dicionário cravo albin da música brasileira (marcolin...

3SIMULADO ENEM/2009 ANGLO VESTIBULARES

Para responder às questões 1 e 2, leia atentamente a le-tra do samba-enredo de autoria dos sambistas Angenorde Oliveira — imortalizado como “Cartola” — e CarlosMoreira de Castro — consagrado como “Carlos Cachaça”.

Brasil, ciência e arteTu és meu Brasil em toda parteQuer na ciência ou na artePortentoso e altaneiroOs homens que escreveram tua históriaConquistaram tuas glóriasEpopéias triunfaisQuero neste pobre enredoReviver glorificando os homens teusLevá-los ao panteon dos grandes imortaisPois merecem muito maisNão querendo levá-los ao cume da alturaCientistas tu tens e tens culturaE neste rude poema destes pobres vatesHá sábios como Pedro Américo e César Lattes

(Cartola e Carlos Cachaça. “Brasil, ciência e arte”. Em: DicionárioCravo Albin da Música Brasileira. www.dicionariompb.com.br)

É muito comum que o título de um texto ecoe ao longodos seus versos ou parágrafos, afinal ele sugere o temaa ser abordado. Em alguns trechos essa correlação se tor-na mais evidente. Assinale a alternativa em que o versodo samba-enredo está mais diretamente ligado ao título.A) Tu és meu Brasil em toda parteB) Epopéias triunfaisC) Reviver glorificando os homens teusD) Levá-los ao panteon dos grandes imortaisE) Cientistas tu tens e tens cultura

O gênero samba-enredo costuma ter um estilo pomposo,grandiloqüente, não poupando elogios à pessoa que estásendo homenageada pela escola de samba. Assinale aalternativa em que esse aspecto estilístico está mais evi-dente:A) Tu és meu Brasil em toda parte / Quer na ciência ou

na arteB) Os homens que escreveram tua históriaC) Conquistaram tuas glórias / Epopéias triunfaisD) Não querendo levá-los ao cume da alturaE) Há sábios como Pedro Américo e César Lattes

O trecho seguinte é um fragmento extraído da RevistaPesquisa, publicação do Fundo de Amparo à Pesquisado Estado de São Paulo (Fapesp). Leia-o com atençãopara responder às questões 3 e 4.

As condições de trabalho aqui são ótimas. Estou aquia convite da Universidade de Bristol (o Occhialini conse-guiu isso), recebo um ordenado mensal e tenho amplaliberdade de trabalho e iniciativa. Posso trabalhar no quemais me interessa e ficar o tempo que quiser. É umaverdadeira “mamata”.

(César Lattes para Leite Lopes em 21 de abril de 1946)

Estou perfeitamente disposto a ir trabalhar aí emcondições muito menos favoráveis (estou me referindoà parte científica e à possibilidade material de pesquisa,não à parte profissional) porque acho que é muito maisinteressante e difícil formar uma boa escola num am-biente precário do que ganhar o prêmio Nobel traba-lhando no melhor laboratório de física do mundo.

(César Lattes para Leite Lopesem 12 de agosto de 1946)

Os dois parágrafos anteriores, de César Lattes, foramescritos com um intervalo inferior a quatro meses. Cons-tam de cartas escritas por ele de Bristol, na Inglaterra,para José Leite Lopes, no Rio de Janeiro. Lattes tinha de22 para 23 anos e faria os dois trabalhos que o ejetarampara a constelação das estrelas científicas nos anos se-guintes, em 1947 e 1948. Pelos trechos percebe-se o des-lumbre pelas condições de trabalho encontradas no H.H. Wills Laboratory, da Universidade de Bristol, e a preo-cupação em montar equipes competitivas para trabalharem física no Brasil, especialmente no Rio.

(MARCOLIN, Neldson. “Entre as estrelas”.Em: Revista Pesquisa. Abril/2005, n. 111.)

O texto da Revista Pesquisa citado tem como epígrafedois trechos de cartas escritas por César Lattes, endere-çadas ao físico José Leite Lopes. Entre os fragmentosdessa epígrafe reproduzidos a seguir, aponte aquele emque a forma de linguagem usada denota uma relaçãoinformal e íntima entre os dois cientistas:A) ficar o tempo que quiserB) É uma verdadeira ‘mamata’C) trabalhar aí em condições muito menos favoráveisD) acho que é muito mais interessante e difícilE) melhor laboratório de física do mundo

Numa das cartas de César Lattes a Leite Lopes, é mencio-nado o prêmio Nobel, conferido a indivíduos cujas pes-quisas tenham sido consideradas como de extrema rele-vância para a humanidade. Ao comentá-lo, Lattes deixaimplícita a seguinte opinião:A) o reconhecimento e a fama individuais são menos

importantes do que a possibilidade de incrementaras pesquisas em um ambiente ainda pouco desenvol-vido.

B) a organização do prêmio Nobel avalia antes as con-dições de trabalho que o produto final da pesquisa.

C) a produção de conhecimento é algo que cada naçãodeve buscar por si mesma, e cada pesquisador, porseu próprio país.

D) a conquista de um espaço em laboratórios de padrõesinternacionais é mais difícil que a obtenção de um prê-mio Nobel.

E) a realização de pesquisas num ambiente precário,embora possa ser danosa à carreira do indivíduo, éum preço justo pelo desenvolvimento de sua nação.

Questão 4▼▼

Questão 3▼▼

Questão 2▼▼

Questão 1▼▼SSSOOOGGGIIIDDDÓÓÓCCCS,S,S,NNNEEEGGGAAAUUUGGGNNNIIILLL

EEE SSSUUUAAASSS SSSAAAIIIGGGOOOLLLOOONNNCCCEEETTT

De acordo com o fragmento da Revista Pesquisa, em tre-chos das cartas de Lattes “percebe-se (…) a preocupa-ção em montar equipes competitivas para trabalhar emfísica no Brasil”. A passagem em que melhor se observaessa preocupação é:A) As condições de trabalho aqui são ótimasB) tenho ampla liberdade de trabalho e iniciativaC) Estou perfeitamente disposto a ir trabalhar aíD) estou me referindo à parte científicaE) trabalhando no melhor laboratório de física do mundo

Com o intuito de eliminar a poluição visual, a prefeitu-ra de São Paulo decidiu proibir os outdoors na cidade.A chamada “Lei Cidade Limpa” causou polêmicas, comoa que se vê no anúncio a seguir:

Considerando os elementos verbais e não verbais desseanúncio, analise as afirmações que seguem:I. Os sinais de pontuação do texto indicam que apenas

a primeira pergunta tem uma resposta certa.II. A proposta de se discutir o que “tirar das ruas” su-

gere que há problemas sociais mais graves a seremenfrentados pelo poder público.

III. Interpretada fora de contexto, a proposta de “tirardas ruas” as famílias desabrigadas pode sugerir asimples expulsão dessas pessoas.

É(São) correta(s):A) apenas I. D) apenas II e III.B) apenas I e II. E) I, II e III.C) apenas II.

O texto seguinte — parte de uma crônica do jornalistaRuy Castro publicada no jornal Folha de S.Paulo em20/06/2009 — serve de base para as questões 7 a 9. Leia--a com atenção.

A grande impertináciaNo último dia de José Sarney na Presidência da Re-

pública, em 1990, Millôr Fernandes publicou num jornaldo Rio a charge definitiva sobre a longa, quase intermi-nável, passagem do homem dos “Maribondos de Fogo”pelo Planalto. O desenho mostrava um grotesco Sarneybebê, bigodes e tudo, sentado num peniquinho. E a le-genda dizia: “Mamãe! Acabei!”.

A charge de Millôr foi reproduzida em toda parte,xeroxes passaram de mão em mão naquele dia e ela aca-bou imortalizada em antologias. Seria perfeita não fos-se por um detalhe: ao contrário do que Millôr e todosnós pensávamos, Sarney ainda não tinha acabado (…).

Em 1988, quando presidente, Sarney, num discurso,patinou e pronunciou a palavra “impertinácia”, que nãoexiste. Talvez quisesse dizer “pertinácia”, talvez “imper-tinência”. Caíram-lhe em cima pela batatada, e eu pró-prio, na época, arrisquei uma definição para a palavra:“Impertinácia. s.f. 1. Qualidade, caráter ou ação do im-pertinaz. “Ele caracteriza-se pela impertinácia” (JoséSarney, discurso, em solenidade). 2. Teimosia descabida,obstinação insolente, pervicácia inoportuna”.

Nesta semana, ao ser acusado de conivente com afarra do Senado, o empavonado Sarney protestou: “Éinjustiça do país julgar um homem com tantos anos devida pública”. Nada define tão bem a impertinácia des-ta frase quanto a palavra que ele mesmo criou.

(Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 20/6/2009, p. A2.)

Ao comentar os efeitos da charge publicada por MillôrFernandes, o texto nos permite inferir que:A) o chargista cometeu um equívoco grave ao desconsi-

derar a possibilidade de que José Sarney não estavase retirando da vida política.

B) o apelo visual de textos predominantemente não ver-bais mostra-se, em vários casos, bastante eficientepara seduzir e influenciar os leitores.

C) a imagem criada por Millôr Fernandes causou indig-nação nos inúmeros admiradores do então presiden-te.

D) a infantilização da figura de José Sarney foi o motivoprincipal para que a charge tivesse tanta repercus-são.

E) os textos verbais são incapazes de representar paraos leitores os elementos concretos da realidade.

Releia o seguinte trecho da crônica de Ruy Castro:

Impertinácia. s.f. 1. Qualidade, caráter ou ação do im-pertinaz. “Ele caracteriza-se pela impertinácia” (JoséSarney, discurso, em solenidade). 2. teimosia descabida,obstinação insolente, pervicácia inoportuna.

Nessa passagem, o autor “arrisca uma definição para otermo “impertinácia”, criando para isso um verbete àmoda dos dicionários. Analisando o trecho, é incorretoafirmar que nesse gênero textual:A) a abreviação “s.f.” refere-se à classe gramatical e ao

gênero do vocábulo.B) os diferentes sentidos da palavra são numerados de

modo que o primeiro sentido seja o mais abrangentede todos.

C) usam-se frases entre aspas para exemplificar, em seucontexto de uso, a significação dos vocábulos.

D) entre parênteses pode aparecer a citação da fontede onde a frase exemplificadora foi colhida.

E) a numeração das acepções costuma revelar sentidosopostos de um mesmo vocábulo.

Questão 8▼▼

Questão 7▼▼

VAMOS DISCUTIR O NÚMERO DE OUTDOORS

EM SÃO PAULO? VAMOS.

