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Caderno Judicirio do Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA DO TRABALHOPODER JUDICIRIO REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
N2655/2019 Data da disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019. DEJT Nacional
Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio
Solange Cristina Passos de C. Cordeiro
Presidente
Amrico Bed Freire
Vice-Presidente
Avenida Senador Vitorino Freire, 2001
Bairro Areinha
So Lus/MA
CEP: 65030015
Telefone(s) : (98) 2109-9300
Gabinete da Presidncia
Deciso Monocrtica
DecisoProcesso N RO-0016050-91.2017.5.16.0016
Relator ILKA ESDRA SILVA ARAUJO
RECORRENTE MUNICIPIO DE RAPOSA
ADVOGADO JOAO GABINA DE OLIVEIRA(OAB:8973/MA)
RECORRIDO JAILSON SEVERINO DA SILVA
ADVOGADO ONACY VIEIRA CARNEIROJUNIOR(OAB: 10407/MA)
CUSTOS LEGIS MINISTRIO PBLICO DOTRABALHO
Intimado(s)/Citado(s):
- JAILSON SEVERINO DA SILVA
- MUNICIPIO DE RAPOSA
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
Fundamentao
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Agravante: MUNICPIO DE RAPOSA
Advogado:JOO GABINA DE OLIVEIRA (OAB/MA 8.973)
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
Tempestivo o recurso (deciso publicada em 21/01/2019; recurso
apresentado em 14/01/2019 - ID. b0142a0).
Regular a representao processual (ID. 4051e2a - Pg. 2).
Isento de preparo (CLT, art. 790-A e DL 779/69, art. 1, IV, e DL
509/69, art. 12).
DESPACHO
Os presentes autos vieram a esta Presidncia (Ncleo de Recurso
de Revista/AI/RO) para anlise de Agravo de Instrumento (ID.
88819a7), contra a deciso que negou seguimento ao seu recurso
de revista (art. 897, alnea "b", da CLT).
MANTENHO o despacho agravado.
Satisfeitos os pressupostos extrnsecos de admissibilidade, nos
termos do art. 1 da Resoluo Administrativa n 1418/2010 do c.
TST, proceda-se autuao do agravo, conforme disposto no art. 2
da referida Resoluo.
Notifique(m)-se a(s) parte(s) agravada(s) para, querendo,
apresentar(em) contrarrazes ao agravo e ao recurso, no prazo
legal.
Aps, com ou sem manifestao, remetam-se os autos ao c. TST.
CONCLUSO
Recebo o agravo interposto.
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargadora Presidente do TRT da 16 Regio
n3
Assinatura
SAO LUIS, 31 de Janeiro de 2019
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargador Federal do Trabalho
DecisoProcesso N RO-0016771-17.2015.5.16.0015
Relator LUIZ COSMO DA SILVA JUNIOR
RECORRENTE BANCO BRADESCO SA
ADVOGADO TAMIA BRINGEL ROCHA(OAB:9606/MA)
ADVOGADO STEFANIE MARIA BRAGAABBONDANZA(OAB: 11960/MA)
ADVOGADO NELSON WILIANS FRATONIRODRIGUES(OAB: 23729/SC)
RECORRENTE WARLLINGTON SANTOS PEREIRA
ADVOGADO FRANCIOLE MARTINS DACONCEICAO(OAB: 11792-A/MA)
ADVOGADO KELEN CRISTINA WEISS SCHERERPENNER(OAB: 27386/GO)
RECORRIDO BANCO BRADESCO SA
ADVOGADO STEFANIE MARIA BRAGAABBONDANZA(OAB: 11960/MA)
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2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 2Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
ADVOGADO TAMIA BRINGEL ROCHA(OAB:9606/MA)
ADVOGADO NELSON WILIANS FRATONIRODRIGUES(OAB: 23729/SC)
RECORRIDO WARLLINGTON SANTOS PEREIRA
ADVOGADO KELEN CRISTINA WEISS SCHERERPENNER(OAB: 27386/GO)
ADVOGADO FRANCIOLE MARTINS DACONCEICAO(OAB: 11792-A/MA)
Intimado(s)/Citado(s):
- BANCO BRADESCO SA
- WARLLINGTON SANTOS PEREIRA
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
Fundamentao
Recorrente: WARLLINGTON SANTOS PEREIRA
Advogado: FRANCIOLE MARTINS DA CONCEICAO (OAB/MA
11792-A)
Cuida-se de processo onde foi proferido juzo de adequao nova
redao da Smula 124 do TST, conforme acrdo de ID. b1cb0f8.
Via de consequncia, passo anlise de admissibilidade dos
recursos de revista das partes.
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
Tempestivo o recurso (deciso publicada em 21/03/2017, ID.
a32538b; recurso apresentado em 24/03/2017, ID. f35d5fd).
Regular a representao processual (procurao, ID. 357fea2,
substabelecimento, ID. 44cf6cd)
Dispensado o preparo em face do deferimento do benefcio da
Justia Gratuita (ID. d83ac5b - Pg. 9)
PRESSUPOSTOS INTRNSECOS
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Atos
Processuais / Nulidade / Negativa de prestao jurisdicional.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Penalidades
Processuais / Multa por ED Protelatrios
DIREITO DO TRABALHO / Durao do Trabalho / Horas Extras /
Divisor
Alegao(es):
- violao ao art. 5, LV e XXXV e 93, IX, da CF.
- violao aos arts. 371 , 373, II, 489, II e 1026, 2, do CPC e arts.
224, caput, 468, 818 e 832, da CLT;
- contrariedade Smula 124, do TST.
- divergncia jurisprudencial.
O reclamante interpe recurso de revista, eis que inconformado com
o acrdo prolatado sob o ID. d4d8d97, complementado no ID.
be637fd e ID. b1cb0f8, por meio do qual e.g. Turma, que, mantendo
a sentena, determinou a observncia do divisor 180 para o clculo
das horas extras.
Alega, inicialmente, que, mesmo instada a se manifestar em
Embargos de Declarao sobre fatos importantes ao deslinde da
controvrsia para afastar o direito s horas extras ao bancrio, a C.
1 Tu rma se esqu iva e no en f ren ta a om isso e
prequestionamentos levantados pelo autor, em franca negativa de
prestao jurisdicional.
Aduz que seus Embargos de Declarao foram sucintos, pois no
tinham a inteno procrastinar o feito, mas apenas esclarecer a
matria controvertida e/ou obscura referente invalidade dos
registros de ponto e que o Regional, sendo injusta a imposio de
multa parte reclamante.
Afirma que restou robustamente comprovado que os registros de
ponto do banco reclamado no refletem a real jornada laborada pelo
empregado, seja porque foi comprovado que no era permitido o
registro integral da jornada efetivamente trabalhada - assim como
as testemunhas afirmaram que a jornada do reclamante era aquela
informada na inicial, a qual diverge das registradas nas folhas de
ponto -, seja porque, restou provado que o reclamante trabalhava
alm da jornada registrada nas folhas de ponto.
Sustenta que restou provado, que o reclamante, na verdade, era
impedido de anotar os seus reais horrios nos cartes de presena,
prtica comumente adotada pelo reclamado com o intuito malicioso
de esquivar-se do pagamento das horas extras, fraudando a
legislao trabalhista.
Assevera que o reclamante trouxe aos autos elementos suficientes
que demonstram as horas despendidas realizao dos cursos
TREINET obrigatrios, sendo que, tanto a carga horria quanto a
quantidade de cursos indicados na inicial so incontroversos, pois a
defesa no contesta a quantidade e horas indicados na inicial,
apenas diz que tais cursos no eram obrigatrios, logo, o v.
Acrdo est em desacordo com o arts. 224, caput, 818 da CLT,
bem como o art. 373, III do CPC.
Diz que h confisso de que o reclamante era caixa enquanto tinha
formalmente o cargo de escriturrio, bem como que o reclamante
fez todas as atribuies de um Gerente de Contas sem nunca
receber pela funo, assim, requer que o banco reclamado seja
condenado ao pagamento das diferenas salariais em razo do
desvio de funo, bem como das gratificaes de funes prprias
do gerente de contas, com os devidos reflexos e integraes, nos
termos da inicial, eis que violados os art. 468 e 818 da CLT, art.
373, II do CPC/2015.
Por fim, pretende a condenao do reclamado no pagamento de
honorrios contratuais.
Analiso.
Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 129791
2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 3Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
Nos termos do art. 896 , 1-A, I, da CLT, includo pela Lei n.
13.015 /14, a transcrio dos fundamentos em que se identifica o
prequestionamento da matria impugnada constitui exigncia formal
admissibilidade do recurso de revista. Havendo expressa
exigncia legal de indicao do trecho do julgado que demonstre o
enfrentamento da matria pelo Tribunal Regional, evidenciando o
prequestionamento, a ausncia desse pressuposto intrnseco torna
insuscetvel de veiculao o recurso de revista.
No caso presente, observo que, quanto aos temas "negativa de
prestao jurisdicional", "das horas extras pela realizao de cursos
treinet" o recorrente transcreveu todo o captulo da deciso, sem
destaque das controvrsia. J nos temas "da invalidade dos
registros de ponto" e "das comisses pela venda dos produtos", os
trechos destacados pelo recorrente no consubstanciam o
prequestionamento das matrias ali discutidas. Por fim, quanto ao
tema "dos honorrios advocatcios", o recorrente no transcreveu
trecho algum do acrdo.
Assim, quanto a estes temas, no foi atendido o requisito previsto
no art. 896, 1-A, I, da CLT.
Nesse sentido, os seguintes julgados do c. TST:
AGRAVO - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
REVISTA - INOBSERVNCIA DO REQUISITO PREVISTO NO
ART. 896, 1-A, I, DA CLT - TRANSCRIO DA DECISO
RECORRIDA SEM DESTAQUE DO PONTO DIVERGENTE -
RECURSO INFUNDADO - APLICAO DE MULTA. 1. A deciso
agravada denegou seguimento ao agravo de instrumento da
CEDAE, que versava sobre horas extras, adicional de horas extras,
divisor aplicvel s horas extras e validade da compensao de
jornada instituda pela norma coletiva, pelo bice do art. 896, 1-A,
I, da CLT, por no ter a Recorrente cuidado de indicar o trecho da
deciso recorrida que consubstanciaria o prequestionamento da
controvrsia. 2. A ora Agravante alega que a indicao do inteiro
teor da deciso recorrida supre o requisito em questo. 3. Esta
Corte tem se posicionado no sentido de que a transcrio integral
do acrdo regional, ou mesmo de seus captulos, sem destaque
das controvrsias, no atende ao requisito previsto no art. 896, 1-
A, I, da CLT. 3. O agravo no trouxe nenhum argumento que
infirmasse a concluso a que se chegou no despacho agravado,
razo pela qual no merece provimento. Agravo desprovido, com
aplicao de multa. (Ag-AIRR - 100469-54.2016.5.01.0062 , Relator
Ministro: Ives Gandra Martins Filho, Data de Julgamento:
12/12/2018, 4 Turma, Data de Publicao: DEJT 19/12/2018)
RECURSO DE REVISTA. ADMISSIBILIDADE. LEI 13.015/2014.
