dicas de manutenÇÃo de carro

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Cuide bem da embreagem Quem tem carro com câmbio mecânico sabe como é desagradável conduzir com problemas no sistema de embreagem. É marcha que não entra, pedal duro, barulho excessivo e outros problemas que tornam o ato de dirigir um verdadeiro castigo. Para não ter que conviver com essa dor de cabeça, alguns cuidados são fundamentais. Além da manutenção básica, que é a troca do óleo da embreagem a cada 40 mil quilômetros ou conforme o indicado no manual do proprietário, é preciso ter em mente que a alavanca do câmbio não é apoio de mão. Ou seja, nada de ficar segurando a alavanca sem necessidade, principalmente, com o carro em movimento. Pois, isso pode provocar desgaste prematura de algumas peças. Em casos extremos, é necessária a substituição de todo o sistema, e dependendo do veículo, o prejuízo é grande. Dirigir com a mão apoiada na alavanca do câmbio força o desgaste de peças como luva de engate e anel sincronizador. O desgaste é ainda maior com o carro em movimento, pois as peças entram em atrito com mais facilidade. Dirigir com o pé no pedal ou dosando a embreagem na hora de subir uma ladeira, por exemplo, pode provocar o desgaste prematuro do colar de embreagem e do platô. Se o problema for descoberto cedo, apenas a troca de parte do sistema, por cerca de R$ 70,00, é suficiente para deixar tudo como novo. Mas se o problema persistir por muito tempo, a troca completa do kit de embreagem pode variar de R$ 320,00 até R$ 1,9 mil em carros importados. Para saber se sua embreagem apresenta algum problema, uma dica é executar um simples teste logo pela manhã, de preferência em um local silencioso. Dê a partida no veículo e deixe-o em ponto-morto. Observe se há algum barulho diferente e, em seguida, pise na embreagem até o final. Se o barulho diminuir, pode ser ser sinal de óleo de câmbio baixo ou pressão do disco baixa. Outra maneira é verificar se há manchas de óleo no chão da garagem ou no local onde o veículo passou a noite. Mas atenção: alguns carros da Fiat ou veículos equipados com motor AP podem ter vazamentos sem necessariamente deixar cair pingos de óleo no chão. Fique por dentro • Óleo. Verifique o nível de óleo da embreagem a cada 40 mil quilômetros ou conforme orientação do manual do proprietário. • Pedal. Evite descansar ou apoiar o o pé no pedal da embreagem pois pode causar desgaste de rolamentos e discos de embreagem. • Alavanca. Evite dirigir com a mão apoiada na alavanca do câmbio pois pode provocar desgaste de peças como a luva de engate e o anel sincronizador. • Ladeira. Nunca segure o veículo nas ladeiras usando a embreagem e o acelerador, pois esse procedimento, além de aumentar o consumo de combustível, pode ainda provocar desgaste do disco de embreagem e do platô. • Barulho. Para verificar alguma anomalia no sistema de embreagem, ligue o carro pela manhã, coloque em ponto morto e pise no pedal da embreagem. Note se há mudança document.doc Página 1 de 124

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Page 1: DICAS DE MANUTENÇÃO DE CARRO

Cuide bem da embreagem

Quem tem carro com câmbio mecânico sabe como é desagradável conduzir com problemas no sistema de embreagem. É marcha que não entra, pedal duro, barulho excessivo e outros problemas que tornam o ato de dirigir um verdadeiro castigo. Para não ter que conviver com essa dor de cabeça, alguns cuidados são fundamentais.

Além da manutenção básica, que é a troca do óleo da embreagem a cada 40 mil quilômetros ou conforme o indicado no manual do proprietário, é preciso ter em mente que a alavanca do câmbio não é apoio de mão. Ou seja, nada de ficar segurando a alavanca sem necessidade, principalmente, com o carro em movimento.

Pois, isso pode provocar desgaste prematura de algumas peças. Em casos extremos, é necessária a substituição de todo o sistema, e dependendo do veículo, o prejuízo é grande.

Dirigir com a mão apoiada na alavanca do câmbio força o desgaste de peças como luva de engate e anel sincronizador. O desgaste é ainda maior com o carro em movimento, pois as peças entram em atrito com mais facilidade.

Dirigir com o pé no pedal ou dosando a embreagem na hora de subir uma ladeira, por exemplo, pode provocar o desgaste prematuro do colar de embreagem e do platô. Se o problema for descoberto cedo, apenas a troca de parte do sistema, por cerca de R$ 70,00, é suficiente para deixar tudo como novo. Mas se o problema persistir por muito tempo, a troca completa do kit de embreagem pode variar de R$ 320,00 até R$ 1,9 mil em carros importados.

Para saber se sua embreagem apresenta algum problema, uma dica é executar um simples teste logo pela manhã, de preferência em um local silencioso. Dê a partida no veículo e deixe-o em ponto-morto. Observe se há algum barulho diferente e, em seguida, pise na embreagem até o final. Se o barulho diminuir, pode ser ser sinal de óleo de câmbio baixo ou pressão do disco baixa.

Outra maneira é verificar se há manchas de óleo no chão da garagem ou no local onde o veículo passou a noite. Mas atenção: alguns carros da Fiat ou veículos equipados com motor AP podem ter vazamentos sem necessariamente deixar cair pingos de óleo no chão.

Fique por dentro

• Óleo. Verifique o nível de óleo da embreagem a cada 40 mil quilômetros ou conforme orientação do manual do proprietário.• Pedal. Evite descansar ou apoiar o o pé no pedal da embreagem pois pode causar desgaste de rolamentos e discos de embreagem. • Alavanca. Evite dirigir com a mão apoiada na alavanca do câmbio pois pode provocar desgaste de peças como a luva de engate e o anel sincronizador.• Ladeira. Nunca segure o veículo nas ladeiras usando a embreagem e o acelerador, pois esse procedimento, além de aumentar o consumo de combustível, pode ainda provocar desgaste do disco de embreagem e do platô. • Barulho. Para verificar alguma anomalia no sistema de embreagem, ligue o carro pela manhã, coloque em ponto morto e pise no pedal da embreagem. Note se há mudança no barulho de funcionamento do veículo. Isso pode indicar óleo de câmbio baixo ou pressão do disco baixa.• Marcha. Nunca saia em 2ª marcha para não forçar a embreagem e o motor.

Deixe os pneus sempre em dia

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Page 2: DICAS DE MANUTENÇÃO DE CARRO

Se existe um componente no seu carro que é exigido ao extremo todos os dias, o pneu certamente seria a escolha número 1. É ele o responsável por segurar o veículo nas curvas, grudar o carro no chão durante uma frenagem mais brusca, passar por cima de buracos com suavidade, tudo isso com segurança.

Mas, para que o pneu consiga dar conta de tanta responsabilidade, é preciso uma manutenção preventiva, que apesar de simples ainda é muito negligenciada.

O primeiro cuidado básico com o pneu está na correta calibragem do sistema. O ideal é conferir a pressão com os pneus ainda frios.

Para isso, procure um posto de gasolina ou a borracharia mais próxima de sua casa logo pela manhã, assim que sair da garagem. Rodando pouco, o pneu terá pouco tempo para esquentar e a pressão marcada estará bem próxima da ideal.

Essa medida deve ser feita semanalmente, de preferência sempre no mesmo ponto.

A calibragem dos pneus deve obedecer o que está indicado no manual do proprietário. Pneus com pouca pressão favorecem o desgaste lateral da borracha. Já pressão demais, o desgaste será na parte central do pneu. O ideal é conferir toda semana, sempre no mesmo local, já que já diferenças de pressão entre um calibrador e outro.

Outra maneira de evitar o desgaste prematuro está em fazer periodicamente o alinhamento e balanceamento dos pneus. O ideal é realizar a operação a cada 5 mil quilômetros. Já o rodízio dos pneus, também importante para manter um desgaste uniforme, pode ser feito a cada 5 ou no máximo 10 mil quilômetros.

Um cuidado importante mas pouco observado pelos motoristas é a calibragem do estepe.

Como é pouco utilizado, é comum a peça estar vazia ou com pouca pressão na hora do uso. O ideal é verificar sempre o estepe e calibrá-lo com cinco libras a mais que a indicada no manual do proprietário.

Uma direção cuidadosa e responsável também é fundamental para a boa conservação dos pneus. Observando tais cuidados, um pneu pode chegar aos 40 mil quilômetros ainda em boas condições.

Para isso é importante evitar arrancar cantando pneu e também freadas bruscas que provoquem o desgaste excessivo de apenas uma parte da borracha. Isso se consegue dirigindo o carro com cautela. Também é preciso cuidado ao passar por buracos, já que o impacto pode provocar bolhas ou causar um empeno na estrutura.

F ique por dentro 

•  Faça o alinhamento e balanceamento a cada 5 mil quilômetros.• Faça o rodízio dos pneus a cada 5 mil quilômetros ou, no máximo, a cada 10 mil quilômetros.• Verifique a pressão dos pneus uma vez por semana. A pressão correta está no manual do usuário.• Verifique periodicamente o estepe e calibre-o com 5 libras a mais que a indicada no manual do usuário.• Faça a calibragem com os pneus frios. Para isso, procure pela manhã, logo após tirar o carro da garagem, a bomba mais próxima de sua residência.• Evite bater em buracos ou subir em calçadas.• Evite freadas bruscas que possam travar as rodas. Se possível, dose a força no pedal do freio para evitar o travamento.• Evite arrancar com o veículo cantando pneu.

Cuidados com o sistema elétrico

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Page 3: DICAS DE MANUTENÇÃO DE CARRO

Se você quer que seu veículo funcione sempre com força total, é melhor não descuidar do sistema elétrico. A falta de manutenção preventiva pode deixar você parado na rua. E o que é pior. Em casos mais graves, a bateria pode até explodir.

Uma revisão elétrica, feita como cortesia em muitas casas especializadas, evita maiores dores de cabeça.

Em uma revisão, o técnico vai verificar a bateria, o alternador, o regulador de voltagem, a corrente de fuga e o nível do líquido interno da bateria. O alternador, junto com o regulador de voltagem, são as peças que mantêm a bateria carregada quando o veículo está em funcionamento. Problemas nessas partes podem gerar sobrecarga, que vai secar e até estourar a bateria, ou uma sub-carga. Nesse caso, a bateria vai receber menos energia do que deveria e, assim, será descarregada.

Durante a partida, a bateria gera força para o motor de arranque, que coloca o motor do carro em funcionamento. Daí em diante, o motor do carro faz girar o alternador, que é quem gera energia para todo o veículo, inclusive para recarregar a bateria. Se por um problema o alternador gerar menos energia do que a necessária para manter a parte elétrica do veículo abastecida, o automóvel passará a retirar da bateria a energia necessária. Resultado? A bateria se descarrega com mais facilidade.

Esse problema também pode acontecer com a instalação de acessórios elétricos no veículo além do suportado pelo alternador. Faróis extras e até sistemas de som mais potentes podem exigir mais energia do que o alternador é capaz de fornecer. Novamente, é a bateria quem passará a ceder energia até descarregar.

Outro fator importante a ser verificado em uma revisão é a corrente de fuga. Mesmo com o carro desligado, a bateria ainda é responsável por manter vários dispositivos elétricos em ordem, como o relógio do veículo ou a memória do rádio. Em uma situação normal, a bateria pode fornecer energia por até 30 dias. Mas se algum dispositivo estiver recebendo energia além do previsto, a bateria poderá ficar sem carga em apenas cinco dias. É o caso de voltar de viagem e encontrá-la descarregada.

De olho no amortecedor

Buraco e pista irregular. Quem roda de carro pelas ruas sabe que é quase impossível se livrar desses problemas. Para garantir a segurança do automóvel e, principalmente, de seus ocupantes,

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Page 4: DICAS DE MANUTENÇÃO DE CARRO

o motorista deve sempre estar atento ao sistema de suspensão do carro. Detectar suas principais falhas e como manter o plano de manutenção em dia.

A vistoria deve começar pelos amortecedores. Para saer se estão funcionando bem, o ideal é fazer um teste em oficina com aparelhos especializados. Mas, para uma rápida verificação, pressione com força os cantos da carroceria para baixo, notando se ela oscila mais uma vez e meia. Caso isso aconteça, é hora de mudar os amortecedores. Especialistas recomendam que a troca desse equipamento seja feita a cada 40 mil quilômetros ou quando o veículo completar dois anos de uso.

A mola é outro item que merece cuidados especiais. A peça, que permanece acionada pelo peso da carroceria e carga do veículo, sofre muito desgaste. Para ter certeza de que as molas estão em boas condições, basta verificar se há marcas de desgastes entre os elos, o idela é que elas sejam trocadas junto com os amortecedores.

Outro problema causado pelas estradas irregulares e os buracos é o desalinhamento do veículo. Ao entrar em contato com a pista fora do ângulo estabelecido pelo fabricante, os pneus sofrem desgaste irregular e acima do normal, o que prejudica a estabilidade.

Para evitar a perda dos pneus, o recomendável é alinhar e balancear o carro a cada 5 mil quilômetros. Além disso, também é importante fazer um rodízio dos pneus, a fim de aumentar a vida útil deles.

Equipamentos como a bucha e o pivô também devem ser observados. Não use óleo para lubrificar as buchas, pois o efeito pode ser o contrário. Alguns tipos de óleos ressecam a peça. Já o pivô, responsável pela articulação entre os componentes da suspensão, deve ser vistoriado sempre que o carro for passar por reparos no sistem ade amortecimento.

Um alerta para quem costuma comprar peças usadas: esses equipamentos podem comprometer sua segurança. Por isso, quando o problema for a suspensão, prefira peças novas e de boa qualidade.

Prolongue a vida do motor

O motor de um carro, quando bem cuidado, pode chegar a 200 mil quilômetros sem maiores preocupações. Mas se as manutenções preventivas não forem feitas de maneira correta ou no

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prazo certo, o motor pode ir para a retífica antes dos 50 mil quilômetros rodados.

A dica básica para manter o motor em ordem é realizar as trocas de óleo dentro do prazo estipulado pelo fabricante e sempre manter o mesmo tipo de lubrificante na hora de completar. A mistura de sintéticos com minerais, por exemplo, pode criar um choque químico e transformar o óleo em uma pasta gelatinosa que perde a capacidade de lubrificação.

Outro cuidado está na troca do filtro de ar. Se o filtro estiver ruim, a poeira entra no cilindro e se acomoda.

Outro cuidado básico para evitar problemas no motor é verificar a correia dentada. Se ela se romper, poderá empenar as válvulas e até quebrar o cabeçote. O prazo para a troca da correia está especificado no manual do proprietário.

O aumento do consumo do óleo e gasolina, e a redução no desempenho do veículo são sintomas de que é preciso fazer uma revisão completa ou retífica. Além disso, a presença de uma fumaça cinza azulada saindo do escapamento significa que o motor está queimando óleo dentro do cilindro. Isso pode ser provocado por desgaste do cilindro ou dos retentores (vedam e retêm óleos, graxas e outros fluidos). Com o tempo, a queima de óleo na câmara de combustão acentuará a carbonização do motor, prejudicando o funcionamento.

Por fim, é importante ficar atento às indicações no painel. Caso a luz de pressão do óleo acenda, deve-se parar na hora. O mesmo acontece com o mostrador de temperatura. Problemas no radiador provocam um superaquecimento do motor, que pode travar e implicar em uma retífica prematura.

Refresco para o motor

O calor, aliado às inúmeras horas de congestionamento, não é um problema apenas para você. Essa combinação pode ser fatal para o motor do seu carro. Mas, para fugir dessas situações, basta tomar alguns cuidados com o sistema de arrefecimento do veículo.

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O primeiro passo é adicionar bons aditivos ao líquido de arrefecimento, e na proporção correta. A troca do líquido deve ser feita a cada 20 mil quilômetros. O ideal é balancear o sistema com 40% de aditivo e 60% de água. Depois disso, o motorista deve acompanhar o nível do líquido e completar sempre que estiver baixo. O ideal é medir o fluxo quando o carro estiver frio.

Além desses cuidados, o motorista deve ficar atento a sintomas de problemas, como gotas de óleo misturadas na água e necessidade de completar sistematicamente o nível do líquido. Podem ser indícios de que houve queima da junta do cabeçote – peça que veda a passagem de água e óleo.

É preciso verificar se as mangueiras superiores e inferiores do carro estão flexíveis. Mangueiras ressecadas devem ser substituídas rapidamente, afinal, elas fazem a conexão entre todos os componentes do sistema de arrefecimento.

Em seu percurso, o líquido de arrefecimento passa por diversos equipamentos efetuando a troca de calor. Quando essa temperatura chega aos 90º graus – calor suportado pelos carros atuais –, entra em cena um outro componente do sistema: a bomba-d’água, responsável pela circulação da água por todo esse circuito.

Componentes do sistema, como braçadeiras e válvula termostática, também devem passar por uma inspeção anual. O ideal é fazer a troca da braçadeira quando ela estiver enferrujada. Já a válvula, um bom mecânico pode avaliar se ela está funcionando bem, mas lembre-se de que o sistema de arrefecimento não pode ficar sem ela.

Bomba de combustível

Combustível de má qualidade, sujeira no tanque de abastecimento, gasolina velha e fora da validade. Basta um desses fatores para que uma importante peça do seu carro comece a apresentar problemas. A bomba de combustível.

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Como o próprio nome já diz, ela é responsável por bombear o combustível do tanque até o circuito de injeção. Mas o que é preciso fazer para manter o sistema em perfeito funcionamento?

Uma regra fundamental é nunca permanecer por longos períodos com pouco combustível no tanque. A idéia de abastecer sempre o mínimo para chegar em casa ou ao trabalho pode comprometer o funcionamento do sistema.

Isso acontece pois nos veículos atuais a

está instalada dentro do tanque e o próprio combustível se encarrega de resfriar o equipamento.

Com pouco combustível, parte da bomba fica em contato com o ar, esquentando mais fácil e trabalhando de maneira forçada. O ideal é manter pelo menos 1/4 de combustível no tanque, quantidade suficiente para cobrir a bomba e mantê-la resfriada.

Se o carro demora a pegar pela manhã, se é preciso girar a chave três ou mais vezes para que o motor entre em funcionamento, é provável que a bomba já esteja sem força.

Andar sempre com pouco combustível também faz com que resíduos e impurezas se acumulem no fundo do tanque. O acúmulo se torna ainda mais rápido com o uso de gasolina de má qualidade. A bomba pode parar de funcionar, os bicos injetores acabam entupindo e em alguns casos é necessário a troca do sistema.

Problemas na bomba de combustível são muito comuns entre taxistas que usam o gás veicular como combustível.

Como usam pouco a gasolina, o combustível acaba ficando velho e pode até apodrecer dentro do tanque. A gasolina vira uma graxa fedorenta e o jeito é fazer uma limpeza do tanque. Em muitos casos, os bicos injetores também entopem. A gasolina tem um prazo de validade e mesmo quem utiliza gás natural como combustível deve andar alguns quilômetros por dia na gasolina, para ajudar a lubrificar o sistema e evitar que o combustível estrague dentro do tanque.

De olho no catalisador

De repente você pisa fundo no acelerador e o carro não desenvolve, fica frouxo. Você então olha para o painel de instrumentos e vê que a temperatura do motor está alta. O problema pode estar

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em uma peça que muita gente sequer lembra que existe. O catalisador. Mas qual a função dele?

Instalado no sistema de escapamento do veículo, a principal função do catalisador é reduzir a poluição gerada pela queima do combustível. A vida útil de um catalisador dura em média 60.000 a 80.000 quilômetros mas o uso de gasolina de má qualidade ou pancadas provocadas por lombadas ou buracos podem reduzir esse tempo.

Os gases expelidos pelo motor entram no catalisador, que funciona em temperaturas elevadas (cerca de 350º C) e sofrem uma reação capaz de reduzir em até 70% a emissão de gases poluentes.

Dentro do catalisador há uma colméia de cerâmica, amianto e metais como paládio, rádio ou molibdêmio, responsáveis pela transformação dos gases. O uso de gasolina de má qualidade, com o tempo, provoca o entupimento do catalisador, obrigando os gases a retornarem para o motor. Isso gera perda de potência e superaquecimento do veículo.

Outro problema está nas lombadas e buracos. Ao sofrer uma pancada, a cerâmica presente dentro do catalisador pode se soltar e os pedaços acabam entupindo a saída dos gases, também provocando perda de potência e superaquecimento.

Segundo Charles Araújo da Silva, da WS Escapamentos, em Vitória, a vida útil do catalisador cai drasticamente com o uso de gasolina de má qualidade.

Geralmente o equipamento é feito para durar em média cinco anos, mas devido à qualidade ruim de nossa gasolina, que em alguns casos é misturada, a troca chega a ser feita em um ano.

O catalisador é uma peça relativamente cara mas seu uso é obrigatório.

Limpeza especial

Praia, sol e mar. A mistura é perfeita para quem quer curtir o verão, mas para o seu carro esse trio pode ser sinônimo de perigo. Especialistas explicam que a maresia, a água do mar, a areia e os produtos consumidos à beira-mar podem causar danos irreversíveis ao veículo.

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Em contato com a pintura e o estofado, a cerveja, o refrigerante e os doces, por exemplo, corroem o verniz e contribuem no aparecimento de mofo.

As espumas usadas nos bancos, hoje, retêm o líquido que cai no estofado. A dica de prevenção é usar uma capa nos bancos do automóvel.

Atualmente, é possível comprar capas personalizadas – o tecido imita o estofado original do veículo.

No caso da lataria, uma boa saída é fazer a proteção de pintura do carro.

A areia é outro inimigo dos automóveis. Em contato com os componentes da suspensão e freios, causa um desgaste prematuro de algumas partes móveis. Além disso, a areia levada para dentro do carro quando é hora de ir embora pode estar contaminada com bactérias.

Quando esses problemas acontecem, o ideal é levar o veículo a uma empresa especializada, onde há equipamentos apropriados para fazer uma lavagem VIP.

Tomando esses cuidados , você evitará que a ferrugem, as manchas e a maresia danifiquem seu veículo.

Pare para olhar os freios

Tão importante quanto colocar um carro em movimento é conseguir pará-lo com segurança. Para isso é preciso um cuidado especial no sistema de freios. Queda no nível de fluido, pedal duro, desvio de frenagem ou demora para frear são sinais de que é necessário uma revisão. Mas o motorista não precisa deixar o sistema chegar a esse ponto para verificar o que há de errado. Uma manutenção preventiva além de mais barata também prolonga a vida útil dos componentes.

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O primeiro cuidado a ser tomado está na troca do óleo. É bom verificar o nível a cada 5 mil quilômetros e substituir o fluido a cada 10 mil quilômetros ou 12 meses, ou de acordo com o que determina o manual do usuário. Aqui o motorista deve ter atenção. Utilize o fluido indicado pela montadora, pois um óleo não adequado pode reduzir a eficiência do sistema ou danificar todo o conjunto.

Problemas no equipamento de frenagem do veículo podem resultar em uma demora na hora de parar o carro ou em um aumento no curso do pedal. Nesse caso, pode haver um desgaste nas lonas, vazamentos ou ar no circuito hidráulico, provocado pelo excesso de aquecimento nos freios da roda.

A falta de manutenção pode levar a uma pane no sistema que em alguns casos pode provocar acidentes. Sinais visíveis de óleo no sistema de freios podem significar vazamentos, o que compromete a capacidade de frenagem do carro. Outro problema comum é o entupimento do sistema, pois o óleo pode ficar mais grosso e bloquear os mangotes. O carro passa a frear mais de um lado, demora mais a parar e o risco de se envolver em um acidente é grande.

Outros problemas comuns que denunciam problemas no sistema de freios é a existência de ruídos, gerado em grande parte por problemas nas pastilhas ou pedal duro, causado por avarias no servo-freio.

Ao trocar as pastilhas de freio ou outro componentes é fundamental utilizar peças originais. Materiais de má qualidade ou não especificados pelo fabricante podem danificar o sistema e reduzir a capacidade de frenagem do automóvel.

Restauração do pára-brisa

A viagem seguia tranqüila, o sol brilhava, enfim, um passeio perfeito. De repente, você ouve um estalo e percebe aterrorizado uma trinca no pára-brisa. Calma, antes de ficar desesperado saiba que boa parte das rachaduras tem conserto. Mas para isso é preciso conhecer que tipo de dano é possível ser reparado ou não.

Basicamente, existem três tipos de trincados. O tipo linha, que parece um risco retilíneo, o tipo

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estrela (onde de um ponto surgem outros riscados que seguem por direções variadas) e o tipo olho de boi, formado por um pequeno lascado redondo no vidro de onde saem vários riscos.

O reparo pode ser realizado desde que o trincado não esteja na zona de visão do motorista, já que a restauração cria uma distorção ótica que pode atrapalhar a condução segura do veículo.

No trincado do tipo linha, o tamanho máximo a ser reparado não pode ser maior que 10 centímetros. Já nos tipos olho de boi e estrela, esse tamanho não pode ser maior que 4 centímetros. Nesses casos, é aplicada uma resina que torna o trincado branco. O dano não desaparece, mas evita que ele aumente de tamanho comprometendo o pára-brisa, o que poderia levar à troca completa do vidro.

A maior parte dos danos no pára-brisa é causada por pedras lançadas por outros veículos que trafegam na pista.

Se uma estrada tem muito trânsito e há pedras na via, as chances de ser atingido por uma delas é grande.

Já atendi casos de motoristas que tiveram o vidro novamente trincado menos de 20 quilômetros após o reparo ter sido feito. Evitar andar em estradas com muitas pedras ou manter uma boa distância de um caminhão reduz as chances de danos no pára-brisa, mas ser atingido ou não é questão de sorte.

Outro fator que pode provocar trincados no pára-brisa é uma lanternagem mal feita após um acidente. O motivo é que os vidros recebem cerca de 40% da força de torção exercida pelo teto.

Como evitar trincas ou rachaduras:

• Evite andar em estradas com muitos buracos ou pedras, já que elas podem ser arremessadas por outros veículos e atingindo o pára-brisas.• Evite andar muito próximo de caminhões ou veículos grandes, pois as chances deles arremessarem uma pedra contra o seu pára-brisa é grande.• Em caso colisões, leve o veículo a boas oficinas de lanternagem, já que boa parte da torção provocada pelo peso do teto é sustentada pelos vidros. Um serviço mal feito pode aumentar a carga contra os vidros, trincando-os ou rachando-os

Troca do óleo: mitos e verdades

O início de dezembro marca os preparativos para as festas de fim de ano e as férias, ou seja, aumenta o número de viagens e carros nas estradas. Por isso é fundamental estar atento à lubrificação do veículo. Há muitos mitos, verdades e curiosidades sobre o assunto.

O primeiro mito é em relação à densidade do óleo. Há quem acredite que quanto mais grosso, melhor. E se estiver negro, é porque perdeu a eficácia. Mas não é bem assim. O óleo claro pode ser

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mais viscoso (grosso) do que o escuro e vice-versa.

Nos carros mais novos, a própria fábrica orienta para que sejam utilizados produtos sintéticos, devido ao seu grau de lubrificação e por dar um melhor rendimento ao motor.