VAMOS DISCUTIR O QUE É PRIORIDADE

TIRAR DAS RUAS? VAMOS?

Questão 6▼▼Questão 5▼▼


Chama-se metalingüística a função que a linguagemdesempenha quando se volta sobre si mesma, isto é,quando se usa a linguagem para comentar a próprialinguagem. Na crônica de Ruy Castro, isso acontece, porexemplo, quando ele cria um verbete para explicitar osuposto significado do termo “impertinácia”. Assinale a alternativa em que a citação também sejaexemplo de metalinguagem.A) “As palavras não nascem amarradas, / Elas saltam, se

beijam, se dissolvem”. (Carlos Drummond de Andrade)B) “Distante o meu amor, se me afigura / O amor como

um patético tormento”. (Vinicius de Moraes)C) “João Gostoso era carregador de feira livre e morava

no morro da Babilônia num barracão sem número”.(Manuel Bandeira)

D) “Tanto tenho aprendido e não sei nada”. (FlorbelaEspanca)

E) “Minha terra tem mais rosas / E quase que mais amo-res”. (Oswald de Andrade).

“Com os avanços da genética e da nanotecnologia, o evo-lucionismo nunca queimou tantas etapas em tão poucotempo. Mutações celulares programadas, embriões com-putadorizados, cérebros superdotados artificialmente,hibridização, transgenia (o biólogo Richard Dawkins jáimaginou quimeras de humanos e chimpanzés) — digaadeus ao homo sapiens, o homo evolutis já está a cami-nho. E aberto a uma infinidade de possibilidades.”

(O Estado de S. Paulo. “A origem de uma nova espécie,criada só pelo homem”, 21/02/2009. Destaque nosso.)

Considerando o contexto em que se insere, o trecho “oevolucionismo nunca queimou tantas etapas em tãopouco tempo” refere-se:A) às bruscas modificações pelas quais os ecossistemas

vêm passando, como conseqüência do aquecimentoglobal.

B) à possibilidade de que o termo científico homo sapiensseja em breve substituído pela denominação homoevolutis.

C) à infinidade de possibilidades às quais o homem con-temporâneo precisa estar aberto, condição necessá-ria para se adaptar.

D) à maneira como certos avanços científicos teriam ace-lerado, propositadamente, processos de mutação nasespécies.

E) à busca por mesclar as características positivas de di-ferentes espécies por meio da transgenia.

O texto a seguir foi extraído do conto “No dia em queFaísca morreu”, do escritor paranaense Domingos Pelle-grini. Esse fragmento refere-se ao momento em queuma senhora faz crochê e, acompanhada dos netos, ou-ve uma novela de rádio. Leia-o atentamente para res-ponder às questões 11 e 12.

A novela sempre tinha portas rangendo, porteira ba-tendo, galopes, ventos, tempestades, uma caverna on-de os bandidos cochichavam com eco — mas antes era

preciso esperar as conversas de amor que nunca acaba-vam, caíam mangas e mais mangas do quintal e a moci-nha continuava dizendo quanto amor ela tinha pelo mo-cinho.

Os bandidos trabalhavam pro irmão da mocinha e,por causa de uma questão de herança, naquele dia elafoi seqüestrada e Vó até chorou, mas era normal (...).

A orquestra entrou firme na conversa e logo saiude fininho, aí o mocinho falou — Perdido o amor, deque vale a vida? — numa voz que parecia de mocinhode outra novela mais chata ainda. Tudo por causa deuma maldita herança, disse o delegado — e Vó até es-quecia o palheiro na boca, ia parando com o crochê,parava, e as mangas caíam no quintal.

Começava a propaganda, ela baixava o volume, cus-pia na escarradeira, continuava tão ligeira com o crochêque Irene piscava pra acompanhar os nós. Naquele dianão piscou muito, logo virou pra perguntar baixinho:

— Que que é herança?(Domingos Pellegrini, Os meninos crescem.

Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1986, p. 49-65.)

Indique, entre as alternativas abaixo, a única que con-tém uma afirmação válida sobre os espaços narrativosque aparecem no fragmento:A) É possível afirmar, pelos dados do texto, que os espa-

ços em que se passa a novela radiofônica são diver-sificados.

B) As mangas que caem fazem parte do cenário no qualse desenrola a cena de amor.

C) A avó da mocinha chorou porque ela tinha sido se-qüestrada.

D) O delegado está na mesma sala do rádio cujo volu-me foi baixado.

E) O descuido do delegado em desabafar diante de umamenina despertou nela a curiosidade por saber o queera “herança”.

O fragmento reproduzido é parte de um conto, ou seja,pertence ao gênero narrativo. Isso não quer dizer, con-tudo, que todas as suas partes sejam narrativas. Gêne-ros puros são raros: em geral o que se tem é uma mistu-ra deles num mesmo texto, mas com o predomínio deum. Pensando nisso, avalie as passagens presentes nasalternativas abaixo e indique aquela que é mais carac-teristicamente narrativa:A) A novela sempre tinha portas rangendo, porteira ba-

tendo, galopes, ventos, tempestades, uma cavernaonde os bandidos cochichavam com eco…

B) … mas antes era preciso esperar as conversas deamor que nunca acabavam….

C) … caíam mangas e mais mangas do quintal e a moci-nha continuava dizendo quanto amor ela tinha pelomocinho.

D) A orquestra entrou firme na conversa e logo saiu defininho…

E) … Irene piscava pra acompanhar os nós.

Questão 12▼▼

Questão 11▼▼Questão 10▼▼Questão 9▼▼


Texto para as questões 13 e 14

Nos quadrinhos a seguir, de autoria do cartunista DikBrowne, aparecem as personagens Hagar e Hamlet, seufilho.

Considerando a tira de Dik Browne, aponte a alternati-va incorreta.A) No primeiro quadrinho da tira, Hagar, para demons-

trar a sua insatisfação, exagera ao reclamar da quan-tidade de livros presentes na casa.

B) No segundo quadrinho, se o termo “hábito” fossesubstituído por “vício”, o sentido da fala de Hagarseria preservado e a desaprovação que ele manifestacom sua postura corporal seria intensificada.

C) No terceiro quadrinho, a ira de Hagar é aumentadaquando ele se dá conta de que o filho perde seu tem-po lendo um livro bobo, em vez de dedicar-se a ou-tras leituras de maior complexidade.

D) Entre o quarto e o nono quadrinho, a atitude de Ha-gar deixa implícito que seus interesses se restringemao mundo viking, privilegiando aquilo que se referediretamente ao seu cotidiano.

E) No último quadrinho, fica sugerido que o desinteres-se de Hagar pela leitura é decorrente sobretudo dapouca familiaridade com a palavra escrita, e não deum completo desinteresse pela história dos povos.

Considere as afirmações a seguir, a respeito das funçõesda linguagem predominantes no texto de Dik Browne:

I. No primeiro e no último quadrinho, a função emoti-va assume importante papel, pois a ênfase recai so-bre reações emocionais do enunciador.

II. No segundo e no terceiro quadrinho, Hagar usa dapalavra para tentar interferir diretamente no com-portamento do filho, o seu interlocutor direto. Tra-ta-se, portanto, de um trecho em que a função co-nativa ganha destaque.

III. No último quadrinho, a reflexão metalingüística ga-nha destaque, pois em sua fala a personagem fazuma reflexão a respeito da superioridade da lingua-gem visual, típica das histórias em quadrinhos, emcontraste com a linguagem puramente verbal.

Podem ser consideradas corretas apenas as afirmações:A) I.B) II.C) III.D) I e II.E) II e III.


O poema a seguir, de Carlos Drummond de Andrade(1902-1987), faz parte do livro “Alguma Poesia”, publi-cado em 1930.

CIDADEZINHA QUALQUERCasas entre bananeiras

mulheres entre laranjeiraspomar amor cantar.

Um homem vai devagar.Um cachorro vai devagar.

Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.(Carlos Drummond de Andrade, Poesia e Prosa.

Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p. 21-22.)

Considerando o poema de Drummond, aponte a alter-nativa incorreta:A) O sufixo diminutivo “inha” (variante “zinha”), presen-

te no título, assume conotação depreciativa no con-texto do poema, expressando o enfado do eu líricopor sua origem interiorana.

B) O termo “qualquer” indica que o eu lírico fará refe-rência a uma cidadezinha específica, que, entretan-to, ele evita nomear.

C) O três versos iniciais sugerem uma relação harmôni-ca entre a presença humana e os elementos naturais.

D) A menção a árvores frutíferas (bananeiras, laranjei-ras, pomar) colabora para configurar um cenário tí-pico de cidades interioranas do Brasil.

E) No último verso, a interjeição “eta” e a expressão“meu Deus” assumem valor semelhante: ambas res-saltam o incômodo do eu lírico diante do quadrodescrito.

Questão 15▼▼

Questão 14▼▼

Questão 13▼▼

¿SOLUÇO¿ …NÃO TEMFIGURAS…

Dik Browne, O melhor de Hagar, o horrível.Porto Alegre: L&PM Pocket, 2005, p.12-13.

TODO MUNDO?

POR QUE É QUE VOCÊLÊ ESSE LIVRO BOBO?!

É A HISTÓRIA, PAPAI,E É DEMAIS! TODOS

OS MAIORESCONQUISTADORES E

HERÓIS QUE JÁEXISTIRAM!

TODOS OS GRANDES HE-RÓIS? VIKINGS TAMBÉM?

TODO MUNDO.

COMO É QUE UMFILHO MEU PÔDE

ADQUIRIR UM HÁBITOREPUGNANTE

COMO A LEITURA?


A respeito das figuras de linguagem empregadas pelopoeta na construção dos sentidos de sua mensagem, sónão estaria correto afirmar que:A) no título do poema, a cidadezinha mencionada pode

ser tomada em sentido ampliado, como ocorre com ametonímia (ou sinédoque) em que parte pode signi-ficar o todo.

B) na segunda estrofe, a seqüência dos sujeitos (“Umhomem”, “Um cachorro”, “Um burro”) constitui evi-dente gradação crescente, do menos lento ao maislento.

C) na segunda estrofe, a repetição do predicado “vai de-vagar” constitui uma anáfora, recurso empregado pa-ra reforçar a noção de marasmo e rotina que funda-menta o ponto de vista adotado pelo eu lírico.

D) na terceira estrofe, a inversão da ordem da oraçãoconstitui um hipérbato. O deslocamento do termo“devagar”, seguido de reticências, para o início dafrase enfatiza a noção de que esse modo de agir seestende a todos os atos praticados na cidade.

