ =ce ωω

(g) 0.2=eω rad/s e 5931.1/ =ce ωω

Figura 5.8: Diagramas de bifurcação para o deslocamento da coluna na resposta

permanente.

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94

(a) 4.0=pω rad/s e 5575.0/ =ce ωω

(b) 6.0=pω rad/s e 7965.0/ =ce ωω

(c) 1.0=pω rad/s e 00.1/ =ce ωω

(d) 4.0=pω rad/s e 1151.1/ =ce ωω

(f) 6.0=pω rad/s e 3541.1/ =ce ωω

Figura 5.9: Resposta no tempo, plano fase e seção de Poincaré da resposta permanente

da coluna.

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95

(a) 3.0=eω rad/s e 2389.0/ =ce ωω (b) 7.0=eω rad/s e 5575.0/ =ce ωω

(c) 0.1=eω rad/s e 7965.0/ =ce ωω (d) ce ωω = e 00.1/ =ce ωω

(e) 4.1=eω rad/s e 1151.1/ =ce ωω (f) 7.1=eω rad/s e 3541.1/ =ce ωω

(g) 0.2=eω rad/s e 5931.1/ =ce ωω

Figura 5.10: Diagramas de bifurcação para o deslocamento angular do pêndulo na

resposta permanente.

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96

(a) 4.0=pω rad/s e 5575.0/ =ce ωω

(b) 6.0=pω rad/s e 7965.0/ =ce ωω

(c) 3.0=pω rad/s e 00.1/ =ce ωω

(d) 4.0=pω rad/s e 1151.1/ =ce ωω

(f) 2.0=pω rad/s e 3541.1/ =ce ωω

Figura 5.11: Resposta no tempo, plano fase e seção de Poincaré da resposta

permanente do pêndulo.

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97

A Figura 5.10 ilustra a variação do deslocamento angular do pêndulo

através dos seus diagramas de bifurcação. É interessante notar que na região em

torno de ep ωω )3/1(≈ há sempre a presença de soluções eminentemente não-

lineares, possivelmente em virtude da presença de um sub-harmônico de ordem

três.

Já o comportamento não-linear do pêndulo absorsor é apresentado na Figura

5.11, que mostra as respostas no tempo, planos fase e seções de Poincaré para os

mesmos valores de pω e ce ωω / estudados na Figura 5.10.

Os resultados demonstram que o sistema passivo de absorção pendular pode

reduzir ou amplificar as amplitudes de deslocamento da coluna, conforme

alteram-se as relações entre as freqüências natural da coluna, natural do pêndulo e

da excitação.

5.2. Influência da Freqüência do Pêndulo no Comportamento do Sistema

Com base nas equações de estado (4.14), estuda-se a resposta do sistema,

com a variação da relação cp ωω / . São apresentadas as amplitudes máximas da

reposta total como da permanente, tanto para a coluna quanto para o pêndulo.

Também é mostrada a reposta permanente para diferentes valores de pω .

Os resultado foram obtidos com os parâmetros apresentados no item 5.1,

considerando, agora, ce ωω = . Na Figura 5.12 mostra-se a variação das

amplitudes máximas de deslocamento, velocidade e aceleração da coluna e do

pêndulo em função da relação cp ωω / . Cabe ressaltar que, em todos os casos, a

amplitude máxima ocorre nos instantes iniciais da resposta transiente. Para a

coluna, como esperado, as menores amplitudes ocorrem para cp ωω = . Entretanto,

pode-se verificar que o pêndulo é eficiente para uma ampla faixa do parâmetro

cp ωω / , tanto na fase transiente quanto na permanente. Os valores máximos da

resposta não controlada são dados para efeito de comparação na Tabela 5.1.

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(a) Deslocamento da coluna. (b) Deslocamento do pêndulo.

(c) Velocidade da coluna. (d) Velocidade do pêndulo.

(e) Aceleração da coluna. (f) Aceleração do pêndulo.

Figura 5.12: Amplitudes máximas da resposta total e permanente da coluna e do

pêndulo.

Tabela 5.1: Valores máximos da resposta não controlada.

ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo)

Total Permanente Total Permanente Total Permanente

0.499999 0.499999 0.499999 0.499999 0.499999 0.499999

A Figura 5.13 mostra o comportamento da resposta permanente no tempo

das amplitudes da coluna e do absorsor pendular para três relações de cp ωω / .

A estrutura é excitada por um carregamento harmônico senoidal dado, em

sua forma adimensional, por:

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)sen(2

e

c τωω

ζ ⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛= sF (5.1)

(a) Deslocamento da coluna

(b) Velocidade da coluna

(c) Aceleração da coluna

(d) Deslocamento do pêndulo

(e) Velocidade do pêndulo

(f) Aceleração do pêndulo

95.0=c

p

ωω

00.1=c

p

ωω

05.1=c

p

ωω

Figura 5.13: Comportamento das amplitudes durante a resposta permanente.

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O gráfico da função (5.1) para o intervalo de tempo considerado na Figura

5.13 é mostrado na Figura 5.14.

Figura 5.14: Comportamento da força adimensional F.

Para cp ωω < , a coluna está em fase com a força e o pêndulo encontra-se

fora de fase ( o180 ). Para cp ωω > , a coluna e o pêndulo estão em fase e ambos

encontram-se fora de fase com relação a excitação.

5.3. Influência das Condições Iniciais do Pêndulo Absorsor no Comportamento do Sistema

Para isso, buscou-se variar o parâmetro de entrada, que representa o

deslocamento angular do pêndulo, de 2/π− até 2/π , e observou-se o

comportamento das amplitudes do sistema para diferentes tipos de excitação.

Os parâmetros do sistema são os mesmos utilizados no item 5.1, sendo que

agora pce ωωω == , pois é onde o pêndulo apresenta seu melhor desempenho na

redução das amplitudes da coluna.

5.3.1. Resposta do Sistema a um Carregamento Senoidal

Nessa análise são utilizadas as equações de estado (4.14). Na Figura 5.15

observa-se o comportamento das amplitudes máximas da coluna na resposta total.

Independente das condições iniciais, há sempre redução dos valores máximas de

deslocamento, velocidade e aceleração. A máxima redução ocorre para 00 =θ .

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(a) Deslocamento (b) Velocidade (c) Aceleração

Figura 5.15: Comportamento das amplitudes máximas da coluna na resposta total para

um carregamento harmônico senoidal.

A Figura 5.16 apresenta o comportamento das amplitudes máximas da

coluna na resposta permanente. Como esperado, as condições iniciais do pêndulo

não interferem na redução na resposta permanente.

(a) Deslocamento (b) Velocidade (c) Aceleração

Figura 5.16: Comportamento das amplitudes máximas da coluna na resposta

permanente para um carregamento harmônico senoidal.

Na Figura 5.17 ilustra-se a resposta no tempo da coluna sujeita a um

carregamento harmônico senoidal, para alguns valores da condição inicial 0θ .

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(a) o900 −=θ (b) o100 −=θ

(c) o0.00 =θ (d) o100 =θ

(e) o500 =θ (f) o900 =θ

Figura 5.17: Resposta da coluna no tempo para um carregamento harmônico senoidal.

As Figuras 5.18 e 5.19 ilustram, respectivamente, o comportamento das

amplitudes máximas do pêndulo na resposta total e na reposta permanente para

diferentes valores do deslocamento inicial do pêndulo, 0θ .

(a) Deslocamento (b) Velocidade (c) Aceleração

Figura 5.18: Comportamento das amplitudes máximas do pêndulo na resposta total para

um carregamento harmônico senoidal.

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103

(a) Deslocamento (b) Velocidade (c) Aceleração

Figura 5.19: Comportamento das amplitudes máximas do pêndulo na resposta

permanente para um carregamento harmônico senoidal.

Na Figura 5.20 pode-se observar a resposta no tempo do pêndulo para a

coluna sujeita ao carregamento senoidal e diferentes valores de 0θ . Observa-se

que 0θ influência de forma marcante a fase transiente.

(a) o900 −=θ (b) o100 −=θ

(c) o0.00 =θ (d) o100 =θ

(e) o500 =θ (f) o900 =θ

Figura 5.20: Resposta do pêndulo no tempo para um carregamento harmônico senoidal.

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5.3.2. Comportamento do Sistema sob um Pulso Senoidal

A Figura 5.21 ilustra o pulso senoidal.

ζs

τ0 τ1 τ

Figura 5.21: Pulso senoidal.

O pulso senoidal atua na estrutura até o instante 1τ , sendo 1τ equivalente a

um período do sistema, dado por π2 . As equações de estado utilizadas são as

dadas pela expressão (4.14).

A Figura 5.22 representa o comportamento das amplitudes máximas da

coluna para diferentes valores de condições iniciais do deslocamento angular do

pêndulo.

(a) Deslocamento (b) Velocidade (c) Aceleração

Figura 5.22: Comportamento das amplitudes máximas da coluna para um pulso senoidal.

Na Figura 5.23 mostra-se o comportamento das amplitudes máximas de

deslocamento angular do pêndulo absorsor quando a coluna está sujeita a um

pulso senoidal, isso para diferentes valores das condições iniciais do pêndulo.

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(a) Deslocamento (b) Velocidade (c) Aceleração

Figura 5.23: Comportamento das amplitudes máximas do pêndulo para um pulso

senoidal.

Nessas condições a coluna com absorsor apresenta valores máximos

superiores ao da coluna original sem absorsor. Verifica-se também que uma

condição inicial não-nula piora o comportamento do sistema.

5.3.3. Comportamento do Sistema sob um Pulso Retangular

O pulso retangular é ilustrado na Figura 5.24.

