dicionário de comunicação_carlos alberto rabaça

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Dicionrio de Comunicao 5 Edio Carlos Alberto Rabaa, Gustavo Guimares Barbosa Editora: Campos

AAfiliada

(tv, ra) Estao local de rdio ou tv, que se vincula a uma rede ou cadeia, para transmitir programas em comum, sem deixar de ser uma empresa independente.

Agncia de notcias

(jn) Empresa que elabora e fornece matria jornalstica, por meios rpidos de transmisso, para seus assinantes (rgos de imprensa, instituies governamentais e privadas). As agencias de notcias, de mbito local, nacional ou internacional, transmitem regularmente e de forma ininterrupta a seus associados noticirio geral ou especializado, fotografias, features, resenhas, etc. Fornecendo informaes por atacado para veculos informativos, que as vendem a varejo, as agncias de notcias so as grandes provedoras dos jornais, revistas, emissoras de rdio e de tv em todo o mundo.Dispondo de representaes nos principais pases, do mais moderno aparelhamento tcnico e de vasta rede de correspondentes e informantes, as agncias atacadista esto em condies de oferecer, a baixo custo, servio informativo em grandes quantidades. Todos os meios de comunicao social delas lanam lanam mo, impossibilitados de cobrir, por causa prpria, tudo o que de interesse jornalstico acontece pelo mundo ( Luiz Amaral). Em alguns casos (principalmente agncias estatais, em pases totalitrios), manipulam as informaes de acordo com os interesses dos pases a que pertencem. A Unesco define agncia de informao como empresa que tem principalmente por objeto, qualquer que seja a sua forma jurdica, obter noticias e documentao de atualidades que sirvam para exprimir ou representar os fatos, distribuindo-os a um conjunto de empresas de informao e, excepcionalmente, a particulares, mediante o pagamento de determinada importncia, de acordo com as leis e usos comerciais, sempre base de um servio o mais completo e imparcial possvel. Segundo Bernard Voyenne, a organizao das agencias no diferente da dos jornais, j que elas apenas se distinguem destes pelas funes e no pelos objetivos. Sua atividade consiste em colher a informao, transmiti-la, elabor-la e difundi-la dentro menos prazo de tempo possvel. Dispe, para tanto, de meios e servios apropriados, cuja pea principal , sem duvida, sua gigantesca rede de correspondentes, espalhados pelo mundo inteiro, para receberem as noticias em toda a parte e qualquer momento.

Agncia de propaganda

(pp) O mesmo de agncia de publicidade.

Agncia de publicidade (pp) Empresa de prestao de servios, especializada no planejamento, organizao e execuo deprogramas de propaganda ou publicidade para seus clientes.Elabora campanhas, peas e planos promocionais, cria anncios apropriados para os diversos veculos e cuida de suas publicaes e transmisses. Pessoa jurdica especializada nos mtodos,na arte e na tcnica publicitria, que, atravs de profissionais a seu servio, estuda, concebe, executa e distribui propaganda aos veculos de

divulgao, por ordem e conta dos clientes anunciantes, com o objetivo de promover a venda de mercadorias, produtos e servios, difundir idias ou informar ao publico a respeito de organizaes ou instituies a que servem (Dec. 57.690, de 1/2/1966). funo da agncia garantir ao mximo a eficincia e o rendimento das campanhas, para isso, ela deve acompanhar as atividades de seu cliente, desde as pesquisas preliminares recomendadas para conhecer as possibilidades de um produto at o controle final dos resultados da campanha (Armando SantAnna). Com algumas variaes em sua estrutura, as agncias organizam-se normalmente nos seguintes departamentos ou servios: atendimento, criao, produo, mdia, trafego, controle. No nos referimos aqui aos servios administrativos e contbeis, ou a direo e superviso, semelhantes aos de outros tipos de empresa. Existem agncias que no se restringem aos servios de propaganda e se prope a atender aos clientes em todas as atividades de comunicao, realizando tambm, de forma direta ou terceirizada, servios relativos a atividades de promoo de vendas, edio de relatrios anuais e publicaes diversas, produo de eventos, montagem e administrao de estandes em feiras e exposies, divulgao, relaes pblicas, marketing institucional e at atividades especficas de telemarketing, endomarketing, marketing de incentivo, etc. Essa gama de servios varia quanto ao tipo de atendiment, foco, rea de especilizaoeclientela.

Apresentador (tv, ra, tt) Pessoa que apresenta as atraes em um programa de tv, rdio, ou em qualquer espetculo.Profissional que introduz os tpicos principais do contedo de um programa de entrevistas, de debates, educativo etc., apresenta entervistados, atua como entrevistador, anuncia os prximos segmentos do programa etc.

Apurao

(jn) Investigao, levantamento e a verificao dos dados e elementos de um acontecimento, para transform-lo em notcia. Para apurar uma notcia, o reprter deve informar-se mais que puder sobre fatos e circunstncias, a fim de transmiti-los com seus dados essenciais para os leitores. Uma notcia pode ser apurada: diretamente na fonte ou por meio de uma rea oficial. Na falha dos modos anteriores, pelo cerco por meios paralelos, ou seja, procurando-se outras pessoas ou instituies que possam, indiretamente, fornecer indicaes que levem ao informe desejado. As seis perguntas fundamentais de Kipling constituem a base para uma boa apurao: a) O que ocorreu? b) Por que ocorreu? c) Quando ocorreu? d) Onde ocorreu? e) Como ocorreu? f) Quem se envolveu n ocorrncia?

Articulista

(jn) Profissional que, periodicamente, escreve artigos assinados para jornais e revistas, onde opina pessoalmente sobre fatos econmicos, polticos e sociais. Pode ou no fazer parte do quadro funcional.

Artigo (jn) Texto jornalstico interpretativo e opinativo, mais ou menos extenso, que desenvolve uma idia oucomenta um assunto a partir de uma determinada fundamentao. Geralmente assinado, o artigo difere do editorial por no apresentar enfaticamente, como este, uma receita para a questo em pauta, nem representar necessariamente a opinio da empresa jornalstica. O tom dogmtico do editorial d lugar a uma composio analtica, que deve-se pautar pela naturalidade, densidade e conciso. (...) O projeto de todo artigo a explicao de um fato, segundo propsitos variados (informativos, interpretativos, persuasivos ou indutivos) (M. Sodr e M. H. Ferrari).(mk) O mesmo que item de produto.(dc) Estudo cientfico ou tcnico publicando em revistas e peridicos especializados, em anais de congresso ou

evento semelhante em que tenha sido apresentado, ou em meio eletrnico.(int) Qualquer mensagem emitida entre participantes de um newsgroup.

Artigo de fundo (jn) O mesmo que editorial.

BBarriga

(jn) Notcia inverdica publicada por rgo de imprensa, geralmente com grande alarde e sem m-f, na tentativa de furar os concorrentes. Resulta de informao sem fundamento, inidnea, e posteriormente desmentida pelos fatos, causando grande desgaste e descrdito publicao. (ed) 1. Fase anterior do tipo. 2. Defeito na composio, que se apresenta mais alta no centro do que nas extremidades das linhas.

Blog

(int)1.Palavra derivada de weblog. Publicao virtual contendo comentrios sobre outros sites,atualizada regularmente e organizada cronologicamente. Antes chamada de what's new page,pgina sobre o que h de novo na web. 2. Pgina da web constituda de informaes atualizadas e breves, organizadas em ordem de data, como uma pgina noticiosa ou um dirio. Seu contedo varia:alguns blogs contm listas de comentrios sobre outros sites, outros divulgam noticias de uma empresa, outros so como dirios pessoais ou lbuns de fotos, outros publicam poesia, pequenos ensaios, textos de fico, comentrios do dia-a-dia ,reflexes, idias e opinies. Alguns so pessoais, enquanto outros envolvem a colaborao de vrias pessoas sobre um assunto especfico. Com objetivos de entretenimento, profissionais, acadmicos e outros, o blog uma ferramenta de comunicao que d suporte interao de pequenos grupos por meio de um sistema simples e fcil de troca de mensagem, podendo ser utilizada pelos membros de uma famlia, uma empresa ou qualquer instituio.

Boato

(co,rp) Notcia de origem desconhecida,sem confirmao, que se propaga por meios informais. O boato geralmente procura preencher lacunas de informao,s vezes motivado por falta de credibilidade, omisso da fonte oficial(empresa,governo,personalidade etc.) ou fechamento dos canais de comunicao, e outras vezes produzido com intenso deliberada em relao a determinados interesses. Pode resultar de informao totalmente fantasiosa, rudo de comunicao, vazamento de informao sigilosa, ou informao deliberadamente plantada, e seu teor pede ser totalmente falso,parcialmente ou totalmente verdadeiro.

Bomba

(jn)Notcia inesperada,importante,sensacional.

Boneca

(ed) Esquema de paginao e diagramao. Projeto grfico de jornal,revista,livro ou qualquer outro trabalho grfico de mais de duas pginas destinado a ser impresso. Confeccionada no mesmo formato em que se pretende imprimir o trabalho em questo, a boneca funciona como um leiaute e orienta o paginador ou diagramador, com o desenho das pginas a serem montadas e com a disposio de cada pgina em relao a outra. Diz-se tambm boneco.

Breique

(tv) Do ing. break. O mesmo que intervalo.

Briefing (pp,jn)1. Instrues e diretrizes transmitidas, de forma resumida, pela chefia(de agncia de propaganda,bir, jornal, emissora de tv etc.) aos responsveis pela execuo de um determinado trabalho(criao de uma campanha publicitria, cobertura jornalstica etc.).2. Diretrizes ou informaes de um cliente agncia de propaganda, sobre a criaoou o desenvolvimento de determinada campanha. 3. Resumo escrito dessas diretrizes, para orientao do trabalho.

Brifar

(jn,pp) Fazer briefing. Dar orientaes(a jornalistas, publicitrios, empregados prestadores de servio etc.)sobre a linha de um trabalho a ser feito

Bulldog

(jn) Nos Estados Unidos, a primeira edio de um jornal dirio, ou a edio destinada venda numa cidade grande.

CCabea (ed) 1. Parte superior de livro, jornal ou qualquer outro impresso, oposta ao p(2).2. Parte superior deelementos de produo grfica, como arte-final, fotolito, chapa, clich, tipo etc.3. Parte superior da rea impressa em uma pgina de livro, onde se indicam informaes como ttulo, nome do autor e ttulo do captulo. No costuma ser colocada em pginas capitulares e em pginas brancas.

(ed,jn) 1. O mesmo que lide. 2. Conjunto formado pelo ttulo (inclusive antettulo e subttulo, se houver), lide, quando composto em medida diferente do corpo do texto, e outros elementos introdutrios, na parte superior de uma notcia ou reportagem, artigo etc. Diz-se tambm abertura. 3. Informao estampada na parte superior de uma pgina de jornal ou revista, designando a editoria(poltica,geral,economia, esportes etc.).

