diário indústria&comércio - 30 de julho de 2015

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Comércio CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 30 DE JULHO DE 2015 | ANO XXXVIII | EDIÇÃO Nº 9348 | R$ 2,00 LÍDER EM INFORMAÇÕES DE NEGÓCIOS E MERCADOS NO PARANÁ. DESDE 1976. & Indústria DIÁRIO EDIÇÃO ESTADUAL Publicações oficiais Município de Pinhais Município de Fazenda Rio Grande Editais na Página A7 www. icnews.com.br Acesse a edição digital CENtRAL DE AtENDIMENtO: 41 3333.9800 / E-MAIL: [email protected] OPINIÃO CEZAR tIttON DEVE SubStItuIR MASSuDA NA SAÚDE Há 99% de possibi- lidades de Cezar Tit- ton, especializado em Medicina da Família, dedicação exclusiva à Prefeitura, ser escolhi- do novo secretário de Saúde de Curitiba. Página A8 Aroldo Murá DILMA E OS GOVERNADORES É hoje, A presidente Dilma se reúne com os governadores, incluído paranaense Beto Richa, para iniciar nova fase de vida política. Menos soberba, mais atitudes republicanas, Dilma, que está mal de apoio no Congresso se recompõe em novas bases. Página A4 Fábio Campana OPERAÇÃO DEDO NA tOMADA & ENxuRRADA AbAIxO Página A3 Coluna Esplanada Confiança do empresário do PR é a pior desde 2012 O índice foi puxado negativamente sobretudo pelo indicador de condições atuais das empresas – queda de -5,8%. Foi o pior resultado histórico da pesquisa Economia B4 O Índice de Confiança do Empresário da Indústria de Transformação do Paraná é composto pelos indicadores de Condições Atuais e de Expectativas Edson Lopes Jr. / GESP José Zeitel: um homem que marcou o desenvolvimento e a história de Pinhais FALECIMENtO “A Secretaria de Desenvolvimento Econômico possui profissionais capa- citados, uma equipe que não cansa de me surpreender”. Essa frase demonstra uma característica marcante de José de Seixas Zeitel, a valorização do outro. Sendo assim, foi um homem de muitos amigos. Empresário, levou sua experi- ência para a atuação como secretário de Desenvolvimento Econômico de Pinhais. Um cargo que comandou desde 2009 até a última segunda-feira, quando faleceu em decorrência de problemas cardíacos. Um triste episódio que deixará Pinhais em luto oficial por três dias. Página B2 Estado oferece espaço para alunos com alto rendimento Bruno Kauan Lunardon, de 13 anos, do 8º ano, do Colégio Estadual Olindamir Melin Claudino, ganhador da Medalha de Ouro da 10ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas Geral A3 Café das Nações presta homenagens para cinco países na ACP nesta quinta Consultas públicas da Lei Orçamentária 2016 terão início na próxima semana O Corpo Consular do Pa- raná e o Diário Indústria & Comércio promovem hoje mais uma edição do Café das Nações, às 17h na Associação Comercial do Paraná. Serão homenageados a França, Suí- ça, Bélgica, Colômbia e Peru. Especial A8 Começa na próxima terça- feira, em Santa Felicidade, a série de consultas públicas para discussão e apresenta- ção de sugestões para a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016. Ao todo serão nove encontros com a população, um em cada administração regional de Curitiba, entre os dias 4 e 20 de agosto, sempre a partir das 16 horas. Geral A3 Brasil terá que investir até três vezes mais para ter ensino de qualidade Instaurado inquérito para investigar empresas em fraude de R$ 400 milhões O Brasil terá que aumentar em até três vezes o valor inves- tido por aluno na rede pública para garantir educação com padrões mínimos de qualidade, de acordo com a Campanha Na- cional pelo Direito à Educação, rede que reúne mais de 200 or- ganizações. Esse cálculo significa R$ 37 bilhões a mais no sistema educacional público, que engloba 40,7 milhões de matrículas. Brasil A2 O Ministério Público Federal em Dourados (MPF/MS) instau- rou inquérito para investigar a responsabilidade administrativa e civil de empresas envolvi- das em esquema de exportação fictícia, que movimentou R$ 400 milhões desde 2009, por meio de fraude junto à aduana Brasil-Paraguai de Ponta Porã, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Para o MPF, há “fortes indícios de que as empresas in- vestigadas tenham praticado atos lesivos à administração pública nacional”. Justiça & Direito A6

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Page 1: Diário Indústria&Comércio - 30 de julho de 2015

ComércioCuritiba, QuiNta-feira, 30 de JulHO de 2015 | aNO XXXViii | ediçãO Nº 9348 | r$ 2,00

LÍDER EM INFORMAÇÕES DE NEGÓCIOS E MERCADOS NO PARANÁ. DESDE 1976.

&IndústriaDIÁRIO

EDIÇÃO ESTADUAL

Publicações oficiais

Municípiode Pinhais

Municípiode Fazenda Rio Grande

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Acesse a edição digital

CENtRAL DE AtENDIMENtO: 41 3333.9800 / E-MAIL: [email protected]

OPINIÃO

CEZAR tIttON DEVE SubStItuIR MASSuDA NA SAÚDE

Há 99% de possibi-lidades de Cezar Tit-ton, especializado em Medicina da Família, dedicação exclusiva à Prefeitura, ser escolhi-do novo secretário de Saúde de Curitiba.

Página A8

AroldoMurá

DILMA E OS GOVERNADORES

É hoje, A presidente Dilma se reúne com os governadores, incluído paranaense Beto Richa, para iniciar nova fase de vida política. Menos soberba, mais atitudes republicanas, Dilma, que está mal de apoio no Congresso se recompõe em novas bases.

Página A4

Fábio Campana

OPERAÇÃO DEDO NA tOMADA & ENxuRRADA AbAIxO

Página A3

Coluna Esplanada

Confiança do empresário do PR é a pior desde 2012O índice foi puxado negativamente sobretudo pelo indicador de condições atuais das empresas – queda de -5,8%. foi o pior resultado histórico da pesquisa

Economia B4

O Índice de Confiança do Empresário da Indústria de Transformação do Paraná é composto pelos indicadores de Condições Atuais e de Expectativas

Edso

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José Zeitel: um homem que marcou o desenvolvimento e a história de Pinhais

FALECIMENtO

“A Secretaria de Desenvolvimento Econômico possui profissionais capa-citados, uma equipe que não cansa de me surpreender”. Essa frase demonstra uma característica marcante de José de Seixas Zeitel, a valorização do outro. Sendo assim, foi um homem de muitos amigos. Empresário, levou sua experi-ência para a atuação como secretário de Desenvolvimento Econômico de Pinhais. Um cargo que comandou desde 2009 até a última segunda-feira, quando faleceu em decorrência de problemas cardíacos. Um triste episódio que deixará Pinhais em luto oficial por três dias.

Página B2

Estado oferece espaço para alunos com alto rendimento

Bruno Kauan Lunardon, de 13 anos, do 8º ano, do Colégio Estadual Olindamir Melin Claudino, ganhador da Medalha de Ouro da 10ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas

Geral A3

Café das Nações presta homenagens para cinco países na ACP nesta quinta

Consultas públicas da Lei Orçamentária 2016 terão início na próxima semana

O Corpo Consular do Pa-raná e o Diário Indústria & Comércio promovem hoje mais uma edição do Café das Nações, às 17h na Associação

Comercial do Paraná. Serão homenageados a França, Suí-ça, Bélgica, Colômbia e Peru.

Especial A8

Começa na próxima terça-feira, em Santa Felicidade, a série de consultas públicas para discussão e apresenta-ção de sugestões para a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016. Ao todo serão nove

encontros com a população, um em cada administração regional de Curitiba, entre os dias 4 e 20 de agosto, sempre a partir das 16 horas.

Geral A3

Brasil terá que investir até três vezes mais para ter ensino de qualidade

Instaurado inquérito para investigar empresas em fraude de R$ 400 milhões

O Brasil terá que aumentar em até três vezes o valor inves-tido por aluno na rede pública para garantir educação com padrões mínimos de qualidade, de acordo com a Campanha Na-cional pelo Direito à Educação,

rede que reúne mais de 200 or-ganizações. Esse cálculo significa R$ 37 bilhões a mais no sistema educacional público, que engloba 40,7 milhões de matrículas.

Brasil A2

O Ministério Público Federal em Dourados (MPF/MS) instau-rou inquérito para investigar a responsabilidade administrativa e civil de empresas envolvi-das em esquema de exportação fictícia, que movimentou R$ 400 milhões desde 2009, por meio de fraude junto à aduana

Brasil-Paraguai de Ponta Porã, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Para o MPF, há “fortes indícios de que as empresas in-vestigadas tenham praticado atos lesivos à administração pública nacional”.

Justiça & Direito A6

Page 2: Diário Indústria&Comércio - 30 de julho de 2015

Curitiba, quinta-feira, 30 de julho de 2015

a2 | naCional Diário Indústria&Comércio

Quinta-feira de tempo estável e sem mudanças das condições meteorológicas no Sul do Brasil. a massa de ar seco inibe a formação de nuvens de chuva no Paraná e deixa o dia ensolarado na maioria das regiões. novamente é prevista uma expressiva am-plitude térmica no Estado, ou seja, apesar de ama-nhecer com temperatura amena, esquenta rapida-mente e a sensação de tempo agradável predomina à tarde.

Mín.: 09°Máx.: 24°

Previsão do temPoFonte: www.simepar.br..

editoriAL [email protected]

Foco na educação e na FamíliaCom a criminalidade que cresce cada vez mais e usa

menores em larga escala, torna-se mais intenso o debate sobre a redução da maioridade penal. Muitos acreditam que um adolescente de 16 anos já é maduro para escolher se quer ou não cometer um ato criminoso. O que passa despercebido é que diante de tudo isso o mais importante é a valorização da família. Antes de pensar em reduzir a maioridade penal, a sociedade deveria colocar o foco do debate na educação que as crianças e jovens recebem em casa e na escola. Erros nessa educação é que provocam a entrada de adolescentes no crime.

De nada adianta colocar uma pessoa menor de idade numa prisão se o país não desenvolve uma cultura de investimento social. Adolescentes infratores devem ser tratados com trabalho prático voltado à recuperação e res-socialização. E antes que comecem a praticar atos ilícitos, eles precisam de um lar com valores corretos. O governo deve garantir formação profissional e oportunidades de trabalho aos jovens, para que criem em suas mentes sonhos e vontade de levar uma vida digna.

Justiça prorroga ações da Força nacional em alagoas

racismo é reação à política de inclusão, diz proFessor

arte: Roque Sponholz..

Faço meu furo na dieta quando meu corpo necessita. Sinto que vou ficando cansada e que o corpo precisa de uma energia”

Sue Lasmar , modelo, sobre dieta que a fez perder 46 Kg Renato Gaúcho, treinador, sobre propostas para voltar a treinar Romário, senador, sobre notícia falsa de conta na Suíça

Às vezes vem proposta de time que está ali brigando contra o rebaixamento, e nesse momento do campeonato é difícil, o estresse é muito grande”

Aqueles que devem comecem a contar as moedinhas, porque a conta vai chegar de todas as formas. Eu não finjo ser decente, não pareço ser correto. Eu sou!!!”

As pichações racistas feitas no banheiro mas-culino da Universidade Estadual Paulista (Unesp) na cidade de Bauru, interior do estado, são reação à política de inclusão implementa-da no campus, afirmou o professor de jornalismo especializado Juarez de Paula Xavier. A universi-dade criará uma comissão para apurar o ocorrido. “A avaliação que faço é que pode ter sido uma reação aos esforços que estamos fazendo para multiplicar a presença de outros grupos [negros, mulheres e homos-sexuais] na universidade”.

Os artigos assinados que publicamos não representamnecessariamente a opinião do jornal.

Fundador e PresidenteOdone Fortes Martins Reg.Prof. DRT/PR: 6993 ([email protected])

Diretor de RedaçãoEliseu Tisato Reg.Prof. DRT/PR: 7568

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Diário Indústria&ComércioFundado em 2 de setembro de 1976

E X P E D I E N T E

Filiado ao Sindejor | Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Paraná

O Ministério da Jus-tiça prorrogou por 90 dias as ações da Força Nacional de Segurança Pública em Alagoas. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira (29) atendendo à solici-tação do governador do estado, Renan Filho. O objetivo da prorrogação é dar continuidade à Operação Jaraguá feita desde 2011, que tem como foco combater o crime por meio de policiamento ostensivo e de abordagens a sus-peitos.

Barbosa apresenta proposta de revisão da meta fiscal

GovERno

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, reuniu-se

por quase uma hora, com o presi-dente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para apresentar a proposta de revisão da meta fiscal do governo, anun-ciada na semana passada.

Logo após ser anunciada, a proposta foi criticada por Cunha, que previu dificuldade na sua aprovação pelo Congresso. “Eu vim apresentar ao presidente [Eduardo Cunha] os detalhes desse projeto, as razões que em-basaram esse projeto, e qual é o cenário fiscal com que estamos trabalhando”, disse o ministro.

Segundo Nelson Barbosa, o presidente da Câmara comentou a proposta do governo, falou de suas percepções e deu algu-mas sugestões para que matéria tramite melhor no Congresso Nacional. “Opiniões, críticas e su-gestões fazem parte do processo democrático e, com isso, podemos aperfeiçoar o projeto”, disse o ministro. Barbosa informou que também procurou saber qual é a melhor maneira de a proposta tramitar, uma vez que o governo tem pressa na sua aprovação.

O ministro informou que conversou na quinta-feira com a presidenta da Comissão Mista de Orçamento do Congresso (CMO), senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), e que na próxima semana se reunirá com ela para tratar do projeto e verificar quem irá relatá-

lo na comissão. A proposta do governo começa a ser analisada na CMO e só depois vai a votação no plenário do Congresso.

Logo após o encontro com o ministro, Cunha disse acreditar que o governo não conseguirá cumprir a meta se não recuperar parte da atividade econômica. “Ele [ministro] veio apresentar o projeto da meta, e discutimos os pontos que eu levantei de forma pública, de que essa meta, do jeito que está colocada, não será cumprida porque tem três

variáveis difíceis de cumprir”. Cunha se referia à proposta de repatriação de ativos mantidos no exterior, ao novo programa de concessões e ao Programa de Redução de Litígios Tributários (Prorelit), que visam a umentar a arrecadação do governo.

Ao falar com a imprensa sobre a avaliação da agência Standard & Poor’s, o ministro disse que o governo está trabalhando para melhorar a situação econômica e recuperar o crescimento do país, além de melhorar a situação fis-

cal. “Esperamos que essa tendên-cia que foi anunciada hoje não se concretize. Estamos trabalhando para recuperar o crescimento da economia, controlar a inflação e melhorar a situação fiscal. Essas questões levam algum tempo e envolvem várias medidas admi-nistrativas e também legislati-vas”, disse Barbosa. “Estamos trabalhando para recuperar o crescimento da economia, que acho que é a variável principal para a sustentabilidade da política fiscal”, afirmou Nelson Barbosa.

Ministro do Planejamento reuniu-se por quase 1 hora com o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Segundo Nelson Barbosa, o presidente da Câmara comentou a proposta do governo, falou de suas percepções e deu algumas sugestões para que matéria tramite melhor no Congresso Nacional

Governo fará consulta pública sobre cobrança de direitos autorais na internet

O Ministério da Cultura (MinC) vai fazer, ainda no se-gundo semestre de 2015, consul-ta pública sobre a cobrança de direitos autorais de conteúdos de artistas brasileiros que estão disponíveis na internet. Daqui a duas semanas, o MinC também inicia uma série de reuniões com todos os envolvidos e interessados no assunto, para tratar de uma regulação para o setor.

Foram convidados para essas reuniões os titulares de direito au-toral, representantes dos players

(artistas) que atuam no Brasil e que utilizam as obras no ambiente digital e também as associações de gestão coletiva de direito au-toral de várias áreas.

