diário do comércio

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ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 4 3 5 Ano 87 - Nº 23.435 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 2011 HOJE Sol Máxima 26º C. Mínima 13º C. AMANHÃ Sol Máxima 28º C. Mínima 17º C. A Crise? País tem R$ 1 trilhão para se garantir. Quantia é somatória das reservas do Tesouro, dos depósitos compulsórios no BC e dos dólares. Pág. 15 Para selar uma data de solidariedade Pai e filho, bons de cozinha, convidam para um domingo especial. Pág. 24 Paulo Pampolin/Hype PELO DAS CATACUMBAS DO CONGRESSO Candangos que fizeram Brasília gravaram suas esperanças num fosso descoberto ontem. Pág. 8 Sérgio Lima/Folhapress Depois de fazer sucesso nas telas, em 1980, a peça As Bruxas de Eastwick estreia nesta semana em montagem paulistana (alto). Repaginada para ser musical, anuncia um semestre de humor e vitalidade. Nos cinemas, o destaque é Super 8 (acima). Mais: a literatura requintada da Islândia; música para os jovens aprenderem o prazer de ouvir. E Roda do Vinho. BRUXAS CPI MISTA Oposição quer unir forças de deputados e senadores para investigar a corrupção nos ministérios de Dilma. Pág. 6 Rafael Koch Rossi François Duhamel/Paramount Pictures Fiat entra forte na briga dos pesos pesados Com o Freemont, sua versão do Chrysler Journey. Pág. 18 Para beber, ler, visitar: vinhas Concha y Toro. A série por vinícolas fascinantes faz escala hoje no Chile. Boa Viagem, pág. 20 Divulgação Rejane Tamoto/DC Si todos brasileiros focem digninos... teriamos um Brazil melhor. Deputada acusada de cobrar 10% de propina Funcionários do Turismo apontam esquema de Fátima Pelaes (PMSDB-AP). Página 7 LULA E TEMER, os novos monitores Ex-presidente e o atual vice aconselham Dilma a afagar a base aliada. Página 8 'ONG fantasia' à disposição Ibrasi era utilizada para desviar verbas do Turismo. Página 5 GREVE DA PF É a reação às críticas feitas, até por Dilma, aos "abusos" da Operação Voucher. Pág.8 Sung-Il Kim/Corbis d cultura

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12 ago 2011

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Page 1: Diário do Comércio

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23435

Ano 87 - Nº 23.435 Jornal do empreendedor R$ 1,40

Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 2011

HOJES ol

Máxima 26º C. Mínima 13º C.

AMANHÃS ol

Máxima 28º C. Mínima 17º C.

A Crise? País temR$ 1 trilhão

para se garantir.Quantia é somatória das reservas do Tesouro, dos

depósitos compulsórios no BC e dos dólares. Pág. 15

Para selar umadata desolidar iedadePai e filho, bons de cozinha,convidam para umdomingo especial. Pág. 24

Paulo Pampolin/Hype

PELO DASC ATAC U M B A SDO CONGRESSOCandangos que fizeram Brasília gravaram suasesperanças num fosso descoberto ontem. P á g. 8

Sérgio Lima/Folhapress

Depois de fazer sucesso nas telas, em 1980, a peça As Bruxasde Eastwick estreia nesta semana em montagem paulistana(alto). Repaginada para ser musical, anuncia um semestre dehumor e vitalidade. Nos cinemas, o destaque é Super 8(acima). Mais: a literatura requintada da Islândia; música paraos jovens aprenderem o prazer de ouvir. E Roda do Vinho.BR

UXAS

CPIM I S TA

Op osiçãoquer unirforças dedeputados esenadores parainvestigar acorrupção nosministérios deDilma. P á g. 6

Rafael Koch Rossi

François Duhamel/Paramount Pictures

Fiat entra fortena briga dospesos pesadosCom o Freemont, sua versãodo Chrysler Journey. Pág. 18

Para beber, ler,visitar: vinhasConcha y Toro.A série por vinícolasfascinantes faz escala hojeno Chile. Boa Viagem, pág. 20

Divulgação

Rejane Tamoto/DC

Si todosbrasileirosfocemdigninos...teriamos umBrazil melhor.

Deputadaacusadade cobrar10% depropinaFuncionários doTur ismoap ontamesquema deFátima Pelaes(PMSDB-AP).Página 7

LULA ETEMER,os novosmonitoresE x - p re s i d e ntee o atual vicea co n s e l h a mDilma a afagara base aliada.Página 8

'ONGfantasia' àdisposiçãoIbrasi erautilizada paradesviar verbasdo Turismo.Página 5

GREVEDA PFÉ a reação àscríticas feitas,até por Dilma,aos "abusos" daOp eraçãoVoucher. Pág. 8

Sung-Il Kim/Corbis

dcultura

Page 2: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

GUERRA DE TODOSCONTRA TODOS

ROBERTO

FENDT

Thomas Hobbes publicouem 1651, em plena Guer-ra Civil inglesa, o livroque é considerado um

dos mais influentes trabalhos daciência política: Leviatã, ou a Maté-ria, Forma e Poder de uma SociedadeCivil e Eclesiástica. Nele, Hobbes es-tabelece pela primeira vez os fun-damentos de um governo legíti-mo, estabelecido por um contratosocial entre os cidadãos, para im-pedir a bellum omnium contra omnes,a guerra de todos contra todos.

Os tempos em que viveu o autoreram de barbárie, como ocorre emtodas as guerras civis, quando se re-verte, nas palavras de Hobbes, a umestado de natureza, aquela condi-ção dissoluta de ausência de autori-dade, sem sujeição às leis e a um po-der coercitivo que ate as mãos e im-peça a rapina e a vingança.

Sem a sujeição à autoridade daLei, se tornaria impossível a segu-rança básica de que depende umavida sociável e civilizada. Em umestado de barbárie, explicou Hob-bes, não haveria lugar para a produ-ção, porque a apropriação dos seusfrutos seria incerta, Consequente-mente, não haveria cultura nem oconhecimento, e tampouco as artese a literatura. O pior de tudo é queestaria sempre presente o medosem fim de uma morte violenta.

Em uma frase, Hobbes sumariamagistralmente tudo: no estadode natureza, a vida do homem setorna "solitária, pobre, cruel, brutae curta". Foi para evitar essa vidasolitária, pobre, cruel, bruta e cur-ta que se instituíram governos, au-toridades públicas reconhecidascomo tal pela cidadania, de modoa evitar a guerra de todos contratodos, em que os mais profundosdesejos privados tornam-se a me-dida de todo o bem e todo o mal.

Pois bem: temos assistido dia-riamente a BBC a mostrar-nos asestúpidas explosões de violência

que vêm ocorrendo em Londres eoutras cidades da Grã Bretanhadesde a semana passada. Proprie-dades são destruídas e incendia-das, lojas são invadidas e os pro-dutos roubados, carros de bom-beiros e ônibus são depredados.

Há quem diga que a demo-cracia chegou a uma en-cruzilhada e que há de se

repensar suas instituições. Mas ademocracia é meramente um méto-do de escolha voluntária dos gover-nantes pelos governados, embora omelhor até agora conhecido. Não selhe pode imputar responsabilidadepela insanidade.

Já outros afirmam que na raizdo problema está a falta de pers-pectiva da juventude inglesa,ocasionada principalmente pelodesemprego. Os números mos-tram que a taxa de desempregoatingiu 7,7% da população eco-nomicamente ativa do país emmaio último – nada menos que

EYMAR

MASCARO

MARTA NÃO TEMMEDO DE LULA?

Marta estácerta numponto: ela lideraas pesquisasna Capital,juntamente comJosé Serra.Mas a senadoranão é a únicapretendente noPT à candidatura.

Adúvida no PT é saberaté quando MartaSuplicy vai sustentar o

desafio que fez a Lula, aomanter sua pré-candidatura àprefeitura de São Paulo, contraa vontade do ex-presidente,que continua defendendo aescolha do ministro FernandoH a d d a d.

A senadora está convicta deque é a única no partido emcondições, por exemplo, dederrotar os candidatos doPSDB e de outros partidos. Damesma forma que "inventou"Dilma Rousseff para enfrentarSerra em 2010, Lula entendeque pode repetir o sucesso"inventando" um outrocandidato jejuno paraconcorrer à mais importanteprefeitura do País.

Para Lula, Marta tem umalto índice de rejeição,sobretudo na classe média,que poderia comprometer suaeleição, principalmente no 2ºturno. Apesar de pesquisasrecentes indicarem quetambém o tucano José Serraenfrenta no momento umarejeição considerada alta, Lulaparte do princípio de que o PTdeve lançar um nome novo àsucessão de Gilberto Kassab;daí, sua decisão de bancar acandidatura do ministro daEduc ação.

Marta está certa numponto: ela lidera as pesquisasna Capital,juntamente comJosé Serra. Mas asenadora não é aúnic ap re te n d e nteno PT àcandidatura àp re fe i t u ra .Também oministro AloísioMercadante desejaconcorrer no ano que vem.

Mercadante foi candidatoao governo do estado

no ano passado e acredita quecriou uma base eleitoralinteressante na Capital, quepoderia render dividendosnas eleições do ano que vem.A desconfiança de Lula é quea oposição faça campanhacontra Marta Suplicy,explorando, por exemplo, ainfeliz frase "relaxa e goza".Além disso, o PSDB continuase referindo à senadora comoa "Martaxa", lembrando astaxas que Marta criou nomunicípio quando foi prefeita.

Enquanto isso, o PTtrabalha com a hipótese deque o PSDB só teria chance devencer a eleição para prefeitoem São Paulo no caso de seucandidato vir a ser José Serra.Os petistas desdenham dosdemais pretendentes àcandidatura no PSDB,considerando-os "fracos devo to " .

Para os petistas, além dotucano, o partido vai enfrentaroutros candidatos perigosos,

como o vice-governadorGuilherme Afif Domingos, quedeve representar o PSD naseleições. O sonho de GeraldoAlckmin é reconquistar aprefeitura paulistana. Comovirtual candidato à reeleição,Alckmin deseja que seupartido controle a Capital,porque a região concentra 10milhões do total de 30 milhõesde eleitores no Estado.

O mesmo sonho, noentanto, é alimentado

por Lula, que vem se reunindocom outras lideranças do PTpregando a necessidade dopartido eleger prefeitos nosprincipais municípios doEstado, especialmente naCa p i t a l .

Detalhe: se DilmaRousseff forcandidata àreeleição, o PTnão afasta apossibilidade deLula secandidatar àsucessão deAlckmin. Lula jáadmitiu essa

hipótese emconversa com empresários.

Enquanto PT e PSDBdiscutem internamente omodelo ideal de campanhapara o ano que vem, o prefeitoGilberto Kassab corre contra otempo para conseguir registraro seu PSD até 7 de outubro.Pela legislação, os partidos sópodem concorrer comcandidatos próprios seestiverem devidamenteregistrados no TSE um anoantes das eleições. O prefeitotem negado acusações de queo PSD estaria recorrendo até anomes de eleitores já mortospara conseguir o númeromínimo de assinaturas para aobtenção do registro najustiça eleitoral.

Kassab acusa as oposiçõesde tentar impedir que o PSDdispute as próximas eleiçõesmunicipais. Na verdade, aoposição está descontenteporque perdeu importantesquadros para o partido que oprefeito está criando.

EYMAR MASC ARO É J O R N A L I S TA E

CO M E N TA R I S TA P O L Í T I CO

MASC ARO@B I G H O S T.CO M .BR

2,45 milhões de pessoas. E, comona maioria dos países europeus,o desemprego incide mais entreos mais jovens.

Para os que veem no desempre-go a origem da revolta, a causa pri-meira é o "neoliberalismo", essa ex-pressão vaga e amorfa que serve pa-ra designar a origem de todos osmales do mundo.

Mas o que causa de fato odesemprego? Nas so-ciedades contemporâ-

neas, o mercado encarrega-se deharmonizar os desejos dos vende-dores e compradores, seja de bens,serviços ou recursos financeiros.Ali, onde há poucos impedimentosao livre funcionamento do merca-do, formam-se contínua e volunta-riamente preços que fazem com queo que é trazido ao mercado seja vo-luntariamente adquirido. Basta ir auma feira livre para constatar o fato:os preços variam durante a manhã,até que qualquer excesso de produ-

tos ofertados seja eliminado. É aqueda do preço que permite ao fei-rante não ter de levar de volta o pro-duto que trouxe para vender e aoconsumidor comprar mais.

No mercado de trabalho, contu-do, isso não ocorre. Uma paraferná-lia de restrições impede que os salá-rios subam ou desçam em respostaa desequilíbrios entre a oferta e a de-manda por mão de obra. Em muitospaíses, como no Brasil, uma legisla-ção herdada do fascismo é a verda-deira responsável por impedir queas pessoas possam livremente ven-der sua força de trabalho ao preçoque lhes convier.

É também esse resquício au-toritário no mercado de tra-balho, no qual é proibido

pagar abaixo de um valor arbitra-riamente definido pelo governo,que induz as empresas a preferirempregados experientes (mais ve-lhos) a jovens recém saídos da esco-la. E é essa mesma proibição de pa-gar abaixo desse valor arbitrárioque deixa sem emprego também osmais velhos, se o valor da sua pro-dutividade para a empresa ficarabaixo do mesmo valor arbitrário.

Estou convencido de que issoexplica porque uma boa partedos mais de dois milhões de bri-tânicos estão desempregados.Mas não acredito que o desem-prego em si seja a única origemda violência. Nas sociedadesmodernas, estar desempregadoé uma das principais causas debaixa estima e perda de pertenci-mento social. Podem ser as inter-venções bem intencionadas dogoverno que estão levando à fal-ta de perspectiva das pessoas, in-duzindo-as à violência e instau-rando, 360 anos depois, na terrade Hobbes, o estado de natureza,o bellum omnium contra omnes.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

Podem ser as intervençõesbem intencionadas do

governo no mercado que estãolevando à falta de perspectiva

das pessoas, induzindo-asà violência, como em Londres.

Estar desempregado é uma das principais causas da baixa estima e da perda de pertencimento social.Roberto Fendt

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCláudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Ed i to r - Ch e fe : José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos ([email protected])Editor de Reportagem: José Maria dos Santos ([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann ([email protected]), Carlos deOliveira ([email protected]), chicolelis ([email protected]), Estela Cangerana ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]) Editor deFotografia: Alex Ribeiro ([email protected]) Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Ricardo Ribas([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]) Subeditores: Fernanda Pressinott, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes e RejaneAguiar Redatores: Adriana David, Eliana Haberli, Evelyn Schulke, e Sérgio Siscaro Repór teres: Anderson Cavalcante ([email protected]),André de Almeida, Fátima Lourenço, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, NeideMartingo, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomese Wladimir Miranda.

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opinião

Carl de Souza/AFP

A onda de violência que atinge Londres pode ser um reflexo do intervencionismo do Estado na economia, que acaba gerando o desemprego.

Page 3: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião SÓ UM GRANDE ACORDO, E LOGO, ENTRE OS DOIS PARTIDOS DOS EUA, PODE CONTER A CRISE.

A notícia que mudaria tudo

THOMAS L.FRIEDMAN

NEIL

apavorado

Ferreira

"ONTEM LONDRESFOI BOMBARDEADA;PENA QUE VOCÊ NÃO VIU,FOI UM BOM PROGRAMA”

As reportagensda tevê deontem,anteontem etresantontemmostravam que"ontemLondres foibombardeada..."– não pelosnazistas de 70anos atrás,mas pelosneonazistasde hoje.

Este é um momento eco-nômico assustador. Aresposta de que preci-samos não é fácil, mas

totalmente óbvia. Precisamos deum Grande Acordo entre os doispartidos dos Estados Unidos – eprecisamos agora. Até que se leia anotícia abaixo, estaremos presosnum mundo de sofrimento. Ei-la:

"Foi uma entrevista coletiva co-mo a Casa Branca nunca tinha visto.O presidente Barack Obama, de péno Salão Leste, estava acompanha-do pelo presidente da Câmara dosDeputados, John Boehner, pelo lí-der da minoria no Senado, MitchMcConnell, pelo líder da maioriano Senado, Harry Reid, e pela líderda minoria na Câmara, Nancy Pelo-si. O presidente pediu que Boehnerfalasse primeiro.

'Meus colegas norte-america-nos'– começou o republicano deOhio – 'acabamos de sair de umareunião com o presidente, motiva-dos por este momento de perigoeconômico extraordinário. Nossopartido, como vocês sabem, estáconvencido de que a principal cau-sa de nosso declínio econômico éque temos dívidas demais, que ogoverno ficou grande demais e osimpostos e regulamentações estãosufocando nosso dinamismo. Mastenho de admitir que, durante anos,nosso partido contribuiu para essacarga tributária e essa farra dos gas-tos governamentais'.

'Não somos inocentes e, assim,devemos ao país uma estratégiapara governar e para consertar umproblema que ajudamos a criar –em vez de simplesmente bloquearo presidente. O Partido Republica-no é melhor do que isso e tem maisa oferecer ao país. Por isso informa-mos ao presidente que nossos con-gressistas estão prontos para rea-brir imediatamente as negociaçõessobre um Grande Acordo para tra-tar dessas questões de uma vez portodas e tudo estará na mesa de nos-sa parte – incluindo uma reforma

tributária que tape todos os bura-cos e elimine os subsídios esbanja-dores além de, se for necessário, au-mento de impostos'.

'Para aqueles que votaram emnós, fiquem certos de que vamos le-var nossos valores conservadorespara essas negociações e enfatizare-mos os mercados e as meritocracias,mas também um espírito de com-preensão e o reconhecimento deque os dois lados terão de ceder, sepretendemos chegar ao tipo deacordo orçamentário abrangentedo qual o país precisa.

'Para meus colegas do Tea Party,eu digo: obrigado, a paixão de vo-cês ajudou a estimular o país a agir– mas o país não pode ser governa-do, e nosso futuro travado, so-mente fazendo reverências às pai-xões de um único grupo, liberal ouconservador. Sei que os ativistasdo Tea Party são patriotas de ver-dade e que vão trabalhar conoscotambém. Presidente Barack Oba-ma, vamos consertar o país juntos,e depois disputar em 2012 sobrecomo administrar melhor umatorta que está crescendo em vez deuma que está diminuindo.'

Obama abraçou calorosa-mente Boehner, foi parao tablado e afirmou:

'Presidente Boehner e senadorMcConnell, obrigado pelo seu com-promisso de agir em prol de nossosinteresses nacionais mais elevados.Permitam-me dizer publicamentequal o meu compromisso com vo-cês: Pedi a Erskine Bowles e AlanSimpson que prestigiem sua comis-são sobre o déficit e utilizem suas re-comendações de como cortar gas-tos e aumentar arrecadação comoponto inicial para nossas negocia-ções. O grupo passará a se chamarComissão Nacional para a Recupe-ração Norte-Americana – porquealém dos membros originais da Co-missão Bowles-Simpson, ela tam-bém incluirá o senador McConnell,o presidente Boehner, o senador

Reid e a congressista Pelosi, e seuobjetivo será essencialmente umplano para a recuperação norte-americana'.

'Tudo estará na mesa – corte degastos, reforma tributária e au-mento de impostos, um esboçopara reestruturar as dívidas dosnorte-americanos cujas casas es-tão debaixo d’água e os investi-mentos de que precisamos pararenovar os recursos primários denossa força – infraestrutura,

educação e pesquisa científica.Cada item será integrado e cro-nometrado para minimizar a dore maximizar a criação de empre-gos – e o pacote inteiro será apre-sentado ao Congresso para umavotação aprova-ou-derruba. Es-tou confiante que uma verdadei-ra reforma nos tributos e nos di-reitos vai desencadear bilhões dedólares em investimentos.'

'Mas a coisa mais importante queestará na mesa não será simples-

mente um plano para tornar nossopaís solvente. Será um plano paratornar os Estados Unidos melhor egarantir que outra geração vai apro-veitar o sonho norte-americano.Qualquer pessoa sensata que olhepara os investimentos de estímuloque fiz em educação, energia limpa,pesquisa e infraestrutura, saberáque esse tem sido meu objetivo des-de o começo. Mas sei que esses in-vestimentos não podem ser susten-tados sem um novo acordo sobre

orçamento a longo prazo.'E também tenho uma confis-

são a fazer: fiz um trabalho ruimao integrar minhas ideias sobreconstruir um país, incluindo osistema de saúde, numa visãosimplista para que as pessoascompreendessem para onde euestava indo. Também permitique considerações políticas táti-cas – como abandonar a Comis-são Bowles-Simpson – interferis-sem, e assim muitos norte-ame-ricanos perderam de vista mi-nhas prioridades. Isso não vaiocorrer novamente. Ninguémama mais este país do que eu emeus colegas democratas. Va-mos levar nossas tradicionaispreocupações por justiça social eigualdade a essas negociações, enão vamos abandoná-las até queum Grande Acordo para garan-tir que a grandeza norte-ameri-cana seja transformado em lei.'

Nessa hora, todos os cincolíderes apertaram asmãos e se retiraram pa-

ra o Salão Oval. Eram exatamen-te 9h29 da manhã. Um minutodepois, a Bolsa de Valores deNew York abriu. O índice DowJones estava em alta de 1.223pontos – um recorde histórico.

Triste é que muito disso é fan-tasia, mas facilmente – com umpouco de vontade política – po-deria se tornar realidade.

THOMAS L. FRIEDMAN É C O L U N I S TA

DO NEW YORK TIMES E TRÊS VEZES

GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER

TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

Otítulo desta coluna étambém o título de umanúncio histórico feito

para uma rede de tevê – achoque a Record, mas a memóriafalha, pode ter sido outraque estava apresentandosemanalmente uma série dedocumentários sobre a 2ª GuerraMundial. A agência era a "AiJesus" da publicidade brasileirae, na época, a mais criativa.

Alguma cabeça genial doplanejamento sugeriu não fazeranúncios comuns tipo "Vejahoje..." porque presumia queo número de quem "veria hoje"seria muito menor do que o dequem "perdeu ontem..."

O tiro na mosca foi certeiroe a campanha publicitáriaficou à altura da qualidade dosdocumentários exibidos– o que só acontece raramente.

"Ontem Londres foibombardeada; pena que vocênão viu, foi um bom programa",mostrava as ruínas, os incêndios,a fumaceira negra e as centenasde vítimas civis, com grandenúmero de idosos e crianças,

deixadas pelos pesadosbombardeios nazistas da noiteanterior. A Inglaterra resistia.

Em uma das cenas maisdramáticas, o documentáriomostrava a Rainha saltandoentre os escombros, para abraçare consolar a população atingidae mostrar-lhe sua solidariedade.

A Rainha recusou-se aabandonar Londres

até o fim da guerra, e seu gestopassou para a História. Ela ficouno Palácio de Buckingham,correndo o risco de sofreros ataques da Luftwafe, semaceitar o conselho da suaequipe de segurança, querecomendava a mudança parao interior. Teimosa, não foi;deu um exemplo de coragemlembrado até hoje.

E o que mostravam asreportagens da tevê de ontem,anteontem e tresantontem ?(meu Aulete Digital confirma aexistência de "tresantontem").Mostravam que "Ontem Londresfoi bombardeada..." – não pelosnazistas de setenta anos atrás,

mas pelos neonazistas de hoje,"manos" de moletons e capuzesquebrando tudo, atirando pedrase coquetéis Molotov, tocandofogo em edifícios, saqueandosupermercados e lojas debebidas e eletrodomésticos dacapital do país democráticoque os acolheu e aos seus paisou avós, que deixaram seuspaíses de origem no Norte daÁfrica, Oriente Médio, Índiae Paquistão. Todo mundo viue não foi um bom programa.

Eu estava em Paris quandoos "banlieuses", em geral

filhos de imigrantes ilegais quenasceram na França e tinhamtodos os direitos dos cidadãosfranceses, tocaram fogo nossubúrbios (os "banlieues") e emalgumas ruas da capital. Seu líderdiscursava: "Em duas geraçõesseremos maioria no Congresso",tantos eram os filhos que faziamano após ano. O que elesqueriam ? Mais do que já tinham– e tinham muito naqueleEstado paternalista epesadão para os contribuintes.

Agora, a encrencaexplodiu em Londres porqueum afrodescendenteteria sido morto dentro de umcarro da polícia. É possivel,nenhum policial de nenhumaparte do mundo é santo. Masé possivel também que hajaexagero e a massa tenha sidomovida por boatos e manobradapor interesses obscuros.

Não vi nem li evidênciasde que o acontecido

realmente aconteceu, mas nãoconsigo ver nem ler tudo queacontece. No caso do brasileiromorto por policiais no metrôde Londres, havia corpo,testemunhas e confissão. Nocaso de agora, até agora nada.

Sou neto de imigrante que veiodo Oriente Médio. Meu avô veioporque aqui era muito melhor doque lá. Hoje, tenho a convicção deque vivemos num país que abrigaa maior corrupção de todosos tempos – talvez seja melhordo que na Grécia e na Palestina.

Ao lado do bombardeio deLondres, os jornais, as rádios e as

tevês nos bombardeiam com avasta trambicagem dos ministériosnacionais. Hoje é o escândalodo Turismo, que abafou o daAgricultura, que abafou o dosTransportes, que abafou o doMermão Paloffi (Mermão do Cara).

Se a investigação no Turismofor fundo – os Federais jáencanaram 38 –, vai chegar nagestão da Relaxa e Goza, que poderesvalar no seu mandato naPrefeitura de Sumpólo; e aí vai sereencontrar com o MermãoPaloffi, ele ainda em RibeirãoPreto. Teríamos a redescoberta daRodovia do Escândalo do Lixo,ligando Sumpólo a Ribeirão Preto.

Nem por isso saio por aí jogandopedras na polícia, coquetéisMolotov nas sedes dos partidosda base alugada, saqueando lojase supermercados. Que dá vontade,dá; mas faço um esforço sobre-humano e venço a vontade.

PS 1: O Poste, em atitude decompleto desnorteio, consulta aIdeli e Gilberto Carvalho, na faltade melhores quadros. O Posteestá sozinho num mato semcachorro. Não tenho dó; quemmandou se meter?

PS 2: Piratas atacam turistasno Rio Solimões, um ônibus ésequestrado no Rio, arrastãoem São Paulo, assaltos no RioGrande do Sul: estamos emguerra e perdendo.

OBAMA PRECISA DE UM MALAN.

NEIL FERREIR A É PUBLICITÁRIO

A coisa mais importante que tem de estarna mesa de negociação entre democratase republicanos não é somente um plano paratornar o país solvente. Um acordo permitiria

tornar o país melhor e garantir que outrageração aproveite o sonho americano.

Page 4: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 de Agosto

Santa Joana

Francisca de Chantal

Nasceu em Dijon, na França, em 1572.Quando jovem casou-se com o barão de

Chantal e alguns anos depois ficou viúva; apósse dedicar à educação dos filhos, foi viver em

um convento. Em 1610, com Francisco deSales, fundou a Congregação da Visitação

de Santa Maria.

Solução

[email protected] 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues,Alexandre Favero

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333 Há anos, o deputadofederal e ex-ministro RobertoCardoso Alves, o Robertão (erado PMDB de São Paulo), figurainteligente e bem-humorada,

popularizou a máxima de São Francisco para bem definir comodeveriam ser as relações entre governo e parlamentares: É dandoque se recebe. Hoje, diante do abalo na base aliada pela faxinaque está longe de terminar e da não liberação das emendasparlamentares, a situação da presidente Dilma Rousseff vai setornando mais complicada. Ou seja: a Chefe do Governo não dá econsequentemente, não recebe. Os deputados federais, que já serecusam a votar assuntos de interesse do Planalto, preparam umbote maior. A situação já foi classificada como clima de embosca-da: quando o Executivo mais precisar do Legislativo, a resposta nãovirá. No meio do tiroteio, a ministra Ideli Salvatti lembra a peça deOduvaldo Vianna Filho: Se ficar o bicho come, se correr, o bicho pega.

Brincandocom fogo

333 Georgia May Jagger, 19anos, a filha de Mick Jagger eJerry Hall que vem dando certona carreira de modelo (Chanel,Versace, Hudson Jeans e no

Brasil, Bo.Bô), vai ganhar um ensaio especial na Harper’s Bazaarde setembro, devidamente transformada na ex-primeira-ministrabritânica Margaret Thatcher (destaque), que ficou mundialmenteconhecida como Dama de ferro. A travessura fotográfica é de TerryRichardson, que começou com o penteado e criou situaçõesdiversas: no gabinete da residência da Downing Street, aolado de um bobby e até a bordo de um taque de guerra.

LembrandoThatcher

Pré-estréiaromântica

333 Bruna Lombardi e CarlosAlberto Ricelli (esquerda) pilota-ram, em São Paulo, no Iguatemi,a pré-estréia de Onde Está aFelicidade?, comédia romântica

dirigida por ele e protagonizada por ela, ao lado de BrunoGarcia e outros, que está iniciando sua carreira dia 19. Ocasal vive na ponte-aérea São Paulo-Los Angeles, ondemantém residência há anos. Entre amigos e convidados,também estavam lá Luisa Mell (centro) e Juliana e CaioLuiz de Carvalho (direita), ele o presidente da SPTuris.

Carne seca333 Circulou por São Paulo, quase desperce-bida, a atriz Geena Davis, a eterna Thelma dofilme Thelma & Louise (com Susan Sarandon).Veio com o marido, o cirurgião plástico RezaJarrahy e a convite da jornalista Ana Paula

Padrão, que está lançando o portal Tempo de Mulher, que preten-de mapear o comportamento da mulher atual, especialmente naclasse C. Geena comanda, nos Estados Unidos, um instituto quedefende o tratamento respeitoso à mulher no showbiz. Numade suas poucas noites em São Paulo, jantou no restauranteTrindade e morreu de amores pela carne seca servida lá.

Médico de pobre é pai de santo.

IN OUTh

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Microvestido. Microshort (hot pants).

MAIS: Lula também pensaem estrear num videoblog, onde aparecerá emprogrametes. Escrever nãoé exatamente seu forte.

MISTURA FINA

No ataque333 O diretor-executivo daPolícia Federal, Paulo de TarsoTeixeira, pode até prestar osesclarecimentos pedidos peloministro José Eduardo Cardozo,da Justiça, sobre a OperaçãoVoucher – e o uso de algemas.O que não significará qualquerrecuo da entidade: há decisãodo Supremo sobre algemasque podem ser utilizadasquando houver indicio de fugaou desequilíbrio do preso. Noaeroporto de Congonhas, o ex-deputado Colbert Martins, foipreso e algemado, sem esboçarreação, na frente dos ministrosPaulo Bernardo (Comunicações)e Orlando Silva (Esportes). Oque a Polícia Federal quer, nãoavisando ninguém de suasoperações, é impedir o vaza-mento dos mandados de busca,apreensão e detenção, comoaconteceu no episódio de Vavá,irmão de Lula e também com aOdebrecht que, avisada, entroucom habeas corpus preventivo.

SÓ CONDUZIDO333 AlbertoLuchetti,conhecidohomem de televisão, dono daAllTV, primeira emissora peleweb, estava entre os 35 presospelaPoliciaFederalnaOperaçãoVoucher.Nãofoialgemado,nemnada: era para ser conduzido aPF,ondeprestouesclarecimentosobre sua participação nalicitação do Ministério doTurismo (ele não ganhou, sóque havia a suspeita de queteria participado apenas paratornar possível a fraude).Luchetti, que hoje toca umaprodutoradeTV, foi liberadonahora.Ele jádirigiuoDomingãodoFaustão (Globo)efoidiretorda Rede Bandeirantes.

Misses no clube gay333 Donald Trump, dono dalicença do concurso MissUniverso, virá a São Paulo, emsetembro, para a final desteano, pela primeira vez realiza-da no Brasil. A modelo IsabeliFontana é a primeira confirma-da para formar no júri e a transmis-são será de Rede Bandeiran-tes. Dia 27 próximo, haverá umcoquetel de boas vindas àscandidatas tendo como palco oThe Society, clube da rua Marquêsde Paranaguá, nas vizinhanças dovelho centro de São Paulo, quefunciona num antigo casarão,todo reformado pelo arquitetoSig Bergamin. Detalhe: o TheSociety vem funcionandofocado no público gay.

SOLA VERMELHA333 O sapateiro de luxoChristian Louboutin acaba deperder, em Nova York, açãocontra YSL América. Ele queriaexclusividadenousodassuasfamosas solas vermelhas. Suascriações foram usadas no filmeSex and the City por SarahJessica Parker (na série deTV, ela usava Jimmy Choo). AdecisãogaranteodireitodaYSLao vermelho, sob o argumentoque “a cor tem função vitalestética na indústria damoda”. Agora, a brasileiraCarmen Steffens, que tambémestá sendo processada porLouboutin, já ficou animada.

Toalete também333 Depois que seu carroquase foi assaltado, há sema-nas, por um bandido que usavaum revolver de brinquedo e quefugiu, o vice-presidente MichelTemer, que reforçou substanci-almente sua segurança (agora,três carros e oito agentesarmados acompanham Temeronde quer que vá), continuanão querendo correr o menorrisco. Dois dias antes da festade premiação das 500 Maioresde Dinheiro, promovida pelarevista IstoÉ Dinheiro, noTerraço Daslu, chegaram lá dezhomens de preto (eles usamóculos escuros, para lembrar opessoal da FBI que conhecemdo cinema) e vistoriaram todoo local. Não deixaram de ladonem os toaletes femininos.

LOBISTAS333 Depois que os ex-ministroJosé Dirceu e Antonio Palocciganharammuitodinheirocomprestação de serviços deconsultoria (a expressão lobbyainda é demonizada no Brasilporquenãoestáregulamentada),dois tradicionais nomes dosegmento, ambos com mais de40 anos de janela, Luiz AffonsoRomano e Paulo Jacobsenvão lançar o livro Perfil daConsultorianoBrasil.Queremesclarecer e informar muitacoisa da área, o que pode e oque não pode e não apenasem consultoria, mas tambémem treinamento e palestras.

FHC estréia hoje comoblogueiro no ObservadorPolítico. Vai aproveitarpara falar sobre corrupçãonos altos escalões.

333 NESSES dias de tensãoentre Planalto e Câmara dosDeputados, o secretárioparticular de Dilma, AndersonDornelles, que gosta de cinemae, vira e mexe, loca ou sugerealgum DVD à presidente,comenta que a cena políticaatual lembra o título de umfamoso filme de Ettore Scola,Feios, sujos e malvados.

333 MAIS UMA grife deacessórios de luxo, criada há70 anos em Nova York por seusartesãos, chega a São Paulo: éa Coach, cujas bolsas (sapatostambém) estão entre as favoritasdas socialites do mundo inteiro.Dando certo em São Paulo,depois estica para o Rio e Brasília.

333 A PRESIDENTE DilmaRousseff acaba de ser convida-da para a largada do Rock inRio, em setembro. O cerimonialainda não confirmou suapresença a Roberto Medina.Malgrado seja admiradora deMônica Salmaso e FernandaTakai, o show de estréia é deElton John – e Dilma gosta dele.

333 O GOVERNADOR do RioGrande do Sul, que foi ministroda Justiça e, em sua época,aconteceram outras operaçõesda Polícia Federal, garante queuma ação como a OperaçãoVoucher, com 200 agentesem campo em três Estados,levando mais de 30 presos aoAmapá, não sai por menos R$700 mil, incluindo-se todas asdespesas, de horas-extras aconsumo de combustível,alimentação, aviões e helicóp-teros e até uso de celular.

333 MALGRADO AmilcareDallevo garanta que tudo vaibem na Rede TV!, enquantosalários, pagamentos aterceirizados e fornecedores eaté ao Ibope, estão atrasados,a situação começa a ficar maisapertada. Agora – quem diria –até o pro-labore do sócio e diretorMarcelo Carvalho, tambémapresentador do programaMega-Senha, está atrasado.