Já a cor do óleo se refere a uma de suas funções, que é a de manter o motor limpo. O produto mantém em suspensão as impurezas que não foram detidas pelo filtro, daí a cor escura.

Outro detalhe importante é quanto à verificação do nível e à troca do óleo. Devem ser feitas com o motor quente ou frio? As duas coisas. O motor deve estar frio na hora de verificar o nível, e quente, na troca.

Quando o motor do carro está quente (após uns 20 minutos ligado), ele faz com que o óleo fique mais fino e escorra com facilidade. Já o nível deve ser verificado com o veículo frio, exatamente pelo mesmo motivo. Se estiver quente, o produto desce e esconde a real situação do motor. A verificação precisa ser feita em local plano, para que não dê uma falsa sensação de nível.

A medida do óleo tem que estar no local certo. Se ficar abaixo do nível da vareta, o motor pode ser prejudicado por falta de lubrificação. Mas se ficar acima, haverá aumento de pressão no cárter, podendo ocorrer vazamentos e até a ruptura das bielas. O excesso ainda suja velas e válvulas e danifica o catalisador.

Vale ressaltar que até os carros novos consomem óleo, e que o fato de o automóvel estar baixando o nível não significa que está com problema. O normal de consumo é de meio litro de óleo para cada mil quilômetros rodados, mas isso varia de acordo com o fabricante.

Da mesma forma, um carro novo, cujo nível permanece estável, também precisa ter o óleo trocado. O prazo varia conforme as especificações do fabricante. Mas no geral é a partir dos 8 mil quilômetros rodados. Além disso, caso contrário, suas impurezas irão sujar o produto novo.

Amortecedores em bom estado

Janeiro, mês de férias, época do ano em que muitas pessoas planejam viajar. E com muitas estradas em más condições, é necessário realizar a revisão dos amortecedores para não ter problemas durante o passeio. Os amortecedores são fundamentais para manter o contato permanente entre o pneu e o solo.

O equipamento com vida útil ultrapassada provoca diversos riscos ao automóvel, como aquaplanagem, desgaste prematuro dos pneus, balanço excessivo do carro, ruídos na suspensão e perda de estabilidade. Um veículo com apenas um amortecedor com 50% de utilização, andando a

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50 km/h, pode aumentar a distância de frenagem em dois metros. Se os quatro amortecedores estiverem 50% gastos, e o automóvel fizer uma curva a 57 km/h, pode-se perder o controle.

Em uma estrada, os amortecedores se comprimem aproximadamente 2.625 vezes a cada mil metros percorridos, o que corresponde a 105 milhões de ações estabilizadoras a cada 40 mil quilômetros.

A melhor forma de evitar que os amortecedores sejam danificados é evitar o excesso de peso no carro.

No momento da revisão, se for detectada a necessidade de troca do amortecedor, o consumidor deve ter muita atenção para não instalar um equipamento falsificado, que além de colocar a vida do motorista e dos passageiros em risco, pode causar sérios problemas ao carro. O amortecedor falsificado ou recondicionado é uma peça usada. 

DurabilidadeO amortecedor tem vida útil entre 40 mil km e 60 mil km rodados.

PerigosO equipamento com vida útil ultrapassada provoca diversos riscos ao automóvel, como aquaplanagem, desgaste prematuro dos pneus, balanço excessivo do carro, ruídos na suspensão e perda de estabilidade.

• SugestãoA melhor forma de evitar que os amortecedores sejam danificados é evitar o excesso de peso no carro.

Combatendo a ferrugem

Chuva, sol e maresia. Resultado: ferrugens, bolhas e podres. A lataria requer atenção redobrada nessa época do ano, devido as variações climáticas. Alguns modelos de veículos são mais suscetíveis ao aparecimento de corrosão. Isso acontece, inclusive, com carros novos. O fato é que se o problema não for solucionado a tempo, o prejuízo pode ser grande e até irreversível.

A verdade é que não existe cura para o podre. A garantia sempre foi para a pintura e não para a lataria. Quanto o metal chega neste estado, mesmo que seja retirada a parte afetada e colocada

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uma outra placa no local, mais cedo ou mais tarde o podre voltará onde estão os pontos de solda. O que existe é a prevenção para que o carro não chegue a esse ponto

O grande vilão dos automóveis aqui do Estado é a maresia, em especial, para os carros que trafegam próximos as regiões litorâneas. Outro fator de risco é a exposição ao sol forte.

O carro fica muito tempo exposto ao sol e isso afeta o verniz, resseca e deixa a lataria desprotegida, e abre pequenos rachados. A maresia se instala nessas regiões. A chuva vem e a situação piora. Aparece a ferrugem, que costuma soltar uma pequena escama. Quando chega a dar bolha, é porque a lataria já está podre.

Outro ponto importante é que qualquer veículo, independente do ano, está sujeito a problemas com a lataria. Contudo, alguns modelos apresentam problemas típicos.

O Escort costuma dar corrosões nos cantos dos vidros, embaixo da bateria e no painel interno. No Tempra aparece nos cantos dos vidros, enquanto que no Monza é na borracha do teto. Já no Uno aparece mais nas portas. É recebido nas oficinas, carros ano 2005/06 com podres.

Uma solução seria o trabalho preventivo. O espelhamento – um produto aplicado na lataria – além de realçar o brilho, aumenta a durabilidade da pintura por cerca de um ano. Em alguns casos é utilizado até zarcão marítimo, o mesmo produto aplicado nos cascos dos navios.

Dicas

• Ao estacionar – Procure deixar o veículo na sombra. Quanto menos exposição ao sol, melhor para a lataria. Além disso, sempre que enfrentar uma chuva, após chegar ao destino, procure secar o carro.

• Na oficina – Se o proprietário tiver condições, caso a corrosão seja muito grande, o ideal é trocar a peça inteira e não apenas restaurar um pedaço.

Luz do painel indica possíveis problemas

Quando as luzes de alerta do painel do veículo acendem significa que algo está errado e que o motorista deve se dirigir imediatamente a uma oficina especializada. Ignorar o aviso e rodar nessas circunstâncias pode levar o motor a fundir. Freio, bateria, temperatura e óleo são as luzes mais importantes.

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No caso da luz do óleo, se o motorista não parar o carro, vai bater o motor. Ela acende por vários fatores tais como baixo nível de óleo, produto com data de validade vencida, ou problemas com o sensor de pressão.

Já a luz de freio informa se o freio de mão está acionado ou avisa quando está baixo o reservatório de óleo de freio. Neste caso pode haver uma falta de pressão hidráulica, que causará a perda de eficiência ou falha no sistema de frenagem.

No caso da temperatura, a luz serve para indicar um defeito no sistema de ventilação do motor. Pode ser que o nível de água esteja baixo, problemas no motor do ventilador, rompimento de uma mangueira de água ou falhas no próprio sensor. É recomendável checar toda semana o nível da água.

A luz de bateria serve para avisar o motorista quando há algum problema no alternador – que carrega a bateria e fornece energia para o carro.

As luzes mais importantes em um veículo são as de temperatura e óleo, pois costumam indicar algum problema sério no motor.

Em ambos os casos o motorista deve parar e desligar imediatamente o carro.

Correia dentada problema silencioso

Ela dificilmente faz ruídos ou dá qualquer outro indício de que está com problema. Porém, quando chea a romper, pega o motorista de surpresa e, o pior, trava o motor do carro, podendo quebrar

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válvulas e o eixo de comando. É por isso que a correia dentada merece atenção especial nas revisões mecânicas.

Ela sofre um desgaste natural, assim como os pneus. A troca deveria ser feita, no máximo, com 60 mil quilômetros rodados. A ruptura da peça geralmente ocorre por falta de manutenção.

A correia dentada é responsável por ligar o eixo-comando de válvulas ao virabrequim do motor, sincronizando-os e fazendo com que as válvulas de admissão e de escapamento se abram e fechem no momento exato.

Quando ela se parte, as válvulas se movimentam de forma desordenada e, por inércia de funcionamento, os pistões permanecem subindo e descendo por algum tempo. Nesse período, de acordo com as características construtivas do motr, pode ocorrer de pistões e válvulas se chocarem, com grande possibilidade de empenamento das válvulas e de danos às cabeças dos pistões.

Outros problemas que podem acontecer são: correias frouxas, desalinhamento de polias, excesso de tensão, polias gastas, óleo ou graxa na correia, desgaste excessivo ou estrias causadas pelo roçar em cortes ou obstruções, flange da polia danificada.

Por isso o ideal é que , quando for trocar a correia dentada, substituir outros componentes do sistema como rolamento das polias e o esticador. Em alguns carros, também deve-se verificar a bomba d´agua, pois e acionada pela correia.

Muitos confundem o problema com falhas da bateria, mas a quebra da correia dentada é um defeito mecânico.

Uma dica para saber distinguir o que pode estar levando à paralização do motor é verificar o painel do carro. Se ele acende normalmente e o motor "vira leve" quando é acionado, há grandes chances de algo estar errado na correia dentada.

Época de chuva, atenção com o motor

Saber lidar com o veículo no período de chuva é fundamental para não tomar prejuízos que chegam a R$ 3 mil, como a reparação do motor, por exemplo. Quando o assunto é água, o sistema

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de distribuição é um dos que merece maior atenção. Afinal, ele é responsável em fazer o carro funcionar.

O "vilão" de qualquer automóvel é a poça d'água. Além de esconder buracos, ela pode ter profundidade suficiente para que o motor aspire o líquido pelo filtro de ar, semelhante ao que acontece quando o motorista arrisca a passar por ruas alagadas.

O motor tem um sistema que puxa ar para sua refrigeração. Se ao invés disso vier água, ela vai entrar, se misturar ao óleo e travar tudo.

Corre o risco da caixa do motor trincar e a perda pode ser total.

Para evitar esse problema, o ideal é nunca passar em áreas com grande volume de água, mas se for necessário, o certo é ir o mais lento possível e não rápido como a maioria faz.

Quando anda com o carro rápido nessas circunstâncias, cria ondas que vão elevar o nível de água a ponto do motr aspirá-la. Outro erro comum, é ir no vácuo do ônibus na tentativa de pegar um terreno mais seco. Nesse caso, as ondas também, se formam, só que em tamanhos maiores.

Outro problema comum em dias de chuva, é o de molhar a tampa do distribuidor, região onde se localiza a parte de ignição do carro. Nos modelos 16 válvulas, por exemplo, a água costuma penetrar e oxidar as velas.

Em dias de chuvas normais, sem alagamento, a probabilidade de dar um defeito no veículo é muito pequena, a menos que já exista um problema pré-existente, como cabos mal vedados. Ai haverá uma oxidação e, quando a pessoa desligar o carro, ele não dará partida novamente.

Troca dos filtros

Os filtros são essenciais para o bom desenvolvimento do veículo. O motorista deve estar atento aos de ar, óleo, combustível, cabine e refrigeração. Eles custam pouco, a partir de R$ 8,00, mas se não forem trocados nos prazos certos podem dar um enorme prejuízo, como danos no motor além de danos a saúde.

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O filtro de cabine, por exemplo, se não for trocado num prazo máximo de 50 mil quilômetros rodados, perde sua eficácia e passa a acumular sujeira, levando impurezas e ácaros para dentro do veículo, o que é péssimo para quem é alérgico. Além disso, causa um tremendo mau cheiro, que não sai nem quando é feita uma lavagem interna.

Os filtros de cabine purificam o ar nas partes internas do veículo, especialmente na cabine, onde existe o perigo de uma concentração de três a seis vezes maior de partículas e resíduos cancerígenos derivados da combustão e do ar aspirado da atmosfera. Já os filtros de óleo bloqueiam as substâncias que contaminam o óleo como pó, partículas de metal desprendidas por fricção das peças, óleo carbonizado e partículas fuliginosas derivadas da combustão, já existentes no interior do motor.

Sua troca é necessária porque, com o tempo, o filtro entope. Com isso, ocorre a abertura da válvula de segurança e o motor passa a ser alimentado por óleo carregado de partículas sólidas e contaminantes. O ideal é que a substituição do filtro ocorra juntamente com a troca de óleo. O proprietário deve ficar atento, pois os cuidados com essa parte do veículo irão influenciar diretamente na vida útil do motor.

Já o filtro de refrigeração (arrefecimento) tem a finalidades de filtrar e tratar quimicamente a água de refrigeração por intermédio de um elemento inibidor de corrosão, tornando adequada a troca de calor (refrigeração) do motor.

O acúmulo de pó e impurezas podem obstruir o radiador e acumular-se no bloco do motor. Este bloqueio causa superaquecimento e corrosão, originando distorções nos cabeçotes, rachaduras nos blocos, além de alto consumo do combustível e óleo lubrificante, com drástica redução da vida do motor e seus componentes.

Os filtros de combustível livram o combustível das partículas de sujeira como pó, ferrugem, água e resíduos do tanque. Sem a manutenção, poderá ocorrer ineficiência de filtragem, ocasionando cortes de combustível, falhas no motor, vazamento e até mesmo incêndio.

No caso dos filtros de ar, eles cuidam para que somente ar absolutamente limpo entre na câmara de combustão, evitando desgaste excessivo nas partes móveis do motor, como pistão, anéis, bielas, camisa, etc.

Películas mais resistentes

Com a proximidade do verão, aumenta a procura por películas automotivas, mais conhecidas como insulfilme. Agora elas estão mais resistentes e pretendem não só reduzir a entrada de luz no veículo como torná-lo mais seguro.

As chamadas "películas de segurança" são a grande novidade. É a terceira geração do insulfilme, considerada acima dos padrões de alta-performance. Tem uma espessura de 200 microns (milésimo de milímetro), enquanto que os tradicionais têm 70 microns.

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Isso gera uma série de vantagens. A primeira delas é a resistência. Uma película comum aguenta um impacto de um quilo de força. Já a de segurança, resiste a 16 quilos.

Ela oferece mais resistência, caso um assaltante tente quebrar o vidro (com capacete de moto, pau, pedra, etc.) para assaltar o carro.

Além disso, esse tipo de insulfilme possui uma camada ionizada, uma proteção anti-riscos.

Qualquer carro pode instalar a película de segurança, só que o tempo de aplicação é maior, cerca de três horas para um veículo de quatro portas, já que o processo de instalação dá mais trabalho.

Já o grau de transparência segue o mesmo padrão dos demais: 70% nas portas dianteiras, 50% nas traseiras e nada no pára-brisa.

No caso, o tempo de espera para secagem é de 24 horas. Nesse período o proprietário não pode abrir as janelas do automóvel.

É comum o proprietário querer colocar um insulfilme com baixíssimo grau de entrada de luz, o que não é permitido por lei. Observe no produto o selo que indica a marca e a especificação da transparência.

Defeito no rolamento

Dentre os vários tipos de rolamentos existentes num veículo, um em especial merece atenção redobrada: o das rodas. Caso o problema não venha a ser solucionado logo, elas podem travar repentinamente e causar um acidente. Além disso, outras peças podem ser danificadas aumentando o prejuízo.

Um ruído típico que indica defeito no rolamento pode ser percebido com o carro em movimento. É um som áspero, um ronco como se tivesse areia entre as rodas.

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Não se trata de falta de manutenção. Assim como qualquer outra parte do automóvel, os rolamentos têm vida útil e, mais cedo ou mais tarde, terão de ser trocados.

"No geral, o desgaste nos rolamentos traseiros ocorre após os 30 a 40 mil quilômetros rodados enquanto que, os da dianteira, com 50 mil", orienta o mecânico, Jorge Henrique Macena da Silva.

Ele lembra ainda que um problema puxa outro. Se houver demora para consertar, além dos riscos para segurança do motorista e dos passageiros, outras peças podem quebrar.

A função do rolamento é exatamente permitir o movimento das rodas. A peça é feita em aço e seu formato varia de um carro para outro.

Os rolamentos localizados na traseira tendem a desgastar mais rápido do que os dianteiros.

O ideal é nunca fazer a troca do rolamento em apenas uma roda, mas sim nas duas ao mesmo tempo, seja traseira ou dianteira. Isso evita um desgaste irregular.

Calibragem na medida certa

Calibrar os pneus é um processo fácil, rápido e gratuito. De tão simples, chega a ser negligenciado pela maior parte dos motoristas. Mas se a calibragem for feita de forma incorreta, isso pode significar prejuízos tanto no desgaste dos pneus quanto no aumento do consumo do combustível, principalmente, para quem dirige caminhões.

Os pneus duram muito mais quando sua pressão correta é preservada. Alguns estudos apontam que, para cada 10 libras a menos, a vida original do pneu será reduzida entre 9% e 16%".

Na ponta do lápis, o gasto é grande. O preço médio de um pneu radial para carga (caminhões)

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custa em torno de R$ 1 mil. A pressão indicada fica em torno de 100 libras, ou seja, 10 libras a menos significarão um custo adicional de R$ 100 por pneu, já que o desgaste reduz sua vida útil.

Um pneu em movimento flexiona suas laterais cerca de 500 vezes por minuto. Com pressão mais baixa, haverá maior deflexão do pneu, que consumirá maior energia na locomoção e, conseqüentemente, mais combustível.

Outro problema da calibragem errada é a redução da vida útil do pneu. Os cabos de aço utilizados na construção de um pneu radial sofrerão calor excessivo. Da mesma forma que o tempo envelhece as pessoas, o calor envelhece um pneu. Se um pneu radial, em condições normais de uso, puder ser recapado quatro vezes, ele perderá uma recapagem, o que implicará em um custo médio adicional de R$ 200 por pneu.

Mas como deve ser feita a calibragem correta? É preciso utilizar manômetros de boa qualidade para medir a pressão dos pneus, manter as rodas limpas e lubrificadas e checar regularmente a condição das válvulas.

É fundamental utilizar nos pneus tampas de válvulas de metal de boa qualidade. Ela é um equipamento que opera sob altíssima pressão, e qualquer pequeno resíduo, inclusive a água, podem interferir nessa vedação.

Atenção as luzes do painel

Fique atento às luzes do painel. Elas indicam como anda o funcionamento do carro e se algo está errado. Entre elas, três em especial merecem atenção: a do freio, a do óleo e a da bateria.

Segundo dados técnicos da Bosch, na maioria dos veículos a luz de freio tem dupla função: informar que o freio de mão está acionado e avisar quando está baixo o reservatório de óleo de freio (nesse caso, a sinalização permanece ativa mesmo quando o freio de mão está solto).

A empresa lembra que a segunda função é a mais importante, pois pode alertar para uma eventual falta de pressão hidráulica, fator que pode causar perda de eficiência ou mesmo falha no sistema de frenagem.

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As outras duas luzes – óleo e bateria –são as mais importantes, pois costumam indicar algum problema sério que podem causar perda total do motor.

A luz de advertência do óleo, por exemplo, alerta sobre problema no sistema de lubrificação. Ela acenderá caso haja uma eventual perda de pressão de óleo no motor, que pode ser causada por vazamento, ou mesmo um defeito na bomba.

A Bosch também destaca a luz de advertência da bateria. De acordo com a empresa, o sinal avisa quando há algum problema de funcionamento do alternador, dispositivo responsável por carregar a bateria e fornecer energia para o veículo quando o motor está ligado.

Se o alternador parar de funcionar, o sistema passa a consumir a energia da bateria, que em poucos minutos pode descarregar e desligar o motor.

Palhetas limpadoras

Frio e chuva lembram pára-brisa e, conseqüentemente, as palhetas limpadoras. Quando elas causam ruídos e trepidação, fazem faixas e riscos, formam névoas e falhas na limpeza, deixando os vidros embaçados. Isso é sinal de perigo - problemas com essa peça podem ser um risco à segurança dos passageiros. O ideal é trocá-las no prazo máximo de um ano.

Entre os principais defeitos das palhetas estão: as estrias, os ruídos, a borracha desgastada ou partida e a vértebra do refil curvada. As estrias são causadas por borracha ressecada, endurecida ou rachada, poeira ou qualquer outra substância estranha na lâmina. Já os ruídos ocorrem devido a deformação ou curvatura na borracha.

O desgaste da borracha é o arredondamento do ângulo removedor, causado por longo tempo de uso. No caso da borracha partida, é uma condição encontrada em lâminas velhas, algumas vezes,

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devido ao tempo de exposição ao sol. A vértebra do refil curvada ou o suporte retorcido são causados pela lavagem automática do carro. O proprietário do veículo deve verificar se as palhetas estão com as borrachas firmes no vidro e se não estão ressecadas.

Alguns cuidados podem melhorar a eficácia das palhetas como: limpar as lâminas de borracha somente com um pano umedecido em água e nunca utilizar querosene ou outros produtos químicos que podem causar danos à borracha.

O mercado também já disponibiliza outros recursos para ajudar a melhorar a visibilidade em dias de chuva. Um deles é o cristalizador. Um líquido que pode ser aplicado em todos os vidros, após serem lavados e secados. Ele impede que as gotas permaneçam nos vidros.

Além disso, o motorista pode optar pelas calhas de chuva, cuja instalação dura cerca de 10 minutos, e permite que as janelas sejam abertas para uma pequena entrada de ar, de modo a evitar que os vidros embacem.

Bomba de combustível

Com o preço do combustível cada vez mais alto, muita gente abastece só o mínimo possível. Mas rodar com o carro sempre na reserva pode diminuir a eficácia da bomba de combustível e até queima-la. Os primeiros sintomas de que a peça está com problemas são os engasgos e a dificuldade na hora de dar a partida no veículo pela manhã.

Os carros de hoje devem ligar de primeira, assim que o motorista vira a chave. Se tiver de insistir várias vezes, então, algo está errado. Quando o automóvel fica engasgando direto, pode ser que a

não esteja mais funcionado bem.

Basicamente, a bomba é composta de motor elétrico, bóia, bomba, pré-filtro e carcaça. Hoje elas vêm instaladas dentro do próprio tanque de combustível para evitar o aquecimento que ocorria antigamente. Quando o tanque vive na reserva, prejudica esse resfriamento, fazendo com que haja

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um aquecimento na bomba e a queima precoce ou a diminuição da pressão, levando aos engasgos. Esse processo de queima pode ser a longo prazo ou imediato.

No caso dos carros movidos a gás, andar com a reserva da gasolina – necessária para dar a partida – pode fazer com que haja octanagem do produto e ela venha a apodrecer dentro do tanque, criando uma espécie de graxa que entope os filtros da bomba. Por isso é importante, caso seja necessário trocar a bomba, colocar um filtro novo também.

Outra forma de evitar dor de cabeça com a bomba de combustível, é exigir do mecânico, na hora da revisão e regulagem do motor, que também sejam conferidas as condições da bomba, se o funcionamento e a pressão estão corretos. A troca do sistema dura entre 20 e 30 minutos.

Carro lavado a seco

Quem foi que disse que para o carro ficar limpo e higienizado é necessário muita água e sabão? A tecnologia também chegou aos produtos de limpeza automotivos, que prometem uma remoção de sujeira praticamente a seco, evitando o desperdício, mas como dobro da eficiência em relação ao modo tradicional.

O sistema BestDry utiliza uma cera liquida biodegradável, que absorve a sujeira sem riscar a lataria. Os lavadores tradicionais de carro usam esponjas que, muitas vezes, estão sujas e produtos que arranham a lataria. Isso não acontece com o BestDry.

É feita uma preparação antes da aplicação da cera, que envolve a remoção de resíduos mais sólidos, utilizando uma escova própria, em locais como a caixa de roda e de ar. Em seguida o produto é aplicado. Com ele o veículo é limpo, encerado e impermeabilizado simultaneamente.

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Para cada parte do carro existe um gel próprio onde a utilização de água é mínima, como nos vidro, que é aplicada em forma de spray, nas rodas e pneus. Os forros internos e do teto utilizam um sistema de vapor.

O BestDry também oferece enceramento, hidratação de bancos de couro, higienização do ar condicionado, higienização interna, impermeabilização de vidros, revitalização de pintura, proteção de pintura, impermeabilização de tecidos, lavagem de motor e limpeza especial para carros brancos.

Cuidados com o som do seu carro

H oje chamamos sua atenção para alguns detalhes sobre som automotivo que poucas pessoas sabem. Os tipos de fios utilizados, a forma de instalação e a utilização do som, se não forem feitos de forma correta, podem causar curtos, incêndio e até perda total do leitor ótico do aparelho.

Boa parte dos problemas de ruído vem de fios muito finos, que não conseguem conduzir corretamente o som. A pessoa, na tentativa de economizar, acaba utilizando produtos de péssima qualidade, fazendo com que haja uma perda superior a 20% na pureza do som.

Outro detalhe importante é que os fios muito finos responsáveis em conduzir energia da bateria para o som, podem sofrer um aquecimento e, em contato com a lataria, podem vir a derreter, causando curto e até um incêndio.

O instalador deve ter cuidado para passar os fios corretamente, principalmente entre os bancos,

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pois o atrito deles pode corroer o fio e causar um curto.

Além disso, o ideal é que os fios sejam passados pelo carro longe do sistema de injeção e dos cabos da bateria, que conduzem energia e causam ruídos no som.

Não é aconselhável ligar logo o som, caso o carro tenha ficado muito tempo exposto ao sol. No caso do Gol bolinha, por exemplo, não existe nada entre o CD e a parte superior do painel, o que aumenta o calor no aparelho.

Se ligar logo o som, há uma grande probabilidade de, com o tempo, vir a danificar o leitor ótico. O ideal é abrir as janelas, andar com o carro para o ar circular, ai sim, ligar o som.

Não esqueça de fazer uma revisão do sistema de som. Dura cerca de meia hora e pode lhe poupar de grandes prejuízos.

Pneus em boas condições

Com a chegada das férias, há uma preocupação maior com os pneus. As vendas sobem 15%, segundo lojistas. A segurança é o principal motivo, em especial, para quem vai viajar. Mas não basta ter um pneu novo. É preciso saber mantê-lo em boas condições. A calibragem incorreta, por exemplo, pode significar o prejuízo de um tanque de combustível por ano.

O simples ato de calibrar o pneu na pressão correta, já aumenta a sua vida útil e reduz os gastos. Isso porque a resistência ao rolamento será reduzida ao máximo e o veículo usará a quantidade mínima de combustível.

É só fazer as contas. Um veículo em boas condições, que percorra em média 30 mil quilômetros por ano, consome cerca de 2.730 litros de combustível.

Se a pressão dos pneus estiver apenas três libras (psi) abaixo do recomendado, o carro sofrerá uma redução de 2% na economia de combustível, ou seja, mais de 54 litros por ano. Isso equivale,

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em muitos veículos populares, a um tanque cheio, sem falar no comprometimento da durabilidade dos pneus e na emissão de gases de combustão. E ainda: com apenas três libras de diferença, a durabilidade de um pneu de veículo de passeio cai em 10% e com 0,9 libras de diferença, o tempo de uso cai pela metade.

Dirigir com pneus com pressão inferior ao mínimo recomendado pelo fabricante é muito perigoso. A banda de rodagem deixa de manter um contato total com a pista, que se dá apenas pelos ombros. Nessas circunstâncias, a distância de frenagem é maior e o controle sobre a direção é prejudicado.

A calibragem deve ser feita sempre com o pneu frio. A pressão correta está escrita num adesivo no porta-luvas, na coluna da porta ou lado interno da tampa do tanque de combustível, e também no manual do proprietário. A pressão depende, é claro, da carga do veículo e da velocidade, devendo ser verificado.

