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4561 N. o 169 — 22-7-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B ANEXO III (a que se refere o n. o 10.3) Ensino secundário recorrente por unidades capitalizáveis Disciplinas Unidades objecto de avaliação extraordinária Português ............................... 11, 12, 13. Área Interdisciplinar ...................... 5, 6. Inglês (a) ................................ 8, 9, 10. Francês (a) .............................. 9, 10, 11. Alemão (a) .............................. 8, 9, 10. Matemática .............................. B1, B2, C1. Física-Química (Física e Química) ........... 12, 13, 14, 15. Ciências Naturais (Geologia e Biologia) ...... 12, 13, 14, 15. Geografia ............................... 11, 12, 13, 14. História ................................. 10, 11, 12. Economia ............................... 12, 13, 14, 15. Filosofia ................................. 8, 9, 10. Psicologia ............................... 8, 9. Literatura Portuguesa ..................... 11, 12, 13. Latim ................................... 9, 10, 11. Arte e Design ............................ 10, 11, 12. Desenho e Geometria Descritiva ............ 11, 12, 13. Técnicas de Secretariado ................... 7, 8. Técnicas de Apoio ao Secretariado .......... 8, 9, 10. Introdução à Informática .................. 5, 6. Informática para Secretariado .............. 4. Técnicas e Práticas Oficinais e Laboratoriais ... 12, 13, 14, 15. Ciências do Ambiente ..................... 6, 7. Sistemas de Informação .................... 11, 12, 13, 14. Programação e Computadores .............. 9, 10, 11. Sistemas Multimédia ...................... 4. Oficina de Design ......................... 11, 12, 13. Tecnologias .............................. 9, 10, 11. Teoria do Design ......................... 4. Materiais e Processos ...................... 8, 9, 10. Desenho Técnico ......................... 12, 13, 14, 15. Contabilidade ............................ 19, 20, 21, 22, 23, 24. Técnicas de Apoio à Contabilidade .......... 8, 9. Aplicações de Informática .................. 5, 6. Comunicação e Difusão .................... 11, 12, 13, 14. Oficina de Comunicação e Informação ....... 14, 15, 16, 17. Oficina de Desenho e Composição .......... 8, 9, 10. Serigrafia ................................ 7, 8. Fotografia ............................... 12, 13, 14, 15. Sociologia ............................... 8, 9. Expressão/Comunicação ................... 8, 9, 10. Animação Sócio-Cultural .................. 5. Electrotecnia ............................. 9, 10, 11. Tecnologias e Práticas Oficinais ............. 11, 12, 13, 14. (a) Quando se trate de programas de iniciação, aplica-se a tabela relativa ao 3. o ciclo do ensino recorrente por unidades capitalizáveis constante do anexo II. MINISTÉRIO DO AMBIENTE Decreto Regulamentar n. o 11/99 de 22 de Julho O Governo, ao considerar as autarquias como actores privilegiados na prossecução do desenvolvimento sustentável, releva o seu papel fundamental nas acções integradas de conservação da Natureza e, aplicando o princípio da Agenda XXI, «pensar globalmente agir localmente», decide criar a área protegida de carácter regional da serra de Montejunto. A serra de Montejunto constitui um repositório de vegetação natural de importância nacional, para além do interesse de ordem geológica, traduzido nos aflo- ramentos rochosos, que proporcionam aspectos de grande interesse paisagístico, encenando panorâmicas de grande beleza natural. Aspectos ligados a questões científicas, culturais, his- tóricas e paisagísticas fazem da serra de Montejunto uma área a proteger, permitindo o seu usufruto às popu- lações das regiões envolventes, para o recreio e lazer ao ar livre. Constitui ainda um espaço privilegiado para a pro- moção das actividades tradicionais, para além da sal- vaguarda e valorização do património natural e cultural. Considerando a sensibilidade da área e os valores em presença, que exigem medidas eficazes de gestão que suportem a sua protecção sem impedir a sua utilização; Considerando ter vindo a verificar-se uma sucessiva degradação do ambiente, que poderá pôr em risco o conjunto de valores referidos; Considerando os estudos e reconhecimentos de campo feitos na região; Considerando a importância em atribuir às câmaras municipais competências de gestão do património natu- ral e diversidade biológica das respectivas regiões; Considerando ainda a vontade demonstrada pelas populações e ouvidas as autarquias do Cadaval e de Alenquer: Assim: Ao abrigo do disposto no artigo 27. o do Decreto-Lei n. o 19/93, de 23 de Janeiro, e nos termos da alínea c) do artigo 199. o da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1. o Criação É criada a Paisagem Protegida da Serra de Mon- tejunto, adiante abreviadamente designada por Paisa- gem Protegida, como área protegida de âmbito regional. Artigo 2. o Limites 1 — Os limites da Paisagem Protegida são os fixados no texto e na carta que constituem os anexos I e II ao presente diploma e do qual fazem parte integrante. 2 — As dúvidas eventualmente suscitadas pela leitura da carta, que constitui o anexo II ao presente diploma, são resolvidas pela consulta dos originais à escala 1:25 000 arquivados para o efeito nas sedes da Paisagem Protegida, das Câmaras Municipais de Alenquer e do Cadaval, da Associação de Municípios do Oeste e do Instituto da Conservação da Natureza. Artigo 3. o Objectivos específicos Sem prejuízo do disposto no artigo 3. o do Decreto-Lei n. o 19/93, de 23 de Janeiro, constitui objectivo específico da Paisagem Protegida: a) A conservação da Natureza e a valorização do património natural da serra de Montejunto como pressuposto de um desenvolvimento sus- tentável; b) A promoção do repouso e do recreio ao ar livre em equilíbrio com os valores naturais salva- guardados.

