dicas para redaÇÃo de um trabalho de conclusÃo … · paulo nader. agradecimentos inicialmente...

DICAS PARA REDAÇÃO DE UM TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Orientações Teóricas e Pragmáticas

João Alexandre Netto Bittencourt

DICAS PARA REDAÇÃO DE UM

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Orientações Teóricas e Pragmáticas

São Paulo Perse Editora

2016

Título Dicas para escrever um TCC – Orientações teóricas e práticas

Todos os direitos reservados ao Autor. Proibida a reprodução no todo ou em parte, salvo em citações com

indicação da fonte.

Printed in Brazil/Impresso no Brasil

ISBN:

Organização e diagramação: Autor

Capa: Felipe Bonoto Fortes

Autoria e revisão: Autor

É de inteira responsabilidade do autor a emissão de conceitos e opiniões, bem como a originalidade do texto.

Ficha Catalográfica: A866e Bittencourt, João Alexandre Netto. Dicas para Redigir um Trabalho de Conclusão de Curso. João

Alexandre Netto Bittencourt. São Paulo: Perse, 2016. 40 p. 11 x 21 ISBN:

Dicas para Escrever um TCC. Orientações Práticas e Teóricas.

CDD: 342 Índice para catálogo sistemático.

1. Dicas para Escrever um TCC. Orientações Práticas e Teóricas.

A implementação do jurista de amanhãse faz mediante muita dedicação.A leitura em geral, especialmente na área de ciências humanas, se revela da maior importância. O desejável é que o espírito se mantenha inquieto, movido pela curiosidade científica, pela vontade de conhecer a organização social e política, na qual se insere o Direito. Para os acadêmicos, tão importante quanto a lição dos livros é a observação dos fatos, da lógica da vida, pois eles também ensinam. O hábito de raciocinar é da maior relevância, pois nada aproveita quem apenas se limita a ler ou a ouvir. Cada afirmativa, antes de assimilada, deve ser avaliada, submetida a análise crítica. Paulo Nader.

Agradecimentos Inicialmente externo meus mais sentimentais agradecimentos a minha esposa, Marlise e meus filhos, Nathalie e Douglas, por suportarem a ausência, mesmo que na sala ao lado, onde é o local dos operadores do direito. Também externo meu agradecimento aos meus pais, João e Teresinha, os quais sempre me incentivaram a buscar meus objetivos, na área acadêmica. Agradeço aos colegas e amigos Felipe Dalenogare Alves e Guilherme Scotta Hentschke pela revisão e sugestões, fornecendo suporte para que este projeto fosse concretizado e publicado, bem como, ao amigo Felipe Bonoto Fortes pelas ilustrações. Por fim, mas muito importante, a todos os alunos do curso de direito da ULBRA, campus Cachoeira do Sul, pois foram os motivadores desta pequena obra. Este projeto nasceu das angústias dos acadêmicos ao enfrentar a etapa final do curso e se submeterem à elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso e, principalmente, pela confiança depositada em minha pessoa, com convites para diversas orientações. Enfim, são bem mais que alunos e orientandos, são amigos.

PREFÁCIO

Inicialmente, preciso ressaltar que é com muita honra que recebo a oportunidade de prefaciar esta simples e, ao mesmo tempo, grandiosa obra condensada pelo Prof.Ms. João Alexandre Netto Bittencourt, que objetiva, através da teoria e de suas experiências práticas, levar aos seus alunos dicas de como elaborar um bom Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A obra do Prof. João Alexandre reflete o que observei neste dedicado professor desde minha graduação no Curso de Direito da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Professor de extrema retidão, age sempre buscando a justeza e a perfeição em suas condutas, sejam elas profissionais ou acadêmicas. A ética, a dedicação, a fineza, a simplicidade e tantos outros atributos já o colocaram em destaque desde seu primeiro dia naquela casa do saber. Aqui,professor e amigo João Alexandre, externo apenas o obrigatório reconhecimento deste jovem pesquisador que foi seu aluno no ano de 2012, fazendo dele a mensagem de todos os outros que já passaram ou passarão pela colheita do conhecimento, semeada com muito carinho e esmero, por intermédio do seu aguçado tato docente. É uma constatação e gosto sempre de ressaltar que a formação de bons estudantes

de Direito exige uma tríade indissociável, composta pelo ensino, pesquisa e extensão. Só a busca pela excelência destes três elementos formará cidadãos engajados pelo Direito, este visto como uma ciência, categorizada dentre as Ciências Sociais Aplicadas. Percebe-se que parte considerável das Instituições de Ensino Superior protagoniza sobremaneira o ensino. Em grande medida, isso se deve à cobrança natural de mercado, oriunda da necessidade de aprovação de seus egressos em Concursos Públicos, exame de ordem, etc (afinal, eleva o nome institucional). A extensão, ainda que coadjuvante, se apresenta como objeto de investimentos institucionais e, desde cedo, atiça o acadêmico pela possibilidade de realizar a tão esperada “prática jurídica”, alcançada nos “Centros de Atendimento Jurídico” inseridos na comunidade, a fim de que os alunos possam atingir a práxis do ensino. Muitas vezes em patamar merecedor de menor importância institucional, encontra-se a indispensável pesquisa. Pois bem, a pesquisa, talvez por ser tardiamente apresentada ao aluno, dificilmente encanta o acadêmico de Direito, pelo contrário, geralmente causa certo receio e é, em algumas IES, realizada quase que “nos porões da instituição”. Ao estudante, quando se fala em pesquisa, logo vem à mente o temido TCC.

Infelizmente, o número de alunos que procuram e participam de grupos de pesquisas é ínfimo (há, por outro lado, instituições que sequer os oferecem). É neste contexto que o esforço do Prof. João Alexandre vale a pena! Digo isso porque frequentei e, quando possível, visito seu grupo de criminologia e vejo o engajamento de seus alunos com a pesquisa, resultado visível a todos pelas constantes publicações disponibilizadas à comunidade acadêmica. Unindo essa experiência com a prática adquirida através das orientações e participações em bancas, somando-se o arcabouço teórico pertinente, a obra que doravante se apresenta, constitui em um manual, didático e objetivo, que expõe dicas que facilitem a elaboração de um TCC. Com isso, o que antes poderia parecer assustador, deve tornar-se uma prática prazerosa, que contribua à formação do acadêmico e à própria construção do Direito como ciência. A baixa qualidade aparente em grande parte dos trabalhos de conclusão de curso no cenário brasileiro se deve, em certa extensão, à falta de contato do concludente com a pesquisa. LenioStreck, em publicação citada na obra que prefacio, denuncia a “dramática situação dos trabalhos de conclusão de curso” e adverte: “ou ‘arrumamos’ isso, ou ‘isso pode ser a pá-de-cal da e na crise do Direito”. Referia-se,Streck, a um TCC “escrito” em quatro dias. Sim, pasmemos!Faltavam apenas

quatro dias quando a acadêmica iniciou “do zero” um novo TCC e tirou nota dez! Soma-se à baixa qualidade dos TCCs(ou melhor, de parte deles, pois a generalização seria uma injustiça) a falta de rigor científico (qualitativo) de algumas bancas de avaliação, que, por vezes, desconhecem ou desconsideram a instrumentalização científica. Com isso, eventual crítica científica que venha a ser realizada, por vezes, se torna constrangimento ou ofensa pessoal, colaborando para a inércia de qualquer medida que objetive a melhoria do quadro. É esse enredo que a presente obra quer mudar. Um TCC não é escrito, ele é desenvolvido e elaborado, a fim de apresentar os resultados de uma pesquisa previamente desenvolvida de forma sistemática (inclusive, é por esse motivo que se origina de um projeto de pesquisa, o qual segue, obrigatoriamente, um cronograma). Pesquisa alguma é desenvolvida em quatro dias. A obra de João Alexandre auxilia o aluno (e o professor) desde a escolha do tema, com a sua delimitação, passando pela identificação do problema ensejador da pesquisa e sua justificativa, pelos objetivos a que aquela pretende concretizar, avançando pelo tipo, método e técnica a serem empregados a sua consecução, fulminando na estruturação e elaboração do artigo científico, por intermédio do qual serão apresentados os resultados.