A informação é do diretor de Direitos Intelectuais do MinC, Marcos Souza. Ele explica que a garantia de direitos autorais na internet ainda é uma questão bastante obscura e existe uma pressão crescente de artistas sobre seus governos no mundo todo, para que isso seja regulado. Como o Marco Civil da Internet

(Lei 12.965/14) já está em vigor no Brasil, a ideia do ministério é aproveitar e discutir o ambiente digital como um todo.

O MinC quer, primeiramen-te, regular a gestão coletiva dos direitos autorais no meio digital e baixar uma instrução norma-tiva para dar cumprimento a um artigo da Lei nº 12.853, de 2013, que diz que a cobrança deve ser proporcional ao uso, levando em conta as características dos players.

Segundo Souza, o segundo

momento será de discutir a Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610, de 1998) em si e a necessidade de revisão para o ambiente digital de hoje. “Essa regra é de 1996, que o Brasil adota em 1998. Foi uma regra inventada para o am-biente digital da época, quando não existia Streaming, Facebook, Google, Napster - era uma situa-ção bem diferente. Hoje, temos um ambiente digital muito mais complexo e, ao mesmo tempo, em que as coisas não estão totalmente claras”.

País terá que investir até três vezes mais para ter ensino de qualidade

O Brasil terá que aumentar em até três vezes o valor investido por aluno na rede pública para garantir educação com padrões mínimos de qualidade, de acordo com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, rede que reúne mais de 200 organizações. Esse cálculo significa R$ 37 bilhões a mais no sistema educacional pú-blico, que engloba 40,7 milhões de matrículas.

A etapa educacional que mais necessita de investimentos é a creche, que atende a crianças até 3 anos de idade. O valor ideal seria R$ 10 mil por aluno para o

atendimento em tempo integral. Atualmente, segundo dados divul-gados pela campanha, são gastos R$ 3,3 mil, com base nos valores do Fundo de Manutenção e Desen-volvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb).

O investimento calculado pela campanha corresponde ao Custo Aluno-Qualidade inicial (CAQi), instrumento criado pela própria organização e incorporado ao Pla-no Nacional de Educação (PNE). O CAQi define quanto deve ser apli-cado para cada aluno ter acesso a uma educação com um padrão

mínimo de qualidade. Entram no cálculo recursos para infraestru-tura, materiais e equipamentos, além do salário dos professores.

A implantação do Custo Alu-no Qualidade (CAQ) faz parte das estratégias para alcançar o investimento de pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação até 2024. Pela lei, o CAQi deve ser implementado em até dois anos de vigência da lei, no final de junho de 2016. Atualmente, o investimento é de 6,6% do PIB.

A tabela divulgada pela cam-panha atualiza os valores para

todas as etapas de ensino. Entre as matrículas em tempo integral, na pré-escola, o valor por aluno deve-ria ser R$ 5 mil, contra os atuais R$ 3,3 mil; no ensino fundamental e no médio, R$ 4,8 mil, contra R$ 3,3 mil atuais. A educação indíge-na e quilombola deveria subir dos atuais R$ 3,1 mil para R$ 6,1 mil por estudante.

“Os dados mostram que as matrículas que o Brasil menos investiu ao longo da história, como creche, educação quilombola e indígena, demandam mais recur-sos”, diz o coordenador geral da campanha, Daniel Cara.

Page 3: Diário Indústria&Comércio - 30 de julho de 2015

Curitiba, quinta-feira, 30 de julho de 2015

polítiCa | a3Diário Indústria&Comércio

Coluna Esplanada Leandro Mazzini [email protected]

EDUCAÇÃO

Estado oferece espaço para alunos com alto rendimentoRede Estadual de Ensino do Paraná conta com 83 salas de recursos multifuncionais para altas habilidades, onde estudam 730 alunos

OperaçãO DeDO na tOmaDa & enxurraDa abaixOQuem acompanha de perto as investigações, e com lupa, adianta

que é muito mais eletrizante – e chocante – o que será revelado com devassa que começa a ser feita no setor elétrico federal. A operação de ontem, com a prisão de um executivo da Andrade Gutiérrez e um ex-diretor da Eletronuclear é apenas a ponta do fio desencapado que levará à ‘central de operações’ de superfaturamentos e propinas de anos nos braços da Eletrobrás.

No último dia 8 de Julho a Coluna antecipou que viria curto-circuito na praça, com o setor elétrico como próximo alvo da Polícia Federal. A mesma fonte aponta agora que a apreensão de docu-mentos fará emergir as tramoias na construção da usina nuclear Angra 3 e nas megas hidrelétricas do Norte e Nordeste do Brasil. Não bastasse isso, a situação vai piorar para as empreiteiras – as mesmas do clubinho da Petrobras – que constroem as usinas.

Documentos já apreendidos pela Polícia Federal em abril, na Operação Choque coordenada pelo Ministério Público Federal, indicariam superfaturamentos em contratos na construção de usinas, com o mesmo modus operandi descoberto na Petrobras: repasse de dinheiro para caixa 2 e propinas via doações oficiais para candidatos na campanha de 2010 e 2014.

O cerco judicial no setor elétrico agora é duplo, através do MP Federal e da PF. Com a operação deflagrada, cria-se o braço ‘energético’ da Lava Jato, embasada nas delações dos empreiteiros presos, em especial Ricardo Pessoa, da UTC, que se tornou em pou-cas semanas no Entregador-Geral da União. E a Operação Choque do MPF, que segue em paralelo, vai passar de 110 para 220 volts nos próximos meses.

Ou seja, o dedo na tomada na Lava Jato e a enxurrada das ‘comportas abertas’ das hidrelétricas vão se encontrar com energia de sobra nos autos da Justiça .

É pule de dez que a corrente elétrica com esse fio desencapado leve aos contratos de Jirau, Belo Monte e outras usinas do setor.

DeDO na tOmaDa 2Antes de qualquer comemoração com o memorando de in-

tenção da obra assinado entre os representantes dos governos do Brasil e da Bolívia, os entusiastas da usina hidrelétrica binacional na fronteira entre os dois países precisam explicar o milagre da matemática do cálculo de custos.

Sete anos atrás, quando a imprensa local citou o esboço da mega obra comparada à hidrelétrica de Itaipu, o custo era de US$ 1 bilhão. Não se tem ideia do embasamento da nova estimativa de gasto, nem com a pior inflação do mundo. Sem trocar uma vírgula do projeto, o valor agora supera US$ 5 bilhões.

As águas do rio Madeira que separam Brasil e Bolívia na altura do Acre correm a uma velocidade que conotam muita energia nos gabinetes dos idealizadores do projeto. Do lado de cá, os milagreiros são o líder do PT na Câmara, Sibá Machado, e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), ambos egressos da região.

* * *mais um prOblema

Um deputado gaiato, mas em quarto mandato e conhecedor dos meandros do Congresso, opositor do presidente da Câmara, chuta à meia boca que Eduardo Cunha começa a perder todos os fios de cabela recém-implantados com a operação policial no setor elétrico. Pode ser maldade, pode ser meia verdade.

Cunha, apesar de negar, transitava com desenvoltura por Furnas. Principalmente quando apadrinhou Luiz Paulo Conde (in memoriam) na presidência da estatal

* * *COrreçãO

O Shopping DC Navegantes, de propriedade do fundo Centrus (BC), não fica na cidade homônima catarinense e sim em Porto Alegre. Com Equipe DF, SP e Nordeste

Bruno Kauan Lunardon, de 13 anos, do 8º ano, do Colégio Estadual Olindamir Melin Claudino, ganhador da Medalha de Ouro da 10ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas

O Colégio Estadual Olindamir Melin Claudino reúne os

melhores alunos de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. A unidade oferece duas salas de recursos multifun-cionais para altas habilidades. Os estudantes que apresentam rendimento acima da média são encaminhados para estes espaços. As salas funcionam desde 2005 e por lá já passaram muitos alunos com superdotação.

O estudante do 8º ano Bruno Kauan Lunardon, de 13 anos, é um dos alunos que participam da sala de recursos para altas habilidades. Em 20 de julho ele viajou até o Rio de Janeiro para receber a medalha de ouro que conquistou na 10ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). O Paraná recebeu 46 medalhas de ouro na última edi-ção da olimpíada.

“Participei duas vezes da Ob-mep. Estudei um pouco para a prova, mas não foi muito. A prova é um pouco difícil, mas nada que se você pensar um pouco não consiga resolver”, afirmou Bruno Kauan, que além de fazer ativi-dades na sala de recursos há três anos, participa das aulas regulares no Colégio Estadual Olindamir Merlin Claudino.

Bruno afirmou que na sala de recursos para altas habilida-des ele consegue se desenvolver mais. Atualmente, o estudante trabalha em um projeto sobre jogos para computador. “Já fiz um projeto sobre matemática e outro de mitologia grega. Aqui é bom porque conseguimos ir além.

Às vezes você quer se expandir na sala de aula, mas não consegue”, afirmou.

As atividades na sala de re-cursos acontecem duas vezes por semana, no contraturno escolar. Além dos estudantes do Colégio Olindamir Merlin Claudino, o es-paço também recebe alunos com

altas habilidades encaminhados de outras escolas públicas de Fazenda Rio Grande.

No espaço os alunos desenvol-vem atividades extracurriculares, com projetos individuais para en-riquecimento curricular. Os tra-balhos são feitos de acordo com a área de interesse dos estudantes.

QualiFiCaçãO

Estado destina R$ 2,5 milhões para fortalecer gestão municipal do SUS

O Governo do Paraná autori-zou ontem a renovação do con-vênio do Estado com o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Paraná (Cosems-PR). A autorização foi dada pelo secretário estadual da Saúde em exercício, Sezifredo Paz. A parceria prevê o repasse de R$ 2,5 milhões para que Cosems-PR dê continuidade às ações de educação permanente e fortale-

cimento da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito municipal.

O novo convênio, vigente até 2016, amplia o valor destinado para subsidiar as atividades do Cosems-PR, que atua há 28 anos no apoio e consultoria técnica dos gestores municipais de saúde. “É uma forma de valorizar o trabalho de destaque que já é realizado e, também, auxiliar na qualificação

técnica dos responsáveis por de-senvolver as políticas públicas de saúde nos municípios”, ressaltou o secretário.

CUSTEIO Os recursos serão aplicados,

entre outras despesas, no custeio da participação dos gestores em cursos, congressos, seminários, oficinas e reuniões regionais e estaduais, como as da Comissão

Intergestores Bipartite (CIB) – um espaço de debate e pactuação das políticas públicas de saúde.

Parte dos valores também se-rão utilizados na realização do 2º Caminhos da Gestão, uma série de cursos macrorregionais, visando a capacitação dos gestores nos mais variados temas ligados ao SUS. Na primeira edição, foram oito eventos sobre “Planejamento e Prestação de Contas”.

Curitiba

Consultas públicas da Lei Orçamentária 2016 começam na próxima semana

Começa na próxima terça-feira, em Santa Felicidade, a série de consultas públicas para discussão e apresenta-ção de sugestões para a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016. Ao todo serão nove encontros com a população, um em cada administração regional de Curitiba, entre os dias 4 e 20 de agosto, sempre a partir das 16 horas.

O modelo definido para as consultas permite aos cida-dãos encaminharem questões e sugestões de forma presen-cial ou por meio das redes sociais (Facebook e Twitter), Central 156 e também por meio do sistema LOA/LDO disponível na página da Pre-feitura, no endereço www.curitiba.pr.gov.br/participe.

Além desses canais de comunicação, as pessoas tam-bém poderão enviar sugestões por meio de urnas instaladas em todas as administrações regionais. Para isso, deverá ser preenchido o formulário para o processo de consulta pública da LDO.

Assim como ocorreu du-rante as consultas da Lei de Diretrizes Orçamentárias

(LDO) 2016, em abril, o espa-ço vai ser organizado em gru-pos, divididos por assuntos afins. Os interessados deverão encaminhar suas questões por escrito em uma ficha.

Os grupos serão sobre saúde; educação; habitação; ação social; cultura, esporte, lazer e juventude; trabalho, turismo e desenvolvimento econômico; gestão e servi-ços; estrutura da cidade; e mobilidade. As respostas aos cidadãos serão dadas pelos secretários e sua equipe, nos respectivos grupos.

As perguntas que não fo-rem respondidas na consulta (caso a pessoa não esteja pre-sente, ou ainda, caso o tempo da consulta esteja esgotado), terão as respostas enviadas via e-mail, telefone ou correios.

A Lei Orçamentária Anual é a proposta detalhada do or-çamento que será executado pela Prefeitura no ano que vem. Depois de discutido com a população, o documento será apresentado em uma audiência pública final, no dia 28 de setembro, para em se-guida ser encaminhado para a Câmara Municipal.

preVençãO

Revisão periódica do veículo evita gastos com manutenção, alerta Detran

A revisão periódica dos veículos, além de prevenir acidentes por falha mecânica, também evita gastos maiores com manutenção. A orien-tação é do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), que recomenda que a manu-tenção preventiva dos princi-pais itens do veículo seja feita a cada 10 mil quilômetros ou seis meses, incluindo a troca de óleo que varia de acordo com a especificação do fa-bricante ou tipo de produto utilizado.

O Detran faz esse alerta porque o custo de manuten-ção dos veículos vem aumen-tando. Em Curitiba e Região Metropolitana subiu 4,23% nos últimos seis meses. De acordo com o Índice de Pre-ços ao Consumidor Amplo (IPCA), de janeiro a junho a variação acumulada para manter carro próprio foi aci-ma do registrado no mesmo período de 2014, quando o índice ficou em 3,79%.

“Apesar desta alta no preço de itens relacionados a manu-tenção, reforçamos a impor-tância de manter o carro em bom estado. Grande parte dos acidentes ocorrem por falhas mecânicas ou itens em mal es-tado de conservação. Isso pode ser evitado com a ação preven-tiva”, alerta o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.

Para o economista do Instituto Paranaense de De-senvolvimento Econômico e Social do Paraná (Ipardes), Francisco José Gouveia de Castro, a variação é o resul-tado do setor de serviços, que impulsiona a inflação e, por isso, eleva o custo para manter veículo próprio.

“O setor está puxando mais o índice de inflação devido ao seu peso. As pes-soas deixam de fazer alguns serviços, como a manuten-ção de veículos, para suprir necessidades básicas como alimentação e contas de con-sumo”, explica.

açãO sOCial

Atendimento social em domicílio reduz isolamento de idosos e pessoas com deficiência

Idosos e pessoas com defi-ciência que vivem em situação de vulnerabilidade social e têm dificuldades para sair de casa podem receber atendimento da área social da Prefeitura em do-micílio. Em 2014, mais de 150 idosos e 78 pessoas com defi-ciência foram atendidos pelo serviço de proteção social em domicílio realizado por equipes da Fundação de Ação Social (FAS). O objetivo é atender pessoas nessas condições de maneira mais inclusiva e evitar a fragilização e o rompimento de vínculos familiares.

Neste ano, segundo dados da Coordenação de Serviços Sociassistenciais à Família da FAS, 158 usuários foram incluídos no serviço. Destes,

encontram-se em acompanha-mento atualmente 39 pessoas com deficiência, 54 idosos e 27 idosos com deficiência.

“A ideia é garantir um aten-dimento digno tanto para os idosos como para as pessoas com deficiência. Ao prestarmos o serviço em domicílio, otimi-zamos o atendimento e contri-buímos para prevenir e reduzir o isolamento dessas pessoas”, afirma a presidente da FAS, Marcia Oleskovicz Fruet.

O Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio é um componente da Políti-ca de Assistência Social do Município em conformidade com diretrizes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Page 4: Diário Indústria&Comércio - 30 de julho de 2015

Curitiba, quinta-feira, 30 de julho de 2015

a4 | geral Diário Indústria&Comércio

Fábio [email protected]

Não há saída boa que

não passe por uma nova

eleição. Será preciso

negociar com Michel,

Eduardo Cunha e Renan.