Sistema de freios

Você sabia que os freios podem perder sua eficácia sem que haja o desgaste das pastilhas? Que o óleo de freio deveria ser trocado mesmo com o sistema funcionando bem?

O principal problema dos freios é o seu desgaste natural. A vida útil de uma pastilha num carro popular, por exemplo, gira em torno de 25 mil quilômetros rodados. Mas como boa parte dos motoristas freiam de forma errada, esse tempo cai para 15 mil quilômetros.

As pessoas costumam pisar em excesso nos freios, dão freadas bruscas, sem necessidade, sendo que podiam usar mais o freio motor.

Aliás, sobre as pastilhas, ele dá uma informação curiosa: elas podem perder sua utilidade, mesmo sem se desgastarem. O fenômeno acontece porque, com o uso errado e excessivo dos freios, há uma queima maior dos produtos abrasivos que compõem as pastilhas, formando uma espécie de carvão.

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Isso faz com que o poder de frenagem acabe. Esse problema é mais grave nos carros hidramáticos, já que a substituição da embreagem sobrecarrega os freios.

Todo esse processo de desgaste aumenta o aquecimento do sistema que, por sua vez, faz o óleo de freio perder sua capacidade de lubrificação. Como o óleo é alcalino, ele passa a corroer as borrachas, que derretem e entopem as válvulas coletoras da frenagem, deixando o freio duro.

É um efeito cascata. Há um maior desgaste nos tambores, nas sapatas, nos cilindros e nos discos. Por isso que o óleo de freio deveria ser trocado uma vez por ano ou a cada 10 mil quilômetros rodados, só que ninguém faz isso.

Há três formas clássicas do motorista perceber se há algo errado com os freios. Quando o freio demora a dar resposta, ou desce muito na hora da pisada, ou endurece completamente.

Chiado nas pastilhas de freio também indica algum tipo de problema. Se o veículo começar a trepidar durante a frenagem, leve-o para manutenção.

Em uma descida, não freie bruscamente. Engrene uma marcha inferior para aproveitar a força retentiva do motor e aliviar os freios. Se for preciso frear, não faça de forma brusca, mas aos poucos.

Trocar o óleo requer atenção

Trocar o óleo do carro é algo tão comum entre os motoristas que, no corre-corre do dia, ele nem olha as especificações do produto que vai utilizar em seu veículo. Cada carro aceita melhor um tipo de lubrificante. Além disso, o ato de só "completar" o nível de óleo pode ser prejudicial.

Os óleos estão divididos entre minerais, semi-sintéticos e sintéticos. Em resumo, a diferença entre eles é simples: o lubrificante de base mineral deriva do petróleo; o de base sintética é desenvolvido em laboratório e o semi-sintético é uma mistura dos dois.

Os produtos sintéticos resistem mais à oxidação e à evaporação e correspondem melhor às exigências dos motores modernos, que trabalham em altas temperaturas.

A indicação de qual óleo usar vem escrita no próprio manual do automóvel.

Outro detalhe importante e que quase nenhum motorista se dá conta, é quanto ao risco de completar o nível de óleo, uma prática comum.

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Nessa hora, o cliente deve ficar atento ao lubrificante utilizado para saber se tem a mesma especificação daquele que já está no reservatório.

Todo motor consome um pouco de óleo, por isso o nível tem de ser mesmo completado. O consumidor só deve ficar atento para ver se o produto usado atende ao que está indicado no manual.

Sobre qual o melhor horário do dia para verificar o nível do óleo, o especialista diz que é logo pela manhã, com o motor frio.

Se medir logo que pára o motor, sempre vai aparentar ter menos óleo do que realmente tem. Na vareta, o nível deve estar entre o mínimo e o máximo.

Abaixo do mínimo, está faltando óleo e pode fundir o motor. Acima do máximo, pode gerar queima na câmara de combustão e produzir depósitos.

Quando parar num posto de combustível para trocar ou completar o nível do óleo, desligue o motor e espere alguns minutos, para que o lubrificante desça para o cárter.

Cuidados com a bateria

No tempo frio o consumo da bateria é maior, principalmente, na hora de dar a partida, por causa da combustão. Por isso, é preciso ter um cuidado especial com a parte elétrica no inverno.

Durante os meses quentes, a bateria funciona normalmente com até 60% de sua capacidade, o que não acontece no frio.

A bateria é a fonte de energia elétrica do carro, que aciona o motor de arranque, ou seja, dá partida ao motor, e é responsável por manter todo o sistema elétrico do veículo em funcionamento. Em lugares frios, a exigência de energia é maior, principalmente no momento da combustão para dar partida no motor. O momento mais crítico do funcionamento de um carro, durante os dias de frio, é a partida. Quando isso acontece, grande parte dos motoristas colocam a culpa na bateria e apela para a famosa "chupeta".

Mas a rápida descarga nem sempre é sinônimo de defeito na bateria. Segundo dados do Serviço de

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Atendimento ao Consumidor (SAC) da Comal, apenas 10% dos problemas apresentados pelos usuários são referentes à bateria. O resto diz respeito a irregularidades na parte elétrica, que poderiam ser evitados com simples revisões.

Os principais motivos que provocam a descarga da bateria são: fuga de corrente elevada, uso de acessórios elétricos com o veículo desligado, alternador que não gera energia suficiente, adaptações de acessórios em demasia entre outros.

O ideal é fazer uma revisão elétrica nesse inverno, dando atenção especial às velas e ao motor de partida. Além disso, o motorista não deve forçar a chave para ligar o carro, pois pode prejudicar a bateria e danificar o arranque.

Se o veículo tiver injeção eletrônica, primeiro ligue a chave, espere cinco segundos e só então dê a partida. Não é preciso pisar no acelerador. Esse tempo entre ligar a chave e dar a partida serve para o ajuste da temperatura.

No caso do carro carburado, a dica para fazê-lo pegar é puxar o afogador, dar duas ou três bombadas no acelerador e virar a chave. Se o motor não funcionar em sete segundos, pare de tentar, espere mais cinco segundos e tente novamente.

Atenção na estrada

Quem dirige precisa estar 100% atento. Além da visão, o olfato, o tato e a audição podem identificar cheiros, trepidações e ruídos que alertam para algum problema no veículo. A atenção deve ser redobrada na estrada, onde a percepção aos sintomas do carro é maior do que na cidade.

Se ao virar o volante escuta-se um barulho estranho, o problema pode estar no rolamento das rodas. Agora, se o ruído vier ao pisar no freio, o defeito está nas pastilhas.

No caso das trepidações é preciso verificar como elas acontecem. Se o volante começar a trepidar após o motorista pisar no freio, o disco de freio pode estar empenado ou a ponteira da direção está ruim.

Por outro lado, se a trepidação for muito forte e o volante não parar de sacudir, as rodas podem estar empenadas, os pneus desagregados ou sem balanceamento.

O motorista também deve estar atento aos odores que exalam do automóvel. Basicamente há três cheiros que merecem atenção especial: o de gás carbônico, o de gasolina e o de óleo. O cheiro forte de gás carbônico indica que o motor está desregulado e a queima do combustível está incorreta.

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Se o cheiro forte for de gasolina, a tampa do tanque pode não estar vedando corretamente ou há problemas com a bóia do tanque. E se o odor for de óleo queimado, o defeito pode estar na junta do cabeçote que está permitindo um vazamento. O óleo pinga no coletor de descarga e dá o cheiro de queimado.

Barulhos, cheiros e trepidações podem ser uma série de fatores, além dos citados aqui. A melhor forma de identificar o problema é procurar uma oficina especializada e fazer uma revisão mecânica e elétrica.

Visual rebaixado garante mais esportividade

Para quem pretende rebaixar o carro, é preciso atenção para a realização desse serviço. Caso a pessoa tenha um Golf e queira aumentar o aro das rodas, por exemplo, seria importante fazer esse ajuste para que haja harmonia com o restante do veículo, caso contrário ficará parecendo um trator, muito esquisito.

Os rebaixamentos mais utilizados hoje são feitos de três maneiras: troca de molas, adaptação dos amortecedores e regulagem da suspensão por meio de roscas.

Qualquer carro aceita o rebaixamento, depende do gosto de cada cliente. Se quiser uma diferença discreta, de uns três dedos, a troca de molas basta. Mas se for para deixar o carro quase encostando no chão, será preciso fazer uma adaptação.

Já existe no mercado kit de molas próprio para cada veículo. A troca demora pouco mais que meia hora ou até quatro horas dependendo da complexidade do automóvel. No caso da modificação da suspensão, dura cerca de dois dias.

Para os que querem radicalizar de vez e preferem optar pelo carro bem rebaixado, é bom lembrar

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que os amortecedores terão uma preparação para que não fiquem tão duros. Tudo é reduzido nele, hastes, corpo, etc. Também é necessário trocar os batentes por um especial de poliuretano que vai evitar que os amortecedores estourem.

Lembre-se de ficar atento à qualidade das molas. Se não forem boas poderão comprometer o sistema de suspensão do carro após o rebaixamento.

· Além disso, procure uma loja especializada para fazer o serviço. Não deixe de pedir um projeto próprio para o seu carro.

A importância da bomba d’água

No carro, a bomba-d’água é comparado a um coração no corpo humano: ele é o responsável em distribuir o fluxo de água para todo o sistema de arrefecimento do motor. Se ela apresentar problemas, o líqüido pode ferver e queimar a junta de cabeçote aumentando o prejuízo do proprietário.

A bomba-d’água é um componente pequeno e pode ser acionada tanto pela correia dentada quanto pela correia do alternador, dependendo do veículo. Ela garante que o líqüido do arrefecimento circule pelas mangueiras e o bloco do motor, fazendo com que a temperatura se mantenha estável e garanta maior vida útil ao motor.

É muito difícil a bomba-d’água quebrar. O problema mais comum é ela estragar o rolamento, causando um ruído típico.

Geralmente acontece por falta de manutenção. A cada 35 mil quilômetros rodados é preciso fazer uma limpeza no sistema de arrefecimento, no radiador, troca da água e adição de aditivos.

A manutenção também evita o ressecamento das mangueiras ocasionada pela crosta formada com a ferrugem do bloco.

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Uma bomba-d’água com problemas pode causar sérios estragos nos veículos, que vão desde a oxidação do óleo, gasto excessivo de combustível, superaquecimento e até o travamento do motor.

Dependendo da gravidade do dano, o reparo mecânico pode ser dez vezes mais caro que o valor da bomba.

É importante observa periodicamente o sistema de arrefecimento: cor do líquido, vazamentos e mangueiras ressecadas;

Amortecedor Saudável

Carros mal regulados trazem problemas à saúde. Em especial os amortecedores que, vencidos, aumentam a trepidação que causará danos à coluna.

Os impactos constantes durante um longo tempo irão desgastar o disco intervertebral. As patologias da coluna vertebral podem aparecer em razão da intensidade da vibração produzida e do tempo de exposição aos efeitos do agente.

Entre os problemas mais comuns estão a hérnia de disco, dores, entre outros males relacionados à coluna. Além disso, essas vibrações em baixa freqüência podem provocar outros danos à saúde.

Como a vibração causada pela trepidação do carro se propaga pelo corpo todo, o motorista pode ter problemas no estômago, distúrbios gastrintestinais, náuseas, dores nos braços, fadiga, insônia, dores de cabeça, perda do equilíbrio, e até interferir no globo ocular atrapalhando a visão na hora de dirigir. Esses problemas são mais graves para quem trabalha como motorista.

O amortecedor é o dispositivo existente nos veículos com finalidade de reduzir os efeitos das vibrações, prolongando o tempo de vida útil do veículo (suspensão e pneus) e tornando o ato de dirigir mais confortável.

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No entanto, os usuários não têm por hábito substituir periodicamente este equipamento (o indicado é a cada 40 mil quilômetros), quando então o amortecedor passa a não ter qualquer efeito contra as vibrações.

Hoje já existem os amortecedores pressurizados. O convencional é composto de óleo e ar enquanto que, o pressurizado, é de óleo e gás. Na prática, esta última mistura proporciona maior estabilidade do carro, que será refletido no conforto dos passageiros.

Automóvel com amortecedor danificado é um perigo. Primeiro porque ele causa um desgaste desnecessário dos pneus. Segundo porque pode gerar um outro problema mais grave, que é danificar toda a suspensão. O risco de acidentes é grande, pois o carro perde a estabilidade.

Saiba como prevenir ferrugem

A ferrugem aparece como quem não quer nada, mas se não for eliminada logo, pode abrir um buraco na lataria do veículo, favorecendo as infiltrações, diminuindo o poder de revenda e aumentando os prejuízos. O problema pode atingir tanto carros novos quanto antigos.

A corrosão passa despercebida, principalmente, quando está no fundo do automóvel. Mas também costuma atingir cantos dos pára-brisas e porta-malas.

Se o carro passa sobre um quebra-molas, por exemplo, e tem o fundo da caixa de ar arranhado, isso favorece o acúmulo de umidade, que irá se transformar em ferrugem. No geral, o proprietário só percebe o estrago quando resolve limpar os carpetes e vê o fundo do carro apodrecendo sob o pano.

Nesses casos, a melhor solução é remover a parte danificada, limpar o local afetado e soldar uma nova placa metálica. Porém, a prevenção ainda é o melhor remédio.

Para que essa corrosão não aconteça, uma solução eficiente é aplicar um anti-ferrugem. O produto é aplicado em todo o fundo do veículo, incluindo áreas de difícil acesso, como cantos de rodas, portas e painel.

O processo é demorado – o serviço dura em torno de dois dias para ser feito –, pois o carro é desmontado. Por outro lado, dá uma proteção de até três anos.

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Mas e o que fazer com as ferrugens que atingem o lado externo do veículo? É realizado um trabalho de remoção da ferrugem, restauração da lataria e aplicação de tinta.

Também existe um outro produto, o protetor de pintura, que ajuda a combater os efeitos da maresia, bem como a acidez das fezes das aves e os resíduos das árvores. A aplicação demora em torno de cinco horas, no caso de automóveis na cor preta, e três horas, para veículos com as demais cores.

Borrachas em bom estado é sinônimo de segurança

As borrachas dos veículos vão além da estética. Elas estão ligadas diretamente à segurança e à saúde do motorista. E mais: assim como as revisões elétricas e mecânicas, as borrachas também precisam de uma verificação anual. O sol, a chuva e o desgaste natural do tempo fazem com que elas percam sua real utilidade.

O proprietário do automóvel deve estar atento às condições de todas as borrachas, mas em especial as dos vidros traseiros e dianteiros, das portas, das laterais do carro e dos calços do motor e da caixa de marcha.

No caso das portas, com o passar do tempo, as borrachas perdem sua capacidade de amortecimento. Mesmo que elas pareçam em bom estado, na prática, podem estar falhando. Além de danificar as peças metálicas, a porta não fecha direito, o que favorece a entrada de poeira e insetos. Esse problema geralmente acontece com veículos cujo modelo é até 2003.

A troca, que dura pouco mais de 20 minutos, é feita de da seguinte forma: a peça usada é retirada e no local é realizada uma limpeza. Em seguida a borracha nova é colocada. A fixação acontece por pressão ou cola, dependendo do modelo do carro.

Já as borrachas dos vidros costumam ressecar com o tempo, aumentando a possibilidade de entrada de sujeira e umidade para o interior do veículo. Na janela, acaba dificultando sua movimentação, o que pode vir a danificar o motor do vidro elétrico.

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As borrachas das portas quando ressecam dão um aspecto de "velho" ao carro, baixando seu poder de revenda. Também diminuem sua eficácia em caso de colisão, para proteger a lataria.

Mas são os calços de borracha do motor e da caixa de marcha que merecem atenção redobrada. Se eles ressecarem, a vida útil desses sistemas estará em jogo. O impacto da trepidação vai direto para essa região, o que pode vir a trincar o suporte do motor e da caixa.

Outra borracha que também merece atenção especial é a dos pneus. Sempre é bom examiná-los para verificar o surgimento de bolhas ou rachaduras, que podem ser causadas por impactos em buracos ou guias.

Motor tricombustível

Com a alta nos preços dos combustíveis, cresce o número de proprietários de carros flex que estão aderindo ao veículo tricombustível. Nas oficinas legalizadas, 50% das conversões ao Gás Natural Veicular (GNV) acontecem nos carros flex.

Segundo dados da Ágil – Associação de Gás Natural Veicular das Instaladoras Legalizadas no Estado, dependendo do veículo, a economia proporcionada pelo GNV em relação à gasolina pode chegar a 80% por quilômetro rodado.

Em veículos com motor 1.0, por exemplo, é possível percorrer mais de 220 quilômetros com um cilindro de 16 metros cúbicos, a um custo de R$ 19,20. Se fizesse o mesmo trajeto com um carro 1.0 a gasolina (média de R$ 2,62 o litro, fazendo 10 km/l), gastaria o total de R$ 57,64.

O processo e as peças utilizadas para a instalação do GNV nos carros bicombustíveis é o mesmo dos veículos a gasolina. É instalado um dispositivo onde o motorista aciona o combustível que quer utilizar, através de um simples botão instalado no painel do veículo (chave comutadora).

Um detalhe importante é quanto a segurança. O gás natural é uma mistura de gases inertes e hidrocarbonetos leves encontrados nos poços de petróleo. Ele é formado por 80% de metano e, por ser mais leve que o ar (cerca de 16 vezes), em caso de vazamento, o GNV se dissipa rapidamente.

Depois de fazer a conversão, o veículo tem de passar por um órgão de inspeção, que emitirá um

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laudo atestando que o carro está apto a rodar com segurança. A inspeção é feita em algumas horas e a taxa média cobrada é de R$ 80.

Conserto do pára-choque

Caso tenha o pára-choque do seu carro danificado, você tem duas opções: trocar a peça inteira ou restaurá-la.

A diferença está no preço. O pára-choque novo de um Escort Zetec, por exemplo, custa em torno de R$ 900. A peça restaurada sai por R$ 280, já incluída a pintura.

Entre os problemas mais comuns estão o famoso arranhão, o amassado e a quebra. Os materiais flexíveis são mais resistentes, enquanto os mais secos, como é o caso do Mondeo e do Escort, têm maior probabilidade de trincar. Quando o carro que atinge tem engate, o estrago é maior.

Outro dano comum acontece quando o motorista estaciona e encosta a dianteira do automóvel no meio fio. Ele quase não percebe, mas ao sair com o carro, o pára-choque agarra e quebra.

Também existe a parte metálica de sustentação do pára-choque, chamada de "alma de aço". Dependendo do impacto, ela pode empenar.

Neste caso é melhor substituí-la, pois o desempeno é difícil e geralmente não fica bom. Os mesmo cuidados deve-se ter com os suportes metálicos.

Os pára-choques podem receber reparos de solda plástica ou de fibra, dependendo do material que é feito.

Já a pintura é feita em etapas: primeiro vem a aplicação de um selador (líquido responsável em manter a aderência dos produtos); depois o primer, que irá corrigir as imperfeições da peça de

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modo a deixa-la super lisa, igual à lataria.

Só então é realizada a pintura, seguida do verniz. Espera-se em torno de cinco horas para a secagem. Daí vem o polimento.

Fique atento à pintura do pára-choque. Produtos de má qualidade podem originar bolhas e trincados. Tenha cuidado também para que as borrachas não sejam respingadas de tinta, pois isso desvaloriza o carro na hora de revendê-lo.

Não demore para consertar o pára-choque danificado. A maresia favorece o aparecimento da ferrugem e o prejuízo pode ser maior.

Gasolina comum ou aditivada?

Na hora de abastecer vem a duvida: gasolina comum ou aditivada?

Do ponto de vista técnico, a gasolina comum e a aditivada são equivalentes. O que muda é a presença de um aditivo que dificulta a carbonização das partes internas do motor. Mesmo assim, os profissionais especializados recomendam uma manutenção preventiva para evitar que no futuro o carro tenha que passar por uma retífica.

A troca regular do óleo dos filtros favorece o desempenho e a economia do automóvel. Gasolina de baixa qualidade compromete o funcionamento do motor tanto na regulagem quanto na parte mecânica e lubrificação. A gasolina que não queima direito se mistura com o óleo e forma a famosa carbonização do motor. Com isso o carro rende menos, consome mais e a longo prazo será necessário fazer a retífica do motor.

É recomendável a troca do óleo do motor a cada cinco mil quilômetros e o filtro a cada dez mil quilômetros. Isso impede que o óleo contaminado provoque a carbonização e o comprometimento de todo o motor.

Andando com uma alta quantidade de impurezas no veículo, além da carbonização, o carro também poderá apresentar o entupimento dos bicos injetores, prejudicando ainda mais a performance do automóvel.

Existe ainda as gasolinas de alta octanagem - que é a capacidade de resistência da gasolina a entrar em combustão espontaneamente. Esse tipo de gasolina deve ser utilizado em motores com alta taxa de compressão, maior que 10:1. Neste caso, o veículo consegue um desempenho e

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economia maior em comparação aos outros tipos de gasolina. A taxa de compressão de cada veículo está especificada no manual do proprietário.

Dicas de uso e conservação do ar-condicionado

No verão, a temperatura atinge números elevados. E para quem costuma ficar preso em engarrafamentos, a sensação é de que o calor é ainda maior. É nessa hora que um acessório se torna a salvação do motorista: o ar-condicionado.

Pode parecer simples, mas muitos motoristas têm dúvidas na hora de utilizar o equipamento com a máxima eficácia. Uma delas é sobre como agir depois de entrar em um carro que ficou parado por muito tempo no sol. .

O ideal é ligar o carro e regular o ar-condicionado para a potência máxima, deixando os vidros abertos por alguns minutos até que o bolsão de ar quente saia. Depois basta fechar os vidros e regular a temperatura de acordo com o desejado.

Mas, para que o aparelho refrigere de maneira adequada, é necessária uma manutenção regular. Itens como o óleo do sistema, o gás e os filtros devem ser verificados com freqüência.

O óleo do sistema e o gás devem ser trocados, em média, a cada 15 ou 18 meses devido à lubrificação do compressor. É um óleo como qualquer outro, que perde sua capacidade de lubrificação com o tempo.

Fora isso, é preciso realizar a substituição do filtro anti-pólem, presente na maioria dos carros a partir do ano 2000, a cada seis meses. O filtro retém as impurezas e, se não for trocado, o motorista e o passageiro podem sofrer de rinite alérgica e outras alergias provocadas pelo acúmulo de sujeira nos filtros. Já nos carros sem filtro, é preciso limpar toda a caixa de ventilação.

Uma função que ajuda na capacidade de refrigeração é a recirculação. Quando essa opção esta ativada, o aparelho de ar-condicionado trabalha com o ar interno do veículo, livre do ar externo,

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quente e poluído. No entanto, para os motoristas que têm o costume de fumar com o ar-condicionado ligado, o ideal é deixar a recirculação aberta, facilitando a saída da fumaça sem precisar abrir os vidros.

Outras dicas importantes 

• Não dê partida no veículo com o ar-condicionado ligado.• Ligue o ar-condicionado pelo menos duas vezes por semana, mesmo se o carro estiver na garagem, para evitar o ressecamento das mangueiras.

Cuidados com a bateria

É comum as pessoas fazerem revisão de férias e se esquecerem de uma peça fundamental, a bateria. Sua principal função é dar a partida no veículo.

A bateria descarrega mesmo se ela estiver em perfeitas condições. Basta o carro ficar parado na garagem por mais de 15 dias. Como o alternador está inativo, não há uma reposição da energia.

É importante verificar a sua carga. O ideal é que a carga esteja acima dos 70%. Se estiver com 50%, uma distração como deixar a porta do carro aberta com a luz interna acesa, por exemplo, pode arriá-la.

O prazo de validade de uma bateria é de dois anos ou 30 mil quilômetros rodados. Os danos mais comuns são: curto interno, também conhecido como placas coladas, e a conexão partida.

No curto interno há um desgaste natural dos separadores isolantes das placas positivas e negativas. Com isso elas se juntam, provocando o curto. Já na conexão partida, ocorre o rompimento dos ligamentos elétricos.

Além do alternador com defeito, outro fator que pode provocar a fuga de corrente elétrica é a má instalação de utilitários como som e alarme ou até mesmo um relê com defeito.

Também fique atento às luzes que ascendem no painel quando você vira a chave. Se a luz com o símbolo de uma bateria ficar acesa ou piscar é porque o alternador não está gerando energia como deveria. Agora, se ligar e ficar tudo apagado e não fizer nem um barulho, o defeito pode estar no motor de partida.

As baterias de melhor qualidade possuem ligas de prata, o que reduz o consumo de água e praticamente dispensa manutenção. Já as com qualidade inferior, é necessário que a cada dois meses seja completado o seu nível de água.

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Dicas 

· Se o carro não quis "pegar", evite ficar forçando a chave, pois assim haverá um maior desgaste na bateria e no motor de partida.

· Também procure não empurrar o veículo para fazê-lo "pegar no tranco". Há o risco de estragar outras peças como o catalisador, que fica na saída do motor e é responsável por reter as impurezas dos gases.

Frenagem em perigo

Freios muito leves ou pesados demais são um risco para o motorista. Quando esses problemas aparecem é possível que o defeito esteja em uma das duas peças: o cilindro mestre ou o hidrovácuo.

No primeiro caso, os danos vêm por falta da troca do fluído de freio, que tem uma vida útil de um ano ou 15 mil quilômetro rodados. O fluído velho tende a corroer a parte metálica do cilindro mestre, também conhecido como bomba de freio.

Isso faz com que a borracha interna fique arranhada e, ao invés de dar pressão quando o pedal é acionado, volta, não injeta o fluído. Se era necessário aplicar 14 quilos de pressão, só consegue por oito, levando o pé até embaixo.

O que também pode fazer os freios falharem são os vazamentos nos cilindros de roda ou "burrinhos", como são conhecidos. Esse problema também acontece por causa da má qualidade do fluído e pode atingir, inclusive, veículos com sistema ABS.

No caso dos freios estarem "pesados", tudo indica que o defeito está no hidrovácuo. Ele é o responsável em equilibrar a força necessária na hora em que os pedais são acionados.

Por exemplo: se for preciso dar um freada brusca, com 20 quilos de pressão, o motorista usa apenas 10 quilos de sua própria força, enquanto que o hidrovácuo faz a compensação do peso que falta. Quando há problemas nessa peça, é o condutor quem põe toda a força.

O ar que vai para o hidrovácuo vem do coletor de admissão do motor. Se as mangueiras estiverem entupidas, carbonizadas com crosta de gasolina ou se a válvula de retenção estiver quebrada, o fluxo de ar diminui, prejudicando a ação do hidrovácuo e, consequentemente, dos freios.

A melhor forma de evitar problemas com os freios é fazer a revisão preventiva, pelo menos, uma vez por ano.

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Películas de proteção solar Veicular

O mercado de películas de proteção solar evoluiu e hoje é possível encontrar películas altamente resistentes, com grande inibição do calor e raios ultravioletas.

Contudo, as exigências legais para sua utilização continuam as mesmas. No Brasil, só é permitido utilizar insulfilme nos vidros laterais e traseiro. Na frente o único uso aceitável é aquele cuja película possui entre 75% e 80% de transparência, ou seja, este é o grau de claridade e visibilidade que o vidro deve possuir.

