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Ano 7 - Edição 27 - Dezembro2014

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Page 1: Folha da Justiça - Tribunal de Justiça do Amazonas

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FoLHa da JusTiça www.tjam.jus.br2

JUSTIÇA ITINERANTE NO INTERIOR

A Justiça Itinerante divulgou a programação do primeiro semestre do ano que vem. O objetivo é fazer com que o ônibus seja disponibilizado para cidadãos de toda Manaus.

07/01 a 23/01 C.S.U. do Parque 10

26/01 a 30/01Praça da Polícia

02/02 a 20/0226ª Cicom, no Viver Melhor

23/02 a 27/02Praça da Polícia

02/03 a 20/03Quadra Zulândio Pinheiro, no Educandos

23/03 a 03/04Praça da Polícia

06/04 a 24/045º Batalhão – CPA Oeste, na Compensa

27/04 a 30/04Praça da Polícia

04/05 a 22/05Centro de Convivência da Família,

na Cidade Nova

25/02 a 29/02Praça da Polícia

01/06 a 19/0628º DIP, na Colônia Antônio Aleixo

22/06 a 03/07Praça da Polícia

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JUSTIÇA ITINERANTE NO INTERIOR

A Justiça Itinerante divulgou a programação do primeiro semestre do ano que vem. O objetivo é fazer com que o ônibus seja disponibilizado para cidadãos de toda Manaus.

07/01 a 23/01 C.S.U. do Parque 10

26/01 a 30/01Praça da Polícia

02/02 a 20/0226ª Cicom, no Viver Melhor

23/02 a 27/02Praça da Polícia

02/03 a 20/03Quadra Zulândio Pinheiro, no Educandos

23/03 a 03/04Praça da Polícia

06/04 a 24/045º Batalhão – CPA Oeste, na Compensa

27/04 a 30/04Praça da Polícia

04/05 a 22/05Centro de Convivência da Família,

na Cidade Nova

25/02 a 29/02Praça da Polícia

01/06 a 19/0628º DIP, na Colônia Antônio Aleixo

22/06 a 03/07Praça da Polícia

NESTA EDIÇÃO

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senhora da justiçaa desembargadora Graça Figueiredo irá presidir o TJam durante o biênio 2014-2016 e promete priorizar a Justiça de 1º Grau

Fórum Henoch reis recebe reformas para o reforço da segurança e melhorias para o atendimento da população

presidente do TJam visita os meios de comunicação e pede apoio da imprensa para mostrar o trabalho desenvolvido pelo Judiciário

em reunião com os magistrados, Graça Figueiredo pede celeridade na solução das demandas processuais

conselheiro Guilherme calmon explica a atual situação do sistema carcerário do amazonas, o maior problema da região

a campanha de conscientização sobre o câncer de colo de útero e de mama contou com palestras e exames para as servidoras

desembargador aristóteles Thury fala sobre a missão de coordenar o concurso para magistrados

mudanças no fórum

imPrensa liVre

juiZados esPeciais

relatório do cnj

outubro rosa

concurso Para juiZ

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e d i t o r i a l

Caminhei muitas milhas para chegar aon-de cheguei: o topo da minha carreira como magistrada. Uma meta desperta-da ainda na juventude, quando escolhi

estudar Direito e aceitar o desafi o para me candidatar a uma vaga de juiz em um concurso público.

Naveguei rios, desvendei pequenas cidades en-cravadas no coração da fl oresta. Tentei entender a alma de seres humanos, me indignar com os des-mandos dos “coronéis” donos do poder, às vezes, até de vilas e cidades. Compreendi como justa a revolta dos humilhados, entregues à própria sorte. Não en-tendi porque uns nascem com muitos e outros com tão pouco, mas aceitei que parece ser a lei da vida.

No entanto, não é possível compreender injusti-ça, quando nossa missão é justamente levar justiça. Como já foi escrito em um artigo sobre a justiça – entre os tantos que já li –, “dizer que uma sociedade moderna precisa de uma justiça justa parece óbvio”, mas uma “justiça honesta”, esta sim, deve ser consi-derada um pilar fundamental da sociedade moderna.

Chegamos sim, ao topo de nossa carreira. Mas o momento, apesar de ter um sabor de vitória, não sig-nifi ca que a missão esteja cumprida. Vencemos algu-mas batalhas, mas não chegamos a ganhar a guerra, porque levar justiça àqueles que precisam de justiça é uma batalha árdua do dia a dia.

A satisfação profi ssional é imensa, mas nada que se torne vaidade. A humildade diante dos desígnios de Deus, esta sim, é incomensurável. A responsa-bilidade também dobrou de tamanho. A jornada é árdua, mas não é longa. Nesses 2 anos, com uma equipe de excelentes e dedicados profi ssionais, va-mos lançar mãos à obra para buscar uma Justiça mais célere, mais efi caz e humana. A justiça “justa”, como a sociedade está clamando. “A busca de direi-tos pautados em valores tais como liberdade, demo-cracia, justiça social, igualdade e equidade tendo em vista a erradicação da exploração, opressão e aliena-ção do homem” .

Que Deus nos abençoe!

Graça FigueiredoPresidente do Tribunal de Justiça do Amazonas

Esta é uma publicação bimestral doTribunal de Justiça do Estado do Amazonas

(TJAM).

DIRETORIAPresidente

Desembargadora Maria das Graças Pessoa Figueiredo

Vice-PresidenteDesembargador Aristóteles Lima Thury

Corregedor Geral de Justiça do AmazonasDesembargador Flávio Humberto

Pascarelli Lopes

Ouvidora Geral de JustiçaDesembargador Jorge Manoel Lopes Lins

DESEMBARGADORESDjalma Martins da Costa

João de Jesus Abdala SimõesAri Jorge Moutinho da Costa

Socorro Guedes MouraDomingos Jorge Chalub Pereira

Yedo Simões de OliveiraPaulo César Caminha e Lima

Rafael de Araújo RomanoEncarnação das Graças S. Salgado

João Mauro BessaCláudio César Ramalheira Roessing

Sabino da Silva MarquesCarla Maria Santos dos ReisWellington José de Araújo

Lafayette Carneiro Vieira Júnior

SECRETARIASecretário Geral de Justiça

José Alves Pacífi co

Secretária Geral de AdministraçãoMaria Zulena de Matos

DIVISÃO DE DIVULGAÇÃODiretor

Mario Adolfo Aryce de CastroReg.prof.: 375 DRT-AM

ReportagemBruno Mazieiri / Rafael Valentim

Giselle Campello / Mellanie HasimotoMario Adolfo / Patrícia Ruon Stachon

FotosRaimundo Valentim / Raphael Alves

Projeto Gráfi co e EditoraçãoIgor Braga de Souza

ColaboraçãoJosé Augusto / Lorena Caldas

Tiragem: 600 Exemplares

Contatoswww.tjam.jus.br

(92) 2129-6771 / 6831(92) 3303-5209 / [email protected]

facebook.com/TribunaldeJusticadoAmazonasinstagram.com/tjamazonas

issu.com/tjam

JusTiça HonesTa É o piLar da sociedade moderna

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Graça FiGueiredo assume a presidência do TJam

senhora da justiça

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O Teatro Amazonas foi o local escolhi-do para a posse da nova presidente do

Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargadora Gra-ça Figueiredo, no início de julho, juntamente com Aristóteles Lima Thury, vice-presidente, e Flávio Humberto Pascarelli Lopes, cor-regedor-geral de Justiça. A mesa foi composta, ainda, por todos os desembargadores e também por autoridades locais como o gover-nador do Estado, José Melo; o presidente da Assembleia Legis-lativa Josué Neto e o prefeito de Manaus, Arthur Neto.

Durante seu discurso, a atual presidente fez questão de rea-firmar seu compromisso com a Justiça. “Chego neste momento com a maturidade necessária e contando com a ajuda dos meus pares. Darei tudo de mim para o engrandecimento do Poder Ju-diciário do nosso Estado, conti-nuando na minha meta - sempre entregar o melhor para realizar um trabalho eficiente, eficaz e efetivo. Pretendo dar continuidade aos projetos e serviços que estejam disponíveis e que sejam proveito-sos ao nosso órgão jurisdicional, bem como rever outros”.

Além disso, ela ressaltou sua preocupação com o órgão e seu funcionamento de maneira eficaz. “A preocupação imediata será a avaliação do suporte da institui-ção, incluindo os recursos finan-ceiros para sustentar a máquina administrativa composta de 19 desembargadores, 129 juízes de primeira instância e 2.051 servi-

dores. Todos responsáveis pela tramitação de aproximadamen-te 809 mil processos, dos quais 22.400 mil estão no 2º Grau”.

ProdutiVidadePor se tratar de um poder de

extrema importância para o Esta-do, os desafios serão inúmeros, mas a desembargadora garantiu o aumento de produtividade. “Um dos maiores desafios deste hon-roso cargo é aumentar a produti-vidade, diminuir os conflitos, redu-zir os prazos, enxugar as pautas judiciais. A otimização da tecnolo-gia da informação será necessária no sentido de facilitar o acesso ao Poder Judiciário, principalmente pelos advogados que represen-tam as partes, bem como pelo Ministério Público, defensoria e procuradorias, consciente de que o Poder precisa de todos, porque

a jurisdição é encargo do Judiciá-rio, mas se realiza com o impulso e a responsabilidade de todos”.

Para o governador José Melo, com a posse da desembargado-ra Graça Figueiredo, a parceria com o Estado só tem a ganhar e se fortalecer. “Quando o ex-go-vernador Omar Aziz ainda estava no cargo, tivemos a preocupação de investir na Justiça, oferecer re-cursos para que este Poder tão importante pudesse funcionar da melhor maneira possível. Hoje, te-mos a certeza que as coisas só tendem a melhorar”.

Ao final, ela lembrou que a Justiça deve ser para todos, prin-cipalmente para os mais neces-sitados, mantendo assim uma administração galgada na ética. “Tenham todos uma certeza - não compactuarei com erros, com a graça de Deus. A lei continuará

Flávio Pascarelli assume o cargo de Corregedor-Geral de Justiça

A presidente do TJAM, Graça Figueiredo, diz que vai dar continui-dade aos projetos e serviços que sejam proveitosos ao Judiciário

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junto com a ética e a moral, sendo nosso caminho e horizonte com uma meta a atingir, sem restrição, sem trégua. Precisamos ter inte-resse no mundo diário dos humil-des e desafortunados, os quais só têm sua vida, sua família e os seus como solidários. É preciso mudar para melhor acolhê-los, te-nhamos pressa”.

Já o prefeito Arthur Neto fez questão de ressaltar que a che-gada da presidente ao nível mais alto de sua carreira se deve a sua competência e comprometimen-to. “Ela chegou ao cargo não por ser mulher, mas pelo seu senso de justiça, sua serenidade. Sem-pre foi uma boa juíza e prezou pela ética. Estamos conscientes de que seu mandato será marca-do por grandes realizações”.

OS MAIORES DESAFIOS DO CARGO

SÃO AUMENTAR A PRODUTIVIDADE,

DIMINUIR OS CONFLITOS, REDUZIR

OS PRAZOS E ENXUGAR AS PAUTAS

JUDICIAIS

Desembargador Thury toma posse como vice-presidente do TJAM

O prefeito Arthur Neto e o governador José Melo parabenizaram a desembarga-dora Graça Figueiredo durante sua posse

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FoLHa da JusTiça www.tjam.jus.br8 FoLHa da JusTiça www.tjam.jus.br8

ses menores no trato da coisa pú-blica, da gestão institucional.

A nova presidente do TJAM afirmou: “tenham todos uma certeza: não compactuarei com erros, com a graça de Deus. A lei continuará junto com a ética e a moral”.

“Este será o nosso caminho e horizonte perseguido, uma meta a atingir, sem restrição, sem tré-gua. Precisamos ter interesse no mundo diário dos humildes e desafortunados, os quais só têm sua vida, sua família e os seus como solidários. É preciso mu-dar para melhor acolhê-los – te-nhamos pressa”.

folha da justiça – Como a senho-ra está vivendo esse momento, sabendo que chegou ao topo da carreira de ma-gistrada?

graça figueiredo – Com muita humildade e consciente da enor-me responsabilidade que terei

Em 1979, quando assu-miu sua segunda co-marca em Nova Olinda do Norte, a juíza Graça

Figueiredo era obrigada a jantar com um ventilador direcionado para as pernas para afugentar a nuvem de furiosos carapanãs que invadiam a casa a partir das 18h. Eram tempos difíceis aque-les. Nova Olinda do Norte não tinha telefone, sofria constantes apagões e os poucos barcos que faziam linha para lá eram precá-rios e sem qualquer conforto. Não havia sequer a segurança de uma viagem tranquila e sem riscos.

Em uma conversa com um jornalista que passava pelo mu-nicípio, a jovem magistrada foi questionada por que não tentava uma remoção para outra comar-ca, com melhores condições. Em sua resposta, Graça foi enfática:

— Não, para entender as ne-cessidades de nossa gente do in-

terior e praticar a Justiça que eu sonho em praticar em meu ofício, eu preciso passar por tudo isso. Será um aprendizado que nenhu-ma faculdade me ensinaria – res-pondeu a juíza.

Passados 35 anos, a desem-bargadora Maria das Graças Pes-soa Figueiredo não perdeu o foco de seu compromisso de vida. No dia 3 de julho de 2014, ao assumir a presidência do Tribunal de Jus-tiça do Amazonas (TJAM), reafi r-mou, com outras palavras, o que havia prometido, lá na distante Nova Olinda do Norte.

— Cumprirei a lei, os princí-pios constitucionais que norteiam a atuação da administração, es-pecialmente o da igualdade. To-dos somos iguais e o mesmo tratamento devemos ter. Não é tempo de privilégios, preferências pessoais, amizade e camarada-gem. A presidência do Tribunal não servirá para atender interes-

justiçapArA Humildes edesAForTunAdos

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FoLHa da JusTiçawww.tjam.jus.br 9FoLHa da JusTiçawww.tjam.jus.br 9

pela frente. Que Deus me ilumine para continuar trilhando o cami-nho que escolhi, de levar justiça para os necessitados, os humil-des. Agora, é claro que isso traz uma satisfação pessoal muito grande, do ponto de vista profi s-sional. Eu fi z o registro de que me sinto muito honrada, porque após 35 anos da minha carreira e 120 anos da instituição Tribunal de Justiça ser instalada no Amazo-nas, sou a segunda mulher a pre-sidir a Corte. Isso torna a minha responsabilidade ainda maior.

Folha da Justiça – O que será prioridade em sua gestão para levar a justiça ao encontro dos humildes, como a senhora citou em seu discurso de posse?