Um governo precisa ser

legitimado pelas urnas”

Marcus Pestana, deputado federal e ex-presidente

do PSDB mineiro

Medidas estruturaisO ministro da Fazenda, Joaquim Levy, diante da decisão da agência de classificação de risco S&P, que rebaixou o Brasil, divulgou nota em que reafirma o compromisso do governo brasileiro com a consoli-dação fiscal e informa que o processo de reequilíbrio das contas e da economia será “ robustecido por ações fiscais de caráter estrutural.”

Resposta rápidaA 1ª Inspetoria de Controle Externo do Tribunal de Contas (TCE-PR), que tem como superintendente o conselheiro Nestor Baptista, concluiu auditoria que apontou problemas de controle, gestão e de informática na Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná. O governador Beto Richa determinou medidas imediatas de apuração e correção.

Quem é essa Mirian?Uma curiosidade chamou atenção na lista com no-mes de petistas que Gerson Almada, da Engevix, en-tregou à Polícia Federal. Entre outros personagens da cena política nacional, como Maria do Rosário, figura na relação o nome Mirian. Sem sobrenome ou qualquer tipo de especificação. Seria a nossa Mirian vice-prefeita? É o que perguntam os ávidos adversários do PT nativo.

Metrô ficou no papelO Metrô de Curitiba está na lista dos projetos de mobilidade urbanas de sete capitais que dependem de recursos federais, e que ficaram no papel. Eram projetos bilionários em sete capitais: Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Goiânia, Rio, Belo Horizonte e Fortaleza.

Graças, diz LernerNosso maior urbanista e autoridade em mobilidade urbana, Jaime Lerner, diz que a falta de recursos salva Curitiba de um projeto esdrúxulo de metrô. Ele acredita na modernização do sistema atual.

Vara curtaQuem mandou cutucar a onça com vara curta? Requião não larga do pé do Ministério Público do Paraná. Ontem, em seu twitter, lembrou que “Orça-mento do MP PR, com 709 membros em 2014, é de $673 milhões. Ponta Grossa com 334 mil habitantes, $578 milhões. Mera informação.”

Eduardo ficaIndependentemente da avaliação que se faça do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deputados governistas e de oposição apostam na sua perma-nência. Avaliam que, se tudo ficar limitado à delação do executivo Júlio Camargo (ToyoSetal), ele sobrevi-ve. Isso só muda com novos fatos. Ainda nesse caso, garantem que ele vai lutar no plenário e na Justiça. E sintetizam: “Ele não é o Severino”.

Estudo de casoQuem quer derrubar Eduardo Cunha? Nem a opo-

sição (PSDB/DEM) nem os governistas (PT) farão qualquer movimento para tirá-lo do cargo. Ambos estão em suas mãos. Caberá a ele colocar para votar imediatamente ou postergar qualquer voto do TCU sobre as contas do governo Dilma. O presidente da Casa é quem decide pela abertura ou não de um processo de impeachment. Mesmo forçado a dei-xar o cargo, como fizeram ACM, Jader Barbalho e Renan Calheiros no passado, a sucessão passa pelas suas mãos. Essa avaliação é quase unânime, tanto quanto a de que não há hoje, no seu time, nenhum nome de envergadura para substituí-lo. No caso da opinião pública, suas atenções estão voltadas para o Planalto.

Líderes sem liderançaAlém da atomização partidária, o governo Dilma vem enfrentando um problema adicional na Câma-ra. São 28 partidos. Os líderes, muitas vezes, falam apenas por si mesmos. O Planalto tem que fazer um corpo a corpo quase individual.

Na boca do povoAconteceu esta semana. Quando embarcava de Salvador para Brasília, Emiliano José (PT), da pasta de Comunicações, foi parado por uma senhora. Ela criticou, sem parar, a corrupção. Nem quando José disse que eles haviam tirado 50 milhões da pobreza. O jeito foi ele se despedir (“depois conversamos”) e sentar no fundo da aeronave.

Lições da vida políticaFrase dita, há muitos anos, pelo ex-presidente do Senado Jader Barbalho vem sendo muita citada no PMDB por estes dias. Diante de situações de crise, Jader sempre dizia: “Quando o fato político ganha pernas, ele perde a cabeça”.

Tirar o time de campoAliado de Aécio Neves, o ex-ministro de Lula Geddel Vieira Lima está em campanha pelo rompimento com o governo petista. Lembra o final do governo Collor, quando o PFL (DEM) ficou com a alça do caixão. Alega que o mesmo ocorre agora quando o vice Michel Temer virou artífice da governabilidade do governo Dilma.

EnquadradoA bancada do PSC se reúne na próxima semana para tratar, entre outros temas, da postura do deputado Sílvio Costa (PE). Colegas reclamam da defesa que ele fez da saída de Eduardo Cunha da presidência da Casa. Houve quem sugerisse sua expulsão.

PSDB nas ruasO PSDB fez várias reuniões com os organizadores da manifestação de 16 de agosto. Autorizados, re-solveram usar o tempo de TV da sigla para convocar para o protesto. Há tucanos que se consideram o catalisadores institucionais das ruas.

CPI brabaO líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE),

É hoje, A presidente Dilma se reúne com os governadores, incluído paranaense Beto Richa, para iniciar nova fase de vida política. Menos soberba, mais atitudes republicanas, Dilma, que está mal de apoio no Congresso e tem críticos acerbos até no PT, se recompõe em novas bases. E os governadores, independente de partidos, podem ser aliados fundamentais nesta fase difícil, de ameaças de impeachment e popularidade ao rés do chão.

Beto se reuniu com Alckmin, de São Paulo, e os demais governadores tucanos para decidir sobre uma posição comum nessa reunião. Resumindo

a posição tucana, há apoio ao ajuste fiscal e até estímulo a Dilma para que aprofunde as medidas. Mas sem a malandragem de diminuir custos da União repassando-os para os Estados.

O ideal é cortar na carne, Reduzir a máquina, E para isso o governo pode contar com o apoio da população. De acordo com a pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 77% dos entrevistados consideram o Brasil um país muito burocrático ou burocrático, e 62% dizem que a redução da burocracia deve ser uma das prioridades do governo.

É só começar.

Dilma e os governadores

é um dos nomes que a oposição planeja escalar para integrar a CPI dos Fundos de Pensão.

Brasil em perigoOs petistas nativos insistem em dizer que tudo vai bem, no melhor dos mundos. Já o Financial Ti-mes, que entende do assunto, diz que a economia brasileira está “em perigo” e que, “se o Brasil não fizer algo radical, logo irá se juntar a países com notas soberanas na categoria lixo como Rússia, Turquia e Indonésia”.

Vai piorarSegundo Marcos Casarin, da Oxford Economics, “este ano está sendo um choque de realidade para o Brasil, mas 2016 vai ser pior”.

Tamanho do romboPara se ter uma ideia do tamanho do roubo pra-ticado pelo petismo na área de energia elétrica, basta citar um dado: o juiz Sergio Moro decretou o bloqueio de 60 milhões de reais das contas dos dois elementos que foram presos pela PF, Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, e Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez. Só esses dois. 60 milhões de reais.

Entrega tudo, OtávioO presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Aze-vedo, virou réu da Lava Jato. Sergio Moro, hoje, aceitou a denúncia do Ministério Público. Sua única saída é a delação premiada.

Olho no submarinoNa nova ação da Lava Jato, inspirada na delação de Ricardo Pessoa (UTC) envolvendo Angra 3, foram presos Flavio David Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia e o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente afas-tado da Eletronuclear. Othon é suspeito de ter recebido R$ 4,5 milhões de propina do consorcio vencedor da licitação da montagem de Angra 3. E também foi responsável pelo projeto de cons-trução do estaleiro de Itajaí e do programa de submarinos, em parceria com a França, vencido pela Odebrecht, sem licitação.

Corre por foraO homem corre por fora e avança. Longe do en-redo de desvios e falcatruas que tomou conta da política, Wilson Picler constrói a sua candidatura a prefeito de Curitiba ao lado de novas lideranças populares e costurando apoios partidários. Na terça-feira, o Partido da Mobilização Nacional (PMN) de Curitiba promoveu a quinta reunião do ano com os pré-candidatos a vereador para as próximas eleições municipais em 2016. Desta vez, quem participou da reunião foi o pré-candidato a prefeitura de Curitiba Wilson Picler.

Olho no submarino 2Na época das negociações do acordo dos subma-rinos, o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva era muito amigo de um lobista chamado José Amaro Pinto Ramos, que participava das intermediações das conversas. É um projeto que começou em torno de R$ 7 bilhões e está chegando aos R$ 25 bilhões. A verba correspon-dente a cada parcela vem diretamente da França para a Odebrecht, o que configura também uma situação inusitada.

A hora de JanotA partir de segunda-feira, quando terminam as férias do Judiciário, Rodrigo Janot só teria mais 45 dias de mandato como procurador-geral. Sua recondução ao cargo depende da presidente Dilma Rousseff e do Congresso Nacional. Quem acompanha a disputa interna do Ministério Pu-blico aponta Janot como o favorito para figurar no primeiro lugar da lista. O obstáculo será o Congresso, onde reinam Renan Calheiros e Eduardo Cunha.

Cravo e ferraduraEsta semana, a presidente Dilma Rousseff re-solveu dizer que a Lava Jato é responsável pela queda de um ponto percentual no PIB, sem que ninguém saiba de onde foram tirados esses cálcu-los. Contudo, não será surpresa se, no programa do PT do dia 6, ela diga que a Lava Jato só tem prosseguimento porque ela é a presidente da República. Falta combinar com os brasileiros,

com o PT e os aliados e ainda sair do buraco da crise econômica.

Na votação, mudaNa reunião com o vice Michel Temer e 12 ministros, Dilma Rousseff pediu que todos se empenhem para conseguir apoio de aliados no Congresso. Institucionalmente, pode acontecer: na hora da votação, é diferente. Lá estavam Nel-son Barbosa, do Planejamento, Gilberto Kassab, das Cidades e Eliseu Padilha, da Aviação, ao lado da tropa de choque palaciana. Agora, em toda reunião de coordenação política, sempre terá um ministro da área econômica.

OutroO ministro Eliseu Padilha, da Aviação Civil, tem deitado falação na defesa do governo. Suas repetidas aparições fazem os brasileiros apostar que o cirurgião plástico que lhe fez um implante de cabelos não deve ter sido o pernambucano Fernando Basto, que já cuidou de José Dirceu e Renan Calheiros, entre outros. No topo da cabeça de Padilha, o resultado é outro.

Dilma é contraDilma Rousseff classificou a tese da defesa de uma conversa com FHC (a idéia de Lula se encon-trar com Fernando Henrique Cardoso persiste) como “absurda”. E falou na frente dos ministros Edinho Silva (Secom) e Jaques Wagner (Defesa), que se manifestaram, publicamente, a favor do encontro, sem antes terem conversado com ela. Faz parte do tipo de gerencia presidencial humi-lhar fiéis colaboradores em publico.

Primeiro timeHá quem aposte que a delação premiada de Jorge Zelada, quase acertada, deverá atingir uma figura do primeiríssimo time da Republica.

Outras conversasNo final da semana passada, quando a Justiça Federal decretou nova prisão de Marcelo Ode-brecht e seus “companheiros” (é como ele se refere a diretores da empreiteira presos), muita gente em Brasília relembrava – e com a pulga atrás da orelha – a conversa de 20 minutos que a presidente Dilma teve com ele no México, em maio. A Chefe do Governo sempre abriu espaço para Marcelo: no ano passado, com a campanha presidencial pegando fogo, recebeu (e na época, não recebia ninguém) o mesmo Marcelo em audiência no Planalto.

Correndo atrásOs ministros da presidente Dilma estão empe-nhados em três tarefas: de cara, estabilidade polí-tica; ao mesmo tempo, dependendo da primeira, melhoria dos indicadores econômicos para os quais não surgem quaisquer alívios no horizonte; e por fim, recuperação da popularidade da Chefe do Governo. Para essa terceira tarefa, os próprios ministros acham que, com muito esforço, pode começar a reagir daqui a dois anos.

Olho na JBSJoesley e Wesley Batista, da JBS/Friboi – e nem poderia se esperar outra coisa – estão irritados com Eduardo Cunha por causa da CPI do BNDES que, fatalmente vai investigar financiamentos recebidos pelo grupo. O BNDES já enfiou lá R$ 8 bilhões de financiamento e acabou ficando com 25% da JBS. Agora, os irmãos estão investindo fora do Brasil: Venezuela e Cuba estão no pro-grama. Na Venezuela, deverão ter consultoria de Antonio Palocci; em Cuba, o ideal seria José Dirceu – e esse, não vai dar.

Tramite normalEduardo Cunha já está avisando que os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff terão tramite normal na Câmara, desde que preencham os requisitos constitucionais. Os que não estiverem dentro do que determina a Constituição, serão arquivados. Cunha colocará na pauta os demais, logo no começo de agosto, no retorno dos trabalhos da Casa.

Novos delatoresA Lava Jato tem cinco novos delatores. Seus no-mes, por enquanto, são mantidos em sigilo. Eles se juntaram aos dezoito delatores que já haviam assinado seus acordos nos últimos meses.

Page 5: Diário Indústria&Comércio - 30 de julho de 2015

Curitiba, quinta-feira, 30 de julho de 2015 - a5ViaGastronômica

[email protected]úlio Zaruch

Mesa&GôndolaVINOPAR - Está marcada para 18 de agosto a assembleia final para a criação da Vinopar (Associação dos Vitivinicultores do Paraná), que deverá congregar, inicialmente, produtores da Região Metro-politana de Curitiba situados em São José dos Pinhais, Colombo, Campo Largo, Quatro Barras e Piraquara. O objetivo da nova entidade será fortalecer a presença do Paraná como polo produtor de vinhos, alguns deles já premiados em concursos nacionais. Numa segunda etapa, a Vinopar deverá incluir vitivinicultores de outras localidades paranaenses, como Toledo, Ponta Grossa e Bituruna. Uma das primeiras ações da nova entidade será criar um roteiro integrado de visitas às vinícolas associadas.

NOVOS FUNICULÍ - Depois de um período de consolidação de seu novo restaurante – o Funiculí – Pizza, Pasta & Paninni (r. Miltho Anselmo da Silva, 1438, a três casas do Ernesto), o chef Dudu Sperandio pretende abrir filiais em outros bairros importan-tes de Curitiba, entre eles o Cabral e o Água Verde, para começar. Em seus planos, ainda, a implantação de uma sanduicheria, que também teria ramificações. O Funiculí, assunto de matéria desta página na semana passada, atende das 18h às 23h, em seu espaço para 35, 40 pessoas e também fornece massas frescas para serem preparadas em casa.

CAFÉ DO CENTRO

Para facilitar aos apreciadores de um café de qualidade premium a escolha do sabor, que naturalmente varia de acordo com a ori-gem dos grãos, a Café do Centro, empresa que no próximo ano completa seu primeiro centenário – nasceu no centro da cidade de São Paulo, daí o nome – definiu embalagens com estampas específicas para cada uma das regiões produtoras: o café do Para-ná, de sabor encorpado forte, mereceu um pacote que apresenta o fuxico, artesanato de tecido onde um pequeno círculo com as extremidades alinhavadas e franzidas inspira a criação de enfeites e adereços, até a composição de peças maiores como colchas e mantas, muito comum nas propriedades cafeeiras do interior do Brasil; o do Cerrado Mineiro – café de doçura caramelizada – tem a palha como motivo, material que após desidratado é utilizado na indústria, no artesanato e até como combustível; o do Sul de Minas – café frutado cremoso – revela a trama rudimentar da chita, tecido de algodão que era utilizado na confecção de vestidos e hoje é apreciado pelos decoradores.