Por fim, com o desejo de não me tornar extenso, afirmo que a obra constitui-se em um guia prático, de cabeceira, que deve acompanhar o acadêmico de Direito desde seu primeiro semestre de graduação, o que, aliado a sua participação em grupos de investigação científica, irá desmistificar seu caminho na pesquisa, coroando com o sucesso no Trabalho de Conclusão de Curso.

Desejo uma boa leitura a todos!

Cachoeira do Sul, 6 de fevereiro de 2016.

Felipe Dalenogare Alves Doutorando e Mestre em Direito pela

Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC. Professor no curso de Direito da Faculdade

AntonioMeneghetti – AMF. Membro do grupo de pesquisas “Jurisdição

Constitucional Aberta”, coordenado pela Profa. Pós-Dra. Mônia Clarissa Hennig Leal, vinculado ao

CNPQ e à ABDConst. Ex-graduando do Prof. João Alexandre Netto

Bittencourt na Universidade Luterana do Brasil – ULBRA.

SUMÁRIO:

Agradecimentos Parte I ORIENTAÇÕES TEÓRICAS DICAS PARA REDIGIR UM TCC ............................ 19

Fatos: (orientações propedêuticas) .................... 21

I Montagem do Sumário .................................... 22

1. Título ............................................................. 23

2. Introdução ..................................................... 23

2.1 Elementos que compõem a introdução: ....... 24

2.2 Como iniciar um TCC .................................... 27

3. Escolha do tema ............................................. 29

3.1 Delimitação do Tema ................................... 30

3.2 Relevância do Tema – Justificativa ............... 31

4. Problema ....................................................... 33

5. Hipótese ........................................................ 34

6. Tipos de pesquisa ........................................... 36

7. Método de Pesquisa ...................................... 37

7.1 Método de abordagem ................................ 38

7.2 Método de procedimento ............................ 40

8. Artigo científico.............................................. 42

8.1 Características.............................................. 44

8.2 Estrutura de um artigo científico .................. 44

8.3 Resumo ........................................................ 45

8.4 Exposição do conteúdo ............................... 46

PARTE II ............................................................. 49

Orientações pragmáticas ................................... 49

9. Principais dicas práticas ................................. 49

a. Cuidar das regras da ABNT ............................. 49

b. Qual o problema da pesquisa? ....................... 50

c. Palavras-chave ............................................... 50

d. Introdução: .................................................... 50

e. Referências .................................................... 50

g. Citações vagas ................................................ 51

h. Trabalho Petição Inicial .................................. 51

i. Transições de capítulos ................................... 51

j. Jurisprudência – manualismo - reverencialismo .......................................................................... 52

k. Palavras incomuns e siglas : ............................ 53

l. O texto necessariamente deve responder ao título ou subtítulo .............................................. 53

m. Aspectos históricos: ...................................... 53

o. Tratados Internacionais: ................................ 54

p. Abordagem proposta – mais de um viés ......... 54

q. Citação indireta:............................................. 54

r. Teorias estrangeiras ....................................... 54

10. Observação: ................................................. 55

11. Considerações Finais .................................... 56

12. Formatação de Artigo Científico ................... 57

13. Referências .................................................. 59

PARTE I – Orientações

Teóricas

Preliminarmente:

Dicas para redigir um TCC

Fatos:

Orientações propedêuticas

Dicas para Redigir um TCC

19

DICAS PARA REDIGIR UM TCC

Preliminarmente: Inicialmente, cabe salientar que o

presente excerto não foi construído para ensinar metodologia científica, tampouco normas de ABNT. A intenção é orientar o acadêmico acerca de detalhes apreendidos durante as orientações e bancas das quais participei, além das leituras científicas sobre o tema e artigos elaborados com os alunos dos grupos de pesquisa que lidero.

Este pequeno trabalho surgiu do interesse em aperfeiçoar as orientações aos acadêmicos da graduação em direito na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), campus Cachoeira do Sul, desta forma, colaborando em suas aflições e necessidades, já que possuem dois semestres formais para aprender e produzir o Trabalho de Conclusão de Curso.

Saliente-se que, efetivamente, esta pesquisa não trata de informar regras de ABNT e metodologia científica, pois, acredito que todo o trabalho jurídico deve ser minimamente balizado por regras, todavia, não se pode aceitar que o método seja mais importante que objeto da pesquisa, por isso a intenção de colaborar com maior pontualidade prática do que metodológica.

A opção foi formatar esta pequena obra como se efetivamente estivesse redigindo um TCC, assim, pode-se apresentar o tema com maior pragmaticidade, por isso, nas duas partes em que foi dividido tenta-se apresentar o tema da maneira mais prática possível.

Ainda, estas palavras são levadas ao papel, quase sempre no início das madrugadas, sem


20

sono, hábito colhido após o ingresso na docência universitária.


21

Fatos: (orientações propedêuticas) Para redigir um Trabalho de Conclusão de Curso, daqui por diante denominado “TCC”, como é coloquialmente conhecido, inicialmente deve o acadêmico escolher um tema de seu agrado, que lhe dê prazer em pesquisar, que lhe dê ânimo em descobrir a resposta ao seu questionamento, o qual deverá, antes de pesquisar, criá-lo. Após a escolha do tema, o pesquisador deverá elaborar um problema (pergunta) que norteará suas pesquisas, ou seja, envidará todos os seus esforços de pesquisa a fim de responder ao questionamento proposto.

Cabe ressaltar que este problema deve consistir em um questionamento relevante, que ensejará motivos (justificativa) para a realização de uma pesquisa científica. Deve ser uma pesquisa que traga novas informações, enfim, produza conhecimento. Definido o tema e formulado um problema, deverá o pesquisador redigir os objetivos,principal e específicos, bem como as hipóteses, a fim deconstruir um sumário provisório, demonstrando como será estruturadaa pesquisa para culminar com a resposta ao problema criado. Como metodologia para escrever este pequeno trabalho, foi estruturado um sumário, com o intuito de facilitar ao acadêmico em sua leitura e entendimento das dicas propostas para desenvolver um TCC. O tema escolhido é justamente o TCC e o problema é “por que criar dicas de como escrever um TCC?”


22

Delimitado o tema, sendo “a apresentação de dicas práticasde como elaborar um TCC” e estabelecido o problema, resta estabelecer o objetivo principal e os específicos da pesquisa, para, posteriormente, guardando simetria com estes, montar e estruturar o sumário, que ficou assim estabelecido:

I Montagem do Sumário 1. Título 2. Introdução 2.1 Elementos que compõe uma introdução.

2.2 Como iniciar o TCC? 3. Escolha do Tema 3.1 Delimitação do tema 3.2 Relevância do tema escolhido

(Justificativa) 4. Problema 5. Hipótese 6. Tipos pesquisa 7. Métodos de Pesquisa 7.1 Método de Abordagem 7.2 Método de Procedimento 8. Artigo Científico 9. Considerações práticas 10. Formatação de Artigo Científico 11. Considerações Finais 12. Referências

Após a escolha do tema e sua delimitação,

aindicação de um problema, itens sobre os quais voltaremos a tratar e, por fim, a indicação dos objetivos da pesquisa, com a estruturação do trabalho por meio de um sumário que guarde congruência com os objetivos específicos,


23

passaremos a responder nosso problema, de acordo com a estrutura delineada.