E) na terceira estrofe, o termo “janelas” deve ser toma-do em sentido figurado. Faz referência aos habitan-tes que, na falta de algo com que se ocupar, bisbi-lhotam a vida alheia através das persianas e cortinas.

Para responder à questão 17, examine a charge abaixo,de Scoot Stantis, que foi publicada originalmente no jor-nal The Birmingham News (Alabama — EUA) e traduzi-da para esta prova:

Examine as proposições abaixo e indique a alternativacorreta:

I. O menino é representante de uma geração que, detanta exposição à tecnologia, sente dificuldade paradar-lhe o devido valor.

II. A postura e a gestualidade do adulto indicam suasubmissão ao menino e sua tendência a atender oscaprichos dele.

III. A pilha de equipamentos eletrônicos indica que omenino sente aversão pela tecnologia.

Pode-se apontar como verdadeira(s):A) I, II, III. D) II, III.B) I, II. E) I.C) I, III.

Para responder à questão 18, compare a charge abaixo(de John Darkow, publicada originalmente no jornalThe Columbia Day Tribune, Missouri, EUA, e traduzidapara esta prova) à charge da questão 17:

Assinale a alternativa incorreta:A) As charges sugerem que gerações diferentes encaram

a tecnologia de forma distinta.B) Os adultos da segunda charge são menos ávidos por

tecnologia do que o menino.C) A segunda charge indica a impotência da tecnologia

para resolver a angústia e o vazio existencial da ge-ração mais madura, o que é explicitado na frase:“Que ícone eu aperto para ‘viver a vida’?”

D) Embora o menino demonstre ter interesse em novastecnologias, ele também dá mostras de estar satura-do, o que é figurativizado por sua expressão facial egestualidade.

E) Ambas as charges demonstram as facilidades que o de-senvolvimento tecnológico introduziu na vida contem-porânea, apesar de alguns se aborrecerem com ela.


Guerra de fronteiraAs fronteiras ideológicas da Guerra Fria atravessa-

vam países e continentes, separando o “mundo livre” dooutro e dos simpatizantes do outro. A não ser que visi-tasse um país comunista ou freqüentasse algum “apare-lho”, você nunca as cruzava. Sequer as via. Independen-temente das suas simpatias ou eventuais rebeldias, viviadentro de um perímetro comum bem definido. Com ofim da Guerra Fria, as fronteiras ideológicas desaparece-ram e nos vimos dentro de outra macrogeografia, a dasfronteiras econômicas. Estas são visíveis demais. Sepa-ram bairros, dividem ruas, são fluidas e ondulantes — eno Brasil você as cruza todos os dias. Mais de uma vezpor dia você passa por flóridas, suíças, bangladeshes, al-gumas bolívias… E em cada sinal de trânsito que pára,está na Somália.

É impossível proteger estas fronteiras como se prote-giam as outras. A grande questão do novo século é co-mo defender seu perímetro pessoal da miséria impacien-te e predadora à sua volta. Os americanos não podemajudar desta vez, a fronteira maluca ziguezagueia den-tro dos Estados Unidos também. (…)

Questão 18▼▼

TEM CELULAR, VIDEO iPod,e-MAIL, WEB BROWSER, CÂMERA,

ALARM CLOCK, PALM-TYPE ORGANIZER…

Que ícone euaperto para“viver a vida”?

Questão 17▼▼

Tá bom, já meenchi. Qual é opróximo?!!!

Questão 16▼▼


Há um sentimento generalizado, mesmo que nãoseja dito, que a maior parte da população do mundo élixo. Excrescência irrecuperável, condenada a jamais seroutra coisa. (…) A novidade é que hoje se admite pen-sar o mundo a partir dela. Já se pode dormir com ela.

(Luis Fernando Veríssimo. Jornal Zero Hora,29/11/07. Destaques nossos.)

O enunciador afirma que “Os americanos não podemajudar dessa vez”. Indique quais das proposições abaixoservem como argumento para sustentar essa afirmação:

I. Há um sentimento generalizado, mesmo que nãoseja dito, que a maior parte da população do mun-do é lixo.

II. … a fronteira maluca ziguezagueia dentro dos Esta-dos Unidos também.

III. [As fronteiras econômicas] separam bairros, dividemruas, são fluidas e ondulantes…

A) apenas I e II. D) I, II e III.B) apenas I e III. E) apenas II.C) apenas II e III.

No primeiro parágrafo do texto, o plural dos substanti-vos próprios, observado em “Mais de uma vez por diavocê passa por flóridas, suíças, bangladeshes, algumasbolívias…” indica:

A) a universalização das condições desses lugares, quepassariam a afetar todas as nações em desenvolvi-mento.

B) a universalização das contradições entre esses luga-res — que, no Brasil, por exemplo, convivem lado alado e são observáveis cotidianamente.

C) a restrição das condições desses lugares, que agorasão limitadas a determinadas fronteiras econômicas.

D) a restrição das condições desses lugares a um períme-tro bem definido: as nações que faziam parte da ex-tinta URSS.

E) a confirmação da aceitação cínica de que a maior par-te da população do mundo é lixo.

Leia o poema a seguir para responder às questões 21 e 22

Porquinho-da-índiaQuando eu tinha seis anosGanhei um porquinho-da-índia.Que dor de coração me davaPorque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!Levava ele pra salaPra os lugares mais bonitos mais limpinhosEle não gostava:Queria era estar debaixo do fogão.Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas…

— O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira[namorada.

(Manuel Bandeira, Libertinagem)

Sobre o emprego das formas verbais no poema, é corre-to afirmar que:

A) “tinha” indica uma ação concomitante a “ganhei”.B) “dava” sugere uma ação em curso, da mesma forma

que “ganhei”. C) “levava” e “queria” não estão no mesmo tempo ver-

bal.D) “era” e “fazia” sugerem ações pontuais, que não se

estendem pela linha do tempo.E) “gostava” e “foi” exprimem ações durativas, que se

repetem no passado.

Assinale a alternativa correta a respeito das escolhas le-xicais feitas pelo enunciador:

A) O emprego de “bichinho”, no quarto verso, mostra amaneira pejorativa como o enunciador se refere aseu porquinho-da-índia.

B) O pronome “ele”, no quinto verso, é um indicativoda variante culta do português empregada pelo enun-ciador.

C) Os adjetivos “bonitos” e “limpinhos” são usados pa-ra indicar um lugar mais aconchegante que “debaixodo fogão”.

D) O diminutivo, em “ternurinhas”, produz efeito de sen-tido idêntico ao de “porquinho”, no título do poe-ma.

E) O substantivo “namorada” está sendo usado em sen-tido literal e sugere a reciprocidade dos afetos entreo enunciador e seu “porquinho”.

Texto para a questão 23

Não vai sobrar migalha

A receita é simples: fruta, farofa e forno. Mas não vá di-zer isso com o crumble na boca. E antes de agarrar a pri-meira fruta e correr para o fogão, dê uma olhada nosmandamentos do bom crumble, que estão aí embaixo.(…)

1. Escolha a fruta: prefira as menos aguadas. As que com-binam melhor com a farofa doce são maçã, pêssego,ruibarbo, marmelo, pera e ameixa. Corte em peda-ços e caramelize antes de colocar no refratário.

2. Hora de fazer a farofa. O segredo é usar manteigafria, cortada em cubos. Se a manteiga estiver em tem-peratura ambiente, em vez de farofa você vai prepa-rar uma pasta nada crocante, um anticrumble.

3. Depois de misturar os ingredientes da farofa, acres-cente especiarias e castanhas. Baunilha, canela, no-zes e castanha-do-pará vão bem. Leve ao forno atédourar e sirva quente com sorvete, chantilly ou cre-me inglês.

(O Estado de S. Paulo, 25/6/2009. Caderno Paladar, p. P1.)

Questão 22▼▼


Questão 19▼▼


Esse texto, publicado num suplemento jornalístico dedi-cado à gastronomia, destina-se mais a aguçar a curiosi-dade do leitor a respeito de determinado prato do quea fornecer com precisão os dados necessários para o seupreparo. Assinale a alternativa incorreta a respeito dotexto:A) As indicações “fruta, farofa e forno” sugerem que o

termo “receita” não deve ser interpretado com o ri-gor com que é usado para designar textos típicos des-se gênero.

B) Ao recomendar que as palavras “fruta, farofa e for-no” não sejam pronunciadas “com o crumble na bo-ca”, o enunciador dá uma pista de que se trata deum prato seco, e não pastoso.

C) O nome “mandamentos” foi empregado pelo enun-ciador para englobar, de modo criativo, os termos“ingredientes” e “modo de fazer” das receitas tradi-cionais.

D) Frutas aguadas, assim como manteiga amolecida, po-deriam desvirtuar a receita do crumble, que deve terconsistência de farofa.

E) Como é habitual no gênero receita, usaram-se verbosno modo imperativo (escolha, acrescente), entretan-to não foram mencionadas medidas dos ingredientescitados.


Até o século XX, a corpulência foi símbolo de bem--estar, saúde e plenitude, e era vista como modelo debom aspecto físico (…).

O corpo curvilíneo da década de 1950 surgiu comometa de restauração patriarcal contra a emancipaçãofeminina e como produto da negociação sexual, paraque as mulheres, adotando essa figura, se sentissem aomesmo tempo divas e donas de casa. Com os movimen-tos juvenis dos anos 60, as formas ideais do corpo femi-nino adotaram a juventude, a magreza, a ingenuidadecomo suas grandes aliadas, até que nos anos 70 se divul-gou o ideal longilíneo e vagamente “unissex”, ambiva-lente e estilizado. Essa série de transformações prosse-guiu, e os anos 80 impuseram uma silhueta nova e con-trastante: atlética e geométrica, que durante a décadade 90 chegou a converter-se em ideal andrógino e dra-mático. E assim o círculo se completa: na sociedade con-sumista contemporânea, a linha esbelta inverte o valordos atributos de saúde e plenitude.

(Andrea Saltzman, El cuerpo diseñado. Buenos Ayres:Paidós, 2004, p. 33-34. Tradução livre.)

O texto contém o registro de mudanças ocorridas noideal de corpo feminino desde o final do século XIX,atribuindo-as a diversos fatores. Não foi citada, entre-tanto, nenhuma relação entre modelo de silhueta e: A) ideologia dominante.B) papel social atribuído à mulher.C) exibição de boas condições financeiras.D) padrões de nutrição. E) obediência a padrões coletivos.

