diário do comércio

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Conclusão: 23h30 www.dcomercio.com.br São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 2011 Ano 87 - Nº 23.416 Jornal do empreendedor R$ 1,40 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 4 1 6 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 26º C. Mínima14º C. AMANHÃ Nublado com chuva Máxima 19º C. Mínima 13º C. O sucesso cabe no manequim do comerciante Um caderno especial de 40 páginas presta homenagem ao comerciante, que acelera a economia com criatividade, acolhendo a nova classe C, mesmo com o governo tentando colocar o pé no freio. Paulo Pampolin/Hype Grécia fica com o caroço da azeitona Não bastasse a crise, quilo do produto, símbolo da nação e principal artigo de exportação, caiu de 3 para 1,5 euro. Pág. 17 'Guia' para o labirinto da Bolsa Cenário externo complica o quebra-cabeça da Bovespa, aumentando o risco do investimento. Pág. 13 SXC Levi Bianco/News Free/AE Leandro Moraes/Luz Memorial de uma tragédia Parentes de vítimas de acidente aéreo celebram protocolo de construção de praça. Pág. 12 PRA FOOOOOOOORA! Marcelo Sayao/Efe 0 a 0. E lá vai a Seleção para os pênaltis. Elano bateu... fora. Thiago Silva perdeu. André Santos e Fred bateram... para fora. E lá vem a Seleção, eliminada pelo Paraguai, que fez 2. Esporte As histórias da Casa Número 1 Página 9 CAIXA 1

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18 jul 2011

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ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23416

HOJESol com pancadas de chuvaMáxima 26º C. Mínima14º C.

AMANHÃNublado com chuva

Máxima 19º C. Mínima 13º C.

O sucesso cabeno manequimdo comercianteUm caderno especial de 40 páginaspresta homenagem ao comerciante, queacelera a economia com criatividade,acolhendo a nova classe C, mesmo com ogoverno tentando colocar o pé no freio.

Paulo Pampolin/Hype

Grécia fica com ocaroço da azeitonaNão bastasse a crise, quilo do produto,símbolo da nação e principal artigo de

exportação, caiu de 3 para 1,5 euro. Pág. 17

'Guia' para olabirinto da Bolsa

Cenário externo complica oquebra-cabeça da Bovespa, aumentando

o risco do investimento. Pág. 13

SXC

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Memorial de uma tragédiaParentes de vítimas de acidente aéreo celebram protocolo de construção de praça. Pág. 12

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Ashistórias da

Casa Número 1Página 9

CAIXA 1

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCláudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Ed i to r - Ch e fe : José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos ([email protected])Editor de Reportagem: José Maria dos Santos ([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann ([email protected]), Carlos deOliveira ([email protected]), chicolelis ([email protected]), Estela Cangerana ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]) Editor deFotografia: Alex Ribeiro ([email protected]) Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Ricardo Ribas([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]) Subeditores: Fernanda Pressinott, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes e RejaneAguiar Redatores: Adriana David, Eliana Haberli, Evelyn Schulke, e Sérgio Siscaro Repór teres: Anderson Cavalcante ([email protected]),André de Almeida, Fátima Lourenço, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, NeideMartingo, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomese Wladimir Miranda.

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opiniãoA nova esperança reside nas redes sociais que estão recebendo estímulos crescentes no governo Dilma.

Antonio Delfim Netto

DECIFRAR OI N D ECI F R Á V E L

ANTONIO

DELFIM

NETTO

ROBERTO

MATEUS

ORDINE

DO FINSOCIALAO SPEDPIS/COFINS

O Estadose esquecede queas empresas,além dapreocupaçãofiscal, precisamcuidar de seusnegócios paranão sucumbirem.

A internet está produzindo mudanças profundasna eficiência produtiva e no comportamento

dos homens. Não decifram, ainda, o indecifrável,mas já permitem mais e melhor flexibilidade

às relações entre o trabalho e o capital.

Os homens foram con-dicionados pelas leisda termodinâmica acapturar a energia dis-

ponível no seu meio ambiente (fru-tos, caça, água, madeira, etc.), parapoder dispersá-la na produção debens e serviços que atendem às suasnecessidades vitais.

É um processo físico que vemdesde o Neolítico. A despeito dosenormes avanços civilizatórios edas extraordinárias teorias que ex-plicam o desenvolvimento econô-mico, cada Nação continua hoje ater de capturar a energia dispersaem seu território (ou importá-la do"vizinho") para consumi-la na pro-dução da sua própria sobrevivên-cia e movimentar a parafernália de"capital" (trabalho congelado dopassado) para atender às necessi-dades da população crescente.

O grande avanço reside no fa-to que a mudança da dimensãodemográfica foi sugerindo a bus-ca de mecanismos descentraliza-dos de coordenação (os merca-dos) capazes de por em contatoas "necessidades" da demandacom a "capacidade" produtiva deatendê-la. O mesmo processo deseleção "quase natural" foi suge-

rindo que um Estado suficiente-mente forte, mas constitucional-mente limitado, ajustava-se me-lhor para dar "garantia" e contro-l a r o f u n c i o n a m e n t o m a i seficiente dos "mercados". A ex-periência mostrou que essa evo-lução paralela teve um subpro-duto fundamental: permitiucombinar a eficiência produtivacom a liberdade individual. Elaestá longe, entretanto, de seruma sociedade inclusiva, ondetodo cidadão tem a mesma igual-dade de oportunidade para rea-lizar o seu potencial.

Trata-se de um processo históri-co que está longe de ter esgotada asua capacidade para a construçãode uma sociedade razoavelmente"justa". A história não acabou, anão ser no sentido de que hoje pa-

rece inútil prosseguir buscando"curtos-circuitos" produzidos porideias de cérebros peregrinos.

Estamos apenas num ponto dodesconhecido caminho escondi-do nas entranhas do futuro tecno-lógico induzido por ele mesmo eque, por definição, é indecifrável.O exemplo mais típico é a internet,que está produzindo mudançasprofundas na eficiência produtivae no comportamento dos homens.Não decifram, ainda, o indecifrá-vel, mas já permitem mais e me-lhor flexibilidade às relações entreo trabalho e o capital que o empre-ga e seguramente vão alterar a or-ganização da sociedade.

Claramente – ainda que haja ris-cos produzidos pela miopia popularque às vezes tenta substituir a "lentajustiça" pela "rápida vingança" – a

nova esperança reside nas redes so-ciais que estão rece bendo estímuloscrescentes no governo Dilma pelaação revolucionária do ministroPaulo Bernardo e a cada momentoreafirmam a sua importância.

O Brasil está em situaçãomelhor do que a maioriados países, mas é ilusão

supor que estejamos protegidos dasnossas próprias intempéries e dascrises importadas. Temos de conso-lidar as políticas fiscal e monetáriainteligentes e conservadoras comoas que estamos fazendo. Além dis-so, é preciso insistir no papel ativodo Estado-Indutor na criação de ummercado altamente competitivo in-ternamente e cuidadosamente pro-tegido externamente.

Essas são tarefas do PoderExecutivo, que só poderá reali-zá-las com o suporte da socieda-de. Deve procurar ampliá-lo me-lhorando sua comunicação comos brasileiros e profissionalizan-do o serviço público.

ANTÔNIO DELFIM NE T TO É

P RO F E S S O R E M É R I TO DA F E A - U S P,EX-M I N I S T RO DA FA Z E N DA , DA

AG R I C U LT U R A E DO PL A N E JA M E N TO

MINISTÉRIO DOS TR A N S P O RT E S

Ministério dosTransportes, Dnit e demaisórgãos coligados, estão aserviço dos cidadãos ou aserviço dos bolsos dospolíticos e suas parentadas?

Eis a pergunta que nãopode deixar de ser feita neste

momento, diante dasbandalhices que sãodivulgadas todos os diaspela imprensa.O despudor invadiu ogoverno federal?

Leila E. Leitão - São Paulo -SP- Pedagoga

Elle não tinhaprometido, entre outrascoisas, que, ao se afastardo Planalto, iria assarcoelhinhos em suachácara? Elle nãoafirmou que iria ensinaro ex-Presidente (este sim

com maiúscula) a comoser um ex e sugeriu queex deve cuidar dosnetinhos?

Aparecida Dileide GaziollaS.Bernardo do Campo - SP

EX-PRESIDENTE

No início da década deoitenta, diante dacatástrofe que atingiu

Santa Catarina, o governofederal criou o Finsocial, pormeio do DL 1940/82. Emprincípio, aquela novacontribuição social tinha porobjetivo atender, em caráteremergencial e provisório, apopulação castigada por forteschuvas. Nada mais justo,naquele momento, diante datragédia social, numa época emque as chuvas e deslizamentosnão eram comuns.

Só que, de lá para cá, aquelacontribuição emergencialcontinuou, transformando-sena atual Cofins e a alíquota, queera de 0,5% sobre a receita daempresa, hoje gira em torno de3% sobre o faturamento. E, nashipóteses em que o cálculodessa contribuição social se fazpor meio do sistema de débitoe crédito, o custo ainda pode sermaior, quando o valor docrédito é rejeitado pelo Fisco.

Agora, na era da tecnologiada informática, quando foramintroduzidas a Nfe, o Sped Fiscale o Sped Contábil, aarrecadação da Cofins passaa ser calculada na forma doSPED PIS/Cofins, já valendo apartir deste ano, para asempresas acompanhadas eas enquadradas no sistemade Lucro Real. Apenas asempresas com Lucro Presumidoou Arbitrado foram adiadaspara Janeiro de 2012.

Este cenário, no entanto,passa a ser assustadorpara os contribuintes. Isto

porque de um lado temos umamáquina fiscal de últimageração, conhecida por" t i ra n o s s a u ro " ,e, do outrolado, o contribuinte que aindaestá na era do "arco e flecha". Omassacre fiscal do"tiranossauro" será catastróficopara os contribuintes que nãoconseguirem se adaptar atempo no novo mundo fiscal.O quadro poderá lembrar aIdade Média, quando ossenhores feudais tinham totaldomínio sobre o povo. Só quenaquela época surgiu o RobinHood para ajudar os indefesos.

Este pessimismo tem razãode ser diante das profundasmudanças que certamentedesequilibrarão ainda mais arelação Fisco/contribuinte. Umadas razões para isto é que amaioria das pequenas e médiasempresas não está preparadapara enfrentar a nova realidade.

Além disso, as grandesempresas, mesmo possuindoum boa estrutura fiscal, estãoencontrando várias dificuldadestécnicas, que independem derecursos financeiros. Asofisticação técnica do novo

sistema fiscal esbarra naqualificação profissional ena falta de mão de obraqualificada, como se viu emvárias reportagens naimprensa. As próprias empresasde informática estãoencontrando dificuldades pararodar esses programas.

Da parte do Fisco, aquestão foi maissimples – porque além

de equipamento sofisticado emão de obra da melhorqualidade, houve tempo eesforço concentrado para odesenvolvimento dos novosprogramas fiscais. Aocontribuinte, porém, além dafalta de tempo para aimplantação desse sofisticado

programa fiscal, faltam recursosde todas as formas.

O Estado se esquece de queas empresas, além dapreocupação fiscal, precisamcuidar de seus negócios paranão sucumbirem. O simplesdesvio de atenção doadministrador poderá sersuficiente para complicar a vidada empresa. Pobreempreendedor brasileiro que,além das dificuldades para gerirseus negócios, agora terá dedesembolsar mais um pouco doseu capital de giro para cumpriro novo programa fiscal.

Bem que o governo poderiadiminuir esse ônus docontribuinte, ampliando-lhe oprazo e permitindo que o novocusto fiscal fosse abatido doimposto a pagar.

Seria o mínimo que obom senso requer diante detão profundas mudanças.

RO B E RTO MAT E U S ORDINE

É VICE-PRESIDENTE DA AC S P

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião

( PA RT E 3 - FINAL)

A ARTICULAÇÃO DO MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO UNIFICA T ERRORI SMO E DES INFORMA ÇÃO.

A tradiçãorevo l u c i o n á r i a

OLAVO DE

CARVALHO

Divulgação

Guerrilheiros de Chiapas, no México: derrotados no terreno militar, eles obtinham, porém, tudo o que queriam no campo político.

Com o contingente duplicado, aKGB (símbolo acima) conta,hoje em dia, com milhares depseudópodos espalhados

pelo mundo, operando sob odisfarce de bancos e indústrias.

Amonstruosa superio-ridade do movimen-to revolucionário an-te seus adversários

de todos os matizes não se limita, éclaro, ao campo da desinforma-ção estratégica. Nada se comparaà sua capacidade de mobilizaçãode massas em qualquer país domundo, quando não em todoseles, e em tempo quase instantâ-neo. Dois exemplos clássicos:

(1) A guerrilha de Chiapas,que, derrotada mil vezes no ter-reno militar, acabava obtendotudo o que queria no campo po-lítico, graças aos protestos que seseguiam imediatamente, em de-zenas de países, a cada vitória dogoverno mexicano.

(2) As manifestações popularesque se seguiram em prazo recordeao atentado mortífero de dezem-bro de 2003 na Espanha, voltadas,não contra os terroristas, mas con-tra... o governo espanhol.

Nesses episódios, como emcentenas de outros, salta aosolhos a articulação do movi-mento revolucionário, unifican-do terrorismo, desinformação eprotestos de massa.

A invulnerabilidade políticada guerrilha de Chiapas serviude modelo para o estudo The Ad-vent of Netwar , de John Arquilla eDavid F. Ronfeldt, publicado pe-la Rand Corporation, que podes e r d e s c a r r e g a d o d o s i t eh tt p :/ / ww w.r a nd .o rg/ p ub l ic a-tions/MR/MR789/, que pioneira-mente descreveu a nova estrutu-ra "em redes", infinitamentemais eficaz, que havia substituí-do a velha hierarquia monolíticados partidos revolucionários.

A mobilização instantâneadessa rede colocava o governomexicano numa luta inglóriacontra um inimigo evanescente,"onipresente e invisível", quenenhuma força armada poderiajamais controlar. (V. o meu artigo"Em plena guerra assimétrica",D C , 2 4 d e j u l h o d e 2 0 0 6 ,h t t p : / / w w w. o l a v o d e c a r v a-l h o . o rg / s e m a n a / 0 6 0 7 2 4 d c . h t m l).

O caso espanhol ilustra aindamais claramente a força da hege-monia cultural como prepara-ção do terreno para grandes ope-rações que articulam desinfor-mação e protestos de massa. An-te a brutalidade dos atentados,um governo conservador intoxi-cado e enfraquecido por temo-res "politicamente corretos",plantados na mente da classedominante com décadas de an-tecedência, sentiu-se inibido deferir suscetibilidades islâmicas epreferiu, num primeiro momen-to, atribuir o crime ao ETA, a

guerrilha basca. Em menos devinte e quatro horas a massa or-ganizadíssima, claramente pre-parada de antemão, estava nasruas protestando contra a inefi-ciência do governo em localizaros verdadeiros culpados. Foi ofim do gabinete conservador (v.meu artigo "Exemplo didático",Jornal da Tarde, 25 de março de2004, h t t p : / / w ww. o l a v o d e c a r v a-l h o . o rg / s e m a n a / 0 4 0 3 2 5 j t . h t m ).

Por favor, pensem um pou-co e respondam: existe nomundo alguma articula-

ção direitista, conservadora oureacionária habilitada a brincarassim de gato e rato com os go-vernos revolucionários comoestes fazem com todos os demaisgovernos?

Vejam só o caso da Rússia:com o seu contingente duplica-do, a KGB conta, hoje em dia,com milhares de pseudópodosespalhados pelo mundo, ope-rando legalmente sob o disfar-ce de bancos, indústrias, fir-mas de consultoria, o diabo;tem ademais a seu serviço amáfia russa, que desde o come-ço dos anos 90 possui o domí-nio sobre todas as grandes re-des criminosas do mundo,da Sibéria à Venezue-

la e à Colômbia (v. Claire Ster-ling, Thieves' World: The Threatof the New Global Network of Or-ganized Crime, New York, Si-mon & Schuster, 1994, bem co-mo Helène Blanc e Renata Les-nik, L’Empire de Toutes les Ma-fias, Paris, Presses de la Cité,1998), mais o terrorismo islâ-mico que é criatura sua (v. IonMihai Pacepa, The Arafat I Knewe m h t t p : / / w w w . w e i z-ma nn .a c. il /h ome /c om ar ti n/ is-rael/pacepa-wsj.html) e todos osmovimentos revolucionáriosmilitantes do mundo, agoraunidos a ela por laços cada vezmais complexos e difíceis derastrear. Que poder, no mundo,jamais se organizou para en-frentar uma coisa dessas? Porfavor, não caiam no ridículo demencionar a CIA, organizaçãoincomparavelmente menor,cuja inermidade ante essa má-quina infernal já se comprovoucentenas de vezes.

Para piorar ainda mais as coi-sas, resta o fato de que a elite eco-nômica ocidental, que uma opi-nião pública boboca pode aindaimaginar empenhada em defen-

der a democracia e a liberdade,há muitas décadas já se dei-

xou seduzir pela propostade "governo mundial",

que traz as marcas inconfundíveisdo ideal revolucionário: um pro-jeto de sociedade hipotética a serrealizado mediante a concentra-ção do poder.

Concentração aliás muitomais densa que aquela previstaem qualquer dos projetos revo-lucionários anteriores, já que ba-seada no total controle da psico-logia das massas por uma elitede "engenheiros comportamen-tais" iluminados (v. Pascal Ber-nardin, Machiavel Pédagogue –Ou le Ministère de la Réforme Psy-ch olo giqu e, Éd. Notre-Dame desGrâces, 1995).

A convergência desse projetocom a utopia socialista é tãoacentuada que, nos países oci-dentais, a KGB não precisa gas-tar um tostão para promover ademolição "politicamente corre-ta" da moral e das instituições: oserviço é feito inteiramente sobos auspícios da elite globalistabilionária, em cuja vanguarda sedestacam George Soros e a famí-lia Rockefeller.

O segredo da hegemoniarevolucionária é sim-ples: continuidade e in-

tensidade do debate interno. Emqualquer conflito, cruento ou in-cruento, o contendor que duramais é, por definição, o vence-dor. O clássico simbolismo chi-nês já representava o poder ati-vo, soberano, por uma linha con-tínua, a passividade por uma li-nha quebrada. A fragilidade dasresistências que se opõem aoavanço revolucionário advémdo fato de que mesmo as entida-des mais antigas, mais aptas,portanto, a sustentar objetivosde longo prazo, como a IgrejaCatólica, a Casa Real Britânica, acomunidade judaica, a Maçona-ria ou mesmo o governo ameri-cano, têm suas finalidades pró-prias, distintas e limitadas, sóocasionalmente e pontualmenteentrando em disputa direta como movimento revolucionário naluta pelo poder mundial que é,para ele, o objetivo constante e ofoco unificador de todos os seusesforços. A visão que essas enti-dades têm do processo revolu-cionário é acidental e quebradi-ça. É nos intervalos dessa linhadescontínua que o movimentorevolucionário se insinua, utili-zando para seus próprios fins asenergias daqueles que teriam tu-do para ser seus mais eficientes etemíveis adversários.

OL AVO DE CA RVA L H O

É E N S A Í S TA , J O R N A L I S TA E

P RO F E S S O R DE FILOSOFIA

THOMAS L.FRIEDMAN

ADAPTE-SE.OU MORRA.O

aumento na taxa dedesemprego para 9,2%no mês passado levou os

democratas e os republicanos arecorrerem confiantemente asuas respectivas panaceias.É evidente para os liberais queprecisamos de mais estímulos epara os conservadores, de maiscortes de impostos para aumentara demanda. Eu tenho certezaque ambas as ideias são válidas,mas não acredito que elas sãotoda a história. Creio que algoa mais, algo novo – algo que vaipermitir que nossos garotosnão se esforcem muito paraencontrar o próximo empregoou para inventá-lo – também estáinfluenciando o atual mercadode trabalho mais do que aspessoas percebem.

Vejam as últimas notícias sobreo setor mais dinâmico da economiados EUA – o Vale do Silício. OFacebook agora está avaliado emquase US$ 100 bilhões; o Twitter,em US$ 8 bilhões; o Groupon, emUS$ 30 bilhões; o Zynga, emUS$ 20 bilhões e o Linkedln, emUS$ 8 bilhões. Essas são asempresas de rede social/internetde crescimento mais rápido domundo. E eis o que é assustador:pode-se facilmente reunir todosos empregados delas noMadison Square Garden, de 20 millugares, e ainda haveria espaçopara a vovó. Elas simplesmentenão empregam muitas pessoas emcomparação à valorização delas,mas, ao mesmo tempo emque todas estão contratandohoje, a maioria está procurandoengenheiros talentosos.

Aliás, o que é mais espetacularquando se fala com os

empresários é quantos delesutilizaram a pressão da recessãopara se tornarem ainda maisprodutivos utilizando maistecnologias de automação,programas deco m p u t a d o r,transferência de mão deobra, robótica –qualquer coisa quepossam usar parafazer produtosmelhores com umpessoal reduzido emenos obrigaçõesde sistemas de saúde e depensões. E isso não vai mudar. Eenquanto muitas delas estãocontratando, elas estão cada vezmais meticulosas. Todas estãoprocurando pelo mesmo tipo depessoas – pessoas que não só têmcapacidade de pensamento críticopara fazer as tarefas de agregarvalor que a tecnologia nãoconsegue, mas que tambémsejam pessoas que capazesde inventar, adaptar e reinventarseus empregos todos os diasnum mercado que se transformacada vez mais rápido.

As pessoas que estão seformando nas faculdades hojeprecisam estar conscientes que atendência crescente do Vale doSilício é avaliar os empregadostrimestralmente, não anualmente.Porque a mistura da globalizaçãocom a revolução da tecnologia dainformação significa que novosprodutos são lançados e retiradostão rapidamente que as empresasnão podem se dar ao luxo deesperar até o final do ano paradescobrir se um líder de equipeestá fazendo um bom trabalho.

Seja o que for que você estejapensando quando você procuraum emprego hoje, pode tercerteza que o empresário estáperguntando isto: essa pessoaconsegue agregar valor todasas horas, todos os dias – mais doque um trabalhador na Índia, umrobô ou um computador? Ele ouela consegue ajudar minhaempresa a se adaptar não sófazendo a tarefa de hoje, mastambém reinventando a tarefa deamanhã? E ela ou ele consegue se

adaptar a todas as mudanças, paraque minha empresa consiga seadaptar e exportar mais nummercado global que cresce cadavez mais rápido? No atual mundohiperconectado, mais e maisempresas não podem e não vãocontratar pessoas que nãopreencham esses critérios.

Mas nunca se saberia dissoescutando o debate emWashington, onde algunsdemocratas ainda tendem a falarsobre a criação de empregos comose fossem os anos 1960 e algunsrepublicanos como se fossem osanos 1980. Mas este não é omercado de trabalho de seus pais.

Essa é precisamente a razãopela qual o fundador do Linkedln,Reid Garrent Hoffman, um dosprincipais empreendedores noVale do Silício – além de cofundar oLinkedln, ele está no conselho doZynga, foi um dos primeirosinvestidores do Facebook e temassento no conselho da Mozilla –,tem um livro que será publicadono próximo ano chamado Th eStart-Up of You (O Lançamentode Você), escrito em parceria comBen Casnocha. Seu subtítulofacilmente poderia ser: "Ei,recém-formado! Ei, profissionalde 35 anos no meio da carreira!Aqui está como você constróisua carreira atualmente".