Porém, muitos automóveis já saem de fábrica com esse percentual em seus pára-brisas e acaba não compensando colocar uma película nessa região. Os outros percentuais indicados seriam de 70% nos vidros laterais e 50% no vidro traseiro.

Outro detalhe importante na hora de adquirir o produto é ficar atento a sua qualidade e capacidade de resistir aos efeitos nocivos dos raios do sol.

Muitas pessoas acham que quanto mais escuro a película, maior a proteção e menor o calor. Isso é um erro, pois criar sombra não significa proteger. Há insulfilmes mais claros e que são muito eficientes por causa de sua qualidade.

Um exemplo: se você colocar uma boa película com 50% de transparência, ela vai reter 29% da energia solar (redução de calor) e 95% dos raios ultravioletas (proteção das peças plásticas e do painel). Os percentuais de transparência mais encontrados no mercado são 5%, 15%, 20%, 30%, 35%, 50%, 60% e 70%.

Uma película de qualidade é formada basicamente do PET, que é a parte do "plástico", a pintura e o anti-risco.

Ainda existem as películas de segurança, que são mais grossas e aplicadas em toda a extensão do vidro. A grande vantagem é sua prevenção contra assaltos.

Se alguém tentar arrombar o carro quebrando um vidro com insulfilme comum, vai gastar entre 5

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e 10 segundos para perfurar a área. Com a película reforçada, esse tempo sobe para 40 segundos. Além disso, a cola especial dificulta ainda mais a ação do bandido.

Hoje as cores mais vendidas de insulfilme no mercado são: fumê, bronze e metalizadas. As "roxas", encontradas em alguns carros, no geral, são películas de má qualidade que desbotaram com o tempo.

Para deixar o carro com aparência de novo

Agora, as empresas do ramo da limpeza e higienização automotiva investem em tecnologia e produtos de alta qualidade para deixar o veículo realmente limpo, aumentando com isso seu estado de conservação e poder de revenda.

Com a inovação dos modelos dos carros, novas técnicas foram desenvolvidas para limpar os complexos motores computadorizados e os cantos cada vez mais vedados da carroceria.

O fato do veículo estar perfumado não significa que ele está limpo.

Uma boa limpeza pode, inclusive, evitar problemas na suspensão, principalmente em dias de chuva, costuma agarrar areia e outros detritos nos amortecedores, molas e batentes. Com a limpeza, você aumenta a vida útil das partes móveis do carro e ainda evita que haja acúmulo de pontos de umidade, que irão provocar corrosões futuras.

Alguns produtos inovadores garantem uma limpeza mais profunda e maior proteção às peças do automóvel. Entre eles estão o desengraxante, que remove resíduos de óleo e graxa, e o "ativado", que age na limpeza do silício, da poeira e do barro.

Já o tradicional silicone, geralmente utilizado na parte interna do carro e que deixava um forte odor e as peças engorduradas, deu lugar ao silicone etílico. "Ele limpa mais, sem deixar cheiro ou gordura, protege contra os raios nocivos do sol, e pode ser aplicado em várias partes do auto.

No que se refere à limpeza do motor, há um cuidado especial. Os módulos eletrônicos do computador e todos os seus componentes e sensores são isolados.

Quanto maior a tecnologia, mais energia necessária, maior a bobina. Para evitar curtos após a lavagem, é feita a secagem.

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Revisão dos amortecedores

Muitos sabem da importância da revisão mecânica e elétrica, porém poucos se preocupam com a revisão da suspensão. A manutenção preventiva dos amortecedores pode evitar problemas maiores, como quebra de peças importantes.

A necessidade desse serviço é ainda maior devido às más condições de nossas estradas. A revisão, que dura cerca de 40 minutos, deve ser feita a cada 10 mil quilômetros.

O amortecedor não é um conjunto de peças que pode ser mexido, mas sim uma única que precisa ser trocada.

E é por isso que o jogo de amortecedores é mais caro de um carro para outro. Há modelos como o Gol, por exemplo, em que são trocados os "cartuchos" danificados. Outros como o Fiesta, precisam que a peça inteira seja removida e substituída.

Amortecedor ruim causa perda de estabilidade do veículo, desconforto ao dirigir, redução da vida útil do sistema de suspensão, desgaste prematuro dos pneus e dos rolamentos, entre outros.

Segundo estudos realizados pela Monroe, um veículo rodando a 120 Km/h com amortecedores desgastados aumenta a distância de frenagem em mais de 10 metros.

Ao fazer uma curva com os amortecedores 50% gastos, pode-se perder o controle do carro a 50 km/h, uma velocidade bastante inferior ao necessário para se perder o controle do veículo com os equipamentos em boas condições.

Os problemas mais comuns nos amortecedores são vazamentos de óleo, travamento das hastes, empeno, peça sem ação, etc. A maior parte dos danos só são detectados por meio de uma avaliação detalhada feito por equipamentos próprios.

Contudo, o vazamento de óleo pode ser visto a olho nu, bem como se as hastes estão travadas.

O correto é trocar os quatro jogos de amortecedores, mesmo que apenas um ou dois estejam com defeito. Se não puder, troque pelo menos o par.

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Não deixe para fazer a revisão próximo a feriados e festas de fim de ano, faça sempre antes. Se o passeio foi em estrada de chão ou houve muito impacto do carro em buracos, o ideal é fazer uma outra revisão logo que chegar de viagem.

Que barulho é esse?

Sem a devida revisão, rolamentos, suspensão, amortecedores e embreagem podem gerar barulhos esquisitos.

O carro começa a fazer um barulho estranho, num lugar que não dá para identificar direito, o que pode ser? Há vários motivos. Hoje mostramos quais os problemas mais prováveis.

No geral, estão ligados a sete coisas: rolamentos, pneus, suspensão, amortecedores, embreagem, correia dentada e cano de descarga.

Todos eles têm vida útil e a maioria dos problemas acontecem porque o proprietário não leva seu carro para fazer uma revisão mecânica ou uma regulagem eletrônica.

Alguns desses sons podem ser identificados pelo motorista dependendo do terreno que passa o veículo. Se ele estiver rodando numa pista de asfalto, por exemplo, e escutar barulhos, há uma grande probabilidade do problema estar nos rolamentos.

Além do desgaste natural, sua vida útil é entre 40 e 50 mil quilômetros doados, pode haver falta de graxa, acúmulo de impurezas, que irão danificar a peça e emitir sons desagradáveis.

No caso das estradas irregulares, que causam trepidação, como ruas de paralelepípedos, os barulhos podem indicar que a suspensão está com defeito, ou seja, o desgaste fez com que perdesse sua flexibilidade.

É perigoso, pois interfere na condução. Porém, se o veículo passou sobre um buraco, dando uma pancada, o ruído pode estar vindo dos amortecedores, que acabam perdendo a potência.

Segundo os especialistas, o segredo é ficar atento ao tipo de som que sai do carro. Um ronco mais forte pode ser defeito no colar de embreagem.

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Trânsito engarrafado: atenção com a temperatura do motor

Ficar preso num engarrafamento além do aumento no consumo de combustível, ficar muito tempo parado com o carro ligado pode gerar outros problemas.

Basicamente há dois ítens que merecem mais atenção: o sistema de arrefecimento e a embreagem, é fundamental prestar atenção na temperatura do carro.

Como o veículo está parado, o vento não entra na parte frontal, sobrecarregando o trabalho do ventilador do radiador, a ventoinha. Sem vento, ele não refrigera com facilidade, o que aumenta o aquecimento.

O ponteiro do marcador de temperatura deve ficar no meio, ou pouca coisa acima. Nesse estágio, a temperatura do carro está entre 95 e 98 graus, mas sobe além disso quando a ventilação não é adequada.

Os carros que não possuem marcadores com ponteiros, mas luz de alerta, o perigo é maior. Quando ela chega a ascender é porque a temperatura já passou dos limites e é difícil controlá-la.

Quando o automóvel tem um superaquecimento em pleno engarrafamento é sinal de que algo está errado. Pode ser problema no cebolão, que quebra de uma hora para outra, reservatório de água sujo, tudo resultado da falta de manutenção preventiva.

Alta temperatura pode danificar o cilindro e até rachar o cabeçote, aumentando o prejuízo.

Já em relação a embreagem é preciso muita atenção. Em engarrafamentos é comum o motorista "descansar" o pé sobre o pedal. O que ele esquece, é que basta um leve toque para acioná-la.

O colar da embreagem é um rolamento que entra em ação logo que é tocado. Mesmo que pareça estar parado, fica funcionando.

Outro erro comum e que deve ser evitado é o de ligar e desligar o carro o tempo todo no engarrafamento. Além de consumir mais combustível, o procedimento pode danificar o motor de arranque. Só deve desligar o veículo se for ficar mais de 15 minutos totalmente parado.

Se perceber que a temperatura ficou elevada demais, encoste o carro num canto, desligue-o e espere esfriar antes de seguir.

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Não subestime os freios. Procure mantê-los em bom funcionamento para que não venham a falhar num engarrafamento e provocar uma colisão.

Relê e regulador de voltagem

Apesar da maioria dos motoristas confundir relê com regulador de voltagem, eles exercem funções diferentes. Ambos atuam no sistema elétrico e são de grande importância para o funcionamento do carro.

Os relês são um tipo de chave magnética usados para ligar ou desligar circuitos, como por exemplo, acionar os faroletes, a buzina, os limpadores de pára-brisa, a injeção.No geral, são formados por duas ou mais lâminas, acionadas pelo campo magnético da bobina. A quantidade de relês no automóvel varia conforme a marca do veículo, que pode ir de 10 a 100.

Basicamente existem os relês comuns e os temporizados, que são acionados em determinados períodos. A duração dessas peças varia conforme sua qualidade e área de atuação.

Um relê que trabalhe com uma voltagem de 10 a 90 ampères, como é o caso do eletroventilador, dura em torno de um ano e meio. Já os de 5 a 6 ampères – como o farolete – duram bem mais.

Se não tiver contato com água, nem umidade, os temporizados chegam a funcionar até 15 anos dependendo da qualidade e da conservação. Já o regulador de tensão exerce uma função parecida com o relê, daí o fato das pessoas confundirem. Eles fazem o controle da tensão do alternador.

Os modelos híbridos, que aparecem nos carros modelo 2000 para cá, são ainda mais eficientes. Nos alternadores com 90 a 120 ampères, eles fazem um controle preciso da tensão, liberando energia conforme a demanda, para que o impacto na rotação não seja grande. Quando há uma enchente na rua e o motorista insiste em passar pelo local, a água tende a entrar no alternador podendo danificar todo o sistema.

Outro fator que pode dar problemas no regulador é o uso excessivo do sistema elétrico, como o uso simultâneo do som, do ar-condicionado, dos faróis, isso pode sobrecarregar o sistema.

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Como reduzir o consumo

Observar as condições do veículo é fundamental para controlar os gastos com gasolina e o álcool. Um motor desregulado pode consumir até 60% mais combustível do que o normal.

O primeiro item a se observar são as velas. Quando elas estão gastas, há uma queima maior. É importante dar uma checada no sensor de temperatura da água e a válvula termostática. Na maioria dos veículos a temperatura deve estar em torno de 90 graus.Se estiver com 60 graus há perda de rendimento e o motor faz um esforço extra para desenvolver, consumindo mais.

O próximo passo é verificar as condições dos bicos injetores.Caso estejam sujos, o aumento no consumo é certo. A gasolina, no geral, possui impurezas.Com o tempo, forma-se uma crosta nos bicos que os impedem de trabalhar.

Outro ponto importante é o filtro de ar, que não pode estar entupido. A combustão para o motor funcionar é feita de combustível mais ar. Se a tampa do filtro estiver danificada ou entupida, vai entrar mais combustível do que ar no sistema, causando o desperdício.

Avalie o funcionamento dos freios. Se estiverem agarrando em uma ou mais rodas, parte da gasolina é consumida para vencer a tração.

Por último, siga as regras básicas como:

- Utilizar o acelerador com suavidade;

- Respeitar o conta-giros trocando as marchas na rotação indicada;

- Desligar o carro se for ficar parado por mais do que dois minutos;

- Controlar o excesso de velocidade.

- Testes que indicaram um aumento de consumo de até 20% para carros que andavam a 100Km/h em comparação aos que não passavam dos 80Km/h.

FAÇA UM CONTROLE DO SEU CONSUMO

Anote a quantidade de combustível na hora de abastecer e a quilometragem percorrida.Use uma planilha para acompanhamento mensal.

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AQUECER O MOTOR

Fazer isso antes de sair com o carro é desnecessário e só aumenta o consumo.

PROCURE FAZER

Rodar com as janelas fechadas, evitar arrancadas bruscas e não ultrapassar a carga ou lotação do carro são medidas que também reduzem o consumo.

Vida longa dos pneus

É possível aumentar a vida útil dos pneus. No geral, a durabilidade deles gira em torno de 40 mil quilômetros rodados, mas para agüentar esse período será preciso adotar algumas medidas.

A primeira regra para aumentar a vida útil do pneu é fazer a calibragem corretamente.

Não existe um padrão para a quantidade de libras, visto que um mesmo carro pode precisar de libras diferentes dependendo da situação.

O mesmo acontece com o carro vazio ou carregado. Também vai depender do tipo dos pneus. O ideal é verificar no manual do veículo.

Em alguns automóveis, a indicação da calibragem vem fixada num adesivo na região das dobradiças da porta. É necessário calibrar os pneus , inclusive o estepe, pelo menos duas vezes por mês.

Outra dica importante é fazer o alinhamento e o balanceamento dos pneus. Isso evita que as borrachas sejam desgastadas de forma irregular.

Caro desalinhado é sinônimo de problemas sérios. A direção fica pesada e, nos carros hidráulicos, pode vir a danificar o sistema sem que o motorista perceba. Além disso, o carro costuma perder a estabilidade.

Não há um prazo específico para fazer o alinhamento e o balanceamento. No geral é a cada três ou cinco mil quilômetros rodados, mas isso pode mudar.

Se você colocou pneus novos, não se esqueça que é importante rodar com eles por alguns quilômetros em piso seco para eliminar os agentes de separação e antioxidantes aplicados durante a produção. Até que a banda tenha sido levemente desgastada o pneu não poderá apresentar sua verdadeira sensação de agarre.

Ao pisar fundo no acelerador ou forte no freio pode-se ocasionar o escorregamento entre os pneus e o aro.

Isto porque o lubrificante usado na montagem do pneu tem uma tendência inicial a reduzir a aderência dessas duas partes.

Tenha cautela ao dirigir. Arrancadas ou freadas bruscas, curvas em alta velocidade, encostar no meio fio na hora de estacionar (pode dar bolha, cortar), tudo isso desgasta os pneus mais rapidamente. Troque também a válvula dos pneus.

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O uso de pneus recauchutados não é aconselhável devido a sua rápida deterioração. Se um carro estiver a 160 ou 180 quilômetros por hora, por exemplo, corre o risco desse pneu soltar pedaços.

Pneu vazio, pode ser sinal de desgaste na válvula do pisto

O que quase ninguém sabe é que as válvulas do pisto têm prazo de validade. Como elas são de borracha e trabalham sob pressão, o desgaste com o tempo é inevitável. A troca deveria ser feita a cada 10 mil quilômetros rodados.

Para saber se a válvula está danificada, a utilização de espuma é a mais indicada. Se fizer bolhas, pode trocar. Contudo, mesmo que não venha a apresentar nenhum defeito, procure trocá-la dentro do prazo.

Outro fator que pode levar o pneu a esvaziar são os pequenos amassos na roda ou o empeno. Nas rodas de ferro esse problema é maior porque as bordas são mais finas em relação as rodas de liga leve.

Assim, o ar tende a escapar pela pequena fresta onde o metal foi danificado. Caso o motorista encoste os pneus num meio fio ao estacionar, o ar sai mais rápido. As rodas de liga leve têm as bordas grossas e o pneu encaixa melhor.

Além do transtorno do pneu vazio, as rodas empenadas podem causar outros danos, como por exemplo, estragar os rolamentos, aumentar a vibração do carro, desgastar o pneu, etc. O empeno das rodas reflete em todo o sistema de direção.

No caso do pneu furado, é uma caixinha de surpresas. Isso porque, como eles não têm câmaras, pode vir a esvaziar lentamente, principalmente, parado.

Se um prego penetrar o pneu e o carro estiver em movimento, ele vai manter aquela posição e impedir que o ar saia por completo. Quando estacionar o veículo, o prego mudará de posição, fazendo com que o ar escape. Se o pneu estiver careca esse processo será ainda mais rápido. Contudo a forma mais segura de cuidar dos pneus é fazer um alinhamento e balanceamento, pelo menos, uma vez por ano.

Nem todas as lojas de alinhamento verificam se as rodas estão empenadas. Não esqueça de pedir esse serviço e que o técnico mostre onde a roda está danificada, se for o caso.

Tenha cuidado ao dirigir para preservar as rodas. Evite passar em poças d'água, pois elas podem esconder buracos.

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Nova tecnologia no amortecedor

Aos poucos os amortecedores convencionais vêm dando espaço aos pressurizados, que custam praticamente o mesmo valor do outro, mas possuem um rendimento melhor. 

O amortecedor convencional é composto de óleo e ar enquanto que, o pressurizado, é de óleo e gás. Na prática, esta última mistura proporciona maior estabilidade do carro, que será refletido no conforto dos passageiros.

Antes, este sistema era utilizado em carros mais pesados como Ômega e Vectra. Agora, já está disponível em outros modelos como Gol, Corsa e Palio. Apenas em carros antigos, como o Fusca por exemplo, o sistema não é compatível.

Para saber se o seu veículo pode ou não utilizar o sistema pressurizado, basta levá-lo a uma oficina especializada. Aliás, a revisão preventiva dos amortecedores deveria acontecer a cada 40 mil quilômetros rodados.

Não que eles estarão danificados, mas é que, após esse período, começam os desgastes naturais da peça. Além disso as pistas esburacadas e as estradas em má conservação aumentam os riscos de danificar um dos quatro amortecedores.

Entre os principais problemas estão o vazamento de óleo, o travamento das hastes e a quebra das fixações. Se os amortecedores são seminovos, e apenas um deles dá problema, basta trocá-los. Mas, se os outros apresentarem desgaste, o ideal é fazer a troca do jogo todo.

Automóvel com amortecedor danificado é um perigo para os passageiros e prejuízo para o proprietário. Primeiro porque ele causa um desgaste desnecessário dos pneus. Segundo porque pode gerar um outro problema mais grave, que é danificar toda a suspensão.

Também faz com que o carro perca a estabilidade e vir a derrapar, mesmo a 80 quilômetros por hora. Sem contar o desconforto, pois aumenta a trepidação e os ruídos internos.

Não se esqueça que, após a troca dos amortecedores, é importante fazer um alinhamento dos pneus.

Os amortecedores, independente se são convencionais ou pressurizados, possuem marcas variadas, que influenciarão na qualidade. Escolha a melhor.

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De olho nos fusíveis

Os fusíveis medem pouco menos de dois centímetros e não custam mais do que R$ 0,50, mas se eles vierem a queimar, darão uma dor de cabeça que não tem preço. Eles ficam escondidos logo abaixo do volante, porém são fundamentais no sistema elétrico do veículo.

Em geral eles têm a função de proteger o circuito elétrico do carro. Toda a eletricidade do automóvel passa pelos fusíveis, que atuam como um disjuntor de uma casa. Se houver um problema elétrico, antes de danificar a peça, queima o fusível.

Os fusíveis podem ser feitos de louça, vidro ou lâmina, e têm tamanhos variados. Cada veículo possui, em média, um conjunto com 12 fusíveis. Em modelos mais antigos como o Chevete, por exemplo, o número é menor, oito a 10.

Cada um deles é responsável por uma parte do carro. Dois são para os faróis, outros para o painel e assim por diante.

Os fusíveis podem queimar se houver um curto-circuito ou uma sobrecarga, isso geralmente acontece quando há uma instalação de um acessório, mais potente do que o original de fábrica, como um farol.

Para saber se o fusível foi danificado, basta observar o funcionamento do sistema elétrico do carro. Farol sem acender, pane no painel e ausência de buzina são alguns indicadores.

É preciso procurar qual queimou, o que não é uma tarefa fácil, para fazer a substituição. Vale lembrar que só é trocado o estragado e não o conjunto todo.

Para quem não sabe, os fusíveis também podem ser limpos, passarem por uma revisão. Sua localização favorece o acúmulo de sujeira, que pode prejudicar o sistema.

Prevenção - O motorista deve levar alguns fusíveis sobressalentes em seu carro, principalmente, quando for viajar. Mas antes, o ideal é fazer uma revisão e pedir ao eletricista para que ensine como efetuar a troca em caso de emergência.

Na hora da troca - Os fusíveis devem ser colocados numa seqüência exata. Para isso, consulte o manual do veículo antes da troca.

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Saiba como identificar se um carro já foi batido

Na hora de comprar um carro usado é importante estar atento a vários itens. E um dos mais importantes é identificar se o veículo já foi ou não batido. O melhor caminho seria procurar um profissional em laternagem, mas se não houver condições, alguns detalhes podem ser úteis nessa avaliação.

A pintura é a chave para detectar que o carro foi batido. É importante verificar se há diferenças de tonalidades ou respingos em borrachas.

Observe também se as mangueiras possuem marcas de tintas, se há vestígios de pintura nas borrachas dos vidros, na fechadura e nos pinos. Alguns reparos são tão bem feitos que só um profissional consegue identificar.

Outro ponto importante é quanto à utilização de massa na lataria. O olhar mais atento consegue reparar ondulações pela lata.

Também é necessário olhar o alinhamento do carro, bem como se as portas estão empenadas, agarrando. Verifique também se não existem podres e ferrugens.

Especialistas no assunto ainda sugerem que sejam observados a forração (se estiver solta pode ser um sinal de que a lataria precisou ser mexida) e a solda (a original de fábrica é pontilhada, sendo que um fio contínuo de solda sob o capô significa que o carro foi batido).

Procure examinar o veículo sob a luz do sol. A luz artificial das garagens fechadas atrapalha a identificação de diferenças de tonalidade de pintura.

Dia de sol. Não compre o carro avaliado apenas em um dia de chuva. As gotas d'água podem mascarar ondulações da lataria.

Tática errada. Tem gente que costuma passar um ímã pela lataria para ver se no local foi aplicado massa. Esse não é o método mais indicado. Na dúvida, procure um profissional.

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Saiba a Hora de trocar o catalisador

Obrigatório desde 1992 o catalisador é um filtro responsável em transformar os gases poluentes do carro em oxigênio. Sua utilidade é proporcional ao preço, que chega a custar R$ 800, no caso dos carros importados como o Audi. Em um carro popular, tipo o Gol, sai por R$ 320.

Talvez por isso muitos optam pelo catalisador falsificado, que é vendido por menos de R$ 100. Mais de 3,5 milhões de veículos estão nessas condições em todo o País, segundo levantamento feito pela fabricante Umicore.

O catalisador é desenvolvido para trabalhar em sintonia com o sistema de alimentação dos automóveis. Existe uma malha tridimensional de pequenas câmaras onde se dão as reações químicas que reduzem a poluição.

Sua utilização errada pode significar a desregulagem do sistema de injeção eletrônica, alteração da compressão do sistema de escapamento, aumento do consumo de combustível em até 20% e perda do rendimento do motor.

A saída de ar no catalisador é minúscula. Se ele entupir, os gases voltam para dentro do motor danificando o sistema, além de perder a potência. A peça deveria ser trocada a cada 40 mil ou 50 mil quilômetros rodados.

É difícil o motorista detectar problemas no catalisador, os indícios mais comuns são a perda de potência e barulhos que vêm da região do escapamento, como se tivesse uma peça solta.

Contudo, existem fatores que podem danificar o catalisador, como por exemplo, a utilização de combustível de má qualidade e pancadas freqüentes no fundo do carro, ocasionadas por quebra-molas e buracos.

A localização, o modelo e o preço da peça variam conforme o tipo do carro. No caso do Gol, o catalisador fica no meio do carro e, no Fiesta, se localiza mais perto do motor. A troca do catalisador dura entre 20 minutos e uma hora.

A tradicional prática de fazer o carro "pegar no tranco" também pode danificar o catalisador.

Na hora de efetuar a troca do produto, observe se ele está dentro de embalagem padronizada com a marca do fabricante, contendo a especificação de suas aplicações e, principalmente, com o certificado de garantia e a nota fiscal.

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Saiba a hora de trocar as velas

As velas são indispensáveis para o funcionamento de qualquer veículo. Elas atuam como um isqueiro, liberando faíscas que irão inflamar a mistura ar/combustível, causando uma "explosão" dentro da câmara de combustão, necessária para fazer os pistões se movimentarem.

É uma vela para cada cilindro do automóvel, ou seja, se são quatro cilindros, são quatro velas. Não é difícil saber quando elas estão com problemas. Carro engasgando, com o motor falhando são indícios de algo está errado com as velas.

O certo seria fazer uma revisão das velas a cada 10 mil quilômetros rodados e, suas trocas, no prazo máximo de 30 mil. A troca de todo o jogo pode demorar cerca de 30 minutos.

Existem vários tipos de velas: as que têm uma resistência de cerâmica de 5 k ohms, para eliminar os ruídos magnéticos da ignição gerados durante a emissão de faíscas; e as que possuem uma ranhura em V de 90 na ponta do Eletrodo central, para melhorar a ignibilidade.

Há velas que têm um eletrodo central muito fino fabricado com metal precioso que melhoram a capacidade de ignição e ainda as de descarga superficial, desenhada para produzir faiscas ao longo da superfície do isolador na extremidade de ignição.

Também existem velas de alto rendimento para motores de grande potência, com maior relação de compressão e maiores RPMs, específicas para carros de competição.

Um dos problemas mais comuns nas velas é a sujeira, quando o carvão aderido na ponta ignífera gera fuga de correntes que causam falhas na ignição. Também costuma ocorrer o super-aquecimento, que pode ocasionar uma combustão anormal (pré-ignição), causando fusão dos eletrodos da vela.

Além disso, o defeito pode aparecer por causa da acumulação de chumbo na ponta do isolador ocasionando fugas de corrente, que resultam em falha da ignição.

• Sobre a troca das velas, o ideal é fazer a substituição de acordo com a qualidade das peças. A cada 15 mil quilômetros (prata), 30 mil (eletrodos múltiplos), 60 mil (platina).

• Ao fazer essa substituição, verifique também os cabos de velas.

• Quando for comprar uma vela, dê preferência àquelas especificadas pelo fabricante do veículo.

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Vida útil do motor

U m dos maiores traumas para quem possui um carro é constatar que ele bateu o motor. Além dos altos custos no conserto – que podem chegar a R$ 10 mil no caso dos importados – há o transtorno de ficar a pé nos momentos em que você mais precisa da condução.

É preciso entender que, mais cedo ou mais tarde, fazer o motor do carro será inevitável. Todos eles têm uma vida útil. No geral, se houver uma manutenção preventiva, ele pode durar até 150 mil quilômetros rodados, em se tratando de um modelo popular oito válvulas, por exemplo.

O que seria "bater" o motor? Na verdade o que acontece é um travamento das peças internas do motor de modo a não permitir que ele gire e, consequentemente, acaba impedindo o veículo de se locomover.

