"diário de ana joana; 12, 1,36 m de altura": opinião de sofia gomes, do 8.º a

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 1 «Diário de Ana Joana, 12 anos, 1,36 de altura », de Raquel Ramos COMENTÁRIO O Diário de Ana Joana…”  é um livro da autoria de Raquel Ramos que retrata a vida de uma adolescente que, embora ainda pequenina fisicamente, é já bem grande na inteligência. Ana Joana é uma miúda apaixonada mas, surpreendenteme nte, não é piegas e já gosta muito de política. Além disso, gosta também muito de gatos. A combinação destes elementos faz dela uma rapariga muito original e isso é meio caminho andado para lhe acharmos piada e querermos seguir as suas aventu ras até ao fim. Esta jovenzinha é muito focada nos seus objetivos, de tal modo que até tem um lema de vida: «Eu consigo!» e, levada por este lema, repete com frequência a interjeição «Oxalá!». Ao contrário dos seus amigos, ela assume convictamente que quer seguir uma carreira política, no futuro. No entanto, se é determinada quanto aos seus desejos de futuro, do ponto de vista sentimental, Ana Joana é um pouco mais complicada. Na verdade, ela gosta de Filipe mas o amor ficou perdido quando descobriu que o rapaz teria de emigrar por questões financeiras. Difícil é também a sua vida familiar: a mãe é demasiadamente protetora; o avô só tem olhos para os livros; a irmã mais nova é uma tremenda chata e a mais velha, uma grande desvairada. O que eu mais aprecio nesta personagem é a sua persistência: nunca desiste de Filipe, mesmo quando ele ia emigrar e quando, depois de namorar com ela, namorou com a Camila. Acho que a autora compreende muito bem estas coisas da adolescência porque a personagem é muito realista, principalmente no que se refere à forma como contorna e resolve os problemas quando eles aparecem. É uma rapariga da nossa sociedade, embora a mãe não a deixe ter telemóvel (que seca!). Apreciei mesmo muito a forma como Ana Joana lida com as dificuldades. É por isso que, até certo ponto me identifico com ela. Para além disso, Ana Joana faz anos a 31/10, o mesmo dia de aniversário de uma amiga com quem eu me dou muito bem. Podíamos muito bem ser também amigas. Estes pontos em comum permitiram que eu apreciasse a leitura, pois pude ver-me refletida em alguns aspetos vividos pela personagem. Em suma, o que eu mais gostei na organização do livro foi o facto de ser pequeno e de fácil e agradável leitura, permitindo-me tirar conclusões rapidamente. O menos interessante é o facto de o livro ter poucos dados sobre a autora, na medida em que tem apenas um pequenino texto de 8 linhas na contracapa. É que eu gosto de ler os comentários/agradecimentos escritos pelos autores que normalmente os livros apresentam. Globalmente, contudo, o livro é muito interessante e muito feminino. Recomendo a todas as pessoas que se percam um bocadinho pelas páginas desta obra. Garanto que não será perda de tempo. Sofia Gomes  8ºA Escola Básica e Secundária de Barroselas

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7/25/2019 "Diário de Ana Joana; 12, 1,36 m de altura": opinião de Sofia Gomes, do 8.º A

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«Diário de Ana Joana, 12 anos, 1,36 de altura», de Raquel Ramos

COMENTÁRIO

O “Diário de Ana Joana…”   é um livro da autoria de Raquel Ramos que retrata a vida deuma adolescente que, embora ainda pequenina fisicamente, é já bem grande nainteligência. Ana Joana é uma miúda apaixonada mas, surpreendentemente, não é piegas ejá gosta muito de política. Além disso, gosta também muito de gatos. A combinação desteselementos faz dela uma rapariga muito original e isso é meio caminho andado para lheacharmos piada e querermos seguir as suas aventuras até ao fim.

Esta jovenzinha é muito focada nos seus objetivos, de tal modo que até tem um lema devida: «Eu consigo!» e, levada por este lema, repete com frequência a interjeição «Oxalá!».

Ao contrário dos seus amigos, ela assume convictamente que quer seguir uma carreirapolítica, no futuro. No entanto, se é determinada quanto aos seus desejos de futuro, do

ponto de vista sentimental, Ana Joana é um pouco mais complicada. Na verdade, ela gostade Filipe mas o amor ficou perdido quando descobriu que o rapaz teria de emigrar porquestões financeiras. Difícil é também a sua vida familiar: a mãe é demasiadamenteprotetora; o avô só tem olhos para os livros; a irmã mais nova é uma tremenda chata e amais velha, uma grande desvairada.

O que eu mais aprecio nesta personagem é a sua persistência: nunca desiste de Filipe,mesmo quando ele ia emigrar e quando, depois de namorar com ela, namorou com aCamila.

Acho que a autora compreende muito bem estas coisas da adolescência porque a

personagem é muito realista, principalmente no que se refere à forma como contorna eresolve os problemas quando eles aparecem. É uma rapariga da nossa sociedade, embora amãe não a deixe ter telemóvel (que seca!).

Apreciei mesmo muito a forma como Ana Joana lida com as dificuldades. É por isso que,até certo ponto me identifico com ela. Para além disso, Ana Joana faz anos a 31/10, omesmo dia de aniversário de uma amiga com quem eu me dou muito bem. Podíamosmuito bem ser também amigas. Estes pontos em comum permitiram que eu apreciasse aleitura, pois pude ver-me refletida em alguns aspetos vividos pela personagem.

Em suma, o que eu mais gostei na organização do livro foi o facto de ser pequeno e de fácile agradável leitura, permitindo-me tirar conclusões rapidamente. O menos interessante éo facto de o livro ter poucos dados sobre a autora, na medida em que tem apenas umpequenino texto de 8 linhas na contracapa. É que eu gosto de ler oscomentários/agradecimentos escritos pelos autores que normalmente os livrosapresentam.

Globalmente, contudo, o livro é muito interessante e muito feminino. Recomendo a todasas pessoas que se percam um bocadinho pelas páginas desta obra. Garanto que não seráperda de tempo.

Sofia Gomes–

 8ºA Escola Básica e Secundária de Barroselas