(som) Transdutor que converte energia eltrica e energia magntica ou mecnica, e vice-versa. As cabeas de um gravador,p.ex.,servem para gravar ou captar sinais em uma fita magntica. Gravadores profissionais geralmente possuem trs cabeas magnticas(uma para apagar,outra para gravar e a terceira para reproduzir),ao passo que os gravadores menores e mais simples possuem, em geral, uma nica cabea em que as trs funes aparecem integradas na prensagem de discos fonogrficos, chama-se cabea gravadora, cabea cortadora ou agulha de corte pea que efetua o corte das ranhuras correspondentes forma das ondas sonoras gravadas. Em Em toca-discos, chama-se cabea,cabeote ou pick-up ao dispositivo existente na extremidade do brao para captar e transmitir ao sistema de amplificao as oscilaes da agulha ao longo do sulco do disco. (tv) Dispositivo que,em qualquer aparelho de vdeo, serve para gravao leituras e reproduo das imagens e sons. Cabea magntica. (inf) Dispositivo destinado a registrar, ler ou apagar informaes em um computador. Cabea magntica. (pp) Abertura fixa, comum a vrias peas publicitrias distintas em uma mesma campanha .Por ex.,num comercial de varejo para rdio ou tv, gravada uma cabea (ex.:aproveitem as ofertas desta semana nas lojas X) que poder ser usada vrias vezes, alterando-se apenas os produtos oferecidos.

Cabealho

(ed) 1. Ttulo de jornal,revista ou outra publicao peridica, com apresentao visual permanente que permita rpida identificao do peridico pelos leitores. Compreende,alm do nome,data,nmero da edio,preo e outras informaes essenciais. 2. Ttulo destacado,em um artigo, notcia,seo, coluna ou anncio.3. Ttulo de um captulo de livro. 4.Conjunto de dizeres que encimam colunas e casas de uma tabela. 5. Linha superior constante em cada pgina de livro. Compreende, normalmente, ttulo do livro,ttulo do captulo,nome do autor e nmero da pgina. Os cabealhos das pginas pares e das mpares de um livro so, na maioria das vezes diferentes e complementares. 6.Ttulo destacado de qualquer documento. (inf) Informaes bsicas como origem,destino,endereo e, s vezes, descrio resumida de um conjunto de dados que aparecem listadas no incio de um documento ou pgina. Em ing.,header.

Cadeia nacional

(ra,tv) Sintonia de todas as estaes de rdio e tv a uma central de emisso,geralmente para transmisso conjunta e simultnea de um comunicado oficial.

Caderno

(ed) 1. Folha de impresso depois de dobrada. Dependendo de suas dimenses ou formato da publicao,resulta geralmente em 8,16 ou 32 pginas. 2. Conjunto de folhas de papel impressas,pautadas ou em branco,cortadas e dobradas, grampeadas, cosidas, coladas, presas, com espiralou apenas encasadas, formando partes de um livro, jornal,revista etc.3. Livro ou bloco usado para anotaes, exerccios escolares,desenhos,colagens etc. 4. Publicao, normalmente seriada, sobre um determinado assunto,p. ex.: cadernos de pesquisa, de estudos jurdicos, econmicos, lingusticos. Geralmente usado no plural,em referncia aos volumes que integram a srie. (jn) Cada uma das partes separadas de um exemplar de jornal. Conforme a ordem, os cadernos comportam gneros determinados de sees e de matrias. Os jornais dirios normalmente reservam os

primeiros cadernos para as notcias de carter geral, poltico, econmico, internacional, para os editoriais etc.,e o segundo caderno para features, amenidades, colunas sociais, crnicas, crticas de arte, cinema, teatro etc. frequente a edio de cadernos dedicados a anncios classificados ou a assuntos especiais.

Caixa alta

(ed) Letra maiscula ou versal. Por serem normalmente menos usados do que os minsculos na parte alta da caixa utilizada em composio manual. As expresses expresses caixa alta e caixa baixa consagraram-se pelo uso e continuaram a ser empregadas, mesmo depois de adotadas novas maneiras de distribuio dos tipos na caixa, e inclusive nos processos de composio mecnica, de fotocomposio e editorao eletrnica. Diz-se tambm caixo. Na marcao tipogrfica de um texto a ser composto, indica-se por abreviaturas:c.a., Cx.A., Cx.a. Etc.

Caixa baixa

(ed) Letra minscula, em qualquer processo de composio. Nas primeiras caixas de tipos,os minsculos eram colocados na parte mais baixa, a fim de ficarem mais mo. Diz-se tambm caixinha.

Calhau (jn)Notcia,artigo ou qualquer matria de importncia relativa(como anncios a serem publicados porpermuta) que, na falta de coisa melhor, serve para encher os buracos originados pela falta de material editorial ou po erro de clculo de diagramao.

(pp) Anncio pelo qual alguns veculos cobram preos abaixo da tabela e comumente publicado quando h sobra de espao(em jornal, revista etc) ou tempo (em rdio e tv). Muitas vezes, o calhau um anncio do prprio veculo ou de outros veculos da mesma organizao. (ed) Buraco que fica abaixo da mancha que no chega a preencher toda a pgina (principalmente em finais de captulos).

Calnia

(jn) Crime de comunicao que consiste em imputar a algum, falsamente, fato definido como crime(art. 20 da Lei de Imprensa)

Campanha

(pp) Conjunto de peas publicitrias, criadas, produzidas e veiculadas de maneira coordenada, de acordo com determinados objetivos de propaganda de um produto ou servio, marca, empresa ou qualquer rgo pblico ou privado. A escolha e a variedade dos recursos a serem utilizados em uma campanha variam de acordo com o tempo previsto, a verba disponvel, a estratgia do cliente e o pblico que se deseja atingir. Uma campanha pode mesmo ser constituda por uma s pea, ou pode ser composta por vrios anncios para revistas e jornais, filmetes para tv e para cinema, jingles e spots para rdio, outdoors, materiais de ponto-de-venda (cartazetes, displays, bandeirolas, mbiles, decalcomanias, amostras, elementos de decorao), kits para os revendedores (inculsive com sugestes de anncios cooperativos), folhetos de promoo ou de instrues sobre o produto, bmadside (para revendedores, jornalistas, empresrios e

autoridades), eventos, promoes etc. Cada uma dessas peas apresenta funes e caractersticas prprias. Sua criao baseia-se geralmente num mesmo tema ou idia (unidade conceitual e temtica), e sua veiculao obedece a uma programao criteriosa de mdia.

(jn) Srie de reportagens, artigos, notas e outros tipos de matria publicados por um rgo de imprensa, visando a determinados objetivos polticos, promocionais, de esclarecimento pblico etc. (mk, rp) Conjunto de atividades coordenadas em torno de um objetivo comum, no decurso da execuo de um plano de comunicao. Fase de um trabalho imaginativo, criativo e de execuo muito intensa, destinado a agilizar (em um perodo preestabelecido) a conquista do julgamento da opinio pblica ou de segmentos determinados do pblico, por variados meios (promoes, eventos, divulgao, entrevistas coletivas, press-releases, anncios institucionais, matrias pagas, encartes etc.). A campanha pode ser parte integrante do programa de comunicao ou pode surgir de fatos imprevistos e especiais.

Caricatura

(It) 1. Representao da fisionomia humana com caractersticas grotescas, cmicas ou humorsticas. A forma caricatural no precisa estar ligada apenas ao ser humano (pode-se fazer a caricatura de qualquer coisa), mas a referncia humana sempre necessria para que a caricatura se realize. Assim como, segundo Henri Bergson, "no existe o riso fora do humano", tambm no possvel que haja a caricatura sem que se tome o humano como referencial. Entre as outras formas de arte, a caricatura apresenta a peculiaridade de ter um objeto especfico: o artista estar realizando uma caricatura sempre que sua inteno principal for representar qualquer figura de maneira no convencional, exagerando ou simplificando os seus traos, acentuando de maneira despropositada um ou outro detalhe caracterstico, procurando revelar um ponto no percebido, ressaltar uma m qualidade escondida, apresentar uma viso crtica e quase sempre impiedosa do seu modelo, provocando com isso o riso, a mofa ou um momento de reflexo no espectador. A arte do caricaturista observou Bergson - a de apreender aquele movimento imperceptvel em que se esboa uma deformao preferida, tornando possvel a todos os olhos, por aument-la, esse ponto em que se rompe o equilbrio duma face ou duma atitude. O caricaturista "adivinha, sob as harmonias superficiais da forma, as revoltas profundas da matria", diz ele. "Com o impacto de seus traos, de suas figuras", observa Leandro Konder, o caricaturista "muitas vezes sacode o esprito de seus leitores com uma eficincia maior do que a dos editoriais e dos artigos. Onde o discurso custa a penetrar, a imagem chega, freqentemente, como um raio desmitificador". O termo caricatura provm do italiano, possivelmente do verbo caricare (fazer carga) e apareceu pela primeira vez numa srie de desenhos dos irmos Caracci, de Bolonha, Itlia, em fins do sculo 16. A caracterstica de exagerar as feies humanas, ridiculariz-Ias ou faz-Ias cmicas, porm, vem de pocas imemoriais. Nas pinturas rupestres, estudiosos acreditam descobrir nos artistas das cavernas intenes de caricaturar as figuras com que representavam seus inimigos. As mscaras do teatro grego, tambm, j eram caricaturais pelo seu exagero expressivo. 2. A arte de caricaturar. Designao geral e abrangente da caricatura como forma de arte que se expressa atravs do desenho, da pintura, da escultura etc. e tem por fim o humor. Nesta acepo, so subdivises da caricatura: a charge, o cartum, o desenho de humor, a tira, a histria em quadrinhos de humor e a caricatura propriamente dita (a caricatura pessoal).

Caricaturista

(It) 1. Aquele que faz caricatura. Nome genrico de todo artista grfico que lida ,nos veculos de comunicao em geral, com elementos ligados caricatura. Artista que desenha com os recursos expressivos tpicos da caricatura. 2. P.ext.,desenhista de charges,cartuns e desenhos de humor.

Cartum

(lt) 1. Narrativa humorstica, expressa atravs da caricatura. O cartum uma anedota grfica; seu objetivo provocar o riso do espectador. E como uma das manifestaes da caricatura, ele chega ao riso atravs da crtica mordaz, satrica, irnica e principalmente humorstica, do comportamento do ser humano, das suas fraquezas, dos hbitos e costumes. Muitas vezes,porm, o riso contido num cartum pode ser alcanado apenas com um jogo criativo de idias, um achado humorstico (que em francs chama-se trouvalle) ou por uma forma inteligente de trocadilho visual.O cartunista pode recorrer s legendas ou pens-las. Os cartuns sem legendas ou texto foram chamados, durante muito tempo, pela imprensa brasileira, de piada muda. Eram comumente publicados, tambm,a legenda sem palavras. A idia de que o cartum sem legenda (que teve seu apogeu nas pginas da revista francesa Paris Match nos anos 50) teria mais qualidades do que o cartum com dilogos ou texto levou maiores cartunistas do Brasil, o mineiro Borjalo, a criar um boneco sem boca para ilustrar todos os seus cartuns (revista Manchete, dcada de 50). Na composio do cartum podem ser inseridos elementos da histria em quadrinhos, como bales, subttulos, onomatopias, e at mesmo a diviso das cenas em quadrinhos. A narrativa do cartum pode comportar uma cena apenas ou uma seqncia de cenas. No primeiro caso, o riso deve ser alcanado pela idia contida no desenho de um simples momento; no segundo, em geral, a narrativa conduz para um desfecho engraado. O termo cartum origina-se do ing. cartoon, "carto, pequeno projeto em escala, desenhado em carto para ser reproduzido depois em mural ou tapearia". A expresso, com o sentido que tem hoje, nasceu em 1841 nas pginas da revista inglesa Punch, a mais antiga revista de humor do mundo. O Prncipe Albert encomendara a seus artistas uma srie de cartoons para os novos murais do Palcio de Westminster. Os projetos dos artistas reais, expostos, foram alvo da crtica e da mordacidade do povo ingls, e a revista Punch resolveu publicar seus prprios cartuns, parodiando a iniciativa da Corte. Em quase todas as lnguas do mundo, a palavra cartoon, com esse sentido, no tem equivalente: franceses, alemes, italianos, todos chamam cartoon de cartoon, mantendo inclusive a grafia original inglesa. No Brasil, foi a revista Perer, de Ziraldo, edio de fevereiro de 1964, que lanou o neologismo cartum. A charge e a tira cmica podem ser consideradas subdivises do cartum. 2. P.ext., o mesmo que histria em quadrinhos. (cn) P.ext., o mesmo que desenho animado.