Graça Figueiredo – Nós temos muitas prioridades e desafi os, mas como eu citei no discurso, o 1º Grau é o foco, aquele que terá maior atenção, porque é nele que o cidadão ingressa para buscar seus direitos. É a porta de entrada do nosso tribunal. Ali, o cidadão humilde precisa ser acolhido, pre-cisa se sentir amparado e prote-gido pela Justiça. É isso que eu pretendo realizar.

folha da justiça – Na prática, como a senhora e sua equipe vão atuar para revitalizar o 1º Grau?

graça figueiredo – A primeira medida foi fazer um levantamen-to completo do quadro. E isso nós já fi zemos. Pesquisamos os pontos mais vulneráveis, aplica-mos questionários que os juízes já responderam apontando as suas reais necessidades, tanto de pessoal quanto de acomodação e de ferramentas necessárias para o exercício da função. Então, nós

vamos providenciar tudo isso. Eu pretendo ir muitas vezes aos fó-runs e, se necessário, transferir a presidência do tribunal para lá, a fi m que seja restaurada a Justiça de 1º Grau.

folha da justiça – Desembarga-dora, como a senhora avalia a passagem do ministro Joaquim Barbosa, no STF que pode ter sido polêmico, mas que mu-dou a forma com que a opinião pública passou a observar a Justiça brasileira?

graça figueiredo – Acho que o ministro fez história no sistema Judiciário brasileiro e na Justiça como instituição. O seu maior le-gado, acredito eu, e, com certe-za, outros representantes do Ju-diciário, foi reafi rmar que a lei é lei para todos, indistintamente. Ele deu um grande exemplo de que a mão da Justiça alcança a todos. Isso em um país onde boa parte da população entende que a jus-

tiça só pune os pobres, despro-tegidos e desamparados. É por isso que eu quero reiterar que, na minha administração, eu terei os olhos voltados para todos, inde-pendente de classe social. Para aqueles que não têm bons ad-vogados, brilhantes advogados, mas que só têm os seus e a cle-mência divina por si. Então, a Jus-tiça tem que se voltar, principal-mente, para aquelas demandas que, como disse o procurador Francisco Cruz (no discurso do Teatro Amazonas), parecem pe-quenas para os outros, mas para aquele cidadão que procurou a Justiça representa a sua vida.

folha da justiça – A senhora acre-dita que o exemplo de Joaquim Barbosa passa ser um referencial para aqueles magistrados que estão iniciando agora sua carreira e que estão encontrando um Brasil novo, onde se respira democracia?

graça figueiredo – Acredito que todos nós podemos dar bons exemplos dentro da magistratura, desde que pratiquemos a Justiça com ética, com a verdade, com o propósito de fazer o bem para a sociedade e para o ser huma-no. Sem dúvida, a herança que o ministro Joaquim Barbosa está deixando divide opiniões. Mas, no geral, o legado é positivo. Positivo porque ele quebrou o paradig-ma da impunidade e mostrou à sociedade que o STF pode, sim, promover punições a quem fi zer por merecer, independentemente de status, cor, raça ou cargo. Até mesmo a políticos poderosos.

ACREDITO QUE TODOS NÓS PODEMOS DAR

BONS EXEMPLOS DENTRO DA

MAGISTRATURA, DESDE QUE

PRATIQUEMOS A JUSTIÇA COM ÉTICA

A presidente do TJAM diz que o 1º Grau é o foco, porque é nele que o cidadão ingressa para buscar seus direitos

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mudançasno Fórum

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Na manhã do dia 11 de julho, a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM),

desembargadora Graça Figuei-redo, visitou o térreo e o subsolo do Fórum Henoch Reis. Acompa-nhada do desembargador Sabino Marques, que exerce a função de diretor do fórum, e também por uma equipe de arquitetos, ela su-geriu mudanças imediatas em vá-rios setores do local.

“As mudanças são elementa-res e urgentes. Questões como segurança e acolhida das pessoas estão sendo debatidas para sa-bermos a melhor maneira de so-lucionar esses problemas”, afirma. Dentre as mudanças propostas pela presidente estão a saída do setor médico que, ocupava o quin-to andar e agora está no térreo, fa-cilitando o acesso de ambulâncias e cadeira de rodas.

Outra medida a ser adotada diz respeito a segurança do local. O prédio deverá ganhar novas saídas de emergência e desobstrução do corredor que leva ao Tribunal do Júri por se tratar de uma rota de fuga. “Agora começaremos a dar

andamento aos projetos parados que servirão na melhoria do fó-rum”, diz a presidente.

O atual diretor do prédio, de-sembargador Sabino Marques, está com expectativas em relação as ações propostas pela presiden-te. “Essa é uma preocupação an-tiga, ainda da minha outra gestão, e que espero ser efetivada de fato. Sabemos que o prédio foi projeta-

do com uma finalidade e, devido as necessidades que foram sur-gindo ao longo do tempo, ele aca-bou sendo ‘mutilado’ de tal forma que há um risco muito grande em todos os aspectos: saúde, segu-rança e higiene. Essas medidas vão resolver, em parte, os proble-mas atuais”, declara.

Marques salienta, ainda, que a presidente do TJAM está priori-zando a reorganização do órgão de maneira geral. “O prédio é público e passam 6 mil pessoas diariamente por aqui – justamente por isso não se pode fazer qual-quer coisa e de qualquer forma. Já colocamos um filtro para saber as prioridades. Com relação ao esta-cionamento, por exemplo, vamos realizar uma triagem para saber quem é servidor e juiz. Depois passaremos para os militares da auditoria, seguindo para os oficiais de justiça que, muitas vezes, pas-sam por um embaraço ao sair para diligências e não encontram local para estacionar quando retornam. Quanto ao resto, ainda temos dois anos pela frente”, esclarece.“

AS MUDANÇAS SÃO ELEMENTARES

E URGENTES. QUESTÕES COMO

SEGURANÇA E ACOLHIDA DAS

PESSOAS ESTÃO SENDO DEBATIDAS

Marques salientou que a presidente do TJAM está priorizando a reorganização do órgão de maneira geral

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transformando o prédio em um verdadeiro labirinto. Outro pro-blema é manter o trânsito de de-tentos dos presídios circulando, mesmo algemados, no meio de profissionais do Judiciário e das pessoas que buscam justiça no fórum. Isso não está correto.

Graça adiantou que autoriza-rá a manutenção de dois policiais por andar, “pois isso é o mínimo que eu posso fazer pela seguran-ça dos magistrados e do jurisdi-cionado”, informou.

diÁrio do amaZonasAinda na manhã de 17 de ju-

lho, a presidente Graça Figueire-do visitou a sede da Rede Diário de Comunicação - que engloba o jornal Diário do Amazonas e Record News -, onde conversou com o diretor-presidente do gru-

A presidente do Tribunal de Justiça do Amazo-nas (TJAM), desem-bargadora Graça Fi-

gueiredo, logo após a sua posse, no mês de julho, cumpriu agenda de visitas aos meios de comuni-cação de Manaus, começando pela Rede Calderado de Comu-nicação, onde foi recebida pelo diretor-presidente da rádio e tele-visão A Crítica, Dissica Calderaro.

Graça Figueiredo visitou a Ci-dade das Comunicações no dia 17 de julho, às 9h. Na sala da pre-sidência, concedeu entrevista, e expôs suas metas frente ao tribu-nal para o diretor da TV e ao dire-tor jurídico da rede, Antônio Júlio Lopes. A desembargadora-presi-dente pediu o apoio da imprensa para os dois anos de administra-ção que tem pela frente.

— Não existe democracia sem imprensa livre. E não existe gestão de resultados sem o apoio da imprensa, já que é ela que faz essa prestação de contas para a sociedade. Pretendo fazer uma administração transparente e, por isso, vou precisar muito do apoio da imprensa – disse a presidente ao chegar ao prédio da avenida André Araújo.

Durante a visita, a desembar-gadora fez um balanço das mu-danças no Fórum Henoch Reis, no início de sua administração, anunciando que as mudanças que já estão sendo feitas e as que ainda serão providenciadas são necessárias para melhorar a segurança e o atendimento ao ju-risdicionado.

— Algumas mudanças im-provisadas no fórum acabaram

“não existe democracia sem

imPrensa liVre”

A desembargadora Graça Figueiredo recebe os cumprimentos do diretor-presidente de rádio e televisão da RCC, Dissica Calderaro

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po, Cassiano Anunciação, e com o vice-presidente Cyro Batará Anunciação.

Na presidência do jornal, Gra-ça Figueiredo reafi rmou o com-promisso de investir no 1º Grau, “a porta de entrada da justiça”, de acordo com a sua visão pro-fi ssional.

—Vamos trabalhar muito para acabar com a pecha de morosi-

dade da Justiça, que tantas críti-cas geram na sociedade. Tenho consciência que é difícil acabar, mas pelo menos vamos tentar minorar – comentou a desembar-gadora.

A presidente do TJAM disse que será por meio da atuação do 1º Grau e do julgamento de pro-cessos que o Judiciário poderá escrever uma nova história na celeridade da Justiça.

— Ninguém muda um país ou uma sociedade sem a solução ágil de confl itos e do fortalecimen-to da segurança jurídica. É isso que os segmentos da sociedade esperam do Judiciário – afi rmou Graça Figueiredo.

Graça disse ainda que uma de suas metas é cortar despe-sas, extinguindo comissões e grupos de trabalho para po-der investir em outros setores do tribunal. “Sem isso, eu não posso investir, por exemplo, em profissionais capacitados, que rendem muito mais e, por isso, merecem ganhar bem mais. É importante valorizar esse tipo de profissional e nós vamos traba-lhar para isso”, garantiu.

VAMOS TRABALHAR PARA ACABAR COM A PECHA

DE MOROSIDADE DA JUSTIÇA, QUE TANTAS CRÍTICAS

GERAM NA SOCIEDADE

A presidente do TJAM conversou com o diretor-presidente da Rede Diário de Comunicação, Cassiano Anunciação, e com o vice-presidente, Cyro Batará Anunciação

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favorece o funcionário que pre-tende viver a vida inteira naquela região e conhece como ninguém suas realidades”.

Em seguida, a desembar-gadora levantou a questão dos juízes concursados. “Costumo questionar nossos colegas se eles só querem o título. Eles não sabem que no interior a situa-ção é bem diferente da capital, é tudo uma questão de sabedoria. Não é chegar lá, terminar os pro-cessos e fim. É preciso passar por um entrosamento, procurar serviço, saber como cada um pode ser útil naquela cidade, na-quele município”, comentou.

Antes de deixar o prédio da Rede Amazônica, a desembar-gadora reforçou o pedido de parceria com os diretores-presi-dentes do veículo. “Espero con-tar com o apoio de vocês para mostrar para a sociedade todo o trabalho que estamos querendo e vamos desenvolver ao longo desse biênio”.

amaZonas em temPoA presença da mulher na car-

reira jurídica, a portaria que reduziu comissões de trabalho, o chama-mento de aprovados no concurso público e as etapas restantes do concurso para juízes foram alguns dos assuntos que direcionaram a visita da presidente do TJAM ao diretor-presidente do Grupo Ra-man Neves de Comunicação, Otá-

“É importante dar prioridade à primeira instância, valorizando o juiz singular, fortalecendo os juizados especiais e prestigiando seus servidores. A solução ágil de confl itos e o fortalecimento da segurança jurídica são fundamen-tais para a prosperidade do nosso país”, afi rmou.

rede amaZÔnicaNa manhã do dia 18 de julho,

Graça Figueiredo deu continuida-de as suas visitas de cordialidade aos meios de comunicação do Amazonas. Às 9h20, a presidente chegou ao prédio da Rede Ama-zônica – afi liada da TV Globo em Manaus – onde foi recebida pelo diretor-presidente da empresa, Phelippe Arce Daou, e por seu fi -lho, o diretor-presidente do Ama-zon Sat, Phelippe Daou Júnior.

Durante a reunião, que durou uma hora, os três conversaram so-bre a gestão da presidente a frente do TJAM. “Espero que possamos realizar muitas ações ligadas ao 1º Grau do nosso Estado. Isso já co-meçou com as mudanças dentro do Fórum Henoch Reis, por exem-plo, que está passando por uma reestruturação para dar um melhor acolhimento a população”, disse a desembargadora.

Outro assunto que a desem-bargadora fez questão de salientar foi em relação a redução de custos do TJAM. “Já estamos tomando medidas emergenciais e que são

de interesse da própria população. Passamos a limitar os grupos de trabalho e as comissões. As pes-soas precisam entender que o tribunal sobrevive de uma verba específi ca. Queremos chamar os novos servidores, os novos juízes, mas isso só será possível após ar-rumarmos a casa”.

Sobre os concursos públicos, a presidente reafi rmou a impor-tância de que cada comarca pas-se por esse processo. “Existem certames regionais para adotar funcionários daquela região. Algo mais setorial, sem precisar que a pessoa se desloque de Manaus e vá para o interior. Até porque,

ESPERO CONTAR COM O APOIO

DA IMPRENSA PARA MOSTRAR

À SOCIEDADE TODO O TRABALHO

QUE VAMOS DESENVOLVER

DURANTE O BIÊNIO

Na sede da Rede Amazônica, Graça Figueiredo foi recebida pelo diretor-presidente da empresa, Phelippe Arce Daou, e pelo diretor-presidente do Amazon Sat, Phelippe Daou Júnior

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vio Raman Neves.A empresa de comunicação

congrega o jornal Em Tempo, a TV Em Tempo, afiliada do SBT, o jornal Agora e a rádio Transaméri-ca. Ao receber a desembargado-ra, Otávio Raman disse que tinha certeza que ela faria uma “admi-nistração diferenciada” e abriu as portas dos seus veículos de co-municação para ajudar na divul-gação das ações da Justiça.

— Fique certa, presidente, que a sociedade terá acesso a todas as ações administrativas de sua gestão, por meio de nosso no-ticiário. Um Judiciário que vá ao encontro dos anseios de nossa sociedade é também uma das

responsabilidades da imprensa — disse o empresário.

Além de Raman, a desembar-gadora Graça foi recebida também pelo diretor executivo do jornal, professor João Bosco Araújo. Nos 40 minutos que permaneceu no gabinete da presidência, no tercei-ro andar do prédio do São Jorge, a presidente do TJAM explicou que as primeiras medidas adotadas no início de sua administração se faziam necessárias, “mesmo que sejam consideradas antipáticas por algumas pessoas”.

— Espero que meus colegas do Judiciário e a sociedade de uma forma geral compreendam que a portaria nº 1770/2014 tem por

objetivo fixar medidas para cortar despesas e controlar os gastos com pessoal e custeio no Poder Judiciário do Amazonas. Existem comissões realmente essenciais, mas outras podem ser reduzidas, assim como a remuneração pode ser fixada em um limite. A meta é economizar para poder investir em outros serviços de maior urgência, como chamar, por exemplo, os aprovados no concurso público – explicou a desembargadora.

