diário da justiça eletrônico - data da veiculação - 12-08-2015 60 a 70

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Curitiba, 12 de Agosto de 2015 - Edição nº 1627 - 945 páginas Sumário Tribunal de Justiça .......................................................................... 2 Atos da Presidência ..................................................................... 2 Concursos ................................................................................ 17 Supervisão do Sistema da Infância e Juventude ..................... 17 Atos da 1ª Vice-Presidência ........................................................ 17 Atos da 2ª Vice-Presidência ........................................................ 17 Supervisão do Sistema de Juizados Especiais ........................ 17 Diretoria-Geral ............................................................................ 20 Departamento da Magistratura .................................................... 27 Processos do Órgão Especial .................................................. 49 Departamento de Gestão de Recursos Humanos ........................ 49 Departamento de Gestão de Serviços Terceirizados ................... 49 Departamento Econômico e Financeiro ...................................... 50 Departamento do Patrimônio ...................................................... 50 Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação .... 51 Departamento de Engenharia e Arquitetura ................................ 51 Departamento Judiciário ............................................................. 52 Divisão de Distribuição ........................................................... 52 Seção de Preparo ..................................................................... 52 Seção de Mandados e Cartas ................................................... 53 Divisão de Processo Cível ...................................................... 53 Divisão de Processo Crime ..................................................... 398 Divisão de Recursos aos Tribunais Superiores ....................... 401 Processos do Órgão Especial .................................................. 426 FUNREJUS ................................................................................. 431 Núcleo de Conciliação do 2º Grau .............................................. 431 Central de Precatórios ................................................................. 434 Corregedoria da Justiça ............................................................... 441 Ouvidoria Geral ...................................................................... 441 Plantão Judiciário Capital ....................................................... 441 Divisão de Concursos da Corregedoria ................................... 441 Conselho da Magistratura ........................................................... 441 Comissão Int. Conc. Promoções ................................................. 442 Sistemas de Juizados Especiais Cíveis e Criminais .................... 442 Comarca da Capital ......................................................................... 442 Direção do Fórum ....................................................................... 442 Cível ............................................................................................ 442 Crime .......................................................................................... 547 Fazenda Pública .......................................................................... 550 Família ........................................................................................ 594 Delitos de Trânsito ...................................................................... 603 Execuções Penais ........................................................................ 604 Tribunal do Júri ........................................................................... 604 Infância e Juventude ................................................................... 604 Reg Pub e Acidentes de Trabalho Precatórias Cíveis ................. 604 Registros Públicos e Corregedoria do Foro Extrajudicial ........... 604 Precatórias Criminais .................................................................. 604 Auditoria da Justiça Militar ........................................................ 604 Central de Inquéritos ................................................................... 604 Juizados Especiais - Cíveis/Criminais ........................................ 605 Concursos .................................................................................... 607 Comarcas do Interior ....................................................................... 607 Direção do Fórum ....................................................................... 607 Plantão Judiciário ........................................................................ 607 Cível ............................................................................................ 609 Crime .......................................................................................... 807 Juizados Especiais ....................................................................... 828 Concursos .................................................................................... 829 Família ........................................................................................ 829 Execuções Penais ........................................................................ 829 Assinatura do autor por ANA ZESCHOTKO:11799 <[email protected]>, Validade desconhecida

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Page 1: Diário Da Justiça Eletrônico - Data Da Veiculação - 12-08-2015 60 a 70

Curitiba, 12 de Agosto de 2015 - Edição nº 1627 - 945 páginas

Sumário

Tribunal de Justiça .......................................................................... 2

Atos da Presidência ..................................................................... 2

Concursos ................................................................................ 17

Supervisão do Sistema da Infância e Juventude ..................... 17

Atos da 1ª Vice-Presidência ........................................................ 17

Atos da 2ª Vice-Presidência ........................................................ 17

Supervisão do Sistema de Juizados Especiais ........................ 17

Diretoria-Geral ............................................................................ 20

Departamento da Magistratura .................................................... 27

Processos do Órgão Especial .................................................. 49

Departamento de Gestão de Recursos Humanos ........................ 49

Departamento de Gestão de Serviços Terceirizados ................... 49

Departamento Econômico e Financeiro ...................................... 50

Departamento do Patrimônio ...................................................... 50

Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação .... 51

Departamento de Engenharia e Arquitetura ................................ 51

Departamento Judiciário ............................................................. 52

Divisão de Distribuição ........................................................... 52

Seção de Preparo ..................................................................... 52

Seção de Mandados e Cartas ................................................... 53

Divisão de Processo Cível ...................................................... 53

Divisão de Processo Crime ..................................................... 398

Divisão de Recursos aos Tribunais Superiores ....................... 401

Processos do Órgão Especial .................................................. 426

FUNREJUS ................................................................................. 431

Núcleo de Conciliação do 2º Grau .............................................. 431

Central de Precatórios ................................................................. 434

Corregedoria da Justiça ............................................................... 441

Ouvidoria Geral ...................................................................... 441

Plantão Judiciário Capital ....................................................... 441

Divisão de Concursos da Corregedoria ................................... 441

Conselho da Magistratura ........................................................... 441

Comissão Int. Conc. Promoções ................................................. 442

Sistemas de Juizados Especiais Cíveis e Criminais .................... 442

Comarca da Capital ......................................................................... 442

Direção do Fórum ....................................................................... 442

Cível ............................................................................................ 442

Crime .......................................................................................... 547

Fazenda Pública .......................................................................... 550

Família ........................................................................................ 594

Delitos de Trânsito ...................................................................... 603

Execuções Penais ........................................................................ 604

Tribunal do Júri ........................................................................... 604

Infância e Juventude ................................................................... 604

Reg Pub e Acidentes de Trabalho Precatórias Cíveis ................. 604

Registros Públicos e Corregedoria do Foro Extrajudicial ........... 604

Precatórias Criminais .................................................................. 604

Auditoria da Justiça Militar ........................................................ 604

Central de Inquéritos ................................................................... 604

Juizados Especiais - Cíveis/Criminais ........................................ 605

Concursos .................................................................................... 607

Comarcas do Interior ....................................................................... 607

Direção do Fórum ....................................................................... 607

Plantão Judiciário ........................................................................ 607

Cível ............................................................................................ 609

Crime .......................................................................................... 807

Juizados Especiais ....................................................................... 828

Concursos .................................................................................... 829

Família ........................................................................................ 829

Execuções Penais ........................................................................ 829

Assinatura do autor por ANAZESCHOTKO:11799<[email protected]>, Validadedesconhecida

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Curitiba, 12 de Agosto de 2015 - Edição nº 1627Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná

005 1334822-8

Patrícia Ferreira Pomoceno 021 1418006-6

Paula Micheli Pasqualin 011 1410489-3

Rodrinei Cristian Braun 012 1413166-7

Rogério Distefano 002 1303008-5

003 1303032-1

Segio Sinhori 012 1413166-7

Silvio Luiz Januário 019 1416686-6

Simone Martins Sebastião 021 1418006-6

Tereza Cristina MarinoniFreire

020 1417571-4

Ubirajara Ayres Gasparin 001 1297464-4

005 1334822-8

Vitor Yassuhiko Kuwabara 001 1297464-4

003 1303032-1

005 1334822-8

Weslei Vendruscolo 007 1379010-0

Despachos proferidos pelo Exmo Sr. Relator0001 . Processo/Prot: 1297464-4 Apelação Cível. Protocolo: 2014/350020. Comarca: Foro Central da Comarca da RegiãoMetropolitana de Curitiba. Vara: 3ª Vara da Fazenda Pública. Ação Originária:0001556-13.2013.8.16.0179 Declaratória. Apelante: Janio Claudinei Ribeiro.Advogado: Paola de Almeida Petris, Fábio Barrozo Pullin de Araújo, Vitor YassuhikoKuwabara. Apelado: Estado do Paraná. Advogado: Jacinto Nelson de MirandaCoutinho, Ubirajara Ayres Gasparin. Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível. Relator: Des.Guimarães da Costa. Relator Convocado: Juíza Subst. 2º G. Josély Dittrich Ribas.Revisor: Des. Stewalt Camargo Filho. Despacho: Descrição: Despachos DecisóriosESTADO DO PARANÁ APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.297.464-4, DA 3ª VARADA FAZENDA PÚBLICA, FALÊNCIAS E RECUPERAÇÃO JUDICIAL DOFORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DECURITIBA.APELANTE: JANIO CLAUDINEI RIBEIRO.APELADO: ESTADODO PARANÁ.RELATORA: JUÍZA CONVOCADA JOSÉLY DITTRICHRIBAS.APELAÇÃO CÍVEL - DIREITO ADMINISTRATIVO - POLICIAL MILITAR- BASE DE CÁLCULO DA GRATIFICAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO(ATS) - INCIDÊNCIA SOMENTE SOBRE O SOLDO - LEGISLAÇÃOESPECÍFICA ATINENTE AOS SERVIDORES MILITARES - REGRAMENTOCONSTITUCIONAL - ART.37, XIV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL QUEVEDA O EFEITO CASCATA.RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.VISTOS e examinados estes autos de Apelação Cível e nº 1.297.464-4,em que é Apelante o JANIO CLAUDINEI RIBEIRO e Apelado ESTADODO PARANÁ. TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.297.464-4 -2ª Câmara Cível___________________________________________________2ESTADO DO PARANÁ RELATÓRIO Trata-se de recurso de apelação interpostopor JANIO CLAUDINEI RIBEIRO contra a r. sentença (mov. 76.1) proferidanesta ação declaratória c/c cobrança e restituição do indébito nº 0001556-13.2013.8.16.0179 por meio da qual o MM. Juiz de Direito julgou improcedentesos pedidos iniciais, condenando o autor ao pagamento das custas processuais ehonorários advocatícios no valor de R$800,00. Em suas razões recursais (mov.82.1), o apelante sustenta, em síntese, que: a) o adicional por tempo de serviçodeve considerar na base de cálculo todos as vantagens, em conformidade como parágrafo único do art. 170 da Lei nº 6.174/70; b) este Tribunal, em casosanálogos, já decidiu que não ocorre a configuração do efeito cascata; c) aexpressão "vencimentos" abrange as vantagens fixas cujos valores a parte autorapretende incorporar na base de cálculo do acréscimo por tempo de serviço;d) o art. 19 da Lei 6.417/1973 é inconstitucional; e) restou caracterizada aafronta ao artigo 37, XV, da Constituição Federal que consagra o princípio dairredutibilidade de vencimentos; f) com a reforma da sentença os honorários deverãoser arbitrados em favor do patrono do apelante. Por fim, requer o provimento dorecurso para que a sentença seja reformada, julgando-se totalmente procedentesos pedidos iniciais. Apelação recebida no duplo efeito no mov. 84.1 e contra-arrazoada no mov. 89.1. TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.297.464-4- 2ª Câmara Cível___________________________________________________3ESTADO DO PARANÁ Após, subiram os autos a este Tribunal. DECIDO Presentesos pressupostos de admissibilidade, o recurso deve ser conhecido. No mérito,contudo, não assiste razão ao apelante. O ATS pago ao apelado, Policial Militar,é regido pela Lei Estadual nº 6.417/73, que estabelece o soldo do respectivoposto ou graduação como base de cálculo do referido adicional (art. 18 e art.19, com redação dada pela Lei Estadual nº 16.469/2010). O soldo, consoanteos termos do art. 4º da lei mencionada, antes da alteração promovida pela LeiEstadual nº 16.469/2010, é a parte básica dos vencimentos inerentes ao postoou graduação do Policial Militar da ativa. Enquanto que vencimentos, na dicçãodo art. 3º da mesma lei, é o quantitativo mensal em dinheiro devido ao PolicialMilitar em serviço ativo e compreende o soldo e as gratificações. Assim, à vista dadistinção existente em relação aos vocábulos soldo e vencimentos, as vantagens,por não integrarem o soldo do recorrido, não podem compor a base de cálculodo ATS, consoante expressamente prevê a lei de regência. Ademais, a EC19/98 veda o chamado efeito cascata, isto é, segundo a Constituição Federal, osacréscimos pecuniários TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.297.464-4- 2ª Câmara Cível___________________________________________________4ESTADO DO PARANÁ percebidos por servidor público não serão computadosnem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores (art. 37, XIV,

da CF). Ou seja, o cômputo das demais vantagens na base de cálculo do ATSgeraria flagrante violação ao referido dispositivo constitucional, bem como aostermos da Lei Estadual nº 6.417/73. Cumpre destacar que, como sabido, nemtodas as vantagens funcionais ostentam caráter de generalidade e permanênciaque permitam sua qualificação como vantagem pecuniária do tipo pro laborefacto (pelo desempenho efetivo da função), caso em que se poderia cogitar dasua inclusão dentro do conceito de "soldo" e consequente cômputo na basede cálculo do ATS. Todavia, as vantagens asseguradas aos Policiais Militaresaté o advento da Lei Estadual nº 16.469/2010 (gratificação de função policialmilitar, gratificação policial militar especial, gratificação pelo efetivo exercício defunção com riso de vida, diferença de salário mínimo estatutário e adicional deinatividade) não ostentam caráter de generalidade e permanência que permitamsua qualificação como vantagens pecuniárias do tipo pro labore facto (pelodesempenho efetivo da função) e consequente inclusão no conceito de "soldo".Dessarte, o ATS deve ser calculado sobre o soldo, sem o acréscimo dasdemais vantagens, como aliás foi recentemente reconhecido pela Seção Cíveldeste Tribunal, no Incidente de Uniformização de Jurisprudência nº 1127655-2/01,assim ementado: TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.297.464-4 -2ª Câmara Cível___________________________________________________5ESTADO DO PARANÁ INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA.BASE DE CÁLCULO DA GRATIFICAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO DE POLICIALMILITAR. INCIDENTE ACOLHIDO PARA, COM FUNDAMENTO NOS ARTS. 265 E266 DO RITJPR, REDIGIR SÚMULA.SÚMULA: "A Gratificação de Tempo de Serviçopercebida por Policial Militar do Estado do Paraná, deve ser calculada apenas sobreo soldo do respectivo posto ou graduação, nos exatos termos do disposto no art. 19da Lei Estadual 6.417/1973, com alteração dada pela Lei Estadual 13.805/2002, e emconsonância com o estatuído no art. 37, inciso XIV, da Constituição Federal, que vedao denominado "efeito cascata", ou seja, a superposição de vantagens pecuniáriasde servidores públicos".Precedentes: 3ª C.Cível - AC 1.205.299-2 - Rel.: Cláudiode Andrade - DJE 9.6.2014; 3ª C.Cível - AC 1.208.684-3 - Rel.: Themis FurquimCortes - DJE 3.6.2014; 1ª C.Cível - ACR 1108542- 8 - Rel.: Renato Braga Bettega -DJE 14.4.2014; 3ª C.Cível - ACR 1096052-6 - Rel.: Rabello Filho - DJE 1.º.4.2014;3ª C.Cível - ACR 1126902-2 - Rel.: Hélio Henrique Lopes Fernandes Lima - DJE31.3.2014; RMS 38558 / MS - 2ª T - Rel. Min.Humberto Martins - DJe 2.6.2014.1Portanto, correta a sentença recorrida. Face ao exposto, NEGO SEGUIMENTO aorecurso, porque em confronto com a jurisprudência dominante desta Corte (art. 557,caput, do CPC), nos termos da fundamentação. Após o trânsito em julgado, dê-se baixa na distribuição e, a seguir, remetam-se os autos à origem, mediante asanotações e cautelas necessárias. Intimem-se. Curitiba, 07 de agosto de 2015. JUÍZACONVª JOSÉLY DITTRICH RIBAS, Relatora.0002 . Processo/Prot: 1303008-5 Apelação Cível. Protocolo: 2014/381783. Comarca: Foro Central da Comarca daRegião Metropolitana de Curitiba. Vara: 4ª Vara Cível. Ação Originária:0000881-90.2013.8.16.0004 Declaratória. Apelante: Igor José Tiago de SouzaGouveia. Advogado: Marcus Aurélio Liogi. Apelado: Estado do Paraná. Advogado:Rogério Distefano. Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível. Relator: Des. Guimarães daCosta. Relator Convocado: Juíza Subst. 2º G. Josély Dittrich Ribas. Revisor: Des.Stewalt Camargo Filho. Despacho: Descrição: Despachos DecisóriosESTADO DO PARANÁ APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.303.008-5, DA 4ª VARADA FAZENDA PÚBLICA, FALÊNCIAS E RECUPERAÇÃO JUDICIAL DOFORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DECURITIBA.APELANTE: IGOR JOSÉ TIAGO DE SOUZA GOUVEIA.APELADO:ESTADO DO PARANÁ.RELATORA: JUÍZA CONVOCADA JOSÉLY DITTRICHRIBAS.APELAÇÃO CÍVEL - DIREITO ADMINISTRATIVO - POLICIAL MILITAR- BASE DE CÁLCULO DA GRATIFICAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO(ATS) - INCIDÊNCIA SOMENTE SOBRE O SOLDO - LEGISLAÇÃOESPECÍFICA ATINENTE AOS SERVIDORES MILITARES - REGRAMENTOCONSTITUCIONAL - ART.37, XIV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL QUE VEDAO EFEITO CASCATA.RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. VISTOSe examinados estes autos de Apelação Cível e nº 1.303.008-5, em que éApelante o IGOR JOSÉ TIAGO DE SOUZA GOUVEIA e Apelado ESTADODO PARANÁ. TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.303.008-5 -2ª Câmara Cível___________________________________________________2ESTADO DO PARANÁ RELATÓRIO Trata-se de recurso de apelação interpostopor IGOR JOSÉ TIAGO DE SOUZA GOUVEIA contra a r. sentença (mov. 28.1)proferida nesta ação declaratória c/c cobrança e restituição do indébito nº 0002322-09.2013.8.16.0004 por meio da qual o MM. Juiz de Direito julgou improcedentesos pedidos iniciais, condenando o autor ao pagamento das custas processuais ehonorários advocatícios no valor de R$1.000,00. Em suas razões recursais (mov.32.1), o apelante sustenta, em síntese, que: a) o adicional por tempo de serviçodeve considerar na base de cálculo todos as vantagens, em conformidade como parágrafo único do art. 170 da Lei nº 6.174/70; b) este Tribunal, em casosanálogos, já decidiu que não ocorre a configuração do efeito cascata; c) a expressão"vencimentos" abrange as vantagens fixas cujos valores a parte autora pretendeincorporar na base de cálculo do acréscimo por tempo de serviço; d) o art. 19da Lei 6.417/1973 é inconstitucional; e) restou caracterizada a afronta ao artigo37, XV, da Constituição Federal que consagra o princípio da irredutibilidade devencimentos; f) deve ser instaurado incidente de uniformização de jurisprudência.Por fim, requer o provimento do recurso para que a sentença seja reformada,julgando-se totalmente procedentes os pedidos iniciais. Apelação recebida noduplo efeito no mov. 38.1 e contra-arrazoada no mov. 43.1. Após, subiram osautos a este Tribunal. TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.303.008-5- 2ª Câmara Cível___________________________________________________3ESTADO DO PARANÁ DECIDO Presentes os pressupostos de admissibilidade,o recurso deve ser conhecido. De início, cumpre destacar que o requerimento