Fotos: Terry Richardson/Harper´s Bazaar

Gula desenfreada333 O ex-ministro e consultor José Dirceu circulou, nessesdias, por Brasília e teve conversas com vários políticos,incluindo-se o presidente do Senado, José Sarney. Para muitos,confessou que está “preocupado com os erros que vem sendocometidos por Dilma” em seu relacionamento com partidos.Seu temor maior é que ela “não conclua seu mandato”. Dirceutambém teria se encontrado com Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência e a presidente, informada dos comentáriosdele, não resistiu e falou para Gilbertinho: “Diga a seu amigoque eu chego ao final do mandato e até me reelejo”.

ZECA PAGODINHO // dando sua visão peculiarsobre o estado de saúde do país.

O EGOISTA

Deve-se ter consciência de que uma pessoa tem DIREITO de VIVER por AMOR a si próprio, sem se SACRIFICAR pelos OUTROS e sem esperar que os outros se sacrifiquem por ela. Porem não tem o direito de USAR força física para TOMAR algo VALIOSO ou impor suas idéias aos outros. Esta pessoa pode SUBIR na vida, mas não se concebe DERRUBAR a dos outros.

Por: José Nassif Neto

J H B L H R C J O G F Y S R G Q X E U E

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Page 5: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

R$ 5,5 MILHÕESPreço parafortalecer a cadeiaprodutiva deturismo no Amapá

R$ 2,75 MILHÕESValor pago pelosestudos sobrelogística noturismo do Amapá

política

Turismo de fachada com dinheiro públicoEmpresários simulam preços, serviços e concorrência para fraudar licitações no governo com a cumplicidade de servidores federais

Os empresários ami-gos do esquema decorrupção no Mi-nistério do Turis-

mo simulavam cotações depreços para fraudar as licita-ções. É o que revela uma grava-ção telefônica da OperaçãoVoucher, da Polícia Federal,feita com autorização judicial.Pela conversa é possível enten-der como os empresários en-volvidos agiam para fraudaros convênios com a organiza-ção não-governamental Insti-tuto Brasileiro de Desenvolvi-mento Infraestrutura Susten-tável (Ibrasi).

Num diálogo ocorrido nodia 21 de julho, Hugo Leonar-do Gomes, dono de uma em-presa de fachada, é procuradopor um amigo de nome Ricar-do, que estava preocupadocom a visita da PF. A empresadele foi usada para simularuma cotação de preços para fa-vorecer a empresa de Hugo.

Faz de conta – A conversadeles, gravada pela PF, mostraque os dois conheciam o es-quema de simular cotação depreços para que a empresa defachada fosse "contratada" erecebesse os recursos do Ibrasi.O desentendimento aparentesó acontece no diálogo porqueRicardo está com os agentes naempresa. Ele conta para Hugoque está recebendo a visita daPF naquele momento.

A partir daí, pergunta porque uma empresa dele, a R8,foi usada para simular uma co-tação de preços no convênio doIbrasi. "A Polícia Federal táaqui querendo saber que porra

é essa, que eles estão investi-gando um negócio, que a mi-nha empresa está sendo inves-tigada. Que porra é essa", insis-te Ricardo. E Hugo explicou: Ébicho, orçamento. Tipo assimentrou eu, tu e o Guilherme eeu que ganhei".

Bico fechado – A cúpula doMinistério do Turismo presapela PF pouco esclareceu, atéagora, nos depoimentos pres-tados sobre os convênios sus-peitos com a pasta. O secretá-rio-executivo Frederico SilvaCosta usou o direito constitu-cional de permanecer calado.Não respondeu nem mesmo às

perguntas sobre a sua relaçãocom os donos do Ibrasi, nemem relação à gravação telefôni-ca em que, de acordo com a PF,ele orienta o empresário Fábiode Mello a como montar umaentidade de fachada sem finslucrativos

Já o secretário nacional deDesenvolvimento de Progra-mas para o Turismo, ColbertMartins, declarou à PF que au-torizou a liberação de R$ 900mil para o Ibrasi, em abril desteano, com base em nota técnicae análise jurídica do ministé-rio. Alegou também que, naépoca, havia assumido o cargo

há pouco menos de 30 dias.Completou seu depoimentocom um "nunca desconfiei deirregularidades" no convênio.

Quem também negou total-mente qualquer envolvimentocom o esquema foi o ex-secre-tário-executivo Mário Augus-to Lopes Moysés. Afirmoudesconhecer os donos do Ibra-si e quaisquer irregularidadesnos convênios. Assim comoColbert, alegou que autoriza-va os pagamentos no governopassado com base em notastécnicas.

Invest igações– As investi-gações da PF levaram à prisão

Sede do Ibrasiem Macapá: aentidade, que

teria fraudadoconvênio de

R$ 4,4 milhões,agora é

suspeita de terfeito o mesmoprocedimento

em outroacordo. O que

mudaria é ovalor, de

R$ 5,5 milhões.

Wilson Pedrosa/AE

36 pessoas de um total de 38suspeitas de participar de umesquema de desvio de dinhei-ro público. Na quarta-feira, fo-ram liberadas 18 e outras 18,entre elas a cúpula do ministé-rio, continuam presas.

As fraudes chegam, até omomento, a R$ 3 milhões emum convênio de R$ 4,4 milhõesdo ministério com o Ibrasi, pa-ra capacitação profissional noAmapá. Mas há indícios defraudes em pelo menos outrosdois convênios firmados peloministério. Um deles seria o se-gundo com o Ibrasi e o outrocom a Cooperativa de Negó-

cios e Consultoria Turística(Conectur). Esses dois aindaestariam em fase de investiga-ção pelo Tribunal de Contas daUnião (TCU), de acordo cominformações obtidas pelo G1.

Uma festa– O segundo acor-do com o Ibrasi prevê a libera-ção, em setembro deste ano, deR$ 5,5 milhões, para a implan-tação de "processos participa-tivos para o fortalecimento dacadeia produtiva de turismono Amapá". Implantação essa,segundo o TCU, que contémdiversas irregularidades se-melhantes a que originou aOperação Voucher. Já o convê-nio com a Conectur foi assina-do em 2008 e encerrado no anopassado, com a liberação emparcela única de R$ 2,75 mi-lhões para estudos e pesquisassobre logística no turismo noAmapá. (Agências)

A PF tá aquiquerendo saber,que eles estãoinvestigando umnegócio, que aminha empresa estásendo investigada.

CONVERSA GR AVADA PEL A PF

Page 6: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃOSPMB/COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃOAcham-se abertas na Subprefeitura de M’Boi Mirim, sita à Avenida Guarapiranga,nº 1265 - Parque Alves de Lima - CEP 04902-903 - São Paulo - SP - sala deLicitações - 1º andar, as seguintes licitações:Tomada de Preços nº: 03/SPMB/2011Processo nº: 2011-0.042.620-1Objeto: Contratação de empresa para manutenção e contenção de taludes emárea de risco na Rua Mahamed Aguil.Entrega dos envelopes: dia 30/08/2011 às 13h30Abertura: dia 30/08/2011 às 14h00Tomada de Preços nº: 04/SPMB/2011Processo nº: 2011-0.042.624-4Objeto: Contratação de empresa para obra de contenção de talude em área derisco na Rua Orlando de Araujo Braga.Entrega dos envelopes: dia 30/08/2011 às 09h30Abertura: dia 30/08/2011 às 10h00Os editais e seus anexos poderão ser obtidos gratuitamente por “download”na página http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou na Sede destaSubprefeitura na Supervisão de Administração e Suprimentos, mediante orecolhimento através da DAMSP - Documento de Arrecadação do Município deSão Paulo aos cofres públicos na importância de R$ 0,15 (quinze centavos) porfolhas em conformidade com o Decreto Municipal n° 51.157/09, ou ainda mediantea entrega de (um) CD-ROM, no horário das 09h às 12h e das 13h às 16h,até 24 (vinte quatro) horas da data fixada para a abertura do presente certame.Todas as empresas interessadas em participar dos Certames deverão efetuarvistoria no local de execução dos serviços, com a finalidade de verificar ascondições físicas para a execução dos mesmos. A saída para a realização davistoria será da Sede desta Subprefeitura endereço constante no preâmbulo desteedital, onde as licitantes receberão a “declaração de vistoria”, que será assinadopor responsável técnico da Coordenadoria de Infra-Estrutura Urbana e Obras.As empresas interessadas na presente licitação deverão entrar em contato coma Coordenadoria de Obras pelo telefone (11) 3396-8430/8431 das 09h às 17h,marcando presença para realização da visita ao local de execução dos serviços.

SECRETARIA DE COORDENAÇÃODAS SUBPREFEITURAS

DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3ABERTURA DE LICITAÇÃOEncontram-se abertos no Gabinete:REABERTURA - PREGÃO PRESENCIAL 227/2011-SMS.G, processo2010-0.168.095-9, destinado a CONTRATAÇÃO de EMPRESA ESPECIALIZADAPARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS DE SUPORTE DE 1° E2° NÍVEL COM SUPORTE REMOTO, 2º NÍVEL PRESENCIAL E 3º NÍVEL COMGERENCIAMENTO DE EQUIPAMENTOS EM GARANTIA, MANUTENÇÃO,PLANEJAMENTO E INSTALAÇÃO DE HARDWARE E SOFTWARE, PARA OATENDIMENTO AOS ÓRGÃOS DA SMS, para SMS/Assessoria Técnica deTecnologia da Informação - ATTI, do tipo menor preço. A sessão pública de pregãoocorrerá às 14 horas do dia 24 de agosto de 2011, a cargo da 3ª ComissãoPermanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.PREGÃO PRESENCIAL 244/2011-SMS.G, processo 2011-0.032.598-7, destinadoao registrodepreçosparaFORNECIMENTOdeMEDICAMENTOSMANIPULADOSI, para Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras do tipomenor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 10 horas do dia 13 desetembro de 2011, a cargo da 5ª Comissão Permanente de Licitações daSecretaria Municipal da Saúde.PREGÃO PRESENCIAL 247/2011-SMS.G, processo 2010-0.261.860-2, destinadoao registro de preços de MÁSCARA LARÍNGEA DESCARTÁVEL TAMANHOSNº 3, 4 E 5, para SMS/Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU/DivisãoTécnica de Fiscalização, Comunicações e Informações, do tipo menor preço.A sessão pública de pregão ocorrerá às 10 horas do dia 15 de setembro de 2011, acargo da 5ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.RETIRADA DE EDITALO edital do pregão acima poderá ser consultado e/ou obtido nos endereços:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da SecretariaMunicipal de Saúde, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque -São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aoscustos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação doMunicípio de São Paulo.DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO PRESENCIALOs documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo aspropostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas,deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura dasessão pública de pregão.

SECRETARIA DA SAÚDE

COMUNICADOO SUBPREFEITO DE CAMPO LIMPO, SR. ALEXANDRE MARGOSIAN CONTI,no uso de suas atribuições legais, COMUNICA a realização do certame abaixo:EDITAL DE TOMADA DE PREÇOS N° 001/SP-CL/2011PROCESSO: 2011-0.097.001-7OBJETO: CONTRATAÇÃO DE OBRAS DE CONTENÇÃO DE MARGEM DOCÓRREGO NA RUA FRANCISCO DE HOLANDA, EM ÁREA SOB JURISDIÇÃODESTA SUBPREFEITURA.ENTREGA DAS PROPOSTAS: 02/09/2011 até as 13:00 horas.ABERTURA PÚBLICA: 02/09/2011 às 14:00 horas.LOCAL: PMSP SUBPREFEITURA CAMPO LIMPO - Rua Nossa Senhora do BomConselho, n° 59 - Jardim Laranjal - São Paulo - SP.EDITAL DE TOMADA DE PREÇOS N° 013/SP-CL/2011PROCESSO: 2011-0.198.919-6OBJETO: CONTENÇÃO DE ENCOSTA AV. ANDORINHA DOS BEIRAIS COMRUA SETE ANOS DE LUTA - PARQUE FERNANDA, EM ÁREA SOB JURISDIÇÃODESTA SUBPREFEITURA.ENTREGA DAS PROPOSTAS: 02/09/2011 até as 13:00 horas.ABERTURA PÚBLICA: 02/09/2011 às 15:00 horas.LOCAL: PMSP SUBPREFEITURA CAMPO LIMPO - Rua Nossa Senhora do BomConselho, n° 59 - Jardim Laranjal - São Paulo - SP.

SECRETARIA DE COORDENAÇÃODAS SUBPREFEITURAS

Subprefeitura Campo Limpo

Vamos exibir ao Brasil, quem quer a faxina na administração pública e quem só fala da boca para fora.José Agripino Maia, presidente do DEM, (RN)política

Oposição quer CPI mista para investigarApós últimas denúncias, parlamentares decidiram mais uma vez juntar esforços para, enfim, criar uma comissão parlamentar que venha a apurar os escândalos

Presidentes e líderes departidos de oposiçãod e c i d i r a m o n t e munir esforços na ten-

tativa de instalar uma CPI mis-ta (com deputados e senado-res) no Congresso para investi-gar as denúncias de corrupçãono governo federal.

Apesar de a oposição já estarcolhendo assinaturas para ins-talar uma CPI no Senado parai n v e s t i g a r oMinistério dosTransportes, anova ofensivatem por objeti-vo ampliar o fo-co para apurardenúncias emvárias pastasdo governo.

Minoria naC â m a r a e n oSenado, a opo-s i ç ã o a p o s t aem diss idên-cias na base governista paraconseguir as 171 assinaturasde deputados e 27 de senado-res para protocolar o pedido.

DEM, PSDB e PPS vão bus-car partidos aliados do gover-no insatisfeitos com a condu-

ção da crise pela presidenteDilma Rousseff.

"Já começamos as conversascom parlamentares da base.Muitos não querem ser res-ponsabilizados pelos erros co-metidos no governo. Com esseesforço, vamos tentar instalar aCPI", disse o líder do DEM naCâmara, ACM Neto (BA).

Um dos alvos da oposição éo PR, que teve seus principais

quadros afas-tados do Mi-n i s t é r i o d o sTr a n s p o r t e sdepois da "lim-peza" que Dil-ma promoveuna pasta paraapurar denún-cias de corrup-ção. Tambémestão na mira,deputados esenadores doPMDB, PTB e

PDT – que sinalizaram apoiaras investigações.

"A CPI é o último instrumen-to que restou para a oposiçãoinvestigar. Há uma crise pro-funda que levou à paralisia deprojetos do governo", disse o

líder do PSDB na Câmara, de-putado Duarte Nogueira (SP).

Para o presidente do DEM,José Agripino Maia (RN), ameta da oposição é discutir pu-blicamente a criação da CPI:

"Vamos coletar assinaturas eexibir ao Brasil, pela internet eem meios de comunicação,quem quer de verdade a faxinana administração pública equem é que quer falar só da bo-ca para fora, por isso a divulga-ção na internet. E que parla-mentares de que partido assi-naram". Ele negou que a estra-tégia seja "um mecanismo depressão" para que aliados insa-tisfeitos do governo mas, sim,"um mecanismo de clareza dep ro c e d i m e n t o s " .

Segundo o presidente doDEM, serão divulgados tam-bém os nomes de quem colabo-rar para a instalação da CPMI.

Amplo espectro – No reque-rimento de criação da CPI, aoposição pede que sejam in-vestigados os seguintes minis-térios: Transportes, Cidades,Agricultura, Reforma Agrária,Trabalho e Turismo. Além de:

Dnit (Departamento Nacionalde Infraestrutura de Transpor-tes), Valec (estatal de ferro-vias), Incra (Instituto Nacionalde Colonização e ReformaAgrária), Conab (CompanhiaNacional de Abastecimento) e

da ANP (Agência Nacional doPetróleo). "E mandamentoconstitucional, a atuação desteParlamento, no sentido de fis-calizar todos esses fatos quevieram a público", diz o reque-rimento. (Agências)

ACM Neto,Agripino e Torres:líderes se juntam

para tentar de novorecolher as

assinaturasnecessárias.

Bernardo e Passosfalarão ao Congresso

Oministro das Comuni-cações, Paulo Bernar-do, afirmou ontem ,

que irá ao Congresso Nacionalnos próximos dias para escla-recer dúvidas sobre denúnciasde fraudes no Ministério dosTransportes e no Departamen-to Nacional de Infraestruturade Transportes (Dnit).

"Pretendo ir assim que foragendado", comentou. "Fazparte do processo democráticoprestar contas ao Congresso".Bernardo lembrou que rece-beu convite do Congresso Na-cional para esclarecer denún-cias de seu envolvimento emnegociações de contratos paraobras de ferrovias e rodoviasno Paraná.

"Alguns jornais publicaramque o Pagot (Luiz Antonio Pa-got, ex-diretor do Dnit) teriadito que eu tinha responsabili-dade no Dnit. Acho que vocêsviram que o Pagot disse quenão falou isso. Houve um con-vite, inclusive com concordân-cia da base aliada, e eu achoque é uma obrigação ir lá. Nãovejo problema algum nisso".

Para Bernardo, as mudançasrecentes feitas no governo nãosão problemáticas e sim obri-gatórias quando surgem de-núncias contra integrante.

"A partir do momento emque se tem sinais de irregulari-dades, o governo tem obriga-ção de cuidar disso e a posiçãoda presidente Dilma foi muitoclara em tomar providências".

Segundo ele, a presidentetem tratado todos os ministrosda mesma maneira. "Ela cha-ma o ministro e diz que ele temque resolver isso, tomar provi-dências cabíveis. Se precisar ti-rar gente, ela tira gente. E, evi-dentemente, ela faz isso consi-derando que o ministro mere-ce a confiança e tem condiçãode o fazer. Tem caso de genteque saiu, outros que estão to-mando providências".

O ministro concedeu a entre-vista depois de reunião comempresários da Federação dasIndústrias do Estado de SãoPaulo (Fiesp) sobre investi-mentos no setor das telecomu-nicações, que, segundo ele, de-ve crescer muito e acelerar aeconomia nos próximos anos.

No encontro, Paulo Bernar-do falou a empresários sobreinvestimentos que serão feitospara a Copa de 2014. "Falamosde banda larga, TV a cabo e in-vestimentos que faremos paratermos internet com conexõesultrarrápidas até 2014".

P a s so s – O ministro dosTransportes, Paulo Sérgio Pas-sos, comparecerá à Comissãode Infraestrutura (CI) do Sena-do na próxima terça-feira, paraprestar esclarecimentos sobredenúncias de corrupção napasta. Passos é o terceiro mi-nistro que comparece à comis-sões do Senado, só este mês,para falar de irregularidadesem ministérios.

O procedimento dos minis-

tros de aceitarem os convitesdos parlamentares (e que se re-pete na Câmara dos Deputa-dos) atende à orientação do go-verno. O Planalto espera, des-sa forma, esvaziar as iniciati-vas da oposição de criar CPIs ede convocar ministros paraque expliquem as denúnciasde corrupção nas suas pastas.

Na quarta-feira, estiveramno Senado os ministros Wag-ner Rossi e Carlos Lupi – Agri-cultura e Trabalho. O ministrodo Turismo, Pedro Novais,também foi convocado pela

oposição, mas o pedido de con-vocação foi transformado emconvite pelos governistas e se-rá votado na semana que vem,na Comissão de Turismo.

Na sessão de ontem da CI, apresidente da comissão, sena-dora Lúcia Vânia (PSDB-GO),informou que o ministro deMinas e Energia, Edison Lobão(PMDB), receberá senadoresem seu gabinete na próximaquarta-feira para tratar do cro-nograma de leilões das conces-sões elétricas que vencem apartir de 2014. (Agências)

Bernardo: " Faz parte da democracia prestar contas ao Congresso".

Turismo em SP apoia NovaisEntidades ligadas à área na capital dão respaldo ao ministro atingido por acusações de fraudes e prisões

Presidentes de entidadesde Turismo em São Pau-lo disseram ontem, na

capital, que o ministro PedroNovais, cuja pasta foi atingidapor denúncias de corrupção,tem o apoio do empresariadodo setor. Segundo eles, as acu-sações de fraude em convêniosinvestigadas pela OperaçãoVoucher, da Polícia Federal(PF), devem ser confirmadas eos culpados, punidos.

Os representantes das enti-dades se reuniram para anun-c iar a un ião da Abav-SP,Aviesp, Sindetur-SP e Abra-corp sob uma mesma sede.

Edmar Bull, presidente daAssoc iação Bras i le i ra deAgências de Viagens de SãoPaulo (Abav-SP), confirmoutotal apoio ao ministro.

"Se depender da gente, eletem todo o respaldo. O minis-

tro tem muita capacidade. Éum político de mais de 70 anos,tem inteligência e pode fazermuita coisa desde que trabalhecom uma boa equipe e tenhainteresse em conhecer o setor",afirmou o presidente do Sindi-cato das Empresas de Turismode São Paulo (Sindetur-SP),Eduardo do Nascimento.

Já o presidente da Associa-ção das Agências de ViagensIndependentes do Interior doEstado de São Paulo (Aviesp),William Périco, admitiu que aoperação da PF levou o setor auma situação muito desagra-dável: "Espero que o que estáacontecendo no ministério le-ve a uma maior rigidez na ava-liação dos convênios".

O presidente da Abav Na-cional, Carlos Alberto Amo-rim Ferreira, disse que a gestãode Novais ainda está no come-

ço e é preciso aguardar maio-res esclarecimentos da PF: "Agente quer um ministro forte".

Francisco Leme da Silva, daAssociação Brasileira de Via-gens Corporativas (Abra-corp), afirma que o escândalo

no ministério não atinge as ati-vidades da iniciativa privadano Turismo. E conclui: "Se todaessa operação estiver sendofeita para haver seriedade nosetor e acabar com a corrupção,tem o nosso total apoio". (AE)

Novais: muita capacidade e inteligência', segundo o Sindetur.

Wilson Dias/ABr

Paulo Liebert/AE - 01/08/2011

Elza Fiúza/ABr

A CPI é o últimoinstrumento querestou à oposição.Uma crise profundalevou à paralisiade projetosdo governo.

DUAR TE NOGUEIR A (PSDB-SP)

Page 7: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

Pesquisa a gente tem que tratar com respeito. Agora, não se pode pautar ação só em pesquisa.Presidente Dilma Rousseffpolítica

Deputada recebeudinheiro desviado

do TurismoAcusação contra Fátima Pelaes (PMDB-AP) foi feita por quatro investigados

Pelo menos quatro de-poimentos de investi-gados na OperaçãoVoucher à Polícia Fe-

deral afirmam que a deputadaFátima Pelaes (PMDB-AP) re-cebeu parte dos recursos des-viados do esquema fraudulen-to no Ministério do Turismo.

Ela é a autora da emenda quedeu origem aos convênios sus-peitos. De acordo com os rela-tos, a deputada teria montadoum esquema no Amapá paralevar recursos públicos para siprópria e para a campanha àsua reeleição em 2010.

Um dos depoimentos é deMerian Guedes de Oliveira,que aparece como secretáriada Conectur, uma entidadefantasma que, segundo a in-vestigação, foi subcontratadapelo Ibrasi por R$ 250 mil e teveconvênio com o próprio Minis-tério do Turismo em 2009, novalor de R$ 2,5 milhões.

Merian disse que foi avisadapelo seu patrão e dono da Co-nectur, Wladimir Furtado, quea deputada Fátima Pelaes fica-ria com os recursos do Turis-mo. Furtado foi preso na terça-feira. De acordo com o depoi-

mento, Merian "ficou sabendode Wladimir que na divisão dodinheiro a deputada FátimaPelaes ficou com maior partedo dinheiro destinado à em-presa, inclusive tendo Wladi-mir comentado que o dinheirodestinado a empresa não seriasuficiente para pagar os encar-gos financeiros". O dinheiro re-fere-se ao primeiro repasse novalor de R$ 2.5000.000,00".

Só para ela – No depoimen-to, ela disse que Wladimir esta-va preocupado por ter sido in-cluído pela deputada neo es-quema de desvio de dinheiropúblico, o que poderia culmi-nar com a prisão de ele. Merianainda afirmou à PF que "os de-mais repasses de dinheiro/re-curso feitos a empresa Conec-tur, na verdade foram desvia-dos para a deputada FátimaPelaes, não tendo ficado qual-quer valor com a empresa oucom Wladimir". À PF, Wladi-mir Furtado disse que "nuncaentregou nenhum dinheiropara Fátima Pelaes".

Entretanto, um depoimen-todo sobrinho dele, David Lor-rann Silva Teixeira, confirmoua mesma versão da secretária.

Ele aparece na investigação co-mo tesoureiro da Conectur.

Segundo ele, "seu tio falavaque ganharia 10% do total e adeputada federal Fátima Pe-laes ficaria com aproximada-mente R$ 500.000,00 do total".

Pressa – A deputada, segun-do ele, tinha "pressa" para libe-rar os recursos. Outro depoi-mento que menciona FátimaPelaes foi dada por Errolflynnde Souza Paixão, que já foi só-cio da Conectur. Segundo ele,"Wladimir chegou a dizer queo dinheiro seria devolvido àdeputada".

Outra depoente, HellenLuana Barbosa da Silva, afir-mou que, na sua opinião, "a de-putada Fátima Pelaes indicouo Ibrasi (entidade que recebeuduas emendas de R$ 9 milhõesde Fátima) para receber partedo dinheiro para financiar suacampanha à reeleição".

Procurada em seu gabinete,a deputada não foi localizada.Sua assessoria foi informadasobre o conteúdo das grava-ções em poder do jornal O Es-tado de S. Paulo, que pediu umaentrevista. A deputada, po-rém, não respondeu. (AE)

Fogo cruzado: depoimentos apontam deputada do Amapá como beneficiária da maior parte dos recursos.

Leonardo Prado/Agência Câmara

Dnit tem mais de mil processosPagamentos suspeitos somam R$ 400 milhões, diz a Corregedoria do órgão

Dilma: depois da faxina,a terraplenagem

Num périplo no Cearáque incluiu visita àsobras de terraplena-

gem de estradas federais, apresidente Dilma Rousseff nãofez comentários sobre a crisepolítica no governo federal,que vem sofrendo uma série deacusações de corrupção, comseguidas demissões em váriosescalões de diversos ministé-rios. Indiferente às cobrançasda oposição e da própria basealiada, ela passou, literalmen-te, como um trator sobre o as-sunto que mais agita o Planaltono momento.

Bem ao estilo do seu anteces-sor, Luiz Inácio Lula da Silva, apresidente preferiu dizer on-tem, em Fortaleza, que estámuito "preocupada" e "atenta"à crise internacional e que épreciso "preservar o mercadointerno" de seus efeitos. Se-gundo ela, há uma "turbulên-cia" no mundo – e é nisso queela esta concentrada.

Em entrevista a rádios lo-cais, a presidente disse que pa-ra preservar o mercado interno

é preciso proteger o consumo,promover o crescimento daeconomia e, ao mesmo tempo,fazer a inclusão social.

Ela também elogiou o gover-nador Cid Gomes, que denun-ciou o descaso federal com asestradas cearenses por totalinépcia do ministério dosTransportes. Dilma disse queele tinha razão e que agora ogoverno vai tratar de recupe-rar as rodovias.

P e sq u i s a – Dilma tambémd e s d e n h o u a p e s q u i s aCNI/Ibope, divulgada an-teontem, que apontou quedana sua avaliação pessoal e dogoverno. Disse ser "importan-te saber que ocorreu essa varia-ção", mas afirmou que não iráse pautar por pesquisas.

"Pesquisa a gente tem quetratar com respeito. Agora,não se pode pautar ação só empesquisa". (Agências)

Presidente não fala de crise nos Transportes, só na crise econômica internacional

Acorregedoria do De-partamento Nacio-nal de Infraestrutura

dos Transportes (Dnit) acu-mula mais de mil processossobre pagamentos suspeitos,que somam R$ 400 milhõesnos últimos oito anos. Todoseles estão sob a responsabili-dade do corregedor AugustoCésar Carvalho Barbosa Sou-za, apadrinhado pelo PR, que

escapou, até agora, da degolado Dnit.

O corregedor ficou conhe-cido por, no mês passado, tersido "desindicado" pela pre-sidente Dilma Rousseff paraassumir a diretoria de Admi-nistração e Finanças do Dnit.

A cúpula do órgão caiu emmeio à crise de corrupção nosTransportes, mas Souza, pe-ça-chave na blindagem de ir-

regularidades, foi mantido.Ao menos 1.080 processos

referem-se a pagamentos –chamados de "reconheci-mento de dívida" – feitos semamparo contratual ou previ-são orçamentária. Oficial-mente, o Dnit diz que traba-lha com o número de 481 por-que, argumenta, alguns pa-gamentos estão relacionadosa um mesmo contrato. (AE)

CGU: apuração levará mais de 3 mesesMinistro Jorge Hage diz que instaurou sindicâncias em três ministérios, mas que resultados podem demorar

Em encontro ontemcom deputados e se-nadores que vão criarum grupo anticor-

rupção no Congresso, o minis-tro Jorge Hage (ControladoriaGeral da União) disse que ins-taurou sindicâncias para apu-rar irregularidades em três mi-nistérios e órgãos onde há de-núncias de corrupção no go-verno federal.

Hage afirmou, segundo re-latos dos parlamentares, queas investigações devem serconcluídas em mais de três me-ses. "Ele tem auditores em to-

dos os ministérios envolvidosem corrupção. Disse que atémesmo a operação (Voucher)da Polícia Federal no Ministé-rio do Turismo contou com asinvestigações da CGU", afir-mou o senador Randolfe Ro-drigues (PSol-AP).

Oito deputados e senadoresse reuniram com Hage e pro-meteram acompanhar as açõesde todos os órgãos da Repúbli-ca envolvidos nas investiga-ções. O grupo promete reunirdeputados e senadores tantoda base de apoio da presidenteDilma Rousseff quanto da

oposição, em uma ação supra-partidária.

Os parlamentares sugeri-ram a Hage abrir mão dasemendas individuais que rece-bem no Congresso para repas-sá-las à CGU – para auxiliar nocombate à corrupção dentrodo governo.

"A CGU é um órgão com Or-çamento anual de R$ 62 mi-lhões, enquanto o Dnit tem R$12 bilhões e a Vale, R$ 4 bi-lhões", disse o senador PedroTaques (PDT-MT).

Os parlamentares tambémprometeram colocar em vota-

ção, na Câmara e no Senado,projetos que priorizem o com-bate à corrupção.

"Vamos acelerar esses proje-tos. Está se criando uma cultu-ra conformista de que mandainvestigar, mas a gente queracompanhar as investiga-ções", afirmou o deputadoChico Alencar (PSol-RJ).

Alge mas – No encontro, osdeputados e senadores defen-deram a operação da PolíciaFederal que desmontou um es-quema de fraudes no Ministé-rio do Turismo – inclusive coma prisão do secretário-executi-

Hage: as investigações sobre as denúncias estão em curso.

Dida Sampaio/AE

vo da pasta, Frederico Costa."O problema não é o uso de

algema, mas de corrupção. Nocaso da corrupção, a algema éaté didática", disse Randolfe.

Taques fez críticas a autori-dades que condenaram o usode algemas na Operação e quenão há mobilização contra ouso das algemas". ( F o l h a p re s s )

Tapa-buracos: presidente reconhece crítica à inoperância federal.

Alex Costa/Diário do Nordeste/Folhapress

CNBB: denúncias causam indignaçãoNota da entidade diz que acusações de corrupção no governo provocam "perplexidade e insegurança"

AConfederação Na-cional dos Bisposdo Brasil (CNBB)divulgou ontem

uma nota na qual declara queas denúncias recentes de cor-rupção no governo causam umclima de "perplexidade, inse-gurança e indignação".

O texto da nota, formuladopelo Conselho Episcopal Pas-toral da CNBB, que está reuni-do em Brasília, diz ainda que"os princípios éticos da verda-de e da justiça exigem exem-plar apuração dos fatos com aconsequente punição dos cul-pados, porque não se podetransigir diante da malversa-ção do emprego do dinheiro

público. Sacrificar os bens de-vidos a todos é um crime queclama aos céus por lesar, sobre-tudo, os pobres".

A nota diz ainda que as ins-tituições de Estado têm de-monstrado solidez, mas que oaperfeiçoamento da democra-cia exige uma administraçãotransparente e uma profundareforma política.

Mas o presidente da CNBB,dom Raymundo DamascenoAssis elogiou a atuação da pre-sidente Dilma Rousseff em re-lação às denúncias de corrup-ção. De acordo com o cardeal,as demissões no Ministériodos Transportes e no Departa-mento Nacional de Infraestru-

tura de Transportes (Dnit), de-monstram que o governo estábuscando mais transparência:

"O governo está no seu co-meço ainda e, realmente, essasmedidas têm sido bastante cla-ras, que sinalizam evidente-mente para uma gestão públi-ca muito mais transparente,muito mais honesta, porque,de fato, tem ocorrido demis-sões". Para ele, a presidente de-ve ser informada antecipada-mente sobre operações da Po-lícia Federal (PF), como a queprendeu 38 pessoas esta sema-na, suspeitas de integrar umesquema de corrupção no Mi-nistério do Turismo.

"Não podem ser operações

arbitrárias, decididas por umapessoa ou um grupo de poli-ciais, mas (...) dentro de umquadro de normas que regu-lam as ações da Polícia Federal.É normal que a presidente sai-ba o que está acontecendo noPaís. Se nós nos informamospelos meio de comunicação,ela também deve tomar conhe-cimento, com antecipação".

Dom Assis cobrou que as nor-mas constitucionais e a dignida-de humana sejam respeitadasnessas operações. Disse que "épreciso aguardar a defesa dosacusados antes de condená-lose que, concluídas as investiga-ções e encontrados os culpados,haja punição". (ABr)

Se nós nos informamos pelos meiode comunicação, a presidentetambém deve tomar conhecimento.

DOM RAY M U N D O DAMASCENO ASSIS

Ed Ferreira/AE - 11.08.11

Page 8: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Que os homens de amanhã que aqui vierem tenham a compaixão dos nossos filhos e que a lei se cumpra.Frase escrita, em 1959, por operário que ajudou a construir Brasília.política

Brasília dosdeputados.

E a dosoperários

José Cruz/ABr

Os primeiros estão de braçoscruzados. Os outros a construíram

Beto Barata/AE

O presidente daCâmara, Marco

Maia, visita ofosso descoberto

no Congresso.Desde 1959,

pedidos escritospelos operários

na paredeficaram apenas

na esperança,como hieróglifos.

Cerca de 200 deputa-dos decidiram des-de ontem cruzar osbraços e barrar to-

das as votações na Câmara atéterça-feira. O Partido da Repú-blica (PR), o PMDB, o PP, o PTBe o PST, optaram pela obstru-ção por que estão insatisfeitos,com a demora do Executivoem liberar as emendas parla-mentares, e irritados com o tra-tamento dispensados a eles pe-lo governo. A rebelião no an-dar de cima ganhou o apoio daoposição, menos do PSol. Umasituação jamais imaginada porquem ajudou a construir oCongresso Nacional, há maisde 50 anos.

Na segunda-feira, funcioná-

rios terceirizados, quando ten-tavam localizar a origem deum vazamento de água, desco-briram um fosso fechado deconcreto que data da constru-ção do prédio, em 1959. Ontemo presidente da Câmara, depu-tado Marco Maia (PT-RS), visi-tou o local e pode ler as mensa-gens deixadas pelos anônimosque fizeram Brasília de verda-de. Elas estão abaixo da plata-forma de concreto que susten-ta as duas cúpulas do Congres-so Nacional.