Hoffman afirma que essesprofissionais precisam de

uma mentalidade e um conjuntode habilidades inteiramentenovos para competir. "O velhoparadigma de subir a escada deuma carreira estável está morto eenterrado", ele me disse."Nenhuma carreira é mais umacerteza. As condições incertas, quemudam rapidamente, nas quaisempreendedores começamempresas, é o que é parecido para

todos nós que estamosconstruindo uma carreira.Assim, deve-se tratar aestratégia de carreira damesma forma com aqual um empresáriotrata o lançamentode um negócio."

Para começar,diz Hoffman, issosignifica descartarum grande planode vida. Osempresários não

escrevem um plano de negócioscom 100 páginas e o executam deuma vez. Eles estão sempreexperimentando e adaptandobaseados no que aprendem.

Isso também significa usarsua rede de contatos para obterinformações e novidades sobreonde estão as oportunidades decrescimento – e então investirem si mesmo para construircompetências que lhe permitamtirar vantagem dessasoportunidades. Hoffmancompleta: "Não se podesimplesmente dizer, 'Eu tenho umdiploma universitário, eu tenho odireito a um emprego, agoraalguém deveria descobrir comome contratar e como me treinar'".É preciso saber quais indústriasestão funcionando e o que estáocorrendo dentro delas e então"encontrar como agregar valor deuma forma que mais ninguémconsiga. Para os empresários, é sediferenciar ou morrer – isso agoraserve para todos nós".

Por fim, é preciso fortaleceros músculos da resiliência. "Vocêsdevem ter ouvido a notícia que oserviço de rádio online Pandoralançou ações há poucas semanas",disse Hoffman. "O que é menosconhecido é que no início ofundador tentou vender suaideia aos financiadores mais de300 vezes sem sucesso."

THOMAS L. FRIEDMAN É C O L U N I S TA

DO NEW YORK TIMES E TRÊS VEZES

GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER

TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

18 de Julho

Santo Arnolfode Metz

Originário da nobreza de Metz, na antigaGália, casou-se com uma aristocrata e teve

dois filhos. Cristão de fé inabalável e justo, foiconselheiro de dois reis em uma era de

domínio dos francos e guerras; depois,nomeado Bispo de Metz, se tornou um dos

grandes pastores do séc. VII.

Solução

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sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

FECHADAPauta da Câmaraesteve fechadadurante todo oprimeiro semestre

A B E RTAMas a visitaçãopública aoCongresso é livreno recesso

política

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Pagot não fica!Dilma Rousseff,

irritada comcomentários sobre a

provável volta dodiretor-geral afastadodo Dnit, afirmando

que sua decisãoestava tomada.

A Petrobras já assinou o contrato de R$ 300milhões com a Manchester Serviços Ltda. [fruto

de uma licitação fraudada em março deste ano].Nota da estatal, informando que o contrato com a

Manchester foi assinado em 1º de julho. A empresapertence (em 50%) ao ex-ministro dos Transportes e

senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

A Petrobras é um patrimônio do cidadão e nãoum feudo de um grupo ou de outro que quer

tirar vantagem da coisa pública.Duarte Nogueira (SP), líder do PSDB na Câmara,

dizendo que é preciso investigar as denúncias.

Me afastei de todos os meusnegócios oficialmente, não tenho

nenhuma ingerência nas empresas.Minha vida é servir o povo do meuestado e o meu País.

Senador Eunício Oliveira,afirmando que está fora do

comando de seus negócios desde1998 e que, portanto, nada tem a

ver com o escândalo da Petrobras.

Reivindicar não é negociar cargos.Senador Clésio Andrade (PR-MG), apesar de

defender que a bancada de Minas deveria indicar osubstituto de Pagot.

Até outubro de2009, tenho

convicção absolutade que ela [DilmaRousseff] sabia detudo o que estavaacontecendo.

Luiz Antonio Pagot, odiretor-geral afastado do

Dnit, em depoimentona Câmara Federal.

Não indico mais ninguém para o governo. Nempara o ministério, nem para o Dnit, porque se dá

problemas eu é que pago.Senador Blairo Maggi

(PR-MT), que recusou oconvite para comandar o

Ministério dosTr a n s p o r t e s .

Queremos pessoas certas noslugares certos, com competência,

experiência e honorabilidade.Novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio

Passos, informando que novas contrataçõesnão serão, necessariamente, do PR.

Os que governam para um terço da populaçãoestão incomodados em ver os pobres andando de

avião. Tem gente que se incomoda vendo pobreandando de carro novo, porque eles adoram ver umpobre andando de Brasília, ou de Chevette, com oparachoque arrastando. Essa gente não estáacostumada a ver progresso.

Ex-presidente Lula

Recorde na Câmara: pautatrancada por 6 meses

Para alcançar a façanha, governo transbordou o Legislativo com MPs e projetos com pedidos de urgência

Ogoverno conse-guiu um recordeno controle do tra-balho da Câmara

neste ano. Pela primeira vez nahistória do Legislativo a pautado plenário da Casa estevetrancada todos os dias do pri-meiro semestre. Ou seja, os de-putados entraram em recesso,na quinta-feira, sem ter tido apossibilidade de conduziruma pauta livre da imposiçãodo governo.

Nestes quase seis meses, oPalácio do Planalto calibrou obloqueio da pauta com medi-das provisórias e projetos delei enviados em regime de ur-gência pela presidente DilmaRousseff – um mecanismo pre-visto na Constituição que im-pede a votação de matérias le-gislativas até que a propostaseja votada.

Foi assim que o Planalto evi-tou a entrada na pauta, porexemplo, do projeto de leicomplementar que define osgastos na área de saúde pelaUnião, por Estados e municí-pios, conhecido por regula-mentação da Emenda 29.

O governo alega que, seaprovada, a proposta pode au-mentar os recursos da Uniãocom a saúde. Apesar de os líde-res partidários terem apoiadoessa votação, a presidentemanteve a pauta bloqueadapelo projeto que trata de ensi-no técnico, o Pronatec.

Segundo semestre – En-quanto os deputados discu-tem uma lista de projetos paravotação a partir de agosto, o ce-nário de domínio do governoestá pronto para se repetir nosegundo semestre. Na terceirasemana de agosto, a pauta serátrancada pelo projeto enviadono mês passado pela presiden-te Dilma em regime de urgên-cia, que cria a empresa brasilei-ra de serviços hospitalares

A partir de 2009, com umanova interpretação do entãopresidente da Câmara, MichelTemer (PMDB-SP), as medidas

provisórias passaram a blo-quear só parte dos projetos delei, aqueles cujos temas podemser tratados por meio de MPs.O projeto com a chamada ur-gência constitucional, no en-tanto, tem o guarda-chuvamaior. Impede a votação depraticamente todos os proje-tos, incluindo os de lei comple-mentar. Ficam livres apenas osprojetos de iniciativa exclusivado Judiciário, os de decreto le-gislativo, usado para os trata-dos internacionais, por exem-plo, e as propostas de emendaconstitucional.

C o n t ro l e – "O governo temo controle da pauta, do ritmode votação e das prioridades",reclamou o líder do PSol, de-putado Chico Alencar (RJ)."Nós nos frustramos com onosso trabalho e a populaçãofica frustrada conosco", disse.

O presidente da Casa, MarcoMaia (PT-RS), tem outra opi-nião: "O Executivo não poderealizar nada no País que nãotenha o aval do Legislativo".Maia argumenta que os depu-tados discutem e alteram asMPs e as propostas do governoantes de votá-las. (AE)

Marco Maia: "O Executivo não pode realizar nada no País que não tenha o aval do Legislativo".

Wilson Dias/ABr - 02.02.10

Mas público pode visitar oCongresso durante o recesso

OCongresso continuaráaberto à visitação nomês de julho, durante

o período de recesso parla-mentar, entre os dias 18 e 31.Quem quiser, pode conhecer aCâmara e o Senado todos osdias, inclusive nos fins de se-mana, a partir das 9h30. As vi-sitas vão às 17h.

A cada 30 minutos, um gru-po é levado por um guia pelasdependências da Câmara, sa-lões e plenários de ambas asCasas. No Senado, eles tam-bém visitam o chamado Túneldo Tempo, corredor com pai-néis que explicam os momen-

tos mais marcantes do Legisla-tivo e que foi reinaugurado emmaio.

Turistas estrangeiros quedesejarem o acompanhamen-to de guias que falem inglês eespanhol podem solicitar oserviço com antecedência, pormeio da página da visitaçãoinstitucional do Senado. É re-comendável também o agen-damento quando o visitantetem necessidades específicas.

Grupos formados por maisde 15 pessoas também devemmarcar a visita com antecedên-cia, para um atendimento ade-quado. ( F o l h a p re s s )

Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr - 11.0208

Alencar: "O governo controla a pauta, ritmo de votação e prioridades"

Contra Belo Monte eem defesa da floresta

Cerca de 200 manifes-tantes, de acordo com aCompanhia de Enge-

nharia de Tráfego (CET), doMovimento Brasil pela Vidanas Florestas fizeram ontem,na avenida Paulista, uma ma-nifestação contra a construçãoda usina hidrelétrica de BeloMonte, no Rio Xingu, no Pará,e contra as alterações no Códi-go Florestal.

Os ativistas saíram do vão li-vre do Masp e pararam os doislados da avenida na altura docruzamento com a BrigadeiroLuís Antônio. Segundo a orga-nização, o objetivo do protestoé pressionar o governo paraque decisões que afetem todos

os brasileiros ocorram somen-te após esclarecimentos da po-pulação e debates de ideias pormeio de mecanismos de parti-cipação democrática, como re-ferendos, plebiscitos e audiên-cia pública. (Agências)

Ativista do MovimentoBrasil protesta contra

usina. Para eles, um BeloMonte de mentiras.

Mario Palhares/AE

Bruno Poletto/Frame/AE

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

A PEC dos Recursos não desafogará a Justiça, pois não altera a estrutura do Judiciár io.Fernando Fragoso, presidente do IAB.política

Novo PactoRepublicano será

assinado em agosto

Wilson Dias/ABr – 7/6/2011

O presidente do STF Cezar Peluso propôs PEC para reduzir o número de recursos aos tribunais superiores

Uma das medidas já está em tramitação no Senado: a PEC dos Recursos.

Guilherme Calderazzo

Os principais diri-gentes dos três po-deres assinam, até odia 15 de agosto, o

III Pacto Republicano (III PR),um esforço conjunto para apro-var com mais rapidez projetosde lei e, ainda, propostas deemendas à Constituição (PECs)que favoreçam o desempenhodo Judiciário. Assinarão o do-cumento a presidente DilmaRousseff, pelo Executivo, o de-putado Marco Maia (PT-RS),presidente da Câmara dos De-putados, o senador José Sarney(PMDB-AP), presidente do Se-nado, e o presidente do Supre-mo Tribunal Federal (STF), mi-nistro Cezar Peluso.

Os objetivos detalhados doIII PR e os projetos e as PECs aserem incluídos na iniciativasó serão conhecidos no dia emque for assinado pelos dirigen-tes dos três poderes. Desde já,no entanto, sabe-se que o prin-cipal destaque desta terceiraedição do pacto será a chama-da "PEC dos Recursos", ou seja,uma proposta de emenda àCarta Magna, que propõe a re-dução da quantidade de recur-sos judiciais. No essencial, aPEC permite a execução ime-diata das sentenças decididasjá na segunda instância do Ju-

Divulgação

Coelho: direito ameaçado.

diciário. E os recursos para ostribunais superiores só teriamcaráter rescisório.

OAB critica – A proposta édefendida por seu autor, o pre-sidente do STF, ministro CezarPeluso, e criticada pela Ordemdos Advogados do Brasil, aOAB Nacional, e pelo Institutodos Advogados Brasileiros(IAB). Com o número 15/2011, aPEC dos Recursos foi materiali-zada em proposta e já se encon-tra em discussão na Comissãode Constituição e Justiça (CCJ)do Senado, por iniciativa do se-nador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Na CCJ, o senador AloysioNunes Ferreira (PSDB-SP) deuparecer favorável à PEC, masapresentou um substitutivo.

As divergências atuais emtorno dessa PEC sinalizamque haverá muitos debates noCongresso e fora dele. O mi-nistro Peluso sustenta que oJudiciário sofre com a possi-bilidade de numerosos recur-sos, que impedem o fim dosprocessos, ou o trânsito emjulgado. Segundo o ministro,tramitam no STF mais de 100mil recursos, o que, para ele,"é um absurdo absolutamen-te inqualificado".

Os recursos aos tribunais su-periores continuam admissí-veis, mesmo que a PEC sejaaprovada, de acordo com o mi-nistro. "A diferença é que essesrecursos assumem a funçãorescisória", diz. Ou seja, os re-cursos, nos tribunais superio-res, podem trazer a anulaçãoda decisão impugnada ou, ain-da, garantir o rejulgamento domérito de uma causa. Segundoo ministro, se aprovada, a PECgarantirá a redução, em doisterços, do tempo de tramitaçãodos processos, e também pro-vocará a redução dos casos deprescrição dos crimes, em ra-zão da diminuição do tempode tramitação das ações.

Sem desafogo – "Se a PECfor aprovada, não desafogaráa Justiça, como querem, já quea proposta não altera a estru-tura operacional do Judiciá-rio. Temos de alterar essa es-

Divulgação

Fragoso quer mudar as estruturas

Lia de Paula/Ag. Senado – 29/6/2011

Aloysio Nunes: substitutivo.

trutura, para tornar a Justiçamais ágil", diz Fernando Fra-goso, presidente do Institutodos Advogados Brasileiros.Segundo ele, a proposta so-brecarregará ainda mais os tri-bunais de 1ª e 2ª instâncias."Temos apenas cinco Tribu-nais Regionais Federais e só 30Tribunais Regionais do Traba-lho no País. Cada um dos TRFstem apenas 33 juízes. Eles re-cebem uma média de 1.200 no-vos processos por mês e jul-gam, no período, em torno demil processos", diz Fragoso.

Ainda segundo ele, desde1988, os juízes de primeira ins-tância do Judiciário federalpassaram de 150 para poucomais de 2 mil nos dias atuais."Já no Superior Tribunal deJustiça (STJ), a terceira instân-cia, há apenas 33 ministros,quando deveríamos ter alimais de cem magistrados. Issomostra por que a Justiça é lentae prejudica o cidadão", diz Fra-

goso. Acrescenta que 80% dosrecursos aos tribunais superio-res (STJ e STF) são da União eseus segmentos, "que se valemdos recursos, principalmentepara não pagar o que devemaos cidadãos".

A Ordem dos Advogadosdo Brasil (OAB Nacional) tam-bém tem uma posição contra aPEC dos Recursos. "A propos-ta tira a eficácia dos recursos,tornando-os peça de decora-ção", avalia Marcus ViniciusFurtado Coelho, secretário-geral da instituição. "Além dedemorada, muita decisão atéa 2ª instância do Judiciário éabsurda e abusiva. Tendo dese submeter a essas decisões,às sentenças dessas instân-cias, o cidadão não terá plenodireito de defesa. Para nós, aproposta é inconstitucional",diz Furtado Coelho.

Substitutivo – Em seu subs-titutivo, o senador AloysioNunes Ferreira mantém os re-

cursos apresentados aos tribu-nais superiores no formatoatual, em vez de propor que setransformem em ações rescisó-rias. No entanto, determinaque a utilização deles não é su-ficiente para adiar o trânsitoem julgado da ação em 2ª ins-tância. Segundo o substituti-vo, uma sentença em segundainstância só seria sustada pordecisão tomada por maioria deum tribunal superior.

Ainda no substitutivo, o se-nador propõe que as ações pe-nais decididas em instânciasúnicas, que ocorrem paraquem tem prerrogativa de fo-ro, como é o caso de autorida-des e políticos, possam ser ob-jeto de recursos ordinários aostribunais superiores, evitandoque essas sentenças sejamcumpridas de imediato.

Para Fragoso, as propostasdo substitutivo não resolvemos problemas do Judiciário. "Seaprovadas, pioram a Justiça, jáque obrigarão os tribunais su-periores a realizar dois julga-mentos. Primeiro, terão deanalisar o recurso, para ver se asentença deve ser suspensa.Depois, vão julgar o mérito",diz Fragoso. Na opinião deFurtado Coelho, uma das pro-postas do senador cria uma ca-tegoria especial de brasileiros."Para aqueles que possuemcargos, se condenados, a sen-tença não seria cumprida ime-diatamente. Caberia recurso atribunal superior. A proposta éinconstitucional, já que fere oprincípio de que todos sãoiguais perante a lei", diz Furta-do Coelho.

O combate à Justiça lentaO s esforços dos chefes

dos três poderes paraaprimorar o desempe-

nho da Justiça, tornando-amais ágil e efetiva, tiveram iní-cio em 2004, ano em que foi as-sinado a I Pacto Republicano.Assinaram a medida as se-guintes autoridades: o presi-dente Lula da Silva, os presi-dentes da Câmara dos Deputa-dos e do Senado, respectiva-mente João Paulo Cunha (PT-SP) e José Sarney (PMDB-AP),e o presidente do STF no perío-do, Nélson Jobim.

O I PR estabeleceu 11 compro-missos, e o objetivo fundamen-tal era combater a morosidadedos processos judiciais e, ainda,prevenir a multiplicação de de-mandas em torno do mesmo te-ma. Segundo dados do Supre-mo Tribunal Federal (STF), 24projetos da lista desse pacto fo-ram transformados em leis. Emconsequência, houve alteraçãono Código de Processo Civil,permitindo, porém, que umasentença improcedente em ma-téria controvertida seja repro-duzida em casos idênticos, se-gundo criticam os advogados.

Além disso, outros projetosaprovados mudaram artigosda Consolidação das Leis doTrabalho (CLT), tais como aação rescisória, que ficou sujei-ta ao depósito prévio de 20%do valor da causa. Para incen-tivar a informatização da Justi-ça, outra lei regulamentou ouso de meio eletrônico na tra-

Antonio Cruz/ABr – 13/4/2009

Sarney e Lula, na solenidade de assinatura do II Pacto Republicano.

mitação de processos judiciais,comunicação de atos e trans-missão de peças em processotrabalhista, civil e penal.

II Pacto Republicano – Foiassinado em abril de 2009, e te-ve como signatários o presi-dente Luiz Inácio Lula da Sil-va, os presidentes do Senado eda Câmara dos Deputados,respectivamente José Sarney(PMDB-AP) e Michel Temer(PMDB-SP), e ainda GilmarMendes, então chefe máximodo Supremo Tribunal Federal(STF). Em razão do II PR, emquestão penal foi tornado legalo interrogatório por meio devideoconferência e, ainda, vi-rou crime entrar em peniten-ciária com aparelho celular ou

rádio sem autorização legal.Houve ainda a aprovação

da lei que iniciou a ampliaçãoda primeira instância da Justi-ça Federal. Ou seja, pela lei,até 2014, deverão ser criadas230 Varas Federais no País.Também foi aprovada normalegal que disciplinou o man-dado de segurança individuale coletivo – isto é, alterou oajuizamento e o julgamentodesses mandados. Em relaçãoà atuação do advogado, novasleis permitiram que possa reti-rar os autos do cartório por atéuma hora e, em processos tra-balhistas, tenha o direito deautenticar os documentos porintermédio de uma declara-ção de validade. (GC)

Informe Publicitário

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

O PMDB é a sigla que registra o maior número de mulheres: 1.025.337 em todo o Paí s.Levantamento do Tribunal Superior Eleitoralpolítica

TSE dá a largada para as eleições de 2012O Tribunal já definiu as datas e regulamentações para as próximas eleições. O primeiro turno já está marcado para o dia 7 de outubro.

Mário Tonocchi transferência para seção elei-toral especial.

As convenções para escolhados candidatos serão entre osdias 10 e 30 de junho. Após esseperíodo, emissoras de rádio eTV estão proibidas de transmi-tir programas apresentadospor candidato escolhido emconvenção. A propaganda elei-toral gratuita na rádio e na TVcomeça em 21 de agosto e acabaem 4 de outubro, três dias antesda realização do pleito.

Na mesma data, 4 de outu-bro, termina o prazo para pro-paganda mediante reuniõespúblicas ou comícios, e tam-bém para a realização de deba-tes nas rádios e nas TVs.

O dia 5 de outubro é o prazofinal para divulgação de propa-ganda paga em jornal impres-so. No dia 6, acaba o prazo parapropaganda com a utilizaçãode alto-falantes ou amplifica-dores de som, assim como a dis-tribuição de material gráfico epromoção de carreatas. (Ve j amais datas importantes em quadroà direita nesta página.)

N ú m e ro s – De acordo comlevantamentos do TribunalSuperior Eleitoral, hoje há 27partidos políticos registradosna Justiça Eleitoral. As agre-m i a ç õ e s t ê m u m t o t a l d e13.962.513 eleitores filiados.

Dos 27 partidos com regis-tros definitivos, sete reúnem amaioria dos eleitores filiados.

A m a i o r i a p e r t e n c e a oP M D B , c o m u m t o t a l d e2.324.339 filiados em todo oPaís. Em seguida, aparecem oPT, com 1.423.063; o PP, com1.369.873 filiados; o PSDB,com 1.323.531; o PTB, com1 . 1 5 7 . 4 8 7 ; o P D T , c o m1 . 1 3 7 . 0 7 2 ; e o D E M , c o m1.098.121.

Dentre esses sete partidos, alegenda que registrou maiornúmero de mulheres filiadasfoi o PMDB, com 1.025.337 emtodo o País. Em segundo lugaro PT, com 607.469; e, em tercei-ro , a p a re c e o P S D B , c o m583.450 mulheres registradas.

OTribunal SuperiorEleitoral (TSE) jádefiniu as datas eregulam entações

para as eleições de 2012.O primeiro turno será no dia

7 de outubro, para municípioscom mais de 200 mil habitan-tes. Para o segundo turno, a da-ta marcada é o dia 28 de outu-bro. No ano que vem serão dis-putados os cargos de prefeitos,vice-prefeitos e vereadores em5.566 municípios.

Um ano antes do primeiroturno, no dia 7 de outubro de2011, todos os partidos de-vem, obrigatoriamente, obterregistro no TSE. O prazo é omesmo para que os candida-tos regularizem sua filiaçãopartidária e apresentem seuscomprovantes de domicílioeleitoral no local onde preten-dem disputar mandato.

Nos municípios onde hou-ver necessidade de um segun-do turno, a propaganda eleito-ral fica permitida já a partir dodia seguinte ao primeiro tur-no. A propaganda eleitoralgratuita na rádio e na TV, parao segundo turno, pode come-çar até o dia 13 de outubro e seestenderá até o dia 26.

Pesquisas eleitorais – Apartir do primeiro dia de janei-ro do ano que vem, os institu-tos de pesquisa estarão obriga-dos a registrar seus levanta-mentos, segundo as regras de-f inidas pelo TSE, para aseleições de 2012. Também apartir daquele dia, a adminis-tração pública fica proibida dedistribuir bens, valores ou be-nefícios gratuitamente, a nãoser em situações excepcionais.

No dia 9 de maio do ano quevem termina o prazo para oeleitor requerer sua inscriçãoeleitoral ou a transferência dedomicílio. Também nesse diaencerra-se o prazo para que oeleitor com deficiência ou commobilidade reduzida solicite

Os eleitores comparecerão de novo às urnas para eleger prefeitos e vereadores em suas cidades

Fotos: Newton Santos/Hype

Tribunal de Justiça na Praça Clóvis: projeto de Ramos de Azevedo. Cláudia Ferreira soube "por acaso" A propaganda de Jânio Quadros

Em exposição, a história eleitoral de SP.

Se o Palácio da Justiça dacapital, entre a Praça daSé e a Praça Clóvis Bevila-

qua, enche os olhos dos turis-tas e dos cidadãos de São Paulocom a imponente arquiteturade Ramos de Azevedo e com oentra e sai de seus sóbrios fre-quentadores de terno e grava-ta, ou de tailleurs e vestidoscomportados, desde o dia 15de junho outra atração se mis-tura à intensa faina das ativi-dades judiciais: uma exposi-ção sobre a história eleitoral doEstado de São Paulo.