1. Título É um ponto de suma importância, ao redigir um artigo científico, pois o título é o rótulo ou anuncio do tema pesquisado. Deve ensejar curiosidade ao leitor. Deve descrever o conteúdo pesquisado, pois, ao lê-lo, o leitor deve ter uma ideia correta do que a pesquisa abordou. Não deve ser muito curto e nem muito longo, já que deve indicar ao leitor o que irá efetivamente ler. Devem-se evitar palavras como estudo, pesquisa, investigação, pois se tornam redundantes, já que todo artigo é uma pesquisa... O título da pesquisa deve estimular as pessoas a lerem o artigo. No mundo moderno as pessoas selecionam suas leituras pelo título: se este as agradar, elas lêem o resumo; e, se o resumo as estimular, lerão o trabalho completo.1 Enfim, o título deve prender a atenção do leitor, estimulando-o à leitura.

2. Introdução É a apresentação do tema e da pesquisa.

O leitor deve ter presente, com clareza, o que será analisado, respondendo como, porquê, as limitações e suas bases teóricas.

1 VOLPATO, GGL. Dicas para redação científica, apud IMBELLONI, Luiz Eduardo. Títulos de Trabalhos Científicos: Obrigado pela informação contida em seu título. Disponível em www.scielo.br. Acesso em 12.02.2016.

http://www.scielo.br/


24

Tais indicações informam o que o leitor vai observar e ler, possibilitando que o autor se isente da responsabilidade por assuntos não tratados, mesmo que ligados ao tema pesquisado. Apresenta o tema, o problema, os objetivos, a estrutura, a metodologia e a justificativa do estudo. É importante que a introdução contenha a publicidade do assunto, atraindo a atenção e o interesse do leitor, de forma que este se sinta cativado para a leitura. O autor perguntará: O que vou apresentar?2 A introdução deve ser escrita após o texto estar pronto, pois, não há como introduzir o que ainda não foi escrito.

2.1 Elementos que compõem a introdução:

Os elementos a seguir devem ser expostos de forma cadenciada, no decorrer da introdução, juntamente com os parágrafos de apresentação do tema. Estes elementos não devem ser expostos de forma truncada ou como tópicos, tampouco apresentados de forma sucessiva, o que já, desde logo, torna a leitura cansativa.

Neste ponto utilizo-me dos elementos apresentados por Leal:3 a) determinação do assunto:o assunto deve ser posto de modo claro e preciso, contextualizado;

2 ZAMBAM, Neuro. Metodologia da Pesquisa Jurídica: Orientações básicas, 2013, p. 119. 3 LEAL, Mônia Clarissa Hennig. Manual de Metodologia da Pesquisa para o Direito, 2009, p. 53.


25

b) delimitação do tema: quais são os aspectos que serão analisados. c) levantamento da problemática: o que se pretende responder com o trabalho. d) referenciais teóricos: a partir de quais referenciais ou pressupostos se vai escrever, como doutrina nacional ou estrangeira, jurisprudência ou periódicos. e) metodologia empregada: f) organização do trabalho: no capítulo primeiro é tratado de...., subdividido em... g) importância do tema e contribuição do trabalho. OBS... - Conteúdos não são desenvolvidos e nem solução é antecipada na introdução. - Não se faz citação na introdução, em que pese já haver algumas orientações autorizando a utilização de referências; não são utilizadas divisões, subtítulos, normalmente é curta. Exemplo: Ao aproximar-se o final do curso, impõe-se ao aluno, como requisito obrigatório, a elaboração de um TCC, condição que pode ser atendida com a elaboração de um artigo científico. Porém, a situação torna-se angustiante para o acadêmico, já que normalmente não participam de grupos de pesquisa ou não se preparam com leituras adequadas durante o curso, para conseguirem escrever sobre o tema de sua preferência. A fim de colaborar com os alunos surgiu, a ideia de realizar esta pesquisa, com o fulcro de,


26

auxiliando-os em seu último ato como acadêmico, delimitando-se o tema com a apresentação de dicas práticas sobre a elaboração do TCC, obtidas durante o magistério superior na Universidade Luterana do Brasil, campus Cachoeira do Sul, bem como, com doutrina científica sobre o temae atividades desenvolvidas nos grupos de pesquisa, a fim de ancorar as inserções pragmáticas. Para a pesquisa utilizou-se o método de procedimento monográfico, já que são abordados tanto aspectos individualizados quanto conjuntos complexos sobre o tema e a abordagem dedutiva, pois, seguindo-se orientações pragmáticas sobre TCC obtêm-se dicas para escrevê-lo. A fim de organizar didaticamente, o trabalho foi dividido em capítulos que demonstram os principais pontos para a realização de um TCC, descrevendo-os (capítulos) em forma de sumário de artigo, já demonstrando ao acadêmico alguns passos que devem ser observados em suas pesquisas. O primeiro capítulo tratará da introdução e como iniciar a elaboração da pesquisa. No segundo capítulo, serão abordados o tema, a delimitação e sua importância no contexto jurídico-social. A seguir, no capítulo três, será abordadoo problema, que deverá dirigir e auxiliar na elaboração do TCC, a fim de que haja um norte para a resposta definitiva. O quarto capítulo versará sobre a(s) hipótese(s), ou seja, uma ou mais possibilidades de resposta. O quinto e sexto capítulos abordarão os tipos e métodos de pesquisa.


27

Após, no capítulo sete, serão realizados estudos sobre o artigo científico, propriamente dito, como alternativa ou exigência para a elaboração do TCC. No capítulo oitavo,serão apresentadas dicas práticas sobre a maneira de pesquisar, elaborar e apresentar o trabalho final de curso. Por derradeiro será descrito no item nove a maneira de escrever as considerações finais. Por fim, a importância do tema reside na necessidade e dificuldade dos acadêmicos em realizar sua última tarefa no curso de direito.

2.2 Como iniciar um TCC Não se pode iniciar um TCC da estaca zero, pois um trabalho científico exige que o autor domine ao menos razoavelmente o tema, os problemas atinentes ao conteúdo e os principais autores.4 Portanto, não há a mínima possibilidade de um aluno utilizar-se da construção de um TCC para iniciar o aprendizado de determinado tema. Assim, com a pesquisa se objetiva o aprendizado e com o trabalho acadêmico se busca o aprofundamento do tema que tenha sido estudado ao longo da graduação.5 Isso demonstra a importância dos acadêmicos participarem de grupos de pesquisa durante sua trajetória acadêmica, onde há orientação de professor com a observância de uma metodologia mínima, que tenham apresentado suas pesquisas em eventos ou

4 CARVALHO, Salo. Como não se faz um trabalho de conclusão, 2013, p. 149 5 Ibidem, p. 149.


28

publicado em revistas, terão uma maior facilidade para redigir o TCC.6 O professor, ao ser consultado, deverá indagar ao acadêmico qual o grau de conhecimento que possui sobre o tema, quais livros leu, quais autores tem acesso, quais os problemas que poderá responder. Após ocorrer o acerto entre orientando e orientador, definindo-se o cronograma de ensino, deverá o aluno iniciar suas pesquisas, o que gera muita dúvida, indagando muitas vezes, o que deverá fazer. Não deve o orientando deixar de movimentar seu trabalho, deve criar o hábito de pesquisa constante. Se o acadêmico enfrentar um momento de falta de inspiração, poderá realizar alguns atos, que o manterá em contato com sua pesquisa, como listar e organizar o acervo bibliográfico, organizar citações, rever notas de rodapé, formatar o trabalho, como a capa e outras peças.7 A revisão do vernáculo deverá ser realizada por pessoa habilitada, pois haverá professores na banca e colegas que no futuro farão consultas ao trabalho, merecendo uma boa redação para a leitura. Após os primeiros contatos com o objeto da pesquisa o orientando deverá iniciar, efetivamente, seu trabalho, o que poderá ser realizado com o desenvolvimento do problema a ser respondido e a relevância da pesquisa. Em seguida, o acadêmico deverá iniciar suas pesquisas com o intuito de resolver o

6 CARVALO, op cit, p. 150-151. 7 CARVALHO, Salo, 2013, p. 152.


29

problema. Para tanto, deverá criar as hipóteses que guardarão relação com o sumário provisório, que, em sua ótica, poderá auxiliar na resposta ao problema proposto.

