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1 DENIS VITOR SANTOS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO DIAGNÓSTICO PARA ABERTURA DE EMPREENDIMENTO LOJA DE MOTO PEÇAS Projeto de estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí. ITAJAÍ SC, 2009

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1

DENIS VITOR SANTOS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

ESTÁGIO

DIAGNÓSTICO PARA ABERTURA DE

EMPREENDIMENTO LOJA DE MOTO PEÇAS

Projeto de estágio desenvolvido para o

Estágio Supervisionado do Curso de

Administração do Centro de Ciências

Sociais Aplicadas da Universidade do

Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2009

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Dedico o trabalho à minha maravilhosa família, minha avó

Iracema, minha mãe Tânia, meus irmãos, Rodrigo e

Danilo, minha mulher Mariana. Que sempre me apoiaram

neste período, incentivando e estimulando.

Agradeço profundamente a minha esposa que neste

período soube entender os momentos difíceis e me apoiou

neste projeto.

Agradeço a meus colegas, amigos e professores que

contribuíram para minha formação, Lembrarei de todos

com carinho.

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Empreendedorismo é o estudo voltado para o

desenvolvimento de competências e habilidades

relacionadas à criação de um projeto (técnico, científico,

empresarial). Tem origem no termo empreender que

significa realizar, fazer ou executar.

O empreendedor é aquele que apresenta determinadas

habilidades e competência para criar, abrir e gerir um

negócio, gerando resultados positivos.

http://www.suapesquisa.com/o_que_e/empreendedorismo.

htm

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Denis Vitor Santos

b) Área do estágio

Administração Geral

c) Supervisor de campo

Prof. Luiz Carlos Flores – Dr.

d) Orientador de Estágio

Prof. Marcos Antônio Ribeiro Andrade - MSc

e) Professor responsável pelos estágios em administração.

Prof. Eduardo Krueger da Silva - MSc

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

Uni Júnior Orientação Empresarial

b) Endereço

Rua Uruguai, 586 – Itajaí - SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Uni Júnior Orientação Empresarial

d) Duração do estágio

240 horas.

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Professor Luiz Carlos da Silva Flores, Dr.

Responsável Uni Júnior

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Itajaí, 27 de Junho de 2009

A Empresa Uni Júnior Orientação Empresarial, pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o trabalho de

Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo acadêmico DENIS

VITOR SANTOS

____________________________________

Professor Luiz Carlos da Silva Flores, Dr.

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RESUMO

Elaborar um plano de negócio é a forma mais viável e eficiente de planejar e escrever

como a empresa será, proporcionando uma visão mais detalhada da empresa antes de abri-la,

permitindo ao empreendedor utilizar desta ferramenta iniciando suas atividades com mais

segurança. Este trabalho teve como objetivo formular um plano de negócio para identificar a

viabilidade em montar uma loja de moto peças na região do município de Balneário

Camboriú, tendo como objetivos específicos: definir o perfil do público alvo, realizar o

diagnóstico em Balneário Camboriú com objetivo de verificar sua vocação para o mercado de

moto peças e acessórios, propor um plano de negócio e elaborar ações de marketing. Este

trabalho foi desenvolvido pela pesquisa modelo quantitativo descritivo, a tipologia utilizada

foi a pesquisa diagnóstico. Para coletar os dados, foi efetuado com questionários para

empresas que utilizam a moto como meio de transporte, pessoas que dependem da moto para

trabalhar e se locomover. A análise do resultado foi demonstrado com gráficos e

entendimento em forma de texto. O resultado mostrou ser viável a elaboração da loja de moto

peças tendo que efetuar novas pesquisas em outros campos para se ter uma melhor análise do

local e gastos a serem efetuados. A conclusão do estudo indica a viabilidade do negócio,

devido ao grande aumento de venda na categoria e a busca de um empreendimento

diferenciado na região.

PALAVRAS-CHAVE: empreendedorismo, viabilidade, moto peças.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Metodologia para plano de negócio ................................................................... 40

Quadro 2: Investimento inicial ............................................................................................ 54

Quadro 3: Formula para o calculo do ponto de equilíbrio ................................................... 61

Quadro 4: Perfil dos pesquisados ........................................................................................ 77

Quadro 5: Evolução populacional ....................................................................................... 83

Quadro 6: Média anual de venda de motos ......................................................................... 84

Quadro 7: Frota .................................................................................................................... 85

Quadro 8: Variáveis dos 4 P’s ............................................................................................. 85

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Posturas Estratégicas da empresa ......................................................................... 49

Figura 2: Organograma Uni Junior ...................................................................................... 75

Figura 3: Estado civil ........................................................................................................... 78

Figura 4: Renda familiar ...................................................................................................... 79

Figura 5: Faixa etária ........................................................................................................... 80

Figura 6: Nível de escolaridade ........................................................................................... 80

Figura 7: Ocupação dos entrevistados ................................................................................. 81

Figura 8: Utilização do veículo ........................................................................................... 82

Figura 9: Dias em que efetua as compras ............................................................................ 82

Figura 10: Gasto aproximado .............................................................................................. 87

Figura 11: Comportamento dos entrevistados ..................................................................... 88

Figura 12: Referente aos acessórios .................................................................................... 89

Figura 13: Especificidade do produto .................................................................................. 90

Figura 14: Comportamento dos consumidores .................................................................... 91

Figura 15: Hábito de compras ............................................................................................. 92

Figura 16: Local onde efetua compras ................................................................................ 93

Figura 17: Motivo que freqüentaria a loja ........................................................................... 94

Figura 18: Freqüência à loja ................................................................................................ 95

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Projeções de Resultado ........................................................................................ 57

Tabela 2: Fluxo de caixa ...................................................................................................... 58

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 14

1.1 Problema de Pesquisa ....................................................................................... 16

1.2 Objetivo ............................................................................................................. 17

1.3 Aspectos Metodológicos ................................................................................... 17

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio ................................................................ 17

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa .................................................................. 18

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados.............................................. 19

1.3.4 Tratamento e análise de dados ............................................................................ 20

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 21

2.1 Administração ................................................................................................... 21

2.1.1 Administração de Marketing .............................................................................. 24

2.1.2 Administração Financeira ................................................................................... 26

2.2 Empreendedorismo .......................................................................................... 30

2.3 Planejamento ..................................................................................................... 33

2.4 Plano de Negócio ............................................................................................... 35

2.5 Estrutura de plano de negócio ......................................................................... 38

2.5.1 Sumário Executivo ............................................................................................. 41

2.5.2 A empresa ........................................................................................................... 41

2.5.2.1 A missão .......................................................................................................... 42

2.5.2.2 Objetivos da empresa....................................................................................... 42

2.5.2.3 Visão ................................................................................................................ 42

2.5.3 Plano de marketing ............................................................................................. 43

2.5.3.1 Análise de mercado ......................................................................................... 45

2.5.3.2 Análise Externa ............................................................................................... 46

2.5.3.3 Análise Interna ................................................................................................. 48

2.5.3.4 Estratégia de marketing ................................................................................... 50

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2.5.4 Plano Financeiro ................................................................................................. 51

2.5.4.1 Investimento Inicial ......................................................................................... 54

2.5.4.2 Formação de preço de vendas .......................................................................... 55

2.5.4.3 Receitas ............................................................................................................ 56

2.5.4.4 Projeção de Resultados .................................................................................... 56

2.5.4.5 Projeção de fluxo de caixa ............................................................................... 57

2.5.4.6 Projeção de balanço ......................................................................................... 59

2.5.4.7 Custos .............................................................................................................. 59

2.5.4.8 Margem de contribuição .................................................................................. 60

2.5.4.9 Ponto de equilíbrio........................................................................................... 61

2.6 A Participação dos Stakeholders ................................................................... 62

2.6.1 A influência dos empregados ............................................................................. 63

2.6.2 A influência dos acionistas ................................................................................. 65

2.6.3 A influência dos clientes..................................................................................... 67

2.6.4 A influência dos fornecedores ............................................................................ 69

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ........................................... 71

3.1 Caracterização da Organização ................................................................... 71

3.1.1 Missão ................................................................................................................. 73

3.1.2 Visão ................................................................................................................... 73

3.1.3 Objetivos ............................................................................................................. 73

3.1.4 Portfólio de Serviços .......................................................................................... 74

3.1.5 Organograma ...................................................................................................... 76

3.2 Resultado da pesquisa ................................................................................... 76

3.2.1 Pesquisa de campo .............................................................................................. 77

3.2.2 Perfil dos respondentes ....................................................................................... 78

3.2.3 Propor plano de marketing ................................................................................. 86

3.2.3.1 Preço ................................................................................................................ 87

3.2.3.2 Produto ............................................................................................................ 89

3.2.3.3 Promoção ......................................................................................................... 92

3.2.3.4 Praça ................................................................................................................ 93

4 Considerações finais .................................................................................................... 97

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5 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 99

APÊNDICE ........................................................................................................................ 104

DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTAGIÁRIO ........................................... 109

ASSINATURA DOS RESPONSAVEIS .......................................................................... 110

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1 INTRODUÇÃO

O congestionamento das cidades, associado á correria do dia a dia, tem aumentado a

procura de motos. Muitas são as pessoas que cultuam suas motocicletas, dedicando tempo e

dinheiro na sua manutenção e embelezamento.

O constante crescimento do mercado de motocicletas no Brasil conforme

FENABRAVE (Federação Nacional da Distribuição de Veículos) informa que as vendas tem

um crescimento constante, ocasionado pela capacidade do brasileiro de comprar, é o

consumidor de menor poder aquisitivo que vem aumentando o segmento venda de

motocicletas desde 1993 ininterruptamente. Com a facilidade ao acesso de crédito como a

ampliação dos prazos de pagamentos, consórcios e que agrega um número cada vez maior de

consumidores nesta linha de produto.

O constante crescimento nas vendas de motocicletas segundo IBGE comparando o

ano de 2008 com 2007, no período de janeiro a setembro onde teve um crescimento de 27%

nas vendas de moto.

A estabilidade da economia brasileira, mostrando um equilíbrio mesmo tendo seus

picos altos e pequenas quedas provocadas por algumas estratégias que o governo tenta

implantar, os consumidores mantém uma sensação de estabilidade e de controle, os reajustes

nos juros levando a baixar e o aumento na quantidade das prestações fatores que estão

facilitando aquisição de bens de consumo duráveis, proporcionando no mercado um aumento

considerável nas vendas de veículos automotores como nas motocicletas.

Este aumento de vendas consecutivo, outros acontecimentos no ramo de motos foi

elaborado este trabalho para demonstrar, descrever e identificar o mercado de moto peças em

Balneário Camboriú. Segundo a empresa especializada em veículos automotores a FENABRE

(Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores) foram emplacadas 28,18% de

motos a mais em setembro de 2008 comparando com o mesmo período de 2007 em todo

Brasil. Esta afirmação só ajuda na constituição de uma empresa voltada ao ramos de motos.

Conforme indicadores municipais da Associação dos Municípios da Faz do Rio Itajaí

– AMFRI, constatou-se um crescimento da frota de motocicletas no município de Balneário

Camboriú, entre 1998 e 2005, de 3028 para 8620 unidades com crescimento de 185%. O

mercado de Balneário Camboriú está em constante crescimento conforme informações,

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conseqüentemente a população no período de 2000 a 2007 aumentou em 28,44%,

alavancando o mercado e exigindo que novas empresas sejam abertas para suprir as

necessidades do município.

Como este mercado está em crescimento acelerado, devido também ao fácil

financiamento, custo baixo, economia na hora de abastecimento e a manutenção de peças com

valor acessível à criação de uma loja de moto peças dentro do município é positiva. Diante a

este contexto, surgiu à necessidade de investir na abertura de uma loja de moto peças.

Chiavenato (2004, p. 3), destaca que uma pessoa que inicia seu projeto de negócio ou

opera realizando idéia pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando

continuamente é considerado um empreendedor e para isso a importância de iniciar de forma

correta para correr menos riscos, já que o mercado está cada vez mais competitivo. Dornelas

(2005, p. 21), afirma que estamos na era dos empreendedores, pois estão derrubando as

barreiras comerciais e culturais, encurtando as distancias, globalizando e renovando os

conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e novos empregos, quebrando

paradigmas e gerando riqueza para sociedade. Com isso surge a oportunidade para criação de

novas empresas.

Este trabalho tem como objetivo propor um plano de negócio para abrir uma empresa

de venda de peças e acessórios para motocicletas no município de Balneário Camboriú,

proporcionando aos clientes uma opção melhor de compra e com preço acessível às

necessidades do consumidor.

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1.1 Problema de Pesquisa

Para Marconi e Lakatos (2007, p. 161), o problema de pesquisa “é a dificuldade,

teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve

encontrar uma solução”.

Em virtude do crescimento do litoral norte de Santa Catarina, destacando-se

Balneário Camboriú, que de acordo com a Prefeitura Municipal o censo de 2000 comparado

com o de 2007 teve um crescimento na população de 28,44% um aumento de 4,1% ao ano em

sua população. Isso fez com que a população procurasse uma opção mais rápida e de fácil

locomoção na cidade, haja vista que com o aumento da população o transito ficou cada vez

mais complicado.

Para tanto a criação de uma loja de peças para motocicletas é vista como uma boa

oportunidade de negócio. A loja tem como finalidade atender as necessidades das pessoas

com qualidade, serviços, atendimento especializado e principalmente com acessórios e

profissionais competentes, na qual o cliente saberá reconhecer o diferencial da loja.

O diagnóstico trará como abrir um próprio negócio, de maneira que o acadêmico

alcance mais um desafio na sua vida, na qual se orienta na teoria e desempenha os

conhecimentos e ensinamentos obtidos no período do curso de administração.

Ao criar uma possibilidade de abrir uma empresa é necessário conhecer o mercado,

avaliar os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças do ambiente. Outro motivo é a

possibilidade de agregar conhecimentos estudados durante o curso de Administração

desenvolvido pela Univali, adquirindo experiência pela prática de executar este projeto.

Assim, sendo os clientes um dos mais importantes fatores de sobrevivência das organizações,

o bom atendimento é indispensável para conseguir sua fidelidade, que busca cada vez mais

melhoria nos serviços oferecidos pelas organizações. Além de oferecer aos consumidores uma

maior variedade de opções, acredita-se que é um ramo rentável e de grande aceitação por

parte dos consumidores. Este trabalho tem como objetivo propor um diagnóstico para empresa

de peças e acessório para motocicletas.

A pesquisa tem como problema de pesquisa a busca de verificar da viabilidade em se

montar uma loja de moto peças no município de Balneário Camboriú.

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1.2 Objetivo

O trabalho de estágio tem como objetivo geral propor um diagnóstico para empresa

de peças e acessório para motocicletas em Balneário Camboriú.

Analisando o objetivo geral apresentado, identificam os seguintes objetivos

específicos:

Definir o perfil do público-alvo.

Realizar o diagnóstico em Balneário Camboriú, com o objetivo de

verificar sua vocação para o mercado de moto peças e acessórios.

Elaborar ações de Marketing.

1.3 Aspectos Metodológicos

Este item aborda os métodos e técnica que serão utilizados para o desenvolvimento

do presente trabalho.

Segundo Gil (2007, p. 27) “pode-se definir método como caminho para se chegar a

determinado fim. E método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais e

técnicos adotados para de atingir o conhecimento”.

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio

Este Trabalho caracteriza-se dentro da metodologia de proposição de planos. Foi

elaborado um diagnóstico para apresentar e definir cada passo para criação da empresa de

peças e acessórios de motocicletas em Balneário Camboriú.

A tipologia utilizada é a pesquisa diagnóstica que de acordo com Roesch (2007),

tem por objetivo realizar um diagnóstico no ambiente interno às organizações, em todas as

áreas e propor um diagnóstico. Para realização deste trabalho utilizou-se de abordagem

qualitativas e quantitativas, por julgar mais adequado quando se realizar um plano de negócio.

A abordagem qualitativa foi aplicada para que fosse possível fazer a análise dos

dados secundários que são as informações já existentes que são utilizadas, tabuladas e

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analisadas, com o objetivo de complementar novas investigações. Tais dados serão coletados

em diversas fontes e ou publicações, como IBGE, associações de usuários de motos,

sindicatos, além de outros órgãos relacionados aos objetivos da pesquisa em questão. Esta

abordagem é adequada quando se necessita fazer uma análise mais detalhada para

compreender uma dada realidade ou fenômeno (RICHARDSON, 1999).

Para a realização da pesquisa de campo o modelo utilizado é do tipo quantitativo

descritivo que de acordo com Marconi e Lakatos (2007) são investigações de pesquisa

empírica que tem como finalidade o delineamento ou análises das características de fatos ou

fenômenos. Caracteriza-se pela precisão e controle estatístico dos dados coletados, que tem

por objetivo a coleta sistemática de dados sobre a amostra de uma população. Utilizam-se

técnicas tais como: entrevistas, questionários, formulários, etc.

As autoras ainda descrevem que os estudos quantitativos descritivo têm como

principal objetivo, a representação fiel de certas peculiaridades quantitativas de uma

população como um todo, organizações ou outras coletividades.

Para este trabalho foi utilizado uma união desses dois tipos de pesquisas qualitativos

e quantitativos para elaboração do diagnóstico proposto tendo como análise o design do perfil

do público algo, realização do diagnóstico ambiental, análise e elaboração de planos

mercadológicos para propor um plano de negócios uma loja de peças e acessórios para

motocicletas.

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Segundo Barbetta (1999 p. 37), ”população consiste em o conjunto de elementos que

queremos abranger em nosso estudo e que são possíveis de serem observados com respeito às

características que pretendemos levantar”.

A amostra segundo Barbetta (1999) é a seleção dos elementos que foram

efetivamente observados, e deve ser feita sob uma metodologia adequada, para que os

resultados da amostra sejam informativos para avaliar características de toda a população. Já

para Marconi e Lakatos (2007) a amostra é uma parcela convenientemente selecionada da

população.

Compôs a pesquisa de campo empresas de moto taxis, empresários do setor de

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bebidas (distribuidoras) que utilizam para comercialização vendedores com motocicletas,

empresa de correios do município de Balneário Camboriú pelo fato do volume de entregas

nesse mesmo veículo; prefeitura e batalhão de policiamento do município de Balneário

Camboriú também pelo mesmo motivo.

Também fizeram parte dessa pesquisa IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística), ABRAM (Associação Brasileira de Motociclistas), Associação de moto taxis de

Balneário Camboriú, sites de moto peças, a revista Duas Rodas Motociclismo entre outras

fontes de informações especializadas em motocicletas.

Devido ao tamanho da população não foi possível entrevistar todos os participantes,

desta forma é imprescindível definir uma amostra, e esta foi determinada como não-

probabilística por conveniência, portanto ficou a cargo do entrevistador a seleção da amostra.

Segundo Marconi e Lakatos (2007), esta técnica confia no julgamento pessoal do pesquisador,

e não na chance de selecionar os elementos amostrais, as amostras podem oferecer boas

estimativas das características da população, mas, por ser uma amostragem subjetiva, a

variabilidade amostral não pode ser estabelecida com precisão. Como conseqüência, não é

possível nenhuma estimativa do erro amostral.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Na elaboração do diagnóstico foram utilizadas fontes primárias e secundárias, sendo

que os dados primários serão coletados por entrevista, efetuando questionários com os

consumidores em potenciais de compra, segundo Gil (2007, p. 128) questionário é a: “técnica

de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentado por

escrito às pessoas.”

Richardson (2007, p. 207) descreve a entrevista como sendo uma “técnica importante

no desenvolvimento de uma estreita relação entre as pessoas. Para este trabalho o tipo de

entrevista utilizada foi a não estruturada também conhecida como pesquisa em profundidade

que o autor descreve como sendo [...] uma técnica em que as alternativas são pré formuladas

com o objetivo de obter do entrevistado o que ele considera os aspectos mais relevantes de

determinado problema. Por meio de uma conversação guiada, pretende-se obter informações

detalhadas que possam ser utilizadas em uma análise qualitativa. Já os dados secundários

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serão aplicados na análise documental, pois “são aqueles que já foram coletados, tabulados,

ordenados, e às vezes até analisados e que já estão catalogados à disposição dos interessados”

(MATTAR, 1999, p. 48). Para Roesch (2005), fontes são utilizadas para complementar

entrevistas ou outros métodos de coleta de dados.