Cartunista

(lt) Aquele que cria ou desenha cartuns, tiras cmicas, histrias em quadrinhos de humor, desenhos de humor ou quaisquer ilustraes humorsticas.

Cascata

(jn) 1. Redao inconsistente, longa e pobre de contedo. Diz-se tb. laranjada. 2. Reportagem ou fotografia que simula ou in venta um fato, explorando uma matria jornalstica.

Censura

(co) 1. Ao de proibir, no todo ou em parte, uma publicao ou representao. Supresso deliberada de determinado material de comunicao, do fluxo, normal de informao, de forma a influir na opinio e na ao do pblico ao qual se dirige a mensagem. Poltica de restrio da expresso pblica de idias, opinies, sentimentos e impulsos que tm, ou se supe terem, capacidade para abalar a autoridade do governo ou a ordem social e moral que esta mesma autoridade se considera disposta a proteger (Harold

Lasswell). As relaes de poder sempre determinaram a tica, a moral e o gosto atravs do controle social, a partir de valores dominantes da poca. Embora mais intensa e freqente sob regimes autoritrios, a censura tambm ocorre sob formas diversas, nas democracias liberais. Predominantemente associada ao governamental, a censura pode apresentar-se tambm atravs de grupos privados, religiosos ou seculares, que agem como grupos de presso em defesa de seus interesses. Uma justificativa freqente para a prtica da censura a necessidade de evitar possveis danos a outros indivduos e entidades, segurana nacional ou moral e ao decoro da sociedade. Essa viso encontra defensores em Plato Santo Agostinho e Maquiavel, para quem os que esto qualificados para identificar o mal devem ter o poder de impedir sua propagao. Contrrios a este so os pontos de vista de Aristteles, Thoreau e John Dewey, por exemplo, que sustentam que um homem s livre na medida em que goza da faculdade de adotar suas prprias decises. Quanto s formas de controle e aplicao, a censura pode ser: prvia(supresso antecipada e preventiva de determinados veculos ou mensagens), a posteriori ( repressiva e punitiva, depois da publicao ou durante uma apresentao ou srie de apresentaes pblicas), econmica (p. Ex., pela decadncia de uma instituio em relao ao Estado ou a outra instituio, atravs de verbas publicitrias, financiamentos, concesses) policial/militar (pela represso e priso dos cidados considerados perigosos, em situaes de emergncia, ou pela vigilncia em tempo de guerra, contra o vazamento de segredos, em tempo de guerra, contra o vazamento de segredos militares ou de informaes que possam abalar o moral das tropas, do governo ou da populao civil). Tambm se faz pelo controle de telefonemas, correios, importao de livros, interferncia, sobre transmisses de radiodifuso, interdio de espaos pblicos etc. Quanto ao alcance, a censura pode ser parcial (supresso de trechos da obra), total (proibio de toda a obra) ou classificatria (por faixas etrias). 2.Exame a que a autoridade faz submeter obras artsticas, jornalsticas etc., antes de autorizar ou proibir sua autorizao ou publicao. 3. Equipe de pessoas encarregadas desse exame. 4. Repartio pblica que tem a atribuio de examinar obras artsticas, jornalsticas etc.,e poder para autorizar ou vetar a sua difuso. 5. Controle que um indivduo exerce, conscientemente ou no, sobre as mensagens que produz, em virtude de presses ambientais ou pessoais. Autocensura. 6. Mecanismo de defesa psquica, que tende a impedir que certos desejos inconscientes alcancem o plano da conscincia. Segundo Freud, a censura uma funo permanente no indivduo, constituindo uma barragem seletiva entre os sistemas inconsciente, por um lado, e pr-conscientes/conscientes, por outro. No discurso articulado, ou seja, nas diversas manifestaes do indivduo, essa funo resulta em supresses que se revelam por espaos em branco, alteraes ou abrandamentos de passagens consideradas inaceitveis. importante notar, portanto, que todo discurso, e toda fala consigo componentes de censura, que deste modo est presente, conscientemente ou no, em toda comunicao humana e na prpria constituio dos cdigos lingsticos.

Chamada

(jn) 1. Pequeno ttulo e/ou resumo de ume matria, publicado geralmente na primeira pgina de jornal ou na capa de revista, com o objetivo de atrair o leitor e remet-lo para, matria completa, apresentada nas pginas internas. 2. Resumo (pequeno flash) de uma notcia, lido pelo locutor antes ou ao incio de um programa informativo (radiojornal ou telejornal), para atrair o pblico. Este recurso pode ser utilizado tambm ao final de cada segmento, antes de um intervalo comercial, para anunciar as notcias ou atraes do prximo segmento e "segurar" a audincia . (pp) Mensagem publicitria, geralmente curta, em que se anuncia um evento a ser promovido pelo prprio veculo (um programa de rdio ou tv, uma determinada atrao a ser apresentada no programa, uma edio especial a ser lanada em breve etc. Como instrumento de mdia interna, uma forma de autopromoo do veiculo .

(ed) 1. O mesmo que barra de ateno. 2. Indicao (letra, nmero, asterisco etc.) colocada ao lado de una palavra e repetida no incio da nota que lhe diz respeito, remetendo para esta a ateno do leitor. 3. Palavra ou conjunto de palavras (geralmente as primeiras do ttulo), impressas no incio da prova de reviso para identificar a matria e o responsvel pela composio daquele texto . (tc) 1. Sinalizao auditiva ou visual que convida um assinante ou uma operadora a entrar em comunicao. 2. Em um sistema automtico a ao desempenhada pela parte chamadora, a fim de entrar em comunicao com a parte chamada. 3. ext. As operaes necessrias para a manobra descrita acima. Uma chamada pode ser: a) manual - que comea e termina pela operao de uma chave; b) semiautomtica - que iniciada pela operadora de uma mesa de comutao e continua, automaticamente, at a resposta ou a desistncia; c) automtica - que iniciada pela insero de uma pea de chamar no jaque da linha chamada, e continua, automaticamente, at a resposta ou a desistncia. usada em mesas de comutao manual.

Charge

(lt) Cartum cujo objetivo a crtica humorstica imediata de um fato ou acontecimento especfico, em geral de natureza poltica. O conhecimento prvio, por parte do leitor, do assunto de uma charge , quase sempre, fator essencial para sua compreenso. Uma boa charge, portanto, deve procurar um assunto momentoso (o que em ing. se chama the talhng of town) e ir direto aonde esto centrados a ateno e o interesse do pblico leitor. A mensagem contida numa charge eminentemente interpretativa e crtica, e, pelo seu poder ele sntese, pode ter s vezes o peso de um editorial. Alguns jornais chegam mesmo a usar a charge como editorial, sendo ela, ento, intrprete direta do pensamento do jornal que a publica. A charge usa, quase sempre, os elementos da caricatura na sua primeira acepo, coisa que nunca acontece com o cartum, onde os bonecos representam um tipo de ser humano e no uma pessoa especfica. O termo vem do fr., charge, carga.

Chargista (lt) Aquele que desenha ou cria charges. O chargista pode tambm ser chamado de cartunista ou decartunista poltico. O cartunista ser, porm, impropriamente chamado de chargista se o seu trabalho no for especificamente a charge.

Checagem

(jn) Ato de checar uma informao. Os principais veculos de comunicao mantm procedimentos de checagem, que variam conforme a confiabilidade da fonte.

Cineminha

(jn) Seqncia de fotos que ilustra uma matria jornalstica apresentando detalhes do desenvolvimento do fato noticiado.

Circulao

(ed) Total dos exemplares efetivamente distribudos de cada edio de determinado peridico (jornal, revista) ou de qualquer publicao. Valor quantitativo da maior ou menor difuso de um veculo

impresso, entre o pblico leitor. Diferena aritmtica entre a tiragem e o encalhe de uma edio. De acordo com as normas do IVC (Instituto Verificador de Circulao), a distribuio de publicaes classificada em trs diferentes categorias: a) circulao paga - "aquela em que os exemplares de publicao hajam sido adquiridos pelos compradores (sem ser para revenda)" sob condies de venda avulsa ou assinaturas anuais (com preos no inferiores a 50% do preo bsico). A circulao paga constitui o total de exemplares efetivamente vendidos, de cada publicao; b) circulao controlada ou circulao gratuita verificvel- "aquela em relao qual o editor mantm controle sobre as pessoas que recebem a publicao e os registros considerados necessrios pelo IVC, para verificao de circulao"; c) circulao mista - a que abrange as publicaes que usam, simultaneamente, os dois tipos de circulao definidos acima.

(tv) O mesmo que cobertura. (cm) Percurso de um filme em exibio, pelas salas de um circuito ou pelos cinemas do pas.

Clich

(ed) 1. Placa de metal (usualmente zinco) gravada fotomecanicamente, cuja superfcie apresenta, em relevo e em sentido inverso imagem original, todos os pontos que devem deixar impresso no papel. Empregam-se clichs em tipografia, para impresso de jornais, revistas, livros, anncios, folhetos etc. Matriz, em zinco, de textos, desenhos e fotografias a trao ou a meio-tom. V. autotipia, chapa, estereotipia e galvano. 2. A imagem ou texto gravados por esse processo. 3. O mesmo que telha, na estereotipia. (jn) Cada uma das edies de um nmero de jornal ou revista, em que h alteraes em relao tiragem anterior, especialmente em funo de notcias importantes de ltima hora, ocorridas ou apuradas depois do fechamento da tiragem anterior. Considera-se como primeiro clich a primeira verso, e assim sucessivamente (segundo clich, etc.) "Segundo clich" o uso mais conhecido e freqente dessa expresso, o que no impede a produo de um terceiro clich, e assim por diante. Costuma-se estampar esse tipo de informao (p.ex., "segundo clich") na cabea da primeira pgina e na cabea das pginas modificadas. (re) 1. Palavra, expresso ou construo cujo sentido esvaziou-se ou vulgarizou-se por terem sido muito repetidas. O uso de clichs (a menos que intencional, em contexto crtico ou satrico) denota deficincia de estilo do redator. Diz-se tb. chavo ou lugar-comum, geralmente na mesma acepo. M. Cmara Jr. distingue estas duas expresses: "No chavo, revela-se a impotncia de um esforo estilstico" (houve tentativa de maior expressividade, embora frustrada). "Quando no h esse esforo, mas apenas o displicente emprego de uma palavra ou construo, usual e inexpressiva, tem-se o lugar-comum." 2. Qualquer situao diegtica ou dramtica, quaisquer recurso ou efeito expressivo utilizados em literatura ou em qualquer outra forma narrativa, que consistam na repetio abusiva de determinada frmula, empregada anteriormente pelo mesmo ou por outro autor. Na comunicao de massa, comum o apelo a clichs, como ingredientes de maior audincia e de maior aceitao por parte do pblico. o caso dos happy-ends romnticos das telenovelas e fotonovelas, das montagens estereotipadas e das sucessivas repeties de velhos argumentos em produes cinematogrficas etc.