3. Escolha do tema Como já dito, o tema deve ser de interesse do acadêmico, evidenciado durante o curso de graduação, portanto, não é conveniente que seja um assunto imposto pelo professor orientador, o que não inibe que sejam solicitados conselhos ao mestre. A escolha do tema, portanto, deve recair sobre assunto de interesse do aluno, preferencialmente ligado às suas leituras; fontes de consultas acessíveis8, bem como observar a disponibilidade de orientação na área. É importante ao acadêmico que entenda a relevância do tema e os pontos controvertidos.9 As fontes a serem consultadas devem ser acessíveis, tanto no aspecto material (possibilidade de manejá-las) quanto cultural (possibilidade de entendimento do tema). Importante destacar que os trabalhos de conclusão da graduação não podem ser considerados uma pesquisa pronta e acabada, pois os graduandos ainda não estão capacitados para tanto, mas estudos propedêuticos de pesquisa. Possibilita explorar sua capacidade de coletar, organizar e relatar informações e apresentar conclusões.10

8 ECO, Humberto. Como se faz uma Tese, 1977, p. 7. 9 MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da Metodologia Científica, 2010, p. 222. 10 Ibidem, loc cit.


30

3.1 Delimitação do Tema A delimitação do tema reduz a sua extensão de tempo e espaço e demarca o enfoque jurídico. Deve-se estabelecer o foco da pesquisa a fim de se aprofundar no assunto escolhido, pois, temas genéricos não conduzem a resultados relevantes.11 Eco referencia que quanto mais restrito o tema, mais segurança possui o pesquisador.12 Exemplo 1: O tema de redação deste trabalho é a elaboração de um TCC e para delimitação da temática, aponta-se que a pesquisa se concentra em apenas apresentar dicas para escrever um TCC. Exemplo 2: -

Monografia elaborada pela acadêmica Taiele Balardim13. Tema: Coisa Julgada Material Delimitação do Tema: Possibilidade de flexibilizar a coisa julgada quando foi fundamentada em lei que posteriormente tenha sido declarada inconstitucional pelo STF.

11 MEDEIROS, João Bosco. Projetos de Pesquisa, 2013, p. 192. 12 ECO, Humberto, 1977, p. 10. 13A Relativização da Coisa Julgada Inconstitucional: uma análise acerca do seu cabimento frente aos princípios da intangibilidade e da segurança jurídicaDisponível emHTTP://bdjur.stj.jus.br.Acesso em 09.01.2015.

http://bdjur.stj.jus.br/


31

3.2 Relevância do Tema – Justificativa São as razões para realizar a pesquisa. Deverá ser identificada qual a relevância para a ciência do direito, demonstrando os motivos que levaram o tema à preferência do autor.14 Esta orientação constitui-se em regra geral, todavia, não se pode excluir a possibilidade de que o pesquisador trabalhe um tema que não seja de extrema relevância, porém, encontre um ponto a ser estudado que justifique a pesquisa. Deve-se apontar a atualidade do tema e sua inserção na ciência do direito, bem como qual será a contribuição para o aprimoramento acadêmico. Salienta Zambam que serão apontadas possíveis contribuições que o estudo pode trazer, o interesse que o tema poderá despertar e a possibilidade de se obter soluções para casos concretos.15 Exemplo 1: TCC elaborado pela então acadêmica Jéssica Fogliatto Choaire apresentando o tema infanticídio16. Delimitou o tema a tratar, como o infanticídio, suas contingências e o estado puerperal.

14 ZAMBAN, Neuro. Metodologia da Pesquisa Jurídica, 2013, p. 108. 15 Zambam, Neuro, 2013, p. 108. 16 A possibilidade da Inimputabilidade da agente em razão da eliminação da consciência no crime de infanticídio. 2012, 19 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Graduação, Direito – Universidade Luterana do Brasil, Cachoeira do Sul, 2012.


32

No presente artigo nota-se que a relevância do tema está no aprofundamento acerca da possibilidade de ser a mãe, em estado puerperal, considerada inimputável, ou seja, impunível. Efetivamente, observa-se que o tema é relevante no campo jurídico, já que atualmente é tratado como punível e a autora do trabalho defende tese oposta, ancorada em suas afirmações por vasta pesquisa bibliográfica. Trata-se de tema jurídico atual, eis que presente nos Códigos Penais da maioria dos países, bastante discutida a pena aplicada à genitora em estado puerperal que mata o filho, o que certamente aponta grande interesse da comunidade jurídica, principalmente no campo da ciência criminal. Exemplo 2: Referindo-se a esta publicação:

A relevância do presente escrito denota-se da necessidade de aprimoramento, quiçá, aprendizagem, em produzir artigos, dissertações e teses, problema corriqueiro nas faculdades de direito de nosso país, já que o acadêmico não está habituado a pesquisar, ler e escrever. A dificuldade em materializar um TCC é a culminância da crise enfrentada no ensino jurídico contemporâneo tanto na graduação quanto na pós-graduação17, justificando-se, portanto, o presente trabalho.

17 CARVALHO, Salo, 2013, p. 159.


33

4. Problema Conforme já citado, o problema é o ponto de partida de qualquer trabalho científico. Marconi e Lakatos definem como sendo uma dificuldade no conhecimento de algo com real importância, surgindo a necessidade de se encontrar uma solução.18 É interessante que o problema seja criado de forma interrogativa, já que se constitui no motivo da pesquisa e deverá, ao final, ser respondido. Para o estabelecimento do problema, deve o acadêmico possuir conhecimentos prévios acerca do assunto, caso contrário, não conseguirá desenvolver nem mesmo a pergunta, quanto mais a pesquisa. O problema delineado deverá ser o mais delimitado possível, pois, assim, simplifica a maneira de realizar a pesquisa e respondê-lo, contrario sensu, quanto mais abrangente mais difícil de respondê-lo, já que dificulta a pesquisa. Interessante para colaborar no estabelecimento de um problema é uma classificação valorativa apresentada por Marconi e Lakatos:

a) Viabilidade: Pode ser eficazmente resolvido através da pesquisa.

b) Relevância: Deve ser capaz de trazer conhecimentos novos.

c) Novidade: Estar adequado ao estágio atual da evolução científica.

d) Exequibilidade: Pode chegar a uma conclusão válida.

18 2010, p. 143.


34

e) Oportunidade: Atender a interesses particulares e gerais.