Tudo igual – São frases, co-mo afrescos no tempo, que ex-pressam o sentimento políticodos operários e falam da soli-dão e da esperança no futuro."Que os homens de amanhã

que aqui vierem tenham acompaixão dos nossos filhos eque a lei se cumpra" ou "Si to-dos brasileiros focem digninosde honra e honestidade, tería-mos um Brazil bem melhor".Tem ainda: "Só temos uma es-perança nos brasileiros deamanhã. Brazil de hoje, Brazilde amanhã", entre outras.

Em cima, por pura birra, osdeputados impediram a vota-ção, por exemplo, do projetode extradição entre o Brasil e aChina e forçaram o fim da ses-são. E nada vai para o plenárioaté a reunião dos aliados com a

ministra Ideli Salvatti, das Re-lações Institucionais, previstapara terça-feira.

Estresse – O líder do gover-no na Câmara, deputado Cân-dido Vaccarezza (PT-SP) mini-mizou a crise entre o governo ea base parlamentar, bem comoa obstrução. Para ele, houveum estresse na base por umaconjunção de fatores e que emtorno de 150 deputados alia-dos não estavam dispostos avotar em nada. Por isso, eleachou melhor não forçar.

De acordo com o líder do go-verno, "essa conjunção de fato-res já terá se diluído até terça-feira", afirmou, acrescentandoque não houve nenhuma açãoobjetiva que o governo tenhatomado para desfazer o estres-se. Segundo ele, no momentooportuno o governo vai apre-sentar o calendário de libera-ção de emendas. Em sua ava-liação, o que aconteceu ontem"foi detonado pelo clima" e que"esse clima", de não querer vo-tar nada, "pode se repetir aqualquer momento e, quandoacontecer, vamos avaliar".

Apesar do clima, Vaccarezzafez questão de elogiar a basealiada, pois nunca, nem mes-mo o presidente Luiz InácioLula da Silva, teve uma situa-ção de tanta tranquilidade coma base, como a presidente Dil-ma Rousseff. Com isso, o líderdo governo assegurou que"não ter votado nada, não alte-ra nada". Para ele, foi pura de-

monstração de força. Quanto aliberação de emendas dos par-lamentares, Vaccarezza garan-tiu que "as emendas que foremcompatíveis com os progra-mas que o governo vem execu-tando, serão liberadas, semp ro b l e m a s " .

Gelado e com cerração – De-pois de sair do fosso, Maiausou uma metáfora para des-crever o momento conturbadoda base aliada no Congresso.Prevendo dificuldades em vo-tações importantes, como a daprorrogação da Desvincula-ção das Receitas da União(DRU), o presidente da Câma-ra destacou o momento políti-co, em Brasília. "O clima na ba-se está como no Rio Grande doSul de manhã cedo, gelado e

com cerração", disse.Maia admitiu que o governo

vai precisar melhorar sua arti-culação política para aprovar aprorrogação da DRU. "Vai ne-cessitar de uma sintonia finapara votações como esta", afir-mou. Ele destacou que os pra-zos são exíguos. A DRU permi-te ao governo manejar livre-mente 20% das receitas do or-çamento vinculadas a áreascomo a saúde.

O mecanismo está em vigoraté o fim deste ano e o governodeseja prorrogar a DRU até2015. Para isso, Câmara e Sena-do precisam aprovar uma mu-dança na Constituição até o fi-nal do ano. O governo precisa-rá de 308 votos na Câmara e 49no Senado. (Agências)

AGORA SABE – Depois de marcar sua candidatura com oreconhecimento de que não sabia o que faz um deputado federal,o palhaço Tiririca, agora ocupante da Câmara, já tem umacerteza: "Aqui é uma fábrica de loucos", descobriu, em desabafo.

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Temer propõe afinar o diálogo com o governo

O vi ce-preside nteda República, Mi-chel Temer, en-dossou o conselho

dado anteontem pelo ex-presi-dente Luiz Inácio Lula da Silvaà sua sucessora no Palácio doPlanalto, Dilma Rousseff. Te-mer defendeu que haja um me-lhor diálogo doPoder Executivocom o Legislativoe que é necessáriomanter uma rela-ção sólida entrePT e PMDB, emespecial com o go-verno federal.

"O PMDB temuma relação mui-to sólida com ogoverno federal eé preciso apenasque haja maior diálogo, con-versações que são comuns narelação entre o Legislativo e oExecutivo", afirmou, após par-ticipar de evento de filiação doex-governador de São PauloLuiz Antônio Fleury Filho, nacapital paulista.

Dilma procurou Lula naquarta-feira para conversarsobre a crise que assola sua ad-ministração, sobretudo a ins-tabilidade na base de sustenta-ção política do governo federalno Congresso. O ex-presidenteteria aconselhado Dilma a pro-mover mais encontros com de-putados e senadores, fazer afa-gos nos parlamentares e "re-pactuar a coalizão".

"Eu não usaria a palavra 're-

pactuação', mas é preciso man-ter muito sólida a relação entrePMDB e PT, com destaque aogoverno federal", avaliou o vi-c e - p re s i d e n t e .

Temer negou que a relaçãoentre as duas legendas estejaestremecida e disse não acredi-tar que a devassa promovida

no Ministério doT u r i s m o , n aOperação Vou-cher, possa levara retaliações doPMDB no Con-gresso Nac io-nal.

"Não há o mal-estar que se ima-gina". Ele consi-derou que hou-ve "exageros" naação policial e

reconheceu que ficou "choca-do" com o uso de algemas nadetenção dos suspeitos pelaP F.

"De vez em quando eu ouçodizer que há provas robustas,mas onde estão as provas?",questionou. "Confesso a vocêsque a história das algemas pe-gou muito mal".

Temer lembrou que uma sú-mula do Supremo Tribunal Fe-deral (STF) determina que asalgemas só devem ser utiliza-das em caso de periculosidadeintensa. "Convenhamos, fazero que fizeram com o ex-depu-tado Colbert Martins, que temo apreço de toda Câmara, foiabsolutamente desnecessário.Esse cuidado é precisa tomar".

Vice-presidente endossa conselho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Eu não usaria apalavra'repactuação',mas é precisomanter sólida arelação entrePMDB e PT.

MICHEL TEMER

PF reage à crítica de Dilma e ameaça pararAs entidades de

representação dosdelegados e peritos

da Polícia Federal rebateramas acusações da presidenteDilma Rousseff de queocorreram abusos naOperação Voucher da PF.

Em campanha por reajustessalariais, eles ameaçamconvocar paralisações,previstas para este mês.

As manifestações foramemitidas em nota assinadapela ADPF (AssociaçãoNacional dos Delegados dePolícia Federal), pelaFenadepol (Federação

Nacional dos Delegados dePolícia Federal) e pela APCF(Associação Nacional dosPeritos Criminais Federais).

De acordo com a nota, "ascríticas do governo àOperação Voucher,conduzida pela PolíciaFederal em Brasília,repercutiram negativamenteentre essas duas carreiras(delegados e peritos da PF)".

O presidente da ADPF,Bolivar Steinmetz, afirmouque "a Polícia Federal já estásofrendo com a agendaeconômica do governo, nãopode ser pautada também

Dida Sampaio/AE

Temer: "É preciso apenas mais conversações, são comuns na relação entre o Legislativo e o Executivo".

Esse clima, de nãoquerer votar nada,pode se repetir aqualquer momento e,quando acontecer,vamos avaliar.

DE P U TA D O CÂNDIDO VACC AREZZA,LÍDER DO GOVERNO NA CÂMAR A

pela sua agenda política".Ainda segundo o texto, as

entidades "considerampromover paralisações nestemês agosto para cobrarmelhorias na Polícia Federal.Desde outubro de 2009, asduas categorias negociamcom o Governo Federal semsucesso. Assembleias estãosendo convocadas paradecidir o que fazer diante daposição da União".

As categorias pedemaumento a fim de repor asperdas inflacionárias pormeio de um reajuste de 6,5%em 2012.

Antônio Góis, presidenteda Fenadepol afirmou que"nenhum servidor públicosuporta três, quatro, cincoanos sem reposições salariais.Isso reflete negativamente nodesempenho policial".

As entidades tambémcobram o fim dos cortes noorçamento da PF.

"Infelizmente, o governonão enxerga a Polícia Federalcomo um investimento. Omaior prejudicado com ocontingenciamento na PF é opróprio estado brasileiro", dizo presidente da APCF, HélioBuchmüller. ( F o l h a p re s s )

Que crise? – O presidentenacional do PT, Rui Falcão,negou ontem, em Curitiba,que haja qualquer crise en-volvendo partidos aliados,particularmente o PMDB, ouque as acusações de corrup-ção estejam interferindo notrabalho normal do governofederal.

"Não há qualquer crise, nãovim aqui tratar de crise. Não hácrise nos ministérios, os minis-tros continuam trabalhando, oPAC, o Minha Casa Minha Vidaestão funcionando".

Segundo Falcão, Dilma agede forma correta em relação àcorrupção, assim como teriafeito o ex-presidente Lula, emsua gestão. (AE)

Page 9: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

nternacional

Censura virtualna Grã-Bretanha

IRÃAmigo e

parceiro doBrasil

Representantes do Brasil edo Irã se reuniram esta se-

mana e concordaram em refor-çar as relações entre os dois paí-ses. O encontro seria um sinal deque a presidente Dilma Rous-seff vai seguir o exemplo de seuantecessor e demonstrar a inde-pendência diplomática do Bra-sil em lidar com uma nação quevem sendo criticada por causade seu polêmico programa nu-clear, informou a rede CNN.

A reunião teria ocorrido naterça-feira passada entre a sub-secretária-geral de Política doItamaraty, Maria Edileuza Fon-tenele, e o vice-chanceler irania-no, Ali Ahani, revelou a C NN ,citando a estatal iraniana P re s sTV. Na ocasião, os dois diplo-matas defenderam "a rápidaimplementação dos acordos" al-cançados pelos dois países nopassado. Essa cooperação incluiáreas como agricultura, bio-combustíveis e tecnologia.

Segundo a Press TV, Fonte-nele descreveu o Irã como umdos "mais importantes parcei-ros do Brasil" e um país "in-fluente" no cenário mundial.

Tal elogio pode provocar crí-ticas dos Estados Unidos e deoutros países, uma vez que Te-erã está sob sanções devido aoseu suposto programa de armasnucleares. Mas o Brasil, uma po-tência emergente, estaria se es-forçando para consolidar suaposição no cenário internacio-nal, inserindo-se em um dosconflitos mais desafiadores domundo, disse a CNN.

Por sua vez, Ahani teria ditoesta semana que o Brasil e o Irãtêm "relações amigáveis" e queseu governo estava ansioso pa-ra expandir os laços bilaterais. OIrã também aumentou a coope-ração com a Venezuela e Cuba,informou a Press TV.

Ogoverno britânicoestá estudando in-terromper os servi-ços de redes sociais

online, como Blackberry Mes-senger, Facebook e Twitter, du-rante o período de agitação nasruas, disse o primeiro-ministroDavid Cameron ontem.

O anúncio suscitou acalora-dos debates, uma vez que essetipo de iniciativa, quando ado-tada por outros países, foi am-plamente tachada de repressi-va e condenada.

Em janeiro, autoridades egíp-cias interromperam os serviçosde internet e telefonia móveldurante os protestos contra oentão ditador Hosni Mubarak.A China costuma ser rápida nobloqueio de comunicações onli-ne que considere subversivas.

A polícia e políticos britâni-cos dizem que redes sociais, emespecial o Blackberry Messen-ger, da Research in Motion(RIM), foram usadas por arrua-ceiros para coordenarem seusatos durante os quatro dias dedistúrbios nesta semana.

A RIM informou que está co-operando com as autoridadesde órgãos regulatórios, da Justi-ça e das telecomunicações, masnão quis informar se iria entre-gar detalhes de usuários ou deconversas à polícia.

Os serviços criptografadosda RIM vêm sendo acusados deter auxiliado ataques de mili-

tantes na Índiae de permitirna Arábia Sau-dita e Emira-d o s Á r a b e sUnidos con-versas de ho-mens e mulhe-res sem paren-tesco – o que évetado pelasnormas reli-giosas dessespaíses.

Por outro la-do, a mídia social online tam-bém foi amplamente usada pe-la população britânica nos últi-mos dias para troca de infor-mações para ajudar a evitarlocais de tumultos e coordenara limpeza das ruas depoisdas desordens.

Críticas - O reforço policialusado para acalmar Londres eoutras cidades vem sendo alvode críticas de governos da Líbiae do Irã, que acusam o governobritânico de utilizar "mercená-rios" para reprimir os distúrbiosde forma "selvagem".

O governo líbio chegou ausar contra Cameron a mesmaretórica que o Ocidente habi-tualmente emprega contra oditador Muamar Kadafi, ao di-zer que o premiê "perdeu sualegitimidade e deve sair".

Um balanço divulgado pelapolícia britânica ontem indicouque mais de 1.400 pessoas já ha-viam sido detidas, sendo maisde mil somente na capital.

Em sua defesa, Londres pro-pôs uma reunião com Teerã pa-ra "tratar de suas preocupa-ções" relativas ao respeito dosdireitos humanos. (Agências)

O premiê David Cameron estuda bloquear redes sociais como o Twitter, Facebooke Blackberry Messenger durante períodos de distúrbios nas ruas. Países que

adotaram essa medida, como o Egito e a China, foram tachados de repressivos.Anthony Devlin/AFP Olivia Harris/Reuters - 09/08/11

A polícia já deteve mais de 1.400 pessoas envolvidas nos tumultos O premiê fará 'tudo o que for necessário' para restabelecer a ordem

E DE NADA ADIANTOUDamasco mantém repressão contra oposição. EUA pressionam aliados da Síria a exigir saída de Assad.

Divulgação/AFP

Governo sírio divulga foto de manifestação a favor do presidente Assad em Damasco

As recentes chama-das para o fim daviolência parecemnão ter surtido

efeito no presidente sírio,Bashar al-Assad. Tropas síriasinvadiram ontem uma cidadepróxima à fronteira com o Lí-bano, Qusair, onde mataram atiros pelo menos 11 pessoas edeixaram um número indeter-minado de feridos, informou oObservatório Sírio de DireitosHumanos, com sede em Lon-dres. Soldados sírios tambéminvadiram Saraqeb, uma cida-de do noroeste do país, pertoda fronteira com a Turquia, umdia depois de as autoridadesdeclararem que militares ti-nham saído da região, revela-ram ativistas.

Após impor novas sanções àSíria, os Estados Unidos exor-taram outros países a exigir asaída de Assad. "Queremosver a China e a Índia cami-nhando conosco, porque essesdois países têm grandes inves-timentos em energia dentro daSíria", justificou a secretária deEstado norte-americana, Hil-lary Clinton, à emissora C BS ."Queremos que a Rússia parede vender armas ao regime deAssad", acrescentou.

Na quarta-feira, um grupode diplomatas da Índia, Brasile África do Sul esteve em Da-masco pedindo a Assad queencerre a campanha contra osmanifestantes que, segundogrupos de direitos humanos,já deixou cerca de 1.700 mortos

desde meados de março.O ataque a Saraqeb é digno

de nota porque o local fica emuma província na fronteiracom a Turquia. A região regis-trou intensos protestos e cen-tenas de sírios fugiram para opaís vizinho ontem.

A ação militar ocorreu umdia depois de o Ministério daInformação ter levado jorna-listas à província de Idlib, on-de fica Saraqeb. Um militardisse aos jornalistas que as tro-pas estavam se retirando paraseus quartéis e saindo dosbairros residenciais das cida-des da província. (Agências)

Ahmad Gharabli/AFP

Assentamentos em Jerusalém

Oriente Médio:cada vez maislonge da paz.

OMinistério do Interiorde Israel deu autoriza-ção para a construção

de 1.600 apartamentos em Je-rusalém Oriental e vai aprovarmais 2.700 nos próximos dias,disseram membros do gover-no, ontem, detalhando um pla-no que pode complicar os es-forços para dissuadir os pales-tinos de declarar o reconheci-mento do Estado palestinodurante a Assembleia Geral daOrganização das Nações Uni-das (ONU), em setembro.

O anúncio atraiu críticas dospalestinos e de grupos israelen-ses contrários aos assentamen-tos, que acusam o governo deusar os protestos contra os altoscustos de moradia para justifi-car economicamente a questão.

Os palestinos se opõem àsconstruções em JerusalémOriental porque isso afastasuas expectativas de estabele-cer a capital de seu futuro Esta-do na cidade sagrada. (AE)

Tiros e bombas noMinistério deDefesa da Estônia

Um homem invadiuontem o prédio doMinistério de Defesa

da Estônia, na capital Tallin,lançou uma bomba de fumaça,abriu fogo contra os presentes etentou sequestrar doisfuncionários. Ninguém ficouferido. Ex-membro do Exército,o homem foi morto quando apolícia chegou ao local,disseram autoridades ontem.

Uma equipe das forçasespeciais invadiu o prédio,retirou as pessoas e matou oatirador. Inicialmente, a políciahavia dito que ele se suicidara.

A TV local disse que ohomem falava russo. AEstônia, um pequeno Estadobáltico de 1,3 milhão depessoas, foi república soviéticapor 50 anos. (Agências)

Não se tratade pobreza,trata-se de...uma culturaque glorificaa violência.

DavidC a m e ro n

Page 10: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 201110 DIÁRIO DO COMÉRCIO

DANÇA PAGADançarino profissional cobra entreR$ 100 e R$ 250, por três horas debaile. O preço varia conforme as

exigências do evento.cidades

Personal dancer, o amigo

Serviço é procurado por pessoas que queremaprender a dançar ou só procuram um par

Um torturante band-aid no calcanharpodia não fazer di-ferença para se-

nhoras sessentonas que amamdançar. O que doía era a faltade um cavalheiro para ser opar. Nestes tempos modernos,felizmente, o mal está sanado.A dama pegará o cartão de seupersonal dancer predileto e te-lefonará para ele.

Se for Diego Paiva, ela entra-rá no salão com um jovem de25 anos, camisa social discreta,nos pés um elegante sapato dedança e, no corpo, um discretoperfume amadeirado. E o me-lhor, para a finalidade: um exí-mio dançarino de salão.

A dama leva Diego ao lugardo baile, paga a entrada, se hou-ver, e o que for consumido. Nocaso de Diego, bebidas sem ál-cool (ele não bebe). Por três ho-ras de baile, vai pagar o dança-rino entre R$ 100 a R$ 250, de-pendendo do caráter do evento,roupas exigidas, etc. Mas a des-pesa pode ficar bem mais emconta, se for dividida com ou-tras senhoras. Há personal dan-cers que aceitam sair com três oumais senhoras para dançar. Die-go limita o número a duas.

Salão – As senhoras sem par,que não querem valer-se de umpersonal dancer, têm uma ou-tra solução. Há na cidade salõesde baile como o Dançata, no nú-mero 1063 da rua Joaquim Flo-riano, no Itaim-Bibi.

A entrada custa R$ 30. Paraas desacompanhadas, reco-menda-se a compra de umastantas fichas, à venda por R$ 3.As senhoras poderão ocuparuma das mesas, no salão de 300metros quadrados, onde si-tuam-se a pista e um bar. O somestará envolvendo o espaço,com ritmos para dançar a dois.Samba, bolero, forró...

Uma vez acomodadas, nota-rão uma garrafinha verde so-bre a mesa. Na verdade é umabajur. Quando o acenderem,o baile vai começar para elas. Éo sinal de que querem dançar.Logo serão tiradas por cava-lheiros vestidos com jeans eblazer pretos e camiseta cereja– os personal dancers da casa.

Na lapela do blazer ostenta-rão um button com seu nome.Eles conduzirão a dama pelosalão. Uma música, duas, três.Por elas, pagarão com uma,duas, três fichas.

É o inverso do que ocorria naPauliceia da boemia, em mea-dos do século passado – augedos bailes de salão. A casa maisfamosa, o Avenida Danças, fi-cava na avenida Ipiranga. Ne-la trabalhavam dançarinasprofissionais, as táxi-girls. Oshomens compravam um car-tão e, a cada dança, funcioná-rios faziam nele uma perfura-ção. Ao sair, pagavam pelo nú-mero de furos.

O Dançata não tem nada deboemia. É um lugar refinado,com outras atividades ligadasà dança. Só há bailes nos fins desemana. Um, com uma varie-dade de ritmos, na sexta-feira.Começa às dez e termina cincohoras depois, às 3h.

Outro, exclusivamente comtango, ritmo obrigatório nossalões e academias de dança.Não é o tango-show, com qua-se acrobacias, que se vê em fil-mes. Mas a dança diferencia-da, com rodopios, também

chamada milonga. Este bailevai das oito a uma.

Curso– Os personal dancersnão aprenderam a dançar sozi-nhos. São jovens, muitas vezesda periferia, que viram umaoportunidade em uma acade-mia de dança. Começam umcurso de dançarino, como bol-sistas. Aprendem, de graça, to-dos os tipos: samba, gafieira,samba-rock, pagode, samba-

no-pé, salsa, forró, zouk (pare-cido com a lambada), tango.

Ensino– Quando começam adançar bem, os bolsistas retri-buem à escola. Integram a equi-pe de ensino, completando pa-res: as alunas precisam de umpar para dançar e aprender.

Com o ciclo completo, os dan-çarinos podem optar pela car-reira de professor de dança (naprópria escola, se desejarem).Ou tentar o mundo artístico. Ouentão ser personal dancer.

Diego Paiva, em seus 25anos, trilhou esse caminho naacademia Interacto, na Casa

Verde, zona norte. O dono daescola, fundada há dez anos,Roberto Mota, conhece muitobem a dança, como conhece avida. Sabe por que mulherescom sessenta anos para maisprocuram os personal dancers.

"São senhoras que, se forem aum baile, não serão tiradas paradançar", diz Roberto. "Elas nãofazem parte do padrão de esté-tica dos salões." São, na grandemaioria, senhoras divorciadasou viúvas. Tem bom poderaquisitivo, mas medo de saircom uma pessoa estranha.

No entanto, adoram dançar.Muitas vão à escola aprender adançar bem. Mas não têm cora-gem de ir a um salão de baile.

Ética – Nas saídas com ospersonal pode ser negociadoalgo mais do que a dança? Ro-berto diz que a escola orientaalunos que querem se tornarpersonal dancer. "Ensinamoscomo eles devem agir de umaforma justa e ética."

Há o perigo, ele diz, de umpersonal se aproveitar de algu-ma maneira das senhoras, "atésexualmente". "Se não tem ca-ráter, acha que pode agir, por-que ninguém ficará sabendo.Quando é sexo pago, essa vi-são me incomoda."

Se não for algo mal intencio-nado, Roberto acha "até certoponto comum, natural", umenvolvimento entre o personale sua contratante. Afinal, a ini-ciativa pode partir dela.

A seleção para os candidatosa uma bolsa de estudos na In-teracto é "rigorosa e diferencia-da". Há testes sobre ritmo, har-monia de movimentos comoutras pessoas, para dar doisexemplos. Mas existe outra fa-se igualmente importante.

A pessoa não precisa ser boni-ta, alta ou baixa, esguia. "Temque ser bem apessoada, e bemcuidada. Ter estilo, arrumar-sebem, cuidar do cabelo, da pele."Não precisa ser culta, mas sersociável. "Queremos ver nosolhos que ela quer tornar-seuma pessoa melhor." Isso incluimulheres, mas, pelo menos nes-sa escola, nenhuma das alunaspretende ser personal dancer.

de todas as horasno salão de baile

Valdir Sanches

Prof i s s i o n a lgarante a

alegria na pista

D iogo Paiva está se sain-do muito bem em sua

carreira de dançarino, masnão é por ela que pretendechegar ao estrelato. Para es-te propósito, tem outro so-nho. Quer ser ator. Até lá, pa-ra pagar os estudos e viver,tem uma atividade conven-cional, e outra não.

Ensina dança de salão, co-mo professor particular. E levasenhoras da "melhor idade"para dançar, como personaldancer. Gosta das duas ativi-dades, mas a última o encantamais. "É um trabalho agradá-vel, que dá muito prazer."

As senhoras que o solici-tam pelo telefone possuembom poder aquisitivo e ado-ram dançar, mas não têmquem as leve ao salão de bai-le. Como se viu, são divorcia-das, viúvas ou casadas commaridos que não dançam.

Para atender estas, diz Die-go, não há constrangimento."Às vezes elas levam o maridoao baile." Não há, afinal, nadaque se esconda de maridos.

"Meu trabalho é divertir",diz Diego. "Quero dar prazer aquem gosta de dançar." Umcavalheiro e uma dama, dan-çando pelo salão. "Não é umaexibição pessoal. Mas mo-mentos de alegria e descon-tração." Apesar de tudo, nãopode surgir uma propostaamorosa? Bem, Diego admiteque sim. "Os personal dancerestão sujeitos a cantadas epropostas." Diz que "algunsaceitam", mas não é seu caso."Levo a profissão somente co-mo dança".

Antes de se interessar pelaatividade, Diego se envolviacasualmente com ela, no pal-co, na escola de teatro. Um diaa irmã de uma colega da esco-la o convidou para conheceruma academia de dança, a In-teracto. Ele aceitou o convite esua vida mudou.

Fez teste para bolsista e foiaprovado. Ganhou a bolsa deestudos e a dança entrou de-finitivamente em sua vida. Nodevido tempo, passou a com-pletar par. As alunas precisa-vam de rapazes para poderdançar e aprender. Diego eraum deles. Logo, passou a as-sistente de professor.

"Era uma vida muito corri-da, por causa das aulas de tea-tro, mas muito prazerosa",lembra. Entre as alunas haviasenhoras e algumas delas co-meçaram a convidá-lo a ir abailes. Sempre que podia,Diego atendia ao convite.

Certo dia, há três anos,uma aluna deu-lhe um pre-sente. "Eram cartões pes-soais, com meu nome e tele-fone". Nele havia também aatividade: personal dancer.Os cartões foram bem rece-bidos por senhoras sem par.

Hoje, Diego continua osestudos, na Escola Superiorde Artes Célia Helena, noItaim Bibi. Para ajudar nasdespesas, dá aulas particula-res de dança (e-mail die-g o s d p l @ h o t m a i l . co m ) .

Um dos lugares preferidospela senhoras é o restauran-te Bambu, na avenida Morei-ra Guimarães, 299, no Aero-porto, zona sul. A casa tempista de dança e duas ban-das. Abre para o público nasnoites de quinta a sábado, enas tardes de domingo.

Outro lugar citado pelopersonal é o restaurante An-drade, de comida nordestina,na rua Artur de Azevedo, emPinheiros. "Lá é para quemgosta de forró, só toca isso."

O personal conta que àsvezes janta ou almoça, masem outras prefere apenas to-mar suco de frutas ou água.A despesa, como se viu, é pa-ga pelas contratantes. ( VS)

Page 11: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

Foi um valor de aporte considerado razoável pela FGV para que a Nova Luz fosse considerada interessante para as empresas que forem fazer as obras.Miguel Bucalem, secretário municipal de Desenvolvimento Urbanocidades

NA SINGULAR DONA JÚLIA

TAMBÉM FEZ O ESCRITOR NASCER

a Baia de Paraty ergue-se um casarão do sécu-

lo XVIII que pode ruir aq u a l q u e r m o m e nt o.

Uma reportagem a res-peito, publicada pelo Es-

tadão no início da semana, iluminou no-vamente a figura de Júlia da Silva Bruhns(1851-1923), que ali nasceu e residiu atéos seus cinco anos e que estaria em secu-lar esquecimento se não fosse mãe deThomas Mann, Prêmio Nobel deL i te rat u ra / 1 9 2 9 .

Na verdade, poucos bra-sileiros, e raros estrangei-ros, sabem que o célebreescritor alemão nasceude um ventre brasilei-ro. A mãe dela, MariaLuisa da Silva, erau m a m e s t i ç a c o msangue português eíndio. De modo que,por tabela, os textosbelos e complexos dofilho embutem nassuas letras a alma dostamoios ou tupinambásque habitavam o litoral flumi-nense. O pai, Johan Ludwig Bruhns, eraum alemão que explorava engenho deaçúcar. Quando se viu viúvo com a filha decinco anos, teve a reação, talvez teutôni-ca, de entregá-la aos cuidados de paren-tes na cidade de Lübeck, no norte da Ale-manha. Lá ela se desenvolveu e, mal saídada adolescência, casou com um rico co-merciante de nome Johan Heinrich Mann,com o qual teve cinco crianças.

As duas primeiras, Heinrich e Thomas,se dedicariam às letras. O mais velho, ta-

lentoso escritor, seria bem mais conheci-do e comentado se o irmão não fosse umgênio, algo como Rivelino que, emborasuperior a Maradona nos gramados, nãoatingiu tal patamar por ter sido contem-porâneo de Pelé.

Júlia enviuvou relativamente jovem,aos 40 anos, em 1891. Três anos depoisestava morando em Munique – uma espé-cie de Rio de Janeiro da Alemanha –, fa-zendo de sua casa um salão parecido com

aquele que Gertrude Stein (1874-1946) viria a ter futuramente em

Paris, onde predominavamtertúlias e saraus artísticos.

Quem assistiu ao sabo-roso filme "Meia Noite

em Paris", de Wood Al-len, que está em cartaz

na Cidade, sabe doque se trata.

Uma mãe sempreinfluencia na forma-ção dos filhos. No seu

caso, é uma presençanotória nos livros de

Mann, circunstância reco-nhecida uniformemente pelos

críticos e estudiosos de sua obra.Está, por exemplo, presente em Gerda

Arnoldson, personagem do livro Os Bud-denbro oks (1901), que marca a estréia deMann. É a Mãe Consuelo em Tônio Kröe-ger (1903). Inspirou a mãe de Gustav VonAschenbach do célebre Morte em Veneza(1912), que originou o extraordinário fil-me do mesmo nome, do diretor LuchinoVisconti (1906-1976). Seus traços tam-bém estão na senadora Rodde do D outorFausto (1947). Ela morreu em um hotel,rodeada pelos filhos.

Metrópole - No seu livro Pedaço de Mim(2002) o senhor publica um ensaiosobre Júlia da Silva Bruhns. Ela teriapesado na formação de Thomas Manncomo escritor?João Silvério Trevisan - Pela sua origem,ela era uma exilada dentro da família. Opróprio Thomas Mann disse que foi essaexilada quem trouxe a arte e o interesseartístico para dentro do lar dos Mann. Elese referia às raízes brasileiras da mãe esentia o sangue latino, vamos dizer assim,nas veias. Dizia ser um moreno entre loiros.Metrópole - Críticos e estudiosos da

obra de Mannressaltam seupapel nasc ri a ç õ e s.Trevisan - M anndizia,completando opapel da mãereferido acima,que Júlia veiotrazer a disrupção à família, no sentido deromper, transformar. Aliás, em D outorFa u s to há uma alusão profundamentesimbólica à figura e presença da mãe, que

é a da borboleta brasileiraHetaera-Esmeralda. Este nome vemdas heteras, cortesãs das sociedadesgregas antigas e da ciganaEsmeralda, personagem deO Corcunda de Notre-Dame, deVictor Hugo.Metrópole -A família Brunhsainda tem representantes no Brasil?Trevisan - Sim. Em Campinas eno Rio Grande do Sul.

João Silvério Trevisan, 65 anos,escritor, morador no Centro

A brasileiraJúlia da SilvaBruhns, mãe doescritor ThomasMann, nasceuem um casarãodo século XVIIIem Paraty(mais à esq.)

Reprodução

Paul

o Pa

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Nova Luz: Prefeitura vai bancar R$ 350 miPrefeito apresentou ontem o plano consolidado da recuperação da Cracolândia. Iniciativa privada não vai mais custear total do empreendimento.

Antes um projeto queseria tocado e ban-cado inteiramentepela iniciativa pri-

vada, a Nova Luz já está ficandocara para a Prefeitura. O muni-cípio terá de bancar pelo menosR$ 350 milhões para que "a con-ta feche" - ou seja, para que o lu-cro das construtoras envolvidasna obra compense os investi-mentos de revitalização dos 45quarteirões da área.

A ideia da polêmica lei daconcessão urbanística (que dáàs empresas o direito de demo-lir, construir e lucrar com a ven-da de apartamentos) era que oconcessionário bancasse sozi-nho os investimentos em me-lhorias urbanas, como reformade ruas, do mobiliário urbano,construção de praças e ciclovias,obras de drenagem e creches. Sóque o custo da Nova Luz, quenascerá a partir da Cracolândia,é alto: R$ 750 milhões só paradesapropriações, mais R$ 255milhões em infraestrutura.

Assim, segundo estudo daFundação Getúlio Vargas(FGV) que consta do projeto ur-banístico consolidado da NovaLuz, apresentado ontem, a Pre-feitura terá de fazer um aportede R$ 355 milhões para ajudar abancar as obras. Só com essesubsídio público a concessioná-ria poderá ter lucro no final detodo o processo, calculado emR$ 96 milhões. "Foi um valor deaporte considerado razoávelpela FGV para que a Nova Luzfosse considerada interessantepara as empresas que forem fa-zer as obras", disse o secretáriomunicipal de DesenvolvimentoUrbano, Miguel Bucalem.

O aporte público para garan-tir o lucro das empresas podeser ainda maior. Segundo a opo-sição na Câmara, as desapro-priações estão subestimadas. Seelas virarem uma batalha jurídi-ca, os gastos serão maiores.Além disso, o projeto ganhouum dispositivo que permite que

Divulgação

Execução de todo o projeto deverá levar até 15 anos, com intervenções profundas na área central

SÃO VITO VAI VIRAR ASFALTO – O entulho da demoliçãodos edifícios São Vito e Mercúrio, no Centro de São Paulo, seráusado como asfalto ecológico na pavimentação de 18 vias dacidade. As ruas e avenidas selecionadas totalizam uma área de72 mil m² e uma extensão de mais de 10,7 km, nas subprefeiturasde Campo Limpo (zona sul), Freguesia do Ó (zona norte),Guaianases, Itaquera, São Miguel e São Mateus (zona leste).

Divulgação - 31/01/2011

Projeto dá prioridade apedestres e ciclistas

Pedestres e ciclistas terãoprioridade nos 45

quarteirões da Nova Luz. Peloprojeto final apresentadoontem, a Prefeitura secomprometeu a garantir aconstrução e a reforma de 7,5quilômetros internos de viascom intervenções paraestimular o deslocamento apé ou por bicicleta.

A ciclovia principal(separada da pista doscarros) ficará na avenida RioBranco, entre a Ipiranga e aDuque de Caxias, avenidapela qual se estenderá até arua Mauá, em direção àEstação da Luz. Para isso, aRio Branco perderá umafaixa de carros de cada lado.O espaço dará lugartambém a linhas de árvores

com jardins de chuva - umcanteiro aberto, dotado deum sistema capaz deabsorver a água. Redutoresde velocidade de carrostambém serão instaladosperto das faixas de travessia,nos cruzamentos com ruastransversais. E umaciclofaixa pintada nochão se estenderá poroutras 14 ruas.

SP antiga - A rua Vitóriainteira deverá sertransformada em um bulevarexclusivo de pedestres eganhará, assim como trechosde outras sete vias,pavimentação especial, comcalçada de granito e piso deparalelepípedo. As lumináriasserão históricas, do tipo SãoPaulo antiga. (AE)

Wilton Junior/AE

os donos de imóveis façam suaspróprias obras de revitalizaçãode modo a não serem desapro-priados. Ou seja, os proprietá-rios poderão se unir e fazer, porconta própria, intervenções nosimóveis de uma quadra. Umaconstrutora, então, poderáconstruir um prédio sem serconcessionária da Nova Luz enada reinvestir em obras de me-lhorias urbanas.