Clipping

(in, rp, dc) 1. Do ing., clip recorte. Servio de apurao, coleo e fornecimento de recortes de jornais e revistas sobre determinado assunto, sobre as atividades de uma empresa ou instituio, sobre determinada

pessoa etc. realizado geralmente pela rea de comunicao (relaes pblicas, imprensa ou marketing institucional) da organizao, pela agncia de RP ou de publicidade que atende empresa ou por uma agncia especializada nesse tipo de servio, conhecida como agncia clipper. Diz-se tb. clipagem. 2. Recorte de jornal. 3. O conjunto de recortes fornecidos ao interessado e/ou arquivados.

(som) No jargo dos tcnicos de som, deformao semelhante a um corte na onda sonora, causada por excesso de nvel do sinal sonoro, que provoca saturao no aparelho.

Cobertura

(jn) 1. Trabalho de apurao de um fato no local de sua ocorrncia, para transform-lo em notcia. A cobertura pode ser individual ( feita por um s reprter) ou em equipe (vrios reprteres, encarregandose, cada um, de um aspecto ou de um local envolvido no acontecimento). A cobertura em equipe utilizada em reportagens que exigem apurao de vrias informaes simultaneamente. Para cobrir acontecimentos especiais, como p. ex. uma eleio, vrios reprteres atuam em diferentes locais: nas zonas eleitorais, nos postos de contagem de votos, junto aos candidatos etc. Chama-se cobertura fixa a que envolve permanentemente um ou mais reprteres em um determinado setor. P. ex., um certo ministrio: o reprter que cobre aquele ministrio em responsabilidade de apurar todos os fatos que alfixos, setorizados, junto aos principais locais onde ocorrem fatos de interesse jornalstico (p. ex., palcio do governo, ministrios, cmara dos deputados, senado, prefeitura, pronto-socorros, delegacias, aeroportos etc.). 2. Registro jornalstico de um fato, em um determinado veculo de imprensa ou no conjunto da mdia. (tc) rea servida por um sistema destinado transmisso de ondas de rdio. (md) Nmero de pessoas ou de famlia que constituem o total da audincia potencial de um veculo de comunicao, considerando-se uma determinada regio atingida por esse veculo. Por ex., nmero de consumidores (indivduos ou unidades familiares) que possuem ou tm acesso a aparelhos de tv, ou que alguma vez j compraram um jornal ou foram ao cinema. Em ing., reach. Diz-se tb. impropriamente, nesta acepo) alcance, atingimento e circulao.

Colaborao

(jn)Matria de jornal ou revista, geralmente sob a forma de artigo assinado, e redigida por pessoa que no pertence ao quadro permanente de redatores da publicao.

Coluna

(ed) Cada uma das divises verticais, geralmente padronizadas, de uma pgina (de jornal, livro, revista, folheto etc.) ou de tabela, separadas por fio de coluna ou canal. (jn) Seo especializada de jornal ou revista, publica da com regularidade e geralmente assinada, redigida em estilo mais livre e pessoal do que o noticirio comum. Compe-se de notas, sueltos, crnicas, artigos ou textos-legendas, podendo adotar, lado a lado, vrias dessas formas. As colunas mantm um ttulo ou cabealho constante e so diagramadas costumeiramente em posio fixa e sempre na mesma pgina, o que facilita sua localizao imediata pelos leitores habituais.

Coluno

(jn) Em alguns jornais e revistas, seo que rene notcias curtas e/ou notas, com maior ou menor relevncia de acordo com a linha editorial.

Colunvel (jn) Neologismo aplicado a qualquer pessoa em evidncia num dado momento (na poltica, no soaite,nas artes plsticas etc.) tida como digna de ser citada em colunas sociais.

Colunista

(jn) Jornalista ou escritor que redige e/ou assina coluna em jornal ou revista. Conforme assunto e o gnero da coluna, o colunista pode ser um cronista, um comentarista, um crtico de arte. Determinadas colunas especializadas so freqentemente entregues a profissionais de outras especialidades, e no a jornalistas (colunas de conselhos mdicos, jurdicos, de assuntos contbeis, astronmicos etc.).

Comentarista

(ra,tv) Especialista em anlises e comentrios sobre fatos econmicos, polticos, sociais e desportivos em programas especiais, telejornais etc. As observaes geralmente so feitas aps a transmisso de fato determinado.

Conferencia de imprensa

(jn) O mesmo que entrevista coletiva

Conselho editonal

(ed) Grupo de profissionais ligados a uma editora (consultores, coordenadores de cleo ou de editorias, leitores crticos, tcnicos e gerentes da prpria editora etc.), que se reunem ou so consultados com o objetivo de definir uma linha editorial e acompanhar o seu desenvolvimento cultural e comercial, redirecionando-a se necessrio. Os integrantes do conselho editorial opinam sobre novos originais apresentados para publicao e sobre a programao editorial. (ed, jn) Grupo de pessoas que opinam sobre a linha de um determinado produto editorial ou veculo de comunicao (jornal, revista, site, house-organ, newsletter, programa de televiso, etc.). Diz-se tb. comit editorial.

Convergncia das mdias

(co)Integrao dos diversos meios de comunicao. Uso de diferentes veculos como portas de entrada para a mesma base de contedos. A tecnologia digital e a interatividade caracterstica da internet so os fatores que tornaram possvel a convergncia das mdias,considerada como uma revoluo comparvel ao incio da televiso. "H alguns anos, cada veculo tinha um sistema prprio de processamento e distribuio de sinais, uma diferena que deixa de existir a partir do momento em que todas as mdias comeam a operar com bits. Teoricamente elas passam a ser a mesma coisa; como tudo virou digital, voc pode trafegar qualquer contedo em qualquer mdia", explica Fernando Bittencourt, da CGE

(Central Globo de Engenharia). Na prtica, a convergncia ocorre quando se usa, p.ex., um aparelho de tv acoplado e recursos de computador, telefone e aparelho de som; ou o computador funcionando como tv, rdio e telefone; ou o celular funcionando como pager e como palm- top , alm de acessar contedos e servios disponveis na internet e na tv. Em um segundo momento, a convergncia das mdias tende a determinar o lanamento de novos dispositivos tecnolgicos totalmente adequados a essa integrao. Alm disso, a interatividade tende a mudar radicalmente a relao dos meios de comunicao com o pblico que deixam de ser simplesmente de ser espectador e passa a interferir no produto. O usurio pode, a partir desse recurso, optar por produtos prontos ou pela prpria programao dos contedos ( de tv, rdio, jornal, etc)que deseja receber.

Copidescar

(re) Reescrever, melhorar a redao de um texto.

Copidesque

(jn)1. Em sua acepo original (do ing . Copy desk ),designa "a mesa ao redor da qual sentam-se os reescrevedores (rewriters), os reledores (rewriters ) de matrias, preparando-as para publicao" (N. Norberto). 2.Redao final, melhorada, de uma matria jornalistica de qualquer texto escrito.3.Redator (ou corpo de redatores),que faz esse trabalho.4.Setor (de uma redao, agncia etc) onde se realizam esses trabalhos. Copyright (ed) Direito esclusivo de reproduzir por qualquer meio material, publicar ou vender obra literria, artstica, tcnica ou cientfica.O copyright um direito desfrutado pelo autor ou seus descendentes, mas pode ser negociado ou cedido a um editor ou a qualquer outro beneficirio.Abrevia-se com a frase: Todos os dirreitos reservados seguindo-se o neme do beneficirio e a indicao do ano da primeira edio (em livros essa indicao estampada no verso da folha de rosto).Usa-se tb. A forma aportuguesada copirraite.

Copywriter

(pp) Criador e redator de textos de propaganda. Escritor de anncios publicitrios.

Corpo de texto

(jn) Parte mais desenvolvida do texto de uma noticia. Tudo o que vem abaixo da cabea ou do lide. "Sendo o corpo o arremate da narrativa, aqui vamos documentar as afirmativas feitas no primeiro pargrafo [no lide]; vamos dar ao leitor uma melhor compreenso do acontecimento. Cada elemento bsico da cabea pede, no corpo, novos elementos que o noticiarista vai juntando em sees harmnicas, obedecendo ordem de importncia ou cronolgica, de acordo com a natureza do assunto, ou seu valor jornalstico, a tcnica de redao utilizada, a ressonncia que julga ir alcanar no esprito pblico e, naturalmente, o espao de que dispe para atender aos leitores mais meticulosos e que dedicam mais tempo leitura ( Luiz Beltro) (ed) Termo usado para pedir a composio no mesmo corpo do restante do texto.

Correspondente

(jn) Reprter encarregado de fazer a cobertura de determinada cidade ou regio, dentro ou fora do pas, e de enviar regularmente notcias e artigos para a empresa jornalstica (jornal, agncia de notcias, emissora de rdio ou tv) que representa. Jornalista que presta servios regulares a uma em presa jornalstica, como empregado ou colaborador, em local distante de sua sede. O correspondente mantm domiclio na regio que encarregado de cobrir, e neste aspecto se diferencia do enviado especial. Chama-se correspondente de guerra o reprter encarregado de cobrir, in loco, os acontecimentos de uma guerra ou revoluo.

Cozinha

(jn) Trabalho de reescrever (adaptar, atualizar, copidescar ou condensar) textos do prprio veculo (originais ou ficadas) ou de outra publicao. Para designar a ao de fazer esse trabalho, diz-se fazer a cozinha ou cozinhar. Quando se trata de reescrever informaes de outro veculo, recomenda-se que o jornalista apure informaes ele mesmo, evitando incorrer em plgio. Segundo o Manual de Redao da Folha de So Paulo, "quando indispensvel cozinhar - porque no foi possvel apurar as informaes em tempo e o jornal considera essencial que seu leitor tenha acesso a elas -, a Folha cita o nome do autor do texto e do veculo que o publicou".

Crtica

(jn, lt) 1. Discusso fundamentada e sistemtica, a respeito de determinada manifestao artstica, publicada geralmente em veculos de massa (jornal, revista, livro, rdio, tv) e emitida por jornalista, professor, escritor ou por outros especialistas, em geral profissionalmente vinculados ao veculo como colaboradores regulares. Apreciao esttica e ideolgica, desenvolvida a partir de um ponto de vista individual, em que entra a experincia prtica e/ou terica do crtico, a respeito de trabalho literrio, teatral, cinematogrfico, de artes plsticas etc. O exerccio da crtica implica a compreenso de tudo o que participa do processo de criao de uma obra artstica, suas tcnicas, significados, propostas e importncia no mbito de um contexto cultural. "A crtica visa ao conhecimento e valorao da obra, tendo em mira orientar o gosto e a curiosidade do leitor" (Massaud Moiss). Elaborada a partir de um padro - moderno ou acadmico - de proposta artstica e pela comparao dos valares e informaes da obra com o ideal esttico daquele que analisa e opina, a critica tambm uma atividade criativa, na medida em que reinterpreta intelectualmente o objeto examinado e propicia ao leitor um conjunto de impresses, idias e sugestes que, inclusive, enriquecem a informao original. 2. conjunto dos profissionais que exercem a funo de crticos. (dc) "Documento no qual julgado ou apreciado o mrito de obra literria, artstica, cientfica etc." (ABNT, TB-49).

