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Legislação e Tributos SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA- FEIRA, 18, 19 E 20 DE JUNHO DE 2016 DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS 12 Roberto Dumke São Paulo [email protected] Com o objetivo de atender demandas de grande comple- xidade na área trabalhista, foi fundado no começo deste mês o escritório Tenório da Veiga Advogados, com sedes no Rio de Janeiro e em São Paulo. A equipe é liderada por Luiz Felipe Tenório da Veiga, que há mais de dez anos che- fiava a área trabalhista de um dos maiores escritórios de advocacia do Rio de Janeiro. “Os grandes escritórios os full service – têm coisas maravilhosas, mas o volume de tarefas administrativas e de gestão tomava muito tem- po. Algo que me frustrava era a falta de tempo para ser ad- vogado”, comenta ele. O modelo do novo escritó- rio será bastante diferente da antiga casa. O plano de Veiga é constituir uma butique, no- me dado às sociedades de advocacia que se especiali- zam em apenas uma área do DIVULGAÇÃO Tenório da Veiga (à direita) e a equipe de advogados do escritório A nova banca de advogados, liderada por Luiz Felipe Tenório da Veiga, terá escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro para atender exclusivamente às demandas na Justiça do Trabalho Tenório da Veiga investe na área trabalhista ADVOCACIA direito e que normalmente as- sumem demandas muito sen- síveis para as empresas. Ele entende que essa estra- tégia é viável em parte porque a área de direito do trabalho possui uma legislação muito específica e possui pouca liga- ção e sinergia com outras áreas do direito. “Nesse sentido, tal- vez o advogado trabalhista se equipare aos criminalistas ou à área de família. É um ramo tão especializado que é difícil sen- tir falta de outras áreas”, diz. A exceção disso seria quan- do o advogado trabalhista pre- cisa pensar em alternativas pa- ra reduzir custos dentro de uma empresa e acaba se depa- rando com assuntos tributá- rios. “Mas é só isso”, afirma ele. Hoje ele conta com uma equipe de seis advogados, to- dos com experiência no ramo trabalhista. O objetivo seria crescer mais um pouco duran- te o decorrer do tempo, acres- centando possivelmente mais cinco advogados, mas não muito mais do que isso, co- menta o sócio e fundador. “Um pouco de crescimento é natu- ral mas não queremos ser um grande escritório. Queremos manter a característica de bu- tique”, acrescenta Veiga. C as o s Sobre o perfil de ações em que o escritório pretende atuar, o fundador conta que estão des- de as negociações com o sindi- cato profissional como tam- bém processos judiciais que podem comprometer a viabili- dade do negócio do cliente. Ele conta que em muitos ca- sos as punições impostas pela Justiça do Trabalho tomam a forma de “obrigações de fazer”, como, por exemplo, a obriga- ção de não revistar os empre- gados de determina maneira. Foi o que ocorreu com uma fa- bricante de carteiras de habili- tação e cartões de crédito, por exemplo, que sofreria puni- ções contratuais elevadas se o material fosse roubado. Em outra ação civil pública, o objetivo era proibir a empre- sa de utilizar hinos motivacio- nais que, na visão do Ministé- rio Público, seriam vexatórios. Em um terceiro exemplo, Veiga conta que uma empresa que atuava no ramo de crédito pessoal, entre vários outros ra- mos, acabou sendo condenada pela Justiça do Trabalho a pra- ticar o regime de horários dos bancários, de apenas seis ho- ras diárias e sem a possibilida- de de trabalhar sábados. “É o tipo de punição que afeta toda a estrutura de custos da em- presa e tem um impacto enor- me na operação”, afirma ele. Em época de crise econômi- ca, o especialista conta que es- sa atuação na área de conten- cioso, que envolve conflitos e processos judiciais, cresce bas- tante. Mesmo que o escritório não atue em processos em massa, Veiga conta que tam- bém surgem demandas