DIVULGAR A CULTURA - Para o café com sabor achocolatado intenso da região paulista da Alta Mogiana, a Café do Centro escolheu o ladrilho, um tipo de revestimento artesanal feito à

base de cimento, usado em pisos e paredes e reconhecido por sua resistência e por suas qualidades decorativas; o do Espírito Santo, de sabor cítrico equilibrado, ganhou estampas de pátina, um tipo de revestimento protetor aplicado em casas ou móveis de madeira, que dá efeito rústico de desgaste e envelhecimento muito suave; já o produto que nasce na Bahia – cafés com suave sabor de baunilha – apresenta nas embalagens a renda, elemento que compõe a vestimenta da baiana – saias armadas, volumosas -, com seus elementos visuais de tradição barroca europeia e cores e texturas de peças africanas. A ideia foi divulgar a cultura de cada região e como o café é muito ligado ao interior do país, pela agricultura, pelas fazendas, nada mais apropriado do que marcar a história nas embalagens, reavivando as texturas das fazendas de café do interior, como destacam os diretores executivos da companhia, Rodrigo e Rafael Branco Peres.

L’ENTRECÔTE, RESERVAS

Apesar de continuar com seus dois salões lotados para o almo-ço executivo e o jantar, a franquia curitibana do restaurante L’Entrecôte de Paris ((r. Carlos de Carvalho, 1101, Centro) – co-mandada pela empresária Mariana Fugiwara - passou a aceitar reservas, que devem ser marcadas unicamente para os horários entre 19h e 19h30. A casa foi muito bem recebida na cidade e serve um prato único – o noix d’entrecôte (corte francês da parte nobre do contrafilé), com batatas fritas e recoberto pelo ‘molho secreto’, que leva 21 ingredientes, passa por quatro processos de cozimento, um de resfriamento e 36 horas de preparo. Mas se o prato é único, o cardápio de sobremesas é atraente, com 13 op-ções, com destaque para as típicas francesas, como o profiterólis com sorvete de creme e calda de Nutella, marquise au chocolat belge, millefeuilles, cheesecake com calda de frutas vermelhas, creme caramelo, Jean et Marie, entre outras. O almoço executivo do L’Entrecôte, servido de segunda a sexta-feira, exceto feriados, custa R$ 39; no jantar, o prato tem duas versões - Prime, R$ 63 e Classique, R$ 51, além do menu Kids, a R$ 35.

C E R V E J A R I A N O MUELLER - Além de presentear com um kit de três cervejas artesa-nais da curitibana Way Beer os clientes que, até 9 de agosto, efetuarem compras no valor de R$ 600, o shopping Mueller desenvolve, no período, uma ação inte-rativa pela qual as pes-soas conhecem todos os passos do processo de fabricação da bebida. Em espaço reservado

do piso L2 foi reproduzida, em parceria com a Way Beer, uma cervejaria, na qual os visitantes têm acesso a uma experiência de realidade aumentada. Com a projeção de sua própria imagem dentro de uma fábrica de cervejas, os espectadores – apenas os maiores de 18 anos - poderão conhecer todo o processo produ-tivo, além de se divertirem em um game que dependerá de sua interação e movimentos, para participarem da cena.

FESTIVAL PERUANO

O Bourbon Curitiba Convention Hotel encerra nesta sexta-feira 31, no jantar, o Festival Peruano de Gastronomia, que já passou por outros hotéis da rede. O cardápio, preparado pelo chef Roberto Yagui, especializado em cozinha fusion perua-na/asiática, terá ceviche como entrada; tiradito de pescado, cortes de peixe como sashimi marinado em molho de limão; anticuchos, prato criado por escravos africanos e que consiste em espetos de coração com molhos especiais; e o arroz com pato, uma versão da paella espanhola, com arroz cozido com pato, cerveja e coentro. Na sobremesa, o exótico ranfañote, feito com pão e queijo entre outros ingredientes; e encanela-do, com doce de leite, canela e biscoitos, levado ao Peru por freiras espanholas.

Diego Pisante

PFs, café com bolo e pratos da memóriaTem a mesa do chef, oval, para

oito pessoas, num espaço que deve ter sido a sala de almoço/jantar da casa; tem a mesa dos ar-quitetos, em outro ambiente, com cadeiras aramadas; no meio dos dois, fica o salão com o restante das mesas, que são poucas.

Assim é a porção bistrô da Casa Vilanova Artigas (r. da Paz, 479, perto do Mercado Municipal), ícone tombado da fase modernista de Curitiba, um complexo que homenageia o arquiteto curitibano, que fez carreira em São Paulo, João Batista Villanova Artigas (1915-1985) e que reúne, também, o escritório da empresa que a comprou e restaurou – a G Arquitetura -; uma livraria de arquitetura e design; um can-to onde são vendidos objetos, como molesquines e canecas, com desenhos que o arquiteto fazia para os netos; e uma sala-memorial dedicada à sua obra, endereço muito procurado por

universitários da profissão. O bistrô, que se chama Vir-

gínia em homenagem à mulher de Villanova, a artista plástica Virgínia Camargo Artigas (1915-1990), abre de quinta a sábado, das 12h às 23h e aos domingos das 12h às 17h, servindo almoço, café da tarde (com bolo e outras delícias) e jantar, e acaba de es-trear novo cardápio. Enquanto aguardam, os clientes podem explorar os ambientes da casa e acompanhar o trabalho das duas cozinhas-conceito, de preparo e finalização.

De segunda a sexta há um almoço executivo, com entrada, prato principal e sobremesa, com três opções, ao preço de R$ 33 - PF 33: mignon, ovo, farofa de ba-con e banana, azeite trufado, ar-roz e feijão; Virgínia Light: tilápia grelhada, legumes na manteiga e arroz de beterraba; e Frango com polenta: balotine aberto de frango caipira, polenta branca trufada e crocante de limão siciliano.

O cardápio elaborado pelo chef Rodrigo do Prado, que já cumpriu carreira nos Esta-dos Unidos, tem entrada como Vol-au-vent (folhado, camarão, cogumelos à la crème, presunto culatello crocante), Pupunha (lasagnette de pupunha à carbonara) e Carpaccio (entrecôte de angus, minifolhas, grana padano e vinagrete de mostarda), entre outras.

Entre os pratos principais de terra e mar estão, por exemplo, Pescatora (risoto, camarão rosa e branco, polvo, crocante de limão siciliano e grana padano), Vilanova Artigas (bacalhau Artigas, musseline de batata com missô, manteiga trufada, alho negro), Poivre (tournedor, molho poivre, ri-soto de gorgonzola doce e pera caramelada) e Canard, um dos preferidos do chef (ma-gret, crosta de fígado, erva doce, creme de

batata doce e maple e molho de morango). No jantar, há também um menu degustação de seis etapas. Aos domingos, a casa serve o Prato da Memória, que remete aos almo-ços de família, sempre com uma sugestão diferente, que pode ser um trio de massas, uma galinhada ou bacalhoada.

Nas sobremesas, destaque para o Chessecake (creme de chessecake, coulis de kinkan e physalis, crumble de chocolate belga), com design atraente e original; Crème brûlée de pamonha (creme catalão, milho, coco, brûlée e cravo) e V.G.E. de abóbora (mil folhas, ambrosia, abóbora, coco chantilly de baunilha).

Com serviço de vallet no jantar, o bistrô tem convênio com o estacionamento Edna Park (nº 579 da mesma rua) durante uma hora no almoço e no café.

Galinhada, um dos pratos da memória, surpresa dos domingos

Virgínia Bistrô, exemplar da fase modernista, patrimônio da cidade

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Page 6: Diário Indústria&Comércio - 30 de julho de 2015

Diário Indústria&ComércioCuritiba, quinta-feira, 30 de julho de 2015 | Pág. a6Justiça&DiREitO

Guilherme Artigas é Jornalista e repórter fotográficoindependente. E-mail: [email protected]

FOTONARRATIVASobre fotografia e audiovisual

Entre os muitos debates sobre fotografia, tem sido muito acessado o conceito da pós-fotografia. É difícil simplificar o termo con-siderando que ainda não foi aceita como precisa, sequer, a definição de pós-moderno. Mas os consensos são parecidos: apropriação, reinterpretação e novos usos e significados de tudo. Simplificar mais do que isso é impossível.

O movimento de mi-lhões de fotografias na in-ternet e as imprevisíveis aplicações e edições dessas imagens geram as ideias da pós-fotografia. Editores escolhendo e redefinindo imagens seriam agora os codificadores principais, não mais os fotógrafos no ato das fotos. Séries e ex-posições poderiam ser or-ganizadas com imagens “disponíveis” na rede.

Contradições não faltam. Desde que surgiu a fotografia guarda, mais do que tudo, enigmas. Já foi exaustivamen-te debatido o teor de segredo de cada fotograma e logo as infinitas interpretações as quais ele está sujeito. Na teoria do documentário, os chamados filmes de arquivo são montados com fotografias feitas com objetivos que nada tem a ver com os enredos desses filmes. O uso e reuso de arquivos não é coisa nova. A função de editor de fotogra-fia também não. O problema é que o jogo da apropriação e reinterpretação na era da pós-fotografia está cada vez mais superficial. Como na pauta geral da pós-modernidade, na maioria das vezes a ob-servação e manipulação dos significados das imagens são apressadas e logo tornam-se inúteis. Na última semana pôde-se ler em alguns ca-dernos de cultura, estudiosos comentando a facilidade de produzir imagens e a dificul-dade e a falta de atitude em decifrá-las. Assim, aquela fotografia que fazia pensar sobre a condição humana começa a virar nostalgia e resistência. Quando Sebas-tião Salgado disse em uma entrevista que estamos ca-minhando para o fim da foto-grafia, ele justificou dizendo que essa enorme quantidade de imagens não tinha nada com o pensamento na hora de fazer uma foto e o que ela iria significar no futuro.

Como sempre, sobra para as artes visuais o dever de resistir, pensando com apuro sobre o que a civili-zação registra. Essas artes que convivem com a pecha da inutilidade, do abstrato intangível, arcam com o esforço de dar sentido a ba-gunça que tanta tecnologia nos impõe.

Penso que o Fine Art tem um pouco dessa missão. O termo também não é novo. Mas com todas as ressigni-ficações pelas quais passou, pode se entender que ele sempre separou obras que tinham objetivos puramente artísticos das que já traziam na sua feitura algum simbo-lismo encomendado.

Atualmente, na fotogra-

fia, não se trata apenas de técnica ou de refinamento para atender demandas dos museus, os quais já vêm en-tendendo a fotografia como arte há algumas décadas. Para que obras de matriz digital cheguem aos museus certificadas, com garantias de preservação e autenticidade, o Fine-Art tem funções bem definidas, é verdade. Mas a afirmação da fotografia como obra de arte fora dos museus e galerias, se esta-belecendo como decoração em residências e nos espaços públicos em geral, também poderá se concretizar por meio da boa condução de empreendimentos na área do Fine Art.

Na Casa Cor Paraná tiveram início as atividades de um desses empreendi-mentos que podem aquecer o mercado de Fine Art em Curitiba. A Galeria Reser-ve Fine Art Photography, parece estar centrada nos objetivos de “mostrar que a aplicação da fotografia na decoração ultrapassa o conceito do uso de simples porta-retratos”.

Uma iniciativa perti-nente numa cidade como Curitiba que vive uma fase de efervescência na fotogra-fia. Escolas conceituadas, o principal museu da cidade (MON) obtendo recordes de público por meio de ex-posições de fotografia e so-bretudo muitos praticantes, tornam a cidade propícia para a abertura de novos espaços, que contribuam para o entendimento da fotografia como arte, que pode decorar casas e escri-tórios de forma muito mais personalizada. Também, para dar a profissionais criativos suporte técnico e visibilidade para que esses autores possam assegurar a qualidade e a venda de suas obras. A iniciativa é do fotógrafo Cayo Vieira. A estratégia é certeira. A escolha da Casa Cor faz o link imediato com a ideia da fotografia inserida já na fase dos projetos de decoração. Isso reafirma o conceito de decoração personalizada, compondo um tema para o ambiente. A Reserve tam-bém se preparou para “aten-der” aos colecionadores de arte. Vale frisar que os de-bates sobre o Fine Art estão cada vez mais voltados para isso. Fotógrafos têm sido cada vez mais prestigiados nos mercados de arte e logo a valoração das obras está definitivamente em voga.

Obras de fotógrafos con-sagrados, como João Urban, Leonardo Régner, Nego Mi-randa, Neni Glock e Walter Firmo, estão no acervo da Reserve. Contudo, Cayo Vieira diz que a galeria está sempre em busca de talentos e que a ideia é tra-zer à tona acervos não só de fotógrafos estabelecidos no mercado, mas de novos profissionais.

Boas expectativas para quem leva a fotografia como meio de vida e projeto artís-tico. Pode existir felicidade na pós- fotografia.

Fine Art, resistência artística na pós-fotografia

Guilherme Artigas é jornalista e repórter fotográfico – www.guilhermeartigas.com

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Ministro Lewandowski permitiu o uso de material apreendido com advogados durante fase da “lava jato” voltada a políticos com prerrogativa de foro

PF pode apreender documentos sobre cliente de advogado investigado

BRECHA NA LEI

Quando advogados são inves-tigados, o Estatuto da Advo-

cacia libera o uso de documentos apreendidos referentes a clientes se eles também são apontados como partícipes ou coautores da mesma causa. Foi o que afirmou o presidente do Supremo Tri-bunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, ao permitir que autoridades usem material apre-endido com advogados na na “lava jato”.

Ele rejeitou um pedido da seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. A OAB-DF pedia que, no cumprimento dos mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro Teori Zavascki e execu-tados em escritórios de advocacia, fossem observados os parágrafos 6º e 7º do artigo 7º da Lei Federal 8.906/1994.

O texto proíbe “a utilização dos documentos, das mídias e dos

objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informa-ções sobre clientes”. Entretanto, o presidente do STF apontou uma ressalva na própria lei. A restri-ção “não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou coautores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabi-

lidade”.Dessa forma, Lewandowski

determinou que “as autoridades responsáveis pela investigação em curso cumpram estritamente os dispositivos legais citados”, até melhor exame da questão pelo ministro Teori Zavascki, relator da investigação, “que decidirá, com a verticalidade que o caso requer, sobre a devolução do material apreendido que não diga respeito aos fatos investigados”.

OperaçãO Bumerangue

Instaurado inquérito para investigar empresas em fraude de R$ 400 milhões

O Ministério Público Federal em Dourados (MPF/MS) instau-rou inquérito para investigar a responsabilidade administrativa e civil de empresas envolvidas em esquema de exportação fictícia, que movimentou R$ 400 milhões desde 2009, por meio de fraude junto à aduana Brasil-Paraguai de Ponta Porã, na fronteira do

Brasil com o Paraguai. Para o MPF, há “fortes indícios de que as empresas investigadas, por meio de seus funcionários, dentre os quais, gerentes, vendedores e funcionários, tenham praticado atos lesivos à administração pú-blica nacional”.

A investigação é baseada na Lei Anticorrupção (nº 12.846/2013),

que prevê multas que podem che-gar a 20% do faturamento bruto da empresa ou a R$ 60 milhões. As pessoas jurídicas envolvidas nas fraudes também podem perder os bens e valores conseguidos irregu-larmente, além da suspensão ou interdição parcial de suas ativida-des e até dissolução compulsória da pessoa jurídica, quando a empresa

é obrigada a fechar.Foram expedidos ofícios às

investigadas solicitando o envio de informações acerca da adoção, pelas empresas, de mecanismos e procedimentos internos de in-tegridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e à aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta.

Decisão impede penhora de salário de militarCom fundamento na im-

penhorabilidade absoluta das verbas de natureza alimentar, a Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) rejeitou recurso da Fun-dação Habitacional do Exército (FHE) que pleiteava a penhora de 30% dos valores existentes em conta-salário do executado e daqueles a serem depositados nos meses subsequentes até o limite de R$ 6.918,79.

A Fundação alegava que a impenhorabilidade absoluta dos salários afronta o artigo 422 do Código Civil, que determina que os contratantes devem observar o princípio da boa-fé e da probi-dade na relação contratual.