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  • 4561N.o 169 22-7-1999 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-B

    ANEXO III

    (a que se refere o n.o 10.3)

    Ensino secundrio recorrente por unidades capitalizveis

    DisciplinasUnidades objecto

    de avaliaoextraordinria

    Portugus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11, 12, 13.rea Interdisciplinar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5, 6.Ingls (a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8, 9, 10.Francs (a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9, 10, 11.Alemo (a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8, 9, 10.Matemtica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . B1, B2, C1.Fsica-Qumica (Fsica e Qumica) . . . . . . . . . . . 12, 13, 14, 15.Cincias Naturais (Geologia e Biologia) . . . . . . 12, 13, 14, 15.Geografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11, 12, 13, 14.Histria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10, 11, 12.Economia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12, 13, 14, 15.Filosofia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8, 9, 10.Psicologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8, 9.Literatura Portuguesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11, 12, 13.Latim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9, 10, 11.Arte e Design . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10, 11, 12.Desenho e Geometria Descritiva . . . . . . . . . . . . 11, 12, 13.Tcnicas de Secretariado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7, 8.Tcnicas de Apoio ao Secretariado . . . . . . . . . . 8, 9, 10.Introduo Informtica . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5, 6.Informtica para Secretariado . . . . . . . . . . . . . . 4.Tcnicas e Prticas Oficinais e Laboratoriais . . . 12, 13, 14, 15.Cincias do Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6, 7.Sistemas de Informao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11, 12, 13, 14.Programao e Computadores . . . . . . . . . . . . . . 9, 10, 11.Sistemas Multimdia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.Oficina de Design . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11, 12, 13.Tecnologias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9, 10, 11.Teoria do Design . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.Materiais e Processos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8, 9, 10.Desenho Tcnico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12, 13, 14, 15.Contabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19, 20, 21, 22, 23, 24.Tcnicas de Apoio Contabilidade . . . . . . . . . . 8, 9.Aplicaes de Informtica . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5, 6.Comunicao e Difuso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11, 12, 13, 14.Oficina de Comunicao e Informao . . . . . . . 14, 15, 16, 17.Oficina de Desenho e Composio . . . . . . . . . . 8, 9, 10.Serigrafia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7, 8.Fotografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12, 13, 14, 15.Sociologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8, 9.Expresso/Comunicao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8, 9, 10.Animao Scio-Cultural . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.Electrotecnia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9, 10, 11.Tecnologias e Prticas Oficinais . . . . . . . . . . . . . 11, 12, 13, 14.