Um extenso tapete verme-lho que cobre os corredores doTribunal de Justiça do Estadode São Paulo (TJ-SP) conduz ovisitante ao Salão dos PassosPerdidos, onde está a exposi-ção "Palácio da Justiça, berçodo TRE paulista".

O Tribunal Regional Eleito-ral de São Paulo nasceu no ga-binete do então presidente doTJ Afonso José de Carvalho, noPalácio da Justiça, em 25 demaio de 1932, mas só foi insta-lado efetivamente em 15 de ju-nho daquele ano, significati-vamente poucos dias antes doinício da Revolução Constitu-cionalista de 1932.

A mostra reúne desde urnas

de lona e títulos eleitorais daépoca do Império até suveni-res do candidato Jânio Qua-dros ao governo do estado em1982, como um dos panfletosusados por Jânio com mais umde seus dizeres rebuscados:"Papá-los-ei!". Há ainda osbroches das famosas vassouri-nhas que, segundo o candida-to, seriam usadas para "varrera corrupção" do País e cédulasfictícias com o número e o no-me do candidato do PTB.

A diretora do Museu do Pa-lác io da Just iça , Cr is t inaMaia, explica que a propostada iniciativa é a de inserir o ci-dadão nos costumes da insti-tuição e lembrar à sociedade aimportância das eleições e dodebate democrático.

Hi stór ia – A RevoluçãoConstitucionalista de 1932, oEstado Novo de 1937, os malesda ditadura militar para oTRE-SP, a campanha Diretas Jáe a efervescência da primeira

eleição direta para presidenteda República após o regimemilitar estão reproduzidos nosbanners, fotografias e maque-tes da exposição, que mostra aimportância de um Brasilconstruído pelo voto popular.

Uma das atrações da mostraé um vídeo do debate de 1982,transmitido pela TV Bandei-rantes, entre os candidatos aogoverno do estado de São Pau-lo: Reynaldo de Barros, FrancoMontoro, Rogê Ferreira, JânioQuadros e Lula.

Depois quatro meses exila-do em Corumbá (MT) e dos 12anos fora do cenário políticonacional, Jânio voltava com omesmo tom efusivo no seu lin-guajar característico e, dessavez, sem óculos. Lula apareceno canto da bancada, de canetana mão e barba espessa.

Apesar da facilidade deacesso ao Palácio da Justiça, aolado do metrô Sé, e do ingressogratuito, a exposição não atrai

público muito diversificado."Os mais curiosos ainda são

os engravatados e os estudan-tes de Direito", afirma AntônioCarlos Carreta, assessor de im-prensa e diretor de fotografiado TJ. As visitantes CláudiaDantas Ferreira, 42, e Thaís Li-ma, 21, confirmam. A primei-ra, advogada atuante no Fó-rum Criminal da Barra Funda,e a segunda, estudante de Di-reito, reclamam do horário e dafalta de divulgação. "Eu vimprotocolar um documento e sóentão soube da exposição",afirmou Cláudia.

D ura çã o – A exposição ter-mina em 31 de julho no Palácioda Justiça e, segundo a direto-ria do Museu do TJ, será levadano início de agosto para o pré-dio do TRE paulista, na RuaFrancisca Miquelina, 123, (nobairro da Bela Vista), onde ficaaté o fim do mês. "Estamospensando em montar a exposi-ção em outros prédios do Judi-ciário, mas ainda é só umaideia", acrescentou a diretoraCristina Maia.

O horário para visitação vaidas 13h às 18h, de segunda asexta-feira, no Tribunal de Jus-tiça de São Paulo, na Praça Cló-vis, ao lado da Catedral da Sé.Para maiores informações, osinteressados podem ligar para(11) 3295-5819.

Victória Brotto

Raridades: urna de madeira ... ... e título da época do Império.

Voto biométrico:o Estado de São

Paulo estáampliando o usodo novo sistemae, só na capital,

14 zonaseleitorais estarãoaparelhadas comequipamentos.

São Pauloamplia uso do

s i s te m abiométr ico

Com oito milhões deeleitores, o Estadode São Paulo amplia

o uso do sistema biométri-co para identificação eleito-ral. Doze novas zonas elei-torais do Valo Velho, SantoAmaro, Indianópolis, Cape-la do Socorro, Campo Lim-po, Cidade Ademar, Grajaú,Piraporinha, Capão Redon-do, Parelheiros, Jardim SãoLuiz e Pedreira ingressaramna tecnologia para o pleitode 2012. No sistema, os elei-tores são fotografados esubmetem as impressõesdigitais a um scanner. Todosos eleitores de São Paulodevem estar digitalizadosaté 2018.

Nuporanga, com 4.982eleitores, foi o primeiro mu-nicípio a ter votação biomé-trica em 2010. Depois veioSales de Oliveira, com 7.713eleitores. Os municípios, damesma zona eleitoral, ficamna região de Ribeirão Preto.A s c i d a d e d e I t u p e v a(27.475 eleitores) e Jundiaí(271.557 eleitores) recadas-tram, de 16 de maio a 21 deoutubro de 2011, e de 25 dejulho a 16 de dezembro de2011, respectivamente,eleitorado de cerca de 300mil. Na capital paulista, 14zonas eleitorais já atendemos eleitores pelo novo siste-ma, além do Poupatempode Santo Amaro. (MT)

Célio Messias/AE

Ficha Limpa ainda correrisco de não ser implantada

Com a decisão doSupremo TribunalFederal (STF) de adiar

para 2012 a Lei da FichaLimpa (Lei Complementar135/10), a nova legislaçãoainda corre riscos, segundodefensores da proposta deiniciativa popular aprovadano ano passado peloCongresso Nacional.

Tramita nas comissões daCâmara o Projeto de LeiComplementar (PLC) 14/11,que estabeleceque o governador,o prefeito ou oservidor públicoque tiver suascontas rejeitadaspor improbidadeadministrativa,em decisãoirrecorrível deTribunal deContas, só setornará inelegíveldepois que adecisão forconfirmada emsentençadefinitiva deórgão judicialcolegiado.

Vo c a ç ã og ove r n i s t a – Aproposta é deautoria dodeputado SilvioCosta (PTB-PE) ealtera a Lei deInelegibilidades (LeiComplementar 64/90).

"As Casas Legislativas e osTribunais de Contasevidentemente não sãoinstâncias do PoderJudiciário. A atual Lei daFicha Limpa diz que se, umex-prefeito tiver suas contasrejeitadas pela Câmara de

Vereadores, estará inelegível.No entanto, nos 5,5 milmunicípios do País, a maioriadas Câmaras tem vocaçãogovernista. Isto significa que,quando um cidadão deixa deser prefeito, no outro dia amaioria da Câmara já passa aser sua adversária.Consequentemente, elesempre terá dificuldades deaprovar suas contas. Tambémé verdade que, enquanto oprefeito estiver no poder, ele

terá problemaspara aprovarsuas contas naCâmaraMunicipal",justifica odeputado em suasolicitação.

Hoje, a lei nãoexige amanifestação daJustiça para que opolítico se torneinelegível por oitoanos. Basta que ascontas sejamrejeitadas peloTribunal deContas por" i r re g u l a r i d a d einsanável"caracterizadacomo ato dei m p ro b i d a d eadministrativa.Essa regra foiincluída na

norma em 2010, pela Lei daFicha Limpa. Para o juizMarlon Reis, diretor doMovimento de Combate àCorrupção Eleitoral (MCCE), aproposta em andamento naCâmara é inconstitucional e vaicontra o anseio popular para aimplantação da ficha limpa napolítica brasileira. (MT)

Enquanto oprefeito estiverno poder, terádificuldade deaprovar contas

na CâmaraMunicipal.

SI LV I O CO S TA

Valter Campanato/ABr – 3/4/2008

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

EGITO 1Advogado diz queex-ditador HosniMubarak está emcoma profundo

EGITO 2Fontes do governonegam doença deMubarak, internadodesde abril.nternacional

Mais um golpe é desferidono império de Murdoch

Rebekah Brooks, braço direito do magnata, é detida por escândalo de escutas ilegais.Crise faz outra vítima: chefe da polícia de Londres renuncia por ligações com jornalista envolvido em grampos.

Acrise das escutas te-lefônicas do tabloi-de News of the Worldalcançou ontem no-

vas proporções com a renúnciado chefe da Polícia Metropoli-tana de Londres (ScotlandYard), Paul Stephenson, e a de-tenção de Rebekah Brooks,conselheira do magnata Ru-pert Murdoch no Reino Unido,duas notícias inesperadas.

O comissário-chefe foi dura-mente criticado nos últimosdias por sua ligação com o ex-editor do News of the WorldNeilWallis, preso na semana passa-da em meio às investigaçõesdo escândalo. Stephenson te-ria contratado Wallis comoconsultor de relações públicasda polícia por um ano, até se-tembro de 2010.

"Tomei essa decisão por cau-sa das especulações e acusa-ções relativas às ligações daPolícia Metropolitana com aNews International", disse Ste-phenson, referindo-se ao gru-po de Murdoch, em discursotransmitido pela televisão.

Stephenson disse que co-nheceu Wallis em 2006, quan-do o jornalista ainda trabalha-va no News of the World, em umencontro para falar sobre ques-tões de segurança pública, co-mo já tinha feito com outrosjornalistas. Em 2009, após Wal-lis deixar o jornal, foi contrata-do pela polícia londrina.

Stephenson disse não ter sidoresponsável pela contratação deWillis e negou que soubesse doenvolvimento do jornalista comos casos de escuta telefônica.

"Deixe-me dizer claramen-te, eu e as pessoas que me co-nhecem sabem que minha in-tegridade está intacta. Eu gos-taria que tivéssemos feito al-g u m a s c o i s a s d e f o r m adiferente, mas não vou perdero sono por minha integridadepessoal", afirmou.

A polícia londrina tem esta-do sob fortes críticas por nãoter investigado a fundo os ca-sos de escuta quando as pri-meiras acusações surgiram,em 2006, e, mais recentemente,por supostamente ter recebidosuborno do News of the World.

Stephenson ainda teve querebater ontem as alegações quesua recente viagem a um bal-neário de luxo, avaliada em 13,7mil euros, foi paga por Wallis,apesar de ter admitido que ele

também não abonou a conta.A polícia afirma que a fatura

foi paga pelo gerente do local,mas não explicou o motivo dogeneroso presente.

Prisão - A renúncia de Ste-phenson aconteceu no mesmodia em que Rebekah Brooks,até a semana passada uma dasmulheres mais poderosas doReino Unido, foi detida. Ela játinha renunciado ao cargo nasexta-feira e até agora é o maisalto executivo da News Inter-national a ser preso em cone-xão com escândalo.

Ela havia ido à polícia volun-tariamente para prestar depoi-mento sobre o caso.

Após ser interrogada pelospoliciais por 12 horas, Rebekah,braço direito de Murdoch, foi li-bertada à noite sob fiança.

Próxima ao primeiro-minis-tro do Reino Unido, David Ca-meron, a jornalista de 43 anos éacusada de aprovar as escutasilegais e de pagar subornos apoliciais para obter informa-ções exclusivas para o News ofthe World, veículo que dirigiude 2000 até janeiro de 2003.

Entre as pessoas que tiveramseus telefones grampeados es-tão políticos e celebridades.

Indignação - A crise geradapelas escutas ilegais do News ofthe World, que ganhou força nodia 4 de julho no Reino Unido,se transformou em uma espi-ral que ameaça o poderoso im-pério de Rupert Murdoch.

Embora o escândalo tenha ex-plodido em 2006, na semanapassada foi divulgado que entreos celulares interceptados esta-va o de uma menina assassina-da, o que desencadeou uma on-da de indignação no Reino Uni-do que levou ao fechamento doNews of the Worlde a renúncia deMurdoch em adquirir a totali-dade da maior provedora de TVpaga britânica, a BSkyB. Mur-doch tem 39% das ações.

Além de Rebekah e Stephen-son, Les Hilton, presidente daagência norte-americana Do wJones e editor do jornal The WallStreet Journal, também renun-ciou na sexta-feira.

Está previsto que nesta ter-ça-feira a própria Rebekah, omagnata Rupert Murdoch eseu filho James prestem decla-rações diante do Comitê deMeios de Comunicação da Câ-mara dos Comuns pelo escân-dalo. (Agências)

AFP - 01/07/11

RebekahBrooks eraconsideradauma dasmulheres maispoderosas doReino Unido.Ela é o mais altoexecutivo daNewsInternational aser preso emconexão comescândalo.

Stephenson: ligações suspeitas com jornalistas e propinas à polícia.

Suzanne Plunkett/Reuters

Raúl Castro recebe Chávez (centro, ao lado da filha Rosa Virginia)

Divulgação/Reuters

De volta a Cuba, Chávez'batalha pela vida'.

Opresidente da Vene-zuela, Hugo Chávez,está de volta a Cuba pa-

ra continuar a segunda fase deseu tratamento contra um cân-cer na região pélvica, que inclui-rá sessões de quimioterapia.Ontem, o líder manteve silêncioa respeito do tratamento.

"Da minha trincheira, bata-lhando pela vida", limitou-se adizer Chávez em seu perfil noTwitter (@chavezcandanga).Animado, ele também comen-tou sobre futebol.

O presidente venezuelano foioperado duas vezes em Hava-na, nos dias 10 e 20 de junho. Naúltima cirurgia foi retirado umtumor, que Chávez disse ser si-milar a uma bola de beisebol.

Chávez, de 56 anos, foi rece-bido na noite de sábado pelo

presidente cubano, Raúl Cas-tro, no aeroporto internacio-nal de Havana, segundo umcomunicado do governo lidona televisão estatal.

Antes de viajar, Chávez dele-gou ao vice-presidente executi-vo, Elías Jaua, várias funções eprerrogativas até agora suas, in-cluindo a de expropriar bens.

O presidente venezuelanofoi autorizado, ontem, pela As-sembleia Nacional, a viajar aHavana. Na ilha de Fidel Castrodeve se submeter a sessões dequimioterapia, contrariandoas expectativas de que iria aoBrasil se tratar no hospital Sí-rio-Libanês, em São Paulo.

Ele não anunciou a data deretorno. "Espero que não sejaum período muito longo (deausência)", afirmou. (Ag ê n c i a s )

PARABÉNS – O líder sul-africano Nelson Mandela completa hoje 93anos. Em 2009, a ONU homenageou a sua contribuição pelos direitoshumanos ao declarar a data o Dia Internacional Nelson Mandela.

Divulgação/AFP

Soldados canadenses arrumam malas em base militar em Kandahar

Romeo Gacad/AFP

Otan começa a dizeradeus ao Afeganistão

Sem alarde, em meio a se-gredos, a Organização doTratado do Atlântico Nor-

te (Otan) começou ontem, for-malmente, o processo de trans-ferir as atividades de segurançano Afeganistão às autoridadesdo país. A primeira provínciaescolhida foi a de Bamyan, emum processo que continuará emmais cinco regiões do país du-rante a próxima semana.

A cerimônia realizada na ca-pital, Cabul, teve a presença doprincipal responsável da mis-são da Otan no Afeganistão, ogeneral norte-americano DavidPetraeus, e os ministros afegãosde Interior, Mohammad FarooqWardak, e de Defesa, Moham-med Rahim Wardak.

Os ministros viajaram paraBamyan, um dos locais maispacíficos do país, para uma ce-rimônia que não foi anunciadacom antecipação, não foi trans-mitida ao vivo na TV e paraqual apenas alguns órgão de

imprensa foram convidados.A Otan vai transferir a segu-

rança para as forças afegãs emum processo gradual, que só de-ve ser completado em 2014. Hápoucos dias, 3 mil soldados ca-nadenses terminaram sua mis-são de combate em Kandahar,no sul do país.

Atentado - A saída das tro-pas estrangeiras ocorre emmomento crítico no Afeganis-tão. Um alto assessor do presi-dente Hamid Karzai foi assas-sinado em sua casa em Cabulontem. Jan Mohammad Khanera tão importante para Karzaiquanto seu irmão, Ahmed Wa-li Karzai, morto por um guar-da-costas dentro de sua pró-pria casa, em Kandahar, na ter-ça-feira passada.

A morte de Khan vai inflamarainda mais a volátil política daregião sul do país, onde os tale-bans estão lutando contra tro-pas lideradas pelos EUA pelocontrole da área. (Agências)

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

DE VOLTA AO PASSADOA Casa Número 1, junto ao Pátio do Colégio, no

Centro, está cada dia mais remoçada. Ela foirestaurada e em mais algum tempo será

entregue à cidade. Algumas de suas salas serãotransformadas em espaço de exposições.cidades

Na nova Casa Número 1, a história...

Como uma noiva quese veste para o casa-mento, a Casa Nú-mero 1 não pode ser

vista. Esse antigo sobrado, defins do século 19, está com obrasde restauro prestes a terminar. ASecretaria da Cultura só vaimostrá-lo quando tudo estiverde acordo com o figurino.

No entanto, mesmo com ta-pumes cobrindo o térreo, dápara ver que ficou muito boni-to. A fachada, com janelas altase balcão, e o belo ornamento dotelhado, é um presença de cer-ta forma inesperada, na rua.

O endereço era Rua do Car-mo, número 1. A primeira casada rua, vizinha ao Pátio do Co-légio, no Centro. Em meadosdo século passado, aquele tre-cho da rua passou a se chamarRoberto Simonsen. O sobradoainda é a primeira casa, masagora sob o número 136-B.

O bandeirante Gaspar Go-doy Moreira foi um dos pri-meiros moradores. Depois,ainda no século 19, a constru-ção abrigou um colégio, foi se-de de uma empresa de servi-ços, e de uma "Sociedade deImigração", até passar para aCompanhia de Gás. A partir de1910 sediou órgãos policiais.

Por décadas, esteve ali aCentral de Polícia, para ondeconvergiam informações so-bre as ocorrências da cidade.Com isso, os repórteres fica-vam de plantão ali dia e noite.

Sala de Imprensa – P ar aabrigá-los, a Secretaria da Segu-rança cedeu uma sala, onde pu-deram ter mesa e máquina deescrever. A Sala de Imprensa ti-nha setoristas de todos os jor-nais. De lá, saiam para cobrir cri-mes e acidentes (leia texto ao la-do). Foi assim até 1970, quando apolícia deixou o prédio, quepassou para a Prefeitura.

O assobradado (como estános registros do DPH, Depar-tamento do Patrimônio Histó-rico) foi construído sobre osalicerces de uma antiga casa detaipa de pilão (barro socadoem formas de madeira).

Há pouco mais de uma déca-da, recebeu obras de restauro.A remoção de várias demãosde tinta sobrepostas, nas pare-des, revelou pinturas e dese-nhos decorativos, que foramre c u p e r a d o s .

Os trabalhos de agora abran-geram todo o sobrado. O telha-do, destruído por um incêndio,foi refeito. Instalou-se um eleva-dor e construíram-se banheiros.A construção tem o térreo e doisandares. Os planos são de que,em duas salas abertas para arua, no primeiro andar, sejamexpostos gravuras, ilustrações efotos da história da cidade.

Pelos registroshistóricos, seu

primeiro morador foio bandeirante

Gaspar GodoyMoreira. Daí em

diante, a CasaNúmero 1, junto ao

Pátio do Colégio, emfase final de

restauro, serviu desede para órgãos

públicos. Um delesfoi a Central de

Polícia. Nos anos 50,fatos e lendas se

confundiam em suaSala de Imprensa.

Hoje, essas estóriastemperam a

restauração.

A Casa Número1, junto ao Pátiodo Colégio: apoucos dias desua entrega.Nela vaifuncionar umespaço paraexposiçõesde imagensde uma SãoPaulo antiga.

Lean

dro

Mor

aes/

Luz

Valdir Sanches

Dick Tracy entrando nachefatura de polícia?Bem, o personagem

usava capa de chuva e chapéu,como o detetive das tiras dos jor-nais americanos da década de1930. Mas não era um detetive,era um repórter policial.

Não estava nos States, mas namoderna São Paulo de 1957. Achefatura era na verdade a Cen-tral de Polícia, ao lado do Pátiodo Colégio. A vestimenta do re-pórter ficava um tanto desloca-da, mas ele não se importava.Seu nome: Maurício de Souza.

Ficou um ano nessa vida. De-pois seguiu seu destino de dese-nhista e inventou Bidu, Franjinhae toda a turma da Mônica. Outrodesenhista famoso foi ChesterGould, que criou Dick Tracy. Du-rante aquele ano, Maurício foium desenho de Chester Gould.

Desmaiava – Eis o que diz ho-je: "Eu me fantasiava de detetiveamericano porque era tímido.Vestido como herói, tinha cora-gem para falar." Um repórter po-licial com um ponto fraco: nãopodia ver sangue. Desmaiava.

A Sala de Imprensa da Centralde Polícia parecia um filme empreto e branco, com o tictac dasmáquinas de escrever como tri-lha sonora. Os jornalistas ora seagitavam ora viviam o tédio deesperar pela notícia. Nestas ho-ras, a jogatina corria.

Realidade filmada –J oga-vam cartas ou dados, a dinhei-ro. No calor do jogo gritavam,brigavam. De repente, o tele-fone tocava. Repórteres ves-tiam o paletó, fotógrafos pe-gavam a Rolleiflex e o flash, esaíam todos apressados. Em al-gum lugar da cidade podia ha-ver um corpo crivado de balas.Ou isto será cena de filme?

Era a realidade, como atestaJoão Bussab, um dos mais co-nhecidos repórteres policiaisdessa época. Bussab era rádio-escuta da TV Tupi, canal 3, comsuas transmissões em preto ebranco. Em 1963 foi cobrir as fé-rias de um colega, na Central dePolícia, para os Diários Associa-dos. Ficou 14 anos.

Carteado –Quase colada à sa-la dos jornalistas ficava a do de-legado de plantão. Certo dia,lembra Bussab, o delegado inva-diu a sala de imprensa, aprendeuo baralho e autuou os repórteresem flagrante por jogo de azar.

O azar foi do delegado. Outrosrepórteres se mobilizaram e pro-curaram o secretário da Segu-rança Pública para explicar que ojogo era apenas uma forma de

matar o tempo. O flagrantefoi relaxado e o delegadotransferido .

Além da timidez, Mau-rício de Souza tinhaaquele outro sério pro-blema. "Era uma coisahorrível, eu não podiaver sangue que des-maiava". No local deum crime, pedia socorro ao fo-tógrafo. "Ele olhava o corpo e medizia como estava, se era em de-cúbito ventral (barriga para bai-xo)" - conta, divertindo-se com olinguajar técnico.

Cama de casal – Maurício tra-balhava de madrugada. Naque-las em que nada acontecia, e co-mo não aderisse ao jogo, juntavaas mesas (podia ser a da Fo lha,onde trabalhava, a dos D iários, ada Última Hora, do E stadão), e as-sim tinha uma cama "grande co-mo de casal". Fazia um travessei-ro de jornais amassados, deita-va-se e dormia...

É verdade que, em plena ma-drugada, podia ser incomodadopor uma notícia. Neste caso, pe-dia condução e fotógrafo, e a Fo -lha da Manhã (hoje Folha de S.

Pa ulo ) mandava o carro da re-portagem, um jipe laranja. Podiachegar também o jipe dos Diá -rios Associados (que Bussab, emoutras horas, também usava).Naquela época, a periferia da ci-dade não era asfaltada.

Muitas vezes Maurício se de-parava com um crime passional,o marido pegou a mulher com oamante, ou vice-versa. "Na con-fusão, a família chorando, eucumpria ordens do jornal: rou-bava a foto do casamento." Eraótima ilustração para a reporta-gem. Maurício achava "uma coi-sa desrespeitosa, mas se não pe-gasse, um colega pegaria." Osjornalistas se davam bem. Masamigos, amigos, furo à parte.