PREQUESTIONAMENTO. DEMONSTRAO. TRANSCRIO
INTEGRAL DO ACRDO. ART. 896, 1-A, I, DA CLT 1. A Lei n
13.015/2014 recrudesceu os pressupostos intrnsecos de
admissibilidade do recurso de revista, como se extrai da nova
redao do art. 896, 1-A, da CLT. 2. O novo pressuposto e nus
do recorrente consistente em "indicar o trecho da deciso recorrida
que consubstancia o prequestionamento" no se atende meramente
por meio de meno ou referncia folha do acrdo em que se
situa, tampouco mediante sinopse do acrdo, no particular. A
exigncia em apreo traduz-se em apontar a presena do
prequestionamento (salvo vcio nascido no prprio julgamento) e
comprov-lo mediante transcrio textual do tpico nas razes
recursais. Somente assim se atinge a patente finalidade da lei:
propiciar ao relator do recurso de revista no TST maior presteza na
preparao do voto ao ensejar que, desde logo, confronte o trecho
transcrito com o aresto acaso apontado como divergente, ou com a
smula cuja contrariedade acaso alegada, ou a violao
sustentada de forma analtica pelo recorrente. 3. Inadmissvel
recurso de revista interposto sob a gide da Lei n 13.015/2014
(decises publicadas a partir de 22/9/2014) em que a parte no
cuida de transcrever o trecho especfico do acrdo regional em
que repousa o prequestionamento da controvrsia transferida
cognio do TST. 4. Recurso de revista do Reclamado no
conhecido quanto ao tema "multa do art. 523, 1, do CPC de
2015". RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGNCIA DA
LEI N 13.015/2014. TERCEIRIZAO. RESPONSABILIDADE
SUBSIDIRIA. ENTE PBLICO. NUS DA PROVA. CULPA IN
VIGILANDO . DECISO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO
R E C U R S O E X T R A O R D I N R I O N 7 6 0 . 9 3 1 R G / D F .
PROVIMENTO. (TST-RR 146-91.2015.5.21.0006; 7 Turma; Data
de Julgamento: 03 de Abril de 2018; DEJT 06/04/2018).
PROCESSO NA VIGNCIA DA LEI 13.467/2017. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. ACRDO REGIONAL
PUBLICADO NA VIGNCIA DA LEI N 13.015/2014. DESVIO DE
FUNO. TRANSCRIO INTEGRAL DO TEMA DO ACRDO
REGIONAL. INDICAO DO TRECHO CORRESPONDENTE AO
PREQUESTIONAMENTO DA MATRIA IMPUGNADA. EXIGNCIA
NO ATENDIDA. Com o advento da Lei n 13.015/2014, o novel l
-A do artigo 896 da CLT exige, em seu inciso I, como nus da parte
e sob pena de no conhecimento, a indicao do trecho da deciso
recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvrsia
objeto do recurso de revista. Nos termos da jurisprudncia desta c.
Corte Superior, a transcrio integral do tema do acrdo regional,
sem destaque da controvrsia devolvida ao Tribunal Superior do
Trabalho, bem como sem a demonstrao analtica das violaes
indicadas, no atende o artigo 896, 1-A, I, da CLT. Agravo de
instrumento conhecido e desprovido. fls. PROCESSO N TST-AIRR-
238-93.2016.5.10.0021 Firmado por assinatura digital em
25/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justia do Trabalho,
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2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 4Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de
Chaves Pblicas Brasileira. (TST-AIRR 238-93.2016.5.10.0021; 3
Turma; Min. Relator: Alexandre de Souza Agra Belmonte; Data de
Julgamento: 24 de Outubro de 2018; DEJT 26/10/2018).
Assim, nesse ponto, deixo de conhecer do presente recurso, nos
termos do art. 896, 1-A, I, da CLT.
J quanto ao tema "desvio de funo", entendo que foi atendido o
requisito do art. 896, 1-A, I, da CLT. Assim, passo anlise.
Assim se manifestou o Regional:
Do desvio de funo
O reclamante questiona a deciso de primeiro grau no que esta
inadmitiu o desvio de funo alegado na inicial. Insiste ele, em seu
recurso, que laborava em desvio de funo, exercendo atividades
prprias de gerente de contas.
Emerge dos autos que o reclamante fora admitido ao banco como
escriturrio e, posteriormente, promovido a caixa. Os contracheques
juntados ao id. c5bc792 demonstram que ele percebia regularmente
gratificao de funo de caixa. O exerccio de atividades alm
daquelas prprias da funo de caixa, em desvio de funo, exige
do autor a produo em juzo da prova necessria, por se tratar de
fato constitutivo de seu direito.
No h nos autos nenhuma prova documental das atividades
extraordinariamente desenvolvidas pelo reclamante. Dos
testemunhos hauridos em audincia, tem-se que a Sra. Jociane
Rocha da Silva Damasceno chega a afirmar que o reclamante
exercia atividades prprias de gerente de contas, tais como venda
de produtos, oferta de emprstimos e abertura de contas. Porm,
contra essa afirmao, h duas outras, da Sra. Ligia Patrcia
Barbosa Soares e do Sr. Zander dos Santos Morais, de que as
atividades do reclamante eram de caixa, somente.
Nesse quadro, de debilidade da prova, no possvel o acolhimento
da pretenso autoral. Sentena mantida nesse ponto.
Do teor do trecho transcrito, percebe-se que a eg. Turma julgadora
entendeu que no restou devidamente comprovado pelo recorrente
o exerccio de atividades alm daquelas de sua funo de caixa,
sendo que, alm de no ter nada documentado no sentido de que o
recorrente praticava atividades prprias de gerente de contas, h
testemunhos a favor e contra o desvio de funo.
Assim, a pretenso do autor em ver reconhecido o desvio de funo
exige, obviamente, o revolvimento de fatos e provas, procedimento
que, reconhecidamente, no se coaduna com a natureza
extraordinria do recurso de revista, luz da Smula 126 do TST.
Portanto, considerando que o colegiado deste Regional soberano
na anlise do conjunto instrutrio dos autos, toda e qualquer
discusso sobre o tema em apreo encontra-se esgotada no duplo
grau de jurisdio, o que afasta a possibilidade de prosseguimento
da revista, tanto por afronta a dispositivo legal como por divergncia
jurisprudencial.
Insta salientar que o recurso de revista no se presta a fazer um
reexame geral da deciso do Tribunal Regional do Trabalho, pois
no rev fatos e provas e tampouco avalia a justia da deciso, pois
tem por objeto resguardar a aplicao e vigncia da legislao de
competncia da Justia do Trabalho.
Ante o exposto, reputo inclumes os dispositivos legais tidos por
violados.
CONCLUSO
DENEGO seguimento ao recurso.
Publique-se e intime-se.
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargadora Presidente do TRT da 16 Regio
Recorrente: BANCO BRADESCO S/A
Advogado:NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (OAB/MA
N. 9.348-A)
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
Tempestivo o recurso (deciso publicada em 21/03/2017 - ID.
a32538b; recurso apresentado em 29/03/2017 - ID. f35d5fd).
Regular a representao processual (ID. 4e32633 - Pg. 5).
Satisfeito o preparo (ID. 5af9373 - Pg. 2 e 3; ID. 3921a4a - Pg. 1;
ID. b97caa1 - Pg. 2).
PRESSUPOSTOS INTRNSECOS
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Formao,
Suspenso e Extino do Processo / Inpcia da Inicial.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Penalidades
Processuais / Multa por ED Protelatrios
Alegao(es):
- violao ao art. 5, II, da CF;
- contrariedade (s) Smula(s) n 113; n 124, item II do colendo
Tribunal Superior do Trabalho.
- divergncia jurisprudencial
O banco reclamado manifesta inconformismo com a fixao pelo
acrdo (ID. d4d8d97 ) do divisor de 150 para o clculo de horas
extras.
Em sntese, alega que as Smulas 113 e 124 do TST so
expressas em afirmar que o sbado dos bancrios dia til no
trabalhado, pelo que deveriam ter sido aplicados os divisores
previstos na Smula 124, II, do TST, quais sejam, 180 e 220.
Acrescenta que no h norma coletiva que considere o sbado
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2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 5Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
como descando semanal remunerado, transcrevendo arestos do
TST para corroborar a sua tese.
Sustenta que, ao aplicar a multa por embargos protelatrios, o
Tribunal incorreu na prtica vedada de negativa de prestao
jurisdicional, cerceando a defesa da empresa recorrente, uma vez
que tal multa s poderia ser aplicada na hiptese de utilizao do
expediente para meros fins de procrastinao do feito, o que no se
observa em nenhuma hiptese no caso debatido, restando violados
os entendimentos jurisprudenciais firmados e consolidados pelos
Tribunais Superiores.
Sobre a questo, aps a apreciao de Incidente de Recurso
Repetitivo pela SBDI-1 do TST, da qual decorreu a alterao do teor
da Smula 124 do TST em 30/6/2017, a Turma julgadora, em juzo
de adequao (ID. b1cb0f8) publicado em 27/02/2018, assim se
pronunciou:
Em julgamento realizado em 30/08/2016 (Acrdo de ID d4d8d97,
integrado pela deciso de Embargos Declaratrios - ID be637fd), o
Colegiado acolheu o recurso ordinrio interposto pelo reclamante
para fixar o divisor 150 para a apurao do salrio-hora para fins de
clculo das horas extras.
Todavia, ao julgar o processo IRR-849-83.2013.5.03.038, a SDI-I do
E. TST decidiu que:
INCIDENTE DE JULGAMENTO DE RECURSOS DE REVISTA
REPETITIVOS. RECURSOS DE REVISTA REPRESENTATIVOS
DA CONTROVRSIA. TEMA REPETITIVO N 0002 - BANCRIO.
SALRIO-HORA. DIVISOR. FORMA DE CLCULO. EMPREGADO
MENSALISTA. FIXAO DAS TESES JURDICAS, DE
OBSERVNCIA OBRIGATRIA - ARTIGOS 896-C da CLT e 926,
2, e 927 do CPC (DJET 19/12/2016).
1. O nmero de dias de repouso semanal remunerado pode ser
ampliado por conveno ou acordo coletivo de trabalho, como
decorrncia do exerccio da autonomia sindical.
2. O divisor corresponde ao nmero de horas remuneradas pelo
salrio mensal, independentemente de serem trabalhadas ou no.
3. O divisor aplicvel para clculo das horas extras do bancrio,
inclusive para os submetidos jornada de oito horas, definido com
base na regra geral prevista no artigo 64 da CLT (resultado da
multiplicao por 30 da jornada normal de trabalho), sendo 180 e
220, para as jornadas normais de seis e o i to horas,
respect ivamente.
4. A incluso do sbado como dia de repouso semanal remunerado,
no caso do bancrio, , em virtude de no haver reduo do nmero
no altera o divisor de horas semanais, trabalhadas e de repouso.
5. O nmero de semanas do ms 4,2857, resultante da diviso de
30 (dias do ms) por 7 (dias da semana), no sendo vlida, para
efeito de definio do divisor, a multiplicao da durao semanal
por 5.
6. Em caso de reduo da durao semanal do trabalho, o divisor
obtido na forma prevista na Smula n. 431 (multiplicao por 30 do
resultado da diviso do nmero de horas trabalhadas por semana
pelos dias teis);
7. As normas coletivas dos bancrios no atriburam aos sbados a
natureza jurdica de repouso semanal remunerado.