Ao analisar o caso, o desem-bargador federal Luiz Stefanini, relator do processo, explicou que o inciso IV do artigo 649 do Código de Processo Civil prevê que “são absolutamente

impenhoráveis os vencimen-tos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecú-lios e montepios, bem como as quantias recebidas por libera-lidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalha-dor autônomo e os honorários de profissional liberal”.

A decisão acrescenta que, no projeto de lei, havia a pre-

visão de que 40% do total recebido mensalmente acima de 20 salários, calculados após os efetivos descontos, seriam considerados penhoráveis.

Essa disposição, contudo, foi vetada sob o fundamento de quebra do ‘dogma da impenho-rabilidade absoluta’ de todas as verbas de natureza alimentar, de modo que a Primeira Turma concluiu por não atender ao pedido da Fundação.

Não ocorre a incidência de honorários nas execuções de pequeno valor sem oposição da Fazenda Pública

A inclusão de verba honorária em execução de pequeno valor sem oposição da Fazenda Pública aos cálculos apresentados pelo credor deve ser afastada. Com esses fundamentos, a 1ª Turma do TRF da 1ª Região confirmou sentença de primeiro grau que, nos autos de ação de execução, julgou extinto o processo.

Na apelação, o Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposenta-dos e Pensionistas dos Servidores Públicos Federais no Estado de Minas Gerais requer que seja

aplicado ao caso o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no sentido de que “são devidos honorários pela Fazenda Pública nas execuções de pequeno valor”, conforme fundamentado no Recurso Extra-ordinário n. 420.816.

O Colegiado rejeitou o pedido. Em seu voto, o relator, desem-bargador federal Jamil de Jesus Oliveira, explicou que, no citado julgamento, o STF concluiu pela não aplicação do art. 1º-D da Lei 9.494/97 nas hipóteses de execu-

ções que não demandem a expe-dição de precatório. No entanto, “a inclusão de verba honorária nas execuções de pequeno valor, ainda que não embargadas, refoge à lógica do sistema constitucional concernente aos pagamentos devidos pela Fazenda Pública em decorrência de sentença judiciá-ria”, ponderou.

O magistrado ainda esclare-ceu que, “tal como no precatório, a requisição de pequeno valor é também exigência constitucio-nal indeclinável na satisfação da

dívida da Fazenda Pública em de-corrência de sentença judiciária, de modo que não pode a Fazenda fazer o pagamento imediatamente ao trânsito em julgado da sen-tença”.

Nesse sentido, de acordo com o relator, se há necessidade de re-quisição de pagamento, seja me-diante precatório, seja mediante RPV, não se justifica a imposição de verba honorária, sem que para isso alguma atividade tenha de ser desenvolvida pelo advogado para colimar o pagamento.

C. FED. – Câmara rejeita proposta que descaracteriza a operação de leasing

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos De-putados rejeitou o Projeto de Lei 3982/08, que determina que os contratos por arrendamento mercantil (leasing) ficam desca-racterizados quando o chamado Valor Residual Garantido (VRG) é pago de forma antecipada. Nesse caso, a operação seria classificada como contrato de compra e venda em parcelas.

O VRG é, normalmente, uma quantia paga ao final do con-

trato se o arrendatário decidir comprar o bem arrendado. Nos contratos atuais de leasing de carros, contudo, esse valor vem sendo diluído nas prestações de financiamento.

O leasing funciona, na práti-ca, como uma espécie de aluguel do bem. Ao final do contrato, o arrendatário decide se quer com-prá-lo ou não. Em caso positivo, é preciso pagar o VRG.

A proposta, de caráter con-clusivo, havia sido rejeitada an-

teriormente pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. Como foi rejeitada por todas as comissões de análise do mérito, a proposta será arquivada pela Câmara, a menos que haja recurso aprovado para que sua tramitação continue pelo Plenário.

PrivilégiosSegundo a autora da propos-

ta, deputada Elcione Barbalho

(PMDB-PA), a cobrança anteci-pada do VRG transforma o con-trato de arrendamento mercantil em simples compra e venda, o que retira alguns privilégios das financeiras.

Hoje, por exemplo, essas empresas podem iniciar ação reintegratória de posse caso o consumidor deixe de pagar al-guma prestação. Essa medida, conforme a deputada, não cabe nos casos de contrato de compra e venda.

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DONNET PARTICIPAÇÕES S.A.CNPJ/MF N° 09.095.511/0001-09

NIRE 41300082481ATA DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

LOCAL, DATA E HORA:1- Na sede social da Sociedade, à Avenida Cândido de Abreu, 776, conjunto 2401, Centro Cívico, CEP 80.530-000, na Cidade de Curitiba, Estado do Paraná, no dia 30 de junho de 2015, às 14:00 horas.

MESA:2- Presidente: ALCEU GUGELMIN JUNIOR; Secretário: DERLI KOEFEN-DER.

PRESENÇA:3- Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme re-gistro do Livro de Presença de Acionistas, constatando-se, dessa forma, a existência de “quorum “para as deliberações que constam da Ordem do Dia.

CONVOCAÇÃO:4- Face a presença da totalidade dos acionistas, foi considerada regular a Assembleia, nos termos do § 4° do artigo 124 da Lei 6.404 de 15/12/1976.

ORDEM DO DIA:5- Deliberar e votar sobre: a) Eleição dos membros da Diretoria e fixação de sua remuneração; b) Mudança do endereço da sede da empresa da Ave-nida Candido de Abreu, 776, sala 2401, Centro Cívico, CEP 80530-000, Curitiba/PR, para a Avenida Sete de Setembro, nº 4.214, conjunto 401, CEP 80.250-210, Curitiba/PR; c)Alterar o objeto social da empresa; d)Conversão da totalidade das ações prefe-renciais em ações ordinárias; e) O resgate de ações de emissão desta Companhia, no valor de R$ 70.000.000,00 (setenta milhões de reais), utilizando-se da conta contábil de Reserva de Ágio, com o consequente cancelamento de 53.018 (cinquenta e três mil e dezoito) ações ordinárias; f) Aumentar o capital social mediante utilização de R$ 128.906.138,55 (cento e vinte e oito milhões, novecentos e seis mil, cento e trinta e oito reais e cinquenta e cinco centavos) da conta de Reserva de Ágio; g) Redução do Capital Social no valor equivalente a participação acionária desta Companhia junto a ChopimEmpreendimentos Florestais S/A.;h) Consequente reforma total do Estatuto Social e consolidação da sua redação; i) Outros assuntos de interesse social. 06 -DELIBERAÇÕES TOMADAS POR UNANIMIDADE:

Eleitos como membros da Diretoria da Companhia, para gestão por 3 (três anos), a) devendo permanecer em seus cargos com plenos poderes até a posse da nova Diretoria a ser eleita em Assembleia Geral a ser realizada no ano de 2018, os se-nhores: ALCEU GUGELMIN JUNIOR, brasileiro, casado pelo regime da comunhão universal de bens, engenheiro florestal, CI/CREA 8.444-D/PR, portador da carteira de identidade RG nº 932.699-5/SSP-PR, inscrito no CPF/MF sob o nº 393.578.569-00, como DIRETOR; e DERLI KOEFENDER, brasileiro, administrador de empresas, casado sob regime de separação total de bens, portador da Cédula de Identidade nº 5.050.646.032/SSP-RS, inscrito no CPF sob nº 611.971.900-82, como DIRETOR, am-bos com domicilio na Avenida Sete de Setembro, 4214, 4º andar, conjunto 401, Batel, Curitiba/PR, CEP 80.250-210, os quais declaram não estar incursos em nenhum dos crimes previstos em Lei que os impeçam de exercer a atividade mercantil, e que não praticaram crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa de concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a proprie-dade. Aprovado que fique em suspenso a atribuição de remuneração pró-labore aos membros da Diretoria até a realização da Assembleia Geral para tratar do assunto, quando, se julgado oportuno, serão fixados valores de remuneração.

Aprovada a mudança do endereço da sede da empresa da Avenida Candido de b) Abreu, 776, sala 2401, Centro Cívico, CEP 80530-000, Curitiba/PR, para a Avenida Sete de Setembro, nº 4.214, conjunto 401, CEP 80.250-210, Curitiba/PR, sem solução de continuidade aos negócios sociais.

Aprovada a alteração do objeto social da empresa, sem solução de continuidade c) aos negócios sociais, passando a ser a seguinte: A Sociedade exercerá atividade CNAE 64.62-0-00holding de instituição não financeira.

Os acionistas aprovaram, por unanimidade e sem qualquer ressalva, a conversão d) da totalidade das ações Preferenciais Nominativas da Sociedade que totaliza80.636 (oitenta mil e seiscentos e trinta e seis), em ações Ordinárias Nominativas, na pro-porção de uma açãoOrdinária Nominativa para cada ação Preferencial Nominativa existente, sendo que as ações Preferenciais Nominativas ora convertidas em ações Ordinárias Nominativas farão jus aos mesmos direitos e prerrogativas conferidos às ações Ordinárias Nominativasprevistos no Estatuto Social da empresa e na legislação vigente. Para os fins do § 1º do artigo 136 do Lei 6.404/76, combinado com os incisos I e II desse mesmo artigo, os acionistas dispensaram a realização de assembleia especial de acionistas preferencialistas para aprovar a conversão de ações ora deli-berada, tendo em vista a totalidade dos acionistas preferencialistas presentes nessa assembleia, que aprovaram sem reservas a presente deliberação, renunciando ainda ao direito de retirada previsto no inciso I do artigo 137 da Lei 6.404/76. Desta forma, o Capital Social a empresa totalmente integralizado de R$1.005.847,43 (um milhão, cinco mil, oitocentos e quarenta e sete reais e quarenta e três centavos) fica repre-sentado por 161.272 (cento e sessenta e um mil e duzentas e setenta e duas) ações Ordinárias Nominativas sem valor nominal.

Aprovado o resgate e o consequente cancelamento de 53.018 ações ordinárias e) de emissão da Companhia de titularidade da acionista Remasa Reflorestadora S/A., no valor de R$ 70.000.000,00 (setenta milhões de reais), com a utilização da conta contábil Reserva de Ágio.

Aprovado o aumentodo capital social em mais R$ 128.906.138,55 (cento e vinte f) e oito milhões, novecentos e seis mil, cento e trinta e oito reais e cinquenta e cinco centavos), representado por 97.633 (noventa e sete mil, seiscentos e trinta e três) ações Ordinárias Nominativas, a serem distribuídas na proporção da participação dos sócios, passando desta forma de R$ 1.005.847,43 (um milhão, cinco mil, oitocentos e quarenta e sete reais e quarenta e três centavos), para R$ 129.911.985,98 (cento e vinte e nove milhões, novecentos e onze mil, novecentos e oitenta e cinco reais e noventa e oito centavos), representado por 205.887 (duzentos e cinco mil, oitocentos e oitenta e sete) ações Ordinárias Nominativas, mediante a utilização do valor de R$ 128.906.138,55 (cento e vinte e oito milhões, novecentos e seis mil, cento e trinta e oito reais e cinquenta e cinco centavos), da conta de Reserva de Capital. Assim, o capital social passa a ser de R$ 129.911.985,98 (cento e vinte e nove milhões, novecentos e onze mil, novecentos e oitenta e cinco reais e noventa e oito centavos), representado por 205.887 (duzentos e cinco mil, oitocentos e oitenta e sete) ações Ordinárias Nominativas, sem valor nominal.

Aprovada a redução do capital social em R$ 107.517.918,59 (cento e sete milhões, g) quinhentos e dezessete mil, novecentos e dezoito reais e cinquenta e nove centavos), equivalente a 81.434 (oitenta e um mil, quatrocentos e trinta e quatro) ações Ordiná-rias Nominativas, mediante a entrega de 182.728 ações ordinárias nominativas de sua propriedade junto a CHOPIM EMPREENDIMENTOS FLORESTAIS S/A.,empresa de direito privado, com CNPJ 09.596.310/0001-95, estabelecida à Rua Estrela Zugman, 293 Sal B, Município de Coronel Domingos Soares, Estado do Paraná,as quais são transferidas à acionista REMASA REFLORESTADORA S.A., empresa de direito priva-do, com CNPJ 76.008.960/0001-60, estabelecida na Fazenda Lageado Grande 01 – KM 530, Município de Bituruna, Estado do Paraná. Assim, o capital social passa a ser

de R$ 22.394.067,39 (vinte e dois milhões, trezentos e noventa e quatro mil, sessenta e sete reais e trinta e nove centavos), representado por 124.454 (cento e vinte quatro mil, quatrocentos e cinquenta e quatro) ações Ordinárias Nominativas, sem valor nominal.

Face ao decidido nos itens acima, foi aprovada a reforma total do Estatuto Social h) contemplando todas alterações decorrentes, cuja redação fica consolidada na forma descrita no documento anexo ao presente instrumento.

Aprovado previamente o Relatório da Administração e Demonstrações Contábeis i) – Financeiras acompanhadas do Parecer de Auditores Independentes, referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2014, ad referendum da próxima Assembleia Geral Ordinária da Companhia.

- FORMA DE LAVRATURA DA ATA:7 De acordo com o disposto no § 1° do Artigo 130, da Lei n° 6.404 de 15/12/1976, e tendo em vista a unânime deliberação dos presentes. Confere com o original lavrado em livro próprio.

- ENCERRAMENTO8 Às 15:00 horas, depois de lavrada, lida, aprovada e assinada a Ata pelos presentes.