ττ1τ0

ζs

Figura 5.24: Pulso retangular.

O pulso retangular atua até o instante 1τ , duração de um período do sistema.

Para esse caso as equações de estado (4.14) tomam a forma:

(5.2a)

(5.2b)

(5.2c)

⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−−−=

=+

+−⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−−

=

=

)(sen)cos(2

)1(

)(sen)cos(2

3

2

3244

43

32

4341

2

2

2

21

yyyyy

yy

yyyyyyy

yy

e

p

e

pp

e

s

e

sss

ωω

ωω

ξ

µ

µµωω

ωω

ξζ

&&

&

&

&

&

(5.2d)

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Observa-se na Figura 5.25 o comportamento da coluna em função da

condição inicial do pêndulo 0θ . Sendo a força de pequena duração, o absorsor não

consegue controlar as vibrações. Novamente 0θ piora o comportamento do

sistema.

(a) Deslocamento (b) Velocidade (c) Aceleração

Figura 5.25: Comportamento das amplitudes máximas da coluna para um pulso

retangular.

5.3.4. Comportamento do Sistema para uma Velocidade Inicial

Para estudar o comportamento do sistema quando a estrutura é posta em

movimento por uma velocidade inicial, ou seja, por exemplo uma rajada de vento,

é necessário alterar-se o parâmetro de entrada que representa a velocidade inicial

da coluna, sendo que esta assumiu a magnitude de 0.2.

Na Figura 5.26 mostra-se o comportamento das amplitudes máximas da

coluna na resposta total conforme varia a condição inicial de deslocamento

angular do absorsor pendular.

(a) Deslocamento (b) Velocidade (c) Aceleração

Figura 5.26: Comportamento das amplitudes máximas da coluna para uma velocidade

inicial.

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5.4. Influência do Amortecimento do Pêndulo no Comportamento do Sistema

Os parâmetros do sistema são os mesmos utilizados no item 5.1, sendo que

nessa análise pce ωωω == . São utilizadas as equações de estado (4.14) e o

sistema está sujeito a um carregamento harmônico senoidal.

A Figura 5.27 demonstra o comportamento das amplitudes de deslocamento

da coluna na resposta transiente. Na seqüência, a Tabela 5.2 mostra as amplitudes

máximas da coluna, para os mesmos casos apresentados na Figura 5.27. Os

resultados indicam que o amortecimento do pêndulo, pξ , é desfavorável durante a

resposta transiente do sistema.

Figura 5.27: Amplitudes de deslocamento da coluna na resposta transiente para

diferentes valores de pξ .

Tabela 5.2: Amplitudes de deslocamento da coluna na resposta transiente para

diferentes pξ .

pξ (%) ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo)

0.0 0.033228 0.032752 0.033239

5.0 0.037015 0.036456 0.036381

Na Figura 5.28 apresenta-se o comportamento das amplitudes máximas da

coluna e do pêndulo absorsor com a variação da taxa de amortecimento do

pêndulo.

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(a) Deslocamento da coluna. (b) Deslocamento do pêndulo.

(c) Velocidade da coluna. (d) Velocidade do pêndulo.

(e) Aceleração da coluna. (f) Aceleração do pêndulo.

Figura 5.28: Influência da variação da taxa de amortecimento do pêndulo nas amplitudes

máximas de resposta da coluna e do pêndulo.

Na medida em que aumenta a taxa de amortecimento do pêndulo absorsor, a

sua eficiência diminui. Entretanto, os valores obtidos permanecem sempre abaixo

dos valores máximos para a coluna sem absorsor. A presença do amortecimento

provoca, por outro lado, um decréscimo nos valores máximos de deslocamento,

velocidade e aceleração do pêndulo absorsor.

5.5. Influência de uma Mola com Rigidez Linear

Quando adiciona-se a rigidez do pêndulo ao sistema, altera-se

automaticamente a freqüência natural do pêndulo, assim pode-se varia a rigidez

do pêndulo de modo que a sua freqüência fique dentro de uma faixa de valores

estabelecida, tornando o absorsor pendular mais eficiente, já que, com um ajuste

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na mola pode-se sintonizá-lo com mais facilidade. São adotados nessa análise os

mesmos parâmetros do item 5.1, com pce ωωω == e o sistema sendo excitado

por um carregamento harmônico senoidal.

5.5.1. Variação da Rigidez Linear

São utilizadas as equações de estado (4.14), com a adição do termo que

representa a rigidez do pêndulo. Considera-se que a freqüência natural do pêndulo

pode variar de cω90.0 até cω10.1 . Assim, é necessário que a freqüência inicial do

pêndulo coincida com cω90.0 , sendo que nessa magnitude a rigidez linear da

mola é nula, e, para que freqüência natural do pêndulo varie até cω10.1 , é

necessário aumentar gradativamente a rigidez linear da mola. Isso pode ser obtido

de diversas formas. Uma sugestão promissora encontrada na literatura recente é o

uso de novos materiais cujas propriedades variam em função da temperatura ou de

uma corrente elétrica. Para que o valor inicial de pω seja cω90.0 deve-se adotar

que o comprimento da haste do pêndulo é 7.68 m.

A Tabela 5.3 mostra a rigidez linear do pêndulo e a respectiva freqüência.

Tabela 5.3: Variação da relação de freqüências com a variação da rigidez do pêndulo.

cp ωω / pK (Nm)

0.90 0.00

0.92 151558.79

0.94 306448.54

0.96 464669.26

0.98 626220.93

1.00 791103.57

1.02 959317.17

1.04 1130861.74

1.06 1305737.26

1.08 1483943.75

1.10 1665481.20

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110

Na Figura 5.29 comparam-se os valores máximos da resposta total

considerando o pêndulo sem a rigidez adicional da mola com aqueles obtidos

variando-se a rigidez da mola entre os valores estabelecidos. Observa-se que o

absorsor perde um pouco sua eficiência. Por outro lado diminuem bastante os

valores máximos da resposta do pêndulo, tornando sua resposta praticamente

linear.

(a) Deslocamento da coluna. (b) Deslocamento do pêndulo.

(c) Velocidade da coluna. (d) Velocidade do pêndulo.

(e) Aceleração da coluna. (f) Aceleração do pêndulo.

Figura 5.29: Comportamento das amplitudes máximas do sistema na resposta total em

função da variação de rigidez do pêndulo.

A Figura 5.30 mostra o comportamento das amplitudes máximas do sistema

com a variação da rigidez na resposta permanente. Nota-se, novamente, uma

queda na eficiência do absorsor em virtude de uma diminuição drástica de suas

amplitudes de oscilação. Foi também analisado o comportamento do absorsor

considerando um pêndulo invertido. Os resultados demonstraram que, tanto na

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fase transiente quanto na permanente, os valores obtidos são bem superiores a

aqueles alcançados com o pêndulo na posição original.

(a) Deslocamento da coluna. (b) Deslocamento do pêndulo.

(c) Velocidade da coluna. (d) Velocidade do pêndulo.

(e) Aceleração da coluna. (f) Aceleração do pêndulo.

Figura 5.30: Comportamento das amplitudes máximas do sistema na resposta

permanente em função da variação de rigidez do pêndulo.

5.5.2. Efeito de uma Mola Não-Linear

O objetivo é analisar a influência da não-linearidade da mola do dispositivo

absorsor na resposta da coluna. Considerando uma mola com não-linearidade

cúbica, as equações de movimento (4.12) tomam a forma:

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(5.3a) ( )

⎪⎪⎪

⎪⎪⎪

=++−+

=

−+⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −+++

0)cos()sen(6

t)sen()sen(

)cos(78.009.325.0

32

e02

3

θθθαθθ

ωθθ

θθ

wmlmglk

Cml

Fml

mlwMgL

EIwCwmML

nlp &&&&&

&

&&&&&

(5.3b)

onde nlK representa a rigidez não-linear do pêndulo.

Para ter uma noção da ordem de grandeza desse termo não-linear, expandiu-

se a função não-linear )sen(θ em séries de Taylor, obtendo-se o termo cúbico

( 6/3θ− ). Então, considera-se que a rigidez não-linear da mola é

3

6θα nl

pnlk

K −= , sendo α um parâmetro de controle. Assim, as equações de

estado são dadas, agora, por:

(5.4a)

(5.4b)

(5.4c)

⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−−⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛+−=

=+

+−⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−−⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

=

=

)(sen)cos(6

2

)1(

)(sen)cos(2)(sen

3

2

323

3

2

44

43

32

4341

2

2

2

2

21

yyyyyy

yy

yyyyyyy

yy

e

p

e

p

e

pp

e

s

e

ss

e

ss

ωω

ωωα

ωω

ξ

µ

µµωω

ωω

ξτωω

ζ

&&

&

&

&

&

(5.4d)

Nas Tabelas 5.4 e 5.5 observar-se o comportamento das amplitudes

máximas de deslocamento da coluna e do pêndulo, respectivamente, para a

resposta total.

Tabela 5.4: Amplitudes máximas da coluna na resposta total com a variação de rigidez

não-linear.

α ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo)

-1 0.033206 0.032740 0.033216

0 0.033235 0.032756 0.033244

1 0.033264 0.032772 0.033273

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Tabela 5.5: Amplitudes máximas do pêndulo na resposta total com a variação de rigidez

não-linear.

α θ (máximo) τθ , (máximo) ττθ , (máximo)

-1 0.331020 0.332588 0.328784

0 0.333699 0.334775 0.331375

1 0.336410 0.336985 0.333998

Já nas Tabelas 5.6 e 5.7 são mostradas as amplitudes máximas da resposta

da coluna e do pêndulo, respectivamente, durante a resposta permanente.