Faro e furo –Certo dia explo-diu nos jornais o caso de ummafioso que tentara matar atiros o dono da famosa BoateMichel, da rua Major Sertório,na Boca do Luxo. Começa a ca-çada ao criminoso (que acer-tara a vítima, mas não a mata-ra) por toda a cidade.

Bussab ficou na cola de certocompetente policial. "Fui comele para as bocas." Chega o sába-do, a Sala de Imprensa está cal-ma. O policial chama Bussab, dis-cretamente, como este recorda:"O cara está preso aí em baixo." Aíembaixo era o xadrez.

Bussab, também na moita, pe-de fotógrafo. Descem ao xadreze passam bom tempo com o pre-so. Na segunda-feira, os D iáriossaem com o furo estrondoso.

"Espaguete" – Naq u e l e stempos, em que o delegadoIsrael dos Santos Sobrinho, o"Gravatinha", fazia pregaçõesde moral para os presos, algomuito curioso ocorria na Salade Imprensa. O repórter SílvioNunes, o "Espaguete", viviasob intensa vigilância.

Seu apelido vinha do fato deque, toda noite, jantava a massa,num restaurante próximo.Quem o vigiava era dona Laura,sua mulher. Ela se sentava emuma cadeira, dentro da Sala deI m p re n s a .

Dona Laura – Quando o ma-rido saía no jipe do D iário, ela iajunto. Os jornalistas gostavammuito de "Espaguete", educadoe amável, que, chamava os ou-tros de "meu caro caríssimo". Porsolidariedade ao colega, os re-pórteres proibiram que a mulherficasse na Sala de Imprensa. Do-na Laura e sua cadeira saíram...

mas se instalaram no corredor, àporta da sala.

Conta-se que, depois, o jornalproibiu que "estranhos" viajas-sem no carro da reportagem. Eque dona Laura seguia o carro detáxi. Mas isto é o que se conta.

Sala vazia – Num fim de plan-tão, Maurício de Souza passoupela sala do delegado e a encon-trou vazia. Foi ao cartório, nãohavia ninguém. As viaturas poli-ciais, que ficavam à frente doprédio, não estavam lá. Em umasala onde chegavam informa-ções, encontrou, junto ao telefo-ne, um papel com um endereçono Belém, zona leste.

Pediu o jipe e partiu. A rua doBelém estava cheia de carros dapolícia, policiais agitados, mui-tos curiosos. Dick Tracy pulouum cordão de isolamento e su-biu as escadas do sobrado emfrente. Lá em cima, deu com odelegado do plantão.

"Ele me disse: 'O que você estáfazendo aqui?' Não vai poder es-crever uma linha sobre isto." Foiimpedido de se mover e de sairda casa. Mesmo assim, deu umaespiada num cômodo e viu ocorpo de um homem.

O pai de Jânio – Mais tardechegaram repórteres de rádio ede televisão, e o delegado viuque não tinha como segurar anotícia. Contou então o queacontecera. O pai do governadordo Estado, Jânio Quadros, foraa s s a s s i n a d o.

Maurício prefere não dizer porquê. O noticiário da época regis-tra que Gabriel Quadros foi mor-to por um vendedor de limõesque o flagrou com sua mulher.No fundo, mais um crime passio-nal na cidade. (V. S . )

... e muitas estórias

O jornalista João Bussab, veterano da Sala de Imprensa: faro e furo

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O verdadeiroDick Tracy(esq.) e o entãorepórterMaurício deSouza,disfarçado dedetetive paravencer atimidez

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sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 201110 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ac spdi s t r i t ai s

GIr

C re s c i m e n tose estendeao hotel

Arquivo/DC

Feira realizada no Transamérica Expo Center, em Santo Amaro

A ampliação do centrode convenções rende-rá dividendos também

para o Hotel Transamérica, si-tuado próximo ao local. "O nú-mero de hóspedes, vindos doExterior e de várias partes doPaís para participar das feirase congressos do TransaméricaExpocenter, deverá aumen-tar", argumenta Claudio Bo-nuccelli, diretor do hotel.

Para receber esse novo pú-blico, o hotel está reformandoseus 400 apartamentos e as sa-las de eventos. Consideradoum dos maiores de São Paulo, oTransamérica recebe, anual-mente cerca de 95 mil hóspe-des e serve 700 mil refeições . Ohotel, integrante do complexode negócios formado pelo Ex-pocenter e o teatro Alfa, será oresponsável também pelo for-necimento de refeições para osvisitantes e expositores das no-vas áreas do centro de conven-ções de Santo Amaro.

Agendas da Associaçãoe das distritais

Amanhã� Santo Amaro – Às

19h, palestraComunicação e Venda

com a Ótica daNeurolinguagem, em

comemoração ao dia doComerciante. AvenidaMário Lopes Leão, 406.

� Ja b a q u a ra – Às19h30, 5ª reunião

ordinária da DiretoriaExecutiva e Conselho

Diretor, com a palestraAd m i n i s t ra ç ã o

Competitiva, co mMarcelo Paranzini,

consultor do Sebrae.Avenida Santa Catarina,

641.� Pi n h e i ro s – Às 19h30,

reunião ordinária doConselho Diretor .Simão Álvares, 517

Quarta� Ce nt ro – Às 19h,

palestra A insegurançajurídica nas atividades

negociais e danecessidade premente de

mudança legislativa,principalmente no que

toca aos conflitos desócios, com Armando

Luiz Rovai. Confirmação:3208-5753 ou

d ce nt ro @ a c s p. co m . b r.Rua Galvão Bueno, 83.

Quinta� Exporta SP – O

diretor da ACSP JoséCandido Senna

coordena a 35ª ediçãodo evento Exportar para

C rescer do projetoExporta SP, em parceria

com a AssociaçãoComercial de Porto

Ferreira. Às 9h, no Clubede Campo das Figueiras,

em Porto Ferreira.� Comex – O diretor daACSP Roberto Ticoulatcoordena a reunião doConselho de Comércio

Exterior. Às 17h, rua BoaVista, 51/11º andar,

salas Tadashi.

Cresce turismo de eventos na zona sulDois novos halls serão acrescidos ao Transamérica Expo Center em março de 2012: mais 24 mil m² para a realização de feiras e congressos em Santo Amaro

Fotos Paulo Pampolin/Hype

Na foto maior, imagem virtual do novo espaço, já com os anexos. Acima, o início das obras dos halls.

Maria Lúcia D'Urso

São Paulo está nomelhor momentopara o turismo deeventos.

CAIO LUIZ DE CAR VALHO,PRESIDENTE DA SÃO PAU LO

TU R I S M O, A SPTURIS

Os serviços deverãoser o nossodiferencial emrelação aosconcorrentes.

WILMAR RODRIGUEZ,D I R E TO R E X E C U T I VO DO

TR ANSAMÉRICA EXPO CENTER

Considerado o maismoderno centro dec o n v e n ç õ e s d aAmérica Latina, o

Transamérica Expo Center, lo-calizado em Santo Amaro, nazona sul paulistana, aumentaráde tamanho. No espaço, ondesão realizados feiras, congres-sos e eventos corporativos, se-rão construídos dois novosconvention halls, o F e o G. Jun-tos terão uma área construídade 24 mil metros quadrados,contando com mezanino e esta-cionamento coberto.

Com esta ampliação o espa-ço do centro de convenções sal-tará de 42 mil metros quadra-dos de área construída para 66mil metros quadrados, sendo45 mil de área locável. A pedrafundamental para a constru-ção dos halls F e G foi colocada,no Transamérica Expo Centerna semana passada, com a par-ticipação de executivos do se-tor de turismo e políticos.

Cu sto – Orçadas em R$ 60milhões, as obras, iniciadas emmarço deste ano, deverão serconcluídas no mesmo mês de2012. "A nossa proposta é abri-gar no novo espaço não sógrandes exposições, mas tam-

bém eventos corporativos me-nores", assinala Wilmar Rodri-guez, diretor executivo doTransamérica Expo Center. Noano passado foram realizadosno Centro de Convenções deSanto Amaro 73 eventos, entreeles a FCE Cosmetique, a FCEPharma e a Boat Show.

A primeira movimentounegócios da ordem de R$ 27,5milhões, a segunda, R$ 36,2milhões e a terceira, R$ 208milhões. Com o novo espaço,o número de eventos deverápassar para 100. Na lista declientes do Transamérica Ex-po Center estão o Itaú, a Mi-crosoft, a Oracle, a Fiat, a Fe-braban e a HSM.

Diferencial – Emseus24milmetros quadrados, as novasáreas contarão com uma in-fraestrutura moderna e versátil.Terão salas moduláveis, pare-des removíveis, auditório comcapacidade para quatro mil pes-soas, estacionamento subterrâ-neo, com capacidade para 500veículos, e espaço para serviços,entre eles os de alimentação, te-lecomunicações e segurança.

"Os serviços deverão ser onosso diferencial em relaçãoaos concorrentes", enfatiza Ro-driguez. Os dois halls conta-rão, ainda, no mezanino, comseis novas salas de 133 metros

quadrados cada. O foyer (sa-lão de descanso) será interliga-do aos outros já existentes, quetambém passarão por reformapara a entrada de serviços e es-paços de convivência social.

A provaç ão - Entidades dobairro de Santo Amaro apro-vam a ampliação do Transamé-rica Expo Center. Na opiniãode Rita de Cássia Campagnoli,superintendente da DistritalSanto Amaro da AssociaçãoC o m e r c i a l d e S ã o P a u l o

(ACSP) , o empreendimento éextremamente importante pa-ra São Paulo e para a região."Vem preencher uma lacuna,porque não temos na cidade es-paços capazes de bancar feirasinternacionais", diz.

Rita de Cássia acredita que,com o aumento de executivos,o nível de ocupação dos hotéistambém crescerá. Bares e res-taurantes, instalados ao redor,deverão ter mais lucro com onovo fluxo de turistas.

Mo ment o – A construçãode novos espaços para eventostem sua razão de ser. "São Pau-lo está no melhor momento pa-ra esse tipo de turismo", justi-fica Caio Luiz de Carvalho,presidente da São Paulo Turis-mo (SPTuris). O turismo, emgeral, na cidade, também estáem alta. Em 2010, esse segmen-to movimentou R$ 9,7 bilhões,o que significou um aumentode 54,8% em relação a 2005.

No ano passado, frequenta-ram a cidade 11,7 milhões deturistas, sendo 1,6 milhão es-trangeiros e 10,1 milhões brasi-leiros. Comparando-se com2005, houve um incremento de19,66%. Dos que visitam SãoPaulo, 51% são a negócios,25,3% para eventos, 13,5% pa-ra lazer, 4,4% para estudos e2,5% por questões de saúde.

O nível de ocupação de ho-téis em 2010 foi de 68,5%, o quesignificou um crescimento de16,7% em relação a 2005. Emcontrapartida, as diárias au-mentaram, no período de 2005a 2009, 31%, passando de R$136,63 para R$ 205,73. A arre-cadação do ISS, gerado pelo tu-rismo, também está crescendo.No ano passado registrou-seum montante de R$ 158,7 mi-lhões. Em 2005 a cifra detecta-da foi de R$ 87,1 milhões.

R$ 60 MILHÕESOrçadas emR$ 60 milhões, asobras começaramem março.

AU D I T Ó R I OO auditório terácapacidade paraabrigar quatromil pessoas.

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

facespregionais

Um passeio de darágua na boca

A fábrica da Nestlé em Caçapava abre asportas para um passeio tentador: 1,2

quilômetro de corredores com tudo sobre aprodução do chocolate. O passeio atrai

turistas e o comércio local também lucra.

Divulgação

Reprodução de floresta cacaueira dentro da fábrica: início da produção do chocolate

Filmes e rótulos nos corredores contam a história dos principais chocolates fabricados pela empresa

Maria Lúcia D'Urso

Misturado ao leite,em doces, tortase bolos ou embarras, o choco-

late é uma paixão – e uma ten-tação – nacional. De acordocom Associação Brasileira daIndústria do Chocolate, Ca-cau, Amendoim, Balas e Deri-vados (Abicab) somente em2010 foram consumidas noPaís 562 mil toneladas do pro-duto, o que significou um au-mento de 14% em relação a2009. Mundialmentesomos o quartomaior merca-do. Perdemosapenas paraEstados Uni-dos, Alemanhae Reino Unido.

Por estas e outras razões, aNestlé resolveu revelar os se-gredos da fabricação da "bebi-da dos deuses": abriu as portasde sua fábrica em Caçapava,no Interior de São Paulo, pro-dutora de todos os chocolatesNestlé no Brasil. É um passeioprazeroso de 1,2 quilômetro.Na peregrinação os visitantespodem conhecer, de forma in-terativa, todo o ciclo de produ-ção do cho-colate, des-de a florestac a c a u e i r aaté o produ-to final, pas-sando pelaprepa raçãoda mistura,mold ageme colocaçãode recheio.

T o u r –Batizado deTour NestléC h o c o l o-ver, a atra-ção faz par-te da cam-p a n h a d ec o m un i c a-ção da em-presa, lan-çada em 2009. "A propostadessa ação foi despertar nosconsumidores a vontade deassumir sua paixão pelos cho-colates Nestlé, sempre commoderação", argumenta Ri-cardo Bassani, gerente de mar-keting de chocolate da Nestlé.Ele estima que a fábrica rece-ba, em breve, 100 mil pessoaspor ano, vindas de São Paulo edas cidades vizinhas, comoTaubaté, Campos do Jordão, eda região do Vale do Paraíba.

Consideradas um atrativo tu-rístico de Caçapava, as visitas àunidade fabril da Nestlé, funda-da em 1971, estão beneficiandoo comércio local, principalmen-te estabelecimentos como bares,padarias e lanchonetes.

"As pessoas que chegam deônibus de cidades próximasgeralmente esperam uma ouduas horas para entrar na fá-brica. E enquanto aguardam,c o n s o m e m " , a rg u m e n t aMauro Odaguiri, presidenteda Associação Comercial eEmpresarial de Caçapava.Com o tour, a cidade tambémestá ficando mais conhecidano Estado de São Paulo, afir-ma o executivo.

Et apas - Com duração deuma hora e meia, o

passeio é feito em11 etapas, todaselas ambienta-das com pai-néis interati-

vos e sons. Du-rante o percurso são

apresentados também filmescurtos que exibem a história dosprincipais chocolates da Nestlé,entre eles o Alpino, o NestléClassic e o Suflair. A linha deprodução pode ser vista em ja-nelas, que permitem aos visi-tantes acompanhar passo a pas-so todo o processo produtivo.Ao final, os turistas passam poruma loja, onde todos os choco-lates da marca estão à venda.

As inscrições individuais eescolares para participar davisitação podem ser feitas nosite www.nestle-tourchoco-lover.com.br. O preço dos in-gressos é R$ 10,00. Os horá-rios de visitação são às 8h, 9h,10h, 15h, 16h e 17h, de segun-da a sexta-feira.

Mais atrações - A fábricade chocolate não é a única atra-ção da cidade neste mês de ju-lho. No último dia 16, tiveraminício, no Ginásio Municipalde Esportes, os tradicionaisJogos de Inverno da CidadeSimpatia. O evento, que reúneturistas de fora da cidade, érealizado pela Prefeitura deCaçapava, por meio da Secre-taria de Cultura, Esportes e

Lazer. No ginásio foi instaladauma Praça de Alimentaçãopara os torcedores, permitin-do um lanche rápido.

Outra iniciativa da Prefeitu-ra para movimentar a cidadeno mês de julho é o projetoAgitando as Férias, que serápromovido até o dia 23 de ju-lho. A proposta desse progra-ma é divertir, gratuitamente,crianças e adolescentes comesportes, música e brinque-dos, como trenzinhos, mesasde pingue-pongue, bambolê ecama elástica. As atividades,realizadas em escolas e pra-ças, e acompanhadas por mo-nitores, são desenvolvidas desegunda a sexta-feira, das 8hàs 12h e das 13h30 às 17h.

Cidade simpatiaEm tupi-guarani, Caçapava quer dizer 'caminho na mata'

Arquivo Prefeitura Municipal de Caçapava

Com mais de 84 mil habitantes, Caçapava está localizada a 108 quilômetros da capital

Localizada no médio Vale doParaíba do Sul, no Estado de SãoPaulo, a aproximadamente 108

quilômetros da capital, Caçapava é umacidade cercada de fazendas cafeeiras,matas nativas e águas cristalinas.Atravessa o município, com 84.596 milhabitantes, a Rede Ferroviária FederalSociedade Anônima (RFFSA), usadapara transporte de carga, a qual seinterliga às demais ferrovias do País, comacesso ao Mercosul.

Apelidada carinhosamente de CidadeSimpatia, Caçapava, que no tupi-guaranisignifica caminho na mata, tem ocomércio como sua principal fonte derenda, respondendo por 44,29% daocupação dos estabelecimentos. Emsegundo lugar está o setor de prestaçãode serviços, com 33,28% e em terceiro, aindústria, com 10,9%.

Além da fábrica da Nestlé, fundada em1971 para produzir todo o chocolatevendido no País, Caçapava reúneoutras importantes indústrias, como aPilktington, produtora de vidrospara o mundo todo, a TW Espumase a TI Automotive.

Dotada de uma área de 369,91quilômetros quadrados, abriga o 6ºBatalhão de Infantaria Leve Aeromóvel-Regimento Ipiranga, templos religiosos –46 igrejas, um santuário, 62 capelas e 18grutas – uma estação rodoviária, nove

agências bancárias, uma base do Corpode Bombeiros, uma unidade da PolíciaMilitar e uma delegacia.

N ú cl e o s – A cidade surgiu de doisnúcleos, distantes aproximadamentecinco quilômetros entre si. O mais antigodeles, onde hoje fica o bairro de VilaVelha de Caçapava, era um vilarejo quecresceu em torno da capela NossaSenhora d'Ajuda, construída em 1805nas terras de uma fazenda pertencente aJorge Dias Velho. Era local de pouso docaminho Real que ligava os municípiosde São Paulo e Taubaté.

Caçapava Velha (como ficou conhecidaa vila hoje em dia) foi elevada ao status defreguesia em 18 de março de 1813 com onome freguesia de Cassapaba. ACaçapava de hoje surgiu em 1842, anoem que foi construída uma capeladedicada a São João Batista. O povoadofoi fundado pelo capitão João Ramos daSilva e tornou-se sede da freguesia.Em 3 de maio de 1850, foi elevado àcategoria de vila, tornando-se municípioem 8 de abril de 1855.

Depois do café no final do século 19,seguiu-se um período de estagnaçãoeconômica. A recuperação só ocorreuem meados do século 20 com o cultivo doarroz e a introdução da pecuária deleite e acelerou-se na década de 70com a expansão das atividadesindustriais no município.

CO N S U M OEm 2010 foramconsumidas 562mil toneladas dechocolate no Brasil.

SITEA visita deve sermarcada pelo sitew w w. n e s t l e - to u rcho colover.com.br.

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 201112 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

E COLOGIA

Sacos de lixo iluminados se transformaram em umainstalação para chamar a atenção da população deVarsóvia, na Polônia, para a importância da reciclagem.

www.luzinterr uptus.com

P ROPAGANDA

PENSE GRANDENa série de anúncios da agência BiedermannMcCann, do Paraguai, para divulgar a própria

marca, o orçamento (budget) ralo não é motivopara barrar grandes ideias. http://bit.ly/n0jkm0

E X-BEATLE

Ringo Starr:ingressos à venda

A venda de ingressospara o público em geral para aturnê de Ringo Starr começahoje. A pré-venda aconteceuentre os dias 11 e 17 de julhopara clientes Credicard,Citibank e Diners.

A primeira cidadeonde o ex-Beatle,acompanhado da All StarBand, irá se apresentar é PortoAlegre, no dia 10 denovembro, no GinásioGigantinho. A turnê seguepara São Paulo com doisshows nos dias 12 e 13 denovembro, no Credicard Hall.

No Rio de Janeiro, nodia 15 de novembro, noCitibank Hall, em BeloHorizonte, no dia 16, noChevrolet Hall, e emBrasília, no 18, no Centrode Convenções UlyssesG uimarães.

As entradas estarãodisponíveis nas bilheteriasoficiais dos shows, pelotelefone 4003-5588(válido para todo o País)e pelo sitewww.ticketsforfun.com.br. (AE)

VISUA

IS

A NAC

Noar impedida devoar após acidente

A Agência Nacional deAviação Civil (Anac) suspendeuontem, por tempoindeterminado, as operações dacompanhia Noar Linhas AéreasS.A – há suspeita deirregularidades nocumprimento do CódigoBrasileiro de Aeronáutica (CBA).A Anac informa que ospassageiros que comprarambilhetes da companhia podemsolicitar que a empresa osacomodem em voos de outrascompanhias ou pedir odinheiro de volta.

Na última quarta-feira, umbimotor da Noar caiu poucoapós decolar, às 6h51, no bairrode Boa Viagem, zona sul doRecife. A aeronave deveriacumprir o voo 4896 (Recife-Natal-Mossoró). Todos os 16ocupantes morreram.

Anteontem, a Anac recebeucópias de supostos relatos depilotos da Noar sobre problemastécnicos recorrentes em umoutro avião da companhia. (AE)

CASA RADICALPAS Skate House é uma casa totalmente pensada

em função de um único objeto, o skate. Paredes,tetos, pisos, telhado têm revestimento e formatoespeciais o que permite que o skate deslize e que osespaços possam ser explorados nas manobras maisradicais. Os arquitetos François Perrin e Gil LebonDelapointe desenharam a casa para um cliente para láde entendido no assunto, o campeão de skate efundador da grife para skatistas Etnies, Pierre AndreSenizergues. A casa fica em Malibu e tem formatotubular. Como o cliente também é um apoiador dascausas ecológicas, todos os ambientes têm ventilaçãonatural. Toda a energia usada na casa vem de painéissolares ou hélices que captam a energia eólica.A madeira usada nas superfícies é certificada.

http://bit.ly/pc3Y3a

R ECORDE

Harry Potter, omago das bilheterias

Harry Potter e as Relíquias daMorte - Parte 2, filme que encerraa saga do jovem bruxo, rendeuUS$ 168,6 milhões nasbilheterias dos Estados Unidos edo Canadá em sua estreia nestefim de semana. A marca superaos US$ 158,4 milhões deBatman, o Cavaleiro das Trevasem seu lançamento, em 2008.

O oitavo filme da saga HarryPotter está sendo exibido em4.300 salas nos EUA e foi oprimeiro da série a ser lançadocom a tecnologia 3D. Juntos, oslongas, baseados nos livros daautora britânica J.K. Rowling,arrecadaram US$ 6,4 bilhões embilheteria no mundo. Até a noitede ontem, não se sabia orendimento de As Relíquias daMorte - Parte 2 no mundo. Só nasexta-feira, US$ 157 milhões embilhetes tinham sido vendidos.O longa deverá ser o primeiro dasérie a render US$ 1 bilhão. (AE)

H OMENAGEM

Tragédia da TAM: praça em 1 anoOntem, dia em que o

a c i d e n t e c o m oavião A320 da TAMcompletou quatro

anos, o prefeito de São Paulo,Gilberto Kassab, e o presidenteda Associação dos Familiares eAmigos das Vítimas do VooTAM JJ3054 (Afavitam), DarioScott, assinaram um protocolode intenções para a construçãoda Praça Memorial 17 de Julho.No acidente, ao lado do aero-porto de Congonhas, 199 pes-soas morreram. A previsão éque o memorial esteja concluí-do até julho de 2012. "Espera-mos iniciar as obras até mea-dos de janeiro", disse Kassab.