No final da reunião, Otávio Ra-man e Bosco Araújo desejaram uma administração profícua à de-sembargadora Graça e parabeni-zaram por sua chegada ao topo da carreira de magistrada.

O diretor-presidente do Grupo Raman Neves de Comunicação, Otávio Raman Neves, recebeu a presidente do TJAM na sede do jornal, no São Jorge

Graça Figueiredo afirmou que a meta de sua administração é economizar para poder investir em outros serviços de maior urgência

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TJAm empossA novosoficiais de justiça

No dia 21 de julho, a presidente do Tri-bunal de Justiça do Amazonas (TJAM),

desembargadora Graça Figueire-do, empossou mais de 40 oficiais de justiça aprovados por meio de concurso público realizado no ano passado. A ação, de acordo com a desembargadora, pretende ace-lerar os processos, principalmen-te, no interior do Estado. “Com isso, daremos maior celeridade aos procedimentos para que pos-samos concluir as várias etapas de um processo de maneira mais efi-ciente. Eles ficaram na capital por três meses onde passaram por um treinamento e, logo em seguida, foram para o interior do Estado onde permanecerão”, explicou.

O evento, que foi realizado no Centro Administrativo Desembar-gador José de Jesus Ferreira Lo-pes, localizado no prédio anexo ao TJAM, contou, ainda, com a pre-sença do juiz Gildo Alves de Car-valho, titular da 8ª Vara da Família.

“A função de vocês será rea-lizar essa comunicação entre o Judiciário e o jurisdicionado. Sa-bemos que a insatisfação com a Justiça é tão antiga quanto o di-reito, mas temos função de dimi-nuir essa distância promovendo a

pacificação social. É uma missão nobilíssima”, disse o juiz.

A presidente do TJAM salientou, também, a satisfação de participar da solenidade e importância de cada oficial.

“É com muito prazer que es-tou participando deste momento. A Justiça não existiria sem os se-nhores. Vocês são imprescindíveis para que tudo saia conforme o es-

perado. Façam cumprir as ordens judiciais, sem pensar no quanto vão lucrar, mas sim por conseguirem ajudar de alguma maneira a popu-lação que tanto precisa de Justiça. Cumpram prazos, ajudem-nos a mudar a imagem da justiça”, disse.

Eric Rodrigues Bravo, que ob-teve o primeiro lugar no concurso, representou os demais colegas na hora do juramento.

Os oficiais de justiça fizeram treinamento durante três meses em Manaus

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O alto comando da Po-lícia Militar (PM) es-teve no Tribunal de Justiça do Amazonas

(TJAM), no mês de julho, para en-tregar a Medalha Tiradentes à de-sembargadora-presidente, Graça Figueiredo.

A Medalha Tiradentes é a maior honraria concedida pela Po-lícia Militar do Amazonas a perso-nalidades que prestam serviço à sociedade amazonense.

A outorga do mérito foi criada pelo Decreto nº 3391, de 1976 e as indicações para recebimento da medalha são aprovadas pelo Conselho do Mérito Policial Militar e pelo Comando da Polícia Militar do Amazonas.

Durante a cerimônia informal no gabinete da desembargadora, o comandante geral da PM, co-ronel Almir David disse, antes da outorga da medalha, que a insti-tuição estará sempre à disposição do Poder Judiciário para reforçar as ações que vão ao encontro dos anseios da sociedade.

Participaram também da entre-ga da medalha o subcomandante da PM, coronel Eliezer, e o Chefe do Estado Maior Geral (CHEMG), coronel Rommel. A desembarga-dora Graça agradeceu a presença de todos e reconheceu o grande trabalho que a Polícia Militar presta ao TJAM, mantendo a segurança

nos fóruns e nas varas.A presidente do tribunal tam-

bém disse que vem contando com o apoio da instituição para reforçar a segurança no edifício Arnoldo Péres, onde funciona a sede do TJAM e também no Fórum Heno-ch Reis. Segundo ela, em ambos, apesar do apoio da PM, ainda existem muitos pontos vulneráveis.

— Nós não temos esteiras que possam fi ltrar armas e outros obje-tos de metal – comentou a desem-bargadora. Ela citou o exemplo do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que instalou esteira de se-gurança e, logo no primeiro dia, conseguiu apreender 26 facas que estavam sendo levadas dentro de bolsas, por pessoas que iam par-ticipar de audiências.

O comandante da PM coronel Almir David se colocou à disposi-ção, mais uma vez, para estudar uma forma de dar mais segurança aos fóruns e, às 11h, fez a entrega da Medalha Tiradentes à desem-bargadora Graça Figueiredo.

grAçA Figueiredo recebemedalha tiradentes

CONTO COM O APOIO DA POLÍCIA MILITAR

DO AMAZONAS PARA O REFORÇO

NA SEGURANÇA DO FÓRUM MINISTRO

HENOCH REIS E DA SEDE DO TJAM

O coronel Almir David disse que a instituição estará sempre à disposição do Poder Judiciário

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m A i o r c e l e r i d A d e n o s

juiZados esPeciaisDurante reunião com os

magistrados dos Jui-zados Especiais Cíveis e Criminais realizada

no dia 18 de julho, no Fórum Mário Verçosa, a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargadora Graça Figueire-do, pediu compreensão e apoio dos magistrados, além de maior celeridade com os processos.

Juntamente com ela e os juí-zes, estiveram presentes a desem-bargadora Carla Maria dos Santos Reis, coordenadora-geral dos Jui-zados Especiais, e também Carlos Zamith de Oliveira Júnior, juiz de direito e subcoordenador dos Jui-zados Especiais.

Antes mesmo de começar a reunião, a presidente fez ques-tão de esclarecer suas primeiras ações após assumir o cargo.

“Essa conversa é para justifi-car tudo aquilo que já está sen-do feito no tribunal. Enquanto colegas, vocês precisam saber a nossa realidade. Recebemos R$ 38 milhões e nossa folha de pa-gamento está R$ 37 milhões, ou seja, não nos resta dinheiro para quase nada. Por isso que assi-nei a portaria que reduz os gru-pos de trabalhos e comissões e, com isso, valores pagos. É uma maneira que encontrei para que possamos arcar com as dívidas e conseguir chamar os juízes do 1º Grau e os servidores, ambos concursados. Hoje, nosso déficit no interior atinge 30 comarcas”, disse a presidente.

Logo em seguida, ela desta-cou a importância dos juizados especiais para a sociedade. “Fo-mos aprovados pela população,

principalmente, pela informalida-de. Mas sei que podemos melho-rar mais ainda nossos serviços. Estou aqui para pedir a ajuda de vocês, a compreensão de vocês. Somos escolhidos porque conse-guimos resolver processos em até seis meses e, mesmo assim, ainda é um processo lento, mas tenho certeza que podemos mudar essa situação com mais rapidez”.

A presidente do TJAM reiterou: “Quero que os senhores me acom-panhem e entendam o trabalho que estou realizando. São medidas necessárias para que os primeiros resultados sejam vistos o mais rápi-do possível e não apenas por nós. A população nos procura para re-solver problemas que para nós po-dem parecer nada, mas para eles mudam vidas”. A reunião seguiu até as primeiras horas da tarde.

Em conversa com os magistrados, a presidente do TJAM justificou as mudanças que fez no tribunal

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maria da Penha

8 anosEm 8 anos, pelo menos

100 mil mandados de prisão foram expedi-dos e mais de 300 mil

vidas de mulheres foram salvas em todo o país. O balanço, base-ado em números divulgados pela Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), foi feito pela presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembar-gadora Maria das Graças Figuei-redo, no início do mês de agosto.

Para a desembargadora, a lei representa um avanço no com-bate à violência contra a mulher, “porque trouxe proteção e asse-gurou uma série de direitos às mulheres”, mas ainda falta traba-lhar mais as medidas protetivas às vítimas dessa violência domés-tica e familiar.

Graça Figueiredo questiona

que de nada adianta a Justiça de-cidir condenar o agressor, decidir a favor da mulher, sem ter as fer-ramentas necessárias para prote-gê-la após a denúncia. “É preciso, acima de tudo, resguardar a sua integridade física e, também, as-segurar a decisão judicial”, reforça.

— Também é preciso de mais eficácia na execução da lei, para que esse mal que envergonha o Brasil seja erradicado de vez de nossa sociedade. É necessário, ainda, dotar o Estado de instru-mentos adequados à aplicação da lei e atenção às vítimas – afir-mou Graça, que pretende reforçar as varas e agilizar os processos que envolvem crimes contra as mulheres.

No Amazonas, a Vara Maria da Penha conta com dois magis-trados, além de cartório, assesso-res e uma equipe multidisciplinar

(psicólogos e assistentes sociais), que acompanham a vítima e, às vezes, até mesmo o réu.

— Com a equipe multidiscipli-nar é feito um estudo psicossocial da situação e, também, a orien-tação para prevenção – informa a presidente.

De acordo com dados forne-cidos pela vara, somente no 1º Juizado existem 10.664 proces-sos/procedimentos em tramitação (5.762 ações penais; 4.902 inqué-ritos policiais, ajuizados nos últi-mos quatro anos), e no 2º juizado são 7.032 processos (4.732 ações penais; 2.300 inquéritos policiais, desde quando o juizado foi aberto, em 2013). Os juízes responsáveis pela Maria da Penha são Antônio Carlos Marinho Bezerra Júnior (1º Juizado, localizado no bairro Jorge Teixeira), e Luciana Nasser (2º Jui-zado, localizado no Educandos).

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históricoConhecida, ao menos de

nome, por 98% dos brasileiros, a Lei Maria da Penha é uma ferra-menta criada para coibir a violên-cia doméstica e familiar contra a mulher. Surgiu há 8 anos, nos ter-mos do Artigo 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher.

Sancionada em 7 de agosto de 2006, a Lei nº 11.340 estabe-lece que todo o caso de violência doméstica e intrafamiliar é crime, e deve ser apurado mediante in-quérito policial e ser remetido ao Ministério Público.

A lei foi batizada de Maria da Penha em homenagem a farma-cêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes que, em 1983, enquanto dormia, levou um tiro do então marido, Marco Antônio Heredia Viveiros, que a deixou pa-raplégica. Depois de se recuperar, foi mantida em cárcere privado, sofreu outras agressões e nova tentativa de assassinato, também pelo marido, por eletrocução. Ma-ria da Penha iniciou uma luta na Justiça e conseguiu deixar a casa com as três filhas.

Depois de um longo processo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.340, em 2006, conhecida por Lei Ma-ria da Penha, que coíbe a violência doméstica contra mulheres.

A presidente do TJAM informou que, bem a propósito, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promo-veu a 8ª Jornada da Lei Maria da Penha, em Brasília. De acordo com a desembargadora, o encontro tem como público alvo magistrados e servidores que atuam na área de violência doméstica contra a mulher.

Manaus também registra, hoje, de acordo com dados da Delega-cia Especial da Mulher, uma média de 15 denúncias por dia, que qua-se sempre acabam em inquéritos, processos ou apenas boletins de ocorrência.

mortesSegundo Graça Figueiredo, as-

sim como tem seu lado positivo, a Lei Maria da Penha não conseguiu deter o assassinato de mulheres. “Ao menos é o que aponta os nú-meros do Instituto de Pesquisa Eco-nômica Aplicada (Ipea) sobre a vio-lência contra a mulher, dando conta de que o Brasil registrou, entre 2009 e 2011, 16,9 mil mortes de mulhe-res por conflito de gênero, especial-mente em casos de agressão por parceiros íntimos.

— Esse estudo do Ipea levanta dados sobre o impacto da Lei Maria da Penha, e de acordo com os nú-meros não houve diminuição no nú-mero de mortes depois da vigência da Lei até 2011 – avalia.

Para a desembargadora, a lei representa um avanço no combate à violência contra a mulher, mas ainda

falta trabalhar medidas protetivas às vítimas

Existem 10.664 processos/procedimentos em tramitação no Primeiro Juizado

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Após participar da reunião de entrega do relatório para melhorias do sistema carcerário do Amazo-nas, no plenário do Tribunal de Justiça do Amazo-nas (TJAM), o conselheiro Guilherme Calmon, do

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) concedeu entrevista na qual explica a atual situação do Estado, quais os prazos para adotar as medidas propostas, a celeridade da Justiça, e qual é, de fato, o maior problema da região.

“A siTuAção do AmAzonAs é

PreocuPante”

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Folha da Justiça - A celeridade da Justiça é uma das prioridades?

guilherme calmon – Sem dúvi-da este é um ponto que no Judi-ciário é importantíssimo. Quanto mais rápida, quanto mais efetiva for a prestação judicial também na execução penal, melhor fi ca-rá o sistema. Se houver direito a algum benefício a pessoa que está presa, ela tendo seu benefí-cio assegurado no tempo devido, irá gerar tranquilidade no sistema para a população carcerária. E a gente sabe que é uma experiência do CNJ que é um dos fatores im-portantíssimos para a manutenção desta tranquilidade.

Folha da Justiça - O que o senhor considerou mais crítico no interior do Amazonas?

guilherme calmon – No interior do Estado há um problema muito sério que é, primeiro, as delegacias de polícia. Existem delegacias servindo como locais para pessoas fi carem presas. Essa é uma prática que o CNJ considera equivocada. Mais do que equivocada, é descumpridora dos direitos previstos na Lei de Exe-cução Penal e, como foi dito, há uma recomendação pela não continui-dade na manutenção das pessoas presas em delegacias. E para isso é preciso haver a construção de esta-belecimentos prisionais no interior e não apenas concentrar na capital.

guilherme calmon – Eu não me recordo exatamente. Mas ali é uma das unidades que tem o maior nú-mero de pessoas encarceradas. De fato é preciso ter outros luga-res para que essas pessoas sejam transferidas. Mas acredito que até o fi m do ano. Está no relatório.

Folha da Justiça - O maior proble-ma ainda é estrutural ou há também no número de pessoal?

guilherme calmon – Também há um problema de pessoal. Há a recomendação para a realização de concurso público para agentes penitenciários. Há a recomendação para o Tribunal de Justiça sobre a realização de um concurso em re-lação aos juízes. Há também ques-tões sobre gestão de pessoas que precisam ser resolvidas. Há proble-mas relativos à assistência jurídica.

Há comarcas do interior em que, de fato, por mais que tenha havido a nomeação daqueles 60 defensores públicos, ainda há ca-rência, então tem que haver con-curso para a Defensoria Pública. Tem que envolver a própria comu-nidade com os conselhos de co-munidade, enfi m, há medidas que não são apenas a criação de novas vagas. Criação de novas vagas são apenas para cumprir espaço. Mas além deste espaço, é preciso ter toda uma parte humanizada no cumprimento das atribuições.