Crnica

(jn) Texto jornalstico desenvolvido de forma livre e pessoal, a partir de fatos e acontecimentos da atualidade, com teor literrio, poltico, esportivo, artstico etc. Segundo Muniz Sodr e Maria Helena Ferrari, a crnica um meio-termo entre o jornalismo e a literatura; "do primeiro, aproveita o interesse pela atualidade informativa, da segunda imita o projeto de ultrapassar os simples fatos". O ponto comum entre a crnica e a notcia ou a reportagem que o cronista, assim como o reprter, no prescinde do acontecimento. Mas, ao contrrio deste, ele "paira" sobre os fatos, "fazendo com que se destaque no texto

o enfoque pessoal (onde entram juzos implcitos e explcitos) do autor". Na crnica, porm, o juzo de valor confunde-se com os prprios fatos expostos, sem o dogmatismo do editorial, no qual a opinio do autor (representando a opinio da empresa jornalstica) constitui o eixo do texto.

Cronista

(jn) Profissional que periodicamente escreve crnicas assinadas para jornais e revistas. Geralmente pertence ao quadro funcional da empresa.

DDiagramao

(ed) Ato ou efeito de diagramar. Projeto grfico.

Diagramador

(ed) Jornalista, publicitrio, artista grfico ou tipgrafo que faz diagramao. Nas empresas jornalsticas, "aquele a quem compete planejar e executar a distribuio grfica das matrias, fotografias e ilustraes de carter jornalstico, para fins de publicao" (Decreto-Lei 972, de 17/10/69)

Difamao

(jn) Crime de comunicao que consiste em "imputar a algum fato ofensivo sua reputao, tornando-o com isso passvel d descrdito na opinio pblica" (Lei d Imprensa, art.21).

Difuso

(co) Veiculao de uma mensagem atrav de um (ou mais de um) canal, de modo atingir grande nmero de receptores. Propagao. (ra, tv) Transmisso radiofnica ou televisiva. (pp) Propagao de idias, por qualquer meio ou conjunto de meios de comunicao.

Direito de resposta

(jn) Faculdade assegurada por lei a "toda pessoa natural ou jurdica, rgo ou entidade pblica, que for acusado ou ofendido em publicao feita com jornal ou peridico ou em transmisso de radiodifuso, ou a cujo respeito os meios de informao e divulgao veicularem fato inverdico ou errneo". "O direito de resposta consiste: I - na publicao da resposta ou retificao do ofendido, no mesmo jornal ou peridico, no mesmo lugar, em caracteres tipogrficos idnticos ao escrito que lhe deu causa, e em edio e dia normais; II - na transmisso da resposta ou retificao escrita do ofendido, na mesma emissora e no mesmo programa e horrio em que foi divulgada a transmisso que lhe deu causa; ou III - a transmisso

da resposta ou da retificao do ofendido, pela agncia de notcias, a todos os meios de informao e divulgao em que foi transmitida a notcia que lhe deu causa, A resposta ou pedido de retificao deve: a) no caso de jornal ou peridico, ter dimenso igual do escrito incriminado, garantindo o mnimo de 100 (cem) linhas; b) no caso de transmisso por radiodifuso, ocupar tempo igual ao da transmisso incriminada, podendo durar no mnimo um minuto, ainda que aquela tenha sido menor; c) no caso de agncia de notcias, ter dimenso igual da notcia incriminada. [ ... ] A publicao ou transmisso da resposta ou retificao, juntamente com comentrios em carter de rplica, assegura ao ofendido direito a nova resposta." (Lei de Imprensa, art. 29 e 30.)

Dominiclia

(jn) Diz-se do calhau publicado aos domingos.

EEdio

(ed) 1. Conjunto das atividades relativas reproduo, publicao e distribuio de textos, peas musicais, desenhos etc., na forma de livros, jornais, revistas, catlogos, gravuras, cartazes, discos, fitas magnticas, slides, filmes e outros veculos. Ato ou efeito de editar. 2. Conjunto dos exemplares de uma obra, obtidos em uma ou em vrias tiragens, desde que no haja modificaes substanciais de uma para outra. 3. Conjunto dos exemplares tirados a partir de uma mesma matriz, ou resultantes do mesmo material de composio. 4. Unidade de periodicidade de uma publicao (cada nmero de jornal, revista ou qualquer outro peridico). (jn) Conjunto dos exemplares de uma nica tiragem de jornal ou revista, ou cada emisso de um noticirio de rdio, tv, cinema ete. (p.ex.: edio dominical de um jornal impresso, edio extraordinria de um telejornal) (en, ra, tv) 1. O mesmo que montagem. 2. Reunio de textos ou cenas j gravadas, na elaborao de programas jornalsticos, deumentrios etc . (en, tv) Ato de editar, em computador, imagens e sons digitalizados.

Editor

(ed) 1. "Pessoa sob cuja responsabilidade, geralmente comercial, corre o lanamento, distribuio e venda em grosso do livro", ou "instituio, oficial ou no, que, com objetivos comerciais ou sem eles, arca com a responsabilidade de lanamento, distribuio e, eventualmente, venda do livro" (Antnio Houaiss). Este conceito corresponde ao ing. publisher, ao passo que os conceitos expressos em ing. por editor e chief editor correspondem, em port., a editor de texto(l), editorador ou diretor de texto. 2. Pessoa ou instituio que atua como elemento intermedirio entre o autor e o pblico consumidor de obras literrias, cientficas, artsticas, musicais etc., reproduzidas por meio de um suporte posto deposio do usurio nmero de exemplares. Pessoa ou instituio que cria e mantm (do ponto de vista econmico e jurdico) uma ou vrias publicaes peridicas. 4. Profissional de editorao que cuida das tarefas

relacionadas adequao e organizao originais para publicao, marcaes, revises, superviso da diagramao e da produo grfica etc. Nesta acepo, diz-se tb editorador.

(jn) 1. Pessoa que dirige e coordena Ul publicao peridica. 2. Pessoa responsvel pela edio de conte dos ou produtos de determinado setor, e determinado veculo ou numa empresa ec torial. 3. Pessoa encarregada esquematizar e supervisionar a edio de 11 ticirios de rdio, tv ou cinema.

Editorial

(jn) Texto jornalstico opinativo, escrito de maneira impessoal e publicado sem assinatura, referente a assuntos ou acontecimentos locais, nacionais ou internacionais de maior relevncia. Define e expressa o ponto de vista do veculo ou da empresa responsvel pela publicao (jornal, revista etc.) ou emisso (programa de televiso ou de rdio). O editorial apresenta, principalmente em sua forma impressa para jornal, traos estilsticos peculiares. Na definio clssica de Fraser Bond, "um ensaio curto, embebido do senso de oportunidade". "Seu primo literrio mais prximo o ensaio", do qual difere, em sua brevidade, por tratar "de um assunto pertinente s ao momento imediato". No jornalismo moderno, a opinio expressa no editorial "alguma coisa mais do que a simples opinio do proprietrio", observa Juarez Bahia. "Salvo excees de que ainda padece o jornalismo, a pgina editorial dos principais rgos brasileiros consubstancia, por exemplo, o conjunto de opinies de diretores e editorialistas - estes profissionais, identificados com a linha do jornal, escrevem e atuam com autonomia e independncia, critrio e responsabilidade, garantindo um conceito de opinio que busca dignificar o veculo". O editorial pode aparecer, em casos especiais, na primeira pgina do jornal (e alguns jornais tm isso como norma), mas na maioria dos casos aparece ao lado de outras matrias, em uma pgina interna predeterminada e habitual. A pgina editorial uma pgina nobre do jornal, onde figuram, geralmente, alm dos editoriais, colunas de notas e sueltos, cartas dos leitores, charges, artigos importantes e o expediente do jornal. "A pgina editorial tem um 'estilo' que acompanha as tendncias do jornal, o prprio 'estilo' do jornal. Este 'estilo' equilibrado, denso ou leve, conforme a linha do veculo" (Juarez Bahia).

Empastelar

(ed) 1. Misturar ou dispor desordenadamente os tipos, ttulos, linhas de composio ete., na composio, na montagem ou na paginao. 2. Misturar caracteres ou outro material tipogrfico com os de uma outra caixa ou caixotim. 3. Desfazer uma frma, granel ou linha de tipos, amontoando desordenadamente os caracteres. 4. Cair em canal ou magazine errado uma matriz de linotipo, provocando erros na composio. 5. Invadir ou assaltar oficina ou redao de jornal (um grupo organizado, uma multido, a polcia etc.), inutilizando o trabalho que est sendo feito ou danificando as mquinas e materiais divesos. 6. Em impresso a cores, imprimir de forma irreconhecvel um original, por excesso de tinta ou por erro de registro, provocando superposio dos pontos dos fotolitos de cada cor e, conseqentemente, confuso de cores e de formas.

Empresa Jornalistica

(jn) Empresa que tem por atividade a edio de jornal ou revista, ou a distribuio de noticiario.

Encalhe

(ed) 1. Quantidade de exemplares de qualquer publicao (livro, jornal, revista) devolvida ao editor por no ter sido vendida. O encalhe nos pontos-de-venda (bancas, livrarias) previsto e, em certa medida, considerado necessrio pelas tcnicas de circulao para garantir uma distribuio que atenda suficientemente demanda. 2. Diz-se da publicao que no obteve boa vendagem. O oposto de bestseller.

Encarte

(ed) 1. Folha ou conjunto de folhas, com anncio, matria paga, matria especial etc. (em duas ou mais pginas), geralmente impressas em papel diferente do que usado no miolo da revista ou jornal, e inseridas (com ou sem grampeamento ou colagem) entre as folhas normais da publicao. 2. Operao de intercalar, entre os cadernos de uma publicao, uma ou mais folhas, geralmente impressas em papel ou em cor diferente, contendo anncio, matria especial, ilustraes, mapas, informaes etc.

Entrevista coletiva

(jn) Tipo de entrevista em que a personalidade atende imprensa em conjunto, respondendo s perguntas dos reprteres de diversos veculos de comunicao. Dependendo da organizao da entrevista, as perguntas podem ser feitas de improviso ou tm de ser previamente levadas ao conhecimento do entrevistado, para que este as estude com antecedncia (geralmente com auxlio de assessores). freqente iniciar-se esse tipo de entrevista por um breve depoimento do entrevistado, seguido pelas perguntas dos jornalistas. Com a prtica da entrevista coletiva procura-se economizar tempo do entrevistado e proporcionar oportunidades iguais a todos os rgos de imprensa.

Entrevista exclusiva

(jn) Tipo de entrevista que concedida a apenas um reprter e que s pode ser divulgada pelo veculo de comunicao que ele representa.

Enviado especial

(jn) Reprter que viaja para locais distantes da sede da empresa jornalstica, com a misso de realizar reportagens especiais sobre determinados acontecimentos.