A praça será construída noterreno onde ficava o prédio daTAM, na Avenida WashingtonLuiz. A construção foi atingidapelo avião da companhia quevinha de Porto Alegre. O pre-feito afirmou que, se a Afavi-tam concordar, a praça poderáser, no futuro, estendida até aAvenida dos Bandeirantes.

"Essa e a principal porta deentrada para a zona sul da ci-dade, pela avenida dos Ban-deirantes. Do ponto de vistaurbanístico, há lógica em am-pliar", afirmou Kassab, acres-centando que a decisão finalserá de seu sucessor. A expan-são inclui desapropriações,

A TÉ LOGO

Acidente com ônibus da banda 14 Bis mata assistente de produção.

Campanha convida mulheres a rasgarem a roupa em apoio à candidatura de Vladimir Putin.

Rio Janeiro faz gestões para ter o segundo geoparque das Américas.

L o goLogowww.dcomercio.com.br O russoMaksim Ksutausa fotos deobras-primasda arte paracriar retratoscomo estes.http://bit.ly/nV88Fh

Mostra 'Você Temque Acreditar em

Mim' do artistaplástico FelipeBraga. Casa aoCubo. Rua SudMenucci, 342,

tel.: 5081-6256.G rátis.

mas o assunto não foi discuti-do com moradores.

Pela manhã, foi realizadoum ato ecumênico no local doacidente com a presença decerca de 500 pessoas. Carta-zes com as fotos das vítimas, amaior tragédia da aviaçãobrasileira, foram espalhadospelos tapumes que cercam ot e r re n o .

O projeto prevê que a árvo-re que sobreviveu ao acidenteseja mantida no centro da pra-ça. "Ela representa a vida",afirmou o arquiteto responsá-vel, Marcos Cartum. Segun-do ele, em torno da árvore se-rá construído um espelho de

água, em cuja mureta consta-rão os nomes das 199 vítimas.Também serão instalados 199pontos de luz.

Segundo Kassab, a obracustará R$ 8 milhões. "Vamoscomeçar o processo de licita-ção em agosto para definir oexecutor do projeto. A ceri-mônia do próximo ano serárealizada na praça-memo-rial." O terreno onde ficava oprédio da TAM foi doado àPrefeitura pela companhiaaérea. Os terrenos de um pos-to de gasolina e de outros oitoimóveis, que ficavam no mes-mo quarteirão, foram desa-propriados. (AE)

Michal Cizek/AFP

MIRAZOZO - É este o nome da nova escultura luminosa inflável criada pelo escritório Arquitetos do Ar que está

em exposição em Praga (acima, pais e filhos interagem no espaço). O grupo de designe foi criado por Alan Parkinson em

1981 e sua primeira escultura luminosa, a Eggop olis, foi apresentada em 1990. De lá para cá, foram mais 15 trabalhos.

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CAIXA 1O seu consultor financeiro

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 2011

economia

Segundoanalistas,cenário é tãocomplexoque exigepaciência eperspicáciado investidor.

Quebra-cabeça de altorisco na bolsa de valoresCenário externo confuso, com aumento da aversão a risco, piora perspectivas para o Ibovespa.

ADRIANA GAVAÇA

Investir na bolsa de valores brasileiraneste ano exige cautela dobrada. Em-bora o Ibovespa (índice que reúne ospapéis mais negociados do mercado)acumule queda de 4,68% no ano, si-nalizando para o investidor de que a

bolsa está "barata", indicando uma boahora para comprar, ainda há muitas dú-vidas sobre quanto mais ela poderia cair.Questiona-se, ainda, se uma alta seria ca-paz de reduzir as perdas recentes.

"O investimento só é indicado nesteano para o investidor qualificado ou quequeira especular, que geralmente é quemacompanha diariamente a bolsa, compraum papel, espera uma recuperação de 1%e já vende", diz o analista da Souza BarrosCorretora, Clodoir Gabriel Vieira.

Para quem não tem o hábito de ficar co-lado ao monitor da bolsa, o investimento,segundo o analista, não é aconselhável,principalmente para quem pretende sa-car os recursos ainda em 2011. "Não esta-mos imaginando um cenário para a bol-sa, até o final do ano, muito diferente doque vemos agora. Ela deve continuar os-cilando ao sabor das notícias, principal-mente vindas de fora", destaca.

Na última semana, os negócios nabolsa brasileira foram novamente afe-tados pelo noticiário econômico mun-dial. A simples possibilidade de que asagências de risco estariam dispostas areduzir a nota de classificação de crédi-to dos EUA prejudicaram as operaçõesde renda variável em várias partes domundo, e a Bovespa não escapou. Parase ter uma ideia, dos 11 pregões destemês, o Ibovespa fechou no vermelho emoito. Mesmo antes do mau humor cau-sado pelo noticiário norte-americano, abolsa brasileira já vinha fechando embaixa em reação ao temor de que a criseenvolvendo as dívidas públicas na Gré-cia e em Portugal avance para a Itália e aEspanha, colocando em risco a estabili-dade da zona do euro.

Juro alto e aversão a risco

Para o economista da SulAmérica In-vestimentos Newton Rosa, esse cenáriode crise fiscal na Europa e nos EUA criaum clima de aversão ao risco global. O de-talhe em relação à queda do Ibovespa,que neste ano está mais acentuada do quea do Dow Jones (principal índice de bolsade Nova York), pode ser explicada pelaelevada taxa básica de juros no País – ce-nário em que a renda variável perde ematratividade para a renda fixa.

"Os fundamentos da economia brasi-leira continuam muito bons. Mas aindatemos uma taxa de juros extremamenteelevada e com expectativa de subir maisna próxima reunião do Comitê de PolíticaMonetária (Copom)", avalia Rosa.

Justamente pela queda acentuada doIbovespa, especialmente em comparaçãoàs bolsas norte-americanas, o analistaacredita que os papéis no Brasil estejam"baratos" e são uma oportunidade decompra, mas ressalta: só para quem nãoesteja em busca de lucro no curto prazo."O cenário de curto prazo não é favorávelpara os negócios em bolsa. Já para quempensa em longo prazo, talvez agora sejauma boa oportunidade para comprar,por causa dos baixos preços", afirma.

O conselheiro da Ordem dos Econo-mistas de São Paulo (Corecon) RobertoTroster observa ainda que o investidor demais longo prazo – um a dois anos – tam-bém pode entrar na bolsa agora, mas de-ve estar preparado para ter de adiar suasaída, caso o cenário de melhora não seconcretize em 2011 ou 2012. "A bolsa tem'andado de lado', como se diz no merca-do. Embora tenha havido períodos de re-cuperação, eles ainda não foram suficien-tes para reverter as perdas. Mesmo quehaja uma melhora, será difícil o investi-mento sair do empate neste ano", diz (vejano quadro o vaivém do Ibovespa).

Para quem ainda está disposto a entrar(ou ficar) na bolsa neste ano, mesmo comas adversidades, o analista da Souza Bar-ros tem uma dica: fugir de ações de em-presas muitos negociadas, como Vale ePetrobras. "As empresas chamadas de se-gunda linha sofrem menos com especu-lações e notícias vindas de fora, podendoamenizar perdas e aumentar a lucrativi-dade em períodos difíceis", diz Vieira.

Entre as maiores altas acumuladas nes-te ano (período de janeiro a junho), den-tro do Ibovespa, segundo a BM&FBoves-pa, estão TIM Participações PN (41,01%),TIM Participações ON (33,89%), BrasilTe l e c o m P N ( 2 7 , 5 2 % ) , C e m i g P N(25,38%) e Light S/A ON (22,93%).

18S egunda-feira

O MDICdivulga abalança

co m e rc i a lbrasileira da

última semana

18S egunda-feira

Saem osdados do IPC-S

da FGVrelativos àsegunda

quadr issemana

19Te r ç a - fe i ra

O IBGEanuncia aPe s q u i s a

Mensal deEmprego de

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sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 201114 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 2011 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

CAIXA 1O seu consultor financeiro

economia

OswaldoZanetti FavaroJr. (esq.), daCVM, e CarlosAlberto Rebello(dir.), da bolsa:debate denovas regras.

Novasregraspara

clubes...BM&FBovespae CVM devem

limitar númerode participantesdesses grupos

ADRIANA GAVA Ç A

T ermina neste mês op r a z o p a r a q u e aBM&FBovespa enca-minhe à Comissão deValores Mobiliários(CVM) um novo re-

gulamento para disciplinar aconstituição e o funcionamen-to dos clubes de investimentono País. A medida faz parte doarcabouço legal previsto nainstrução CVM 494, divulgadano último dia 20 de abril e edi-tada em substituição à instru-ção CVM 40, de 1984.

A partir o último mês deabril, portanto, os clubes que jáestavam em funcionamentotêm 120 dias para se enquadrarà nova legislação. Para os clu-bes criados depois, as novasnormas já estão valendo.

Entre as mudanças previstasestá um limite para o númerode participantes por clube,maior transparência na esco-lha dos investimentos e gestãodo produto e valorização dopapel dos clubes para a intro-dução do público de varejo aomercado de capitais.

Ad a p t a ç ã o

" A p e s a r d o p r a z o p a r aadaptação, acreditamos que90% do mercado já esteja fun-cionando conforme as novasregras. Temos casos ainda nomercado de clubes com maiornúmero de participantes, quepodem, no futuro, deixar deser tratados como clubes epassar a funcionar como fun-do", diz o vice-presidente daAssociação dos Analistas eProfissionais de Investimen-to do Mercado de Capitais(Apimec) de São Paulo, Ricar-do Tadeu Martins.

A migração de clubes parafundos deve ocorrer, uma vezque a nova regulamentaçãolimita o número de partici-pantes a 50 membros por clu-be e proíbe qualquer tipo depropaganda ou exposição namídia. "A ideia é retomar ascaracterísticas originais deum clube de investimento,que era criado por um peque-no grupo de amigos interes-sados em investir e aprendersobre o mercado de ações",observa Martins. Antes daedição das novas regras nãoera difícil encontrar clubesque funcionavam com asmesmas características de umfundo de investimento, ou se-ja, em que não havia o menorcontato ou vínculo entre osparticipantes e eram usados,muitas vezes pela corretoraou administrador, como umproduto de prateleira.

Va l o ri z a ç ã o

Apesar dessas exigências, aCVM permitiu, com a novainstrução, que os clubes de in-vestimento já existentes pos-sam continuar atuando com omesmo número de participan-tes, mesmo que ele ultrapasseos 50 membros, desde que seadapte às demais regras.

Existem no País aproxima-damente 3 mil clubes de inves-timento em operação, com cer-ca de 130 mil participantes eaplicações de R$ 11 bilhões.

A limitação no número depart ic ipantes , segundo aCVM, tem como principal ob-jetivo valorizar o papel dosclubes na introdução do pú-blico de varejo ao mercado deações. Ao contrário do queacontecia até agora, em que osmembros podiam investirsem nunca opinar ou conhe-cer de perto o porquê das de-cisões de investimento, comas novas regras ele será obri-gado a participar de um as-sembleia geral, realizada pe-lo menos uma vez por ano,embora não tenha sido exigi-do que essa assembleia sejapresencial – pode ser realiza-da por meio eletrônico.

"A legislação desse setor eraantiga e merecia uma novaroupagem. Acho que será mui-

to boa para o mercado quandotodos os clubes estiveremadaptados, pois passa a evitarque a administração por tercei-ros resulte em fraude", avalia oconsultor da área financeira econselheiro da Ordem dosEconomistas de São PauloCláudio Gonçalves.

Sem pagamentos

Com base nas novas regras,passa a ser proibido ao cotistaque exercer a função de gestordo clube receber qualquer es-pécie de remuneração ou be-nefício, direto ou indireto, pe-los serviços prestados. As no-vas instruções proíbem tam-bém que administradoresrecebam vantagem por suacondição, contraiam emprés-timos em nome do grupo,prometam rendimentos pre-determinados ou usem recur-sos do clube para pagamentode seguro contra perdas fi-nanceiras de cotistas, entreoutras determinações.

H á , a i n d a , p r o i b i ç õ e squanto à composição de car-teira. Os gestores estão impe-didos de operar com valoresmobiliários fora de mercadosorganizados, adquirir títulosou valores de emissão do ad-ministrador ou de empresas aeles ligadas, adquirir cotas defundos de investimento ad-ministrados ou geridos peloa d m i n i s t r a d o r.

As novas regras determi-nam ainda que todo clube deinvestimento tenha no míni-mo 67% do seu patrimônioaplicado em ações. Os 33% res-tantes podem ser investidosconforme a determinação doscotistas ou gestores, por exem-plo, em títulos de renda fixa.

"Com as mudanças, o inves-tidor terá mais consciência dotipo de aplicação em que estáentrando e dos riscos inerentesa esse mercado. É preciso queele entenda que investir embolsa tem riscos, o que não fica-va totalmente claro antes dasmudanças", diz Gonçalves.

Como funcionam os grupos

Se você está interessa-do em investir emações, mas teme to-

mar esse passo sozinho, po-de recorrer aos clubes de in-vestimento. Formados porum número limitado depessoas (de três a 50), osgrupos são uma boa opção,pois mais participantes po-dem avaliar melhor os ris-cos de cada ação e escolheraquela que acham que tra-rá melhor retorno.

Foi justamente com esseobjetivo que os clubes fo-ram criados: para introdu-zir o investidor pessoafísica, que nunca operouna bolsa, no mercado deações. Um clube de investi-mento não tem data paraacabar, mas pode ter prazopredefinido para ser extin-to, caso essa seja a vontadedos participantes.

No site da BM&FBovespana internet (www.bmfb o-ve s p a . co m . b r ) há uma carti-lha explicativa sobre essesegmento, detalhando co-mo formar um clube. Con-forme as instruções, ele po-de ser criado por emprega-dos de uma mesma empre-s a o u p o r u m g r u p o d epessoas que tenham obje-tivos comuns: professores,metalúrgicos, donas de ca-sa, médicos, aposentados.

Para a criação de um clu-b e d e i nve s t i m e nt o s, aBM&FBovespa ressalta queé preciso haver um admi-nistrador, que deve ser deuma corretora da bolsa, deuma distribuidora de títu-los ou pertencer a um ban-co. Cada clube deverá terseu estatuto social, ou seja,um regulamento para a suacriação. (AG)

...e tambémpara

fundosimobiliários.

Os investidores defundos imobiliáriospoderão ter acesso a

informações mais transparentesnos demonstrativos financeiros ede fluxo de caixa e nos balançoscontábeis das gestoras, com aconclusão de estudo daComissão de Valores Mobiliários(CVM). O órgão regulador domercado avalia a mudança nadivulgação de dados dessesfundos para o padrão contábilinternacional (IFRS). Se foremaprovadas após as audiênciaspúblicas, as regras entram emvigor em 1º de janeiro de 2012.

Segundo o diretor deregulação de emissores daBM&FBovespa, Carlos Rebello, asmudanças têm o objetivo de

formar um mercado sustentávelpara os cotistas. A participaçãodesses fundos no total denegociações da bolsa de janeiroa junho foi de 0,05%, o dobro doregistrado em 2010 (0,025%).De 2008 até junho passado, onúmero de investidores passoude 5,9 mil para 29,1 mil.

Segundo o analista de normascontábeis da CVM, OsvaldoZanetti Favero Júnior, asmudanças propostas devemtornar a contabilidade dosdemonstrativos financeiros maisbaseada em princípios e menosem regras; assim, resgatarão opapel e a responsabilidade doadministrador e do contador,que serão menos dependentesde órgãos reguladores. Umadelas determina que os balançossemestrais sejam substituídospor demonstrativos de fluxo decaixa. Além disso, será precisoque as demonstraçõesfinanceiras tenham a opinião deauditor, exceto para fundos commenos de 90 dias sem cotasnegociadas na bolsa.

Valor dos imóveis

A medida que mais altera omodelo atual é o novo cálculodos valores de imóveis pararenda. Segundo a proposta, aconta passará a ser feita combase no conceito de valor justo –quanto um agente de mercadopagaria por ele. Atualmente, ovalor dos imóveis para renda écalculado pelo preço deaquisição menos a depreciação.A forma de cálculo de imóveisque são construídos para vendacontinuaria a mesma, pelo valorrealizável líquido.

Para Rodrigo Machado, diretorda Brazilian Finance ecoordenador da câmaraconsultiva de produtosfinanceiros e imobiliários daBM&FBovespa, a mudançapossibilitará o alinhamento entreo valor patrimonial do fundo e ovalor de mercado do imóvel."Isso não deve mudar o preçodas cotas, mas vai facilitar aleitura por parte do investidor,com informação mais precisa.Se antes um imóvel valia R$ 150mil, o patrimônio do fundo valiaR$ 90 mil com a depreciação.Agora, o patrimônio deve valer omais próximo dos R$ 150 mil."

Na opinião de Daniel AlvesFerreira, gerente administrativodo fundo imobiliário Lagra, serápreciso desenvolver umametodologia para determinar ovalor justo dos imóveis. "Temos300 imóveis em vários estados.Se usarmos os índicespublicados nos jornais paraprecificar o metro quadrado,serão muitos locais. Pela regra daCVM, não podemos usar o IPTUou ITBI para determinar o valor",diz, citando o Imposto Predial eTerritorial Urbano e o Impostosobre Transmissão de BensImóveis. Para o gerente, amudança será positiva porqueaproxima o valor dos imóveis aodas cotas negociadas na bolsa

Como novo

cálculo, oinvestidorterá uma

informaçãoprecisa.

RODRIGO

MAC H A D O, DA

BR AZILIAN

FINANCE

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Rejane Tamoto

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 201116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

A adesão de empresas ao Porto 24 Horas resultará em ganhos de produtividade, o que implicará em redução de custos.José Cândido Senna, coordenador executivo do Comuseconomia

Porto 24 Horas recebe duas adesõesProjeto busca elevar a eficiência das operações no porto de Santos, e prevê que as operações sejam realizadas de maneira ininterrupta.

OComitê de Usuá-rios de Portos e Ae-roportos do Estadode São Paulo (Co-

mus) anunciou na últ imaquinta-feira, em reunião reali-zada na sede da AssociaçãoC o m e r c i a l d e S ã o P a u l o(ACSP), a adesão de duas em-presas ao projeto Porto 24 Ho-ras. A iniciativa tem a finalida-de de implementar o conceitode operação ininterrupta emtoda a estrutura logística doporto de Santos.

U m a d a scompanhias éo grupo chile-no CSAV, queatua no trans-porte de car-gas em contêi-neres no Bra-sil, e agora im-plementará aoferta de no-vos serviçosaos usuáriosd e n t r o d oconce i to doPorto 24 Ho-ras. De acordocom seu vice-presidente deo p e r a ç õ e s ,David Giaco-mini, a empre-sa pretenderepassar ape-nas parte doscustos para asoperações realizadas no horá-rio estendido.

Segundo ele, haverá a co-brança de US$ 30 por atividadede coleta e entrega de contêi-ner vazio, durante o horárioampliado. A meta é custear,parcialmente, a adoção de tur-nos de trabalho adicionais.

"Nossa expectativa é de mo-vimento ainda maior nos por-tos paulistas no segundo se-mestre deste ano. Apenas emjulho, a previsão é de que che-garão ao porto de Santos 7,5mil contêineres, total recorde

para o mês", disse Giacomini.Outra empresa a aderir ao

Porto 24 Horas foi a Sudameri-cana Agência Marítima doBrasil (SAAM Cubatão). Elaanunciou que ampliou seu ho-rário de atendimento dentrodo sistema, e atuará de formaininterrupta de segunda-feira,a partir das 7h30, até sábado, às12h, por um período inicial deseis meses. A companhia é aoperadora com a maior unida-de de depots (depósitos) ex-clusivos para contêineres va-zios da América Latina.

O diretor-geral da SAAMBrasil, Jorge Cárdenas, lem-

brou que hácerca de deza n o s o s e g-mento de ter-minais paraco n t ê in eresnão era consi-derado rele-vante para aeconomia sul-a m e r i c a n a .Ele passou aser essencialem razão docres cim en todos fluxos ne-gociados. Porisso, a empre-s a i n v e s t i uR$ 33 milhõesem portos doPaís nos últi-mos anos.

Na avalia-ç ã o d e J o s éCândido Sen-

na, coordenador-executivo doComus, a adesão destas em-presas ao projeto resultará emganhos de produtividade, queimplicará em redução de cus-tos. "Assim, haverá perspecti-va de redução de preços e au-mento da competitividade dosempresários de diversos seg-mentos. Se todas as áreas en-volvidas trabalharem por 24horas, elas receberão e envia-rão cargas de todos os municí-pios paulistas, tornando-se,assim, usuários permanentes",explicou.

O acordo de adesão das em-presa ao Porto 24 Horas prevêque elas enviarão mensalmen-te ao Comus as estatísticas comos volumes totais movimenta-dos durante o período amplia-

do. De acordo com Senna,atualmente de 8% a 9% dosusuários de Santos deixamseus contêineres por mais de30 dias nos pátios.

Isso ocorre porque a infraes-trutura do porto de Santos nãoacompanhou o avanço da eco-nomia. Estes dados são refor-çados pelas estatísticas do Co-mus. Eles indicam que, de 2001a 2008, houve aumento de113% nas consignações médiasem contêineres, por navio atra-cado em Santos. Elas passaramde 392 para 836 TEUs. Um TEUé a unidade equivalente a umcontêiner de vinte pés. "À me-dida que os agentes e as empre-sas transportadoras rodoviá-rias aderirem ao novo sistema,o volume transacionado cres-cerá", concluiu Senna.

Para atender a esta expan-são, o Comus incluiu no proje-to Porto 24 Horas diretrizes co-mo o fortalecimento do papeldos operadores logísticos paraque seus benefícios sejam com-partilhados por importadorese exportadores.

Protestos de PJ crescem 6,1%Medidas de contenção ao crédito e elevação de juros pesaram no resultado nacional levantado pela BVS

Onúmero de títulos pro-testados de pessoasjurídicas em todo o

Brasil alcançou 1.241.217 no fi-nal de junho – elevação de 6,1%no primeiro semestre desteano frente a igual período de2010. O aumento foi conse-quência das políticas de con-tenção da economia tomadaspelo governo federal que en-volveram medidas como ele-vação dos juros e restrições aocrédito, de acordo com a ava-liação feita pela BVS (Boa VistaServiços, da ACSP, que publicaeste Diário do Comércio).

As iniciativas determinadaspelo governo federal acaba-ram inibindo a atividade eco-nômica e reduzindo a capaci-

dade de pagamento tanto deempresas quanto dos consu-midores, avalia a BVS.

De acordo com Flávio Calife,analista da empresa, os núme-ros dos protestos foram obti-dos em 98% dos cartórios bra-sileiros e refletem a expectati-va de crescimento menor daeconomia brasileira neste ano,que não deve repetir o bom de-sempenho observado no anopassado. Para ele, enquanto osíndices de inflação continua-rem acima do teto da meta dogoverno federal, haverá maisaumentos nas taxas de jurosnos próximos meses, o quecontribuirá para a elevação dototal de títulos protestadosnesse período.

Entretanto, o desempenhode junho frente a maio indicouqueda expressiva de 17,5% noíndice nacional, e de 19,4% nasregiões sudeste e sul, princi-palmente por causa do efeitocalendário (número menor dedias úteis em junho em compa-ração com maio).

Outras regiões tambémapresentaram recuos signifi-cativos como o de 9,2% obser-vado no Centro-Oeste. Nacomparação mensal, o analistadiz que o resultado continuaráinfluenciado por fatores sazo-nais. (leia quadro)

N ord es t e – No semestre, aelevação mais expressiva nototal de protestos de títulos deempresas ocorreu na regiãoNordeste (17,8%), pois ela foimais impactada pelas medi-das macroeconômicas de con-tenção. As regiões Sul e Sudes-te apresentaram altas meno-res, de 3,6% e 4,6%, respectiva-mente.