19

Exemplo 1: O problema a ser respondido neste trabalho é: Como colaborar, de maneira prática e sucinta, com os meus orientandos na redação de seus TCCs? A pretensão é que o texto originado de minhas pesquisas e de observações empíricas na academia, participando em média de 6 a 8 bancas por semestre, responda o problema criado. Exemplo 2: Pesquisa realizada sob a orientação de professor da Universidade do Porto sobre crime organizado em Portugal20. O problema a ser respondido foi a existência e caracterização do crime organizado no território português, diante da crescente preocupação que aflige o mundo.

5. Hipótese Trata-se de uma possível explicação,ainda provisória, uma resposta ao problema, ainda não testada, sendo oportuna a elaboração de mais de uma variável, ou seja, mais de uma possibilidade de resposta ao problema elaborado, as quais serão avaliadas durante a pesquisa.

19 2010, 144. 20 GONÇALVES, Ana Alexandra Silva. O Crime Organizado em Portugal: sua caracterização e ambigüidades. Disponível em https://repositorio-aberto.up.pt. Acesso em 09.01.2015.

https://repositorio-aberto.up.pt/



35

Não há rigidez de regras para criar as hipóteses para a pesquisa, exigindo-se ancoragem teórica e que sirva de guia para a tarefa de pesquisa.21 As hipóteses possuem finalidade colaborativa na pesquisa, pois não são capazes de responder ao problema proposto.22 Exemplo: O problema que foi criado para ancorar esta pesquisa foi “Como colaborar, de maneira prática e sucinta, com os meus alunos orientandos na redação de seus TCCs”. No contexto deste problema, podem ser elaboradas inúmeras hipóteses que poderão colaborar na construção da resposta ao problema criado.

1. A elaboração de um livreto de apoio, demonstrando a necessidade de leitura e de participação em grupos de pesquisa poderá colaborar na elaboração de um TCC.

2. A elaboração de um livreto de apoio, transcrevendo experiências vivenciadas na docência acadêmica, poderá colaborar com o acadêmico na elaboração de uma pesquisa de conclusão de curso.

Como se verifica, há variáveis, identificadas como hipóteses, para serviremapenas de parâmetros para as respostas ao problema criado com o fim de se elaborar esta pesquisa.

21 MARCONI, LAKATOS, 2010, p. 145. 22 GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa, 2010, p. 17.


36

6. Tipos de pesquisa Inicialmente, cabe salientar que serão apresentadas as possibilidades (tipos) de pesquisas mais utilizadas pelos alunos da graduação em ciências jurídicas, para tanto, utilizei-me, em parte, da classificação de Leal.23 a) Bibliográfica: Produzida com base em trabalhos publicados, como livros, revistas, meios eletrônicos, teses, etc.. Este tipo de pesquisa oferece fundamento teórico à pesquisa e demonstra o que existe acerca do tema. A pesquisa bibliográfica é importante por permitir ao pesquisador reunir conteúdos amplos em vista da pesquisa de campo. Assim, seria impossível ao pesquisador percorrer todo o Brasil para reunir dados sobre renda per capita, porém, se possuir bibliografia adequada, poderá realizar tal pesquisa sem muita movimentação. Para selecionar o material a ser utilizado deve-se elaborar fichamentos, resumos, resenhas e comentários que remetam a textos já analisados. b) Pesquisa de campo: Deve haver planejamento inicial para se obter os dados e um relatório deverá ser elaborado para consignar as etapas da pesquisa. Consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorreram, espontaneamente, na coleta de dados a eles

23 LEAL, Mônia Clarissa Henning, p. 18-23


37

referentes e no registro de variáveis que se presumem relevantes, para analisá-los. 24 Não se deve confundir com a simples coleta de dados, pois deve haver rigor científico, apresentando discriminação detalhada dos procedimentos. c) Estudo de caso: Utiliza-se quando se quer explorar, descrever e explicar fatos, proporcionando conhecimento e comprovação sobre certo fenômeno.

7. Método de Pesquisa Não se deve considerar a metodologia

como um obstáculo, ao contrário, ela é o itinerário que nos levará a responder nossa problematização na pesquisa.

É o conjunto de atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo, traçando o caminho a ser percorrido, mostrando os erros e auxiliando as decisões.25

Pode-se afirmar que, após ser criado o problema, deve-se percorrer um caminho de pesquisa com o surgimento de hipóteses que podem ser confirmadas ou descartadas.

Para isso, devem-se utilizar os procedimentos metodológicos de coleta de dados, revisão bibliográfica, entrevistas, etc a fim de se

24 MARCONI, LAKATOS, 2010, p. 169. 25 Ibidem, p. 65.


38

buscar um resultado. A essa instrumentalização dá-se o nome de método.26

Consubstanciando a importância do método, Medeiros faz a seguinte indagação: Metodologicamente, como a questão será explanada? 27

Os métodos são subdivididos em métodos de abordagem e métodos de procedimento, sendo correto afirmar que para cada pesquisa seja utilizado um método de abordagem e um de procedimento.

Como em sua maioria os métodos de abordagem utilizados pelos alunos da graduação em direito são o indutivo e dedutivo, ficaremos adstritos a explanar sobre os dois.

7.1 Método de abordagem Trata-se da maneira de organizar o desenvolvimento da pesquisa, de formatar um plano geral a ser utilizado no percurso do trabalho. Conforme afirmado, serão analisados apenas os métodos de abordagem indutivo e dedutivo, por serem os mais utilizados. a) Indutivo: Parte-se do particular para o geral. As premissas particulares conduzem à conclusão.28 É um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, conclui-se uma verdade geral não observada nas partes isoladas.

26 ZAMBAM, Neuro; BOFF, Salete, LIPPSTEIN, Daniela, 2013, p. 74. 27 MEDEIROS, 2013, p. 31. 28 Ibidem, p. 75.


39

Infere-se, assim, que o objetivo da indução é possibilitar conclusões amplas que não se observavam nas premissas nas quais se basearam.29

O método indutivo leva o pesquisador a descobrir e provar proposições gerais, é um procedimento por inferência. Exemplo 1: No presente trabalho, utiliza-se dicas, principalmente observadas pela experiência, para se chegar à elaboração de um TCC, portanto, do particular para o geral. Exemplo 2: Em dissertação de mestrado30 elaborada junto a PUC/SP, o autor, na introdução, informa que a pesquisa será realizada alicerçada na lei brasileira e internacional, citando os tratados, portanto, após analisar o arcabouço jurídico específico emitirá suas conclusões.

Assim, vai do individual ao geral para firmar, conforme demonstra ao concluir, mencionando peculiaridades sobre o crime organizado, citando leis analisadas. b) Método dedutivo Afirma-se o geral, pois se raciocina do geral para obter-se inferições particulares. Parte

29 MARCONI, LAKATOS, 2010, p. 68. 30 GODOI, Luiz Roberto Ungaretti. Crime Organizado e seu tratamento jurídico penal. Disponível em http://www.sapientia.pucsp.br. Acesso em 09.01.2015.

http://www.sapientia.pucsp.br/


40

da compreensão de uma regra geral para que se possa compreender casos específicos.

O raciocínio dedutivo parte de enunciadosgerais,aplicando-o aos fatos particulares, por isso, a título de exemplo, afirma-se que se os homens são mortais, um homem particular é mortal.31

7.2 Método de procedimento Relaciona-se com as etapas do processo e não com o plano de trabalho que é objeto do método de abordagem. Apresentaremos os mais utilizados nas pesquisas realizadas pelos acadêmicos de direito. a) Método histórico:

Verifica-se fatos passados, os quais estejam na origem do problema atualmente investigado. Consiste em investigar fatos do passado para verificar sua influência na sociedade contemporânea, já que as instituições modernas surgiram no passado e foram sendo alteradas paulatinamente, influenciadas pelos contextos de cada época.32 No direito há uma tradição, normalmente ao produzir um artigo, o autor faz um estudo histórico, apresentando a evolução do instituto que está analisando em sua pesquisa.