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Curitiba, 12 de Agosto de 2015 - Edição nº 1627Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná

do apelante para formação do incidente de uniformização de jurisprudência restaprejudicado, eis que a matéria já foi pacificada no âmbito deste Tribunal, no Incidentede Uniformização de Jurisprudência nº 1127655-2/01. No mérito não assiste razãoao apelante. O ATS pago ao apelado, Policial Militar, é regido pela Lei Estadualnº 6.417/73, que estabelece o soldo do respectivo posto ou graduação como basede cálculo do referido adicional (art. 18 e art. 19, com redação dada pela LeiEstadual nº 16.469/2010). O soldo, consoante os termos do art. 4º da lei mencionada,antes da alteração promovida pela Lei Estadual nº 16.469/2010, é a parte básicados vencimentos inerentes ao posto ou graduação do Policial Militar da ativa.Enquanto que vencimentos, na dicção do art. 3º da mesma lei, é o quantitativomensal em dinheiro devido ao Policial Militar em serviço ativo e compreende osoldo e as gratificações. Assim, à vista da distinção existente em relação aosvocábulos soldo e vencimentos, as vantagens, por não integrarem o soldo dorecorrido, não podem compor a base de cálculo do ATS, consoante expressamenteprevê a lei de regência. TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.303.008-5- 2ª Câmara Cível___________________________________________________4ESTADO DO PARANÁ Ademais, a EC 19/98 veda o chamado efeito cascata,isto é, segundo a Constituição Federal, os acréscimos pecuniários percebidospor servidor público não serão computados nem acumulados para fins deconcessão de acréscimos ulteriores (art. 37, XIV, da CF). Ou seja, o cômputodas demais vantagens na base de cálculo do ATS geraria flagrante violaçãoao referido dispositivo constitucional, bem como aos termos da Lei Estadualnº 6.417/73. Cumpre destacar que, como sabido, nem todas as vantagensfuncionais ostentam caráter de generalidade e permanência que permitam suaqualificação como vantagem pecuniária do tipo pro labore facto (pelo desempenhoefetivo da função), caso em que se poderia cogitar da sua inclusão dentrodo conceito de "soldo" e consequente cômputo na base de cálculo do ATS.Todavia, as vantagens asseguradas aos Policiais Militares até o advento daLei Estadual nº 16.469/2010 (gratificação de função policial militar, gratificaçãopolicial militar especial, gratificação pelo efetivo exercício de função com risode vida, diferença de salário mínimo estatutário e adicional de inatividade) nãoostentam caráter de generalidade e permanência que permitam sua qualificaçãocomo vantagens pecuniárias do tipo pro labore facto (pelo desempenho efetivoda função) e consequente inclusão no conceito de "soldo". Dessarte, o ATS deveser calculado sobre o soldo, sem o acréscimo das demais vantagens, comoaliás foi recentemente TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.303.008-5- 2ª Câmara Cível___________________________________________________5ESTADO DO PARANÁ reconhecido pela Seção Cível deste Tribunal, noIncidente de Uniformização de Jurisprudência nº 1127655-2/01, assim ementado:INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. BASE DE CÁLCULODA GRATIFICAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO DE POLICIAL MILITAR. INCIDENTEACOLHIDO PARA, COM FUNDAMENTO NOS ARTS. 265 E 266 DO RITJPR,REDIGIR SÚMULA.SÚMULA: "A Gratificação de Tempo de Serviço percebida porPolicial Militar do Estado do Paraná, deve ser calculada apenas sobre o soldo dorespectivo posto ou graduação, nos exatos termos do disposto no art. 19 da LeiEstadual 6.417/1973, com alteração dada pela Lei Estadual 13.805/2002, e emconsonância com o estatuído no art. 37, inciso XIV, da Constituição Federal, que vedao denominado "efeito cascata", ou seja, a superposição de vantagens pecuniáriasde servidores públicos".Precedentes: 3ª C.Cível - AC 1.205.299-2 - Rel.: Cláudiode Andrade - DJE 9.6.2014; 3ª C.Cível - AC 1.208.684-3 - Rel.: Themis FurquimCortes - DJE 3.6.2014; 1ª C.Cível - ACR 1108542- 8 - Rel.: Renato Braga Bettega -DJE 14.4.2014; 3ª C.Cível - ACR 1096052-6 - Rel.: Rabello Filho - DJE 1.º.4.2014;3ª C.Cível - ACR 1126902-2 - Rel.: Hélio Henrique Lopes Fernandes Lima - DJE31.3.2014; RMS 38558 / MS - 2ª T - Rel. Min.Humberto Martins - DJe 2.6.2014.1Portanto, correta a sentença recorrida. Face ao exposto, NEGO SEGUIMENTO aorecurso, porque em confronto com a jurisprudência dominante desta Corte (art. 557,caput, do CPC), nos termos da fundamentação. Após o trânsito em julgado, dê-se baixa na distribuição e, a seguir, remetam-se os autos à origem, mediante asanotações e cautelas necessárias. Intimem-se. Curitiba, 07 de agosto de 2015. JUÍZACONVª JOSÉLY DITTRICH RIBAS, Relatora.0003 . Processo/Prot: 1303032-1 Apelação Cível. Protocolo: 2014/381756. Comarca: Foro Central da Comarca daRegião Metropolitana de Curitiba. Vara: 4ª Vara Cível. Ação Originária:0002322-09.2013.8.16.0004 Declaratória. Apelante: Reinaldo Francisco de Souza.Advogado: Vitor Yassuhiko Kuwabara, Fábio Barrozo Pullin de Araújo, Paola deAlmeida Petris. Apelado: Estado do Paraná. Advogado: Rogério Distefano. ÓrgãoJulgador: 2ª Câmara Cível. Relator: Des. Guimarães da Costa. Relator Convocado:Juíza Subst. 2º G. Josély Dittrich Ribas. Revisor: Des. Stewalt Camargo Filho.Despacho: Descrição: Despachos DecisóriosESTADO DO PARANÁ APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.303.032-1, DA 4ªVARA DA FAZENDA PÚBLICA, FALÊNCIAS E RECUPERAÇÃO JUDICIALDO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANADE CURITIBA.APELANTE: REINALDO FRANCISCO DE SOUZA.APELADO:ESTADO DO PARANÁ.RELATORA: JUÍZA CONVOCADA JOSÉLY DITTRICHRIBAS.APELAÇÃO CÍVEL - DIREITO ADMINISTRATIVO - POLICIAL MILITAR- BASE DE CÁLCULO DA GRATIFICAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO(ATS) - INCIDÊNCIA SOMENTE SOBRE O SOLDO - LEGISLAÇÃOESPECÍFICA ATINENTE AOS SERVIDORES MILITARES - REGRAMENTOCONSTITUCIONAL - ART.37, XIV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL QUE VEDAO EFEITO CASCATA.RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. VISTOSe examinados estes autos de Apelação Cível e nº 1.303.032-1, em queé Apelante o REINALDO FRANCISCO DE SOUZA e Apelado ESTADODO PARANÁ. TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.303.032-1 -2ª Câmara Cível___________________________________________________2ESTADO DO PARANÁ RELATÓRIO Trata-se de recurso de apelação interposto

por REINALDO FRANCISCO DE SOUZA contra a r. sentença (mov. 30.1) proferidanesta ação declaratória c/c cobrança e restituição do indébito nº 0002322-09.2013.8.16.0004 por meio da qual o MM. Juiz de Direito julgou improcedentesos pedidos iniciais, condenando o autor ao pagamento das custas processuaise honorários advocatícios no valor de R$1.000,00. Em suas razões recursais(mov. 36.1), o apelante sustenta, em síntese, que: a) o adicional por tempo deserviço deve considerar na base de cálculo todos as vantagens, em conformidadecom o parágrafo único do art. 170 da Lei nº 6.174/70; b) este Tribunal, emcasos análogos, já decidiu que não ocorre a configuração do efeito cascata; c)a expressão "vencimentos" abrange as vantagens fixas cujos valores a parteautora pretende incorporar na base de cálculo do acréscimo por tempo de serviço;d) o art. 19 da Lei 6.417/1973 é inconstitucional; e) restou caracterizada aafronta ao artigo 37, XV, da Constituição Federal que consagra o princípio dairredutibilidade de vencimentos; f) com a reforma da sentença os honorários deverãoser arbitrados em favor do patrono do apelante. Por fim, requer o provimento dorecurso para que a sentença seja reformada, julgando-se totalmente procedentesos pedidos iniciais. Apelação recebida no duplo efeito no mov. 38.1 e contra-arrazoada no mov. 43.1. TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.303.032-1- 2ª Câmara Cível___________________________________________________3ESTADO DO PARANÁ Após, subiram os autos a este Tribunal. DECIDO Presentesos pressupostos de admissibilidade, o recurso deve ser conhecido. No mérito,contudo, não assiste razão ao apelante. O ATS pago ao apelado, Policial Militar,é regido pela Lei Estadual nº 6.417/73, que estabelece o soldo do respectivoposto ou graduação como base de cálculo do referido adicional (art. 18 e art.19, com redação dada pela Lei Estadual nº 16.469/2010). O soldo, consoanteos termos do art. 4º da lei mencionada, antes da alteração promovida pela LeiEstadual nº 16.469/2010, é a parte básica dos vencimentos inerentes ao postoou graduação do Policial Militar da ativa. Enquanto que vencimentos, na dicçãodo art. 3º da mesma lei, é o quantitativo mensal em dinheiro devido ao PolicialMilitar em serviço ativo e compreende o soldo e as gratificações. Assim, à vista dadistinção existente em relação aos vocábulos soldo e vencimentos, as vantagens,por não integrarem o soldo do recorrido, não podem compor a base de cálculodo ATS, consoante expressamente prevê a lei de regência. Ademais, a EC19/98 veda o chamado efeito cascata, isto é, segundo a Constituição Federal, osacréscimos pecuniários TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.303.032-1- 2ª Câmara Cível___________________________________________________4ESTADO DO PARANÁ percebidos por servidor público não serão computadosnem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores (art. 37, XIV,da CF). Ou seja, o cômputo das demais vantagens na base de cálculo do ATSgeraria flagrante violação ao referido dispositivo constitucional, bem como aostermos da Lei Estadual nº 6.417/73. Cumpre destacar que, como sabido, nemtodas as vantagens funcionais ostentam caráter de generalidade e permanênciaque permitam sua qualificação como vantagem pecuniária do tipo pro laborefacto (pelo desempenho efetivo da função), caso em que se poderia cogitar dasua inclusão dentro do conceito de "soldo" e consequente cômputo na basede cálculo do ATS. Todavia, as vantagens asseguradas aos Policiais Militaresaté o advento da Lei Estadual nº 16.469/2010 (gratificação de função policialmilitar, gratificação policial militar especial, gratificação pelo efetivo exercício defunção com riso de vida, diferença de salário mínimo estatutário e adicional deinatividade) não ostentam caráter de generalidade e permanência que permitamsua qualificação como vantagens pecuniárias do tipo pro labore facto (pelodesempenho efetivo da função) e consequente inclusão no conceito de "soldo".Dessarte, o ATS deve ser calculado sobre o soldo, sem o acréscimo dasdemais vantagens, como aliás foi recentemente reconhecido pela Seção Cíveldeste Tribunal, no Incidente de Uniformização de Jurisprudência nº 1127655-2/01,assim ementado: TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.303.032-1 -2ª Câmara Cível___________________________________________________5ESTADO DO PARANÁ INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA.BASE DE CÁLCULO DA GRATIFICAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO DE POLICIALMILITAR. INCIDENTE ACOLHIDO PARA, COM FUNDAMENTO NOS ARTS. 265 E266 DO RITJPR, REDIGIR SÚMULA.SÚMULA: "A Gratificação de Tempo de Serviçopercebida por Policial Militar do Estado do Paraná, deve ser calculada apenas sobreo soldo do respectivo posto ou graduação, nos exatos termos do disposto no art. 19da Lei Estadual 6.417/1973, com alteração dada pela Lei Estadual 13.805/2002, e emconsonância com o estatuído no art. 37, inciso XIV, da Constituição Federal, que vedao denominado "efeito cascata", ou seja, a superposição de vantagens pecuniáriasde servidores públicos".Precedentes: 3ª C.Cível - AC 1.205.299-2 - Rel.: Cláudiode Andrade - DJE 9.6.2014; 3ª C.Cível - AC 1.208.684-3 - Rel.: Themis FurquimCortes - DJE 3.6.2014; 1ª C.Cível - ACR 1108542- 8 - Rel.: Renato Braga Bettega -DJE 14.4.2014; 3ª C.Cível - ACR 1096052-6 - Rel.: Rabello Filho - DJE 1.º.4.2014;3ª C.Cível - ACR 1126902-2 - Rel.: Hélio Henrique Lopes Fernandes Lima - DJE31.3.2014; RMS 38558 / MS - 2ª T - Rel. Min.Humberto Martins - DJe 2.6.2014.1Portanto, correta a sentença recorrida. Face ao exposto, NEGO SEGUIMENTO aorecurso, porque em confronto com a jurisprudência dominante desta Corte (art. 557,caput, do CPC), nos termos da fundamentação. Após o trânsito em julgado, dê-se baixa na distribuição e, a seguir, remetam-se os autos à origem, mediante asanotações e cautelas necessárias. Intimem-se. Curitiba, 07 de agosto de 2015. JUÍZACONVª JOSÉLY DITTRICH RIBAS, Relatora.0004 . Processo/Prot: 1328474-5/01 Embargos de Declaração Cível. Protocolo: 2015/229600. Comarca: Região Metropolitana de Londrina - ForoCentral de Londrina. Vara: 1ª Vara da Fazenda Pública. Ação Originária: 1328474-5Apelação Civel e Reexame Necessario. Embargante: Município de Londrina.Advogado: Andréia Ferraz Martin Robles Martelli. Embargado: Israel Lima de FreitasJunior. Advogado: Carlos Alberto Rodrigues. Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível.

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Curitiba, 12 de Agosto de 2015 - Edição nº 1627Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná

Relator: Des. Silvio Dias. Relator Convocado: Juíza Subst. 2º G. Josély Dittrich Ribas.Despacho: Cumpra-se o venerando despacho.Por se tratar de embargos de declaração opostos com a finalidade de modificar ojulgado (fls. 27/30), intime-se o embargado ISRAEL LIMA DE FREITAS JUNIOR parasobre eles se manifestar, no prazo de 05 (cinco) dias. Intimem-se. Curitiba, 06 deagosto de 2015. JUÍZA CONV. JOSÉLY DITTRICH RIBAS, RELATORA0005 . Processo/Prot: 1334822-8 Apelação Cível. Protocolo: 2014/488840. Comarca: Foro Central da Comarca da RegiãoMetropolitana de Curitiba. Vara: 4ª Vara da Fazenda Pública. Ação Originária:0001488-63.2013.8.16.0179 Ordinária. Apelante: José Luis Ferri. Advogado: FábioBarrozo Pullin de Araújo, Paola de Almeida Petris, Vitor Yassuhiko Kuwabara.Apelado: Estado do Paraná. Advogado: Jacinto Nelson de Miranda Coutinho,Ubirajara Ayres Gasparin. Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível. Relator: Des.Guimarães da Costa. Relator Convocado: Juíza Subst. 2º G. Josély Dittrich Ribas.Revisor: Des. Stewalt Camargo Filho. Despacho: Descrição: Despachos DecisóriosESTADO DO PARANÁ APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.334.822-8, DA 4ªVARA DA FAZENDA PÚBLICA, FALÊNCIAS E RECUPERAÇÃO JUDICIALDO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANADE CURITIBA.APELANTE: JOSÉ LUIS FERRI.APELADO: ESTADODO PARANÁ.RELATORA: JUÍZA CONVOCADA JOSÉLY DITTRICHRIBAS.APELAÇÃO CÍVEL - DIREITO ADMINISTRATIVO - POLICIAL MILITAR- BASE DE CÁLCULO DA GRATIFICAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO(ATS) - INCIDÊNCIA SOMENTE SOBRE O SOLDO - LEGISLAÇÃOESPECÍFICA ATINENTE AOS SERVIDORES MILITARES - REGRAMENTOCONSTITUCIONAL - ART.37, XIV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL QUEVEDA O EFEITO CASCATA.RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.VISTOS e examinados estes autos de Apelação Cível e nº 1.334.822-8,em que é Apelante o JOSÉ LUIS FERIR e Apelado ESTADO DOPARANÁ. TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.334.822-8 -2ª Câmara Cível___________________________________________________2ESTADO DO PARANÁ RELATÓRIO Trata-se de recurso de apelação interposto porJOSÉ LUIS FERRI contra a r. sentença (mov. 58.1) proferida nesta ação declaratóriac/c cobrança e restituição do indébito nº 0001488- 63.2013.8.16.0004 por meio daqual o MM. Juiz de Direito julgou improcedentes os pedidos iniciais, condenando oautor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios no valor deR$500,00. Em suas razões recursais (mov. 67.1), o apelante sustenta, em síntese,que: a) o adicional por tempo de serviço deve considerar na base de cálculo todos asvantagens, em conformidade com o parágrafo único do art. 170 da Lei nº 6.174/70; b)este Tribunal, em casos análogos, já decidiu que não ocorre a configuração do efeitocascata; c) a expressão "vencimentos" abrange as vantagens fixas cujos valoresa parte autora pretende incorporar na base de cálculo do acréscimo por tempo deserviço; d) o art. 19 da Lei 6.417/1973 é inconstitucional; e) restou caracterizadaa afronta ao artigo 37, XV, da Constituição Federal que consagra o princípio dairredutibilidade de vencimentos; f) com a reforma da sentença os honorários deverãoser arbitrados em favor do patrono do apelante. Por fim, requer o provimento dorecurso para que a sentença seja reformada, julgando-se totalmente procedentesos pedidos iniciais. Apelação recebida no duplo efeito no mov. 69.1 e contra-arrazoada no mov. 75.1. TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.334.822-8- 2ª Câmara Cível___________________________________________________3ESTADO DO PARANÁ Após, subiram os autos a este Tribunal. DECIDO Presentesos pressupostos de admissibilidade, o recurso deve ser conhecido. No mérito,contudo, não assiste razão ao apelante. O ATS pago ao apelado, Policial Militar,é regido pela Lei Estadual nº 6.417/73, que estabelece o soldo do respectivoposto ou graduação como base de cálculo do referido adicional (art. 18 e art.19, com redação dada pela Lei Estadual nº 16.469/2010). O soldo, consoanteos termos do art. 4º da lei mencionada, antes da alteração promovida pela LeiEstadual nº 16.469/2010, é a parte básica dos vencimentos inerentes ao postoou graduação do Policial Militar da ativa. Enquanto que vencimentos, na dicçãodo art. 3º da mesma lei, é o quantitativo mensal em dinheiro devido ao PolicialMilitar em serviço ativo e compreende o soldo e as gratificações. Assim, à vista dadistinção existente em relação aos vocábulos soldo e vencimentos, as vantagens,por não integrarem o soldo do recorrido, não podem compor a base de cálculodo ATS, consoante expressamente prevê a lei de regência. Ademais, a EC19/98 veda o chamado efeito cascata, isto é, segundo a Constituição Federal, osacréscimos pecuniários TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.334.822-8- 2ª Câmara Cível___________________________________________________4ESTADO DO PARANÁ percebidos por servidor público não serão computadosnem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores (art. 37, XIV,da CF). Ou seja, o cômputo das demais vantagens na base de cálculo do ATSgeraria flagrante violação ao referido dispositivo constitucional, bem como aostermos da Lei Estadual nº 6.417/73. Cumpre destacar que, como sabido, nemtodas as vantagens funcionais ostentam caráter de generalidade e permanênciaque permitam sua qualificação como vantagem pecuniária do tipo pro laborefacto (pelo desempenho efetivo da função), caso em que se poderia cogitar dasua inclusão dentro do conceito de "soldo" e consequente cômputo na basede cálculo do ATS. Todavia, as vantagens asseguradas aos Policiais Militaresaté o advento da Lei Estadual nº 16.469/2010 (gratificação de função policialmilitar, gratificação policial militar especial, gratificação pelo efetivo exercício defunção com riso de vida, diferença de salário mínimo estatutário e adicional deinatividade) não ostentam caráter de generalidade e permanência que permitamsua qualificação como vantagens pecuniárias do tipo pro labore facto (pelodesempenho efetivo da função) e consequente inclusão no conceito de "soldo".Dessarte, o ATS deve ser calculado sobre o soldo, sem o acréscimo dasdemais vantagens, como aliás foi recentemente reconhecido pela Seção Cíveldeste Tribunal, no Incidente de Uniformização de Jurisprudência nº 1127655-2/01,