Em relação às perspectivaspara os próximos meses, a ex-pectativa é de manutenção dosníveis atuais dos títulos pro-testados, apesar dos níveis po-sitivos de consumo e de cria-ção de empregos. (PC)

Nossa expectativa éde movimentoainda maior nosportos paulistas nosegundo semestre

DAV I D GI ACO M I N I ,VICE-PRESIDENTE DE

OPER AÇÕES DA C S AV

O segmento determinais paracontêineres passoua ser essencial paraa economia sul-americana

JOR GE CÁRDENAS, D I R E TO R -GER AL DA SAAM BR ASIL

A defasagem de infraestrutura do Porto de Santos leva as empresas operadoras a deixarem parados contêineres por mais de 30 dias nos pátios

Ricardo Nogueira/FolhaPress

Oriente Médio: mais vendas.

As exportaçõesbrasileiras de

alimentos para o OrienteMédio e Norte da Áfricaaumentaram 33% noprimeiro semestre desteano, para US$ 4,45bilhões, de acordo cominformações doMinistério doD e s e nvo l v i m e n t o,Indústria e ComércioExterior (MDIC),compiladas pela Câmarade Comércio ÁrabeBrasileira. As vendastotais do Brasil para aregião somaramUS$ 6,41 bilhões.

O trigo foi destaqueentre os embarques dealimentos aos árabes,assim como os óleosvegetais. Houveaumento também nasreceitas com as vendas

de carnes –principalmente as defrango – açúcar, café esoja.

Superávit – O Brasilcomprou o equivalente aUS$ 4,55 bilhões daregião no primeirosemestre e, assim,acumulou superávit deUS$ 1,86 bilhão nocomércio com os árabesnos seis primeirosmeses do ano. Osfertilizantes estão entreos principais produtosimportados pelo País. Acorrente comercial, querepresenta a soma detodas as transaçõesbilaterais, ficou emquase US$ 11 bilhões.Os números divulgadosnão incluem a Líbia,país passa por conflitocivil. (AE)

Revisão naap osentadoria

acima do mínimo

Os benefícios previ-denciários acima do

salário mínimo (R$ 545) eque tiveram aumento de6,41% em janeiro últimopassarão a ser corrigidosem 0,6%, o que correspon-de ao Índice Nacional dePreços ao Consumidor(INPC) integral de 2010 –6,47%. Em janeiro, essesbenefícios tiveram um au-mento inferior porque aequipe econômica consi-derou em seus cálculos aest imativa de INPC de6,41%. Agora, o governodecidiu pagar a diferençapercentual, retroativa-mente a janeiro. A mudan-ça deve elevar, em média, ovalor das aposentadorias epensões em R$ 0,65.

Com a revisão dos bene-f íc ios, também haveráajustes no teto das faixasde contribuição ao INSS apartir de agosto. (AE)

Paula Cunha

Fotos: Leandro Moraes/LUZ

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 2011 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

IIIIItaúsa Exportaúsa Exportaúsa Exportaúsa Exportaúsa Export S.A.t S.A.t S.A.t S.A.t S.A.CNPJ 45.594.330/0001-90 NIRE 35300139291AAAAATTTTTA SUMA SUMA SUMA SUMA SUMÁRIA DÁRIA DÁRIA DÁRIA DÁRIA DA ASSEMBLEIA GERA ASSEMBLEIA GERA ASSEMBLEIA GERA ASSEMBLEIA GERA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA E EXAL ORDINÁRIA E EXAL ORDINÁRIA E EXAL ORDINÁRIA E EXAL ORDINÁRIA E EXTRTRTRTRTRAAAAAORDINÁRIA DE 6 DE JUNHO DE 2011ORDINÁRIA DE 6 DE JUNHO DE 2011ORDINÁRIA DE 6 DE JUNHO DE 2011ORDINÁRIA DE 6 DE JUNHO DE 2011ORDINÁRIA DE 6 DE JUNHO DE 2011DDDDDAAAAATTTTTA, HORA, HORA, HORA, HORA, HORA E LA E LA E LA E LA E LOCOCOCOCOCAL: AL: AL: AL: AL: Em 6.6.2011, às 9h30, na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100, TorreConceição, 7º andar, em São Paulo (SP). MESA: MESA: MESA: MESA: MESA: Alfredo Egydio Setubal - Presidente. Mario LuizAmabile - Secretário. QUORUM: QUORUM: QUORUM: QUORUM: QUORUM: Acionista representando a totalidade do capital social. PRESENÇPRESENÇPRESENÇPRESENÇPRESENÇAAAAALEGAL:LEGAL:LEGAL:LEGAL:LEGAL: Administradores da Sociedade e representantes da PricewaterhouseCoopers AuditoresIndependentes. EDITEDITEDITEDITEDITAL DE CAL DE CAL DE CAL DE CAL DE CONVOCONVOCONVOCONVOCONVOCAAAAAÇÇÇÇÇÃÃÃÃÃOOOOO: : : : : Dispensada a publicação de edital, face ao disposto noArtigo 124, § 4º, da Lei 6.404/76. AAAAAVISO AVISO AVISO AVISO AVISO AOS AOS AOS AOS AOS ACIONISTCIONISTCIONISTCIONISTCIONISTAS: AS: AS: AS: AS: Dispensada a publicação do aviso aosacionistas a que se refere o Artigo 133, nos termos do seu § 5º, da Lei 6.404/76. DELIBERDELIBERDELIBERDELIBERDELIBERAAAAAÇÇÇÇÇÕESÕESÕESÕESÕESTTTTTOMOMOMOMOMADADADADADAS:AS:AS:AS:AS: I) EM PI) EM PI) EM PI) EM PI) EM PAAAAAUTUTUTUTUTA ORDINÁRIA:A ORDINÁRIA:A ORDINÁRIA:A ORDINÁRIA:A ORDINÁRIA: 1. Aprovar as Contas dos Administradores, o BalançoPatrimonial, as demais Demonstrações Financeiras, Notas Explicativas e os Relatórios daAdministração e dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social encerrado em31.12.2010, os quais foram publicados na edição de 4.5.2011 do “Diário Oficial do Estado de SãoPaulo” (págs. 5 e 6) e do “Diário do Comércio” (págs. 17 e 18). 2. Aprovar a destinação do lucrolíquido do exercício de 2010, no valor total de R$ 42.494.695,00, da seguinte forma:(a) R$ 2.124.734,75, para a conta de Reserva Legal; (b) R$ 39.966.260,65, para a conta de ReservaEstatutária; e (c) R$ 403.699,60, para pagamento aos acionistas, até 31.12.2011, de dividendosprovisionados no balanço de 31.12.2010, tendo como base de cálculo, para os fins previstos noArtigo 205 da Lei nº 6.404/76, a posição acionária hoje registrada. 3. Reeleger para os cargos de(a) DirDirDirDirDiretetetetetor Por Por Por Por Prrrrresidenesidenesidenesidenesidenttttte:e:e:e:e: ALFREDO EGYDIO SETUBAL; (b) DirDirDirDirDiretetetetetororororores Ges Ges Ges Ges Gerererererenenenenentttttes:es:es:es:es: CANDIDO BOTELHOBRACHER, CLAUDIA POLITANSKI, EDUARDO SARON NUNES e SÉRGIO RIBEIRO DA COSTA WERLANG;e (c) CCCCConsultonsultonsultonsultonsultor Juror Juror Juror Juror Jurídicídicídicídicídico:o:o:o:o: LUCIANO DA SILVA AMARO; e eleger para o cargo de (a) DirDirDirDirDiretetetetetor Gor Gor Gor Gor Gerererererenenenenenttttte:e:e:e:e:MARCO ANTONIO ANTUNES, todos adiante qualificados e com mandato até a posse dos que vierema ser eleitos na Assembleia Geral Ordinária de 2012. Em consequência, resultará assim composta aDIREDIREDIREDIREDIRETTTTTORIA - DirORIA - DirORIA - DirORIA - DirORIA - Diretetetetetor Por Por Por Por Prrrrresidenesidenesidenesidenesidenttttte: ALFREDe: ALFREDe: ALFREDe: ALFREDe: ALFREDO EGYO EGYO EGYO EGYO EGYDIO SEDIO SEDIO SEDIO SEDIO SETUBALTUBALTUBALTUBALTUBAL, brasileiro, casado, administrador,RG-SSP/SP 6.045.777-6, CPF 014.414.218-07, domiciliado em São Paulo (SP), na Praça AlfredoEgydio de Souza Aranha, 100, Torre Olavo Setubal, Piso Itaú Unibanco; DirDirDirDirDiretetetetetororororores Ges Ges Ges Ges Gerererererenenenenentttttes:es:es:es:es:CCCCCANDIDANDIDANDIDANDIDANDIDO BOO BOO BOO BOO BOTELHO BRTELHO BRTELHO BRTELHO BRTELHO BRAAAAACHERCHERCHERCHERCHER, brasileiro, casado, administrador, RG-SSP/SP 10.266.958-2,CPF 039.690.188-38, domiciliado em São Paulo (SP), na Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400, 4º andar;CLACLACLACLACLAUDIA POLITUDIA POLITUDIA POLITUDIA POLITUDIA POLITANSKIANSKIANSKIANSKIANSKI, brasileira, casada, advogada, RG-SSP/SP 16.633.770-5, CPF 132.874.158-32,domiciliada em São Paulo (SP), na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100, Torre Conceição,1º andar; EDUEDUEDUEDUEDUARDARDARDARDARDO SARON NUNESO SARON NUNESO SARON NUNESO SARON NUNESO SARON NUNES, brasileiro, casado, economista, RG-SSP/SP 20.211.796-0,CPF 143.605.828-70, domiciliado em São Paulo (SP), na Av. Paulista, 149, 9º andar; MMMMMARCARCARCARCARCOOOOOANTANTANTANTANTONIO ANTUNESONIO ANTUNESONIO ANTUNESONIO ANTUNESONIO ANTUNES, brasileiro, separado judicialmente, engenheiro, RG-SSP/SP 7.669.530-X,CPF 002.975.098-96, domiciliado em São Paulo (SP), na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100,Torre Eudoro Villela, Piso Zero; e SÉRGIO RIBEIRO DSÉRGIO RIBEIRO DSÉRGIO RIBEIRO DSÉRGIO RIBEIRO DSÉRGIO RIBEIRO DA CA CA CA CA COSTOSTOSTOSTOSTA A A A A WERLANGWERLANGWERLANGWERLANGWERLANG, brasileiro, casado,engenheiro, RG-IFP/RJ 04.590.754-0, CPF 506.666.577-34, domiciliado em São Paulo (SP), na PraçaAlfredo Egydio de Souza Aranha, 100, Torre Olavo Setubal, Piso Itaú Unibanco; e CCCCConsultonsultonsultonsultonsultorororororJurJurJurJurJurídicídicídicídicídico:o:o:o:o: LLLLLUCIANO DUCIANO DUCIANO DUCIANO DUCIANO DA SILA SILA SILA SILA SILVVVVVA AA AA AA AA AMMMMMAROAROAROAROARO, brasileiro, casado, advogado, RG-SSP/SP 3.413.990,CPF 105.883.708-78, domiciliado em São Paulo (SP), na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100,Torre Conceição, 12º andar. 4. Registrar o atendimento das condições prévias de elegibilidadeprevistas nos Artigos 146 e 147 da Lei 6.404/76. 5. Manter a verba global e anual destinada àremuneração dos membros da Diretoria em até R$ 2.000.000,00, que compreende também asvantagens ou benefícios de qualquer natureza que eventualmente vierem a ser concedidos,reajustada de acordo com a política de remuneração adotada pela Sociedade e que será rateada naforma que vier a ser deliberada pela Diretoria. II) EM PII) EM PII) EM PII) EM PII) EM PAAAAAUTUTUTUTUTA EXA EXA EXA EXA EXTRTRTRTRTRAAAAAORDINÁRIA:ORDINÁRIA:ORDINÁRIA:ORDINÁRIA:ORDINÁRIA: 1. Alterar adenominação da Sociedade para “IIIIItaú Unibanctaú Unibanctaú Unibanctaú Unibanctaú Unibanco Co Co Co Co Consultonsultonsultonsultonsultorororororia S.A.ia S.A.ia S.A.ia S.A.ia S.A.”. 2. Incluir, no Artigo 2º, relativoao objeto social, a atividade “consultoria em negócios”, reordenando os itens que dele fazem parte.3. Em consequência, alterar os Artigos 1º e 2º do Estatuto Social, que passam a se redigir conformesegue: “Art. 1º - DENOMINAÇÃO, PRAZO E SEDE - A Sociedade anônima regida por este estatuto,denominada ITAÚ UNIBANCO CONSULTORIA S.A., terá duração por prazo indeterminado, sede eforo na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, e poderá abrir dependências em qualquer pontodo território nacional ou do exterior, por deliberação da Diretoria. Art. 2º - OBJETO SOCIAL - ASociedade tem por objetivo apoiar, direta ou indiretamente, o comércio exterior do País, através de:a) consultoria em negócios; b) estudos e projetos, no sentido de promover a exportação deprodutos brasileiros; c) importação e exportação; d) participação em sociedades, no País ou noexterior, com vistas à colocação de produtos e bens de interesse nos mercados interno e externo;e) atividades administrativas e correlatas, de interesse das referidas sociedades; e f ) abertura desubsidiárias, integrais ou parciais, no Brasil ou no exterior.” 4. Consolidar o Estatuto Social paracontemplar as alterações acima aprovadas, o qual passa a vigorar com a redação ora rubricada peloAcionista. CCCCCONSELHO FISCONSELHO FISCONSELHO FISCONSELHO FISCONSELHO FISCAL: AL: AL: AL: AL: Não houve manifestação do Conselho Fiscal, por não seencontrar em funcionamento. DDDDDOCUMENTOCUMENTOCUMENTOCUMENTOCUMENTOS ARQUIVOS ARQUIVOS ARQUIVOS ARQUIVOS ARQUIVADADADADADOS NA SEDE: OS NA SEDE: OS NA SEDE: OS NA SEDE: OS NA SEDE: Balanço Patrimonial edemais Demonstrações Contábeis, Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes.ENCERRENCERRENCERRENCERRENCERRAAAAAMENTMENTMENTMENTMENTOOOOO: : : : : Nada mais havendo a tratar e ninguém desejando manifestar-se, encerraram-se os trabalhos, lavrando-se esta ata que, lida e aprovada, foi assinada por todos. São Paulo (SP),6 de junho de 2011. (aa) Alfredo Egydio Setubal - Presidente; Mario Luiz Amabile - Secretário. Apresente é cópia fiel da original lavrada em livro próprio. Secretaria da Fazenda - Junta Comercialdo Estado de São Paulo - Certifico o registro sob nº 242.585/11-5, em 28.6.2011. (a) Kátia ReginaBueno de Godoy - Secretária Geral.

ASSOCIAÇÃO CIVIL PARQUE ITAPETINGAEDITAL DE CONVOCAÇÃO

De conformidade com o capítulo V, artigo 15º do Estatuto da Associação Civil Parque Itapetinga,ficam os senhores associados (Águia Branca I, II e Recanto Serrano I, II) convocados para aAssembleia Geral Ordinária a ser realizada em 30 de julho de 2011, em única convocação, às 10h,nas dependências do salão de festas das piscinas do Atibaia Clube de Montanha, Parque dasCascatas, s/nº - Atibaia, São Paulo, para deliberarem sobre: Expediente: a) Aprovação da atada reunião anterior; b) Leitura de papéis encaminhados à mesa; c) Comunicação de assuntos delivre escolha dos oradores. Ordem do Dia: 1) Leitura e aprovação da ata da Assembleia Geralanterior; 2) Análise e aprovação do balancete de janeiro a junho do ano de 2011; 3) Informaçãosobre ações de cobrança dos associados inadimplentes; 4) Informação sobre o processo deregularização do Residencial Parque Itapetinga; 5) Previsão de gastos para as obras derecuperação/construção de reservatório de água, localizado na laje do residencial; 6)Manutenção:locais onde sofrerão intervenções visando atender às necessidades atuais do residencial -Previsão de gastos; 7) Segurança - Monitoramento, a partir da colocação de equipamento dealarme ligado à Portaria a critério de cada associado; 8) Eleição do Conselho Diretor para o biênio2011/2013; 9) Assuntos Gerais. Dada a relevância dos assuntos, é indispensável a presença detodos os associados. São Paulo, 13 de julho de 2011. Conselho de Administração. William EdisonZancarli - Secretário. Secretaria: Rua Artur Bastos 107 - Parque São Domingos - CEP 05126-160 - Tel 3902-3701 - São Paulo. E-mail: [email protected].

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINAEXTRATO DE PRORROGAÇÃO CONTRATUAL

Processo nº 130/2010 – Tomada de Preços nº 26/2010CONTRATANTE: Prefeitura do Município de Andradina. CONTRATADO:CEGA – JARDINS, SERVIÇOS E CONSTRUÇÕES LTDA – EPP. Ficaajustado entre as partes que o prazo de execução será prorrogado por mais70 (setenta) dias e, em consequência, o prazo de vigência do contrato seráprorrogado até 13/11/2011. As demais cláusulas e condições dos contratossupra permanecem inalteradas. DATA: 15 de julho de 2011.

JAMIL AKIO ONO – PREFEITO

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINAAVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO

Processo nº 70/11 – Tomada de Preços nº 08/11OBJETO: Contratação de empresa especializada para execução depavimentação asfáltica, tipo CBUQ, área de 3.742,94 m², construção de guiase sarjetas, área de 505,60 m. TIPO: MENOR PREÇO. REGIME: Empreitadapor preço global. VENCIMENTO: 10(dez) horas, do dia 03 de agosto de 2011.Edital por meio magnético - taxa no valor de R$ 34,84. INFORMAÇÕES:Prefeitura - Rua Dr. Orensy Rodrigues da Silva n°341, fone/fax (18) 3702-1000 ramal 1029, de 2ª a 6ª feira, das 8h30 às 16h00.

Andradina, 15 de julho de 2011.JAMIL AKIO ONO – PREFEITO

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINAEXTRATO DE PRORROGAÇÃO CONTRATUALProcesso nº 93/10 – Tomada de Preços nº 17/10

CONTRATANTE: Prefeitura do Município de Andradina.CONTRATADO: PONTAL – ENGENHARIA CONSTRUÇÕES E COMÉRCIOLTDA EPP.Fica ajustado entre as partes que o prazo de execução será prorrogado pormais 120 (cento e vinte) dias para os itens 1 e 2 e, em consequência, o prazode vigência do contrato será prorrogado por mais 180 (cento e oitenta) dias.As demais cláusulas e condições dos contratos supra permanecem inalteradas.DATA: 16 de maio de 2011.

JAMIL AKIO ONO – PREFEITO

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,

foram ajuizados no dia 15 de julho de 2011, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Frefer Metal Plus S/A - Requerida: Bolme Bolsa de Ligas eComércio de Metais Ltda. - Rua Padre João Antonio nº 171 - Térreo- Vila Maria Baixa - 2ª Vara de Falências

Requerente: Madri Serviços de Segurança Ltda. - Requerida: CicomacAgro Industrial, Empreendimentos e Comércio S/A - AlamedaRibeirão Preto nº 235 - 1ª Vara de Falências

Requerente: J.G.B. Factoring Fomento Mercantil Ltda. - Requerida: R.W.V.Pinturas Ltda. - Rua Oscar Ferreira do Amaral nº 122 - Vila RegenteFeijó - 2ª Vara de Falências

Requerente: Coats Corrente Ltda. - Requerida: Andréia RodriguezBolsas - Rua Jaboti-Membeca nº 187 - Fundos - Jardim Brasília(Z.Leste) - 1ª Vara de Falências

Requerente: Banco Itaú BBA S/A - Requerida: DHJ Comércio de VeículosLtda. - Avenida Prof. Luiz Ignácio de Anhaia Mello nº 1.383 - VilaPrudente - 2ª Vara de Falências

Requerente: Banco Itaú BBA S/A - Requerida: NCP Comércio de VeículosLtda. - Avenida das Nações Unidas nº 23.293 - prédio 1 - sala 1 - VilaAlmeida - 2ª Vara de Falências

Requerente: Banco Itaú BBA S/A - Requerida: AGL Locadora deVeículos Ltda. - Rua Francisco Polito s/nº - lotes 13 a 17 - quadraA - sala 02 - 1ª Vara de Falências

Requerente: Banco Itaú BBA S/A - Requerida: BBD Locadora de VeículoLtda. - Rua Francisco Polito s/nº - lotes 13 a 17 - quadra A - sala 1 -Vila Prudente - 1ª Vara de Falências

Requerente: Mix Pneus Ltda. - Requerida: RC Serviços de Escolta eTransportes Ltda. - Rua Quirino nº 800 - sala 02 - Vila Guilherme- 2ª Vara de Falências

Os EUA apoiam a determinação da Grécia em fazer as reformas necessárias.Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUAeconomia

EUA declara apoio ao governo gregoEm visita ao país balcânico, a secretária de Estado Hillary Clinton deixou claro, contudo, que a solução da crise é uma questão europeia.

Asecretária de Esta-do norte-america-na, Hillary Clin-ton, demonstrou

apoio à Grécia no momento emque o país enfrenta uma crisefiscal que ameaça contaminarpaíses como a Itália e a Espa-nha. Ela visitou Atenas nestedomingo, quando afirmou:"estamos do lado do povo e dogoverno da Grécia." "Os Esta-dos Unidos apoiam com forçaa determinação do governo emfazer as reformas necessáriaspara colocar a Grécia em umbom caminho financeiro."

A representante dos EUA sereuniu com diversas autorida-des gregas, como o primeiro-ministro George Papandreou,o secretário de Estado grego,Stavros Lambrinidis, e o mi-nistro da Economia do país,Evangelos Venizelos. Ela des-tacou, contudo, que Washing-ton ainda encara a crise gregacomo um problema que a Eu-ropa deve resolver.

Após receber 110 bilhões deeuros em ajuda da União Euro-peia (UE) e do Fundo Monetá-rio Internacional (FMI) no anopassado, o país vive na expec-tativa de receber um segundopacote de ajuda dos organis-mos internacionais. Para isso,o governo conseguiu aprovarno mês passado um pacote demedidas de austeridade eco-nômica de 28,4 bilhões de eu-ros para os próximos cincoanos, em meio a violentos pro-testos da população.

Disciplina – O presidentedo Banco Central Europeu(BCE), Jean-Claude Trichet,pediu ontem aos líderes da eu-rozona para cumprirem comsua responsabilidade para oresgate da Grécia. Ele lembrouque, no caso da falta de paga-mento total ou parcial, deve-rão recorrer a mecanismos"aceitáveis" pelo sistema mo-netário comum.

"Os governos são responsá-

veis, e eles foram advertidos,por todos os meios e com todaclareza que, em caso de mora-tória de um país, seus bônusestatais não poderão ser acei-tos como garantia normal ban-cária", disse em entrevista queserá publicada hoje no jornalFinancial Times Deutschland.

Reunião – A crise da dívidagrega ocupará posição centralna cúpula extraordinária dazona do euro que será realiza-da na próxima quinta-feira, emBruxelas. Na ocasião, será dis-cutido o financiamento do se-gundo programa de resgate daGrécia. A reunião será realiza-da uma semana mais tarde doque o esperado, já que a Ale-manha freou sua convocaçãoao insistir que era necessáriocontar primeiro com algo con-creto sobre o que decidir.