O período compreendido do início do século XX até adécada de 1950 foi omitido no texto, substituído pelosinal (…). Essa lacuna poderia ser corretamente preen-chida com informações sobre o período em que: A) as mulheres lutaram por sua emancipação, insurgin-

do-se temporariamente contra o modelo familiar pa-triarcal opressor.

B) a Primeira e a Segunda Guerra impuseram grandesmudanças nos hábitos alimentares da população mun-dial, pondo em moda a magreza.

C) as mulheres conquistaram posições de comando nomercado de trabalho, tendo de abrir mão das formascaracterísticas de sua feminilidade.

D) as mulheres assumiram a responsabilidade pelo sus-tento da família, deixando de se ocupar de questõesmenores, como a moda.

E) o padrão “gordura é formosura” foi desbancado porum modelo de corpo feminino mais ágil, de linhasdespojadas, compatível com os ideais de vanguarda.

Para responder às questões 26 e 27, leia atentamente oexcerto a seguir, extraído do discurso proferido pelo crí-tico literário brasileiro Antonio Candido na inauguraçãoda biblioteca da Escola Nacional Florestan Fernandes, em8 de agosto de 2006:

Muitos pensam que ao trabalhador basta um pou-co de instrução e de conhecimentos profissionais, poisarte e literatura são coisas para as outras classes. E hácasos extremos em que a própria instrução lhe é nega-da. Lembro que, no meu tempo de menino e adolescen-te no interior de Minas, havia fazendeiros que não per-mitiam a abertura de escolas rurais em suas proprieda-des, porque, diziam, sabendo ler, escrever e fazer as qua-tro operações os empregados começariam a discutir ascontas… Isso mostra que de fato saber é poder e mos-tra a força libertadora da instrução, que leva os deten-tores dos meios de produção a limitá-la freqüentemen-te em relação aos seus dependentes, porque queremconfiná-los ao universo do puro trabalho, apenas dotrabalho.

Assinale a alternativa incorreta:A) Segundo o autor do texto, o desejo de subjugar leva

alguns patrões ao cúmulo de negar instrução a seusempregados.

B) O autor não compactua com os interesses dos pa-trões que preferem seus empregados mergulhadosapenas no universo do puro trabalho.

C) Fazendeiros incluem-se na categoria dos detentoresdos meios de produção, enquanto empregados seenquadram na de dependentes.

D) Dizer “Isso mostra que de fato saber é poder” não éo mesmo que dizer “Isso mostra o fato de que saberé poder”.

E) O autor do texto sugere que os fazendeiros do inte-rior de Minas por ele citados não têm consciência deque a instrução liberta.

Questão 26▼▼

Questão 25▼▼



Releia a passagem do texto:

Muitos pensam que ao trabalhador basta um pouco deinstrução e de conhecimentos profissionais, pois arte eliteratura são coisas para as outras classes. E há casosextremos em que a própria instrução lhe é negada.

Assinale a alternativa que traz uma reformulação válidadessa passagem:A) Na opinião de muitos, ao trabalhador pode ser negado

o acesso à arte e à literatura, já que, para assegurar suasobrevivência, um pouco de instrução e de formaçãoprofissional lhe basta. Há ainda aqueles que pensamque até a instrução básica lhe deve ser negada.

B) O trabalhador pensa que pode prescindir da arte eda literatura porque, para ele, a instrução básica e aformação profissional bastam para assegurar a pró-pria sobrevivência, não podendo, portanto, dar-se aoextremo de se negar a ter acesso a ela.

C) As outras classes precisam da arte e da literatura,além da formação profissional, para assegurar a pró-pria sobrevivência e para não negar ao trabalhadora instrução básica que lhe é imprescindível.

D) As outras classes e a classe trabalhadora não necessi-tam da arte e da literatura para assegurar a própriasobrevivência, e sim da instrução básica e da forma-ção profissional, que às vezes lhes são negadas, àsvezes não.

E) As outras classes, ao contrário da classe trabalhado-ra, não precisam, para assegurar a própria sobrevi-vência, da instrução básica, que lhes pode inclusiveser negada. A formação profissional, as artes e a lite-ratura, para elas, são mais importantes.


Blog é uma corruptela de weblog, expressão que po-de ser traduzida como “arquivo de rede”. Os blogs sur-giram em agosto de 1999 com a utilização do softwareBlogger. O software fora concebido como uma alterna-tiva popular para a publicação de textos on-line, umavez que a ferramenta dispensava o conhecimento espe-cializado em computação. A facilidade para a edição,atualização e manutenção dos textos em rede foram —e são — os principais atributos para o sucesso e a difu-são dessa chamada ferramenta de auto-expressão. A fer-ramenta permite, também, a convivência de múltiplassemioses, a exemplo de textos escritos, imagens (fotos,desenhos, animações) e som (músicas, principalmente).

(Luiz Antônio Marcuschi e Antônio Carlos Xavier (orgs.).Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro:

Lucerna, 2004, p. 111.)

A alternativa que analisa corretamente o texto é:A) O software Blogger não foi criado para ser uma al-

ternativa barata para a publicação de textos.B) O Blogger é uma ferramenta popular porque não de-

manda o conhecimento que o especialista em infor-mática detém.

C) Edição, atualização e manutenção de textos em redenão podem ser consideradas as características demaior sucesso do Blogger.

D) O blog é o único gênero virtual em que linguagensdiferentes se combinam.

E) O blog é o melhor gênero virtual para a auto-expres-são.


Sem a computação não seria possível toda a pesqui-sa da moderna biologia molecular. Os programas de com-putador viabilizam a comparação entre as seqüênciasdescobertas e padrões genéticos já conhecidos, armaze-nados em bancos de dados disponíveis na Internet. Ovolume de dados é tão grande que fazer a comparação“manualmente” fica cada dia mais inviável. Para se teruma idéia, a quantidade de informação armazenada noGenBank, o maior banco de dados internacional de se-qüências genéticas, praticamente dobra a cada ano.

(Texto adaptado de Com Ciência, Revista Eletrônicade Jornalismo Científico. Agosto de 2005.)

Segundo o texto, pode-se dizer que:A) a informática é importante para o estudo da genéti-

ca porque permite comparar entre si um grande vo-lume de informações.

B) a importância da informática na área da genéticanão é maior do que em outras áreas de conhecimen-to.

C) a informatização ocorrida no campo de trabalho dagenética reduziu o número de cientistas que faziamas pesquisas “manualmente”.

D) a informatização das pesquisas em genética acabacriando uma elitização, já que só os detentores dosprogramas podem desenvolver as pesquisas.

E) a computação permite que um enorme volume dedados esteja acessível a qualquer pessoa.


Será realizado hoje no Colorado o primeiro trans-plante de rim em que o doador e o receptor se conhe-ceram pela Internet. A cirurgia selará o final feliz deuma história que poderia ter um fim muito diferente.Apesar disso, a doação de órgãos e a procura de doado-res via Web causa polêmica e é uma questão que estádistante de ser solucionada. A busca de doadores atra-vés da Internet é um assunto que preocupa os médicosfaz muito tempo. Eles temem que a escassez de órgãosdisponíveis e as longas listas de espera tornem os trans-plantes um bazar cibernético e um leilão nos quais ven-ce a melhor oferta, não o doente que precisa mais dacirurgia.

(Texto adaptado da sessão “Informática” do grupo Terra.www.terra.com.br, 20/10/2004.)

De acordo com o texto:A) o Colorado é o primeiro lugar em que ocorre um trans-

plante de rim por meio da internet. B) os médicos não apóiam de modo algum a busca de

doadores pela Internet.C) a busca de doadores pela Internet pode provocar a

escassez de órgãos disponíveis.

Questão 30▼▼

Questão 29▼▼



D) a procura de doadores via Web é negativa porquesempre se transforma num bazar cibernético ou numleilão.

E) se o transplante se transformar em um bazar ciber-nético ou leilão, o dinheiro passará a ser mais impor-tante do que a necessidade do paciente.

Texto para a questão 31O comércio eletrônico deve faturar R$140 milhões

com o dia das Mães (…). O valor representa aumento de50% em relação aos R$92 milhões registrados no anopassado. Os R$140 milhões referem-se às vendas reali-zadas entre 29 de abril e 13 de maio. A lista de produ-tos favoritos é composta por CDs, livros, câmeras digi-tais e telefones celulares.

(Folha Online Informática, 5/5/2006.)

Marque a alternativa que interpreta corretamente otexto:A) Houve um aumento de 50% nas vendas do comércio

em geral no dia das Mães.B) O comércio eletrônico está ganhando importância

na economia nacional.C) As vendas em 2005 foram mais significativas do que

as de 2006.D) O comércio eletrônico é mais rentável do que o co-

mércio fora da rede.E) O comércio eletrônico aumentou 50% em relação ao

comércio fora da rede.

A mensagem a seguir foi reproduzida de um spam e, co-mo várias informações que circulam na Internet, podeconter dados verdadeiros ou não. Leia-a para responderà questão 32:A Universidade da Bahia cobrou dos candidatos, numvestibular, a interpretação dos seguintes versos de umsoneto de Camões:

“Amor é fogo que arde sem se ver,é ferida que dói e não se sente,é um contentamento descontente,dor que desatina sem doer.”

Uma vestibulanda de 16 anos deu esta resposta:“Ah, Camões! Se vivesses hoje em dia,tomavas uns antipiréticos,uns quantos analgésicose Prozac para a depressão.Compravas um computador,consultavas a Internet e descobririas queessas dores que sentiasesses calores que te abrasavam,essas mudanças de humor repentinas,esses desatinos sem nexonão eram feridas de amor, mas somente falta de sexo.”

Levando em conta o confronto entre os textos citadosno “spam”, só não é correto afirmar que:A) o texto da garota é uma paródia do texto do poeta

clássico português. B) a resposta da garota traz o texto de Camões para o

contexto das tecnologias digitais.

C) no texto de Camões o amor é visto de uma perspecti-va mais emocional.

D) no mundo moderno o amor ganha uma dimensãomais racional.

E) na resposta da garota não fica implícito que aInternet pode explicar as dores de amor.

Observe a seguinte definição de senso comum (extraídade Aranha, M.L. A & Martins, M. H. P. Filosofando: in-trodução à filosofia. São Paulo: Ed. Moderna, 1995):Chamamos senso comum ao conhecimento adquiridopela tradição, herdado dos antepassados (...). O sensocomum não é refletido e se encontra misturado a cren-ças e preconceitos. É um conhecimento ingênuo (não--crítico), fragmentário (porque difuso, assistemático emuitas vezes sujeito a incoerências) e conservador (re-siste a mudanças).