Segundo a Prefeitura, essedispositivo foi colocado no

projeto a pedido dos morado-res. "Caso ocorra essa partici-pação voluntária, estudare-mos como será o processo e co-mo será a participação do mu-nicípio", disse Bucalem. Acerimônia de apresentação doprojeto contou com a presençado prefeito Gilberto Kassab.

15 anos - A Nova Luz entraagora em fase de licenciamen-to ambiental, que pode durardois meses. Depois disso, oedital será colocado em con-

sulta pública. Se tudo correrdentro do cronograma, asobras poderão começar no pri-meiro semestre do ano quevem e terminar em um prazode 15 anos. A primeira etapa,que vai durar cinco anos, vaicontemplar obras de melho-rias na avenida Rio Branco, ruaMauá, avenida Cásper Líberoe rua das Andradas. (AE)

Confira a íntegra do projeto daNova Luz em

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Page 12: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 201112 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

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L o goLogowww.dcomercio.com.br

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

C OPA

'Estádios prontos em dezembro, 2013'

H IPERSÔNICO

Avião experimental capaz de voar a 20 vezes a velocidade dosom foi lançado ontem de uma base da Força Aérea americanana Califórnia, mas perdeu o contato com os controladores 36minutos após a decolagem.

M ODISMO

Tatuagem nos dentes: hit no Japão.A última moda em Tóquio, no

Japão, são tatuagens nos dentes.Os desenhos preferidos são

pequenos diamantes ou qualqueroutra coisa com brilho. Mas há

quem prefira personalizar aestampa, criando desenhos

exclusivos. Sorria!

G RANDIOSIDADE

Parque da Disney, em Xangai,promete ser um dos melhores.

O projeto da Disneylândia de Xangai, que começará a ser construída nospróximos meses para inauguração em 2015, terá um rio artificial de 10quilômetros de comprimento e 60 metros de largura. O castelo será o

maior entre os parques da Disney em vários países.

C ÂNCER

Gianecchini não tem previsão de alta

S OROS

Brasileira processamegainvestidor

O bilionário George Soros foiprocessado em US$ 10 milhõespor uma ex-atriz brasileira quedisse que ele não cumpriu apromessa de dar a ela umapartamento caro na região doUpper East Side, em Manhattan.

Adriana Ferreyr, de 28 anos,disse que Soros prometeu porduas vezes durante os cinco anosque eles ficaram juntos comprarapartamentos para ela, masnunca cumpriu, aponta oprocesso aberto na quarta-feirana Suprema Corte Estadual deNova York. Soros completa 81anos hoje e está entre osinvestidores mais admirados domundo. Seu advogadoconsiderou o processo "frívolo".

I N T EG RA Ç Ã OTuristas fazem snorkel

ao lado de um tubarão-baleia de 6 metros decomprimento na Baía deHanifuru, nas Maldivas.Centenas desses animais,além de raias gigantes,se reúnem na regiãonesta época do ano.

A PPLE

China encontra mais 22 lojas falsasAs autoridades da ci-

dade de Kunming,no sudoeste da Chi-na, identificaram

outras 22 lojas Apple Storesnão autorizadas, depois de adivulgação de uma loja falsana cidade ter causado contro-vérsia internacional.

A Administração da Indús-tria e Comércio de Kunming,capital da província de Yun-nan, informou que as lojas rece-beram ordens de deixar de usaro logotipo da Apple, depoisque a Apple China as acusou de

concorrência desleal e de violarsua marca registrada, infor-mou a mídia estatalchinesa ontem.

A agência defiscalização demercado anun-ciou que criariauma linha para de-núncias telefônicase que reforçaria suafiscalização.

A notícia não informava seas lojas vendiam produtos Ap-ple falsos ou legítimos, massim contrabandeados.

A TÉ LOGO

Túnel vai ligar as duas margens do Estuário de Santos, entre Santos e Guarujá.

Jogar bituca na rua e em outros lugares públicos dará multa de R$ 50 em Sorocaba (SP)

Policiais que atiraram contra ônibus sequestrado no Rio são indiciados por lesão corporal

A presidente Dilma Rousseff disseontem que todos os estádios daCopa do Mundo de 2014 no Brasilestarão concluídos até dezembro de2013, apesar do atraso nocronograma de obras de algumasdas 12 arenas, como as de São Pauloe Natal (RN), que só deverão ficarprontos meses antes do Mundial. Asduas cidades já foram descartadasda Copa das Confederações, eventoteste do Mundial que será realizadoem junho 2013, mas a Fifa disse quepara o Mundial os estádios podem

ser entregues até fevereiro de 2014.No caso da arena do Corinthians,

que está sendo construída na zonaleste da capital paulista, as obras sócomeçaram no fim de maio e têmprevisão de duração de 30 a 33meses. A preparação brasileira para aCopa recebeu duras críticas da Fifaeste ano, especialmente em relaçãoao ritmo de obras nos estádios e namodernização da infraestrutura detransportes e aeroportos, mas aentidade passou a elogiar o paísrecentemente. (Re u te r s )

L OTERIAS

Concurso 660 da LOTOFÁCIL

03 04 05 06 07

08 09 12 14 15

16 17 19 24 25

Concurso 2668 da QUINA

16 22 54 67 77

Olhos de diamanteUma empresa indiana em

Mumbai colocou à venda lentes decontato para lá de especiais – com

diamantes e ouro 18 quilates.w w w. s h e k h a r e y e . c o m

Incontáveis revendedoresnão autorizados da Apple e

de outras marcas de produ-tos eletrônicos emtoda a China ven-dem produtos au-

tênticos, mas com-pram os bens no ex-

terior e os contraban-deiam para o país a fim de

escapar dos impostos.Em julho, foram realiza-

das inspeções em mais de 300lojas de Kunming, depois queum post no blog de uma norte-americana que mora na cidade

expôs uma falsa Apple Store,que copiava de modo quaseperfeito as lojas originais, aponto de até seus funcionáriosacreditarem estar trabalhandopara a fabricante norte-ameri-cana do iPhone e iPad.

A lei chinesa protege marcasregistradas e proíbe empresasde copiar o padrão visual de ou-tras companhias. Mas a fiscali-zação é limitada e outros paísesse queixam de que os esforçosda China para combater o roubode propriedade intelectual es-tão defasados. (Reuters)

Astrônomos do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, nosEUA, afirmam ter descoberto que um exoplaneta – que fica forado sistema solar – absorve mais de 99% da luz, ou seja, é maisescuro que carvão.

E SCULTURA

Í NDIOS

O Algarve, em Portugal, é palco de um festival inusitadoque reúne escultores de todas as partes do mundo paracriar obras em areia. Até o dia 15 de outubro.

Membros de comunidades indígenas na Colômbia sereúnem em Medellín. Dos 120 grupos do país, 37 estãoameaçados de extinção por causa de conflitos armados.

O Hospital Sírio-Libanês, em SãoPaulo, divulgou ontem boletimmédico sobre o estado de saúdedo ator Reynaldo Gianecchini,diagnosticado com câncer linfático(linfoma não Hodgkin).

Segundo o centro médico, o"estado geral é bom e não háprevisão de alta". A doença foidescoberta após o ator, de 38 anos,ser internado no hospital comsuspeita de faringite. (AE)

David Loh/Reuters

Reprodução

Divulgação

Divulgação

Reprodução

AFP AFP

Page 13: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 2011 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

TAM E LANFazenda vairecomendar aoCade que aprove afusão sem restrição

F E CO M E RC I OFamílias pagarammais de R$ 85bilhões em jurosno 1º semestreeconomia

Vendas do varejosobem 7,1% em junho

Preços em baixa de bens duráveis, como eletrodomésticos e microcomputadoresvêm impulsionando as vendas, mesmo com taxa de juros mais elevada.

As vendas do comér-cio varejista subi-ram 7,1% em junhodeste ano na com-

paração com junho do ano pas-sado. Em comparação com omês anterior, as vendas do va-rejo tiveram alta de 0,2%, na sé-rie com ajuste sazonal. A infor-mação foi dada ontem peloInstituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE). Até ju-nho, as vendas do setor acu-mulam altas de 7,3% no ano ede 8,9% nos últimos 12 meses.

A receita nominal do co-mércio varejista cresceu 0,6%em junho, na comparação como mês anterior, na série comajuste sazonal, segundo o IB-GE. Em relação a junho de2010, a alta na receita foi de12,1%. No ano, a receita nomi-nal do segmento acumula ex-pansão de 12,2% e, em 12 me-ses, de 13,3%. A média móveltrimestral ficou em 0,7%.

Revisão – O IBGE revisou ataxa de variação das vendasdo comércio vare j is ta emmaio, na comparação com omês anterior. O dado de volu-me foi recalculado de alta de0,6% para alta de 0,7%.

Também houve revisão nasvendas de fevereiro ante ja-neiro, que passaram de umaalta de 0,2% para alta de 0,1%;na taxa de janeiro ante dezem-bro, que saiu de alta de 1,4%para alta de 1,3%; e na taxa dedezembro ante novembro,que saiu de alta de 0,2% paracrescimento de 0,1%.

Bens duráveis – Os preçosem baixa de bens duráveis, co-mo eletrodomésticos, micro-computadores e automóveis,vêm impulsionando as vendasdo varejo, mesmo após as me-

didas de contenção ao créditoe aumento das taxas de juros."As atividades nas quais há de-flação vêm crescendo (nas ven-das), mesmo com as restriçõesdo crédito", disse o gerente dacoordenação de Serviços e Co-

mércio do IBGE, Reinaldo Pe-reira. "O preço vem benefi-ciando o comércio."

A atividade de móveis e ele-trodomésticos registrou altade 16,3% no volume de vendasem relação a junho do ano pas-

sado, sendo responsável pelaprincipal contribuição (37%)do resultado das vendas do va-rejo no período, que foi de7,1%. No acumulado do ano, ataxa foi de 17,7% e nos últimos12 meses, de 17,1%. O bom re-

sultado é explicado pela ma-nutenção do crescimento doemprego e do rendimento, as-sim como pela queda dos pre-ços dos eletrodomésticos. Ospreços de eletrônicos ficaram5,8% menores nos últimos 12

meses, segundo o IPCA.A atividade de veículos,

motos, partes e peças regis-trou crescimento de 13,2% emrelação a junho de 2010, acu-mulando no semestre e nos úl-timos 12 meses variações de12,1% e 14,2%, respectiva-mente. A redução de preçosdos veículos novos, de 3,8%em 12 meses pelo IPCA, emfunção da concorrência, tam-bém impulsionou as vendas.

Outro setor beneficiado pe-los preços mais baixos é o deequipamentos e materiais pa-ra escritório, informática e co-municação, responsável peloquarto maior impacto na for-mação da taxa global de ven-das no varejo (13%). Houve au-mento de 34,3% no volume devendas em junho, na compara-ção com igual mês do ano an-terior, e taxas acumuladas nosemestre de 14,6% e nos últi-mos 12 meses de 18,7%.

Trata-se da atividade com omaior patamar de crescimen-to em junho ante maio, de9,1%. A redução de preços foide 13,6% para microcomputa-dores e de 6,1% em aparelhostelefônicos, nos últimos 12meses, segundo o IPCA.

"Além de você ter câmbio in-fluenciando – a maior partedos componentes é importa-da, quando não o produto in-teiro –, no caso da informáticaainda tem o incentivo gover-namental com redução de im-posto para a venda de micro-computadores para a diminui-ção da exclusão digital, paraque as pessoas de baixa rendatenham acesso à internet. Éuma coisa que também in-fluencia para baixo o preço",disse o gerente do IBGE. (AE)

Paulo Pampolin/ Hype

Os preços de muitos produtos à venda tiveram deflação, de até dois dígitos, um ótimo estimulante para a decisão de compra.

Em junho, empregona indústria recuou

0,2% ante maio.

Oemprego indus-t r i a l d i m i n u i u0,2% no mês de ju-nho ante maio, na

série histórica livre de in-fluências sazonais, apontou aPesquisa Industrial Mensalde Emprego e Salário (Pimes),divulgada ontem pelo Insti-tuto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE). Com isso, oíndice de média móvel tri-mestral mostrou variação ne-gativa de 0,1% no trimestreencerrado em junho.

Na compa-ração com ju-nho de 2010,o e m p r e g oi n d u s t r i a lapres entouexpansão de0 ,7% em ju-n h o d e s t eano. A varia-ção acumula-da em 2011 éde 1,9%. Noa c u m u l a d odos 12 mesese n c e r r a d o sem junho, oemprego in-dustrial registrou crescimen-to de 3,1%.

Folha de pagamento – O va-lor da folha de pagamento realdos trabalhadores da indústriacresceu 0,7% em junho antemaio, na série com ajuste sazo-nal, após ter avançado 0,5% naleitura anterior, segundo osnúmeros do IBGE.

No confronto com junho de2010, o valor da folha de paga-mento real cresceu 3,6%. Noprimeiro semestre de 2011, aalta foi de 5,5%. O acumuladodos últimos 12 meses mostrouligeira redução no ritmo decrescimento, ao passar de 7,6%em maio para 7,2% em junho.

Horas pagas – Em junho de2011, o número de horas pa-

gas aos trabalhadores da in-dústria, já descontadas as in-fluências sazonais, apresen-tou queda de 0,6% em compa-r a ç ã o c o m o m ê simediatamente anterior, apóster registrado recuos de 0,3%em março e de 0,5% em abril eficar próximo à estabilidadeem maio (0,1%), segundo in-formações do IBGE.

Com esses resultados, amédia móvel trimestral donúmero de horas pagas tevevariação negativa de 0,3% na

p a s s a g e md o s t r i m e s-tres encerra-dos em maioe junho, suasegunda taxan e g a t i v ac o n s e cu t i v a ,per íodo emque acumu-lou perda de0,5%.

A i n d a n as é r i e c o majuste sazo-nal, na com-paração como primeiro tri-

mestre, o número de horas pa-gas recuou 0,4% no segundotrimestre do ano, após ter re-gistrado expansão de 0,9% nostrês primeiros meses de 2011.

Es tabi lid ade – No confron-to com junho de 2010, o núme-ro de horas pagas ficou estável,após 16 taxas positivas conse-cutivas nesse tipo de compara-ção. O acumulado no primeirosemestre deste ano ficou em1,6%, desacelerando, porém, oritmo de crescimento frenteaos meses anteriores.

A taxa acumulada nos últi-mos 12 meses foi de 3,1% emj u n h o , m a s t a m b é m v e mapontando avanços menos in-tensos desde fevereiro, quan-do registrou alta de 4,5%. (AE)

5,5por cento foi a

expansão do valorda folha de

pagamento real naindústria no

primeiro semestredeste ano.

Preços caem 0,25% para classe baixaDeflação perde força entre famílias de menor renda. O IPC-C1 acumula altas de 3,39% no ano.

Adeflação perdeuforça entre as famí-lias de baixa rendano mês de julho. É o

que mostra o Índice de Preçosao Consumidor - Classe 1 -(IPC-C1), voltado para famí-lias com renda mensal de até2,5 salários-mínimos, e quemostrou queda de 0,25% emjulho, após cair 0,31% em ju-nho. Com esse resultado, o ín-dice acumula altas de 3,39% noano e de 6,49% em 12 meses.

A taxa do IPC-C1 em julhotambém ficou abaixo da varia-ção média de preços entre fa-mílias mais abastadas, comrenda mensal entre um e 33 sa-lários-mínimos, medida peloÍndice de Preços ao Consumi-dor - Brasil (IPC-BR), e quecaiu 0,04% no mesmo mês. Astaxas de inflação acumulada

no ano e em 12 meses do IPC-C1 também foram menores doque as apresentadas pelo IPC-BR, que acumula elevações de3,75% no ano e de 6,58% em 12meses até julho.

Duas das sete classes de des-pesas usadas para cálculo do ín-dice tiveram acréscimos nospreços. É o caso de Alimentação(de uma retração de 1,2% paradecréscimo de 0,92%) e Despe-sas Diversas (de 0,11% para0,2%). Isso porque houve quedamais fraca e aceleração de pre-ços em itens importantes em ca-da uma dessas classes de despe-sa – em frutas (de um recuo de8,11% para queda de 2,03%) eem alimento para animais do-mésticos (de 1,1% para 2,06%).

Os outros grupos tiveramdesaceleração de preços em ju-lho e contribuíram para a con-

tinuidade de taxa negativa noindicador. É o caso de Trans-portes (de 0,19% para 0,02%),Educação, Leitura e Recreação(de 0,39% para 0,11%), Vestuá-rio (de 0,77% para 0,52%), Saú-de e Cuidados Pessoais (de0,35% para 0,18%) e Habitação(de 0,32% para 0,29%).

Entre os produtos pesqui-sados, as mais expressivaselevações de preços foram en-contradas em aluguel resi-dencial (0,56%); sardinhafresca (11,28%); e sabão embarra (1,9%). Já as mais ex-pressivas quedas foram regis-tradas em tomate (16,64%);batata-inglesa (10,82%); efrango inteiro (4,09%).

As famílias de baixa rendadevem sofrer menos com pre-ços altos nos próximos meses,de acordo com o economista

da Fundação Getúlio Vargas(FGV) André Braz. Embora adeflação percebida pelas pes-soas de menor poder aquisiti-vo tenha enfraquecido e o mêsde agosto mostre sinais de re-torno do indicador ao terrenopositivo, Braz explicou que ocenário atual é pressionadopor fatores sazonais. "A ten-dência entre as famílias debaixa renda é de desacelera-ção de preços", afirmou. (AE)

Alta de 0,36% no supermercadoPaulo Pampolin/Hype

Aumento de preçosem julho refleteinfluência depressões pontuais

A tendênciaentre as famíliasde baixa renda éde desaceleraçãode preços

ANDRÉ BR AZ, FGV

Os preços dos produ-tos comercializadosnos supermercadossubiram 0,36% em

julho, após caírem 0,15% emjunho. Esse foi o desempenhodo Índice de Preços dos Super-mercados (IPS), calculado pelaAssociação Paulista de Super-mercados (Apas), em conjuntocom Fundação Instituto dePesquisas Econômicas (Fipe). AApas destacou que, tradicio-nalmente, esse é um períodode retração nos preços, maspressões pontuais em algumascategorias elevaram o índiceem julho. Em 12 meses, o IPSatinge expansão de 6,16%; e,de janeiro a julho, de 1,25%.

Nas altas, o destaque é para acategoria de cereais (0,55%),como feijão e milho – com altasde 2,14% e 0,63%, respectiva-mente. As carnes tiveram au-mento de 0,49%, e o preço doleite subiu 0,5% em julho.

Os alimentos industrializa-dos apresentaram em julho al-ta de 0,39%, com destaque pa-ra panificados (1,81%), doces(1,68%) e biscoitos e salgadi-nhos (1,31%). Já o grupo dosprodutos in natura apresenta-ram variação de 0,09%, comdestaque para as categorias defrutas (2,04%) e verduras (2%).Entre as frutas, os maiores im-

pactos foram verificados no li-mão (16,17%), banana (5,23%),maçã (5%) e uva (14,04%). En-tre as verduras, as pressões sederam no alface (5,19%) e nacebolinha (8,02%).

Os preços da categoria bebi-das alcoólicas apresentaramelevação de 0,04%, com desta-que para cerveja – que subiu0,33%. Já as bebidas não alco-

ólicas tiveram alta de 0,61%,sendo 1,3% no suco de fruta e0,78% nos refrigerantes.

Os preços do grupo de pro-dutos de l impeza subiram1,46%, sendo de 2,05% o sa-bão em pó e de 2,05% o sabãoem barra. O grupo dos artigosde higiene e beleza auxilia-ram a puxar o índice geral pa-ra baixo, pois apontaram que-da de 0,38%, com destaquepara a retração dos preços dexampu (de 1,88%) e da fraldadescartável (de 2,89%).

Entre as maiores quedas depreços dos produtos nos su-permercados destacaram-se acarne suína (1,98%), leite emp ó ( 1 , 5 1 % ) , ó l e o d e s o j a(1,31%), enlatados e conserva(0,5%) e azeitona (2,41%). (AE)

Page 14: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 201114 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Page 15: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 2011 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

Os consumidores querem itens que não agridam o meio ambiente e usem menos recursos naturais.Elisa Quartim, consultora em design sustentáveleconomia

País tem R$ 1 trilhão anticriseEsse colchão de segurança permite à ministra do Planejamento afirmar que o governo não pretende alterar dotação de recursos para os projetos

rou que há pouca possibilida-de de a disciplina fiscal do Paísser corroída seriamente.

Para melhorar ainda mais aclassificação, a R&I indicouque o governo brasileiro pre-cisa eliminar gargalos para ocrescimento econômico pormeio de investimentos cres-centes. Também seria aindapreciso aumentar o combate àinflação. (Agências)

I B OV E S PA(São Paulo)

+ 3,79%

DOW JONES(Nova York)

+ 3,95%

FTSE 100( Lo n d re s )

+3,11%

DA X(Frankfur t)

+ 3,28%

Rodrigues Pozzebom/ABr

Para Miriam,os

investimentossão essenciais

para seenfrentar asturbulências

externas.

Ogoverno brasileirodispõe atualmentede um cordão deisolamento de pelo

menos R$ 1,1 trilhão para pro-teger a economia dos efeitos deum agravamento da crise in-ternacional. Esse colchão é for-mado pelo dinheiro que o Te-souro Nacional tem em caixapara rolar a dívida pública, osdepósitos compulsórios reco-lhidos pelo Banco Central (BC)e os dólares das reservas inter-nacionais. Essa proteção é qua-se 40% maior do que o disponí-vel antes da crise de 2008.

No caixa do Tesouro estãodepositados cerca de R$ 200 bi-lhões, que podem ser usadospara pagar títulos que estãovencendo. Já o dinheiro doscompulsórios soma R$ 416,79bilhões , e poderá ser liberadopara garantir crédito no mer-cado interno e oferta de recur-sos em reais na economia.

Para reforçar esses recursos,as reservas internacionais bra-sileiras já somam US$ 350,881bilhões. Segundo o BC, houveuma alta de US$ 62,306 bilhõesn a s re s e r v a s d e s t e a n o –21,59% a mais em relação ao es-toque registrado no final de2010, de US$ 288,575 bilhões.

Esse aumento decorre dascompras diárias que o BC temefetuado com a finalidade dereduzir a oferta de dólares nomercado doméstico.

Programas – A crise que afe-ta os Estados Unidos e algunspaíses da Europa não alterará ameta de investimentos do Pro-grama de Aceleração do Cres-cimento (PAC). A garantia foidada ontem pela ministra doPlanejamento, Miriam Bel-chior. Ela disse que não se cogi-ta rever as decisões já tomadas."Os investimentos são funda-mentais, inclusive, para en-frentar essas turbulências."

Ela informou que estão pre-servados os recursos destina-dos ao Programa Minha Casa,Minha Vida, cujos desembol-sos para este ano alcançammais de R$ 30 bilhões, e quetambém não haverá mudançanos demais projetos. "Esta-mos preocupados, mas sere-nos para enfrentar essa situa-ção. Vamos ver como evolui oquadro para pensar se serãonecessárias outras medidas."

Mantega – O ministro daFazenda, Guido Mantega,pretende discutir com os paí-ses da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) medi-das para fortalecer o bloco eimpedir que a crise econômicamundial contagie a região.

Formada por 12 países, aUnasul promove até hoje umareunião em Buenos Aires paradiscutir a situação da economia.Mantega embarcou ontem paraa capital argentina e à noite sereuniu com o ministro da Eco-

nomia e Finanças Públicas dopaís vizinho, Amado Boudou."Vamos conversar sobre a crise eas consequências nos países daAmérica Latina, e as medidasque podemos tomar para nosfortalecer e impedir que seja-mos contagiados", afirmou.

Rating – A agência de classi-ficação de risco japonesa R&Ielevou ontem a nota do Brasilde BBB- para BBB. A agência

destacou o aumento do núme-ro de famílias na classe média eo mercado interno robusto.

Para 2012, contudo, a R&Idestacou algumas preocupa-ções. Uma é a pressão por au-mento de salários de servido-res públicos e de benefícios depensão, além da expansão degastos com infraestrutura pa-ra a Copa do Mundo de 2014.No entanto, a agência ponde-

Cipoal tributário brasileiroconfunde contribuintes

Consumidor quer mais'produtos verdes' no mercadoNeide Martingo

Dificuldade de manuseiopode prejudicar consumo

Quem sofre um "acidentede consumo" e se

machuca tentando abrir umaembalagem poderá nunca maiscomprar o produto. Esse foi umdos pontos abordados ontemno Encontro Internacional deI n ova ç ã o , com o tema DesignUniversal, organizado pelaAssociação Brasileirade Embalagem (Abre),em São Paulo.

Uma das palestrantes doevento, a coordenadora doInstituto de Defesa doConsumidor (Idec), Lisa Gunn,citou uma pesquisa feita pelo

instituto para demonstrar o queo consumidor quer daembalagem: segurança,praticidade e sustentabilidade.Além disso, ela deve esclarecerse foi feita com materialreciclado – e se é reciclável.

Entre as embalagens maisdifíceis de serem manuseadas,foram indicados os vidros comtampa metálica e lacre, e asde vinagre – já que o lacre tipo"fita" se quebra e a pessoatenta abrir a tampa até com osdentes. As embalagens de CDse DVDs também ganharamdestaque. (NM)

Sobem vendasde papelão

As vendas de papelãoondulado no Brasil em

julho subiram 1,79% nacomparação com igual mêsdo ano passado, para 275,71mil toneladas, informou ontema Associação Brasileira doPapelão Ondulado (ABPO).

Na comparação com junho,as vendas do insumo querepresenta um termômetro daatividade econômica do País,subiram 1,7%.

As vendas no acumulado dossete primeiros meses de 2011somam 1,845 milhão detoneladas, praticamente estávelem relação às 1,833 milhão detoneladas de igual período doano passado. (Re u te r s )

Divulgação

Em sua versãosustentável, oBancoImobiliário éfeito com peçasde plásticoverde, materialobtido da cana-de-açúcar.

Muitas empresas sepreocupam em ven-der produtos em

embalagens sustentáveis, quepriorizam os cuidados com omeio ambiente – uma formade projetar a marca de formapositiva. Mas esse tipo de açãopode deixar de ser um diferen-cial. "Os consumidores estãocada vez mais preocupadoscom sustentabilidade. Elesquerem itens que não agridamo meio ambiente e usem me-nos recursos naturais", disse aconsultora em design susten-tável Elisa Quartim.

Ela citou a Política Nacionalde Resíduos Sólidos, que levaas empresas a mudar seus pro-cessos, inclusive da embala-gem, para incentivar a recicla-gem de lixo e o manejo corretodos produtos. Fabricantes, dis-tribuidores e comerciantestêm que recolher as embala-gens usadas. "Foi criada a res-ponsabilidade compartilhadaentre sociedade e governo."

Não é di f í c i l encontrarexemplos de companhias queintegraram a sustentabilidadeno dia a dia. A Brinquedos Es-trela escolheu o tradicional jo-go Banco Imobiliário para ino-var. O produto é feito com pe-ças de plástico verde, materialobtido da cana-de-açúcar; o ta-buleiro, a caixa e as cartas sãode papel reciclado. Essa versãocusta, em média, R$ 10 a maisdo que a tradicional – chega aR$ 90. Além disso, a empresaaboliu o plástico shrink ( f i n i-nho e elástico), que envolvia asembalagens dos jogos.

O diretor de marketing daEstrela, Aires Leal Fernandes,explicou os motivos da empre-sa. Segundo ele, a companhiaquer "assumir a responsabili-dade que as empresas têm decuidar do meio ambiente, etambém oferecer um diferen-cial para elevar as vendas".

O setor de alimentos tam-bém está engajado. As tampi-nhas dos leites UHT das linhasNinho e Molico, da Nestlé, sãofeitas com derivados de cana –o que contribui para reduzir asemissões de gases que geram oefeito estufa. A Taeq, do GrupoPão de Açúcar, reutiliza as em-balagens de papel deixadaspelos clientes nas Estações deReciclagem e nos caixas ver-des para serem reaproveita-das. E a Coca-Cola utiliza umagarrafa PET na qual o etanol dacana substitui parte do petró-leo utilizado como insumo.

"O consumidor está maisconsciente. As empresas preci-sam enfrentar a concorrência epriorizar o cuidado com omeio ambiente", afirmou o co-ordenador da pós-graduaçãoem embalagens do InstitutoMauá, Antonio Cabral.

Já a professora de pós-gra-duação da Escola Superior dePropaganda e Market ing(ESPM), Gisela Schulzinger,abordou os preços mais altosdos produtos sustentáveis. "Is-so vai mudar com o tempo, àmedida em que seja registradoo aumento dos processos."

Acomplexidade da legis-lação tributária no Bra-sil prejudica as empre-

sas e engorda os cofres públi-cos. Pesquisa da consultoriaFiscosoft mostra que 55,4%das companhias já recolhe-ram o Imposto sobre Serviços(ISS) com alíquota maior que aexigida pelo fisco local pornão acompanharem a legisla-ção. Outro dado preocupanteé que 51% dos contribuintespagaram imposto para doismunicípios diferentes.

No Brasil, os municípios po-dem estabelecer regras de ar-recadação e fiscalização do im-posto – e desvendá-las é umdesafio para prestadores e to-madores de serviços. "O ideal éobter acesso rápido à legisla-ção e de forma atualizada", afir-mou a gerente de tributos mu-nicipais da Fiscosoft, FernandaBernardi. Mas isso nem sempreacontece. Durante a apuração

da pesquisa, constatou-se quehá municípios que nem publi-cam as regras – elas são afixa-das em murais na prefeitura.

De acordo com o levanta-mento, apenas 25% das em-presas utilizam informações eregras atualizadas. Além disso,71% das empresas indicaramque atualizam as informaçõesem prazo superior a um mês.Deste universo, 5,9% reveem alegislação uma vez por ano.

Efeitos – De acordo com olevantamento, 38,2% das em-presas foram multadas poratraso no pagamento do ISS oupor não cumprirem exigênciaslegais. O pagamento em atrasosempre acarreta a aplicação demulta e, caso esse recolhimen-to ocorra após o início de umaação fiscal, o valor é maior.

A lei complementar 116/2003 é a mais importante na le-gislação do ISS, e estabeleceque os municípios podem ado-tar alíquotas entre 2% e 5%. Se-gundo a pesquisa, 47,1% dasempresas já recolheram o valor

máximo por desconhecerem aalíquota fixada para a sua ativi-dade. Segundo a consultora,isso decorre da falta de infor-mação atualizada sobre o valorcorreto a ser pago.

Apesar da legislação com-plementar, os municípios po-dem modificar as alíquotas,respeitando os limites máxi-mos e mínimos. E muitas alte-rações valem a partir de sua da-ta de publicação. São Paulo,por exemplo, recentementereduziu o valor da alíquota dedeterminados serviços – comoos que envolvem a administra-ção de fundos, cuja alíquotapassou de 2,5% para 2%, e decartões de crédito e débito,agora tributados em 2%.

Diferentemente dos municí-pios que usam o mural comomeio de comunicação, as alte-rações do fisco paulista cons-tam do site da Prefeitura. "Arealidade é outra, até porqueessas mudanças foram ampla-mente divulgadas antes da pu-blicação da norma", concluiu.

Sílvia Pimentel

Leia mais na página 14.

Page 16: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 201116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

• GESTÃO FISCAL• ADMINISTRAÇÃO DO RH• CONTABILIDADE• LEGALIZAÇÃO• MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

CONTABILIDADEE ASSESSORIACONTABILIDADEE ASSESSORIA

2010www.agenda-empresario.com.br ANO XXV Apoio: Cenofisco

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www.agenda-empresario.com.br ANO XXV APOIO: CENOFISCOSEXTA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2011

LEGALMENTE EU POSSO CONCEDER LICENÇA REMUNERADA, E NAOCASIÃO DAS FÉRIAS FAZER A COMPENSAÇÃO?

Esclarecemos que a licença remunerada será concedida por ato doempregador,não podendo ser descontada ou compensada com as fériasdo empregado, conforme inteligência do artigo 130, § 1º da CLT.

ADICIONAL NOTURNOGostaria de saber se além do adicional noturno é devido qualqueroutro acréscimo no salário da mulher que trabalha à noite? Saiba maisacessando a íntegra no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

OPERAÇÕES COM LIVROS DIDÁTICOSEstabelecimento varejista enquadrado no regime Simples Nacionalpode usufruir da imunidade tributária atribuída às operações comlivros didáticos? Saiba mais: [www.empresario.com.br/legislacao].

FÉRIAS PROPORCIONAIS NA RESCISÃOHá alguma lei ou jurisprudência recente a respeito de pagar fériasproporcionais na rescisão de contrato como pedido de demissão commenos de um ano de trabalho? Alguma coisa que tenha força de lei?Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].

RETENÇÃO DO INSS PELO TOMADORUma empresa optante do Simples que realiza manutenção em Equipa-mento de Ar-condicionado de empresas,disponibilizando uma equipede funcionários que fica nas dependências do tomador do serviço.Naemissão da Nota Fiscal de Serviços deve haver a retenção do INSS peloTomador? Saiba mais: [www.empresario.com.br/legislacao].

DESCREDENCIAMENTO DE USUÁRIO.Contribuinte paulista que adotou voluntariamente a utilização da NotaFiscal Eletrônica modelo 55 para todas as operações realizadas poderávoltar ao sistema anterior e emitir exclusivamente a Nota Fiscal modelo1? Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].

CRÉDITO NA COMPRA DE ATIVO IMOBILIZADOO valor do IPI destacado na nota fiscal de compra de um bem para oativo imobilizado pode ser lançado a crédito no livro fiscal? Saiba maisacessando a íntegra no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

AGENDA FISCAL® AGOSTO/ 11Informação com orientação sobre os vencimentos do mês de Agosto.Acesse a íntegra no site: [www.agenda-fiscal.com.br].

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Fusões e aquisições movimentarammenos recursos em 2011.economia

Fusões e compras alcançam R$ 75 bi

As fusões e aquisiçõesde empresas movi-mentaram R$ 75,3 bi-

lhões no primeiro semestre,volume menor do que o deigual período do ano passado,de R$ 91,7 bilhões. Segundo aAssociação Brasileira das Enti-dades dos Mercados Financei-ro e de Capitais (Anbima), o re-sultado é o segundo maior dasérie iniciada em 2006. Até ju-nho, foram 73 operações, duasa menos do que as 75 do pri-meiro semestre de 2010.

O volume das negociaçõesse manteve, mas houve redu-ção no número de operaçõescom valor superior a R$ 1 bi-lhão. Em 2010, mais de 30% dosnegócios estavam nessa faixa

de valor. Nos primeiros seismeses deste ano, 20%.

Para o presidente do subco-mitê de fusões e aquisições daAnbima, Bruno Amaral, o anopassado foi de recordes e é na-tural que houvesse diminui-ção do ritmo agora. Mas ele dizque as incertezas quanto ao fi-nanciamento das dívidas nosEstados Unidos e nos países daEuropa afetam mais o merca-do acionário do que o de fusõese aquisições. "O impacto é bai-xo porque as empresas fazemestratégias de longo prazo nes-se tipo de negociação."

O setor que mais se desta-cou no semestre foi o de Tecno-logia da Informação (TI) e Te-lecomunicações (Telecom),responsável por 45,3% do vo-lume total do semestre. Foramnove operações que movi-

mentaram R$ 34,1 bilhões, amaior parte decorrente da re-estruturação societária dasempresas controladas pela Te-lemar Participações, que mo-vimentaram R$ 20,8 bilhões.

A segunda maior operaçãofoi a incorporação da Telesppela Vivo – R$ 11,3 bilhões. Aárea de óleo, gás, siderurgia emineração, além dos setoresbancário e de energia elétrica,também tiveram incremento.