Diante desse julgamento e da nova redao dada Smula 124 do
TST - e visando evitar deciso conflitante com o entendimento
pacificado pela Corte Superior do Trabalho -, impe-se, em juzo de
adequao do julgado, com base nos art. 896-C, 11, II, da CLT,
rever a deciso proferida e aplicar o divisor 180 e 220 para os
empregados bancrios sujeitos jornada de 06h e de 08h,
respectivamente, ainda que a norma coletiva da categoria considere
o sbado como de repouso remunerado.
Assim, nego provimento ao recurso ordinrio do reclamante quando
requer o emprego do divisor 150, mantendo a sentena que
determinou a observncia do divisor 180 para o clculo das horas
extras.
Verifica-se do trecho acima transcrito a aplicao do divisor objeto
do pleito recursal ora em apreo, sendo foroso considerar que
houve perda do objeto, a inviabilizar o seguimento do apelo.
O interesse recursal do banco recorrente deixou de existir com a
alterao da Smula 124 do TST e o consequente juzo de
adequao proferido pela eg. Turma julgadora, que atraiu a
aplicao da regra prevista no art. 896, 7, da CLT c/c a Smula
333 do TST como bice ao seguimento.
Ressalte-se que a SBDI-1 do TST, no julgamento do Incidente de
Recurso Repetitivo, consignou que "a incluso do sbado como dia
de repouso semanal remunerado, no caso do bancrio, no altera o
divisor, em virtude de no haver reduo do nmero de horas
semanais trabalhadas e de repouso" e que "as normas coletivas dos
bancrios no atriburam aos sbados a natureza jurdica de
repouso semanal remunerado".
Desta feita, restando inclumes as smulas tidas pelo recorrente
como contrariadas, no h mcula a ser revista no TST.
No que diz respeito multa por embargos protelatrios, assim se
manifestou o Regional:
Multas por embargos protelatrios
Da anlise dos embargos opostos, no se colhe qualquer propsito
dos embargantes de colaborarem com a jurisdio, apontando
falhas genunas na redao da pea decisria e oportunizando ao
juzo sua retificao. O que h aqui manifesto propsito
protelatrio dos embargantes, que se serviram da faculdade legal
de opor declaratrios, cnscios de que suas alegaes so
totalmente incongruentes, para retardarem o trnsito em julgado do
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2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 6Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
feito.
Em alguns momentos, os embargos opostos, ambos, beiram a
desfaatez, no merecendo ficar sem reprimenda por parte do
Poder Judicirio.
Fao lembrana de que o Novo CPC, em seu art. 77, II, estabelece
s partes o dever de no formular pretenso ou apresentar defesa
quando cientes de que so destitudas de fundamento.
Sendo assim, comino a ambos os embargantes a penalidade
estipulada no art. 1.026, 2, do Novo CPC, condenando-lhes a
pagar s partes adversas multa de 2% (dois por cento) sobre o valor
da causa.
Ainda que, no caso presente, as multas restem ao final
compensadas, deve prevalecer o carter pedaggico da punio,
com vistas a desestimular a lamentvel prtica do uso indevido do
expediente dos embargos declaratrios.
Analiso.
Nos termos do art. 896 , 1-A, I, da CLT, includo pela Lei n.
13.015 /14, a transcrio dos fundamentos em que se identifica o
prequestionamento da matria impugnada constitui exigncia formal
admissibilidade do recurso de revista. Havendo expressa
exigncia legal de indicao do trecho do julgado que demonstre o
enfrentamento da matria pelo Tribunal Regional, evidenciando o
prequestionamento, a ausncia desse pressuposto intrnseco torna
insuscetvel de veiculao o recurso de revista.
No caso presente, observo que o recorrente no transcreveu o
trecho da deciso, no atendendo ao requisito previsto no art. 896,
1-A, I, da CLT.
Nesse sentido, os seguintes julgados do c. TST:
AGRAVO - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
REVISTA - INOBSERVNCIA DO REQUISITO PREVISTO NO
ART. 896, 1-A, I, DA CLT - TRANSCRIO DA DECISO
RECORRIDA SEM DESTAQUE DO PONTO DIVERGENTE -
RECURSO INFUNDADO - APLICAO DE MULTA. 1. A deciso
agravada denegou seguimento ao agravo de instrumento da
CEDAE, que versava sobre horas extras, adicional de horas extras,
divisor aplicvel s horas extras e validade da compensao de
jornada instituda pela norma coletiva, pelo bice do art. 896, 1-A,
I, da CLT, por no ter a Recorrente cuidado de indicar o trecho da
deciso recorrida que consubstanciaria o prequestionamento da
controvrsia. 2. A ora Agravante alega que a indicao do inteiro
teor da deciso recorrida supre o requisito em questo. 3. Esta
Corte tem se posicionado no sentido de que a transcrio integral
do acrdo regional, ou mesmo de seus captulos, sem destaque
das controvrsias, no atende ao requisito previsto no art. 896, 1-
A, I, da CLT. 3. O agravo no trouxe nenhum argumento que
infirmasse a concluso a que se chegou no despacho agravado,
razo pela qual no merece provimento. Agravo desprovido, com
aplicao de multa. (Ag-AIRR - 100469-54.2016.5.01.0062 , Relator
Ministro: Ives Gandra Martins Filho, Data de Julgamento:
12/12/2018, 4 Turma, Data de Publicao: DEJT 19/12/2018)
RECURSO DE REVISTA. ADMISSIBILIDADE. LEI 13.015/2014.
PREQUESTIONAMENTO. DEMONSTRAO. TRANSCRIO
INTEGRAL DO ACRDO. ART. 896, 1-A, I, DA CLT 1. A Lei n
13.015/2014 recrudesceu os pressupostos intrnsecos de
admissibilidade do recurso de revista, como se extrai da nova
redao do art. 896, 1-A, da CLT. 2. O novo pressuposto e nus
do recorrente consistente em "indicar o trecho da deciso recorrida
que consubstancia o prequestionamento" no se atende meramente
por meio de meno ou referncia folha do acrdo em que se
situa, tampouco mediante sinopse do acrdo, no particular. A
exigncia em apreo traduz-se em apontar a presena do
prequestionamento (salvo vcio nascido no prprio julgamento) e
comprov-lo mediante transcrio textual do tpico nas razes
recursais. Somente assim se atinge a patente finalidade da lei:
propiciar ao relator do recurso de revista no TST maior presteza na
preparao do voto ao ensejar que, desde logo, confronte o trecho
transcrito com o aresto acaso apontado como divergente, ou com a
smula cuja contrariedade acaso alegada, ou a violao
sustentada de forma analtica pelo recorrente. 3. Inadmissvel
recurso de revista interposto sob a gide da Lei n 13.015/2014
(decises publicadas a partir de 22/9/2014) em que a parte no
cuida de transcrever o trecho especfico do acrdo regional em
que repousa o prequestionamento da controvrsia transferida
cognio do TST. 4. Recurso de revista do Reclamado no
conhecido quanto ao tema "multa do art. 523, 1, do CPC de
2015". RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGNCIA DA
LEI N 13.015/2014. TERCEIRIZAO. RESPONSABILIDADE
SUBSIDIRIA. ENTE PBLICO. NUS DA PROVA. CULPA IN
VIGILANDO . DECISO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO
R E C U R S O E X T R A O R D I N R I O N 7 6 0 . 9 3 1 R G / D F .
PROVIMENTO. (TST-RR 146-91.2015.5.21.0006; 7 Turma; Data
de Julgamento: 03 de Abril de 2018; DEJT 06/04/2018).
PROCESSO NA VIGNCIA DA LEI 13.467/2017. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. ACRDO REGIONAL
PUBLICADO NA VIGNCIA DA LEI N 13.015/2014. DESVIO DE
FUNO. TRANSCRIO INTEGRAL DO TEMA DO ACRDO
REGIONAL. INDICAO DO TRECHO CORRESPONDENTE AO
PREQUESTIONAMENTO DA MATRIA IMPUGNADA. EXIGNCIA
NO ATENDIDA. Com o advento da Lei n 13.015/2014, o novel l
-A do artigo 896 da CLT exige, em seu inciso I, como nus da parte
e sob pena de no conhecimento, a indicao do trecho da deciso
recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvrsia
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2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 7Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
objeto do recurso de revista. Nos termos da jurisprudncia desta c.
Corte Superior, a transcrio integral do tema do acrdo regional,
sem destaque da controvrsia devolvida ao Tribunal Superior do
Trabalho, bem como sem a demonstrao analtica das violaes
indicadas, no atende o artigo 896, 1-A, I, da CLT. Agravo de
instrumento conhecido e desprovido. fls. PROCESSO N TST-AIRR-
238-93.2016.5.10.0021 Firmado por assinatura digital em
25/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justia do Trabalho,
conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de
Chaves Pblicas Brasileira. (TST-AIRR 238-93.2016.5.10.0021; 3
Turma; Min. Relator: Alexandre de Souza Agra Belmonte; Data de
Julgamento: 24 de Outubro de 2018; DEJT 26/10/2018).
Assim, deixo de conhecer do presente recurso, nos termos do art.
896, 1-A, I, da CLT.
CONCLUSO
DENEGO seguimento ao recurso.
Publique-se e intime-se.
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargadora Presidente do TRT da 16 Regio
/3
Assinatura
SAO LUIS, 31 de Janeiro de 2019
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargador Federal do Trabalho
DecisoProcesso N RO-0018011-17.2014.5.16.0002
Relator SOLANGE CRISTINA PASSOS DECASTRO CORDEIRO
RECORRENTE COMPANHIA NACIONAL DEABASTECIMENTO CONAB
ADVOGADO NEY BATISTA LEITEFERNANDES(OAB: 5983/MA)
ADVOGADO ANA VALERIA FERROCARVALHO(OAB: 5448/MA)
RECORRIDO CATULINA MARIA OLIVEIRA ROSA
ADVOGADO MAIRA DE JESUS FREITASPASSOS(OAB: 8139/MA)
Intimado(s)/Citado(s):
- CATULINA MARIA OLIVEIRA ROSA
- COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO CONAB
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
Fundamentao
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Agravante(s): COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO
Advogado(s):ANA VALERIA FERRO CARVALHO
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
Tempestivo o recurso (deciso publicada em 21/01/2019; recurso
apresentado em 18/01/2019 - certido ID. 5b7b870).
Regular a representao processual (ID. 5e080e4 - Pg. 1)
Satisfeito o preparo (sentena - R$ 20.000,00) - Custas: R$ 400,00
(ID. a275de9 - Pg. 7), Depsito RO: R$ 7.485,83 (ID. e8d54e9) -
Custas: R$ 400,00 (ID. 9c52864); Depsito RR: R$ 12.541,17 (ID.
3a9c151); Depsito AI: R$ 6.257,08 (ID. aa08686).
DESPACHO
Os presentes autos vieram a esta Presidncia (Ncleo de Recurso
de Revista/AI/RO) para anlise de Agravo de Instrumento (ID.
c557e45), contra a deciso que negou seguimento ao seu recurso
de revista (art. 897, alnea "b", da CLT).
MANTENHO o despacho agravado.
Satisfeitos os pressupostos extrnsecos de admissibilidade, nos
termos do art. 1 da Resoluo Administrativa n 1418/2010 do c.
TST, proceda-se autuao do Agravo, conforme disposto no art.