Assinale a alternativa cujo trecho se ajusta ao conceitode “senso comum” tal como foi definido acima: A) A voz do povo

é a voz de Deus…Que povo?Que deus?O que beijou Stálin?O que delirou com Hitler?

(Álvaro de Lucca) B) O que há de mais familiar e mais conhecido do que o

tempo? Mas, o que é o tempo? Quando quero expli-cá-lo, eu não encontro explicação.

(Santo Agostinho, Confissões)C) O povo não sabe votar. Quando vota, invariavelmen-

te vota em candidatos populares que, justamentepor agradarem ao povo, não podem ser boa coisa.

(Luís Fernando Veríssimo)D) Em questões de consciência a lei da maioria não conta.

(Mahatma Gandhi)E) Nós vos pedimos com insistência:

Nunca digam — Isso é natural! (…)Não digam nunca: Isso é natural! A fim de que nada passe a ser imutável.

(Bertolt Brecht)

O que é Justiça? Essa é uma pergunta que se faz no livroA República de Platão. Céfalo, interlocutor do filósofoSócrates, responde de maneira óbvia: é justo restituir aquem de direito o que lhe pertence. Imediatamente,Sócrates coloca-o num dilema: se um amigo solicita queguardemos uma arma e depois a pede de volta, é justoque lhe devolvamos; mas se ele nos pedir a arma nummomento de descontrole emocional, é justo que lhe de-volvamos?

Assinale a alternativa que apresenta um dilema seme-lhante — em que, devido à circunstância, aquilo quepareceria condenável pode ser aceitável eticamente: A) Um namorado, com medo de ofender a namorada,

conta uma mentira para manter em harmonia a rela-ção amorosa.

B) A mulher de um político corrupto confirma uma men-tira do marido por obrigação matrimonial.

Questão 34▼▼

Questão 33▼▼

Questão 32▼▼

Questão 31▼▼


C) Uma mãe, por obrigação maternal, confirma umamentira do filho, para que ele não sofra punições naescola.

D) Uma medida econômica drástica deve ser tomada, eo presidente nega o fato, para não gerar especulaçãofinanceira.

E) Um médico desmente um diagnóstico terminal paraum paciente que se mostra interessado em saber averdade.

Leia os textos a seguir:

Texto IO plano da realidade (…) tem a função específica

de fornecer as coordenadas da ação, indicando o tempocronológico linear da história. Ao reduzi-lo aos elemen-tos essenciais, sempre através de flashes, Nelson quisdeixar bem claro que eram outras suas ambições artísti-cas. O que povoa o palco são os planos da memória eda alucinação — campo exploratório privilegiado peloautor.

(Sábato Magaldi)

Texto II(Começa o terceiro ato com o teatro em trevas. Clessi eAlaíde ao microfone.)Clessi (microfone) — Talvez você não tenha assassinadoseu marido.Alaíde (microfone) — Mas eu me lembro! Foi com umferro — bati na base do crânio! Aqui.Clessi (microfone) — Às vezes, pode ter sido sonho! Alaíde (microfone, com acento doloroso) — Sonho, se-rá? Estou com a cabeça tão virada! Pode ser que tudotenha ficado só na vontade!Clessi (microfone) — Então aconteceu o quê, na igreja?

(Vestido de Noiva, Nelson Rodrigues)

Considerando o trecho da peça Vestido de Noiva e ofragmento explicativo do crítico Sábato Magaldi sobreos três planos (realidade, memória e alucinação) propos-tos pelo dramaturgo para essa peça, assinale a alterna-tiva correta: A) Segundo Sábato Magaldi, as pretensões artísticas de

Nelson Rodrigues iam muito além do simples retratoda realidade, idéia contrariada pelo fragmento dapeça, que se passa totalmente nesse plano.

B) A utilização de um microfone, indicada nas rubricasdo texto, deixa claro que a cena só pode se passar noplano da memória, que, para o crítico, foi o planoprivilegiado pelo dramaturgo.

C) O trecho transcrito da peça parece fazer parte daalucinação da personagem Alaíde, que não tem cer-teza se assassinou ou não seu marido. Assim, o diálo-go entre ela e Clessi confirma as impressões do críti-co.

D) A realidade do assassinato do marido da personagemAlaíde, revelada em flashes no trecho transcrito, estáreduzida aos seus elementos essenciais, como afirmaSábato Magaldi.

E) As coordenadas da ação, que valorizam o tempo cro-nológico, estão muito bem estabelecidas na cenatranscrita, quando Alaíde e Clessi refletem, no planoda memória, sobre o assassinato do marido desta.


Sala ricamente adornada: mesa, consolos, mangasde vidro, jarras com flores, cortinas, etc., etc. No fundo,porta de saída, uma janela, etc., etc.

CENA I

AMBRÓSIO, só de calça preta e chambre — No mundo afortuna é para quem sabe adquiri-la. Pintam-na cega…Que simplicidade! Cego é aquele que não tem inteligên-cia para vê-la e a alcançar. Todo homem pode ser rico,se atinar com o verdadeiro caminho da fortuna. Vonta-de forte, perseverança e pertinácia são poderosos auxi-liares. Qual o homem que, resolvido a empregar todosos meios, não consegue enriquecer-se? Em mim se vê oexemplo. Há oito anos, eu era pobre e miserável, e hojesou rico, e mais ainda serei. O como não importa; nobom resultado está o mérito… Mas um dia pode tudomudar. Oh, que temo eu? Se em algum tempo tiver queresponder pelos meus atos, o ouro justificar-me-á e se-rei limpo de culpa. As leis criminais fizeram-se para ospobres…

(O Noviço, Martins Pena)

A partir da leitura da fala da personagem Ambrósio,que dá início à peça de Martins Pena, é possível afirmarque:A) Ambrósio era rico no passado e perdeu toda a sua

fortuna por ter sido condenado pela ação das leis cri-minais, que, segundo ele, fizeram-se para os pobres.

B) Ambrósio acredita que adquirir fortuna é simplesmen-te uma questão de inteligência e que o trabalho ho-nesto pode ser um poderoso aliado daquele que adeseja.

C) Ambrósio anseia por se tornar rico e, para isso, estádisposto a empregar todos os meios necessários, umavez que está cansado de ser pobre.

D) Ambrósio acredita que todas as pessoas podem enri-quecer e se apresenta como um exemplo, já que erapobre e miserável e, passados oito anos, tornou-se ri-co.

E) Ambrósio assume que se utilizou de meios ilícitos pa-ra enriquecer e está tão arrependido que se dispõe aresponder por seus atos perante a justiça.

Com um arranjo fortemente influenciado pelas composi-ções dos Beatles, e considerada um dos marcos iniciaisdo movimento da Tropicália, a música “Alegria, Alegria”,composta por Caetano Veloso em 1967, tem uma rela-ção muito íntima com um momento específico da histó-ria do Brasil:

(…)Ela nem sabe até penseiEm cantar na televisãoO Sol é tão bonitoEu vou…

Sem lenço, sem documento,Nada no bolso ou nas mãos,Eu quero seguir vivendo, amor (…).

Questão 37▼▼

Questão 36▼▼

Questão 35▼▼


Assinale a alternativa que apresente a correlação corre-ta entre a letra da canção e o momento histórico-políti-co a que ela faz referência: A) A letra é uma crítica direta à falta de dinheiro do bra-

sileiro durante o período de hiperinflação do PlanoCruzado, o que explica o “nada no bolso ou nasmãos”.

B) A canção menciona a alienação do brasileiro, maispreocupado com a paisagem e a natureza (“o Sol étão bonito”), do que com questões políticas duranteo governo de Juscelino.

C) A música critica a forte influência da televisão sobrea vida do cidadão brasileiro no período da Nova Re-pública, nos versos: “Ela nem sabe até pensei / Emcantar na televisão”.

D) A letra parece funcionar como uma reação ao exces-so de controle exercido pela ditadura militar sobre ocidadão, valorizando a autenticidade de uma vida“sem lenço e sem documento”.

E) O período do Estado Novo e a participação do Brasilna Segunda Guerra Mundial são diretamente critica-dos pela canção, sobretudo por causa do verso “Euquero seguir vivendo, amor”.

Textos para a questão 38

Texto I Não temos castelos feudais, nem essas justas, tor-

neios, lidas e combates de ricos homens, de infanções*e cavaleiros, seguidos de seus escudeiros, pajens e peões,montando seus corcéis andaluzes […], mas possuiremosa idade desses povos primitivos, com todas as suas tradi-ções, costumes, usanças e crenças, cheias de um maravi-lhoso verdadeiramente poético.

(Joaquim Norberto, “Considerações gerais sobre a literatura brasileira”. Minerva Brasileira, I, p. 415-417.)

*Infanção: antigo título de nobreza, inferior ao de fidalgo.

Texto II Falam nos gemidos da noite no sertão, nas tradições

das raças perdidas das florestas, nas torrentes das serra-nias, como se lá tivessem dormido ao menos uma noite,como se acordassem procurando túmulos, e perguntan-do, como Hamlet no cemitério, a cada caveira do deser-to o seu passado.

Mentidos! […] nos mangues e nas águas do Amazo-nas e do Orenoco há mais mosquitos e sezões* do queinspiração.

(Álvares de Azevedo, Macário. Em: Obras completas. Rio de Janeiro: Garnier, 1900, p. 243-244.)

*Sezões: malária.

Ambos os textos foram escritos na época do Romantis-mo e abordam uma de suas questões centrais no Brasil.Sobre eles, é correto dizer que: A) o texto I propõe a incorporação plena do medievalis-

mo europeu pela literatura brasileira, ao contráriodo texto II, que condena essa proposta.

B) comentam, em perspectivas opostas, a estratégia deelaborar uma literatura nacional que encontrasse te-mas locais equivalentes aos da tradição romântica daEuropa.

C) o texto I elogia a história medieval, como se nota nasexpressões “castelos feudais” e “ricos homens”, e cri-tica a cultura dos índios, chamados de “povos primi-tivos”; o texto II condena a cultura indígena em fa-vor da européia.

D) rejeitam a possibilidade de compor uma literatura na-cional no Brasil, pela inexistência do período medie-val na história do país.

E) mostram que a cultura européia era pouco importan-te para o Romantismo brasileiro, preocupado com aconstrução de uma literatura inteiramente nacional.


Vício na falaPara dizerem milho dizem mioPara melhor dizem mióPara pior pióPara telha dizem teiaPara telhado dizem teiadoE vão fazendo telhados.