B e b id a s – Conforme Ama-ral, o resultado do segundo se-mestre será incrementado pe-lo setor de alimentos e bebi-das, com a compra da Schinca-riol pela japonesa Kirin e oacordo para a venda de ativosque a BRFoods fez com o Con-selho Administrativo de De-fesa Econômica (Cade).

Outro destaque foi o au-

mento no volume movimen-tado por aquisições entre em-presas brasileiras – o maiordo semestre – de R$ 31,1 bi-lhões em 30 operações. O va-lor foi 48,8% maior do que ode igual período do ano pas-sado, de R$ 20,9 bilhões.

Houve queda de 70,7% nasaquisições de empresas es-trangeiras por brasileiras –R$ 12,3 bilhões neste ano anteR$ 42 bilhões em 2010.

Segundo Amaral, o resulta-do foi influenciado pelo cená-rio de incertezas nos EstadosUnidos e na Europa, o que fazcom que as empresas estudemmovimentos de consolidaçãointerna. "Isso deve continuarno segundo semestre," diz.

As aquisições de empresasbrasileiras por estrangeirascresceu para R$ 19 bilhões.

Envie informações para essa

coluna para o e-mail: carlosfranco@revistapublicitta. com.br

ENGAJADO

OMcDonald's anuncia para 27 de agosto o diado McFeliz, em que parte da venda do Big

Mac, tanto avulso como em combos, vai para oInstituto Ronald Mcdonald, que apoia instituiçõesque tratam do câncer infanto-juvenil.

O instituto já anunciou que, em breve, terá maisuma unidade de tratamento em Jaú, no interior deSão Paulo, em parceria com o Hospital do Câncer deJaú, onde a Federação Brasileira de Entidades deCombate ao Câncer (Febec) realiza trabalhoexemplar de voluntariado, porque carinho e umadoação são o melhor remédio nesses casos.

INVENCIONICES S/AOmercado publicitário pare-

ce picado pela mosca azuldas consultorias que propa-

gam dificuldades para vender facili-dades. Um movimento que domina ocenário de Recursos Humanos, ondeimperam muitos "mauricinhos e pa-tricinhas", os atuais "coxinhas e em-padas". Profissionais que nunca pisa-ram no chão de fábrica e desconhe-cem o coração das empresas e o quede fato fazem os seus funcionários,mas que adoram comprar produtosde prateleira. É como escolher, nagôndola dos supermercados, um sa-bão em pó com nomes pomposos.Foi-se a era da verticalização, da hori-zontalização, do downsizing, outsi-zing, outsourcing, do core business eda otimização. Invencionices que pro-curam reinventar a roda e que, agora,chegam ao mercado publicitário.

Essas ferramentas que atendem pelonome de digital out home, digital in ho-me, mobile marketing, network sour-cing e outros menos cotados começam,acredite, a ganhar até associações declasse e de profissionais. Mas o que que-rem e o que prometem? A venda, sim-ples assim: a venda, pois não se reinven-ta a roda. E o alvo, claro, é e será sempreo consumidor, no desejo de chegar aoseu coração e fazê-lo generosamenteabrir a carteira e comprar.

Compra-se, agora, mais que o pro-duto, a sensação que ele transmite,de bem-estar, conforto, status, mo-dernidade ou seus contrários – o re-trô está em alta. E ainda que as "cas-sandras", aquelas figuras não tão mi-tológicas assim, apregoem o caos,com a redução do crédito por contada crise americana – o que de fato po-de ocorrer, nem americanos, nembrasileiros, nem chineses ou lituanosvão deixar de comer, beber, vestir eamar e o varejo continuará a existirassim como a indústria.

Temporariamente, pode-se deixarde comprar aquele apartamento oucarro novos hoje, mas eles continuarãonos planos de amanhã. E, como os con-sultores de plantão, os republicanosamericanos estão criando a dificulda-de para depois vender a facilidade ten-

do votos como moeda de troca.Mas voltando à publicidade, mui-

tos agora vendem a ideia de quequem não cair na rede é peixe forad'água. De fato, o mundo se digitalizarapidamente e as plataformas de co-municação evoluem muito rápido.

Em 1989, os CDs invadiram o merca-do, e em 1999, as famosas bolachas devinil deixaram de rodar nas casas, en-quanto em 2009, começou a febre dosMP3, MP4 e os CDs estão perdendo ra-pidamente o mercado, mas não importaa plataforma, o que continua a rodar é amúsica, o conteúdo. Na publicidade é is-so que também está em jogo.

O chato é perceber que o conteúdoanda caindo de qualidade, mas é a cre-dibilidade que ainda estabelece a co-municação, chega mais perto do cora-ção da gente, então não importa a pla-taforma, o bom e velho negócio da pu-blicidade será o de estimular a venda,oferecendo ao consumidor uma expe-riência e aquela sensação de felicida-de e bem-estar. O resto é conversa fia-da, ladainha para boi dormir e as no-menclaturas em inglês, coisa de quemnão sabe se comunicar. E quem não secomunica, como dizia o velho Chacri-nha, se estrumbica. Alô, alô Terezinha,buzina para essas invencionices.

LONGEVO AO VOLANTE

TIRANDO A ROUPA

AFiat lança no Brasil o modelo Cinquecento,sucesso na Itália dos anos 1950, e que

nesse movimento retrô está de volta às ruas.Adriane Galisteu foi escalada para tirar a roupa do

carro e apresentar as suas linhas sofisticadas naedição de Playboy que chega neste fim desemana às bancas. "Tem coisas que a gentecontinua gostando mesmo com o passar do

tempo: carro com design moderno e mulher comdesign gostoso", é o mote da peça publicitária

criada pela Agência Fiat, que reúne profissionaisda Leo Burnett Tailor Made e AgênciaClick Isobar.Para os que são fanáticos por carros vale conferirtodas as novidades do Cinquecento no endereço

eletrônico: www.faceb ook.com/fiat500brasil

DIA DO NEYMAR

A agência Loducca criou campanha bem-humorada para a Nextel fazendo uso de Neymar,

o jogador de futebol que é a sensação do momentocom o mote: “Dia do Neymar comemorar um dospoucos títulos que ainda não tinha: o de pai",realçando o forte laço que o jogador tem com o pai.

OLÉ PELA ESPANHA

Aagência Lattitud, do grupo francês Havas, assinaa promoção de lançamento do perfume The

Golden Secret, da linha Antonio Banderas, no Brasil. Ointernauta que revelar um de seus segredos mais bemguardados ganha uma viagem para a Espanha e as 50melhores frases um frasco do perfume, que prometeser "matador" para os corações femininos. Ninguémdúvida do sucesso de Banderas e os que encaram odesafiam podem conhecer as regras da campanha doperfume The Golden Secret no seguinte endereço:w w w. t h e s e c re t a n to n i o b a n d e ra s. co m . b r / co n c u r s o

Fotos: Divulgação

CHACRINHA já dizia: quem não se comunica se estrumbica.

Rejane Tamoto

NOVATO na função, campanhadestaca relação do jogador com o pai.

APOIO ao tratamento do câncer

VIAGEM inspirada em Antonio Banderas

PAPAI motociclista curte a vida e a liberdade

O s postos Ipiranga começam a venderlubrificantes de marca própria para

motocicletas. Aproveitando o mês em que secomemora, neste domingo, o Dia dos Pais, a agênciaTalent ousou na criatividade e um longevo pilotamoto nas curvas da estrada, vivendo a vidaadoidado. Com o envelhecimento da populaçãobrasileira, cada vez mais eles estão na moda.

Page 17: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 2011 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

CIA TEXTIL NIAZI CHOHFlCNPJ 60.397.361/0001-45 - NIRE 35.300.067.860

Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 15/07/2011Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 15/07/2011Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 15/07/2011Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 15/07/2011Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 15/07/2011Data:Data:Data:Data:Data: 15 de julho de 2011, às 15:00 horas. Local:Local:Local:Local:Local: Sede Social à Rua 25 de Março, 603/611, Centro, CEP 01017-040, noMunicípio de São Paulo, no Estado de São Paulo. Presença:Presença:Presença:Presença:Presença: Acionistas representando a TOTTOTTOTTOTTOTALIDADEALIDADEALIDADEALIDADEALIDADE do capital social,dispensada a publicação dos Editais de Convocação, de acordo com o Art. 124, Parágrafo 4°, da Lei n° 6404, de 15.12.76.Mesa Diretora: Presidente:Mesa Diretora: Presidente:Mesa Diretora: Presidente:Mesa Diretora: Presidente:Mesa Diretora: Presidente: Reginaldo Chohfi; Secretária:Secretária:Secretária:Secretária:Secretária: Solange Maria Nassif Chohfi. Ordem do Dia:Ordem do Dia:Ordem do Dia:Ordem do Dia:Ordem do Dia: a) Convalidação deNIRE filial; b) Outros assuntos de interesse social. Deliberações: I -Deliberações: I -Deliberações: I -Deliberações: I -Deliberações: I - Os acionistas presentes, vem requerer a Junta Comercialdo Estado de São Paulo, atribuição e convalidação de NIRE, para a filial sito a Rua Cavalheiro Basilio Jafet, 80, aberta juntamentecom a empresa matriz no contrato constitutivo da empresa em sessão 03.07.1967, devidamente registrado sob NIRE35300067860, no qual não foi atribuido NIRE para a filial acima descrita, sendo que a respectiva filial foi aberta no mesmo ato deabertura da matriz, segue anexo ao presente exigência da JUCESP para atribuição de nire, bem como microfilmagem de breverelato, sobre o ato de abertura da filial em conjunto com a matriz. II - Encerramento:II - Encerramento:II - Encerramento:II - Encerramento:II - Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o SenhorPresidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e como ninguém se manifestasse, declarou suspensos ostrabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta ata, que após lida e aprovada, vai assinada por todos os Acionistas presentes.São Paulo, 15 de Julho de 2011. Assinaturas:Assinaturas:Assinaturas:Assinaturas:Assinaturas: Presidente: Reginaldo ChohfiReginaldo ChohfiReginaldo ChohfiReginaldo ChohfiReginaldo Chohfi; Secretária: Solange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif Chohfi.Acionistas: C.TAcionistas: C.TAcionistas: C.TAcionistas: C.TAcionistas: C.T.N.C Adminstração e Participações S/A..N.C Adminstração e Participações S/A..N.C Adminstração e Participações S/A..N.C Adminstração e Participações S/A..N.C Adminstração e Participações S/A., TTTTT.N.C Administração e Participações S/A..N.C Administração e Participações S/A..N.C Administração e Participações S/A..N.C Administração e Participações S/A..N.C Administração e Participações S/A.; Diretor-Presidente:Reginaldo ChohfiReginaldo ChohfiReginaldo ChohfiReginaldo ChohfiReginaldo Chohfi; Diretora Vice-Presidente: Solange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif Chohfi. A presente é cópia fiel da original. ReginaldoReginaldoReginaldoReginaldoReginaldoChohfiChohfiChohfiChohfiChohfi - Diretor-Presidente; Solange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif Chohfi - Diretora Vice-Presidente. Reginaldo ChohfiReginaldo ChohfiReginaldo ChohfiReginaldo ChohfiReginaldo Chohfi, Presidente daMesa; Solange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif ChohfiSolange Maria Nassif Chohfi, Secretária; C.TC.TC.TC.TC.T.N.C Adminstração e Participações S/A..N.C Adminstração e Participações S/A..N.C Adminstração e Participações S/A..N.C Adminstração e Participações S/A..N.C Adminstração e Participações S/A., Acionista, representada porReginaldo Chohfi e Solange Maria Nassif Chohfi; TTTTT.N.C Adminstração e Participações S/A..N.C Adminstração e Participações S/A..N.C Adminstração e Participações S/A..N.C Adminstração e Participações S/A..N.C Adminstração e Participações S/A., Acionista, representada porReginaldo Chohfi e Solange Maria Nassif Chohfi. Registrada na JUCESPJUCESPJUCESPJUCESPJUCESP sob o nº 299.451/11-2, em 01 de agosto de 2011.

NOVA GASÔMETRO S/ACNPJ: 45.356.466/0001-62

Assembleia Geral Extraordinária - ConvocaçãoConvidamos os acionistas da empresa Nova Gasômetro S/A a reunirem-se em AGE, em 1ª convocação,dia 18/08/2011, às 14h, e em 2ª convocação, às 14h30, na Rua Chico Pontes, 1500, a fim de deliberaremsobre a seguinte ordem do dia: 1) Proposta de Rescisão do Instrumento Particular de Compra de Terrenoem Permuta por Área Construída no Próprio Local e Outras Avencas firmado aos 16/8/2002, contratadocom o Condomínio Apart Hotel Mart Center. 2) Proposta apresentada pela Diretoria Executiva decontratação de Instrumento Particular de Compra de Terreno em Permuta por Área Construída noPróprio Local e Outras Avencas a ser firmado com a empresa Vivenda SPE Mart Center EmpreendimentoImobiliário Ltda., relativamente ao imóvel sito à Rua São Quirino, 823, Vila Guilherme, Capital, SP. GildaAntonietta Orlando Cury - Presidente do Conselho de Administração.

PETROVICH INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS LTDA. torna público que recebeu da CETESB arenovação da Licença de Operação simplificada n° 45000255, válida até 09/08/2014, para fabricaçãode instrumentos não-elétricos para cirurgia, à Rua Padre Meliton Vigueira Penillos, 107, VilaLeopoldina, São Paulo/SP.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOSSECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE

PREGÃO ELETRÔNICO FMS Nº 059/2011 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 1537/2011Faço público, de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se encontra aberto o Pregão Eletrônico nº 059/2011, tendo como objeto o registro de preços para honorários médicos referente à aplicação do medicamentoranibizumabe 10 mg/ml - 0,23 ml, conforme descrição, especificações e quantidades constantes nos Anexos II e VI.O Edital na íntegra poderá ser obtido nos sites: www.licitacoes-e.com.br e www.saocarlos.sp.gov.br, opção Licitações.O recebimento e a abertura das propostas dar-se-ão até às 8 horas do dia 26 de agosto de 2011, e o início da sessãode disputa de preços será às 9 horas do dia 26 de agosto de 2011. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350.

São Carlos, 11 de agosto de 2011.Chayana Antonio de Moura - Pregoeira

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOSSECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE

PREGÃO ELETRÔNICO FMS Nº 060/2011 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 1938/2011Faço público, de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se encontra aberto o Pregão Eletrônico nº 060/2011, tendo como objeto a aquisição de colposcópios, conforme especificações e nas quantidades constantes nosAnexos II, III e IV. O Edital na íntegra poderá ser obtido nos sites: www.licitacoes-e.com.br e www.saocarlos.sp.gov.br,opção Licitações. O recebimento e a abertura das propostas dar-se-ão até às 8 horas do dia 26 de agosto de 2011, eo início da sessão de disputa de preços será às 9 horas e 30 minutos do dia 26 de agosto de 2011. Maiores informaçõespelo telefone (16) 3362-1350.

São Carlos, 11 de agosto de 2011.Chayana Antonio de Moura - Pregoeira

GBM BRASIL - DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A.CNPJ/MF Nº 09.391.874/0001-91 - NIRE Nº 33.300.285.822

ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DATADA DE 26 DE JANEIRO DE 2011.Data, hora e local: no dia 26/01/2011, às 10 horas, na sede da Companhia, em São Paulo/SP, na Rua do Rocio nº 350, 4ºandar, conj. 42, Edifício Atrium IX, Vila Olímpia, CEP 04552-000. 2. Convocação e Presença: Dispensada a publicação deeditais de convocação, na forma do disposto no art. 124, § 4º da Lei No 6.404, de 15/12/1976 (“LSA”), por estarem presentesas acionistas representando a totalidade do capital social da Companhia, conforme assinaturas constantes no Livro dePresença de Acionistas da Companhia. 3. Mesa: Presidida pelo Sr. Alexandre Brandão Werneck e secretariada pelo Sr. JorgeGutiérrez Chamlati. 4. Ordem do Dia: Deliberar sobre (i) a indicação dos Srs. Andrés Ramón Cuellar Dávila e Diego BravoAmpudia como Diretores Executivos da Companhia; (ii) aumento do capital social da Companhia; (iii) alteração do EstatutoSocial da Companhia e (iv) outros assuntos de interesse social. 5. Deliberações tomadas por unanimidade e semreservas: Primeiramente, o Presidente propôs que a ata da presente assembléia fosse lavrada na forma sumária, nos termosdo art. 130, § 1º da LSA, contendo apenas a transcrição das deliberações tomadas e com a omissão da assinatura dosacionistas. Ato contínuo, o Presidente iniciou a discussão e votação dos seguintes assuntos da ordem do dia, tendo sidotomadas as seguintes decisões pelos acionistas da Companhia, por unanimidade: 5.1. Indicar os Srs. Andrés Ramón CuellarDávila, cidadão mexicano, solteiro, economista, residente e domiciliado em São Paulo/SP, na Rua Prof. Atílio Innocenti nº957, ap. 137, Vila Nova Conceição, CEP 04538-002, RNE nº V582184-U (temporário) expedido pelo Depto. da Polícia Federale CPF/MF nº 060.826.597-75 e Diego Bravo Ampudia, cidadão mexicano, solteiro, bacharel em finanças, residente edomiciliado em Bosques de Panamá nº 23 frac. Bosques de Aragón, Cidade do México, México, CEP 57170, portador dopassaporte mexicano nº P04360021941, com validade até 12/10/2014, para ocuparem cargos de Diretores Executivos daCompanhia, sendo que a eleição e a posse dos mesmos ficam condicionadas à obtenção do visto permanente e autorizaçãode trabalho, a serem emitidas pelas autoridades brasileiras competentes. 5.2. Aumentar o capital social da Companhia deR$6.714.695,20 para R$16.710.695,20 mediante aumento de R$9.996.000,00 com a consequente subscrição pelaacionista GBMSA Holdings, INC, de 199.920.000 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, ao preço de emissãode R$0,05 por ação, que são neste ato integralizadas pela referida acionista subscritora, em moeda corrente do país, novalor correspondente a R$9.996.000,00, conforme consubstanciado no contrato de câmbio no 11/001400 datado de 26/01/2011, celebrado com o Banco Bradesco S.A., sendo emitido, neste ato, o respectivo Boletim de Subscrição. A acionistaPortfolio Investments, Inc. renuncia ao direito de preferência na subscrição do aumento de capital, na forma do Art. 171,§§ 4º e 6º da Lei das S.A. 5.3. Em virtude do aumento de capital deliberado, os acionistas presentes resolvem, também porunanimidade, alterar o “caput” do art. 5º do Estatuto Social, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 5º. O capitalsocial é de R$16.710.695,20, representado por 235.885.970 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal”. 6.Encerramento e aprovação da ata: Tendo sido dada a palavra aos demais presentes na assembléia, nada mais havendoa ser tratado, foram encerrados os trabalhos e suspensa a reunião pelo tempo necessário à lavratura desta ata, a qual lidae achada conforme, foi aprovada e assinada pelos membros da mesa e pelos acionistas presentes, quais sejam: (i) GBMSAHoldings, Inc.; e (ii) Portfolio Investments Inc., ambas representadas neste ato por seu procurador, Sr. Jorge GutiérrezChamlati, mexicano, casado, advogado, OAB/SP nº 166.772, RNE V246550-J emitido pelo CGPI/DIREX/DPF, e CPF/MF nº215.972.348-77, residente e domiciliado em São Paulo/SP, escritório na Av. Dr. Chucri Zaidan, 920, 8º andar, Vila Cordeiro,CEP 04583-904, em São Paulo/SP. O presente é cópia fiel do original lavrado no livro próprio e são autênticas, no mesmolivro, as assinaturas nele apostas. São Paulo, 26/01/2011. Alexandre Brandão Werneck - Presidente da Mesa; JorgeGutiérrez Chamlati - Secretário. Boletim de Subscrição de Ações da GBM Brasil - Distribuidora de Títulos e ValoresMobiliários S.A. 1) Subscritor: GBMSA Holdings, INC., uma sociedade constituída e organizada de acordo com as leis doEstado de Delaware, Estados Unidos da América, com sede em 1209 Orange Street, na cidade de Wilmington, Estado deDelaware, CNPJ/MF nº 09.126.112/0001-68, neste ato representada por seu bastante procurador, Sr. Jorge GutiérrezChamlati, mexicano, casado, advogado, OAB/SP nº 166.772, RNE V246550-J emitido pelo CGPI/DIREX/DPF, CPF/MF nº215.972.348-77, residente e domiciliado em São Paulo/SP, escritório na Av. Dr. Chucri Zaidan, 920, 8º andar, Vila Cordeiro,CEP 04583-904, em São Paulo/SP. 2) Número de ações subscritas: 199.920.000 ações ordinárias nominativas, sem valornominal. 3) Preço de emissão e valor total da subscrição: R$ 0,05 por ação, totalizando R$ 9.996.000,00. São Paulo, 26/01/2011. GBMSA Holdings, INC p.p. Jorge Gutiérrez Chamlati; Alexandre Brandão Werneck - Presidente da Mesa.Estatuto Social de GBM Brasil - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S/A Capítulo I Denominação, Sede,Objeto e Duração Art. 1º GBM Brasil - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. é uma sociedade anônima de capitalfechado, regida por este Estatuto Social e pela legislação aplicável. Art. 2º A Companhia tem sede social e domicílio jurídicoem São Paulo/SP, na Rua do Rocio, 350, 4º andar, conj. 42, Edifício Atrium IX, Vila Olímpia, CEP 04552-000. A Companhiapoderá, por deliberação da Diretoria, abrir e fechar filiais em qualquer parte do País ou no exterior. Art. 3º A Companhia tempor objeto social: (a) a subscrição, isoladamente ou em consórcio com outras sociedades autorizadas, de emissões de títulose valores mobiliários para revenda; (b) a compra e venda de títulos e valores mobiliários, por conta própria e de terceiros,observada a regulamentação baixada pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários nas suasrespectivas áreas de competência; (c) a administração de carteiras e custódia de títulos e valores mobiliários; (d) asubscrição, transferência e autenticação de endossos, de desdobramento de cautelas, de recebimento e pagamento deresgates, juros e outros proventos de títulos e valores mobiliários; (e) a instituição, organização e administração de fundose clubes de investimento; (f) a constituição de sociedade de investimento - capital estrangeiro e a administração darespectiva carteira de títulos e valores mobiliários; (g) a prática de operações de conta margem, conforme regulamentaçãoda Comissão de Valores Mobiliários; (h) a realização de operações compromissadas; (i) a prestação de serviços deintermediação e de assessoria ou assistência técnica em operações e atividades nos mercados financeiro e de capitais; e(j) exercer outras atividades expressamente autorizadas, em conjunto, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão deValores Mobiliários. § Único: É vedado a Companhia as seguintes práticas: a) realizar operações que caracterizem, sobqualquer forma, a concessão de financiamentos, empréstimos ou adiantamentos a seus clientes, inclusive através da cessãode direitos, ressalvadas as hipóteses de operação de conta margem e as demais previstas na regulamentação em vigor; (b)cobrar de seus comitentes corretagem ou qualquer outra comissão referente a negociações com determinado valormobiliário durante seu período de distribuição primária; (c) adquirir bens não destinados ao uso próprio, salvo os recebidosem liquidação de dívidas de difícil ou duvidosa solução, caso em que deverá vendê-los dentro do prazo de um ano, a contardo recebimento, prorrogável até duas vezes, a critério do Banco Central; (d) obter empréstimos ou financiamentos junto ainstituições financeiras, exceto aqueles vinculados à aquisição de bens para uso próprio e à execução de atividades previstasno objeto social, observado o limite de duas vezes o respectivo patrimônio de referência para o conjunto dessas operações;(e) dar ordens às sociedades corretoras para a realização de operações envolvendo comitente final que não tenhaidentificação cadastral na bolsa de valores; e (f) a celebração de contratos de mútuo com pessoas físicas e pessoas jurídicas,financeiras ou não, exceto os contratos de mútuo referentes a operações de conta margem e de empréstimo de ações,celebrados nos termos da regulamentação em vigor. Art. 4º O prazo de duração da Companhia é indeterminado. CapítuloII Capital Social e Ações Art. 5º O capital social é de R$16.710.695,20, representado por 235.885.970 ações ordináriasnominativas, sem valor nominal. § 1º Cada ação ordinária confere ao seu titular o direito a um voto nas Assembléias Gerais.§ 2º Os certificados de ações deverão ser assinados por 2 Diretores. Capítulo III Administração Art. 6º A Companhia seráadministrada por uma Diretoria, na forma da lei e do presente Estatuto Social. Art. 7º A remuneração da Diretoria será fixadapela Assembléia Geral. Art. 8º Os Diretores eleitos serão investidos nos seus cargos mediante assinatura de termo de posse,permanecendo no exercício de suas funções até a posse de seus respectivos substitutos. A entrada dos Diretores no exercíciodas suas funções estará sujeita a homologação da respectiva investidura pelas autoridades competentes. Art. 9º A Diretoriaserá composta por no mínimo 2 e no máximo 5 Diretores, sendo 1 o Diretor Geral, 1 o Diretor Comercial e os outros 3 DiretoresExecutivos. Os Diretores substituir-se-ão, uns aos outros nas suas respectivas ausências temporárias. Em caso de ausênciapermanente, uma Assembléia de Acionistas deverá ser convocada para eleger o correspondente substituto. § Único. OsDiretores estarão dispensados de caução e serão eleitos pela Assembléia Geral para mandatos de 1 ano, permitida areeleição. Art. 10 A Diretoria, observadas as disposições deste Estatuto e da legislação aplicável, terá poderes gerais paraadministrar e conduzir os negócios da Companhia e decidir sobre a execução de atos e operações relacionados ao objetosocial. § 1º As competências dos Diretores serão as seguintes: a) Compete ao Diretor Geral, dentre outras competências:(i) dirigir e supervisionar as operações da Companhia; (ii) administrar e reportar as finanças da Companhia às acionistas;(iii) representar a Companhia em juízo ou fora dele, ativa e passivamente; (iv) convocar as Assembléias Gerais; e (v) outorgarprocurações. b) Compete ao Diretor Comercial: (i) coordenar e ser responsável pela supervisão da Ouvidoria da Companhia,bem como pela observância, nos termos da legislação aplicável, das normas legais e regulamentares relativas aos direitosdo consumidor; (ii) implementar e acompanhar o cumprimento das medidas de prevenção e combate às atividadesrelacionadas com os crimes previstos na Lei nº 9.613 de 03/03/1998, nos termos da regulamentação em vigor; (iii) convocaras Assembléias Gerais na ausência do Diretor Geral; e (iv) realizar as demais atividades que lhe forem atribuídas noinstrumento de sua nomeação. c) Compete aos Diretores Executivos, dentre outras competências: (i) buscar e gerenciarnovos negócios da Companhia; (ii) coordenar as suas respectivas equipes nos trabalhos necessários para atingir seusobjetivos; e (iii) coordenar e ser responsáveis pelo departamento de recursos humanos; todo o acima em conformidade como objeto social da Companhia. § 2º a Companhia será representada e obrigar-se-á, sujeita aos demais limites e condiçõesdeste Artigo: a) pelo Diretor Geral agindo isoladamente; b) pelo Diretor Comercial agindo em conjunto com um dos DiretoresExecutivos ou com um procurador com poderes específicos; c) por dois Diretores Executivos em conjunto; ou d) por doisprocuradores em conjunto, sempre, contudo, no âmbito do respectivo mandato. § 3º As seguintes matérias serão privativasda Diretoria: a) aprovar o plano financeiro e orçamento anual da Companhia; b) propor à Assembléia Geral modificações noEstatuto Social; c) deliberar sobre a contratação e destituição de auditores independentes; d) aprovar as diretrizes paracontratação de empregados; e) abrir ou encerrar filiais, depósitos, escritórios de vendas, escritórios administrativos ouquaisquer outros estabelecimentos da Companhia; f) cumprir e fazer cumprir as deliberações da Assembléia Geral; g) fixara orientação geral dos negócios da Companhia; h) estabelecer funções e orientar os Diretores no exercício das suasatribuições; i) decidir sobre os assuntos não previstos neste Estatuto e que não sejam de competência da Assembléia Geral;e j) eleger e destituir o Ouvidor. § 4º A assinatura de cheques e demais documentações financeiras emitidas pela Companhia,bem como transferências eletrônicas de valores, deverão ser realizadas conjuntamente por 2 (dois) Diretores, ou por umdeles em conjunto com um procurador com poderes específicos. § 5º Nas ausências temporárias ou permanentes ou nosimpedimentos do Diretor Geral, as procurações para representar a Companhia poderão ser assinadas pelo Diretor Comercialem conjunto com um Diretor Executivo, devendo constar a natureza da ausência ou impedimento na correspondenteprocuração. Art. 11 As reuniões da Diretoria serão convocadas por qualquer um dos Diretores. As convocações serão feitaspor escrito e entregues pessoalmente ou enviadas por fax ou e-mail com, no mínimo, 3 dias de antecedência à data dareunião. Independentemente do acima disposto, em caso de emergência, qualquer Diretor isoladamente poderá convocaruma reunião com 24 horas de antecedência. § Único As reuniões da Diretoria serão presididas pelo Diretor Geral e na suaausência pelo Diretor Comercial. Capítulo IV Conselho Fiscal Art. 12 A Companhia terá um Conselho Fiscal composto de03 membros e respectivos suplentes. O Conselho Fiscal terá as funções estabelecidas em lei. Art. 13 O Conselho Fiscal terácaráter não permanente e será instalado quando assim solicitado pelos acionistas, na forma prevista em lei. Capítulo VAssembléias Gerais Art. 14 As Assembléias Gerais Ordinárias serão realizadas anualmente nos 4 meses seguintes ao finaldo exercício social. As Assembléias Gerais Extraordinárias serão realizadas sempre que os interesses da Companhia oexigirem. § 1º As Assembléias Gerais serão convocadas pelo Diretor Geral e, na sua ausência, pelo Diretor Comercial. § 2ºAs Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias serão instaladas, em primeira e segunda convocação, na forma previstaem lei. § 3º As Assembléias Gerais serão presididas pelo Diretor Geral ou pelo Diretor Comercial, quem nomeará umSecretário dentre os presentes na assembléia. § 4º As deliberações das Assembléias Gerais serão sempre tomadas pormaioria absoluta de votos, ressalvadas as exceções previstas em lei. § 5º Os seguintes atos dependerão de aprovação préviada Assembléia Geral: 1. onerar, adquirir ou alienar participações da Companhia em negócios ou sociedades, firmasindividuais ou em qualquer outro empreendimento; 2. prestar garantias em empréstimos ou outras obrigações da Companhiaou de terceiros; 3. assinar contratos ou acordos de qualquer natureza, envolvendo valores iguais ou superiores aR$1.000.000,00 ou por prazo superior a 36 meses; 4. licenciar propriedade intelectual da Companhia; 5. conceder ou tomarempréstimos em valor superior a R$1.000.000,00; e 6. constituir, cindir, fusionar, incorporar, dissolver, liquidar outransformar sociedades subsidiárias. Capítulo VI Ouvidoria Art. 15 A Ouvidoria terá a atribuição de assegurar a estritaobservância das normas legais e regulamentares relativas aos direitos do consumidor, bem como de atuar como canal decomunicação entre a Companhia e seus clientes e usuários de seus produtos e serviços, inclusive no que tange à mediaçãode conflitos. Caberá à Ouvidoria: a) receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento formal e adequado às reclamaçõese/ou sugestões dos clientes e usuários dos produtos e serviços da Companhia, que não forem solucionadas pelo atendimentohabitual realizado por suas agências e quaisquer outros pontos de atendimento; b) prestar, com a maior brevidade, osesclarecimentos necessários e dar ciência aos reclamantes acerca do andamento de suas demandas e das correspondentesprovidências adotadas pela Companhia, c) informar aos reclamantes o prazo previsto para a resposta final às reclamaçõese/ou sugestões encaminhadas, o qual não poderá ultrapassar 15 dias, contados da data da protocolização da ocorrência;d) encaminhar resposta conclusiva para a demanda dos reclamantes em prazo que não pode ultrapassar 15 dias; e) proporà Diretoria medidas corretivas ou de aprimoramento de procedimentos e rotinas, em decorrência da análise das reclamaçõese/ou sugestões recebidas; e f) elaborar e encaminhar à auditoria interna, ao comitê de auditoria, quando existente, e àDiretoria, ao final de cada semestre, relatório quantitativo e qualitativo acerca da atuação da Ouvidoria, contendo asproposições mencionadas no item acima. § Único A Companhia, através da Diretoria e do Diretor Comercial, criará condiçõesadequadas para o funcionamento da Ouvidoria, garantindo que a sua atuação ocorra de forma transparente, independente,imparcial e isenta. Para tanto, será assegurado à Ouvidoria acesso irrestrito a todas as informações necessárias para aelaboração de resposta adequada às reclamações recebidas, com total apoio administrativo, devendo a Diretoria fornecerinformações e documentos necessários para o exercício da atividade da Ouvidoria. Art. 16 O Ouvidor, que exercerá funçãoautônoma em relação a qualquer outra área da Companhia, será eleito pela Diretoria, para um período de 2 anos, sendopermitida a sua reeleição. § Único O Ouvidor será destituído através do mesmo procedimento estipulado para a sua eleiçãono caput deste artigo. Capítulo VII Exercício Social, Demonstrações Financeiras e Dividendos Art. 17 O exercício socialencerrar-se-á em 31 de dezembro de cada ano. Art. 18 Em 30 de junho e 31 de dezembro de cada exercício social, aCompanhia levantará o balanço patrimonial e demais demonstrações financeiras exigidas por lei. O lucro então verificadoterá a seguinte destinação: (a) 5% para a reserva legal, até que esta atinja 20% do capital social; (b) pelo menos 25% dolucro líquido, estipulado de acordo com o Art. 202 da Lei das Sociedades Anônimas, para pagamento do dividendo mínimoobrigatório aos acionistas; e (c) o saldo deverá ter a destinação deliberada pela Assembléia Geral, observada a legislaçãoaplicável. § 1º A Companhia levantará também balanços semestrais para cumprir com a legislação aplicável, e ainda poderálevantar balanços intermediários a qualquer tempo para cumprir requisitos legais ou para fins de conveniência, inclusivepara fins de distribuição antecipada de dividendos ou o pagamento e/ou crédito de juros às acionistas, a título deremuneração de capital próprio. § 2º Nos exercícios sociais em que for distribuído o dividendo obrigatório, poderá ser, pordeliberação da Assembléia Geral Ordinária, distribuída aos Diretores participação no lucro do exercício até o teto legalpermitido, a ser rateada entre os Diretores de acordo com o que for deliberado pela Assembléia Geral. Capítulo VIIILiquidação Art. 19 A Companhia entrará em liquidação nos casos previstos em Lei ou por deliberação dos acionistas,competindo à Assembléia Geral determinar a forma de liquidação e a nomeação do liquidante. Capítulo IX Disposições FinaisArt. 20 A Companhia observará os acordos de acionistas arquivados na sua sede, quando existirem, sendo que os mesmosdeverão ser apresentados ao Banco Central do Brasil logo após a sua celebração. Secretaria da Fazenda - Junta Comercial doEstado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 153.534/11-4 em 26/04/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

GBM Brasil – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.CNPJ/MF nº 09.391.874/0001-91 - NIRE nº 33.300.285.822