Tabela 5.6: Amplitudes máximas da resposta da coluna na fase permanente em função

da variação de rigidez não-linear

α ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo)

-1 0.000701 0.000742 0.000635

0 0.000681 0.000727 0.000617

1 0.000661 0.000712 0.000602

Tabela 5.7: Amplitudes máximas da resposta do pêndulo na fase permanente em função

da variação de rigidez não-linear.

α θ (máximo) τθ , (máximo) ττθ , (máximo)

-1 0.175638 0.175803 0.175310

0 0.176322 0.176489 0.175988

1 0.177022 0.177192 0.176683

A não-linearidade positiva (α=1) causa uma pequena perda de eficiência do

absorsor. Cabe lembrar que, nesse caso, tem-se uma redução no grau de não-

linearidade do absorsor. Já uma não-linearidade negativa (α=-1) aumenta o grau

de não-linearidade do sistema melhorando a eficiência do absorsor. Isso indica

que a não-linearidade do absorsor têm um efeito positivo no comportamento do

sistema, o que será analisado com mais profundidade no próximo capítulo.

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6 Resposta do Sistema Não-Linear

As equações de movimento (4.12) apresentam não-linearidade geométrica e

inercial em virtude do movimento do pêndulo. Ao considerar a não-linearidade, o

sistema passa a não possuir uma solução fechada. Assim, deve-se procurar uma

solução aproximada, que pode ser obtida, por exemplo, no domínio da freqüência.

Isso permite uma análise da influência do grau de não-linearidade do sistema na

resposta, bem como uma análise dos casos onde tornem-se necessários ajustes do

absorsor pendular. Para isso, torna-se indispensável obter as equações que

fornecem relações entre a freqüência de excitação, as amplitude de movimento de

cada grau de liberdade e os ângulos de fase. A solução das equações de

movimento não-lineares é encontrada através de uma forma simplificada, pelo

método de Galerkin-Urabe. O estudo é similar ao de Pinheiro (1997).

6.1. Obtenção das Equações Algébricas Não-Lineares

O sistema oscilatório não-linear e não-autônomo descrito pelas equações

diferenciais (4.12) distingue-se do linear por não prevalecer o princípio da

superposição para o mesmo, o que gera uma certa dificuldade na resolução. Para

encontrar uma solução harmônica aproximada para o sistema não-linear de

equações diferenciais é utilizado o método Galerkin-Urabe, o qual transforma o

sistema (4.12) em um sistema de equações algébricas não-lineares.

Considere que a solução do sistema de equações de movimento (4.12)

submetido a uma excitação harmônica de freqüência eω é da forma

)cos( tww eω= (6.1a)

)cos( ϕωθθ += te (6.1b)

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115

onde ϕ é a defasagem entre a resposta da coluna e a do pêndulo, e considere

também que há uma defasagem entre a força externa descrita por um ângulo de

fase ψ . Assim a força pode ser escrita na forma:

t)sen()cos()(sen eseceo FtFtF ωωψω +=+ (6.2)

Substituindo-se as expressões (6.1) e (6.2) no sistema de equações de

movimento (4.12), obtém-se o sistema de equações algébricas não-lineares.

(6.3a)

[[

]

[ ][ ]⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪

=+−+

−+−+++

+=+++

++−⎥⎦

⎤⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −

+−+−

0))cos(cos()cos())cos((sen

)cos()(sen)cos(

)(sen)cos())cos((sen)(sen

))cos(cos()cos()cos(78.009.3

)(sen)cos()25.0(

2

22

2

23

2

ϕωθωωϕωθ

ϕωϕωωϕωωθ

ωωϕωθϕωθ

ϕωθϕωθωωρ

ωωωρω

ttwtg

mltKtCtml

tFtFtt

ttmltAgL

EI

tCtmLAw

eee

epepee

esecee

eeee

eeee

(6.3b)

Observa-se que essas equações contêm funções trigonométricas cujos

argumentos são outras funções trigonométricas. Então, ao empregar o método de

Galerkin-Urabe, surgem integrais que não têm solução analítica. Perante isso, é

utilizada a expansão de Jacobi de funções trigonométricas em series de funções de

Bessel de primeira espécie ( iJ ), que são dadas por:

∑∞

−+=1

20 )2cos()()1(2)())cos(cos( δθθδθ nJJ nn (6.4a)

( )∑∞

− −−−=1

12 )12(cos)()1(2))cos(( δθδθ nJsen nn (6.4b)

Tomando-se apenas o primeiro termo ou o primeiro harmônico da série, as

equações perdem os termos em seno e co-seno de argumentos também

trigonométricos, adquirindo a forma:

( ))(2cos)(2)())cos(cos( 20 ϕωθθϕωθ +−=+ tJJt ee (6.5a) )cos()(2))cos(( 1 ϕωθϕωθ +=+ tJtsen ee (6.5b)

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116

Substituindo-se as expressões (6.5) em (6.3), tem-se:

(6.6a)

[[{

( )] [ ]}

[ ][ ] ( )[ ]{ }

⎪⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪⎪

=+−+

−+−+++

+=++++

−+−⎥⎦

⎤⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −

+−+−

0)(2cos)(2)cos()cos()(2

)cos()(sen)cos(

)(sen)cos()cos()(2)(sen)(2cos)(2

)()cos()cos(78.009.3

)(sen)cos()25.0(

22

1

22

12

2

02

3

2

ϕωθωωϕωθ

ϕωϕωωϕωωθ

ωωϕωθϕωθϕωθ

θϕωθωωρ

ωωωρω

tJtwtJg

mltKtCtml

tFtFtJttJ

JtmltAgL

EI

tCtmLAw

eee

epepee

esec

eee

eee

eeee

(6.6b)

Multiplicando cada uma das equações (6.6) pelas funções peso

)cos(1 teωφ = e )(sen2 teωφ = , e integrando cada uma das quatro equações

resultantes de 0 a ωπ /2 , obtém-se o sistema algébrico não-linear:

(6.7a)

(6.7b)

(6.7c) ( )( )

⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪

=++⎟⎟

⎜⎜

⎛−⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

+−−−−

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+−+−

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+−−⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛+−−

0)cos(2)2()()(2)(

0)()cos(2

)(2)()()2cos()cos(

)(

)(2

)()()(2

)cos(

)(2

)()()cos()1(

21

2

1

2

02

2

120

2

120

2

ϕθωω

µϕθµζθθωω

µϕ

θϕωω

µ

ϕθωω

µξθθϕζϕθµ

ψωω

ζ

θθθθϕθµωω

ζξ

ψωω

ζ

θθθθϕθµωω

µζ

e

p

e

p

e

p

e

pp

e

cs

e

cc

e

cs

e

c

senJJsen

J

senJJ

sen

JJJsen

JJJ

(6.7d)

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117

Esse sistema de equações não-lineares já está na sua forma adimensional.

As equações foram adimensionalizadas através da metodologia empregada no

item 4.4. As equações algébricas não-lineares possuem como variáveis, além da

freqüência de excitação, eω , as amplitudes ζ e θ , e os ângulos de fase ϕ e ψ .

Observa-se a não-linearidade nos termos trigonométricos e nos termos que

contêm as funções de Bessel de primeira espécie, levando a um certo grau de

dificuldade para sua resolução, nesse caso, deve-se utilizar um método iterativo. O

método escolhido é o método iterativo de Newton-Raphson.

Antes da implementação do método de Newton-Rapshon é necessário

definir as funções de Bessel, sendo essas funções obtidas a partir de:

∑∞

=

+

++Γ−

=0

2

)1(!)2/()1()(

k

knk

n nkkJ θθ (6.8)

onde, Γ é a função gama.

Assim, as funções de Bessel são obtidas a partir das séries:

2222222222

20

222

6

22

4

2

2

0 2018161412108642...

6424221)( θθθθθ ++−+−=J (6.9a)

222018161412108642...

642422)( 2222222222

21

22

5

2

3

1θθθθθ +++−=J (6.9b)

)()(2)( 012 θθθ

θ JJJ −= (6.9c)

6.2. Resultados Numéricos

Quando usa-se um absorsor não-linear, aumenta-se, em geral, a faixa de

freqüência para a qual ele é eficiente. A não-linearidade faz com que as

freqüências naturais do sistema sejam uma função de suas amplitudes de vibração.

Ainda, elas aumentam ou diminuem, dependendo do tipo de não-linearidade.

Apresenta-se nesse item dois exemplos. O primeiro exemplo estudado é

dado por Pinheiro (1997). O segundo exemplo refere-se à torre apresentada no

capitulo 4. Mostra-se, também, a validação dos resultados do presente trabalho.

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118

6.2.1. Exemplo 1

O primeiro exemplo refere-se ao modelo discreto apresentado na Figura 4.3.

Partindo das equações de movimento (4.11) e aplicando a metodologia

apresentada no item 6.1, chega-se ao mesmo sistema de equações algébricas não-

lineares (6.7). Os principais parâmetros, os mesmos adotados por Pinheiro (1997),

são:

• 0.1=cω rad/s, que representa o freqüência natural do sistema

principal;

• %7.0=cξ , é a taxa de amortecimento da coluna;

• 20.0=µ , relação de massas;

• 092.0=F , amplitude da força de excitação;

• 0.0=pK , rigidez do absorsor pendular.

Para comparar os resultados obtidos nesse trabalho com os obtidos por

Pinheiro (1997) deve-se considerar que:

( )2/ pcs

Fωω

ζ = (6.10)

onde 0F é a amplitude da força de excitação.