O poema acima integra o livro Pau-Brasil (1925), do es-critor modernista Oswald de Andrade. Assinale a alterna-tiva que melhor descreve um ou mais aspectos moder-nistas nele presentes: A) uso de neologismo para censurar a linguagem popu-

lar, que corrompe a pronúncia correta das palavras. B) apuro com a métrica, como se percebe na gradação

decrescente (do primeiro ao terceiro verso) e crescen-te (do quarto ao sexto) do número de sílabas poéti-cas.

C) exploração da vivacidade da linguagem formal, emoposição à frieza do coloquialismo.

D) emprego de linguagem concisa (revelada pelo uso dosujeito indeterminado), para manifestar desprezo doeu lírico por grupos sociais pobres.

E) repetição de palavras e uso de linguagem coloquial,como meios de construção poética e, portanto, devalorização da cultura popular.

Em 1572, Luís de Camões publicou Os Lusíadas, longopoema narrativo sobre a viagem de Vasco da Gama àsÍndias. Alguns anos mais tarde, surgiu uma “nova” ver-são do Canto I do poema camoniano. Leia a estrofe ini-cial de cada obra e assinale a alternativa correta:

Texto I

As armas e os barões assinaladosQue, da Ocidental praia Lusitana,Por mares nunca de antes navegadosPassaram ainda além da Tapobrana*,E em perigos e guerras esforçados,Mais do que prometia a força humana,Entre gente remota edificaramNovo reino, que tanto sublimaram (…).

(Luís de Camões, Os Lusíadas. Ed. de Emanuel Paulo Ramos. Porto: Porto Editora, s. d., p. 53.)

*Tapobrana: atual Sri-Lanka.

Questão 40▼▼

Questão 39▼▼

Questão 38▼▼


Texto II

Borrachas1, borrachões2 assinalados,Que de Alcochete3 junto a Villa Franca4,Por mares nunca de antes navegadosPassaram ainda além de Peramanca5,Em pagodes e ceias esforçados,Mais do que se permite a gente branca,Em Évora cidade se alojaram,Onde pipas e quartos despejaram.

(Festas bacanais (...). Apud Sheila Moura Hue. Antologia de poesia portuguesa: Camões entre

seus contemporâneos. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007, p. 140.)

1. borracha: bolsa para guardar vinho. 2. borrachão: beberrão. 3. Alcochete: vila próxima de Lisboa.4. Villa Franca: cidade vizinha de Lisboa.5. Peramanca: localidade produtora de vinhos, situada entre

Lisboa e Évora.

A) Embora os assuntos dos textos I e II sejam, respecti-vamente, sério e jocoso, ambos são exemplos proto-típicos do gênero da epopéia.

B) O texto I menciona feitos realizados pela nobreza lu-sitana, em linguagem simples, como prevê o gêneroépico; o texto II alude a bêbados e festas, em lingua-gem elevada, conforme as regras da sátira.

C) O texto II incorpora a estrutura sintática e estróficado texto I; por isso, pode-se dizer que ambos perten-cem ao mesmo gênero poético.

D) O texto II adota a organização sintática e estróficado texto I, substituindo o assunto elevado por um jo-coso; trata-se de paródia de uma epopéia.

E) O texto II é emulação artística do texto I, isto é, pro-cura imitar o texto I para superá-lo como composiçãopoética.


Fala

Tudoserá difícil de dizer:a palavra realnunca é suave.

Tudo será duro:luz impiedosaexcessiva vivênciaconsciência demais do ser.

Tudo serácapaz de ferir. Seráagressivamente real.Tão real que nos despedaça.

Não há piedade nos signose nem no amor: o seré excessivamente lúcidoe a palavra é densa e nos fere.

(Toda palavra é crueldade)(Orides Fontela)

Esse poema apresenta uma concepção de linguagemadotada em alguns movimentos literários célebres. Emqual das alternativas a seguir é possível perceber umaconcepção da linguagem semelhante à expressa nessesversos?

A) “Escreverá talvez as asperezas, mas é delas que a vidaé feita: inútil negá-las, contorná-las, envolvê-las emgaze.”

B) “Nomear um objeto significa suprimir as três quartaspartes do gozo de uma poesia, que consiste no pra-zer de adivinhar pouco a pouco. Sugerir, eis o sonho.”

C) “A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural eneológica. A contribuição milionária de todos os er-ros. Como falamos. Como somos.”

D) “Marinetti foi grande quando redescobriu o podersugestivo, associativo, simbólico, universal, musicalda palavra em liberdade.”

E) “Quanto à forma (…) nenhuma ordem seguimos; ex-primindo as idéias como elas se apresentaram, paranão destruir o acento da inspiração (…)”

Considere a imagem e o texto que a segue:

Essa gravura, conhecida pelo título de Os sonhos da ra-zão produz monstros, faz parte de uma série intituladaOs Caprichos, do pintor espanhol Francisco de Goya(1746-1828), composta entre 1798 e 1799. Nela, o artis-ta se vale de símbolos como a coruja — que sugere a ra-cionalidade e a capacidade de analisar e julgar a rea-lidade —, o morcego — que representa o lado sombriodo homem — e o gato — que é capaz de se manter emvigília sem ser submisso.

Questão 42▼▼

Questão 41▼▼


Sabendo disso, assinale a alternativa em que se apre-senta uma interpretação aceitável dessa imagem:

A) A tela manifesta uma visão crítica da racionalidade,pois a submissão à coruja pode produzir monstros,representados pelos morcegos. Assim, deve-se ter,como o gato, uma postura de vigília seletiva.

B) Há somente uma visão exclusivamente negativa emrelação à razão, já que a imagem de corujas com as-pecto sinistro, sobre o homem que dorme, destaca asubmissão humana à racionalidade.

C) Há uma visão positiva do sonho e da fantasia, umavez que o ócio criativo (sugerido pela figura do poetaque dorme) só se realiza no momento de relaxamen-to da razão.

D) Existe uma contradição entre o título e a gravura: notítulo, observa-se uma crítica à razão; na imagem,por sua vez, a posição do coruja acima do homem in-dica que ele deve ser guiado pela razão.

E) A razão está sendo vista de forma neutra; afinal, opintor apenas representa uma característica naturalda espécie humana: quando dormimos, temos a ca-pacidade ou de sonhar, ou de ter pesadelos.

No século XX, o tema do sono da razão será retomadoem outra perspectiva. Influenciados pelas idéias de Freud,os surrealistas propõem valer-se de imagens do incons-ciente para criar uma “supra-realidade” densa de signi-ficados. Assim se expressava André Breton, em 1924, noseu Manifesto do Surrealismo: “O sonho não pode sertambém aplicado à solução das questões fundamentaisda vida?”. Assinale a alternativa que contém uma ima-gem composta segundo as propostas do movimento sur-realista:A)

O caipira

B)

O nascimento de Vênus

C)

Aniversário

D)

Composition in Red, Yellow and Blue

E)

Peter Pan

Questão 43▼▼


A letra da canção reproduzida a seguir serve de basepara as questões 44 e 45:

Baião

Eu vou mostrar pra vocêsComo se dança o baião,E quem quiser aprenderÉ favor prestar atenção.

Morena, chega pra cá,Bem junto ao meu coração,Agora é só me seguir,Pois eu vou dançar o baião.

Eu já dancei balancê,Chamego, samba e xerém,Mas o baião tem um quêQue as outras danças não têm.

Oi quem quiser é só dizer,Pois eu com satisfaçãoVou dançar cantando o baião.

Eu já cantei no Pará,Toquei sanfona em Belém,Cantei lá no CearáE sei o que me convém.

Por isso, eu quero afirmarCom toda convicçãoQue sou doido pelo baião.

(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)

A partir das referências que a canção faz à dança, é pos-sível concluir que:A) o baião, por ser uma dança tipicamente nordestina e

culturalmente autêntica, é considerado superior àsoutras.

B) mesmo reconhecendo a existência de outros ritmos,o narrador da canção demonstra sua preferência pe-lo baião.

C) as manifestações culturais de um país devem neces-sariamente obedecer aos interesses das classes popu-lares.

D) os ritmos brasileiros são considerados superiores aosinternacionais, tomados como indícios de colonialis-mo cultural.

E) a escolha do baião como dança genuinamente brasi-leira se deve ao fato de os compositores serem nor-destinos.

A letra da canção identifica o baião com certas regiõesdo Brasil. Isso significa que:A) o ritmo é exclusivamente nordestino.B) faz sucesso no país todo.C) a dança só é conhecida em Fortaleza e Belém.D) o gênero musical é exemplo da desregionalização

cultural.E) o baião já foi apresentado em lugares do Norte e do

Nordeste.

Questão 45▼▼

Questão 44▼▼



(UFRJ) — João não estudou para a prova de Matemáti-ca; por conta disso, não entendeu o enunciado da pri-meira questão. A questão era de múltipla escolha e da-va as seguintes opções:A) O problema tem duas soluções, ambas positivas.B) O problema tem duas soluções, uma positiva e outra

negativa.C) O problema tem mais de uma solução.D) O problema tem pelo menos uma solução.E) O problema tem exatamente uma solução positiva.

João sabia que só havia uma opção correta. Ele pensouum pouco e assinalou a resposta certa. Assinale a esco-lha feita por João.

Um evento será realizado numa quadra retangular com40 metros de comprimento e 25 metros de largura. Numdos cantos dessa quadra será construído um palco coma forma de um setor circular de 10 metros de raio, con-forme o esquema abaixo:

Adotando π = 3, e considerando que a ocupação médiapor metro quadrado, na platéia, deverá ser de 4 pes-soas, quantos ingressos, no máximo, deverão ser vendi-dos?A) 3200B) 3250C) 3450D) 3680E) 3700

(UFG) — Uma pequena empresa, especializada em fabri-car cintos e bolsas, produz mensalmente 1200 peças.Em um determinado mês, a quantidade de bolsas pro-duzidas foi três vezes a quantidade de cintos produzi-dos. Nesse caso, a quantidade de bolsas produzidas nes-se mês foiA) 300B) 450C) 600D) 750E) 900

Rascunho:

Questão 48▼▼

Platéia

Palco

10

10

40

25

Questão 47▼▼

Questão 46▼▼

EEE SSSAAANNNCCC OOOLLL IIIGGGEEETTT OOOSSSUUUAAASSSAAACCCIIITTTÁÁÁMMMEEEMMMAAATTT

O esquema a seguir mostra a entrada AB—

de uma fazen-da. Deseja-se construir um muro EB

—e instalar um portão

AE—

com eixo de rotação no ponto E, de modo que, aoser aberto, o portão encoste no pilar P.