Ata de Assembléia Geral Extraordinária em 10 de Janeiro de 20111. Data, hora e local: No dia 10 de janeiro de 2011, às 10:00 horas, na sede da Cia., localizada no Rio de Janeiro, na Av.Ataulfo de Paiva, nº 341, sala 701, Leblon, CEP 22440-032. 2. Convocação e Presença: Dispensada a publicação de editaisde convocação, na forma do disposto no art. 124, § 4º da Lei No 6.404/76, (“LSA”), por estarem presentes as acionistasrepresentando a totalidade do capital social da Cia., conforme assinaturas constantes no Livro de Presença de Acionistasda Companhia. 3. Mesa: Presidida pelo Sr. Jose Hudson Moreno e secretariada pela Sra. Luciana Brandão Daltro Sodré. 4.Ordem do Dia: Deliberar sobre: (i) Transferir a sede da cia. da Cidade do Rio de Janeiro para São Paulo; (ii) Encerrar a agênciada Cia. localizada em São Paulo; e (iii) outros assuntos de interesse social. 5. Deliberações tomadas por unanimidadee sem reservas: O Presidente iniciou a discussão e votação dos seguintes assuntos da ordem do dia, tendo sido tomadasas seguintes decisões pelos acionistas da Cia., por unanimidade: 5.1. Transferir a sede da Cia da Cidade e Estado do Riode Janeiro, na Av. Ataulfo de Paiva, 341, sala 701, Leblon, CEP: 22440-032 para São Paulo/SP, na Rua do Rócio, 350, 4ºandar, conj. 42, Edifício Atrium IX, Vila Olímpia, CEP.: 04552-000, onde está localizada a agência da Cia. 5.2. Encerrar aagência da Cia. localizada em São Paulo/SP, na Rua do Rócio, nº. 350, 4º andar, conj. 42, Edifício Atrium IX, Vila Olímpia,CEP 04552-000, em razão do exposto no item 5.1. 5.3. Em virtude das deliberações acima, os acionistas presentes resolvem,também por unanimidade, alterar o do Artigo 2º do Estatuto Social, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 2º.A Cia. tem sede social e domicílio jurídico em São Paulo/SP, na Rua do Rocio, nº 350, 4º andar, Conj. 42, Edifício Atrium IX,Vila Olímpia, CEP 04552-000. A Cia. poderá, por deliberação da Diretoria, abrir e fechar filiais em qualquer parte do Paísou no exterior.” 5.4. Uma versão consolidada do Estatuto Social da Cia. constará como anexo da presente ata. 6.Encerramento e aprovação da ata: Tendo sido dada à palavra aos demais presentes na assembléia, nada mais havendoa ser tratado, foram encerrados os trabalhos e suspensa a reunião pelo tempo necessário à lavratura desta ata, a qual, lidae achada conforme, foi aprovada e assinada pelos membros da mesa e pelas acionistas presentes, quais sejam: (i) GBMSAHoldings, Inc.; e (ii) Portfolio Investments Inc., ambas representadas neste ato por seu procurador, Sr. Jorge GutiérrezChamlati, mexicano, casado, advogado, inscrito na OAB/SP nº 166.772, portador da RNE V246550-J, e inscrito no CPF/MFnº 215.972.348-77, residente e domiciliado em São Paulo/SP, com escritório na Av. Dr. Chucri Zaidan, 920, 8º andar, VilaCordeiro, CEP 04583-904, em São Paulo/SP. O presente é cópia fiel do original lavrado no livro próprio. Rio de Janeiro, 10de janeiro de 2011. Jose Hudson Moreno - Presidente da Mesa; Luciana Brandão Daltro Sodré - Secretária. Estatuto Socialde GBM Brasil - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S/A. Capítulo I - Denominação, Sede, Objeto e Duração:Art. 1º. GBM Brasil – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. é uma sociedade anônima de capital fechado, regidapor este Estatuto Social e pela legislação aplicável. Art. 2º.A Cia. tem sede social e domicílio jurídico em São Paulo/SP, naRua do Rocio, nº 350, 4º andar, Conj. 42, Edifício Atrium IX, Vila Olímpia, CEP 04552-000. A Cia. poderá, por deliberaçãoda Diretoria, abrir e fechar filiais em qualquer parte do País ou no exterior. Art. 3º. A Cia. tem por objeto social: (a) asubscrição, isoladamente ou em consórcio com outras sociedades autorizadas, de emissões de títulos e valores mobiliáriospara revenda; (b) a compra e venda de títulos e valores mobiliários, por conta própria e de terceiros, observada aregulamentação baixada pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários nas suas respectivas áreasde competência; (c) a administração de carteiras e custódia de títulos e valores mobiliários; (d) a subscrição, transferênciae autenticação de endossos, de desdobramento de cautelas, de recebimento e pagamento de resgates, juros e outrosproventos de títulos e valores mobiliários; (e) a instituição, organização e administração de fundos e clubes de investimento;(f) a constituição de sociedade de investimento - capital estrangeiro e a administração da respectiva carteira de títulos evalores mobiliários; (g) a prática de operações de conta margem, conforme regulamentação da Comissão de ValoresMobiliários; (h) a realização de operações compromissadas; (i) a prestação de serviços de intermediação e de assessoriaou assistência técnica em operações e atividades nos mercados financeiro e de capitais; e (j) exercer outras atividadesexpressamente autorizadas, em conjunto, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários. § Único: Évedado a Companhia as seguintes práticas: a) realizar operações que caracterizem, sob qualquer forma, a concessão definanciamentos, empréstimos ou adiantamentos a seus clientes, inclusive através da cessão de direitos, ressalvadas ashipóteses de operação de conta margem e as demais previstas na regulamentação em vigor; (b) cobrar de seus comitentescorretagem ou qualquer outra comissão referente a negociações com determinado valor mobiliário durante seu período dedistribuição primária; (c) adquirir bens não destinados ao uso próprio, salvo os recebidos em liquidação de dívidas de difícilou duvidosa solução, caso em que deverá vendê-los dentro do prazo de um ano, a contar do recebimento, prorrogável atéduas vezes, a critério do Banco Central; (d) obter empréstimos ou financiamentos junto a instituições financeiras, excetoaqueles vinculados à aquisição de bens para uso próprio e à execução de atividades previstas no objeto social, observadoo limite de duas vezes o respectivo patrimônio de referência para o conjunto dessas operações; (e) dar ordens às sociedadescorretoras para a realização de operações envolvendo comitente final que não tenha identificação cadastral na bolsa devalores; e (f) a celebração de contratos de mútuo com pessoas físicas e pessoas jurídicas, financeiras ou não, exceto oscontratos de mútuo referentes a operações de conta margem e de empréstimo de ações, celebrados nos termos daregulamentação em vigor. Art. 4º. O prazo de duração da Companhia é indeterminado. Capítulo II - Capital Social e Ações:Art. 5º. O capital social é de R$6.714.695,20, representado por 35.965.970 ações ordinárias nominativas, sem valornominal. § 1º. Cada ação ordinária confere ao seu titular o direito a um voto nas Assembléias Gerais. § 2º. Os certificadosde ações deverão ser assinados por 2 Diretores. Capítulo III - Administração: Art. 6º. A Cia. será administrada por umaDiretoria, na forma da lei e do presente Estatuto Social. Art. 7º. A remuneração da Diretoria será fixada pela Assembléia Geral.Art. 8º. Os Diretores eleitos serão investidos nos seus cargos mediante assinatura de termo de posse, permanecendo noexercício de suas funções até a posse de seus respectivos substitutos. A entrada dos Diretores no exercício das suas funçõesestará sujeita a homologação da respectiva investidura pelas autoridades competentes. Art. 9º. A Diretoria será compostapor no mínimo 2 e no máximo 5 Diretores, sendo 1 o Diretor Geral, 1 o Diretor Comercial e os outros 3 Diretores Executivos.Os Diretores substituir-se-ão, uns aos outros nas suas respectivas ausências temporárias. Em caso de ausência permanente,uma Assembléia de Acionistas deverá ser convocada para eleger o correspondente substituto. § Único. Os Diretores estarãodispensados de caução e serão eleitos pela Assembléia Geral para mandatos de 1 ano, permitida a reeleição. Art. 10. ADiretoria, observadas as disposições deste Estatuto e da legislação aplicável, terá poderes gerais para administrar e conduziros negócios da Cia. e decidir sobre a execução de atos e operações relacionados ao objeto social. § 1º. As competênciasdos Diretores serão as seguintes: a) Compete ao Diretor Geral, dentre outras competências: (i) dirigir e supervisionar asoperações da Companhia; (ii) administrar e reportar as finanças da Companhia às acionistas; (iii) representar a Companhiaem juízo ou fora dele, ativa e passivamente; (iv) convocar as Assembléias Gerais; e (v) outorgar procurações. b) Competeao Diretor Comercial: (i) coordenar e ser responsável pela supervisão da Ouvidoria da Companhia, bem como pelaobservância, nos termos da legislação aplicável, das normas legais e regulamentares relativas aos direitos do consumidor;(ii) implementar e acompanhar o cumprimento das medidas de prevenção e combate às atividades relacionadas com oscrimes previstos na Lei nº. 9.613 de 03 de março de 1998, nos termos da regulamentação em vigor; (iii) convocar asAssembléias Gerais na ausência do Diretor Geral; e (iv) realizar as demais atividades que lhe forem atribuídas no instrumentode sua nomeação. c) Compete aos Diretores Executivos, dentre outras competências: (i) buscar e gerenciar novos negóciosda Companhia; (ii) coordenar as suas respectivas equipes nos trabalhos necessários para atingir seus objetivos; e (iii)coordenar e ser responsáveis pelo departamento de recursos humanos; todo o acima em conformidade com o objeto socialda Cia. § 2º A Cia. será representada e obrigar-se-á, sujeita aos demais limites e condições deste Artigo: a) pelo Diretor Geralagindo isoladamente; b) pelo Diretor Comercial agindo em conjunto com um dos Diretores Executivos ou com um procuradorcom poderes específicos; c) por dois Diretores Executivos em conjunto; ou d) por dois procuradores em conjunto, sempre,contudo, no âmbito do respectivo mandato. § 3º. As seguintes matérias serão privativas da Diretoria: a) aprovar o planofinanceiro e orçamento anual da Cia.; b) propor à Assembléia Geral modificações no Estatuto Social; c) deliberar sobre acontratação e destituição de auditores independentes; d) aprovar as diretrizes para contratação de empregados; e) abrirou encerrar filiais, depósitos, escritórios de vendas, escritórios administrativos ou quaisquer outros estabelecimentos daCia.; f) cumprir e fazer cumprir as deliberações da Assembléia Geral; g) fixar a orientação geral dos negócios da Cia.; h)estabelecer funções e orientar os Diretores no exercício das suas atribuições; i) decidir sobre os assuntos não previstos nesteEstatuto e que não sejam de competência da Assembléia Geral; e j) eleger e destituir o Ouvidor. § 4º. A assinatura de chequese demais documentações financeiras emitidas pela Cia., bem como transferências eletrônicas de valores, deverão serrealizadas conjuntamente por 2 Diretores, ou por um deles em conjunto com um procurador com poderes específicos. § 5º.Nas ausências temporárias ou permanentes ou nos impedimentos do Diretor Geral, as procurações para representar a Cia.poderão ser assinadas pelo Diretor Comercial em conjunto com um Diretor Executivo, devendo constar a natureza daausência ou impedimento na correspondente procuração. Art. 11. As reuniões da Diretoria serão convocadas por qualquerum dos Diretores. As convocações serão feitas por escrito e entregues pessoalmente ou enviadas por fax ou e-mail com,no mínimo, 3 dias de antecedência à data da reunião. Independentemente do acima disposto, em caso de emergência,qualquer Diretor isoladamente poderá convocar uma reunião com 24 horas de antecedência. § Único. As reuniões daDiretoria serão presididas pelo Diretor Geral e na sua ausência pelo Diretor Comercial. Capítulo IV - Conselho Fiscal - Art.12.A Companhia terá um Conselho Fiscal composto de 03 membros e respectivos suplentes. O Conselho Fiscal terá as funçõesestabelecidas em lei. Art. 13. O Conselho Fiscal terá caráter não permanente e será instalado quando assim solicitado pelosacionistas, na forma prevista em lei. Capítulo V - Assembléias Gerais. Art. 14. As Assembléias Gerais Ordinárias serãorealizadas anualmente nos 4 meses seguintes ao final do exercício social. As Assembléias Gerais Extraordinárias serãorealizadas sempre que os interesses da Cia. o exigirem. § 1º. As Assembléias Gerais serão convocadas pelo Diretor Gerale, na sua ausência, pelo Diretor Comercial. § 2º. As Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias serão instaladas, emprimeira e segunda convocação, na forma prevista em lei. § 3º. As Assembléias Gerais serão presididas pelo Diretor Geralou pelo Diretor Comercial, quem nomeará um Secretário dentre os presentes na assembléia. § 4º. As deliberações dasAssembléias Gerais serão sempre tomadas por maioria absoluta de votos, ressalvadas as exceções previstas em lei. § 5º.Os seguintes atos dependerão de aprovação prévia da Assembléia Geral: 1. onerar, adquirir ou alienar participações da Cia.em negócios ou sociedades, firmas individuais ou em qualquer outro empreendimento; 2. prestar garantias em empréstimosou outras obrigações da Cia. ou de terceiros; 3. assinar contratos ou acordos de qualquer natureza, envolvendo valores iguaisou superiores a R$1.000.000,00 ou por prazo superior a 36 meses; 4. licenciar propriedade intelectual da Cia.; 5. concederou tomar empréstimos em valor superior a R$1.000.000,00; e 6. constituir, cindir, fusionar, incorporar, dissolver, liquidarou transformar sociedades subsidiárias. Capítulo VI - Ouvidoria - Art.15. A Ouvidoria terá a atribuição de assegurar a estritaobservância das normas legais e regulamentares relativas aos direitos do consumidor, bem como de atuar como canal decomunicação entre a Cia. e seus clientes e usuários de seus produtos e serviços, inclusive no que tange à mediação deconflitos. Caberá à Ouvidoria: a) receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento formal e adequado às reclamaçõese/ou sugestões dos clientes e usuários dos produtos e serviços da Cia., que não forem solucionadas pelo atendimento habitualrealizado por suas agências e quaisquer outros pontos de atendimento; b) prestar, com a maior brevidade, os esclarecimen-tos necessários e dar ciência aos reclamantes acerca do andamento de suas demandas e das correspondentes providênciasadotadas pela Cia., c) informar aos reclamantes o prazo previsto para a resposta final às reclamações e/ou sugestõesencaminhadas, o qual não poderá ultrapassar 15 dias, contados da data da protocolização da ocorrência; d) encaminharresposta conclusiva para a demanda dos reclamantes em prazo que não pode ultrapassar 15 dias; e) propor à Diretoriamedidas corretivas ou de aprimoramento de procedimentos e rotinas, em decorrência da análise das reclamações e/ousugestões recebidas; e f) elaborar e encaminhar à auditoria interna, ao comitê de auditoria, quando existente, e à Diretoria,ao final de cada semestre, relatório quantitativo e qualitativo acerca da atuação da Ouvidoria, contendo as proposiçõesmencionadas no item acima. § Único. A Cia., através da Diretoria e do Diretor Comercial, criará condições adequadas parao funcionamento da Ouvidoria, garantindo que a sua atuação ocorra de forma transparente, independente, imparcial e isenta.Para tanto, será assegurado à Ouvidoria acesso irrestrito a todas as informações necessárias para a elaboração de respostaadequada às reclamações recebidas, com total apoio administrativo, devendo a Diretoria fornecer informações edocumentos necessários para o exercício da atividade da Ouvidoria. Art.16. O Ouvidor, que exercerá função autônoma emrelação a qualquer outra área da Cia., será eleito pela Diretoria, para um período de 2 anos, sendo permitida a sua reeleição.§ Único. O Ouvidor será destituído através do mesmo procedimento estipulado para a sua eleição no caput deste artigo.Capítulo VII - Exercício Social, Demonstrações Financeiras e Dividendos. Art. 17. O exercício social encerrar-se-á em 31de dezembro de cada ano. Art. 18. Em 30/06 e 31/12 de cada exercício social, a Cia. levantará o balanço patrimonial e demaisdemonstrações financeiras exigidas por lei. O lucro então verificado terá a seguinte destinação: (a) 5% (cinco por cento) paraa reserva legal, até que esta atinja 20% (vinte por cento) do capital social; (b) pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) dolucro líquido, estipulado de acordo com o Art. 202 da Lei das Sociedades Anônimas, para pagamento do dividendo mínimoobrigatório aos acionistas; e (c) o saldo deverá ter a destinação deliberada pela Assembléia Geral, observada a legislaçãoaplicável. § 1º. A Cia. levantará também balanços semestrais para cumprir com a legislação aplicável, e ainda poderálevantar balanços intermediários a qualquer tempo para cumprir requisitos legais ou para fins de conveniência, inclusive parafins de distribuição antecipada de dividendos ou o pagamento e/ou crédito de juros às acionistas, a título de remuneraçãode capital próprio. § 2º. Nos exercícios sociais em que for distribuído o dividendo obrigatório, poderá ser, por deliberaçãoda AGO, distribuída aos Diretores participação no lucro do exercício até o teto legal permitido, a ser rateada entre os Diretoresde acordo com o que for deliberado pela Assembléia Geral. Capítulo VIII - Liquidação - Art. 19. A Companhia entrará emliquidação nos casos previstos em Lei ou por deliberação dos acionistas, competindo à Assembléia Geral determinar a formade liquidação e a nomeação do liquidante. Capítulo IX - Disposições Finais - Art. 20. A Companhia observará os acordosde acionistas arquivados na sua sede, quando existirem, sendo que os mesmos deverão ser apresentados ao Banco Centraldo Brasil logo após a sua celebração.Certifico que este documento foi registrado sob o nº e data estampados mecanicamente.Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

FDE AVISA:TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para execução de Obras:TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDOMÍNIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)69/00201/11/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE/ETEC Cap. Getúlio Lima/Alcídio de Souza Prado (ClDescentr) - Rua Vereador Omar Rocha, 174 - 14660-000 - Centro - Sales Oliveira/SP - 180 - R$ 72.462,00 -R$ 7.246,00 - 09:30 - 30/08/2011.69/00245/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Eng. Haroldo Guimarães Bastos - Rua Azarias de AzevedoMelo s/nº - 15620-000 - Centro - Macedônia/SP - 150 - 23,64 - R$ 53.186,00 - R$ 5.318,00 - 10:00 - 30/08/2011.70/00126/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares comFornecimento, Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Isabel Ferreira da Silva - Rua JoséBenedito dos Santos (Limão), 187 - 08738-260 - Vila Brasileira - Mogi das Cruzes/SP - 150 - 49,80 - R$47.925,00 - R$ 4.792,00 - 10:30 - 30/08/2011.70/00195/11/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Pe. José de Carvalho - Av. São Miguel, 1.888 - 03620-001 - VilaBuenos Aires - São Paulo/SP - 150 - R$ 47.366,00 - R$ 4.736,00 - 11:00 - 30/08/2011.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos eComposição do BDI, na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001- São Paulo/SP, ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 12/08/2011, na SEDE DA FDE, de segundaa sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão deLicitações da FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues,juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e agarantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutosantes da abertura da licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com odisposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA ODESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:CONCORRÊNCIAS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para execução de Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares comFornecimento, Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador:CONCORRÊNCIA Nº - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)69/00192/11/01 - EE Pe. Chico - Av. Cel. Manoel Antonio Domingues de Castro, 83 - 12130-000 - Centro - Lagoinha/SP - 300 - 402,45 - R$ 217.857,00 - R$ 21.785,00 - 09:30 - 14/09/2011.69/00258/11/01 - EE Paulo Delicio - Rua Pedro Dias Batista, 146 - CEP: 18770-000 - Centro - Águas de SantaBárbara-SP - 210 - 195,63 e EE José Penna - Rua 24 de Dezembro, 559 - CEP: 18740-000 - Bela Vista - Taquarituba-SP - 240 - 14,16 - R$ 163.338,00 - R$ 16.333,00 - 10:00 - 14/09/2011.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos eComposição do BDI na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001- São Paulo/SP, ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 12/08/2011, na SEDE DAFDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsávelde R$ 50,00 (cinquenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão deLicitações da FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues,juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos deHabilitação e a garantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI, na SEDE DAFDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com odisposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA ODESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

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FDE AVISA:TOMADA DE PREÇOS - TIPO TÉCNICA E PREÇO

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para execução de Elaboração de Projeto Executivo de Acessibilidade e Apresentação de PastaTécnica contemplando a documentação relativa ao Projeto Técnico de Segurança:TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - ÁREA (se houver) - PRAZO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)46/00315/11/02 - EE Prof. José Mazella - Rod. Oswaldo Cruz, KM-15 12010-970 Registro - Taubaté-SP - 90 (Elab. deProj.) / 180 (Pasta Técnica); EE/EMEF Francisco Ribeiro Soares Júnior - Rua Rio de Janeiro, 517 14570-000 - Centro -Buritizal-SP - 90 (Elab. de Proj.) / 180 (Pasta Técnica); EE Prof. Martinho Sylvio Bizutti - Rua Joaquina Angélica Ferreira,210 14540-000 - Sta. R. Paraíso - Igarapava-SP - 90 (Elab. de Proj.) / 180 (Pasta Técnica) - 11:00 - 14/09/2011.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital, na SEDE DA FDE, na Supervisão deLicitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, ou através da Internet pelo endereçoeletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 12/08/2011, na SEDE DA FDE, de segundaa sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais).Os invólucros contendo a Proposta Técnica, a Proposta Comercial e os documentos de Habilitação, deverão serentregues, juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos deHabilitação e a garantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até30 minutos antes da abertura da licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com odisposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA ODESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

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FDE AVISA:COMUNICADO

TOMADA DE PREÇOS - TIPO TÉCNICA E PREÇO Nº 46/00336/11/02 - Projeto Executivo de Estrutura, inclusive deFundações em Tubulão e Sapata para atender o Projeto Padrão FDE “Perobal”, com capacidade de 08, 10, 12, 14 e16 Salas de Aula e Blocos Isolados componíveis em Estrutura de Concreto Convencional.A Comissão Julgadora de Licitações comunica a nova data de entrega dos envelopes 1 (Proposta Técnica), envelope2 (Proposta Comercial) e envelope 3 (Documentos de Habilitação), que será dia 14/09/2011, às 10:30h. Asempresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações,na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, ou através da Internet pelo endereço eletrônicowww.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 12/08/2011,na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento nãoreembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Os invólucros contendo a Proposta Técnica, a Proposta Comercial eos documentos de Habilitação deverão ser entregues, juntamente com a Solicitação de Participação e a Declaraçãode Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDEDA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação.SOLICITAMOS ÀS EMPRESAS QUE JÁ ADQUIRIRAM ANTERIORMENTE O EDITAL QUE EFETUEM A TROCA PELAVERSÃO ATUALIZADA OU CONSULTEM PELO ENDEREÇO ELETRÔNICO (www.fde.sp.gov.br).

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Club Administradora de Cartões de Crédito S.A.CNPJ/MF nº 08.262.343/0001-36

COMUNICADOClub Administradora de Cartões de Crédito S.A., sociedade por ações de capital fechado, inscrita noCNPJ/MF sob o nº 08.262.343/0001-36, com sede na Alameda Tocantins, 280, Alphaville, Barueri - SP, CEP:06455-020, COMUNICA, para os devidos fins, que devido ao incêndio ocorrido nos dias 04 e 05 de julho de2011, nas dependências da empresa Interfile Gestão de Documentos e Processos Ltda., na cidade deJandira-SP, empresa com a qual mantém contrato de prestação de serviços de guarda e gestão de arquivo,foram destruídos pelo fogo os seguintes documentos de sua propriedade: contratos diversos, notas, livros edocumentos fiscais, documentos e livros contábeis, documentos trabalhistas e previdenciários, documentosfinanceiros, documentos diversos de cobrança e pagamentos, propostas de adesão do Cartão Marisa, bemcomo os serviços a ele vinculados - tais como seguros, documentos de inventário, documentos diversos deimportação, documentos jurídicos e administrativos, conhecimentos de transporte e documentos de logística,documentos e papéis diversos relativos a escrituração e sua atividade, do período compreendido entre os anosde 2002 a 2010, além de outros que possam ser apurados durante o trâmite do Inquérito Policial nº 316/11.

Empire Comercial Ltda. - CNPJ/MF nº 33.005.703/0001-61Comunicado

Empire Comercial Ltda., inscrita no CNPJ/MF sob o nº 33.005.703/0001-61, com sede na Avenidados Patos, 115 - Sala 67, Alphaville, Barueri - SP, CEP: 06429-120, COMUNICA, para os devidos fins,que devido ao incêndio ocorrido nos dias 04 e 05 de julho de 2011, nas dependências da empresaInterfile Gestão de Documentos e Processos Ltda., na cidade de Jandira-SP, empresa com aqual mantém contrato de prestação de serviços de guarda e gestão de arquivo, foram destruídos pelofogo os seguintes documentos de sua propriedade: documentos fiscais, documentos contábeis,documentos financeiros, documentos e papéis diversos relativos a escrituração e sua atividade, doperíodo compreendido entre os anos de 1997 a 2006, além de outros que possam ser apuradosdurante o trâmite do Inquérito Policial nº 316/11.

RECUPERAÇÃO JUDICIALReqte.: Ellos Construções e Revestimento Ltda. Reqdo.: Ellos Construções eRevestimento Ltda. R. Jandaia do Sul, 373 – Vila Guilhermina - 2ª V. deFalências.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,

foram ajuizados no dia 11 de agosto de 2011, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Menor preço pelo mesmoespaço, só no DCMaior coberturapelo menor preço

P U B L I C I D A D EFone: 11 3244-3344Fax: 11 3244-3894

www.dcomercio.com.br

Page 18: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 201118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

UM PASSEIO ELETRIZANTE

DCARRNº 379 A Nissan mexicana iniciou a produção

do March para o nosso mercado.Ele virá em outubro, com motores1.0 e 1.6 e a marca já está mostrandoo carro em 30 cidades brasileiras. Seráo primeiro "popular" japonês no Brasil.

FREEMONT

Chegou ograndalhão

da FiatNunca antes na história da Fiat ela deu seunome a um veículo de passeio tão grande

Fotos: Divulgação

Ele vai concorrer comHyundai IX35, HondaCRV e ChevroletCaptiva, entre outros

CHICOLELIS

AFiat precisava deum modelo gran-de, daqueles quefazem a cabeça dos

norte-americanos e hoje sus-piram por ele muitos consu-midores nesta terra descober-ta por Cabral. Como conse-guir isso se os "brutamontes"não estão no perfil italiano?

Além disso, a montadoraeuropeia também queria en-trar nos EUA, com seus mo-delos pequenos, especial-mente o 500 (Cinquecentoaqui e na Itália e Five Hun-dred no hemisfério norte),agora fabricado no México eque chegará ao Brasil emoutubro, por um preço, se-gundo se especula, abaixodos R$ 45 mil. A versãovendida aqui, polonesa,custava mais de R$ 70 mil.

Como a situação da in-dústria automobilísticanos EUA estava em baixa,após a crise de 2008, e, es-pecialmente a Chryslerandava "mal das pernas",a Fiat foi lá e assumiu ocontrole (53%) da norte-americana. Juntou a fomecom a vontade de comer,como diz o dito popular,e ainda vai, no futuropróximo, colocar seusmotores pequenos e po-tentes, com turbo, subs-tituindo os glutões V6 e V8 daChrysler. Os 1.4 e 1.9 turbo daFiat não deverão substituir100% dos beberrões norte-ame-ricanos mas, com o tempo, ga-nharão terreno por ofereceremboa potência, consumir e, prin-cipalmente, poluir muito me-nos que o "V-oitão" querido dosnorte-americanos.

O Freemont - "Meu nome éJourney Chrysler, mas no Brasilpode me chamar de FreemontFiat". Parodiando outro ditopopular, esta é um definição rá-pida do modelo que a Fiat estálançando esta semana no Bra-sil: é a versão "italiana" do Ch-rysler, com diferença entre osmotores e detalhes de decora-ção, internos e externos.

O carro que a Fiat trará parao Brasil virá com motor menorque a versão da montadora dosEUA. Ao invés do V6, terá o 2.4litros, DOHC, 16 válvulas, comcomando de válvulas variável(Dual VVT). O câmbio, auto-mático, tem quatro marchascom opção de mudanças se-

quenciais.Crianças vão adorar - Muitas

vezes colocar as crianças na "ca-deirinha" é um problema. Co-mo os adultos não usam, elastambém não querem usar (masseja inflexível, têm que usar por-que é bom para a saúde delas).No Fiat Freemont, há o sistemachild booster que, com a eleva-ção da parte central dos assen-tos, posiciona corretamentecrianças com idades entre qua-tro e sete anos e meio. Comple-tando, otimiza a geometria docinto de segurança, garantindoproteção e conforto. Assim, ospequenos não se sentem dife-rentes, coisa que os incomoda.

Também as mulheres vão seencantar com a posição de di-rigir mais elevada e com osmais de 20 porta-objetos. Oporta-malas leva até 2.301 li-tros de bagagens.

Como acontece com a maio-ria dos modelos atualizados, onovo Fiat carrega equipamen-tos de alta tecnologia, oferecen-do até seis air bags, sistema an-

tibloqueio de freios ABS, ESP esistema anticapotamento (ERM– Electronic Roll Mitigation).Tem também piloto automáticoe sistema de trava e ignição emque a chave não precisa ser usa-da, bastando o motorista seaproximar do carro para que asportas se abram e acionar o bo-tão "Power" para ligar o motor.

Se você leva motos, pran-chas, jet skys ou bikes, porexemplo, o sistema inteligentede controle de reboque (TSC -Trailer Sway Control) evita os-cilações perigosas.

C u s t a n d o R $ 8 1 . 9 0 0 eR$ 86.000 ele chega ao nossomercado com duas versões,respectivamente Emotion ePrecision, esta com lugar parasete ocupantes..

Grandalhão simpático -Co-mo o seu "irmão" da Chrysler, oJourney, o Freemont tem umdesign robusto, com sofistica-ção. A frente, como destaca aFiat, "está evidenciada por li-nhas modernas e musculosas,

que exaltam a personalidadeforte do modelo". Na traseira, amesma fórmula e lanternasiluminadas por LED.

Po dentro, toda a moderni-dade disponível nos diasatuais: sistema Uconnect™ demultimídia com tela de 4.3 po-legadas sensível ao toque. Emum único local controles de áu-dio (rádio/CD/MP3/USB eAUX In), telefonia, além deconfigurações de conforto, se-gurança e comodidade.

Opções - O ar-condicionadopode ser digital com duasáreas distintas de temperatura(versão Emotion) ou para trêsáreas distintas (na Precision).

Nesta, com controle no teto,podem ser escolhidas três tem-peraturas diferentes: uma pa-ra o motorista, outra para opassageiro e a terceira para osocupantes da segunda e tercei-ra fileiras de bancos. O motorde quatro cilindros, de 2.4 li-tros, com 16V e duplo coman-do de válvulas no cabeçoteDOHC com comando de vál-vulas do tipo Dual VVT ofere-ce potência máxima de 172 cv a6.000 rpm e torque máximo de22,4 kgfm a 4.500 rpm. Ospneus "calçam" rodas de ligaleve e aro de 16 polegadas(225/65 R16, Emotion); ou 17polegadas, com pneus 225/65

R17 (Precision).São três anos de garantia e os

compradores do Freemont fa-rão parte do programa de rela-cionamento da Fiat, o ClubeL'Unico com serviços de ven-das e pós-vendas e com bene-fícios exclusivos, como hospe-dagem e transporte alternati-vo para motorista e passagei-ros, entre outros. A Fiat prevê avenda de 1.500 unidades/mêsa partir de setembro. E crê nosucesso do Freemont, lançadoem maio na Europa. Naquelemês foram 3 mil unidades ven-didas e em que em julho estesnúmeros cresceram cerca de30%, com 4 mil vendas.

V O LT

UM PASSEIO ELETRIZANTEO elétrico da Chevrolet vai viajar pelo Brasil

Andar em um carro elé-trico causa uma sensa-ção estranha ao moto-

rista e demais ocupantes. Em pri-meiro lugar, ligado ou desligado,o barulho proveniente do seumotor é igual: nenhum. Depois,quando já em movimento, o quemais chama a atenção dentro doveículo é a barra que mostra acarga das baterias. Em seguida, osilêncio que permanece.

No Chevrolet Volt, fabricado evendido nos Estados Unidos, quea GM está expondo no Brasil (aempresa não tem planos paravendê-lo aqui), a autonomia dabateria é de aproximadamente 60quilômetros. Por exemplo, usan-do o Rodoanel e saindo de SãoCaetano, sede da GM no ABC, emdireção a Cotia, a barra logo abai-xa de 55 para 50 km no tráfego in-terno. No congestionado trânsitoda Raposo Tavares, em dia que ca-minhão despenca sobre a rodo-via, a carga logo se extingue, as-sim como diminui – e muito – aautonomia de um veículo flex, noanda e para no caminho de voltapara a Capital.

Quando se esgota a carga, ummotor 1.4 a gasolina entra emação, passando energia para abateria, que tem ligação diretacom as rodas de tração do auto-móvel. Então começa a se ouvir oruído do motor, como em qual-quer carro.

Para mostrar o Volt, a GM criouo programa "VoltExpeditionEnergias Renováveis", no qualjornalistas e convidados usarãocinco Chevrolet Volt, visitando

importantes universidades doPaís. A expedição vai passar porseis Estados: São Paulo, Rio Gran-de do Sul, Rio de Janeiro, MinasGerais e Pernambuco, além doDistrito Federal, em Brasília. Nasuniversidades destas localida-des, além de conhecer a tecnolo-gia Voltec do primeiro carro elé-trico de autonomia estendidaproduzido em escala no mundo,a comunidade acadêmica tam-bém terá a oportunidade decompartilhar pesquisas que es-tão sendo desenvolvidas no âm-

bito das energias renováveis.

O Volt - A GM lançou este seumodelo elétrico neste ano. Eletem o que a fábrica chama de "au-tonomia estendida", ou seja, omotor a combustão entra emação e permite continuar o per-curso, mesmo após o fim da carganas baterias. Um segmento intei-ramente novo no mercado auto-motivo global. O carro, segundo ofabricante, foi "projetado paraoferecer os benefícios de um veí-culo elétrico sem as limitações de

autonomia associadas a outrosveículos similares no mercado".

É híbrido? O fabricante res-ponde que, já que ele é traciona-do 100% eletricamente e já queo motor a gasolina não transmi-te força diretamente para as ro-das, apenas "reabastecendo" abateria, que deverá ser recarre-gada em uma tomada, ele não éhíbrido. No total, o Volt ofereceuma autonomia de 560 km, sen-do entre 40 e 80 km movido ex-clusivamente pela eletricidade.

A unidade elétrica de tração

150 traciona as rodas do Volt sem-pre. Sob o capô, e próximo ao mo-tor de combustão interna, um parde motores elétricos e a caixa decâmbio continuamente variável(CVT). Ele não possui engrena-gens escalonadas na unidade enão há ligação mecânica diretaentre o motor de combustão in-terna e as rodas. Resumindo, vocêroda cerca de 60 quilômetrosusando a carga das baterias, e,quando essa se esgota, entra emação o motor a gasolina, alimen-tando as baterias. Será sempre omotor elétrico que vai movimen-tar as rodas, seja com carga dasbaterias ou com estas alimenta-das pelo motor a explosão.

No interior da unidade de tra-ção, um ou ambos os motoreselétricos tracionam o veículocom base no desempenho e ve-locidade para otimizar a eficiên-cia. Um dos motores elétricosatua com função dupla, seja paraajudar a tracionar as rodas, oupara operar como um geradorpara manter o pacote da bateriaem seu nível mínimo. Para ga-rantir a durabilidade a longo pra-zo dos motores elétricos, o fluidoda transmissão é bombeado aoredor e através destas unidadespara lubrificar e manter a tempe-ratura baixa.