2 da referida Resoluo.
Notifique(m)-se a(s) parte(s) agravada(s) para, querendo,
apresentar(em) contrarrazes ao agravo e ao recurso, no prazo
legal.
Aps, com ou sem manifestao, remetam-se os autos ao c. TST.
CONCLUSO
Recebo o agravo interposto.
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargadora Presidente do TRT da 16 Regio
n3
Assinatura
SAO LUIS, 31 de Janeiro de 2019
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargador Federal do Trabalho
DecisoProcesso N RO-0016063-74.2018.5.16.0010
Relator JOSE EVANDRO DE SOUZA
RECORRENTE MUNICIPIO DE FORMOSA DASERRA NEGRA
ADVOGADO JUNIOR NASCIMENTO DESOUSA(OAB: 11555/MA)
RECORRIDO EDSOMAR BRANDAO DE SA
ADVOGADO EDSON ALMEIDA DE SOUSA(OAB:356162/SP)
ADVOGADO NATANAEL GALVAO LUZ(OAB:5384/TO)
CUSTOS LEGIS MINISTRIO PBLICO DOTRABALHO
Intimado(s)/Citado(s):
- EDSOMAR BRANDAO DE SA
- MUNICIPIO DE FORMOSA DA SERRA NEGRA
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2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 8Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
Fundamentao
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Agravante(s): EDSOMAR BRANDO DE S
Advogado(s): NATANAEL GALVO LUZ (OAB/TO 5.384)
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
Tempestivo o recurso (deciso publicada em 21/01/2019; recurso
apresentado em 13/01/2019 - certido ID. 701ce89).
Regular a representao processual (ID. 752da70 - Pg. 1 / ID.
c868873 - Pg. 1)
Dispensado o preparo em razo do deferimento da justia gratuita
(ID. a82c89e - Pg. 3).
DESPACHO
Os presentes autos vieram a esta Presidncia (Ncleo de Recurso
de Revista/AI/RO) para anlise de Agravo de Instrumento (ID.
6087e7c), contra a deciso que negou seguimento ao seu recurso
de revista (art. 897, alnea "b", da CLT).
MANTENHO o despacho agravado.
Satisfeitos os pressupostos extrnsecos de admissibilidade, nos
termos do art. 1 da Resoluo Administrativa n 1418/2010 do c.
TST, proceda-se autuao do Agravo, conforme disposto no art.
2 da referida Resoluo.
Notifique(m)-se a(s) parte(s) agravada(s) para, querendo,
apresentar(em) contrarrazes ao agravo e ao recurso, no prazo
legal.
Aps, com ou sem manifestao, remetam-se os autos ao c. TST.
CONCLUSO
Recebo o agravo interposto.
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargadora Presidente do TRT da 16 Regio
n3
Assinatura
SAO LUIS, 31 de Janeiro de 2019
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargador Federal do Trabalho
DecisoProcesso N RO-0016078-43.2018.5.16.0010
Relator JOSE EVANDRO DE SOUZA
RECORRENTE MUNICIPIO DE FORMOSA DASERRA NEGRA
ADVOGADO JUNIOR NASCIMENTO DESOUSA(OAB: 11555/MA)
RECORRIDO JAQUILENE DOS SANTOS ARRUDASOUSA
ADVOGADO EDSON ALMEIDA DE SOUSA(OAB:356162/SP)
ADVOGADO NATANAEL GALVAO LUZ(OAB:5384/TO)
CUSTOS LEGIS MINISTRIO PBLICO DOTRABALHO
Intimado(s)/Citado(s):
- JAQUILENE DOS SANTOS ARRUDA SOUSA
- MUNICIPIO DE FORMOSA DA SERRA NEGRA
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
Fundamentao
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Agravante: JAQUILENE DOS SANTOS ARRUDA SOUSA
Advogado:NATANAEL GALVO LUZ (OAB/TO 5.384)
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
Tempestivo o recurso (deciso publicada em 21/01/2019; recurso
apresentado em 13/01/2019 - ID. ece44cb).
Regular a representao processual (ID. a72fc41 - Pg. 1 / ID.
5109d73 - Pg. 1).
Dispensado o preparo em razo do deferimento da justia gratuita
(ID. 99627b3 - Pg. 3/4).
DESPACHO
Os presentes autos vieram a esta Presidncia (Ncleo de Recurso
de Revista/AI/RO) para anlise de Agravo de Instrumento (ID.
4cfb1ae), contra a deciso que negou seguimento ao seu recurso
de revista (art. 897, alnea "b", da CLT).
MANTENHO o despacho agravado.
Satisfeitos os pressupostos extrnsecos de admissibilidade, nos
termos do art. 1 da Resoluo Administrativa n 1418/2010 do c.
TST, proceda-se autuao do agravo, conforme disposto no art. 2
da referida Resoluo.
Notifique(m)-se a(s) parte(s) agravada(s) para, querendo,
apresentar(em) contrarrazes ao agravo e ao recurso, no prazo
legal.
Aps, com ou sem manifestao, remetam-se os autos ao c. TST.
CONCLUSO
Recebo o agravo interposto.
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargadora Presidente do TRT da 16 Regio
n3
Assinatura
SAO LUIS, 31 de Janeiro de 2019
Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 129791
2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 9Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargador Federal do Trabalho
DecisoProcesso N RO-0017806-85.2014.5.16.0002
Relator GERSON DE OLIVEIRA COSTAFILHO
RECORRENTE COMPANHIA DE SANEAMENTOAMBIENTAL DO MARANHAO-CAEMA
ADVOGADO SERGIO ROBERTO MENDES DEARAUJO(OAB: 2703/MA)
RECORRIDO ROBERTO DE MORAES FERREIRADOS SANTOS NETO
ADVOGADO FERNANDO RIBEIRO GUIMARAESJUNIOR(OAB: 12398/MA)
CUSTOS LEGIS MINISTRIO PBLICO DOTRABALHO
Intimado(s)/Citado(s):
- COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOMARANHAO-CAEMA
- ROBERTO DE MORAES FERREIRA DOS SANTOS NETO
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
Fundamentao
Recorrente: COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO
MARANHAO-CAEMA
Advogado: SERGIO ROBERTO MENDES DE ARAJO - OAB:
MA0002703
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
Tempestivo o recurso (deciso publicada em 12/12/2017; recurso
apresentado em22/01/2018 - ID. c3891e8 - Pg. 1).
Regular a representao processual (ID 50a08).
Satisfeito o preparo ( Sentena, R$20.000,00 - ID. fdd721d - Pg. 8;
Custas, R$400,00 - ID. 17aea03 - Pg. 1; Depsito Recursal, R$
8.183,06 - ID. 78874c4 - Pg. 1: Depsito RR, R$12.000,00 - ID.
80d7a4d - Pg. 1).
PRESSUPOSTOS INTRNSECOS
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / Atos
Processuais (8893) / Nulidade (8919) / Negativa de Prestao
Jurisdicional
Alegaes:
- violao dos art. art. 93, IX da CF
- violao dos art. 832 da CLT
A reclamada interpe recurso de revista em face do acrdo de ID.
f68f391, complementado no ID 2399e9a, que manteve a deciso
que afastou a justa causa aplicada e determinou a reintegrao do
autor na funo anteriormente exercida e na mesma localidade,
qual seja, na unidade de Negocio de Itapecuru Mirim. .
Alega que o acrdo incorreu em negativa de prestao
jurisdicional por ausncia de manifestao acerca da alegao de
que a candidatura do recorrido foi indeferida pelo TRE em
07/08/2014 (id 5e42e72) e o pretenso deputado continuou ausente
do trabalho fazendo campanha eleitoral.
Analiso.
Consta do acrdo recorrido :
(...) Por conseguinte, no h que se falar em vcios no julgado
quanto aos pontos levantados pelo embargante, mostrando-se a
irresignao posta nos declaratrios como reapreciao da matria,
o que se mostra invivel na presente via. Como bem expressam a
doutrina e a jurisprudncia, no se destinam os declaratrios ao
reexame da causa, ou seja, no constituem meio hbil
reapreciao meritria do feito, nem tampouco para correo dos
fundamentos de uma deciso, sendo inadequados os declaratrios
que visem questionar a correo do julgado e obter, em
consequncia, a desconstituio do ato decisrio, sempre que, em
verdade, nenhum vcio esteja nele contido, como na hiptese sob
exame. Nesse sentido:
"EMBARGOS DE DECLARAO. REEXAME DA MATRIA.
Hiptese em que o acrdo embargado no se ressente de
omisso, obscuridade ou contradio que justifique o provimento
dos embargos declaratrios opostos pela parte. Pretenso
inequvoca de reexame da deciso embargada que no
admissvel na via eleita. Embargos de declarao no providos. (ED
-AIRR - 164440-43.2000.5.01.0201, Relatora Ministra: Delade
Miranda Arantes, Data de Julgamento: 04/05/2011, 7 Turma, Data
de Publicao: 20/05/2011)."
"EMBARGOS DE DECLARAO. IMPROCEDNCIA. Improcedem
os Embargos de Declarao que, pretextando a existncia de vcio
no decisrio embargado, veiculam, de fato, o inconformismo da
Embargante com as concluses deste. que no h omisso no
julgado em relao considerao da prova dos autos ou
aplicao do direito espcie ftica. Esses dois procedimentos,
integrantes da essncia do ato judicativo, so efetuados com
liberdade pelo rgo judicante, que s est adstr i to
fundamentao racional de suas ilaes, com base no direito e no
que dos autos consta. Assim sendo, no vingam as arguies
manejadas em sede declaratria com a clara inteno de reverter o
sentido do comando decisrio, por meio da rediscusso dos fatos e
do direito definidores da causa. (TRT 3 Regio - 0144400-
69.2008.5.03.0018 ED, Rel. Des. Marcio Ribeiro do Valle, DJ
26/06/2009)."
No presente caso, ficou claro o motivo pelo qual foi afastada a
demisso por justa causa, tendo em vista as provas acostadas aos
autos, no tendo restado comprovados os argumentos da
reclamada/embargante.
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2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 10Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
No h, pois, que se falar em omisso no julgado.
Pois bem. A efetiva prestao jurisdicional tem como premissa
basilar a suficiente fundamentao das decises judiciais,
consoante se extrai da dico dos artigos 93, IX, da CF, 832, da
CLT e 489, do NCPC.
Portanto, para que se tenha por atendido o dever constitucional de
fundamentao de todas as decises judiciais, basta que nessas se
enfrentem, de forma completa e suficiente, todas as questes
necessrias ao deslinde da controvrsia.
Assim, havendo, no acrdo, a descrio das razes de decidir da
Turma julgadora, tem-se por atendida essa exigncia, ainda que o
resultado do julgamento seja contrrio ao interesse da recorrente.
No caso, entendo que o acrdo recorrido, explicitou, de forma
clara, coerente e completa, o motivo pelo qual foi afastada a
demisso por justa causa, tendo em vista as provas acostadas aos
autos.
Logo, no vislumbro no julgado atacado os vcios que lhe foram
atribudos. Na verdade, depreende-se das razes recursais o ntido
propsito de reexame do conjunto ftico-probatrio inserido nos
autos e a consequente reviso da justia da deciso, procedimento
vedado em sede extraordinria, ante os termos da Smula n 126
do TST.