Inicialmente considera-se um caso onde a taxa de amortecimento do

pêndulo é de 0.0%. A variação da amplitude da resposta permanente em função da

razão ce ωω / é mostrada na Figura 6.1 para o pêndulo e na Figura 6.2 para o

sistema principal.

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119

Figura 6.1: Variação de θ para cp ωω / =1.0, pξ =0.0%, µ =0.20 e F = 0.092.

Verifica-se a presença de uma não-linearidade do tipo “softening”, isto é,

um decréscimo da freqüência natural com a amplitude, levando a mudanças

bruscas de amplitudes, tanto nas amplitudes dos deslocamentos angulares do

pêndulo, apresentados na Figura 6.1, como nas amplitudes dos deslocamentos do

sistema principal, apresentados na Figura 6.2. Convém ressaltar a influência da

não-linearidade do pêndulo no comportamento do sistema principal.

Figura 6.2: Variação de ζ para cp ωω / =1.0, pξ =0.0%, µ =0.20 e F = 0.092.

O regime não-linear de oscilações do pêndulo muda os parâmetros ótimos

de ajuste quando comparados com a teoria linear, alterando assim os níveis de

deslocamentos atingidos pela estrutura.

Nas Figuras 6.3 e 6.4 observa-se o comportamento dos ângulos de fase do

pêndulo e da força.

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120

Figura 6.3: Variação do ângulo de fase ϕ para cp ωω / =1.0, pξ =0.0%, µ =0.20 e

092.0=F .

Figura 6.4: Variação do ângulo de fase ψ para cp ωω / =1.0, pξ =0.0%, µ =0.20 e

092.0=F .

A seguir, é estudado um caso onde a taxa de amortecimento do pêndulo é de

26.23%. É bom ressaltar que essa taxa de amortecimento é dificilmente obtida em

situações prática, mas foi adotada para demonstrar como o sistema comporta-se

com uma taxa de amortecimento tão alta. Na Figura 6.5 compara-se o

comportamento da resposta considerando o pêndulo amortecido com o não-

amortecido.

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121

(a) Amplitudes de deslocamento angular do

pêndulo. (b) Amplitudes de deslocamento da coluna.

Figura 6.5: Influência do amortecimento do pêndulo em θ e ζ para cp ωω / =1.0,

µ =0.20 e F = 0.092.

Agora, é estudado o comportamento do sistema apresentado por Pinheiro

(1997), que tem como parâmetros diferentes dos anteriores: 833.0/ =cp ωω ,

%23.26=pξ e 041.0=F . Na Figura 6.6, apresenta-se o comportamento das

amplitudes dos deslocamentos do absorsor pendular.

Figura 6.6: Variação de θ para cp ωω / =0.833, pξ =26.23%, µ =0.20 e F = 0.041.

Para ilustrar o comportamento das amplitudes de oscilação do pêndulo são

apresentadas na Figura 6.7 as repostas no tempo no estado permanente para

algumas relações de freqüências, obtidas a partir da integração numérica das

equações diferenciais de movimento pelo método de Runge-Kutta de quarta

ordem.

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122

(a) 4.0/ =ce ωω (b) 7.0/ =ce ωω

(c) 0.1/ =ce ωω (d) 3.1/ =ce ωω

(e) 6.1/ =ce ωω (f) 9.1/ =ce ωω

Figura 6.7: Variação do deslocamento angular θ ao longo do tempo para

cp ωω / =0.833, pξ =26.23%, µ =0.20 e F = 0.041.

Verifica-se que os resultados obtidos no domínio da freqüência condizem

com os resultados obtidos no domínio do tempo, comprovando a formulação

adotada.

O comportamento das amplitudes dos deslocamentos do sistema principal é

apresentado na Figura 6.8. Já os resultados obtidos por integração numérica para a

resposta do sistema principal no regime permanente são mostrados na Figura 6.9.

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123

Figura 6.8: Variação de ζ para cp ωω / =0.833, pξ =26.23%, µ =0.20 e F = 0.041.

(a) 4.0/ =ce ωω (b) 7.0/ =ce ωω

(c) 0.1/ =ce ωω (d) 3.1/ =ce ωω

(e) 6.1/ =ce ωω (f) 9.1/ =ce ωω

Figura 6.9: Variação do deslocamento ζ ao longo do tempo para cp ωω / =0.833,

pξ =26.23%, µ =0.20 e F = 0.041.

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124

Observa-se que os resultados das amplitudes de deslocamentos do sistema

principal obtidos no domínio da freqüência condizem com os resultados obtidos

no domínio do tempo.

A variação dos ângulos de fase para esse caso é mostrada nas Figuras 6.10 e

6.11.

Figura 6.10: Variação do ângulo de fase ϕ para cp ωω / =1.0, pξ =26.23%, µ =0.20 e

F = 0.041.

Figura 6.11: Variação do ângulo de fase ψ para cp ωω / =1.0, pξ =26.23%, µ =0.20 e

F = 0.041.

Na Figura 6.12 apresentam-se os resultados obtidos por Pinheiro (1997).

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125

Figura 6.12: Variação das amplitudes de deslocamento θ e ζ )/( estxx para

cp ωω / =0.833, pξ =26.23%, µ =0.20 e F = 0.041 (Pinheiro, 1997).

Nota-se que os resultados obtidos usando a presente metodologia não

concordam qualitativamente e quantitativamente com os obtidos por Pinheiro

(1997), provavelmente porque naquele trabalho não foi considerado o efeito dos

ângulos de fase do sistema.

Com isso, decidiu-se validar os resultados aqui obtidos usando-se o método

aproximado de Galerkin-Urabe com as amplitudes máximas da resposta

permanente obtidas por integração numérica das equações de movimento não-

lineares. A comparação dos resultados é apresentada na Tabela 6.1, onde observa-

se que os valores obtidos no domínio da freqüência e no domínio do tempo para a

amplitudes máximas das respostas permanentes são compatíveis, mostrando assim

a qualidade dos resultados do presente trabalho.

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126

Tabela 6.1: Comparação das amplitudes máximas obtidas no domínio da freqüência e no

domínio do tempo para cp ωω / =0.833, pξ =26.23%, µ =0.20 e F = 0.041.

Domínio da Freqüência Domínio do Tempo ce ωω /

Coluna Pêndulo Coluna Pêndulo

0.1 1.012175 0.000420 1.012190 0.000419

0.2 1.050946 0.001813 1.050945 0.001812

0.3 1.124289 0.004658 1.124275 0.004656

0.4 1.250965 0.010135 1.250896 0.010135

0.5 1.475850 0.021212 1.475314 0.021211

0.6 1.915655 0.046191 1.914891 0.046199

0.7 2.781537 0.105330 2.778078 0.105285

0.8 3.225476 0.165431 3.220688 0.165259

0.9 2.958723 0.165201 2.959096 0.165187

1.0 3.165240 0.167297 3.163646 0.167103

1.1 3.033103 0.146905 3.027960 0.146605

1.2 2.214956 0.099134 2.212796 0.099052

1.3 1.534828 0.064243 1.533398 0.064201

1.4 1.147592 0.045693 1.113240 0.044118

1.5 0.894859 0.034185 0.850454 0.032237

1.6 0.676638 0.024720 0.676456 0.024710

1.7 0.610544 0.021957 0.554355 0.019651

1.8 0.489171 0.017035 0.464927 0.016077

1.9 0.435653 0.014933 0.396897 0.013446

2.0 0.379767 0.012788 0.343771 0.011440

Os resultados considerando a influência da não-linearidade do pêndulo são

comparados aos resultados obtidos com as equações linearizadas, apresentadas no

Capítulo 4, na equação (4.15). Esses resultados, apresentados na Figura 6.13,

mostram de forma clara a influência dos termos não-lineares nos resultados.

Como esperado, está influência se faz sentir na região de ressonância do sistema

acoplado.

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127

(a) Variação da amplitude da resposta permanente θ .

(b) Variação da amplitude da resposta permanente ζ .

Figura 6.13: Influência da não-linearidade do pêndulo em θ e ζ para cp ωω / =1.0,

µ =0.20 e F = 0.092.

A Figura 6.14 mostra uma comparação entre a resposta linear e não-linear,

considerando para o pêndulo o valor do amortecimento ótimo deduzido na análise

linear, Capítulo 4, equação (4.29) ( 25.0=pótimoξ ). Mesmo para este valor de

amortecimento ainda se nota uma diferença razoável entre a resposta linear e não-

linear.

(a) Variação da amplitude da resposta permanente θ .

(b) Variação da amplitude da resposta permanente ζ .

Figura 6.14: Influência da não-linearidade do pêndulo em θ e ζ para cp ωω / =1.0,

µ =0.20, F = 0.092 e 25.0=pótimoξ .

6.2.2. Exemplo 2

O segundo exemplo analisado é o da torre analisada no Capitulo 4. Partindo

das equações (4.12), aplicando a metodologia do item 6.1, chega-se ao sistema de

equações algébricas não-lineares (6.7). Os principais parâmetros para essa análise

são:

• 255428.1=cω rad/s, freqüência natural da coluna;

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128

• 278671.1=pω rad/s, freqüência natural do pêndulo;

• %7.0=cξ , é a taxa de amortecimento da coluna;

• 04.0=µ , relação de massas;

• 0.0=pK , rigidez do absorsor pendular;

• 007.0=sζ , amplitude da força de excitação.