Folha da Justiça - Em âmbito na-cional, o senhor diria que a situação do sistema prisional no Amazonas é a mais grave?

conselheiro guilherme calmon – Não digo que seja a mais grave. Eu já passei por outros estados, mas é uma das mais preocupan-tes. A gente percebe que são anos, talvez décadas de desca-so, e, nesse momento, o Con-selho Nacional de Justiça (CNJ) considera que já passamos da hora de permitir que haja uma re-versão desse quadro. Me parece que o governo estadual está ali-nhado nessa mesma ideia e es-peramos que, de fato, aquilo que foi dito pelo próprio secretário de Estado possa ser implementado. E o CNJ vai estar acompanhando de perto junto com o Tribunal de Justiça.

Folha da Justiça - Existem prazos para a desativação e a aplicação de outras medidas?

guilherme calmon – Todas as medidas que estão recomendadas foram analisadas com a fi xação de prazo. Então, ali há, sim, indicati-vos concretos sobre prazos razo-áveis para o cumprimento dessas medidas. Inclusive a desativação.

Folha da Justiça - Qual é o pra-zo para a Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa?

Guilherme Calmon diz que situação do sistema prisional no Amazonas é muito preocupante

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TJAm pode conTAr com os

bombeirosA segurança da sede

do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) está sendo reforçada.

A presidente da instituição, de-sembargadora Graça Figueiredo, esteve reunida com o comandan-te do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), coronel Roberto Rocha, para falar sobre as mudanças feitas desde que as-sumiu a administração do Poder Judiciário no Estado.

Ao todo, foram enviados cinco projetos para o órgão e que pas-sam por uma avaliação de profis-sionais especializados. “Todas as vezes que precisamos de ajuda, sempre tivemos um suporte dos bombeiros”, ressaltou a presidente Graça Figueiredo.

O comandante lembrou do tre-

mor ocorrido em 2009 em Manaus, e que atingiu o prédio do TJAM. “Estivemos na sede do tribunal na época e não detectamos nenhum estrago na estrutura, mas, desde então, verificamos que faltam ajus-tes. Por conta disso, disponibili-zamos um oficial, sem ônus, que ficará no prédio verificando quais as necessidades e que ajudará nessa manutenção que deve ser constante”, disse.

Ele ressaltou, ainda, a impor-tância de um treinamento com os funcionários do prédio, sendo pron-tamente aceito pela presidente. “Na verdade, só tomamos consciência do quanto tal ação é importante depois que acontece algum tipo de acidente”, declarou Graça.

Ainda sobre a parceria com o Corpo de Bombeiros, o coronel

que também é titular da Defesa Civil do Estado, estendeu a ajuda do órgão até as comarcas do in-terior. “Todas as localidades que contam com uma base nossa farão inspeções frequentes e os resultados serão encaminhados a Manaus. Assim, todos poderão saber como está a segurança nos prédios do Poder Judiciário no in-terior do Estado”.

Ao final, foi entregue um livro sobre a história dos Bombeiros no Amazonas, juntamente com uma agenda, um chaveiro e uma cerâ-mica com o símbolo da corpora-ção. “É imprescindível a presença de vocês na sede do Tribunal”, finalizou a presidente que deixou o Major Fernandes, membro da Comissão de Segurança, respon-sável por designar o oficial disponi-bilizado ao tribunal pelo órgão.

O comandante do CBMAM, coronel Roberto Rocha, estendeu a ajuda do órgão até as comarcas do interior

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AdminisTrAção grAçA Figueiredo pAgA

data baseO Tribunal de Justiça do

Amazonas (TJAM) ini-ciou o pagamento das datas-base de 2009,

2010, 2011 e 2012, que não foram repassadas nesses anos, somando um total de R$ 14,9 milhões, bene-ficiando assim, 1.265 servidores. O anúncio foi feito pela desembarga-dora-presidente, Graça Figueiredo, na manhã do dia 4 de setembro. O pagamento só foi possível de-vido aos ajustes financeiros que a presidente fez logo que assumiu o cargo, como corte e redução de comissões que representavam um gasto aproximado de R$ 700 mil.

De acordo com as explicações da diretora da Divisão de Finanças e Orçamentos, Rose Roldão, todo

ano o TJAM é obrigado a dar o reajuste de salário pelo índice de inflação. Nestes 4 anos o tribunal não conseguiu honrar esse rea-juste, por dificuldades financeiras. Isto é, as diferenças das datas-ba-se de 2009, 2010, 2011 e 2012 que eram para ser pagas em janei-ro de cada ano, dentro do próprio exercício, foram concedidas em meses posteriores.

Mas, agora, com um esforço muito grande, a presidente conse-guiu resgatar essa pendência com os servidores.

– É importante observar que a presidente do TJAM, uma ma-gistrada, teve como primeira ação na área de orçamento, tomar uma decisão que beneficia os trabalha-

dores – faz questão de registrar Rose.

DATA BASEObservando ainda que a data

-base de uma categoria profissio-nal é a data destinada a correção salarial e a discussão e revisão das condições de trabalho fixadas em acordo, convenção ou dissídio co-letivo.

— Explicando mais diretamen-te é a ocasião que os trabalhado-res, organizados por meio de seus sindicatos, buscam o reajuste sa-larial anual, manutenção de bene-fícios e obtenção de outros, como por exemplo o vale-refeição, plano de saúde, horas extras com adi-cional superior ao de lei, adicional de turno e outros.

Graça Figueiredo determinou o pagamento após ajustes financeiros no TJAM

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grAçA relAnçA livro no

fonajeOs juizados especiais

são responsáveis pelo significativo índice de mais de 40% das de-

mandas em curso no Poder Judici-ário. O número foi anunciado pela presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), Luzia Nadja Guimarães Nascimento, du-rante abertura do 36º Fórum Nacio-nal de Juizados Especiais (Fonaje), na noite de 26 de novembro, no Complexo São José Liberto.

— Estamos alicerçados na es-perança de que suas soluções se-jam alcançadas mediante critérios de oralidade, simplicidade, infor-malidade, celeridade e economia processual, que lhe concede ainda maior credibilidade no seio da gran-de massa populacional – disse em seu discurso a presidente do TJPA.

A desembargadora Graça Fi-gueiredo, presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), também participou do Fonaje. O relançamento de seu livro, “Se-nhoras da Justiça”, foi incluído na programação oficial do Fórum.

Magistrados de todo o Brasil participam do evento, que acon-

teceu pela primeira vez no Pará. Com o tema “Inovações no Siste-ma de Juizados Especiais”, a edi-ção do Fonaje buscava criar alter-nativas que funcionem no sentido de aumentar a produtividade dos Juizados Especiais, como desta-cou o juiz auxiliar da coordenado-ria de Juizados Especiais, Cristia-no Arantes.

— Os juizados especiais são fundamentais para uma sociedade que tem pressa de justiça. Por meio deste importante braço do judiciário, é possível o acesso à justiça de for-ma mais célere, pois os juizados es-peciais permitem aos cidadãos bus-carem soluções para seus conflitos cotidianos de forma rápida, eficiente e gratuita – disse Graça Figueiredo.

No final da manhã do dia ante-rior, Graça Figueiredo foi convida-da pela presidente do TJPA, Luzia Nadja para visitar as instalações do tribunal.

sede do fonajeBelém, no Pará, foi sede do

Fórum Nacional de Juizados Es-peciais (Fonaje), que aconteceu em novembro. O encontro, que foi

A presidente do TJAM foi convidada a relançar o livro no evento que reuniu magistrados de todo o Brasil

coordenado por uma comissão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), foi aberto oficialmente na noite do dia 25 de novembro, no Espaço São José Liberto, um ex-presídio que foi transformado em uma galeria de exposições.

A 36ª edição do Fonaje abor-dou o tema “Inovações no sistema dos Juizados Especiais”. O assun-to proposto possibilitou a discus-são sobre ideias que representam inovações e que se traduzem em aumento da eficiência dos Juiza-dos Especiais, a exemplo da tec-nologia e a crescente informatiza-ção dos atos processuais.

Na programação inicial, estava garantida uma palestra da ministra e corregedora nacional de Justiça, Nancy Andrighi, do Superior Tribu-nal de Justiça (STJ), que cancelou a participação na última hora e enviou representante. A abertura contou com as presenças do pre-sidente da Associação dos Ma-gistrados Brasileiros (AMB), João Ricardo Costa; do presidente do Fonaje, Mário Roberto Kono e da coordenadora dos Juizados Espe-ciais do TJEP, Diracy Nunes Alves.

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Representando o Tribu-nal de Justiça do Ama-zonas (TJAM), o de-sembargador e diretor

do Fórum Henoch Reis, Sabino da Silva Marques, conferiu todo o pro-cesso da destruição de armas reali-zado na manhã do dia 21 de agos-to, no 12º Batalhão de Suprimento

do Exército, localizado no quilô-metro 53 da AM-010. Juntamente com ele esteve o coronel Dower Morini, responsável pela tropa.

Segundo o desembargador, esse processo é realizado de forma periódica. “Há cada seis meses nos deslocamos até o 12º Batalhão de Suprimento para realizar esse tipo

de ação. Todas as armas que estão destruídas já não têm mais a devida importância para um processo que já foi arquivado ou então julgado. Juntamente com eles também in-cluímos as munições”, explica.

O magistrado, que atuou por 8 anos como juiz criminal, fez ques-tão de esclarecer quais armas es-

desTruição de

armas

As armas destruídas já não têm mais importância para um processo que já foi arquivado ou julgado

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grAçA Figueiredo nogoVerno do estado

Com viagem do go-vernador José Melo a Brasília para acom-panhar a votação da

PEC 20, que amplia o prazo de vi-gência da Zona Franca de Manaus para 50 anos, no mês de julho, a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembar-gadora Graça Figueiredo, assumiu o governo do Estado. Durante os dois dias em que a desembarga-dora-presidente comandou os destinos do Estado, quem assu-miu a presidência do TJAM foi o vice-presidente da Corte, desem-bargador Aristóteles Thury.

Sendo a terceira autoridade na linha de sucessão governamental, depois do vice-governador (que era o próprio Melo, quando Omar Aziz era o titular) e do presidente da Assembleia Legislativa, Josué Filho – que também estava impe-dido pois foi candidato a deputa-do estadual –, Graça Figueiredo substituiu de forma provisória o

governador José Melo enquanto durou a viagem que o Chefe do Executivo fez a Brasília. Melo este-ve no Distrito Federal trabalhando a articulação das bancadas fede-rais para o apoio à PEC da Zona Franca.

Além de cumprir a agenda do governo, Graça transferiu o expe-diente do tribunal para o gabinete do governador na sede do Gover-no, no bairro da Compensa. Pela manhã, ela despachou com o secretário de administração Raul Zaidan, com que discutiu assun-tos relacionados ao Estado e ao próprio Judiciário.

Logo em seguida, a gover-nadora se reuniu com o chefe da Defensoria Pública do Estado do Amazonas, José Ricardo Vieira Trindade, às 10h; com então o procurador-geral de Justiça, Fran-cisco Cruz, às 11h e também com presidente da Associação dos Ma-gistrados, Edmilson Sá Nogueira, ao meio-dia.

tavam nos lotes destruídos. “Não que eu seja um profundo conhece-dor, mas esses anos como juiz me permitem afi rmar que fazem parte destes armamentos revólveres de calibre 32, 38, PT45, entre outros. Armamentos pesados, médios e leves”, adianta Marques, lembran-do que antes de haver essa par-ceria com o Exército, iniciada em 2011, o destino das armas apre-endidas era o Rio Negro. “Todas as armas recolhidas era descarta-das dentro do rio. Assim tínhamos a certeza do seu fi nal”.

A ação, em conjunto com o Exército, é vista pelo desembarga-dor com bons olhos. “Não pode-mos canalizar tal atividade ou fazer entrega para outro órgão a não ser para o Exército. Eles são as pes-soas mais indicadas para realizar a destruição e, com isso, evitar que todo esse armamento retorne para a sociedade de forma indevida”.

Responsável pelo 12º Batalhão de Suprimento, o coronel Dower Morini também acompanhou de perto toda a devastação das ar-mas apreendidas. “Possuímos as instalações adequadas para que todo esse processo seja realiza-do da melhor maneira possível e, com isso, termos êxito. Disponibi-lizamos pessoas especializadas e que já efetuaram a atividade outras vezes”, esclarece.

O coronel explica que todo o pro-cesso é realizado por meio de uma reação química, sem explosões. “Na realidade existem vários métodos para colocar em prática essa destrui-ção. A utilizada por nós consiste no processo mecânico de deformação do material e, em seguida, por meio de uma reação química, todas as pe-ças são derretidas. O processo não agride o meio ambiente e o ferro que sobra é descartado no aterro sanitá-rio de Manaus”.

aPreensãoDurante a ação, foram des-

truídas 1.254 armas que estavam guardadas de maneira segura no Departamento de Depósito Públi-co, localizado no Fórum Henoch Reis. O número registrado é su-perior ao do ano passado que foi de 876. Segundo Sidney Level, diretor do departamento, todo o material destruído era irrelevante para seus respectivos processos. “Com isso conseguimos garantir, ainda mais, a segurança no Esta-do, tendo em vista que esse arma-mento é referente a capital e todas as comarcas”.

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O d e s e m b a r g a d o r Cláudio Roessing, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), é

o novo coordenador do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a Região Norte. A convocação foi feita pela ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), corregedora nacional de Justiça no biênio 2014-2016, por meio da portaria nº 54.

A portaria foi publicada no dia 22 de setembro e enviada à presi-dente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo. Roessing rece-beu a notícia transferindo a hon-raria para a Corte de Justiça do Amazonas que, segundo ele, está sendo prestigiada pelo conselho,

haja vista que sua nomeação é um reconhecimento nacional a um dos membros da Corte de Justiça do Amazonas.

Após sua posse, realizada na corregedoria do CNJ, a ministra Nancy instituiu um grupo de traba-lho da Coordenação de Controle Regional das cinco regiões do país – Norte, Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.

Como coordenador da região Norte, o trabalho do desembarga-dor amazonense será assessorar a Corregedora Nacional de Justiça na análise de informações pres-tadas pelos Tribunais de Justiça. Também acompanhará os traba-lhos desenvolvidos pelas Correge-dorias Estaduais, em razão de sua

atribuição; auxiliar na fiscalização e execução das orientações, de-terminações e metas fixadas pela Corregedoria Nacional de Justiça. O grupo também será composto por juízes de 2º Grau, designados pela Corregedoria Nacional de Justiça e exercerão suas funções sem prejuízo da jurisdição.

Quem éCláudio César Ramalheira

Roessing foi eleito desembargador do TJAM no dia 29 de setembro de 2009. O juiz, que ocupava a 2ª Vara Cível e vinha compondo o Pleno do TJAM, foi eleito com 11 votos, pelo critério de merecimento.