No transporte de cargas, e nasrotações mais altas, o segundomotor elétrico será ativado con-forme necessário.

O sistema de propulsão Voltecavalia o melhor ponto de eficiên-cia centenas de vezes por segun-do e sem descontinuidade faz a

comutação da operação de ummotor elétrico para dois moto-res elétricos para utilizar o míni-mo de energia possível e ao mes-mo tempo atender às necessida-des do motorista.

Na tomada – O procedimentode recarga do Volt é simples, e po-de ser executado usando toma-das elétricas residenciais de 120V,ou por meio de uma estação decarga de 240V.

O veículo é completamenterecarregado em aproximada-mente quatro horas utilizandotomada de 240V e em 10 a 12 ho-ras em tomada de 120V. Após aconexão do veículo, os proprie-tários podem programar as car-gas conforme o horário da parti-da ou horários de tarifas maisbaixas – nos Estados Unidos.Aqui isto ainda não é possível,em razão da nossa legislação,que não permite revenda daenergia pelas concessionárias.

No interior, bom espaço paraquatro pessoas, duas telas deLCD de sete polegadas e alta re-solução: uma é o visor gráficoque trabalha como painel deinstrumentos, a outra, no con-sole central, inclui visor comto u c h s c re e n .

A suspensão tem sistema Mc-Pherson na dianteira e semi-in-dependente na traseira. O siste-ma de freio é regenerativo ele-tro-hidráulico, que capta ener-gia durante as desacelerações,recarregando a bateria. No que-sito desempenho, ele faz de 0 a100 km/h em 9s.

Ricardo Caruso e chicolelis

Page 19: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 2011 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

S E RT Õ E S

Mudanças dão resistênciae velocidade aos pesados da prova

Goiás, Tocant ins,Maranhão, Piauí eCeará estão rece-bendo a 19ª edição

Rally dos Sertões, principalcompetição off road do Brasil,iniciado anteontem em Goiâ-nia e que terminará 4.026 kmdepois, na próxima sexta-feira(dia 19), em Fortaleza.

A Mercedes-Benz levou umgrupo de jornalistas do setor pa-ra conhecer de perto os mode-los Atego 1725 4x4 utilizados

por duas tradicionais equipes"candidatíssimas" a conquistaro primeiro lugar na categoria. Ofavoritismo deve-se ao passadorecente de títulos conquistados,sete entre nove, já que a marcada estrela começou a participarda prova em 2002. O caminhãoda Mercedes é utilizado pelaSalvini Racing (piloto Guido Sal-vini, navegador Flavio Bisi e co-piloto Fernando Chweigert),vencedora do Rally dos Sertõescom a Mercedes-Benz em

2003, 2006, 2007 e 2009, e pelaPetrobras Lubrax (piloto AndréAzevedo e navegador MaykelJusto), que obteve vitórias em2002, 2004 e 2008.

Para sobreviver aos rígidosobstáculos da prova, como ter-ra, areia, lama, poeira, pedra,rios e elevadas temperaturas,os modelos comuns sofrem al-

terações para que as equipessejam mais competitivas.

O Atego 1725 4x4 da SalviniRacing recebeu novos batenteshidráulicos na suspensão dian-teira e amortecedores de com-petição, com melhor absorção,na suspensão traseira. O mode-lo da Petrobras Lubrax, além denovos amortecedores na trasei-ra, teve o câmbio reforçado – oGO-210, usado em veículos pe-sados com motor de 12 litros.Como o do Atego é de 7 litros,esta solução proporciona maiortorque de saída e melhor rela-ção entre as marchas.

Apesar do peso ser "alivia-do" com a retirada de equipa-mentos e peças desnecessá-rias numa competição, o Ate-go, que sai de fábrica com 6,2toneladas, vai para a provacom pouco mais de 7 tonela-das, com o peso extra da gaiolade proteção, tanque de com-bustível para 500 litros de die-sel, entre outros apetrechos in-d i s p e n s á ve i s.

Outras mudanças são feitas

nos modelos, como a embrea-gem, normalmente de cerâmi-ca, que tem de casar com a po-tência do motor 7.2 litros de seiscilindros que gera 400 cv de po-tência e 183,5 kgfm de torquemáximo e leva o veículo a velo-cidades entre 170 e 180 km/h.Com o mesmo diesel dos cami-nhões normais, o de competi-ção tem consumo médio entre1,2 e 1,5 km/litro na areia e entre2,5 e 4 km/litro na terra. Outra di-ferença em relação aos mode-

los de rua está na condução.Durante a prova, a tração 4X4 fi-ca sempre acionada, mesmoem altas velocidades.

Segundo as equipes, o valordo Atego 1725 4x4, cedido co-mo comodato pela montadorapara os competidores, é depouco mais de R$ 240 mil, mascom o acréscimo de cerca deR$ 30 mil para estarem prontospara a prova. Agora, o valor damanutenção, nenhum deles searriscou a dizer.

DCARR

OSCA M I N H Õ E SNO RA L LY

Page 20: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 201120 DIÁRIO DO COMÉRCIO

turismo

NAS VINHAS DA CONCHA Y TOROA visita à famosa vinícola chilena,

a apenas 27 quilômetros ao sul de Santiago,é recheada de lendas e histórias.

Fotos: Rejane Tamoto

Divulgação

Na fazenda centenária no sopé da Cordilheira dos Andes, o visitante caminha entre as vinhas, vê as adegase faz degustação de vinhos, incluindo exemplares com a uva carmenère, uma das principais do país.

Para espantarladrões, Don

MelchorConcha y Torocriou a lenda

sobre umdiabo em umadas adegas.

A Casillero DelDiablo (à dir.)dá nome a um

dos rótulosmais famosos.Depois do tour,a loja (abaixo)tem até creme

de uva.

Mansão colonial eraresidência de verão dafamília que fundou agigante produtora.

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Rejane Tamoto

Opasseio a uma viní-cola pode oferecermuito mais do quea degustação dos

principais rótulos de uma mar-ca. Na fazenda da Concha y To-ro, localizada em Pirque, umapequena cidade a 27 quilôme-tros ao sul de Santiago, no Chi-le, o visitante vai ouvir histó-rias e lendas centenárias quetornam a visita uma experiên-cia enriquecedora e,por que não, diver-tida. Situada noValle Del Mai-po, região nosopé da Cordi-lheira dos An-des, a fazendaguarda peque-nas surpresas lo-g o n a e n t r a d a ,com animais cruzandoos jardins. A partir do jardimprincipal, há uma bela vista deum lago rodeado por árvoresde diferentes partes do mun-do, inclusive araucárias.

A primeira parada para asfotos é em frente à mansão co-lonial com colunas em estiloitaliano, que era residência deverão da família que fundouuma das maiores empresasprodutoras e exportadoras devinhos da América Latina. Amansão pertencia a Don Mel-chor Concha y Toro, influentepolítico e empresário chileno,que trouxe as primeiras cepasnobres de videiras de Bor-deaux, na França, em 1883. Aoplantá-las no Valle Del Maipo,de clima mediterrâneo e deboa drenagem, as videirasprosperaram e, até hoje, en-chem os olhos dos turistas.

Depois de uma breve cami-nhada entre vinhas vem o mo-mento mais esperado do pas-seio: a primeira degustação.Em taças que são entregues pe-lo guia – um brinde para recor-dar a experiência depois –, o vi-sitante pode degustar o carme-nère Gran Reserva Série Ribe-ras, um vinho concentrado,com taninos suaves e doces enotas de ameixas, chocolate e

pimenta. É importantelembrar que cada

passeio pode in-cluir a degusta-ção de um ró-tulo diferente.

D i a b o –Don Melchor

Concha y Torodeu início a um

empreendim entoque se profissionali-

zou e expandiu no último sé-culo. Mas além deste legado,deixou uma lenda que perma-nece viva graças à curiosida-de dos visitantes que vão à fa-zenda: a da presença de umdiabo em uma de suas adegas.Católico, Don Melchor criou ahistória e fez questão de espa-lhá-la para afugentar os la-drões que furtavam as melho-res garrafas de cada safra.

A adega de tijolinhos, escurae trancada por grade, que ain-da guarda os vinhos preciososda empresa, ficou conhecidacomo o Casillero Del Diablo,nome também de um dos rótu-los mais famosos da Concha yToro. A história mexe com aimaginação dos turistas, quepassam alguns minutos no es-curo escutando a divertida his-tória e, no final, conseguem

ver, através das grades, a som-bra do diabo.

Depois de um encontro como “capeta”, o passeio dá direi-to à degustação de um vinhotradicional, o cabernet sau-vignon Marques de Casa Con-cha, rótulo que leva esse nomedesde 1976 em homenagem aotítulo conquistado pela famí-lia séculos antes. A bebida temtoques de groselha, cedro, bla-ckberry tar, é concentrada ecom taninos firmes. A degus-tação é bom desfecho da visitaà Concha y Toro, mas pode setornar um convite para a de-gustação de vinhos ainda

mais requintados no wine bar,que também serve queijos. Ovisitante que faz essa opçãovai pagar um valor extra, maspode aprender a escolher en-tre os diferentes tipos de vi-nhos, com a orientação de umsommelier. De qualquer for-ma, todo o passeio é uma ins-piração para as compras na lo-ja da marca, que oferece des-contos especiais e tem souve-nirs diferentes, como o cremeou o sabonete de uva. Umbrinde e boa viagem!

O VALLEDEL MAIPO

Aregião do Valle Del Maipo fica àsmargens do Rio Maipo e abriga amaioria das vinícolas tradicionais do

Chile, algumas delas com caves do século XIX.Os vinhedos estão espalhados por toda aregião, desde o sopé da Cordilheira dos Andesaté o planalto central, e resultam nosmelhores cabernet sauvignons do Chile. Tudoisso graças ao clima mediterrâneo bom, comestações definidas e de pouca chuva durantea colheita das uvas. Além de Concha y Toro, háCousiño Macul e Undurraga, que são vinícolastradicionais sugeridas pelos guias turísticos.

Mas o visitante tem a opção de conheceroutras como Aquitania, Haras de Pirque, PerezCruz, Santa Carolina e Santa Rita. Algumasdelas são mais distantes e chegam a 80 km dacapital chilena.

Uma curiosidade do Valle Del Maipo é que aregião foi o lugar da redescoberta da uvacarmenère. Na Concha y Toro, esta variedade foiredescoberta na década de 90 depois de ter sidoconfundida com merlot por mais de um século.O vinho carmenère se tornou um dos principaisdo Chile após estudos sobre seu adequadocultivo, que exige boas áreas para o plantio.Durante as visitas guiadas é possível aprendersobre a história de cada empresa, as diferençasentre os tonéis de carvalho usados e, o melhor,degustar e perceber a variedade de rótulos bonsque esta região do país oferece. (RT )

RAIO XCOMO CHEGARConcha y Toro: Virginia Subrecaseaux,210, Pirque, tels. (56-2) 476-5269 e 476-5680, www.conchaytoro.com.São 27 km a partir de Santiago. Para chegarlá, de táxi, a partir do centro de Santiago, aviagem dura 45 minutos. Outra opção épegar um ônibus que sai da Plaza dePuente Alto. Ingresso para o tour de umahora e mais duas degustações sai a cercade US$ 17. De segunda a domingo, das 10hàs 17h. Faça reserva na alta temporada (emjunho e julho).Pacote: a TurisTour (tel. 56-2/ 488-0444,e-mail [email protected],www.turistour.cl) organiza uma excursãopela região do Valle Del Maipo. O passeiode quatro a cinco horas, com visita àConcha y Toro e à Undurraga ou à CousiñoMacul, custa US$ 72 por pessoa, comdegustação em uma das duas vinícolas.Tour pela Concha y Toro dura uma hora e inclui duas degustações.

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OS SENTIDOS DO VINHOO DC Boa Viagem visitou algumas dasregiões vinícolas mais fascinantesdo mundo. Esta é a segunda reportagemde uma série. Confira às sextas-feiras!

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

O espetáculo, que pode ser visto noTeatro Bradesco a partir de domingo(14), é o destaque de uma semana emque a agenda teatral está surpreenden-

temente agitada. Tambémentram em cartaz Murro emPonta de Faca, um clássico dedcultura

TEATRO AQUECIDODepois de fazer sucesso nas telas, naprodução de 1987 estrelada por JackNicholson, Michelle Pfeiffer e Cher, AsBruxas de Eastwick chega aos palcosnuma versão musical repleta de efeitosespeciais – entre eles, chuva, fogo, levi-tação e voo dos atores sobre a plateia.

Augusto Boal que conta com a direçãode Paulo José, Cartas de Amor Para Stá-lin, que traz Bete Coelho vivendo umahistória real da época do comunismo rus-so, e Circuito Ordinário, peça de tom po-lítico com Denise Del Vecchio na pele deuma informante a serviço do governo.

As bruxas dançam, cantam, dão sustos, divertem-se. E agitam a platéia.

O tédiodas

bruxas.Uma

pândega.

Sérgio Roveri

Embora játenha sidovisto emquatro países

(EUA, Rússia, Austrália eRepública Checa), omusical As Bruxas deEastwick (foto) chegaao Brasil com algumasparticularidades quegarantem um ar deineditismo aoespetáculo. Amontagem que entraem cartaz nestedomingo (14), noTeatro Bradesco, nãoreproduz nem osfigurinos nem ocenário das versõesestrangeiras. O texto eas canções tambémpassaram por umarepaginação nacionale, segundo oadaptador e tradutorCláudio Botelho,algumas músicascomp ostasoriginalmente para oespetáculo, e queficaram de fora dasm o nt a g e n sinternacionais, serãorecuperadas para atemporada brasileira.

O musical, assimcomo o filme de 1987estrelado por JackNicholson, Cher, SusanSarandon e MichellePfeiffer, é inspirado nolivro As Bruxas deEast wick, publicado em1984 pelo escritoramericano JohnUpdike (1932-2009). É ahistória de três amigas -Alexandra (vivida pelaatriz Maria ClaraGueiros), Jane (SabrinaKorgut) e Sukie (RenataRicci) - que não tolerammais a vida maçante dapacata cidade deEastwick. A rotina dasmulheres torna-semuito maisapimentada após achegada de umhomem tão sedutorquanto misterioso,Darryl Van Horne(papel de EduardoGalvão), que irá seenvolver com as três.As diabruraspromovidas peloquarteto vão deixar osm o ra d o re sescandalizados. Até oponto em que as trêsmulheres irão se darconta de que a vidapoderia ser melhor sema presença de Horne.

Além da narrativadinâmica e engraçada,o público irá se deliciarcom a enxurrada deefeitos especiais que omusical de 26 atores ebailarinos promete,entre eles números delevitação, voos doelenco sobre a plateia,chuva e incêndiosco nv i n ce nte s.

As Bruxas deEast wick.

Domingo (14).

Teatro Bradesco.

Bourbon Shopping

São Paulo. Rua

Turiassu, 2100. Tel.:

4003-5588. Quinta

e sexta. 21h.

Sábado. 17h e 21h.

Domingo. 16h e

20h. R$ 10 a R$ 190.

As diabruras das bruxas agora recheiamum musical cheio de invenções.

Claudio Botelho, adaptador

Escrita por Augusto Boal em 1971, a peça Murro em Ponta de Faca, um clássicodo teatro brasileiro contemporâneo, pode ser vista ainda hoje como um dosmais fidedignos retratos da realidade dos exilados políticos do Brasil e da

América Latina. Quatro décadas depois, é inevitável constatar um certo envelhe-cimento na temática central do espetáculo, mas a dimensão humana dos perso-nagens criados por Boal ainda é de uma impressionante atualidade. A montagemde Murro em Ponta de Faca que entra em cartaz nesta sexta (12) leva a assinatura dePaulo José – que já havia dirigido o mesmo texto em 1978, numa montagem his-tórica que trazia no elenco, entre outros, os atores Renato Borghi, Othon Bastos eMarta Overbeck. A peça volta aos palcos em sua versão original, sem cortes ouadaptações no texto.

Murro em Ponta de Faca mostra a migração forçada de três casais brasileiros declasses sociais e ideologias distintas. O que une as duplas de intelectuais, operáriose burgueses é o fato de terem sido obrigadas a deixar o País em busca de exílio naFrança, Argentina e Chile. Durante algum tempo, os casais não encontram outrasaída a não ser a de compartilhar do mesmo espaço físico, um dado determinantepara que um arsenal de conflitos venha à tona. Embora seja fiel à realidade histór icada América Latina nos anos de 1970, a peça procura expandir a questão do exílio,mostrando que desde tempos imemoriais o ser humano se viu levado, por dife-rentes motivos, a abandonar o lugar em que nasceu.

Segundo Paulo José, mais do que nunca estamos vendo milhares de pessoasvagando pelo mundo sem pátria, sem porto e sem identidade. Claro que num con-texto diferente daquele retratado pela peça, concorda o diretor, mas isso não fazestas pessoas serem menos exiladas do que as seis mostradas no texto.

Murro em Ponta de Faca. Sexta (12). Sala 1 do Sesc Belenzinho. Rua Padre

Adelino, 1000. Tel.: 2076-9700. Sexta e sábado. 21h30. Domingo. 18h30. R$ 24.

Clássico brasileiro

Os personagens não carregam nomes próprios. São conhecidos apenas porcomissário e informante. O país e a época não são conhecidos – o que per-mite supor que o diálogo entre eles poderia se dar em qualquer lugar e a

qualquer tempo. O cenário é uma sala impessoal, insípida, ocupada apenas por duascadeiras e uma escrivaninha. Com esta escassez de recursos, o jornalista e drama -turgo francês Jean-Claude Carrière construiu um feérico jogo de gato e rato na peçaCircuito Ordinário, que estreia nesta sexta (12), no Teatro Anhembi Morumbi. Dirigi-dos por Otávio Martins, os atores Denise Del Vecchio (informante) e Henrique Ben-jamin (comissário) travam, ao longo de uma hora, um incansável pingue-pongue ver-bal em que o público, na maior parte das vezes, se verá impossibilitado de dizer qualdos dois é o dono da verdade. Mais que isso: se existe alguma verdade em jogo.

A informante foi chamada à sala do comissário porque, nos últimos tempos,cresceu de maneira inédita a quantidade de denúncias contra ela. No início dointerrogatório, ela afirma ter sido a autora das tais denúncias, como forma deconvencer as pessoas a quem ela deve espionar de que ela própria também estásendo vítima de perseguições. Com isso, ganharia a confiança de suas vítimas eteria acesso liberado ao segredo delas. As reviravoltas no texto são tão intensasque, em dado momento, o próprio comissário acredita estar sendo espionado.Para a atriz Denise Del Vecchio, Circuito Ordinário é o retrato de um mundo emque a privacidade desapareceu. (SR)

Circuito Ordinário. Sexta (12). Teatro Anhembi Morumbi. Rua Doutor Almeida Lima,1134. Tel.: 2872-1457. Sexta. 21h30. Sábado. 21h. Domingo. 19h. R$ 20 a R$ 40.

Feroz jogo de gato e rato

Circuito Ordinário(acima); Cartas deAmor para Stálin

(centro) e Murro emPonta de Faca.

To r v e l i n h o sda censura

E scrita pelo dramaturgo espanholJuan Mayorga, a peça Cartas deAmor Para Stálin, que entra em car-

taz neste sábado (13), tem como ponto departida um fato aparentemente verídico.Cansado de ver suas obras proibidas pelacensura do regime soviético, o escritor rus-so Mikhail Bulgákov (1891-1940), autor doclássico O Mestre e Margarida, enviou aoditador Josef Stálin uma carta em que ro-gava pela liberação de seus escritos. Stálin,que não escondia sua admiração pelos li-vros e peças de Bulgákov, teria então tele-fonado para o escritor. A ligação, no entan-to, caiu nos primeiros minutos de conversae nunca mais foi restabelecida.

O que veio a seguir, ou seja, as tentativasobcecadas e neuróticas por parte de Bulga-kóv em retomar as negociações com Stálin,é o recheio da peça que até agora permane-cia inédita no Brasil. "O texto não se limitaaos fatos políticos que dão sustentação àtrama", diz a atriz Bete Coelho, responsávelpor dois personagens em cena, a mulher doescritor, Yelena, e o próprio Stalin, que surgenos momentos de delírio do intelectual. "Apeça fala sobre a liberdade de criação e a re-lação entre os artistas e os poderosos. Esta éuma questão que independe do tempo e dageografia. Diz respeito a todos os países, emtodos os momentos da história".

A censura do regime soviético sobre a pro-dução de Bulgákov, que também era médico,começou em 1926. Até sua morte, ocorridaem 1940 por falência renal, ele não conse-guiu publicar uma única linha. A produção deBulgákov sairia do ostracismo somente nadécada de 1980, com a chegada de Gorba-chev ao poder. O espetáculo, dirigido peloencenador baiano Paulo Dourado, concen-tra-se nos anos em que o intelectual viveu re-cluso em casa, de onde escrevia incansavel-mente para Stálin. A falta de respostas mer-gulhou o escritor num estado de alucinaçãoem que ele confundia o ditador com um ca-loroso companheiro de lutas.

No papel de Bulgákov está o ator RicardoBittencourt, que Bete Coelho dirigiu no mo-nólogo O Homem da Tarja Preta. O texto foitraduzido e adaptado pelo jornalista e escri-tor Manuel da Costa Pinto.

Cartas de Amor Para Stálin. Sábado

(13). Teatro do Sesc Santana. Avenida

Luis Dumont Villares, 579. Santana.

Tel.: 2971-8700. Sexta e sábado. 21h.

Domingo. 18h. R$ 20.

Rafael Koch Rossi

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sexta-feira, 12 de agosto de 201122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Antoine de Baeque: Cinefilia.

F rançois Truffaut (1932-1984)fugia de casa para ir aocinema. Sem dinheiro para o

ingresso, entrava na sessão pelaporta dos fundos. Essa e outraspequenas malandragenspraticadas pelo jovem francêsestão no filme autobiográfico OsI n co m p re e n d i d o s (Les quatre centsco u p s ), de 1959, pelo qual ocineasta ganhou o prêmio dedireção no Festival de Cinema deCannes. No mesmo ano, Jean-LucGodard (1930) fazia Acossado (ÀBout de Souffle), cujo roteiro foibaseado em uma história escritapor Truffaut, que por sua vez aconcebeu usando artigosrecortados de jornal.

Antes de tomarem as rédeas dascâmeras, eram ambos críticos decinema da revista Cahiers duCi n é m a , então dirigida por AndréBazin. Os dois jovens, juntamentecom Claude Chabrol, JacquesRivette, e outros, iniciaram anouvelle vague, movimento quetinha por objetivo fazer cinemaautoral, diferente daquele quevinha sendo praticado. Filmesgenais surgiram na época. Grandeparte sem sucesso de bilheteria,hoje são cultuados nascinematecas, como o próprio

Aco s s a d o , um fracasso de públicoquando lançado.

As origens, detalhes, diálogos eimagens inéditas que ilustram arelação com os atores (como opasseio de Truffaut com Jean-Pierre Leáud, seu alter ego, porCannes) estão no documentárioGodard, Truffaut e a Nouvelle Vague,que sai agora em formato DVD pelaImovision. O roteiro do filme foiescrito por Antoine deBaeque, tambémcolaborador da Ca h i e r s(de 1984 1997), quepassou anos reunindofotos, artigos edepoimentos sobre osdois diretores. "Truffautintuía a realidade da cena",afirma Leáud.

No material extra doDVD está o curta Uma HistóriaD’Água (1961), dirigido emcolaboração pelos dois cineastas.Com duração de 11 minutos,mostra um casal atravessandoalagamentos na tentativa dechegar a Paris. Leve e engraçado,vamos seguindo a saga do rapaz eda moça, que calçam botas, sobemem muros, ora vão de carro, ora apé. O argumento foi baseado na

inundação real, ocorrida em 1958,nos arredores da capital francesa."Truffaut captou as imagens edeixou na gaveta. A coisa ficouparada até Godard ver e decidirmontar. Então incluíram essesdiálogos nonsense divertidos e ocurta tomou seu formato", relataDe Baeque, que esteve em SãoPaulo na semana passada para

lançamento de seu livroCi n e f i l i a ( Co s a c Na i f y ) .

Na obra, o autordiscute como ocorre aformação do público, apro duçãocinematográfica atual eo que as pessoasesperam ver na telagrande. "O cinema exigeque se fale dele",

postula. Começamodesto, sem pretensões. "Ahistória do cinema foi feita semmim. Não tive que construirreputações desprezadas nem criargêneros desconhecidos". Depoissegue defendendo suas tesesembasadas por citações de trechosde artigos publicados na Ca h i e r s eoutras revistas, pelos mestresfranceses que os hoje chamados"cinéfilos" adoram amar ou pelomenos amam odiar.

De Baeque também descreveepisódios ocorridos com algunsdaqueles críticos que cinema quevirariam cineastas, na França dosanos de 1960, como o fascíciocoletivo por Harriet Andersson,protagonista, em 1952, de Mônica eo Desejo, dirigido por IngmarBergman. "Eles descobriam,maravilhados, que Bergman tinhaentendido melhor do ninguémcomo mostrar uma mulher: seusolhos, sua boca, seus contornos.Ficaram maravilhados", conta.Outra admiração quecompartilhavam era por AlfredHitchcock. O cineasta maistalentoso de todos os tempos,segundo Godard e Truffaut. (LHC)

Super 8, de J.J.Abrams, traz Elle Fanning em ótimo elenco infantil para contar história de estranho fenômeno ocorrido nos EUA em 1979.dcultura

GAROTOS, ZUMBIS E UM MISTÉRIO.Lúcia Helena de Camargo

"Truffaut intuía arealidade da cena", dizJean-Pierre Leáud, seu

alter ego nas telas.

Entre os extras do DVD está ocurta Uma História D’Água, deTruffaut e Godard, sobre uma

inundação perto de Paris.

Acossado, de Jean-Luc Godard,hoje considerado cult,

foi um fracasso de públicoquando lançado, em 1959.

Não tive que construirreputações desprezadas nemcriar gêneros desconhecidos",

diz Antoine De Baeque.

Cinefilia mostra o fascíciodos franceses pela atriz deMônica e o Desejo, dirigido

por Ingmar Bergman.

No documentário:como os críticos da Cahiers

du Cinéma inventaramuma nova forma de filmar.

OS CRIADORES DA NOUVELLE VAGUE

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S teven Spielberg ésomente o produtor deSuper 8, que chega nestasexta (12) aos cinemas.

Mas o estilo do diretor de E. T. - OEx traterrestre e Contatos Imediatosdo Terceiro Grau está em cadafotograma do filme, dirigido por J.J.Abrams. O longa mistura aventura,drama e ficção científica.

Abrams, que possui experiênciacom longas sobre fenômenosestranhos (Cloverfield - Monstro) eséries do mesmo naipe, como Lo s t ,comandou também Star Trek. Elepróprio escreveu o roteiro de Sup er8, ambientando a trama em 1979,em plena Guerra Fria, para contar a

história de um grupo de criançasque roda um filme sobre zumbis,no formato super 8, na pequenacidade americana de Lillian, noestado de Ohio.

Por acaso os jovens presenciamum catastrófico acidente de trem.O mistério começa quando sepercebe que o descomunal nívelde destruição é incompatível com acausa do desastre: uma picape quese chocara contra a locomotiva. Osefeitos especiais não deixam adesejar nessas cenas. Vagões seestatelam uns contra os outros, sãolançados para o ar e rasgadoscomo se fossem latas de atum.

Por motivos que o espectador

rapidamente saberá, os meninosprecisam guardar segredo sobre oque viram. Desse modo, não serãotomados como testemunhas nainvestigação que vai incorporar apolícia local e força aérea.

Curiosamente, na direção doveículo causador da tragédia estavao professor de alguns dos garotos,entre eles Joe Lamb, o protagonista,encarnado por Joel Courtney. E deAlice Dainard, vivida por ElleFanning. Ao que tudo indica, otalento para atuar corre no sangueda família. A irmã mais nova daótima Dakota Fanning dá show edeixa muita atriz veterana nochinelo. Conseguiu-se, aliás, reunir

um grupo de meninos decompetência bem acima da média.Outra marca de Spielberg – quecostuma arrancar interpretaçõesexcelentes de elencos mirins – aquiherdada por seu discípulo Abrams.Além da dupla principal, destaqueainda para Riley Griffiths comoCharles Kaznyk, o gordinho mandãoque dirige o filmete sobre zumbis. Eo dentuço Ryan Lee, como Carey,que carrega consigo todo o tempoum arsenal de bombinhas, para aeventualidade de precisar explodiralguma coisa. E ele sempre achaque algo tem que ser explodido...

Os adultos em Super 8 sãocoadjuvantes. O pai de Joe é o

policial Jackson Lamb, interpretadopor Kyle Chandler, conhecido pelotrabalho na série Early Edition(como Gary Hobson, que recebia ojornal do dia seguinte, em Chicago,com a ajuda de um gato amarelo) erecentemente pela atuação emFriday Night Lights, como treinadorde um time colegial de futebolamericano. Há ainda Ron Eldard,como Louis Dainard, o bêbado eirresponsável pai de Alice.

Como em E. T. O Extraterrestre, opessoal do governo figura comovilão. Os agentes escondemprovas, deturpam informações,agem na surdina e só divulgam aopúblico a versão mais conveniente

para eles. A União Soviética,naqueles anos inimiga número umdos EUA, é naturalmente aprincipal suspeita de ser acausadora do problema.

Embora soe meio piegasquando bate na tecla doenaltecimento dos valoresfamiliares, Super 8 tem ritmo paracativar até o final. E quando estechegar, espere os créditos. Asequência exibida é divertida.

Super 8 (EUA, 2011, 112minutos) Direção J.J. Abrams.Com Elle Fanning, KyleChandler, Joe Courtney, RyanLee, Gabriel Basso, Zach Mills.

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Jean-Luc Godard (de óculos) e François Truffaut: admiração por Bergman e Hitchcock.

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011 23DIÁRIO DO COMÉRCIO

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AO SOM DE TANGO ARGENTINO. E DE MPB.

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Neste final de semanado Dia dos Pais,estreia um filme quefala da relação entre

pai e filho ao longo dos séculos,desde o surgimento do universoaté o fim dos tempos: A Árvore daVi d a (Tree of Life, Estados Unidos,2011, 138 minutos). Com direçãode Terrence Malick e com Brad Pitte Sean Penn no elenco, o filme foi ovencedor da Palma de Ouro noFestival de Cannes este ano. Olonga discorre sobre osrelacionamentos humanos demaneira lenta, com imagens queprecisam ser interpretadas a cadanova sequência. O longa vemsendo chamado de "sensorial", porexibir imagens que apelam aossentidos e não incluir muitos

diálogos. O foco é a trajetória deuma família americana no interiordo Texas. Inclui imagens do cosmose dinossauros. Malick, que dirigiuAlém da Linha Vermelha (1998),demorou mais de dois anos paramontar A Árvore da Vida.

Gosta de um te r ri r (terror pararir)? Vá de Dylan Dog e as Criaturasda Noite (Dylan Dog: Dead of NightEUA, 2010), outra estreia destasexta (12). O filme de Kevin Munroeé baseado nos quadrinhos deTiziano Sclavi. Conta as aventurasdo detetive especializado emcasos sobrenaturais.

Para quem prefere um suspenseclássico, a boa pedida é oCineclube 16 Mm: Ciclo Suspense,da Biblioteca Pública RobertoSantos (Rua Cisplatina, 505,

Ipiranga. Tel.: 2273-2390). Comingresso gratuito, exibe, nestesábado (13), às 19h, o filmeAnatomia de Um Crime (Anatomy ofa Murder, EUA, 1959, 160 minutos),dirigido por Otto Preminger. ComJames Stewart e Ben Gazzara,mostra o julgamento de umhomem acusado de assassinato,quando a defesa começa asuspeitar da ligação da mulher delecom o morto. No domingo (14), às16h, o destaque fica com Noites deCa b í ri a (Le Notti di Cabiria,Itália/França, 1957, 113 minutos).Com Giulietta Masina, AmedeoNazzari e Franca Marzi, esse filmedirigido por de Federido Felliniconta a história da prostitutaingênua que sofre constantesdesilusões amorosas. (LHC)

Filhos e pais. Desde sempre.Brad Pitt em A Árvore da Vida: relacionamento entre pai e filho da origem do universo até o fim.

Imagem Filmes/Divulgação

VIS

UA

ISA té o próximo dia 28, o Museu Brasileiro de Escultura reúnemoda e artes visuais no mesmo espaço. A união perfeitapode ser vista pelo público na exposição USA natomy, in-tegrante do projeto Iguatemi Photo Series. A iniciativa já

apresentou as mostras Heaven to Hell - Belezas e Desastres, de David La-Chapelle (2008), Chop off Their Heads de Rankin (2009), A Message ForYo u , de Guy Bourdin (2009) e Journey of a Dress, de Diane Von Fursten-berg (2010).

Dessa vez, quem ocupa o museu é o fotógrafo americano StevenKlein. Seu trabalho pode ser visto em 87 imagens, que exibem um uni-verso audacioso, transgressor e fascinante. Muitos dos que fazem posepara o artista são figuras conhecidas pelo grande público. Estão lá ce-lebridades como Madonna, Justin Timberlake, Britney Spears e Ange-lina Jolie (foto). O visitante também pode apreciar o vídeo Your Hallu-cination Is Now Complete e conhecer a trajetória de 15 anos de carreirade Klein.

Chico Lowndes, curador de USA natomy, afirma que "as imagensvanguardistas criadas por Steve Klein impressionam pela energia, pelaforça bruta, pelo fetichismo, resultado do seu a p p ro a c h inovador e cria-tivo. Suas longas séries trazem narrativas épicas, muitas vezes subver-sivas, que resultam da exploração e confluência do movimento com oestático", diz. "Steven é capaz de ultrapassar os limites da fotografia tra-dicional de moda e ampliar sua presença no universo da arte. Sem dú-vida é o grande criador de imagens icônicas nesse momento."

O fotógrafo já participou de importantes campanhas de empresascomo Calvin Klein, Dolce & Gabanna, Alexandre McQueen e Nike. Kleintambém faz vídeos e shows. Uma de suas últimas criações foi o video-clipe A lejandro, da também polêmica musa pop Lady Gaga. No M useuBrasileiro da Escultura (MuBE). Av. Europa, 218, tel.: 2594-2601. Terçaa domingo, das 10h às 19h. Grátis. (R A)

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A música docomp ositorargentino Astor

Piazzolla serviu deinspiração. A domaranhense Zeca Baleiroé ouvida pelo público. Oafricano DumisaniMaraire também integraa apresentação comuma de suascomposições. O mixmusical de artistas tãodistintos embala omesmo grupo: o BaléJovem de São Paulo.

Os dançarinosapresentam atédomingo (14), naSala Paissandu da

Galeria Olido, as coreografiasinéditas Nosso Tango e Think ing

About You, além de outras duasremontagens intituladasB arquinho e Meninas-Dínamo.

O som do artista argentinoPiazzolla é a trilha de No s s oTa n g o , criação de SalolyFurtado. A coreografia deste fimde semana mostra o resultadoda mistura de um tangoargentino com o balé clássico.

Em B arquinho, é a músicaZeca Baleiro que conduz osartistas, intérpretes dacoreografia de João Maurício eSusana Yamauchi. Aremontagem é assinada peladupla Ana Luisa Seelaender eCiça Meirelles e é um trecho dacoreografia CUBO, do grupoLúDiCa DaNça.