Para estudar o comportamento das amplitudes de oscilação da coluna e do

absorsor pendular é considerado inicialmente que o sistema possui uma taxa de

amortecimento para o pêndulo de 0.0%. Nas Figuras 6.15 e 6.16 observa-se o

comportamento das amplitudes do deslocamento angular do pêndulo e o

respectivo diagrama de bifurcação do mapa de Poincaré associado a esse caso,

respectivamente. O diagrama de bifurcação é obtido a partir da integração

numérica das equações de movimento pelo método de Runge-Kutta de quarta

ordem e usando o algoritmo da força bruta, como implementado por Del Prado

(2001). Esse diagrama permite verificar a periodicidade e estabilidade das

resposta obtidas pelo método de Galerkin-Urabe e, mais uma vez, comprovar a

exatidão da presente formulação. Nota-se que o diagrama de bifurcação apresenta

os mesmos saltos obtidos pela solução aproximada. Vale ressaltar que no

diagrama de bifurcação não se tem o deslocamento máximo da resposta

permanente, mas sim a coordenada θ da seção de Poincaré.

Figura 6.15: Amplitudes de deslocamento angular θ para cp ωω / =1.018, pξ =0.0%,

µ =0.04 e sζ = 0.007.

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129

Figura 6.16: Diagrama de bifurcação do mapa de Poincaré. Variação da coordenada θ

para cp ωω / =1.018, pξ =0.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007.

Na Figura 6.17 observa-se o comportamento das amplitudes de

deslocamento da coluna e na Figura 6.18 tem-se o correspondente diagrama de

bifurcação.

Figura 6.17: Amplitudes de deslocamento ζ para cp ωω / =1.018, pξ =0.0%, µ =0.04 e

sζ = 0.007.

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Figura 6.18: Diagrama de bifurcação do mapa de Poincaré. Variação da coordenada ζ

para cp ωω / =1.018, pξ =0.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007.

Nota-se claramente a influência da não-linearidade do pêndulo na resposta

do sistema. Verifica-se, novamente, a presença de uma não-linearidade do tipo

“softening” levando a mudanças bruscas de amplitude em função de bifurcações

tipo nó-sela ao longo das curvas de ressonância não-lineares.

A seguir, é estudado um caso em que o pêndulo possui uma taxa de

amortecimento de 7.0%. Na Figura 6.19 mostra-se a variação da amplitude de

oscilação do absorsor pendular em função da freqüência de excitação. Já na

Figura 6.20 apresenta-se o respectivo diagrama de bifurcação, onde observa-se

uma coerência entre os resultados obtidos pelas duas metodologias.

Figura 6.19: Amplitudes de deslocamento angular θ para cp ωω / =1.018, pξ =7.0%,

µ =0.04 e sζ = 0.007.

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131

Figura 6.20: Diagrama de bifurcação do mapa de Poincaré. Variação da coordenada θ

para cp ωω / =1.018, pξ =7.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007.

Observa-se nas Figuras 6.19 e 6.20 que, em virtude da taxa de

amortecimento adotada para o pêndulo, as amplitudes de oscilação do pêndulo

não apresentam as mudanças bruscas em seus valores, embora as não-linearidades

continuem a ser importantes nas regiões de ressonância. Cabe lembrar que, apesar

do aumento da taxa de amortecimento do pêndulo melhorar o comportamento do

sistema na região de ressonância, ele é desfavorável durante o regime transiente,

como observado no Capítulo 5.

Na Figura 6.21 mostra-se o comportamento das oscilações do pêndulo no

regime permanente obtidas da integração no tempo das equações de movimento

não-lineares. Nota-se que as amplitudes máximas das oscilações do absorsor

pendular na resposta permanente condizem com os resultados obtidos no domínio

da freqüência.

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132

(a) 4.0/ =ce ωω (b) 7.0/ =ce ωω

(c) 0.1/ =ce ωω (d) 3.1/ =ce ωω

(e) 6.1/ =ce ωω (f) 9.1/ =ce ωω

Figura 6.21: Variação do deslocamento angular θ ao longo do tempo para

cp ωω / =1.018, pξ =7.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007.

O comportamento das amplitudes de oscilação da coluna está apresentado

na Figura 6.22 e na Figura 6.23. Observa-se um certo grau de não-linearidade na

resposta, mostrando que essa não pode ser desconsiderada na análise desse

problema.

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133

Figura 6.22: Amplitude de deslocamento ζ para cp ωω / =1.018, pξ =7.0%, µ =0.04 e

sζ = 0.007.

Figura 6.23: Diagrama de bifurcação do mapa de Poincaré. Variação da coordenada ζ

para cp ωω / =1.018, pξ =7.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007.

A Figura 6.24 mostra a variação das amplitudes de oscilação da coluna no

domínio do tempo, para diferentes valores da freqüências de excitação.

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(a) 4.0/ =ce ωω (b) 7.0/ =ce ωω

(c) 0.1/ =ce ωω (d) 3.1/ =ce ωω

(e) 6.1/ =ce ωω (f) 9.1/ =ce ωω

Figura 6.24: Variação do deslocamento ζ ao longo do tempo para cp ωω / =1.018,

pξ =7.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007.

Para demonstrar, novamente a qualidade dos resultados dessa formulação,

são comparados os resultados obtidos no domínio da freqüência, através do

método de Galerkin-Urabe, com os resultados obtidos no domínio do tempo por

integração numérica das equações de movimento não-lineares. A comparação é

apresentada na Tabela 6.2.

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135

Tabela 6.2: Comparação das amplitudes máximas obtidas no domínio da freqüência e no

domínio do tempo para cp ωω / =1.018, pξ =7.0%, µ =0.04 e sζ = 0.007.

Domínio da Freqüência Domínio do Tempo ce ωω /

Coluna Pêndulo Coluna Pêndulo

0.1 1.010513 0.000068 1.010527 0.000068

0.2 1.043471 0.000267 1.043471 0.000292

0.3 1.103671 0.000733 1.103659 0.000733

0.4 1.201266 0.001530 1.201236 0.001530

0.5 1.357067 0.003003 1.356995 0.003002

0.6 1.617784 0.005970 1.617578 0.005970

0.7 2.111663 0.013008 2.110726 0.013014

0.8 3.365384 0.036286 3.365164 0.036456

0.9 10.606079 0.231825 10.602437 0.231758

1.0 3.377611 0.160691 3.375527 0.160648

1.1 5.213058 0.184330 5.212735 0.184923

1.2 2.976019 0.068316 2.974934 0.068353

1.3 1.693551 0.029381 1.668746 0.029088

1.4 1.136327 0.016366 1.135094 0.016491

1.5 0.848269 0.010798 0.847921 0.010843

1.6 0.669031 0.007773 0.668673 0.007786

1.7 0.546784 0.005916 0.546592 0.005917

1.8 0.458293 0.004686 0.458182 0.004686

1.9 0.391477 0.003824 0.391406 0.003824

2.0 0.339403 0.003193 0.339355 0.003192

Verifica-se que os valores obtidos pelos dois métodos são compatíveis,

mostrando assim, novamente, a qualidade dos resultados.

Observa-se nos exemplos apresentados anteriormente, a grande influência

das não-linearidades do pêndulo na resposta da coluna, mostrando que essa não

pode ser desprezada na análise do sistema. A não-linearidade pode inclusive gerar

bifurcações que levam a mudanças bruscas da resposta do sistema, o que deve ser

evitado.

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136

Mostrar-se, a seguir, o comportamento das amplitudes desse último exemplo

quando a amplitude da força de excitação, sζ , muda gradativamente.

Inicialmente, adota-se para o amortecimento do pêndulo 0.0%. Na Figura 6.25

observa-se o comportamento das amplitudes de deslocamento angular do pêndulo

com a variação gradativa da amplitude da força de excitação. Já na Figura 6.26

mostra-se o comportamento das amplitudes de deslocamento da coluna.

Figura 6.25: Comportamento das amplitudes de deslocamento angular do pêndulo para

diferentes valores de sζ e cp ωω / =1.018, pξ =0.0% e µ =0.04.

Figura 6.26: Comportamento das amplitudes de deslocamento da coluna para diferentes

valores de sζ e cp ωω / =1.018, pξ =0.0% e µ =0.04.

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Para comparação pode-se observar na Figura 6.27 o comportamento das

amplitudes de deslocamento da coluna original.

Figura 6.27: Comportamento das amplitudes de deslocamento da coluna original para

diferentes valores de sζ .

Adotando uma taxa de amortecimento para o absorsor pendular de 7.0%,

tem-se que as amplitudes de deslocamento do sistema comportam-se como

apresentado nas Figuras 6.28 e 6.29

Figura 6.28: Comportamento das amplitudes de deslocamento angular do pêndulo para

diversos valores de sζ e cp ωω / =1.018, pξ =7.0% e µ =0.04.

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Figura 6.29: Comportamento das amplitudes de deslocamento da coluna para diversos

valores de sζ e cp ωω / =1.018, pξ =7.0% e µ =0.04.

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7 Absorsor Dinâmico de Vibrações Híbrido

Observa-se nos resultados até aqui apresentados, que o absorsor dinâmico

de vibrações passivo (pêndulo absorsor) mostra-se eficiente para uma faixa de

freqüência de excitação em torno da freqüência natural da coluna, para qual foi

calibrado. Para torres esbeltas o absorsor é mais eficiente quando epc ωωω ≈≈ ,

permitindo algumas variações no valor da freqüência de excitação na vizinhança

desse ponto. Para aumentar a sua eficiência, é necessário expandir a faixa de

freqüência de excitação para o qual o absorsor pendular atua, sem comprometer o

comportamento da estrutura principal.