    (a) Quando se trate de programas de iniciao, aplica-se a tabela relativa ao 3.o ciclodo ensino recorrente por unidades capitalizveis constante do anexo II.

    MINISTRIO DO AMBIENTE

    Decreto Regulamentar n.o 11/99de 22 de Julho

    O Governo, ao considerar as autarquias como actoresprivilegiados na prossecuo do desenvolvimentosustentvel, releva o seu papel fundamental nas acesintegradas de conservao da Natureza e, aplicando oprincpio da Agenda XXI, pensar globalmente agirlocalmente, decide criar a rea protegida de carcterregional da serra de Montejunto.

    A serra de Montejunto constitui um repositrio devegetao natural de importncia nacional, para almdo interesse de ordem geolgica, traduzido nos aflo-ramentos rochosos, que proporcionam aspectos degrande interesse paisagstico, encenando panormicasde grande beleza natural.

    Aspectos ligados a questes cientficas, culturais, his-tricas e paisagsticas fazem da serra de Montejuntouma rea a proteger, permitindo o seu usufruto s popu-laes das regies envolventes, para o recreio e lazerao ar livre.

    Constitui ainda um espao privilegiado para a pro-moo das actividades tradicionais, para alm da sal-vaguarda e valorizao do patrimnio natural e cultural.

    Considerando a sensibilidade da rea e os valoresem presena, que exigem medidas eficazes de gestoque suportem a sua proteco sem impedir a suautilizao;

    Considerando ter vindo a verificar-se uma sucessivadegradao do ambiente, que poder pr em risco oconjunto de valores referidos;

    Considerando os estudos e reconhecimentos decampo feitos na regio;

    Considerando a importncia em atribuir s cmarasmunicipais competncias de gesto do patrimnio natu-ral e diversidade biolgica das respectivas regies;

    Considerando ainda a vontade demonstrada pelaspopulaes e ouvidas as autarquias do Cadaval e deAlenquer:

    Assim:Ao abrigo do disposto no artigo 27.o do Decreto-Lei

    n.o 19/93, de 23 de Janeiro, e nos termos da alnea c)do artigo 199.o da Constituio, o Governo decreta oseguinte:

    Artigo 1.o

    Criao

    criada a Paisagem Protegida da Serra de Mon-tejunto, adiante abreviadamente designada por Paisa-gem Protegida, como rea protegida de mbito regional.

    Artigo 2.o

    Limites

    1 Os limites da Paisagem Protegida so os fixadosno texto e na carta que constituem os anexos I e IIao presente diploma e do qual fazem parte integrante.

    2 As dvidas eventualmente suscitadas pela leiturada carta, que constitui o anexo II ao presente diploma,so resolvidas pela consulta dos originais escala1:25 000 arquivados para o efeito nas sedes da PaisagemProtegida, das Cmaras Municipais de Alenquer e doCadaval, da Associao de Municpios do Oeste e doInstituto da Conservao da Natureza.

    Artigo 3.o

    Objectivos especficos

    Sem prejuzo do disposto no artigo 3.o do Decreto-Lein.o 19/93, de 23 de Janeiro, constitui objectivo especficoda Paisagem Protegida:

    a) A conservao da Natureza e a valorizao dopatrimnio natural da serra de Montejuntocomo pressuposto de um desenvolvimento sus-tentvel;

    b) A promoo do repouso e do recreio ao ar livreem equilbrio com os valores naturais salva-guardados.

  • 4562 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-B N.o 169 22-7-1999

    Artigo 4.o

    Gesto

    A Paisagem Protegida gerida pelas Cmaras Muni-cipais de Alenquer e do Cadaval, adiante designadaspor CMA e CMC, respectivamente, sem prejuzo depoderem ser celebrados protocolos de cooperao comoutras entidades pblicas ou privadas, nomeadamentepara a dinamizao da Paisagem Protegida.

    Artigo 5.o

    rgos

    A Paisagem Protegida dispe dos seguintes rgos:

    a) A comisso directiva;b) O conselho consultivo.

    Artigo 6.o

    Composio e funcionamento da comisso directiva

    1 A comisso directiva o rgo executivo da Pai-sagem Protegida e composta por um presidente e doisvogais.

    2 O presidente da comisso directiva indicadopelas cmaras municipais, podendo, para o efeito, serescolhido de entre os membros dos rgos dos muni-cpios.