mais estratégicas. Exemplo disso se- riam as negociações com o sindicato antes de demissões em grande volume ou para a redução de jornada. “Claro que preferíamos não estar em cri- se. Mas para o nosso mercado, a crise não é ruim.” TST mantém decisão em processo do Banpará JUSTIÇA A Subseção 2 Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Traba- lho (TST) manteve decisão que rejeitou a indicação de imóvel para penhora localiza- do em outra cidade, fora do fórum de execução. A decisão é da 1ª de Vara do Trabalho de Belém (PA), que substituiu o imóvel em Marabá, pelo bloqueio de conta bancária do devedor, o Banco do Pará (Banpará). Na decisão, a SDI-2 negou provimento a recurso ordi- nário em mandado de segu- rança do devedor, interposto após o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região não acolher sua pretensão. O banco alegava violação aos artigos 620 e 656 do Código de Processo Civil de 1973 e à Súmula 417, segundo a qual a penhora em dinheiro, quando nomeados outros bens à execução provisória, fere direito líquido e certo. No entanto, para o TRT a indicação de bens à penhora “não pode ser meramente ilustrativa, um mero forma- lismo”, e sim satisfazer à sua finalidade, que é a garantia da execução. Para ressaltar a dificuldade de cumprir a pe- nhora, o TRT ressaltou a dis- tância de Marabá a Belém. Na decisão, o TRT deixou claro ainda que o fato de a execução ainda ser provisó- ria não impede a apreensão de dinheiro. /Agências RECUPERAÇÃO JUDICIAL DO GRUPO FARIAS, FORMADO PELAS EMPRESAS ADMINISTRADORA BAÍA FORMOSA S.A., VALE VERDE EMPREENDIMENTOS AGRÍCOLAS LTDA., USINA PEDROZA S.A., AGROPECUÁRIA SÃO JOSÉ S.A., ANICUNS S.A. – ÁLCOOL E DERIVADOS, CONSTRUVERDE EMPREENDIMENTOS LTDA., DESTILARIA BAÍA FORMOSA S.A., DESTILARIA OUTEIRO S.A., DESTILARIA VALE DO SÃO PATRÍCIO S.A., GBF PARTICIPAÇÕES S.A, LEGACY PARTICIPAÇÕES LTDA., SALINAS AUTOMÓVEIS LTDA., TAQUARITUBA AGROINDUSTRIAL S.A., e USINA SÃO JOSÉ S.A. Dr. Antônio Carlos dos Santos, Juiz de Direito em exercício cumu- lativo da Vara Única do Foro da Comarca de Cortês, Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc. Pelo presente edital, em cumprimento ao § 1º do art. 52 da lei 11.101/05 (Lei de Recuperações e Falências), FAZ SABER aos que o presente edital virem, dele notícia tiverem e a quem interessar possa, que por este Juízo tramitam os autos da AÇÃO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL nº 0000162-50.2016.8.17.0530 , proposta pelo grupo empresarial denominado “GRUPO FARIAS,” composto pelas empresas: ADMINISTRADORA BAÍA FORMOSA S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 08.104.051/0001-75, VALE VERDE EMPREENDIMENTOS AGRÍ- COLAS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 02.414.858/0001-28, USINA PEDROZA S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 10.197.200/0001-30, AGROPECUÁRIA SÃO JOSÉ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 45.319.803/0001-41, ANICUNS S.A. – ÁLCOOL E DERIVADOS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 02.783.009/0001-41, CONSTRUVERDE EMPREENDIMENTOS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 10.158.429/0001-65, DESTILARIA BAÍA FORMOSA S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 08.247.215/0001-13, DESTILARIA OUTEIRO S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 09.239.112/0001-74, DESTILARIA VALE DO SÃO PATRÍCIO S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 00.012.583/0001-70, GBF PARTICIPAÇÕES S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 09.297.723/0001-79, LEGACY PARTICIPAÇÕES LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 04.697.050/0001-20, SALINAS AUTOMÓVEIS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 02.769.391/0001-39, TAQUARITUBA AGROINDUSTRIAL S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 10.388.399/0001-83 e USINA SÃO JOSÉ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no RESUMO DO PEDIDO DAS