1.3.4 Tratamento e análise de dados

Nesta etapa foram analisados os dados propostos e coletados para execução do

presente trabalho. A informação colhida pelo pesquisador será analisada pela técnica de

análise de conteúdo e apresentadas em forma de textos explicativos, organizados e

apresentados em gráficos e tabelas.

Conforme Roesch (2007, p. 170), este “a análise de conteúdo busca classificar

palavras, frases, ou mesmo parágrafos em categorias de conteúdo”. Será feita uma análise

qualitativa, organizada pelas ações implementadas. Estas técnicas foram utilizadas, pois será

necessário descrever e interpretar os dados coletados. No caso do presente trabalho foram

levantadas algumas informações a partir das análises das respostas dos entrevistados,

quantificando os dados e comparando-os com os dados de fonte secundarias.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo, apresenta-se a revisão teórica necessária para o tema proposto onde

os temas que serão abordados são: a administração, o empreendedorismo, e o diagnóstico.

2.1 Administração

A Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar a aplicação

dos recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e

eficaz. A administração sempre leva em consideração os objetivos organizacionais a serem

alcançados (CHIAVENATO, 2005).

A Administração é um complexo processo de tomar decisões a respeito de recursos

e objetivos a serem com eles alcançados. A finalidade deste processo é buscar o

alcance de objetivos por meio da utilização de recursos. Assim, a Administração é

necessária quando há uma situação envolvendo pessoas que utilizam recursos para

atingir algum objetivo. (CHIAVENATO, 2005, p. 5)

Conforme Megginson, Mosley e Pietri (1998), a Administração é o trabalho com

recursos humanos, financeiros e materiais, para atingir objetivos organizacionais através do

desempenho das funções de planejar, organizar, liderar e controlar. Deve-se notar que a

finalidade da administração é estabelecer e alcançar o objetivo, ou objetivos da organização.

Segundo Drucker (1974, p.22), “a Administração é o órgão, aquilo que dá vida, o

agente, o órgão dinâmico da instituição que ela administra. Sem a instituição, por exemplo, a

empresa, não haveria a administração”.

A administração sempre existiu, desde a antiguidade, ela, surgiu naturalmente da

necessidade do homem de obter organização e controle sobre seus atos. A evolução tem sido

rápida, com ela surgem às dificuldades e necessidades. Com o princípio do comércio ainda na

época do escambo (permuta), começou a ter um aumento no fluxo (giro) dos produtos, e o

homem começou a praticar a administração. Não teria como obter resultados dos trabalhos ou

dos produtos comercializados.

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Tem origem latina, gerere e administrare. Gerere significa conduzir,

dirigir ou governar. Administrare tem aplicação específica no sentido

de gerir um bem, defendendo os interesses dos que o possuem.

Administrar seria, portanto, a rigor, uma aplicação de gerir.

(FERREIRA; PEREIRA, 2002, p. 06).

Cabe ressaltar que a administração, pode ser aplicada a qualquer tipo ou tamanho de

organização e tem como principal objetivo fazer as coisas por intermédio das pessoas

Houve várias abordagens administrativas desde 1903, quando Taylor apresentou o

primeiro estudo científico dos métodos de gestão sob forma de teoria (FERREIRA;

PEREIRA, 2002).

Entre elas está a Abordagem Clássica que objetiva a eficiência do trabalhador,

determinando um modo correto (encontrado por meio de estudo metódico) de executar a

tarefa. Dentro desta abordagem encontram-se duas teorias: a Administração Científica e a

Teoria Clássica.

A Administração Científica, com ênfase nas tarefas, possuindo quatro princípios:

planejamento, preparação, controle e execução.

E a Teoria Clássica que “caracterizava-se pela ênfase na estrutura que a organização

deveria possuir para ser eficiente” (CHIAVENATO, 2000, p. 98).

De acordo com Ferreira; Pereira (2002), mais tarde surge a Abordagem Humanística.

Com ela, a teoria administrativa sofre uma verdadeira revolução conceitual: a transferência da

ênfase antes colocada na tarefa (pela administração científica) e na estrutura organizacional

(pela teoria clássica da administração) para a ênfase nas pessoas que trabalham ou que

participam nas organizações.

Entre a Abordagem Humanística e a Teoria das Relações Humanas estão as Teorias

Transitivas. Essas teorias transitivas contribuíram com três novos princípios para a

administração, que segundo Chiavenato (2000, p.204)

[...] a administração é uma arte que requer liderança e, sobretudo, a

inclusão de objetivos pessoais e públicos entre os objetivos da

organização, a situação é que deve determinar o que é certo e o que é

errado, a organização é um sistema social baseado na participação e na

cooperação das pessoas para alcançar objetivos comuns.

Só então, surge a Teoria das Relações Humanas que desloca novamente o foco das

teorias administrativas. Desta vez para a ênfase nas pessoas. Esta teoria tem seu marco na

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Experiência de Hawthorne, a qual comprovou a preponderância do fator psicológico sobre o

fator fisiológico. (CHIAVENATO, 2000).

Verificando com a Mckenna (1997), Elton Mayo é reconhecido com “pai das

relações humanas”, pois foi capaz de demonstrar, através das experiências em Hawthorne, que

um tratamento humano e respeitável aos empregados compensa por longo prazo procurando

identificar problemas relativos à insatisfação e aos conflitos humanos no trabalho.

Em seguida, tem-se a Abordagem Neoclássica, que nada mais é do que a Teoria

Clássica colocada no figurino das empresas de hoje, com base em um ecletismo que aproveita

a contribuição das demais teorias administrativas.

A administração possui várias áreas de estudo, relacionadas e conceituadas a seguir:

Roesch (2005, p. 42) afirma que “as áreas de administração geral e pública

incorporam a maioria dos desenvolvimentos da teoria organizacional”.

A área de Recursos Humanos busca basicamente compatibilizar as necessidades de

curto prazo das pessoas com os objetivos de longo prazo das organizações que para Mckenna,

(1997, p.201)

[...] evoluiu, no último século, de aspectos limitados, como contratar e

demitir, para uma visão mais ampla dos funcionários como pessoas

complexas com uma série de necessidades. Os gerentes de hoje assumem a

visão mais ampla no gerenciamento dos recursos humanos.

Mas conforme a publicação do Conselho Federal de Administração que é baseada na

lei no. 4769 entre as áreas de atuação do administrador estão à produção, financeira e

mercadológica. A administração da Produção consiste no controle da produção, pesquisas de

produção, planejamentos de produção, planejamento e análise de custo.

A produção e sistemas, para Roesch (2005), em sua versão quantitativa, trabalham

com modelos de planejamento da produção, modelos de previsão e com a aplicação de redes

PERT/COM, bem como com sistemas de informação gerencial e sistemas de apoio à decisão.

Já, a administração financeira corresponde às responsabilidades do administrador

financeiro em uma organização. Nos últimos anos, com as grandes mudanças no ambiente

econômico e regulatório elevaram a importância e a complexidade das responsabilidades do

administrador financeiro, em conseqüência disto muitos dos altos executivos das organizações

provêm da área financeira. (BRAGA, 1995).

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A área de finanças da empresa concentra-se na questão do gerenciamento

financeiro da organização, sendo seus tópicos principais o planejamento e o

controle financeiro, a análise financeira, a análise de investimentos, a gestão

do capital de giro, o custo e a estrutura de capital e a política de dividendos.

A segunda subárea, de Finanças ou Mercado de Capitais, tem seu foco

centrado no gerenciamento e precificação de ativos em situações de risco. (ROESCH, 2005, p. 45)

Conforme Chiavenato (1994), a teoria da administração é um meio de

operacionalizar conceitos e ideologias a respeito das organizações; tratando do estudo da

administração das organizações em geral e das empresas em particular.

2.1.1 Administração de Marketing

A administração de marketing se apresenta basicamente através dos instrumentos do

composto promocional (produto, preço, praça e promoção) que foram desenvolvidos como o

propósito de estreitar os vínculos do fabricante com o cliente. A promoção é responsável pelo

processo de comunicação com os clientes, através de meios como a propaganda, a venda

pessoal, as relações públicas, o merchandising e a publicidade.

Segundo Cobra (2006) há uma tendência no país para que cada vez mais empresas

adotem a propaganda como meio de difusão e venda de seus produtos e/ou serviços. Os

empresários são obrigados hoje, em virtude da forte concorrência, a cada vez mais confiarem

na propaganda para manter ou aumentar o volume dos negócios e dos lucros.

Marketing, mais do que outra função de negócio, lida com os clientes, cria valor e

satisfação para o cliente é o ponto central do pensamento e da prática do marketing moderno.

Tendo como objetivo dar satisfação ao cliente de forma lucrativa. A meta do marketing é

atrair novos clientes prometendo um valor superior e manter os clientes atuais dando-lhe

satisfação.

Ainda conforme Cobra (2006) pode-se definir o marketing como o processo social e

gerencial através dos quais indivíduos e grupos obtém aquilo que desejam e de que

necessitam, criando e trocando produtos e valores uns com os outros. Alem disso o papel do

marketing é então identificar necessidades insatisfeitas, de forma a colocar no mercado

produtos ou serviços que, ao mesmo tempo, irão proporcionar satisfação dos consumidores,

gerando resultados auspiciosos aos acionistas e ajudando a melhorar a qualidade de vida das

pessoas e da comunidade em geral.

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Necessidades, desejos e demandas, o conceito mais básico e inerente ao marketing é

o das necessidades humanas. Necessidade humana é estado de carência percebida. Desejos

são as necessidades humanas moldadas pela cultura e pelas características individuais, os

desejos são descritos como objetos que satisfazem as necessidades, à medida que, o homem

vai sendo exposto a objetos que despertam seu interesse e desejo, as empresas tentam fornecer

produtos e serviço que satisfaçam esses desejos. O produto é qualquer coisa que possa ser

oferecido ao mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo, qualquer coisa capaz de

satisfazer uma necessidade pode ser chamada de produto. Os profissionais de marketing usam

em geral as expressões bens e serviços para distinguir entre os produtos físicos e produtos

intangíveis. Portanto, o termo produto inclui bens físicos, serviços e uma variedade de outros

veículos que possam satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores. (BAKER, 2005).

Verificando valor, satisfação e qualidade, os consumidores em geral têm à sua frente

uma grande gama de produtos que podem satisfazer uma dada necessidade, como eles

escolhem entre esses vários produtos e serviços, escolhe com base no valor que os vários

produtos e serviços oferecem.

O valor para o cliente é a diferença entre os valores que ele ganha comprando e

usando um produto e os custos para obter esse produto. Segundo Godin (2000), os clientes em

geral, não julgam os valores e os custos do produto com exatidão e objetividade. Eles agem

sobre o valor percebido. A satisfação do cliente depende do desempenho do produto

percebido com relação ao valor relativo às expectativas do comprador. Se o desempenho faz

às expectativas, o comprador fica satisfeito. As companhias voltadas para marketing desviam-

se do seu caminho para manter seus clientes satisfeitos. A chave é equilibrar as expectativas

do cliente com o desempenho da empresa.

A gestão de qualidade total (TQM), idealizados para melhorar sempre a qualidade

de seus produtos, serviços e processos de marketing. A meta fundamental do movimento atual

de qualidade total tornou-se a satisfação total do cliente. O marketing ocorre quando as

pessoas decidem satisfazer necessidades e desejos através de troca, com isso, a troca é ato de

obter-se um objeto desejado dando alguma coisa em retribuição. A troca é apenas uma das

várias maneiras de se obter um objeto desejado.

De acordo com Brown (2002), troca é o conceito central do marketing. Para que haja

uma troca, várias condições devem ser satisfeitas. A transação consiste em uma troca de

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valores entre duas partes. O marketing de transação faz parte da idéia mais ampla de

marketing de relacionamento. Além de criar transações em curto prazo, os profissionais de

marketing precisam construir relacionamentos em longo prazo com clientes, distribuidores,

comerciantes e fornecedores.

Verificando com Kozel (1997), mercado é caracterizado pelo grupo de compradores

reais e potenciais de um produto, esses compradores têm uma necessidade ou desejos

específicos, que pode ser satisfeito através da troca.

Originalmente o termo mercado referia-se ao lugar onde os compradores e

vendedores se reuniam para trocar seus bens. No entanto, os profissionais de marketing vêem

os vendedores como uma indústria, e os compradores com um mercado. Os homens de

negócios usam o termo mercados para referir-se a vários grupos de clientes.

O significado de marketing conforme Cobra (2006) apresenta marketing com o

significado de administrar mercados para chegar a trocas, com o propósito de satisfazer as

necessidades e desejos do homem. Essa constatação do autor remete, novamente, à definição

de marketing como um processo pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que precisam e

desejam através de trocas de produtos e valores.

Cabe ressaltar que os processos de troca envolvem o trabalho dos vendedores em

buscar seus compradores, identificar suas necessidades, criar bons produtos e serviços,

determinar seus preços promovê-los, armazená-los e entregá-los.

Assim, atividades como desenvolvimento de produtos, pesquisa, comunicação,

distribuição, preço e serviços são as atividades centrais do marketing.

A busca por inovação dentro do marketing é fundamental também para adequar os

produtos as necessidades dos clientes trazendo evoluções na marca administrando e elevando

o valor do produto. Tem ambição de aumentar margem e reduzir o custo do produto, tornando

competitivo entre os concorrentes, buscando atingir espaço no mercado.

2.1.2 Administração Financeira

A administração financeira é essencial para o sucesso de uma organização. Quando

gerenciamos as receitas, os custos e outros indicadores financeiros com rapidez e

confiabilidade tornam seguras as tomadas de decisões financeiras de curto, médio e longo

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prazo, que viabilizarão o crescimento dos negócios da empresa.

Sendo considerado um dos setores básicos de uma empresa, Braga (1995) ressalta

que administração financeira é um conjunto de ações e procedimentos administrativos que

envolvem o planejamento, a análise e o controle das atividades financeiras da empresa. Desta

maneira é possível planejar e controlar para que nenhum projeto deixe de ser concluído por

falta de recursos.

Ainda assim, a empresa deve cumprir com suas obrigações sociais, dentre elas:

atender às exigências da legislação do país, pagar os impostos e controlar as agressões que os

produtos produzidos possam fazer ao meio ambiente. Tendo, como objetivo da administração

financeira, melhorar os resultados apresentados e aumentar o valor do patrimônio líquido.

Para iniciar o estudo em Administração Financeira, deve-se, primeiramente,

compreender o significado de Finanças, que é a arte e a ciência de administrar fundos.

Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam,

ou investem. Finança ocupa-se do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos

na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos. (GITMAN, 2003, p. 4).

As oportunidades de carreira em Finanças consistem em três áreas inter-relacionadas,

os Mercados Monetários de Capitais, os Investimentos e a Administração Financeira.

Os Mercados Monetários de Capitais refere-se aos mercados de títulos (hipotecas,

cédulas de financiamento, certificados de depósito) e de instituições financeiras (bancos,

empresas de seguro, bancos de investimentos, instituições de poupança e empréstimo e

cooperativas de crédito).

Os Investimentos estão voltados para as decisões dos investidores, indivíduos e

instituições financeiras, referente aos títulos para suas carteiras de investimentos. A

Administração Financeira engloba e efetiva administração de uma empresa. ”Administração

Financeira é a arte e a ciência de administrar recursos financeiros para maximizar a riqueza do

acionista.” (LEMES JUNIOR; MIESSA RIGO; CHEROBIM, 2002, p. 5).

A Administração Financeira é exercida nas mais diversas organizações, comércio ou

serviços, empresas estatais ou privadas, voltadas ou não para o lucro, governo, escolas,

hospitais e clubes recreativos.

A característica da Administração Financeira é projetar, planejar, controlar e agir

dentro da organização. O papel principal da Administração Financeira, de acordo com

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Oliveira (2007), é: Gerir todos os tipos de recursos, entradas e saídas, e principalmente as

projeções de receitas e despesas, para que não haja “furo” no fluxo de caixa e isso faça com

que aquele lucro que seria da empresa passe a ser um prejuízo. A administração financeira é

responsável pelo planejamento de compras, o planejamento de vendas, propaganda, marketing

e analisa as peças contábeis. A Administração Financeira é um elo entre todos os

departamentos da empresa, não existe nenhum departamento que possa caminhar sozinho,

todo aquele que começa a caminhar sozinho leva a empresa a algum insucesso, e a

administração financeira é exatamente esse elo, tudo passa pelo caixa, que é de onde entra e

sai dinheiro (pagamento de salários, transporte, pessoas terceirizadas, matéria-prima,

fornecedores, impostos), sendo assim, ela deve informação para todos os departamentos e

todos os departamentos devem informação a ela.

A função financeira é executada pelo administrador financeiro, o principal

responsável pela criação de valor da empresa se envolvendo cada vez mais com os negócios

da empresa como um todo. Cabe ao administrador financeiro planejar, acompanhar e

controlar as atividades e projetos da empresa, de forma a assegurar que os objetivos de

resultados estabelecidos sejam cumpridos. (LEMES JUNIOR; MIESSA RIGO; CHEROBIM,

2002, p. 12).

O administrador financeiro, segundo Oliveira (2007), não pode interferir na

administração do custo fixo, variável, gasto, despesa, todos tem que ser respeitados, porém

pode usufruir desses valores para avaliação financeira. O grande problema do administrador

financeiro é saber até onde vai o seu poder, e qual é sua influencia dentro da organização, e

não se empolgar como sendo a peça principal, não existe peça principal, o que existe é um

caixa central sob a administração de uma pessoa responsável pelas finanças.

Esse profissional além de conhecer a empresa, precisa ter conhecimento em

Contabilidade de Custos, Contabilidade Gerencial e estar sempre atento ao mercado, para

saber onde aplicar o dinheiro. Ele deve ter um perfil dinâmico, não esperar acontecer, deve

agir rápido.

Relatórios contábeis contêm uma variedade de conceitos e termos de custos

representando muita informação. Administradores que compreendem esses conceitos e termos

são capazes de utilizar melhor as informações geradas, assim como de evitar o mau uso dessas

informações. Uma compreensão comum do significado de conceitos e termos de custos

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facilitam a comunicação entre os administradores e os contadores gerenciais. (HORNGREN;

DATAR; FOSTER, 2004, p. 25)

Os administradores devem combinar o conhecimento das oportunidades e ameaças

que existem no mercado com os recursos e capacidade de sua empresa. Essa análise

normalmente começa pelos ativos do balanço patrimonial, fornecido pela Contabilidade de

Custos, em que o contador gerencial encontra as informações para ajudar os administradores a

reconhecer os pontos fortes da empresa, assim como os pontos fracos e as oportunidades para

construir novas capacidades, (HORNGREN; DATAR; FOSTER, 2004).

Os administradores usam a informação da contabilidade gerencial para escolher a

estratégia, comunicá-la e determinar a melhor maneira de implementar. Utilizam a informação

da contabilidade gerencial para coordenar as decisões sobre o projeto, a produção e a

comercialização de um produto ou serviço. (HORNGREN; DATAR; FOSTER, 2004, p. 1).

Gitman (2003) sintetiza que o objetivo da administração financeira está ligado ao

objetivo da empresa: maximização de seu lucro e de seus acionistas. Tendo por função criar

mecanismos de análise e controle, para orientar e influir nas tomadas de decisão que,

conseqüentemente, refletem em maior retorno financeiro para a empresa, pois “[...] lucro é a

melhor medida do sucesso da administração de uma entidade de negócios em uma economia

competitiva.” (GUERREIRO, 1989, p.194).