    3 Caso o presidente da comisso directiva no sejaum membro dos rgos dos municpios, ser o mesmoequiparado a director de servios, para efeitos deremunerao.

    4 Um dos vogais designado pela CMA e pelaCMC, o qual substitui o presidente da comisso directivanas suas faltas e impedimentos, sendo o outro vogaldesignado pelo Instituto da Conservao da Natureza,o qual constitui o coordenador tcnico e cientfico.

    5 A comisso directiva nomeada por despachoconjunto dos Ministros do Equipamento, do Planea-mento e da Administrao do Territrio e do Ambiente,sob proposta da CMA e da CMC e do Instituto daConservao da Natureza, adiante designado por ICN.

    6 O mandato dos titulares da comisso directiva de trs anos.

    7 O presidente da comisso directiva poder, emcada mandato, ser proposto por cada uma das cmarasmunicipais, em sistema de rotatividade.

    8 Nas deliberaes da comisso directiva o pre-sidente exerce voto de qualidade.

    9 A comisso directiva rene ordinariamente umavez por ms e extraordinariamente sempre que con-vocada pelo seu presidente, por sua iniciativa ou porsolicitao de um dos vogais.

    Artigo 7.o

    Competncia da comisso directiva

    1 Compete comisso directiva, em geral, a admi-nistrao dos interesses especficos da Paisagem Pro-tegida, executando as medidas contidas nos instrumen-tos de gesto e assegurando o cumprimento das normaslegais e regulamentares em vigor.

    2 Compete, em especial, comisso directiva:

    a) Preparar e executar planos e programas plu-rianuais de gesto de investimento, submeten-do-os previamente apreciao do conselhoconsultivo;

    b) Elaborar os relatrios anuais e plurianuais deactividades, bem como o relatrio anual de con-tas de gerncia, submetendo-os previamente apreciao do conselho consultivo;

    c) Decidir da elaborao peridica de relatrioscientficos e culturais sobre o estado da Pai-sagem Protegida;

    d) Autorizar actos ou actividades condicionados naPaisagem Protegida, tendo em ateno o pre-sente diploma e o plano de ordenamento;

    e) Tomar as medidas administrativas de reposioprevistas no Decreto-Lei n.o 19/93, de 23 deJaneiro;

    f) Ordenar o embargo e a demolio de obras,bem como fazer cessar outras aces realizadasem violao do disposto no presente diplomae legislao complementar.

    Artigo 8.o

    Competncia do presidente da comisso directiva

    Compete ao presidente da comisso directiva:

    a) Representar a Paisagem Protegida;b) Submeter anualmente CMA, CMC e ao ICN

    um relatrio sobre o estado da Paisagem Pro-tegida;

    c) Fiscalizar a conformidade do exerccio de acti-vidades na Paisagem Protegida com as normasdo Decreto-Lei n.o 19/93, de 23 de Janeiro, dopresente diploma e do plano de ordenamento;

    d) Cobrar as receitas e autorizar as despesas paraque seja competente.

    Artigo 9.o

    Composio e funcionamento do conselho consultivo

    1 O conselho consultivo composto pelo presi-dente da comisso directiva e por um representante decada uma das seguintes entidades:

    a) CMA;b) CMC;c) Juntas de freguesia da rea da Paisagem Pro-

    tegida, consideradas em conjunto e em sistemarotativo, com mandato de um ano;

    d) Instituto Portugus do Patrimnio Arquitect-nico (IPPAR);

    e) Comisso de Coordenao da Regio de Lisboae Vale do Tejo (CCRLVT);

    f) Direco Regional de Agricultura do Ribatejoe Oeste (DRARO);

    g) Regio de Turismo do Oeste;h) Estabelecimentos de ensino superior com inter-

    veno na rea da Paisagem Protegida, consi-derados em conjunto e em sistema rotativo, commandato de um ano;

    i) Instituies representativas dos interesses scio--econmicos com interveno na rea da Pai-sagem Protegida, consideradas em conjunto eem sistema rotativo, com mandato de um ano;

    j) Organizaes no governamentais de ambientecom intervenao na rea da Paisagem Protegida,consideradas em conjunto e em sistema rotativo,com mandato de um ano.