Curitiba, de 30 de junho de 2015.Derli Koefender

SecretárioESTATUTO SOCIAL

(ANEXO A ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DO DIA 30/06/2015)CAPÍTULO l - Denominação, Sede, Objeto e Duração.ARTIGO 1º - Sob a denominação de DONNET PARTICIPAÇÕES S.A., reger-se-á esta sociedade pelo disposto neste Estatuto e pelas disposições legais cabíveis.ARTIGO 2º - A Sociedade tem sua sede e foro na Avenida Sete de Setembro, 4214 Conjunto 401, CEP 80.250-210, na Cidade de Curitiba, Estado do Paraná, inscrita no CNPJ/MF sob nº 09.095.511/0001-09, podendo manter filiais, agências ou representações em qualquer localidade do País ou do exterior, mediante resolução da Diretoria.ARTIGO 3º - A Sociedade tem como objeto social a exploração das seguintes atividades:CNAE 64.62-0-00 Holding de instituição não financeira.ARTIGO 4º - O prazo de duração da Sociedade é indeterminado.CAPÍTULO II - CAPITAL SOCIAL, AÇÕES E ACIONISTASARTIGO 5º - O capital social é de R$ 22.394.067,39 (vinte e dois milhões, trezentos e noventa e quatro mil, sessenta e sete reais e trinta e nove centavos), representado por 124.454 (cento e vinte quatro mil, quatrocentos e cinquenta e quatro) ações Ordinárias Nominativas, sem valor nominal.§ 1º - As ações são indivisíveis em relação à Sociedade e serão representadas por certificados múltiplos ou cautelas assinadas por dois Diretores. Cada ação ordinária nominativa dá direito a um voto nas decisões em Assembleias, com as prerrogativas estabelecidas no § 2 º deste artigo, e sem qualquer afetação em sua paridade pelo valor unitário de emissão a elas atribuído. § 2º - Entre os acionistas, é livre a transferência de ações, sendo-lhes assegurado o direito de preferência nas transferências onerosas, a que título seja, de ações da companhia e/ou de direito às mesmas inerentes quando os pretendentes forem terceiros. § 3º - O acionista que pretender alienar suas ações deverá notificar os demais acionistas no prazo de 30 (trinta) dias, devendo na notificação constar obrigatoriamente (i) a intenção de proceder à alienação de ações segundo os termos da oferta; (ii) o número de ações a ser objeto da alienação de ações; (iii) o nome e endereço do ofertante; (iv) o preço de compra ofertado por ação expresso em Reais, o valor total, a data e a forma de pagamento das ações (o que deverá ser feito somente em dinheiro); e (v) outras informações relacionadas à oferta e ao ofertante, conforme a notificada venha razoavelmente requerer. A notificação em questão deverá ser acompanhada por uma cópia fiel da oferta. § 4º - O Direito de Preferência deverá ser exercido pelo acionista através de notificação por escrito à parte alienante no prazo de 60 (sessenta) dias a partir do recebimento da notificação referida no parágrafo anterior. § 5º - Decorridos os 30 (trinta) dias da notificação determinada no § 3º supra, as ações que não forem adquiridas pelos acionistas, poderão ser transferidas aos pretendentes indicados, desde que os atos sejam formalizados regularmente perante a companhia em até 5 (cinco) dias, após os quais decairá a liberação, sendo que o processo de oferta somente poderá ser renovado 30 (trinta) dias após a decadência. Se exercido, por todos os acionistas o direito em relação à totalidade das ações ofertadas, estas serão rateadas entre os interessados proporcionalmente à participação que possuírem na data da transação. § 6º - Caso o Direito de Preferência não seja exercido por nenhum acionista da companhia terá a parte alienante o direito de proceder à alienação de ações junto a quaisquer terceiros, desde que sob os exatos mesmos termos e condições da oferta, no prazo de 90 (noventa) dias a partir da constatação inequívoca do não exercício do Direito de Preferência, assim entendido o primeiro dia subsequente ao termo final do prazo fixado para o exercício de tal direito. Sendo certo que, se não houver a alienação das ações no prazo fixado na presente disposição, e o acionista ainda desejar proceder com tal alienação, todo o trâmite acima referido, relacionado à concessão do Direito de Preferência aos demais acionistas deverá ser repetido, ainda que se trate da mesma oferta. § 7º - Os acionistas não poderão constituir penhor, caução ou qualquer outra forma de ônus ou garantia, sobre as ações ou valores mobiliários de emissão da Companhia ou direitos a elas relativos, exceto se observadas, cumulativamente, as seguintes condições: (i) houver prévia e expressa autorização dos demais acionistas; e (ii) a garantia não violar o Acordo, as leis, o estatuto ou contratos sociais das Partes, ou determinação do poder concedente das concessões, permissões ou autorizações, se for o caso.CAPÍTULO III - ASSEMBLEIA GERALARTIGO 6º - A Assembleia Geral Ordinária realizar-se-á dentro dos quatro meses após a data do encerramento do exercício social e as Extraordinárias, sempre que forem convocadas na forma da Lei.§ 1º - Aplicam-se as normas do Capítulo XI, Seção I, da Lei nº 6.404/76, relativamente à convocação, instalação, quorum, competência e representação de acionistas.§ 2º - As deliberações a serem tomadas em Assembleia Geral da Sociedade cujo voto afirmativo dependa de, pelo menos, 67% (sessenta e sete por cento) do total das ações presentes poderão ser condicionadas à realização de reunião prévia entre os acionistas quando se tratarem dos seguintes assuntos: a) aprovar, no início de cada exercício, o orçamento anual e quaisquer variações posteriores que somadas sejam superiores a 5% (cinco por cento) do valor total

previsto em orçamento aprovado;b) aprovar o planejamento estratégico;c) aprovar a aquisição ou alienação de bens do ativo permanente da Sociedade em valor superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais);d) aprovar a contratação de novos empréstimos ou a rolagem de dívidas em valores superiores a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), ou aprovar a contratação de dívida que faça com que o endividamento total consolidado da Sociedade supere 5% (cinco por cento) do seu patrimônio líquido;e) fixar o limite máximo de endividamento líquido e a relação limite entre capital social e endividamento;f) aprovar a celebração de qualquer operação que exceda aos limites de que trata a alínea “e” acima;g) aprovar a prestação de garantias em favor de terceiros;h) celebração de contrato de qualquer natureza de valor global superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), desde que o contrato em questão não esteja previsto no orçamento anual;i) deliberar quanto à proposta de aumento do capital social, de emissão de bônus de subscrição, de outorga de opções para compra de ações ou de qualquer outro título ou valor mobiliário de similar natureza, assim como quanto à emissão de debêntures, conversíveis ou não em ações;j) aprovar contratos a serem celebrados pela Sociedade com partes relacionadas, assim entendidas as partes que sejam coligadas ou controladas, direta ou indiretamente, pela mesma parte ou partes;k) fixação da política de dividendos a ser adotada pela Sociedade;l) manifestar-se sobre propostas de operações de fusão, cisão, incorporação, incorporação de ações ou transformação, envolvendo a Sociedade, assim como sua dissolução ou liquidação;m) manifestar-se previamente e submeter à Assembleia Geral balanço patrimonial, demonstrações financeiras e outros documentos previstos na legislação pertinente;n) destinação do lucro líquido apurado em cada exercício social da Sociedade, sendo que na inexistência de acordo, convencionam os acionistas que 50% (cinquenta por cento) deverá ser distribuído como dividendos e o remanescente destinado a re-investimento na Companhia;o) fixação da remuneração dos membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal da Sociedade; ep) aprovação de qualquer modificação no Estatuto e no objeto social da Sociedade.§ 3º - Poderá a Assembleia Geral criar Partes Beneficiárias, nas condições que estabelecer, nos termos do artigo 46 da Lei n° 6.404/1976, mesmo em caráter gratuito, caso em que o prazo de duração não poderá ultrapassar 10 (dez) anos.CAPÍTULO IV - ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADEARTIGO 7º - A administração da Companhia compete à Diretoria.Parágrafo único – A Diretoria é o órgão de representação da Companhia, competindo-lhe praticar todos os atos de gestão dos negócios sociais.ARTIGO 8º - A Diretoria não é um órgão colegiado, podendo, contudo, reunir-se a critério do Diretor Presidente para tratar de aspectos operacionais.ARTIGO 9º - A Diretoria da empresa é composta por 2 (dois) membros, eleitos e destituíveis pela Assembleia Geral, com mandato de 3 (três) anos, permanecendo no exercício dos cargos até que ocorra nova eleição, sendo permitida reeleição.ARTIGO 10º - A Companhia será representada e somente será considerada validamente obrigada por ato ou assinatura de qualquer um dos Diretores ou de dois procuradores.§ Único – As procurações serão sempre outorgadas por quaisquer do Diretores, sendo que estabelecerão os poderes do procurador e, excetuando-se as procurações outorgadas para fins judiciais, não terão prazo superior a 1 (um) ano.ARTIGO 11o – A Assembleia Geral deverá fixar a remuneração individual de cada Diretor da Companhia.

CAPÍTULO V - CONSELHO FISCALARTIGO 12º - O Conselho Fiscal, que somente será instalado nos exercícios sociais em que for pedido pelos acionistas, será composto de 3 (três) membros e igual número de suplentes, com mandato por 2 (dois) anos, acionistas ou não, eleitos na forma da lei e remunerados conforme com o que foi deliberado na assembleia, respeitado o limite legal.Parágrafo único – Aos membros do Conselho Fiscal competem as atribuições e responsabilidades conferidas por Lei.CAPÍTULO VI - EXERCÍCIO SOCIAL, DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, RESULTADOARTIGO 13º - O exercício econômico-financeiro encerrar-se-á todo dia 31 de dezembro, data em que serão elaboradas as Demonstrações Financeiras, na forma da Lei.ARTIGO 14º - Do resultado do exercício, será prioritariamente atendido o disposto no artigo 189, da Lei nº 6.404/76 e, respeitado o disposto no artigo 201 da mesma Lei, deduzido 10% (dez por cento) como participação aos administradores; do lucro líquido então verificado, far-se-ão as deduções seguintes: a) 5% (cinco por cento) para Fundo de Reserva Legal até atingir 20% (vinte por cento) do Capital Social; b) 25% (vinte e cinco por cento) para distribuição como dividendo aos acionistas, respeitado o disposto no artigo 202 e parágrafos da Lei nº 6.404/76; c) o lucro remanescente ficará a disposição da Assembleia Geral Ordinária que decidirá a sua destinação.Parágrafo Único – Quando houver distribuição de dividendos, os titulares das ações receberão, relativamente aos resultados do exercício social em que tiverem integralizado tais ações, dividendos proporcionais ao tempo que mediar entre a data da integralização e o término do exercício social.ARTIGO 15º – A critério dos acionistas, mediante deliberação favorável de 51% do capital social, a Sociedade poderá levantar balanços intermediários, distribuir lucros antecipadamente, distribuí-los desproporcionalmente ao capital social ou manter os lucros em reserva na Sociedade, no todo ou em parte.CAPÍTULO VII - DISSOLUÇÃO, LIQUIDAÇÃO E EXTINÇÃOARTIGO 16º – A dissolução, liquidação e extinção da companhia terá lugar nos casos previstos no Capítulo XVII da Lei nº 6.404/76, competindo á assembleia determinar o modo de liquidação, e a nomeação do liquidante e do Conselho Fiscal para a referida finalidade.CAPÍTULO VIII – FOROARTIGO 17º - As partes elegem o foro da cidade de Curitiba, Estado do Paraná, para dirimir quaisquer dúvidas e ou controvérsias oriundas do presente Estatuto.

REMASA REFLORESTADORA S.A.Alceu Gugelmin Junior - Diretor Presidente

Homologação de LicitaçãoConcorrência Pública Nº. 001/2015

O PREFEITO MUNICIPAL DE FAZENDA RIO GRANDE, no uso de suas atribuições legais, HOMOLOGA a Concorrência Pública nº 001/2015 com objeto a Contratação de empresa especializada em licenciamento e desenvolvimento de Sistema Integrado de Gestão de Saúde e Assistência Social, através de locação mensal, incluindo implantação, conversão de dados, treinamento de usuários e suporte técnico (manutenção corretiva e preventiva), e adjudica em favor da empresa CARLA FACHI ELETRONICOS ME, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob nº 20.243.296/0001-89, com o Valor Global de R$ 254.799,54 (duzentos e cinquenta e quatro mil setecentos e noventa e nove reais e cinquenta e quatro centavos). O processo atendeu a legislação pertinente em toda sua tramitação, consoante Parecer da Procuradoria Geral do Município.

Fazenda Rio Grande/PR, 24 de Julho de 2015.Marcio Claudio Wozniack

Prefeito em Exercício

PREFEITURA DE FAZENDA RIO GRANDEESTADO DO PARANÁ

Homologação de LicitaçãoConcorrência Pública Nº. 006/2015

O PREFEITO MUNICIPAL DE FAZENDA RIO GRANDE, no uso de suas atribuições legais, HOMOLOGA a Concorrência Pública nº 006/2015 com objeto a Contratação de empresa para conclusão integral da pavimentação urbana das ruas Irerê e Caraúna, e adjudica em favor da empresa HD CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob nº 12.797.654/0001-77, com o Valor Global de R$ 276.581,58 (duzentos e setenta e seis mil quinhentos e oitenta e um reais e cinquenta e oito centavos). O processo atendeu a legislação pertinente em toda sua tramitação, consoante Parecer da Procuradoria Geral do Município.

Fazenda Rio Grande/PR, 24 de Julho de 2015.Marcio Claudio Wozniack

Prefeito em Exercício

PREFEITURA DE FAZENDA RIO GRANDEESTADO DO PARANÁ

Homologação de LicitaçãoPregão Presencial Nº. 08/2015

O PREFEITO MUNICIPAL DE FAZENDA RIO GRANDE, no uso de suas atribuições legais, HOMOLOGA o Pregão Presencial nº 08/2015 com objeto o Registro de Preço para aquisição de Leites Especiais, e adjudica o objeto em favor das empresas: MERCO SOLUÇÕES EM SAÚDE LTDA, pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº 05.912.018/0001-83, vencedor dos itens 17 e 33; NUTRIPORT COMERCIAL LTDA, pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº 03.612.312/0005-78, vencedor dos itens 01, 11, 13, 15, 16, 18, 24, 26, 29 e 32; NUTRICLIN SAUDE COMÉRCIO DE PRODUTOS NUTRICIONAIS LTDA - EPP, pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº 12.694.747/0001-76, vencedor dos itens 23, 25, 27, 28 e 31; CENTER NUTRI COMÉRCIO DE PRODUTOS PARA NUTRIÇÃO ENTERAL LTDA - EPP, pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº 08.617.050/0001-24, vencedor dos itens 30 e 34; P F G COMERCIAL LTDA - ME, pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº 20.438.688/0001-15, vencedor dos itens 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 12 e 14; BRUTHAN COMERCIAL LTDA., pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº 02.625.813/0001-00, vencedor do item 20. Os itens 19, 21 e 22 resultaram fracassados. O processo atendeu a legislação pertinente em toda sua tramitação, consoante Parecer da Procuradoria Geral do Município.

Fazenda Rio Grande/PR, 24 de Julho de 2015.Marcio Claudio Wozniack

Prefeito em Exercício

PREFEITURA DE FAZENDA RIO GRANDEESTADO DO PARANÁ

Homologação de LicitaçãoPregão Presencial Nº. 014/2015

O PREFEITO MUNICIPAL DE FAZENDA RIO GRANDE, no uso de suas atribuições legais, HOMOLOGA o Pregão Presencial nº 014/2015 com objeto o Registro de Preço para aquisição de equipamentos operacionais para o Corpo de Bombeiros, e adjudica o objeto em favor da empresa S. O. S. SUL RESGATE – COMÉRCIO E SERVIÇOS DE SEGURANÇA E SINALIZAÇÃO LTDA., pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº 03.928.511/0001-66, vencedor do Lote 01, com o valor de R$ 16.698,67 (dezesseis mil seiscentos e noventa e oito reais e sessenta e sete centavos), do Lote 02, com o valor de R$ 42.399,82 (quarenta e dois mil trezentos e noventa e nove reais e oitenta e dois centavos) e do Lote 03, com o valor de R$ 44.328,00 (quarenta e quatro mil trezentos e vinte e oito reais); e IDEAL SEG COMERCIO DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE SEGURANÇA LTDA - ME, pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº 10.416.895/0001-01 vencedor do Lote 04 com o valor global de R$ 33.750,00 (trinta e três mil setecentos e cinquenta reais). O processo atendeu a legislação pertinente em toda sua tramitação, consoante Parecer da Procuradoria Geral do Município.

Fazenda Rio Grande/PR, 24 de Julho de 2015.Marcio Claudio Wozniack

Prefeito em Exercício

PREFEITURA DE FAZENDA RIO GRANDEESTADO DO PARANÁ

Homologação de LicitaçãoPregão Presencial Nº. 026/2015

O PREFEITO MUNICIPAL DE FAZENDA RIO GRANDE, no uso de suas atribuições legais, HOMOLOGA o Pregão Presencial nº 026/2015 com objeto a Contratação de Serviços de Lavanderia, e adjudica o objeto em favor da empresa M. J. AQUINO & OLIVEIRA AQUINO LTDA - ME, pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº 08.653.947/0001-03, vencedor com o valor global de 37.035,80 (trinta e sete mil e trinta e cinco reais e oitenta centavos). O processo atendeu a legislação pertinente em toda sua tramitação, consoante Parecer da Procuradoria Geral do Município.

Fazenda Rio Grande/PR, 15 de Julho de 2015..Marcio Claudio Wozniack

Prefeito em Exercício

PREFEITURA DE FAZENDA RIO GRANDEESTADO DO PARANÁ

Homologação de LicitaçãoPregão Presencial Nº. 026/2015

O PREFEITO MUNICIPAL DE FAZENDA RIO GRANDE, no uso de suas atribuições legais, HOMOLOGA o Pregão Presencial nº 026/2015 com objeto a Contratação de Serviços de Lavanderia, e adjudica o objeto em favor da empresa M. J. AQUINO & OLIVEIRA AQUINO LTDA - ME, pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº 08.653.947/0001-03, vencedor com o valor global de 37.035,80 (trinta e sete mil e trinta e cinco reais e oitenta centavos). O processo atendeu a legislação pertinente em toda sua tramitação, consoante Parecer da Procuradoria Geral do Município.