Além do retorno financeiro, a administração financeira deve cuidar também, como

exposto por Oliveira (2007) da manutenção de certo nível de liquidez da empresa (fluxo de

caixa), permitindo disponibilidade de recursos para sustentar suas atividades do dia a dia,

como produção, marketing, compras e desenvolvimento de produtos. Sanvicente (1987)

confirma ao escrever: [...] a área financeira tem como atribuição controlar os recursos e

fornecer informações requeridas pelas diversas áreas de responsabilidade, receber e gerenciar

os recursos financeiros gerados nas atividades da empresa, além de aplicar os recursos

excedentes, com a melhor rentabilidade possível.

A ciência contábil da continuidade parte do pressuposto que “[...] a Contabilidade

atende a uma empresa que está operando e assim permanecerá indefinidamente”.

(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 1993), dentro de um mercado altamente

competitivo a empresa é criada para a continuidade, mas, para garantir sua existência ela

precisa buscar constantemente a otimização de seus resultados e de seus acionistas, por isso a

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“[...] administração financeira está presente nas empresas para orientar, do ponto de vista

financeiro, as decisões e para responder como estas decisões deve ser tomadas para

maximizar o valor da empresa.” (MOREIRA, 1999).

2.2 Empreendedorismo

A visão do empreendedor é fundamental, uma conseqüência lógica de implantação

do seu próprio negócio surge mostrando os caminhos corretos para que seu empreendimento

tenha contexto e solidez. A análise a ser feita pelo empreendedor é primordial, assim a

empresa será estável, terá princípios e objetivos, obtendo uma forma correta de conhecimento

do mercado a ser atingido e não tendo problemas como algumas empresas que abrem e em um

período de tempo pequeno não conseguem se manter ou ter uma administração correta para

levar a empresa ao crescimento.

A nova tendência dentro do empreendedorismo se tornou muito importante, pois o

crescimento de novas empresas e com as oportunidades que o mercado proporciona, o

empreendedor tem sido uma das pessoas mais oportunista devido sua visão holística e gostar

do que faz, derrubando barreiras com a criação de novos empreendimentos e modificando

conceitos no mundo.

Conforme Dornelas (2005), um exemplo inicial da definição de empreendedorismo

como “intermediário” pode ser creditado a Marco Pólo, que na época estabeleceu uma rota

comercial para o Oriente. Como empreendedor Marco Pólo, assinou um contrato com uma

pessoa de recursos (conhecido atualmente como capitalista de risco) para vender suas

mercadorias. Enquanto o capitalista corria riscos passivamente, o aventureiro empreendedor

intermediava o transporte, assumindo os riscos ativamente, correndo todos os riscos físicos e

emocionais.

Com o passar do tempo, a definição de empreender evoluiu conforme a estrutura

econômica mundial passava por transformações, tornando-se mais complexa. Desde seu

inicio, na Idade Média, o termo foi usado para se fazer referência às ocupações especificas, a

noção de empreender foi refinada e ampliada, passando a incluir conceitos relacionados com a

pessoa, uma vez que, era relacionado com a ocupação (DORNELAS, 2005; DOLABELA,

1999).

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Isto tem ocasionado certa confusão de definições, pois muitas pessoas têm

considerado o empreendedorismo como sendo sinônimo do ato de abrir empresas. Conceitos

mais abrangentes mostram que o empreendedorismo vai além do ato de abrir novas empresas

e que pode estar relacionado a vários tipos de organizações, em vários estágios de

desenvolvimento. O ato de empreender está relacionado à identificação, análise e

implementação de oportunidades de negócio, tendo como principal objetivo à inovação e a

criação de valor.

Isto pode acontecer através da criação de novas empresas, mas também ocorre em

empresas já estabelecidas, organizações com enfoque social, entidades de natureza

governamental entre outros.

Para se destacar num mercado cada vez mais competidor, segundo Drucker,

considerado “o pai da administração moderna”, os empreendedores não devem se limitar aos

seus próprios talentos pessoais e intelectuais para levar a cabo o ato de empreender, mas

mobilizar recursos externos, valorizando a interdisciplinaridade do conhecimento e da

experiência, para alcançar seus objetivos.

Trata-se de um dos paradoxos da gestão, pois para que uma organização se mantenha

sustentável, deve constantemente promover a mudança. Em uma boa parte das vezes as

empresas procuram promover pequenas mudanças, cujo somatório permite manter-se à frente

dos concorrentes. Essa sutil alteração é obra do trabalho dos empreendedores que se

encontram nas organizações.

No Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força na década de 1990, durante

a abertura da economia. A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, uma

condição importante para o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns setores

que não conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos

e de confecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o país precisou

mudar. Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se modernizar para poder

competir e voltar a crescer. O governo deu início a uma série de reformas, controlando a

inflação e ajustando a economia, em poucos anos o País ganhou estabilidade, planejamento e

respeito. A economia voltou a crescer. Só no ano 2000, surgiu um milhão de novos postos de

trabalho. Investidores de outros países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as

exportações aumentaram. Juntas essas empresas empregam cerca de 40 milhões de

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trabalhadores.

Segundo Dornelas (2005), o processo empreendedor envolve todas as funções, ações

e atividades integradas com a percepção de oportunidades e a criação de meios para persegui-

las.

O estimulo que impulsiona o empresário ao sucesso é, sem dúvida, à vontade de

enfrentar o desafio de abrir o próprio negócio. Mas em conjunto a essa vontade, tem que

haver disposição para aprimorar conhecimentos e, para desenvolver comportamentos

adequados a empreendedores bem sucedidos. E na busca de se tornar um bom empreendedor

segundo Dornelas (2005) é essencial que possuam algumas habilidades classificadas em três

áreas: técnicas, gerenciais e características pessoais.

As habilidades técnicas envolvem saber escrever, saber ouvir as pessoas e captar

informações, ser um bom orador, ser organizado, saber liderar e trabalhar em equipe.

As habilidades gerenciais incluem as áreas envolvidas na criação, desenvolvimento e

gerenciamento de uma nova empresa: marketing, administração, finanças, operacional,

produção, tomada de decisão, controle das ações da empresa e ser um bom negociador.

As características pessoais incluem ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ser

orientado a mudanças, ser persistente e ser um líder visionário.

O autor complementa que onde existe esse talento, há a oportunidade de crescer,

diversificar e desenvolver novos negócios. Mas talento sem idéias é como uma semente sem

água. Quando o talento é somado à tecnologia e as pessoas têm boas idéias viáveis, o processo

empreendedor está na iminência de ocorrer.

Schumpeter (1949, apud DORNELAS, 2005) tem uma abordagem diferente, para

esse autor, o empreendedor é aquele que quebra a ordem corrente e inova,criando mercado

com uma oportunidade identificada.

O autor refere-se ao empreendedor como aquele que destrói a ordem econômica

existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de

organização ou pela exploração de novos recursos e materiais e pode ser conhecido ainda

como aquele que cria novos negócios, mas pode também inovar dentro de negócios já

existentes; ou seja, é possível ser empreendedor dentro de empresas já constituídas.

Contudo, ambos são enfáticos em afirmar que o empreendedor é um exímio

identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe

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que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.

Com a idéia de negócio bem definida o empreendedor, segundo Dornelas (2005)

começa a passar por algumas fases até o momento de gerenciar sua empresa criada, que se

denomina processo empreendedor.

O autor conclui que a primeira fase é quando o empreendedor já tem definido qual

será seu tipo de negócio; na segunda, será desenvolvido o plano de negócio propriamente dito;

na terceira buscam-se recursos que são necessários para o desenvolvimento de sua empresa

(capital pessoal, financiamento com entidades financeiras, incubadoras e outros) e finalmente

na quarta fase é feita a caracterização da empresa de acordo com o modelo de gestão adotado

e que vise minimizar os problemas e identificar prioridades na implementação das ações

visando sempre o sucesso do negócio.

Pode-se concluir com isso que o empreendedorismo é um conjunto de experiências

vividas e adquiridas que somadas fazem que o empreendedor seja uma ferramenta tão especial

para o sucesso do negócio. A análise realizada pelo empreendedor vai além do foco de visão

de administradores não empreendedores, torna-se possível então, observar oportunidades e

também os riscos existentes, que poderiam ser simplesmente ignorados, comprometendo a

criação, a sobrevivência e o êxito da organização.

2.3 Planejamento

Planejar é ordenar as idéias, priorizando os objetivos da empresa, estabelecendo o

como e o quando serão alcançados. Identificamos onde estamos e onde queremos chegar,

desenvolvendo um plano de ações para atingir as metas almejadas.

Sendo o planejamento o primeiro item a trilhar, Megginson, Mosley e Pietri (1998, p.

18) ressaltam que “todas as outras funções dependem desta, pois não serão bem-sucedidas

sem um planejamento e uma tomada de decisão adequada, completa e contínua”. Faz parte

desta função, checar e corrigir o desenvolvimento das ações propostas, para chegar ao término

do prazo com os objetivos plenamente atingidos.

Dedicamos mais tempo a planejar para evitar problemas na fase de execução.

Montana e Charnov (2003) ressaltam a importância do planejamento no dia-a-dia dos

gerentes. Um bom plano de ação permite analisar os problemas, corrigir rotas minimizando

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erros que possam comprometer a execução do projeto.

O planejamento estratégico é um comportamento proativo, facilita a filosofia de

administração da organização, além de ser um processo viável, permite a identificação das

oportunidades e ameaças que possam surgir no ambiente atual e futuro. De acordo com

Oliveira (1993, p. 36):

Planejamento estratégico é a metodologia gerencial que permite estabelecer a

direção a ser seguida pela empresa, visando maior grau de interações com o

ambiente. Cita também a organização estratégica como sendo alocação dos

recursos da empresa para interagir ativamente com as realidades e cenários

ambientais.

Independentemente do modelo de planejamento estratégico adotado, algumas

características são comuns a maior parte das metodologias existentes. Entre os autores, há um

consenso que o planejamento estratégico de uma empresa deve conter pelo menos seis etapas

distintas: definição de um grupo patrocinador que identifique e exponha suas expectativas;

análise dos aspectos internos à empresa; análise do ambiente que influi na empresa;

estabelecimento de metas e objetivos; formulação de projetos ou planos; e avaliação e

controle do plano.

Os autos apresentam quatro tipos de metodologias de autores nacionais (OLIVEIRA,

2001; RASMUSSEM, 1990; VASCONCELOS FILHO, 1983 e ALMEIDA, 2001), em que

identifica as seis etapas mínimas descritas anteriormente.

Segundo Almeida, (2001), ao discursar sobre o seu processo de estabelecimento a

estratégia alerta para o fato de que existem muitas outras formas de se desenvolver o

planejamento estratégico, segundo a visão de outros autores e de essas outras formas também

conduzem ao estabelecimento da estratégia.

Conforme descrito por Terence (2002), quando discursa as metodologias de

planejamento estratégico ressalta que a vasta literatura sobre planejamento estratégico

apresenta diversas abordagens com muitos pontos em comuns e pequenas variações.

Para melhor entendimento da metodologia de planejamento estratégico, segue-se

aqui o modelo apresentado por (OLIVEIRA, 1991), explicando de forma geral as fases da

metodologia de elaboração e implementação do planejamento estratégico como uma

ferramenta de melhoria no processo. O auto parte da premissa da metodologia onde

primeiramente se define em termos da empresa como um todo ”como se está” e depois

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estabelece “aonde se quer chegar”.

Segundo Oliveira (2007, p.34), o planejamento pode ser conceituado como um

processo, considerado os aspectos desenvolvidos de modo eficiente, eficaz e efetivo, para o

alcance da situação desejada.

“O processo de planejar envolve, portanto, um modo de pensar, em um

salutar modo de pensar envolve indagações; e indagações envolvem

questionamentos sobre o que fazer, como, quando, quanto, para quem, por

que, por quem e onde.” (OLIVEIRA, 2001, p. 35)

De acordo com Farias (1997, p. 72), “o planejamento é considerado como uma

função Primordial a ser desempenhado dentro da empresa, ele determina os objetivos e os

tipos de controle necessários”. Afirma ainda o autor que sem o planejamento de suas ações, as

empresas, diminuem as incertezas e as modificações, concentrando sua atenção nos objetivos.

Mesmo porque não existe um modelo ou formula de se planejar. É preciso que os

administrados formulem ações e decisões futuras, estando preparado para se adaptar as

mudanças.

Farias (1997) cita algumas características do planejamento como, permanente e

continuo, estar sempre voltado para o futuro, visa à racionalidade e à tomada de decisões,

considera a empresa como um todo (sistêmico), seleciona dentre as diversidades alternativas a

mais adequada e aloca recursos.

2.4 Plano de Negócio

O plano de negócio é um documento escrito que tem o objetivo de estruturar as

principais idéias e opções que o empreendedor deverá avaliar para determinar quanto à

viabilidade da empresa a ser criada (PEREIRA 1995).

O plano de negócio, de acordo com Dornelas (2005), surgiu nos anos 90, por

exigência dos setores de desenvolvimento de software. Entretanto, sua popularização se

estendeu em prol do empreendedorismo, no fim da década.

Um plano de negócio é um resumo escrito do que você espera conseguir em seu

negócio e como pretende atingir este objetivo. Ele deve conter metas e objetivos

claros, com uma explicação de como você pretende administrar seus recursos,

ou seja, suas instalações, equipamentos e funcionários, bem como, suas

finanças, para atingir estas metas e objetivos. (STONE, 2001, p. 3)

Surgindo o Plano de Negócio como uma ferramenta indispensável no mundo dos

negócios, veio para diminuir os riscos existentes e ampliar o uso das oportunidades. Com essa

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ferramenta o gestor consegue fazer um feedback, pois ele tem a situação atual e o passado da

empresa, um olhar sobre o mercado, concorrentes e outros elementos que compõem o cenário

de uma organização.

Uma boa idéia para um negócio é essencial para o sucesso, mas não basta. É preciso

um bom Plano de Negócios para que se possa transformar uma idéia ou oportunidade em um

bom negócio. Um Plano de Negócios pode ser elaborado para análise dos sócios, investidores,

empregados, parceiros, mercado ou público em geral.

O objetivo do Plano de Negócios é retratar a empresa e o negócio que se pretende

empreender. Ele deve conter a descrição dos seus produtos ou serviços, do

mercado-alvo e da competição, a estrutura organizacional e o pessoal necessário,

os orçamentos e as demonstrações financeiras para os cenários idealizados.

(SALIM. et al, 2001, p. 49)

O Plano de Negócios passa a ser crucial para o sucesso da empresa, pois fica mais

fácil administrar com um caminho planejado e, da mesma forma, corrigir os rumos caso haja

desvios do planejado ou erros de avaliação.

Outro conceito de Plano de negócio é que:

É uma linguagem para descrever de forma completa o que é ou o que

pretende ser uma empresa. Esta é a avaliação da idéia, a análise de sua

viabilidade como negócio. Ele emula forma de percepção e apreensão

da realidade utilizada pelo empreendedor. (DOLABELA, 1999, p.127).

Com uma boa estrutura de Plano de negócio, permite identificar os riscos e propor

planos para minimizá-los ou até mesmo evitá-los, levantar pontos fortes e fracos e definir uma

estratégia de marketing para os produtos e serviços.

Uma pesquisa realizada pelo SEBRAE-SP com empresas criadas no período de 1997

a 2001, que foi divulgada no final de 2003 revela que os fatores de mortalidade das empresas

nacionais se dão principalmente por: (1) falta de planejamento, (2) deficiências de gestão

(gerenciamento do fluxo de caixa, vendas/comercialização, desenvolvimento de produto), (3)

políticas de apoio insuficientes, (4) conjuntura econômica e (5) fatores pessoais (problemas de

saúde, criminalidade e sucessão).

Dornelas (2005) alerta que o índice de mortalidade das micro e pequenas empresas

(MPE) brasileiras, nos primeiros anos de existência, atingindo percentuais próximos aos 70%

ou mais, o que tem sido motivo de discussões na sociedade. Neste sentido, o plano de negócio

é parte essencial do processo empreendedor, é necessário que os empreendedores saibam

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planejar suas ações, traçar estratégias em empresas a serem criadas ou que estão em

crescimento.

Pode ser usado por todo e qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho

em realidade, seguindo o caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador.

As oportunidades geralmente são únicas e não podem ser desperdiçadas. O administrador

deve ter o seu plano de negócios como seu cartão de visita, sempre a mão e elaborado de

maneira primorosa e cuidadosamente revisado.

Dornelas (2005, p. 43) descreve as fases do processo empreendedor como: identificar

e avaliar a oportunidade; desenvolver o plano de negócios; determinar e captar os recursos

necessários e gerenciar a empresa criada.

Aparentemente, Micros e Pequenas Empresas existentes não têm muita influência na

vida de um País, porém a participação dessas no comércio, nos serviços, na indústria, na

geração de novos negócios, empregos e renda superam participação das médias e grandes

empresas.

Micros e Pequenas Empresas enfrentam diversos problemas, tais como: carga

tributária elevada, inadimplência dos clientes, burocracia, despesas com aluguéis, falta de

máquinas e equipamentos adequados, taxa de juros elevadas, falta de capital, concorrência de

outras empresas, entre outros. Estas dificuldades muitas vezes são superadas quando estas

empresas formam as associações.

Segundo Sabino (2007), micro e pequenas empresas são o resultado de uma política

de desburocratização, iniciada em 79 pelo governo brasileiro.

Para a autora, grandes oportunidades surgiram para elas com a abertura do mercado

na década de 90 quando grandes empresas estrangeiras se instalaram aqui e passaram a

terceirizar parte de sua produção com outros pequenos empreendimentos especializados.

Estudos realizados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE), entre os anos de 2000 e 2002, demonstram que a vida das micro e pequenas

empresas brasileiras eram curtas. Metade delas fechava suas portas antes de completar dois

anos. Seus empreendedores apontaram como as principais razões desse resultado eram: a falta

de capital de giro, como o principal problema; creditaram aos impostos elevados; a falta de

clientes; a grande concorrência.

É preciso reconhecer que as Micro e Pequenas Empresas são grandes propulsoras do

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desenvolvimento social e econômico desse país, e também, que é necessário propiciar

mecanismos e políticas de suporte para o sólido e crescente estabelecimento dessas

organizações (SABINO, 2007).

Essas organizações apresentam, geralmente, facilidades de entrada no mercado como

propriedade e operações independentes, escopo de operações definidas, não dominam o seu

campo de atuação. Em relação ao mercado, seu tamanho é pequeno e o capital financeiro de

investimento é pequeno.

Neste contexto, o principal objetivo do plano de negócio é orientar o empreendedor

com relação às decisões estratégicas antes de iniciar o empreendimento. Também possibilitará

avaliar a viabilidade da implantação da sua idéia de empresa.

Neste sentido, caso o negócio seja inviável o empreendedor chegará a esta conclusão

na teoria e não na prática, não colocando em risco o capital disponível para o

empreendimento. Sendo viável, o empreendedor o utilizará para analisar potencias sócios,

possíveis investidores, assessores, como advogados e contador, e também como ferramenta

para tomadas de decisões em sua empresa já constituída e consolidada.

2.5 Estrutura de plano de negócio

A maioria dos planos de negócio consiste em textos elaborados sobre um

predeterminado que não convence o próprio empreendedor, deixando-o com uma imagem de

que o plano não serve para nada sendo ineficiente. Mas orienta que o plano de negócio é o

cartão de visita do empreendedor, mas que pode ser seu cartão de desqualificação, segundo

Dornelas (2005)

Ainda salienta que na elaboração de um plano de negócio não há uma estrutura

rigorosa e especifica para que se escreva, pois cada negócio tem suas particularidades, sendo

impossível ter um modelo padrão no mundo todo, mas é imprescindível que qualquer plano de

negócio tenha no mínimo seções que propiciem um entendimento completo do negócio em

questão.