31 ZAMBAN, Neuro; BOFF, Salete Oro; LIPPSTEIN, Daniela, 2013, p. 77. 32 MARCONI; LAKATOS, 2013, p. 89.


41

Exemplo: Em artigo científico33 apresentado para conclusão de graduação na ULBRA/Cachoeira do Sul, ao analisar o instituto do infanticídio, inicialmente foi demonstrado como os códigos trataram o tema, desde as primeiras legislações brasileiras até o atual estatuto repressor. b) Método comparativo:

Busca traçar comparações entre determinadas situações em diferentes momentos a fim de apontar as semelhanças e diferenças. Busca explicar semelhanças e divergências entre institutos. Exemplo: Na dissertação de mestrado apresentada na PUC/SP, o autor, ao descrever crime organizado trata o assunto do ponto de vista legislativo pátrio e no direito comparado, citando a legislação europeia.34 c) Método Estatístico: Reduz fenômenos sociológicos, políticos e econômicos a termos quantitativos que permita comprovar relações entre fenômenos.35

33 BITTENCOURT, Nathalie. Da Involuntariedade pelo Estado de Inconsciência da Agente no Crime de Infanticídio, 2015. 15 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Direito – Graduação – Universidade Luterana do Brasil, Cachoeira do Sul, 2015. 34 GODOI, Luiz Roberto Ungaretti. Disponível em http://www.sapientia.pucsp.br. Acesso em 09.01.2015. 35 MARCONI; LAKATOS, 2013, p. 90.



42

Este método é menos comum nos artigos produzidos por acadêmicos de direito, todavia, plenamente realizável. d) Método monográfico: Considera a pesquisa sob seus aspectos específicos e gerais (conjunto), respeitando a totalidade do objeto da pesquisa. A investigação deve examinar o tema escolhido, observando todos os fatores que o influenciaram e analisando-o em todos os seus aspectos. Este método é muito utilizado em pesquisas na área jurídica, já que há uma exigência de se consubstanciar informações completas e pormenorizadas acerca de um tema em particular, de um ramo da ciência jurídica.

Ultrapassados alguns passos, considerados de suma importância para elaborar uma pesquisa, passaremos a tratar de sua formatação, escolhendo-se, para tanto, a forma de artigo científico.

8. Artigo científico O artigo científico é uma oportunidade para que o acadêmico exponha o resultado da sua pesquisa sobre determinado assunto.36 Sobre a utilização de jurisprudência, o que também vale para citações, afirma Salo de Carvalho que os sujeitos processuais invariavelmente utilizam a jurisprudência e a doutrina como discursos de autoridade para legitimar seus pedidos ou as suas decisões, o que

36ZAMBAN, Neuro; BOFF, Salete Oro; LIPPSTEIN, Daniela, 2013, p. 117.


43

é absolutamente correto no cotidiano forense, mas, o trabalho acadêmico de conclusão de curso não é peça jurídica.37 Na realidade, a crítica tecida pelo autor ao chamar esta situação de “TCC PETIÇÃO INICIAL” é a falta de reflexão a que conduz, pois o acadêmico apenas copia e cola jurisprudências e citações para fortalecer pequenos trechos de produção própria. Diante disso sugere-se que as citações sejam indiretas, tanto textos quanto jurisprudências, pois, assim, o pesquisador fica impelido a raciocinar, refletir, pensar. Luciano Oliveira ensina que um advogado elaborar um parecer, no qual é leal ao seu cliente, onde apenas citará entendimentos que lhe favoreçam, é diferente de um acadêmico sustentar sua tese, na qual a lealdade será para com a verdade, onde terá que sopesar as várias posições.38 O uso da internet deve ser feito com muita cautela, deixando de lado o argumento que inexiste bibliografia e partindo para o uso indiscriminado do “Google”, o que pode ser feito, com parcimônia. Uma boa fonte disponível na internet é o banco de dados da CAPES, onde podem ser acessados os principais periódicos científicos. O portal é http://www.periodicos.capes.gov.br, e depende da universidade ser associada para ter pleno acesso.

37 CARVALHO, Salo, 2013, p. 39. 38 CARVALHO, Salo, 2013, p. 39.

http://www.periodicos.capes.gov.br/


44

Também, o Organismo criou um banco de teses e dissertações, disponíveis no portal http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/

8.1 Características a) Assunto específico; b) apresentação do resultado de forma concisa; c) objetivopreviamente determinado (deverá responder o quê?) d) linguagem clara e precisa; e) correção gramatical; d) parágrafos equilibrados; e) Um texto esteticamente bem elaborado torna a leitura agradável. (normas da ABNT, parágrafos equilibrados – correção gramatical) g) Impessoalidade (preferencialmente redigido na primeira pessoa do plural ‘nós’ – Acreditamos que..... – ou por meio de índice de indeterminação ‘se’ – Ressalte-se – Nunca escrever “eu ressalto que”

8.2 Estrutura de um artigo científico 1. Título: deve ser claro e expressar o tema abordado (ler o título e saber o que se vai tratar – ressalta a inovação do assunto) 2. Nome do autor 3. Resumo 4. Palavras-chaves 5. Abstract 6. Keywords 7. Sumário 8. Texto (introdução, desenvolvimento, conclusão) 9. Referências.

http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/


45

Como a introdução e a conclusão fazem parte da metodologia empregada neste trabalho, sou seja, foram ou serão trabalhadas como parte integrante desta pesquisa, serão realizados detalhamentos apenas acerca do resumo e desenvolvimento do artigo.

8.3 Resumo Deve ser impactante. Deve fomentar no leitor a vontade de ler o artigo. Há indicação científica que o RESUMO é lido 600 vezes mais que o artigo, justificando, portanto, que ele cause impacto, leve curiosidade ao leitor.

O resumo está escrito de forma clara? Ele é completo? Tem justificativa? Apresenta o problema, os objetivos, métodos e resultados?

Apresenta os principais tópicos do conteúdo que o leitor encontrará no texto. Exemplo: A fim de concluir o curso de direito os acadêmicos devem elaborar um Trabalho de Conclusão de Curso, ínterim em que surgem sérias dificuldades, pois, normalmente o aluno não está habituado com a escrita científica, uma vez que não se envolve em grupos de pesquisa, restando, apenas, desenvolver um trabalho em um ou dois semestres. Nesta perspectiva a presente pesquisa aborda a temática Trabalho de Conclusão de Curso a partir de pesquisa bibliográfica utilizando-se dos métodos de abordagem dedutivo e monográfico a título procedimental, apresentando-se como problema central “como colaborar na pesquisa e formatação de um TCC?”Para responder ao problema dividiu-se a pesquisa em duas abordagens, uma teórica, demonstrando como é confeccionado um artigo


46

científico e a segunda, informando dicas práticas oriundas da experiência. Por fim, concluiu-se que a aproximação do aluno aos procedimentos científicos teóricos, bem como, práticos, podem colaborar na realização de sua pesquisa.

8.4 Exposição do conteúdo É a parte central do artigo. Será a exposição do resultado da pesquisa, logicamente, em parágrafos ordenados e com tamanhos equilibrados. O aluno deverá focar no tema, evitando, assim, fugir, se distanciar do que se propôs a pesquisar. Pergunta: como vou apresentar o conteúdo da minha pesquisa?39 Acredito que com as observações apresentadas, um pouco mais no plano teórico, e as que se seguirão, todas práticas, fruto da observação dos trabalhos em que de alguma forma participei, será possível elaborar um artigo científico apresentando o conteúdo da pesquisa.