Filho de Ermelinda e Ernesto Roessing, Claúdio Roessing che-gou ao cargo de desembargador após 23 anos de carreira na ma-gistratura. Graduou-se em Direito em 1982, pela Universidade Fe-deral do Amazonas (Ufam). É pós-graduado em Direito Civil e Pro-cessual Civil pelo Centro Integrado de Ensino Superior do Amazonas (Ciesa) em 1999 e possui Mestra-do em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 2004.

roessingnovo coordenAdor do

cnJ nA região norTe

O trabalho do desembargador amazonense será assessorar a Corregedora Nacional de Justiça

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emPossadosnovos AssisTenTes Judiciários

e AnAlisTAs do TJAm

No dia 15 de setem-bro, a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM),

desembargadora Graça Figueire-do, empossou novos analistas e assistentes judiciários aprovados em concurso público realizado em 2013. A cerimônia foi realizada no miniauditório da Escola Superior de Magistratura (Esmam), loca-lizado no Centro Administrativo Desembargador José de Jesus Ferreira Lopes, e contou com a presença do coordenador da Es-cola de Aperfeiçoamento do Ser-vidor (EASTJAM), desembargador Paulo César Caminha e Lima, assim como da diretora da EAST-JAM, Wiulla Inácia Garcia.

A presidente do TJAM mani-

festou sua satisfação em participar de um momento tão importante não apenas para o tribunal, mas também para os novos servidores.

“Quero dar as boas-vindas a todos que estão ingressando para a família do Judiciário. Ao assumir seus respectivos cargos, vocês es-tão assumindo um compromisso com toda a sociedade e de extre-ma importância”, ressaltando, ain-da, a relevância de cada função. “Espero que vocês façam tudo o que for possível para que haja uma boa distribuição da justiça”.

Em seguida, o desembargador Paulo César Caminha e Lima, co-ordenador da EASTJAM, também fez pronunciamento. “Gostaria de parabenizá-los pelo esforço pessoal de cada um, e dizer que

encarem com entusiasmo essa nova jornada. Somos um tribunal pequeno com um estado grande. Justamente por isso temos que ser eficientes. A escola de aperfei-çoamento conta com um corpo de educadores maravilhosos, e todos terão noção e receberão conhe-cimentos para que possam nos ajudar nas tarefas diárias. Sejam todos bem-vindos”, disse.

O mais novo empossado, Mi-chel Noronha, foi o responsável por realizar o juramento, além de assinar o ato de nomeação, re-presentando todos os servidores. “Contamos com essa força jovem para que o TJAM possa seguir cumprindo seu papel, sempre lem-brando que a Justiça existe e sem-pre existirá”, finalizou a presidente.

A presidente do TJAM, Graça Figueiredo, e o desembargador Paulo César Caminha e Lima, coordenador da EASTJAM, deram as boas vindas aos novos servidores

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TJAM ABrAçA ooutubro rosaa presidente do TJam, desembargadora Graça Figueiredo, abriu a programação do mês dedicado ao combate do câncer de mama e de colo do útero

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No primeiro dia de ou-tubro, a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM),

desembargadora Graça Figueire-do, deu início a programação em comemoração ao Outubro Rosa, mês dedicado a conscientização das mulheres sobre a importân-cia da prevenção e do diagnósti-co precoce do câncer de mama e colo do útero. “Iniciamos a cam-panha que é realizada em todo o Brasil cujo foco é a saúde femi-

nina. Vários órgãos precisam de uma atenção reforçada”, disse a presidente.

A presidente-desembargadora lembrou, ainda, que mulheres de todas as idades podem ser atin-gidas pelo câncer. “Não interessa se você é jovem ou idosa, em am-bos os casos é fundamental que os exames sejam realizados com periodicidade. Por isso, incentivo todas as funcionárias do TJAM a participar das palestras que serão realizadas na sede do Tribunal e

que nos ajudem a propagar essa campanha”.

E o pedido de participação não ficou restrito somente as mulheres, pois a desembargadora também ressaltou a importância dos ho-mens na campanha. “Os senhores tem mães, avós, esposas, namo-radas, noivas... Então é preciso alertar as mulheres ao redor. Por se tratar de uma doença silencio-sa, ela não escolhe classe social, raça ou idade. Muitas estão sendo mutiladas por esse motivo”.

A presidente do TJAM, Graça Figueiredo, falou sobre sobre a importância da prevenção e do diag-nóstico precoce do câncer de mama e colo do útero

As servidoras da Divisão de Serviço Social distribuíram os laços cor de rosa que fazem parte da campanha

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Durante a abertura da campa-nha, a presidente-desembargado-ra reforçou seu compromisso com os servidores do TJAM. “Quero agradecer a presença de todos e dizer que, com uma mulher na pre-sidência, o interesse pela saúde e melhora de todos os funcionários do Tribunal ganha um reforço”, assegurou ressaltando a adesão no mês de novembro a campanha Novembro Azul, que orienta a po-pulação masculina sobre a impor-

tância do diagnóstico precoce do câncer de próstata.

A cerimônia foi encerrada com um abraço simbólico realizado na fachada da sede do prédio do Tri-bunal de Justiça, seguida da ora-ção Pai Nosso.

ProgramaçãoAs ações visaram principalmen-

te conscientizar as servidoras do TJAM sobre a prevenção ao cân-cer de mama e o de câncer de colo

uterino. Na terceira semana de ou-tubro, entre os dias 20 e 23, foram oferecidos exames preventivos no Fórum Henoch Reis, onde já existe um consultório ginecológico.

Em parceria com a prefeitura de Manaus, a Unidade Móvel de Saúde da Mulher, mais conhecida como Carreta da Mulher, também foi oferecida, neste período, às servidoras, no Henoch Reis, com exames como mamografia e ul-trassonografia (abdominal, mama, renal, tireóide, transvaginal e obs-tétrica) ainda com disponibilização de atendimento médico e realiza-ção de exames laboratoriais.

PalestrasAinda em outubro, a médica

ginecologista Mônica Bandeira mi-nistrou duas palestras às servidoras. Sempre com o foco na prevenção ao câncer de mama e ao câncer de colo uterino. A palestra foi ministra-da nos dias 3 de outrubro, às 12h, no anexo ao Edifício Arnaldo Carpin-teiro Péres e no dia 7 de outubro, às 13h, no Fórum Henoch Reis.

TErAPIAAs atividades do Outubro Rosa

no TJAM ainda incluiram uma aula experimental de Chi Kung – Ginás-tica Terapêutica, no Salão Nobre do Fórum Henoch Reis. A ação foi em parceria com a Universidade da Terceira Idade (Unati). Além disso, os servidores puderam visualizar na intranet vídeos do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC).

Os prédios do Poder Judiciário foram iluminados durante o Outubro Rosa

Entre as ações do Outubro Rosa, as servidoras puderam utilizar os serviços da Carreta da Mulher

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combate ao câncerde mAmA e de colo do úTero

O auditório do Centro Administrativo De-sembargador José de Jesus F. Lopes

(antigo Anexo) foi palco da palestra da ginecologista Mônica Bandeira de Melo. A médica foi convidada pela presidente do Tribunal de Jus-tiça do Amazonas (TJAM), desem-bargadora Graça Figueiredo, para fazer parte do programação criada pelo Poder Judiciário em come-moração ao Outubro Rosa, mês dedicado a prevenção do câncer de mama.

A presidente-desembargadora Graça Figueiredo fez questão de ressaltar a importância da médi-ca na programação do TJAM. “A doutora Mônica é uma das mais

importantes ginecologistas do es-tado, e fico muito feliz por ela ter aceito o nosso convite para nos explicar de que forma devemos cuidar do nosso corpo, quais pro-cedimentos fazer para que esteja-mos em dia com a nossa saúde”, disse, lembrando, ainda, que o Poder Judiciário disponibilizou exames de mama e de útero gra-tuitamente para as servidoras.

Com 31 anos de carreira, Mô-nica Bandeira de Melo agradeceu o convite feito pela presidente do tribunal e afirmou que “enquanto mulher, cidadã e ginecologista da Fundação Cecom, é de extrema importância todo projeto que tem como objetivo esclarecer, informar e conscientizar as mulheres para a

prevenção desses tipos de câncer”. “Somos campeões mundiais

de câncer do colo do útero. Tiran-do os países africanos que pos-suem epidemias de HIV, somos campeões. Só em falar isso, estou esclarecendo de forma bem en-fática de como é importante esse convite”, comenta a ginecologista.

Mônica Bandeira de Melo res-salta que o dado tem como prin-cipal causador a iniciação precoce da vida sexual das amazonenses.

“Basta ver o número de me-ninas que engravidam na adoles-cência. Então, a partir do momen-to que a menina começa a ter vida sexual, ela passa a estar exposta ao vírus do HPV, responsável por causar o câncer do colo do útero”.

VACINA E PrEVENçÃoUma das conquistas da mé-

dica, sem dúvida, foi ter trazido a vacina contra o vírus HPV para o todo o Amazonas, em parceria com o governo do estado, de for-ma gratuita. “Na realidade, a va-cina existe desde 2006. Naquele mesmo ano comecei a ir atrás do remédio e ser taxada de ‘persona non grata’ nas audiências públicas feitas em Manaus pelo Ministério da Saúde. Em 2007, decidi que era hora de agir e passei a me convidar para ir nas faculdades e escolas, alertando sobre o perigo e como esse câncer mata de for-ma indigna”, conta.

Entretanto, foi somente no ano passado que ela obteve sua vitória. “Depois de muito lutar, a ex-primeira dama do Amazonas, Ne-jmi Aziz, falou com o então gover-nador Omar Aziz, para que ele me chamasse para conversar. Montei uma aula de 15 minutos. Não foi preciso chegar ao final. O Omar foi de uma sensibilidade incrível e dis-se que a partir daquele momento, independentemente do dinheiro federal, traria a vacina para o Ama-zonas de forma gratuita e em par-ceria com a Prefeitura de Manaus. Foi um dos dias mais importantes da minha carreira”.

Em números, foram vacinadas 103 mil meninas, ou seja, 80% da meta. “É bom saber que o Brasil só transformou a vacina gratuita pelo nossa iniciativa no Amazonas. Fico feliz em saber que fomos pio-neiros. E com essa palestra espero ter esclarecido a importância dos exames não apenas para a pre-venção do câncer de mama e colo do útero, mas também do câncer do corpo do útero”, finaliza.

A ginecologista Mônica Bandeira de Melo falou sobre a importância do diagnóstico precoce

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Dando continuidade ao pacote de segurança implementado pela presidente do TJAM,

desembargadora Graça Figueire-do, presidente do TJAM, a parte da frente do Edifício Arnoldo Pé-res, sede do tribunal, ganhou 45 mestros de grades, que vão da Casa de Justiça Desembargador Paulo Herban Maciel Jacob até a lateral direita do prédio localizado na avenida André Araújo.

A desembargadora-presidente visitou as obras em frente à sede do TJAM, acompanhada do de-sembargador João Mauro Bessa, do diretor da Divisão de Engenha-ria do tribunal, Rommel Akel e do Major Fernandes, membro da Co-missão de Segurança.

— Estamos avançando com o gradil para poder instalar um portão que será fechado ao final do expe-diente e nos fins de semana – ex-plicou.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou a Resolução nº 104, de 6/4/2010, que dispõe sobre medi-das para a segurança dos magistra-dos. No entanto, dois anos depois, na maioria dos Estados, não se constata o “controle de acesso aos prédios com varas criminais”, a ins-talação de câmaras de vigilância, de detector de metais ou o policiamen-to ostensivo com agentes próprios, como exige a Lei e a Resolução.

No TJAM, a comissão de segu-rança é composta pelo desembar-gador Cláudio Roessing, pela juíza auxiliar da presidência, Lia Freitas, além do major Fernandes e do co-ronel Diogo.

LoCAL DESProTEGIDoDepois de explicar as obras que

darão mais segurança à área de acesso à sede do TJAM, a presi-dente foi até ao local onde foi cons-truída a Casa de Justiça, para a qual vai encomendar um estudo para a construção de uma segunda alter-nativa de saída de carros, já que o tribunal está limitado com uma úni-ca saída pela avenida André Araújo. Graça Figueiredo também determi-nou a instalação de postes de ilu-minação no estacionamento, que à

noite ficava às escuras.Como manda a resolução do

CNJ, todas as pessoas, indiscrimi-nadamente, têm que se submeter às regras de segurança existentes na entrada de tribunais e fóruns de todo o Brasil, como portas detec-tores de metais, raios-x e revista de bolsas e pastas.

“O local fica desprotegido após o expediente. Por conta disso, ins-

talamos as grades a fim de dar mais segurança ao prédio. Durante esse período e nos finais de semana e feriados, o acesso será feito por portões controlados pelos militares”, informou Rommel Akel.

Os gradis são de cor verde e da mesma padronagem que as já existentes no restante da sede do TJAM, para manter a arquite-tura do local.

mais segurançanA sede do TJAm

Os gradis foram instalados para dar mais segurança a sede do TJAM

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“Foi TrAbAlHoso, mAs

Valeu a Pena”

Com essa frase, o de-sembargador Aristó-teles Thury, presiden-te da Comissão de

Concursos Públicos do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), anunciou no dia 3 de outubro, o encerramento do concurso para juízes, que teve como última eta-pa a prova oral. Do total de 1.259 inscritos, apenas 19 participaram das seis fases do concurso reali-zado dentro dos padrões exigidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e aplicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

— O sentimento é de dever cumprido. Saio dessa missão com a consciência tranquila e com o sentimento de que realizamos um trabalho que corresponde às co-branças da sociedade e dentro da-quilo que exige o país novo: com ética e transparência. Devo muito dessa realização à equipe que es-teve comigo nesse desafi o – resu-miu o desembargador Thury, que trabalhou mais de um ano na reali-

zação dos concursos do TJAM. O primeiro foi para os cargos de ana-lista, assistente e auxiliar judiciário, em 2013. O segundo foi para juiz, que também começou em 2013 e só este ano chegou ao fi m.

Confi ra, nesta entrevista, o ba-lanço do desembargador Aristóteles Thury sobre o concurso para juiz:

Folha da Justiça – Como o senhor avalia o concurso para juiz do Tribunal de Justiça do Amazonas?

desembargador aristóteles thury – Como bem disse a desembar-gadora-presidente, Graça Figuei-redo, foi trabalhoso, mas valeu a pena. Nós começamos no inicio de 2013 e encerramos agora. Além disso, nós tivemos um hiato de 9 anos sem realizar concurso público, agora retornamos reali-zando um certame nos moldes exigidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Isto porque o CNJ tem vários pré-requisitos para realizar um concurso. Então, nós não estávamos acostumados a fa-

zer dessa forma, com todas essas exigências.