Cada uma das seções tem um propósito especifico, as seções que compõem um plano

de negócio geralmente são padronizadas para facilitar o entendimento. Conforme o autor, um

plano de negócio para uma pequena empresa pode ser menos que o de uma grande

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organização, sendo assim pode conter seções mais curtas e em outras maiores. Mas para se

chegar ao formato final na maioria das vezes são feitas muitas alterações do plano de negócio

até que esteja adequado.

Geralmente os planos de negócios possuem suas estruturas com similaridades entre

si, onde compete ao empreendedor escolher a que melhor se adapte ao seu negócio. Nos

planos de negócios existem as estruturas que normalmente são apresentadas a definição do

negócio, os aspectos mercadológicos, operacionais, legais e financeiros da empresa.

Segundo Dolabela (1999) e Dornelas (2005) devem conter para um bom plano de

negócio no mínimo os seguintes itens: capa, sumário executivo, pesquisa e análise de

mercado, descrição da empresa, estrutura da empresa, equipe gerencial, plano operacional,

plano de marketing, plano financeiro, apêndices e anexos.

Conforme Dornelas (2005), as seções são organizadas de forma a manter uma

seqüência coerente que permita a qualquer leitor do plano entender como a empresa é

constituída, seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de marketing

e sua situação financeira.

Plano de negócio como em qualquer outro planejamento também precisa seguir

alguns passos, eles podem ter algumas modificações, de acordo com o tamanho da empresa e

com o ramo de atividade, mas o formato mais comum está apresentado na tabela a seguir por

Dolabela (1999) e Dornelas (2005).

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1 Sumário executivo

1.1. Enunciado do projeto

1.2. Competência dos responsáveis

1.3. Os produtos e a tecnologia

1.4. O mercado potencial

1.5. Elementos de diferenciação

1.6. Previsão de vendas

1.7. Rentabilidade e projeções financeiras

1.8. Necessidades de financiamento

2 A empresa

2.1. A missão

2.2. Os objetivos da empresa

Situação planejada desejada

O Foco

2.3. Estrutura organizacional e legal

Descrição legal

Estrutura funcional, diretoria, gerencia e staff

2.4. Síntese das responsabilidades da equipe dirigente

2.5. Plano de operações

Administração

Comercial

Controle de qualidade

Terceirização

Sistema de gestão

2.6. As parcerias

3 O plano de marketing

3.1. Análise de mercado

O setor

O tamanho do mercado

Oportunidades e ameaças

A clientela

Segmentação

A concorrência

Fornecedores

3.2. Estratégias de marketing

O produto

A tecnologia, ciclo de vida

Vantagens competitivas

Planos de pesquisa e desenvolvimentos

Preços

Distribuição

Promoção e propaganda

Serviços ao cliente (de venda e pós-venda)

Relacionamento com os clientes

4 Plano financeiro

4.1. Investimento inicial

4.2. Projeção dos resultados

4.3. Projeção de fluxo de caixa

4.4. Projeção de balanço

4.5. Ponto de equilíbrio

4.6. Análise de investimento

Tempo de retorna do investimento – playback

Taxa interna de retorno

Valor atual liquido

DOLABELA, Fernando

1. Capa

2. Sumário

3. Sumário executivo estendido

3.1. Declaração de visão

3.2. Declaração de missão

3.3. Propósitos gerais específicos do negócio, objetivos e metas

3.4. Estratégia de marketing

3.5. Processo de produção

3.6. Equipe gerencial

3.7. Investimentos e retornos financeiros

4. Produtos e serviços

4.1. Descrição dos produtos e serviços

4.2. Previsão de lançamentos de produtos e serviços

5. Análise da industria

5.1. Análise do setor

5.2. Definição do nicho de mercado

5.3. Análise da concorrência

5.4. Diferenciais competitivos

6. Plano de marketing

6.1. Estratégia de marketing (preço, produto, promoção)

6.2. Canais de vendas distribuição

6.3. Projeção de vendas

7. Plano operacional

7.1. Análise das instalações

7.2. Equipamentos e maquinas necessárias

7.3. Funcionários e insumos necessários

7.4. Processo de produção

7.5. Terceirização

8. Estrutura da empresa

8.1. Estrutura organizacional

8.2. Acessórias externas (jurídica, contábil, etc.)

8.3. Equipe de gestão

9. Plano financeiro

9.1. Balanço patrimonial

9.2. Demonstrativo de resultado

9.3. Fluxo de caixa

10. Anexos

DORNELAS, José Carlos Assis Quadro 1: Metodologia para plano de negócio

Fonte: Adaptado de Dolabela (1999) e Dornelas (2005)

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Conforme as metodologias de plano de negócio apresentadas pelos autores acima,

observou-se pouca diferença quanto à forma de elaboração do plano de negócio, pela

característica do projeto, será utilizado no trabalho o modelo de negócio elaborado por

Fernando Dolabela.

O modelo de Dolabela (1999) é o complexo para aplicar no plano de negócio,

proposto, embora cada etapa apresentada neste plano de negócio seja importante conduzir

com a estrutura do empreendedor.

2.5.1 Sumário Executivo

Sumário executivo é a principal seção e subseção do plano de negócio e o local que o

leitor identificará e irá localizar suas principais informações de maior interesse rapidamente.

Deve ser elaborado de forma organizada com o objetivo de causar a melhor impressão

possível. (DORNELAS, 2005)

Conforme Degen (1989, p.187) é onde se expõe o seu objetivo em atrair o leitor

expondo os principais aspectos do novo negócio, podendo ser usado separadamente do resto

do plano de negócio.

2.5.2 A empresa

Está seção como plano de negócio destaca-se a apresentação de um breve resumo da

empresa, seu status atual, apresentando o porquê da sua criação, qual é o propósito, produto

ou serviços oferecidos, qual o seu modelo de negócio, como se desenvolverá e quais seus

diferenciais.

A definição do plano de negócio para criação da empresa molda seu funcionamento,

mostrando o que ela faz e como ela é formada, em quais aspectos legais a empresa se adéqua,

como é constituída sua composição de sócios, como será sua gestão e o plano de operações.

A criação da empresa está sendo implantada para que o empreendedor possa verificar

a sua expectativa para este negócio, a busca por satisfazer suas necessidades é grande, pois

analisou que o mercado está em constante crescimento, e verificando que a cidade necessita

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de mais serviços desta natureza, foi um dos pontos que fez a empresa ser criada.

2.5.2.1 A missão

A missão da empresa é que expressa o papel que irá desempenhar no ambiente que

está inserida, representando a identidade da empresa. É a razão de ser da empresa, procurando

determinar seu negócio e por que ele existe. Está realizada aos propósitos maiores que

norteiam os esforços da empresa em longo prazo.

Oliveira (2007, p. 107) afirma que a missão é uma razão de ser da empresa, onde a

empresa busca determinar qual o negócio da empresa, por que ela existe, focando em que tipo

de atividade a empresa deverá concentrar-se no futuro. Missão busca traduzir para a empresa

as suas crenças e valores de sua filosofia empresarial.

A elaboração da missão segundo Oliveira (2007) é importante que seja estabelecido

o propósito que a empresa irá fazer para cumprir a sua missão, e como ela atuará no mercado

atuante futuramente.

2.5.2.2 Objetivos da empresa

Os objetivos da empresa devem ser claros para que os funcionários consigam

identificar quais são e focalizar em suas metas.

Segundo Oliveira (2007, p. 141), a definição de objetivo como sendo “o alvo ou

ponto quantificado, com prazo de realização e responsável estabelecido, que se pretende

alcançar através de esforços extra”. Não deixando de lado as metas que representam cada

etapa que será realizada para alcançar os objetivos que a empresa estipulou. O autor ainda

completa que o objetivo pode ser de âmbito geral ou especifico em um setor da empresa,

como por exemplo, administrar pessoas, financeiros, vendas, planejamento entre outros.

2.5.2.3 Visão

A visão traduz em poucas palavras o futuro da empresa, na ética dos acionistas e

diretores, mostrando para onde a empresa esta se dirigindo dentro de um longo período de

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tempo. De acordo com Oliveira (2001, p 88) “é conceituada da seguinte forma: articulações

de uma empresa a respeito de seu futuro; clara e permanente demonstração para comunidade,

de natureza e da essência da empresa em termos de seus propósitos”.

A visão quando não é percebida na organização torna-se prejudicial, desorientando

seus funcionários e membros quanto às prioridades que a empresa tem em seu ambiente, que

às vezes é completamente competitiva e incerta. Conforme Chiavenato (2004, p. 225) diz que

a visão somente é atingida quando todos dentro da organização e não apenas alguns membros

ou funcionários dela trabalham em conjunto e em consonância para que isso aconteça

efetivamente e naturalmente.

O empreendedor precisa determinar uma visão para que seu negócio seja bem

gerenciado e traga diferencia para seu negócio, melhorando o futuro. O que ajuda na empresa

do futuro é o empreendedor ter uma visão clara de como a empresa tem que ser sua imagem e

qual o sonho quer se realizar, o empreendedor precisa estabelecer objetivos, metas e

indicadores que possam ser mensurados, sabendo assim se o que idealizou está ao seu

alcance.

2.5.3 Plano de marketing

Segundo Kotler e Keller (2006), o plano de marketing constitui em um documento

escrito que descreve de maneira resumida sobre o mercado e como a empresa planeja atingir

os objetivos descritos. Para os autores ainda afirmam que o plano de marketing está se

tornando mais direcionado ao cliente e aos concorrentes e são mais realistas do que era visto

no passado.

O plano de marketing é fundamental para a definição de estratégias e no alcance dos

objetivos do trabalho. Conforme com Kotler (1998, p. 27), o marketing é “um processo social

e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da

criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”. Continuando com Kotler (1998)

afirma que está definição de marketing baseia-se em vários conceitos centrais, um deles é o

produto que se estende como bens, serviços e idéias, demonstrados conforme este trabalho

sugere.

O marketing é o principal fator da divulgação e do transporte do conhecimento de

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um negócio ou empreendimento no mercado. A propaganda consagrou-se como um meio

capaz de trazer promoção ao negócio “a propaganda é a alma do negócio” em uma função de

sua versatilidade, objetivamente e foco. Através da propaganda você pode dizer o que quiser,

quando quiser e para quem quiser.

Conforme Dolabela (1999), para ser formado um plano de marketing é necessário

uma análise de mercado, orientada pelos clientes, concorrentes, fornecedores buscando o

ambiente que irá ser operado, e é através da estratégia de marketing que a empresa faz o

planejamento de como será oferecido seus produtos no mercado, visando torná-lo em um

grande potencial de sucesso.

O plano de marketing identifica as oportunidades de negócio mais vantajosas para a

empresa. Traceja como se infiltrar em mercados identificados, e como conquistar, também

para se manter na posição no mercado. Plano de marketing é demonstrado pela empresa como

ela está no mercado e como alcançar melhores posições. Também são estabelecidos os

objetivos da empresa dentro do plano, como alcançá-los, delimitando as melhores estratégias.

(DOLABELA, 1999)

Conforme Araujo (2006), “o plano de marketing é uma peça destinada a resumir a

avaliação da situação atual de marketing, no plano interno e externo da empresa e projetar

ações futuras, visando seu desenvolvimento.” No entanto, através do plano de marketing

realizado na empresa é possível obter uma visão mais clara sobre o interno e externo da

empresa e com isso, ver quais serão as medidas a serem tomadas para o desenvolvimento

futuro da empresa.

Caracterizando plano de marketing Pavani, Deustcher e Lópes (2000, p. 61), “o

plano de marketing é uma maneira estruturada de uma empresa ofertar seus produtos no

mercado.” A frase determina que a estratégia de uma empresa é fundamental para que seja

lançado seu produto de maneira correta e abrangendo um determinado publico, mantendo seu

produto visualmente conhecido pelo seu consumidor. O plano de marketing é fundamental

para que o empreendedor tenha seu produto visto pelos consumidores, sendo assim aceito no

mercado.

O plano de marketing constitui elemento significativo no plano de negócio, devido

ao envolvimento no processo que, conforme Kotler (2000, p. 108) “[...] consiste em analisar

oportunidades de marketing, pesquisando e selecionando mercados alvo, delineando

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estratégias, planejando programas e organizando, implementando e controlando o esforço de

marketing”.

Conforme Dornelas (2005, p. 150) informa que é importante para empresa “[...]

adotar estratégias especificas, atuando sobre o composto de marketing, de forma a obter

melhor resultado sobre seus competidores”. O autor comenta que a projeção de vendas está

diretamente ligada à estratégia de marketing, pois dependendo de como o produto for

posicionado no mercado, assim terá que ser elaborada a sua política de preços, as promoções e

os canais de vendas que serão utilizados.

A participação do marketing está ligada diretamente nos negócios da empresa, pois

sua função é a de identificar as necessidades dos clientes, criar produtos ou serviços para

satisfazer essas necessidades e disponibilizá-los no mercado, de forma lucrativa. Para Kotler

(2000, p. 28) “marketing é o processo social por meio do qual as pessoas e grupos de pessoas

obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de

produtos e serviços de valor com outros”.

O plano de marketing consiste em analisar as oportunidades de marketing,

selecionando os consumidores alvos, desenvolvendo mix de marketing, e administrar o

esforço de marketing. Segundo Kotler e Armstrong (1999), para satisfazer os consumidores

alvo, a empresa precisa conhecer suas necessidades e desejos. Como é de conhecimento de

muitas pessoas, as empresas não conseguem satisfazer todos seus clientes, com isso o foco

dos seus clientes deve ser escolhido com seus segmentos e planejando a estratégia que irá

servir o seguimento escolhido, conquistando os clientes e superando seus concorrentes.

2.5.3.1 Análise de mercado

A análise de mercado incorporada ao plano de negócio cria um ambiente mais seguro

ao empreendedor, devido o que demonstra as variáveis do mercado. E, desta forma, o

empreendedor fica ciente que o plano de negócio está baseado em estudo e não em

“achismo”. (SALIM et al, 2001, p. 81)

Segundo Salim et al, (2001, p. 85) apresentam um conceito sobre análise de mercado

que elucida de forma clara o assunto em questão: “[...] uma pesquisa de mercado consiste em

conseguir determinar características do mercado, suas expectativas, necessidades, aceitação

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ou rejeição de alguma idéia, produto ou pessoa, através de um produto ou processo de

consulta de uma amostra desse mercado”

Ainda sustenta a análise que o mercado pode oferecer uma visão clara sobre o

mercado onde a empresa pretende ingressar, e qual a maneira mais adequada de fazer este

ingresso. A análise também pode proporcionar aos investidores, mais subsídios para que os

mesmos tomem a melhor decisão em ingressar no mercado ou não.

O SEBRAE informa que “a análise de mercado é a parte mais importante do plano de

negócio, principalmente pela análise da clientela, pois a razão de qualquer negócio são os

clientes.” Para ele, os clientes são a parte mais importante do negócio e para tanto a análise do

mercado é parte fundamental do plano de negócio, pois é nele que os futuros clientes são

estudados com maior profundidade.

Segundo Dornelas (2005), a análise de mercado é considerada por muitos

empreendedores a parte mais importante e mais difícil na elaboração do plano de negócio,

alem do dimensionamento ou tamanho do mercado trata da abordagem da empresa com seu

mercado consumidor, procurando se diferenciar da concorrência, conquistando mais clientes,

mas para tanto é fundamental importância que o empreendedor conheça bem o ambiente onde

irá atuar, para que então seja estabelecida uma boa estratégia de marketing.

2.5.3.2 Análise Externa

Nesta etapa serão verificadas as ameaças e as oportunidades que estão dentro do

ambiente da empresa, as melhores maneiras em se evitar e usufruir destas situações, e como

tratar a posição atual dos produtos versus mercado. Oliveira (2001) fala que as organizações

devem olhar para fora de si, para o ambiente onde estão as oportunidades e as ameaças.

Conforme Oliveira (2001, p.70) “devem-se considerar como oportunidades da

empresa, situações que está realmente tem condições ou interesse de usufruir. Do contrario, a

situação pode tornar-se uma ameaça”. O ambiente da empresa pode ser também indireto,

macro-ambiente ou ambiente conceitual e também ambiente direto ou operacional.

Segundo Dornelas (2005), geralmente a empresa precisa monitorar as forças macro

ambientais (demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais, sociais e culturais) e os

atores micro ambientais importantes (consumidores, concorrentes, fornecedores) que afetam

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sua habilidade de obter lucro. A empresa deve estar preparada para rastrear tendências e

desenvolvimentos importantes. Para casa tendência ou desenvolvimento, a administração

precisa identificar as oportunidades que contem e as ameaças que estão associadas.

Com base na avaliação de cenários macro ambientais e micro ambientais a análise

externa é elaborada com os principais cenários a seguir:

Cenário político-legal – analisar as políticas monetária, tributária, de

distribuição de renda, relações internacionais, privatização, entre outras.

Cenário econômico – dever ser analisado as tendências quanto às taxas de

juros, de inflação, mercado de capitais, níveis de distribuição de renda e etc.

Ecologia - os movimentos ecológicos, principalmente por parte das

organizações não-governamentais e a legislação pertinente podem fazer reflexos positivos e

negativos para as empresas.

Cenário demográfico – alguns aspectos do cenário demográfico podem auxiliar

na definição dos objetos da empresa, podem-se destacar os seguintes: os índices de natalidade

e mortalidade, a densidade demográfica, a expectativa de vida da população e entre outros.

Cenário tecnológico – o avanço tecnológico muito tem influenciado nas

mudanças estruturais e conjunturais verificadas nas empresas nos últimos \anos. Por isso,

deve-se estar alento quanto à aquisição de tecnologia no país, ao desenvolvimento tecnológico

do país, a proteção de marca e patentes, aos investimentos em pesquisa e ao nível de incentivo

do governo à pesquisa.

Concorrência – os constantes movimentos dos concorrentes devem ser

analisados a fim de serem identificadas as vantagens competitivas dos concorrentes e da

própria empresa. Neste item, evidencia-se a necessidade de uma avaliação na qualidade das

informações disponíveis, pois a análise pode elevar o nível de risco das estratégias a serem

adotadas pela empresa.

Fornecedores – devem ser analisados, além do número de fornecedores da

organização, a importância que o mesmo têm para a empresa e a importância que a empresa

tem para eles. Também se deve analisar se os mesmos estão preparados para dar suporte ao

desenvolvimento e as exigências da empresa.

Consumidores – na análise dos consumidores deve ser estabelecido o perfil dos

consumidores, precedendo ao levantamento de quem são os consumidores, onde estão

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localizados, como pode ser alcançada, qual a renda média, como compram, quais são seus

padrões de qualidade e entre outros.

2.5.3.3. Análise Interna

Conforme Oliveira (2001), este tópico tem a função de analisar a parte interna onde a

finalidade é colocar em evidencia as deficiências e qualidades da empresa, sendo assim os

pontos fortes, fracos e neutros da empresa, definindo as necessidades com recursos

necessários para que possam atingir seus objetivos.

As variáveis internas e controláveis que compõem os pontos fortes proporcionam

uma condição favorável para a empresa, em relação ao seu ambiente. Pontos fracos são as

variáveis internas e controláveis que provocam uma situação desfavorável para a empresa, em

relação com seu ambiente, um exemplo é a concentração de poucos fornecedores de matéria

prima.

Não semente os pontos fortes e fracos mais se devem considerar os pontos neutros,

que são aqueles, em determinado momento ou situação, não estão sendo considerados em

como deficiências nem como qualidades.

A empresa deve fazer análise interna avaliando as principais funções da empresa de

acordo com Oliveira (2001):

Função de marketing (sistema de distribuição, produtos, pesquisa de mercado,

força de vendas, novos produtos, propaganda).

Função finanças (fluxo de caixa, relatórios e demonstrativos contábeis e

financeiros, capacidade de investimento, índices de liquidez, índices de atividades, índices de

lucratividade/rentabilidade).

Função produção (instalação industrial, processo de produção, qualidade,

pesquisa e desenvolvimento, suprimentos).