assim ementado: TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº. 1.334.822-8 -2ª Câmara Cível___________________________________________________5ESTADO DO PARANÁ INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA.BASE DE CÁLCULO DA GRATIFICAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO DE POLICIALMILITAR. INCIDENTE ACOLHIDO PARA, COM FUNDAMENTO NOS ARTS. 265 E266 DO RITJPR, REDIGIR SÚMULA.SÚMULA: "A Gratificação de Tempo de Serviçopercebida por Policial Militar do Estado do Paraná, deve ser calculada apenas sobreo soldo do respectivo posto ou graduação, nos exatos termos do disposto no art. 19da Lei Estadual 6.417/1973, com alteração dada pela Lei Estadual 13.805/2002, e emconsonância com o estatuído no art. 37, inciso XIV, da Constituição Federal, que vedao denominado "efeito cascata", ou seja, a superposição de vantagens pecuniáriasde servidores públicos".Precedentes: 3ª C.Cível - AC 1.205.299-2 - Rel.: Cláudiode Andrade - DJE 9.6.2014; 3ª C.Cível - AC 1.208.684-3 - Rel.: Themis FurquimCortes - DJE 3.6.2014; 1ª C.Cível - ACR 1108542- 8 - Rel.: Renato Braga Bettega -DJE 14.4.2014; 3ª C.Cível - ACR 1096052-6 - Rel.: Rabello Filho - DJE 1.º.4.2014;3ª C.Cível - ACR 1126902-2 - Rel.: Hélio Henrique Lopes Fernandes Lima - DJE31.3.2014; RMS 38558 / MS - 2ª T - Rel. Min.Humberto Martins - DJe 2.6.2014.1Portanto, correta a sentença recorrida. Face ao exposto, NEGO SEGUIMENTO aorecurso, porque em confronto com a jurisprudência dominante desta Corte (art. 557,caput, do CPC), nos termos da fundamentação. Após o trânsito em julgado, dê-se baixa na distribuição e, a seguir, remetam-se os autos à origem, mediante asanotações e cautelas necessárias. Intimem-se. Curitiba, 07 de agosto de 2015. JUÍZACONVª JOSÉLY DITTRICH RIBAS, Relatora.0006 . Processo/Prot: 1367082-5 Apelação Cível. Protocolo: 2015/95684. Comarca: Região Metropolitana de Londrina - ForoCentral de Londrina. Vara: 1ª Vara da Fazenda Pública. Ação Originária:0076682-45.2014.8.16.0014 Mandado de Segurança. Apelante: Maria HelenaDanielides Junqueira, Regina Junqueira Victorelli, Roberta Junqueira Victorelli,Ricardo Junqueira Victorelli, Eugênia Junqueira Victorelli. Advogado: Eduardo AyresDiniz de Oliveira. Apelado: Estado do Paraná. Advogado: Marisa da Silva Sigulo.Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível. Relator: Des. Stewalt Camargo Filho. RelatorConvocado: Juíza Subst. 2º G. Josély Dittrich Ribas. Despacho: Vistos. Peço DiaPara Julgamento.RELATÓRIO Trata-se de apelação interposta por MARIA HELENA DANIELIDESJUNQUEIRA E OUTROS em face da sentença proferida nos autos de mandadode segurança nº 76682-45.2014.8.16.0014 (mov. 80.1), por meio da qual oMM. Juiz a quo julgou improcedente o pedido inicial, denegando a segurançae condenando os impetrantes, ora apelantes, ao pagamento das custasprocessuais. Inconformados, os apelantes sustentaram, em síntese, que: a)conforme entendimento jurisprudencial colacionado aos autos, a comunicação dofato gerador (doação) ao fisco não tem o condão de afastar a decadência; b) ocorridoo evento tributário e ultrapassado o prazo legal para o adimplemento voluntário daobrigação concernente ao lançamento por homologação, cabe ao fisco realizar olançamento de ofício; c) "efetuada a doação, e não pago o tributo dentro do prazodecadencial, resta extinto o ITCMD dos Apelantes nos termos do artigo 173, incisoI e TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO DO PARANÁ Apelação Cível nº 1.367.082-5- 2ª Câmara Cível___________________________________________________2156, inciso V do CTN"; d) houve na hipótese transferência inter vivos de bemimóvel, conforme consta na escritura pública de doação e usufruto; e) quando adeclaração não é prestada, é cabível o lançamento de ofício, nos termos do art.149, II, do CTN; f) "com a lavratura da escritura pública de doação perante oserviço notarial competente, tornou-se público o negócio jurídico celebrado entre osApelantes", consoante o disposto no art. 1º da Lei nº 8.935/1994, "não podendoa Apelada alegar que não possuía conhecimento da ocorrência do fato gerador,muito menos que o decurso do prazo decadencial teve início após o protocolodo requerimento de dispensa/exoneração do tributo"; g) não é somente depois doregistro da doação no cartório de registro de imóveis que se inicia o prazo dedecadência do ITCMD; h) "a escritura pública de doação foi lavrada em 10 defevereiro de 2005, e passados mais de 5 (cinco) anos do fato gerador do ITCMD nãohouve o lançamento do referido imposto", o que extinguiu o direito de lançamentodo crédito em questão; i) nos termos do art. 1º da Lei Estadual nº 8.927/88 "ofato gerador do ITCMD se concretiza no momento da transmissão dos bens pelavia sucessória ou por doação" e, segundo o art. 13 da mesma lei, o pagamentodeve ser feito quando da transmissão por escritura pública; f) "o prazo decadencialdeve ser contado do primeiro dia do exercício seguinte ao que o lançamentopoderia ter sido efetuado"; g) a doação ocorreu em 10/02/2005, de modo que oapelado tinha até 31/12/2010 para realizar o lançamento. Requereram seja deferidamedida liminar para suspender a exigibilidade do crédito tributário nos termos doart. 151, V, do CTN, a fim de determinar que a apelada se abstenha de procederqualquer ato de cobrança e/ou constituição do crédito fulminado pela decadência.E, TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO DO PARANÁ Apelação Cível nº 1.367.082-5- 2ª Câmara Cível___________________________________________________3ao final, o provimento da apelação, a fim de que seja integralmente reformada asentença, com a concessão da segurança em definitivo, declarando a decadênciado ITCMD. O recurso foi recebido em seu duplo efeito (mov. 97.1). Apresentadasas contrarrazões (mov. 103.1), subiram estes autos ao Tribunal. A d. ProcuradoriaGeral de Justiça manifestou-se pelo desprovimento do recurso (parecer de fls.11/16). É o relatório. De acordo com os termos do art. 558, caput e parágrafoúnico do CPC, nas hipóteses do art. 520 do mesmo codex "o relator poderá (...)nos casos de prisão civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheirosem caução idônea e em outros casos dos quais possa resultar lesão grave ede difícil reparação, sendo relevante a fundamentação, suspender o cumprimentoda decisão até o pronunciamento definitivo da turma ou câmara". Consoante liçãode Cassio Scarpinella Bueno, "os pressupostos que conduzem o magistrado àconcessão do efeito suspensivo (...) devem ser entendidos - no que há razoável

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Curitiba, 12 de Agosto de 2015 - Edição nº 1627Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná

consenso na doutrina - como a probabilidade de êxito no recurso e a impossibilidade(ou, ao menos, a fundada dificuldade) de se esperar o julgamento enquanto seTRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO DO PARANÁ Apelação Cível nº 1.367.082-5- 2ª Câmara Cível___________________________________________________4realizam concretamente os efeitos da sentença apelada" (grifou-se).1 No casoem exame, os apelantes se limitaram a afirmar que os danos graves e de difícilreparação decorrentes da manutenção da sentença recorrida consiste na "iminênciada lavratura de auto de infração", o que não é suficiente para evidenciar queeles efetivamente sofrerão lesão grave e de difícil reparação caso aguardem opronunciamento final do Colegiado. Registre-se que, sem a comprovação nosautos de ao menos a inscrição em dívida ativa do débito questionado na presentedemanda, não há como se concluir que o patrimônio dos apelantes possa vir a serindevidamente atingido antes do julgamento da apelação. De tal modo, ausente operigo na demora, INDEFIRO o pedido de atribuição de efeito suspensivo à apelação.Peço dia para julgamento. Intimem-se. Curitiba, 06 de agosto de 2015. JUÍZA CONVªJOSÉLY DITTRICH RIBAS Relator0007 . Processo/Prot: 1379010-0 Agravo de Instrumento. Protocolo: 2015/131296. Comarca: Umuarama. Vara: 1ª Vara Civel e da FazendaPública. Ação Originária: 0000320-69.1998.8.16.0173 Execução Fiscal. Agravante:Antônio José dos Santos. Advogado: Geraldo Alberti. Agravado: Governo do Estadodo Paraná. Advogado: Weslei Vendruscolo. Interessado: N F Pinheiros EstofadosMe, Santos e Proncate Ltda, Valdir Proncate. Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível.Relator: Des. Antônio Renato Strapasson. Despacho: Cumpra-se o venerandodespacho.RELATÓRIO ANTÔNIO JOSÉ DOS SANTOS formulou pedido de reconsideraçãoda decisão que indeferiu a antecipação da tutela recursal às fls. 78/79-TJ. Paratanto, sustenta, em síntese, que a penhora online recaiu em saldo de salário,o qual é utilizado cobrir as despesas referentes ao tratamento médico de suaesposa. Todavia, o efeito ativo pleiteado foi indeferido, ante a ausência dedemonstração da continuidade do tratamento médico, referente ao diagnóstico decâncer ocorrido em 2012. Apresenta atestado médico datado de 19/06/2015, paracomprovação da continuidade do tratamento e requer a reconsideração TRIBUNALDE JUSTIÇA ESTADO DO PARANÁ Agravo de Instrumento nº 1.379.010-0 - 2ªCâmara Cível__________________________________________2 da decisão queindeferiu a antecipação de tutela, acrescentando que "...lhe está faltando dinheiropara a compra do remédio essencial" (fl. 84). É o relatório. De acordo com ostermos do art. 527, III, do CPC, o relator poderá suspender o cumprimento dadecisão e também antecipar os efeitos da pretensão recursal, desde que presentesdois pressupostos simultâneos: "a relevância da motivação do agravo, o queimplica prognóstico acerca do futuro julgamento do recurso no órgão fracionário,e o receio de lesão grave e de difícil reparação resultante do cumprimento dadecisão agravada até o julgamento definitivo do agravo"1. No caso, o efeito ativofoi indeferido, em virtude da ausência da verossimilhança da alegação, em facede precedente do STJ, no qual se reconhece que apenas a última remuneraçãopercebida está protegida pela regra da impenhorabilidade (AREsp 632.739/SP). Etambém por não estar devidamente comprovado o perigo de dano. Por conseguinte,as razões apresentadas pelo agravante não autorizam a reconsideração da decisãodo relator, já que se referem apenas ao receio de lesão grave e de difícil reparação,relativos à urgência da liberação dos valores bloqueados, que seriam destinados aocusteio das despesas referentes ao tratamento de doença que acomete a esposado recorrente. Assim, uma vez que a antecipação da tutela recursal 1 ASSIS,Araken de. Manual dos recursos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007,p. 516. TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO DO PARANÁ Agravo de Instrumento nº1.379.010-0 - 2ª Câmara Cível__________________________________________3depende do atendimento simultâneo dos requisitos do art. 527, III, do CPC e nãorestando elidido o fundamento utilizado pelo relator quanto à ausência da relevânciada fundamentação, descabe a pretendida reconsideração. Dessarte, mantenho adecisão que indeferiu o pedido de antecipação da tutela recursal. Intimem-se. Após,voltem os autos conclusos. Curitiba, 05 de agosto de 2015. JUÍZA CONVª JOSÉLYDITTRICH RIBAS, RELATORA.0008 . Processo/Prot: 1385744-8 Apelação Cível. Protocolo: 2015/146623. Comarca: Francisco Beltrão. Vara: 2ª Vara Cível e daFazenda Pública. Ação Originária: 0005979-57.2006.8.16.0083 Executivo Fiscal.Apelante: Estado do Paraná. Advogado: Jair Roberto da Silva. Apelado: C B.Dalarosa & Cia Ltda. Advogado: Franciele da Roza Colla. Órgão Julgador: 2ª CâmaraCível. Relator: Des. Guimarães da Costa. Relator Convocado: Juiz Subst. 2º G.Carlos Mauricio Ferreira. Despacho: Cumpra-se o venerando despacho.I. Retirado de pauta, converto o feito em diligências. II. Assim, com o intuito deoportunizar melhor instrução do feito, intime-se o Estado do Paraná para que, noprazo de 5 (cinco) dias, comprove o parcelamento referente a rescisão indicada naCDA nº 02426607-9, objeto da presente demanda, e constante nas razões recursais.III. Oportunamente, voltem-me conclusos. Curitiba, 05 de agosto de 2015. JUIZCONV. CARLOS MAURÍCIO FERREIRA RELATOR.0009 . Processo/Prot: 1403844-3 Apelação Cível. Protocolo: 2015/197654. Comarca: Região Metropolitana de Maringá - ForoCentral de Maringá. Vara: 2ª Vara da Fazenda Pública. Ação Originária:0003239-91.2010.8.16.0017 Execução Fiscal. Apelante: Fazenda Pública doMunicípio de Maringá. Advogado: Haroldo Camargo Barbosa. Apelado: DepósitoMorangueira de Materiais de Construção Ltda. Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível.Relator: Des. Lauro Laertes de Oliveira. Relator Convocado: Juiz Subst. 2º G. CarlosMauricio Ferreira. Despacho: Descrição: Despachos DecisóriosTRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ISS. EXTINÇÃO DA AÇÃO POR AUSÊNCIADE INTERESSE DE AGIR DIANTE DE VALOR IRRISÓRIO. VALOR EXECUTADOMAIOR QUE O FIXADO PELA LEI VIGENTE, À ÉPOCA DA PROPOSITURADA AÇÃO, PARA A FACULTATIVIDADE DE PROPOSITURA DA DEMANDA.

AUSÊNCIA DE HIPÓTESE DE RETROATIVIDADE DA LEI TRIBUTÁRIA (CTN.ART. 106). DECISÃO EM CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA DOSUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DESTA CORTE. AFASTADA A EXTINÇÃODA AÇÃO, NECESSÁRIA A DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO PRIMEIRO GRAUPARA O PROSSEGUIMENTO DA LIDE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO,NOS TERMOS DO ART. 557, §1º-A, DO CPC. Apelação Cível e ReexameNecessário sob o nº 1403844-3 2 Vistos, relatados e discutidos estes autos deApelação Cível nº 1403844-3, da 2ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central deMaringá, em que é apelante FAZENDA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ eapelado DEPÓSITO MORANGUEIRA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA. I.EXPOSIÇÃO FÁTICA Trata-se de recurso de apelação interposto contra a sentença(fls. 28-30) que, por falta de interesse de agir do exequente, por inutilidade doprovimento final, julgou extinto o processo executivo, sem julgamento de mérito,ressalvando a higidez do crédito exequendo. Condenou a executada ao pagamentodas custas. Em suas razões (fls. 31-47) a Fazenda Pública do Município de Maringásustenta, em síntese, que: a) como a execução fiscal foi extinta sem julgamento demérito, neste caso o recurso cabível é a apelação. Não se pode afastar o princípiodo acesso à justiça, furtando-se o judiciário de apreciar uma lide pelo argumento dovalor irrisório; b) no mérito, há ofensa ao princípio da separação dos poderes, pois,mantida a sentença, haverá ingerência do Poder Judiciário sobre --1 Em substituiçãoao Des. LAURO LAERTES DE OLIVEIRA Apelação Cível e Reexame Necessáriosob o nº 1403844-3 3 o Executivo; c) há ofensa ao princípio do acesso à justiçae ao direito de ação (CF, art. 5º, XXXIV e XXXV); d) é faculdade do ProcuradorGeral, não obrigatoriedade não ajuizar execuções fiscais de valores inferiores à R$ 1.244,00, nos termos da lei nº 9.386/2012; e) há violação à Súmula 452 do STJ;f) o juiz de primeiro grau partiu de premissa equivocada, pois a lei nº 9.386/2012não estava em vigor na data do ajuizamento da ação (3-2-2010) e, sim a Lei nº5.536/2009, que fixava o valor de R$ 300,00 para faculdade da execução fiscal; g)aplica-se o enunciado nº14 das Câmaras de direito Tributário; h) o crédito tributárioé indisponível e somente por meio de lei específica do ente tributante é que setorna possível a extinção da execução fiscal; i) cabe remissão dos créditos tributáriosdesde que previamente observado o impacto econômico e a estimativa de receitade outras fontes, conforme dispõe lei de Responsabilidade fiscal. Pugna assim,pelo provimento do recurso, para reformar a sentença recorrida, com o intuito dedeterminar o prosseguimento da execução fiscal. O recurso foi recebido nos efeitosdevolutivo e suspensivo (fls. 144). Intimado, o apelado apresentou contrarrazões (fls.146-150). É o Relatório. Apelação Cível e Reexame Necessário sob o nº 1403844-34 II. FUNDAMENTAÇÃO Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dorecurso. Cinge-se a controvérsia à existência de interesse processual da FazendaPública na propositura da execução fiscal, em razão de seu pequeno valor. É pacíficoo entendimento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que é possível aextinção da execução fiscal, sem resolução do mérito, em razão do valor irrisóriocobrado, quando houve legislação do ente tributante. A exigência do atendimentoao princípio da legalidade justifica-se em devido à natureza indisponível do créditotributário lançado (CTN, art. 141). Nesse sentido: "Processual civil. Execução fiscal.Valor irrisório. Extinção de ofício. Impossibilidade. Existência de interesse de agir.1. Não procede a alegada ofensa aos artigos 458 e 535 do CPC. É que o PoderJudiciário não está obrigado a emitir expresso juízo de valor a respeito de todasas teses e artigos de lei invocados pelas partes, bastando para fundamentar odecidido fazer uso de argumentação adequada, ainda que não espelhe qualquer dasteses invocadas. Apelação Cível e Reexame Necessário sob o nº 1403844-3 5 2."Não incumbe ao Judiciário, mesmo por analogia a leis de outros entes tributantes,decretar, de ofício, a extinção da ação de execução fiscal, ao fundamento de queo valor da cobrança é pequeno ou irrisório, não compensando sequer as despesasda execução, porquanto o crédito tributário regularmente lançado é indisponível (art.141, do CTN), somente podendo ser remitido à vista de lei expressa do próprioente tributante (art. 150, § 6º, da CF e art.172, do CTN)" (REsp 999.639/PR, Rel.Min. Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 6.5.2008, DJe 18.6.2008). 3. Recursoespecial provido, em parte, para determinar o prosseguimento da execução fiscal."2"Tributário. Execução Fiscal. IPTU. Imposto municipal. Valor irrisório. Ausência delegislação específica. Interesse de agir. Extinção do processo sem julgamento demérito. Impossibilidade. 1. A extinção da execução fiscal, sem resolução de mérito,fundada no valor irrisório do crédito tributário, é admissível quando prevista emlegislação específica da entidade tributante. 2 REsp 1319824/SP, Rel. Min. MauroCampbell Marques, Segunda Turma, DJe 23/05/2012 Apelação Cível e ReexameNecessário sob o nº 1403844-3 6 2. O crédito tributário regularmente lançado éindisponível (art. 141, do CTN), somente podendo ser remitido à vista de lei expressado próprio ente tributante (art. 150, § 6º, da CF/1988 e art. 172, do CTN), o quenão ocorre na presente hipótese. 3. Incumbe aos Municípios a disposição quepermite legislarem sobre interesse local, nos termos do art. 30, da Carta Magna.4. A intervenção do judiciário na presente hipótese importa na afronta ao princípioconstitucional da separação dos poderes, restringindo, outrossim, o direito de açãodo Município, um vez que, estando presentes os pressupostos processuais e ascondições da ação, não há qualquer impedimento legal ao ajuizamento da demandano valor lançado pela Administração. 5. Recurso especial desprovido." 3 No âmbitodeste Tribunal, a matéria encontra-se pacificada por meio do enunciado nº 14, nosseguintes termos: "É vedado, salvo previsão legal específica na respectiva áreafederativa tributária, extinguir a execução fiscal com fundamento no valor ínfimoda dívida." 3 REsp nº 999.639/PR - Rel. Ministro Luiz Fux - 1ª Turma - DJe de18-6-2008. Destaquei Apelação Cível e Reexame Necessário sob o nº 1403844-3 7Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados deste Tribunal: "Execução fiscal.Extinção do processo sem resolução do mérito em razão do irrisório valor do créditotributário. Impossibilidade. Ofensa aos princípios da legalidade e da inafastabilidadedo controle jurisdicional (acesso à Justiça). Presença de interesse processual edas demais condições da ação. Crédito indisponível. Dever fundamental de pagar