Fazenda Rio Grande/PR, 15 de Julho de 2015..Marcio Claudio Wozniack

Prefeito em Exercício

PREFEITURA DE FAZENDA RIO GRANDEESTADO DO PARANÁ

EXTRAVIO

Foi extraviado o título do Clube Curitibano, Nº C 3805, per-

tencente à Letícia Henke Ribeiro. Curitiba, 29/07/15.

SÚMULA DE RECEBIMENTO DE LICENÇA DE INSTALAÇÃOSIG COMBIBLOC DO BRASIL LTDA, torna público que recebeu do IAP, a Licença de Instalação para Fabricação de Embalagem Cartonada Asséptica para Bebidas e Alimentos Líquidos, a ser implantada à Rodovia BR 277, 2811 km 120,4 - Guabiroba - CEP 83.605-420 - Campo Largo - PR.

1º OfíciO dO registrO civil13º TabelionaTo leão

bel. RicaRdo augusTo de leão - oficialTRav. nesToR de casTRo, 271 - ceP 80.020-120 cenTRo - cuRiTiba - PR

EDITAL DE PROCLAMAS Faço saber que pretendem casar-se:

1 - LUIZ GUSTAVO SANTOS DEMETERCO E ANNELISE HIGA YAMAKI;2 - PAULO HENRIQUE SCHLENKER CAMARGO E BEATRIZ RODRIGUES GRA-NEMANN.

Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei, no prazo de 15 dias. Lavro o presente Edital de Proclamas para ser publicado e afixado em lugar de costume.

CURITIBA, 29 DE JULHO DE 2015

O TCP – Terminal de Contêi-neres de Paranaguá passa a rece-ber, a partir de agosto, navios com rota para o Oeste e Sul da África. Com o novo serviço, o Terminal oferece atendimento pleno para clientes que têm negócios na-quelas regiões, com embarques e desembarque semanais.

Se antes o Terminal operava apenas no transbordo de cargas, agora oferece atendimento direto, gerando comodidade ao cliente. “Nós estamos ampliando a possi-bilidade do cliente em utilizar os portos de origem e destino, sem precisar descarregar a carga em outro local que não seja o seu des-tino final”, explica Juarez Moraes e Silva, diretor superintendente da TCP, empresa que administra o Terminal.

Outro fator positivo do novo serviço é a economia gerada para exportadores que utilizam a rota para negócios de exportação, principalmente, de commodities como frango congelado, fubá e açúcar. “Os clientes com origem no Paraná ou na região de influ-ência do Terminal precisavam encaminhar suas cargas para o estado vizinho. Com o atendi-mento direto em Paranaguá, o cliente reduz a cadeia logística e o custo operacional, economizando no frete rodoviário e reduzindo o custo total da carga”, enfatiza.

O novo serviço também dimi-nui o tempo de espera para que os exportadores possam despachar suas cargas, com escalas sema-nais em Paranaguá.

TCP inicia atendimento direto de exportação à África

Page 8: Diário Indústria&Comércio - 30 de julho de 2015

Curitiba, quinta-feira, 30 de julho de 2015

a8 | espeCial Diário Indústria&Comércio

Café das Nações presta homenagensàs datas nacionais de cinco países

O Corpo Consular do Paraná e o Diário Indústria&Comércio, promovem hoje mais uma edição do tradicional Café das Nações, na Associação Comercial do Paraná. Serão homenageados a França, Suíça, Bélgica, Colômbia e Peru

SUÍÇAA Suíça é um país sem costa marítima cujo território é dividido

geograficamente entre o Jura, o Planalto Suíço e os Alpes, soman-do uma área de 41 285 km². A população suíça é de aproximada-mente 7,8 milhões de habitantes e concentra-se principalmente no planalto, onde estão localizadas as maiores cidades do país. Entre elas estão as duas cidades globais e centros econômicos de Zurique e Genebra. A Suíça é um dos países mais ricos do mundo relativamente ao PIB per capita calculado em 75 835 de dólares americanos em 2011. Zurique e Genebra foram classificadas como as cidades com melhor qualidade de vida no mundo, estando em segundo e terceiro lugar respectivamente e a Suíça como o melhor país para nascer em 2013.

EconomiaCerca de dois terços do território suíço é coberto de florestas,

montanhas e lagos. Dado que o país não possui recursos minerais, tem de importar, processar e colocar à venda as necessidades da

população. Dos três sectores que compõem a atividade econômica suíça, o terciá-rio é o mais importante no qual se incluem a banca, as seguradoras e o turismo. A agricultura também é importante, porém, não satisfaz às necessidades totais da população, sendo obrigado a importar.

Atualmente, é a 23ª economia do mundo, com um PIB estimado de 492,6 mil milhões de dólares americanos para o ano de 2008 (pela taxa de câmbio oficial) ou 309,9 mil milhões de dólares (pela paridade de poder de compra). O PIB per capita (estimado em 40.900 dólares americanos para 2008) é um dos maiores do mundo, enquanto a taxa de desemprego é uma das mais baixas. Dado que está rodeada de países-membro da União Europeia, a economia tem vindo gradualmente a adaptar-se às políticas do bloco econômico.

FRANÇAFrança, oficialmente

República Francesa, é um país localizado na Europa Ocidental, com várias ilhas e territórios ultramarinos noutros continentes. A França

Metropolitana estende-se do Mediterrâneo ao Canal da Man-cha e Mar do Norte, e do Rio Reno ao Oceano Atlântico. A nação é o maior país da União Europeia em área é o terceiro maior da Europa, atrás apenas da Rússia e da Ucrânia.

Por cerca de meio milênio, o país tem sido uma grande potência, com forte influência econômica, cultural, militar e política no âmbito europeu e global. Durante muito tempo a França exerceu um papel de liderança e hegemonia na Europa (principalmente a partir da segunda metade do século XVII e

parte do XVIII). Ao longo daqueles dois séculos, a nação iniciou a colonização de várias áreas do planeta e, durante o século XIX e início do século XX, chegou a constituir o segundo maior império da história, o que incluía grande parte da América do Norte, África Central e Ocidental, Sudeste Asiático e muitas ilhas do Pacífico.

EconomiaUm membro G8, grupo líder dos principais países indus-

trializados, o país é classificado como a quinta maior economia do mundo e segunda maior da Europa é por PIB nominal; com 39 das 500 maiores empresas do mundo em 2010, a França ocupa o quarto lugar no mundo e o primeiro naEuropa na lista Fortune Global 500, à frente da Alemanha e do Reino Unido. A França se juntou aos onze outros membros da União Euro-peia para criar o euro em 1 de Janeiro de 1999, substituindo completamente o franco francês (₣) no início de 2002.

COLÔMBIAColômbia, oficialmente República da Colômbia, é uma repú-

blica constitucional do noroeste da América do Sul. A Colômbia faz fronteira a leste com a Venezuela e Brasil; ao sul com o Equa-dor e Peru; para o norte com o Mar do Caribe, ao noroeste com o Panamá; e a oeste com o Oceano Pacífico. A Colômbia também tem fronteiras marítimas com a Venezuela, Jamaica, Haiti, Repú-blica Dominicana, Honduras,Nicarágua e Costa Rica. Com uma população de mais de 47 milhões de pessoas, a Colômbia tem a 29ª maior população do mundo e a segunda maior da América do Sul, depois do Brasil. A Colômbia é o terceiro país mais populoso com a língua espanhola como idioma oficial (depois do México e Espanha), e tem a quarta maior comunidade de língua espanhola no mundo depois do México,Estados Unidos e Espanha.

A maioria dos centros urbanos estão localizados nos Andes, mas o território colombiano também abrange a floresta ama-zônica, pastagens tropicais e os litorais do Caribe e do Pacífico. Ecologicamente, a Colômbia é um dos 17 países megadiversos do

mundo (os de maior bio-diversidade por unidade de área).

EconomiaA economia colom-

biana cresceu de forma constante na última parte do século XX, com o produto interno bruto (PIB) crescendo a uma taxa média de mais de 4% ao ano entre 1970 e 1998. O país sofreu uma recessão em 1999 (primeiro ano de crescimento negativo desde a Grande Depressão), e a recuperação foi longa e dolorosa. No entanto, o crescimento nos últimos anos tem sido impressionante, atingindo 8,2% em 2007, uma das maiores taxas de crescimento na América Latina. Enquanto isso, a Bolsa de Valores da Colômbia subiu de 1.000 pontos desde sua criação em julho de 2001 para mais de 7.300 pontos em novembro de 2008.60.

BÉLGICABélgica, oficialmen-

te Reino da Bélgica, é um país situado na Europa ocidental. É membro fundador da União Europeia e hos-

peda sua sede, bem como as de outras grandes organizações internacionais, incluindo a OTAN. A Bélgica tem uma área de 30.528 quilômetros quadrados e uma população de cerca de 10,7 milhões de habitantes.

EconomiaA economia fortemente globalizada da Bélgica e sua

infraestrutura de transporte são integradas com o resto da Europa. A sua localização no coração de uma região alta-mente industrializada ajudou a torná-la a 15ª maior nação comercial do mundo em 2007. A economia é caracterizada

por uma força de trabalho altamente produtiva, um PNB alto e por exportações per capita mais elevadas. Os principais produtos importados pela Bélgica são alimentos, maqui-naria, diamantes, petróleo e derivados, químicos, vestuário e têxteis. Os principais produtos belgas exportados são automóveis, produtos alimentícios, ferro e aço, diamantes lapidados, têxteis, plásticos, produtos de petróleo e de metais não-ferrosos.

A economia da Bélgica está fortemente orientada para os serviços e mostra uma dupla natureza: a região flamenga tem uma economia dinâmica e aValônia tem uma economia menos desenvolvida. Um dos membros fundadores da União Europeia, a Bélgica apoia fortemente uma economia aberta e o alargamento das competências das instituições da UE para integrar as economias dos membros do bloco. Desde 1922, através da União Econômica Belgo-Luxemburguesa, Bélgica e Luxemburgo têm sido um mercado único de comércio com a união aduaneira e monetária.

PERUPeru, oficialmente chamado de República do Peru, é um

país sul-americano limitado ao norte pelo Equador e pela Colômbia, a leste pelo Brasil e pela Bolívia e ao sul pelo Chile. O seu litoral, a oeste, é banhado pelo oceano Pacífico.

As principais atividades econômicas incluem a agricultu-ra, a pesca, a exploração mineral e a manufatura de produtos têxteis. Após a sua independência em 1821, o Peru passou por períodos de alternância entre turbulência política e crise fiscal e estabilidade e crescimento econômico.

EconomiaA economia do Peru tem experimentado um crescimen-

to significativo nos últimos 15 anos. O país tem uma alta pontuação no Índice de Desenvolvimento Humano (0,740), segundo relatório de 2012. A renda per capita de 2008 foi de 8 594 dólares; em 2009, 34,8% de sua população total era pobre, incluindo 11,5% que é extremamente pobre.

Historicamente, o de-sempenho econômico do país foi amarrado àsexportações , que fornecem divisas para financiar importações e os pagamentos da dívi-da externa. Embora as exportações apresentem receita substancial, o crescimento auto-sustentado e uma distribuição mais igualitária da renda provaram-se elusivos. A 18,1% das crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição crônica no Peru, as regiões com os maiores índices de desnutrição crônica são Huancavelica, com 51,3%, e Cajamarca, com 36,1%, seguido pelo Loreto, com 32,3%.

Os serviços representam 53% do produto interno bruto nacional peruano, seguidos pela indústria transformadora (22,3%), indústrias extrativas (15%) e impostos (9,7%).

Page 9: Diário Indústria&Comércio - 30 de julho de 2015

Diário Indústria&ComércioCuritiba, quinta-feira, 30 de julho de 2015 | ed. 9348 | b1Diário de Pinhais

Page 10: Diário Indústria&Comércio - 30 de julho de 2015

b2 | publicidade legal Diário Indústria&Comérciocuritiba, quinta-feira, 30 de julho de 2015| ed. 9348

José Zeitel: um homem que marcou o desenvolvimento e a história de Pinhais

“A Secretaria de Desenvolvi-mento Econômico possui profis-sionais capacitados, uma equipe que não cansa de me surpreen-der”. Essa frase demonstra uma característica marcante de José de Seixas Zeitel, a valorização do outro. Sendo assim, foi um ho-mem de muitos amigos. Empre-sário, levou sua experiência para a atuação como secretário de Desenvolvimento Econômico do município de Pinhais. Um cargo que comandou desde 2009 até a madrugada da última segunda-feira (27), quando faleceu em decorrência de problemas car-díacos. Um triste episódio que deixará Pinhais em luto oficial por três dias.

José Zeitel era Engenheiro Civil graduado pela Universi-dade Federal do Rio de Janeiro, com especialização em Adminis-

tração Industrial pela Universi-dade Federal do Paraná e MBA em Estratégia e Gestão de Ne-gócios, pela mesma instituição. Ao assumir a Semde – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico – Zeitel utilizou sua bagagem profissional para contribuir com o alavanque econômico de Pinhais, o menor município e a 11ª maior econo-mia do Estado do Paraná.

A notícia de sua morte pega todos de surpresa, e aqueles que tiveram a oportunidade de con-viver com ele destacam sua inte-gridade e incansável dedicação a Pinhais. Ao lamentar o ocorrido, o prefeito do município, Luizão Goulart, relembra o convite feito a Zeitel para assumir a pasta. “Uma das prioridades de nosso plano de governo era fazer a cidade se desenvolver.

A Patsy, loja multimarcas de roupa e acessórios femininos de Curitiba, há dois anos compõe o guarda-roupas de jovens mulhe-res da capital paranaense. Em pouco tempo, conquistou muitas clientes e tornou-se uma das principais referências de moda em uma cidade que é reconhecida pelo bom gosto e por sua varieda-de na área de confecção.

A jovem empresária Jéssica Ambrozewicz, de 24 anos, está à frente da Patsy. Após trabalhar em multinacionais, resolveu ouvir o chamado empreendedor. “Eu tinha acabado de receber uma proposta melhor no trabalho, mas foi neste período que percebi que aquilo não era o que queria para mim, então permaneci um tempo mais trabalhando para guardar dinheiro e investi na ideia de um negócio próprio”, detalha a empresária.

Contando com a ajuda de seu namorado, Jéssica iniciou o trabalho com moda e beleza revendendo roupas e perfumes para amigas, colocando em práti-ca uma vocação que existia desde pequena, quando recortava rou-

pas de revistas e as categorizava em pastas. “Começamos levando as roupas na casa das clientes, depois montei uma ‘lojinha’ em casa que durou seis meses”.

Após este período inicial, a procura por consultoria e peças tornou-se tão frequente que ela precisou de um endereço fixo. Foi quando descobriu a Villa Mariantonio, um dos imóveis mais charmosos de Curitiba, uma casa com salas comerciais correspondentes a um coletivo de empresas. “Peguei uma sala bem pequena no andar de cima e em menos de três semanas já estava inaugurando a loja. As clientes aumentaram muito e o sucesso também. Um ano depois desci e passei a ocupar a sala da frente, e agora completando dois anos de loja física, tenho a sala da frente e mais uma sala de vestidos de festa”, comemora.

O público da loja Patsy é formado por mulheres jovens que gostam de acompanhar a tendência e elegância das roupas, mas que prezam por valores jus-tos. Jéssica acompanha de perto a seleção de cada uma das peças.

Patsy se consolida como referência em Curitiba

Pré-candidatos do PMN recebem Wilson PiclerNa terça-feira, o Partido

da Mobilização Nacional (PMN) de Curitiba promoveu a quinta reunião do ano com os pré-candidatos a vereador para as próximas eleições municipais em 2016. Desta vez, quem participou da reunião foi o pré-candidato a prefeitura de Curitiba Wilson Picler.

O empresário do ramo da educação, presidente do Grupo Uniter, é membro do Partido Ecológico Nacional (PEN) e já se lançou como possível candidato ao cargo de prefeito para o pró-ximo pleito.