Função recursos humanos (qual o índice de absenteísmo, qual a eficácia dos

programas de recrutamento, seleção e admissão dos funcionários, qual eficácia do treinamento

de pessoal, entre outros).

A importância, portanto tem que se trabalhar com as três etapas, visão, análise

externa e análise interna, de maneira interligada, onde este tratamento interativo é o que

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caracteriza uma abordagem estratégica.

Conforme Dornellas (2001), depois de identificados os pontos fortes e pontos fracos

e analisadas as oportunidades e ameaças, pode-se obter a matriz SWOT (strengths,

weaknesses, opportunities e threats / pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças).

A matriz SWOT traça uma análise da situação atual do negócio e deve ser refeita

regularmente, dependendo da velocidade com que o ambiente, o setor e a própria empresa

mudam conforme apresentada na figura 1.

Análise Interna

Predominância de

Pontos Fracos Pontos Fortes

Análise

Externa

Predominância

de

Ameaças

Sobrevivência

Manutenção

Oportunidades

Crescimento

Desenvolvimento

Figura 1: Posturas Estratégicas da empresa

Fonte: Oliveira (2007)

A orientação da estratégica útil é o que a análise SWOT fornece. O bom senso é a

melhor opção na parte dela. Primeiramente deve-se a análise SWOT fornece uma orientação

estratégica útil. Grande parte dela é bom senso. Primeiro deve-se corrigir o que está errado.

Em seguida, aproveitar ao máximo as oportunidades que foram identificadas no mercado. Só

depois então, é que se pode prestar atenção a outros problemas e aéreas.

De acordo com Dornellas (2001), a SWOT é uma ferramenta extremamente útil e

deve ser utilizada continuamente com o objetivo de clarear o caminho a ser seguido e o que

deve ser feito, resume-se em eliminar os pontos fracos em áreas onde se identificam

oportunidades.

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2.5.3.4 Estratégia de marketing

Dentro do plano de marketing em que é muito importante dentro do plano de

negócio, uma vez que descreve como os produtos ou serviços serão distribuídos, apresentados

e promovidos, a estratégia pode ser definida como a ciência de planejar e dirigir operações em

grande escala, especificamente no sentido de manobrar as forças para as mais vantajosas

posições antes de agir. Em marketing errada pode destruir uma empresa ou produto antes

mesmo de ser implementada, independente da qualidade do produto ou serviço da empresa ser

de alta qualidade ou não (DORNELAS, 2005).

Conforme Dornelas (2005) as estratégias de marketing determinam as formas e ações

pra alcançar os objetivos formados, as estratégias de marketing se referem ao produto, preço,

comunicação e distribuição, conhecidos como os 4 Ps, ou pela expressão em inglês: marketing

mix.

Caracterizando Dolabela (1999, p.186) define as seguintes informações dos 4 Ps;

Produto: características físicas e funcionais do produto logomarca e

embalagem, principais necessidades a serem supridas, principais diferencias do produto em

relação à concorrência.

Preço: preço mínimo, ideal, margem de contribuição e de lucro.

Praça (canal de distribuição): locais de venda do produto, transporte e

entrega.

Promoção (comunicação): tipo de promoção, propaganda, mídia e

freqüência e custo.

Conforme Dornelas (2005, p. 148) destaca que a projeção de vendas da empresa esta

ligada à estratégia de marketing estabelecida, pois irá depender de como o produto esta ou

será posicionado no mercado, qual sua política e preço, as promoções e canais de venda que

serão utilizados e também como o produto chegará ao cliente.

Segundo Kotler e Keller (2006) existe um ciclo de vida (CPV) para o produto, como

o mercado e os concorrentes também têm. Devem ser aceitos 4 fatos que acontecem e devem

ser aceitos no ciclo de vida, são eles:

Existe vida limitada para os produtos

Os produtos atravessam estágios diferentes em suas vendas, cada qual

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tem seus desafios, suas oportunidades e o vendedor têm problemas distintos também para

venda do produto

O ciclo de vida do produto em cadeia lucros que sobem e descem em

diferentes estágios

Existem estratégias diferentes dos produtos para o marketing, finanças,

produção, compras e recursos para cada estagiam de seu ciclo de vida

O produto tem seu ciclo de vida dividido em 4 estágios, seguindo por a introdução, o

seu crescimento a sua maturidade o declínio. Existem outros três padrões para o ciclo de vida

como, padrão de crescimento – queda – livre - maturidade, padrão de ciclo – novo ciclo e

padrão escalonado.

Esta variação com o ciclo de vida do produto auxilia o empreendedor a identificar

qual a forma irá agir o produto ou mercado, sendo utilizado como planejamento e definição de

estratégias e eficaz como ferramenta de precisão.

A função do empreendedor, entretanto, é saber observar atentamente em qual estagio

do ciclo de vida seus produtos se encontram, para aplicar a melhor medida adaptando ao

momento.

2.5.4 Plano Financeiro

No plano financeiro é onde o empreendedor deve iniciar fisicamente seu

empreendimento, sendo assim toda sua estrutura. É onde será verificada a lucratividade do

futuro empreendimento e qual o retorno financeiro do investimento. Está etapa é importante

para o plano de negócio, pois será comprovado através dela que a viabilidade do negócio é

favorável em termos financeiros.

Dornelas (2005, p. 101) descreve que a secção de finanças deve apresentar em

números todas as ações planejadas para empresa e as comprovações, através de projeções

futuras (quando necessita de capital, quando e com que propósito) de sucesso do negócio,

devendo conter demonstrativo de fluxo de caixa, com horizonte de pelo menos três anos;

balanço patrimonial análise o ponto de equilíbrio; necessidade de investimento; demonstrativo

de resultado.

Segundo Dornelas (2005) afirma que o plano financeiro deve refletir em números

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tudo que foi escrito dentro das cessões do plano, incluindo todos os gastos de investimentos,

portanto é aconselhável que o empreendedor recorra a uma acessória contábil e financeira

para auxiliando nesta tarefa, assim podendo adequar os dados financeiros com o plano de

negócio. Segue os principais demonstrativos que serão demonstrados abaixo:

Balanço patrimonial – que corresponde a com a posição financeira em

determinado momento que a empresa passa, constituído pelo ativo, passivo e patrimônio

liquido.

Demonstrativo de resultado – é uma classificação ordenada e resumida

das receitas e das despesas da empresa em determinado período.

Demonstrativo de fluxo de caixa – é a principal ferramenta do

planejamento financeiro, pois é a complicação dos dados de entrada e de saída, projetados no

tempo.

Essas demonstrações sugerem um planejamento de um determinado período, em que

o investidor terá melhor análise de seu empreendimento.

Conforme Dornelas (2005), o plano financeiro deve compor a parte mais difícil de

escrever, onde reflete todos os números que foram escritos até então, nesta cessão abordados

os investimentos, os gastos, despesas com vendas, pessoal, custos fixos e variáveis, projeções

de venda, análise de rentabilidade etc. Nesta etapa o autor aconselha que o empreendedor

busque auxilio de uma acessória contábil e financeira para melhor elaboração do plano.

O empreendedor tem a necessidade em conhecer seu negócio, isso envolve os

conceitos da administração financeira como desenvolver o plano para melhorar seu

empreendimento, o papel que a empresa terá em seu desenvolvimento, buscando dentro do

perfil de seus gestores e em si a tomada de decisão, tendo em vistas seus investimentos e

créditos visando melhorar a organização que está se desenvolvendo e faturamento mínimo

necessário para atingir o lucro operacional.

Alguns pontos o empreendedor precisa efetuar como:

A projeção de fluxo de caixa a previsão das entradas e saídas de caixa ao longo de

um período determinado, visando orientar a gestão financeira da empresa.

Projeção de demonstração de resultado, previsão do resultado ao longo de um

período determinado, visando orientar a gestão econômica da empresa.

Estimativa de capital de giro, a partir do fluxo de caixa, deve-se estimar o capital de

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giro necessário ao funcionamento da empresa, abrangendo a gestão dos valores a receber e a

pagar, bem como os estoques e provisões.

Estrutura dos custos e formação do preço de venda, onde irá efetuar avaliação dos

custos fixos e custos variáveis da empresa, o que possibilitará formar os preços dos produtos

ou serviços e desenvolver controles gerenciais para mediação de custos e produtividade.

Análise econômico-financeira do investimento, onde utilizaremos os seguintes

indicadores tradicionais que permitem uma visão do negócio, considerando a tríade de

exigências (liquidez, segurança e rentabilidade), entre os quais:

- Tempo de Retorno do Investimento (Payback – PB): para análise da liquidez – em

quanto tempo o investimento será recuperado;

- Valor Atual Líquido (VAL): para análise da segurança de autofinanciamento -

possibilidade de o empreendimento gerar fluxo de caixa suficiente para pagar o investimento

inicial;

- Taxa Interna de retorno (TIR): para análise da rentabilidade do negócio. Taxa de

retorno que o empreendimento deverá oferecer.

Qualquer que seja o instrumento de análise é necessário conhecer um conjunto de

variáveis que auxiliarão na análise econômico-financeira da opção de investimento de capital

pretendida. Estas variáveis são:

- Investimento liquido inicial (ILI): é representado pelo valor total de aquisição dos

bens produtivos, incluindo-se todos os custos de instalação que porventura vierem a existir;

- Entradas de caixa líquidas geradas pelo investimento (EC): são resultantes da

diferença entre as receitas de vendas projetadas para o período analisado, menos os custos

totais destas, incluindo-se os impostos a serem pagos;

- Vida Útil do Projeto (VUP): é uma decisão voluntária, baseada na identificação do

possível resultado econômico-financeiro do negócio. Mesmo que se imagine uma vida útil

infinita, para fins de estudo, é necessário fixar um horizonte temporal, não muito distante, que

permitirá efetuar as análises desejadas e verificar se os empreendimentos são economicamente

viáveis. Normalmente, este período pode coincidir com o tempo de vida útil dos principais

ativos produtivo a serem utilizados.

Avaliação Econômico-Financeira do Plano – Ponto de equilíbrio é o volume de

vendas mínimas para que a empresa não tenha prejuízos.

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Ponto de Equilíbrio é igual ao custo fixo versus a receita total ou preço.

Rentabilidade é o percentual que representa o quanto mensalmente rende o investimento total.

R% = (Lucro Operacional) x 100 / Investimento fixo + Capital de Giro Retorno do

Investimento representa quantos meses a empresa levará para pagar o investimento realizado.

Retorno = Investimento Fixo + Capital de Giro / Lucro Operacional

2.5.4.1 Investimento Inicial

Segundo Dolabela (1999), este ponto o investimento inicial irá corresponder ao custo

que o empreendedor terá para iniciar fisicamente seu empreendimento, ou seja, toda sua

estrutura. Estes investimentos iniciais contem três partes: as despesas pré operacionais, os

gastos com a montagem do negócio, ou seja, os investimentos fixos os recursos necessário

para por em funcionamento a empresa até gerar receita inicial de capital de giro.

Abaixo segue um investimento inicial conforme site SEBRAE, onde identifica o

valor inicial e as despesas com a criação do novo empreendimento.

Conforme a estrutura do empreendimento, o valor estimado, para o empreendedor

iniciar esse tipo de negócio, pode ficar em torno de: R$ 80.000,00, sendo R$ 39.000

(prateleiras planejadas, vitrines, decoração especial, balcão e ferramentas). Exigindo ainda

para o empreendimento os seguintes propósitos: Área: loja de 40 m2, telefone, fax e

computador, capital de giro: R$ 41.000, prazo de retorno: 24 meses.

Investimento Inicial

a. Descrição Valor (R$)

b. Investimento Fixo

c. Capital de Giro

C1. Estoque de produtos

C2. Custos Fixos

C3. Reserva de capital para suporte vendas a prazo

Total

Quadro2: Investimento inicial

Fonte: Adaptado de Dolabela (1999)

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2.5.4.2 Formação de preço de vendas

É fundamental que a formação do preço de venda seja planejada pela empresa para

atingir seus resultados, devido o preço de venda gerar o retorno que o empreendedor deseja. A

constituição do resultado financeiro e econômico é contribuída pela aplicação correta do

preço de venda, assim ao adequar os preços corretamente será mais fácil competir com a

concorrência. É determinante que o empreendedor conheça o mercado seus custos e seus

consumidores para que seja eficiente e eficaz no mercado que é completamente competitivo.

Para administrar preço de vendas, muitos empreendedores têm o conhecimento de

que não basta saber o custo do produto e si saber a demanda do mercado, dos concorrentes

saber os preços dos produtos, os preços de produtos substitutos, a estratégia de marketing da

empresa, o seu planejamento estratégico na distribuição etc. A fixação de preço de vendas

dependerá do mercado em que a empresa esta atuando, e qual o sistema que a empresa utiliza

para seus custos buscando alinhamento com sua política de preços. (MARTINS, 2003)

Segundo e Kotler e Keller (2006) possuem várias maneiras que o empreendedor pode

usar a formulação do preço de vendas, sugerindo os seguintes métodos para determinação do

preço:

Preço de Mark-up: maneira mais comum de se determinar um preço, adicionando um

markup padrão no custo do produto. Mark-up é um percentual obtido da relação entre as

vendas e o custo de mercadoria vendida dentro de um mesmo período. O percentual de

markup é geralmente aplicado no varejo para calcular o preço de venda. É importante lembrar

que markup não é margem de lucro. O Mark-up é calculado da forma 100% - % despesas

variáveis - % despesas fixas - % lucro liquido.

O markup costuma ser maior em produtos cujas vendas são sazonais, cobrindo o

risco que o produto ficará parado no estoque. Esta é uma das praticas mais comum, devida a

facilidade de estimar os custos do que a demanda, assim as empresas vinculam os preços aos

custos, sendo um método mais simplificado conforme os citados pelos autores.

Determinação de preço de mercado: este método estabelece que a empresa estipule

seus preços conforme os preços de seus concorrentes. Este método é muito difundido quando

os custos são difíceis de serem medidos ou não tem como saber como é realizado pela

concorrência, tornando-se uma boa solução, pois refletirá um consenso do setor.

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2.5.4.3 Receitas

Para projetar a receita deve-se primeiramente estabelecer um preço de venda do

produto, que leve em consideração os preços praticados pelos concorrentes, sugeridos pelos

revendedores, ou da percepção de valor que o consumidor tem do produto. Com tudo outro

fator que deve ser observado são os custos, os quais vão viabilizar ou não a empresa

mostrando se ela é capaz de gerar receitas liquidas atraentes para serem competitivas no

mercado. (DOLABELA 1999)

De acordo com Hoji (2007), a receita bruta de vendas corresponde à venda de

produtos a vista ou a prazo deduzindo as vendas canceladas, abatimentos e impostos, já a

receita liquida também correspondem às vendas dos produtos ou serviços da empresa, sejam

eles a vista ou a prazo, descontando o custo dos produtos vendidos ou dos serviços prestados.

Na demonstração do resultado do exercício é apresentado um fluxo de receitas e despesas, que

se apresentam de maneira dedutiva, começando pela receita bruta e receita liquida de vendas.

As receitas provem regulamente da produção programada multiplicando pelo preço

de mercado do produto oferecido. A análise dos preços deve ser flexível para aceitar as

diversas hipóteses de preços. Para a definição do preço o empreendedor deve realizar estudos

de cenários, na qual será a base para a definição das estimativas de venda e preços a serem

praticados. (CASAROTTO, 2002, p. 162)

2.5.4.4 Projeção de Resultados

A projeção de resultado segundo Dolabela (1999) é usada para planejar e

acompanhar o resultado alcançado da empresa, sendo assim, se ela terá lucro ou prejuízo, se

sua receita será suficiente para cobrir os gastos da produção ou da administração, por fim, ela

demonstra qual será o lucro liquido no empreendimento nos primeiros doze meses podendo

contar a partir do primeiro mês de abertura do empreendimento apresentados no quadro 3.

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Descrição Mês 1 Mês 2 Mês 3 Total

1 RECEITA BRUTA DE VENDAS

2.1 (-) Deduções Impostos

3 RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS

4 CUSTOS DO PERIODO

5 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

6 (-) DESPESAS OPERACIONAIS

6.1 Despesas Administrativas

Pessoal da Administração & Funcionários

Alugueis, Condomínio e IPTU

6.2 Despesas de Vendas e Marketing

6.3 Despesas Gerais

6.4 Depreciação Acumulada

7 RESULTADO OPERACIONAL

8 Receitas Financeiras

9 Taxas/Juros de Financiamentos

10 RESULTADO TRIBUTAVÉL

11 (-) Impostos sobre lucro

12 LUCRO LÍQUIDO Tabela 1: Projeções de Resultados

Fonte: Adaptado de Dornelas

O DRE é a demonstração do resultado do exercício, uma ferramenta contábil

dinâmica que proporciona para o empreendedor visualizar o resultado líquido em um

determinado período do exercício, feito através do confronto das receitas, custos e despesas.

A demonstração do resultado do exercício apresenta uma síntese financeira dos resultados

operacionais e não operacionais de uma empresa em certo período. Mesmo assim sendo

elaborado para fins legais de divulgação, geralmente é feito mensalmente para o controle

administrativo.

2.5.4.5 Projeção de fluxo de caixa

Segundo Silva (2006) é importante onde constitui um instrumento de análise,

proporcionando para o empreendedor identificar toda a circulação de dinheiro da empresa

através da variação do caixa. Como o autor ressalta que na atualidade as transações já não

envolvem tanto o caixa propriamente dito, já que os pagamentos e os recebimentos podem

ocorrer via internet, por meio da transferência eletrônica, sem precisar transitar no caixa na

forma contábil desta conta.

Segundo Pinto (2006), a administração de caixa visa manter uma liquidez necessária

para suportar as atividades de uma empresa, para tanto, existe a necessidade que o

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administrador leve em consideração cuidados para administrar o ativo disponível são eles:

Aceleração do processo de recebimento;

Controle nos pagamentos;

Estabelecimento de saldo mínimo de caixa que dependerá da necessidade de

caixa para transação e da eficiência da administração de caixa;

Existência de planejamento e controle financeiro.

Conforme Pinto (2006) destaca o fluxo do caixa projetado tem como objetivo

fundamental a projeção das entradas e das saídas com recursos financeiros para um

determinado período de tempo, projetando de forma a necessidade da empresa em captar

empréstimos ou aplicar excedentes de caixa em negócios mais rentáveis. Este termo fluxo de

caixa é determinado pela expressão inglesa de Cash Flow (fluxo de numerários) sendo

também utilizadas outras denominações como: Orçamento de Caixa, Demonstrativo de

Origens e Aplicações de Recursos e Quadros de Fontes e Usos dos Recursos. É uma

ferramenta que permite auxiliar na tomada de decisão permitindo que o controle seja efetivo

em determinadas questões empresariais.

Descrição Mês 1 Mês 2 Mês 3 TOTAL

1 TOTAL DE ENTRADAS

1.1 Receitas de Vendas / Serviços

1.2 Receitas Financeiras

1.3 Empréstimos

1.4 Outras Receitas

1.5 Capital Próprio Investido na Empresa

2 TOTAL DE SAÍDAS

2.1 DESPESAS com AQUISIÇÃO de PRODUTOS

2.1.1 Compras

2.2 DESPESAS com PESSOAL

2.2.1 Pessoal da manutenção

2.2.2 Pessoal do Balcão

2.2.3 Pessoal Administração e Apoio

2.2.4 Encargos Sociais

2.3 DESPESAS ADMINISTRATIVAS

2.4 INVESTIMENTOS

2.5 DESPESAS TRIBUTÁRIAS

2.6 DESPESAS FINANCEIRAS

2.7 DIVIDENDOS

3 FLUXO PERÍODO

4 SALDO ACUMULADO DE CAIXA

Tabela 2: Fluxo de caixa

Fonte: Adaptado de Dolabela (1999)

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2.5.4.6 Projeção de balanço

Conforme descreve Hoji (2007) o artigo 176 da Lei nº 6.404, de 15/12/1976, ou Lei

das Sociedades por Ações, obriga a publicação pelas empresas, ao final de cada exercício

social durando um ano, as demonstrações financeiras a seguir:

Balanço patrimonial;

Demonstração do resultado do exercício;

Demonstração de lucros e prejuízos acumulados ou demonstração as mutações

do patrimônio liquido;

Demonstrações das origens e aplicações de recursos.