Isso acontece quase sempre por displicência do próprio motorista. Se ele não conferir o nível do óleo regularmente ou usar sempre uma marca diferente da que foi especificada no manual do fabricante do veículo, a tendência é a lubrificação nas peças internas vir a faltar ou não ser suficiente.

Dessa forma há o atrito puro de metal com metal, aumentando o aquecimento interno, soldando as placas metálicas e travando o motor. Pode haver ainda quebra da biela e do eixo virabrequim.

Daí a importância de sempre verificar água, óleo e a válvula do cárter. Ela é responsável em retirar os gases do motor e mandá-los para um filtro catalisador. Se estiver entupida, a pressão ocorre dentro do motor, estourando-o.

A melhor maneira de detectar problemas no motor é prestar atenção aos barulhos que vêm do sistema mecânico do automóvel. Ruídos muito altos de atrito entre as peças, como se estivesse faltando óleo indicam defeitos.

O conserto demora entre 16 e 24 horas em média, dependendo do modelo do veículo.

Nada de soldas. Dependendo do estrago, a quebra da biela pode vir a romper o bloco (caixa eterna que envolve as peças do motor). Alguns mecânicos tendem a soldá-la, mas o ideal é trocá-la para se evitar com isso futuros vazamentos.

Prevenção. A manutenção preventiva do carro ajuda a aumentar a vida útil do motor.

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Tranqüilidade nos dias de chuva

No período de chuva há vários acessórios que podem facilitar a vida do motorista na hora de dirigir. Entre eles a calha e o desembaçador traseiro. Eles não custam tão caro e são de grande utilidade.

A calha de chuva, por exemplo, tem sido mais usada hoje do que antigamente. O motivo é simples. Antes os carros tinham um design mais reto e, atualmente, são mais abaulados o que permite a água escorrer com maior facilidade para dentro do veículo.

A calha é vendida de acordo com cada modelo de veículo e pode ser encontrada em plástico ou acrílico. A diferença está na qualidade do produto e, conseqüentemente, no preço.

A calha de plástico dura, no máximo, um ano, porque resseca com facilidade. Já a de acrílico resiste até três anos.

No caso do desembaçador traseiro o serviço é mais complicado. Quem quiser instalar o sistema no automóvel vai ter que trocar o vidro liso pelo térmico.

O vidro térmico já vem adaptado ao próprio vidro traseiro e é necessário trocar a peça toda. Se for a primeira vez que ela é instalada no carro, será preciso fazer uma ligação elétrica específica para o sistema. Alguns modelos de veículo darão mais trabalho na hora de instalar o desembaçador do que outros. 

Para os especialistas o melhor desembaçador dos vidros em dias de chuva ainda continua sendo o ar-condicionado. Além de melhorar a visibilidade, mantém o clima agradável dentro do carro.

Hoje já existem produtos eficientes, em forma líquida ou gel, que podem ser aplicados nos vidros e que evitam que eles fiquem embaçados.

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Bancos limpos

Cuidar dos bancos do carro é uma questão de saúde. O acúmulo de sujeira é prejudicial, principalmente, para quem é alérgico. Dependendo do grau de impurezas, nem o aspirador de pó dá jeito. Nesse caso será preciso uma limpeza profunda seguida de uma impermeabilização. A exceção é para o banco de couro.

Os principais problemas ocasionados em bancos de tecidos são: acúmulo de sujeira e poeiras deixando-os encardidos, ressecamento e trincamento muitas vezes por causa do suor e dos raios ultravioletas do sol que danificam as fibras, manchas de líqüido e marcas de guimba de cigarro.

A limpeza profunda atinge regiões que o aspirador de pó não consegue chegar.

O ideal depois seria fazer uma impermeabilização dos bancos. Após a limpeza, um produto é aplicado sobre o tecido criando uma camada que evita a poeira de passar para dentro das fibras.

Além disso o produto aumenta a resistência do tecido contra as chamas de modo a dar tempo ao motorista de retirar um guimba de cigarro, por exemplo. Como a fibra fica reforçada, ela evita o apodrecimento e o ressecamento.

O tempo gasto para fazer a limpeza profunda demora de um a três dias por causa da secagem. Já a impermeabilização em torno de uma hora para ser feita.

No caso dos bancos de couro o tratamento é outro. A limpeza é superficial e ao invés de impermeabilizar é feito uma hidratação, também com produtos especiais.

Essa hidratação deveria ser feita, pelo menos, a cada seis meses. Isso evitaria problemas como a trincagem do couro.

Um trato no visual

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Com as constantes mudanças do clima é comum, ao longo do tempo, a pintura original do carro ficar danificada. Existem duas soluções interessantes para este problema: o espelhamento, que é diferente do polimento, e a micropintura.

O espelhamento vai além da simples restauração do brilho provocada pelo polimento. Nela é aplicada uma base que protege contra o sol, a maresia e a ferrugem, por isso é considerada ideal para veículos que rodam em nosso Estado. Além disso retira arranhões superficiais.

O espilhamento puxa o brilho original de volta e faz a proteção. O efeito dos produtos chega a durar até sete meses.

O trabalho é feito assim: primeiro é aplicado a massa de polir, que em seguida é retirada com a politriz. Aplica-se a cera, que após um tempo é removida com algodão. Por último, passa-se um líqüido especial para o espelhamento.

Após a secagem, o automóvel pode ser lavado normalmente. Todo o processo dura em torno de seis horas. Os carros que mais procuram esse tipo de serviço são os de cores branca, preta, e vermelha, pois costumam riscar mais ou ficar fosco logo. Já a micropintura é ideal para aqueles carros que sofreram um arranhão mais profundo na pintura.

Há profissionais que gostam de pintar uma peça inteira do carro, como uma porta por exemplo, apenas para tirar um arranhão. Isso não é interessante, pois acaba tirando a originalidade da peça. O ideal é tratar só a área afetada.

O trabalho da micropintura é simples, mas minucioso. Primeiro é calculado um perímetro de segurança ao redor do arranhão, cerca de quatro polegadas em torno da área afetada. O serviço de restauração será feito nessa região.

O local é lixado e recebe uma massa de poliéster utilizada em acabamento. Depois é lixada novamente, então, aplica-se a base primer, necessária para fixar a tinta e os demais produtos.

Em seguida vem a pintura e o verniz. A secagem demora quatro horas. Por último vem a lixa d'água 1.200 e o espelhamento. Todo serviço leva dois dias para ser feito.

• O espelhamento e a micropintura não são aconselháveis nem para o teto nem para o capô do carro. Essas áreas são as que ficam mais expostas ao tempo e devem ter uma restauração diferenciada.

• Evite usar sabão em pó para lavar o carro. Além dos produtos químicos que possui, pode arranhar a pintura. O ideal é usar xampus próprios para o carro ou até mesmo a água pura corrente.

De olho na correia dentada

A troca deve ser feita, em geral, entre 50.000 e 70.000 quilômetros rodados.

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Ao contrário do que muitos motoristas pensam, e apesar do nome, a correia dentada nada tem a ver com aquela correia do sistema de refrigeração do carro, facilmente visível ao motorista. A peça que estamos falando fica bem escondida no motor e, apesar de não ser tão cara, caso venha a se romper, pode dar grandes prejuízos, como por exemplo, empenamento das válvulas e danos às cabeças dos pistões.

A correia dentada é responsável em ligar e sincronizar o virabrequim e o eixo-comando de válvulas para que possa ser realizada a combustão do combustível dentro do motor do veículo.

Os principais fatores que provocam o rompimento dessa correia são: contaminação da peça decorrente de vazamentos de óleo, tempo de uso, excesso de tensão aplicado no hora da manutenção ou troca, contato com impurezas e produtos químicos.

É bom lembrar que não dá para saber se a correia dentada está danificada, a menos que seja feita uma vistoria por um profissional especializado.

O ideal é que o proprietário do veículo faça uma revisão mecânica, incluindo a correia dentada, a cada 15 mil quilômetros. No geral, a troca da peça não é algo complicado, mas isso vai depender do modelo do carro.

Em um Gol mil cilindradas, por exemplo, demora cerca de três horas para ser feito o serviço de troca da correia dentada. Já um Marea, esse tempo de serviço sobe para oito horas. O preço da mão-de-obra acompanha a complexidade, ficando por R$ 120 e R$ 250 respectivamente.

O ideal é que a troca do correia dentada seja feita a cada 50 mil quilômetros rodados, no caso dos carros com oito válvulas, 70 mil quilômetros para os de 16 válvulas e 100 mil quilômetros os importados.

· Ruidos - Apesar de não ser possível detectar problemas na correia sem mexer no motor, fique atento aos barulhos dentro do carro. Ruídos provenientes do rolamento podem indicar perigo à correia.

· Tensionador - Na hora da revisão, não se esqueça de pedir ao mecânico para que confira também o tencionador, responsável em manter a correia no ajuste certo. Caso ele tenha problema de lubrificação, pode vir a travar e provocar o rompimento da correia dentada do automóvel.

Cheiro estranho no ar

Aquele cheiro forte de gasolina dentro do veículo, que impregna até as roupas, tem solução. Basicamente ele é provocado por algum vazamento ou pela má regulagem do motor.

E se engana quem pensa que "carro afogado" só acontece com modelos antigos. No sistema de

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injeção isso também ocorre. Nesse caso os sensores que auxiliam no funcionamento do motor podem estar danificados.

Se o sensor de temperatura, por exemplo, estiver com problema, ele pode enganar o sistema, de modo a alterar o tempo de injeção. Isso faz com que um volume desnecessário de combustível seja lançado na câmara de combustão, provocando o cheiro forte.

O motor desregulado ocasiona um processo semelhante, fazendo com que a gasolina acumulada na câmara de combustão venha a formar uma borra que irá sujar o cabeçote e as válvulas de admissão, provocando o odor.

É por isso que esse cheiro é sentido mais pela parte da manhã, quando o carro ainda está frio, ou caso ele tenha ficado muito tempo parado. O sistema, se estiver desregulado, entende que precisa mandar mais gasolina do que é necessário para fazer o automóvel voltar a funcionar.

Os carros mil cilindradas tendem a ser as maiores vítimas desse "mal do cheiro", porque os motores costumam ser mais fracos e são mais exigidos. Além disso, a possibilidade de haver um vazamento no sistema de combustível do carro é real. Isso pode ser detectado na própria regulagem eletrônica do motor. O mais importante é resolver logo o problema para que o prejuízo não seja maior.

· O serviço de revisão e regulagem eletrônica do motor, com troca de peças, dura em torno de três horas e deveria ser feito, pelo menos, a cada 30 mil quilômetros rodados.

· Nessa regulagem estão incluídas limpeza dos bicos injetores, teste dos sensores, bem como um rastreamento para ver se há algum tipo de vazamento. Lembre-se de que motor regulado também significa redução no consumo.

· Se o seu veículo possuir podres ou furos na lataria, na região da cabine, o cheiro forte de gasolina pode entrar por meio deles e passar para dentro do carro.

Trava elétrica

Segurança é a palavra-chave quando o assunto é trava elétrica. Além de evitar que uma das portas fique aberta, se adaptada ao alarme, o motorista ganha tempo na hora de abrir o carro, já que não vai precisar utilizar a chave.

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Ao contrário do que muita gente pensa, a trava pode ser utilizada sem o auxílio do alarme e praticamente por qualquer carro.

A menos que seja um veículo muito antigo, então não será possível fazer a instalação. Do mais, qualquer automóvel pode colocar o sistema. Hoje, por exemplo, já existem kits originais diferentes para cada modelo de carro. Ou pode-se usar o kit universal, mas nesse caso será preciso fazer adaptações.

A trava elétrica consiste num pequeno motor que é instalado próximo a fechadura. Ele possui um interruptor e sensores elétricos que, quando acionados, trancam as portas. O alarme, com módulo inteligente, aciona esse mecanismo automaticamente, sem o auxílio da chave.

Quando o proprietário opta pelo trio elétrico, os vidros passam a integrar o sistema, de modo a se fecharem juntamente com o travamento das portas.

É uma trava para cada porta. Se forem quatro portas, serão quatro motores, sendo que o comando central fica do lado do motorista.

A trava é super importante porque não só evita que o proprietário deixe o carro aberto, como também mantém as portas fechadas enquanto o veículo está em movimento.

É importante lembrar que as travas possuem um tempo de vida útil, que dura entre três e quatro anos. Após esse período elas já não executam mais a sua tarefa com perfeição.

O período de instalação dura entre uma e três horas, dependendo do modelo do veículo. Se for colocado também um alarme, esse tempo sobe para cerca de quatro horas.

• As travas são vendidas em jogos de duas ou quatro unidades cada. Caso um dos motores venha a pifar, algumas lojas vendem a trava separadamente.

• Antes de instalar o equipamento, pergunte ao técnico se existem travas originais para o seu carro ou se será necessário fazer uma adaptação. As travas universais são boas, mas dê preferência às originais, apesar de serem um pouquinho mais caras.

Motor de partida

Virou a chave, não ligou, O problema pode estar no arranque. Também chamado de "motor de partida", essa pequena mas importante peça é responsável em acionar o motor do carro.

Quando o motorista liga o automóvel, a ignição não funciona e ele escuta um barulho como se o motor deslizasse, o arranque está com defeito.

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Não deve haver confusão entre ignição e arranque. Apesar de trabalharem juntos, a primeira fica na região onde a chave é introduzida e, o segundo, junto ao motor, em alguns casos de difícil acesso e visibilidade.

Dentre os principais problemas estão: a bucha, que costuma gastar com o tempo e não dá rotação; impulsor, cujo o desgaste não permite os contatos elétricos; bobina de campo, geralmente queima, além de outros danos na chave magnética automática e no induzido, que fica dentro do arranque.

Curiosamente a maioria dos defeitos no arranque é ocasionada pelo próprio condutor. Às vezes ele vira a chave, o carro não liga, então ele fica insistindo, forçando o arranque.

Outro erro comum é segurar a chave na ignição após o motor ser acionado. Também é importante estar atento a um detalhe.

Observe se, após ligar o veículo, a chave faz um pequeno retorno na ignição. Isso é o correto. Se ficar parada, evite andar muito tempo, pois irá estragar o arranque.

A peça pode ser tanto recuperada quanto trocada, vai depender do estrago. O conserto demora, em média, entre duas e três horas para ser feito.

Em alguns modelos de automóveis 16 válvulas, por exemplo, pode-se demorar mais tempo devido a complexidade para retirar o arranque. Já os de mil cilindradas costumam ser mais fáceis de trabalhar.

• Revisão - Apesar de ser um defeito pouco comum, o eletricista orienta que seja feita uma revisão no arranque do carro, pelo menos, uma vez por ano, mesmo que ele não apresente nenhum sintoma de problema.

• Preço da revisão - O valor da mão-de-obra e das peças vai variar conforme a dificuldade do conserto. Carros importados e os de 16 válvulas tendem a ser mais caros.

De olho na direção hidráulica

As vantagens da direção hidráulica todo mundo conhece. Mas seus principais defeitos quase ninguém sabe. Um aparente problema na suspensão ou no alinhamento, na verdade, pode esconder danos na direção. Se ignorado, o conserto que seria de R$ 100 transforma-se num prejuízo de R$ 1 mil. Os principais problemas da direção hidráulica são: os vazamentos, as folgas, os barulhos, o carro puxando a direção para um único lado e a movimentação mais leve ou mais pesada do volante.Além disso, o óleo da direção, por permanecer num local fechado, não sofre queima. Por outro lado, com o tempo ele passa a acumular resíduos de alumínio (isso pode ser verificado na cor, que passa do vermelho para o escuro). Isso também dará problemas futuros.

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"Não é simplesmente uma questão de conforto, mas de segurança. O proprietário deveria fazer uma revisão no sistema hidráulico de seu carro a cada seis meses".

Na maioria das vezes o vazamento do óleo da direção ocorre porque a coifa – que protege a cremalheira que entra e sai da caixa hidráulica durante as manobras – fura e permite a entrada de impurezas no sistema. Como o mecanismo funciona em alta pressão, acaba danificando os retentores, mangotes ou bombas, provocando vazamento. Já as folgas, um dos problemas mais crônicos exatamente por causa da displicência do motorista. "Ele percebe que o volante não está virando corretamente, mas mesmo assim continua andando com o carro. Daí vai corroendo os dentes da cremalheira até quebrar tudo. Em alguns casos dá para reparar, em outros, só a troca da peça".As folgas acabam acarretando barulhos, principalmente quando se passa em terreno irregular como paralelepípedo. "A impressão que se tem é que o problema está na suspensão, mas pode ser a direção mesmo".Se o veículo em movimento estiver "puxando" mais para um lado, é provável que a válvula da caixa hidráulica esteja fazendo mais pressão para um lado do que para o outro. "Mesmo fazendo alinhamento, se não consertar, o incômodo vai continuar".No que se refere a direção pesada ou leve demais, está relacionada a bomba que pode estar desregulada, exercendo muita ou pouca pressão nas válvulas.

• A revisão do sistema hidráulico é acompanhada da aplicação de produtos especiais para limpar e melhorar o sistema.

• Detalhes da direção, como as condições da coifa por exemplo, podem ser detectados no alinhamento e balanceamento dos pneus, portanto, não deixe de pedir ao técnico para dar uma olhada na hora de executar o serviço.

Regulagem eletrônica

Definitivamente a prevenção ainda não é um hábito do brasileiro. A regulagem eletrônica do motor, por exemplo, é como uma revisão médica: faz um rastreamento computadorizado para dar um diagnóstico se há algum problema no automóvel, muitas vezes, imperceptível no uso rotineiro do carro.

A regulagem deve ser feita pelo menos uma vez por ano. Dependendo do carro, como é o caso dos movidos a álcool, esse período deve ser menor, a cada 10 mil quilômetros rodados.

Por ser um produto vegetal, o álcool deixa resíduos no sistema de injeção, como se fosse uma gelatina, que precisam ser limpos. Hoje a regulagem eletrônica não é luxo, mas uma necessidade.

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O técnico explica que, no passado, os carros usavam carburadores e platinado. Para fazer essa revisão era preciso retirar as peças do carro, o que dava muito trabalho. "Atualmente essas peças foram substituídas por componentes eletrônicos, mas que também precisam ser revisados".

Os aparelhos vão checar partes importantes como sensores, bombas, tubulação, filtros, bicos, ignição, gazes, pressão do combustível, etc. As informações são enviadas a um computador que irá mostrar onde está o problema.

Caso haja, por exemplo, um defeito no sensor de temperatura – que deveria estar ajustado para 90 graus, mas encontra-se em 60 graus – a regulagem vai detectá-lo, o que dificilmente seria possível sem o computador.

O objetivo principal de toda essa revisão é manter o veículo dentro dos padrões estipulados pelo fabricante.

Isso evitará a carbonização do motor, o consumo de combustível em excesso e até as panes repentinas, que costumam deixar o motorista na mão.

Contudo é preciso paciência. O serviço de regulagem eletrônica é demorado e o tempo varia de duas a quatro horas, conforme o modelo do veículo. Os que possuem 16 válvulas demoram mais.

Autorização. Caso a regulagem encontre alguma peça defeituosa, ela só poderá ser trocada com a autorização do proprietário do veículo.

Revisão completa. Antes de fazer o serviço, verifique se a oficina realmente oferece uma regulagem de qualidade, com equipamentos modernos e, principalmente, se a revisão é completa, feita em todo o sistema do motor e não apenas na injeção eletrônica.

Tapetes

Geralmente você só lembra deles na hora de lavá-los, mas eles têm um papel importante na conservação do veículo.

Além da estética, os tapetes são os responsáveis diretos em proteger o carpete original do carro. Contudo, por mais resistentes que seja, chegará o momento de trocá-los. Nessa hora, alguns cuidados são fundamentais.

Basicamente, existem três tipos de tapetes automotivos: os de borracha, que são mais utilizados, os de carpete e, alumínio – preferido por quem curte um tunning.

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Nos três casos existem vantagens e desvantagens. Os de borracha são maleáveis e fáceis de limpar. O único problema é a qualidade do material, que deve ser observada com atenção pelo motorista na hora da compra.

Produto muito barato pode significar dor de cabeça. Isso porque as borrachas de má qualidade – na maioria com espessura fina – ressecam facilmente e rasgam com facilidade.

Já os tapetes de carpete são bonitos, dão um tom mais clássico ao automóvel, porém são prejudiciais para quem tem alergia porque tem facilidade de acumular poeira. O incômodo é sentido de perto na hora da limpeza, visto o trabalho dado na hora de retirar toda sujeira.

Os tapetes de alumínio são esportivos, bonitos e dão uma aparência mais agressiva ao carro. Por outro, custam caro e, para melhor acabamento e menor custo, devem ser feitos sob medida.

O modelo de tapete mais indicado atualmente é o “abanejado”, de três peças. Além da qualidade superior da borracha, de maior resistência e durabilidade, ele tem outras vantagens.

“Esse tipo de tapete possui abas laterais que se ajustam ao fundo do carro. Isso evita que ele se mova quando se pisa e impede que a sujeira caia para debaixo do tapete caso precise ser removido para limpeza, sendo praticamente desnecessário o uso de aspirador de pó”.

Outra grande vantagem, que o tapete possui apenas três peças, ao invés de quatro, como é o mais comum.

Os tapetes traseiros ideais são uma peça inteiriça, que cobre aquela parte mais alta que divide um piso do outro.

“É ideal para quem tem crianças ou quando há passageiros que costumam pisar nessa região”.

• Procure manter os tapetes sempre limpos, pois sua manutenção irá influenciar em seu tempo de vida útil. • Da mesma maneira que é um risco comprar roupas sem experimentá-las antes, não compre tapetes sem levar seu carro até a loja em que você vai adquirir o produto. Lembre-se de que os tapetes devem acompanhar o design do piso de cada carro.

Os Pneus

Basta apenas um pouco de atenção e poucos minutos de observação pelas ruas e logo se nota muitas irregularidades no uso dos pneus. As situações são das mais diversas: desde pneus off-road sendo utilizados em cidades, até pneus visivelmente "carecas" rodando pelas ruas.

Uma recomendação muito importante é a verificação periódica do indicador de desgaste da rodagem - TWI (Tread Wear Indicators (Indicador de Profundidade da Banda de Rodagem ). Esse indicador existente em todo pneu mostra o momento certo para efetuar a troca.

O pneu abaixo do índice TWI é considerado "careca" e não atende às exigências de segurança no veículo. "Um pequeno cuidado como este poderá significar a diferença entre sofrer ou não um acidente".

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Outros equívocos encontrados nas ruas são os pneus com calibragem inadequada. O uso da pressão correta no pneu garante a melhor dirigibilidade e o aumento da vida útil do pneu. Sem a calibragem correta, além da redução da estabilidade, aumenta o risco de maiores danos à carcaça.

O ideal é que o motorista verifique a pressão, no mínimo, duas vezes ao mês, antes de viajar e sempre que houver alteração na carga com auxílio de um manômetro e não visualmente.

Off-road x street. A utilização de pneus off-road em cidades, ou mesmo, vice-versa, pode trazer inúmeros danos aos pneus, além de provocar maior consumo de combustível e reduzir a vida útil do pneu. No caso de pneus off-road com ranhuras grandes em carros para cidades, há a diminuição da área de contato/diminuição da ação de frenagem, aumento de ruído, desgaste irregular. Já no caso de pneus para cidades (street) usados em trilhas, ocorre a falta de tração, avarias na rodagem (cortes, picotamentos, arrancamentos).

"Obviamente, ninguém está impedido de rodar com pneus inapropriados para um determinado piso, mas é importante que o consumidor entenda as perdas e os riscos que isso trará ao pneu e à segurança dos ocupantes do veículo".

Na substituição de um pneu furado, ou mesmo, de um pneu que já está desgastado, é fundamental se instalar o mesmo modelo e marca de pneu em um mesmo eixo. Isso porque todos os modelos de pneu são diferentes um do outro, apresentando uma construção e disposição de lonas bastantes distintas, para atender às necessidades específicas determinadas pelo fabricante.

Contrariando uma prática comum, os pneus mais novos devem ser instalados sempre no eixo traseiro, e não na frente. Isso porque, testes demonstraram que o risco de um acidente pela perda de aderência dos pneus traseiros é sempre maior.

Com essas pequenas, porém importantes dicas, é possível aumentar os índices de uma direção segura.

• Alinhamento e balanceamento. São necessários para evitar o desgaste irregular dos pneus e garantir a estabilidade e a melhor dirigibilidade ao veículo. Além disso, aumenta a vida útil do pneu. Alinhar e balancear a cada 10 mil quilômetros, quando há troca de peça da suspensão, desgaste irregular do pneu ou após forte impacto.

• Rodízio de pneus. Deve ser feito periodicamente para eqüalizar o desgaste. Como exemplo, em veículos de tração dianteira os pneus dianteiros tendem a se desgastar mais rapidamente que os traseiros e o rodízio periódico fará com que todos os pneus tenham um desgaste mais uniforme, mantendo as suas características iguais. Fazer rodízio dos pneus a cada 8 mil km (diagonal, a cada 5 mil km).

• Limpeza. Ao lavar o veículo, o aconselhável é apenas fazer a lavagem com água e sabão.

Escapamento

De repente seu carro começa a andar menos, gastar mais e fazer mais barulho. O culpado, muitas vezes, pode ser o escapamento do seu carro. Responsável por conduzir os gases gerados pelo motor e reduzir o ruído provocado na combustão, o escapamento pode interferir diretamente na condução do automóvel.Na maioria dos veículos, o escapamento é composto pelo coletor, catalisador, silencioso intermediário silencioso traseiro e o cano intermediário. Todos merecem cuidados.Um escapamento danificado, seja por furos ou pela corrosão, além de deixar o veículo mais lento também provoca um consumo maior de combustível. A tendência é diminuir a vida útil do motor, que passa a trabalhar de maneira forçada.Um dos principais fatores que causa um desgaste prematuro do escapamento é a gasolina de má qualidade."O escapamento interfere na regulagem do motor, deixa o carro preso e o motorista tende a pisar mais forte para o veículo andar mais, forçando o motor. Uma gasolina de má qualidade colabora para a corrosão prematura do escapamento que poderá apresentar furos e comprometer a

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qualidade do sistema".Além disso, um escapamento defeituoso é perigoso para a saúde. Além de contribuir para o aumento da poluição do meio ambiente parte dos gases nocivos liberados pelo motor pode se alojar no interior do veículo. Para o bom funcionamento do sistema, recomenda-se uma revisão a cada 20 mil quilômetros ou um ano. Veículos que rodam pouco têm um desgaste mais acentuado. Os fixadores e as braçadeiras também devem ser conferidos pois sofrem desgaste natural."Quando o motorista começar a perceber um nível elevado de ruído ou surgimento de ferrugem no sistema, é hora de procurar uma oficina para uma análise detalhada. O motorista também pode ajudar na conservação do sistema, evitando cair em buracos e bater o fundo do carro em quebra-molas".