Saliente-se que ao julgador no incumbe rebater todas as
alegaes das partes, mas sim, to-somente, fundamentar os
motivos que o levaram ao deferimento ou no do pedido (livre
convencimento motivado).
Insta destacar que no h no decisum evidncias de
desconsiderao de quaisquer meios probatrios juntados aos
autos.
Ante o exposto, tudo indica ter sido prestada a devida jurisdio s
partes, restando, desse modo, ilesos os comandos legais indicados
como ofendidos.
DIREITO DO TRABALHO (864) / Resciso do Contrato de
Trabalho (2620) / Reintegrao / Readmisso ou Indenizao
(2656) / Empregado Pblico
Alegaes:
- violao dos art(s) 5, II, XXXV, LIV, LV, 7, I , 19 (ADCT), 41, e
173, 1, II, da Constituio Federal
- violao dos arts. 482, a, i e, 489, 1, IV, do CPC,
- violao do art. 2 da Lei Complementar 64/90
- contrariedade s Smulas 390, II do c. TST e 473 do STF;
- divergncia jurisprudencial
Neste tpico, a recorrente manifesta seu inconformismo com a
deciso que afastou a justa causa e determinou a reintegrao da
parte autora, alegando violao aos dispositivos acima transcritos.
Consta da ementa do v. Acrdo recorrido:
DEMISSO POR JUSTA CAUSA. NO CONFIGURAO.
Ausentes os requisitos para o deferimento da pena de demisso ao
obreiro, deve ser mantida a sentena recorrida que determinou a
reverso da justa causa e a reintegrao do obreiro. Recurso
Ordinrio conhecido e desprovido.
anlise.
Por outro lado, a matria de insurgncia da parte recorrente exigem
a incurso do julgador no contexto ftico-probatrio dos autos.
Infere-se do acrdo recorrido que a controvrsia foi decidida com
base nos elementos de prova e, assim, a admissibilidade do recurso
de revista encontra bice na Smula 126 do TST.
CONCLUSO
DENEGO seguimento ao recurso.
Publique-se e intime-se.
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargadora Presidente do TRT da 16 Regio
Assinatura
SAO LUIS, 31 de Janeiro de 2019
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargador Federal do Trabalho
DecisoProcesso N ROPS-0016269-57.2015.5.16.0022
Relator ILKA ESDRA SILVA ARAUJO
RECORRENTE SLEA - SAO LUIS ENGENHARIAAMBIENTAL S/A
ADVOGADO GEORGE HENRIQUE DO ESPIRITOSANTO SOUZA(OAB: 7593/MA)
RECORRIDO LEILSON BARBOSA DOS SANTOS
ADVOGADO MARIA DE FATIMA VIEIRACOUTO(OAB: 3245/MA)
Intimado(s)/Citado(s):
- LEILSON BARBOSA DOS SANTOS
- SLEA - SAO LUIS ENGENHARIA AMBIENTAL S/A
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
Fundamentao
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Agravante(s): SLEA - SO LUS ENGENHARIA AMBIENTAL S/A
Advogado(s):GEORGE HENRIQUE DO ESPRITO SANTO
SOUZA (OAB/MA 7.593)
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
Tempestivo o recurso (deciso publicada em 21/01/2019; recurso
apresentado em 22/01/2019 - certido ID. 4578b80).
Regular a representao processual (ID. cff2eb1 / ID. 0db4877)
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2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 11Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
Satisfeito o preparo: sentena - R$ 10.000,00, Custas: R$ 200,00
(ID. d664982 - Pg. 4); Depsito RO: R$ 8.959,63 (ID. c984fbe -
Pg. 3),Custas: R$ 200,00 (ID. 8d31964 - Pg. 1); Depsito RR: R$
1.040,37 (ID. a885434 - Pg. 1).
DESPACHO
Os presentes autos vieram a esta Presidncia (Ncleo de Recurso
de Revista/AI/RO) para anlise de Agravo de Instrumento (ID.
49e7a8f), contra a deciso que negou seguimento ao seu recurso
de revista (art. 897, alnea "b", da CLT).
MANTENHO o despacho agravado.
Satisfeitos os pressupostos extrnsecos de admissibilidade, nos
termos do art. 1 da Resoluo Administrativa n 1418/2010 do c.
TST, proceda-se autuao do Agravo, conforme disposto no art.
2 da referida Resoluo.
Notifique(m)-se a(s) parte(s) agravada(s) para, querendo,
apresentar(em) contrarrazes ao agravo e ao recurso, no prazo
legal.
Aps, com ou sem manifestao, remetam-se os autos ao c. TST.
CONCLUSO
Recebo o agravo interposto.
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargadora Presidente do TRT da 16 Regio
n3
Assinatura
SAO LUIS, 31 de Janeiro de 2019
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargador Federal do Trabalho
DecisoProcesso N RO-0016652-02.2014.5.16.0012
Relator JAMES MAGNO ARAUJO FARIAS
RECORRENTE JOSE ROCHA JUNIOR
ADVOGADO ANTONIO EMILIO NUNESROCHA(OAB: 7186/MA)
RECORRIDO EMPRESA BRASILEIRA DECORREIOS E TELEGRAFOS
ADVOGADO FERNANDA CRISTINA GOMESPEREIRA(OAB: 9757/MA)
CUSTOS LEGIS MINISTRIO PBLICO DOTRABALHO
Intimado(s)/Citado(s):
- EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
- JOSE ROCHA JUNIOR
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
Fundamentao
RECURSO DE REVISTA
Recorrente: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E
TELGRAFOS
Advogado(a): FERNANDA CRISTINA GOMES PEREIRA (OAB/MA
9757)
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
Tempestivo o recurso (deciso publicada em 16/11/2017; recurso
apresentado em 22/11/2017, ID. a27107e).
Regular a representao processual (ID. 5f9b630 - Pg. 1/5).
Isento de preparo (CLT, art. 790-A, DL 779/69, art. 1, IV, e DL
509/69, art. 12).
PRESSUPOSTOS INTRNSECOS
Remunerao, Verbas Indenizatrias e Benefcios / Gratificaes /
Gratificao de Funo.
Alegao(es):
- violao do art. 5, II, e 37, caput, da CF.
- violao do art. 300, do CPC.
- contrariedade s Smulas 219 e 329, do TST.
- divergncia jurisprudencial.
A Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos interpe recurso de
revista em face do acrdo (ID. 115c4ed), eis que inconformada
com a deciso que reformou a sentena de primeiro grau para
condenar a recorrente a restabelecer a a funo gratificada
suprimida, em cinco dias, bem como ao pagamento, aps o trnsito
em julgado, das parcelas vencidas e vincendas da gratificao de
funo suprimida, a partir de 06/05/2013 at a data da efetiva
incorporao.
Inicialmente, alega que houve violao ao artigo 5, inciso II e artigo
37, caput, da Constituio Federal e s normas internas (MANPES
- Manual de Pessoal do Correios).
Cita e transcreve vrios dispositivos do MANPES para amparar a
sua tese.
Defende ser lcita a supresso da gratificao de funo paga em
razo de exerccio de cargo comissionado ou de funo de
confiana, tudo expresso com meridiana clareza nos artigos 468,
pargrafo nico, 450 e 499 da CLT.
Aduz, em razo dos dispositivos j mencionados, restar configurado
que o exerccio de funo gratificada no assegura ao seu ocupante
qualquer vantagem permanente, no que se refere gratificao,
mesmo porque lcito ao empregador destituir aquele, quando lhe
aprouver, dentro do ius variandi, no havendo que se falar em
ilicitude na supresso da funo, tampouco em restabelecimento da
gratificao ao salrio do obreiro.
Na ausncia de previso legal a determinar a manuteno de
gratificao atrelada ao cargo comissionado, no h como
determinar seu pagamento, sendo, portanto, patente a
improcedncia da reclamatria, ante ausncia de arrimo ftico e
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2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 12Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
legal para a pretenso do autor, haja vista que a determinao da
incorporao da gratificao de funo ao salrio do recorrido viola
o art. 5, II, da Constituio Federal, e, por isso, deve ser evitada.
Argumenta ser a recorrente empresa pblica, constituda
exclusivamente com capital da Unio, qualificando-se em sua
inteireza e essncia como bem estritamente pblico, embora de
natureza jurdica de direito privado, asseverando que na seara
administrativa vigora o princpio da legalidade (art. 37, caput, da
CF), no havendo, pois, possibilidade jurdica quanto referida
pretenso no caso vertente, pois que s se tem por juridicamente
permitido aquilo que a lei expressamente autorizar o gestor
administrativo atuar.
Acrescenta ser impossvel o deferimento do pedido de incorporao
a funo em face da estrita observncia pela Recorrente ao
princpio da legalidade previsto no artigo 5, II e 37, caput, da
Constituio Federal, pois que s se tem por juridicamente
permitido aquilo que a lei expressamente autorizar o gestor
administrativo atuar.
Nessa mesma linha, por absoluta imposio constitucional, alega
que os seus atos esto afetos ao princpio da legalidade, nada
podendo fugir aos limites extremados pela imposio da le
Alega, ainda, restar comprovado, no estarem presentes os
requisitos autorizadores da antecipao de tutela, quais sejam: a
verossimilhana da alegao e ameaa de dano irreparvel ou de
difcil reparao, o que viola o art. 300, do CPC.
Assevera, por fim, a deciso contrariar as Smulas 219 e 319, do
TST, uma vez incabveis os honorrios advocatcios pretendidos
pelo Recorrido, porquanto no processo do trabalho tal verba s
admitida se compatibilizada s exigncias contidas na Lei n
5.584/70, pois as fichas financeiras e cadastral do recorrido
demonstram o salrio percebido pelo corrido ultrapassa o patamar
estabelecido em Smula do Egrgio TST para a concesso da
justia gratuita, salvo demonstrao de insuficincia de recurso, o
que alega no ter ocorrido nos autos
Consta no acrdo recorrido a seguinte fundamentao:
MRITO
Na inicial, o reclamante afirma que foi admitido pela reclamada em
18/01/2002 e que, a partir de maio/2002, foi designado para exercer
a funo gratificada de carteiro motorizado, a qual exerceu at maio
de 2013, quando foi injustificadamente destitudo, com a supresso
do pagamento da gratificao de funo percebida por mais de dez
anos. Requereu, liminarmente, a concesso de tutela antecipada a
fim de restabelecer o pagamento da gratificao suprimida a partir
de maio de 2013 e, no mrito, a confirmao da tutela antecipada
com o pagamento das parcelas vencidas e vincendas, desde a
supresso at a efetiva incorporao, bem como incidncia dos
reajustes salariais concedidos categoria profissional do
reclamante no perodo, e reflexos.
Em sede de contestao, a reclamada admite que o reclamante
percebeu gratificao de funo no perodo de maio/2002 a
05/05/2013, quando foi dispensado da funo de carteiro
motorizado em razo do seu pedido de transferncia de Estreito-MA
para o Senador La Roque-MA. Aduz que, segundo o Manual de
Pessoal (MANPES) da empresa, vigente a partir de 01/05/2012, no
caso de dispensa de funo gratificada em razo de transferncia a
pedido do empregado, este no far jus incorporao da referida
gratificao (Mdulo 36, Captulo 2, item 4.6, letra c), pelo que
indevida a incorporao pretendida pelo autor.