Outras empresas são constituídas de outras formas jurídicas também adotam a

estrutura do balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício adotadas as

sociedades por ações, porem não as publicam.

Para Salim (2005, p. 111) “é a representação contábil da situação econômico-

financeira de uma empresa em dado momento, sendo sua elaboração obrigatória pela

legislação, com uma periodicidade mínima anual”.

O ativo corresponde a todos os bens e direitos de uma empresa, o passivo representa

obrigações, ou parcelas de financiamentos obtidos de terceiros e, o patrimônio liquido

corresponde aos recursos dos proprietários, aplicados na empresa.

Para o balanço patrimonial conforme Hoji (2007, p. 260) é demonstrada no balanço

patrimonial uma situação estática da empresa em um momento determinado, sendo que em

cada empresa pode determinar a data de encerramento do balanço, geralmente o balanço é

encerrado no dia 31 de dezembro de cada ano, conforme com encerramento do ano civil da

empresa.

2.5.4.7 Custos

Segundo Hoji (2007), as despesas podem ser fixas ou variáveis, onde os custos e

despesas fixas como aqueles que independentemente se a empresa produzir mais um

determinado produto, ou vender a mais uma quantidade de produtos, será obrigada a pagar

estas despesas ou custo, por exemplo, aluguel, luz, salários, não variam proporcionalmente a

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quantidade de produção, permanecendo dentro do fixo. O autor ainda relata que os custos e

despesas variáveis são aqueles que variam com a quantidade produzida e são representadas

pelas matérias primas utilizadas na produção do item e pela mão de obra direta. Essas

despesas variáveis são representadas pelas despesas como comissão de vendas e impostos

aplicados sobre as vendas dos produtos.

Conforme Leone (2000, p. 73) afirma que os custos variáveis, são os custos que

aparecem na realização da produção ou serviço, sendo assim, ele é proporcional ai nível de

atividade que a empresa está realizando. Lima (2000, p. 46) descreve que são os custos que

estão relacionados com os volumes de produção ou de vendas, tendo variações diretamente

proporcionais.

Lima (2000, p. 46) descreve que custos fixos, são os que não guardam dependência

com os volumes de produção ou de venda. Na visão de Leone (2000, p. 73) refere-se como

uma constante no total, na faixa de volume de produção, seja ela alta ou baixa.

2.5.4.8 Margem de contribuição

A análise da margem de contribuição é determinada ao se deduzir os custos variáveis

da receita líquida. Isso resulta em cobrir todos os custos fixos mais o lucro desejado após o

calculo do imposto de renda.

O objetivo maior da margem de contribuição é o de verificar os limites de preços e a

estrutura dos custos fixos de uma empresa. Se o mercado vem praticando preços abaixo dos

praticados pela empresa, a margem de contribuição tende a ser menor na medida em que esta

informação é avaliada.

A diferença entre o preço de venda (100%) e a soma das despesas variáveis com os

custos variáveis resulta na margem de contribuição ou lucro bruto. Esta é a única parcela

disponível, mas seu uso prioritário é pagar os custos fixos.

Para Gitmam (2002), “a margem de contribuição total é o valor do preço de venda

unitário de cada produto, menos os custos diretos e indiretos que multiplicada pelas

quantidades vendidas e somadas às dos demais produtos, perfaça a margem de contribuição

total e desse total, deduzindo os custos fixos, chegamos ao resultado, que deverá ser o lucro”.

A margem de contribuição indica ao empreendedor o quanto sobra das vendas, para

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que a empresa possa pagar suas despesas fixas e gerar lucros.

Margem de contribuição = Receitas Operacionais – (Custos Variáveis + Despesas

Variáveis)

2.5.4.9 Ponto de equilíbrio

Segundo Dornelas (2005), no ponto de equilíbrio não há lucro nem prejuízo, isto é, a

receita proveniente das vendas equivale à soma dos custos fixos e variáveis. Se o volume de

vendas for inferior ao ponto de equilíbrio, a empresa terá prejuízos, pois, no final do mês não

terá dinheiro para pagar suas contas. O quadro a seguir, apresenta a formula para o cálculo do

ponto de equilíbrio.

PE = Custo Fixo

1- (custo variável / receita total)

Quadro3: Formula para o calculo do ponto de equilíbrio.

Fonte: Dornelas (2005, p. 169)

Salim (2005) recomenda que o empreendedor que está elaborando o plano de

negócio o uso de cálculos de indicadores econômico-financeiros, para poder entender melhor

as tendências de desempenho do futuro negócio. Estes indicadores são relações obtidas a

partir de demonstrações financeiras, com o objetivo de definir parâmetros que ilustrem o

desempenho da futura empresa. Esses indicadores, segundo o autor, são classificados como

índice de liquidez, índice de alavancagem, índice de atividade e índice de rentabilidade.

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2.6 Participação do Stakeholders

Para a montagem deste plano de negócio foi pesquisado os procedimentos do

stakeholders, pois o sucesso de qualquer empreendimento depende da participação de suas

partes interessadas e por isso é necessário assegurar que suas expectativas e necessidades

sejam conhecidas e consideradas pelos gestores. De modo geral, essas expectativas envolvem

satisfação de necessidades, compensação financeira e comportamento ético.

Cada interveniente ou grupo de intervenientes representa um determinado tipo de

interesse no processo. O envolvimento de todos os intervenientes não maximiza

obrigatoriamente o processo, mas permite achar um equilíbrio de forças e minimizar riscos e

inpactos negativos na execução desse processo.

Uma organização que pretende ter uma existência estável e duradoura deve atender

simultaneamente as necessidades de todas as suas partes interessadas. Para fazer isso ela

precisa gerar valor, isto é, aplicação dos recursos usados deve gerar um benefício maior do

que seu custo total.

Conforme (Freeman, 1984), os stakeholders tem participação importante na empresa,

alguns exemplos possíveis em uma empresa são os:

Donos

Acionistas

Investidores

Empregados

Clientes

Fornecedores

Subministradores da empresa

Sindicatos

Associações empresariais, industriais ou profissionais

Comunidades onde a empresa tem operações

Operações de vizinhos

Governos locais; governos estatais; governo nacional

ONGs

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Concorrentes

Conforme os destaques dos stakeholders acima em decorrência do negócio, conforme

os autores Argenti (1997), Campbell ( 1997) e Frooman (1999) foi selecionados por

empregados, acionistas, clientes e fornecedores para representar como atuam e influenciam

as organizações.

Serão apresentados as influencias dos stakeholders conforme os autores destacados

entre outros.

2.6.1 A influência dos empregados

Nesta influência os empregados são stakeholders dos ambiente interno das

empresas. Esse tipo de stakeholders influencia diretamente no custo do produto ou serviço

oferecido pela organização.

Segundo Argenti (1997), a organização tem objetivo em maximizar a riqueza dos

seus acionistas, sendo para isso que foi criada e voltar-se para atingir esta finalidade. Com

esse entendimento o autor justifica-se, pois sendo ele defensor da teoria shareholders, onde

tem como pressuposto que a organização deve criar e maximizar valor pra seus acionistas,

sendo para isso foi constituída e neste sentido deve direcionar suas ações e ser mantida.

Efetuando essa maximização de resultado pode ser realizada aumentando as receitas

e reduzindo os custos e despesas e consequentemente os gastos incorridos, gerando uma

ganho maior para os seus proprietários.

Os empregados tem como objetivo maximizar seus salários, benefícios sociais,

melhorias em relação ao ambiente de trabalho e exercerão pressão sobre a empresa para o

alcance desse resultado.

O salário, os benefícios sociais e outras melhorias almejadas são custos ou despesas

para as empresas. O salário dos empregados é custo quando a mão-de-obra é utilizada

diretamente na realização de atividades ligadas a fabricação do produto ou a prestação

serviço, reduzindo portanto o resultado operacional.

O salário é despesa quando decorre do pagamento de empregados de apoio logístico,

não relacionando-se diretamente com manufatura dos produtos ou com a prestação dos

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serviços, porém reduz o resultado global da organização.

Os benefícios sociais como auxilio transporte, auxilio alimentação, auxilio

creche,dentre outros são despesas que reduzem o lucro do exercícios.

Como pode-se observar, o posicionamento tradicional de Argenti (1997) revela que

os objetivos referentes aos ganhos da empresa e dos empregados assumem posições

antagônicas. A empresa que atende todas as reinvidicações dos empregados referentes à

salários e benefícios sociais está reduzindo o ganho dos acionistas e pode até tomar o negócio

não mais interessante. Essa visão tradicional do relacionamento empregado- empresa é

chamada por Pfeffer ( 1999) de empresa tóxica.

Para este autor, o relacionamento da empresa com seus empregados deve ser

redimensionado, uma vez que estes empregados devem ser tratados como ativos

organizacionais e principalmente como pessoas dotadas de conhecimento, de experiências, de

aptidões e que interagem os relacionamentos com os clientes.

Ainda segundo autor, o que distingue uma empresa da concorrente é a capacidade, o

conhecimento e o comprometimento das pessoas e que o gerenciamento adequado dos

funcionários leva a um desempenho 30% ou 40% superior ao das companhias que não fazem

(PFEFFER, 1999). Esse gerenciamento adequado, segundo o autor, é o respeito pelo

individuo, é o tratamento de indivíduos como pessoas e não como fator de produção.

Quando Pfeffer (1999) defende a visão organizacional do empregado como ativo,

adentra no conceito de ativos intangíveis ou de capital intelectual, é a soma do conhecimento,

a experiência, as informações que agregam valor ao produto ou serviço com a utilização do

intelecto humano.

Assim, pelo entendimento de Pfeffer ( 1999), os empregados não representam apenas

despesas com salários e benfícios sociais que reduzem o ganho da empresa e seus acionistas,

como enfatiza Argenti ( 1997), porém são investimentos, ativos intelectuais que podem trazer

maiores ganhos para empresa, se adequadamente gerenciamentos e motivados.

Nos enfoques apresentados por Argenti (1997) e Pfeffer (1999), tomada de decisão

levará em conta a política,a cultura e o clima organizacional, dependendo ainda da habilidade

gerencial para contornar o problema e alcançar os objetivos da empresa. Segundo

Campbell(1997) a definição dos objetivos de uma empresa é um instrumento de

direcionamento das expectativas da empresa em relação a seus empregados.

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Para este autor, os empregados vão querer trabalhar em uma empresa que procure

desenvolver seu pessoal e propicie-lhe benefícios sendo estas expectativas direcionadoras do

relacionamento.

A não satisfação dessas expectativas resulta em frustração e desmotivação dos

empregados e a qualquer tempo buscarão outras empresas ( CAMPBELL, 1997).

O paradigma do antagonismo entre objetivos organizacionais e objetivos dos

empregados deve ser adequado, pois a empresa necessita do empregado para o

prosseguimento do negócio, bem como o empregado necessita da empresa, pois do fruto de

seu trabalho retira os meios para sua subsistência e realização de seus objetivos pessoais.

O empregado quer ser reconhecido, valorizado, fazer algo interessante, essas

expectativas levam a produtividade, a á criatividade, ao desempenho e ao comprometimento,

elementos que vão servir de vantagem competitiva e de diferencial qualificado para enfrentar

a concorrência.

2.6.2 A influência dos acionistas

Os acionistas são stakeholders internos que representam a própria razão de ser do

negócio, uma vez que de seu esforço em acreditar e aplicar na capacidade produtiva da

organização move-se o processo produtivo e a prestação de serviços na busca dos resultados

finaceiros que os satisfaçam (GITMAN, 2003).

Argenti (1997), defensor da teoria dos shareholders, enfatiza que a empresa deve

maximizar os resultados para seus acionistas para que estes permaneçam no negócio, devendo

a capacidade produtiva alcançar resultados acima do custo de oportunidade, minimizando os

riscos. A maximização dos ganhos associada à minimização dos riscos envolvidos com o

negócio é tarefa de extrema capacidade financeira, uma vez que os maiores ganhos decorrem

de investimentos em atividades com risco elevado.

Assim para este autor, tudo que a empresa faz em termos de redução de custos, de

investimentos em novas tecnologias, de desenvolvimento de produtos inovadores, de aumento

das receitas deve estar intimamente ligado com a satisfação dos interesses dos acionistas,

tendo vista que estas políticas devem refletir em ganho adicional.

A crença de Argenti (1997), na geração de valor para os acionistas como principal

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resultado a ser alcançado pelas organizações, mereceu diversas críticas elaboradas por

Campbell (1997), visto que este autor acredita na força interativa de todos os stakeholders que

atuam no ambiente organizacional e na geração de valor para todos, em uma relação de

interdependência mútua.

Essa força interativa é a capacidade de influência dos stakeholders sobre a

organização na busca de satisfação de suas necessidades. Como a organização reage a essa

influência, a agregação de valor dependerá da força da influência desses stakeholdres,

conforme Campbell (1997) e Frooman (1999).

Os dividendos pagos com regularidade ou a perspectiva de recebê-los é um

instrumento motivador para os acionistas, os quais alavancam novos investimentos na

atividade produtiva, uma vez que aquela atividade deve ter uma capacidade de retorno além

do custo de oportunidade do mercado, aumentando, portanto, a participação dos acionistas no

negócio.

Contudo, essa relação entre acionistas e os administradores da empresa, relação de

agency, é carregada dos conflitos motivada pelos objetivos diferentes destes stakeholders,

como afirma Ross, Westerfield, Jaffe (1995). Para estes autores, os administradores estão

preocupados com a riqueza da empresa sobre a qual tem controle e não necessariamente com

o aumento da riqueza dos acionistas. Para evitar ou reduzir conflitos, os acionistas criam

incentivos apropriados para os administradores e em seguida acompanham seu

comportamento, gerando para empresa o custo de agency.

Os acionistas, em última análise são os controladores da empresa e mais sociedades

por ações elegem o Conselho de Administração, que por sua vez contrata e demite o quadro

de administradores (ROSS, WESTERFIELD, JORDAN, 1997). Esse poder faz com que os

administradores ajam de acordo com os interesses dos acionistas.

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2.6.3 A influência dos clientes

Os clientes são stakeholders externos que estão diretamente ligados ou afetos pelo

processo decisório das empresas, visto que sobre eles fundamentam-se as estratégias de

desenvolvimento do negócio (CAMPBELL, 1997).

A razão de ser qualquer negócio dá-se pela conquista e manutenção dos clientes.

Para alcançar esse objetivo é necessário satisfazer as necessidades potencias e efetivas dos

clientes, sendo esta linha de estratégia da maioria das empresas, sem perder de vista também a

criação de valor para os acionistas.

O processo conquista, manutenção e satisfação dos clientes exigem esforços

organizacionais que vão desde a concepção do produto até o atendimento pós-venda, dentro

de uma concepção de qualidade que venha diferenciar os produtos.

Os clientes procuram produtos e serviços que lhes agregue valor ou proporcione

satisfação individual, daí buscarem qualidade, funcionalidade, preço, garantia, comodidade,

segurança.

Esses fatores forçam os custos das empresas para cima, todavia não podem ser

repassados aleatoriamente, pois no mercado globalizado a concorrência exige alternativas não

ortodoxas. As empresas devem fixar um preço de venda pretendido e procurar reduzir seus

custos, inclusive rateando com seus fornecedores, no processo que chamam de custeio alvo

(target costying).

Para o atendimento das necessidades de um stakeholder, a exemplo de clientes, a

organização precisa interagir com os outros stakeholder (fornecedores, acionistas,

empregados) tendo em vista a interligação da cadeia produtiva e das influências desses

agentes nas decisões organizacionais e na lucratividade.

Porter (1999) afirma que a organização deve obter o máximo de informações sobre

os clientes e que não se deve perder o foco, tendendo a ver todos os clientes como tivessem o

mesmo valor. Para ele agir estrategicamente é deixar alguns clientes insatisfeitos para que os

clientes que interessam efetivamente para a organização sentirem-se atendidos, realizados e

contentes com os produtos ou serviços oferecidos.

Como a ilustração da afirmação de Porter, podemos citar o caso dos bancos que

atuam no mercado de varejo do Brasil, que estabelecem estruturas diferenciadas para seus

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clientes, me níveis de importância. Assim, existem clientes Vips atendidos pelos gerentes,

clientes medianos atendidos pelos caixas e recepcionistas e clientes atendidos nos terminais

eletrônicos, dando uma idéia da importância e do valor do cliente para a instituição.

A gestão financeira da empresa será diretamente afetada pelos gastos despendidos

para atender os gostos e as preferências dos clientes, contudo, “não se pode atender a todos os

clientes”, devendo ser trabalhados aqueles que agregam valor para a empresa, sendo

indispensável para tanto ter informações de seu processo decisório (RIENSEBECK, 2000, p.

110).

Deve ser diferenciadas os clientes de alto valor para os de baixo valor com base na

contribuição para lucro da empresa e apresentam um modelo para aferir o retorno do

investimento no cliente.

Todavia a empresa antes de massificar seus investimentos em novos produtos, deve

conhecer seus clientes. Neste sentido, Drucker (1987) enfatiza que é necessário observar os

consumidores em determinada realidade corporativa, a fim de perceber suas características,

expectativas e comportamentos e ainda estudar os mecanismos que leva uns a escolherem

certa empresa e ignorarem outras.

O foco no cliente também é uma abordagem feita por Wiersema (2000). Nesse

sentido ele revela que a maioria das empresas bem sucedidas são aquelas que formam aços de

intimidade com o cliente, despertando uma relação de confiança entre compradores e

fornecedores. Assim conforme aumenta a afinidade e o grau de confiança entre clientes e

fornecedores, a distinção entre eles vai desaparecendo, como se pertencessem a setores de

uma mesma organização.

O serviço prestado com quantidade conserva os clientes que a empresa tem, atrai

mais clientes, desenvolve a imagem organizacional e induz os clientes potenciais a fazerem

negócios com a empresa. Para estes autores, atender as necessidades dos clientes com serviços

de qualidade não gera custos, pois os dispêndios.

Realizados retornam no desenvolvimento e conservação de um relacionamento

comercial positivo com os clientes, ensejando em maiores vendas e lucros futuros.

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2.6.4 A influência dos fornecedores

Os fornecedores são stakeholders externos que afetam diretamente a tomada de

decisão das empresas. Na moderna concepção de produção, a filosofia do comekership dá

uma nova missão ao fornecedor, o qual passou a ser um parceiro comercial da empresa,

partnership, ou mais propriamente uma extensão desta (MARTINS, 1998).

È inadmissível persistir o paradigma de oposição entre fornecedor-empresa, pois nos

sistemas produtivos atuais o fornecedor que atende aos pedidos no tempo certo, que oferecem

produtos de qualidade a preços compatíveis e principalmente que dão formas de pagamento

facilitado, reflete um amadurecimento e um profissionalismo nesta relação. As relações com

fornecedores devem ser de confiança e respeito mútuos, bem como devem ter objetivos

convergentes para que não entrem em atritos, visto que os conflitos levam a um processo de

perdas recíprocas.

À título ilustrativos, o fornecedor vende a prazo contribui com o fluxo financeiro da

empresa, uma vez que reduz os dispêndios iniciais no ciclo operacional. Por outro lado,

fornecedor que só vende à vista, pressiona a empresa a possuir recursos financeiros imediatos

e disponíveis, os quais se originam do capital próprio ou de terceiros. Neste último caso,

obriga a empresa a adotar uma política de endividamento com agentes financeiros, que

dependendo dos juros podem levar a empresa reduzir seus lucros de forma progressiva com o

pagamento dos serviços da dívida.