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Curitiba, 12 de Agosto de 2015 - Edição nº 1627Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná

tributos. Necessidade de prosseguimento da execução. STJ, súmula 452. Recursoprovido. 1. "A extinção das ações de pequeno valor é faculdade da AdministraçãoFederal, vedada a atuação judicial de ofício" (STJ, súmula 452). 2. "É vedado,salvo previsão legal específica na respectiva área federativa tributária, extinguira execução fiscal com fundamento no valor ínfimo da dívida" (TJPR, Câms. Dto.Trib., enunciado 14). 3. A sentença que extingue a execução fiscal sem resoluçãode mérito, por entender ínfimo o valor do crédito, além de interferir na esfera daAdministração Pública, afeta o princípio da legalidade." 4 No caso em apreço, foirespeitado o princípio da legalidade porquanto a facultatividade da propositura daexecução 4 Apelação Cível nº 873.641-0 - Rel. Des. Rabello Filho - 3ª CâmaraCível - DJe 25-4-2012. Apelação Cível e Reexame Necessário sob o nº 1403844-38 fiscal de valores tidos por "irrisórios" foi prevista pela Lei Municipal nº 8.536/2009,que fixou o valor de R$ 300,00, assim como por sua nova redação dada pelaLei nº 9.386/2012, que fixou o valor de R$ R$ 1.244,00, nos seguintes termos:"Lei nº 8.536/2009 Art. 1º Fica a Procuradoria Geral do Município autorizada anão ajuizar ações ou execuções fiscais de débitos tributários e não tributários devalores consolidados iguais ou inferiores a R$ 300,00 (trezentos reais)" "Lei nº9.368/20012 Art. 1º. O artigo 1º, caput, da Lei n. 8.5366/2009 passa a vigorar coma seguinte redação: "Art. 1º Fica a Procuradoria Geral do Município autorizada anão ajuizar ações ou execuções fiscais de débitos tributários e não tributários devalores consolidados iguais ou inferiores a R$ 1.244,00 (um mil, duzentos e quarentae quatro reais)." (NR) Para o deslinde da questão objeto do recurso, resta analisara adequação das normas acima citadas ao caso em comento. Nesse diapasão,observa-se que a execução fiscal foi proposta em 3-2-2010 (fl.2), ou seja, quandoem vigor a Lei nº Apelação Cível e Reexame Necessário sob o nº 1403844-3 98.536/2009, que autoriza a não propositura de execuções fiscais de valores inferioresa R$ 300,00. Como o valor executado foi de R$ 719,52, não havia autorizaçãolegislativa para a Fazenda Pública não executar o crédito tributário devido, em razãode sua indisponibilidade (CTN, art. 141). Nesse sentido, já decidiu este Tribunal:"Apelação cível. Execução fiscal. Extinção diante do valor ínfimo do débito, combase na lei n. 9386/2012 do município de Maringá. Impossibilidade de aplicaçãoda lei que entrou em vigor após o ajuizamento da presente ação. Princípio dairretroatividade. Não é dado ao juiz da causa apreciar a pertinência da propositurada demanda aforada pela administração pública para perseguir crédito tributárioque lhe é devido. Sentença anulada, com o retorno dos autos ao juízo de origempara prosseguimento da execução. Apelo provido."5 O Superior Tribunal de Justiçatambém já decidiu: 5 Apelação Cível nº 1253044-4 - 3ª Câmara Cível - Rel. Cláudio deAndrade - Unânime - DJe. 11.11.2014) Apelação Cível e Reexame Necessário sob onº 1403844-3 10 "Processual civil. Execução fiscal de baixo valor. Imposto municipal.Necessidade de legislação específica. 1. Para que a execução fiscal ajuizada pelomunicípio seja arquivada, ao fundamento de que o valor da dívida é pequenoou irrisório, é necessário previsão em legislação específica da entidade tributanteestipulando o valor consolidado que torne a cobrança judicial antieconômica. 2. " Aextinção da execução fiscal, sem resolução de mérito, fundada no valor irrisório docrédito tributário, é admissível quando prevista em legislação específica da entidadetributante. O crédito tributário regularmente lançado é indisponível (art. 141, do CTN),somente podendo ser remitido à vista de lei expressa do próprio ente tributante (art.150, § 6º, da CF/1988 e art. 172, do CTN)". (REsp 999639/PR, Rel. Ministro LUIZFUX, PRIMEIRA TURMA, DJe 18/06/2008) 3. No presente caso, o Tribunal a quoconsignou que "o Município apelante promulgou a Lei Complementar Municipal nº004/2008, que estipulou como valor antieconômico para a interposição de recursosa importância de R$ 200,00 (duzentos reais), sob o entendimento de que os créditostributários do município 'têm valoração econômica pequena'" (fls. 52). Dessa forma,verifica-se que existe legislação específica aplicável ao Município no sentido de que ovalor executado não seria Apelação Cível e Reexame Necessário sob o nº 1403844-311 irrisório - R$ 831,04 (oitocentos e trinta e um reais e quatro centavos). 4. Recursoespecial provido." 6 Sem o respaldo da legislação vigente à época da propositurada ação, inaplicável, como fez o juiz de primeiro grau, a Lei nº 9.368/2012 comfundamento na analogia ou no princípio da igualdade em detrimento do princípiodo tempus regit actum. Ademais, não poderia o juiz de primeiro grau extinguir deofício a ação de execução, sob pena de violação ao princípio da separação dospoderes (CF, art. 2ª), inafastabilidade da jurisdição (CF, art. 5, XXXV) e entendimentofixado na Súmula 452 do Superior Tribunal de Justiça, que dispõe: "Súmula 452: Aextinção das ações de pequeno valor é faculdade da administração Pública Federal,vedada a atuação judicial de ofício." Deste modo, impõe-se a reforma da sentençapara afastar a extinção da execução pela ausência de interesse de agir, visto quea sentença recorrida encontra-se em manifesto confronto 6 REsp 1223032/PE, Rel.Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 31/05/2011 Apelação Cível eReexame Necessário sob o nº 1403844-3 12 com entendimento do Superior Tribunalde Justiça, bem como deste Tribunal. III. CONCLUSÃO Assim, com fulcro no art.557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, dou provimento ao recurso para cassar asentença e reconhecer o interesse de agir do Município de Maringá, determinandoo prosseguimento da presente execução fiscal, nos seus ulteriores termos. Intime-se. Curitiba, 06 de agosto de 2015. JUIZ CONV. CARLOS MAURÍCIO FERREIRA ,RELATOR.0010 . Processo/Prot: 1403954-4 Apelação Cível. Protocolo: 2015/196979. Comarca: Foro Central da Comarca da RegiãoMetropolitana de Curitiba. Vara: 1ª Vara de Execuções Fiscais Municipais. AçãoOriginária: 0002579-88.2004.8.16.0185 Execução Fiscal. Apelante: Município deCuritba. Advogado: Eliane Cristina Rossi Chevalier. Apelado: Celso Mello deFreitas. Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível. Relator: Des. Antônio Renato Strapasson.Relator Convocado: Juíza Subst. 2º G. Josély Dittrich Ribas. Despacho: Descrição:Despachos DecisóriosVISTOS e examinados estes autos de Apelação Cível nº 1.403.954-4 em quefiguram como Apelante o MUNICÍPIO DE CURITIBA e Apelado CELSO MELLO DE

FREITAS. RELATÓRIO Cuida-se de apelação cível interposta pelo MUNICÍPIO DECURITIBA em face da sentença de fls. 11/13, proferida nos autos de execução fiscalnº 0002579-88.2004.8.16.0185, por meio da qual o MM. Juiz de Direito declarouextinto o processo, com resolução de mérito, em razão do reconhecimento daprescrição do crédito tributário. Inconformado, o exequente sustenta, em síntese,que (fls. 15/34): a) não há unanimidade dentre os doutrinadores a respeito daoperação da perda do direito de ação por parte da Fazenda Pública; b) o art. 8º,§2º, da Lei 6.830/80 dispõe expressamente que o despacho do juiz interrompe aprescrição, não se aplicando o teor do art. 174 do CTN; c) não houve inércia doMunicípio, o qual advoga em milhares de execuções fiscais; d) o processo não ficouparalisado por culpa do Município, pois houve requerimento para citação por edital,sendo este deferido pelo juiz; e) deve-se aplicar o teor da Súmula 116, do STJ aopresente caso; f) a Fazenda Pública não foi intimada pessoalmente para prática dequalquer ato. Por fim, requer o provimento do apelo, para que seja reformada asentença, determinando-se o prosseguimento do processo. Recebido o recurso doduplo efeito, vieram os autos a esta Corte. É o relatório. DECIDO O recurso nãomerece conhecimento, eis que intempestivo. Colhe-se das certificações contidas nasfls. 14-verso, que, após a certificação de registro da sentença (15/07/2014 - fls. 14),o Procurador do Município retirou o processo em carga em 09/09/2014, sendo, apartir desta data, computado o início do prazo para apresentação de recurso (art.25, da LEF)1. Dessa forma, a apelação, cujo prazo legal para interposição paraa Fazenda Pública é de 30 (trinta) dias (arts. 108 e 508, CPC), deveria ter sidointerposta até 09/10/2014. Todavia, ela foi protocolada apenas em 13/10/2014 (fl.14-v), daí sua flagrante intempestividade. Dessarte, por ser intempestivo o apelonão pode ser conhecido. Face ao exposto, com fundamento no art. 557, caput, doCPC, NEGO SEGUIMENTO à apelação. Após o trânsito em julgado, dê-se baixana distribuição e, a seguir, remetam-se os autos à origem, mediante as anotaçõese cautelas necessárias. Intimem-se. Curitiba, 06 de agosto de 2015. JUÍZA CONVªJOSÉLY DITTRICH RIBAS Relatora0011 . Processo/Prot: 1410489-3 Apelação Cível. Protocolo: 2015/202762. Comarca: Pinhão. Vara: Juízo Único. Ação Originária:0000260-43.2003.8.16.0134 Execução Fiscal. Apelante: Município de Pinhão.Advogado: Paula Micheli Pasqualin. Apelado: Sebastião Prestes. Órgão Julgador: 2ªCâmara Cível. Relator: Des. Silvio Dias. Relator Convocado: Juiz Subst. 2º G. FabioAndre Santos Muniz. Despacho: Descrição: Despachos DecisóriosAPELAÇÃO CÍVEL. DECISÃO QUE JULGA EXTINTO O PROCESSOSEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO POR ABANDONO DA CAUSA.AUSÊNCIADE INTIMAÇÃO PESSOAL DO AUTOR. VIOLAÇÃO DO ART. 267, §1º,CPC.PRECEDENTES DO STJ. RECURSO A QUE SE DÁ PROVIMENTO.I. Trata-se de apelação cível contra decisão que julgou extinto o processo sem resoluçãodo mérito, nos termos do artigo 267, II, do Código de Processo Civil. Município dePinhão alega, em síntese, que: a) as diligências necessárias ao andamento do feitoforam tomadas; b) antes de extinguir o processo o Magistrado deve intimar a parteautora para dar andamento ao feito; c) a falta de intimação viola o devido processolegal. Não foram apresentadas contrarrazões, porque a parte não possui procuradorconstituído nos autos. É o relatório. II. Município de Pinhão ajuizou execução fiscalcontra Sebastião Prestes. Não tendo sido realizada a citação, o Município requereupreliminarmente a paralisação dos autos e depois a expedição de ofício a COPEL e aSANEPAR. Deferido o pedido em31/01/2007, o feito permaneceu sem movimentaçãoaté 24/05/2013, quando o Magistrado julgou extinta a ação sem resolução do méritocom fulcro no artigo 267, II, do Código de Processo Civil. O referido dispositivodetermina que "extingue-se o processo, sem resolução de mérito: quando ficarparado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes". Sendo que o §1ºdo mesmo diploma estabelece que "o juiz ordenará, nos casos dos ns. II e Ill, oarquivamento dos autos, declarando a extinção do processo, se a parte, intimadapessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas". Na interpretação doartigo deve-se levar em consideração o brocardo que estabelece que "Verba cumeffectu, sunt accipienda: não se presumem, na lei, palavras inúteis." (MAXIMILIANO,Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. 19. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006,p. 204.) Antes da declaração da extinção do processo por abandono da causa,é necessário que a parte seja "intimada pessoalmente". A previsão existe paraevitar que a parte seja prejudicada pela dissidia do patrono. Isso não ocorreu nocaso, o Município de Pinhão não foi intimado pessoalmente a dar prosseguimentoa ação. Sem o retorno da carta com o aviso de recebimento, a intimação nãopode ser considerada concretizada. Assim, os autos devem retornar a primeirograu. Essa é a posição pacífica do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUALCIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃOREVISIONAL DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA. PEDIDO DE ASSISTÊNCIAJUDICIÁRIA. APELAÇÃO DESERÇÃO. NECESSIDADE DE MANIFESTAÇÃOACERCA DO PEDIDO. SÚMULA 83/STJ. EXTINÇÃO DO PROCESSO PORDESÍDIA DA PARTE OU ABANDONO DA CAUSA. INTIMAÇÃO PESSOAL DOAUTOR. IMPRESCINDÍVEL.AGRAVO IMPROVIDO. 1. A falta do recolhimento dopreparo da apelação não autoriza o Tribunal a decretar a deserção do recurso, semque haja prévia manifestação acerca do pedido de gratuidade de justiça, que constituio mérito do próprio apelo, e caso seja negada, deve ainda possibilitar abertura deprazo para o recolhimento do preparo. Precedentes. 2. Tendo o Tribunal de Justiçaconcluído que o demandante descumpriu o disposto no art. 267, II e III, do CPC,faz-se imprescindível a intimação pessoal do autor para a extinção do feito, deacordo com o entendimento desta Corte Superior. Precedentes. 3. Estando o acórdãoproferido na origem em consonância com a jurisprudência deste Tribunal Superior,não há que se falar em dissídio, conforme preconiza o enunciado n. 83 da Súmuladesta Corte, verbete este que, inclusive, aplica-se para ambas as alíneas (a e c) dopermissivo constitucional (AgRg no AREsp n. 83.758/SP, Relator o Ministro RicardoVillas Bôas Cueva, Terceira Turma, DJe de 19/8/2014). 4. Agravo regimental a quese nega provimento. (AgRg no AREsp 655.411/RJ, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO

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Curitiba, 12 de Agosto de 2015 - Edição nº 1627Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná

BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 14/04/2015, DJe 30/04/2015) AGRAVOREGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXTINÇÃO DE EXECUÇÃO.INTIMAÇÃO PESSOAL DO EXEQUENTE. REGULARIDADE. APLICAÇÃO DASÚMULA 7/STJ. 1.- "Nos casos que ensejam a extinção do processo sem julgamentodo mérito, por negligência das partes ou por abandono da causa (art. 267, incisos II eIII, do CPC), o indigitado normativo, em seu § 1º, determina que a intimação pessoalocorra na pessoa do autor, a fim de que a parte não seja surpreendida pela desídiado advogado" (AgRg no AREsp 24.553/MG, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,SEGUNDA TURMA, julgado em 20/10/2011, DJe 27/10/2011). 2.- O Tribunal deorigem informa que houve a regular intimação pessoal da parte autora, que semanteve inerte, e a adoção de entendimento diverso por este Tribunal quanto aoponto demandaria reexame probatório, o que é vedado a teor da Súmula 7/STJ. 3.-Agravo Regimental improvido. (AgRg no AREsp 339.302/RS, Rel. Ministro SIDNEIBENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 20/08/2013, DJe 05/09/2013) III. Como adecisão esbarra em jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça douprovimento de plano ao recurso para determinar o retorno dos autos ao primeiro graue o prosseguimento da ação, com fulcro no artigo 557, § 1º-A, do Código de ProcessoCivil. Intimem-se. Curitiba, 06 de agosto de 2015. Juiz Conv. Fábio André SantosMuniz, Relator .0012 . Processo/Prot: 1413166-7 Agravo de Instrumento. Protocolo: 2015/221860. Comarca: Francisco Beltrão. Vara: 1ª Vara Cível e daFazenda Pública. Ação Originária: 0004927-84.2010.8.16.0083 Execução Fiscal.Agravante: Locadora de Mesas de Bilhar Líder Ltda. Advogado: Segio Sinhori.Agravado: Município de Francisco Beltrão. Advogado: Fábio Luiz Santin deAlbuquerque, Rodrinei Cristian Braun. Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível. Relator:Des. Lauro Laertes de Oliveira. Relator Convocado: Juiz Subst. 2º G. Carlos MauricioFerreira. Despacho: Cumpra-se o venerando despacho.Vistos. I. Trata-se de agravo de instrumento interposto por LOCADORA DEMESAS DE BILHAR LIDER LTDA. diante de decisão proferida nos autosnº 0031067-40.2015.8.16.0000, que rejeitou exceção de pré-executividade edeterminou o imediato prosseguimento do feito. Não se extrai da petição deinterposição do recurso qualquer pedido de concessão de efeito suspensivo ou deantecipação de tutela recursal. II. Feitas as considerações acima: a. Intime-se oagravado para apresentar resposta, no prazo de 10 (dez) dias; b. oficie-se ao Juízode origem requisitando informações, em dez dias, em especial, se houve retrataçãoda decisão objurgada e se o agravante atendeu ao disposto no art. 526 daqueleCódigo; III. Após, retornem os autos ao Gabinete. Curitiba, 04 de agosto de 2015.JUIZ CONV. CARLOS MAURÍCIO FERREIRA Relator0013 . Processo/Prot: 1413197-2 Agravo de Instrumento. Protocolo: 2015/211633. Comarca: Arapongas. Vara: 1ª Vara Cível e da FazendaPública. Ação Originária: 2009.00001116 Execução Fiscal. Agravante: José LopesPinheiro Auto Elétrica. Advogado: Carlos Eduardo Joanutti (Curador Especial).Agravado: Fazenda Pública do Município de Arapongas. Advogado: Ivan Fonçatti,César Guedes Miranda, Diego José Berrocal, Elizabeth Ruiz. Órgão Julgador: 2ªCâmara Cível. Relator: Des. Lauro Laertes de Oliveira. Relator Convocado: JuizSubst. 2º G. Carlos Mauricio Ferreira. Despacho: Cumpra-se o venerando despacho.I.Trata-se de agravo de instrumento interposto por JOSÉ LOPES PINHEIRO AUTOELÉTRICA diante de decisão proferida nos autos nº 0031076-02.2015.8.16.0000.Não se extrai da petição de interposição do recurso qualquer pedido de concessãode efeito suspensivo ou de antecipação de tutela recursal. II. Feitas as consideraçõesacima: a. Intime-se a agravada para apresentar resposta, no prazo de 10 (dez) dias;b. oficie-se ao Juízo de origem requisitando informações, em dez dias, em especial,se houve retratação da decisão objurgada e se o agravante atendeu ao disposto noart. 526 daquele Código; III. Após, retornem os autos ao Gabinete. Curitiba, 03 deagosto de 2015. JUIZ CONV. CARLOS MAURÍCIO FERREIRA Relator0014 . Processo/Prot: 1413366-7 Conflito de Competência Cível (Gr/C.Int.). Protocolo: 2015/207128. Comarca: Foro Regional de Colombo da Comarcada Região Metropolitana de Curitiba. Vara: 1ª Vara Cível. Ação Originária:0003712-05.2014.8.16.0028 Execução Fiscal. Suscitante: Juiz de Direito da 1ª VaraCível do Foro Regional de colombo comarca da região metropolitana de curitiba.Suscitado: Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública do Foro Regional de ColomboComarca da Região Metropolitana de Curitiba. Interessado: Back & Dugatto Ltda -Me, União - Procuradoria da Fazenda Nacional. Advogado: Luciane Baggio Losso.Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível em Composição Integral. Relator: Des. LauroLaertes de Oliveira. Relator Convocado: Juiz Subst. 2º G. Carlos Mauricio Ferreira.Despacho: Descrição: Despachos DecisóriosCONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. 1ª VARA CÍVEL DOFORO REGIONAL DE COLOMBO. RESOLUÇÃO Nº 117/2014 QUEDETERMINOU A REDISTRIBUIÇÃO DOS PROCESSOS DA COMPETÊNCIAESPECIALIZADA QUE TRAMITAM PERANTE AS VARAS CÍVEIS. COMPETÊNCIAFEDERAL DELEGADA. PRESENÇA DE PESSOA JURÍDICA DE DIREITOPÚBLICO - UNIÃO. VARA DA FAZENDA. COMPETÊNCIA ABSOLUTAEM RAZÃO DA PESSOA.EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA "PERPETUATIOJURISDICTIONIS" (PARTE FINAL DO ART. 87 DO CÓDIGO DE PROCESSOCIVIL).PRECEDENTES DESTA CORTE. CONFLITO DE COMPETÊNCIAPROCEDENTE, COM A DECLARAÇÃO DA COMPETÊNCIA DA VARA DAFAZENDA PÚBLICA1 Em substituição ao Des. LAURO LAERTES DE OLIVEIRA.Conflito de Competência nº 1413366-7 2I. EXPOSIÇÃO FÁTICA Trata-se de conflitonegativo de competência suscitado pela Juíza de Direito da 1ª Vara Cível em facedo Juízo da Vara da Fazenda Pública, ambas do Foro Regional de Colombo daComarca da Região Metropolitana de Curitiba. Consta dos autos que em data de07 de abril de 2014 a União ajuizou Execução Fiscal perante a 1ª Vara Cível doForo Regional de Colombo. Conclusos os autos ao Juízo da Vara da FazendaPública do Foro Regional de Colombo, esse determinou a remessa dos autos à1ª Vara Cível da unidade, declinando a competência para julgamento do feito. Ato