DEVEDORAS: O Grupo Farias, composto por 14 empresas, representa conglomerado sucroalcooleiro fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica conforme o art. 47 da Lei 11.101/2005, assim, nos termos do art. 52 da Lei 11.101/2005, foi proferido o despacho que segue: DECISÃO JUDICIAL: - - - - - liar; (II) todas as empresas possuem acionistas/sócios e administradores comuns; (III) todas as empresas atuam essencialmente no mesmo ramo de atividade; e (IV) as referidas empresas prestaram garantias umas às outras. Transcrevem neste sentido diversos julgados a respeito. Apontam como principais razões do pedido, dentre outras: (I) o alto endividamento do Grupo; (II) a gravíssima crise que vem reiteradamente assolando o setor sucroalcoolei- os credores anteriores ao ajuizamento deste - vez que realmente exercem as suas atividades há mais de 02 (dois) anos, não recaindo contra elas ou contra os seus sócios quaisquer um dos óbices elencados nos incisos I a IV, do referido dispositivo. Depreende-se, pois, que as a recuperação judicial, assegurando a FORMOSA S/A), o que atrai a competência deste Juízo em detrimento de qualquer outra unidade jurisdicional, DEFIRO o processamento da presente recuperação judicial das empresas elencadas no preâmbulo da presente decisão, - - - te dispõem os §§ 3º e 4º, do artigo 49 da LRF, cabendo às empresas devedoras informarem o fato aos respectivos Juízos competentes, juntando aos presentes autos relação dos feitos suspensos. 4) apresentação, pelas empresas em recuperação, dos demonstrativos e contas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição dos seus administradores, bem como depositar na Secretaria deste Juízo os documentos de escrituração contábil e demais relatórios auxiliares (artigo 51, § 1º, e 52, inciso IV, da LRF) para, em ato contínuo, intimar-se a administradora judicial na pessoa de seu representante legal. 5) apresentação, ainda, do Plano de Recuperação Estadual e Municipal de todos logradouros em que as devedoras tiverem estabelecimento (artigo 52, inciso V, da LRF). 7) expedição de Ofícios às Juntas Comerciais de todos os logradouros em que as requerentes tiverem estabe- lecimento para anotação da expressão “em recuperação judicial” após o nome empresarial de todas elas nos registros competentes, conforme dispõe o parágrafo único do artigo 69 da LRF. 8) publicação, no DJE, do Edital previsto Plano de Recuperação Judicial apresentado pelas devedoras, nos termos do artigo 55 da LRF, salvo nas hipóteses constantes no seu parágrafo único. 9) publicado o Edital, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apre- que as pessoas indicadas no artigo 8º terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação e a advertência de que, no prazo de 10 (dez) dias, poderão apresentar sua impugnação ao Juiz do feito. Final- Recuperação e sua respectiva aprovação, consoante entendimento do STJ: REsp nº. 1260301/DF, 3ª. Turma, relatora: Ministra Nancy Andrighi, DJe de 21/8/2012. Já no que diz respeito ao pedido de não incidência de multas às relator: Desembargador Francisco Loureiro, julgado em 26/8/2015. Expedientes de estilo. Publique-se. Intime-se. Cumpra-se. Cortês (PE), 04 de maio de 2016 Antônio Carlos dos Santos Juiz de Direito em exercício cumulativo 1terá nº. 2011899-39.2015.8.26.0000, 1ª. Câmara Reservada de Direito Empresarial, relator: Desembargador Francisco Loureiro, julgado em 26/8/2015. Expedientes de estilo. Publique-se. Intime-se. Cumpra-se. Cortês (PE), 04 de maio de 2016 Antônio Carlos dos Santos Juiz de Direito em exercício cumulativo” DOS PRAZOS: I) Os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da publicação deste, para apresentarem ao administrador judicial suas habilita- disposto no caput do art. 55 ou conforme parágrafo único do mesmo art. 55 da Lei 11.101/05. DA RELAÇÃO NOMINAL DE CREDORES: A relação completa e nominal de credores encontra-se publicada na íntegra no Diário de