A sentena de primeiro grau julgou totalmente improcedentes os
pedidos iniciais, sob o fundamento de que, independente do que
dispe a norma interna da reclamada, o obreiro no tem direito a
incorporao requerida, pois a Smula n 372 do TST s garante a
incorporao da gratificao recebida por dez ou mais anos nos
casos em que o empregador reverte o empregado ao cargo efetivo,
sem justo motivo, sendo, portanto, dois os requisitos, e que, no caso
dos autos, partiu do obreiro a iniciativa de sair da funo gratificada
e de ser transferido de cidade.
Em seu apelo, o autor alega que, se a gratificao de funo foi
percebida por mais de 10 anos ininterruptamente (de maio/2002 a
maio/2013), o recorrente faz jus sua incorporao ao salrio,
ainda que destitudo da funo, em ateno ao Princpio da
Estabil idade Financeira. Argumenta, ainda, que a norma
empresarial que veda a incorporao da gratificao de funo s
poderia ser aplicada aos empregados contratados aps a sua
entrada em vigor, que se deu em 01/05/2012, o que no o caso do
recorrente, admitido em 18/01/2002, conforme Smula 51, I, do
TST.
Analisa-se.
Incontroversa a percepo de funo gratificada pelo reclamante
por mais de dez anos (maio/2002 a maio/2013).
Assim, restaram implementadas as condies para a incorporao
da gratificao percebida (suprimida a partir do ms de maio de
2013), consoante o entendimento jurisprudencial consubstanciado
no item I da Smula n 372 do TST, in verbis:
"SMULA 372. GRATIFICAO DE FUNO. SUPRESSO OU
REDUO. LIMITES (converso das Orientaes Jurisprudenciais
nos 45 e 303 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005.
I - Percebida a gratificao de funo por dez ou mais anos pelo
empregado, se o empregador, sem justo motivo, revert-lo a seu
cargo efetivo, no poder retirar-lhe a gratificao tendo em vista o
princpio da estabilidade financeira. (ex-OJ n 45 da SBDI-1 -
inserida em 25.11.1996)".
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2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 13Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
Embora lcita, na forma do art. 468, pargrafo nico, da CLT, a
reverso ao cargo efetivo do empregado, em razo do pedido de
transferncia, impe-se observar os princpios da irredutibilidade
salarial e da estabilidade financeira do trabalhador, na hiptese de
supresso da gratificao de funo percebida por dez anos ou
mais.
De outra parte, ainda que se considere o novo parmetro
implantado pelo Manual de Pessoal da ECT, a partir de 01/05/2012,
o qual impede o direito incorporao da gratificao de funo nos
casos de pedido de transferncia, o novo cenrio somente poderia
atingir os empregados admitidos a partir daquela data, pois,
conforme o disposto na Smula 51 do TST, "as clusulas
regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas
anteriormente, s atingiro os trabalhadores admitidos aps a
revogao ou alterao do regulamento".
Desse modo, a sentena deve ser reformada para condenar o
reclamado a incorporar remunerao do autor a gratificao de
funo suprimida, sendo devidas as parcelas vencidas e vincendas,
a partir de 06/05/2013 at a efetiva incorporao, com reflexos em
frias + 1/3, 13 salrios, anunios, horas extras, FGTS, e
contribuies para os planos de complementao de aposentadoria.
No so devidos reflexos em repousos e feriados, porque o
pagamento mensal j os inclui.
No que diz respeito condenao em honorrios advocatcios,
tambm assiste razo ao autor. Ressalvado meu entendimento
pessoal, este TRT tem seguido, de forma sistemtica, o
entendimento consubstanciado pelo c. TST nas Smulas 219 e 329,
segundo o qual so requisitos para o deferimento dos honorrios
advocatcios, a assistncia da parte autora por sindicato da
categoria profissional e a comprovao de que recebe salrio
inferior ao dobro do mnimo legal ou encontra-se em situao
econmica que no lhe permita demandar sem prejuzo de seu
sustento ou de sua famlia.
Logo, estando o autor assistido por Sindicato da Categoria
Profissional (ID 841628 - Pg. 1) e tendo declarado a condio de
hipossuficincia (ID 841653 - Pg. 1), impe-se o provimento do
recurso para deferir o pagamento dos honorrios advocatcios na
base de 15% sobre o valor da condenao.
Por fim, no tocante ao pedido de antecipao da tutela, entendo
presentes os pressupostos legais para o imediato restabelecimento
da funo gratificada suprimida, previstos no art. 300 do CPC/2015,
tendo em vista estar caracterizada a probabilidade do direito, dada a
comprovao da supresso da gratificao de funo paga por
longo perodo, e o perigo de dano, em vista do carter alimentar da
parcela.
Ademais, em havendo modificao do julgado, no identifico risco
para a reclamada, porquanto vigente o contrato de trabalho, o que
viabiliza a eventual devoluo dos valores mediante descontos em
folha de pagamento.
Isso posto, dou provimento parcial ao recurso ordinrio do autor,
para determinar o restabelecimento da funo gratificada suprimida,
em cinco dias, independentemente do trnsito em julgado, sob pena
de multa dir ia de R$100,00 (cem reais), em caso de
descumprimento, bem como para condenar o reclamado ao
pagamento, aps o trnsito em julgado, das parcelas vencidas e
vincendas, a partir de 06/05/2013 at a data da efetiva
incorporao, observando-se o valor da ltima parcela percebida -
R$ 174,21 (cento e setenta e quatro reais e vinte e um centavos),
com reflexos em frias + 1/3, 13 salrios, anunios, horas extras,
FGTS e contribuies para os planos de complementao de
aposentadoria, alm de honorrios advocatcios no importe de 15%
sobre o valor da condenao.
Invivel a compensao, pois no h indicao nem comprovao
do pagamento de parcelas trabalhistas que possam ser
compensadas.
Autorizam-se os descontos previdencirios e fiscais, na forma da lei,
observando-se o disposto na Smula n. 368 do TST.
Os valores sero apurados em liquidao de sentena, acrescidos
de juros e correo monetria, na forma da lei, observando-se
quanto aos juros de mora, o disposto na OJ n. 7 do Tribunal Pleno
do TST.
Invertida sucumbncia, da reclamada o nus de arcar com as
custas processuais, no valor de R$ 400,00 (quatrocentos reais),
calculadas sobre o valor ora arbitrado condenao, de R$
20.000,00 (vinte mil reais), do qual est dispensado, em face do
disposto no art. 12 do Decreto-Lei 509/69.
Analiso.
Nos termos do art. 896 , 1-A, I, da CLT, includo pela Lei n.
13.015 /14, a transcrio dos fundamentos em que se identifica o
prequestionamento da matria impugnada constitui exigncia formal
admissibilidade do recurso de revista. Havendo expressa
exigncia legal de indicao do trecho do julgado que demonstre o
enfrentamento da matria pelo Tribunal Regional, evidenciando o
prequestionamento, a ausncia desse pressuposto intrnseco torna
insuscetvel de veiculao o recurso de revista.
No caso presente, observo que o recorrente transcreveu todo o
captulo da deciso, sem destaque das controvrsias, o que no
atende ao requisito previsto no art. 896, 1-A, I, da CLT.
Nesse sentido, os seguintes julgados do c. TST:
AGRAVO - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
REVISTA - INOBSERVNCIA DO REQUISITO PREVISTO NO
ART. 896, 1-A, I, DA CLT - TRANSCRIO DA DECISO
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2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 14Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
RECORRIDA SEM DESTAQUE DO PONTO DIVERGENTE -
RECURSO INFUNDADO - APLICAO DE MULTA. 1. A deciso
agravada denegou seguimento ao agravo de instrumento da
CEDAE, que versava sobre horas extras, adicional de horas extras,
divisor aplicvel s horas extras e validade da compensao de
jornada instituda pela norma coletiva, pelo bice do art. 896, 1-A,
I, da CLT, por no ter a Recorrente cuidado de indicar o trecho da
deciso recorrida que consubstanciaria o prequestionamento da
controvrsia. 2. A ora Agravante alega que a indicao do inteiro
teor da deciso recorrida supre o requisito em questo. 3. Esta
Corte tem se posicionado no sentido de que a transcrio
integral do acrdo regional, ou mesmo de seus captulos, sem
destaque das controvrsias, no atende ao requisito previsto
no art. 896, 1-A, I, da CLT. 3. O agravo no trouxe nenhum
argumento que infirmasse a concluso a que se chegou no
despacho agravado, razo pela qual no merece provimento.
Agravo desprovido, com aplicao de multa. (Ag-AIRR - 100469-
54.2016.5.01.0062 , Relator Ministro: Ives Gandra Martins Filho,
Data de Julgamento: 12/12/2018, 4 Turma, Data de Publicao:
DEJT 19/12/2018) (grifo nosso)
RECURSO DE REVISTA. ADMISSIBILIDADE. LEI 13.015/2014.
PREQUESTIONAMENTO. DEMONSTRAO. TRANSCRIO
INTEGRAL DO ACRDO. ART. 896, 1-A, I, DA CLT 1. A Lei n
13.015/2014 recrudesceu os pressupostos intrnsecos de
admissibilidade do recurso de revista, como se extrai da nova
redao do art. 896, 1-A, da CLT. 2. O novo pressuposto e
nus do recorrente consistente em "indicar o trecho da deciso
recorrida que consubstancia o prequestionamento" no se
atende meramente por meio de meno ou referncia folha do
acrdo em que se situa, tampouco mediante sinopse do
acrdo, no particular. A exigncia em apreo traduz-se em
apontar a presena do prequestionamento (salvo vcio nascido
no prprio julgamento) e comprov-lo mediante transcrio
textual do tpico nas razes recursais. Somente assim se atinge
a patente finalidade da lei: propiciar ao relator do recurso de revista
no TST maior presteza na preparao do voto ao ensejar que,
desde logo, confronte o trecho transcrito com o aresto acaso
apontado como divergente, ou com a smula cuja contrariedade
acaso alegada, ou a violao sustentada de forma analtica pelo
recorrente. 3. Inadmissvel recurso de revista interposto sob a gide
da Lei n 13.015/2014 (decises publicadas a partir de 22/9/2014)
em que a parte no cuida de transcrever o trecho especfico do
acrdo regional em que repousa o prequestionamento da
controvrsia transferida cognio do TST. 4. Recurso de revista
do Reclamado no conhecido quanto ao tema "multa do art. 523,
1, do CPC de 2015". RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA
VIGNCIA DA LEI N 13.015/2014. TERCEIRIZAO.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIRIA. ENTE PBLICO. NUS DA
PROVA. CULPA IN VIGILANDO . DECISO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL NO RECURSO EXTRAORDINRIO N
760.931 RG/DF. PROVIMENTO. (TST-RR 146-91.2015.5.21.0006;
7 Turma; Data de Julgamento: 03 de Abril de 2018; DEJT
06/04/2018). (grifo nosso)
PROCESSO NA VIGNCIA DA LEI 13.467/2017. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. ACRDO REGIONAL
PUBLICADO NA VIGNCIA DA LEI N 13.015/2014. DESVIO DE
FUNO. TRANSCRIO INTEGRAL DO TEMA DO ACRDO
REGIONAL. INDICAO DO TRECHO CORRESPONDENTE AO
PREQUESTIONAMENTO DA MATRIA IMPUGNADA.