seguinte, a Magistrada da 1ª Vara Cível recebeu os autos e suscitou o presenteconflito negativo de competência. É o relatório. II. FUNDAMENTAÇÃO Cinge-se acontrovérsia acerca da análise de conflito negativo de competência entre o Juizde Direito da 1ª Vara Cível e o Conflito de Competência nº 1413366-7 3 Juiz deDireito da Vara da Fazenda Pública, ambas do Foro Regional de Colombo dacomarca da Região Metropolitana de Curitiba. Consigna-se, primeiramente, que aVara da Fazenda Pública do Foro Regional de Colombo teve a sua denominaçãoe competência disciplinadas na Resolução nº 104, datada de 26 de maio de 2014,do Órgão Especial, in verbis: Atribuir denominação e competência à 8ª Vara Judicialdo Foro Regional de Colombo da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba,que passa a ser denominada Vara da Fazenda Pública, alterando os artigos queespecifica da Resolução 93/2013, na forma a seguir: Art. 1º. Fica revogado oparágrafo único do artigo 112 e alterada a redação do artigo 113 da Resolução93/2013, que passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 112. ? Parágrafo único.Revogado Art. 113 - À 1ª e 2ª Varas Judiciais, ora e respectivamente denominadas1ª Vara Cível e 2ª Vara Cível é atribuída a competência Cível." Art. 2º. Fica alteradaa Resolução 93/2013, que passam a vigorar acrescida do artigo 117-A, com aseguinte redação: "Art. 117-A. À 8ª Vara Judicial, ora denominada Vara da FazendaPública é atribuída a competência da Fazenda Pública." Conflito de Competêncianº 1413366-7 4 Art. 3º. Fica alterado o Anexo I da Resolução nº 93/2013. Art. 4º.Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Grifou-se. Ainda, acercada nomenclatura e competência das varas judiciais do Estado do Paraná, dispõe oart. 5º da Resolução nº 93/2013: Art. 5º À vara judicial a que atribuída competênciada Fazenda Pública compete: I - processar e julgar as causas em que o Estado doParaná, os Municípios que integram a respectiva Comarca ou Foro, suas autarquias,sociedades de economia mista, empresas públicas ou fundações forem interessadosna condição de autores, réus, assistentes ou opoentes, bem assim as causas a elasconexas e as delas dependentes ou acessórias; II - processar e julgar os mandadosde segurança, os habeas data, as ações civis públicas e as ações populares contraato de autoridade estadual ou dos Municípios que integrem a respectiva Comarcaou Foro, representante de entidade autárquica, empresa pública, sociedade deeconomia mista ou fundação estadual ou municipal ou de pessoa natural ou jurídicacom funções delegadas do Poder Público estadual ou dos Municípios que integrema respectiva Comarca ou Foro; III - dar cumprimento às cartas de sua competência.Conflito de Competência nº 1413366-7 5 Extrai-se, da leitura dos dispositivos legaisacima citados, a ausência de previsão expressa acerca da competência federaldelegada. Entretanto, não se pode desconsiderar que a especialização levada aefeito pelo Órgão Especial se deu em razão da pessoa, ou seja, da competênciamaterial e, portanto possui caráter absoluto. Compreendendo-se como FazendaPública as pessoas jurídicas que compõem a Administração Pública, seja no âmbitoFederal, Estadual ou Municipal. Importante esclarecer que a ausência de previsãoexpressa na Resolução nº 93/2013 acerca da competência federal delegada para aVara da Fazenda Pública decorre do fato que, via de regra, no Estado do Paranáas Comarcas que possuem Vara da Fazenda Pública são sede de Vara Federal.Ressalta-se que embora exceção idêntica tenha sido verificada no Foro Regional deSão José dos Pinhais, a Resolução que determinou a competência atentou-se paraa peculiaridade da situação, disciplinando expressamente acerca da competênciafederal delegada. Veja-se a Resolução nº 36/2012: Art. 1º Ao Juízo da Vara deFazenda Pública do Foro Regional Conflito de Competência nº 1413366-7 6 deSão José dos Pinhais da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba competeprocessar e julgar: I - as causas em que o Estado do Paraná, os Municípios deSão José dos Pinhais e Tijucas do Sul, suas autarquias, sociedades de economiamista, empresas públicas ou fundações forem interessados na qualidade de autores,réus, assistentes ou oponentes, bem assim as causas a elas conexas e delasdependentes ou acessórias; II - os mandados de segurança, os habeas data, asações civis públicas e as ações populares contra ato de autoridade estadual ou dosMunicípios de São José dos Pinhais e Tijucas do Sul, representante de entidadeautárquica, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação estadualou municipal ou de pessoa natural ou jurídica com funções delegadas do PoderPúblico Estadual ou dos Municípios de São José dos Pinhais e Tijucas do Sul; III -as causas de competência federal delegada. Art. 2º Esta resolução entrará em vigorna data de sua publicação, com efeitos a partir da data de instalação da unidade.Parágrafo único. Após a instalação da unidade mencionada, os processos de suacompetência que atualmente tramitam perante as Vara Cíveis do mesmo Foro serãoa ela redistribuídos. Grifou-se. Conflito de Competência nº 1413366-7 7 Em que pesea constatada a omissão na Resolução nº 104/2014, atesta-se que esta não é óbicepara que seja atribuída à Vara da Fazenda Pública do Foro Regional de Colombo aresponsabilidade pelo julgamento das causas da competência delegada da União.Afinal, não há discussão acerca da natureza de pessoa jurídica integrante daAdministração Pública da União e, considerando que a competência foi determinadaem razão da pessoa, as causas em que a União é parte, por integrar a FazendaPública, devem ser julgadas pela vara especializada da Fazenda Pública. Como intuito de corroborar com esse entendimento, oportuno transcrever trecho dedecisão proferida pela Corregedoria- Geral da Justiça deste Tribunal de Justiçano pedido de providências nº 2014.0371295-6, quanto ao cumprimento de cartasprecatórias em que figurem como partes pessoas não elencadas em Resolução noForo Regional de São José dos Pinhais, veja-se: A interpretação de uma normapassa, necessariamente, pelo conhecimento da técnica legislativa, em especial, osrequisitos básicos definidos na Lei Complementar nº 95/1998. Nos termos do artigo10, inciso I, da norma citada acima, um ?artigo? é a unidade básica de articulaçãode uma lei, ou seja, é a célula, a menor fração que compõe o conteúdo Conflitode Competência nº 1413366-7 8 normativo finalístico do ato normativo. Não hálei sem artigo. Os parágrafos e incisos, por sua vez, são desdobramentos dospróprios ?artigos? e não da lei em si (inciso II) e não são obrigatórios. Servempara melhor explicitar ou definir exceções à matéria do ?caput?, que é o centro; o

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Curitiba, 12 de Agosto de 2015 - Edição nº 1627Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná

que define e modula a matéria a ser tratada no dispositivo legal, como um todo.Portanto, os incisos estão vinculados, necessariamente, ao ?caput? de um artigode lei ou de ato normativo e a forma mais correta de se interpretar essa sub- partesubordinada é não se afastar da sua unidade central. Nesse contexto, o incisoIII, do artigo 5º, da Resolução nº 93/2013-OE, objeto dos presentes autos - nãodeve ser interpretado com base no inciso I daquele dispositivo, mas sim levando-se em conta o conteúdo do "caput", qual seja, a atribuição genérica da FazendaPública. Deixando claro: as cartas precatórias que envolvem a Fazenda Públicaem geral (União, Estados, Municípios, suas autarquias, sociedades de economiamista, empresas públicas ou fundações forem interessados na condição de autores,réus, assistentes ou opoentes) devem ser cumpridas pelas Varas Judiciais comcompetência da Fazenda Pública, sem as restrições do inciso I, porque é essa ainterpretação mais razoável entre o inciso III e o caput do artigo 5º da Resoluçãonº 93/2013. Conflito de Competência nº 1413366-7 9 Nada obstante a competênciaora discutida caracterizar decorrência lógica dos ditames acima mencionados, em 24de novembro de 2014, o Órgão Especial editou a Resolução nº 117 com a seguinteredação: Art. 1º. Alterar o art. 4º da Resolução n° 104, de 26 de maio de 2014, quepassa a vigorar acrescido do parágrafo único, com a seguinte redação: "Art. 4º?Parágrafo único. A partir da data de instalação da 8ª Vara Judicial no Foro Regionalde Colombo, os processos de sua competência que tramitam perante as Varas Cíveisdo mesmo Foro serão a ela redistribuídos." Art. 2º. Esta Resolução entra em vigorna data de sua publicação, com efeitos retroativos à data da instalação da 8ª VaraJudicial do Foro Regional de Colombo. Grifou-se. No que tange a aplicabilidade doart. 87 do Código de Processo Civil e, por conseguinte do princípio da perpetuatiojurisdicionais, segundo o qual a competência é fixada no momento da propositura dademanda, consigna-se que esta regra é excepcionada no mesmo dispositivo legal,que assim dispõe em sua parte final: salvo quando suprimirem o órgão judiciárioou alterarem a competência em razão de matéria ou da hierarquia. Conflito deCompetência nº 1413366-7 10 Isso porque, a instalação de Vara especializadaaltera a competência em razão de matéria, espécie de competência absoluta fixadaem razão do interesse público, a qual é inderrogável, nos termos do art. 111,caput, do Código de Processo Civil2. Acerca do tema é o entendimento do SuperiorTribunal de Justiça: RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. ARTS. 87; 111;113, § 2º; E 511, TODOS DO CPC. ISENÇÃO DE CUSTAS. NULO DECISUMPROLATADO POR JUÍZO INCOMPETENTE. DESERTO RECURSO ESPECIALSEM COMPROVANTE DO RECOLHIMENTO DO PREPARO. INCIDÊNCIA DOENUNCIADO 187 DA SÚMULA DO STJ. 1. Nulo decisum prolatado por juízoincompetente (art. 113, § 2º, do CPC). 2. Competência é fixada no momento dapropositura da ação (art. 87, do CPC), excepcional a hipótese de alteração dacompetência em razão da matéria, a afastar o princípio da perpetuatio jurisdicionis.3. Competência absoluta não se prorroga (art. 111, do CPC), impõe-se, inclusive,declaração ex officio, o que ocorreu, no caso vertente. 4. Isenção de custasdeferida por juízo absolutamente incompetente não gera efeitos, porquanto evidentea nulidade do ato decisório 2 Art. 111. A competência em razão da matéria e dahierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar acompetência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostasas ações oriundas de direitos e obrigações. Conflito de Competência nº 1413366-711 (art. 113, § 2º, do CPC). 5. Insurgência, na via especial, sem comprovantedo recolhimento do preparo, resulta deserto (art. 511, do CPC). 6. Enunciado 187da Súmula do STJ. 7. Recurso especial não conhecido. (REsp 627.472/RS, Rel.Ministro CELSO LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTATURMA, julgado em 02/02/2010, DJe 22/02/2010). Grifou-se. No mesmo sentido esteÓrgão Julgador se manifestou nas Decisões Monocráticas nºs 1336092-8 (RelatorDes. Lauro Laertes de Oliveira, j. 06.03.2015), 1315056-2 (Relator Des. Silvio Dias,j. 11.03.2015), 1336032-2 (Relator Des. Stewalt Camargo Filho, j. 25.02.2015).Assim, deve ser declarada a competência da Vara da Fazenda Pública do ForoRegional de Colombo para o processamento e julgamento da presente execuçãofiscal. III. CONCLUSÃO Ante ao exposto, com fulcro no art. 120, parágrafo único, doCódigo de Processo Civil3, dou provimento ao Conflito 3 Parágrafo único. Havendojurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada, o relator poderádecidir de plano o conflito de competência, cabendo agravo, no prazo de cincodias, contado da intimação da decisão às partes, para o órgão recursal competente.Conflito de Competência nº 1413366-7 12 negativo de Competência suscitadopela Juíza de Direito da 1ª Vara Cível do Foro Regional da Comarca da RegiãoMetropolitana de Colombo. Oficie-se. Intime-se. Curitiba, 03 de agosto de 2015. JUIZCONV. CARLOS MAURICIO FERREIRA Relator0015 . Processo/Prot: 1414126-7 Conflito de Competência Cível (Gr/C.Int.). Protocolo: 2015/207114. Comarca: Foro Regional de Colombo da Comarcada Região Metropolitana de Curitiba. Vara: 1ª Vara Cível. Ação Originária:0000182-80.2014.8.16.0193 Execução Fiscal. Suscitante: Juiz de Direito da 1ª VaraCível do Foro Regional de colombo comarca da região metropolitana de curitiba.Suscitado: Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública do Foro Regional de ColomboComarca da Região Metropolitana de Curitiba. Interessado: União - Procuradoriada Fazenda Nacional. Advogado: João Antonio Catarino Farinha Pires. Interessado:Adriane Conogray. Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível em Composição Integral.Relator: Des. Lauro Laertes de Oliveira. Relator Convocado: Juiz Subst. 2º G. CarlosMauricio Ferreira. Despacho: Descrição: Despachos DecisóriosCONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. 1ª VARA CÍVEL DOFORO REGIONAL DE COLOMBO. RESOLUÇÃO Nº 117/2014 QUEDETERMINOU A REDISTRIBUIÇÃO DOS PROCESSOS DA COMPETÊNCIAESPECIALIZADA QUE TRAMITAM PERANTE AS VARAS CÍVEIS. COMPETÊNCIAFEDERAL DELEGADA. PRESENÇA DE PESSOA JURÍDICA DE DIREITOPÚBLICO - UNIÃO. VARA DA FAZENDA. COMPETÊNCIA ABSOLUTAEM RAZÃO DA PESSOA.EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA "PERPETUATIOJURISDICTIONIS" (PARTE FINAL DO ART. 87 DO CÓDIGO DE PROCESSO