Folha da Justiça – Que exigências são essas?

thury – Por exemplo, tem que ter termo de referência, publicação de editais, obedecer às datas e prazos. Quer dizer, a gente pecou na formalidade. Então, isso nos trouxe algum problema, mas não de falta de transparência ou de li-sura.

Folha da Justiça – Mas houve mo-mentos em que o concurso foi “travado” , fazendo com que o prazo de realização se alongasse?

thury – Houve sim alguns re-cursos, mas quando alguém fazia isso era por problema como a falta da publicação de edital, o cumpri-mento de prazo ou qualquer outro problema burocrático. Mas não por falta de lisura, transparência. Então, isso fez o tempo correr.

Folha da Justiça – O que mais fez o concurso se alongar?

O desembargador Aristóteles Thury, presidente da Comissão de Concursos Públicos do Tribunal de Justiça do Amazonas

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thury – Também foi longo por-que o concurso para juiz tem que obedecer a seis fases.

Folha da Justiça – Quantos can-didatos se inscreveram no concurso para juiz?

thury – Mais de mil candida-tos inscritos. Para ser mais exato 1.259. Porém aprovados nós tive-mos, até agora, 19.

Folha da Justiça – Desse total de candidato, tinha muita gente de fora?

thury – A maioria. Para se ter uma ideia, dos 1.259, apenas cin-co eram amazonenses

Folha da Justiça – É possível ava-liar o nível dos candidatos que concorre-ram ao certame?

thury – Muito bom. Quem pode falar mais sobre isso é o doutor Antônio Luiz Ferreira (coor-denador do concurso pela FGV).

antônio luiz – Os candidato fo-ram muito elogiados pela banca examinadora do concurso, forma-da pelos desembargadores do Rio de Janeiro. Eram dez profi ssionais do Rio, sendo a maioria desembar-gadores e alguns promotores. Pelo

Amazonas tivemos a representa-ção da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AM).

Folha da Justiça – Desembar-gador, o senhor acha que esse concurso resolve o problema da falta de juízes nas comarcas do Amazonas?

thury – Não, não. Já está de-fasado. Nós tínhamos 31 vagas a ser preenchidas. E encerramos o concurso com 19 aprovados.

Folha da Justiça – Então, será ne-cessário fazer um novo concurso?

thury – Sim, será necessário realizar um novo.

Folha da Justiça – Quando poderá acontecer?

thury – Isso fi cará a cargo da presidência. E eu não sei a dispo-nibilidade orçamentária. Isso sem-pre tem que ser levado em consi-deração.

Folha da Justiça – Por não seguir alguns critérios que são observados hoje, o senhor acredita que alguns concurso do TJAM, realizados em décadas passadas, possam ter comprometido a instituição, em ternos de credibilidade?

thury – Não diria isso, porque tivemos aquisição de outros ma-gistrados muito importantes do ponto de vista profi ssional, em concursos passados. É simples-mente uma questão de obedecer aos novos critérios, porque o Bra-sil é outro, o pais avançou. Mas, ti-vemos, sim, a aquisição de muitos magistrados importantes e com-petentes que passaram nesses concursos. Isso é somente uma questão de estrutura. Agora temos outra estrutura, imposta pelo CNJ. Então, nós não podemos falar do que aconteceu. Vamos olhar pra frente.

Folha da Justiça – Mas houve problemas em concursos passados, não houve?

thury – Na verdade, só temos um problema com aquele concur-so da década de 90, que continua sub júdice, no STJ. Mas isso já tem mais de 20 anos. O concurso foi impugnado.

Folha da Justiça – Quando foram anunciados os nomes aprovados?

thury – No dia 23 de outubro nós anunciamos o resultado fi nal. E a qualquer momento os novos juízes poderão ser chamados. A FGV entrega o resultado para a comissão de concursos e a comis-são entrega para a presidente do tribunal que, por sua vez, submete o resultado do concurso ao Tribu-nal Pleno para a homologação.

Folha da Justiça – Em relação à

sociedade, que sempre cobra transparên-cia na questão dos concursos públicos, o senhor acha que cumpriu sua missão e entrega o concurso com o sentimento do dever cumprido?

thury – Sim, chego ao fi nal dessa missão com o sentimento do dever cumprido e em paz com a minha consciência. Mas divido esse sentimento com a equipe que esteve ao meu lado o tempo intei-ro. Agradeço não só a comissão do concurso, mas também à co-missão examinadora, à Fundação Getúlio Vargas (FGV), com quem fi zemos uma grande parceria, e que dessa parceria a sociedade só ganhou com a lisura e a transpa-rência. À imprensa, que sempre esteve conosco, que nos apoiou e divulgou tudo o que estávamos fa-zendo. Mais de 100 pessoas esti-veram envolvidas só na realização do concurso.

Thury diz que cumpriu o seu dever e que realizou um trabalho que corres-

ponde às cobranças da sociedade

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A Justiça agora está preparada para com-bater os crimes de pedofilia que tanto

afligem a sociedade e resigna qualquer pessoa de bem. O Tri-bunal de Justiça do Amazonas (TJAM) inaugurou no dia 10 de outubro, a primeira Vara Espe-cializada em Crimes Contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes, no Fórum Henoch Reis, pela presidente do TJAM, desembargadora Graça Figuei-redo, e pela juíza titular da vara, Patrícia Chacon.

De acordo com a presidente, tramitam na Justiça do Amazonas mais de 2 mil processos envolven-do crimes sexuais contras crian-ças e adolescentes. No interior, eles somam aproximadamente 2.156 processos. Apesar da de-manda, não havia espaço e nem condições de estrutura de traba-lho para que a juíza desse maior celeridade aos processos dessa natureza, já que antes, eles inte-gravam a Vara Especializada em

Crimes Contra o Idoso, Adoles-cente e Criança, funcionando de forma improvisada sem, sequer, ter uma espaço lúdico adequado para ouvir as crianças.

— Isso é coisa do passado. A partir de agora, a Justiça está, de fato, preparada para o combate desses crimes, porque vai contar com uma estrutura adequada e compatível, tanto no acolhimento das crianças vitimizadas, como para processar, julgar e colocar na cadeia esses animais – que não podem ser considerados seres humanos – , tirando-os do conví-vio por abusar contra a inocência de indefesos – dispara a desem-bargadora Graça.

A presidente do TJAM chegou ao Fórum Henoch Reis às 8h25. subindo, pela escada, para o 4º andar onde está montada toda a estrutura da nova vara, integran-do-se ao clima de comemoração à Semana da Criança.

— Gostaríamos que fosse di-ferente. E que nessa data tivesse um motivo para comemorar e não

houvesse uma estatística tão as-sustadora. Mas, infelizmente ela existe e temos que fazer o míni-mo para combater essa anomalia que cresce cada vez mais no país e no mundo – lamentou Graça Figueiredo.

Depois de percorrer as depen-dências da nova Vara de Crimes Contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes, a de-sembargadora enalteceu a luta da juíza Patrícia Chacon, considera-da por ela uma “magistrada de-dicada e que sofria pela falta de estrutura para desempenhar seu trabalho”.

— Apesar da dedicação da doutora Patrícia, ela tinha dificul-dade de dar maior celeridade aos processos. A vara era pequena, não havia um lugar apropriado para ouvir as crianças, não havia um espaço psicossocial, não ti-nha sala de audiência isolada do réu, e sequer um banheiro – ex-plicou Graça.

A desembargadora anunciou também a instalação de um tele-

TJAm inAugurA vArA especiAlizAdA emcrimes conTrA criAnçA e AdolescenTe

infância ameaçada

A Vara Especializada em Crimes Contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes funciona no Fórum Henoch Reis

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fone 0800 para que as pessoas possam fazer a denúncia e a juíza encaminhar ao Ministério Público e à Defensoria Pública, para que a Justiça possa imprimir maior cele-ridade no combate a esse crime contra inocentes.

rESPoSTA ENÉrGICAA juíza Patrícia Chacon se

emocionou a relatar a luta que vi-nha travando há mais de 2 anos para cumprir sua missão de con-denar pedófilos. Segundo ela, o Dia das Crianças foi um marco nessa luta da sociedade contra os crime sexuais envolvendo crian-ças e adolescentes. “A sociedade ganhou um presente. Estamos felizes com a sensibilidade da desembargadora Graça, que deu um presente para a sociedade” –, disse a magistrada que não con-seguiu conter as lágrimas.

— Fico sensibilizada porque é uma luta de muitos anos. Pre-cisamos estar preparados para enfrentar essa situação. Esta é a resposta mais enérgica no comba-te ao crime de pedofilia. Vinha plei-teando que essa vara fosse des-membrada e criada uma estrutura há anos – disse Patrícia.

De acordo com a juíza, a vara que acumulava vários tipos de processos, não tinha nem onde acolher as crianças vitimizadas. A estrutura que ela tinha, antes, não dava condições para a celeridade.

— Não tinha uma sala ade-quada, para evitar o confronto da família das vítimas com o réu. Eu sofria com isso, mas graças a Deus e a desembargadora Graça, esse tormento acabou.

Na nova estrutura, a juíza des-taca que a sala do depoimento é especialmente acolhedora, ade-quada para receber as crianças vitimizadas, com sala lúdica e uma equipe multidisciplinar com psicólogos e assistentes sociais.

— Todo relato é uma vivência daquele drama que a criança en-frenta. Relatar de novo à justiça é reviver aquele drama. Então, a justiça tem que estar preparada com uma sala acolhedora, para que aquele relato que precisa ser feito novamente seja acolhedor, e não mais agressivo ainda do que ela já passou. Porque é uma mar-

ca que nunca se apaga. É uma marca que ficará para sempre na alma dessa criança.

A juíza lembrou que a pena para esse crimes varia de 8 a 15 anos, dependendo dos agravos. “É bom deixar claro para a socie-dade que, mesmo com todas as dificuldades, nunca deixamos de cumprir o nosso dever. E agora será melhor ainda. Após os rela-tos e andamento dos processos, os acusados podem pegar de 8 a 15 anos de prisão, podendo ter esse valor dobrado devido a outros detalhes que envolvem a denúncia”.

A juíza Patrícia Chacon ressalta que a pena para esse crimes varia de 8 a 15 anos, dependendo dos agravos

A sala do depoimento é especialmente acolhedora, adequada para receber as crianças vitimizadas

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“A insAnidAde HumAnA

é grande”Ao anunciar a inaugu-

ração da Vara Espe-cializada em Crimes Contra a Dignidade

Sexual de Crianças e Adolescen-tes, a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), de-sembargadora Graça Figueiredo concedeu a seguinte entrevista à imprensa. Confi ra:

Folha da Justiça – Com a nova Vara Especializada em Crimes Contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adoles-centes, o que muda nas audiências e pro-cedimentos?

desembargadora graça figuei-redo, presidente do tjam – O aco-lhimento das crianças será espe-cial, com a sala lúdica, a sala que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determina e que será ins-talada no quinto andar. Essa sala, de depoimento especial para crianças, será diferenciada, pois não pode ser aquela vara austera, porque assusta a criança que está

psicologicamente abalada.Nós também pretendemos, de-

pois que a Defensoria Pública de-socupou alguns espaços, ampliar locais como esta sala, que é o lugar onde as crianças fi cam aguardan-do as mães que estão em audiên-cia – muitas vezes de réu preso. É uma sala que tem acolhimento, com uma senhora que entretém as crianças, que muitas vezes não têm com quem fi car, pois são de família pobre, geralmente.

Folha da Justiça – Antes desse desmembramento, como era feito esse trabalho?

graça figueiredo – Esse traba-lho era difícil. A doutora Patrícia estava muito mal alocada, em uma sala sem banheiro, apertada, onde o depoimento era misturado com os serventuários, com os funcio-nários do cartório e quase todas as pessoas participavam do de-poimento e não pode ser dessa forma.

Folha da Justiça – Os dados são alarmantes. Vai haver mais celeridade no julgamento dos processos agora?

graça figueiredo – Pretende-mos colocar serventuários, estagi-ários, uma equipe multidisciplinar, com psicólogos e assistentes so-ciais, tudo o que a doutora Patrícia precisar. Nós faremos o que a lei disser para o melhor acolhimento da criança abusada. Isso porque, em Manaus, de acordo com as estatísticas feitas pela doutora Patrícia, nós temos mais de 2,5 mil processos em andamento, so-mente na capital. No interior a es-tatística também é alarmante, pois são mais de 2,1 mil processos nas cinco maiores comarcas: Tabatin-ga, Manacapuru, Coari, Itacoatia-ra, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo. Nós iremos lá, eu irei lá com minha equipe de assessoria, pedir para que nossos colegas ju-ízes deem celeridade a esses pro-cedimentos.

Folha da Justiça – Quais são os principais crimes praticados contra as crianças?

graça figueiredo – Estupro. A maioria é estupro de vulnerável, em crianças, bebês. A insanida-de humana é tanta que você não consegue mais nem avaliar. Ela vai desde bebezinho até a idosos. Mas aqui serão tratados casos de menores de 14 anos e de adoles-centes.

Folha da Justiça – A vara vai aju-dar no combate a violação dos direitos das crianças e dos adolescentes?

graça figueiredo – Sem dúvida. Nós temos a doutora Patrícia, que como disse, é uma juíza abnega-da, que vai dar maior celeridade e nós vamos dar todo o aporte para que esses que já estão encarcera-do permaneçam, e os que ainda não estão estão, sejam encarce-rados imediatamente, pois não podem viver em sociedade, pois abusam do inocente.

Graça Figueiredo reafi rmou que a intenção é sempre dar celeridade a Justiça

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corregedor-gerAl inspecionA

PresÍdio de Parintins

O corregedor-geral de Justiça do Amazo-nas, desembargador Flávio Humberto Pas-

carelli Lopes, realizou no dia 8 de agosto uma inspeção na Unidade Prisional da comarca de Parintins, administrada pela Secretaria Esta-dual de Justiça e Direitos Huma-nos (Sejus). Segundo o correge-dor, a inspeção teve a fi nalidade de saber em quais as condições os presos de Parintins estão cum-prindo pena, além de verifi car o andamento dos processos de pre-sos condenados e provisórios.

O presídio, com capacidade para 36 pessoas (32 homens e 4 mulheres), conta com uma popu-lação carcerária de 139 pessoas, que fi cam divididas em 12 celas, onde cada uma tem capacidade para apenas duas pessoas. Cada cela do presídio de Parintins chega a acomodar até 12 presos.

“A superlotação carcerária é um fenômeno nacional. O que nós temos é um défi cit de estabeleci-mentos prisionais e o Estado do Amazonas não foge dessa realida-de. Temos muito mais presos do que celas. Esse é um problema que acaba no Judiciário, mas que começa no Poder Executivo”, co-mentou Pascarelli.