O coreógrafo LuizBongiovanni criou Meninas-

Dínamo, terceiro trabalho feitopara o Balé Jovem de São Paulo.O artista escolheu a música doafricano Dumisani Marairecomo trilha, interpretada pelosamericanos do Kronos Quartet.

Já em Thinking About You,coreografia de LourençoHomem, mistura balé clássico,dança contemporânea e yogapara tratar de paixão, tudo aosom de Handsome BoyModelling School.

Galeria Olido. SalaPaissandu. Av. São João, 473,Centro, tel.: 3331-8399 e3397-0171. Sexta (12) esábado (13), às 20h.Domingo (14), às 19h.Grátis (retirar senhauma hora antes)

Page 24: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 201124 DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura

Pais e filhoscom a

mão na massaDores e delícias dos negócios familiares.

E promoções para o Dia dos Pais.Lúcia Helena de Camargo

Fotos: Tadeu Brunelli/Divulgação

No alto, Lucas e Luiz do Zzi Luca. Acima, caipirosca da Soggiorno. E fondue de queijo do Deck 18.

PizzaOriginale

daSoggiorno;

peracozida novinho doBistrot

Marcel. Eespaguete

comragudo ZziLuca.

Para celebrar o Dia dos Pais,a sugestão é comer emrestaurantes em que du-plas de pais e filhos dão o

tom. No restaurante Zzi Lucca,quem cozinha é o chef Lucas Ramos.Mas seu pai, Luiz Maria Ramos Filho,além de sócio do bar Genuíno, é do-no da casa junto com o filho. E ajudasempre que pode, seja com umamão na cozinha ou com sugestõespara o cardápio. Tanto o Zzi Luccaquanto o Genuíno ficam na movi-mentada rua Joaquim Távora, na Vi-la Mariana. Será que misturar famíliae negócios não gera conflitos? "Nãoé das relações mais fáceis", confessaLucas. "Mas quase sempre a gente seentende bem. Temos também umpacto de discutir assuntos de traba-lho somente no restaurante. Em ca-sa, somos apenas pai e filho".

Churrasco em casa

Algumas celebrações são feitasno próprio restaurante, como ocor-reu com o aniversário de Lucas esteano. "Facilita quando convidamosamigos, pois aproveitamos a estru-tura do Zzi Luca", explica. O Dia dosPais, porém, eles vão comemorarcom um churrasco caseiro, já que orestaurante não abre aos domingos.No Zzi Luca o menu especial dospais será servido no almoço e jantardo sábado (13). Com entrada, pratoprincipal e sobremesa sai porR$ 49,90 por pessoa. E inclui, na en-trada, creme de espinafre com mas-carpone ou crostini de fígado de pa-to com maçã verde e vinagrete demel. Para prato principal, espaguetecom ragu, um dos preferidos de Lu-cas. A segunda opção é risoto à mi-lanesa com ragu de ossobuco e co-gumelos. E na sobremesa, panna

co t t a . Inaugurado em 2010, o Zzi Lu-ca Pasta e Vino tem 46 lugares. Ficana Rua Joaquim Távora, 1296, na Vi-la Mariana. Tel.: 3853-2018.

Drinque grátis

Já a pizzaria Soggiorno abre a to-po vapor no domingo (14). E na dataoferece uma caipirosca como corte-sia a todos os pais que comerem ali.Entre as sugestões, a pizza Originale,carro-chefe da casa, que leva mussa-rela de búfala, queijo brie e presuntode Parma (R$ 59). Quem prefere umaclássica pode ir de calabresa – fatia-da, com cebola, azeitonas pretas eorégano (R$ 49). A proprietária, Du-cely Hungria Capellini, conta com aajuda do pai, Gumercindo Hungria,na contabilidade da empresa. "Eleveio numa hora que eu estava pre-cisando de ajuda, devido ao cresci-mento da Soggiorno. O fato de sermeu pai facilita muito, pois com umsimples comentário ou olhar, já en-tendo o recado!", diz.

Bistrô e bar

Os irmãos Claudia e Gabriel Zu-ferrey, proprietários do restauranteLe Bistrot Marcel e do Bar Deck 18,localizados um ao lado do outro naregião da Berrini, mantêm uma rela-ção tranquila com o pai, AmbroiseZufferey, que ajuda na administra-ção das casas. Mas para isso dizemque precisam "separar o emocionaldo racional". Tarefa nem sempreamena, segundo ambos. "Às vezes émais fácil porque nossa família émuito unida e temos uma relação deconfiança grande, mas em outras édifícil porque o emocional acaba in-terferindo em situações de tomadade decisão", diz Gabriel Remy. As

festas são sempre nos estabeleci-mentos, em horários de pouco mo-vimento. O pai gosta das duas casas,mas não esconde a preferência porcomer no bistrô. Entre seus pratospreferidos está blanquete de veau eca s s o u l e t . Já os filhos são fãs de pei-xes e frutos do mar.

O Bistrot Marcel oferece para adata o cardápio fechado de especia-lidades francesas, a R$ 98 por pes-soa. Entre as atrações do menu es-tão sopa de cebola, souflê e m a g re t

Memória musical afetivaAquiles Rique Reis

R icardo Machado lançou A SombraConfia ao Vento (independente), ondeestão músicas que foram destaque no

início e meados do século passado. Sãocanções que fazem parte da memória musicalafetiva do cantor; músicas que estão para elecomo uma foto pendurada na parede daemoção... Assim como também para cada umde nós há um repertório que nos amparadesde sempre. Trilha sonora de nosso tempode vida passada, presente e futura.

Ricardo canta canções que não se imaginaum intérprete selecionando para compor orepertório do seu álbum.Assim, soa de forma quaseinusitada a regravação de ACasinha Pequenina (c ançãopopular tradicional) e Se EssaRua Fosse Minha (mo dinhatradicional). Mas o que podeparecer num primeiromomento insólito, é, naverdade, uma forma corajosade reavivar emoções que jáestão quase à flor pele. Averdade em forma de sentimentos que nãovoltam, masse perpetuam através de melodiase versos longínquos.

A seleção musical de RM segue apontandocaminhos que nem de longe se pode achar fácilde ser trilhado. Misturando Chiquinha Gonzaga(Menina Faceira); Waldir Azevedo e Miguel Lima(Pedacinhos do Céu) e Carlos Gomes e FranciscoLeite de Bittencourt Sampaio (Quem Sabe?) comFredera (Sábado); Zé Renato, Juca Filho e CláudioNucci (To a d a ) com Cartola(O Mundo é um Moinho) e Nelson Cavaquinho eGuilherme de Brito (A Flor e o Espinho), o álbumadquire o jeitão de um panorama musicalpopular brasileiro.

Ricardo Machado é afinado e divide comsabedoria as frases melódicas. Embora, por vezes,

abuse do vibrato nas notas mais longas, seutimbre é agradável; sua extensão vocal (emboratambém se saia bem nos agudos) tem como forçamaior as notas de escala intermediária. Mas oprincipal é que suas interpretações têm marcaregistrada, pois ele canta de mãos dadas com aemoção e convicto da beleza de poder dividircom seus ouvintes o chamamento que lhe sai dopeito e ganha contorno de história vivenciadaatravés da música.

Com singeleza e contemporaneidade, emPrece ao Vento (Gilvan Chaves, Alcyr PiresVermelho e Luiz Câmara Cascudo) Dirceu Leite

brilha na flauta e AfonsoMarins, no baixo; Melo diaS entimental (Villa-Lobos eDora Vasconcelos) traz belaparticipação de Maria ClaraValle no cello; em Ca s i n h aPe q u e n i n a , destaque para osete de Toni 7 cordas e obandolim de RicardoCalafate (arranjador ediretor musical); em OTrenzinho do Caipira (H eitor

Villa-Lobos e Ferreira Gullar), o violão, maiso piano acústico de Kiko Horta, dão leveza àlevada; em Serra da Boa Esperança (Lamar tineBabo), Kiko Horta arrasa no acordeom; e emCa s t i g o (Dolores Duran) acompanhamentoe o solo da guitarra de Ricardo Calafatenos tocam e emocionam pelabrandura da lembrança.

Ricardo Machado nos convencedefinitivamente de que, quando a sombraconfia no vento, ambos voam juntos, dopassado ao futuro, fazendo do presente omomento mágico de reverenciar as músicasque amamos.

Aquiles Rique Reis,músico e vocalista

do MPB4.

Miúcha sinfônicaA cantora Miúcha volta aos palcos paulistanos para

interpretar criações do mano Chico. É um belo momento,uma vez que Chico está lançando novo e charmoso álbum.

Acompanhada por Orquestra Sinfônica na Série InConcert. Teatro Arthur Rubinstein. Tel.: 3818-8888. Rua

Hungria, 1000. Sábado (13). 21h. R$ 140/R$ 70.

Um vinho paraos porquinhosJosé Guilherme R. Ferreira

Peter Barry, da Vinícola Jim Barry Wines, noClare Valley, Sul da Austrália, criou um

b l en d de Shiraz e Cabernet Sauvignon, e fezquestão de adicionar um pouco da cepa Malbec,não só para dar suavidade à sua mistura, mastambém para melhor combinar com os porcoscriados na sua propriedade. Quem conta a his-tória é a escritora Tanya Scholes, que se encan-tou pelos rótulos homenageando os animais.Peter passou a se interessar por eles durante via-gem à Espanha, onde provou os mais suculentospresuntos do mundo. Na volta à propriedade,comprou os primeiros e passou a engordá-los na

maior mordomia, seguindo o lema: "Porco feliz éporco mais gostoso". Chegou a curar algumasdessas carnes na sua bodega em Armagh e tam-bém as preparou em cortes refinados para fami-liares. Lançado em 2007, Three Little Pigs faz umtributo à arte da harmonização.

José Guilherme R. Ferreiraé membro da Academia Brasileira deGastronomia (ABG) e autor do livro

Vinhos no Mar Azul – ViagensEnogastronômicas

(Editora Terceiro Nome)

SACA-ROLHASO blogueiro Tom Wark acaba de criar aAWCC (American Wine Consumer Coalition),grupo de proteção aos americanosconsumidores de vinho. A AWCC deve brigarpela queda de barreiras de comercializaçãoque impede o livre trânsito da bebida entre osestados americanos. www.fer mentation.com

O Yali Gran Reserva Syrah 2008, da ViñaVentisquero, importado pela Dommo Brasil, éum dos Top 5 do Encontro de Vinhos,realizado no dia 4/08. O vinho premiado éproduzido no Vale do Maipo. Amadureceentre 12 e 14 meses em barricas de carvalho emais 6 em garrafa. w w w. d o m n o . c o m . b r

(peito) de pato. Na sobremesa, peracozida ao vinho Beaujolais e cremebrulê. O bistrô fica na Rua Hans Oers-ted, 119, Brooklin. Tel.: 5505-2438.

O Deck 18 também faz sua pro-moção de Dia dos Pais no dia ante-rior, sábado (18), já que não abre aosdomingos. Os pais que pedirem ofondue Combinação Suíça (queijo ecarne ou camarão) , que custaR$ 120, ganham o fondue de choco-late para a sobremesa. O bar, comcapacidade para 160 pessoas, fica àRua Heinrich Hertz, 18, no Brooklin.Tel.: 5505-2438.

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Paulo Pampolin/Hype

Page 25: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 2011 25DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura

O Melhor de Meus 22 Mil JantaresCarlos Celso Orcesi

A vida é um tênue equilíbrioentre prazer e dever, matériae espírito, gasto e poupança.

Estamos sempre em dúvida entre arazão que nos aconselha parar,conservar, esperar, e a emoção que nosrecomenda seguir, saltar, desafiar.Poupar para viver amanhã aqueleimaginário futuro melhor ou gastar jánuma noitada ou longa viagem? Háargumentos para cada escolha e apenasuma certeza: a virtude está no meiotermo. A dizer com Aristóteles,o ideal não está nos extremos datemeridade ou da covardia, mas noequilíbrio da coragem.

Depois de casar passei quinze anospagando BNH e construindo casa, comum engenheiro (meu irmão) que davaum jeito quando a obra parava seismeses, viajando pelo Brasil ou nomáximo ao Paraguai. Acelerava o carropela estrada vazia às 4 da manhã e 1.300kms. depois às 9 da noite jantávamos no"La Preferida" ou no "La Pergola" emAssunción. Até que chegou o momento:finalmente voltamos à Europa. Teria que

consultar o álbum de fotografias, masseria algo em torno de 1991. Na épocaPaul Bocuse era o Pelé indisputado daculinária, criador da nouvelle cuisinesupostamente menos calórica do que aclássica culinária francesa que,na verdade todas, abusam doscremes e calorias.

Reservei por fax seis meses antes.Meu Citroën turbo sentava na A-6 semlimite de velocidade. Na segundanoite... 'L'Auberge' em Collonges-au-Mont-d'Or, nos arredores de Lyon. Adecoração é meio kitsch,principalmente o ambiente interno. Massenhores... a comida é de ajoelhar. Viajeiinformado sobre os pratos principais, omais famoso talvez a sopa de trufasElysée que ele preparou para opresidente da França no dia em querecebeu a "Légion d'Honneur" (1975).Antes de chegar ao templo já haviaescolhido o que comer.

Pode-se optar entre três menusdegustação e a la carte. O mais caro(Grande Tradition) custa 225 (R$ 525) e omais barato (Classique) 140 (R$ 330) por

dentro, já seria suficiente. A peça deresistência foi o "volaille de Bresse a lacrême et aux morilles" cortado na mesa,algo que traduzido por 'frango' não dáconta da complexidade dos sabores. E asobremesa, um sorvete em caldas euma estrutura caramelizada que subia40 centímetros acima do prato emforma de leque e torre, que MariaHelena foi quebrando aos poucos com amão e derretendo na boca.

O chefe Bocuse de avental brancocom a gola nas cores da França, queapenas os cozinheiros condecoradospelo MOF (Meilleurs Ouvriers deFrance) podem usar, veio a todas asmesas dar uma palavrinha.Profissionalismo à flor da pele.Lembro-me de lhe ter dito qualquercoisa sobre o Brasil ao que elerespondeu "meus clientes brasileirosfalam francês muito bem". Algumsarcasmo em relação à minhapronúncia? Mais provavelmente umaresposta-padrão. Não importa; hojeeu lhe diria outra coisa: "MaitreBocuse, ce dîner était le meilleur de

ma vie". Quero dizer, o melhor jantardentre os 21.900 dias do nascimentoaté aqui. E saibam meus leitores queacabei de visitar o "Noma" deCopenhague em maio.

Se todos sabemos que a virtudeestá no meio-termo, há sempre adúvida de saber aonde está, em cadacaso, esse tal de equilíbrio. Se gostode beber vinhos, bebe-los emdemasia causa desprazer e insônia. Segosto de comer bem, comer demaisengorda. Não sei o que Aristótelesfaria em meu lugar, mas considerandoque a vida é curta, tomei a decisão devoltar logo a Collonges. Paul Bocuse éconhecido por não criar novasreceitas; sua especialidade é repeti-lastodos os dias. Em seu saite cita frasede Van Gogh que diz o seguinte:"como é difícil fazer o simples"!Modestos os dois. Tanto quanto éimpossível retocar os girassóis, a Pietàde Michelangelo ou alterar o sorrisoda Mona Lisa de Leonardo, também asreceitas de Maître Bocuse deveriamser tombadas pela Unesco.

Um requintado policial.Que vem

de terras geladas.Renato Pompeu

Islândia: 300 mil habitantes, progresso e alto índice de leitura.

Turma doPavão

Mysteriosolança livro,

CD e fazshow em

São Paulo.

Assim como o pavão queconsagrou em meadosdos anos de 1970, ocompositor cearense

Ednardo, 66 anos, tem algo de mys-teriozo, com todos os Ys e Zs possí-veis. Sua trajetória teve um sucessomuito promissor no início, com Pa -vão Mysteriozo e outras belas can-ções, mas, inexplicavelmente, nãoconseguiu êxito parecido depois.Agora, em vez de se empenhar naretomada da sua fase menos conhe-cida, está preocupado com reavivara memória do obscuro movimentoMassafeira Livre, ocorrido no Cearána virada dos anos 70 para os 80. Éverdade que também foi padrinho eparticipante do coletivo, mas issonão ofusca um desprendimentopessoal incomum, enigmático, alienvolvido. Afinal, não se trata de umtrabalhinho autorreferente e sim-ples, mas da organização de umgrande livro, Massafeira 30 Anos,com textos e iconografia plurais ebem cuidados, trazendo, ainda porcima, uma reedição do CD duplogravado pelo movimento em 1979.Não por acaso, levou dois anos emeio para ficar pronto. O lançamen-to em São Paulo será neste sábado(13), com um s h ow no Sesc Belenzi-nho, em que os ingressos tendem ase esgotar rapidamente. É mais ummistério, visto que, há anos, Ednar-do anda distante dos holofotes.

Massafeira Livre foi uma movi-mentação de diversas linguagensartísticas e abrangência imprecisa -o livro estima em mais de 400 os

participantes -, bem ao gosto dosagitados anos 70, com politização,coletivismo, regionalismo e psico-delia. "Aquela mobilização era umaemergência do tempo. Todos, deforma geral, compreenderam a im-portância de atuar coletivamente eFortaleza nunca mais foi a mesma!",conta Ednardo.

A música, naturalmente, ocupa

um lugar de destaque em M a s s a fe i-ra , o que torna fundamental o discoduplo reeditado para o livro. Nele,entre diversos postulantes à carrei-ra artística, brilharam, ao menos,duas boas revelações: Mona Gade-lha, com Cor de Sonho, e Graco, comPelos Cantos. Os outros destaquesgiravam em torno do próprio Ed-nardo, como a interpretação de OSol é Que É o Quente, de Alano deFreitas, dividia com Aninha, ou odueto com Belchior em Au ro ra , bo-nita parceria dos dois.

A presença de Belchior, aliás, so-mada às de Fagner (infelizmentecortada da reedição por problemascom a viúva de um dos autores),Fausto Nilo, Rodger e Téti, mostraque a juventude do Massafeira Livreteve apoio importante dos mais ve-lhos e já estabelecidos integrantesdo Pessoal do Ceará. "O fio condu-tor dos movimentos da cultura cea-rense é como se fosse um caminhoque tem pedras, pedregulhos, terrae buracos à frente, mas também tre-chos asfaltados atrás, feitos pelosque nos antecedem", descreve Ed-nardo. Para ilustrar essa afirmação,lembra que agora há um coletivo deartistas em atuação no Ceará, o Ma-nifesta, que elege como precurso-res os artistas da Massafeira Livre.Assim, já são pelos menos três ge-rações reunidas. Contudo, pergun-tado sobre o sentimento de devercumprido que essa sucessão pode-ria deixar, Ednardo prefere se esqui-var: "De jeito nenhum! Só vou pen-durar as chuteiras quando o Deusdo céu não me quiser mais aqui...Por enquanto, ainda tenho muitodever pra cumprir!".

Ednardo - Massafeira,

30 Anos. Teatro Sesc

Belenzinho. Rua Padre

Adelino, 1000. Tel.: 2076-9700.

Sábado (13). 21h. R$ 32.

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Da remota Islândia("Terra do Gelo"),ilha nórdica a meiocaminho entre a

Europa e a Groenlândia, e daqual os brasileiros muito têmouvido falar ultimamente, porcausa de sua crise financeira ede seus vulcões que costumamtumultuar o tráfego aéreoeuropeu, conhecida tambémpor seus gelos eternos e seusgêiseres, nos chega, dez anosdepois de seu lançamentooriginal, um romance policialbem estimulante e de altaqualidade literária, O Silêncio doTúmulo, de Arnaldur Indridason(Companhia das Letras)nfelizmente traduzido do inglêsamericano, e não do islandês. Oautor é bem conhecido naEuropa e nos EUA, já tendoganhado o principal prêmioinglês de literatura policial, oPrêmio Adaga de Ouro, em2005, outorgado pelaAssociação de Escritores deMistério, e não há dúvida de queos ingleses sabem muito bemavaliar os romances policiais, jáque são mestres no gênero. Foi aúltima edição do Prêmio Adagade Ouro, pois a entidade deescritores policiais inglesesresolveu mudar o nome dap re m i a ç ã o.

Embora o país-ilha islandês (aedição brasileira é patrocinadapelo Fundo Islandês deLiteratura) seja poucoconhecido no Brasil, aambientação social do romanceé bem familiar ao públicobrasileiro. Apesar de ser um paísmuito pequeno (em 1950,quando o Maracanã foiinaugurado, a populaçãoislandesa tinha total de 100 milhabitantes; lotaria apenasmetade do estádio e seu povoregistrava um dos maiores níveisde vida do mundo. Nas últimasdécadas, então, antes da atualcrise, o seu progresso foi

impressionante, a ponto de, emmeio século, a população terpraticamente triplicado emantido e melhorado sua altaqualidade de vida.

Assim, as colinas em torno dacapital, Reykjavik (formaadotada na tradução, emboraexista em português o nomeReiquiavique), antes ermas,cobertas de neve e praticamentedesabitadas, rapidamente seurbanizaram, com a construção,principalmente, de habitaçõespopulares - um fenômenobastante conhecido nasperiferias brasileiras, embora ascasas populares islandesassejam de alto padrão paranossos referenciais.

Durante uma dessasconstruções, se encontra, pertode onde durante a SegundaGuerra Mundial se achava umquartel dos Aliados, umesqueleto, pertencente ao corpode uma pessoa morta eenterrada, segundo a perícia,cerca de sessenta anos antes. Oinspetor Erlendur, personagembastante popular na Europa, eque consta de vários outroslivros de Arnaldur Indridason, éencarregado de investigar omisterioso caso. A uma bemenvolvente trama policial cheiade peripécias, se reúnem dramasfamiliares e individuais, nopassado e no presente, dentroda rica tradição islandesa deinesquecíveis retratos literários.

Rica tradição literáriaislandesa? Boa parte dos leitorese leitoras do nosso País podeestranhar essa constatação. Mas,com apenas 300 mil habitantesatualmente, a Islândia já tem umPrêmio Nobel de Literatura,obtido em 1955 pelo escritorHalldór Kiljan Laxness. Naverdade, habitado desde oséculo X, o país tem bem maisde mil anos de profusa produçãoliterária de alto nível. Porexemplo, as histórias que

envolvem vikings, ou o Valhala,onde moram o deus Thor eoutros deuses escandinavos, emais a famosa saga dos "Eddas",são praticamente todasconhecidas a partir de textosmedievais islandeses, poisforam preservados, não setendo maior notícia de textosda época noruegueses, suecosou dinamarqueses.

Os islandeses sempre foramo povo que mais lê e maisescreve, proporcionalmente, nomundo, o que se costumaatribuir à prolongada noitenórdica e ao prolongadoinverno, que não permitem queos habitantes possam sair decasa. Durante os séculos eséculos que se sucederam semrádio e sem televisão, a escrita ea leitura se constituíram emprincipal hábito de lazernacional, e isso persistiu mesmodepois de terem sidointroduzidos os meiose l e t r ô n i co s.

Arnaldur Indridason, comapenas 50 anos, é o mais lidoescritor islandês da atualidade,dentro e fora de seu país.Cumpre assinalar que osegundo D do seu segundonome é uma letra do alfabetoislandês que não existe emportuguês, uma espécie de Dcortado como um T. E queIndridason não é sobrenome,sim um patronímico, isto é, umaindicação de que ele é filho dealguém chamado Indrida. Talcomo acontece em geral comos políticos e os jogadores defutebol brasileiros, os autoresislandeses, ou qualquerpersonalidade de seu país, sãocitados, mesmo na mídia ou emtrabalhos acadêmicos, peloprenome. Assim, esse escritor,que encanta ao mesmo tempoos fãs de tramas policiaisintricadas e os apreciadores dealta literatura, é conhecido naIslândia como Arnaldur.

DOCUMENTONostalgia do pavão

André Domingues

pessoa. Confiante, deixei tudo para amemória, que se apagou tanto quanto opapel de fax. Lembro-me de algunspratos, entre eles o robaloenvolto em

massa folhada (loupe en croûte) aomolho choron, no formato do peixe.Uma iguaria, bastando dizer que amassa folhada, se não tivesse peixe

Loupe en Croûte au Sauce Choron

Page 26: Diário do Comércio

sexta-feira, 12 de agosto de 201126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Sombras e festa. Depois da queda do Muro.Regina Ricca

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Reportagens no History Channel

Ao acordarem naquela ma-nhã quente do dia 13 deagosto de 1961, os habitan-

tes da cidade de Berli foram surpre-endidos por uma terrível novidade:guardas da Alemanha Oriental, a co-munista República Democrática Ale-mã (RDA), fechavam com arame far-pado e concreto a fronteira que se-parava as partes oriental e ocidentalda cidade, cortando o acesso de 16milhões de alemães orientais ao Oci-dente capitalista. Até aquele 13 deagosto de 1961, a RDA registrara a fu-ga de 3,5 milhões de pessoas para olado ocidental da cidade desde acriação do "Estado dos trabalhado-res e dos camponeses" em 1949 -- es-tado criado com o fim da ocupaçãosoviética, uma das zonas ocupadaspelos aliados na Alemanha após a se-gunda Guerra Mundial, quando oterritório alemão foi repartido entreo setores americano, britânico, fran-cês e soviético.

O Muro de Berlim tornou-se ummarco da Guerra Fria. Até que nanoite do dia 9 de novembro de 1989multidões de alemães orientais su-biram e atravessaram o muro e jun-taram-se aos alemães ocidentais dooutro lado, em uma inesquecível at-mosfera de celebração. O Muro deBerlim começou a ser derrubado de-pois de 28 anos de existência, e suaqueda fez o comunismo de todo oLeste Europeu entrar em colapso. Éesse capítulo emocionante e recen-te da História mundial que vai sercontado no especial O Muro de Ber-lim, que The History Channel exibenesta sexta (12, às 22h.

Com 154 quilômetros de exten-são, 302 torres de vigilância e 245b u n ke r s , o muro tinha ainda o refor-ço de valas, cercas, alarmes e arma-dilhas patrulhadas por cães, que im-possibilitavam qualquer tentativade fuga ou contato entre as partesocidental e oriental do país. Mesmo

assim 80 pessoas morreram ao ten-tar atravessá-lo. Além de revelar atensão que se instaurou no local eque se propagou para o resto domundo, o especial também traz de-poimentos de pessoas que tenta-ram, sem sucesso, escapar do "muro

da mor te" uti l izando diversosmeios, como túneis, planadores, bi-planos e até mesmo balões de arquente, e entrevista historiadores,jornalistas, guardas, oficiais de se-gurança da Stasi (o serviço secretoda Alemanha oriental) e políticos.

A Festa dos KikitosNo sábado (13), o cinema nacio-

nal se veste de gala para acompa-nhar a sua mais importante premia-ção: a distribuição dos prêmios Kiki-tos durante o encerramento da 39ªedição do Festival de Cinema deGramado. O Canal Brasil transmite afesta ao vivo, com apresentação dajornalista Simone Zuccolotto e co-mentários dos críticos de cinemaRoger Lerina e Luiz Zanin Oricchio.

Para os fãs efervescente cena ci-nematográfica nacional, outra boadica é ver, nesta sexta (12), a partirdas 20h, no SescTV a exibição dos fil-mes que receberam o "Prêmio Aqui-sição SescTV" na 21ª edição do Fes-tival Internacional de Curtas-Metra-gens de São Paulo. Na edição de2010, três curtas- foram contempla-dos com esse prêmio, sendo dois naseção KinoOiko, Formação do Olhar:Carlos, 6', com direção de MarianaDornelas e Udimila Oliveira, e Todos

São Francisco, 15'20" de Nany Olivei-ra, e um na Mostra Brasil: Gaveta,8'2", de Richard Tavares.

Para encerrar a festa televisivado fim de semana, nada como bai-lar, mesmo que seja no sofá, ao somdo suingue de Wilson Simonal as-sistindo ao show O Baile do Simo-nal, que o Canal Brasil exibe no do-mingo (14), às 21h. Organizado pe-los filhos do cantor, Wilson Simoni-nha e Max de Castro, o show foigravado em 2009 no Vivo Rio (RJ) etraz artistas de diferentes gerações,como Diogo Nogueira, Os Parala-mas do Sucesso, Caetano Veloso eMarcelo D2 rememorando cançõesimortalizadas pelo homenageado,que sabia como poucos comandaruma plateia. No roteiro do espetá-culo, destacam-se País Tropical;Nem Vem Que Não Tem; Meu Limão,Meu Limoeiro; Mamãe Passou Açú-car em Mim; Balanço Zona Sul; SáM a ri n a e Que Maravilha.

CONTOSPoesia

sempalavras

D ifícil imaginar HansChristian Andersen (1805-1875) fora da biblioteca da

criançada. Mas fazendo parte ounão da coleção de livros, ospequenos poderão apreciar suashistórias no teatro, a partir destesábado (13). O espetáculo infantilAndersen Sem Palavras (acima), doGrupo Caleidoscópio, reestreia noTeatro Ruth Escobar.

A montagem, com texto edireção de João Bresser, apresentacinco contos do escritordinamarquês: O Patinho Feio,Soldadinho de Chumbo, OsNa m o ra d o s , A Menina dos Fósforose O Sapo. Para contar tais histórias,a técnica do teatro de sombras foi aescolhida. O músicoAndré Abujamra compôsespecialmente para a montagem.

A peça reúneos atoresm a n i p u l a d o re sCássia Carvalho,Lenita Ponce,Tom Moraes eErik Mureno. "Oespetáculo une amagia do teatrode sombras coma poesia dos contos de Andersen.Feito um cinema mudo, sempalavras, figuras entram e saem decena, acompanhadas por umatrilha musical criada especialmentepara entreter e emocionar aplateia", explica Bresser.

Comoção também causou ainterpretação do ator Danny Kaye,no papel do escritor(abaixo), nofilme americano Hans ChristianA ndersen (acima), de 1952. Dirigidopor Charles Vidor, traz ainda noelenco Farley Granger, ZiziJeanmaire, e Philip Tonge.

Teatro Ruth Escobar. SalaMiriam Muniz. Rua dosIngleses, 209, Bela Vista, tel:3289-2358. Sábados edomingos, 17h. R$ 25. (R A)

Espetáculo misturaaprendizado e diversão

no Centro Cultural São Paulodcultura

Aventura do somCercado pela música clássica

Rita Alves

Brincando com Música: conceitos de execução, instrumentação e regência com Orquestra Experimental de Repertório e o ator Fernando Paz.

Sylvia Masini/Divulgação

do russo foi criada para ilustraruma comédia. Combina com oespetáculo". Ele ainda afirma queo humor deixa o espetáculo maisdinâmico. "As pessoas têm semprea ideia de que a música erudita éuma coisa séria, chata. A partir domomento em que esse universo étratado de uma maneira maisinformal, elas passam a ter umafamiliaridade maior com oassunto." Outro equívoco,segundo o maestro, é crer que épreciso entender de música paragostar do concerto. "A pessoa temque gostar de música, isso é omais importante", diz. "O segredodo espetáculo é a forma deabordar o assunto."

E pela reação da plateia afórmula tem dado certo. Aotérmino do espetáculo, muitascrianças se aproximam dosmúsicos para conversar, distribuirabraços, tirar fotos com celulares."Algumas perguntam, porexemplo, a opinião sobre talmarca de flauta. Mas o público éformado por vários tipos depessoas. Tem desde aquela queestá sendo introduzida nouniverso da música clássica até a

que já toca algum instrumento."Independente do

conhecimento, todas as criançasvão receber ainda neste semestreuma apostila a cada espetáculo. Omaterial conterá, por exemplo,palavras cruzadas e jogos dos seteerros relacionados à música. Outranovidade que será colocada emprática é a participação da plateia."Vamos incluir um coral do públicoe mostrar que ele também tem uminstrumento musical: a voz."

Centro Cultural São Paulo.Sala Adoniran Barbosa. RuaVergueiro, 1.000, tel.: 3383-3400. Agendamento paragrupos de todas as idades eescolas das redes pública eprivada pode ser feito peloemail:v i s i t a s c c s p @ p re fe i t u ra . s p. g ov. b re informações pelo tel: 3397-4036. Dias das apresentações:Agosto: 18 e 25; Setembro: 1,15, 22 e 29; Outubro: 6, 20 e 27;Novembro: 3, 10, 17 e 24;Dezembro: 1, 8 e 15. Horário:das 14h às 15h. Grátis(ingressos distribuídos umahora antes do espetáculo parao público em geral.)

Maestro JoãoMaurício Galindocomanda novo

projeto, dedicado aosjovens músicos, sob

inspiração da TVCultura. (Galindoacima, detalhesabaixo.) No alto,

regente Jamil Malufanima jovens a

descobrir a música(reportagem ao lado.)

Espaço para jovens músicos clássicos na TV CulturaRegente, pesquisador, didata, comunicador

(Rádio Cultura FM), João Maurício Galindo,titular da Sinfônica de Tatuí, assume mais umaresponsabilidade. A de dirigir e apresentar pro-missor concurso de música clássica, voltado a jo-vens talentos (cantores e instrumentistas). Pro-movido pela TV Cultura (Fundação Padre An-chieta), é considerado o maior no gênero naAmérica Latina. Os interessados podem se ins-

crever pelo site www.cmais.com.br/preestreia."Este novo programa tem como finalidade reve-lar para o grande público como a área da músicaclássica está desenvolvida no País", diz Galindo.A pré-estreia terá 8 eliminatórias; 2 seminifinais ea finalíssima na Sala São Paulo. Prêmios: R$ 35mil, 1º e R$ 15 mil, 2º, referentes a solistas e ca-meristas). As inscrições terminam nesta sexta(12). (D Cu l t u ra )

Jovens talentos

c o n c o r re m

a um total de

R$ 100 mil

B rincar é sinônimo dedivertir-se, entreter-se,distrair-se, segundo odicionário. E quem não

gosta? No Centro Cultural SãoPaulo a ideia é essa, pelo menospara os espectadores doespetáculo Brincando com Música,série de concertos didáticos daOrquestra Experimentalde Repertório.

Além dos instrumentistasmonitores, conduzidos pelosmaestros Jamil Maluf (titular) eJuliano Suzuki (assistente), oprojeto conta ainda com aparticipação do ator Fernando Paz.É com essa turma que adultos ecrianças recebem conceitos deexecução, instrumentação eregência, despertando assim ointeresse pela música erudita.

O maestro Jamil Maluf contaque desde o início da OrquestraExperimental de Repertório,fundada por ele em 1990, osconcertos didáticos fazem parte daprogramação dos músicos. "Alémde todos os espetáculosprogramados, temos sempre umprojeto didático, criado paraescolas e para o público em geral.

Em Brincando com Músicatrabalhamos pela primeira vez comhumor. Essa é a grande novidade,ensinar conceitos de músicaclássica com humor", diz Maluf.

Grande parte da interação daorquestra com o público acontecepor conta do ator cômico FernandoPaz. Os ensinamentos sobre músicasão transmitidos pelo artista pormeio de analogias com o cotidianodas pessoas. "Ele faz uma ligaçãocom a vida das crianças." Omaestro conta que uma das formasde se fazer essa conexão é quandoo ator agrupa os instrumentos emfamília e cita avós, pais e outrosparentes. "A criança vai se lembrardisso depois." E a escolha deFernando Paz para o projeto nãopodia ter sido melhor. "Ele estudouviolino e toca algumas vezesdurante a apresentação. Além deser um dos maiores atores cômicos,ele tem essa característicade ser uma pessoa perfeitapara esse projeto."

O repertório de Brincando comM ú s i ca é variado, mas a principalcomposição executada, segundoMaluf, é a Suíte dos Comediantes, deDmitri Kabalevsky. "A composição