39ZAMBAN, Neuro; BOFF, Salete Oro; LIPPSTEIN, Daniela, 2013, p. 120.


47

PARTE II

Orientações pragmáticas


48


49

PARTE II Orientações pragmáticas Neste item são descritos apenas alguns detalhes, comumente utilizados de maneira errada na elaboração e apresentação dos TCCs, não se pretendendo, de forma alguma, ser exaustivo, são descrições colacionadas resultantes da experiência do autor em orientações e participações em bancas. Saliente-se que, quiçá, algumas destas dicas já tenham sido tratadas na primeira parte do texto, orientações teóricas, todavia, como são erros comuns, torno a tratar do assunto.

9. Principais dicas práticas a. Cuidar das regras daABNT (principais

regras utilizadas no artigo) - título da obra citada deve ser em itálico

ou negrito – no rodapé, no caso das citações numéricas;

- todas as fontes utilizadas devem ser inseridas nas referências;

- O espaço entre os parágrafos é normal, não se aplica espaço duplo.

- normalmente se utiliza fonte 12, arial ou times new romam, e espaço entre linhas 1.5, não havendo espaço duplo entre parágrafos.

- Título principal do trabalho em maiúsculo, fonte 14, em negrito.

- Divisões (demais títulos), fonte 12, em negrito, primeira letra máscula.

- Folha A4; - margens: superior e esquerda é 3 cm;

inferior e direita 2 cm.


50

- Referências bibliográficas: um espaço simples, entre uma e outra.

- Deve-se distribuir o texto para que os títulos não sejam digitados em final de página e o respectivo texto na página seguinte.

b. Qual o problema da pesquisa? - respondeu, mostrou a resposta na

elaboração do artigo – na conclusão?

c. Palavras-chave - Devem ser em ordem alfabética, em

torno de três a cinco. - Não devem repetir palavras do título,

pois facilita a busca.

d. Introdução: - não dar a resposta, não indicar

conceitos. Não se adianta resultados. - Não se faz citações.

e. Referências - não colocar somente internet - sempre se de citar doutrina clássica, para

dar sustentação ao trabalho. f. Entre parágrafos - O espaço entre os parágrafos é normal,

não se aplica mais espaço duplo.


51

g. Citações vagas - Autores renomados indicam que.....

QUEM SÃO? O pesquisador deverá indicar os seus nomes e suas obras.

- a maioria dos autores, da jurisprudência........ QUEM, QUAL? Se o acadêmico não citar nomes e indicar jurisprudência certamente enfrentará problemas em sua defesa.

- É comum o autor falar em Tribunais Superiores e citar apenas um.

h. Trabalho Petição Inicial Não é interessante fazer inúmeras citações

diretas, defendendo seu posicionamento, já que o trabalho científico deve mostrar todas as variáveis e o pensamento do pesquisador, portanto, este deve refletir sobre o tema para responder sua pergunta.

O ideal é que o artigo leve o autor e o leitor a reflexão acerca do tema, assim, pode-se “desmontar” uma citação ou jurisprudência, estudando cada argumento do autor citado, refletindo suas ideias. É o que se convencionou chamar citação indireta.

i. Transições de capítulos Deve haver uma ligação entre os capítulos,

demonstrando a relação. Faz-se uma breve retomada do que se escreveu e ao mesmo tempo indica a temática seguinte.

Exemplo: “uma vez analisados os pressupostos que envolvem o instituo da coisa julgada, passaremos, agora, a analisar as possibilidades de sua relativização dentro do


52

contexto da ordem democrática, a partir da noção de ponderação entre a noção de dignidade humana e o princípio da segurança jurídica.”40 j. Jurisprudência – manualismo -

reverencialismo Ao final do capítulo, não se deixa uma

jurisprudência ou citação como fecho do texto, deve haver um comentário, ou melhor, uma explicação sobre a citação, após a retomada e indicação do texto seguinte.

As jurisprudências, bem como as citações, caso se opte pelas diretas, não devem ser muito extensas, preferindo-se a reflexão.

O manualismo se expressa na reprodução de textos, impedindo o desenvolvimento de novos conceitos, já que falta a reflexão do pesquisador. Deve-se ler, refletir e lançar o pensamento que foi gerado pelo raciocínio do acadêmico.

A mesma situação encontra-se no que se chama de reverencialismo, que são os argumentos de autoridade, com o fito de convencimento do texto do TCC.

Luciano Oliveira descreve que é a contaminação do estilo adotado no foro, onde é preciso convencer o juiz de que se está com o melhor direito.41

Carvalho enfoca que os trabalhos acadêmicos são repetitivos, calcados exclusivamente em revisão bibliográfica, resultando apenas em pesquisa de sinônimos de forma a reproduzir o

40 LEAL, Mônia Clarissa Hennig, 2009, p. 56. 41 OLIVEIRA, Luciano, apud CARVALHO, Salo, 2013, p. 163.


53

pensamento de terceiros, sem repetir ipisis litteris o conteúdo citado.42

k. Palavras incomuns e siglas : Deve-se explicar, conceituar, na primeira

aparição. Exemplo:

Ao citar um termo jurídico latino, siglas como STF, STJ, ou de organismos, etc.

l. O texto necessariamente deve responder ao título ou subtítulo

Deve-se, necessariamente, responder quais são as implicações, não apenas emitir conceitos.

Exemplo: Implicações psicológicas na teoria do delito:

Com este título o autor deverá responder quais são as implicações psicológicas consideradas pela teoria do delito, não apenas conceituar a teoria e as implicações psicológicas.

m. Aspectos históricos: Necessariamente citar fontes, pois

normalmente quem cita a origem e avanços de um instituto qualquer, não é historiador, portanto, o faz com base em pesquisa que deve ser citada.

42 Ibidem, p. 164.


54

o. Tratados Internacionais: Ao citar tratados internacionais é conveniente

citar o decreto de internalização no Brasil.

p. Abordagem proposta – mais de um viés Deve-se ter em mente que um trabalho pode

apresentar mais de uma alternativa como resposta ao problema.

No exemplo do estudo do dano ambiental transfronteiriço podemos apontar:

1º Aspecto:O tratamento jurídico da situação, ou seja, o acadêmico abordará a legislação aplicada pelo seu país em caso de dano.

2º Aspecto:O direito do indivíduo do país transfronteiriço em ter um ambiente equilibrado, sob a ótica jurídica internacional. q. Citação indireta: O número da nota de rodapé deve ser no final

da frase, pois, caso cite o nome do autor e insira a nota, poderá parecer que estará se referindo aos dados da pessoa citada.

r. Teorias estrangeiras É interessante ao tratar de teorias

estrangeiras citar a brasileira que se assemelha. Também é importante ao citar cortes

estrangeiras, como alemã, etc..., citar o que fala o STF sobre o assunto.

Exemplo:

Ao trabalhar a teoria do domínio do fato, é de bom alvitre citar a teoria brasileira,


55

apresentada no Código Penal, intitulada teoria restritiva

10. Observação: Por fim, observo o conteúdo de um artigo do

professor Lênio Streck descrevendo uma entrevista que uma aluna de direito concedeu a um meio de comunicação, demonstrando a precariedade dos TCCs que são elaborados.

Inicialmente observa que a ancoragem do trabalho, sobre direitos humanos, se deu em uma obra que tratava a ditadura como “suposta” e que a Constituição Federal criou o “direito de ser criminoso”. Óbvio, incontinente, o professor criticou, indagando se era a mesma constituição brasileira, já que esta não trata de direito de ser criminoso e, como poderia haver uma ancoragem inicial de um trabalho científico nestas afirmações.