    2 O conselho consultivo rene ordinariamenteduas vezes por ano e extraordinariamente sempre que

  • 4563N.o 169 22-7-1999 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-B

    convocado pelo presidente, por sua iniciativa ou a soli-citao de pelo menos um tero dos seus membros.

    Artigo 10.o

    Competncia do conselho consultivo

    Compete ao conselho consultivo, em geral, a apre-ciao das actividades desenvolvidas na Paisagem Pro-tegida e, em especial:

    a) Eleger o respectivo presidente e aprovar o regu-lamento interno de funcionamento;

    b) Apreciar as propostas de planos e os programasanuais e plurianuais de gesto e investimento;

    c) Apreciar os relatrios anuais e plurianuais deactividades, bem como o relatrio anual de con-tas de gerncia;

    d) Apreciar os relatrios cientficos e culturaissobre o estado da Paisagem Protegida;

    e) Dar parecer sobre qualquer assunto com inte-resse para a Paisagem Protegida.

    Artigo 11.o

    Interdies

    Dentro dos limites da Paisagem Protegida, so inter-ditos os seguintes actos e actividades:

    a) A alterao morfologia do solo para instalaoou ampliao de depsitos de ferro-velho, desucata, de veculos e de inertes que causemimpacte visual negativo ou poluam o solo, o arou a gua, bem como pelo vazamento de lixos,detritos, entulhos ou sucatas fora dos locais paratal destinados;

    b) Lanamento de guas residuais sem tratamentoadequado;

    c) A colheita, captura, abate ou deteno de exem-plares de quaisquer espcies vegetais ou animaissujeitas a medidas de proteco, em qualquerfase do seu estado biolgico, com excepo dasaces levadas a efeito pela Paisagem Protegidae das aces de mbito cientfico devidamenteautorizadas pelo mesmo;

    d) A prtica de campismo ou caravanismo fora doslocais destinados a esse fim;

    e) A prtica de actividades desportivas e de lazerfora dos locais destinados a esse fim, especial-mente as que impliquem veculos motorizados.

    Artigo 12.o

    Actos e actividades sujeitos a autorizao

    Sem prejuzo dos restantes condicionalismos legais,ficam sujeitos a autorizao prvia da Paisagem Pro-tegida os seguintes actos e actividades:

    a) Sobrevoo por aeronaves com motor abaixo dos1000 ps, salvo para aces de vigilncia, com-bate a incndios, operaes de salvamento e tra-balhos cientficos autorizados pela PaisagemProtegida;

    b) Abertura de novas estradas municipais, cami-nhos ou acessos, bem como o alargamento oumodificao dos existentes;

    c) Instalao de painis e outros suportes publi-citrios;

    d) Visitao a cavidades existentes, bem como acolheita, deteno e transporte de amostras derecursos geolgicos;

    e) Realizao de obras de construo civil, desig-nadamente novos edifcios e reconstruo,ampliao, alterao ou demolio de edifica-es, com excepo das obras simples de con-servao, restauro, reparao ou limpeza;

    f) Realizao de fogos controlados, efectuados aoabrigo da alnea d) do artigo 10.o do DecretoRegulamentar n.o 55/81, de 18 de Dezembro,e a realizao de queimadas, ao abrigo doDecreto-Lei n.o 316/95, de 28 de Novembro;

    g) Aces de destruio do revestimento florestalque no tenham fins agrcolas.

    Artigo 13.o

    Actos ou actividades sujeitos a parecer

    Ficam sujeitos a parecer da Paisagem Protegida osseguintes actos ou actividades:

    a) Abertura de novas estradas, com excepo dassituaes previstas na alnea b) do artigo ante-rior;

    b) Instalao de infra-estruturas elctricas e tele-fnicas areas e subterrneas, de telecomuni-caes, de gs natural, de saneamento bsicoe de aproveitamento de energias renovveis;

    c) Instalao de novas actividades industriais,nomeadamente extraco de inertes;

    d) Instalao de novas actividades agrcolas, flo-restais e pecurias, com carcter intensivo, bemcomo a explorao ou gesto de actividadescinegticas.