Para aumentar a vida útil do sistema de escapamento:

· Abastecimento - Utilize combustível de boa qualidade e de postos conhecidos.· Condução - Evite cair em buracos ou bater com o fundo do carro em quebra-molas. · Limpeza - Ao lavar o carro por baixo, use somente água e sabão neutro para evitar o ressecamento das borrachas.· Manutenção - Faça uma revisão a cada 20 mil quilômetros rodados ou anualmente. Veículos que rodam menos apresentam desgaste mais acentuado.· Barulhos do motor - Preste atenção em ruídos estranhos ou pontos de ferrugem, que podem significar corrosão.

Troca das Palhetas

Embora muita gente não dê a mínima importância para esse equipamento, a escolha, a manutenção e a troca das palhetas são muito importantes para uma condução segura.

Elas são danificadas pela constante exposição às mudanças de temperatura, sol, chuvas, além das substâncias corrosivas presentes no ambiente. Por isso, as palhetas precisam ser substituídas com certa regularidade para que possuam oferecer boa visibilidade e segurança ao motorista.

“O ideal é que sejam substituídas a cada 30 mil quilômetros rodados. Alguns produtos oferecem garantia de seis meses. Mas a durabilidade das palhetas também pode variar com o clima e a temperatura do local. O sol, por exemplo, é um agente que causa ressecamento, diminuindo a vida útil delas”.

Palhetas originais também duram mais. E os fabricantes garantem de seis meses a um ano de garantia.

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Uma dica importante para prolongar a vida das palhetas é não colocar produtos de limpeza como sabão em pó e detergentes no reservatório de água do limpador de pára-brisa.

“Esses produtos também causam ressecamento e podem até corroer a borracha das palhetas”.

A hora de trocar as palhetas é quando, no pára-brisa, houver formação de faixas e riscos, ruído ou trepidação, formação de névoa embaçamento e falhas na limpeza.

Nas palhetas, o motorista pode observar também se a lâmina ou a borracha está quebradiça, torta ou rasgada.

Se a palheta for nova e os defeitos persistirem, verifique também a regulagem dos braços do limpador de pára-brisa .

E, na hora da troca, lembre-se de verificar a condição do motor do limpador, observar se o esguinchador está desobstruído e corretamente posicionado, conferir as condições do braço limpador e oferecer aditivo específico para o reservatório de água.

Como aumentar a vida útil das palhetas

• Ao lavar o carro, limpe as lâminas de borracha com um pano umedecido em água.

• Nunca utilize querosene ou outros produtos químicos que provoquem danos às lâminas de borracha.

• Saiba que as palhetas duplas reduzem à metade a vida útil do sistema do limpador de pára-brisa.

O Pára-Brisa

Um pequeno trincado no pára-brisa pode se tornar uma grande dor de cabeça se não for restaurado logo. O sol, a chuva e a trepidação do carro podem fazer a fenda aumentar e inutilizar definitivamente o vidro.

Os trincados são classificados em olho-de-boi, estrela e reto. Nos dois últimos casos, a probabilidade do furo aumentar é grande. O problema geralmente ocorre na estrada, quando um caminhão costuma jogar detritos na direção do vidro.

“Por menor que seja a pedra, ela fica pesada devido a velocidade dos dois veículos. Daí, quando bate, trinca. O problema se agrava em período de chuva, quando costuma ser lançada contra o pára-brisa lama e sujeira. É comum isso acontecer em qualquer tipo de carro”.

A restauração do pára-brisa danificado é aconselhada em três casos: se o furo estiver localizado no lado do carona ou na parte superior no lado do motorista (mas de modo que não atrapalhe seu campo de visão) e ter, no máximo, cinco centímetros de diâmetro.

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“A resina utilizada para restauração cria grau no vidro. Se estiver na direção dos olhos do condutor, numa viagem, ele poderá ter dor de cabeça e tontura”.

A restauração cobre 98% do trincado e impede dele aumentar. O trabalho é simples e demora em torno de uma hora para ser feito. Na região atingida é feito um outro pequeno furo com uma mini broca.

Então é aplicada a resina. Um suporte empurra a resina para o orifício, de modo que ela penetre a área atingida sob pressão. Por dentro do veículo é feito um aquecimento usando um isqueiro.

Depois incide-se sobre o local uma luz ultravioleta para secar o produto. Após o trabalho realizado, o proprietário pode lavar o pára-brisa normalmente.

• Caso o seu vidro venha a trincar, coloque imediatamente um adesivo sobre o furo, até que você procure um conserto. Isso vai impedir que impurezas entrem no local, de modo a dificultar a ação da resina.

Aquecimento do Motor

Há duas peças que são fundamentais para se evitar o superaquecimento do motor: o cebolão e a válvula termostática.

Na verdade, uma depende da outra. Elas são responsáveis em manter o controle da temperatura na troca de água que existe entre o radiador e o motor.

O cebolão é um sensor de temperatura que fica no radiador. O nome é devido ao formato de bulbo que essa peça têm. Dentro dela há mercúrio. Quando a água esquenta demais, ele aciona a ventoinha que vai refrigerar o sistema de arrefecimento.

No caso de um Gol 1.0, 16 válvulas, o cebolão é acionado quando a água chega a 102 graus e desarmado ao descer para os 92 graus. Mas cada carro tem a sua temperatura do radiador.

Atualmente a maioria dos carros novos não usam o cebolão e sim um chip, um sensor de temperatura da injeção, que além de realizar a mesma função, ajuda a enriquecer a mistura de combustível logo quando o condutor liga o carro pela manhã.

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Também é importante lembrar que existem outros sensores eletrônicos espalhados pelo carro, como a cebola de óleo, que mede a pressão do óleo, a cebola da ré, que é acionada quando se engata a marcha para trás.

Já a válvula termostática fica no motor. Quando o motorista liga o veículo e a água dentro do motor atinge uma determinada temperatura – cerca de 86 graus no caso do Gol do exemplo anterior – a válvula passa a liberar o líquido para o radiador, fazendo a troca.

Daí vêm boa parte dos problemas de superaquecimento. “Se a água estiver baixa ou suja, vai danificar o mercúrio do cebolão, fazendo com que ele perca sua acidez e utilidade. Como não irá funcionar, conseqüentemente a ventoinha ficará parada e o motor vai superaquecer”.

• A manutenção preventiva é fundamental para evitar que o cebolão e a válvula termostática venham a dar problemas. Mantenha a água limpa e no nível certo.

• Outra medida importante é, pelo menos uma vez por ano, fazer a limpeza dos sistema de arrefecimento, mas fique atento a um detalhe: Não adianta limpar só o radiador, sendo que a sujeira maior vem do bloco do motor. Ambos precisam ser limpos.

Bateria

No geral, quando o veículo “morre” e fica difícil fazê-lo “pegar” podem estar ocorrendo os seguintes problemas: bateria descarregada ou com defeito, alternador danificado, fuga de energia do alternador para bateria, falhas no motor de partida ou na ignição eletrônica.

É fácil identificar quando o problema está na bateria ou no alternador. Basta observar as luzes que ascendem no painel quando o condutor vira a chave.

“Se a luz com o símbolo de uma bateria ficar acesa ou piscar é porque o alternador não está gerando energia como deveria. Agora se ligar e ficar tudo apagado e não fizer nem um barulho, o defeito pode estar no motor de partida”.

Nessas horas, não adianta ficar forçando a chave, tentando fazer o carro “ressuscitar” por um milagre. “Assim haverá um maior desgaste na bateria e no motor de partida”.

Empurrar o carro para fazer ele pegar é uma alternativa que deve ser usada só em casos emergenciais e não como rotina. Caso contrário corre o risco de estragar outras peças como o catalisador, que fica na saída do motor e é responsável em reter as impurezas dos gazes.

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O mesmo cuidado vale para as famosas “chupetas”, em que é feita a recarga de uma bateria para outra por meio de cabos.

O tempo útil de uma bateria é em torno de dois anos. As de melhor qualidade possuem ligas de prata, o que reduz o consumo de água e praticamente dispensa manutenção.

Já as baterias com qualidade inferior, é necessário que a cada dois meses seja completado o seu nível de água.

O ideal é fazer uma revisão elétrica no carro a cada quatro ou seis meses, mesmo que ele não venha aparentemente apresentar defeitos.

• Cara recuperada – Quando você roda com o carro, pára, desliga o motor e depois ele não quer pegar, uma dica é deixá-lo parado por uns minutos para que a bateria recupere um pouco de sua carga, pelo menos, o suficiente para você dar a partida e procurar uma oficina.

Lataria faz a diferença

De longe eles quase não aparecem, mas de perto fazem uma grande diferença, principalmente na hora de vender o veículo. Pequenos amassados, arranhões e manchas desvalorizam o carro e tiram dele a beleza original.

Nessa época do ano as oficinas especializadas registram um aumento na procura por esses serviços de restauração, pois ninguém quer começar o ano novo com o automóvel de aparência velha.

Quase 50% dos amassos são nos pára-choques. Depois vem a porta e capô como os de mais incidências.

“Os principais problemas encontrados nas latarias são pontos de ferrugem, amassados, manchas como fezes de pássaros, resinas de árvores, entre outros”.

Basicamente, existem dois tipos de reparos: o martelinho de ouro e a funilaria. No primeiro, o processo é executado manualmente, requer ferramentas especiais e profissionais qualificados. “É indicado quando a pintura não foi danificada”.

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Já a funilaria é necessária quando os danos causam avarias na pintura ou se existem pontos de ferrugem. Daí é preciso recuperar o aspecto original da peça.

Atualmente a tecnologia permite fazer a restauração da parte afetada sem a necessidade de desmontar a tapeçaria do veículo.

“A preparação das chapas para a pintura é feita com o mais moderno sistema de lixamento, sem gerar poeiras residuais, sem marcar as superfícies lixadas, gastando menos da metade do tempo exigido pelos sistemas tradicionais”.

O tempo gasto no serviço varia conforme a extensão das avarias. A média de um reparo feito com o novo sistema de lixamento, pintura e secagem é em torno de três horas.

• Procure manter a pintura do seu veículo em bom estado de conservação, sem arranhões, pois dessa forma a lataria não fica exposta a agentes corrosivos.

• Previna-se. Existem produtos que agem de forma a proteger a pintura ou a lataria, como anti-ferrugens e o Diamond Gloss.

Protetor de Cárter

O protetor de cárter é considerado o anjo da guarda do carro. Como o próprio nome já diz, ele protege o cárter, que é o local onde ficam o pescador da bomba de óleo e se concentra o maior volume de óleo responsável em lubrificar o motor.

O protetor é barato, custa em torno de R$ 50,00. Mas não tê-lo no veículo pode sair caro. Uma pancada no cárter pode significar a perda do motor, que hoje sai em torno de R$ 2,5 mil,  até R$ 5 mil dependendo do modelo do veículo.

“Isso porque, com a batida no fundo do automóvel, o cárter pode romper, causando a perda do óleo. Ou amassar, obstruindo a passagem do lubrificante, danificando o funcionamento do motor”.

A maior parte dos veículos não sai de fábrica com o protetor e que deve ser colocada pelo proprietário.

“É um erro gravíssimo das montadoras não venderem o carro com a peça instalada, visto as péssimas condições das ruas e estradas brasileiras. Falta informação por parte do motorista sobre o assunto”.

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A própria pessoa pode verificar em baixo do carro, sob o motor, se a chapa metálica está lá.  Cada carro possui um modelo de protetor de cárter diferente. “A fixação, geralmente, é feita com quatro parafusos. É super simples e rápido”.

Os protetores de cárter podem ser feitos por materiais diferentes, que vão das chapas metálicas ou de aço até o polipropileno, que é uma superfície plástica e menos resistente que as outras.

Como os riscos de batidas são muito grandes é melhor apostar num protetor mais forte, principalmente para os que têm que pegar a estrada com freqüência.

“Quanto mais dura a chapa, maior a proteção para o motor”.

• Em alagados - Seja com ou sem a proteção do cárter, tenha cuidado ao dirigir. Evite passar sobre poças de água, pois escondem buracos. Cuidado com a velocidade sobre os quebra-molas e dobre a atenção ao dirigir à noite.

• Nível do óleo – Fique atento ao marcador do nível de óleo e também ao painel do carro. Qualquer alteração pode ser um sinal de que o cárter já foi atingido e a lubrificação do motor está prejudicada.

Tanque de Combustível

Na maioria das vezes o tanque de combustível só é lembrado quando está na reserva. Contudo, a má utilização do sistema de abastecimento pode gerar inúmeros problemas como danos na injeção eletrônica, bombas e até o surgimento de chamas.

Os tanques comportam 45, 55, 60 e até 100 litros (utilitários), conforme modelo do veículo. O tanque reserva guarda entre 10 e 15 litros, suficiente para rodar até 50 quilômetros. Essa quantidade foi estabelecida pelas montadoras por causa de uma pesquisa mundial que mostrou que a média de distância de um posto para outro é de 30 quilômetros.

A função do combustível não é simplesmente fazer o automóvel andar, mas circular por dentro da bomba, de modo a refrigerá-la. É por isso que é um risco rodar com o tanque reserva.

“A bomba acaba puxando combustível e ar ao mesmo tempo, o que prejudica o sistema de arrefecimento. O ideal é que tenha, no mínimo, um quarto do tanque abastecido”.

Com o tempo, essa sujeira entope filtros e prejudica o funcionamento da injeção eletrônica, sujando e obstruindo também os bicos injetores.

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A sujeira acumula no tanque devido a má qualidade do combustível e a poeira que entra do local quando o frentista retira a tampa para abastecer. “Além disso, os carros importados não têm a proteção adequada para a quantidade de álcool misturada à gasolina, e que é altamente corrosiva”.

Por outro lado, não é indicado rodar com o tanque cheio até a boca. Nos carros com carburador, parte desse combustível acaba se perdendo pelo bocal ou pela válvula de alívio. Nos modelos com injeção eletrônica, dotados de dispositivo de retorno e que trabalham com o sistema de alimentação sob pressurização constante, o excesso de gasolina provoca uma contrapressão interna que pode danificar a bomba elétrica de combustível e a válvula reguladora de pressão.

O nível correto do tanque é quando o combustível atinge o bico da bomba. Isso pode ser percebido quando o gatilho da mangueira desarma automaticamente. Orienta-se aos motoristas a fazerem, sempre que possível, uma limpeza do tanque e um teste de pressão na bomba. Ele também ressalta que as mangueiras têm um período de vida útil e devem ser trocadas a cada 40 mil quilômetros rodados.

“Elas podem até parecer que estão boas por fora, mas geralmente estão danificadas por dentro”.

• Cheiro forte

Fique atento ao forte cheiro de combustível dentro do carro. Pode ser sinal de vazamento ou carro desregulado, que acaba jogando o produto do cano de descarga. Em ambos os casos pode haver surgimento de chamas.

• Uso de aditivos

O uso de aditivos em excesso pode dar um efeito contrário no tanque. Ele força o acúmulo de sujeira nas mangueiras.

• Combustível adulterado

Quando for abastecer, procure postos confiáveis, de marcas conhecidas. Desconfie de gasolinas muito baratas, pois podem estar adulteradas.

Alternador

Em resumo, o alternador tem a finalidade de manter a bateria carregada. Problemas nessa peça significam perda de carga elétrica e carro parado. A falha no sistema pode ser identificada pela luz da bateria acesa no painel ou do amperímetro

O alternador consegue manter uma carga extra entre 8 e 10% além da que existe na bateria. “Isso é importante para haver um equilíbrio no sistema elétrico, caso haja uma queda de rotação”.

O alternador é o elemento responsável por gerar a corrente elétrica. Essa corrente vai alimentar todos os circuitos elétricos do veículo assim como recarregar a bateria que funciona no momento do arranque ou quando o motor não se encontra em funcionamento.

Assim que é dada a partida no motor, o alternador começa a ser movido através de uma correia ligada ao virabrequim.

O rotor, que é o eixo do alternador, gira numa rotação duas a três vezes maior que a do motor. A voltagem varia de um carro para o outro, mas em geral ficam entre 13,5 e 14,5 Volts.

“Hoje já existem os alternadores inteligentes, chamados de híbridos. Eles controlam melhor a distribuição da corrente elétrica quando o carro é ligado. Isso evita danos no sistema eletrônico do veículo, bem como melhora a dirigibilidade, pois diminui o impacto no motor”.

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O alternador é composto de rotor, estator, carcaça, escovas, ponte de diodos, ventilador, polias e parafusos. Os defeitos mais comuns são o desgaste das escovas (e do rolamento), do coletor e dos reguladores.

“A linha de caminhonetes da GM costuma apresentar problemas no alternador por causa das altas temperaturas a que são expostos. Na linha Pálio, essa peça fica muito próximo ao fundo do carro, o que favorece a entrada de água e detritos”.

Em casos extremos, o mau funcionamento do alternador pode causar sobrecarga na bateria, fazendo com que ela perca eletrólito – líquido existente dentro da bateria. Isso pode produzir faíscas dentro na bateria e até ocasionar uma explosão.

• Uma forma de preservar o alternador é evitar ligar tudo no carro sem necessidade, como ar-condicionado, farol alto, entre outros.

• Existem vários tipos de alternadores. Eles variam conforme o modelo do carro e as marcas. Um produto de má qualidade pode ter uma vida útil menor.

Faróis Coloridos

Não há limites para criatividade quando o assunto é automóvel. Agora, a moda são os faróis coloridos. Os superleds, também chamados de “olho de gato” ou auréola de anjo “, por causa do efeito parecido com néon em torno da lâmpada, custam em torno de R$ 20 e dão um visual diferente ao carango”.

“Aqui no Estado as cores mais procuradas são o verde, o vermelho e o azul. Mas existem outras opções como lilás, amarelo, verde e prata. Pela Internet é possível encontrar cores diferentes”.

Os carros que mais procuram pelo serviço são o Corsa, o Gol GIII, o Celta e o novo Pálio. “O novo Fiesta já vem, inclusive, com um local próprio para instalar o acessório”.

O tempo gasto fica entre 20 minutos e uma hora. “Alguns modelos como o Vectra e o Golf demoram mais, pois o acabamento do motor é muito complexo e dificulta o acesso ao farol”.

O Superled em si é pequeno, meio centímetro. Ele é vendido separado ou num kit, ideal para instalação porque já vem acompanhado de uma lente e um resistor.

“O resistor é de 12 Volts e funciona como um controlador de voltagem para evitar que o led venha a queimar. A lente fará com que o efeito colorido reflita mais longe”.

Se bem instalado, o kit dura de três a quatro anos. É feito um pequeno furo junto ao farol e fixa-se o led. Quanto a pessoa ascende o farolete, o led brilha junto. Quem preferir, pode instalar uma

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chave individual no painel. Só não é indicado ligar o led com o farol aceso, pois, sendo mais forte, ofuscará o colorido. Algumas pessoas preferem adaptar o led na seta.

O Superled nada tem a ver com as chamadas lâmpadas super claras (100 por 90 Wats), que iluminam 90% a mais do que uma lâmpada comum – o farol baixo parece alto. Não há algo específico na Legislação de Trânsito sobre essa potência. A proibição é para 100 por 100 wats. É melhor não arriscar.

• Instalação - Cuidado na hora de instalar o kit. Se não ficar bem adaptado, estará sujeito a um curto, se bater água, por exemplo.

• Diferenças entre as marcas - Outro detalhe importante é que o Superled possui marcas diferentes que influem diretamente na qualidade. Antes de instalá-lo, peça uma orientação a um especialista.

Pára-brisa

Eles têm, em média, 45 centímetros, mas fazem uma grande falta quando estão com defeito ou funcionam mal. Ignorar a qualidade dos limpadores de pára-brisa é um risco tanto para a segurança quanto para o bolso.

Um erro comum é acreditar que os limpadores com duas paletas – vendidas em sua maioria por ambulantes – são mais eficientes do que os outros.

De acordo com técnicos da área de vidros, o limpador de duas paletas atrapalha a aerodinâmica do carro em movimento.

“A área duplicada do limpador, que nesse caso não possui aberturas para o fluxo do ar, aumenta a resistência ao vento”.

Isso exige uma força maior do motor do limpador, o que pode vir a danificá-lo. Além disso, por não ser um produto original, suas paletas são bem mais leves. “Quando o vento bate, elas acabam levantando um pouco, não limpando completamente o vidro. Algumas pessoas argumentam a vantagem delas serem mais leves. Contudo a eficiência é medida pela sua forma de deslizar”.

Vale ressaltar que borrachas duras ou gastas podem arranhar o vidro. Outra maneira de constatar a qualidade dos limpadores é observar se eles trepidam quando são acionados.

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Segundo o técnico o problema pode estar tanto na borracha das paletas (muito duras, o ideal é que sejam macias), quanto no próprio vidro. “Pára-brisa antigo costuma apresentar pequenos trincados ocasionados pelo tempo, que favorece a trepidação”.

Entretanto é possível dar uma “forcinha” para o limpador. Existe um produto que é adicionado ao reservatório de água do limpador. “Esse líquido ajuda a manter o pára-brisa limpo e aumenta a durabilidade das paletas”.

O tamanho e a forma dos limpadores variam conforme o tipo de carro, mas no geral, um único modelo se adapta em vários automóveis. “Como é o caso do Kadet, Santana, Monza e o Corsa”.

· Limpeza das paletas Tenha o hábito de passar um pano seco na borracha das paletas para mantê-las sempre limpas, principalmente, antes de viajar.

· Vida útil No geral, as paletas devem ser trocadas a cada um ano de uso. Dependendo da qualidade do material e da exposição ao sol, esse período pode ser menor.

Retrovisores

Dirigir sem o auxílio dos retrovisores é uma missão muito arriscada. Hoje, o mercado dispõe de, pelo menos, seis modelos da peça: fixo, com controle manual, elétrico, cromado, light e interno.

O fixo é o retrovisor comum, em que o motorista precisa pôr a mão do lado de fora da janela para acertá-lo. Já o de controle manual possui uma pequena alavanca que fica do lado interno do veículo, dando praticidade ao condutor.

O retrovisor elétrico é o mais desejado de todos. Prático, possui dois pequenos comandos, no painel ou braço da porta, que permite movimentar o retrovisor que fica ao lado do carona, por exemplo, sem precisar esticar o braço.

“Isso evita que o motorista desvie sua atenção da pista”. O elétrico vem em outras duas versões.

O elétrico cromado, muito procurado por quem possui Gol, Golf e Ranger. Sua cor metálica prateada dá um visual sofisticado e arrojado no automóvel, principalmente por quem curte um tuning.

Em se tratando de modelo exótico, o elétrico Light dá de 10. Ele vem com a luz do pisca embutida. Geralmente os carros que mais utilizam esse modelo são o Golf GNI e o Gol GIII. “Praticamente todos os carros aceitam esses retrovisores diferenciados”.

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A diferença é que alguns veículos já vêm preparados, ou seja, com a fiação própria para a instalação dos retrovisores elétricos. O tempo de serviço demora entre 20 minutos e uma hora.

Seja qual for o estilo da peça, ambos têm algo em comum: o espelho. O do lado esquerdo é plano e, o do direito, e convexo, que permite um ângulo de visão maior.

“Ele é muito útil numa rodovia, onde costumam haver pistas duplas e triplas, com veículos que ultrapassam pela direita.

Para melhorar a visibilidade, existe um produto chamado cristalizador, que deve ser aplicado sobre o espelho limpo e seco, a cada 15 dias. “Esse líquido formará uma película que evitará o acúmulo de água no retrovisor”.

• Diferenças

Existem dois tipos de retrovisores internos: o fixo no pára-brisa e o fixo no teto. Esse último facilita a visibilidade. Os preços são iguais.

• Vida útil

A durabilidade dos retrovisores elétricos é grande. Os cromados também. O problema de ressecamento provocado pelo sol só afeta a aparência da peça, geralmente, após cinco anos.

Farol de Milha

Além de dar um aspecto aventureiro ao veículo, o farol de milha é de grande utilidade. Como possui um facho mais estreito e alinhado com o eixo da estrada, o alcance da luz é muito maior, aumentando com isso, o raio de ação dos faróis originais.

Porém, antes de comprar o acessório, é importante estar atento às normas do Código de Trânsito Brasileiro. Por lei, você só pode instalar dois pares de faróis auxiliares, além dos principais.

O de longa distância (de milha), por exemplo, deve ser acionado somente em conjunto com a luz alta e precisa ficar na mesma altura dos faróis principais.

A instalação demora em torno de uma hora. “Se usado corretamente, o consumo da bateria é mínimo”.

Entretanto é bom estar atento. Componentes elétricos, como faróis, drenam muita corrente e necessitam de fiação e chaves comutadoras que correspondem ás necessidades do equipamento.

Se não forem bem dimensionadas correm o risco colocar em curto-circuito partes importantes da fiação, ou até mesmo provocar um incêndio perigoso.

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Os carros que mais procuram pelo serviço são os populares, em especial, o Gol, o Corsa e o Palio. Não há muitas opções de cores. “No geral, esse tipo de farol auxiliar possui a tonalidade amarela ou super branca. Existem vários modelos que são vendidos pela sua voltagem”.

Depois de instalado, regule os faróis de milha totalmente para a frente, ou ligeiramente voltados para as laterais, de maneira a iluminar as margens da trilha.

Cuidado, porém, ao colocar esses faróis abaixo da linha do pára-choque, pois quando tiver de passar por rampas, os faróis ficam exatamente junto ao ângulo de ataque, sendo os primeiros a se chocarem com o barranco.

• Instalação Caso resolva instalar o farol de milha na traseira, procure cobri-lo quando estiver trafegando na cidade. Isso evitará multas.

• Alternativa Instale os faróis superiores em um rack e só os coloque quando entrar em circuitos off-road. Essa medida também evitará problemas com a fiscalização.

Vícios ao dirigir

Alguns vícios ao dirigir o veículo diminuem a vida útil do motor. Os prejuízos podem ser elevados, no caso da retífica. A boa notícia é que pequenas mudanças de hábito ajudarão o carro e o bolso.

Um caso clássico é o de andar com o pé na embreagem. “Isso danifica a embreagem e aumenta o desgaste das ruelas do girabrequim”. Também prejudica o rolamento e o volante do motor.

Outro vício comum é a pessoa ligar o automóvel e sair em seguida, sem dar tempo de haver um aquecimento. “A temperatura não está ideal. Ao longo do tempo, isso diminui a vida útil do motor, havendo um desgaste rápido dos anéis”.

Contudo não deixe o motor esquentar com o veículo parado por muito tempo. A temperatura ideal será atingida com o carro em movimento.

Quem nunca tentou fazer o carro ligar no “tranco”? “Esse ato pode quebrar a caixa de marcha e danificar os calços do motor”, alerta. E ainda: o combustível que não foi queimado se aloja no catalisador, aumentando o risco de superaquecimento do motor.

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Muitos motoristas tentam mostrar sua habilidade numa ladeira, evitando usar o freio de mão, controlando no acelerador e na embreagem. O que poucos sabem é que esse hábito prejudica o conjunto de discos e o platô, além de diminuir a vida útil da embreagem.

Nunca desça uma ladeira em ponto morto porque a velocidade do veículo aumenta e os freios podem não conseguir pará-lo.

Não acelere o veículo antes de desligá-lo. Nos veículos que possuem catalisador o perigo é maior porque a gasolina excedente fica dentro desse equipamento.

Quando o veículo é ligado, ocorre uma explosão que danifica a cerâmica e os metais nobres do catalisador, além de diminuir o desempenho do motor e aumentar a emissão de gases nocivos.