Dentro da perspectiva da teoria dos stakeholders, a escolha dos fornecedores é

requisito fundamental para o contexto responsabilidade social da empresa, uma vez que

afetaram diretamente o processo produtivo e gestão financeira, a gestão de fornecedores tem

dois aspectos primários que são ligados ao custeio-alvo dos componentes que integrarão o

processo produtivo: a seleção dos fornecedores que concorrem com os melhores preços e

prazos de atendimento e a recompensa à criatividade destes fornecedores que contribuem para

redução de custos adicionais.

Riesenback (2000) considera que a escolha dos fornecedores não é baseada apenas

no produto, existindo outros critérios importantes para respaldar o relacionamento fornecedor-

empresa ligado à marca, ao preço, à assistência técnica, à logística, ao serviço, de entrega e à

reputação da empresa.

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Contudo, em pesquisa realizada, Arkader (1999) verificou que no relacionamento

comprador-fornecedor na indústria automobilística brasileira o fornecimento enxuto ainda

está carregado por muitos traços do contexto ganhar-perder, sendo preponderante ainda o

preço e a barganha.

Naquele trabalho, os compradores apontavam avanços significativos nas relações

com fornecedores sendo destacado o apoio técnico, a colaboração, a troca de informações e a

comunicação e que a escolha do fornecedor era feita pela qualidade dos produtos e nos

relacionamentos firmados com o tempo. No entanto, a visão dos fornecedores era outra, pois

os compradores eram inflexíveis na negociação e pouco cooperativos, sendo o preço o

principal diferencial na escolha do fornecedor, bem como o compartilhamento de riscos e

benefícios eram limitados.

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3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Neste trabalho serão apresentados os resultados do trabalho da pesquisa de campo do

acadêmico realizada, onde serão apresentadas a caracterização da empresa, seus resultados e o

plano de negócio. Onde foi feita com ajuda e caracterização da Uni Júnior Orientação

Empresarial, sendo a empresa Júnior de acessória da Univali que auxiliará o trabalho em

campo, prestando suporte com sua estrutura.

3.1 Caracterização da Organização

Fundada em 20 de junho de 1995 a Uni Júnior, por mérito de uma turma de

acadêmicos que tomaram a iniciativa de visitar as universidades que possuíam empresas

juniores em seus cursos.

A Uni Júnior é uma associação sem fins lucrativos, constituída por acadêmicos do

CECIESA, que presta serviços e desenvolve projetos para empresas, entidades e a sociedade

em geral nas suas áreas de atuação sobre a supervisão de professores e profissionais

habilitados.

A Uni Júnior – Orientação Empresarial é uma organização composta por estagiários

e assessorada por professores, com formatação de empresa júnior, cuja equipe reúne

condições para desenvolver parcerias que busquem alternativas para aumentar a eficiência,

eficácia e efetividade de empresas em sua área de atuação, além de oferecer suporte para

desenvolvimentos de projetos, planos e pesquisas.

A Uni Júnior reconhece que um de seus grandes desafios são os gestores

empresariais na atualidade é o de atuar em um cenário conjuntural, dinâmico, globalizado e

em constantes mudanças. Onde irão corresponder às suas expectativas, propondo o

desenvolvimento em pesquisas e processos a fim de ajudar as empresas a se habilitarem para

enfrentá-los de forma mais concisa.

Na Uni Júnior possui um grupo de acadêmicos com iniciativa e espírito

empreendedor, capazes de influenciar na transformação, integração, negociação e aprendizado

dos processos e procedimentos organizacionais. Oferecendo uma parceria para as

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organizações desenvolverem internamente talentos e condições para alcançar as mudanças

que permitam o desenvolvimento e o crescimento empresarial.

Uni Júnior conta com um quadro de funcionários de 13 estagiários nos períodos

matutino e vespertino, todos vivenciando o ambiente empresarial, assim aplicando o

conhecimento teórico passado em sala de aula, tornando um aprendizado mais fácil, dessa

forma preparando-os para serem profissionais de sucesso nas organizações. Conta também

com um gerente executivo, um professor responsável pela organização e um professor

responsável pelo departamento comercial e de marketing. Sua localização é na Rua Uruguai,

nº 586, Centro, Itajaí – SC a 50 metros do campus de Itajaí.

A empresa por se tratar de uma consultoria, tem como concorrentes diversas

empresas de consultoria da região, porem é a única empresa de orientação empresarial júnior

do Vale do Itajaí, onde tem seu diferencial devido os acadêmicos estarem cursando e sendo

orientados pelo coro da Univali.

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3.1.1 Missão

“Promover o desenvolvimento pessoal e profissional do acadêmico do CECIESA –

GESTÃO por meio da prestação de serviços às micro e pequenas empresas da região, bem

como fomentar a transmissão do conhecimento entre universidade e empresa.”

3.1.2 Visão

Ser lembrada como sinônimo de qualidade no desenvolvimento de projetos de

consultoria.

3.1.3 Objetivos

Aperfeiçoar o consultor júnior, a fim de torná-lo um profissional capacitado e

competitivo.

Desenvolver o espírito crítico, analítico e empreendedor.

Abrir espaços às novas lideranças, possibilitando o contato entre empresários e

futuros profissionais.

Facilitar o ingresso e o contato direto de futuros profissionais com o seu

mercado de trabalho.

Oferecer ao mercado um trabalho de qualidade com preços adequados.

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3.1.4 Portfólio de Serviços

A Uni Júnior busca trazer para o mercado um portfólio extenso, buscando diferenciar

em suas consultorias os mais variáveis serviços, assim satisfazer as necessidades dos clientes

oferecendo consultoria mercadológica, organizacional financeira, recursos humanos, logística,

tecnologia da informação e eventos, buscando aplicar a melhor estratégia ao mercado com

qualidade e preços mais acessíveis, segue alguns pontos dentro de cada consultoria:

Consultoria Mercadológica:

Plano de Marketing;

Planejamento de Vendas;

Pesquisa de Satisfação;

Pesquisa de Mercado e Análise de Segmentos;

Análise da Concorrência;

Mapeamento de Mercado;

Estudo de Viabilidade Mercadológica;

Estratégias de Comunicação.

Consultoria Organizacional:

Planejamento Estratégico;

Plano de Negócios;

Mapeamento de Processos;

Programa 5`S;

Estruturação Organizacional;

Descrição de Normas e Procedimentos;

Indicadores de Desempenho;

PDCA.

Consultoria Financeira:

Análise Financeira Empresarial;

Análise de Custos e Precificação de Produtos;

Estrutura e Análise de Custos;

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Viabilidade Econômica.

Recursos Humanos:

Recrutamento e Seleção;

Plano de Cargos e Salários;

Treinamento e Desenvolvimento;

Pesquisa de Clima Organizacional;

Gestão de Desempenho por Competências.

Logística:

Gestão de Estoques;

Distribuição Física;

IEVCTR - Índice Estadual de Variação dos Custos no Transporte Rodoviário

de Carga;

Implantação sistema de custeio gerencial para empresas de transporte (carga e

passageiro);

Implantação de um programa de manutenção operacional e preventiva para

frota rodoviária;

Eventos:

Cursos;

Palestras;

Visitas Técnicas;

Gestão de Eventos.

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3.1.5 Organograma

________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________

Figura 2: Organograma Uni Júnior

Fonte: Uni Júnior

3.2 Resultado da pesquisa

Neste ponto será apresentada a pesquisa de campo realizada com os pesquisados na

cidade de Balneário Camboriú - SC, de ambos os sexos com empresas que utilizam os

serviços de moto peças onde obtive as informações de quatro tipos de empresas que possuem

a moto como um dos veículos de condução para efetuar o trabalho. O questionário foi

efetuado questões que trouxeram relevância para abertura e implantação da loja de moto peças

na cidade.

Professor Responsável

Professor Marketing

Gerente Junior

Finanças RH Marketing Eventos

Projeto 1

Projeto 2

Projeto n

Professores

Consultores

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3.2.1 Pesquisa de campo

A análise para implantação da loja de moto peças, dentro do município foi

fundamental para que o acadêmico tivesse uma visão mais detalhada da situação que se

encontra o mercado. A partir da pesquisa de campo podem ser analisados diversos critérios

que ajudaram na elaboração deste trabalho e no entendimento de como e qual estratégia pode

ser montada para atrair a clientela para a loja.

A percepção dos entrevistados em responder as questões de forma clara e correta,

cooperou para que a viabilidade de ter diferenciações dentro da estrutura do plano de negócio

fosse analisado e trabalhado com questionamentos ao se aplicar as questões, de forma que

pude colher respostas que no questionário não foram questionados como, o que uma loja tem

que fazer para atrair o motoqueiro, sabendo também que a maioria dos moto-taxistas fazem as

trocas de óleos em suas residências, dentre outras pequenas manutenções.

A amostra dos resultados se resume a uma quantidade de 76 questionários devido a

concentração ter sido nas empresas que trabalham com motos no dia a dia, pois o plano de

negócio alem de buscar pessoas que utilizam suas motos para locomover do trabalho para

casa e passeios, também visa buscar parcerias com empresas para efetuar contratos de

serviços, oferecendo peças, mão-de-obra e socorro 24 horas.

Essas empresas alem de fixarem um contrato, trazem efetivamente uma fidelidade,

sem contar com as licitações que tentarei efetuar com os órgãos públicos, garantindo em

princípios um lucro estimado no final do mês.

As análises foram feitas nas seguintes estabelecimentos:

Vonpar Refrescos S.A

Cooperados moto-taxis

Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú

Secretaria de Segurança e Defesa Social de Balneário Camboriú.

Será apresentada agora em forma de gráficos e comentários a pesquisa de campo

dentro do mercado de Balneário Camboriú.

A pesquisa de certa forma foi elaborada para que as informações consistentes

trouxessem uma tomada de decisão em se montar o empreendimento, buscando dentro das

respostas os pontos fortes e fracos existentes, a fim de evitar ocorrer neste novo negócio.

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3.2.2 Perfil dos respondentes

A percepção obtida nas respostas e também nas análises, junto às aplicações do

questionário, fez com que percebesse que o mercado está muito mais acentuado em alguns

setores para as pessoas que procuram uma atividade de fácil acesso e com pouca dificuldade

em obter crescimento pessoal na vida.

A interpretação das respostas e as análises efetuadas, trazem divergência nas

expectativas que o acadêmico esperava, pois em muitos pontos foram relevantes e outros não,

contudo, a pesquisa dentro do perfil, trouxe uma melhor validez do publico determinante,

melhorando a visão perceptiva que o acadêmico possuía da região, em achar que o publico era

totalmente diferente da colhida no campo.

Para buscar o perfil dos clientes, foram usadas oito perguntas conforme quadro 6

demonstrando, perguntas que foram elaboradas para atingir o público que irá freqüentar a loja

de moto peças.

TABELA REFERENTE PERFIL PESQUISADO (Perguntas)

1 Sexo?

2 Estado civil?

3 Renda familiar?

4 Faixa etária?

5 Escolaridade?

6 Ocupação?

8 Utiliza para que fins?

17 Quais os dias da semana que costuma ir?

Quadro 4: Perfil dos pesquisados

Fonte: Questionário aplicado

O perfil das pessoas que responderam a pesquisa de campo, onde se predominou a

maioria dos entrevistados do sexo masculino, com 97,4% e 2,6% restantes são de mulheres,

fato determinou que este resultado fosse devido à pesquisa ter sido efetuado em locais que o

domínio era masculino.

Foi percebido que para se obter uma margem maior do sexo feminino teria que

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efetuar uma pesquisa com maior proporção em locais de circulação como, avenidas, ruas entre

outros. A percepção de que a maioria dos homens predomina o trabalho de motociclista,

sendo incipiente no que tange o sexo feminino, entretanto há um crescente em outro sentido

onde elas utilizam a moto como um meio de locomoção de casa para o trabalho, e já o homem

utiliza para diversos fins inclusive trabalho permanecendo seu domínio.

Dentro da análise do estado civil houve uma aproximação entre solteiro, casado e

separado, com destaque maior para casados com 35,5% de participação, isto indica que é

predominante pessoa que possuem família.

Analisando os solteiros e separados juntos, temos 60,6% onde verificou que por ser

em alguns pontos um mercado de fácil acesso e sem muito empenho para se conseguir

dinheiro, os solteiros e separados estão buscando este tipo de serviço informal apresentado na

figura 3.

Figura 3: Estado civil

Fonte: Questionário aplicado

A renda familiar figura 4 demonstra que o predominante está entre R$ 800,00 até R$

1.200,00, metade da amostra, no entanto segundo os entrevistados essa renda é variável, isto

é, depende do movimento do período e do número de viagens efetuadas.

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Observa-se que 43% têm renda familiar abaixo de R$ 800,00, isso refere aos que

possuem empregos informais, pois são rendas variáveis.

Figura 4: Renda familiar

Fonte: Questionário aplicado

Analisando a faixa etária figura 5 metade da amostra é de adultos entre 31 e 40 anos,

onde demonstra que estes indivíduos buscam uma forma de conseguir renda dentro do

emprego informal. A análise junto à aplicação dos questionários determinou que, devido ao

mercado e oportunidade de emprego escasso em suas respectivas áreas, alguns entrevistados

estavam trabalhando como moto-taxistas, onde não é exigido tanta experiência e nem

burocracias para efetuar este tipo de trabalho. Algumas pessoas que trabalham neste setor

(moto-taxi) informaram que o fato de não ter tanta cobrança e nem subordinados quando estão

efetuando suas viagens, ajudou na escolha de suas profissões, alem da renda estar livre de

impostos até um determinado momento.

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Figura 5: Faixa etária

Fonte: Questionário aplicado

O nível de escolaridade figura 6 concentra-se no ensino médio com 58% dos

pesquisados entre incompleto e completo. Fazendo uma correlação com a ocupação indica

que como a maioria é de moto-taxistas, e o serviço que prestam não exigem nível de

escolaridade, não tendo incentivo em orientar a importância de se estudar, muitos acabam não

tendo condições de concluir e nem de pagar uma faculdade, também uma influencia é ter que

trabalhar às vezes de dia e a noite.

Figura 6: Nível de escolaridade

Fonte: Questionário aplicado

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Na questão sobre ocupação dos entrevistados figura 7, foi percebida uma

concentração expressiva no item moto-taxi, isso porque a pesquisa teve maior aplicação em

cooperativas de moto-taxi, no entanto a relevância entre os vendedores com 26,3% mostra que

são utilizadas as motos para facilitar a locomoção entre clientes, livrando em partes do

excesso de veículos em algumas ruas, manutenção em mais em conta para as empresas que

utilizam este tipo de transporte e o baixo consumo de combustível que o veiculo proporciona

na locomoção. Estes fatores contribuem para que muitos utilizem a moto como meio de

transporte.

Figura 7: Ocupação dos entrevistados

Fonte: Questionário aplicado

Na utilização do veículo figura 8, os pesquisados informaram que a maioria dos

usuários utiliza suas motos para todos os fins com 47,4% do total. Acredita-se que o segundo

ponto mais selecionado o para trabalho, com 35,5%, foram às pessoas que possuem empregos

em locais que as motos são de propriedade do estabelecimento.

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Figura 8: Utilização de veículos

Fonte: Questionário aplicado

Para os dias de efetuar suas comprar nas lojas figura 9, o ponto de maior

predominância foi sábado, isso se deve pela melhor possibilidade em ter tempo para resolver

seus problemas neste dia, os demais dias da semana ficou ao acaso, pois a visita no meio da

semana é por motivos que não podem esperar para o sábado como, quebra e manutenções,

forçando-os a ir a lojas de moto peças.

Figura 9: Dias em que efetua as compras

Fonte: Questionário aplicado

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Analisando o perfil dos participantes da pesquisa, foi identificado que a utilização da

moto como veiculo de transporte e de utilização para determinados serviços, vem aumentando

gradativamente em Balneário Camboriú, pois a facilidade em adquirir é muito mais viável que

comprar um automóvel, pois seu custo de compra tende a ser 26% do valor de um automóvel

popular básico, alem do governo abaixar as taxas de juros e redução do COFINS

(Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) de 3%, facilitando a compra de

motos. A busca por este meio de transporte está alavancando o mercado no município

conforme pesquisa realizada no crescimento da cidade no site do IBGE, conforme quadro

abaixo.

Balneário Camboriú em comparação com o município de maior população, onde foi

usado Itajaí como comparativo, Balneário vem em uma média de crescimento de 7%

comparado ao de Itajaí com 3%, indicando que a população de Balneário Camboriú, está cada

ano maior. Apesar de que este índice só identifica os moradores da cidade e não o publico que

vem para a cidade para passeio ou até mesmo no período do ano letivo para os estudos,

podendo chegar a mais de 15% da população divulgada pelo IBGE, segundo informações da

prefeitura, sem contar com a temporada, que pode chegar a mais de um milhão de visitantes,

dentre estes muitas pessoas com suas motos.

A cidade proporciona muitos eventos voltados para os motociclistas, onde a

oportunidade em se aumentar as vendas neste período crescem.

Comparativo da População

Evolução Populacional

Balneário Camboriú Itajaí

Ano Indivíduos Crescimento Média Ano Indivíduos Crescimento Média

•1991 40.308 15% •1991 119.631 21%

•1996 57.687 22% 7% •1996 134.261 24% 3%

•2000 73.455 28% 6% •2000 147.494 26% 2%

•2007 94.344 35% 8% •2007 163.218 29% 3%

Total 265.794 100% 7% Total 564.604 100% 3% Quadro 5: Evolução Populacional

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais

O crescimento nas vendas de moto tem uma margem muito expressiva no mercado,

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dentro da pesquisa realizada junto ao DETRAN de Balneário Camboriú, pode ser verificado

que a média de 17% no crescimento do período de 2002 até o ultimo informe ocorrido em

Maio de 2009, podendo chegar ou superar a marca de 20% de registros no município.

Conforme o ultimo índice do registro, a cidade tem um total de 14784 motos

registradas no município, sem contar, os proprietários que circulam de outros municípios, e

que passam o dia trabalhando na cidade.

A média de crescimento anual na venda de motocicletas de 2002 até 2008 foi de

1,5%, porem só no período de 2009 já se tem uma média de aproximadamente 1%, do que já

foi registrado, indicando que se continuar nesta evolução de vendas o mercado pode bater

recorde de registros e vendas em 2009 ver quadro 8.

REGISTRO DE MOTOS EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Período Total Ano Crescimento

Números

Crescimento

em % Média Ano

2002 4.963

2003 6.188 1.225,00 25% 1,9%

2004 7.285 1.097,00 18% 1,4%

2005 8.717 1.432,00 20% 1,5%

2006 10.645 1.928,00 22% 1,7%

2007 12.623 1.978,00 19% 1,4%

2008 14.238 1.615,00 13% 1,0%

2009 14.784 546,00 4% 0,8% Quadro 6: Média anual de venda de motos

Fonte: Ministério da Justiça, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN - 2008.

Outro comparativo que pode ser feito foi a do município de Itajaí com Balneário

Camboriú, demonstrando que Itajaí possui um percentual com o total dos municípios de

66,3% ficando o restante com Balneário Camboriú com 33.7%, conforme demonstra quadro

9.

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Frota 2008 Motocicleta

Balneário Camboriú Itajaí

Total % da Região Total Diferença % da Região

14238 33,7% 27953 13715 66,3%

Total Geral de motocicletas nos municípios 42191 Quadro 7: Frota

Fonte: Ministério da Justiça, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN - 2008.

3.2.3 Propor plano de marketing

Para elaboração de uma proposta mercadológica no plano de negócio para uma loja

de motos tomou como base os 4 Ps, conforme descrito no item 2.5.3.4 onde o autor informa a

importância da estratégia de marketing determinando as formas e ações para alcançar os

objetivos, diante disso identificou no instrumento de coleta aplicado as questões que iriam ao

encontro deste objetivo que estão relatadas no quadro 10.

DISTRIBUIÇÃO DAS PERGUNTAS NOS 4Ps DE MARKETING

4 Os Nº

Pergunta Descrição da Pergunta?