Picler aproveitou o encontro com os pré-candidatos do PMN para contar sua história de vida e trajetória de sucesso como empresário, e reforçou que a política é para todos. “Nós temos sim que se envolver e participar da política. Não podemos deixar nas mãos erradas, nas mãos dos corruptos. Quando nos negamos a tentar fazer a diferença, nós deixamos o caminho mais livre para quem está fazendo errado, continuar a fazer errado”, afirmou o empresário.

Durante o encontro, Picler foi questionado sobre as novas

A Patsy é loja multimarcas de roupa e acessórios femininos de Curitiba

eleIções 2016

tendências de financiamento de campanhas por parte de empresas particulares - tema que está sendo debatido amplamente na esfera política. Para ele, as leis que visam coibir a corrupção são necessárias e benéficas, mas podem acabar prejudicando os políticos hones-tos, fazendo com que os políticos corruptos procurarem uma nova

forma de continuar a corrupção. “ Quem atua na política de forma errada, vai tentar arrumar alguma forma de burlar a lei e continuar as práticas. É mais uma forma de fomentar a corrupção”, analisa Picler.

Segundo o presidente munici-pal do PMN em Curitiba, vereador Chico do Uberaba, a participação

de Picler nessa reunião foi subs-tancial para os pré-candidatos. “ É importante para os nossos pré-candidatos esse contato di-reto, sem barreiras, com grandes nomes da política local, para que eles possam se sentir seguros para a campanha. São dicas valiosas que eles recebem aqui”, analisa Chico.

Wilson Picler, pré-candidato a prefeitura de Curitiba, participou da reunião

Page 11: Diário Indústria&Comércio - 30 de julho de 2015

Curitiba, quinta-feira, 30 de julho de 2015

b4 | eConomia Diário Indústria&Comércio

Aroldo Murá G. HaygertContato com o jornalista: [email protected]

INDÚSTRIAS

Confiança do empresário do PR é a pior desde 2012O índice foi puxado negativamente sobretudo pelo indicador de condições atuais das empresas – queda de -5,8%. Foi o pior resultado histórico da pesquisa

O Índice de Confiança do Empresário da Indústria de Transformação do Paraná é composto pelos indicadores de Condições Atuais (23,1 pontos em julho) e de Expectativas (35 pontos em julho)

O Índice de Confiança da Indústria de Transfor-

mação do Paraná caiu -4,9% em relação a junho, chegan-do a 30,9 pontos. O índice foi puxado negativamente sobretudo pelo indicador de condições atuais das empre-sas – queda de -5,8%. Foi o pior resultado histórico da pesquisa, desenvolvida pelo departamento Econômico da Federação das Indústrias (Fiep) desde janeiro de 2012. O nível de pessimismo de julho superou o do mês de março deste ano, quando chegou a 31,5%.

O mês de julho também teve os desempenhos mais baixos nas pesquisas de 2012 (51,2) e 2013 (46,9) – neste ano, influenciado pelos pro-

testos registrados em todo o Brasil. No comparativo com julho de 2014, a queda deste ano foi de 10 pontos.

O Índice de Confiança do Empresário da Indústria de Transformação do Paraná é composto pelos indicadores de Condições Atuais (23,1 pontos em julho) e de Expec-tativas (35 pontos em julho). A avaliação das condições atuais é embasada na visão dos empresários em relação à economia e à sua própria em-presa. E as expectativas são avaliadas a partir da opinião dos entrevistados em relação à operação da economia no futuro próximo – em um horizonte de seis meses – e às expectativas de performance de seu próprio negócio.

ICEC-PRO Índice de Confiança

do Empresário de Constru-ção Civil (ICEC) do Paraná também está na área do pessimismo. Pelo 6º mês consecutivo, os industriais do setor estão pouco con-fiantes – com queda de -1,3 em relação a junho, chegan-do a 38,9 pontos. “O ano de 2015 começou com o pior nível de otimismo de todos os semestres desde 2009, quando este estudo do setor da Construção Civil passou a ser desenvolvido pela Fiep. Os números indicam que este ano deverá continuar na área de pessimismo”, ava-liou Maurilio Schmitt, co-ordenador do departamento Econômico da Fiep.

STANDARD & POOR’S

Agência coloca 30 empresas em perspectiva negativa

Após mudar a perspectiva de nota do Brasil de estável para negativa, a agência de classificação de risco Stan-dard & Poor’s também fez ontem a alteração para 30 empresas e 11 instituições financeiras do país.

A agência manteve as notas das empresas e mu-dou somente a perspectiva, assim como fez com a nota

de crédito em moeda es-trangeira do Brasil no longo prazo, que permanece em BBB-. O país manteve o grau de investimento, ou seja, continua sendo considerado seguro para investidores, mas pode ter a nota rebai-xada no futuro.

A mudança para as em-presas brasileiras é uma con-sequência dessa alteração

de perspectiva de nota do Brasil.

Na terça-feira, a agência informou em comunicado que houve “uma correção significativa de política du-rante o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff”, mas, mesmo assim, “o Bra-sil enfrenta circunstâncias políticas e econômicas desa-fiadoras”.

RENDIMENTO MENOR

Indústria de máquinas e equipamentos fatura menos

O faturamento da indús-tria brasileira de máquinas e equipamentos acumula queda de 6,5% no primeiro semestre deste ano, na com-paração com igual período do ano passado. Os dados foram divulgados ontem na capital paulista, pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Considerando-se apenas o mês de junho, houve recuo de 13,5% em relação ao mesmo mês do ano passado.

A estimativa da associa-ção é que o faturamento do setor recue 5% este ano, o que seria a terceira queda conse-cutiva da receita líquida de vendas da indústria de bens de capital mecânicos. Em 2013, houve retração de 5% e, em 2014, de 12%. “O drama desses números é que ele não se refere somente ao setor

de máquinas. Isso significa reflexo do que está ocorrendo no país. Nossas vendas caem porque país está investindo cada vez menos”, avaliou o presidente do Conselho de Administração da Abimaq, Carlos Pastoriza.

O balanço mostra ainda que, em relação às exportações, foi registrado recuo de 17,4% de janeiro a junho em relação ao primeiro semestre de 2014. De acordo com a entidade, o resultado é explicado pela “paralisia nos financiamentos à exportação, combinada com a volatilidade cambial”.

A Abimaq considera que as variações sucessivas do câmbio são um fator recessivo adicional, pois aumentam os riscos de que haja um descompasso entre os preços dos insumos de produção e os preços de venda.

Carlos Pastoriza destacou ainda que a valorização do dólar ocorreu também em outros países concorrentes e, por isso, não se reverteu em vantagem para os produtos brasileiros. “Pode parecer uma depreciação importante do real que poderia ter dado fôlego em relação aos pro-dutos estrangeiros, mas essa depreciação foi acompanhada pelos outros países”, apontou. Segundo ele, a vantagem ocorre somente em relação à indústria norte-americana.

A retração no setor tam-bém se reflete no emprego. As vagas recuaram 6,4% nos primeiros seis meses do ano. A indústria de máquinas e equipamentos encerrou o período com 337 mil pessoas empregadas. Em 2014, eram mais de 368 mil no mesmo período.

DOS LEITORES(correspondências para a coluna: [email protected])

https://www.facebook.com/aroldomuraghaygert

Do "Fugindo do Inferno" ao momento histórico dos beneditinos franceses

Quando se for escrever com pro-fundidade sobre o período de repressão política pós 64 no Paraná, haverá que se reservar amplo espaço a um grande centro de acolhimento a intelectuais locais não conformados com o estado de coisas reinante naqueles dias. Não eram necessariamente revolucionários dispostos a derrubar os generais à força, mas homens e mulheres que queriam apeá-los do poder pelas ideias. Água mole em pedra dura...

2 – ACOLHENDO INCONFORMADOS

Esse centro de acolhida aos in-conformados ficava na estrada de Paranaguá, ainda no município de Piraquara, Laranjeiras, onde uma fun-dação católica, de regra beneditina e de origem francesa, estabelecera um mosteiro contemplativo. Contemplação que incluiu, ao mesmo tempo, a valo-rização dos leiteiros da região, a quem os religiosos ofereciam conhecimentos técnicos e orientação política. E religio-sa, naturalmente.

3 - VIGIADOS PELO DOPSO espaço era frequentado (e vi-

giado pelo DOPS) por gente como o professor Lamartine Correa de Oliveira, Euclides Scalco, o professor e advogado Francisco Muniz, Leonor Demeterco de Oliveira, professor Luiz Gonzaga Paul e Halina, o mé-dico (ex-presidente do CRM) Gerson Zafalon Martins, professor Antônio João Mânfio, o psiquiatra Pérsio Gui-

marães, o psiquiatra Carlos Harmath, dentre outros.

Registraram-se acolhimentos de alguns perseguidos políticos, vindos de São Paulo, que lá eram abrigados com discrição e sob a proteção da autoridade moral do superior da casa, Père Felipe.

3 – PRIOR FELIPEPor Felipe Ledet quase ninguém

identificava o prior da casa, Père Felipe, monge beneditino, membro de uma das mais antigas ordens religiosas católicas, fundada no século 4 por Bento de Nur-sia. Foram a história de vida e as atitu-des de Felipe que o fizeram comandar aquele enorme centro de espiritualidade engajada na doutrina social da Igreja. O que, no caso, incluía, combater o sistema ditatorial, mesmo que de uma maneira – digamos assim – ‘light’.

Felipe não foi um monge comum. Era em tudo diferenciado, a começar pela vocação religiosa que o levou a assumir o sacerdócio e a vida monástica depois de ter cumprido missões arriscadas como ‘partisan’ na luta contra os nazistas, na Resistência Francesa.

Veio para o Brasil no começo dos 1960, estabe-leceu-se com sua comuni-dade em Curitiba.

4 – NA TELA GRANDE

Só no final dos 1970,

depois de muitas dificuldades en-frentadas por sua obra – incluindo perseguições que teriam ocorrido por parte de setores da hierarquia – mudou

o seu Mosteiro da Anunciação para Goiás Velho. Lá, acolhido pelo bispo dom Tomás Balduíno, estabeleceu nova comunidade, com propósitos de oração, trabalho e justiça social. Morreu nos 1980 na França, vítima de AVC.

A referência inusitada na vida desse verdadeiro religioso muito amado pelos os que o conheceram foi o filme "Fugindo do Inferno", épico da II Guerra, com Steve McQueen, que na fita foi identificado como sendo Felipe.

São Bento

Carlos Harmath, Antonio João Mânfio

Steve McQueen em “Fugindo do Inferno”

CEZAR TITTON NA SAÚDEHá 99% de possibilidade de o "

médico de família" Cezar Titton, dos quadros da Prefeitura de Curitiba, com dedicação exclusiva à função, ser es-colhido novo secretário Municipal de Saúde pelo prefeito Fruet.

Ele tem 36 anos, é especializado em Medicina da Família, e uma das poucas unanimidades na área médica da PMC.

Terá missão difícil: substituir Adriano Massuda, que foi exemplar no cargo.

Cezar é filho e sobrinho de médi-cos. Seu pai é o reputado David Titon, reumatologista.

NAS ALTURASO condomínio vertical mais caro de Curitiba é o Lumine, na Ecoville. Os apartamentos têm preços nas alturas, que vão de

R$ 15 a 30 milhões. A maior parte dos compradores é composta por empresários, muitos deles do agrobusiness. As exceções são por conta de personagens do mundo político – dinheiro novo. Nomes, pois, muitos conhecidos da praça.

PANORAMA DE TURISMOAroldo,Com satisfação, fazemos chegar

até você a edição de julho da revista Panorama do Turismo. Dessa vez, a matéria de capa convida a um passeio, sem pressa, pelas cafeterias de Curitiba - em um roteiro para degustar bons cafés e para conhecer um pouco mais da alma dos curitibanos.

Complementando, tem muita infor-

mação positiva de hotelaria, eventos, gastronomia, gente etc.

Para conferir, é só clicar num dos links abaixo.

JULIO CESAR RODRUGUES, dire-tor, Curitiba

PANORAMA DO TURISMO | VER-SÃO DIGITAL

h t tp : / /www.youb l i she r .com/p/1185075-/

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A VERDADEProfessor Aroldo, permita-me uma

sugestão. O senhor escreve em um dos seus posts "A coluna pode até ser desmentida, mas a verdade..." Presu-mindo que não há mentiras escritas aí, não haveria o que desmentir, certo? No máximo um "A coluna pode até ser questionada..." Grande abraço.

JOÃO PEDRO DE AMORIM, jorna-lista, Curitiba

OPINIÃO DE VALOR

DO SERVIÇO DE “GOVERNAR”Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba

O título faz pensar em reflexões de natureza política. Mas não pretendo fazer análises desta ordem. Já existem muitas. Algumas são excelentes, me-lhores que as de um religioso. Todavia, em tempos políticos tão conturbados, fortemente assinalados por confrontos e disputas, em tempos em que a incerteza projeta luzes escuras sobre a realidade próxima e, talvez, também a futura, quando a conflitividade ideológica parece encontrar muitos ecos, talvez a recordação simples do que seja “gover-nar” nos ajude a pronunciar, e também selecionar, aquelas palavras que valem mais do que o silêncio.

A abordagem pode partir de muitos matizes. Como esta coluna tem um caráter pastoral, então a opção parte da sabedoria bíblica. Mas antes gostaria de uma rápida passagem pela etimo-logia. Governar é o oficio de gerir, de administrar, de coordenar as decisões atinentes ao bem comum. Mas a palavra tem uma origem bastante ilustrativa. No grego antigo o verbo, tomado da linguagem náutica, significava dirigir o leme do barco, ou conduzir um navio para uma determinada direção ou porto. Portanto, havia metas e objetivos que interessavam a todos os que estavam na embarcação.

Houve uma evolução do sentido da palavra: desde o governo de um navio para o governo de um povo.

Não parece difícil perceber que, em seu sentido originário, a palavra governar refere-se muito mais a serviço do que a poder. Ou melhor, o segundo somente tem sentido se promover o valor do pri-meiro. Mais: se não houver uma boa go-vernança, toda a embarcação, especial-mente as pessoas, perde o rumo. E todos os caminhos estão errados para quem não sabe aonde vai. Crescem, então, as disputas, multiplicam-se as acusações e todos pretendem inocência.

Ainda sobre “governar”, quem quer incluir uma perspectiva ética inspirada na fé cristã pode tomar alguns subsídios na palavra do evangelho deste domingo. No texto de João 6, 1-15, vemos Jesus atento a uma séria problemática do povo: a necessidade de pão (cf. 6,5). Vale aqui lembrar que no horizonte bíblico o pão não é apenas uma referência à saciedade física de alimento. O pão está associado àquilo de que um povo precisa para percorrer seu caminho e sua história de liberdade. Não é apenas assistência, é também “governo”, isto é, conduzir em direção a bons destinos.

No caso do evangelho, o que encon-tramos em Jesus é a intenção límpida de

possibilitar ao povo o que necessitava para seguir seu caminho, sua história. Não havia outro interesse. Punha-se no lugar de servidor. Mas o que chama a atenção é a escolha de Jesus após ter atendido a multidão.

Queriam “proclamá-lo rei”. Ora, para aquela época um rei tinha as mãos sobre tudo e sobre todos. Isso faz lembrar poder, prestígio, grandeza, força sobre outros. Quando é o poder a fascinar, fica desfigurado o sentido de governar.

É por isso mesmo que a escolha de Jesus foi uma outra. Não quis dominar a ninguém. Recolheu-se a sós para uma montanha. O monte não é uma mera referência espacial. O lugar alto quer se referir a um nível superior; é a condição do homem livre, que é soberano sobre si. É por isso mesmo que a escolha de Jesus foi uma outra. Não quis dominar a ninguém. Recolheu-se a sós para uma montanha. O monte não é uma mera referência espacial. O lugar alto quer se referir a um nível superior; é a condição do homem livre, que é soberano sobre si mesmo a ponto de dispensar-se de ambições. Ele, o Se-nhor, não se serviu do pão oferecido para submeter aqueles que o seguiam. Fez-se servo para libertá-los. Quando faltam essas disposições, até os bons projetos políticos ensejam muitas confusões.

Cezar Titton