Berlim, apoiada pela Finlân-dia e Holanda, insistiu até ago-ra em uma participação doscredores privados – fórmulaque o BCE rejeita, porque po-deria ver-se como uma rees-truturação. A chanceler alemã,Angela Merkel, afirmou on-

tem que não trabalha num pro-grama de reestruturação da dí-vida grega.

"O que queremos é o menosde medidas possíveis, e umareestruturação, como tem sidoconstantemente mencionadoagora, também tem um efeitonegativo que poderá levar ospaíses possivelmente a não fa-

zer mais tanto esforço", disse àrede de TV pública ARD.

"Estamos tentando tudo quepodemos para evitar algo queé ainda mais duro, mas o en-volvimento de credores priva-dos mostra que temos um pro-blema especial na Grécia devi-do (ao nível de dívida) muito,muito alto", disse. (Agências)

Crise na produçãode azeitona

Um símbolo da Grécia já tem suaprodução afetada negativamente pelacrise do país: a azeitona. Apesar de

figurar em primeiro lugar na pauta deexportações e ocupar uma posição central naidentidade nacional grega, o produto temsofrido com a queda vertiginosa dos preços nomercado – forçando os agricultores dedicados aessa cultura a buscarem contornar asdificuldades da melhor forma possível.

De acordo com reportagem publicada pelarevista alemã Der Spiegel, a produção anual deazeitonas é de cerca de 2 milhões de toneladas.No entanto, seu preço teria caído nos últimosanos de 3 euros para 1,50 euro por quilo.

Segundo o produtor Georgios Nikolaou,entrevistado pela publicação, os principaisfatores que levaram a essa situação são a ânsiade lucro dos compradores de azeitona nomercado local – apesar de comprarem o produtopor preços baixos, ele é vendido nossupermercados de Atenas por cerca de 9 euros oquilo – e os custos com a colheita e transporte.

Com essa situação, Nikolaou contou à D erS piegel que tem estocados cerca de 3 mil litrosde azeite de oliva – à espera de uma recuperaçãodos preços ou, se as coisas não melhorarem, deuma proposta de compra.

Saul Loeb/AFP

Hillary Clinton se reuniu com autoridades gregas, como o ministro da Economia, Evangelos Venizelos.

EUA: Senado devediscutir teto da dívida.

OSenado dos EstadosUnidos deve começara discutir nesta sema-

na um plano de contingênciabipartidário para evitar um ca-lote sem precendentes na diví-da norte-americana. A afirma-ção partiu ontem de assesso-res do Partido Democrata.

Assessores disseram que oSenado de maioria democratadeve aprovar a legislação, masnão está claro se os republica-nos da Câmara dos Deputados

vão dar o apoio necessário.Efeitos – A economia dos

EUA deverá afundar numa re-cessão mais profunda do que ado segundo semestre de 2008se o Congresso norte-america-no não elevar o atual teto da dí-vida pública, de US$ 14,3 tri-lhões. Nos cálculos do econo-mista Michael Etllinger, vice-presidente do Centro para oProgresso Americano, o Produ-to Interno Bruto (PIB) do paísdespencará para 2,3% negati-

vos, em termos nominais, emagosto e setembro próximos.

Essa retração compensariaum inevitável cumprimentodos compromissos externos,por parte do governo norte-americano. Porém, causariaum dano catastrófico para aeconomia dos EUA e do restodo mundo.

"Enquanto Barack Obamafor o presidente e Tim Geithnero secretário de Tesouro, os EUAvão honrar sua dívida externa.Eles vão encontrar os recursospara rolar os compromissos decurto prazo e/ou para pagá-los, efetivamente, mesmo commaior sacrifício no âmbito do-

méstico", afirmou.Como o impacto desse cená-

rio se estenderia mundo afora,a exemplo das Depressões dosanos 1930 e de 2008, Etllingerafirmou acreditar na "genero-sidade" de países com amplasreservas internacionais e/oufundos soberanos. A China se-ria uma óbvia fonte de ajuda.Mas, o economista tambémconsidera possível uma inicia-tiva do Brasil. Em sua opinião,não interessa a nenhuma eco-n o m i a , e s p e c i a l m e n te à semergentes, conviver de novocom a queda das importaçõesnorte-americanas e dos preçosdas commodities. (Ag ê n c i a s )

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 201118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

Angela Crespoé jornalista especializada em consumo. E-mail: [email protected]

O vínculo entre sites de compras coletivas, estabelecimentos e consumidores deve ser transparente.Deputado federal João Arruda (PMDB-PR)

O QUE DIZ O CDCArtigo 44Os órgãos públicos de

defesa do consumidormanterão cadastrosatualizados de reclamaçõesfundamentadas contrafornecedores de produtos eserviços, devendo divulgá-lopública e anualmente. Adivulgação indicará se areclamação foi atendida ounão pelo fornecedor.

§ 1° - É facultado o acesso

às informações lá constantespara orientação e consultapor qualquer interessado.

§ 2° - Aplicam-se a esteartigo, no que couber, asmesmas regras enunciadas noartigo anterior e as doparágrafo único do artigo 22deste código.

Artigo 107As entidades civis de

consumidores e asassociações de fornecedores

ou sindicatos de categoriaeconômica podem regular,por convenção escrita,relações de consumo quetenham por objetoestabelecer condiçõesrelativas ao preço, àqualidade, à quantidade, àgarantia e características deprodutos e serviços, bemcomo à reclamação ecomposição do conflito deco n s u m o.

§ 1° - A convenção tornar-se-á obrigatória a partir doregistro do instrumento nocartório de títulos edo cumentos.

§ 2° - A convenção somenteobrigará os filiados àsentidades signatárias.

§ 3° - Não se exime decumprir a convenção ofornecedor que se desligar daentidade em data posterior aoregistro do instrumento.

Indenização negadaNão tem direito a

indenização pordanos moraisconsumidores que tiverameventuais transtornoscausados pela manutençãodo nome no cadastro dosinadimplentes, depois dequitada a dívida, desde queestes não extrapolem orazoável e que o nomeseja excluído da listaem 30 dias.

Este é o entendimentoda 12ª Câmara Cível doTribunal de Justiça do RioGrande do Sul ao nãoacatar a apelação de umconsumidor contra o Bancodo Brasil. Opedido deindenização jáhavia sidonegado napr imeirainstância.

Em sua ação,o consumidorafirmou que oseu nome ficouno cadastro doServiço deProteção aoCrédito por 24 dias após aquitação do débito e só foiretirado por medida liminarjudicial. Disse que foitempo suficiente para lhecausar constrangimento nocomércio local e quaseperdeu o direito derecolocação profissional.Só não perdeu o novoemprego porque umaamiga, que já trabalha naloja, interveio para que agerência lhe concedesse a

opor tunidade.Na defesa, o Banco do

Brasil disse que agiu deforma regular e legal,destacando que a retiradado nome do cadastro deinadimplentes, em funçãode uma série deprocedimentos, pode nãoser tão rápida. Argumentouque há orientaçãoemanada do JuizadoEspecial Cível de que oprazo razoável para ocancelamento da inscriçãoé de 30 dias (Enunciado 4).

No Tribunal de Justiça, orelator do recurso,desembargador Orlando

H eemannJ ú n i o r,co n s i d e ro uque osalegadostranstor nosnãoexcederam olimite dara zo a b i l i d a d ee o período deduração donome nocadastro foi de

22 dias – e não 24, comoalegado na inicial.

O desembargadortambém citou ajurisprudência sobre o caso( as disposições doEnunciado 4, dos JuizadosEspeciais, e ementa do STJ),que culminaram porembasar a sentença.

Assim, o relator manteveintegralmente os termosda sentença de primeirainstância.

Fique por dentro

Projeto de lei estabelece regras para sites de compras coletivas

Os sites de compras coletivaspoderão ser regulados por

lei. É que tramita na Câmara dosDeputados o projeto 1.232/2011, do deputado federal JoãoArruda (PMDB-PR), quedisciplina a venda coletiva deprodutos e serviços em sites dainternet e estabelece critérios defuncionamento para asempresas que promovem essetipo de comércio.

A proposta obriga asempresas a manter serviçotelefônico de atendimento aoconsumidor, gratuito e deacordo com as normas defuncionamento dos call centers,fixadas pelo decreto6.523/2008. Osestabelecimentos responsáveispelos sites deverão possuir sede

ou filial no Brasil e informar seusdados, como o endereço, emsua página principal na internet.

O texto detalha ainda asregras para as ofertas, cujasinformações deverão serdivulgadas em tamanho nãoinferior a 20% da letra dachamada para a venda. Asempresas também são obrigadasa especificar o volume mínimode compradores para a liberaçãoda oferta; o prazo para utilizaçãodo cupom, que deverá ser depelo menos seis meses; oendereço e o telefone daempresa responsável pela oferta;o número de clientes que serãoatendidos por dia; e a quantidademáxima de cupons que poderãoser adquiridos por pessoa.

No caso de oferta de

alimentos, o site deverápublicar informações sobreeventuais complicaçõesalérgicas que o produtopode causar.

Caso o número mínimo departicipantes para a liberaçãoda oferta não seja atingido, adevolução dos valores pagosdeverá ocorrer em até 72 horas.No que couber, serãoaplicadas ao comércioeletrônico as regras do Códigode Defesa do Consumidor (lei8.078/1990).

Ainda conforme a proposta,os dados sobre ofertas epromoções só poderão serenviados a clientes cadastradosno site e que tenhamautorizado o recebimento deinformações por e-mail.

O projeto tambémestabelece que os impostosestaduais e municipais serãorecolhidos na sede dasempresas responsáveis pelofornecimento do produtoou do serviço.

Com a proposta, Arrudaespera regulamentar ummercado novo no Brasil, quecresce desde 2010. "Éimportante que o vínculocriado entre os sites decompras coletivas, osestabelecimentos e osconsumidores sejatransparente. O consumidordeve ser informado sobre ascondições e os detalhes dosprodutos e serviços oferecidos,as regras para a sua utilização ea entrega", afirmou.

Suaempresa

sabe o queé a CIP?

Mecanismo agiliza reclamação do consumidor

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Pode-se checaro grau de

satisfação dosclientes e o

que nãofunciona bem.

SELMA DO AMAR AL,PR OCON-SP

Provavelmente suaempresa já recebeuem algum momentouma Carta de Infor-

mação Preliminar (CIP) enca-minhada pelo Procon. Se issoainda não ocorreu, uma coisa écerta: seus consumidores estãomuito satisfeitos com o atendi-mento dispensado a eles.

Mas não é bem isso que mos-tram os números do Procon-SP. No ano passado, foramatendidos 630.715 consumido-res; boa parte gerou a carta. "ACIP é um instrumento que dáceleridade ao questionamento

de um consumidor sem muitaformalidade", disse Selma doAmaral, assistente técnica doP ro c o n - S P.

Segundo ela, a CIP represen-ta uma amostra dos problemasnas relações de consumo. "Issotambém vale para as empre-sas. Pelas cartas, as compa-nhias podem checar o grau desatisfação de seus clientes e oque não está funcionando bemna corporação, além de corri-gir algo em produto ou serviçoque está trazendo insatisfaçãoe até medir como seu Serviçode Atendimento ao Consumi-

dor (SAC) se comporta."Emissão– A CIP só é emitida

se ficar provado que há um pro-blema instalado, que há amea-ça ao direito do consumidor ouse ele foi lesado. "Todos os con-sumidores passam por umatriagem. Não chegam aos técni-cos casos que não são da com-petência do Procon ou que tra-tam de uma simples consultaou orientação", afirmou. Os de-mais são atendidos por espe-cialistas do órgão, que ouvem orelato e analisam a documenta-ção. Constatada a necessidadede acionar a empresa, é emitidaa CIP, que pode ser encaminha-da à empresa eletronicamente,pelos Correios ou entregue pes-soalmente. Nas duas últimasformas, cabe ao consumidor fa-zer o documentochegar à empresa.

No caso da CIPeletrônica, as em-presas têm de aderirao sistema e rece-bem senha e treina-mento. Elas podemencaminhar a res-posta ao Procon pore-mail, tendo a pos-sibilidade de anexardocumentos. Osfornecedores queaceitam participardesse sistema podem acompa-nhar eletronicamente as CIPsque estão em andamento, ge-renciar informações,etc.

Segundo Selma, há falta deorganização em algumas dascompanhias que aderem aosistema. "Elas não acompa-nham diariamente as posta-gens das reclamações, ou nãoabrem as cartas mesmo apósserem comunicadas de que hánovas CIPs contra a empresa.Conclusão: perdem o prazo deresposta e são acionadas viaprocesso administrativo".

Como funciona – Os Pro-cons não recebem tão-somentereclamações pessoais. Eles dis-ponibilizam também canais ele-

trônicos, por carta e por telefo-ne, e acatam denúncias de situa-ções que podem afetar um sem-número de consumidores.

Todas as reclamações passampor triagem e, se consideradasprocedentes, é emitida a CIP. Aempresa tem 10 dias da data dorecebimento da carta para solu-cionar a questão de seu cliente eapresentar o resultado ao Pro-con, ao qual cabe à tarefa de con-firmar com o consumidor se tu-do ocorreu conforme informa-do e se ele quer ou não encerrar oprocesso. "Há empresas quedão respostas evasivas ou quenão respeitam os prazos. Per-dem a chance de resolver oquestionamento de seu cliente ede interagir com ele."

Assim, essas empresas po-dem ira para o Ca-dastro de Reclama-ções Fundamenta-das, elaborado pe-los Procons de todoo País. Entram nes-ta lista as empresasque foram aciona-das via processoadministrativo pornão terem respon-dido à CIP; se oconsumidor nãoconcordar com oque foi informado;

ou se os técnicos do Procon con-siderarem a resposta evasivaou o caso não resolvido.

Ainda há uma chance de aempresa se sair bem, mesmoque seja incluída no cadastro. Éque o relatório, além do núme-ro de reclamações de cada em-presa que passaram por pro-cessos administrativos, mos-tra quantas foram atendidas equantas não foram atendidas.

"Por 'atendida' considera-mos o ponto de vista do consu-midor – se ele tem direito ounão etc.", complementou Sel-ma. Já aquelas consideradas"não atendidas" são as que nãotiveram nenhuma manifesta-ção do fornecedor.

Procon pode 'pular'emissão da carta

Divulgação

Procon podedeixar deemitir a CIPem casos deurgência oupontuais.

SELMA DO AMAR AL,DO PR OCON-SP

Os processosadministrativos nãosão abertos somente

contra empresas que nãorespondem à Carta deInformação Preliminar (CIP).Mas o Procon-SP tem aprerrogativa de pulara fase de emissão da carta econvocar imediatamente aempresa para audiênciap re s e n c i a l .

"Isso vale para situações deurgência e em alguns casospontuais", afirmou aassistente técnica do órgão,Selma do Amaral. Ela citou ocaso das empresas que têmum número considerável dere c l a m a ç õ e s .

Mesmo aberto processoadministrativo há situaçõesem que as empresas nãovão para o Cadastro deReclamaçõesFundamentadas. Isso valepara aqueles casos em que otécnico do Procon qualificoucomo "encerrada" areclamação por desistência (oconsumidor optou peloJudiciário ou não compareceuà audiência), reclamações emduplicidade (nas quais não háo direito ou o fornecedorapresenta nexo causal).

Mas o Procon está de olhonas empresas que corrempara solucionar a questão deseu cliente após a abertura deprocesso administrativo,resultando no não-comparecimento doconsumidor na audiência.Isso caracteriza desistência e,consequentemente, oencerramento do processo – oque é vantajoso para ascompanhias, que deixam deentrar no Cadastro deReclamaçõesFundamentadas. Em SãoPaulo, as audiências seguemo que determina a lei estadual10.177, e podem ser marcadasem até 120 dias.

Quanto às reclamações não-resolvidas mesmo apósabertura de processoadministrativo, o Proconpode tomar atitudes maisdrásticas. "Podemos chamar ofornecedor para se explicar,encaminhar para oDepartamento de Fiscalizaçãodo Procon – que pode gerarauto de infração –, montardossiê e encaminhar para apolícia, Ministério Público,agências reguladoras etc."Dessa forma, a impunidadenão prevalece.

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 2011 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

SEM COMENTÁRIOS

ADILSON GOSTOUNovo técnico do São Pauloassistiu vitória sobre o Inter(3 a 0) e será apresentado hoje.Pág. 21

ESSAS SABEM CHUTARNos pênaltis, japonesas vencemamericanas e conquistam o primeirotítulo mundial para seu país.Pág. 22espor te

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URUGUAI Nos pênaltis, time de Diego Forláneliminou heroicamente a Argentina PERU Com dois gols na prorrogação, os surpreendentes

peruanos passaram pela Colômbia

PARAGUAI A festa deles também veio nospênaltis, após segurar o Brasil VENEZUELA A zebra chegou às semifinais

fazendo 2 a 1 no Chile

Foram quatro pênaltis,todos perdidos, porElano, Thiago Silva (oúnico que não chutou

fora, dando algum trabalho aogoleiro Villar), André Santos eFred. Isso após 120 minutos,sendo 90 no tempo normalmais 30 na prorrogação, semconseguir furar a retranca doParaguai. Com o 0 a 0 e a der-rota por 2 a 0 nos pênaltis, oBrasil acabou eliminado nasquartas de final da Copa Amé-rica, domingo, em La Plata, naArgentina. O time do técnicoMano Menezes foi, de fato, me-lhor que o adversário durantepraticamente o tempo todo,mas o nervosismo brasileiroacabou falando mais alto. Ha-via 16 anos que o Brasil nãoperdia uma decisão por pênal-tis em competições oficiais. Aúltima havia sido em 1995, nafinal da Copa América diantedo Uruguai.

Em 2001, o Brasil foi elimina-do da Copa América pela inex-pressiva Honduras e, um anodepois, foi campeão mundial.Em 2004 e 2007, venceu a com-petição sul-americana, mas foimal nas duas edições da Copa.Esse retrospecto foi a justifica-va de jogadores como o atacan-te Robinho e o goleiro Julio Ce-sar para manter o otimismoapós a eliminação frente ao Pa-raguai. “Todas as derrotas ser-vem para tirar lições. Em 2007,a gente foi campeão. Chegouna Copa do Mundo, a genteperdeu. Vamos ganhar a Copado Mundo no nosso país”, ga-rantiu Robinho. “Não é ques-tão de ser supersticioso, mas oobjetivo maior é sempre a Co-pa do Mundo”, completou Ju-lio Cesar.

Já o meia Elano citou o pro-blema com o campo, mas disseque isso não justifica o pênaltibatido muito por cima. "Senão,fica passando por desculpa",explicou. Substituído ainda nosegundo tempo, Neymar disseque o Paraguai teve méritosnos pênaltis, ignorando que oBrasil perdeu as quatro co-branças, e lamentou as falhasde finalização com a bola ro-lando. “Isso se chama futebol.Você tenta, tenta, tenta e acabaperdendo”, afirmou o jovemjogador. Expulso na prorroga-ção, junto com o paraguaio Al-caraz, após uma confusão en-volvendo vários jogadores dasduas seleções, Lucas Leivaacredita não ter merecido ocartão vermelho: “Não fui como intuito de brigar, mas apar-tar, proteger o Lúcio, que esta-va no chão. O árbitro escolheudois e me escolheu.”

Para o técnico Mano Mene-zes, o time, renovado, em for-mação, conseguiu ir maisalém. “Não se pode dizer que ojogador brasileiro não tem ha-bilidade para fazer gols”, ex-plicou. Num auditório peque-no e lotado, ele falou pausada-mente e já parecia orientadopela Assessoria de Imprensada Confederação Brasileira deFutebol (CBF) a defender acontinuidade do trabalho derenovação da equipe. “Temosum caminho e temos de ser for-tes na construção desse cami-nho”, avisou.

Mano também culpou a gra-ma irregular da marca do pê-nalti como determinante paraa eliminação da Seleção. “Doisatletas nossos (dos quatro quedesperdiçaram cobranças) re-clamaram. No local do pé deapoio, a grama estava alta”,disse o treinador. O problemateria afetado Elano, Fred e An-dré Santos - Thiago Silva assu-miu sua falha e não culpou ogramado. Mas não foi relatadopor Estigarribia e Riveros, osautores dos gols paraguaios nadecisão por pênaltis - o Para-guai errou apenas com Barre-to, o primeiro a cobrar.

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Sem Brasil nem Argenti-na, a Copa América con-tinua amanhã, com Pe-

ru e Uruguai jogando em LaPlata por uma vaga na deci-são. Na quarta, Paraguai e Ve-nezuela enfrentam-se emMendoza. Os perdedores de-cidem o terceiro lugar no sá-bado, em La Plata, e os vence-dores fazem a final em Bue-nos Aires, no domingo.

De todos os semifinalistas, asurpreendente Venezuela é aúnica que jamais foi campeã —aliás, a classificação para a se-mifinal de uma competição,após os 2 a 1 de domingo sobreo Chile, já é o melhor resultadoda história do futebol do país.

Adversário dos venezuela-nos, o Paraguai ganhou duasCopas América, em 1953 e em1979. Maior campeão da histó-ria da competição, ao lado daArgentina, com 14 títulos cada,o Uruguai terá a chance de seisolar de seu rival nessa condi-ção. O Peru, adversário dosuruguaios, também foi duasvezes campeão sul-americano,em 1939 e 1975.

Um aspirantee três

ex-campeões

Neco Varella/AE Christof Stache/AFP

Após não conseguir fazer um gol no Paraguai em 120 minutos, nem na cobrança de pênaltis, o Brasil deixa o gramado eliminado pelo Paraguai nas quartas de final da Copa América

Paulo Whitaker/Reuters

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 201120 DIÁRIO DO COMÉRCIO

DE VOLTA À BRIGAFoi uma vitória convincente, que passa confiança ao torcedor. Isso é legal.”

Rogério Ceniesporte

Fernandinho (na foto,comemorando com Dagoberto)marcou o segundo nos 3 a 0 doSão Paulo sobre o Inter, em PortoAlegre. No sábado, com gols deDanilo e Borges, Santos fez osuficiente para passar peloAtlético-MG, na Vila: 2 a 1.

Neco Varella/AE

Mesmo com três jo-gos adiados paraquarta-feira, in-clusive os do Co-

rinthians e do Palmeiras ( le iamais abaixo), a rodada de fimde semana do Brasileiro serviupara recuperar o moral de doistimes paulistas. São Paulo eSantos venceram seus jogos eestão de volta à briga.

Nas cinco primeiras roda-das do Brasileirão, o São Pauloconseguiu 100% de aproveita-mento ao se defender bem e serpreciso quando chegava aoataque. Depois de três derrotase da demissão de Paulo CésarCarpegiani, essa proposta vol-tou a surtir efeito no domingo,no Beira-Rio. O time fez umaexcelente primeira etapa,quando abriu 2 a 0, gols de Ca-semiro e Fernandinho. No se-gundo tempo, ainda marcoumais um, com Carlinhos Paraí-ba, para vencer o Inter por 3 a 0e voltar à vice-liderança doBrasileirão. A vitória leva o SãoPaulo aos 21 pontos, atrás ape-nas do líder Corinthians, quetem 25. Mas o Flamengo, quejoga na quarta-feira contra oPalmeiras, ainda pode reto-mar a segunda colocação antesdo fim da rodada.

Esta foi a última partida deMilton Cruz como técnico inte-rino do São Paulo, depois deduas vitórias em dois jogos

Confusão em Campinas

Odestaque (negativo)da rodada da Série Bfoi o confronto entre

torcedores do Guarani e a Po-lícia Militar, na vitória da Pon-te Preta por 2 a 0, no clássico deCampinas, no Moisés Lucarel-li. Um banheiro do estádio foiincendiado e um torcedor saiuferido, com uma bala de borra-cha atirada em seu pescoço. Alíder, pelo saldo de gols, seguesendo a Portuguesa, que nasexta fez 2 a 1 no Boa, em Var-ginha (MG). A Ponte é segun-

da. O Paraná fez 2 a 1 no VilaNova e é terceiro. O Americanasegue em quarto, apesar daderrota de terça para o Náuticopor 3 a 2, no Recife.