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Legislação e TributosSÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA- FEIRA, 18, 19 E 20 DE JUNHO DE 2016 � DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS12

Roberto DumkeSão Paulorober [email protected]

� Com o objetivo de atenderdemandas de grande comple-xidade na área trabalhista, foifundado no começo deste mêso escritório Tenório da VeigaAdvogados, com sedes no Riode Janeiro e em São Paulo.

A equipe é liderada porLuiz Felipe Tenório da Veiga,que há mais de dez anos che-fiava a área trabalhista de umdos maiores escritórios deadvocacia do Rio de Janeiro.

“Os grandes escritórios –os full service – têm coisasmaravilhosas, mas o volumede tarefas administrativas ede gestão tomava muito tem-po. Algo que me frustrava eraa falta de tempo para ser ad-vo g a d o”, comenta ele.

O modelo do novo escritó-rio será bastante diferente daantiga casa. O plano de Veigaé constituir uma butique, no-me dado às sociedades deadvocacia que se especiali-zam em apenas uma área do

D I V U L G AÇ ÃO

Tenório da Veiga (à direita) e a equipe de advogados do escritório

A nova banca de advogados, liderada por Luiz Felipe Tenório da Veiga, terá escritórios em SãoPaulo e no Rio de Janeiro para atender exclusivamente às demandas na Justiça do Trabalho

Tenório da Veiga investe na área trabalhistaA DV O CAC I A

direito e que normalmente as-sumem demandas muito sen-síveis para as empresas.

Ele entende que essa estra-tégia é viável em parte porquea área de direito do trabalhopossui uma legislação muitoespecífica e possui pouca liga-ção e sinergia com outras áreasdo direito. “Nesse sentido, tal-vez o advogado trabalhista seequipare aos criminalistas ou àárea de família. É um ramo tão

especializado que é difícil sen-tir falta de outras áreas”, diz.

A exceção disso seria quan-do o advogado trabalhista pre-cisa pensar em alternativas pa-ra reduzir custos dentro deuma empresa e acaba se depa-rando com assuntos tributá-rios. “Mas é só isso”, afirma ele.

Hoje ele conta com umaequipe de seis advogados, to-dos com experiência no ramotrabalhista. O objetivo seria

crescer mais um pouco duran-te o decorrer do tempo, acres-centando possivelmente maiscinco advogados, mas nãomuito mais do que isso, co-menta o sócio e fundador. “Umpouco de crescimento é natu-ral mas não queremos ser umgrande escritório. Queremosmanter a característica de bu-t i q u e”, acrescenta Veiga.

C as o sSobre o perfil de ações em queo escritório pretende atuar, ofundador conta que estão des-de as negociações com o sindi-cato profissional como tam-bém processos judiciais quepodem comprometer a viabili-dade do negócio do cliente.

Ele conta que em muitos ca-sos as punições impostas pelaJustiça do Trabalho tomam aforma de “obrigações de fazer”,como, por exemplo, a obriga-ção de não revistar os empre-gados de determina maneira.Foi o que ocorreu com uma fa-bricante de carteiras de habili-tação e cartões de crédito, porexemplo, que sofreria puni-ções contratuais elevadas se omaterial fosse roubado.

Em outra ação civil pública,

o objetivo era proibir a empre-sa de utilizar hinos motivacio-nais que, na visão do Ministé-rio Público, seriam vexatórios.

Em um terceiro exemplo,Veiga conta que uma empresaque atuava no ramo de créditopessoal, entre vários outros ra-mos, acabou sendo condenadapela Justiça do Trabalho a pra-ticar o regime de horários dosbancários, de apenas seis ho-ras diárias e sem a possibilida-de de trabalhar sábados. “É otipo de punição que afeta todaa estrutura de custos da em-presa e tem um impacto enor-me na operação”, afirma ele.

Em época de crise econômi-ca, o especialista conta que es-sa atuação na área de conten-cioso, que envolve conflitos eprocessos judiciais, cresce bas-tante. Mesmo que o escritórionão atue em processos emmassa, Veiga conta que tam-bém surgem demandas maisestratégicas. Exemplo disso se-riam as negociações com osindicato antes de demissõesem grande volume ou para aredução de jornada. “Claro quepreferíamos não estar em cri-se. Mas para o nosso mercado,a crise não é ruim.”