Respondendo pela direção da unidade prisional, o diretor João Bosco das Chagas Paulain cha-mou atenção para o problema da superlotação e também para a falta de estrutura de servidores e de uma equipe médica para aten-dimento aos presos.

“Aqui eu sou motorista, psicó-logo, dentista, e outras funções que tenho que assumir diariamen-te devido à situação caótica em que encontrei o presídio”, ressal-tou Paulain.

O corregedor, que estava acompanhado do juiz do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Luís Marcio Albuquerque, e do se-cretário da comissão de correição e inspeção na comarca de Parin-tins, Giovanni Silva, conheceu a estrutura física do presídio, o tra-balho desenvolvido pela direção junto aos detentos e visitou as ce-las onde conversou alguns presos.

De acordo com informação da direção, os presos fazem quatro refeições ao dia; praticam ativida-des físicas durante duas horas, diariamente, de segunda à sex-ta-feira; participam de aulas com disciplinas do ensino fundamental; de culto religioso uma vez por se-mana; e desenvolvem trabalhos de artesanato.

MEDIDAS UrGENTESDe acordo com o diretor João

Bosco Paulain, as medidas mais urgentes a serem adotadas pelos poderes Judiciário e Executivo es-tão relacionadas à revisão de pro-cessos dos presos condenados, à presença de um profi ssional de medicina que preste atendimento aos presos, e também à amplia-ção da unidade para a construção de novas celas.

“Há presos provisórios que ainda não foram ouvidos. A maio-ria dos processos desses presos e também dos presos condenados, que estão aguardando uma res-posta, encontram-se na 1ª Vara da comarca”, afi rmou o diretor do presídio, que apontou difi culdades a serem levadas pela CGJ/AM à presidência do TJAM.

Para o juiz Albuquerque, há for-mas de minimizar a superlotação carcerária, “seja elevando a qua-lidade de vida das pessoas, com emprego, educação e saúde, seja destinando mais recursos para a construção de novos presídios, e também através da aplicação racional e equilibrada das penas privativas de liberdade, substituin-do-as, tanto quanto possível, por penas restritivas de direito, nos ca-sos permitidos em lei”.

A inspeção teve a fi nalidade de saber em quais as condições os presos de

Parintins estão cumprindo pena

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porTAl do TJAm de cara noVa

Mais moderno e mais simples de utilizar, o novo portal do Tri-bunal de Justiça do

Amazonas (TJAM) entrou no ar no dia 3 de novembro, por determina-ção da presidente-desembargadora Graça Figueiredo. Com mais de 500 mil acessos mensais, o novo portal do TJAM pretende dar mais agilida-de no acesso aos serviços disponi-bilizados pelo tribunal. E, apesar do novo visual, os sistemas continuam funcionando como antes.

“A mudança tem por objetivo apresentar um site mais moderno, ágil e funcional. Com isso preten-demos iniciar uma fase muito mais interativa entre a Justiça e a socie-dade, pois o portal acompanhará toda a movimentação do TJAM”, disse a desembargadora Graça Figueiredo.

De acordo com a presidente, o design acompanha a tendência da maioria dos portais do mundo que estão se modernizando e utilizan-do, inclusive, em sua feição gráfica cores mais atraentes e fotos mais ampliadas. “ É uma forma de tor-nar a leitura mais agradável”, refor-çou Graça

Através do endereço virtual www.tjam.jus.br, os funcionários da justiça, advogados, juízes e de-sembargadores e a sociedade de uma forma geral poderão acom-panhar as matérias e decisões do

TJAM, bem como as novidades de toda a Corte de Justiça. O site também possibilita que o internau-ta tenha acesso a todas as notas oficiais, anúncios, certidões, docu-mentos, sessões, sistemas e tudo o que a população necessita do Poder Judiciário.

O novo design, sem dúvida, deixou o portal esteticamente mais bonito e organizado, bem mais gostoso de ver – comenta a de-sembargadora.

DESENVoLVIMENToDe acordo com Adriel Sarkis,

coordenador do projeto e desen-volvedor, a equipe da Divisão de Tecnologia da Informação e Comu-nicação (DVTIC) e do Setor de De-senvolvimento de Sistemas (SDS) estudarm e desenvolveram o novo projeto em três meses. “Isso por-que era preciso ter cuidado com os sistemas mais utilizados pela população, que não poderiam so-frer nenhum equívoco”, explicou.

A mudança mais evidente é justamente a modernização do layout, trazendo um padrão mais atual e destacando as notícias, comunicados e conteúdos mais acessados, buscamos ainda re-organizar o conteúdo de forma a simplificar e facilitar o acesso a todas as áreas do portal. As con-sultas processuais, e todos os ser-viços acessados através do portal permanecem inalterados.

O portal do TJAM foi desenvol-vido pela equipe da DVTIC (Rodrigo Choji - líder do Setor de Desenvol-vimento de Sistemas; Adriel Sarkis - Coordenação do Projeto e Desen-volvedor; Marcus Martinho – De-senvolvedor; Marcelo Vitor Santos – Designer; Luis Lima – Designer; Paula Carolina Alves - Web Master) em parceria com a Divisão de Divul-gação e Imprensa.

Como o portal ainda está em fase de ajustes, é possível comu-nicar erros por meio do link bit.ly/TJAMsite, e pelo “Fale conosco” localizado na página principal do portal.

A equipe da DVTIC e da Divisão de Divulgação trabalham juntas para desenvolver o novo portal

A equipe da Divisão de Divulgação e Imprensa mantém a sociedade informada sobre as ações do TJAM

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TJAM está cada vez mais próximo do jurisdicionado

TribunAl de JusTiçA cresce nAs redes sociais

Avelocidade com que as informações são trans-mitidas pela internet é impressionante. Por

conta disso, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) tem presen-ça forte nas maiores e mais impor-tantes redes sociais do momento: Facebook, Twitter, Instagram, Flickr e Youtube, além, claro, do portal do TJAM. A presença do tribunal na rede vem se consolidando com a gestão da desembargadora Graça Figueiredo, que faz questão de re-forçar a importância da interativida-de com a população.

Para se ter ideia, em menos de seis meses da atual gestão, as “curtidas” da fanpage do TJAM no Facebook cresceram em mais de 10 mil, passando de 26.345 mil para 35.577 fãs (até a segunda semana de dezembro), com média semanal de crescimento entre 3% e 5%. Em um período de sete dias, mais de 3 mil pessoas são enga-jadas nos posts relacionados ao judiciário amazonense, com picos de mais de 18 mil pessoas intera-gindo diretamente na rede.

“A informação precisa ser pro-

pagada de maneira eficaz. Além da nossa parceria com a imprensa amazonense, acredito ser impor-tante ter esse relacionamento com o público, por meio da internet, que possibilita a interação com o poder judiciário amazonense, e a trans-missão de informações de interesse público de uma forma acessível e didática”, declara a presidente-de-sembargadora. Por conta disso, re-força Graça Figueiredo, “a presença do TJAM nas redes sociais é impor-tante, tanto para a questão da trans-parência, quanto para o feedback das ações da justiça amazonense”.

O TJAM atende a exigência da Resolução CNJ nº 85, que deter-mina que o aprimoramento da co-municação com o público externo deve ser um dos objetivos estraté-gicos do Judiciário. Gerenciamento de crises, campanhas institucionais exitosas, relacionamento com a im-prensa e a integração dos órgãos de comunicação dos tribunais são algumas das metas do TJAM.

“Não dá para fazer uma enxur-rada de informações. A Divisão de Divulgação e Imprensa do TJAM faz a curadoria de informações

pertinentes a cada meio, evitando, dessa maneira, o spam”, esclarece o diretor da Divisão de Divulgação e Imprensa, Mário Adolfo.

Outro canal de comunicação, o Twitter, tem ganhado mais segui-dores a cada semana e, até o fe-chamento desta notícia, tinha 654 followers. No Instagram, a institui-ção conta com 824 seguidores. A rede social de fotografia, o Flickr, conta com 5.317 fotos à disposição da imprensa e do público em geral.

O portal do TJAM é um impor-tante meio para a divulgação do judiciário amazonense. Atualmen-te, conta com 618.973 acessos à página www.tjam.am.jus.br até a presente data. “É no portal que concentramos grande parte do material de divulgação, mas é, tam-bém, onde a população vai para consultar processos, obter infor-mação, buscar ajuda, entre outros. E é por isso que o site recebeu uma grande repaginada, modernizando o layout para melhor visualização de todas as seções do portal”, re-vela Mário Adolfo.

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grAçA debATe em FloriAnópolis o

futuro do judiciÁrio A presidente do Tri-

bunal de Justiça do Amazonas (TJAM), d e s e m b a r g a d o r a

Graça Figueiredo, esteve entre os integrantes da alta administração dos 91 tribunais brasileiros que discutiram, no dia 11 de novem-bro, em Florianópolis, o futuro da Justiça brasileira, que esteve na pauta do 8º Encontro Nacional do Poder Judiciário. De acordo com a organização do encontro, estiveram presentes 580 partici-pantes, recorde absoluto nestes eventos do CNJ.

De acordo com o programa divulgado pelo CNJ, nos dois dias, os magistrados discuti-ram os indicadores e dados do Relatório Justiça em Números; avaliaram a Estratégia Nacio-nal; divulgaram o desempenho

dos tribunais no cumprimento das metas 2014, aprovaram as Metas Nacionais para o biênio 2015/2016 e as Iniciativas Estra-tégicas Nacionais.

O encontro foi aberto às 14h27, pelo ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Su-premo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça. O ministro entregou a palavra ao presidente do Tribunal de Jus-tiça de Santa Catarina (TJSC), desembargador Nelson Schaefer Martins, que deu as boas vin-das e falou da importância dos magistrados repensarem o atual momento do Judiciário brasileiro e discutirem os novos caminhos para a “construção de uma so-ciedade mais justa e solidária”.

Também participou do evento a ministra Nancy Andrighi, do Su-

premo Tribunal de Justiça (STJ), e a ministra, Cármen Lúcia. Os ministros Luiz Roberto Barroso e Cármen Lúcia, do STF, também estiveram presentes na solenida-de de abertura. Entre as autori-dades estaduais que integraram a mesa, estavam o presidente da Associação dos Magistrados Ca-tarinenses (AMC), Sérgio Junkes, e o prefeito de Florianópolis, Cé-sar Souza Júnior.

Além da presidente Graça Figueiredo, participaram do en-contro a presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembarga-dora Socorro Guedes e o desem-bargador João Mauro Bessa. Os debates do encontro foram reali-zados no Centro de Eventos da Associação Catarinense de Me-dicina. O ministro Lewandowski, discursou por mais de 30 minu-

Sob a coordenação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 91 integrantes dos tribunais brasileiros discutem as metas do Judiciário para 2015

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O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowsi, discursou na abertura

encontro e lembrou a importância do diálogo entre os tribunais e o CNJ

tos, lembrando que o encontro, entre outros, tinha o objetivo “construir o diálogo permanen-te entre o CNJ e os tribunais de Justiça do país para melhorar a prestação jurisdicional”.

— O propósito do evento é contribuir para o diálogo perma-nente entre os órgãos da Justiça - afirmou o ministro, observando que, a partir de agora, participam desse processo as associações dos magistrados e sindicatos dos servidores do Poder Judici-ário.

Ao abrir o encontro, Ricardo Lewandowski também desta-cou que entre as metas a serem aprovadas está a priorização de julgamentos dos recursos repe-titivos, uma das prioridades de-finidas pela gestão do ministro Francisco Falcão logo que assu-miu no último mês de setembro.

— Pretende-se reduzir o acú-mulo de processos relativos à litigância serial e tomar medidas que revertam a cultura de exces-siva judicialização das relações sociais e não permitam a litigân-cia apenas protelatória –, afirmou

o presidente do STF.O presidente do CNJ chamou

a atenção para a litigância exces-siva e a quantidade de processos em tramitação – 95 milhões, se-gundo os números mais recen-tes.

justiça em números“A pauta não poderia ser mais

recorrente. Durante os dois dias, em Florianópolis, os magistrados brasileiros discutiram temas vol-tados à modernização da Justi-ça, ao aperfeiçoamento da ges-tão dos tribunais e à melhoria da prestação jurisdicional”, avaliou a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembar-gadora Graça Fgueiredo, ao par-ticipar da aberta do VIII Encontro Nacional do Poder Judiciário.

A desembargadora presiden-te chamou a atenção para o que ela considera um dos momentos mais importantes do encontro: a avaliação do novo “Relatório Jus-tiça em Números 2014”, já dispo-nível em versão digital.

A publicação do CNJ traz dados inéditos e o diagnóstico

da atuação da Justiça brasileira referente ao ano de 2013. “Isso nos enche de expectativa por-que se trata da principal base de dados do Poder Judiciário”, co-menta a desembargadora.

No primeiro dia, o especia-lista em gestão judiciária, Jeffrey Apperson, abordou experiências internacionais na superação de desafios do Poder Judiciário em diversos países. No decorrer da tarde, os presidentes dos tribu-nais superiores trataram da es-tratégia nacional para a Justiça brasileira. Também foi feita a en-trega do selo Justiça em Núme-ros aos presidentes dos tribunais que se destacaram pelo aprimo-ramento dos sistemas de estatís-ticas e informações relacionadas ao funcionamento do Judiciário.

Enquanto isso, presidentes, corregedores-gerais e outros re-presentantes dos tribunais bra-sileiros discutiram quais metas cada segmento do Judiciário vai buscar alcançar ao longo de 2015 e 2016 para melhorar o atendimento ao cidadão pelo Ju-diciário.

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Projeto ‘Pai Presente’solucionou 464 cAsos

Na semana em que foi comemorado o Dia dos Pais, o Tribunal de Justiça Amazo-

nas (TJAM) divulgou o expressivo número de 464 casos soluciona-dos em quase 4 anos do projeto “Pai Presente”, que tem resolvi-do boa parte dos problemas de paternidade no Estado do Ama-zonas. Segundo o coordenador do Núcleo de Conciliação, juiz Gildo Alves de Carvalho, o proje-to está sendo desenvolvido pelo Polo Avançado e pelo Núcleo de Conciliação em conjunto com a Secretaria de Assistência Social (Seas), Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e com as facul-dades de Direito do estado.

Já foram resolvidos 78 ca-sos até julho deste ano – outros 61 em 2011, 148 em 2012, 177 em 2013. “A iniciativa é realizada em todas as escolas que contam com o projeto ‘Jovem Cidadão’. As técnicas da Seas fazem o le-vantamento dos alunos sem re-gistro na Certidão de Nascimento e, a partir daí, é feita a distribui-ção com as faculdades de Direito. Nesse momento, as instituições de ensino entram em campo para a abordagem das mães dos alunos menores de idade, assim como dos maiores, para que haja uma sensibilização de ambas as partes. É preciso que eles enten-dam que o reconhecimento de paternidade é de extrema impor-tância”, explicou o juiz Gildo Alves de Carvalho.