Amanhã começa a 12ª roda-da, com Duque de Caxias x Ica-sa e Americana x Goiás. Nasexta, jogam São Caetano xGrêmio Barueri, Sport x Sal-gueiro e ASA x Guarani. No sá-bado, tem Ponte Preta x Bra-gantino, Vitória x Portuguesa,Vila Nova x Náutico, Criciúmax Paraná e Boa x ABC.

Torcedor do Guarani é levado pela polícia durante o jogo com a Ponte

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SÉRIE B

(contra Cruzeiro e Inter). Adil-son Batista, contratado no últi-mo sábado, esteve em PortoAlegre conversando com os jo-gadores antes do jogo e assistiua partida das arquibancadas.

No sábado, o Santos de Mu-

ricy também conseguiu um ex-celente resultado, ao fazer 2 a 1no Atlético-MG, na Vila Belmi-ro (gols de Danilo e Borges, pa-ra o Santos, e Jônatas Obina,para o Galo), afastando-se dazona de rebaixamento. Agora,

a equipe só volta a jogar no dia27 de julho, contra o Flamengo,na Vila Belmiro. A pausa de 10dias é um alívio para o técnicoMuricy Ramalho, que não teráde enfrentar mais tantos des-falques para armar o time na

sequência do Brasileirão. “Va-mos trabalhar forte na prepa-ração do time”, afirmou o trei-nador, após a vitória sobre oAtlético-MG. “E também vaidar tempo para recuperar osjogadores que estão no depar-

tamento médico.” Após folgano domingo e nesta segunda,os jogadores do Santos voltamao trabalho apenas na manhãda terça. A programação san-tista marca treinos em dois pe-ríodos até sexta.

� Começaram no fim de

semana os campeonatos

da Série C, com 20 clubes,

e da Série D, com 40.

Na C, vitória do Brasil de

Pelotas (RS) sobre o Santo

André, no ABC, por 3 a 2,

com gol no último minuto.

O outro clube paulista na

competição, o Marília,

estreou no sábado,

empatando com o Macaé

(2 a 2), no Rio. Pela Série D,

mais de 20 mil torcedores

viajaram do Recife para

João Pessoa (PB), onde o

Santa Cruz estreou

vencendo o Alecrim-RN

por 3 a 1. O Oeste-SP

empatou com o Cene-MS

(3 a 3) e o Mirassol-SP fez 1

a 0 no Operário-PR.

PELO BRASILFicou para quarta

Arealização do jogoBrasil x Paraguai às1 6 h o r a s , p e l a squartas de final da

Copa América, provocou oadiamento para quarta-feirade três jogos da rodada do Bra-sileiro que estavam marcadospara o domingo: Palmeiras xFlamengo, Botafogo x Corin-thians e Figueirense x Grêmio.

Líder da competição comuma vantagem de quatro pon-tos em relação ao São Paulo, se-gundo colocado, o Corin-thians enfrentará o Botafogona quarta-feira em São Januá-rio. Ontem, a diretoria do clubevoltou a entrar em contato como Manchester City, no domin-go, para ter Tevez de volta. Pe-la manhã, o gerente de futebolEdu Gaspar e representantesdo clube inglês discutirampontos burocráticos da pro-posta pelo atacante argentino.Apesar disso, segundo o ge-rente corintiano, não houveavanço nas tratativas.

Na Inglaterra, a iniciativa deTevez em sair do ManchesterCity possui duas vertentes.Uma delas é a tentativa de di-rigentes do clube de convencer

o jogador a cumprir seu con-trato, que vai até 2014. Os car-tolas vão tentar "enrolar" o ar-gentino até quarta-feira, quan-do fecha a janela de transferên-cias internacionais no futebolbrasileiro. Sem o mercado bra-sileiro, fica praticamente im-possível para Tevez retornar àAmérica do Sul, já que o valordo atleta é muito alto para ascondições financeiras de clu-bes sul-americanos.

Apesar de lamentar o adia-mento da partida contra o Fla-mengo, Marcos Assunçãoacha que a pausa pode ser útilpara diminuir as turbulênciasinternas no Palmeiras. Ele serefere principalmente à polê-mica envolvendo o atacanteKléber, que, diante do assédiodo Flamengo, pediu um au-mento salarial e entrou em rotade colisão com a diretoria. “Ébom para dar uma amenizadanessa situação. A imprensa vaiparar de falar sobre esses epi-sódios e quando voltarmos ajogar o clima vai estar maisameno”, disse o volante. Apóso domingo de folga, o elencovolta a treinar às 9 horas destasegunda-feira.

Ricardo Saibum/AE

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 2011 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

O NOVO PROFESSORQuero fazer um grande trabalho e entrar para a história do São Paulo.”

Adilson Batistaesporte

Adilson Batista tenta se reencontrar no São Paulo, após más passagens por Corinthians, Santos e Atlético-PR

Rubens Chiri/SPFC

Adilson Batista assu-me nesta segunda-feira o comando doSão Paulo e prome-

te que não precisará de muitotempo para se adaptar. “Oelenco do São Paulo é muitoforte. Desde 2008 venho prota-gonizando grandes jogos con-tra o São Paulo e conheço bemo elenco. Há jogadores expe-rientes e jovens com muito po-tencial”, afirmou o treinador,que teve sua contratação anun-ciada no sábado, assistiu noBeira-Rio à vitória por 3 a 0 so-bre o Inter (leia na página aolado) e será apresentado hoje,às 16h, no CT do clube.

É uma chance de ouro paraAdilson se reencontrar na car-reira, abalada após fracassosseguidos: no último ano, nãodeu certo e foi demitido porCorinthians, Santos e Atlético-PR. Seu último bom trabalhofoi no Cruzeiro, onde foi bi-campeão mineiro em 2008 e2009 e vice da Libertadores,também em 2009. “A torcidapode esperar um treinadorque se entrega no trabalho,participativo e com muita von-tade de fazer história no clu-be”, promete Adilson, que jáganhou o aval de Rogério Ce-

Os paulistasse reforçam

Enquanto o Corinthians sonhacom a volta da Tevez, os rivais

se mexeram e fecharam reforçosna última sexta-feira: o Palmeirasanunciou a contratação dozagueiro Henrique, o Santosfechou com o volante Ibson e oSão Paulo acertou a volta dovolante Denilson.

Henrique foi campeão paulistacom o Palmeiras, em 2008 e saiuem seguida para o Barcelona, masnunca defendeu o clube numjogo oficial: passou um anoemprestado ao Bayer Leverkusene dois ao Racing Santander. Eleserá apresentado hoje e fica noPalmeiras até junho de 2012.

Ibson, que estava no SpartakMoscou, foi revelado noFlamengo e chega em definitivopara o Santos, que ainda nãoanunciou detalhes do contrato.

Denilson também volta a umclube que já defendeu para ficarum ano. Curiosamente, ele nuncafoi titular do São Paulo, já que foinegociado aos 18 anos, em 2006,depois de se destacar pelasseleções de base do Brasil.

Paulo Pinto/AE

Maurício Val/Vipcomm

Reprodução/Arsenal

ni, principal ídolo do Tricolor.“Nunca trabalhei com o Adil-son, mas ele me parece um carabacana, com rodagem no fute-bol. Pode conduzir bem o SãoPaulo no restante do ano. Che-ga para acrescentar muito.”

Adilson assinou contrato atéo fim do ano para ocupar o lu-gar de Paulo César Carpegia-ni, com possibilidade de reno-

vação por mais uma tempora-da. Segundo o diretor de fute-bol, Adalberto Baptista, foiuma escolha consciente. “Bus-camos informações em todosos níveis, de jogadores a diri-gentes. A cada pessoa que con-versamos, as referências só fi-zeram nosso interesse aumen-tar. Tenho certeza de que ele se-rá muito feliz aqui.”

7times já mudaram detécnico no Brasileiro:

Atlético-PR, Avaí,Cruzeiro, Fluminense,

Grêmio, Santose São Paulo

Tem lugar para Cielo na festa?

Nado sincronizado abriu o Mundial de Esportes Aquáticos, em Xangai; natação começa no domingo, dois dias após brasileiro saber se vai competir

Philippe Lopez/AFP

N ATA Ç Ã O

Xangai já vive o clina doMundial de EsportesAquáticos, com o início

das competições de nado sin-cronizado, saltos ornamentaise polo aquático, neste fim desemana. As brasileiras LaraTeixeira e Nayara Figueira, in-clusive, fizeram bonito, con-quistando uma vaga na finaldo dueto, que será disputadahoje de manhã.

A natação começa apenas nodomingo, mas um dos atletasainda não sabe se poderá com-petir. E não é qualquer atleta,mas um dos melhores: CesarCielo terá de esperar até sexta-feira para saber se poderá ten-tar o bicampeonato nos 50 m li-vre e nos 100 m livre. Na quar-ta-feira, a CAS (Corte Arbitraldo Esporte) vai julgar o recursoda Fina, que exige suspensãopor seu doping para furosemi-da - a CBDA (ConfederaçãoBrasileira de Desportos Aquá-ticos) aplicou-lhe apenas umaadvertência

O nadador está na China, e oadvogado norte-americanoHoward Jacobs, contratado

para sua defesa, vai tentar en-contrar brechas para garantir apresença do astro nas piscinasde Xangai. Um dos argumen-tos é que a Fina diz, em seu re-curso, que Cielo não recebeupunição, enquanto, para o ad-vogado, o nadador foi não ape-nas advertido, mas eliminadodo Troféu Maria Lenk, com to-dos os resultados anulados.

Desde 2009, a Wada (Agên-cia Mundial Antidoping) reco-menda a relativização das pu-nições, conforme as circuns-tâncias de cada incidente. Emvez de suspensão automáticapor dois anos, a Wada aconse-lha punições que começamcom uma simples advertência,como aconteceu com Cielo,deixando punições maiorespara casos de reincidência.

Mesmo que escape da puni-ção, Cielo terá de enfrentar ou-tro julgamento: dos colegas.Pelos comentários de váriosnadadores em redes sociais, fi-ca claro que há uma resistênciaà presença do astro em Xangai.Se nadar, Cielo terá de respon-der na água a seus críticos.

O Brasil de ZéRoberto levou otítulo da CopaInternacional edeu mais umpasso napreparaçãopara a Copa doMundo, no fimdo ano, que valevaga nos Jogosde Londres

VÔLEI

No caminho certoAlexandre Arruda/CBV

Mais do que o título daCopa Internacional,disputada em Brasí-

lia, com vitórias sobre Itália,Peru e Japão, o técnico José Ro-berto Guimarães comemorouneste fim de semana a evolu-ção mostrada pela seleção bra-sileira desde os primeiros jo-gos do ano. A equipe disputa apartir do dia 5 do Grand Prix,

mas o principal foco da tempo-rada é o Copa do Mundo, nofim do ano, que classifica trêsseleções para os Jogos Olímpí-cos de Londres, em 2012.

“Nosso time está evoluindoa cada partida. Nosso passeainda precisa melhorar, e esta-mos sempre na busca de umamelhora no nosso sistema de-fensivo. Bloqueamos bem,

mas podemos crescer muito nadefesa”, disse o técnico.

Os jogos tiveram um saborpara Paula Pequeno, que é nas-cida na capital federal, masnunca tinha jogado em casacom a seleção. “Estas foram asminhas melhores partidascom a camisa da seleção emmuito tempo. Daqui para fren-te só tenho a evoluir.”

OUTROS CAMPOS

Splitter tentamanter otimismo

Mais um título para Alison e Emanuel

Sem poder contar com astroscomo Anderson Varejão, Nenê e

Leandrinho, está nas mãos de TiagoSplitter liderar o Brasil no Pré-Olímpico masculino de basquete, emsetembro, na Argentina. O pivô contaque está pronto para tudo. “O Pré-Olímpico das Américas é uma dascompetições mais agressivas queexistem. A escola sul-americana e acentro-americana são de basquetemais sujo. É preciso ir com protetorbucal e toda a proteção disponível.”

Com a ausência de Varejão,contundido, e Nenê, que pediudispensa, Splitter afirma que confiamuito nos outros pivôs da equipe,nomes menos conhecidos, comoPaulão Prestes, Rafael, Augusto, Caioe Douglas Nunes. “Esforço e talentonão vão faltar. O Brasil não temproblema na posição, nossa matéria-prima é muito boa.”

Splitter vai aproveitar para fazerseu próprio comercial, depois depassar a maior parte de sua primeiratemnporada na NBA como reserva -foram cerca de 12 minutos por jogono San Antonio Spurs. “Foi estranhojogar tão pouco. O Pré-Olímpico seráuma maneira de mostrar que possojogar mais tempo lá”

Os brasileiros conquistaramneste domingo seu quinto

título neste ano no Circuito Mundialde vôlei de praia. Na final de Moscou,derrotadas os suíços Heuscher eBellaguarda por 2 sets a 1, parciais de21/16, 18/21 e 17/15, depois de salvardois match points. Com o título, quese junta às conquistas do Mundial deRoma e das etapas de Praga, Pequime Gstaad, eles mantiveram aliderança tranquila na temporada,que prossegue nesta semana com aetapa de Quebec, no Canadá.

“Nós dois tivemos problemas como passe, e a chuva durante o segundo

set também atrapalhou, nãogostamos de jogar com esse clima”,contou Emanuel.

No feminino, Juliana e Larissaacabaram com a medalha de prata,batidas na decisão pelas americanasWalsh e May, que se vingaram daderrota para as brasileiras na final doMundial, em Roma. As bicampeãsolímpicas venceram por 2 a 0,parciais de 23/21 e 21/15, mas Julianae Larissa lideram a temporada, com4.880 pontos, contra 4.420 de Walshe May. “Acho que elas estavam umpouco cansadas, usamos isso a nossofavor”, disse Walsh.

Pedrosa vence MotoGP na Alemanha

O espanhol Dani Pedrosasurpreendeu neste domingo e,

recém-recuperado de uma cirurgiana clavícula, venceu o GP daAlemanha, nona prova da temporadada MotoGP. Foi apenas sua segundacorrida depois de ser operado, porcausa de um acidente com o italianoMarco Simoncelli que o trou dequatro corridas.

Com a vitória, Pedrosa chegou a94 pontos na temporada e está emquinto lugar, a 72 do líder, oaustraliano Casey Stoner, queterminou em terceiro e foi a 168

pontos. O segundo colocado foi ocampeão de 2010, Jorge Lorenzo,que está em segundo também noMundial, com 153 pontos.

Dono de sete títulos na principalcategoria da motovelocidademundial, o italiano Valentino Rossivoltou a decepcionar neste domingo.Em sua primeira temporada naDucati, ele está sofrendo para ajustara moto e tem conseguido apenasresultados medianos - desta vez foiapenas o nono colocado. A MotoGPvolta a correr no domingo que vem,em Laguna Seca, nos EUA.

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 201122 -.ESPORTE DIÁRIO DO COMÉRCIO

�Celso Unzelte

NOSSA ALEGRIA SÃO ELES

Ao perder para o Uruguai,nos pênaltis, a vaga nassemifinais da CopaAmérica, a anfitriã

Argentina ampliou para 21anos o período sem títulos desua seleção principal. A últimaconquista dos argentinos foi otítulo da Copa América de 1993,no Equador. O sonho dopróximo título ficou para aCopa do Mundo de 2014, que

será disputada no Brasil.O técnico Sergio Batista já

ensaia o discurso dedesvalorização da CopaAmérica e garante que vaicontinuar no comando daseleção argentina: "Ninguémgosta de ser eliminado, masestou satisfeito com meusjogadores. Tenho de seguir omeu trabalho, que começou hácinco, seis meses. Vou continuar

almanaque

Brasil repete vexamejogando na Argentina

Reprodução/Arquivo Celso Unzelte

É um timinho.”João Saldanha, comentarista,

após Chile 4 x 0 Brasil, em 1987.

OBrasil está fora da CopaAmérica na Argentina,

repetindo, assim, uma frustraçãode 24 anos atrás, quando acompetição também foi disputadanaquele país. Jogando emterritório argentino, em 1987, aSeleção Brasileira foisurpreendentemente goleada peloChile por 4 a 0 e acabou eliminadaainda na primeira fase. Na foto,Careca briga inutilmente pela bolacom a defesa chilena.

Morreu em São Paulo, na

sexta, 15, aos 66 anos,

vítima de câncer no

pulmão, o ex-ponta

direita Paulo Borges. E le

ficou famoso por marcar

um dos gols nos 2 a 0 do

Corinthians sobre o

Santos, em 1968, que

deram fim a um tabu de

11 anos sem vitórias no

clássico em jogos pelo

Campeonato Paulista.

Brasil e Chile estavam no Grupo B, formadotambém pela Venezuela, que foi goleada

por 5 a 0 pelos brasileiros e vencida por 3 a 1pelos chilenos. O jogo que decidia o grupo foidisputado no dia 3 de julho de 1987, emCórdoba. Naquela noite de sexta-feira, o Brasilsofreu a maior goleada de sua história diantedos chilenos, 4 a 0, com dois gols de Basay eoutros dois de Letelier. Um resultadopreocupante, até porque já se sabia que naseliminatórias para a Copa de 1990 o Brasil teriaque enfrentar novamente o Chile do goleiroRojas e do técnico Orlando Aravena. O Chile foi ovice-campeão da Copa América de 1987,perdendo a final para o Uruguai, mas nãopassou pelo Brasil nas eliminatórias.

4vezes apenas, em 33

participações, o Brasil

não terminou a Copa

América entre os quatro

primeiros: em 1987,

1993, 2001 e 2011. Pela

terceira vez, nem Brasil

nem Argentina estarão

entre os semifinalistas

(em 1939 nenhum dos

dois participou e em 2001

os argentinos não foram).

FORA DA JUVENTUS

Felipe Melo e Amauri podem voltar ao Brasil

Pretendidos por clubesbrasileiros, o volante Felipe

Melo e o atacante Amauri estãofora da lista de jogadores queparticiparão da preparação daJuventus, nos Estados Unidos e noCanadá, para a próxima temporadaeuropeia. A relação dos 27 atletasque viajarão nesta terça-feira para aFiladélfia, nos EUA, foi divulgada nosite oficial do clube italiano. FelipeMelo, tratado como vilão pelaimprensa brasileira durante a Copado Mundo de 2010, tem contratocom o clube de Turim até 2014,

mas foi procurado pelo Santos epelo São Paulo para retornar aopaís. Diretores dos dois clubes já sereuniram com os procuradores dojogador, mas não chegaram a umacordo. Segundo o jornal italianoTutto Sport, no entanto, oCorinthians também tem interesseem contratar o volante; e oFlamengo, depois de desistiroficialmente do palmeirenseKleber, está tentando a contrataçãode Amauri, que estava emprestadopela Juventus ao Parma.

Domingo, 17

AS NOVAS CAMPEÃS DO MUNDOWolfgang Rattay/Reuters

O Japão é o novo campeãomundial do futebol feminino, aobater nos pênaltis, por 3 a 1,os EUA, depois de empatarpor 2 a 2 o jogo e aprorrogação, em Frankfurt,na Alemanha. Asamericanas desperdiçaramtrês cobranças de pênalti - agoleira Kaihori defendeu oschutes de Boxx e Heath, eLloyd chutou por cima;a japonesa Nagasatotambém errou, mas Miyama,Sakaguchi e Kumagaigarantiram o título.

Domingo, 17 Gui

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Thiago Silva não inventa desculpa: "Errei"

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O zagueiro Thiago Silva é umaexceção entre os brasileiros

que perderam quatro pênaltiscontra o Paraguai na decisão davaga nas semifinais da CopaAmérica. O craque do Milan nãoculpou o campo, assumiusimplesmente: "Escolhi errado ocanto. Errei mesmo a cobrança,assumo. Nas próximas partidas,vou procurar fazer melhor."Ele só lamenta o resultado: "Desdeque o Mano chegou, foi a nossamelhor apresentação..."

Domingo, 17

PÊNALTI PERDIDO

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www.dcomercio.com.br/esporte/

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FIM DE JOGO

Próximo adversário do Brasil: Alemanha, em Stuttgart, no dia 10 de agosto

Conmebol já fala em fundir a Copa América com a Copa Ouro, da Concacaf

A próxima Copa do Mundo de Futebol Feminino, no Canadá, terá 24 equipes

Vídeo em destaque - Se ele fosse brasileiro... - www.dcomercio.com.br

com os meus planos. O foco é aCopa do Mundo".

Apesar da tranquilidade dotécnico, os torcedoresargentinos lamentam aeliminação precoce em SantaFé em 16 de julho, o mesmo diaem que o Uruguai derrotou oBrasil na final da Copa doMundo de 1950. Agora, aseleção uruguaia pode ser amaior campeã da história da

Copa América, pois, como aArgentina, tem 14 títulos, seis amais do que o Brasil. Para osbrasileiros, que lutavam pelo trie ontem se frustraram com adesclassificação diante dosparaguaios, sobrou umaalegria: o longo jejumargentino em matéria detítulos. Afinal, de 1993 para cá,o Brasil cansou de ser campeão- e não só da Copa América.

21 ANOS NA FILAO último título conquistado pela Argentina foi o da Copa América de 1993

O DUELO

Ficou para depoisO

mais anunciado duelo do fute-bol sul-americano dos últimostempos acabou não acontecen-do nesta Copa América - o argen-

tino Lionel Messi, maior craque do fute-bol mundial, e o brasileiro Ney m a r , can-didato ao título nas próximas edições doprêmio da Fifa, saíram da competiçãocontinental logo nas quartas-de-final eagora, despidos da camisa de suas sele-ções, retomam o trabalho no Barcelona eno Santos.

O duelo que não se deu entre os cra-ques das seleções da Argentina e do Bra-sil pode acontecer no Japão, em dezem-bro, na provável decisão do título doMundial de Clubes de 2011 entre Barce-lona e Santos.

É preciso, porém, que a zebra não re-

solva passear também pelos campos ja-poneses. Barcelona e Santos são tão favo-ritos ao título mundial quanto a Argenti-na e o Brasil eram favoritos ao título decampeão da Copa América.

E mais: Messi certamente ainda estarávestindo a camisa do Barcelona no fim doano, mas Neymar pode ter mudado declube e até de país - algo que vai se definirnos próximos dias, quando ele, seus re-presentantes e os dirigentes do Santosanalisarão as propostas do Real Madrid edo próprio Barça para levá-lo - imediata-mente ou em 2012.

Assim, o esperado confronto que nãoaconteceu na Argentina pode ser trans-ferido para os campos da Espanha, seNeymar for para o Real, ou virar uma lon-ga parceria, se ele for para o Barça.

Thomas Bohlen/Reuters

DESTINO: COLÔMBIA

Brasil Sub-20 volta a treinar para o Mundial

A Seleção Brasileira Sub-20, quese prepara para disputar o

Mundial da categoria na Colômbia,volta a se reunir em Teresópolisapós o domingo de folga. Nosábado, o time de Ney Francogoleou por 11 a 0 o Manhuaçu, deMinas, em jogo-treino realizado naGranja Comary. Allan, do Vasco,Danilo, do Santos, Casemiro, doSão Paulo, e Dudu, do Cruzeiro, não

participaram da partida, pois foramliberados pela comissão técnicapara atuar por suas equipes na 10ªrodada do Campeonato Brasileiro.Eles também se reapresentamhoje. O Brasil fica no centro detreinamento até o dia 24, quandoembarcará para a Colômbia, eestreará no Mundial, contra o Egito,no dia 29, em Barranquilla.

Segunda-feira, 18

Max