CIVIL).PRECEDENTES DESTA CORTE. CONFLITO DE COMPETÊNCIAPROCEDENTE, COM A DECLARAÇÃO DA COMPETÊNCIA DA VARA DAFAZENDA PÚBLICA1 Em substituição ao Des. LAURO LAERTES DE OLIVEIRA.Conflito de Competência nº 1414126-7 2I. EXPOSIÇÃO FÁTICA Trata-se de conflitonegativo de competência suscitado pela Juíza de Direito da 1ª Vara Cível em facedo Juízo da Vara da Fazenda Pública, ambas do Foro Regional de Colombo daComarca da Região Metropolitana de Curitiba. Consta dos autos que em data de11 de novembro de 2014 a União ajuizou Execução Fiscal perante a 1ª Vara Cíveldo Foro Regional de Colombo. Conclusos os autos ao Juízo da Vara da FazendaPública do Foro Regional de Colombo, esse determinou a remessa dos autos à1ª Vara Cível da unidade, declinando a competência para julgamento do feito. Atoseguinte, a Magistrada da 1ª Vara Cível recebeu os autos e suscitou o presenteconflito negativo de competência. É o relatório. II. FUNDAMENTAÇÃO Cinge-se acontrovérsia acerca da análise de conflito negativo de competência entre o Juizde Direito da 1ª Vara Cível e o Conflito de Competência nº 1414126-7 3 Juiz deDireito da Vara da Fazenda Pública, ambas do Foro Regional de Colombo dacomarca da Região Metropolitana de Curitiba. Consigna-se, primeiramente, que aVara da Fazenda Pública do Foro Regional de Colombo teve a sua denominaçãoe competência disciplinadas na Resolução nº 104, datada de 26 de maio de 2014,do Órgão Especial, in verbis: Atribuir denominação e competência à 8ª Vara Judicialdo Foro Regional de Colombo da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba,que passa a ser denominada Vara da Fazenda Pública, alterando os artigos queespecifica da Resolução 93/2013, na forma a seguir: Art. 1º. Fica revogado oparágrafo único do artigo 112 e alterada a redação do artigo 113 da Resolução93/2013, que passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 112. ? Parágrafo único.Revogado Art. 113 - À 1ª e 2ª Varas Judiciais, ora e respectivamente denominadas1ª Vara Cível e 2ª Vara Cível é atribuída a competência Cível." Art. 2º. Fica alteradaa Resolução 93/2013, que passam a vigorar acrescida do artigo 117-A, com aseguinte redação: "Art. 117-A. À 8ª Vara Judicial, ora denominada Vara da FazendaPública é atribuída a competência da Fazenda Pública." Conflito de Competêncianº 1414126-7 4 Art. 3º. Fica alterado o Anexo I da Resolução nº 93/2013. Art. 4º.Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Grifou-se. Ainda, acercada nomenclatura e competência das varas judiciais do Estado do Paraná, dispõe oart. 5º da Resolução nº 93/2013: Art. 5º À vara judicial a que atribuída competênciada Fazenda Pública compete: I - processar e julgar as causas em que o Estado doParaná, os Municípios que integram a respectiva Comarca ou Foro, suas autarquias,sociedades de economia mista, empresas públicas ou fundações forem interessadosna condição de autores, réus, assistentes ou opoentes, bem assim as causas a elasconexas e as delas dependentes ou acessórias; II - processar e julgar os mandadosde segurança, os habeas data, as ações civis públicas e as ações populares contraato de autoridade estadual ou dos Municípios que integrem a respectiva Comarcaou Foro, representante de entidade autárquica, empresa pública, sociedade deeconomia mista ou fundação estadual ou municipal ou de pessoa natural ou jurídicacom funções delegadas do Poder Público estadual ou dos Municípios que integrema respectiva Comarca ou Foro; III - dar cumprimento às cartas de sua competência.Conflito de Competência nº 1414126-7 5 Extrai-se, da leitura dos dispositivos legaisacima citados, a ausência de previsão expressa acerca da competência federaldelegada. Entretanto, não se pode desconsiderar que a especialização levada aefeito pelo Órgão Especial se deu em razão da pessoa, ou seja, da competênciamaterial e, portanto possui caráter absoluto. Compreendendo-se como FazendaPública as pessoas jurídicas que compõem a Administração Pública, seja no âmbitoFederal, Estadual ou Municipal. Importante esclarecer que a ausência de previsãoexpressa na Resolução nº 93/2013 acerca da competência federal delegada para aVara da Fazenda Pública decorre do fato que, via de regra, no Estado do Paranáas Comarcas que possuem Vara da Fazenda Pública são sede de Vara Federal.Ressalta-se que embora exceção idêntica tenha sido verificada no Foro Regional deSão José dos Pinhais, a Resolução que determinou a competência atentou-se paraa peculiaridade da situação, disciplinando expressamente acerca da competênciafederal delegada. Veja-se a Resolução nº 36/2012: Art. 1º Ao Juízo da Vara deFazenda Pública do Foro Regional Conflito de Competência nº 1414126-7 6 deSão José dos Pinhais da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba competeprocessar e julgar: I - as causas em que o Estado do Paraná, os Municípios deSão José dos Pinhais e Tijucas do Sul, suas autarquias, sociedades de economiamista, empresas públicas ou fundações forem interessados na qualidade de autores,réus, assistentes ou oponentes, bem assim as causas a elas conexas e delasdependentes ou acessórias; II - os mandados de segurança, os habeas data, asações civis públicas e as ações populares contra ato de autoridade estadual ou dosMunicípios de São José dos Pinhais e Tijucas do Sul, representante de entidadeautárquica, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação estadualou municipal ou de pessoa natural ou jurídica com funções delegadas do PoderPúblico Estadual ou dos Municípios de São José dos Pinhais e Tijucas do Sul; III -as causas de competência federal delegada. Art. 2º Esta resolução entrará em vigorna data de sua publicação, com efeitos a partir da data de instalação da unidade.Parágrafo único. Após a instalação da unidade mencionada, os processos de suacompetência que atualmente tramitam perante as Vara Cíveis do mesmo Foro serãoa ela redistribuídos. Grifou-se. Conflito de Competência nº 1414126-7 7 Em que pesea constatada a omissão na Resolução nº 104/2014, atesta-se que esta não é óbicepara que seja atribuída à Vara da Fazenda Pública do Foro Regional de Colombo aresponsabilidade pelo julgamento das causas da competência delegada da União.Afinal, não há discussão acerca da natureza de pessoa jurídica integrante daAdministração Pública da União e, considerando que a competência foi determinadaem razão da pessoa, as causas em que a União é parte, por integrar a FazendaPública, devem ser julgadas pela vara especializada da Fazenda Pública. Como intuito de corroborar com esse entendimento, oportuno transcrever trecho dedecisão proferida pela Corregedoria- Geral da Justiça deste Tribunal de Justiça

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Curitiba, 12 de Agosto de 2015 - Edição nº 1627Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná

no pedido de providências nº 2014.0371295-6, quanto ao cumprimento de cartasprecatórias em que figurem como partes pessoas não elencadas em Resolução noForo Regional de São José dos Pinhais, veja-se: A interpretação de uma normapassa, necessariamente, pelo conhecimento da técnica legislativa, em especial, osrequisitos básicos definidos na Lei Complementar nº 95/1998. Nos termos do artigo10, inciso I, da norma citada acima, um ?artigo? é a unidade básica de articulaçãode uma lei, ou seja, é a célula, a menor fração que compõe o conteúdo Conflitode Competência nº 1414126-7 8 normativo finalístico do ato normativo. Não hálei sem artigo. Os parágrafos e incisos, por sua vez, são desdobramentos dospróprios ?artigos? e não da lei em si (inciso II) e não são obrigatórios. Servempara melhor explicitar ou definir exceções à matéria do ?caput?, que é o centro; oque define e modula a matéria a ser tratada no dispositivo legal, como um todo.Portanto, os incisos estão vinculados, necessariamente, ao ?caput? de um artigode lei ou de ato normativo e a forma mais correta de se interpretar essa sub- partesubordinada é não se afastar da sua unidade central. Nesse contexto, o incisoIII, do artigo 5º, da Resolução nº 93/2013-OE, objeto dos presentes autos - nãodeve ser interpretado com base no inciso I daquele dispositivo, mas sim levando-se em conta o conteúdo do "caput", qual seja, a atribuição genérica da FazendaPública. Deixando claro: as cartas precatórias que envolvem a Fazenda Públicaem geral (União, Estados, Municípios, suas autarquias, sociedades de economiamista, empresas públicas ou fundações forem interessados na condição de autores,réus, assistentes ou opoentes) devem ser cumpridas pelas Varas Judiciais comcompetência da Fazenda Pública, sem as restrições do inciso I, porque é essa ainterpretação mais razoável entre o inciso III e o caput do artigo 5º da Resoluçãonº 93/2013. Conflito de Competência nº 1414126-7 9 Nada obstante a competênciaora discutida caracterizar decorrência lógica dos ditames acima mencionados, em 24de novembro de 2014, o Órgão Especial editou a Resolução nº 117 com a seguinteredação: Art. 1º. Alterar o art. 4º da Resolução n° 104, de 26 de maio de 2014, quepassa a vigorar acrescido do parágrafo único, com a seguinte redação: "Art. 4º?Parágrafo único. A partir da data de instalação da 8ª Vara Judicial no Foro Regionalde Colombo, os processos de sua competência que tramitam perante as Varas Cíveisdo mesmo Foro serão a ela redistribuídos." Art. 2º. Esta Resolução entra em vigorna data de sua publicação, com efeitos retroativos à data da instalação da 8ª VaraJudicial do Foro Regional de Colombo. Grifou-se. No que tange a aplicabilidade doart. 87 do Código de Processo Civil e, por conseguinte do princípio da perpetuatiojurisdicionais, segundo o qual a competência é fixada no momento da propositura dademanda, consigna-se que esta regra é excepcionada no mesmo dispositivo legal,que assim dispõe em sua parte final: salvo quando suprimirem o órgão judiciárioou alterarem a competência em razão de matéria ou da hierarquia. Conflito deCompetência nº 1414126-7 10 Isso porque, a instalação de Vara especializadaaltera a competência em razão de matéria, espécie de competência absoluta fixadaem razão do interesse público, a qual é inderrogável, nos termos do art. 111,caput, do Código de Processo Civil2. Acerca do tema é o entendimento do SuperiorTribunal de Justiça: RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. ARTS. 87; 111;113, § 2º; E 511, TODOS DO CPC. ISENÇÃO DE CUSTAS. NULO DECISUMPROLATADO POR JUÍZO INCOMPETENTE. DESERTO RECURSO ESPECIALSEM COMPROVANTE DO RECOLHIMENTO DO PREPARO. INCIDÊNCIA DOENUNCIADO 187 DA SÚMULA DO STJ. 1. Nulo decisum prolatado por juízoincompetente (art. 113, § 2º, do CPC). 2. Competência é fixada no momento dapropositura da ação (art. 87, do CPC), excepcional a hipótese de alteração dacompetência em razão da matéria, a afastar o princípio da perpetuatio jurisdicionis.3. Competência absoluta não se prorroga (art. 111, do CPC), impõe-se, inclusive,declaração ex officio, o que ocorreu, no caso vertente. 4. Isenção de custasdeferida por juízo absolutamente incompetente não gera efeitos, porquanto evidentea nulidade do ato decisório 2 Art. 111. A competência em razão da matéria e dahierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar acompetência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostasas ações oriundas de direitos e obrigações. Conflito de Competência nº 1414126-711 (art. 113, § 2º, do CPC). 5. Insurgência, na via especial, sem comprovantedo recolhimento do preparo, resulta deserto (art. 511, do CPC). 6. Enunciado 187da Súmula do STJ. 7. Recurso especial não conhecido. (REsp 627.472/RS, Rel.Ministro CELSO LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTATURMA, julgado em 02/02/2010, DJe 22/02/2010). Grifou-se. No mesmo sentido esteÓrgão Julgador se manifestou nas Decisões Monocráticas nºs 1336092-8 (RelatorDes. Lauro Laertes de Oliveira, j. 06.03.2015), 1315056-2 (Relator Des. Silvio Dias,j. 11.03.2015), 1336032-2 (Relator Des. Stewalt Camargo Filho, j. 25.02.2015).Assim, deve ser declarada a competência da Vara da Fazenda Pública do ForoRegional de Colombo para o processamento e julgamento da presente execuçãofiscal. III. CONCLUSÃO Ante ao exposto, com fulcro no art. 120, parágrafo único, doCódigo de Processo Civil3, dou provimento ao Conflito 3 Parágrafo único. Havendojurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada, o relator poderádecidir de plano o conflito de competência, cabendo agravo, no prazo de cincodias, contado da intimação da decisão às partes, para o órgão recursal competente.Conflito de Competência nº 1414126-7 12 negativo de Competência suscitadopela Juíza de Direito da 1ª Vara Cível do Foro Regional da Comarca da RegiãoMetropolitana de Colombo. Oficie-se. Intime-se. Curitiba, 03 de agosto de 2015. JUIZCONV. CARLOS MAURICIO FERREIRA Relator0016 . Processo/Prot: 1414668-0 Conflito de Competência Cível (Gr/C.Int.). Protocolo: 2015/206717. Comarca: Foro Regional de Colombo da Comarcada Região Metropolitana de Curitiba. Vara: 1ª Vara Cível. Ação Originária:0001634-72.2007.8.16.0193 Execução Fiscal. Suscitante: Juiz de Direito da 1ª VaraCível do Foro Regional de colombo comarca da região metropolitana de curitiba.Suscitado: Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública do Foro Regional deColombo Comarca da Região Metropolitana de Curitiba. Interessado: União Federal.Advogado: Cristina Luisa Hedler. Interessado: Frimeira Carnes Distribuidora de

Produtos Alimenticios. Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível em Composição Integral.Relator: Des. Lauro Laertes de Oliveira. Relator Convocado: Juiz Subst. 2º G. CarlosMauricio Ferreira. Despacho: Descrição: Despachos DecisóriosCONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. 1ª VARA CÍVEL DOFORO REGIONAL DE COLOMBO. RESOLUÇÃO Nº 117/2014 QUEDETERMINOU A REDISTRIBUIÇÃO DOS PROCESSOS DA COMPETÊNCIAESPECIALIZADA QUE TRAMITAM PERANTE AS VARAS CÍVEIS. COMPETÊNCIAFEDERAL DELEGADA. PRESENÇA DE PESSOA JURÍDICA DE DIREITOPÚBLICO - UNIÃO. VARA DA FAZENDA. COMPETÊNCIA ABSOLUTAEM RAZÃO DA PESSOA.EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA "PERPETUATIOJURISDICTIONIS" (PARTE FINAL DO ART. 87 DO CÓDIGO DE PROCESSOCIVIL).PRECEDENTES DESTA CORTE. CONFLITO DE COMPETÊNCIAPROCEDENTE, COM A DECLARAÇÃO DA COMPETÊNCIA DA VARA DAFAZENDA PÚBLICA1 Em substituição ao Des. LAURO LAERTES DE OLIVEIRA.Conflito de Competência nº 1414668-0 2I. EXPOSIÇÃO FÁTICA Trata-se de conflitonegativo de competência suscitado pela Juíza de Direito da 1ª Vara Cível em facedo Juízo da Vara da Fazenda Pública, ambas do Foro Regional de Colombo daComarca da Região Metropolitana de Curitiba. Consta dos autos que em data de03 de março de 2007 a União ajuizou Execução Fiscal perante a 1ª Vara Cíveldo Foro Regional de Colombo. Conclusos os autos ao Juízo da Vara da FazendaPública do Foro Regional de Colombo, esse determinou a remessa dos autos à1ª Vara Cível da unidade, declinando a competência para julgamento do feito. Atoseguinte, a Magistrada da 1ª Vara Cível recebeu os autos e suscitou o presenteconflito negativo de competência. É o relatório. II. FUNDAMENTAÇÃO Cinge-se acontrovérsia acerca da análise de conflito negativo de competência entre o Juizde Direito da 1ª Vara Cível e o Conflito de Competência nº 1414668-0 3 Juiz deDireito da Vara da Fazenda Pública, ambas do Foro Regional de Colombo dacomarca da Região Metropolitana de Curitiba. Consigna-se, primeiramente, que aVara da Fazenda Pública do Foro Regional de Colombo teve a sua denominaçãoe competência disciplinadas na Resolução nº 104, datada de 26 de maio de 2014,do Órgão Especial, in verbis: Atribuir denominação e competência à 8ª Vara Judicialdo Foro Regional de Colombo da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba,que passa a ser denominada Vara da Fazenda Pública, alterando os artigos queespecifica da Resolução 93/2013, na forma a seguir: Art. 1º. Fica revogado oparágrafo único do artigo 112 e alterada a redação do artigo 113 da Resolução93/2013, que passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 112. ? Parágrafo único.Revogado Art. 113 - À 1ª e 2ª Varas Judiciais, ora e respectivamente denominadas1ª Vara Cível e 2ª Vara Cível é atribuída a competência Cível." Art. 2º. Fica alteradaa Resolução 93/2013, que passam a vigorar acrescida do artigo 117-A, com aseguinte redação: "Art. 117-A. À 8ª Vara Judicial, ora denominada Vara da FazendaPública é atribuída a competência da Fazenda Pública." Conflito de Competêncianº 1414668-0 4 Art. 3º. Fica alterado o Anexo I da Resolução nº 93/2013. Art. 4º.Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Grifou-se. Ainda, acercada nomenclatura e competência das varas judiciais do Estado do Paraná, dispõe oart. 5º da Resolução nº 93/2013: Art. 5º À vara judicial a que atribuída competênciada Fazenda Pública compete: I - processar e julgar as causas em que o Estado doParaná, os Municípios que integram a respectiva Comarca ou Foro, suas autarquias,sociedades de economia mista, empresas públicas ou fundações forem interessadosna condição de autores, réus, assistentes ou opoentes, bem assim as causas a elasconexas e as delas dependentes ou acessórias; II - processar e julgar os mandadosde segurança, os habeas data, as ações civis públicas e as ações populares contraato de autoridade estadual ou dos Municípios que integrem a respectiva Comarcaou Foro, representante de entidade autárquica, empresa pública, sociedade deeconomia mista ou fundação estadual ou municipal ou de pessoa natural ou jurídicacom funções delegadas do Poder Público estadual ou dos Municípios que integrema respectiva Comarca ou Foro; III - dar cumprimento às cartas de sua competência.Conflito de Competência nº 1414668-0 5 Extrai-se, da leitura dos dispositivos legaisacima citados, a ausência de previsão expressa acerca da competência federaldelegada. Entretanto, não se pode desconsiderar que a especialização levada aefeito pelo Órgão Especial se deu em razão da pessoa, ou seja, da competênciamaterial e, portanto possui caráter absoluto. Compreendendo-se como FazendaPública as pessoas jurídicas que compõem a Administração Pública, seja no âmbitoFederal, Estadual ou Municipal. Importante esclarecer que a ausência de previsãoexpressa na Resolução nº 93/2013 acerca da competência federal delegada para aVara da Fazenda Pública decorre do fato que, via de regra, no Estado do Paranáas Comarcas que possuem Vara da Fazenda Pública são sede de Vara Federal.Ressalta-se que embora exceção idêntica tenha sido verificada no Foro Regional deSão José dos Pinhais, a Resolução que determinou a competência atentou-se paraa peculiaridade da situação, disciplinando expressamente acerca da competênciafederal delegada. Veja-se a Resolução nº 36/2012: Art. 1º Ao Juízo da Vara deFazenda Pública do Foro Regional Conflito de Competência nº 1414668-0 6 deSão José dos Pinhais da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba competeprocessar e julgar: I - as causas em que o Estado do Paraná, os Municípios deSão José dos Pinhais e Tijucas do Sul, suas autarquias, sociedades de economiamista, empresas públicas ou fundações forem interessados na qualidade de autores,réus, assistentes ou oponentes, bem assim as causas a elas conexas e delasdependentes ou acessórias; II - os mandados de segurança, os habeas data, asações civis públicas e as ações populares contra ato de autoridade estadual ou dosMunicípios de São José dos Pinhais e Tijucas do Sul, representante de entidadeautárquica, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação estadualou municipal ou de pessoa natural ou jurídica com funções delegadas do PoderPúblico Estadual ou dos Municípios de São José dos Pinhais e Tijucas do Sul; III -as causas de competência federal delegada. Art. 2º Esta resolução entrará em vigorna data de sua publicação, com efeitos a partir da data de instalação da unidade.Parágrafo único. Após a instalação da unidade mencionada, os processos de sua