O magistrado explica, ainda, que existem muitos problemas no ato do levantamento de dados e também ao procurar as mães e seus filhos. “Encontramos algu-mas justificativas para o não reco-nhecimento de paternidade como abuso sexual, frutos de relação incestuosa, traição intrafamiliar, e frustração na hora do nascimen-to. Na verdade, a mãe precisa entender que existe sim a impor-tância de uma relação entre pai e filho. Combatemos, também, a alienação do direito do filho feito pela mãe em não deixá-lo saber quem é seu pai”, relata.

O juiz conta que ainda não foi

necessário fazer mutirão. “Conta-mos com uma abordagem bastan-te ampla agindo com a ajuda de dez faculdades em seis distritos – o que nos proporciona um anda-mento relativamente rápidos dos processos. Mas, é claro, que não podemos descartar a ideia de um mutirão caso haja essa necessida-de”, finaliza.

Os interessados em descobrir como proceder devem procu-rar a sede do Polo Avançado do Núcleo de Conciliação das Varas da Família, localizada na avenida Pedro Teixeira, 1.000, no bairro Alvorada, ou então os núcleos de prática de direito nas faculdades do Estado.

sobre o ProgramaO programa “Meu Pai é Legal”

foi criado em 2003 pelo Tribunal de Justiça do Amazonas. Poste-riormente, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que a ação do reconhecimento de pa-ternidade fosse colocada em prá-tica nos tribunais de todo o país com a criação do programa “Pai presente”.

O direito à paternidade é ga-rantido pelo artigo 226, § 7º, da Constituição Federal de 1988. O programa é coordenado pela Corregedoria Nacional de Justi-ça e tem o objetivo de estimular o reconhecimento de paternidade

de pessoas sem esse registro. A declaração de paternidade pode ser feita espontaneamente pelo pai ou solicitada por mãe e filho. Em ambos os casos, é preciso comparecer ao cartório de regis-tro civil mais próximo do domicílio para dar início ao processo.

O reconhecimento foi facili-tado pelo Provimento nº 16, da Corregedoria Nacional de Justiça, que institui um conjunto de regras e procedimentos para agilizar esse tipo de demanda.

A iniciativa busca aproveitar os 7.324 cartórios com compe-tência para registro civil do país, existentes em muitas localidades onde não há unidade da Justiça ou postos do Ministério Público (MP), para dar início ao reconhe-cimento de paternidade tardia.

A partir da indicação do su-posto pai, feita pela mãe ou filho maior de 18 anos, as informações são encaminhadas ao juiz respon-sável. Este, por sua vez, vai loca-lizar e intimar o suposto pai para que se manifeste quanto a pater-nidade, ou tomar as providências necessárias para dar início à ação investigatória. Caso o reconheci-mento espontâneo seja feito com a presença da mãe (no caso de menores de 18 anos) e no cartório onde o filho foi registrado, a famí-lia poderá obter na hora o novo documento.

O juiz Gildo Carvalho diz que o projeto tem resolvido os problemas de paternidade no Amazonas

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presidenTe do TJAm pArTicipA de

encontro na bahia

N o exercício da presi-dência do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lú-

cia, deu uma injeção de ânimo no judiciário brasileiro ao citar Guimarães Rosa no discurso de abertura do 100º Encontro do Co-légio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Bra-sil, que foi realizado em Imbassaí, distrito do município de Mata de São João, Bahia.

— O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sos-sega e depois desinquieta. O que ela quer de nós é coragem — dis-se a ministra, para incentivar os 18 mil juízes que existem no Bra-sil, afirmando que “somos capa-zes, sim, de mudar a vida daque-les que precisam de justiça”.

O 100º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil

foi aberto no dia 25 de setem-bro, no salão de convenções do Palladium Hotels Resort reu-nindo os presidentes de todos os tribunais brasileiros além do governador da Bahia, Jaques Wagner. A presidente do Tri-bunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargadora Graça Figueiredo, e o desembargador João Simões, que compõem a diretoria do colégio permanente também participam do evento. Acompanharam a presidente a juíza auxiliar, Lia Guedes, e o diretor da Divisão de Divulgação e Imprensa do TJAM, jornalista Mário Adolfo.

Graça disse que o Colégio Permanente de Presidentes nas-ceu “sob o signo da união do Judiciário em busca de uma me-lhor prestação jurisdicional para o povo brasileiro. É isso que viemos buscar aqui”, afirmou Graça, que foi cumprimentada pelo gover-

nador da Bahia, Jaques Wagner, e conversou rapidamente com a ministra Cármen Lúcia.

Antes de entregar a palavra à ministra Cármen Lúcia, o presi-dente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), Erseval Rocha, e o presidente do colégio, desem-bargador Milton Nobre, fizeram a saudação aos participantes. “Não foi por acaso que escolhemos a Bahia para o 100º encontro. Foi fruto de uma decisão consciente e justa para homenagear o estado onde começou a justiça brasilei-ra”, afirmou Milton Nobre.

O governador Jaques Wagner disse esperar que os dias sejam proveitosos para o aperfeiçoa-mento do judiciário mas, lembran-do o velho estilo baiano, aconse-lhou aos participantes do evento a reservarem um “tempinho e cur-tirem a hospedagem e as belezas da Bahia” .

— Todos falam que, dos po-

O 100º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil aconteceu na Bahia

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O Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Jus-tiça do Brasil, reunido no municí-pio de Mata de São João, Estado da Bahia, ao fi nal de seu histórico 100º Encontro, no período de 25 a 27 de setembro de 2014, divul-ga, para conhecimento público, as seguintes conclusões aprova-das por unanimidade:

01. Manifestar irrestrito apoio às iniciativas do Ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Su-premo Tribunal Federal e do Con-selho Nacional de Justiça, na de-fesa da independência do Poder

deres, o mais forte é o Executi-vo. E eu digo que não. O poder mais forte é o Judiciário porque ele mantém o império da Lei, que, por sua vez, assegura a democra-cia – disse o governador.

UMA AULA DE CIDADANIAA ministra Cármen Lúcia mais

uma vez foi brilhante em seu dis-curso de abertura. Disse que,

quando foi criado em Belo Hori-zonte, há 26 anos, o Colégio Per-manente de Presidentes tinha por objetivo se manter unido para bus-car realizar a justiça estatal, para que o povo não busque a “barbá-rie e o sentimento de vingança”, por não encontrar mais justiça.

— Precisamos estar unidos para passar à frente o bastão, quando tiver-mos que ir embora — disse a ministra.

Em relação à morosidade da justiça brasileira, a ministra fez uma comparação do trâmite de um processo com o futebol, que aprendeu com seus irmãos, as-sistindo aos jogos. “Quem está perdendo xinga o juiz porque quer mais tempo para fazer gols. E quem está ganhando quer que a partida acabe logo”, citado o exemplo, Cármen Lúcia disparou.

—Se todos nós queremos o fi m da morosidade na justiça, por-que ela não acabou?

A ministra observou que a Constituição vai completar 20 anos. E o cidadão brasileiro se con-sidera um republicano e a Federa-ção precisa de um judiciário forte e independente.

— Agora nós precisamos saber que judiciário nós, os magistrados, queremos. Está na hora de acabar com essa cultura de colonização, onde tudo tem que ir para a Corte (Brasília). A justiça tem que terminar nos estados – disse a ministra.

O 100º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil foi encerrado no sábado, dia 27. Na sexta-feira (26), o ministro Marco Aurélio (STF) falou sobre a inde-pendência do Poder Judiciário. Os conselheiros do CNJ, Saulo Casali Bahia e Rubens Curado, respec-tivamente, ministraram palestras sobre celeridade processual e política de atenção ao 1º Grau. O encontro será encerrado com uma exposição do Instituto Brasiliense de Direito Público sobre capacita-ção e aperfeiçoamento.

Judiciário, da autonomia dos Tri-bunais brasileiros e da valorização da carreira da magistratura.

02. Renovar seu protesto con-tra a inconstitucionalidade prati-cada pelos demais Poderes ao pretenderem cortes nas propos-tas orçamentárias apresentadas pelo Supremo Tribunal Federal e Tribunais de Justiça;

03. Reafi rmar que as propo-sições do CNJ de medidas que acarretem encargos fi nanceiros para os Tribunais sejam precedi-das de estudos indicativos das necessidades locais e respectivas fontes de custeio;

04. Aplaudir o Conselho Na-cional de Justiça em seus esfor-ços para a gradual implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJE), ressaltando, contudo, ser indispensável o respeito às espe-cifi cidades de cada Tribunal, nos termos da Resolução 185/2013.

05. Apoiar iniciativas que obje-tivem a desjudicialização dos pro-cedimentos relativos à cobrança da dívida ativa tributária.

Mata de São João,27 de setembro de 2014

carta de salVador Protesta contra cortes orçamentÁrios no Poder judiciÁrio

A ministra Cármen Lúcia lembrou que o Colégio Permanente de Presidentes tem por objetivo se

manter unido para buscar realizar a justiça estatal

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grAçA Figueiredo recebetroféu dom Quixote

No dia 3 deste mês, a presidente do Tri-bunal de Justiça do Amazonas (TJAM),

desembargadora Graça Figuei-redo, recebeu em Brasília, o Tro-féu Dom Quixote outorgado pela revista “Justiça & Cidadania” e também pela Confraria Dom Qui-xote. A cerimônia foi realizada no auditório da 2ª Turma do Supre-mo Tribunal Federal, localizado no Edifício Anexo II-B, na Praça dos Três Poderes.

Para a presidente do TJAM, re-ceber o troféu é motivo de honra e alegria. “Ganhar este prêmio hoje, ao lado de vários ministros, tendo somente eu como desembargadora é uma grande honraria. Agradeço ao senador Bernardo Cabral, nosso ilustre conterrâneo, pela justificativa do prêmio Dom Quixote. Um ca-valeiro que sempre lutou pela hon-radez, honestidade e dignidade da pessoa humana. Me sinto muito feliz

e agradeço a Deus por essa honra”, disse Graça.

Responsável por entregar o troféu à desembargadora Graça Figueiredo, o senador Bernardo Cabral salientou a importância do Amazonas receber o prêmio, na pessoa da presidente do TJAM. “Isso representa para o meu Esta-do, sem dúvida, o reconhecimento a uma região que luta pelo restabe-lecimento do seu estado de direito, pela boa justiça e, por fim, pelo jurisdicionado, aquele que precisa que a justiça esteja do seu lado”.

Ele ressaltou, ainda, a admi-nistração de Graça Figueiredo à frente do TJAM. “Apesar de não morar fora do Amazonas, ouço muitos elogios a respeito da atu-al presidente. Inclusive, gostaria de deixar registrada a escolha do professor José Alves Pacífico, como auxiliar da presidente. Um homem correto e que, certamen-te, ajudará a desembargadora a

fazer uma administração como todos nós esperamos”, comen-tou.

O troféu, na visão de Cabral, é a perpetuação do cavaleiro Dom Qui-xote. “Em primeiro lugar, ele só é conferido a pessoas que trabalham com ética, justiça. E como a própria figura está dizendo, Dom Quixote foi um personagem que, apesar de ter sido criado há 400 anos, é pre-ciso ser mantido vivo, não apenas na sociedade brasileira, mas tam-bém na área jurídica”, finalizou.

Além da desembargadora-presidente, outras personalida-des do Judiciário nacional rece-beram a honraria. Entre eles os ministros Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribu-nal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); Antô-nio José de Barros Levenhagen, presidente do Superior Tribunal do Trabalho (TST) e Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, também do TST.

O senador Bernardo Cabral salientou que o Amazonas luta pela boa justiça

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colégio de presidenTes Abre comrecePção de alckmin

Para discutir temas de aperfeiçoamento das questões relativas à Jus-tiça, aconteceu no último

dia 4, no Salão Nobre Manoel da Costa Manso, no 5º andar do Palá-cio da Justiça, o 101º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil. Depois da abertura, os presidentes de tribunais se dirigiram ao Palá-cio Bandeirantes, sede do governo paulista, onde o governador Geral-do Alckmin (PSDB) e a primeira-da-ma Lu Alckmin ofereceram um jan-tar para os magistrados.

Presidentes dos Tribunais de Justiça de todo o Brasil – entre eles a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembarga-dora Graca –, participaram da ses-são solene de abertura, presidida pelo desembargador José Renato Nalini, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ–SP).

Pelo TJAM, também participa-ram do evento o desembargador João Simões, que faz parte do con-selho do colégio de presidentes, a juíza auxiliar da presidência, Lia Guedes e o diretor do departamento

de imprensa, jornalista Mario Adolfo.O primeiro a discursar na soleni-

dade de abertura foi o presidente do Colégio Permanente de Presiden-tes, Milton Augusto de Brito Nobre, que manifestou a satisfação em di-vidir a condução do encontro com o presidente José Renato Nalini. Nobre também destacou a impor-tância do encontro. Endurecendo discurso, Milton Nobre disse que o atual momento da nação obriga magistrados e todos aqueles envol-vidos com o trato da coisa pública, a uma reflexão importante.

Mais a frente, o desembargador disse que os presidentes dos tribu-nais de justiça, juntos, devem man-ter união pela autonomia financeira das Cortes, pressuposto de inde-pendência do Judiciário.

— As reuniões trimestrais do co-légio têm proporcionado trocas de experiência e de aprendizado e re-forçado a unidade federativa da Jus-tiça brasileira – disse Milton Nobre.

Presidente do maior tribunal do país, o anfitrião do encontro, José Renato Nalini saudou os integrantes da mesa, os membros do colégio permanente, desenvolvendo seu

discurso em três linhas de pensa-mento: adoção de métodos de so-lução de conflitos que dispensem o equipamento jurisdicional, a desju-dicialização de tudo aquilo que não for essencialmente litigioso – como a execução fiscal, que no Estado de São Paulo soma mais de 10 milhões de processos – e a priorização da primeira instância.

No dia 5, os presidentes elabo-raram a Carta de São Paulo, docu-mento com os principais assuntos deliberados, a ser encaminhado a todos os tribunais de justiça do país. Em linhas gerais, a Carta exor-ta os tribunais a adotarem ações de desjudicialização e de combate à corrupção sob qualquer de suas formas, declara a premência de ga-rantir aos Tribunais de Justiça plena autonomia para a implantação do processo judicial eletrônico e mani-festa apoio às ações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski para a alocação de recursos aos Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF).

O governador Geraldo Alckmin recebeu os magistrados com um jantar no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista

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