TST mantémdecisão emprocesso doBanpará

J U ST I Ç A

� A Subseção 2 Especializadaem Dissídios Individuais doTribunal Superior do Traba-lho (TST) manteve decisãoque rejeitou a indicação deimóvel para penhora localiza-do em outra cidade, fora dofórum de execução.

A decisão é da 1ª de Varado Trabalho de Belém (PA),que substituiu o imóvel emMarabá, pelo bloqueio deconta bancária do devedor, oBanco do Pará (Banpará).

Na decisão, a SDI-2 negouprovimento a recurso ordi-nário em mandado de segu-rança do devedor, interpostoapós o Tribunal Regional doTrabalho da 8ª Região nãoacolher sua pretensão. Obanco alegava violação aosartigos 620 e 656 do Códigode Processo Civil de 1973 e àSúmula 417, segundo a quala penhora em dinheiro,quando nomeados outrosbens à execução provisória,fere direito líquido e certo.

No entanto, para o TRT aindicação de bens à penhora“não pode ser meramenteilustrativa, um mero forma-l i s m o”, e sim satisfazer à suafinalidade, que é a garantiada execução. Para ressaltar adificuldade de cumprir a pe-nhora, o TRT ressaltou a dis-tância de Marabá a Belém.

Na decisão, o TRT deixouclaro ainda que o fato de aexecução ainda ser provisó-ria não impede a apreensãode dinheiro. /Agências

RECUPERAÇÃO JUDICIAL DO GRUPO FARIAS, FORMADO PELAS EMPRESAS ADMINISTRADORA BAÍA FORMOSA S.A., VALE VERDE EMPREENDIMENTOS AGRÍCOLAS LTDA., USINA PEDROZA S.A., AGROPECUÁRIA SÃO JOSÉ S.A., ANICUNS S.A. – ÁLCOOL E DERIVADOS, CONSTRUVERDE EMPREENDIMENTOS LTDA., DESTILARIA BAÍA FORMOSA S.A., DESTILARIA OUTEIRO S.A., DESTILARIA VALE DO SÃO PATRÍCIO S.A., GBF PARTICIPAÇÕES S.A, LEGACY PARTICIPAÇÕES LTDA., SALINAS AUTOMÓVEIS LTDA., TAQUARITUBA AGROINDUSTRIAL S.A., e USINA SÃO JOSÉ S.A. Dr. Antônio Carlos dos Santos, Juiz de Direito em exercício cumu-lativo da Vara Única do Foro da Comarca de Cortês, Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc. Pelo presente edital, em cumprimento ao § 1º do art. 52 da lei 11.101/05 (Lei de Recuperações e Falências), FAZ SABER aos que o presente edital virem, dele notícia tiverem e a quem interessar possa, que por este Juízo tramitam os autos da AÇÃO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL nº 0000162-50.2016.8.17.0530 , proposta pelo grupo empresarial denominado “GRUPO FARIAS,” composto pelas empresas: ADMINISTRADORA BAÍA FORMOSA S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 08.104.051/0001-75, VALE VERDE EMPREENDIMENTOS AGRÍ-COLAS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 02.414.858/0001-28, USINA PEDROZA S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 10.197.200/0001-30, AGROPECUÁRIA SÃO JOSÉ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 45.319.803/0001-41, ANICUNS S.A. – ÁLCOOL E DERIVADOS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 02.783.009/0001-41, CONSTRUVERDE EMPREENDIMENTOS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 10.158.429/0001-65, DESTILARIA BAÍA FORMOSA S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 08.247.215/0001-13, DESTILARIA OUTEIRO S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 09.239.112/0001-74, DESTILARIA VALE DO SÃO PATRÍCIO S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 00.012.583/0001-70, GBF PARTICIPAÇÕES S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 09.297.723/0001-79, LEGACY PARTICIPAÇÕES LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 04.697.050/0001-20, SALINAS AUTOMÓVEIS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 02.769.391/0001-39, TAQUARITUBA AGROINDUSTRIAL S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número 10.388.399/0001-83 e USINA SÃO JOSÉ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no