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Curitiba, 12 de Agosto de 2015 - Edição nº 1627Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná

competência que atualmente tramitam perante as Vara Cíveis do mesmo Foro serãoa ela redistribuídos. Grifou-se. Conflito de Competência nº 1414668-0 7 Em que pesea constatada a omissão na Resolução nº 104/2014, atesta-se que esta não é óbicepara que seja atribuída à Vara da Fazenda Pública do Foro Regional de Colombo aresponsabilidade pelo julgamento das causas da competência delegada da União.Afinal, não há discussão acerca da natureza de pessoa jurídica integrante daAdministração Pública da União e, considerando que a competência foi determinadaem razão da pessoa, as causas em que a União é parte, por integrar a FazendaPública, devem ser julgadas pela vara especializada da Fazenda Pública. Como intuito de corroborar com esse entendimento, oportuno transcrever trecho dedecisão proferida pela Corregedoria- Geral da Justiça deste Tribunal de Justiçano pedido de providências nº 2014.0371295-6, quanto ao cumprimento de cartasprecatórias em que figurem como partes pessoas não elencadas em Resolução noForo Regional de São José dos Pinhais, veja-se: A interpretação de uma normapassa, necessariamente, pelo conhecimento da técnica legislativa, em especial, osrequisitos básicos definidos na Lei Complementar nº 95/1998. Nos termos do artigo10, inciso I, da norma citada acima, um ?artigo? é a unidade básica de articulaçãode uma lei, ou seja, é a célula, a menor fração que compõe o conteúdo Conflitode Competência nº 1414668-0 8 normativo finalístico do ato normativo. Não hálei sem artigo. Os parágrafos e incisos, por sua vez, são desdobramentos dospróprios ?artigos? e não da lei em si (inciso II) e não são obrigatórios. Servempara melhor explicitar ou definir exceções à matéria do ?caput?, que é o centro; oque define e modula a matéria a ser tratada no dispositivo legal, como um todo.Portanto, os incisos estão vinculados, necessariamente, ao ?caput? de um artigode lei ou de ato normativo e a forma mais correta de se interpretar essa sub- partesubordinada é não se afastar da sua unidade central. Nesse contexto, o incisoIII, do artigo 5º, da Resolução nº 93/2013-OE, objeto dos presentes autos - nãodeve ser interpretado com base no inciso I daquele dispositivo, mas sim levando-se em conta o conteúdo do "caput", qual seja, a atribuição genérica da FazendaPública. Deixando claro: as cartas precatórias que envolvem a Fazenda Públicaem geral (União, Estados, Municípios, suas autarquias, sociedades de economiamista, empresas públicas ou fundações forem interessados na condição de autores,réus, assistentes ou opoentes) devem ser cumpridas pelas Varas Judiciais comcompetência da Fazenda Pública, sem as restrições do inciso I, porque é essa ainterpretação mais razoável entre o inciso III e o caput do artigo 5º da Resoluçãonº 93/2013. Conflito de Competência nº 1414668-0 9 Nada obstante a competênciaora discutida caracterizar decorrência lógica dos ditames acima mencionados, em 24de novembro de 2014, o Órgão Especial editou a Resolução nº 117 com a seguinteredação: Art. 1º. Alterar o art. 4º da Resolução n° 104, de 26 de maio de 2014, quepassa a vigorar acrescido do parágrafo único, com a seguinte redação: "Art. 4º?Parágrafo único. A partir da data de instalação da 8ª Vara Judicial no Foro Regionalde Colombo, os processos de sua competência que tramitam perante as Varas Cíveisdo mesmo Foro serão a ela redistribuídos." Art. 2º. Esta Resolução entra em vigorna data de sua publicação, com efeitos retroativos à data da instalação da 8ª VaraJudicial do Foro Regional de Colombo. Grifou-se. No que tange a aplicabilidade doart. 87 do Código de Processo Civil e, por conseguinte do princípio da perpetuatiojurisdicionais, segundo o qual a competência é fixada no momento da propositura dademanda, consigna-se que esta regra é excepcionada no mesmo dispositivo legal,que assim dispõe em sua parte final: salvo quando suprimirem o órgão judiciárioou alterarem a competência em razão de matéria ou da hierarquia. Conflito deCompetência nº 1414668-0 10 Isso porque, a instalação de Vara especializadaaltera a competência em razão de matéria, espécie de competência absoluta fixadaem razão do interesse público, a qual é inderrogável, nos termos do art. 111,caput, do Código de Processo Civil2. Acerca do tema é o entendimento do SuperiorTribunal de Justiça: RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. ARTS. 87; 111;113, § 2º; E 511, TODOS DO CPC. ISENÇÃO DE CUSTAS. NULO DECISUMPROLATADO POR JUÍZO INCOMPETENTE. DESERTO RECURSO ESPECIALSEM COMPROVANTE DO RECOLHIMENTO DO PREPARO. INCIDÊNCIA DOENUNCIADO 187 DA SÚMULA DO STJ. 1. Nulo decisum prolatado por juízoincompetente (art. 113, § 2º, do CPC). 2. Competência é fixada no momento dapropositura da ação (art. 87, do CPC), excepcional a hipótese de alteração dacompetência em razão da matéria, a afastar o princípio da perpetuatio jurisdicionis.3. Competência absoluta não se prorroga (art. 111, do CPC), impõe-se, inclusive,declaração ex officio, o que ocorreu, no caso vertente. 4. Isenção de custasdeferida por juízo absolutamente incompetente não gera efeitos, porquanto evidentea nulidade do ato decisório 2 Art. 111. A competência em razão da matéria e dahierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar acompetência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostasas ações oriundas de direitos e obrigações. Conflito de Competência nº 1414668-011 (art. 113, § 2º, do CPC). 5. Insurgência, na via especial, sem comprovantedo recolhimento do preparo, resulta deserto (art. 511, do CPC). 6. Enunciado 187da Súmula do STJ. 7. Recurso especial não conhecido. (REsp 627.472/RS, Rel.Ministro CELSO LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTATURMA, julgado em 02/02/2010, DJe 22/02/2010). Grifou-se. No mesmo sentido esteÓrgão Julgador se manifestou nas Decisões Monocráticas nºs 1336092-8 (RelatorDes. Lauro Laertes de Oliveira, j. 06.03.2015), 1315056-2 (Relator Des. Silvio Dias,j. 11.03.2015), 1336032-2 (Relator Des. Stewalt Camargo Filho, j. 25.02.2015).Assim, deve ser declarada a competência da Vara da Fazenda Pública do ForoRegional de Colombo para o processamento e julgamento da presente execuçãofiscal. III. CONCLUSÃO Ante ao exposto, com fulcro no art. 120, parágrafo único, doCódigo de Processo Civil3, dou provimento ao Conflito 3 Parágrafo único. Havendojurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada, o relator poderádecidir de plano o conflito de competência, cabendo agravo, no prazo de cincodias, contado da intimação da decisão às partes, para o órgão recursal competente.Conflito de Competência nº 1414668-0 12 negativo de Competência suscitado

pela Juíza de Direito da 1ª Vara Cível do Foro Regional da Comarca da RegiãoMetropolitana de Colombo. Oficie-se. Intime-se. Curitiba, 04 de agosto de 2015. JUIZCONV. CARLOS MAURICIO FERREIRA Relator0017 . Processo/Prot: 1415521-6 Conflito de Competência Cível (Gr/C.Int.). Protocolo: 2015/205633. Comarca: Foro Regional de Colombo da Comarcada Região Metropolitana de Curitiba. Vara: 1ª Vara Cível. Ação Originária:0007478-71.2011.8.16.0028 Execução Fiscal. Suscitante: Juiz de Direito da 1ª VaraCível do Foro Regional de colombo comarca da região metropolitana de curitiba.Suscitado: Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública do Foro Regional deColombo Comarca da Região Metropolitana de Curitiba. Interessado: União Federal.Advogado: Marcia Aparecida Cotta. Interessado: Valdeir Felix de Abreu. ÓrgãoJulgador: 2ª Câmara Cível em Composição Integral. Relator: Des. Lauro Laertes deOliveira. Relator Convocado: Juiz Subst. 2º G. Carlos Mauricio Ferreira. Despacho:Descrição: Despachos DecisóriosCONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. 1ª VARA CÍVEL DOFORO REGIONAL DE COLOMBO. RESOLUÇÃO Nº 117/2014 QUEDETERMINOU A REDISTRIBUIÇÃO DOS PROCESSOS DA COMPETÊNCIAESPECIALIZADA QUE TRAMITAM PERANTE AS VARAS CÍVEIS. COMPETÊNCIAFEDERAL DELEGADA. PRESENÇA DE PESSOA JURÍDICA DE DIREITOPÚBLICO - UNIÃO. VARA DA FAZENDA. COMPETÊNCIA ABSOLUTAEM RAZÃO DA PESSOA.EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA "PERPETUATIOJURISDICTIONIS" (PARTE FINAL DO ART. 87 DO CÓDIGO DE PROCESSOCIVIL).PRECEDENTES DESTA CORTE. CONFLITO DE COMPETÊNCIAPROCEDENTE, COM A DECLARAÇÃO DA COMPETÊNCIA DA VARA DAFAZENDA PÚBLICA1 Em substituição ao Des. LAURO LAERTES DE OLIVEIRA.Conflito de Competência nº 1415521-6 2I. EXPOSIÇÃO FÁTICA Trata-se de conflitonegativo de competência suscitado pela Juíza de Direito da 1ª Vara Cível em facedo Juízo da Vara da Fazenda Pública, ambas do Foro Regional de Colombo daComarca da Região Metropolitana de Curitiba. Consta dos autos que em data de13 de julho de 2011 a União ajuizou Execução Fiscal perante a 1ª Vara Cível doForo Regional de Colombo. Conclusos os autos ao Juízo da Vara da FazendaPública do Foro Regional de Colombo, esse determinou a remessa dos autos à1ª Vara Cível da unidade, declinando a competência para julgamento do feito. Atoseguinte, a Magistrada da 1ª Vara Cível recebeu os autos e suscitou o presenteconflito negativo de competência. É o relatório. II. FUNDAMENTAÇÃO Cinge-se acontrovérsia acerca da análise de conflito negativo de competência entre o Juizde Direito da 1ª Vara Cível e o Conflito de Competência nº 1415521-6 3 Juiz deDireito da Vara da Fazenda Pública, ambas do Foro Regional de Colombo dacomarca da Região Metropolitana de Curitiba. Consigna-se, primeiramente, que aVara da Fazenda Pública do Foro Regional de Colombo teve a sua denominaçãoe competência disciplinadas na Resolução nº 104, datada de 26 de maio de 2014,do Órgão Especial, in verbis: Atribuir denominação e competência à 8ª Vara Judicialdo Foro Regional de Colombo da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba,que passa a ser denominada Vara da Fazenda Pública, alterando os artigos queespecifica da Resolução 93/2013, na forma a seguir: Art. 1º. Fica revogado oparágrafo único do artigo 112 e alterada a redação do artigo 113 da Resolução93/2013, que passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 112. ? Parágrafo único.Revogado Art. 113 - À 1ª e 2ª Varas Judiciais, ora e respectivamente denominadas1ª Vara Cível e 2ª Vara Cível é atribuída a competência Cível." Art. 2º. Fica alteradaa Resolução 93/2013, que passam a vigorar acrescida do artigo 117-A, com aseguinte redação: "Art. 117-A. À 8ª Vara Judicial, ora denominada Vara da FazendaPública é atribuída a competência da Fazenda Pública." Conflito de Competêncianº 1415521-6 4 Art. 3º. Fica alterado o Anexo I da Resolução nº 93/2013. Art. 4º.Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Grifou-se. Ainda, acercada nomenclatura e competência das varas judiciais do Estado do Paraná, dispõe oart. 5º da Resolução nº 93/2013: Art. 5º À vara judicial a que atribuída competênciada Fazenda Pública compete: I - processar e julgar as causas em que o Estado doParaná, os Municípios que integram a respectiva Comarca ou Foro, suas autarquias,sociedades de economia mista, empresas públicas ou fundações forem interessadosna condição de autores, réus, assistentes ou opoentes, bem assim as causas a elasconexas e as delas dependentes ou acessórias; II - processar e julgar os mandadosde segurança, os habeas data, as ações civis públicas e as ações populares contraato de autoridade estadual ou dos Municípios que integrem a respectiva Comarcaou Foro, representante de entidade autárquica, empresa pública, sociedade deeconomia mista ou fundação estadual ou municipal ou de pessoa natural ou jurídicacom funções delegadas do Poder Público estadual ou dos Municípios que integrema respectiva Comarca ou Foro; III - dar cumprimento às cartas de sua competência.Conflito de Competência nº 1415521-6 5 Extrai-se, da leitura dos dispositivos legaisacima citados, a ausência de previsão expressa acerca da competência federaldelegada. Entretanto, não se pode desconsiderar que a especialização levada aefeito pelo Órgão Especial se deu em razão da pessoa, ou seja, da competênciamaterial e, portanto possui caráter absoluto. Compreendendo-se como FazendaPública as pessoas jurídicas que compõem a Administração Pública, seja no âmbitoFederal, Estadual ou Municipal. Importante esclarecer que a ausência de previsãoexpressa na Resolução nº 93/2013 acerca da competência federal delegada para aVara da Fazenda Pública decorre do fato que, via de regra, no Estado do Paranáas Comarcas que possuem Vara da Fazenda Pública são sede de Vara Federal.Ressalta-se que embora exceção idêntica tenha sido verificada no Foro Regional deSão José dos Pinhais, a Resolução que determinou a competência atentou-se paraa peculiaridade da situação, disciplinando expressamente acerca da competênciafederal delegada. Veja-se a Resolução nº 36/2012: Art. 1º Ao Juízo da Vara deFazenda Pública do Foro Regional Conflito de Competência nº 1415521-6 6 deSão José dos Pinhais da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba competeprocessar e julgar: I - as causas em que o Estado do Paraná, os Municípios deSão José dos Pinhais e Tijucas do Sul, suas autarquias, sociedades de economia

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Curitiba, 12 de Agosto de 2015 - Edição nº 1627Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná

mista, empresas públicas ou fundações forem interessados na qualidade de autores,réus, assistentes ou oponentes, bem assim as causas a elas conexas e delasdependentes ou acessórias; II - os mandados de segurança, os habeas data, asações civis públicas e as ações populares contra ato de autoridade estadual ou dosMunicípios de São José dos Pinhais e Tijucas do Sul, representante de entidadeautárquica, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação estadualou municipal ou de pessoa natural ou jurídica com funções delegadas do PoderPúblico Estadual ou dos Municípios de São José dos Pinhais e Tijucas do Sul; III -as causas de competência federal delegada. Art. 2º Esta resolução entrará em vigorna data de sua publicação, com efeitos a partir da data de instalação da unidade.Parágrafo único. Após a instalação da unidade mencionada, os processos de suacompetência que atualmente tramitam perante as Vara Cíveis do mesmo Foro serãoa ela redistribuídos. Grifou-se. Conflito de Competência nº 1415521-6 7 Em que pesea constatada a omissão na Resolução nº 104/2014, atesta-se que esta não é óbicepara que seja atribuída à Vara da Fazenda Pública do Foro Regional de Colombo aresponsabilidade pelo julgamento das causas da competência delegada da União.Afinal, não há discussão acerca da natureza de pessoa jurídica integrante daAdministração Pública da União e, considerando que a competência foi determinadaem razão da pessoa, as causas em que a União é parte, por integrar a FazendaPública, devem ser julgadas pela vara especializada da Fazenda Pública. Como intuito de corroborar com esse entendimento, oportuno transcrever trecho dedecisão proferida pela Corregedoria- Geral da Justiça deste Tribunal de Justiçano pedido de providências nº 2014.0371295-6, quanto ao cumprimento de cartasprecatórias em que figurem como partes pessoas não elencadas em Resolução noForo Regional de São José dos Pinhais, veja-se: A interpretação de uma normapassa, necessariamente, pelo conhecimento da técnica legislativa, em especial, osrequisitos básicos definidos na Lei Complementar nº 95/1998. Nos termos do artigo10, inciso I, da norma citada acima, um ?artigo? é a unidade básica de articulaçãode uma lei, ou seja, é a célula, a menor fração que compõe o conteúdo Conflitode Competência nº 1415521-6 8 normativo finalístico do ato normativo. Não hálei sem artigo. Os parágrafos e incisos, por sua vez, são desdobramentos dospróprios ?artigos? e não da lei em si (inciso II) e não são obrigatórios. Servempara melhor explicitar ou definir exceções à matéria do ?caput?, que é o centro; oque define e modula a matéria a ser tratada no dispositivo legal, como um todo.Portanto, os incisos estão vinculados, necessariamente, ao ?caput? de um artigode lei ou de ato normativo e a forma mais correta de se interpretar essa sub- partesubordinada é não se afastar da sua unidade central. Nesse contexto, o incisoIII, do artigo 5º, da Resolução nº 93/2013-OE, objeto dos presentes autos - nãodeve ser interpretado com base no inciso I daquele dispositivo, mas sim levando-se em conta o conteúdo do "caput", qual seja, a atribuição genérica da FazendaPública. Deixando claro: as cartas precatórias que envolvem a Fazenda Públicaem geral (União, Estados, Municípios, suas autarquias, sociedades de economiamista, empresas públicas ou fundações forem interessados na condição de autores,réus, assistentes ou opoentes) devem ser cumpridas pelas Varas Judiciais comcompetência da Fazenda Pública, sem as restrições do inciso I, porque é essa ainterpretação mais razoável entre o inciso III e o caput do artigo 5º da Resoluçãonº 93/2013. Conflito de Competência nº 1415521-6 9 Nada obstante a competênciaora discutida caracterizar decorrência lógica dos ditames acima mencionados, em 24de novembro de 2014, o Órgão Especial editou a Resolução nº 117 com a seguinteredação: Art. 1º. Alterar o art. 4º da Resolução n° 104, de 26 de maio de 2014, quepassa a vigorar acrescido do parágrafo único, com a seguinte redação: "Art. 4º?Parágrafo único. A partir da data de instalação da 8ª Vara Judicial no Foro Regionalde Colombo, os processos de sua competência que tramitam perante as Varas Cíveisdo mesmo Foro serão a ela redistribuídos." Art. 2º. Esta Resolução entra em vigorna data de sua publicação, com efeitos retroativos à data da instalação da 8ª VaraJudicial do Foro Regional de Colombo. Grifou-se. No que tange a aplicabilidade doart. 87 do Código de Processo Civil e, por conseguinte do princípio da perpetuatiojurisdicionais, segundo o qual a competência é fixada no momento da propositura dademanda, consigna-se que esta regra é excepcionada no mesmo dispositivo legal,que assim dispõe em sua parte final: salvo quando suprimirem o órgão judiciárioou alterarem a competência em razão de matéria ou da hierarquia. Conflito deCompetência nº 1415521-6 10 Isso porque, a instalação de Vara especializadaaltera a competência em razão de matéria, espécie de competência absoluta fixadaem razão do interesse público, a qual é inderrogável, nos termos do art. 111,caput, do Código de Processo Civil2. Acerca do tema é o entendimento do SuperiorTribunal de Justiça: RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. ARTS. 87; 111;113, § 2º; E 511, TODOS DO CPC. ISENÇÃO DE CUSTAS. NULO DECISUMPROLATADO POR JUÍZO INCOMPETENTE. DESERTO RECURSO ESPECIALSEM COMPROVANTE DO RECOLHIMENTO DO PREPARO. INCIDÊNCIA DOENUNCIADO 187 DA SÚMULA DO STJ. 1. Nulo decisum prolatado por juízoincompetente (art. 113, § 2º, do CPC). 2. Competência é fixada no momento dapropositura da ação (art. 87, do CPC), excepcional a hipótese de alteração dacompetência em razão da matéria, a afastar o princípio da perpetuatio jurisdicionis.3. Competência absoluta não se prorroga (art. 111, do CPC), impõe-se, inclusive,declaração ex officio, o que ocorreu, no caso vertente. 4. Isenção de custasdeferida por juízo absolutamente incompetente não gera efeitos, porquanto evidentea nulidade do ato decisório 2 Art. 111. A competência em razão da matéria e dahierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar acompetência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostasas ações oriundas de direitos e obrigações. Conflito de Competência nº 1415521-611 (art. 113, § 2º, do CPC). 5. Insurgência, na via especial, sem comprovantedo recolhimento do preparo, resulta deserto (art. 511, do CPC). 6. Enunciado 187da Súmula do STJ. 7. Recurso especial não conhecido. (REsp 627.472/RS, Rel.Ministro CELSO LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTATURMA, julgado em 02/02/2010, DJe 22/02/2010). Grifou-se. No mesmo sentido este