PREÇO 14 Qual valor gasto aproximadamente?

21 Antes de comprar faz pesquisa em outras lojas?

PRODUTO 7 Possui moto própria?

9 Qual tipo de moto possui?

12 Vai a loja a fim de?

13 Que tipo de produto costuma comprar?

15 Você compra peças?

PROMOÇÃO 19 Você paga geralmente suas compras?

20 A loja geralmente lhe oferece produtos com?

PRAÇA 10 Onde costuma consertar sua moto?

11 Qual o motivo de freqüentar a loja atual?

16 Com que freqüência vai à loja de moto?

18 O que não gosta nesta loja?

Quadro 8: Variáveis dos 4 P’s

Fonte: Elaborado pelo acadêmico

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3.2.3.1 Preço

Com relação ao preço, pode-se constatar que duas respostas determinaram para saber

o que os clientes buscam em uma loja e também seus gastos em relação a suas compras.

As perguntas deste tópico conforme determinou o acadêmico, foi para saber qual a

participação do cliente na hora da compra, qual o gasto que ele tem ao comprar

aproximadamente quando vai à loja, sendo uma média, pois dependendo do que ocorre em

sua moto, pode se gastar muito mais do que foi estipulado na pesquisa.

A outra pergunta foi referente a pesquisas, isso determinou como ele se projeta

perante o mercado, se há uma pesquisa antes de efetuar suas compras e manutenções, ou se

ele é impulsionado pela fidelidade à loja, alem de especificar o modo de ação que a empresa

possa trabalhar como site para efetua a pesquisa comparando com outras lojas, alem do

telefone.

O figura 10 é com relação ao valor que o cliente tende a deixar em dinheiro dentro da

loja quando visita, demonstra que houve um alinhamento na quantia, devido à maioria ter

colocado um gasto de 46% no valor de R$ 51,00 até R$ 150,00, mas não ficando muito atrás a

opção de R$ 151,00 até R$ 300,00, mostrando que a loja pode ter aproximados ganhos em

torno destes montantes no mês, por cliente.

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Figura 10: Gasto aproximado

Fonte: Questionário aplicado

A figura 11 foi elaborada para saber como o cliente se comporta na hora da compra,

pois o fator que determina a compra é fundamental, como a pesquisa, porem pelas respostas

podemos verificar que a maioria está efetuando pesquisa, porem como temos uma massa que

não efetua pesquisa e outra que às vezes efetua, o acadêmico interpretou que para essa

questão a fidelidade com a loja é um dos pontos que pode ter influenciado e também devido à

pesquisa ter sido feita em empresas que possuem motos, elas já estão trabalhando com

contratos em lojas e outras com licitações, motivando não efetuar pesquisas em outras lojas,

encaminhando diretamente para estas lojas.

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Figura 11: Comportamento dos entrevistados

Fonte: Questionário aplicado

3.2.3.2 Produto

Neste item o acadêmico determinou os pontos que teriam mais relevância como o

serviço desejado, o que o cliente desejava comprar e o que geralmente determinava a presença

dele na loja onde efetua suas compras.

O produto em si não foi focado, pois necessitaria de um questionário voltado só para

os itens, porem determinou que tipo e qual a linha que atraia mais em efetuar suas compras.

O tipo de moto ficou determinado em dois seguimentos o de 100cc até 150cc com

um total de 61% dos respondentes, demonstrando que a maioria é de baixa renda, ou

conforme comentado junto à aplicação das pesquisas, alguns possuem carro e a moto fica para

efetuar o trabalho. A segunda opção mais respondida foi de 150cc até 250cc com 39%,

determinando que essa faixa possivelmente utiliza sua moto para todos os fins.

O acadêmico verificou qual o motivo do cliente freqüentar a loja, determinando qual

o motivo que viabilizava a ida na loja, que tipo de compras efetuava se para ele ou para moto

e qual o cliente mais utiliza.

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Focalizando a análise verifica-se que a manutenção preventiva com 54% é quase

10% maior que os consertos em si, isso ocorre pela maneira que cada usuário cuida de sua

moto, onde existem pessoas que só aparecem na loja quando quebra mesmo a peça e outros

vão antes que ela possa apresentar, mantendo em dia sua moto.

Acessório para o cliente foi visto como pouco relevante, pois a compra só é efetuada

quando a necessidade aparece, como uma chuva na compra de capa ou na troca do capacete,

onde o que possui já está vencido ou a vencer. Este ponto só ocorre um aumento na cidade de

quando existem encontros de motociclistas ou quando o usuário quer uma roupa no estilo de

motociclista ver figura 12.

Figura 12: Referente aos acessórios

Fonte: Questionário aplicado

A figura 13 determina que produto especifico que o pesquisado compra geralmente,

onde demonstrou em que seguimento a loja pode focar, alem de traçar que tipo de mercado de

moto peças terá que desenvolver.

A análise das respostas neste item ajudou ao acadêmico em pontos importantes de o

que comprar e onde focar, porem conforme comentado para efetuar um melhor

direcionamento do que deve comprar, deve ser feito uma nova pesquisa de mercado para

avaliar o produto que o cliente deseja ter a disposição na loja, alem dos que tem maior saída.

O item peças teve 33% dos pesquisados, logo a seguir a regulagem em geral com

28% doas respostas, entrando em conflito com as respostas do item 12 aonde a maioria vai

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para efetuar manutenção, porem analisando melhor quando o cliente chega para efetuar uma

manutenção preventiva acaba, nem sempre, tendo que efetuar a troca de alguma peça. A

compra de lubrificantes 16% e a Limpeza 11% demonstra uma porcentagem significativa

perante os demais itens.

Figura 13: Especificidade do produto

Fonte: Questionário aplicado

Dentro do questionário efetuado foi solicitado que o respondente informasse a

qualidade da peça que compra se original, produzida pela mesma que fornece peça as

autorizadas ou paralela feita por outras empresas que utilizam a mesma forma da que fornece

para original, porem não passa pelo mesmo processo de qualidade que uma original.

A resposta apontou para 57% peças originais e 43% paralelas, podendo aumentar as

peças paralelas no mercado conforme comentário dos pesquisados, pois dependendo da peça

não possui na região, mais existe em outras, fazendo com que a loja tenha mais variedades

para compras.

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3.2.3.3 Promoção

Neste ponto o acadêmico tentou desenvolver uma análise para saber como as lojas

que o respondente freqüenta, se estão oferecendo promoções ou preços mais em conta para

suas compras, alem de divulgar opções no pagamento dentre os meios que existe.

O gráfico demonstra que ao efetuar as compras a maioria dos respondentes informou

que o preço que a loja oferece é justo com 46%, contando que na pesquisa 21 ficou um pouco

relevante juntando as pessoas que não fazem pesquisa de preço com as que fazem de vez em

quando, mostrando que a fidelidade ou a praticidade em se dirigir a uma loja próximo de casa

facilita a compra, onde o cliente pode achar o preço justo sem efetuar uma pesquisa em lojas

do ramo, isso faz com que ao pagar um valor não sabe o quanto está pagando a mais que a

loja no mesmo bairro.

Este ponto fez com que o acadêmico pudesse verificar que uma promoção divulgada

em panfletos, quadros dentro do estabelecimento, indicação na hora do cliente comprar uma

peça informar que o pagamento a vista pode ter um determinado desconto, evitando e

podendo ser melhor para a loja, onde os clientes farão análises que pode economizar.

O acadêmico avaliou junto aos pesquisados, que muitos querem melhorias e diversidades em

tipos de peças, podendo ter mais opções na hora da compra conforme figura

14.

Figura 14: Comportamento dos consumidores

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Fonte: Questionário aplicado

Na pergunta qual a forma que efetua os pagamentos na maioria das vezes, teve 53%

na opção Á Vista, um dos motivos que fez com que existissem reclamações no momento de

aplicar os questionários, pois muitas lojas não proporcionam reduções nem programas de

pagamento que os clientes possam efetuar. Este percentual entra em destaque no ponto de

vista do acadêmico, onde pode ser feito um plano para ajudar à fidelização dos clientes,

trazendo uma vez por mês itens que possam ter descontos no pagamento a vista.

Outro ponto poderia ser o aumento da utilização do cartão de débito conforme figura

15 na qual tem somente 9% das utilizações, pois facilitaria a empresa em não deixar muito

dinheiro dentro da mesma, onde o debito automático já cai na conta diretamente da empresa.

Figura 15: Hábito de compras

Fonte: Questionário aplicado

3.2.3.4 Praça

O ponto praça para o acadêmico foi um dos pontos que pode determinar onde os

pesquisados costumam efetuar suas compras, que tipo de lojas, onde elas se localizam e o que

atrai a sua ida na loja que freqüenta, alem de analisar qual a quantidade de vezes que costuma

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ir à loja.

Este ponto é muito importante, pois muito dos entrevistados não tem o costume de

efetuar pesquisas em varias lojas para saber onde comprar, ele vai pelo impulso, comodidade

e facilidade.

Alguns estados para facilitar o deslocamento dos clientes, costumam montar suas

lojas em pontos fáceis e acessíveis a todos como em uma rua onde possua diversas lojas

fazendo com que haja concorrência entre elas e o cliente possa fazer a pesquisa desejada.

Porem em Balneário Camboriú não há, dificultado efetuarem as pesquisas e ajudando na

busca de peças que possam não ter em determinada loja e em outra sim.

A figura 16 determina que a maioria dos entrevistados efetue suas compras em lojas

de bairros com 63%, onde demonstra que a autorizada 24%, é a segunda opção como foi

informado junto à pesquisa com o acadêmico, tem peças que as lojas não compram por

motivo da concessionária não disponibilizar nem o fornecedor oferecer a loja onde entra

contratos com a montadora e concessionária.

Figura 16: Local onde efetua compras

Fonte: Questionário aplicado

A figura 17 demonstra que para os pesquisados o preço 34%, foi o ponto mais

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relevante para a frequencia na loja, seguido pela proximidade a residencia 21% demostrando

que o mercado está acostumado a frequentar a loja de hoje devido a sua localização.

O ponto que mais chamou atenção foi o atendimento 3%, mostrando que os

pesquisados não dão importante para o tipo de atendimento, mostrando que alem de preço

proximidade será preciso ter uma ação direta no atendimento para cativar os clientes cada vez

mais, demosntrando que ele é especial para a empresa.

Figura 17: Motivo que frequantaria a loja

Fonte: Questionário aplicado

O acadêmico desejava identificar a quantidade de vezes que um cliente frequenta a

loja atual, conforme figura 18 para poder ter uma amostra da participação que ele teria do

cliente.

Constatou que 34% do publico vão a loja uma ou duas vezes por semana,

interpretando caso fossem 2 vezes, teria a presença dele na loja dentro de um mês, de oito a

dez visitas, onde dependendo dos gastos poderia deixar uma quantia relevante. Isso é

importante para que esses e outros clientes tenham a fidelidade com a loja, pois é um tipo de

negócio que o publico atingido necessita de serviços e peças.

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Figura 18: Frequencia à loja

Fonte: Questionário aplicado

A pesquisa demosntra que os entrevistados tiveram dificuldades buscar variedades

nas lojas, com 43% este item mostrou para o acadêmico que esse ponto deve ser feito uma

análise mais detalhada do que os clientes dizem sobre variedades, podendo ser peças,

serviços, entre outras disponibilidades em uma loja, mesmo questionando os pesquisados

deixaram o acadêmico confuso, pois a maioria não soube interpretar o que faltava nestas lojas,

dizendo que era produto, prestação de serviço especializado, peças em gerais, entre outros.

Atendimento nesta questão foi a que ficou mais baixa com 7% das respostas,

mostrando que a maioria dos entrevistados não estão dando importancia.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para o empreededor a busca pela melhor opção em montar um plano de negócio é o

plano de negócio, pois determina como deve ser estabelecido os processos para se fazer as

melhores escolhas e entender o que será o empreedimento desejado.

O empreendimento para atingir o objetivo geral em propor um plano de negócio, foi

especifico a utilização da literatura onde foi a principal ferramenta utilizada para obter

entendimento de como uma empresa tem vida curta se não for atendida corretamente as partes

para mante-la sobre um controle tremendo.

Segundo pesquisas feitas pelo SEBRAE, micro e pequenas empresas brasileiras não

conseguem completar dois anos de vida uma das quatro principais problemas que o gestor

enfrenta é a falta de planejamento alem das dificuldades de acesso a crédito, burocracia e a

tributação excessiva.

Em primeiro momento o acadêmico buscou efetuar a viabilidade para montar um

empreendimento no ramo de moto peças em Balneário Camboriú, identificando as

oportunidades que o mercado pode oferecer e as opções que o empreendimento poderá trazer

de diferencial, foi fundamental efetuar a pesquisa de campo para saber os problemas que as

lojas que já participam do mercado estão passando, conforme a pesquisa demonstrou.

Montar um negócio requer muito mais que desenvolver um plano de negócio, é

fundamental que nos primeiros anos seja criado e traçado processos que tragam melhorias no

periodo e soluções para determinados momentos conforme o mercado evolui, trazendo novas

tecnologias afim de manter a rapidez no atendimento, aplicar indicadores de resultados, busca

pela estoque perfeito.

Para que o empreedimento seja concretizado montando a loja de moto peças em

Balneário Camboriú seja efetuado, será necessário efetuar uma pesquisa mais detalhada em

varias questões como, ponto e bairro a ser aberto, facilitando acesso aos clientes,

fornecedores, serviços a serem prestados, tamanho da loja, custo total para se montar a loja

mais detalhado, na parte de recursos humanos, entre outras análises mais apuradas para abrir a

loja.

A pesquisa mostrou-se viável na abertura do empreendimento no município descrito,

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pois ao fazer os levantamentos junto aos orgãos relacionados como, DETRAN, IBGE e

mercado de motos, verificou que o crescimento deste mercado tem sido muito positivo para

região, mostrando que a procura de veiculos mais rapidos, saindo do transito habitual que a

cidade vem passando, pouco gasto, mão de obra barata e peças em conta, facilitando a

aquisição do mesmo devido a seu valor, muito estão optando em adquirir uma moto como

forma de locomoção, porem como o trabalho não focalizou neste publico sendo uma amostra

bem maior que a colhida pelo academico, preferiu-se focalizar a coleta de dados em empresas

que trabalham com motos como, empresas de alimenstos, bebidas, transporte de pessoas, e

entregas rapidas, alem dos orgãos publicos que utilizam este tipo de veiculo como policia e

agentes de transito.

A forma de buscar os aspectos mercadológicos foram importantes para deliniar

através da pesquisa dos clientes, para determinar o perfil dos mesmos, e a definição que o

plano de marketing poderá tomar em análise as respostas obtidas, onde a pesquisa realizada

demosntra que os clientes buscam produtos com melhor qualidade, variedade e preço.

Para análise financeira, terá que efetuar uma pesquisa mais apurada da nescessidade

do empreendedor, pois o trabalho não focou as partes financeiras, pelo motivo do academico

só efetuar pesquisa na possibilidade da viabilidade em se montar uma loja de moto peças, para

esta análise o acadêmico teria que buscar no mercado ferramentas que possibilitariam a

análise dos dados financeiros como software. Virificando oponto de equilibrio, capital de giro,

receitas, despesas, taxa de retorno e de rentabilidade, valor presente liquido e projeções,

detalhando melhor e possibilitando ao concluir este trabalho a abertura deste empreedimento.

O trabalho apresentado pelo acadêmico sustentou ser viavel a implantação de uma

loja de moto peças no município, ocasionado pelo forte indicio que falta variedade,

diferenciação e mercado em crescimento.

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104

APÊNDICE

PESQUISA DE CAMPO COM CLIENTES

Está pesquisa tem objetivo acadêmico, para levantar informações do mercado de Balneário

Camboriú na utilização de moto com busca de informações de voltadas para perfil do

participante, lojas de moto peça e utilização dos serviços da mesma.

Conto com a sua colaboração para responder este questionário

1. Sexo?

( ) Masculino

( ) Feminino

2. Estado civil ?

( ) Solteiro

( ) Casado

( ) Separado

( ) Outros

3. Renda familiar.

( ) Até R$ 600,00

( ) R$ 601,00 até R$800,00

( ) R$ 801,00 até 1.200.00

( ) Acima de R$ 1.200,00

4. Faixa etária?

( ) 18 até 24 anos

( ) 25 até 30 anos

( ) 31 até 40

( ) Acima de 41 anos

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5. Escolaridade ?

( ) Ensino Fundamental Incompleto

( ) Ensino Fundamental Completo

( ) Ensino Médio Incompleto

( ) Ensino Médio Completo

( ) Superior Incompleto

( ) Educação Superior

6. Ocupação?

( ) Moto-boy

( ) Moto-Taxi

( ) Vendedor

( ) Outros/Quais?__________

7. Possui moto própria?

( ) Sim

( ) Não

8. Utiliza a moto para que fins?

( ) Trabalho

( ) Meio de Locomoção

( ) Passeio

( ) Todos os fins

9. Qual o tipo de moto que possui?

( ) Até 100cc

( ) 100 até 150cc

( ) 150 até 250cc

( ) Acima de 255cc

10. Onde costuma consertar sua moto?

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( ) Autorizadas

( ) Lojas de bairro

( ) Você quem conserta

( ) Lojas credenciadas

11. Qual o motivo de frequêntar a loja atual? Marque três opções

( ) Atendimento

( ) Qualidade

( ) Variedade

( ) Preço

( ) Proximidade à residência

( ) Outros/Qual_________________________

12. Vai à loja a fim de?(Comprar/Efetuar)

( ) Manutenção preventiva

( ) Consertos

( ) Acessórios p/ moto

( ) Acessórios para mim

13. Que tipo de produto costuma comprar?

( ) Peças

( ) Troca de óleo

( ) Regulagem geral

( ) Limpeza

( ) Roupas

( ) Capacete

( ) Lubrificantes

( ) Acessórios Moto

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14. Qual o valor gasto aproximadamente?

( ) Até R$ 50,00

( ) De R$ 51,00 até R$ 150,00

( ) De R$ 151,00 até R$ 300,00

( ) Acima de R$300,00

15. Você compra peças?

( ) Originais

( ) Paralelas

16. Com que freqüência vai à lojas de moto?

( ) 1 ou 2 por semana

( ) 3 à 4 por semana

( ) 1 vez no mês

( ) 2 a 3 vezes por mês

( ) De vez em quando

17. Quais os dias na semana que costuma ir mais?

( ) Segunda a quarta

( ) Quinta e sexta

( ) Sábado

18. O que não gosta nesta loja?

( ) Atendimento

( ) Preço

( ) Qualidade

( ) Variedade

( ) Proximidade à residência

( ) Outros/Qual________________________

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19. Você paga geralmente suas compras?

( ) À vista

( ) Cartão de Credito

( ) Cartão de Débito

( ) Cheque

20. A loja geralmente lhe oferece produtos com?

( ) Preço Justo

( ) Promoções

( ) Desconto

( ) Normal

21. Antes de comprar faz pesquisa em outras lojas?

( ) Sim

( ) Não

( ) As Vezes

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DECLARAÇÃO HORAS

A incubadora de empresa declara, para devido fins, que o estagiário DENIS VITOR

SANTOS, aluno do curso de Administração de Empresa do Centro de Educação de Ciências

Sociais Aplicadas – CECIESA – Gestão, da Universidade do Vale do Itajaí, cumpriu com

carga horária prevista de 240 horas, no período de Março a Junho de 2009, seguindo o

cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e respeitou normas internas.

Itajaí, 17 de Julho de 2009

Luiz Carlos da Silva Flores. Dr.

Prof. Responsável Uni Júnior

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

__________________________________

Denis Vitor Santos

Estagiário

_________________________________

Prof. Marcos Antonio Ribeiro Andrade, MSc

Orientador de Estágio

_________________________________

Prof. Eduardo Krieger da Silva, MSc.

Responsável pelos Estágios em Administração