Estourar

(ed) Exceder (quqlquer matria) o espao disponvel no fechamento da pgina ou de toda a edio, seja na fase de redao, diagramao, ou paginao (ou montagem). Diz-se que uma matria estoura na oficina quando, uma vez pronta para ser paginada ou montada, no cabe no espao a ela reservado pela diagramao. Quando vrias matrias estouram numa s pgina, diz-se: a pgina estourou. 2. Ampliar excessivamente qualquer elemento grfico: fotografia, ilustrao a trao, fio, retcula etc. O excesso de ampliao deforma as caractersticas do original, o que pode resultar em defeito, mas tambm pode ser utilizado como recurso intencional da diagramao. (tv) 1. Ato ou efeito de ultrapassar o limite de luminosidade que assegura perfeita nitidez imagem, provocando distores. 2. Diz-se, na gria telivisiva, quando determinada matria, programa ou telejornal ultrapassa o tempo pr-estabelecido pela direo de programao da emissora.

Expediente

(ed) Quadro de identificao que jornais e revistas, por exigncia legal, publicam em todas as suas edies. Traz, normalmente, nome completo, endereo e telefone da empresa responsvel, do estabelecimento grfico onde impresso, sucursais, preo de assinatura e de venda avulsa, nomes das cidades onde mantm correspondentes e das agncias de notcias contratadas, alm dos nomes dos diretores, do editor-chefe e de outros profissionais importantes na publicao.

FFeature1. (jn) Qualquer matria sobre assuntos variados, cujo o valor jornalistico no esta necessariamente ligado ao dia de sua ocorrncia. O feature, geralmente uma matria de entretenimento, menos perecvel que a notcia comum. Pode ser guardado por vrios dias, sem perder o interesse, para ser publicado de acordo o espao disponvel e a programao do veculo. So classificados como features notcias, notas, crnicas ou artigos de variedades que normalmente as pginas do segundo caderno dos jornais, tiras de histria em quadrinhos, colunas de passatempo, conselhos mdicos, decorao, receitas culinrias, xadrez, bridge, curiosidades etc. Existem empresas especializadas no fornecimento desse tipo de matria a jornais e revista, em escala nacional ou internacional, mediante contratos fixos ou por encomendas especficas (agncias de features). Palavra inglesa que significa "feio fisionmica".

Fechamento

(ed) Concluso dos trabalhos de redao e diagramao ou de composio e paginao de uma ou de todas as pginas de um jornal, revista ou livro. (pp, jn) Prazo mximo e final (dia ou hora) para aceitao de matrias ou de anncios (autorizaes ou artes-finais) a serem includos em uma publicao impressa (jornal, revista) ou veiculados pela televiso, rdio etc. Data de fechamento. Usam-se tb., neste sentido, os termos em ing. deadline e closing-date. (mk) No processo de venda, etapa em que vendedor trata do pedido a ser feito pelo cliente.

Feedback

(in) Processo de controle, pelo qual o resultado (sada, output) do desempenho de um sistema programado para atuar sobre o impulso alimentador (entrada, input) do mesmo sistema, estabelecendo correes a partir dos erros verificados. Qualquer procedimento em que uma parte do sinal de sada de um circuito injetada no sinal de entrada para ampli-lo, diminu-lo, modific-lo ou control-lo. "Tcnica de controle que consiste na comparao, a cada instante, do resultado do processo com um padro preestabelecido" (F. A. Doria). Os princpios do feedback e do servomecanismo foram desenvolvidos pela ciberntica com vistas automao, ao comando e controle de mquinas e operaes sem a necessidade de interveno humana." As entradas de tais sistemas so os equivalentes eletrnicos dos rgos sensoriais: termostatos, clulas fotoeltricas, microfones, espectgrafos e instrumentos de medidas. As sadas so os equivalentes dos msculos dos animais ou rgos de comunicao: motores

eltricos, alto-falantes, mquinas de escrever eletrnicas etc. Internamente, a informao em processamento toma a forma de sinais eltricos e eletrnicos que percorrem as vrias partes do sistema. A caracterstica comum da maiofia dos sistemas de controle que a sada de Um sistema produz um efeito na entrada (fenmeno do feedback). assim que um ter- mostato auxilia o condicionador de ar a manter a temperatura desejada em um ambiente, ou o mssil teleguiado capaz de perseguir um alvo em manobras evasivas" (Liwal Salles). Diversas tradues para a expresso inglesa feedback tm sido propostas e adotadas em portugus. Entre elas, parecem-nos mais adequadas retroalimentao ou realimentao. H tambm autocorreo, auto-avaliao, comunicao de retorno, retroao, retroinformao etc.

(co) Indcios informativos (percebidos pelo emissor) da reao do receptor ante a mensagem que lhe foi transmitida. No processo comunicacional, o feedback estabelece a comunicao biunvoca, fazendo prosseguir o fluxo de mensagens. Tal como acorre nos processos cibernticos, tambm na comunicao interpessoal o feedback ajuda fonte apurar os resultados obtidos na transmisso da mensagem, em relao aos seus objetivos iniciais. No relacionamento entre pessoas, "damos" feedback a algum quando oferecemos ao outro oportunidade para explorar alternativas sobre o que percebemos a respeito delas, e "recebemos" feedback ao percebermos como o outro reage a ns. Neste sentido, o feedback nos permite ver, como num espelho, em um enfoque crtico, a adequao ou a inadequao de nossas idias, sentimentos ou aes.

Flash

(ft) 1. Iluminao artificial intensa e instantnea que permite fotografar em ambientes com pouca luz. Serve tambm como fonte auxiliar de luz, mesmo em fotografias luz do dia, para atenuar sombras. Claro. 2. Aparelho, geralmente sincronizado cmera fotogrfica, dotado de pilhas ou baterias e de lmpadas ou cubos descartveis, para produzir a iluminao descrita no item 1. 3. Lmpada descartvel que produz um claro curto, porm intenso pela combusto rpida de certos metais de oxignio, e que pode ser utilizada apenas uma vez. (cn, tv) Cena muito curta, instantnea. Plano brevssimo. (jn) 1. Nota breve sobre algum acontecimento. Pode parecer isoladamente ou como parte de um conjunto de notinhas do mesmo gnero, publicadas ao lado de uma notcia maior, para destacar certos pormenores do fato. 2. Primeira notcia de um acontecimento importante, imediatamente difundida nos despachos de uma agncia de notcias, mesmo que interrompa qualquer despacho normal que esteja sendo transmitido. Utiliza poucas palavras e redigido de forma semelhante ao lide. Segundo Mrio Erbolato, "devido diferena de fuso horrio, as agncias devem transmitir as notcias no mesmo instante em que as recebem, mas de maneira resumida (lead ou flash). , inclusive, lema da UPI: em cada minuto existe, em alguma parte do mundo, um jornal encerrando sua edio Por isso, qualquer despacho que esteja sendo levado ao ar sujeito a interrupes para a transmisso de flashes de uma notcia importante e recm-ocorrida. Ao fim do flash, volta-se ao despacho anterior, mencionando-se o seu nmero e a ltima palavra transmitida vrias vezes, para ser intercalada por flashes" (M. Erbolato). Na internet, os sites noticiosos costumam reservar um espao prprio para os flashes, que se sucedem na tela paralelamente aos textos maiores. (int) Padro para grficos de vetores e animao na web. Software utilizado pelos programadores de sites para criar interfaces de navegao interessantes, redimensionveis e compactas, ilustraes tcnicas, animaes em formulrios e outros efeitos. Esta tecnologia de animao, usada em larga escala na internet, aproxima as linguagens da histria em quadrinhos e do desenho animado.

Foca

(jn) Jornalista novato. Reprter sem experincia na profisso.

Fonte

(co) Nascente de mensagens e iniciadora do ciclo de comunicao. (James Thompson). Sistema ( pessoa, maquina, organizao, instituio) de onde provem a mensagem, no processo comunicacional. Elemento que, numa cadeia comunicativa, seleciona de um conjunto de mensagem a ser emitida. (ed) Conjuto de caracteres de uma familia tipogrfica, em um ou vrios corpos e variantes (redondo, grifo, caixa alta e baixa, etc.), que integram um catlogo de tipos, uma caixa tipogrfica, uma coleo de matrizes de mquinas compositoras, um software ou arquivo destinado a editorao eletrnica, etc. Interessante notar que a palavra fonte, nesta acepo, tem origem no lat. fundere, que significa fundir, derreter; ou seja, mesmo nos processos digitais de editorao usa-se uma expresso tpica dos primeiros tempos da tipografia. (inf) Conjuto de todas as mensagens que podem vir a ser transmitidas em um dado sistema. (jn, ed) Procedncia da informao. Todos os documentos e pessoas de onde um autor de trabalho jornalstico, literrio, tcnico ou artstico extraiu informaes para a sua obra. Na linguagem jornalstica, especificamente, distinguem-se as expresses fonte, porta-vs, informante e setores, crculos ou meios, de acordo com os seguintes critrios: a) Fonte em princpio, qualquer pessoa usada por um reporter na sua busca de informo. A fonte pode ser: oficial( ou formal, geralmente situada nas acessorias de imprensa e de relaes pblicas das intituies, que so o que produzem notcia) e no autorizada ( oficiosa ou no, as vezes, importantssima para obtenao em carater informal de uma informao que no ser formalizada atravs dos canais oficiais). Quando a fonte no oficial ou formal a tendncia escrev-la no singular com artigo indefinido, ou no plural (fontes), que ainda mais indeterminado. Na redao jornalstica, no convm desgatar o termo fonte em qualquer notcia. Costuma-se reserv-lo para notcias que envolvem interesses polticos, econmicos ou questes diplomticas e de segurana nacional. Informaes cotidianas, diretas e factuais ( como notcias sobre servios urbanos, p.ex.) , no precisam ser misteriosamente transmitidas por uma fonte. Chama-se fonte autorizada a pessoa que substitui o porta-voz nos casos em que o governante ou a alta autoridade no pode pessoalmente formalizar e oficilizar a informao. Ou a opinio do seu governo, embora muitas vezes tenha interesse em torn-la conhecida ao pblico. Muito utilizada como recurso diplomtico, a fim de que a posio mais que provvel de um governo seja conhecida. Aps a publicao de uma notcia reveleda por fonte autorizada, a informao poder ou no ser confirmada pelo porta-voz governamental, conforme as circunstncias; b) porta-voz o sentido comum da palavra registrado nos dicionrios ( pessoa que fala frequentemente em nome de outra ), no o mais aceito em jornalismo. O porta-voz uma pessoa altamente autorizada para falar por um governante, um alto funcionrio do Estado ou de alguma instituio de importncia nacional. O porta-voz deve ser uma fonte reconhecvel e nunca deve ser usado como sinnimo de uma fonte qualquer ( Luiz Orlando Carneiro). Porta-voz de um presidente, p.ex., algum que tem nome freqentemente sitado nas notcias. As informaes veiculadas devem refletir o pessamento oficial da personalidade representada; c) setores, crculos, meios: expresses como setores polticos, cculos diplomticos, meios empresariais tendem a coletivisar a opinio de alguem influente em seu meio de atuao, quando no convm revelar a fonte. Muito frequente no colunismo poltico e social, esse recurso, usado abusivamente, pode provacar uma credibilidade excessiva no leitor j que esse tipo de informo parece representar o outro lado da notcia, o lado oculto, mais verdadeiro

do que as informes precedentes de fontes conhecidas; d) informante fonte de informao localizada em um determinado setor pblico ou privado mas sem o statos da fonte ou do porta-voz.