Órgão Julgador se manifestou nas Decisões Monocráticas nºs 1336092-8 (RelatorDes. Lauro Laertes de Oliveira, j. 06.03.2015), 1315056-2 (Relator Des. Silvio Dias,j. 11.03.2015), 1336032-2 (Relator Des. Stewalt Camargo Filho, j. 25.02.2015).Assim, deve ser declarada a competência da Vara da Fazenda Pública do ForoRegional de Colombo para o processamento e julgamento da presente execuçãofiscal. III. CONCLUSÃO Ante ao exposto, com fulcro no art. 120, parágrafo único, doCódigo de Processo Civil3, dou provimento ao Conflito 3 Parágrafo único. Havendojurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada, o relator poderádecidir de plano o conflito de competência, cabendo agravo, no prazo de cincodias, contado da intimação da decisão às partes, para o órgão recursal competente.Conflito de Competência nº 1415521-6 12 negativo de Competência suscitadopela Juíza de Direito da 1ª Vara Cível do Foro Regional da Comarca da RegiãoMetropolitana de Colombo. Oficie-se. Intime-se. Curitiba, 04 de agosto de 2015. JUIZCONV. CARLOS MAURICIO FERREIRA Relator0018 . Processo/Prot: 1416245-5 Conflito de Competência Cível (Gr/C.Int.). Protocolo: 2015/206925. Comarca: Foro Regional de Colombo da Comarcada Região Metropolitana de Curitiba. Vara: 1ª Vara Cível. Ação Originária:0000968-71.2007.8.16.0193 Execução Fiscal. Suscitante: Juiz de Direito da 1ª VaraCível do Foro Regional de colombo comarca da região metropolitana de curitiba.Suscitado: Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública do Foro Regional deColombo Comarca da Região Metropolitana de Curitiba. Interessado: União Federal.Advogado: Luiz Roberto Biora. Interessado: Frigo Vem Distribuidora de Carnes LtdaMe. Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível em Composição Integral. Relator: Des. SilvioDias. Relator Convocado: Juiz Subst. 2º G. Fabio Andre Santos Muniz. Despacho:Descrição: Despachos DecisóriosCONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTRE O JUIZ DE DIREITO DA FAZENDAPÚBLICA E O JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DECOLOMBO.CRIAÇÃO DE VARA ESPECIALIZADA APÓS A DISTRIBUIÇÃO DAAÇÃO. ADVENTO DA RESOLUÇÃO 117/2014. CONFLITO DE COMPETÊNCIAPROCEDENTE. COMPETÊNCIA DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA. Vistos,relatados e discutidos estes autos de conflito de competência nº 1416245-5, em queé suscitado Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública do Foro Regional de Colomboda Comarca da Região Metropolitana de Curitiba e suscitante Juiz de Direito da1ª Vara Cível do Foro Regional de Colombo da Comarca da Região Metropolitanade Curitiba. I. Trata-se de execução fiscal ajuizada pela União em que o Juiz deDireito da Vara da Fazenda Pública do Foro Regional de Colombo da Comarcada Região Metropolitana de Curitiba e o Juiz de Direito da 1ª Vara Cível do ForoRegional de Colombo da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba se declaramincompetentes para o julgamento do feito. É o relatório. A ação foi distribuída a1ª Vara Cível do Foro Regional de Colombo da Comarca da Região Metropolitanade Curitiba em 18/07/2007. O feito foi redistribuído ao Juiz de Direito da Vara daFazenda Pública do Foro Regional de Colombo da Comarca da Região Metropolitanade Curitiba em razão da criação da vara especializada. A Vara da Fazenda Públicado Foro Regional de Colombo da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba foicriada pela Lei 17.436/2012. Suas competências foram delimitadas pela Resoluçãonº 93/2013 e alteradas pela Resolução 104/2014 e117/2014. A instalação e o iníciodas atividades ocorreram apenas em 11 de novembro de 2014, após a revogação doDecreto Judiciário º 117-DM que suspendia as atividades. O conflito de competênciaé procedente em razão do advento da Resolução nº 104/2014: Art. 1º. Alterar o art.4º da Resolução n° 104, de 26 de maio de 2014, que passa a vigorar acrescido doparágrafo único, com a seguinte redação: "Art. 4º? Parágrafo único. A partir da datade instalação da 8ª Vara Judicial no Foro Regional de Colombo, os processos desua competência que tramitam perante as Varas Cíveis do mesmo Foro serão a elaredistribuídos." Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação,com efeitos retroativos à data da instalação da 8ª Vara Judicial do Foro Regionalde Colombo." Neste sentido este Tribunal tem inúmeros precedentes: Conflitonegativo de competência - Execução fiscal ajuizada pela União - Demanda distribuídaoriginariamente à Vara da Fazenda Pública de Colombo. 1. Competência federaldelegada prevista no artigo 109, parágrafo 3.º, da Constituição Federal e no artigo 15,inciso I, da Lei n.º 5.010/1996 - Necessidade de interpretação teleológica do artigo 5.ºda Resolução n.º 93/2013 do Órgão Especial deste Tribunal de Justiça - Competênciadas Varas da Fazenda Pública do Estado do Paraná para processar e julgar,nas comarcas onde não funcionar Vara da Justiça Federal, as execuções fiscaispropostas pela União que se reconhece. 2. Competência do Juízo suscitado (Varada Fazenda Pública) que se declara. Conflito de competência procedente. (TJPR -3ª C.Cível em Composição Integral - CC - 1351569-0 - Colombo - Rel.: Rabello Filho- Unânime - - J. 21.07.2015) CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. CARTAPRECATÓRIA ORIGINADA DE AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL.FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SANTA CATARINA. CUMPRIMENTO.CONFLITO ENTRE JUÍZO CÍVEL E DA FAZENDA PÚBLICA. ART. 4º E 5ºDA RESOLUÇÃO Nº 93/2013 DO TJPR. INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICADADA PELA CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA. PRECEDENTES. JUÍZOCOMPETENTE. VARA DA FAZENDA DE COLOMBO. CONFLITO PROCEDENTE.(TJPR - 3ª C.Cível em Composição Integral - CC - 1382543-9 - Colombo -Rel.: Vicente Del Prete Misurelli - Unânime - - J. 21.07.2015) CONFLITO DECOMPETÊNCIA N. 1317766-1, DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO FOROREGIONAL DE COLOMBO DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DECURITIBA.SUSCITANTE: JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DOFORO REGIONAL DE COLOMBO DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANADE CURITIBA.SUSCITADO: JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL E ANEXOS DOFORO REGIONAL DE COLOMBO DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANADE CURITIBA.RELATOR: DES. SALVATORE ANTONIO ASTUTI.Processo civil.Conflito de competência cível. Execução Fiscal. Ajuizamento junto à Vara Cível.Posterior criação da Vara da Fazenda no Foro Regional de Colombo. Resoluçãon. 117/2014, do Órgão Especial. Redistribuição.Competência absoluta em razão

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Curitiba, 12 de Agosto de 2015 - Edição nº 1627Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná

da matéria. Vara da Fazenda Pública. Competência do juiz suscitante. Conflitoimprocedente. (TJPR - 1ª C.Cível em Composição Integral - CC - 1317766-1 -Colombo - Rel.: Salvatore Antonio Astuti - Unânime - - J. 21.07.2015) CONFLITODE COMPETÊNCIA N. 1322263-8, DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DOFORO REGIONAL DE COLOMBO DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANADE CURITIBA.SUSCITANTE: JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDAPÚBLICA DO FORO REGIONAL DE COLOMBO DA COMARCA DA REGIÃOMETROPOLITANA DE CURITIBA.SUSCITADO: JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARACÍVEL E ANEXOS DO FORO REGIONAL DE COLOMBO DA COMARCADA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA.RELATOR: DES. SALVATOREANTONIO ASTUTI.Processo civil. Conflito de competência cível. Execução Fiscal.Ajuizamento junto à Vara Cível. Posterior criação da Vara da Fazenda no ForoRegional de Colombo.Resolução n. 117/2014, do Órgão Especial.Redistribuição.Competência absoluta em razão da matéria. Vara da Fazenda Pública. Competênciado juiz suscitante. Conflito improcedente. (TJPR - 1ª C.Cível em ComposiçãoIntegral - CC - 1322263-8 - Colombo - Rel.: Salvatore Antonio Astuti - Unânime -- J. 14.07.2015) CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO ORDINÁRIAPARA DEFESA DO DIREITO À SAÚDE. TRÂMITE INICIAL PERANTE A VARACÍVEL. JUÍZO DA VARA CÍVEL QUE DETERMINA REDISTRIBUIÇÃO AO JUÍZODA VARA DA FAZENDA PÚBLICA. CRIAÇÃO E INSTALAÇÃO DA VARA DAFAZENDA PÚBLICA DO FORO REGIONAL DE COLOMBO. POSSILIDADE DEREDISTRIBUIÇÃO. COMPETÊNCIA ABSOLUTA EM RAZÃO DA MATÉRIA E DAPESSOA.RESOLUÇÃO Nº 117/2014 DO ORGÃO ESPECIAL DESTE TJPR. ART.4º.DETERMINAÇÃO DE REDISTRIBUIÇÃO DOS FEITOS EM ANDAMENTO NASVARAS CÍVES PARA A VARA DA FAZENDA PÚBLICA. EFEITO RETROATIVO ÀDATA DA INSTALAÇÃO DA VARA. LEGALIDADE.CONFLITO IMPROCEDENTE.(TJPR - 5ª C.Cível em Composição Integral - CC - 1318045-1 - Colombo - Rel.:Nilson Mizuta - Unânime - - J. 23.06.2015) CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTREO JUIZ DE DIREITO DA FAZENDA PÚBLICA E O JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARACÍVEL DA COMARCA DE COLOMBO. CRIAÇÃO DE VARA ESPECIALIZADA APÓSA DISTRIBUIÇÃO DA AÇÃO. ADVENTO DA RESOLUÇÃO 117/2014.CONFLITODE COMPETÊNCIA PREJUDICADO.COMPETÊNCIA DA VARA DA FAZENDAPÚBLICA. (TJPR - 1ª C.Cível em Composição Integral - CC - 1378286-0 - Colombo- Rel.: Fabio Andre Santos Muniz - Unânime - - J. 02.06.2015) Assim, como adecisão do Juiz da Fazenda Pública que declinou da competência está em confrontocom posição sólida desta Corte em sentido contrário, julgo procedente o conflito decompetência para reconhece-la como do Juízo da Vara da Fazenda, nos termos doart. 120, parágrafo único, do CPC. Curitiba, 06 de agosto de 2015. Juiz Conv. FábioAndré Santos Muniz, Relator0019 . Processo/Prot: 1416686-6 Agravo de Instrumento. Protocolo: 2015/227977. Comarca: Região Metropolitana de Maringá - ForoCentral de Maringá. Vara: 2ª Vara da Fazenda Pública. Ação Originária:0004179-46.2015.8.16.0190 Reparação de Danos. Agravante: Ângela MariaNogueira, Alice Angelina Domingues, Angelo Cassulo, Angelo Castro Vellas, AngeloRoque Valario, Geraldo Alves de Souza, Joana Cleuza Trovo, Valdenor Bento daSilva. Advogado: Silvio Luiz Januário. Agravado: Município de Maringá, MaringáPrevidência. Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível. Relator: Des. Antônio RenatoStrapasson. Relator Convocado: Juíza Subst. 2º G. Josély Dittrich Ribas. Despacho:Vistos. Peço Dia Para Julgamento.RELATÓRIO Trata-se de agravo de instrumento interposto por ÂNGELA MARIANOGUEIRA E OUTROS em face da r. decisão de fls. 161/167- TJ, proferida nosautos n.º 0004179-46.2015.8.16.0190, por meio da qual o MM. Juiz de Direitoindeferiu o pedido de justiça gratuita. Em suas razões recursais, os agravantessustentam (fls. 04/18), em síntese, que: a) instruíram o pedido de concessão deassistência judiciária com a declaração de hipossuficiência e cópia dos holeritese das carteiras profissionais, porém o Juiz a quo considerou, inicialmente, que adocumentação não se revelava hábil à comprovação da insuficiência de recursos,sendo necessária a apresentação da última declaração de imposto de renda oudo último comprovante de salário (fl. 153); b) a atual remuneração dos autoresé apurável mediante acréscimo de 7,68%, referente ao reajuste concedido em01/03/2015; c) os autores cumpriram com o disposto art. 4º da Lei nº 1.060/50; d) anão concessão do pedido enseja a necessidade não só do rateio das custas iniciais,mas também de pagamento das custas em todas as instâncias; e) a formação delitisconsórcio ativo facultativo não obsta a concessão da justiça gratuita; f) estãopresentes os requisitos necessários à atribuição de efeito suspensivo ao recurso.Requereram o recebimento do recurso com atribuição de efeito suspensivo e o seuprovimento ao final, com a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita.É o relatório. Presentes os pressupostos legais, defiro o processamento do recurso.De acordo com os termos do art. 527, III, do CPC, o relator poderá suspendero cumprimento da decisão e também antecipar os efeitos da pretensão recursal,desde que presentes dois pressupostos simultâneos: "a relevância da motivação doagravo, o que implica prognóstico acerca do futuro julgamento do recurso no órgãofracionário, e o receio de lesão grave e de difícil reparação resultante do cumprimentoda decisão agravada até o julgamento definitivo do agravo"1. Na espécie, diante dadeclaração de miserabilidade apresentada, há presunção relativa de hipossuficiênciaeconômica dos autores, consoante os termos do disposto no artigo 4º, §1º, da Leinº 1.060/50. A par disso, os agravantes ALICE ANGELINA DOMINGUES, ANGELOCASSULA, ANGELO CASTRO VELLAS, ANGELO ROQUE VALARIO, GERALDOALVES DE SOUZA, JOANA CLEUZA TROVO e VALDENOR BENTO DA SILVA,conforme documentos de fls. 78, 99, 108, 120, 128, 140 e 152- TJ, comprovaramter recebido valores inferiores a R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) mensais,considerado por esta Câmara como teto máximo de remuneração líquida parafazer jus aos benefícios da assistência judiciária gratuita2. Em relação à autoraANGELA MARIA NOGUEIRA, verifica-se que a média dos vencimentos líquidoscorresponde a R$ 3.539,48, sendo, portanto, R$ 39,48 superior ao já mencionado

parâmetro. Contudo, considerando-se que no holerite mais recente a remuneraçãolíquida correspondeu a R$ 2.867,73 (fl. 89), a priori, a recorrente também não teriaafastada a presunção de veracidade que emana da declaração firmada. A par disso,o receio de lesão grave ou de difícil reparação resta evidente, eis que a decisãoagravada determinou o cancelamento da distribuição caso a parte autora não efetueo preparo das custas no prazo de trinta dias (fl. 167-TJ). Assim sendo, DEFIRO opedido de concessão de efeito suspensivo até ulterior deliberação do Colegiado.Comunique-se ao d. Juízo de origem, via sistema mensageiro, o teor desta decisão.Dispenso as informações do Juízo de origem e, por conseguinte, desde logo peçodia para julgamento. Autorizo a chefia da Divisão Cível a assinar os necessáriosexpedientes. Intimem-se. Curitiba, 06 de agosto de 2015. JUÍZA CONVª JOSÉLYDITTRICH RIBAS, Relatora0020 . Processo/Prot: 1417571-4 Agravo de Instrumento. Protocolo: 2015/228997. Comarca: Guarapuava. Vara: 1ª Vara Cível e da FazendaPública. Ação Originária: 0009251-50.2008.8.16.0031 Execução Fiscal. Agravante:Estado do Paraná. Advogado: Adriana Ribeiro Gonçalves de Mendonça Mori, ElpídioRodrigues Garcia Júnior, Claudio Moreira Philomeno Gomes Neto, Anita CarusoPuchta, Tereza Cristina Marinoni Freire. Agravado: Diniz Indústria e Comércio Ltda,Junior Diniz Fagundes. Órgão Julgador: 2ª Câmara Cível. Relator: Des. AntônioRenato Strapasson. Relator Convocado: Juíza Subst. 2º G. Josély Dittrich Ribas.Despacho: Cumpra-se o venerando despacho.RELATÓRIO Cuida-se de agravo de instrumento interposto pelo ESTADO DOPARANÁ em face da r. decisão de fls. 50/70-TJ, proferida nos autos n.º0009251-50.2008.8.16.0031, de execução fiscal, por meio da qual o MM. Juiz deDireito a quo determinou à Fazenda Pública do Estado do Paraná a antecipaçãodas custas de diligências a serem realizadas pelo oficial de justiça, sob pena desuspensão do feito. Inconformado, o agravante sustenta, em síntese, que: a) aexecução fiscal tramita em vara estatizada, na qual há servidores que recebem aindenização de transporte por utilização de meios próprios de locomoção, previstano art. 16 da Lei nº 16.023/08, aos quais caberia o cumprimento do mandado sem anecessidade de adiantamento de despesas pela Fazenda Pública, conforme prevêo art. 39 da Lei nº 6.830/80 e art. 27 do CPC; b) a Central de Mandados nãotem previsão legal e a distribuição aleatória entre todos os oficiais de justiça etécnicos judiciários com a mesma atribuição não pode acarretar prejuízos à FazendaPública, situação que implica violação aos princípios da legalidade, eficiência,razoabilidade, TRIBUNAL DE JUSTIÇA Agravo de Instrumento nº 1.417.571-4- 2ª Câmara Cível ________________________________________2 ESTADODO PARANÁ proporcionalidade, isonomia e supremacia do interesse público; c)não se cogita o adiantamento das despesas antes ou depois da distribuição domandado; d) a decisão recorrida pressupõe a má-fé da Fazenda Pública no casode distribuição a oficial de justiça; e) a jurisprudência deste Tribunal se pacificouno sentido de que, havendo linhas de transporte coletivo que abranja o local dadiligência, não será devido o adiantamento; f) há transporte coletivo com linhasregulares possibilitando o cumprimento da diligência; g) é possível a nomeação deoficial de justiça ad hoc (item 9.1.10 do CNCGJ) ou o exequente pode fornecercondução para os servidores da Justiça (art. 44 da Lei nº 6.149/70); h) descabidaa determinação para antecipação genérica de custas (item 9.4.8 do CNCGJ);i) estão presentes os requisitos necessários à atribuição de efeito suspensivo,em face da relevância da fundamentação, bem como pela existência de perigode dano de difícil reparação, ante a possibilidade de desvio de recursos e deparalisação da execução fiscal. Requer a atribuição de efeito suspensivo e oprovimento do recurso, a fim de ver reformada a decisão agravada. É o relatório.DECIDO Presentes os pressupostos legais, defiro o processamento do recurso.De acordo com os termos do art. 527, III, do CPC, o relator poderá suspendero cumprimento da decisão e também antecipar os efeitos da pretensão recursal,desde que presentes dois pressupostos simultâneos: "a relevância da motivação doagravo, o que implica TRIBUNAL DE JUSTIÇA Agravo de Instrumento nº 1.417.571-4- 2ª Câmara Cível ________________________________________3 ESTADO DOPARANÁ prognóstico acerca do futuro julgamento do recurso no órgão fracionário, eo receio de lesão grave e de difícil reparação resultante do cumprimento da decisãoagravada até o julgamento definitivo do agravo"1. No caso em exame, vislumbra-se, em juízo de cognição sumária, a relevância da fundamentação do presenterecurso. É que este Colegiado, relativamente à Central de Mandados da Comarcade Guarapuava, firmou entendimento no sentido de ser incabível a exigência deadiantamento das despesas processuais sem que previamente tenha sido realizadoo sorteio para distribuição do mandado. Nesse sentido, os seguintes julgados: AInº 1.346.522-4, AI nº 1.345.030-7, AI nº 1.340.419-8 e AI nº1.351.315-2. Por fim,o perigo de dano de difícil reparação resta evidenciado ante a possibilidade deprejuízo ao erário decorrente de adiantamento de despesa que após a distribuição domandado se revele inexigível, o que ocorrerá se eventualmente o cumprimento fiquea cargo de técnico judiciário e não de oficial de justiça. Assim, diante da presençados requisitos autorizadores, CONCEDO o efeito suspensivo pleiteado, para o fimde suspender os efeitos da decisão agravada até ulterior deliberação do Colegiado.Encaminhe-se, com urgência, via mensageiro, cópia desta decisão ao d. Juízo deorigem, solicitando, na mesma oportunidade, as informações a serem prestadasno prazo de dez dias. Autorizo a chefia da Divisão Cível a assinar os necessáriosexpedientes. Intimem-se. Curitiba, 05 de agosto de 2015. JUÍZA CONVª JOSÉLYDITTRICH RIBAS Relatora0021 . Processo/Prot: 1418006-6 Agravo de Instrumento. Protocolo: 2015/232258. Comarca: Foro Central da Comarca da RegiãoMetropolitana de Curitiba. Vara: 2ª Vara de Execuções Fiscais Municipais. AçãoOriginária: 0010541-60.2007.8.16.0185 Execução Fiscal. Agravante: RepresentaçãoParaná de Seguros Sc Ltda. Advogado: Eduardo Morgado Rodrigues, FernandoTakeshi Ishikawa, Carmen Regina Bolognese Maciel. Agravado: Município deCuritiba. Advogado: Patrícia Ferreira Pomoceno, Simone Martins Sebastião. Órgão

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