Continua o professor relatando a entrevista da aluna. Faltando quatro dias para a entrega foi-lhe devolvido o trabalho com o parecer inapto para banca. Em quatro dias fez novamente o trabalho usando reportagens polêmicas e pouco opinando, apenas transformando o vocabulário dos textos jornalísticos. A banca recomendou à publicação.

Por fim, salienta o professor Lênio que o trabalho não responde aos mínimos questionamentos, como quem são os manos, já que o título inicial do trabalho falava em direito dos manos, não responde também, o que ela está criticando, se a Constituição tem muitos direitos, etc.43

43 STRECK, LÊnio Luiz. TCCs no Direito: como não se deve escrevê-los – retratos da crise. Disponível em www.conjur.com.br. Acesso em 11.12.2015.

http://www.conjur.com.br/


56

Infelizmente, TCCs como este não são exceções, são “escritos” em poucos dias ancorados em fontes acientíficas, apenas opinativa, empobrecendo o trabalho intelectual, já que não leva o acadêmico a refletir, apenas a ser um copiador. Deve haver um juízo crítico ao autor de um artigo científico, não deve ser constituído apenas em um relatório.

11. Considerações Finais Devem refletir o que foi tratado, jamais inserir temas que não foram, de alguma maneira, abordados ao longo do trabalho. Não há subdivisões, apenas retomar as principais idéias tratadas no texto. É conveniente que o autor se posicione, já que não há mais espaço teorias, por isso, também, não se elencam citações.44 Exemplo: Após realizar a presente pesquisa, considerando-se todos os dados coletados, observa-se que os acadêmicos do curso de direito, em especial, já que este material lhes é dirigido, ao concluir a faculdade, elaboram um artigo científico, por se tratar de requisito obrigatório. Não há dúvida que grande parte dos alunos estão despreparados, pois não se inserem em grupos de pesquisas e deixam para tratar da questão ao final do curso. Diante disso surgem inúmeras dificuldades, desde a escolha do tema, sua delimitação, até a formatação do texto, como artigo.

44 LEAL, Mônia Clarissa Henning, 2009, p. 55.


57

Assim, conclui-se que há necessidade de maior inserção científica durante o período letivo nas faculdades, ou, no mínimo, maior orientação ao acadêmico, para que esteja apto, ao final do curso a escrever um texto que reflita seus pensamentos e sua pesquisa, não apenas relatórios copiados com mudança de vocabulário.

Pretende-se que esta pesquisa colabore com tais necessidades acadêmicas, alçando-o a buscar orientações preliminares acerca do TCC, ainda em meio ao curso, para ter condições temporais de escolher um tema de seu agrado, que torne prazerosa a pesquisa.

12. Formatação de Artigo Científico Neste último ponto é apresentada a estrutura de um Artigo Científico, utilizando-se de todo o referencial teórico e pragmático trabalhado nesta obra.

DICAS PARA ESCREVER UM TCC

João Alexandre Netto Bittencourt45 RESUMO:Deve ser impactante. Deve

fomentar no leitor a vontade de ler o artigo. Há indicação científica que o RESUMO é lido 600 vezes mais que o artigo, justificando, portanto, que ele cause impacto, leve curiosidade ao leitor.(...)

45 Mestre em Integração Latino Americana pela UFSM, especialista em Educação para Direitos Humanos pela FURG, Lider de Grupos de Pesquisa cadastrados no CAPES, Professor de Direito Penal na ULBRA, campus Cachoeira do Sul.


58

PALAVRAS-CHAVE: Direito. TCC. Tema. ABSTRACT: Should be impressive. Should

encourage the reader to want to read the article. No scientific indication that the Summary is read 600 times more than the article, justifying therefore that it will have an impact, mild curiosity to the reader. (...)

KEYWORDS: Right. TCC. Theme. SUMÁRIO:1 Introdução. 1.1 Como Iniciar um

TCC. 2 Escolha do Tema. 2.1 Delimitação do Tema. 2.3 Relevância do Tema. 3 Problema. 4 Hipotese. 5 Tipos de pesquisa. 6 Métodos de Pesquisa. 6.1 Métodos de Abordagem. 6.2 Métodos de Procedimento. 7 Artigo Científico. 8 Considerações Práticas. 9. Formatação de Artigo Científico. 10 Conclusão. 11. Referências.

1. Introdução

É a apresentação do tema. O leitor deve ter presente, com clareza, o que será analisado, respondendo como, por quê, limitações e suas bases teóricas. (....) 2. Como redigir um TCC Ao se aproximar o final do curso o acadêmico deve elaborar uma pesquisa a fim de colar grau... 3. Aspectos teóricos para redigir um TCC Para redigir um TCC o pesquisador deve atentar-se, além da formatação, para as bases metodológicas.... 4. Aspectos Práticos para redigir um TCC


59

Além das bases metodológicas o acadêmico poderá ter seu trabalho arrefecido observando certos aspectos práticos que normalmente são tratados nas pesquisas e apresentação do trabalho na banca. 5. Conclusão

Devem refletir o que foi tratado, jamais inserir temas que não foram, de alguma maneira, abordados ao longo do trabalho. (...)

13. Referências(deste texto) AGNES, Clarice; Helfer, Inácio. Normas e Apresentação de Trabalhos Acadêmicos. 9 ed. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2011.

BALARDIM, Taiene. A relativização da coisa julgada inconstitucional: uma análise acerca do seu cabimento frente aos princípios da intangibilidade e da segurança jurídica. Revista Eletrônica do Curso de Direito de UFSM, Santa Maria, v. 7, n. 2, p. 174 – 204, 2012. BARBOSA, Alyne Patrícia da Silva; DUTRA, Andréa Katiane Bruch; SOUZA, Eliana Amoedo de. Normas Técnicas para Trabalhos Acadêmicos. 3 ed. Canoas: Editora Ulbra,2012. BITTENCOURT, Nathalie. Da Involuntariedade pelo Estado de Inconsciência da Agente no Crime de Infanticídio, 2015, 15f. Trabalho de Conclusão de Curso, Graduação em Direito – Universidade Luterana do Brasil, Cachoeira do Sul, 2015.


60

CARVALHO, Salo. Como não se faz um Trabalho de Conclusão. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Tradução de Cesar Cardoso de Souza. São Paulo: Editora Perspectiva, 1989.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

GODOI, Luiz Roberto Ungaretti. Crime Organizado e seu tratamento jurídico penal. Disponível em http://www.sapientia.pucsp.br. Acesso em 09.01.2015. GONÇALVES, Ana Alexandra Silva. O Crime Organizado em Portugal: sua caracterização e ambigüidades. Disponível em https://repositorio-aberto.up.pt. Acesso em 09.01.2015.

IMBELLONI, Luiz Eduardo. Títulos de Trabalhos Científicos: Obrigado pela informação contida em seu título. Disponível em www.scielo.br. Acesso em 12.02.2016.

LEAL, Mônia Clarissa Hennig. Manual de Metodologia da Pesquisa para o Direito. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2009.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria.Fundamentos de Metodologia Científica. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2013.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. São Paulo: Cortez Editora, 2012.



http://www.scielo.br/


61

ZAMBAM, Neuro; BOFF, Salete Oro Boff; LIPPSTEIN, Daniela. Metodologia da Pesquisa Jurídica. Florianópolis: Conceito Editorial, 2013.

dicas para redaÇÃo de um trabalho de conclusÃo … · paulo nader. agradecimentos inicialmente...

Documents