    Artigo 14.o

    Contra-ordenaes

    1 Constitui contra-ordenao a prtica dos actose actividades previstos no artigo 11.o ou sem as auto-rizaes previstas no artigo 12.o ou os pareceres previstosno artigo anterior.

    2 As contra-ordenaes previstas no nmero ante-rior so punidas com coimas de:

    a) 5000$ a 500 000$ no caso de pessoas singulares;b) 200 000$ a 6 000 000$ no caso de pessoas

    colectivas.

    3 A tentativa e a negligncia so punveis.

    Artigo 15.o

    Sanes acessrias

    s contra-ordenaes previstas no artigo anterior soigualmente aplicveis as sanes acessrias previstas noartigo 23.o do Decreto-Lei n.o 19/93, de 23 de Janeiro.

    Artigo 16.o

    Processos de contra-ordenao e aplicao de coimase sanes acessrias

    1 O processamento das contra-ordenaes e a apli-cao das coimas e sanes acessrias competem, res-pectivamente, cmara municipal e ao seu presidenteem cuja circunscrio se tiver consumado a infraco.

  • 4564 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-B N.o 169 22-7-1999

    2 A afectao do produto das coimas faz-se daseguinte forma:

    a) 60% para o Estado;b) 40% para a Paisagem Protegida, constituindo

    receita prpria.

    Artigo 17.o

    Reposio da situao anterior infraco

    A comisso directiva da Paisagem Protegida podeordenar que se proceda reposio da situao anterior infraco, nos termos do disposto no artigo 25.o doDecreto-Lei n.o 19/93, de 23 de Janeiro.

    Artigo 18.o

    Fiscalizao

    As funes de fiscalizao, para efeitos do dispostono presente diploma e legislao complementar apli-cvel, competem CMA e CMC, ao ICN, s direcesregionais do ambiente, s autoridades policiais e demaisentidades competentes, nos termos da legislao emvigor.

    Artigo 19.o

    Plano de ordenamento

    A Paisagem Protegida dotada de um plano de orde-namento, nos termos dos n.os 1 e 3 do artigo 28.o doDecreto-Lei n.o 19/93, de 23 de Janeiro, e do Decre-to-Lei n.o 151/95, de 24 de Junho, a elaborar no prazomximo de trs anos.

    Artigo 20.o

    Autorizaes e pareceres

    1 Salvo disposio em contrrio, as autorizaesemitidas pela Paisagem Protegida no dispensam outrasautorizaes, pareceres ou licenas que legalmenteforem devidos.

    2 Na falta de disposio especial aplicvel, o prazopara a emisso das autorizaes pela comisso directivada Paisagem Protegida de 45 dias.

    3 As autorizaes e pareceres emitidos pela Pai-sagem Protegida ao abrigo do presente diploma cadu-cam decorridos dois anos sobre a data da sua emisso,salvo se nesse prazo as entidades competentes tiveremprocedido ao respectivo licenciamento.

    4 So nulas e de nenhum efeito as licenas muni-cipais ou outras concedidas com violao do regime ins-titudo neste diploma.

    Artigo 21.o

    Contratos-programa

    1 A realizao de investimentos e a compartici-pao nas despesas de funcionamento so objecto decontratos-programa e acordos de colaborao, a celebrarentre o Ministrio do Ambiente e as Cmaras Muni-cipais de Alenquer e do Cadaval.

    2 Para efeitos do nmero anterior, a contribuiodo Ministrio do Ambiente e das cmaras municipaisacima referidas ser repartida em partes iguais, pon-derado, no entanto, o volume de investimentos j efec-tuados pelas autarquias na Paisagem Protegida.

    3 O no estabelecimento de novo contrato-pro-grama implica para as partes a disponibilizao de mon-tantes, indexados taxa de inflao prevista oficial-mente, referentes ao ltimo ano do contrato-programaque as partes subscreveram respeitante PaisagemProtegida.