Nessas condições, a alternativa que indica o comprimen-to, aproximado, que deve ter o portão, em metros, é

A) 4B) 5C) 6D) 7E) 8

Suponha que o gráfico abaixo represente o movimentooscilatório da parte superior do braço de um corredor,tendo como ponto fixo o ombro.

O gráfico representa a função y = f(x), em que x indica,em segundos, o tempo decorrido desde o início da ob-servação, e y o ângulo, em graus, entre a parte superiordo braço e a posição vertical do corpo. Considera-se y � 0quando o braço está à frente do corpo e y � 0 quandoo braço está atrás. A função y = f(x) pode ser represen-tada pela equação

A) y = senx.B) y = 30senx.C) y = 30sen(2πx).

D) y = 30sen(πx)

E) y = 30sen(2x).

Rascunho:

x

y

30

–301 2 3 4

Questão 50▼▼

A BE

5m

P

12 m

Questão 49▼▼


O índice de massa corporal (IMC) de uma pessoa cujamassa é m quilogramas e cuja altura é h metros é dado

por: IMC = . Para pessoas de idade superior a 20

anos, pode ser considerada a seguinte tabela:

Por essa tabela, uma pessoa de 30 anos com 1,70m dealtura tem certamente um IMC normal se sua massa m,em quilogramas, for tal queA) 43 � m � 53B) 49 � m � 55C) 49 � m � 60D) 54 � m � 72E) 60 � m � 87

Pedrinho foi a uma mina d’água com 5 garrafas vazias,cada uma com um litro de capacidade. Na mina, as gar-rafas eram enchidas por um filete de água com uma va-

zão de litro por minuto, e Pedrinho trocava a garra-

fa cheia por uma vazia sem perda de tempo. A figuraque melhor representa o gráfico do número n de garra-fas cheias em função do tempo t em minutos é:A)

B)

C)

D)

E)

(UFF) — Em uma bandeja há dez pastéis, dos quais trêssão de carne, três de queijo e quatro de camarão. Se Fa-biana retirar, aleatoriamente e sem reposição, dois pas-téis dessa bandeja, a probabilidade de os dois pastéisretirados serem de camarão é:

A)

B)

C)

D)

E)

A figura, cotada em metros, é o esboço de um terrenotriangular de esquina que foi dividido em dois lotes, I e II.

Adotando ��3 = 1,7, qual a área do lote II, em m2?

A) 255B) 340C) 425D) 510E) 620

Praça

Rua

Alp

ha

Rua Beta

20

20

30

10

I

II60º

Questão 54▼▼

45

23

215

425

325

Questão 53▼▼

n

t0

5

4

3

2

1

2 4 6 8 10

n

t0

5

4

3

2

1

2 4 6 8 10

n

t0

5

4

3

2

1

2 4 6 8 10

n

t0

5

4

3

2

1

2 4 6 8 10

n

t0

5

4

3

2

1

2 4 6 8 10

12

Questão 52▼▼

mh2

Questão 51▼▼


IMC � 18,5 abaixo do normal

18,5 � IMC � 25 normal

25 � IMC � 30 pré-obeso

30 � IMC � 35 obeso, classe I

35 � IMC � 40 obeso, classe II

IMC � 40 obeso, classe III

O gráfico na figura retrata a evolução dos casos de gri-pe A(H1N1) no Brasil, até o dia 23 de junho de 2009.

Com base no gráfico, podemos afirmar queA) o número de casos confirmados aumentou linear-

mente com o tempo, de 7/05/09 a 23/06/09.B) em cada um dos seguintes dias — 10/05, 13/05, 16/05,

19/05 e 22/05 — foram confirmados exatamente 3casos novos.

C) do dia 19/06 ao dia 23/06, o número de casos confir-mados aumentou com uma taxa média de pratica-mente 51 casos por dia.

D) já a partir do dia 19 de junho foi possível concluirque os números de casos confirmados a cada dia for-mariam uma progressão geométrica.

E) apenas a partir do dia 23 de junho foi possível con-cluir que os números de casos confirmados a cadadia formariam uma progressão aritmética.

Foram designados para uma Comissão Parlamentar deInquérito cinco senadores. Eles devem escolher entre sium presidente para a Comissão, sendo que cada sena-dor pode votar em até três nomes. Realizada a votação,em que cada um deles foi identificado por um númerode 1 a 5, os votos foram tabulados na matriz A = (aij),abaixo indicada. Na matriz A, cada elemento aij é iguala 1 (um), se i votou em j, e é igual a 0 (zero) caso con-trário.

O candidato mais votado foi o identificado pelo númeroA) 1B) 2C) 3D) 4E) 5

As primeiras unidades para medir comprimentos usa-vam o corpo humano como referência. Observe:

Como nossos corpos não são congruentes, para evitarconfusões, as unidades foram padronizadas. No sistemainglês, temos:

1 pé = jarda; 1 polegada = pé.

Vale lembrar que 1 polegada no sistema inglês equivalea 25 milímetros no sistema internacional. Canos e tubu-lações, em geral, têm suas medidas em polegadas. O es-quema seguinte representa um sistema de tubulaçãoem que deverão ser instalados canos de 1 polegada dediâmetro externo ao longo de uma extensão de 1,20metros.

O total de tubos a ser utilizado nessa instalação é:A) 28B) 32C) 36D) 48E) 52

1,20 m

1pol

112

13

jardainglesa

polegada

cúbitoesquerdo

pé romano

Questão 57▼▼

1

0111

01100

11000

00100

10001

A =

Questão 56▼▼

Ontem

24022.jun

21521.jun

18020.jun

13119.jun

74

2394

7.mai 22.mai 2.jun 15.jun

CASOSCONFIRMADOS

EVOLUÇÃO DA GRIPE SUÍNA

Número de casos no Brasilchegou a 334 ontem

Fonte: Folha de S.Paulo, 24/06/09

334

Questão 55▼▼


(UNESP) — Dois rapazes e duas moças irão viajar de ôni-bus, ocupando as poltronas de números 1 a 4, com 1 e 2juntas e 3 e 4 juntas, conforme o esquema.

O número de maneiras de ocupação dessas quatro pol-tronas, garantindo que, em duas poltronas juntas, aolado de uma moça sempre viaje um rapaz éA) 4B) 6C) 8D) 12E) 16

“Cocos” são células esféricas. Os “estreptococos” sãoum gênero de bactéria com forma de “coco” que cau-sam doenças no ser humano, tais como Faringite, Pneu-monia, Endocardite, Septicemia entre outras. Em mé-dia, apresentam diâmetro de 0,6µm. Nessas condições,sabendo que 1µm = 10–6m e adotando π = 3, o volumede uma dessas células, em m3, é:A) 1,08 ⋅ 10–20

B) 1,08 ⋅ 10–15

C) 1,08 ⋅ 10–16

D) 1,08 ⋅ 10–19

E) 1,08 ⋅ 10–21

Foi encontrado um pedaço de folha retangular, sem pau-tas, que estava rasgado. Quem encontrou o papel fezalgumas medidas no próprio pedaço, conforme indica-do a seguir.

Nessas condições, qual a medida do comprimento dafolha original, em centímetros?A) 27,9B) 25,2C) 25,0D) 24,3E) 22,4

(UFG) — Uma empresa de engenharia deseja construiruma estrada ligando os pontos A e B, que estão situa-dos em lados opostos de uma reserva florestal, comomostra a figura abaixo:

A empresa optou por construir dois trechos retilíneos,denotados pelos segmentos AC e CB, ambos com o mes-mo comprimento. Considerando que a distância de Aaté B, em linha reta, é igual ao dobro da distância de Ba D, o ângulo α, formado pelos dois trechos retilíneosda estrada, mede:A) 110ºB) 120ºC) 130ºD) 140ºE) 150º

Numa moderna usina, são montados fardos de algodãocom formato cúbico. Se em cada fardo são utilizados5600kg de algodão, e sabendo que os fardos têm den-sidade média de 700kg/m3, por conta das poderosasprensas das usinas, a medida, em metros, da aresta decada fardo cúbico é:A) 2B) 3C) 4D) 5E) 6

(UFMG-adaptada) — Sabe-se que os meses de janeiro,março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro têm31 dias. O dia 31 de março de um certo ano ocorreu nu-ma quarta-feira. Então, 15 de outubro naquele mesmoano foiA) segunda-feira.B) terça-feira.C) quarta-feira.D) quinta-feira.E) sexta-feira.

Questão 63▼▼

Questão 62▼▼

A

B

C D

α

Reservaflorestal

Questão 61▼▼

AB = 36 cm

2,1cm

14

24

3

3,0 cm

A

B

Questão 60▼▼

Questão 59▼▼

1 2

3 4

corredordo ônibus

Questão 58▼▼


Um menino propôs ao seu pai que lhe desse R$1,00 nodia 1o de janeiro e fosse, a cada mês, dobrando o valorda quantia dada, até o dia 1o de junho. No mês de ju-nho, ele compraria para seu pai, com o dinheiro acumu-lado, um presente de aniversário. O pai aceitou a pro-posta, desde que o filho lhe desse um presente que cus-tasse o dobro da quantia recebida no último pagamen-to. Se o acordo entre os dois for firmado, o menino da-rá a seu pai um presente que valeA) a metade do que recebeu.B) um doze avos do que recebeu.C) toda a quantia recebida.D) toda a quantia recebida mais R$1,00.E) toda a quantia recebida menos R$1,00.

Considere o tabuleiro de xadrez da figura, com desta-que para o cavalo na casa h1 e para as casas f2 e g3,que são as duas únicas casas que ele domina por estarna casa h1:

O movimento do cavalo tem a forma da letra “L”. Paracada jogada, pode mover-se duas casas em qualquersentido e, depois, uma casa numa direção perpendicu-lar. Se num determinado tabuleiro a área do quadradomaior é 576cm2, a soma das áreas das casas que um ca-valo posicionado na casa c6 domina, em cm2, é:A) 72B) 63C) 54D) 45E) 36

De cada um dos vértices de um cubo cuja aresta medexdm, com x � 2, foi retirado um cubinho de 1dm dearesta. O volume, em litros, do sólido remanescente é:A) (x – 2)3

B) (x – 2)(x2 + 2x + 4)C) (x – 1)(x2 + x + 1)D) x – 8E) x3 – 4

Rascunho:

Questão 66▼▼

8

7

6

5

4

3

2

1

a b c d e f g h

XX



O reservatório indicado na figura é formado por duaspartes cilíndricas de mesma altura, e a medida do raioda parte inferior é o dobro da medida do raio da partesuperior.