EXIGNCIA NO ATENDIDA. Com o advento da Lei n
13.015/2014, o novel l-A do artigo 896 da CLT exige, em seu
inciso I, como nus da parte e sob pena de no conhecimento, a
indicao do trecho da deciso recorrida que consubstancia o
prequestionamento da controvrsia objeto do recurso de revista.
Nos termos da jurisprudncia desta c. Corte Superior, a
transcrio integral do tema do acrdo regional, sem
destaque da controvrsia devolvida ao Tribunal Superior do
Trabalho, bem como sem a demonstrao analtica das
violaes indicadas, no atende o artigo 896, 1-A, I, da CLT.
Agravo de instrumento conhecido e desprovido. fls. PROCESSO N
TST-AIRR-238-93.2016.5.10.0021 Firmado por assinatura digital em
25/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justia do Trabalho,
conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de
Chaves Pblicas Brasileira. (TST-AIRR 238-93.2016.5.10.0021; 3
Turma; Min. Relator: Alexandre de Souza Agra Belmonte; Data de
Julgamento: 24 de Outubro de 2018; DEJT 26/10/2018).(grifo
nosso)
Quanto aos demais aspectos relativos s razes recursais, em
especial violao do artigo 300, do CPC, e contrariedade s
smulas 219 e 329, do TST, verifica-se dos trechos da v. deciso
recorrida, o reexame pretendido pela autora/recorrente demanda
revolvimento de material ftico-probatrio dos autos, o que no se
coaduna com a natureza extraordinria do recurso de revista,
conforme Smula n 126/TST.
Com efeito, o acrdo do Regional, com amparo nos elementos de
convico dos autos, concluiu que o empregado no comprovou
aspectos importantes para o desfecho positivo da lide, de acordo
com suas pretenses, sendo tais declaraes mais que suficientes
para que sejam rejeitadas todas as assertivas recursais
CONCLUSO
DENEGO seguimento ao recurso.
Publique-se e intime-se.
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2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 15Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargadora Presidente do TRT da 16 Regio
\5
Assinatura
SAO LUIS, 31 de Janeiro de 2019
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargador Federal do Trabalho
DecisoProcesso N RO-0017351-74.2015.5.16.0006
Relator MARCIA ANDREA FARIAS DA SILVA
RECORRENTE MUNICIPIO DE PRESIDENTEVARGAS
ADVOGADO ALFREDO NEWTON FELICIOLIRA(OAB: 11901/MA)
RECORRIDO ANTONIO CESAR AGUIAR COSTA
ADVOGADO DONALTON MENESES DASILVA(OAB: 9642/MA)
CUSTOS LEGIS MINISTRIO PBLICO DOTRABALHO
Intimado(s)/Citado(s):
- ANTONIO CESAR AGUIAR COSTA
- MUNICIPIO DE PRESIDENTE VARGAS
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
Fundamentao
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Agravante: MUNICPIO DE PRESIDENTE VARGAS
Advogado:ALFREDO NEWTON FELICIO LIRA (OAB/MA 11.901)
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
Tempestivo o recurso (deciso publicada em 06/12/2018; recurso
apresentado em 29/01/2019 - ID. 077b6fa).
Regular a representao processual (ID. 3747173 - Pg. 1).
Isento de preparo (CLT, art. 790-A e DL 779/69, art. 1, IV, e DL
509/69, art. 12).
DESPACHO
Os presentes autos vieram a esta Presidncia (Ncleo de Recurso
de Revista/AI/RO) para anlise de Agravo de Instrumento (ID.
e9e1b82), contra a deciso que negou seguimento ao seu recurso
de revista (art. 897, alnea "b", da CLT).
MANTENHO o despacho agravado.
Satisfeitos os pressupostos extrnsecos de admissibilidade, nos
termos do art. 1 da Resoluo Administrativa n 1418/2010 do c.
TST, proceda-se autuao do agravo, conforme disposto no art. 2
da referida Resoluo.
Notifique(m)-se a(s) parte(s) agravada(s) para, querendo,
apresentar(em) contrarrazes ao agravo e ao recurso, no prazo
legal.
Aps, com ou sem manifestao, remetam-se os autos ao c. TST.
CONCLUSO
Recebo o agravo interposto.
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargadora Presidente do TRT da 16 Regio
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Agravante: ANTONIO CESAR AGUIAR COSTA
Advogado:DONALTON MENESES DA SILVA (OAB/MA 9.642)
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
Tempestivo o recurso (deciso publicada em 06/12/2018; recurso
apresentado em 06/12/2018 - ID. 077b6fa).
Regular a representao processual (ID. e31ac23 - Pg. 1).
Dispensado o preparo em razo do deferimento da justia gratuita
(ID. 67c6764 - Pg. 17).
DESPACHO
Os presentes autos vieram a esta Presidncia (Ncleo de Recurso
de Revista/AI/RO) para anlise de Agravo de Instrumento (ID.
a352aa5), contra a deciso que negou seguimento ao seu recurso
de revista (art. 897, alnea "b", da CLT).
MANTENHO o despacho agravado.
Satisfeitos os pressupostos extrnsecos de admissibilidade, nos
termos do art. 1 da Resoluo Administrativa n 1418/2010 do c.
TST, proceda-se autuao do agravo, conforme disposto no art. 2
da referida Resoluo.
Notifique(m)-se a(s) parte(s) agravada(s) para, querendo,
apresentar(em) contrarrazes ao agravo e ao recurso, no prazo
legal.
Aps, com ou sem manifestao, remetam-se os autos ao c. TST.
CONCLUSO
Recebo o agravo interposto.
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargadora Presidente do TRT da 16 Regio
n3
Assinatura
SAO LUIS, 31 de Janeiro de 2019
SOLANGE CRISTINA PASSOS DE CASTRO CORDEIRO
Desembargador Federal do Trabalho
DecisoProcesso N RO-0016425-73.2013.5.16.0003
Relator JAMES MAGNO ARAUJO FARIAS
Cdigo para aferir autenticidade deste caderno: 129791
2655/2019 Tribunal Regional do Trabalho da 16 Regio 16Data da Disponibilizao: Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019
RECORRENTE ANA FLAVIA MELO PASCOAL
ADVOGADO KELEN CRISTINA WEISS SCHERERPENNER(OAB: 27386/GO)
ADVOGADO FRANCIOLE MARTINS DACONCEICAO(OAB: 11792-A/MA)
RECORRENTE BV FINANCEIRA SA CREDITOFINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
ADVOGADO MEIRE CHRYSTIAN LINHARESNETO(OAB: 144616/SP)
ADVOGADO ALEXANDRE DE ALMEIDACARDOSO(OAB: 149394/SP)
ADVOGADO FERNANDA BIANCOPIMENTEL(OAB: 167810/SP)
ADVOGADO MARIA APARECIDA LACERDARAMOS(OAB: 222586/SP)
ADVOGADO MONALIZA FINATTIMANZATTO(OAB: 164574/SP)
ADVOGADO EDUARDO ANTONIO GUIMARAESDE CASTRO(OAB: 9583/MA)
RECORRENTE BANCO VOTORANTIM S.A.
ADVOGADO ALEXANDRE DE ALMEIDACARDOSO(OAB: 149394/SP)
RECORRIDO ANA FLAVIA MELO PASCOAL
ADVOGADO KELEN CRISTINA WEISS SCHERERPENNER(OAB: 27386/GO)
ADVOGADO FRANCIOLE MARTINS DACONCEICAO(OAB: 11792-A/MA)
RECORRIDO BV FINANCEIRA SA CREDITOFINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
ADVOGADO MEIRE CHRYSTIAN LINHARESNETO(OAB: 144616/SP)
ADVOGADO ALEXANDRE DE ALMEIDACARDOSO(OAB: 149394/SP)
ADVOGADO FERNANDA BIANCOPIMENTEL(OAB: 167810/SP)
ADVOGADO MARIA APARECIDA LACERDARAMOS(OAB: 222586/SP)
ADVOGADO MONALIZA FINATTIMANZATTO(OAB: 164574/SP)
ADVOGADO EDUARDO ANTONIO GUIMARAESDE CASTRO(OAB: 9583/MA)
RECORRIDO BANCO VOTORANTIM S.A.
ADVOGADO ALEXANDRE DE ALMEIDACARDOSO(OAB: 149394/SP)
Intimado(s)/Citado(s):
- ANA FLAVIA MELO PASCOAL
- BANCO VOTORANTIM S.A.
- BV FINANCEIRA SA CREDITO FINANCIAMENTO EINVESTIMENTO
PODER JUDICIRIO
JUSTIA DO TRABALHO
Fundamentao
Processo:0016425-73.2013.5.16.0003
RECURSO DE REVISTA DE ANA FLVIA MELO PASCOAL
Advogado(a): FRANCIOLE MARTINS DA CONCEIO OAB/MA
11.792-A
PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS
Tempestivo o recurso (deciso publicada em 12/12/2017, ID.
17a7a2d; recurso apresentado em 13/12/2017, ID. 3fa1d3f).
Regular a representao processual (Procurao, ID. 54343/
Substabelecimento, ID. 54346).
Dispensado o preparo em razo do deferimento da justia gratuita
(ID. 497079).
PRESSUPOSTOS INTRNSECOS
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO/ Atos
Processuais/ Nulidade/ Negativa de prestao jurisdicional
Durao do Trabalho/ Intervalo Intrajornada
Alegao(es):
- violao do(s) art(s). 93, IX, da CF;
- violao do(s) art(s). 489, II, do CPC e 832 da CLT;
- violao do art. 71, 4 e 818 da CLT e 373, II, do CPC;
- contrariedade Smula 437, I e IV, do TST;
- divergncia jurisprudencial.
O(A) reclamante interpe recurso de revista (ID. a5c2a9e) em face
do acrdo (ID. 76166f8, complementado no ID. 3bf87ae).
De incio, sustenta negativa de prestao jur isdicional,
argumentando que no acrdo h omisso acerca da incidncia da
Smula 437, I, do TST ao caso concreto.
Aps, aponta violao do art. 71, 4, da CLT e contrariedade
Smula 437, I e IV, do TST, reforando que laborou em jornada
muito superior a 6h dirias e usufruiu de intervalo inferior a 1h, pelo
que tambm faz jus ao direito previsto nos aludidos dispositivo
celetista e entendimento sumular, no ocorrendo bis in idem a
condenao simultnea de horas extras, j que distintos os
fundamentos jurdicos. Nessa lgica, transcreve arestos para
confronto de teses.
Consta no acrdo recorrido a seguinte fundamentao:
(...) a Smula n 55, do TST, equipara as empresas financeiras aos
estabelecimentos bancrios somente para os efeitos do art. 224, da
CLT.
Assim, v-se que a reclamante realizava funes bem distintas
daquelas tpicas de bancrio, pois suas atividades eram
basicamente a captao de financiamentos junto aos clientes da
sua empregadora BV Financeira, situao que se enquadra nas
atividades desempenhadas por empresas financeiras no
bancrias.
Ademais, a subordinao empresa BV Financeira ficou bem
caracterizada pelo depoimento da j citada testemunha da
reclamante (...)