Freelance

(ed) 1. Trabalho avulso, encomendado de qualquer profissional, sem vnculos empregatcios. Trabalho extraordinrio, bico, biscate. Trabalho desempenhado por um profissional autnomo. 2. Pessoa que trabalha por conta prpria (como redator, reprter, fotgrafo, modelo fotogrfico, desenhista, artefinalista, compositor de jingles, roteirista etc.) e fornece seus servios profissionais, sem vnculo empregatcio, para uma, ou diversas organizaes (editoras, jornais, agncias de propaganda, emissoras de tv ou rdio etc.). Nesta acepo, diz-se tb. freelancer. Usa-se tb., nas duas acepes, o neolgismo frila ("fazer um frila", "trabalhar como frila").

Fria

(jn) Diz-se da matria jornalstica sem compromisso exato com atualidade, e que por isso no precisa necessariamente ser publicada imediatamente.

Furo

(jn) Notcia importante publicada em primeira mo por um jornal ou por qualquer outro meio de comunicao de massa. Em Port., diz-se cacha. (ed) Medida tipogrfica equivalente a 48 pontos ou 4 cceros (pelo sistema Didot, aproximadamente 18 milmetros), em largura e comprimento. (tt, tv) Diz-se da luz que, por descuido tcnico, se projeta de um refletor sobre os olhos dos espectadores, ou, em televiso, captada pela cmera.

GGaveta

(jn) Diz-se da matria jornalstica a temporal, que pode ser guardada para publicao quando conveniente ("matria de gaveta"), Matria fria.

Geral

(jn) Diz-se da reportagem, ou da seo de um jornal ou revista, que no se dedica normalmente a nenhum setor ou assunto especializado. A equipe de jornalistas a servio da reportagem geral encarregase da cobertura de acontecimentos variados, que no sejam da alada de outros departamentos ou editorias (econmica, poltica, esportiva etc.). (tt) 1. Local de ingresso mais barato e popular, para acomodao do pblico em estdios, circos, teatros etc.

Ghost writer

(lt) Do ing., escritor fantasma. Redator contratado para elaborao de obra intelectual mediante encomenda cujo solicitante assina a obra como autor. O ghost writer (diz-se tb., simplesmente, ghost) costuma guardar sigilo sobre as obras que produz, sendo a autoria do texto assumida totalmente por quem o contratou, tanto para efeitos de direitos autorais quanto direitos morais e todas as responsabilidades advindas dessa autoria. Sempre existiram escritores fantasmas, desde os antigos escribas, no s na redao de livros mas tambm, rotineiramente, em discursos de autoridades, artigos assinados por personalidades do mundo poltico e empresarial etc. Se um especialista em determinada atividade contrata um ghost writer, este atua como uma espcie de tradutor, que passa para a forma escrita, em linguagem clara e eficaz, as idias ou experincias de quem o contratou. Nestes casos, o texto um meio funcional para a transmisso das idias do autor, no sendo ilegtimo, portanto, que este utilize os servios de um bom redator. Este raciocnio, entretanto, no se aplica ao texto literrio, que , em si prprio (em sua textura), o objeto da obra intelectual. Obviamente, a contratao de ghost wliters tambm no seria legtima se fosse feita por profissionais que tm no texto um requisito de sua profisso (o jornalista, p. ex.).

Grande imprensa

(jn) Conjunto dos principais orgaos de imprensa, editados por grandes impresas jornalsticas, solidamente estabelecidas no contexto empresarial. Possuem tiragens elevadas, vasta penetrao e exercem significativa influncia poltica, econmica e socialjunto comunidade.

Hipermdia

(ed) Recurso multimdia em linguagem HTML. Expresso adotada por alguns autores como sendo mais abrangente do que o hipertexto: enquanto este se restringe a textos, a hipermdia engloba sons e imagens, inclusive vdeos em movimento. Diz-se tb. (especialmente em Portugal) hipermdia. "Os sistemas hipermdia devem ser pensados como uma sucesso de estmulos imagticos, textuais e sonoros orientados ao utilizador", afirma Galvo Meirinhos, observando que esses sistemas devem possuir qualidades de estimulao sincronizada (sincronizao de imagem, texto e som), interatividade, simulao dinmica (com estimulao visual e auditiva), unicidade visual (aspecto visual invarivel, uniformidade verbal e icnica), aforro temporal (economia de tempo, narrativa breve e concisa) e uma ergonomia adaptativa (facilidade de interao com a mquina) segundo os desejos e necessidades do usurio. Citando Mihalyi Csikszemtmihalyi, Meirinhos destaca: "O utilizador deve sentir o poder de definir o seu percurso, no qual a mensagem deve fluir e cuja apropriao dos significados no feita atravs da anlise, mas pela navegao no 'espao virtual'."

Hipertexto

(inf) 1. "Modo de organizao e acesso de informaes caracterstico da web, operacionalizado atravs da linguagem de programao HTML. Na web, cada documento (seja ele texto, imagem ou som) pode conter links (vnculos) que levem a outros documentos, que por sua vez conduzam a mais outros e assim por diante. Em uma estrutura hipertextual, o usurio no tem o compromisso seguir a ordem 'comeo, meio e fim', podendo traar a sua ordem particular, navegando atravs dos documentos interligados"(Luiz Monteiro). A primeira referncia estrutura hipertextual foi feita pelo matemtico e fsico americano Vannevar Bush, em um artigo de 1945 chamado "As we may think". Neste artigo, Bush questionava a

artificialidade dos mtodos de organizao de informao utilizados na comunidade cientfica, baseados em uma ordem puramente hierrquica. Segundo o autor, deveria ser buscado um mtodo inspirado na maneira como a mente humana funciona, ou seja, atravs de associaes, pulando de uma informao a outra atravs de referncias no-lineares. Assim, Bush idealizou um aparelho chamado Memex, que conteria uma enorme quantidade de documentos multimdia (texto, imagens e sons) que permitiriam ao usurio fazer conexes entre eles, medida que os utilizasse. Assim, cada vez que um documento fosse acessado, estariam tambm disponveis todos os outros que tivessem sido ligados a ele. O artigo de Bush foi uma revelao no mundo cientfico da poca, evocando uma aplicao da eletrnica nunca antes imaginada e inspirando os cientistas que, dcadas depois, desenvolveriam os computadores pessoais e a Web. Embora tenha sido antevisto por Vannevar Bush em 1945, o termo hipertexto s foi cunhado em 1963, pelo americano Ted Nelson, para se referir consulta de documentos de forma no-linear em um sistema informatizado. Nelson imaginou um grande sistema de informao que pudesse armazenar todos os documentos disponveis, servindo tambm para produo de novos documentos e comentrios sobre os j existentes. No haveria redundncias e nada seria apagado. Os dados poderiam ser acessados de forma no-linear atravs de links duplos (ida e volta), sempre atualizados. Cada usurio faria sua prpria rota de navegao, dependendo da escolha dos links a serem consultados. Tambm no haveria problemas de direitos autorais, j que todas as citaes seriam feitas remetendo-se diretamente ao original, envolvendo, caso necessrio, o pagamento de royalties aos autores. Desde ento, Ted Nelson trabalha no desenvolvimento de prottipos desse sistema. Embora tenha sido um de grandes inspiradores da web, ele a considera apenas uma "sombra" de seu conceito de hipertexto, j que ela no atende maioria dos pressupostos que vimos acima (no h gerenciamento de direitos autorais, as informaes so estocadas redundantemente, os links so passveis de falhas, etc.). No entanto, no h dvida de que a Web implementa ao menos parte do sistema visualizado por Nelson, formando hoje um imenso "banco de dados" onde podemos encontrar ou publicar informaes sobre todos os assuntos. 2. Modalidade de hipermdia, na qual a informao est sob a forma de texto, em linguagem HTML, exibido em uma tela de computador

Humor

(It) Gnero de criao intelectual que utiliza as mais diversas formas de arte para se expressar. O humor pode ser a prpria essncia desta criao intelectual ou pode ser uma de suas caractersticas. A obra de Carlos Drummond Andrade, p. ex., plena de humor: neste caso, ele a caracterstica de uma obra literria. Na obra de Millr Femandes, por outro lado, o humor a prpria essncia, o gnero (e esta mesma obra pode ser citada tambm como por exemplo do uso de diversas formas de arte, por um autor, para criar seu humor : teatro, literatura, pintura, desenho etc) Os equvocos que se cometem na definio no que seja humor ( frequentemente confundido com conceitos prximos, com espirituosidade, hilaridade, comicidade etc.) decorrem muito da origem da palavra e de suas transformaes semnticas atravs dos tempos. Em sua acepo original a palavra latina humor, humoris, significava umidade elemento lquido de toda espcie e, a partir da, qualquer elemento lquido contido em um corpo organizado e, mais especificamente no corpo humano. Segundo a antiga medina do tempo de Galeno, o organisno humano era regido por humores que pecorriam o corpo: o sangue, a fleuma (secreo pulmonar), a bile amarela e a bile negra. A predominncia de um desses humores no organismo determinava o homem sangiineo, o flemtico, o colrico ou o melanclico. O homem que possusse todos esses humores em perfeito equilbrio com o corpo seria bem-humorado, um homem de bons humores. Essas expresses persistem at hoje sem que, ao empreg-las, sejamos conscientemente remetidos s suas origens. No h, como se v, necessidade de que um homem seja bem-humorado para que realize humor de boa qualidade. Bernard Shaw foi um dos maiores humoristas da literatura inglesa e era um homem de extremo mau humor. Mais do que uma disposio do esprito como se l em quase todas as definies j dicionarizadas em lngua portuguesa o humor uma posio do esprito.Uma

postura que possibilita uma viso no-convencional da vida, uma viso desmistificadora da existncia humana. Segundo uma das mais antigas definies, a do Oxford English Dictionary, humor a faculdade de perceber o que ridculo ou divertido em um fato e a capacidade de transmitir essa percepo atravs da conversao, da escrita ou de qualquer outra forma de expresso. "O humor uma forma criativa de descobrir, revelar e analisar criticamente o homem e a vida. uma forma de desmontar, atravs da imaginao, um falso equilbrio anteriormente sustentado pela prpria imaginao. Seu compromisso com o riso est na alegria que ele provoca pela descoberta da verdade. No a verdade em si que engraada. Engraada a maneira com que o humor nos faz chegar a ela. O humor um caminho" (Ziraldo). da prpria natureza do humor tentar descobrir, atravs do seu mtodo, onde est a "mentira" no fato apresentado como verdadeiro. Compreende-se, ento, que esse mtodo, esse "caminho" (naturalmente comprometido com a graa, o cmico e o riso), implique um processo essencialmente criativo para que o humor se realize. O humor no est contido nessa descoberta, mas na inveno que nos leva a ela. Enquanto arte, portanto, no h humor sem inveno ou criatividade. Para Henri Bergson, o humor uma cincia: "O humor a transposio do moral para o cientfico." Citando Jean-Paul, Bergson continua: "O humor se realiza atravs de termos concretos, dos detalhes tcnicos e dos fatos precisos". A ironia no uma cincia, mas, contrapondo-a ao humor, Bergson entrev ainda mais o aspecto cientfico deste: "A ironia denuncia o que deveria ser fazendo crer que assim na realidade. O humor, por sua vez, uma descrio minuciosa do que , fazendo crer que assim deveria ser". Em sntese, pois, o humor uma transposio do ideal para o real. Para o professor Robert Escarpit, da Faculdade de Letras de Bordeaux, Frana, "o humor coincide com as formas superiores do pensamento dialtico, vindo a ser uma filosofia". Considerado popularmente como a arte de fazer rir, o humor consagrou-se como forma altamente comunicativa e de grande alcance popular, com o desenvolvimento tecnolgico e o advento dos meios de comunicao de massa. Hoje ele se faz presente, como importante gnero expressivo, em todos os modernos veculos de massa. Isso ampliou o conceito popular de humor: embora bastante especfica na sua essncia, como vimos no incio deste verbete, a palavra humor designa tambm, impropriamente, qualquer atividade desses veculos de massa (jomal, rdio, tv, cinema etc.) que esteja ligada ao riso ou comicidade. Em conseqncia, so considerados humoristas, atualmente, tanto o antigo comediante (que hoje se apresenta diante das cmeras de televiso) como o criador intelectual de humor (o autor de uma comdia teatral, o desenhista de humor etc).