Se uma torneira com vazão constante enche a parte in-ferior em 10 minutos, em quantos minutos ela encheráa parte superior?A) 1B) 2C) 2,5D) 4E) 5

Na malha quadriculada da figura, a linha tracejada limi-ta a área de drenagem da bacia de um rio, em que aágua precipitada que não evapora ou não se infiltraprofundamente no solo escoa pelo canal C.

Se, na figura, a área de cada quadradinho equivale a0,1km2, a área de drenagem é, em quilômetros quadra-dos, aproximadamente igual a:A) 3,0B) 2,5C) 2,0D) 1,5E) 1,0

Rascunho:

C

Legenda:riolimite da área de drenagem



(UNIFESP) — Com relação ao número de casos de den-gue, o setor de vigilância sanitária de um determinadomunicípio registrou o seguinte quadro:

Em todo o período considerado, a variação foi de:A) –1%B) –0,1%C) 0%D) 0,1%E) 1%

(UNIFESP) — Duzentos e cinqüenta candidatos subme-teram-se a uma prova com 5 questões de múltipla esco-lha, cada questão com 3 alternativas e uma única res-posta correta. Admitindo-se que todos os candidatos as-sinalaram, para cada questão, uma única resposta, po-de-se afirmar que pelo menos:A) um candidato errou todas as respostas.B) dois candidatos assinalaram exatamente as mesmas

alternativas.C) um candidato acertou todas as respostas.D) a metade dos candidatos acertou mais de 50% das

respostas.E) a metade dos candidatos errou mais de 50% das res-

postas.

A figura seguinte, cotada em metros, é um esboço queindica um deck e o fundo de uma piscina, dividido nasregiões I, II e III.

Sabendo que o fundo tem a forma de um paralelogra-mo e que os arcos da figura são arcos de circunferência,adotando π = 3,14, qual a área, em metros quadrados,da região III?A) 443B) 886C) 296D) 387E) 643

Rascunho:

30

DECK

10

1010

I II

III

10

Questão 71▼▼

Questão 70▼▼

• em fevereiro, relativamente a janeiro, houve umaumento de 10% e

• em março, relativamente a fevereiro, houve umaredução de 10%.

Questão 69▼▼


João colocou numa xícara xmL de café e 100mL de lei-te, obtendo assim uma mistura de café com leite, cha-mada de pingado, cujo pH é 6. Suponha que o pH docafé seja 5,0 e o pH do leite seja 7,0. Como você devesaber, o potencial hidrogeniônico de uma solução édefinido por pH = –log[H+], em que [H+] denota a con-centração de H+ em mol por litro. Sendo assim, o valorde x é:A) 5B) 10C) 50D) 100E) 200

Em uma urna são colocadas 6 bolas de mesmo peso etamanho, numeradas de 1 a 6. Uma pessoa retira, aoacaso e sem reposição, duas bolas da urna. A probabili-dade de ocorrerem bolas com números consecutivos éigual a:

A)

B)

C)

D)

E)

O esboço seguinte destaca o trecho curvilíneo AB queinterliga dois trechos retilíneos no projeto de uma mon-tanha russa.

Sabendo que o trecho curvilíneo é parte de uma circun-ferência com centro no ponto C e adotando π = 3,14, amedida, em metros, desse trecho, é igual a:A) 3,14B) 6,28C) 12,56D) 25,12E) 50,24

Rascunho:

C

A

B

18 m18 m

40º

Questão 74▼▼

19

23

16

15

13



(UFSC-adaptada) — O efeito estufa é a retenção de ca-lor na Terra causada pela concentração de diversos ti-pos de gases na atmosfera. Segundo os cientistas, o re-sultado mais direto do efeito estufa será o aumento datemperatura do planeta em até 5,8ºC ao final de 100anos. Supondo que nos próximos 100 anos a temperatu-ra do planeta aumente linearmente em função do tem-po, então haverá um acréscimo de 2ºC nessa tempera-tura daqui a aproximadamenteA) 20 anosB) 28,3 anosC) 34,5 anosD) 43,4 anosE) 48,5 anos

A palavra “sextavado” pode significar hexagonal. Os pa-rafusos de cabeça sextavada são um bom exemplo dis-so. A figura seguinte, cotada em milímetros, representaum polígono regular da cabeça de um desses parafusos.

Nessas condições, o perímetro dessa parte da cabeça doparafuso, em mm, é aproximadamente igual a:A) 90B) 108C) 144D) 180E) 204

Um armário tem altura interna medindo 156,5cm. Ummarceneiro quer colocar nesse armário 5 prateleiras cor-tadas de uma tábua que tem 2,5cm de espessura. Nes-sas condições, qual será o espaço entre duas prateleiras,se todos os espaços no armário forem iguais?A) 18cmB) 20cmC) 24cmD) 25,5cmE) 28,8cm

Se 1 dólar vale hoje 2,5 reais e 1 euro vale hoje 3 reais,então 1 euro vale, hoje, quantos dólares?A) 1,8B) 1,5C) 1,6D) 1,4E) 1,2

Rascunho:

Questão 78▼▼

Questão 77▼▼

51



A professora Fabiana recebeu de seus alunos cinco afir-mações, indicadas nas alternativas a seguir. Assinale acorreta:A) Um triângulo isósceles pode ter dois ângulos inter-

nos com medidas 60º e 80º.B) Um triângulo retângulo e isósceles pode ter um ân-

gulo agudo medindo 50º.C) Um polígono regular pode ter 25º como medida de

um dos seus ângulos externos.D) Num polígono convexo de n lados, partem de cada

vértice (n – 3) diagonais.E) Se uma circunferência tem comprimento 20πcm, en-

tão nela pode-se inscrever um polígono convexo comum lado medindo 21cm.

(UFMS) — Uma empresa tem 18 funcionários. Um delespede demissão e é substituído por um funcionário de22 anos de idade. Com isso, a média das idades dos funcionários diminuidois anos. Daí conclui-se que a idade do funcionárioque se demitiu éA) 50 anos.B) 48 anos.C) 54 anos.D) 56 anos.E) 58 anos.

Uma determinada faculdade adotou o seguinte critériocom questões de múltipla escolha: três testes erradosanulam um correto. Se, dos 100 testes propostos, um alu-no obteve como resultado 64 testes válidos, ele haviaacertadoA) 67 testesB) 72 testesC) mais que 72 testesD) menos que 67 testesE) três quartos da prova

Em algumas situações, a técnica de datação por carbo-no-14 (14C) é usada para determinar a idade de fósseis.A fórmula N = 19035(2 – log10P) pode ser usada para fa-zer uma estimativa da idade N, em anos, de uma amos-tra arqueológica, em que ainda há presente P% daquantidade original de 14C. Nessas condições, se essaporcentagem for igual a 10%, então a idade, em anos,da amostra será próximo de:A) 570B) 1900C) 5700D) 19000E) 57000

Rascunho:

Questão 82▼▼

Questão 81▼▼



Um comerciante, em vez de dar 20% de desconto na úl-tima blusa do estoque, equivocou-se e a vendeu comum desconto de R$20,00. No fechamento do caixa, semdar-se conta do equívoco, sentiu falta de R$4,00. Nessascondições, a blusa deveria ter sido vendida, em reais,por:A) 56,00B) 62,00C) 64,00D) 68,00E) 70,00

Durante todo o ano de 2008, os lucros de uma empresativeram variação linear. Em janeiro foi de 30 mil reais;em fevereiro foi de 34 mil reais. Podemos concluir queo lucro total no primeiro semestre desse ano, em milha-res de reais, foi:A) 160B) 182C) 240D) 348E) 200

Um objeto foi lançado verticalmente num lago e, en-quanto submerso, sua profundidade, em metros, eradada por p(t) = 12t – 2t2, sendo t o tempo, em segun-dos, decorrido a partir do instante em que ele entrouna água. Nessas condições, podemos afirmar que a pro-fundidade máxima alcançada pelo objeto foi:A) 18 metrosB) 12 metrosC) 6 metrosD) 3 metrosE) 2 metros

O professor Sérgio, numa de suas aulas, pediu aos alu-nos que fizessem o seguinte:

1. Cada aluno pensasse em um número;2. Somasse a esse número o seu dobro;3. Somasse 12 a esse resultado;4. Dividisse por 3 o valor encontrado;5. Subtraísse desse último resultado o número em que

ele havia pensado.

Podemos afirmar que todos os alunos obtiveram comoresultadoA) um número ímpar.B) um número primo.C) um mesmo número.D) o número em que haviam pensado.E) um número negativo.

Rascunho:

Questão 86▼▼

Questão 85▼▼



Para colocar preço em seus produtos, uma empresa de-senvolveu um sistema simplificado de código de barrasformado por quatro linhas separadas por três espaços,que serão lidos da esquerda para a direita. Podem serusadas linhas de três larguras possíveis e espaços deduas larguras possíveis. O número total de preços quepodem ser representados por esse código éA) 144B) 288C) 648D) 724E) 432

Maria Cláudia adora remédios. Às 8 horas da manhã daterça-feira, ela começou a tomar três tipos de remédios,A, B e C. O remédio A seria tomado de 4 em 4 horas; oB de 6 em 6 horas; e o C de 10 em 10 horas. Nessas con-dições, Maria Cláudia concluiu que ela tomaria os trêsremédios juntos, novamente,A) às 8 horas da quarta-feira.B) às 20 horas da quarta-feira.C) às 8 horas da quinta-feira.D) às 20 horas da quinta-feira.E) às 8 horas da sexta-feira.

Uma toalha retangular, após ser lavada, encolheu 20%no comprimento e 5% na largura.

Qual era a área da toalha, em m2, se após ser lavada fi-cou com uma área de 1,52m2?A) 1,8B) 2,0C) 2,2D) 2,52E) 2,82

Uma das incumbências da ABNT (Associação Brasileirade Normas Técnicas) é padronizar os tamanhos de pa-pel. O papel A1 é a metade do papel A0, o papel A2 é ametade do A1 e assim por diante.

Um dos tamanhos mais utilizados, tanto para a escritaquanto para desenhos, é o A4 (210mm × 297mm). Nes-sas condições, a área de uma página de tamanho A2,em cm2, é aproximadamente igual a:A) 624B) 1247C) 2495D) 3743E) 4988

Questão 90▼▼

Questão 89▼▼



dicionário cravo albin da música brasileira (marcolin...

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