RESUMO DO PEDIDO DAS DEVEDORAS: O Grupo Farias, composto por 14 empresas, representa conglomerado sucroalcooleiro

fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica conforme o art. 47 da Lei 11.101/2005, assim, nos termos do art. 52 da Lei 11.101/2005, foi proferido o despacho que segue: DECISÃO JUDICIAL: -

-

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-liar; (II) todas as empresas possuem acionistas/sócios e administradores comuns; (III) todas as empresas atuam essencialmente no mesmo ramo de atividade; e (IV) as referidas empresas prestaram garantias umas às outras. Transcrevem neste sentido diversos julgados a respeito. Apontam como principais razões do pedido, dentre outras: (I) o alto endividamento do Grupo; (II) a gravíssima crise que vem reiteradamente assolando o setor sucroalcoolei-

os credores anteriores ao ajuizamento deste -

vez que realmente exercem as suas atividades há mais de 02 (dois) anos, não recaindo contra elas ou contra os seus sócios quaisquer um dos óbices elencados nos incisos I a IV, do referido dispositivo. Depreende-se, pois, que as a recuperação judicial, assegurando a

FORMOSA S/A), o que atrai a competência deste Juízo em detrimento de qualquer outra unidade jurisdicional, DEFIRO o processamento da presente recuperação judicial das empresas elencadas no preâmbulo da presente decisão, -

-

-te dispõem os §§ 3º e 4º, do artigo 49 da LRF, cabendo às empresas devedoras informarem o fato aos respectivos Juízos competentes, juntando aos presentes autos relação dos feitos suspensos. 4) apresentação, pelas empresas em recuperação, dos demonstrativos e contas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição dos seus administradores, bem como depositar na Secretaria deste Juízo os documentos de escrituração contábil e demais relatórios auxiliares (artigo 51, § 1º, e 52, inciso IV, da LRF) para, em ato contínuo, intimar-se a administradora judicial na pessoa de seu representante legal. 5) apresentação, ainda, do Plano de Recuperação

Estadual e Municipal de todos logradouros em que as devedoras tiverem estabelecimento (artigo 52, inciso V, da LRF). 7) expedição de Ofícios às Juntas Comerciais de todos os logradouros em que as requerentes tiverem estabe-lecimento para anotação da expressão “em recuperação judicial” após o nome empresarial de todas elas nos registros competentes, conforme dispõe o parágrafo único do artigo 69 da LRF. 8) publicação, no DJE, do Edital previsto

Plano de Recuperação Judicial apresentado pelas devedoras, nos termos do artigo 55 da LRF, salvo nas hipóteses constantes no seu parágrafo único. 9) publicado o Edital, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apre-

que as pessoas indicadas no artigo 8º terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação e a advertência de que, no prazo de 10 (dez) dias, poderão apresentar sua impugnação ao Juiz do feito. Final-

Recuperação e sua respectiva aprovação, consoante entendimento do STJ: REsp nº. 1260301/DF, 3ª. Turma, relatora: Ministra Nancy Andrighi, DJe de 21/8/2012. Já no que diz respeito ao pedido de não incidência de multas às

relator: Desembargador Francisco Loureiro, julgado em 26/8/2015. Expedientes de estilo. Publique-se. Intime-se. Cumpra-se. Cortês (PE), 04 de maio de 2016 Antônio Carlos dos Santos Juiz de Direito em exercício cumulativo 1terá

nº. 2011899-39.2015.8.26.0000, 1ª. Câmara Reservada de Direito Empresarial, relator: Desembargador Francisco Loureiro, julgado em 26/8/2015. Expedientes de estilo. Publique-se. Intime-se. Cumpra-se. Cortês (PE), 04 de maio de 2016 Antônio Carlos dos Santos Juiz de Direito em exercício cumulativo” DOS PRAZOS: I) Os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da publicação deste, para apresentarem ao administrador judicial suas habilita-

disposto no caput do art. 55 ou conforme parágrafo único do mesmo art. 55 da Lei 11.101/05. DA RELAÇÃO NOMINAL DE CREDORES: A relação completa e nominal de credores encontra-se publicada na íntegra no Diário de