    Artigo 22.o

    Receitas

    1 Constituem receitas da Paisagem Protegida:

    a) As dotaes que lhe sejam atribudas no Ora-mento do Estado e no oramento dos muni-cpios do Cadaval e de Alenquer;

    b) As comparticipaes, subsdios e outros dona-tivos concedidos por quaisquer entidades dedireito pblico ou privado;

    c) Quaisquer outras receitas que, por lei, contratoou qualquer outro ttulo, lhe sejam atribudas;

    d) O produto de coimas.

    2 As receitas enumeradas no nmero anterior soafectas ao pagamento de despesas da Paisagem Pro-tegida.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 2 deJunho de 1999. Antnio Manuel de Oliveira Guter-res Fernando Teixeira dos Santos Jorge Paulo Saca-dura Almeida Coelho Joo Cardona Gomes Cravi-nho Jos Eduardo Vera Cruz Jardim JoaquimAugusto Nunes de Pina Moura Lus Manuel CapoulasSantos Eduardo Carrega Maral Grilo Elisa Mariada Costa Guimares Ferreira Manuel Maria FerreiraCarrilho.

    Promulgado em 8 de Julho de 1999.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, JORGE SAMPAIO.

    Referendado em 14 de Julho de 1999.

    O Primeiro-Ministro, Antnio Manuel de OliveiraGuterres.

    ANEXO I

    Limites da Paisagem Protegida da Serra de Montejunto

    Partindo da povoao da Corrieira pelo caminho car-reteiro em direco a sul at ao cruzamento com o cami-nho que vem de Pragana segue para oeste at estradaproveniente de Vila Nova. Seguindo esta em cerca de300m at apanhar o caminho carreteiro que atravessao lugar de Seixo at Vilar contornando o marco geo-dsico. Segue pelo caminho carreteiro contornando opermetro urbano de Rechaldeira em direco a sul,onde apanha o caminho carreteiro que desce para oestee que entronca no quilmetro 35 da estrada que ligaVila Verde dos Francos estrada Vilar-Maxial. Seguepor esta em direco a sul at ao caminho carreteiroque contorna o permetro urbano de Vila Verde dosFrancos demarcado em PDM. Cruza a estrada que ligaVila Verde dos Francos a Pragana seguindo em direc-o a sul em cerca de 500m, onde segue o caminhocarreteiro para este em cerca de 150m, inflectindo parasul por outro caminho carreteiro onde, no cruzamento

  • 4565N.o 169 22-7-1999 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-B

    de caminhos, segue para este-nordeste em cerca de1000m, tomando a direco sudeste at intercepodo caminho carreteiro ao cruzamento do caminho car-reteiro que liga Moinhos do Casal Nordeste a Penedosde Alenquer. Segue para nordeste at Portela do Solseguindo pelo caminho carreteiro em cerca de 1300m,inflectindo para norte em cerca de 550m at ao caminhocarreteiro donde inflecte para leste at ao caminho dep-posto, inflectindo para sul at ao Alto dos Cortios.Depois inflecte para leste em cerca de 550m, seguindopara sul pela linha de gua at cruzar o caminho pro-veniente de Cabanas de Torres, seguindo por este atMogos, depois segue para sul em cerca de 750m, dondeinflecte para nordeste seguindo o caminho carreteiroque passa por C. do Vale do Gato at interceptar aestrada de ligao de Abrigada a Pragana, junto a C.

    da Puceteira. Segue por esta para norte at ao limitedo concelho de Alenquer com Cadaval. Segue depoispelo caminho carreteiro para norte passando por PenhaRuiva e Malhada at interceptar a estrada de ligaoentre So Salvador e Vila Verde dos Francos, seguindopor esta at povoao de So Salvador, contornando-aa norte pelo caminho carreteiro at encontrar a estradado Cercal seguindo para norte at ao cruzamento como caminho carreteiro junto a Mertrio, donde inflectepara sudoeste passando por Freixeiro, Cabeo do Marcoe Plainos, seguindo para noroeste at encontrar a estradade Cercal. Segue por esta para sudoeste at Charco.Segue para norte em cerca de 600m at interceptaro caminho carreteiro que atravessa Rameleira, seguindopor este at ao cruzamento com o caminho provenientede Lamas at povoao da Corrieira.

    ANEXO II