Também evite colocar passageiros ou carga em excesso. Além de aumentar o consumo de combustível, isso causa um desgaste mais rápido na parte mecânica e na suspensão.

• Ladeiras - Em ladeiras, evite controlar o carro com o recurso embreagem-acelerador, use sempre o freio de mão.

• Vidros fechados – Com os vidros fechados diminui a resistência do ar e há economia de combustível.

• Revisões – Respeite os intervalos indicados pelo fabricante para fazer a manutenção.

• “Esticar” a marcha em excesso. Não faça isso, pois, além de gastar muito combustível, acaba entortando as válvulas e pode quebrar as bielas e até o bloco do motor.

Pneus

Pela manhã você acorda, vai até a garagem e descobre que o pneu esvasiou. Leva ao borracheiro e constata que não está furado. O ar escapou por uma pequena parte amassada da roda. Esse problema levanta uma discussão: é melhor usar pneus com ou sem câmara?

Para os especialistas no assunto, não há o que discutir.

Apesar dos inconvenientes que podem surgir com os pneus sem câmara, eles ainda são as melhores opções.

“Tanto que apenas 10% dos veículos novos saem de fábrica com câmara de ar – como é o caso de algumas caminhonetes, os demais vêm sem”.

Os pneus sem câmaras de ar possuem tecnologia radial.

Quando o carro está em movimento, sua temperatura interna é bem menor do que se tivesse uma câmara de borracha. Isso significa um menor desgaste no produto e redução no consumo de combustível.

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Além disso, eles possuem uma camada vulcanizada, que permite uma vedação temporária, caso venha a sofrer uma perfuração por um prego, por exemplo.

“Não veda 100%, mas consegue sustentar a pressão, pelo menos, até o motorista chegar em casa ou num lugar seguro. Se tivesse câmara, o pneu esvaziaria na mesma hora”.

Os pneus radiais, são compostos de: banda de rodagem, única parte do pneu que toca diretamente o solo; carcaça, composta de lonas responsáveis em transmitir as forças motrizes do veículo e evitar a perda de pressão de ar; talão, feixe inelástico, mas flexível de arames isolados como borracha, fixam o pneu no aro e evitam seu deslizamento.

E ainda o costado, parte mais fina do pneu situado entre o talão e a banda de rodagem, cujas funções são proteger a carcaça contra impactos e fricções laterais, garantir a sustentação e maciez do pneu, dissipar o calor originado pela flexão e resistir às condições do tempo (atmosféricas) e a decomposição química.

“Para chegar a amassar a roda e fazer o ar sair, será necessário bater o automóvel dentro de uma cratera e não em um buraco”. Outro engano comum é achar que, para evitar o vazamento de ar, é necessário manter os pneus com uma calibragem excessiva.

“Geralmente os carros de passeio ficam entre 28 e 30 libras. Contudo, o ideal é olhar o manual do fabricante de cada carro, mesmo porque, alguns modelos requerem calibragens diferentes nos pneus traseiros e dianteiros”.

• RodízioPara que todos os pneus tenham um desgaste uniforme, gerando economia e prevenindo problemas futuros de segurança, deve-se fazer o rodízio dos mesmos a cada 5 mil quilômetros.

• Alinhamento Quando o pneu radial começa a perder pressão com facilidade, o problema pode estar na roda (empenada ou amassada). Um alinhamento e um balanceamento podem detectar essa imperfeição.

Carro Rebaixado

Existem quatro formas de rebaixar um veículo: corte das molas, rosca, injeção de gel e, a mais moderna, suspensão a ar. O modelo ideal vai depender unicamente do poder aquisitivo da pessoa.

O método mais cobiçado pelos apaixonados por carros é o rebaixamento por suspensão a ar, um sistema ainda pouco difundido no Estado.

Com ele o condutor pode levantar ou abaixar a traseira ou dianteira do carro, alternadamente, por meio de botões que controlam as suspensões individualmente. Bem diferente do sistema tradicional, onde as molas de sustentação são cortadas, mantendo o automóvel rebaixado de forma única e definitiva.

A suspensão a ar é semelhante ao sistema usado pelos caminhões para movimentar o eixo. Funciona da seguinte forma: quatro bolsas de ar de borracha (parecidas com uma câmara de pneu, mas que não deformam) são instaladas no lugar das molas traseiras e dianteiras.

As bolsas são sustentadas por tampas metálicas, uma em cada base, denominadas flanges. Um compressor faz o barulho de ativar um cilindro, que jogará ar dentro dessas bolsas.

Válvulas elétricas controlam a entrada e saída do ar.

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“Elas podem ser acionadas por um dos quatro botões que ficam dentro do carro”.

Os carros que mais procuram pelo serviço são Golf, Vectra, Saveiro e Gol. Mas existem outras formas baratas de rebaixamento, porém eficientes. Uma delas seria instalar molas esportivas e substituir o óleo do amortecedor por um gel próprio. “Esse sistema mantém 80% da estabilidade e do conforto do carro".

Outra maneira é rebaixar o veículo por meio de roscas. Ao invés da base das molas ser sustentada por pratos fixos, ela é acoplada a uma rosca. O giro dela permite o carro subir ou descer.

“A própria pessoa pode mudar a altura do carro sempre que desejar, sem precisar ir a uma oficina. Só é incômodo, pois ele terá de levantar o carro para movimentar as roscas".

Manutenção

O sistema a ar precisa de quatro manutenções, a cada 15 dias, logo após a instalação. Após essas seções, são necessárias mais quatro revisões mensais.

Menos recomendada

Apesar de comum, o sistema de corte de molas é o menos indicado. O carro perde a estabilidade, desalinha com facilidade, desgasta os pneus e aumenta a trepidação interna.

Retífica

Mesmo carros mais novos exigem cuidados para não fundir motor

Consumo de óleo excessivo, emissão de fumaça escura e muito barulho ao dirigir. Esses são alguns indícios de que o carro está prestes a bater o motor. O conserto pode chegar a R$ 6 mil. Vale lembrar que problema de retífica não é uma exclusividade de automóvel antigo.

“É comum chegar na oficina veículos novos, com apenas 60 mil quilômetros rodados, mas com o motor batido. Isso acontece, principalmente, por falta de cuidado do proprietário”.

“A pessoa compra um carro zero e abusa. Um motor novo é igual a um bebê recém-nascido. Precisa de cuidados”.

Mas essa situação não é freqüente. Normalmente, são os carros acima de 10 anos os que apresentam mais defeitos relacionados à retífica.

A maior dor de cabeça para qualquer mecânico é lidar com o motor Zetec, típico de modelos como Escort, Fiesta e Courier. “São motores descartáveis, feitos de alumínio, cuja as peças não são vendidas pela autorizada. Nesse caso é preciso fazer adaptações”.

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Os motores 2.0 do Monza e do Kadet também merecem atenção dobrada. Isso porque as vielas – responsáveis em movimentar os pistões – são finas demais para agüentar a pressão de duas mil cilindradas. Com o tempo, a quebra do bloco é quase inevitável.

Técnicos com experiência em retífica, apontam os principais vilões que levam os motores a pifar: a falta de óleo e de água, além do desgaste natural do automóvel.

Em resumo, o motor bate quando suas peças ficam desgastadas. O conserto passa por três processos distintos. Primeiro, o motor é retirado do automóvel e desmontado.

Como houve um desgaste, as medidas originais das peças terão de ser alteradas. Aí entra o serviço da retífica, que fará o reajuste das peças e de seus respectivos encaixes, colocando-os sob medida.

Por último é feita novamente a montagem do motor. Nesse processo entram peças novas e retificadas. O serviço demora, em média, de dois dias a uma semana para ser feito, dependendo do tipo de carro e da demanda da oficina.

Baixa velocidade

Depois de feita a retífica, o proprietário deve tomar cuidado para não acelerar demais, até que o motor “amacie”. O ideal é não passar dos 80 quilômetros por hora.

Revisões

Após o conserto, fala revisões a cada dois mil quilômetros rodados. Isso servirá para reapertar cabeçotes, corrigir vazamentos, entre outros.

Desgaste Natural

Pastilhas de freio e correia dentada lideram o ranking do quebra-quebra entre os componentes do carro

Não tem jeito. “Com o tempo, as pastilhas e a correia precisam ser trocadas”.

Por mais novo que seja o automóvel, cedo ou tarde ele terá de visitar uma oficina. O desgaste natural do veículo torna a troca de algumas peças quase inevitável. No ranking das maiores “dores de cabeça” do motorista, lideram as pastilhas de freio, a correia dentada e os amortecedores.

Problema na correia dentada faz com que o carro saia do ponto freqüentemente, além de poder ocasionar a quebra de uma válvula.

Já as pastilhas são feitas de poliuretano e se desgastam num período de seis a 10 mil quilômetros rodados. Aliás é necessário fazer a manutenção de todo o sistema de freios. Isso evitará o ressecamento do mecanismo.

O dono do veículo deve estar atento aos detalhes, como por exemplo, ao rolamento das rodas. “Elas dificilmente quebram, mas suas esferas perdem o esmalte, o que prejudica seu funcionamento, dificultando a direção”.

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Ele também ressalta a bomba d’água, que costuma travar e até quebrar. “Isso geralmente ocorre devido a um descuido com o sistema de arrefecimento, que deveria ser limpo, pelo menos, de seis em seis meses”.

A falta de cuidados também danifica um outro velho amigo do motorista, os bicos injetores que, na maioria das vezes, precisam apenas de uma limpeza. Mas nem sempre é assim.

“Os combustíveis de péssima qualidade podem estragar essa peça”. O ideal seria a troca a cada 12 mil quilômetros.

Ainda merecem destaques a engrenagem do eixo girabrequim, responsável direto pelo funcionamento do motor, e os amortecedores, que deveriam ser trocados após o automóvel ter rodado 30 mil quilômetros.

Os técnicos ainda alertam para dois importantes intens que devem ser mantidos sempre em bom estado. Um deles é a paleta do limpador de pára-brisas. O outro é o cinto de segurança.

“O suor e a umidade, aos poucos, vão apodrecendo os cintos. Numa colisão, por exemplo, ele poderá facilmente se romper”.

Carros com GNV

Quem possui um carro mil cilindradas, movido a Gás Natural, deve redobrar a atenção. Os defeitos são comuns, pois os motores 1.0 não suportam essa forma de combustível.

Peças que mais sofrem

Com o uso do GNV em populares, ocorre o desgaste excessivo das válvulas de admissão e escapamento, queima da bomba elétrica de combustível, travamento dos bicos injetores e travamento da sonda lâmbda.

Freios

Se existe uma parte do veículo que merece atenção redobrada, são os freios. Responsáveis diretos pela segurança dos passageiros, o sistema, composto de vários componentes, deve passar por uma manutenção periódica, mesmo quando não apresenta defeito.

Esse acompanhamento evitará gastos desnecessários no futuro.

Basicamente, o sistema de freio é composto de pastilhas, discos, lona, cilindro-mestre, mangote, pistão, pinça, além é claro, do óleo de freio.

Quando o condutor pisa no pedal, o cilindro mestre é acionado. Sua pressão faz com que o óleo seja distribuído, por meio de canos, até o mecanismo de frenagem, acoplado nas rodas.

A maioria dos carros tem dois discos dianteiros e um tambor traseiro, contendo as lonas. Já o sistema ABS, mais moderno, tem quatro discos (dois dianteiros e dois traseiros), quatro pinças e dois jogos de pastilha. Isso permite uma frenagem mais precisa.

É importante estar atento às pastilhas, que são feitas de poliuretano, e se desgastam num período de seis a 10 mil quilômetros rodados.

“Esse desgaste é maior se o automóvel anda com freqüência em ladeiras, onde o freio é mais exigido”.

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Ele alerta para outro detalhe. O óleo de freio precisa ser trocado a cada 10 ou 15 quilômetros rodados, mesmo que o fluído não esteja baixando em seu reservatório. “Com o tempo, esse óleo perde a viscosidade. Daí acaba ressecando e estragando o cilindro”.

Outro problema comum é quando os discos empenam, fazendo o carro trepidar todas as vezes que o freio são exigidos. “Isso geralmente ocorre quando o carro bate num buraco”, explica. A revisão do sistema de frenagem deve ser feita a cada oito quilômetros rodados.

Ruídos

Fique atento aos ruídos do carro, pois eles podem indicar problemas nos freios. Sons agudos vindos das rodas indicam defeito nos discos ou nas pastilhas. Barulhos de arranhado significam que está havendo contato entre metais, ou seja, lonas e pastilhas foram embora.

Peças originais

Como se trata de um item de segurança, na hora de comprar, prefira sempre as peças originais.

Escapamento

Quando se fala em problemas no escapamento, logo vem à mente um cano de descarga furado fazendo um tremendo barulho. Poucos lembram que a peça é composta de três partes, que podem apresentar defeitos em separado. A desregulagem do motor e o aumento no consumo do combustível são algumas conseqüências quanto há problemas no escapamento.

Além disso, um escapamento em más condições também ocasiona os seguintes transtornos: trepidação do veículo, ruídos, aquecimentos próximo ao piso do carro, inalação de gases nocivos e poluição da atmosfera, além de estouro e oxidação de peças do sistema de exaustão.

Basicamente, o escapamento é formado por um cano primário, um silêncio intermediário e um outro silencioso traseiro. Eles trabalham em conjunto para impedir que os gazes do automóvel saiam de uma só vez. Um sistema composto de lã de vidro e catalisadores fazem o ar circular antes de sair, diminuindo sua força e seu grau de poluentes.

O maior perigo para o escapamento não está do lado de fora, mas sim dentro da peça. No caso do silencioso traseiro, por exemplo, é comum haver corrosão. Como o aquecimento nessa região é menor, os líquidos que costumam ser expelidos por ali demoram mais tempo para evaporar e acabam se acumulando nessa região, provocando a corrosão da peça. Mas todo o cano, de uma forma geral, pode ser corroído pela passagem de combustível. Em situações extremas, a peça chega a cair no chão.

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É comum o escapamento danificar e o proprietário não sentir logo a diferença. Mas com o tempo, o motor começa a ficar desregulado e o desenvolvimento do carro cai sensivelmente.

Na maioria dos casos, a pessoa troca só o silencioso traseiro e se esquece de verificar o restante. Quando o corrosão é grande, o ideal é trocar todo o sistema.

Revisão

O escapamento também precisa ser revisado como qualquer outra peça do carro. O tempo ideal é, no mínimo, a cada oito meses.

Preços

Quando você chegar na loja, vai observar que existem dois preços distintos de uma mesma peça. É o que os vendedores costumam chamar de original e genérico. Opte sempre pelo original, apesar de mais caro.

Alarme ou Rastreador

Alarme ou rastreador? Qual o melhor equipamento de segurança para o carro? A resposta vai depender basicamente de duas coisas: do valor do seu automóvel e quanto você está disposto a investir nele.

Sem dúvida, se fizermos um confronto entre esses dois equipamentos, o rastreador ganha de nocaute no início do combate. Muito mais eficiente esse sistema faz com que o veículo roubado seja localizado e sua bomba injetora de combustível cortada, parando o motor.

Isso acompanhado do acendimento das luzes e, em alguns modelos, uma voz gravada sai em alto e bom som dizendo: “Este carro está sendo roubado!”.

O rastreador, também conhecido como Global Positioning System (GPS), age via satélite e é mais antigo no Brasil. Geralmente as empresas que trabalham com esse sistema fazem o monitoramento colocando um modem no carro, que envia e recebe mensagens curtas, como um bip.

Assim que a pessoa tem o carro roubado, ela entra em contato com a central do rastreador, por meio de um 0800, e informa o ocorrido. O proprietário tem uma senha e terá de informar vários dados pessoais e do automóvel.

Tudo checado, automaticamente a empresa aciona o sistema de segurança. O GPS possui um mecanismo chamado Chave Cold, um bloqueador que irá travar o carro toda vez que o motorista entrar nele e não desligar um botão específico.

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Apesar de eficiente, o rastreador ainda possui um custo alto, principalmente, porque o proprietário, além de comprar o equipamento, vai precisar pagar uma mensalidade para a operadora do sistema.

A maioria das pessoas que instalam o mecanismo possuem carros mais caros, como Blazer, Audi, Astra. Por outro lado, existem automóveis zero quilômetros que já saem das agências com o rastreador instalado.

Quem não está disposto a desembolsar essa grana, pode botar um alarme convencional. Eles são formados por dois módulos de ultra-som, uma conexão central e uma sirene.

A reativação é automática (liga novamente sem a presença do motorista). Monitora porta, capô e porta-malas, pisca as setas e bloqueia motor de partida.

Capas Externas

As capas externas para automóveis são como uma roupa. Protegem contra o sol, maresia, poeira e arranhões. Ao contrário do que pensa a maioria dos proprietários, o acessório também deve ser usado por quem guarda o veículo na garagem, em especial, nos condomínios. Ele evita os famosos riscos na lataria provocados por esbarrões de portas e carrinhos de compras.

É importante entender do que elas são feitas. No mercado, basicamente, existem dois tipos: as de náilon e as de corino. As de náilon são mais baratas, de uma qualidade inferior e vêm num tamanho padrão.

O grande problema desse modelo é que elas costumam arranhar a lataria. Como as capas fazem o carro suar e o náilon não absorve esse líquido, é comum que apareçam manchas na pintura.

Além disso, precisam ser colocadas com cuidado, pois tendem a rasgar com facilidade, sua vida útil é em torno de um ano. Já as capas de corino são de melhor qualidade, mais resistentes e feitas sob medida, o que permite um melhor acabamento e adaptação ao automóvel.

Confeccionadas com um material sintético por fora e um feltro por dentro, elas conseguem absorver o suor do carro. Têm orifícios em pontos estratégicos para permitir a circulação de ar.

Possuem três costuras reforçadas de náilon, algumas vêm com ilhós, que permite o uso de cadeados, evitando que o produto seja roubado. As capas externas de corino duram até cinco anos, se bem cuidadas.

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Nunca guarde a capa molhada, pois pode dar mofo. A cada seis meses deve ser aplicada uma camada de vaselina em todo material, para evitar o ressecamento e aumentar a impermeabilidade. Também deve ser lavada com água e sabão periodicamente, não na máquina de lavar, mas sobre o carro.

O que vai determinar o preço da capa é a metragem do corino utilizada e o formato do carro. O Uno, por exemplo, é pequeno, mas suas formas dão mais trabalho para confeccionar o material.

Conserto

As capas de corino possuem uma importante vantagem. Se chegarem a rasgar, dá para consertar. As de náilon, não.

Colocação

Independente do tipo de capa que você utilizar, uma regra é básica: nunca a coloque quando o carro estiver quente, pois o material impedirá a saída de calor, aumentando o suor, prejudicando a pintura e reduzindo a vida útil da capa.

Juntas

Seu carro está com problema de junta? Antes de querer jogar tudo fora, é importante saber que existem mais de 100 juntas num veículo. Elas têm função de manter a divisão de uma peça para outra, vedando fluidos, gases e distribuindo uniformemente a temperatura.

As juntas dos automóveis mais novos são feitas de silicone, que resiste melhor as altas temperaturas. Mas no geral, elas são de cortiça com borracha, chapa de aço e também de chapa metálica revestida com verniz especial.

As juntas que mais apresentam defeitos são do cárter e da tampa da válvula. Todo motor tem um respiro, uma brecha necessária para sair o vapor da máquina, quando proprietário demora a trocar o óleo ou coloca um produto de má qualidade, essa saída entope, aumentando a pressão e rompendo as juntas do cárter.

Isso poderia ser evitado se o proprietário trocasse o óleo a cada quatro mil rodados, lesse o manual do automóvel, usasse um lubrificante de qualidade.

Outra junta que costuma dar problemas é a da correia dentada. Quando danificada, ela fica encharcada de óleo, podendo se soltar, romper ou funcionar de forma irregular.

Também deve ser levada em consideração a junta do cabeçote. Quando estraga, ela faz o motor superaquecer, permitindo a passagem de óleo para água e vice-versa. Se não for resolvido a tempo pode vir a fundir o motor.

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Outras juntas importantes que podem comprometer o funcionamento do carro ficam nos coletores de admissão e escape.

Para detectar qualquer irregularidade nessas peças, basta observar se a fumaça está saindo por algum lugar que não seja o cano de descarga.

Isso pode ocorrer por conta do desgaste da junta ou de uma possível montagem errada. Caso haja algum vazamento, o veículo perderá potência, aumentará o barulho e consumirá mais combustível com o passar do tempo.

Óleo

Evite ficar completando o óleo, quando for necessário, faça a troca. Se estiver baixando rápido, pode haver vazamento. Por isso, sempre verifique o nível.

Revisão

Apesar de ser pouco comum, os mecânicos sugerem uma revisão das principais juntas do carro, a cada 10 mil quilômetros rodados.

Pára-Brisas

Os pára-brisas de hoje são modernos e resistentes. Contudo, é comum acontecerem rachaduras e trincados provenientes de pedras e pancadas. Nesses casos há duas opções: trocar ou restaurar o vidro. Tudo vai depender da gravidade do problema.

Os casos mais freqüentes são de vidros marcados por detritos (pedras, pedaços de metal), que geralmente são lançados contra o pára-brisa pelo veículo da frente.

A restauração é aconselhada quando o trincado atinge, no máximo, dez centímetros, mais do que isso é arriscado, daí é melhor trocar a peça inteira.

O processo de restauração de um vidro trincado é feito por uma máquina que injeta resina dentro da rachadura. Um outro equipamento incide luz ultravioleta sobre o local para acelerar o processo de secagem do produto.

No final restará apenas uma marquinha incolor, como uma pequena cicatriz, mas o vidro estará garantido. O serviço dura em torno de uma hora e meia para ser realizado.

Porém, a restauração só será eficaz quando for feita num máximo de uma semana após ter ocorrido o problema. Com o passar do tempo, a fenda começa a acumular impurezas como poeira e outras sujeiras.

Nesse ponto, a resina não consegue mais penetrar, a regra e a forma de conserto vale todos os tipos de carros.

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Quando o estrago no pára-brisa é maior, aí o jeito é trocar a peça inteira. Hoje são usados vidros laminados, por serem mais seguros.

Em caso de colisão, por exemplo, eles não espalham estilhaços sobre o motorista. Com o temperado, proibido desde 1989, isso era muito comum.

O dono do automóvel ainda tem algumas opções na hora de escolher o pára-brisa. Ele pode ser simples, ou vir com o retrovisor acoplado (pastilhas), ou, numa versão mais sofisticada, com a antena do som embutida.

Limpeza

Depois feita à restauração, a pessoa pode lavar o pára-brisa normalmente, logo em seguida.

Sem arranhões

A restauração não vale para vidros arranhados, nesse caso, até o polimento é desaconselhado já que costuma deixar a peça embaçada, dificultando a visão do condutor.

Velas

Quando o carro começa a perder potência, consumir muito e ratear, as velas podem estar com defeito. Elas são responsáveis em liberar a centelha que irá queimar o combustível, dando a combustão necessária para movimentar os pistões do motor, fazendo o veículo andar.

Com o tempo essas peças se desgastam e precisam ser trocadas. O ideal é que essa troca ocorra a cada 10 mil quilômetros rodados. Uma vela danificada passa a queimar o combustível de forma irregular, fazendo com que o consumo seja grande.

Além disso, velas estragadas podem danificar a sonda Lambda - um sensor instalado na saída do cano de descarga, responsável em controlar a emissão de gazes do automóvel.

No geral, cada carro possui quatro velas. Exceção para alguns modelos a diesel. As peças mudam nos modelos à gasolina e a álcool, um motor movido à gasolina não aceita uma vela de veículo a álcool, cujo grau térmico é maior.

Quem funciona com Gás Natural Veicular (GNV), deve ter velas impecáveis. Qualquer sinal de problema, o sistema à gás rejeita a vela e não reage. Atualmente a maioria das velas são resistivas, ou seja, possuem um mecanismo em seu interior que permite medir sua resistência, além de aumentar sua durabilidade.

É muito comum nos carros com injeção eletrônica, uma troca das velas é rápida, dura pouco mais de cinco minutos. Entretanto o mecânico orienta ao condutor a fazer uma revisão nos cabos das velas, antes de realizar uma troca.

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Se eles estiverem com uma resistência fraca, poderão danificar as velas novas. É sempre bom fazer um diagnóstico de todo o sistema. Também é importante não trocar apenas a vela defeituosa, mude todo o jogo, pois isso evitará que as peças ruins prejudiquem as boas.

Escolha

Não esqueça de que existem várias marcas de vela no mercado. Consulte um Concessionário para ver qual a melhor para se usar.

Original

Resista à tentação de colocar velas recondicionadas. Elas podem camuflar o real problema no sistema, além de não funcionarem 100%. Também estragam mais rápido.

Película Solar

Aos poucos, os motoristas estão conhecendo as utilidades da película solar, popularmente chamada de Insulfilm. Além de dar um belo visual ao carro, ela reduz o calor e os raios ultravioleta, protege o painel e os bancos contra ressecamento, evita que o vidro se estilhasse em caso de batida, diminui o consumo do ar-condicionado e dificulta a ação dos assaltantes.

As películas podem ser encontradas nas cores preta, verde, prateada e azul. Mas o consumidor deve ficar atento antes de comprar o produto, porque há dois tipos de películas à venda: uma que é pintada – também conhecida como econômica – e a outra que é tingida, chamada de profissional e confeccionada em poliéster (geralmente possui três anos de garantia).

As películas econômicas não são automotivas que são as mesmas usadas em residências. Elas são mais finas, baratas e queimam fácil quando expostas ao sol.

Para saber se ela é pintada, basta passar acetona na película. A química solta fácil à pigmentação, a película é vendida de acordo com o grau de incidência da luz que deixa penetrar no automóvel. Quanto maior o percentual da película, mais claridade entrará dentro do veículo.

Se ela tiver intensidade 70%, a cor da película é fraquinha, se for 20% é bem escura. O máximo de escuridão permitido por lei é de 50%. A distribuição mais utilizada é de 70% nos dois vidros dianteiros e 50% nos três traseiros. No pára-brisa, o uso é opcional, o índice não deve ser menor que 70%.

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O valor da película varia conforme sua qualidade e complexidade de aplicação. Carros antigos, que possuem quebra-ventos – como o Monza e o Chevette – ou os mais modernos com vidros abaulados, tipo Renault Clio ou Marea, custam mais.

A película é moldada por fora do vidro e aplicada por dentro, Por isso alguns automóveis dão mais trabalho do que outros, o que torna o serviço mais carro.

Aplicação

O tempo de aplicação da película varia de duas horas até um dia inteiro, dependendo o veículo.

Cuidado

Após a aplicação da película, deve-se manter os vidros fechados por 24 horas, o desembaçador traseiro deve ficar desligado por dez dias e o condicionador de ar parado por 24 horas.

Não use

Para manter a película nova, evite usar produtos químicos parta limpar os vidros pelo lado de dentro. Também mantenha as borrachas das calhas dos vidros em boas condições de uso, para que não venham a arranhar a película.

Óleo do Motor

Não há carro que resista à falta de cuidado com a lubrificação do motor. O óleo é o responsável direto em manter a vida útil da máquina. Ele evita o atrito entre as peças, funcionando como uma espécie de “amortecedor”, suavizando os movimentos dos eixos.