(...) Restando evidente que a reclamante se encaixa na categoria de
financiria, adoto a aplicao ao caso concreto da Smula n 55 do
TST e do disposto no artigo 224 da CLT, segundo o qual a durao
normal do trabalho ser de seis horas dirias, com exceo dos
sbados, perfazendo um total de trinta horas de trabalho por
semana, deferindo-se o pagamento de horas extras excedentes da
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6 diria e da 30 semanal, com adicional de 50%.
Nesse sentido, j decidiu este TRT:
"HONORRIOS ADVOCATCIOS. INDENIZAO. ART. 389, CC.
INAPLICABILIDADE.Segundo entendimento majoritrio do TST,
inaplicvel, no Processo do Trabalho, os honorrios obrigacionais
civis, previstos nos arts. 389, 395 e 404 do Cdigo Civil, tendo em
vista a disciplina prpria que rege os honorrios advocatcios nesta
Justia Especializada.ATIVIDADE EXTERNA. ART. 62, I, DA CLT.
HORAS EXTRAS. CONFIGURAO.A regra disposta no artigo 62,
inciso I, da Consolidao das Leis do Trabalho, somente exclui o
empregado do direito s horas extras quando exera atividade
externa incompatvel com a fixao de horrio de trabalho.
FINANCIRIO. ENQUADRAMENTO COMO BANCRIO.
JORNADA DIRIA.O financirio enquadrada-se como bancrio para
os fins do art. 224 da CLT, nos termos da Smula n 55 do TST,
sendo-lhe devido o pagamento das horas excedentes sexta hora
diria como extras. Recursos ordinrio conhecidos e no providos".
(PROCESSO n 0016007-75.2013.5.16.0023 (RO) RECORRENTE:
BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A., AYMORE CREDITO,
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A., KARLEANY DA SILVA
COSTA. RECORRIDO: KARLEANY DA SILVA COSTA, AYMORE
CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A., BANCO
SANTANDER (BRASIL) S.A. RELATOR: JOSE EVANDRO DE
SOUZA).(grifei).
Em seu recurso conjunto, aduzem as demandadas que a
reclamante executava servios externos, sem controle de jornada
pelo empregador, no fazendo jus s horas extras nem ao intervalo
intrajornada.
Dessa forma, tem-se que a soluo da questo passa pelo exame
da aplicabilidade do art. 62, I, da CLT, a seguir transcrito, segundo o
qual esto excludos da jornada normal de oito horas dirias e da
carga semanal de quarenta e quatro horas os empregados que
exercem atividade externa incompatvel com a fixao de horrio de
trabalho:
"Art. 62. No so abrangidos pelo regime previsto nesse Captulo:
I - os empregados que exercem atividade externa incompatvel com
a fixao de horrio de trabalho, devendo tal condio ser anotada
na Carteria de Trabalho e Previdncia Social e no registro de
empregados".
Assim, h de se realizar uma anlise mais apurada da realidade
ftica envolvida no caso, pois mesmo sendo incontroverso que a
empregada exercia atividade externa, necessria a perfeita
adequao exceo prevista no referido comando legal, ou seja, a
impossibilidade de fixao de horrio de trabalho pela reclamada.
Em verdade, o legislador, amparando-se no princpio da isonomia
em sentido material, deu um tratamento diferenciado queles
empregados que exercem sua atividade fora do mbito de
fiscalizao da empresa, em que se mostra impraticvel qualquer
controle de jornada. Dessa forma, o art. 62, I, CLT somente ser
aplicado queles trabalhadores externos em que restar comprovada
a impossibil idade da fixao do horrio de trabalho pelo
empregador.
Esclarece Maurcio Godinho Delgado em comentrios ao artigo 62,
inciso I, da CLT:
"Mas ateno: cria aqui a CLT apenas uma presuno - a de que
tais empregados no esto submetidos, no cotidiano laboral, a
fiscalizao e controle de horrio, no se sujeitando, pois,
regncia das regras sobre jornada de trabalho. Repita-se:
presuno jurdica... e no discriminao legal. Desse modo,
havendo prova firme (sob nus do empregado) de que ocorria
efetiva fiscalizao e controle sobre o cotidiano da prestao
laboral, fixando fronteiras claras jornada laborada, afasta-se a
presuno legal instituda, incidindo o conjunto das regras clssicas
concernentes durao do trabalho."(grifei) (Curso de Direito do
Trabalho,8 ed., So Paulo: Ltr, 2009, p. 813).
Neste caso, a prova oral produzida permite concluir que a realidade
ftica diversa daquela alegada pelas reclamadas em sua
contestao, na medida em que os depoimentos colhidos apontam
para a execuo das atividades predominantemente externas,
mediante controle e fiscalizao da jornada de trabalho, ainda que
se possa consider-los de forma indireta. Transcreve-se trechos dos
depoimentos ouvidos na audincia de ID 325536:
"que a BV tambm estabelecia o nmero de lojas em cada rea nas
quais a reclamante deveria atuar; que havia um nmero de lojas
previamente estabelecido para atuao da reclamante, sendo que
variava de 05/09, conforme o tipo de loja, fosse de veculos novos,
fosse de usados;" (depoimento do preposto das empresas
reclamadas);
"que era obrigatrio o comparecimento da BV todos os dias de
trabalho; que no era permitido ir de casa para a loja cliente de casa
sem passar pelo BV, o mesmo ocorrendo ao final da jornada; que
tudo que foi dito se aplica a reclamante; [...] que tanto o supervisor
quanto o gerente visitavam as lojas clientes para acompanhar o
trabalho da depoente e da reclamante e de outras da mesma
funo, assim como ligavam para conferir chegada, atuao e
sada; que as ligaes feitas pelo gerente e supervisor eram feitas
diretamente para as lojas de revenda de veculos nas quais as
operadoras atuavam; que a depoente e a colega reclamante no
tinham liberdade para, por exemplo, se ausentar da loja cliente e
tratar de assunto de seu particular interesse;" (depoimento da
testemunha da reclamante).
"que a reclamante trabalhava em mdia, das 8h s 18h, se no
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houvesse mais contratos ou recolhimentos de documentos s
17h30 j estavam liberadas do trabalho; que isso ocorria de
segunda a sexta-feira e aos sbados at as 12h/13h;" (depoimento
da testemunha das reclamadas).
Desta forma, a despeito de ter exercido trabalho externo, salta
vista no se enquadrar a reclamante na estrita hiptese prevista no
artigo 62, I, da CLT.
Afastada a incidncia do disposto no inciso I, do art. 62, da CLT, faz
jus a reclamante ao pagamento de horas extras prestadas aps a
jornada legal.
Para o clculo das horas extraordinrias, necessrio fixar a
jornada de trabalho da autora.
Quanto ao horrio de trabalho, a testemunha da reclamante, que
exercia a mesma funo desta, afirmou que "trabalhavam
predominantemente na prpria agncia do reclamado; que quando
nesse ofcio trabalhavam das 8h s 10h30, quando saiam para
visitar lojas clientes, permanecendo nestas lojas at as 16h30,
retornando reclamada onde permaneciam at as 19h; que
gozavam 30 minutos de almoo; que trabalhavam nesse sistema de
segunda a sexta-feira e aos sbados das 8h s 13h; que tambm
atuavam em feires nas lojas concessionrias de veculos, quando
permaneciam das 9h s 19h, quando o feiro era no sbado e das
9h s 16h, quando o feiro era aos domingos; que o intervalo nos
feires era de 30 minutos; que havia eram dois feires a cada ms,
incluindo sbado e domingo;".
Por sua vez, a outra testemunha da reclamante, Patrcia Silva
Campos (prova emprestada - vide ata de audincia ID 331981), que
exerceu a mesma funo da reclamante, afirmou que "atuava nas
lojas de veculos mas comparecia todos os dias ao banco no incio e
no final do dia, permanecendo no banco das 8h s 9h30 e das
16h/16h30 s 19h; que nos sbados tambm ia ao banco s 8h e
passava loja, permanecendo aproximadamente at s 14h; que os
feires ocorriam duas vezes por ms; que os feires se estendiam
no fim de semana, nos sbados at s 19h e nos domingos at s
17h; que a reclamante tambm comparecia ao banco todos os dias,
submetendo-se aos mesmos horrios; que os supervisores
orientavam o gozo de tempo curto para intervalo intrajornada e a
depoente gozava de 20 a 30 minutos".
Dessa forma, tenho por razovel que a jornada de trabalho da
reclamante de estendia das 08h 19h, com 30 minutos de intervalo,
de segundas a sextas-feiras e aos sbados das 08h s 14h, com 30
minutos de intervalo para refeio. Tambm reconheo o labor em
dois finais de semana por ms (feires = sbado + domingo), das
8h s 18h aos sbados e das 08h s 14h aos domingos, com 30
minutos de intervalo.
Como dito anteriormente, reconhecida a condio de financiria da
reclamante, devem ser fixados novos parmetros para apurao
das horas extras, ou seja, deve ser reformada a sentena para
considerar extraordinrias as horas excedentes da 6 diria e da 30
semanal, com previso de intervalo de 15 minutos para
alimentao, razo pela qual dou provimento ao recurso ordinrio
da reclamante neste ponto.
Entretanto, o fato de extrapolar a jornada diria de 6 horas e usufruir
de intervalo de 30 minutos no implica no pagamento integral do
perodo correspondente ao intervalo de 1 (uma hora), porque as
horas que extrapolaram a 6 diria devero ser pagas como extras,
sob pena de incorrer-se em bis in idem e resultar em
enriquecimento sem causa da parte.
Diante disso, acerca do intervalo intrajornada, a norma aplicvel
deve ser a do 1, do art. 224, da CLT, que fixa em 15 minutos o
intervalo intrajornada, e no a do art. 71 da CLT.
Dessa forma, no assiste razo reclamante neste item, devendo
ser mantida a sentena que julgou improcedente o pagamento de
uma hora extra de intervalo intrajornada. (...)
Pois bem.
Como se v, a Turma julgadora, amparada nas circunstncias
fticas delineadas e nas provas validamente constitudas, entendeu
que a recorrente exercia atividades tpicas das desempenhadas por
empresas financeiras e que, apesar de desempenhar atividade
externa, submetia-se ao controle e fiscalizao de sua jornada.
Por isso, concluiu pela aplicao da Smula 55 do TST c/c o art.
224 da CLT hiptese, reconhecendo como certa a jornada
apontada na inicial e determinando o pagamento das horas de
trabalho que extrapolaram a 6 diria e 30 semanal como extras,
levando em considerao a previso legal do intervalo intrajornada
de 15 minutos.
Diante desse cenrio, no h o que falar em negativa de prestao
jurisdicional, uma vez que a eg. Turma explicitou suas razes de
decidir de modo claro, coerente e completo, em atendimento
exigncia constitucional do art. 93. Tudo indica que analisou todos
os temas suscitados pela partes, enfrentando as questes dentro do
que considerou essencial para o deslinde da controvrsia, conforme
o livre convencimento motivado que lhe atribudo por lei.
Portanto, ainda que o resultado do julgamento tenha sido contrrio
ao interesse da recorrente, no vislumbro defeito na fundamentao
do acrdo recorrido, o que afasta as alegadas violaes aos arts.
93, IX, da CF, 823 da CLT e 489 do CPC.
J no que tange alegao de afronta ao art. 71, 4, da CLT e de
contrariedade Smula 437, I e IV, do TST, parece existir