dias de noite

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DIAS DE NOITE (Caesar de Julio) Lampejo e deslealdade dos gruídos. Vontades apavorantes, corvos e feiticeiras. Oculto e conhecimento – dês(véu) e correntes. Uma saída e uma entrada sem volta, todos no mesmo lugar, tudo na mesma direção. Espaço sombrio, voltas e mais voltas num mesmo temperamento de lugar. Sem portas, sem janelas, só espaço nevoento e tingido pelo branco sopro do enigma. Quem habita esses barulhos, quem fez do silêncio o barulho? Talvez o dia noite, ou à noite dia. Será quem, quem será? Perguntas nem sempre precisam de respostas. Respostas nem sempre querem ser perguntadas. Só o ali! Ali oh... Ali no lugar nenhum do escuro.

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Meus pequenos delírios.

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Page 1: Dias de Noite

DIAS DE NOITE

(Caesar de Julio)

Lampejo e deslealdade dos gruídos.

Vontades apavorantes, corvos e feiticeiras.

Oculto e conhecimento – dês(véu) e correntes.

Uma saída e uma entrada sem volta, todos no mesmo lugar, tudo na mesma direção.

Espaço sombrio, voltas e mais voltas num mesmo temperamento de lugar.

Sem portas, sem janelas, só espaço nevoento e tingido pelo branco sopro do enigma.

Quem habita esses barulhos, quem fez do silêncio o barulho?

Talvez o dia noite, ou à noite dia.

Será quem, quem será?

Perguntas nem sempre precisam de respostas.

Respostas nem sempre querem ser perguntadas.

Só o ali! Ali oh... Ali no lugar nenhum do escuro.