Quando isso não acontece, o destino do veículo é um só: a oficina mecânica. Existem três tipos de óleo: os minerais multiviscosos, que são os mais comuns do mercado (têm a viscosidade adaptada à temperatura de funcionamento do motor); os semi-sintéticos (evitam problemas de batida de pino e diminuem o atrito entre as partes móveis durante a partida); e os sintéticos, mais caros e ideais para carros turbinados (evitam a carbonização).

O óleo deve ser verificado pelo menos uma vez por semana, já a troca deve ser feita a cada mil quilômetros rodados, no caso dos minerais, e 10 mil, para os sintéticos. “Os carros que rodam pouco devem fazer a troca no prazo máximo de seis meses”.

Os carros de hoje vêm com uma folga artificial no motor para fazer com que o consumo de óleo seja maior, ou seja, de um litro e meio para cada um a dois quilômetros rodados.

Isso é proposital, pois antigamente a vedação do motor era total e o óleo quase não baixava. Com isso, o motorista demorava a trocar o produto e a vida útil do motor durava, no máximo, 100 mil quilômetros. Agora, dura 400 mil.

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Também é importante respeitar os prazos de troca que constam no manual do proprietário. Outro detalhe, de acordo com o mecânico, é não julgar a qualidade do óleo pela sua cor.

Quando é feita a verificação e observa-se que o óleo está escuro, pode ser sinal que o produto possui uma boa quantidade de aditivo e está fazendo sua parte na limpeza do motor, a qualidade está viscosidade.

Vale ressaltar que a troca de óleo deve ser feita com o carro frio, visto que o motor aquecido esconde o verdadeiro nível do produto. Já os filtros não precisam ser, necessariamente, trocados no mesmo serviço. Pode ser a cada 10 mil quilômetros.

Na hora de medir o nível do óleo, verifique se a medida do produto na vareta está no máximo. Esse é o ponto ideal. Médio para baixo já precisa ser completado.

Ao contrário do que muitos pensam, os óleos sintéticos não são os mais indicados para os carros 1.0. Carros econômicos pedem óleos também de preço mais acessível, como os minerais.

Bateria

A bateria é responsável por dar a partida no automóvel e ligar toda a parte elétrica. Por isso, o problema com essa peça é sinônimo de carro parado e prejuízo no bolso.

A tecnologia tem dado uma mãozinha na vida do motorista. As baterias fabricadas há uns 10 anos precisavam ter sua água renovada periodicamente, porque o líquido logo evaporava. Além disso, as placas de voltagem – à base de chumbo – eram corroídas rapidamente e se acumulavam no fundo da bateria, provocando curto-circuito.

Atualmente, as baterias são bem seladas, não precisam que sua água seja trocada e as placas são envelopadas, ou seja, impedem o acúmulo de chumbo, evitando o curto. A solução é feita de água mais ácido sulfúrico e todas as ligas são de prata.

Mesmo com toda essa evolução, a vida útil de uma bateria é de, aproximadamente, dois anos, e esse prazo pode ser ainda menor.

O condutor deve verificar as condições da bateria a cada seis meses, existe um aparelho chamado Bati 121, que permite determinar o estado da bateria. O ideal é que ela esteja com no mínimo 70% de sua capacidade de voltagem.

O motorista identifica que a bateria está com problemas quando, na hora de ligar o carro, a partida está mais lenta. Basicamente há dois fatores que levam o carro a chegar a esse ponto.

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Pode estar havendo fuga de energia (os faróis ficaram acesos ou foi feita uma instalação do som, entre outros fatores) ou alternador (responsável em recarregar automaticamente a bateria enquanto o carro anda) não está funcionando direito.

É por isso que as famosas “chupetas”, em que é feita a conexão de uma bateria para dar uma pequena recarga em outra, funciona temporariamente. Caso o problema esteja no alternador, o carro não dará a partida se estiver parado. As baterias são vendidas conforme a sua voltagem.

Troca

Quando a bateria começa a ficar desgastada, o ideal é trocá-la. Isso evita futuros curtos-circuitos e problemas com a parte elétrica do carro.

Sem “Tranco”

Se a energia da bateria arriar, evite fazer com que o carro pegue “no tranco”. Esse procedimento faz com que haja uma descarga muito forte de gases no catalisador do veículo, podendo romper essa peça.

Risco dos Buracos

As pancadas sofridas pelos veículos em ruas e estradas esburacadas podem estourar um pneu, empenar as balanças, torcer o eixo dianteiro, empenar a coluna ou folgar as buchas da suspensão do veículo.

A balança do carro empenar pode vir a quebrar o pivô, o que provoca perda de direção. Além desses transtornos, a torção do eixo dianteiro dificulta a direção, o empenho da coluna de suspensão desgasta o pneu e as folgas nas buchas fazem o carro trepidar.

Para evitar tais problemas, o ideal é fazer um alinhamento e um balanceamento a cada sete mil quilômetros rodados. Mas se o carro sofrer uma pancada forte num buraco, o motorista deve procurar logo uma oficina especializada.

A roda também pode ser danificada, dependendo do tamanho do buraco e da velocidade do carro no momento do impacto. As de aço podem ser soldadas e desamassadas, mas no caso das de alumínio, a única solução é substituir as que foram danificadas.

O importante é calibrar os pneus uma vez por semana, mas logo depois do carro sair da garagem, quando o motor ainda está frio.

A prática de aplicar óleo no fundo do carro pode até proteger a lataria, porém é fatal para as buchas de suspensão. Com o tempo o produto passa a ressecar as buchas, que acabam se quebrando quando o carro passa num buraco.

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Antes de fazer qualquer serviço de suspensão, deve-se conferir se o motor do veículo está vazando óleo, para evitar problemas futuros na suspensão.

Poças de água

Em dias de chuva, evite passar em alta velocidade sobre poças de água que costumam esconder verdadeiras crateras.

Sem frear

Nunca pise no freio sobre um buraco . O peso do carro é transferido para frente, podendo causar danos graves à suspensão dianteira.

Checagem em casa

Você mesmo pode verificar as condições dos amortecedores do carro. Basta pressionar com força os cantos da carroceria. Se o carro oscilar mais de uma vez e meia, vale verificar a necessidade de substituí-los (sempre aos pares).

Rodas Liga-Leve

As rodas de liga-leve dão um visual todo especial ao veículo. Porém, com o passar do tempo, elas acabam arranhadas, foscas a até empenadas.Para resolver esses problemas existem algumas técnicas como a diamantação e a restauração. Mas não é só na parte estética que está o problema.Esse tipo de reparo também é importante no quesito segurança. Um simples aro empenado aumenta o desgaste irregular do pneu, força o amortecedor e poder vir a estourar o rolamento.

O motorista percebe que a roda está empenada quando o volante começa a sacudir demais durante a condução. Mas é no balanceamento eletrônico que o problema é melhor detectado.

O reparo é mais simples em rodas de alumínio, que são maleáveis. Já as de magnésio, também conhecidas como gaúchas, são antigas, porosas e podem trincar quando desempenadas.

A parte interna do aro é mais afetada. E o trabalho de correção artesanal. Colocamos a roda no torno, verificamos as medidas e usamos uma marreta para nivelar o metal ao seu estado normal.

No caso dos arranhões, se foram fundos, será preciso corrigir a imperfeição utilizando massa plástica e até mesmo solda se for necessário. A restauração consiste primeiro em remover a tinta velha da roda usando três tipos de lixas. Depois são corrigidas as imperfeições (arranhões).

Em seguida, é aplicado o sulface, líquido que ajuda a fixar a nova tinta. Passa-se novamente um lixa fina para retirar o excesso do produto. A roda é lavada e aplica-se sobre ela a tinta automotiva. Por último, a peça é banhada por verniz.Se preferir, o cliente pode dar só um polimento no aro.

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Nesse caso, é usada uma máquina chamada politriz, semelhante uma furadeira só que com lâminas de lixar e polir.Existe um método de polimento ainda mais eficiente, que é a diamantação. É um processo mais rápido, menos trabalhoso, que oferece maior brilho e melhor acabamento.

O desempeno demora entre quarenta minutos e uma hora para ser feito. O diamantamento ou o polimento das quatro rodas uns dois dias e, só a pintura, um dia inteiro.

Tonalidades

As cores mais usadas nas pinturas de rodas são a prata-lunar (tom claro), a prata-copa (tom médio), cinza-prata metálico (tom escuro), grafite e preto.

Troca

As lojas especializadas também costumam trabalhar a base de troca, ou seja, você dá as suas rodas e paga a diferença por uma nova ou restaurada.

Substituição

O motorista não fica sem carro quando faz o serviço. No geral, as lojas substituem as rodas por outras até a conclusão do trabalho.

Avaliação

É importante conferir as condições das rodas a cada seis meses. Caso a pessoa tenha hábito de viajar é necessária uma revisão mensal.

Caixa de Marcha

A caixa de marchas é responsável em transferir a força do motor para as rodas. Há dois tipos em uso no mercado: a mecânica, que é usada pelos carros populares, e a automática, mais usada em modelos importados ou veículos mais potentes.

As caixas são compostas de engrenagem (faz a tração), anéis sincronizadores (freiam a engrenagem na transferência das marchas), luvas e garfos (auxiliam na sincronia das marchas), e os retentores (controlam o óleo).

A caixa de marcha fica acoplada ao motor. Ela pode ser transversal (como nos modelos Uno, Corsa, Golf e Tempra) ou horizontal (caso de Gol, Chevete e Santana). A haste deslizante é que faz a ligação entre a caixa e o câmbio.

Existem vários fatores que fazem esse mecanismo quebrar, mas dois merecem destaques. Um é quando o motorista tem o hábito de deixar o carro engrenado enquanto está parado, usando a marcha como freio de mão. “Se alguém vier a empurrar o automóvel, pode quebrar a marcha que estiver encaixada”.

O outro motivo é não trocar os retentores da caixa de marcha. Como são de plástico, com o passar do tempo eles começam a ressecar e não conseguem mais reter o óleo, que passa a vazar. Sem óleo para refrescar a caixa, os componentes se deterioram até quebrar.

Basicamente, há duas formas do condutor saber se a caixa está com problemas: ao sentir dificuldade na hora de passar as marchas (mecânico), ou precisar acelerar demais para encaixar a marcha (automático).

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Nos dois casos, o problema pode vir seguido de barulhos no sistema e perda da tração, impedindo o automóvel de andar. A diferença é que no carro automático existe um sistema chamado “me leva para casa”, que permite o condutor conduzir o veículo para um lugar seguro.

Check-up

É importante fazer uma revisão embaixo do carro há cada três meses para verificar se há vazamento, tanto do óleo do motor quanto do óleo da caixa de marcha.

Correção

O conserto de uma caixa de marcha demora de dois dias (mecânica) a cinco dias (automática).

Trio Elétrico

Segurança e conforto. Essas palavras definem bem os acessórios mais instalados atualmente no mercado: o trio elétrico. O sistema permite o fechamento das portas, a movimentação dos vidros e a ativação do alarme com apenas um toque no controle remoto. 

Qualquer carro pode receber esse tipo de kit. O alarme é o mesmo para qualquer carro, mas as travas e o vidro elétrico variam conforme o modelo do automóvel. “Se o carro já tiver saído de linha e feito as adaptações necessárias”. 

A trava elétrica é um pequeno motor que puxa para baixo ou empurra para cima o botão de segurança que mantém a porta fechada. 

O vidro elétrico possui um mecanismo que dispensa as tradicionais alavancas manuais. Quando acionado, ele levanta ou abaixa os vidros facilmente. 

O alarme passou por uma inovação. No passado eles eram grandes – sua peça tinha 10cm x 20cm – e dimensões reduziram para 5cm x 3cm, possuem mais recursos e têm três anos de garantia. 

O que faz o sistema funcionar em conjunto é um dispositivo chamado “módulo inteligente” – uma saída opcional do alarme que permite levantar os vidros e fechar as travas assim que o controle é acionado. 

Vale ressaltar que o kit também permite o uso das partes independentes, ou seja, o motorista pode utilizar ao conforto do vidro elétrico sem necessariamente ter que ligar o alarme.

A instalação do trio elétrico demora em torno de quatro horas. 

Defeitos

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 Em geral, o trio elétrico não apresenta defeitos. O que acontece, às vezes, é uma má instalação do kit, podendo ocasionar falhas no sistema e fuga de energia da bateria. Por isso é importante procurar lojas especializadas.

 Por Partes

Não é preciso instalar o kit completo, já que as peças são vendidas separadamente.

Pneus Calibrados Reduzem Consumo

Rodar com os pneus calibrados com as pressões corretas propicia economia de combustível e ainda faz com que o veículo emita menos poluentes. A indicação dos fabricantes de pneus é fazer a calibragem a cada 15 dias. 

Um carro que circula com a calibragem dos pneus defasada em 20% consome 2% a mais de combustível. O que significa dizer que se a frota brasileira circulante, com 21 milhões de veículos, rodasse com pressões 20% abaixo do recomendado, ocorreria um aumento do consumo de combustível de aproximadamente 4 milhões de litros diários. 

Pneus com pressão abaixo do recomendado pelo manual do proprietário provocam aumento na resistência à rodagem do veículo e, conseqüentemente, causam elevação no consumo de combustível e desgaste maior do conjunto mecânico. 

Além disso, a má calibragem coloca em risco a segurança dos ocupantes do automóvel, uma vez que afeta a estabilidade do carro e ocasiona o desgaste rápido dos pneus. 

A má calibragem também faz o carro consumir mais energia mecânica. Com isso, o motorista é obrigado a acelerar mais o veículo, elevando as rotações por minuto (rpm) do motor, emitindo uma maior quantidade de monóxido de carbono, agravando a poluição.

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Aditivos

Líquidos são responsáveis por manter radiadores, motores e combustíveis limpos.

Eles quase não são lembrados, mas fazem uma diferença enorme quando são usados. No geral, os aditivos são os responsáveis em manter os radiadores, motores ou combustíveis limpos.

Quando adicionado à gasolina ou ao álcool, ele age retirando a impureza do produto, limpando o sistema de combustível. Se colocado no motor, o aditivo diminui o atrito das peças, principalmente, quando o carro está prestes a bater motor.

Porém é sobre o aditivo no radiador, no chamado sistema de arrefecimento, que dediquem maior atenção.

A sujeira da água costuma deixá-la barrenta fazendo com que venha a enferrujar o sistema do radiador e, com isso, acabar corroendo os selos do bloco do motor, bombas de água e mangueiras.

Nesse caso, o aditivo vai limpar e prevenir contra as corrosões, esses problemas podem acontecer com qualquer tipo de carro. O ideal é fazer uma limpeza no sistema de arrefecimento por semestre ou cada 15 mil ou 20 mil quilômetros rodados.Esse é o período em que dura o efeito do aditivo.

O percentual usado nos carros populares (tipo Gol, Corsa e Uno) é de 60% de água e 40% de aditivo. Em carros mais potentes, como Ômega, que tem seis cilindros, e Blazer, essa porcentagem é maior.

Para adquirir os 40% de aditivos, são necessários dois frascos, de um litro cada, do produto. O líquido costuma ser azul ou verde, concentrado ou diluído, e possui qualidades diferentes conforme a marca.

Também existem os sintéticos, modificados em laboratório, e os minerais, usado em sua forma natural. O primeiro costuma ser o mais usado por causa de sua qualidade.

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O trabalho completo dura cerca de uma hora para ser realizado. Os aditivos podem ser comprados em lojas especializadas, postos de combustíveis ou na própria oficina mecânica da concessionária da marca.

A limpeza de todo o sistema é necessária, pois o aditivo diminuirá sua eficácia se a água e o sistema de arrefecimento estiverem sujos.

Carros antigos

 O uso do aditivo no sistema de arrefecimento é desaconselhável para os veículos antigos. Isso porque esses carros, geralmente, estão com um alto nível de ferrugem.

Quando o produto for usado, vai dissolver essa corrosão podendo furar os selos e a bomba d’água. Se for feita uma limpeza antes nenhum problema.

Sistema de combustível

O uso do aditivo no sistema de combustível não é 100% eficaz, mas apenas uma ajuda. A limpeza dos bicos injetores é fundamental para potencializar a eficiência do produto nessa situação.

Bico Injetor

Entupimento no sistema causa perda de potência e aumenta consumo de combustível

Quem possui carro com sistema de injeção eletrônica sabe muito bem os problemas causados pelo bico injetor entupido. Perda de potência, aumento no consumo de combustível e engasgos do veículo são alguns exemplos.

falta de manutenção é a principal causa desse inconveniente. E o pior. Não cuidar dessas peças com uma limpeza simples, pode significar um prejuízo maior no futuro, como a troca de uma bomba de combustível.

A injeção eletrônica surgiu no Brasil no início dos anos tradicionais carburadores.

O novo sistema faz um controle eletrônico da liberação do monóxido de carbono (poluentes) e no combustível. Com isso, gera uma economia média de 20% no consumo, além de proporcionar uma melhor resposta do motor, aumentando o desempenho do veículo.

Hoje existem basicamente três tipos de injeção. Um é o Esi. Com apenas um bico injetor, típico no Gol, Corsa, Uno e Kadet. O MPSi, com quatro bicos, é utilizado no Vectra e na parte da linha GM e volks. Já o MSPi, de seis bicos se destina a automóveis mais potentes, como Ranger, S-10 e Ômega.

Os problemas com injeção acontecem como uma bola de neve, que independente do modelo de carro, esse sistema é formado por vários componentes.

O bico injetor tem a função de lançar a gasolina ou o álcool na câmara de combustível. Como boa parte desses produtos utilizados geralmente vêm sujos dos postos de abastecimento, os filtros acabam ficando entupidos. Assim, a sujeira começa a passar direto pelo filtro indo se alojar no bico, causando os problemas.

A limpeza é feita com um aparelho chamado “ultra-som”, semelhante ao usado na medicina para combater as pedras nos rins. Ele emite ondas que quebram as partículas de sujeiras do bico.

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O processo demora em torno de uma hora e meia. A limpeza de todo o sistema de injeção varia de três a quatro horas. “O ideal é fazer uma revisão dessas peças a cada 20 mil quilômetros rodados”.

Manutenção Geral

O bico injetor é apenas um dos componentes do sistema de injeção eletrônica. Sempre que possível faça a revisão geral do sistema de injeção e não apenas dos bicos. Caso contrário, os demais componentes continuarão a mandar sujeira para os bicos e você terá gasto dinheiro em vão.

Troca de Óleo

Atente para a manutenção geral do carro. O óleo, por exemplo, deve ser trocado a cada cinco mil quilômetros rodados. É importante que nesse processo também sejam trocados os filtros de combustível, de óleo e de ar.

Combustível

Dê preferência à gasolina aditivada. Apesar dela ser consumida mais rápido, por possuir um número maior de aditivos, evita os famosos entupimentos dos filtros.

Volantes

Má calibragem dos pneus e desgaste na caixa de direção podem levar à folga no volante e deixar a condução pesada.  Além de dificultar a direção e comprometer a segurança, a folga no volante pode denunciar a presença de problemas que envolvem desde desgaste na caixa de direção e até mesmo má calibragem dos pneus. Em 90% dos casos, a folga no volante está ligada a problemas de desgaste nos dentes da cremalheira e pinhão, peças que pertencem à caixa de direção dos automóveis. O problema também pode estar na rótula desgastada da barra axial. Nesse caso, a verificação é muito técnica e o motorista vai precisar da ajuda de um mecânico para descobrir qual a verdadeira causa. Se há folga demais no volante, pode estar em andamento um desgaste nas juntas esféricas. A saída, nesse caso, é examinar todas as juntas e substituir aquelas que estão danificadas. Pode haver desgaste nas conexões de direção e na ponteira de direção (peça situada na barra de direção). Entretanto, se o volante vibra ou sacode é sinal de que é preciso balancear as rodas. Esse quadro não chega a dar folga no volante, mas há oscilação. Quando se vira o volante as rodas não viram. Os mecânicos também alertam para a existência de rodas tortas, má colocação do pneu e até mesmo calibragem incorreta. A melhor forma de descobrir o que está acontecendo é fazer o alinhamento das rodas. Até mesmo problemas na correia da bomba de direção hidráulica podem deixar o volante pesado para dirigir. Quando o volante não retorna ao centro depois de uma curva deve-se investigar a caixa de direção. Pode ser que a caixa de direção esteja “engripada”, ou seja, travada. A suspeita de problemas também pode recair sobre os rolamentos das rodas, se estiverem mal regulados ou gastos. Nesse caso, a troca e o ajuste dos rolamentos devem resolver a questão. Entretanto, quaisquer que sejam os problemas detectados a partir da folga no volante, todos eles estão ligados à falta de manutenção do veículo. O proprietário deve estar atento ao manual do carro e acompanhar os intervalos de quilometragem para realizar a manutenção preventiva de cada parte do veículo. Revisão de rodas, sistema de direção, troca de rolamentos e lubrificação no tempo correto evitarão gastos maiores.A recomendação do mecânico é de que a manutenção preventiva seja realizada a cada 10 mil quilômetros. Outra possibilidade é que o próprio volante precise ser removido. Se a peça for danificada, é necessário a sua substituição, optando-se sempre por modelos da marca original. 

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As fábricas determinam o diâmetro do volante após uma série de estudos sobre dirigibilidade do carro. Portanto, é melhor respeitar as medidas originais na troca. Se o proprietário quiser modificar a aparência de seu carro instalando um volante esportivo, mesmo assim o certo é usar peças originais, já que o diâmetro dos volantes é padronizado de acordo com o modelo. Respeite a profundidade do volante original, ou seja, a diferença do nível entre o aro mais elevado e o centro do volante, para deixar a direção mais confortável. Adaptação Alguns modelos de volantes são vendidos sem a seção central que se encaixa nas estrias da barra de direção. Nesse caso, para poder instalar o volante, você deverá comprar o conjunto do cubo separado. Nível certo

Respeite a profundidade do volante original, ou seja, a diferença do nível entre o aro mais elevado e o centro do volante. Uma grande variação nessa medida poderá retornar a posição de dirigir mais confortável.

Coifas de Direção

Problemas na peça podem comprometer a caixa de direção

Com objetivo de proteger a caixa de direção contra água, areia e terra, a coifa – que é uma borracha sanfonada – merece atenção especial do proprietário do veículo. Furos e partes rasgadas ou deformadas podem prejudicar o equipamento.

Se não resolvido rapidamente, um problema simples pode representar um rombo bem grande no bolso do motorista. Principalmente para os que possuem veículos com direção hidráulica (esse sistema custa, em média, de R$ 500, 00, no caso de carros populares, podendo chegar a R$ 1,5 mil (modelos esportivos). Já para os que não tem direção hidráulica, o valor da caixa de direção varia de R$ 250,00 a R$ 400,00).

Sem contar que a mão-de-obra não está incluída no valor. A troca da caixa de direção gira em torno de R$ 100,00 nas oficinas especializadas. O motorista terá ainda mais um custo a pesar no bolso: o alinhamento do veículo, que pode ser feito por R$ 25,00 em média.

É importante que o dono do carro faça a troca da coifa o quanto antes para evitar maiores prejuízos.

Conservação

Depois de tantas cifras, vale a pena lembrar dos cuidados para conservar a coifa. Como a peça fica na parte de baixo do carro, o ideal é evitar atritos com areia, água, pedras, entre outros. Mas, como, na prática, isso não é possível, os especialistas aconselham a fazer a verificação da peça a cada 10 mil quilômetros rodados. Até porque, mesmo sem contato com esses agentes agressores, a coifa tem um desgaste natural, que seria um ressecamento na borracha, tornando a peça mais frágil. O tempo de vida útil varia de 20 a 30 mil quilômetros.

Trocar coifas dos lados esquerdo e direito, mesmo que uma delas ainda esteja em boas condições, pode conferir mais segurança á caixa de direção.

Para que a compra da peça não seja feita de forma errada, mais um conselho: é importante lembrar que há outro tipo de coifa no veículo. Ela protege a junta homocinética, ligada ao funcionamento das rodas.

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Sinais

Não há como perceber problemas na coifa, a não ser que ocorra vazamento de óleo. Neste caso, o carro fará um barulho anormal.

Compra da Peça

O consumidor deve ficar atento na hora da compra da coifa. Isso porque há peças originais e não-originais no mercado, todas a preços bem acessíveis.

Para ter certeza de que a peça é de qualidade, observe a borracha do artigo: quanto mais grossa e firme, melhor o produto; se for muito macia e mole a durabilidade é menor.

Alinhamento

Acertar os eixos da suspensão a cada 10 mil quilômetros garante segurança e estabilidadeFazer o ajuste de suspensão do carro em valores que variam de acordo com o modelo, procedimento mais conhecido como alinhamento, é fundamental para garantir a estabilidade e segurança do veículo.

Ao serem desenvolvidos, os carros têm as rodas colocadas na posição correta de alinhamento, respeitando a máxima eficiência de rolamento e dirigibilidades. Qualquer mudança nesses números causa irregularidades mecânicas e desalinhamentos das rodas.

No alinhamento da direção está envolvido o ajuste de três ângulos: a convergência, a cáster e o câmber ou cambagem.

O primeiro refere-se ao acerto das rodas do eixo direcional, para que fiquem um pouco mais fechadas na parte dianteira do que na parte traseira. Esse ajuste é feito para evitar que as rodas “dancem”.

O segundo item é a inclinação do pino para frente ou para trás, em relação à vertical, a fim de proporcionar melhor estabilidade ao veículo em movimento.

Já o terceiro, designa a inclinação da roda em relação as características de rolamento.

Há dois tipos de alinhamento: o óptico, feito ‘no olho’ com ajuda de aparelhos antigos e o computadorizado, que com ajuda de aparelhos antigos e o computadorizado, que dá mais precisão ao procedimento e mostra exatamente como o carro estava antes e depois.

O que causa o desalinhamento do veículo são fortes impactos na suspensão por causa de buracos e lombadas.

As irregularidades de alinhamento podem ser descobertas enquanto o veículo estiver em funcionamento.

Os sinais são perda da estabilidade, tendência do carro a puxar para algum lado e o desgaste excessivo de algumas partes do pneu.

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Para evitar o desalinhamento e conseqüentemente, o desgaste de pneu, é importante fazer o alinhamento a cada cinco mil quilômetros rodados.

Outras dicas são fazer o procedimento depois da troca dos pneus e verificar se os valores, determinados pelo fabricante, foram obedecidos.

Quando Alinhar

· Quando o veículo sofrer fortes impactos na suspensão ou se o carro estiver com instabilidade.

· Quando o automóvel estiver “puxando” para um lado ou para outro.

· Se forem substituídos alguns componentes da suspensão.

· Depois da troca de pneus· Caso os pneus apresentem desgastes irregulares em toda a sua extensão

· A cada 10 mil quilômetros rodados

Cuidados

· Evite impactos por causa de buracos, guias, entre outros.

· Verifique, periodicamente, se não há desgaste dos componentes da suspensão.

· Na hora de alinhar, certifique-se de que as especificações do fabricante em relação á disposição das rodas foi mantida.

· Procure fazer o alinhamento em uma empresa de confiança.

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