Humorista

(lt) 1. Profissional dos modernos meios de comunicao que trabalha especificamente com humor. Artista, escritor, jornalista, autor de textos ou de quaisquer outras obras de humor. 2. Aquele que, intencionalmente ou no, possui e expressa a arte cmica. Pessoa muito engraada ou espirituosa. Neste sentido, usado s vezes com conotao pejorativa (engraadinho, brincalho), para pessoas cujos atos ou palavras no podem ser levados a srio porque, de to absurdos, tornam-se cmicos.

IIlustrao

(ed) 1.Qualquer imagem (fotografia, desenho, gravura, grfico etc.) que acompanha um texto de livro, jornal, revista, site etc. Pode ser, em alguns casos, mais importante do que o texto escrito, ou mesmo prescindir de texto. 2. Breve narrativa, comentrio ou citao, geralmente abordando aspectos curiosos, que reala o texto de uma obra ou uma exposio oral.

Ilustrador

(ed) Profissional especializado na criao e produo de ilustraes para livros, jornais, revistas etc.

Imprensa

(ed) Conjunto dos processos de impresso.2. Mquina de imprimir.3. Prelo. (jn) Conjunto de jornais e revistas de um lugar ou de determinada categoria,gnero ou assunto (ex. Imprensa europia,imprensa esportiva, imprensa marron) 2. O mesmo que jornalismo.3. P.ext., o conjunto dos processos de difuso de informaes jornalisticas por veculos impressos (jornais e revistas imprensa escrita) ou eletrnicos (rdio e televiso imprensa falada e televisada - ; sites imprensa on line) etc. 4. Conjunto dos jornalistas.

Imprensa alternativa (jn) Diz-se dos rgos de imprensa (especialmente jornais e revistas) editados por grupos independentese que constituem, em relao s fontes tradicionais de informao, uma opo para o pblico leitor, em termos ideolgicos, formais ou temticos. O conceito imprensa alternativa no implica, necessariamente, estruturas empresariais de poucos recursos econmicos, editoras pequenas e pobres. O que essencialmente caracteriza essa proposta de atividade jornalstica um efetivo descomprometimento em sua linha editorial, uma atitude polmica e renovadora. Suas manifestaes no configuram um fenmeno recente. Pode-se dizer, mesmo, que ela existe secularmente, sob vrias formas, com atuao destacacj.a em vrios momentos histricos no decorrer do sculo. Segundo Marcos Faerman (ex-editor de Versus), ela no surgiu como resposta grande imprensa, mas para constituir instrumentos de expresso de grupos sociais que no tm voz nas grandes empresas de comunicao. "Hoje, a grande imprensa centrada na sua condio de empresa e a conscincia crtica da classe empresarial: a 'classe empresarial pensante'" (Faerman). Para Ziraldo (editor do jornal Pasquim), a imprensa alternativa ", principalmente, uma imprensa no-convencional, dirigida por jornalistas e no por empresrios, uma necessidade que o jornalista independente sentiu para poder fazer uma imprensa mais parecida consigo mesma. a imprensa pela imprensa, e no a imprensa pela empresa". No h linha editorial, forma grfica ou rea estabelecida para a imprensa alternativa: podem ser enquadrados nesta categoria jornais e revistas das mais variadas tendncias, dedicados a temas gerais ou especializados (mais freqentemente a temas polticos, com um tratamento de jornalismo interpretativo, a assuntos culturais e ao humor), produzidos em diversos formatos (mais freqentemente o tablide) e por qualquer sistema de reproduo grfica. A altemative press tornou-se um fenmeno mundial, com a circulao de centenas de veculos alternativos em todo o mundo, respaldados inclusive por agncias de notcias e associaes internacionais especializadas nesse ramo, como a Alternative Press Syndicate, em Nova Iorque. Em meio s manifestaes de contracultura e de radicalizao poltica, nos anos 70, esse tipo de jornalismo era tambm chamado de imprensa underground. No entanto, o termo underground ("subterrneo"), assim como a expresso imprensa marginal, mostravam-se inexatos por pressuporem uma imprensa ilegal, o que nem sempre ocorria. Tornou-se ento muito comum, tambm, a expresso imprensa nanica, cunhada por j oo Antnio, em artigo para o Pasquim. A expresso imprensa altemativa foi lanada por Alberto Dines, em sua coluna "jornal dos Jornais", na Folha de S. Paulo, em 1977. Parece bastante apropriado, tambm, dizer-se imprensa independente. A partir dos anos 90, a chamada imprensa alternativa passa a contar com as facilidades da editorao eletrnica, que viabilizou sofisticados recursos grficos acessveis a qualquer usurio. Alm de publicaes impressas em grficas convencionais, birs de

impresso digital ou mesmo nas impressoras de uso domstico, a imprensa independente propaga-se em todo o mundo atravs da internet, por meio de sites que veiculam e-Ietters, e-zines e outros novos formatos jornalsticos em desenvolvimento.

lmprensa marrom

(jn) Imprensa sensacionalista. Expresso surgida nos Estados Unidos como imprensa amarela (yellow press), em fins do sc. XIX, no auge da competio pela conquista dos leitores novaiorquinos, entre o jornal New York World (de Pulitzer) e o Mourning Journal (comprado em 1895 por Randolph Hearst). Surgiram nessa fase alguns dos elementos que lanaram as bases do jornalismo moderno: manchetes garrafais, artigos sencionalistas, sees esportivas, numerosas ilustraes etc. O jornal World, concentrando esforos sobre o suplemento dominical, passou a estampar os desenhos de Outcault (Yellow Kid) impressos em cor amarela, para atrair a ateno do pblico. Os primrdios das histrias em quadrinhos esto, assim, vinculados tambm s origens do jornalismo sensacionalista. A competio entre esses dois jornais refletiu-se em inmeros outros orgos de imprensa, que levaram o sensaciolismo s ltimas conseqncias, apelando para o escndalo, a intriga poltica, o achaque, a chantagem etc. No Brasil, a expresso imprensa amarela" foi substituda para "imprensa marrom" pelo ento chefe de reportagem do Dirio da Noite, Francisco Calazans Fernandes, em 1960. Alberto Dines nos conta como isso aconteceu: "Estvamos preparando de madrugada a edio do Dirio da Noite e a manchete tratava do suicdio de um rapaz que tinha sido chantageado pelas revistas de escndalos (na poca existiam diversas, editadas por policiais e jornalistas marginais). A manchete mencionava um suicdio causado pela imprensa amarela (era o nome que eu conhecia, yellow press). Quando, o Calazans, que no conhecia os antecedentes histricos, viu a manchete, disse: 'na minha terra, amarelo cor alegre; pe marrom. O DN passou a adotar essa expresso, sendo logo seguido pelos demais jornais e jornalistas que deram cobertura campanha permitiram o seu xito. A expresso 'imprensa marrom' consagrou-se no Brasil e hoje est dicionarizada"

Impresso

(ed) 1. Ato ou efeito de imprimir. Qualquer processo destinado a reproduzir, com ou sem tinta, num suporte (folha de papel, pano, plstico, metal, madeira etc.), textos e imagens gravados ou moldados em matrizes, adaptadas a prensas de diversos sistemas de presso. As reprodues grficas podem ser obtidas nas mquinas impressoras pelo contato direto da matriz com o suporte (impresso direta) ou por meio de um elemento plstico intermedirio, que entra em contato com a matriz e transfere a impresso ao suporte (impresso indireta), ou ainda pela transferncia de sinais entre um suporte e outro, por processo eletromagntico ou eletrnico (impresso sem contato). No primeiro caso, incluem-se tipografia, litografia, serigrafia, calcogravura, xilogravura, linoleogravura, rotogravura etc. No segundo caso, o ofsete e a flexografia. No terceiro, a xerografia, o jato de tinta e a impresso a laser, entre outros. Quanto ao tipo de matriz utilizada, a impresso pode ser planogrfica, calcogrfica, de relevo, por estncil, eletrosttica e digital. Nesta ltima, mais recente, as informaes so armazenadas eletronicamente e transmitidas ao dispositivo de impresso sem intermediao de fotolitos ou chapas. 2. Seo da oficina grfica onde funcionam as mquinas impressoras. 3. Maneira como se apresenta impresso um trabalho grfico. 4. Qualquer imagem impressa.

Inside information

(rp) Em ing., literalmente, informao de dentro. Diz-se da informao sigilosa obtida por meio de contatos pessoais privilegiados dentro de uma organizao, s vezes com objetivo de auferir, ilicitamente, determinadas vantagens.

Institucional

(pp, rp) Diz-se da propaganda (do anncio, filme, mensagem ou da campanha) cujo objetivo promover uma imagem favorvel a uma determinada marca, empresa, instituio, rgo pblico ou privado. O objetivo imediato da propaganda institucional no a venda, e sim a criao de um clima, de uma atitude favorvel, no pblico, em relao entidade anunciante

JJab

(ra) Forma abrev. de jabacul. Corrupo no servio de um profissional em uma emissora radiofnica, principalmente no favorecimento divulgao de determinada msica, disco ou artista. Pagamento "por fora" a programadores, disc-jqueis ou prpria direo da emissora, para veiculao de determinados fonogramas ou para a divulgao de determinadas informaes. H quem diga tb payola (gria derivada do ingl. to pay, pagar).

Jornal

(ed, jn) 1 Veculo impresso, noticioso e peridico, de tiragem regular, constitudo de folhas soltas (geralmente no grampeadas nem coladas) dobradas em um ou mais cadernos. produzido, geralmente, num formato padro ou standard (32 cm de largura por 56 cm de altura) ou em formato tablide (28 cm de largura por 32 cm de altura). A palavra jornal (do ital. giornale) designava originalmente apenas as gazetas dirias (gazeta era a denominao mais usada), mas estende-se hoje a qualquer periodicidade, sendo mais comuns, alm dos jornais dirios, os hebdomadrios, os quinzenrios e os mensrios (raramente a periodicidade mais espaada). Quanto ao texto, o jornal pode conter matrias sobre assuntos gerais ou especializados. A grande maioria dos jornais dirios (matutinos ou vespertinos) editados nos grandes centros urbanos divulga notcias de carter geral, distribudas por v