Então, é proposto um absorsor dinâmico de vibrações híbrido. Esse consiste

na junção do absorsor pendular (controle passivo) com uma força de controle

ativo, atuador. A força de controle é aplicada diretamente na estrutura principal,

no sentido contrário à força de excitação. A força de controle proposta é dada, em

sua forma adimensional, por:

ζβζζ τ ),tanh(fFc = (7.1)

onde f é a magnitude da força de controle e β é um parâmetro de controle,

sendo função do deslocamento e da velocidade no topo da torre.

Essa força de controle é recalculada a todo instante, para isso é necessário

que na estrutura principal sejam instalados dispositivos que meçam a todo instante

os seus deslocamentos e suas velocidades para que seja realimentado o atuador.

Para ilustrar o comportamento da força de controle, mostra-se na Figura 7.1

a variação da função )tanh( xβ para diferentes valores de β . Observa-se que o

fator β define a velocidade de aplicação da força de controle. Forças dessa

natureza podem ser obtidas através de vários mecanismos, como comentam

Winthrop et al. (2005) e Nagarajaiah & Varadarajan (2005).

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Figura 7.1: Comportamento da função )tanh( xβ .

Uma vez considerada essa força de controle agindo no sistema, têm-se que

as equações de estado (4.14) tomam a forma:

(7.2a)

(7.2b)

(7.2c) ]

⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−−−=

=++−

⎢⎢⎣

⎡⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−−−⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛=

=

)(sen)cos(2

)1/()(sen)cos(

2)tanh()(sen

3

2

3244

43

32

434

1

2

2121

2

2

21

yyyyy

yyyyyy

yyyyyfy

yy

e

p

e

pp

e

s

e

ss

e

ss

ωω

ωω

ξ

µµµ

ωω

ωω

ξβτωω

ζ

&&

&

&

&

&

(7.2d)

Para conhecer o comportamento do sistema com ação dessa força de

controle, é feito um estudo do comportamento das amplitudes do sistema original

e do sistema com controle, bem como das amplitudes do absorsor pendular e da

força de controle. Para mostrar o comportamento do sistema adotou-se em (7.2)

que 00.1=f e 6000=β , sendo que os demais parâmetros adotados são os

mesmo apresentados no item 5.1. Na Figura 7.2 observa-se o comportamento dos

deslocamentos da coluna sem controle, da coluna com controle, do absorsor

pendular e da força de controle.

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141

(a) Coluna sem controle (b) Coluna com absorsor

(c) Força de controle (d) Absorsor pendular

Figura 7.2: Comportamento das amplitudes do sistema e da força de controle.

Observa-se que a força de controle atua quando o absorsor pendular começa

a se mover. Após o mesmo atingir as amplitudes necessárias para controlar as

oscilações da coluna, as amplitudes da força de controle diminuem

significativamente.

Nas Figuras 7.3 e 7.4 mostra-se uma comparação do comportamento das

amplitudes de deslocamento da coluna e do pêndulo, respectivamente, para o

sistema coluna-pêndulo sem a força de controle em relação ao sistema com a

força de controle. Os resultados foram obtidos para 8991.0/ =ce ωω , resultando

em 128765.1=eω rad/s. Esse ponto coincide com o ponto onde o sistema coluna-

pêndulo atinge a amplitude máxima (primeira ressonância). Como pode-se

observar, o controle híbrido praticamente anulou as oscilações nessa região.

Assim, mostra-se ter um controle bem mais eficiente que o passivo, mas sem um

grande gasto de energia.

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Figura 7.3: Comparação das amplitudes de deslocamento da coluna, sem e com a força

de controle.

Figura 7.4: Comparação das amplitudes de deslocamento angular do pêndulo, sem e

com a força de controle.

7.1. Comportamento do Sistema em Função dos Parâmetros da Força de Controle

Inicialmente, adotou-se um β fixo e variou-se f . A seguir, adotou-se um

valor de f e alterou-se β .

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143

7.1.1. Influência do parâmetro f

Para variar o parâmetro f é fixada a magnitude de β em 60. A Tabela 7.1

mostra a influência do parâmetro f no comportamento das amplitudes máximas

de deslocamento, velocidade e aceleração da coluna. Observa-se que, a medida

que aumenta-se o parâmetro f , o controle híbrido de vibrações torna-se mais

eficiente. Entretanto este ganho não é acentuado, o que é um aspecto atraente em

tratando-se de um mecanismo de controle ativo. Isso quer dizer que pode-se

adotar uma força de pequena magnitude, o que acarreta em um menor dispêndio

de energia.

Tabela 7.1: Influência do parâmetro f nas amplitudes máximas da coluna na resposta

total.

f ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo)

0.00 0.033235 0.032756 0.033245

0.20 0.032916 0.032499 0.032922

0.40 0.032609 0.032249 0.032623

0.60 0.032311 0.032006 0.032331

0.80 0.032024 0.031770 0.032047

1.00 0.031746 0.031539 0.031771

1.20 0.031476 0.031315 0.031510

1.40 0.031215 0.031096 0.031270

1.60 0.030961 0.030882 0.031036

1.80 0.030716 0.030674 0.030808

2.00 0.030480 0.030471 0.030585

2.20 0.030250 0.030272 0.030367

2.40 0.030027 0.030078 0.030154

2.60 0.029810 0.029888 0.029954

A Tabela 7.2 mostra a influência da variação de f no comportamento das

amplitudes máximas da coluna na resposta permanente. Nota-se que as

magnitudes das amplitudes máximas da coluna na resposta permanente não

sofrem alterações nos seus valores com o aumento do parâmetro f . Isso se

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144

explica, como mostrado anteriormente, pelo fato do pêndulo ser o responsável

pelo controle das vibrações nessa fase, sendo a força de controle externa

praticamente nula.

Tabela 7.2: Influência do parâmetro f nas amplitudes máximas da coluna na resposta

permanente.

f ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo)

0.00 0.000682 0.000727 0.000617

0.20 0.000682 0.000727 0.000617

0.40 0.000682 0.000727 0.000617

0.60 0.000682 0.000727 0.000617

0.80 0.000682 0.000727 0.000617

1.00 0.000682 0.000727 0.000617

1.20 0.000682 0.000727 0.000617

1.40 0.000682 0.000727 0.000617

1.60 0.000682 0.000727 0.000617

1.80 0.000682 0.000727 0.000617

2.00 0.000682 0.000727 0.000617

2.20 0.000682 0.000727 0.000617

2.40 0.000682 0.000727 0.000617

2.60 0.000682 0.000727 0.000617

Na Figura 7.5 ilustra-se a variação das amplitudes de deslocamento da

coluna no tempo para alguns valores de f . Como nota-se nos resultados,

acontecem apenas pequenas variações nas amplitudes da coluna, sendo essas

variações para as amplitudes atingidas no início da resposta do sistema (fase

transiente).

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(a) 00.0=f (b) 80.0=f

(c) 20.1=f (d) 00.2=f

Figura 7.5: Comportamento das amplitudes de deslocamento da coluna no tempo

variando f .

Tabela 7.3: Influência do parâmetro f nas amplitudes máximas do pêndulo na resposta

total.

f θ (máximo) τθ , (máximo) ττθ , (máximo)

0.00 0.333699 0.334775 0.331375

0.20 0.330619 0.331611 0.328299

0.40 0.327712 0.328618 0.325396

0.60 0.324963 0.325782 0.322648

0.80 0.322356 0.323088 0.320042

1.00 0.319880 0.320525 0.317566

1.20 0.317524 0.318080 0.315208

1.40 0.315277 0.315746 0.312960

1.60 0.313131 0.313514 0.310813

1.80 0.311078 0.311375 0.308759

2.00 0.309113 0.309324 0.306791

2.20 0.307224 0.307350 0.304900

2.40 0.305415 0.305459 0.303090

2.60 0.303673 0.303634 0.301346

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Tabela 7.4: Influência do parâmetro f nas amplitudes máximas do pêndulo na resposta

permanente.

f θ (máximo) τθ , (máximo) ττθ , (máximo)

0.00 0.176322 0.176489 0.175989

0.20 0.176322 0.176489 0.175989

0.40 0.176322 0.176489 0.175989

0.60 0.176322 0.176489 0.175989

0.80 0.176322 0.176489 0.175989

1.00 0.176322 0.176489 0.175989

1.20 0.176322 0.176489 0.175989

1.40 0.176322 0.176489 0.175989

1.60 0.176322 0.176489 0.175989

1.80 0.176322 0.176489 0.175989

2.00 0.176322 0.176489 0.175989

2.20 0.176322 0.176489 0.175989

2.40 0.176322 0.176489 0.175989

2.60 0.176322 0.176489 0.175989

Nas Tabelas 7.3 e 7.4 mostra-se o comportamento das amplitudes máximas

do pêndulo na resposta total e permanente, respectivamente. Nota-se que as

amplitudes máximas do pêndulo diminuem com o aumento do parâmetro f , já as

amplitudes máximas no estado permanente não sofrem alterações com o aumento

de f .

A Figura 7.6 apresenta a variação do deslocamento angular do pêndulo ao

longo do tempo, para alguns valores de f .

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147

(a) 00.0=f (b) 80.0=f

(c) 20.1=f (d) 00.2=f

Figura 7.6: Comportamento das amplitudes de deslocamento angular do absorsor

pendular no tempo variando f .

7.1.2. Influência do parâmetro β

Para variar o parâmetro β é fixado o parâmetro f com magnitude igual a

1.00. Nas Tabelas 7.5 e 7.6 mostra-se o comportamento das amplitudes máximas

de deslocamento, velocidade e aceleração da coluna na resposta total e

permanente do sistema, respectivamente.

Tabela 7.5: Influência do parâmetro β nas amplitudes máximas da coluna na resposta

total.

β ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo)

0.00 0.033235 0.032756 0.033245

6.00 0.033074 0.032627 0.033075

60.0 0.031746 0.031539 0.031771

600.0 0.025490 0.025113 0.026036

6000.0 0.015469 0.016007 0.018705

60000.0 0.009689 0.010928 0.016703

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148

Tabela 7.6: Influência do parâmetro β nas amplitudes máximas da coluna na resposta

permanente.

β ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo)

0.00 0.000682 0.000727 0.000617

6.00 0.000682 0.000727 0.000617

60.0 0.000682 0.000727 0.000617

600.0 0.000682 0.000727 0.000617

6000.0 0.000682 0.000727 0.000617

60000.0 0.000682 0.000727 0.000617

Observa-se que as amplitudes da coluna na resposta total melhoram

bastante, ou seja, diminuem de forma significativa com o aumento do parâmetro

β , já as amplitudes da coluna na resposta permanente não se alteram.

A Figura 7.7 mostra a variação do deslocamento da coluna no tempo, para

alguns valores de β .

(a) 00.0=β (b) 0.60=β

(c) 0.600=β (d) 0.6000=β

Figura 7.7: Comportamento das amplitudes de deslocamento da coluna no tempo

variando β .

Nota-se que, na medida que se aumenta o parâmetro β , a coluna tende a

chegar mais rapidamente a sua fase permanente.

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149

A seguir, mostra-se o comportamento das amplitudes do absorsor pendular

com a variação do parâmetro β . As Tabelas 7.7 e 7.8 mostram o comportamento

das amplitudes máximas do pêndulo na resposta total e permanente do sistema,

respectivamente.

Tabela 7.7: Influência do parâmetro β nas amplitudes máximas do pêndulo na resposta

total.

β θ (máximo) τθ , (máximo) ττθ , (máximo)

0.00 0.333699 0.334775 0.331375

6.00 0.332135 0.333170 0.329815

60.0 0.319880 0.320524 0.317566

600.0 0.265315 0.264634 0.263003

6000.0 0.207974 0.208279 0.208295

60000.0 0.184697 0.185256 0.185301

Tabela 7.8: Influência do parâmetro β nas amplitudes máximas do pêndulo na resposta

permanente.

β θ (máximo) τθ , (máximo) ττθ , (máximo)

0.00 0.176322 0.176489 0.175989

6.00 0.176322 0.176489 0.175989

60.0 0.176322 0.176489 0.175989

600.0 0.176322 0.176489 0.175989

6000.0 0.176321 0.176488 0.175988

60000.0 0.176315 0.176482 0.175982

Nota-se um significativo decréscimo nas amplitudes do pêndulo na resposta

total, ou seja, houve redução das amplitudes do pêndulo na medida em que

aumentou-se β . A Figura 7.8 ilustra o comportamento do pêndulo ao longo do

tempo, para diferentes valores de β . Essas reduções ocorrem, como visto na

Tabela 7.7, durante a resposta transiente, enquanto está ativo o atuador.

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(a) 00.0=β (b) 0.60=β

(c) 0.600=β (d) 0.6000=β

Figura 7.8: Comportamento das amplitudes de deslocamento angular do absorsor

pendular no tempo variando β .

Como mostrado, o parâmetro β controla a velocidade da força de controle.

Tem-se, ainda, que quanto maior o valor de β maior é quantidade de energia que

a força de controle requer. Na literatura em geral usa-se a função )(sign x que

representa uma mudança brusca e instantânea da força de controle em x=0

(Winthrop et al., 2005). A função proposta neste trabalho, )tanh( xβ , apresenta

um comportamento mais suave e mais fácil de ser obtido na prática. O

comportamento da função )(sign x é mostrado na Figura 7.9.

Figura 7.9: Comportamento da função )(sign x .

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151

7.2. Comportamento do Sistema Considerando Defasagem no Cálculo da Força de Controle

Investiga-se, agora, o comportamento do absorsor dinâmico de vibrações

híbrido no controle de vibrações da estrutura principal considerando que força de

controle tem uma defasagem no tempo, ou seja, o cálculo da força de controle não

é mais feito com os deslocamentos e velocidades de cada instante e sim com

deslocamentos e velocidades medidos em instantes anteriores.

A defasagem para calcular a força de controle é baseada no período de

oscilação do sistema, ou seja, uma defasagem de 5.00% significa 5% do período

do sistema. Nessa análise adota-se 00.1=f e 6000=β . Nas Tabelas 7.9 e 7.10

observa-se a influência da defasagem nas amplitudes máximas da coluna durante

a resposta total e permanente, respectivamente.

Tabela 7.9: Influência da defasagem nas amplitudes máximas da coluna na resposta

total para 00.1=f e 6000=β .

Defasagem (%) ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo)

0.00 0.015469 0.016007 0.018705

5.00 0.015901 0.015283 0.022131

10.0 0.017010 0.015386 0.024899

15.0 0.019354 0.022520 0.028044

20.0 0.022849 0.0321433 0.033540

23.0 18.320434 28.965204 37.726468

Tabela 7.10: Influência da defasagem nas amplitudes máximas da coluna na resposta

permanente para 00.1=f e 6000=β .

Defasagem (%) ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo)

0.00 0.000682 0.000727 0.000617

5.00 0.000682 0.000727 0.000617

10.0 0.000682 0.000727 0.000617

15.0 0.000682 0.000727 0.000618

20.0 0.000681 0.000727 0.000618

23.0 6.291596 9.543803 19.750983

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Já o comportamento das amplitudes do pêndulo na resposta total e

permanente está ilustrado nas Tabela 7.11 e 7.12, respectivamente.

Tabela 7.11: Influência da defasagem nas amplitudes máximas do pêndulo na resposta

total para 00.1=f e 6000=β .

Defasagem (%) θ (máximo) τθ , (máximo) ττθ , (máximo)

0.00 0.207974 0.208279 0.208295

5.00 0.206345 0.205290 0.204021

10.0 0.208071 0.205788 0.201988

15.0 0.219752 0.216193 0.211272

20.0 0.242929 0.241386 0.238837

23.0 105864.620464 18.713047 30.431517

Tabela 7.12: Influência da defasagem nas amplitudes máximas do pêndulo na resposta

permanente para 00.1=f e 6000=β .

Defasagem (%) θ (máximo) τθ , (máximo) ττθ , (máximo)

0.00 0.176321 0.176488 0.175988

5.00 0.176319 0.176486 0.175986

10.0 0.176315 0.176482 0.175982

15.0 0.176312 0.176479 0.175978

20.0 0.176310 0.176478 0.175977

23.0 105864.620464 18.032139 13.696515

Os resultados mostram que, quando a defasagem passa de 20.0% do

período, o sistema torna-se instável.

Tendo em vista esse resultado, resolveu-se investigar o efeito de β na

estabilidade do sistema de controle híbrido. Inicialmente considerou-se 00.1=f

e 60=β . Os resultados são apresentados nas Tabelas 7.13 e 7.14 para,

respectivamente, as amplitudes máximas da coluna durante a resposta total e

permanente. Já o comportamento das amplitudes do pêndulo na resposta total e

permanente está ilustrado nas Tabelas 7.15 e 7.16, respectivamente. Nesse caso,

variou-se a defasagem até 200% do período da coluna. Verifica-se que o sistema

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permanece estável ocorrendo apenas pequenas variações nos valores extremos a

medida que a defasagem aumenta.

Tabela 7.13: Influência da defasagem nas amplitudes máximas da coluna na resposta

total para 00.1=f e 60=β .

Defasagem (%) ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo)

0.00 0.031746 0.031539 0.031771

20.00 0.032688 0.032573 0.032852

40.00 0.034166 0.033685 0.034957

60.00 0.033921 0.033686 0.033245

80.00 0.033076 0.032413 0.033016

100.00 0.032791 0.032544 0.032876

120.00 0.033154 0.032798 0.033270

150.00 0.033358 0.032784 0.033359

200.00 0.033220 0.032755 0.033232

Tabela 7.14: Influência da defasagem nas amplitudes máximas da coluna na resposta

permanente para 00.1=f e 60=β .

Defasagem (%) ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo)

0.00 0.000681 0.000727 0.000617

20.00 0.000681 0.000727 0.000617

40.00 0.000681 0.000727 0.000617

60.00 0.000681 0.000727 0.000617

80.00 0.000681 0.000727 0.000617

100.00 0.000681 0.000727 0.000617

120.00 0.000681 0.000727 0.000617

150.00 0.000681 0.000727 0.000617

200.00 0.000681 0.000727 0.000617

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154

Tabela 7.15: Influência da defasagem nas amplitudes máximas do pêndulo na resposta

total para 00.1=f e 60=β .

Defasagem (%) θ (máximo) τθ , (máximo) ττθ , (máximo)

0.00 0.319880 0.320524 0.317566

20.00 0.326190 0.327535 0.323897

40.00 0.346123 0.347489 0.344258

60.00 0.348622 0.348620 0.345859

80.00 0.329743 0.329994 0.326568

100.00 0.319804 0.321733 0.317728

120.00 0.329758 0.332263 0.329182

150.00 0.345766 0.345107 0.343614

200.00 0.325997 0.328136 0.324017

Tabela 7.16: Influência da defasagem nas amplitudes máximas do pêndulo na resposta

permanente para 00.1=f e 60=β .

Defasagem (%) θ (máximo) τθ , (máximo) ττθ , (máximo)

0.00 0.176322 0.176489 0.175988

20.00 0.176322 0.176489 0.175988

40.00 0.176322 0.176489 0.175988

60.00 0.176322 0.176489 0.175989

80.00 0.176322 0.176489 0.175989

100.00 0.176322 0.176489 0.175988

120.00 0.176322 0.176489 0.175988

150.00 0.176322 0.176489 0.175988

200.00 0.176322 0.176489 0.175988

Com base nesses resultados, estudou-se a variação do valor crítico de β em

função da defasagem. Os resultados estão apresentados na Figura 7.10, onde se

mostra a variação da amplitude máxima da coluna na fase transiente em função de

β para diversos valores de defasagem (25%, 50%, 75% e 100%). Nota-se que a

pior situação (menor β crítico) ocorre para 50% de defasagem, quando a força do

controle ativo começa a agir fora de fase. Dos resultados apresentados conclui-se

que para valores pequenos de β , ou seja para quando a mudança de sinal da força

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de controle é suave, o sistema é sempre estável. Para variações bruscas da força de

controle a estabilidade é função da defasagem.

Figura 7.10: Variação da amplitude máxima da coluna em função de β .

Fazendo o mesmo estudo para a variação do parâmetro f tem-se os

resultados apresentados na Figura 7.11. Onde pode-se observar a variação da

amplitude máxima da coluna na fase transiente em função de f para alguns

valores de defasagem. Nota-se, novamente, que a pior situação ocorre para 50%

de defasagem.

Figura 7.11: Variação da amplitude máxima da coluna em função de f .

7.3. Comportamento do Sistema para um Pulso Retangular

O pulso retangular de curta duração é dado pela Figura 5.24. As amplitudes

máximas são calculadas para diferentes pulsos retangulares, ou melhor, são

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adotadas diferentes durações para o pulso retangular. A duração de cada pulso

retangular é medida em função do período de resposta do sistema (T ). Adota-se

nesse estudo os parâmetros 00.1=f e 60=β .

Inicialmente, adota-se que a duração do pulso retangular é de um período do

sistema e é feita uma avaliação da resposta no tempo. Essa avaliação é

apresentada na Figura 7.12.

(a) Coluna sem controle (b) Coluna controlada

(c) Força de controle (d) Absorsor pendular

Figura 7.12: Comportamento das amplitudes do sistema com a força de controle para um

pulso retangular.

Na Tabela 7.17 observa-se a influência da duração do pulso.

Tabela 7.17: Influência da duração do pulso retangular na resposta da coluna.

ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo) Duração Sem

Controle Com

Controle Sem

Controle Com

Controle Sem

Controle Com

Controle 1/4 T 0.000434 0.000427 0.000439 0.000439 0.006980 0.006979

1/2 T 0.000434 0.000427 0.000439 0.000439 0.006980 0.006979

3/4 T 0.000434 0.000427 0.000439 0.000439 0.006980 0.006979

T 0.013847 0.013478 0.006923 0.006798 0.006980 0.006979

5/4 T 0.013847 0.013478 0.006923 0.006798 0.006980 0.006979

2 T 0.013847 0.013478 0.006923 0.007752 0.006980 0.007821

5 T 0.013847 0.013478 0.006923 0.012657 0.006980 0.012784

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157

Nota-se que as amplitudes da coluna original e controlada são semelhantes.

A Tabela 7.18 mostra a variação das amplitudes máximas do pêndulo em função

da duração do pulso retangular.

Tabela 7.18: Influência da duração do pulso retangular na resposta do pêndulo.

Duração θ (máximo) τθ , (máximo) ττθ , (máximo)

1/4 T 0.002079 0.002094 0.006965

1/2 T 0.002079 0.002094 0.006965

3/4 T 0.002079 0.002094 0.006965

T 0.019353 0.020319 0.020274

5/4 T 0.019353 0.020319 0.020274

2 T 0.036373 0.036933 0.037673

5 T 0.060304 0.061100 0.061390

7.4. Comportamento do Sistema para um Pulso com Amplitude Variável

O comportamento do sistema sob o carregamento de um pulso com

amplitude variável, é apresentado na seqüência. A força de excitação é dada, na

sua forma adimensional, por:

)1(

00.)( τετεζτ −= eF se (7.3)

onde 0ε é um parâmetro de controle e sζ é a magnitude da força.

A Figura 7.13 demonstra o comportamento dessa força de excitação.

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Fe(τ)

τ Figura 7.13: Força de excitação da equação (7.3).

A equação (7.3) é apresentada por Korenev & Reznikov (1993) que

menciona que esse tipo de força de excitação é usada em projetos, quando são

investigadas as vibrações nas construções causadas por explosões, cargas

sísmicas, rajadas de vento e cargas de ondas. Essa força atinge o seu valor

máximo em 0/1 ετ = .

As Tabelas 7.19 e 7.20 ilustram o comportamento das amplitudes máximas

durante a resposta total da coluna e do pêndulo, respectivamente, variando-se o

parâmetro da força de excitação 0ε . Para esse tipo de carregamento, ao contrário

do pulso retangular, já nota-se o efeito benéfico do controle na resposta da torre,

em particular no que se refere às velocidades e acelerações, sendo que a redução

de magnitude cresce à medida que 0ε aumenta.

Tabela 7.19: Influência do parâmetro 0ε nas amplitudes máximas da coluna.

ζ (máximo) τζ , (máximo) ττζ , (máximo)

0ε Sem Controle

Com Controle

Sem Controle

Com Controle

Sem Controle

Com Controle

0.5 0.012886 0.012561 0.008477 0.007647 0.007525 0.006902

1.0 0.011178 0.010912 0.009678 0.008959 0.009262 0.008399

1.5 0.009197 0.008996 0.008646 0.008097 0.008473 0.007773

2.0 0.007654 0.007494 0.007414 0.006985 0.007316 0.006925

2.5 0.006483 0.006351 0.006358 0.006014 0.006723 0.006713

3.0 0.005584 0.005477 0.005503 0.005218 0.006807 0.006801

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Tabela 7.20: Influência do parâmetro 0ε nas amplitudes máximas do pêndulo.

0ε θ (máximo) τθ , (máximo) ττθ , (máximo)

0.5 0.035241 0.035537 0.035462

1.0 0.044206 0.044457 0.045025

1.5 0.040907 0.041105 0.041987

2.0 0.035461 0.035648 0.036551

2.5 0.030537 0.030690 0.031547

3.0 0.026486 0.026635 0.027406

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8 Conclusões e Sugestões

8.1. Conclusões

Os objetivos do trabalho foram alcançados, demonstrando a influência da

não-linearidade do pêndulo absorsor na resposta do sistema e propondo um

sistema de controle híbrido eficiente.

Um estudo paramétrico detalhado no domínio do tempo mostrou a

influência dos parâmetros físicos e geométricos do sistema na capacidade do

absorsor pendular de reduzir as amplitudes de vibração da coluna. Os resultados

indicaram que em muitas situações o pêndulo pode amplificar a resposta da

coluna. Desse estudo, tem-se que o pêndulo deve ser calibrado com uma

freqüência menor que a de excitação quando ce ωω < e uma freqüência maior que

a de excitação quando ce ωω > .

A análise no domínio da freqüência da influência da não-linearidade

geométrica do pêndulo mostrou a importância dessa na resposta do sistema,

evidenciando que a não-linearidade não pode ser desprezada nessa classe de

problema. A qualidade dos resultados foi demonstrada através da comparação

entre os resultados obtidos no domínio da freqüência, pelo método aproximado de

Galerkin-Urabe, e os resultados obtidos no domínio do tempo por integração

numérica das equações de movimento não-lineares.

Com base nos resultados, foi proposto um absorsor pendular híbrido, que

consiste de um elemento passivo (absorsor pendular) e um elemento ativo

(atuador). Na análise desse novo dispositivo verificou-se que a força de controle

atua quando o absorsor pendular começa a se mover. Após o absorsor atingir as

amplitudes necessárias para controlar as oscilações da coluna, as amplitudes da

força de controle diminuem significativamente. Observou-se, ainda, que esse

controle pode praticamente anular as oscilações do sistema na região de

ressonância.

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161

O controle híbrido mostrou-se bem mais eficiente que o passivo, sem um

grande gasto de energia. Demonstrando, a priori, ser um bom mecanismo de

controle de vibrações de torres esbeltas. Entretanto são necessários alguns estudos

adicionais para que seja comprovada a eficiência do controle híbrido.

8.2. Sugestões

O controle de vibrações de estruturas é uma área de pesquisa em franca

expansão. Como se pode observar ao longo deste trabalho, existem vários tópicos

importantes cujo estudo deve ser aprofundado. Dentre esses, pode-se enumerar

como continuação natural desta dissertação, os seguintes tópicos:

• Estudo sobre o emprego de novos materiais ou materiais inteligentes

(materiais piezelétricos, materiais com memória forma, fluidos

eletro-reológicos e magneto-reológico) no controle híbrido ou

adaptativo de vibrações. Nesse contexto, podem ser citados os

trabalhos recentes de Carlson & Jolly (2000), Williams et al. (2005),

Nagarajaiah & Varadarajan (2005) e Winthrop et al. (2005);

• Aprofundamento da análise não-linear através de métodos numéricos

e aproximados para a análise de sistemas dinâmicos não-lineares.

Uma revisão detalhada desses métodos pode ser encontrada no

trabalho de Del Prado (2001);

• Análise de aspectos práticos relativo à instalação do absorsor

pendular e do controle híbrido em torres. Neste contexto, pode-se

citar os trabalhos de Korenev & Reznikov (1993) e Soong &

Dargush (1997);

• Estudo do absorsor pendular com impacto para se obter uma maior

dissipação de energia. Neste campo tem-se os trabalhos de Collette

(1998) e Veprik & Babitsky (2001).

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