diagnóstico hemorragia maciÇa em curso: intervenção cirúrgica emergencial (rara)...
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HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXADISCIPLINA DE CLÍNICA CIRÚRGICA
PROF. DR. JAMES SKINOVSKI E DR. MARCOS SIGWALT
Alexandre Casco Pietsch
Éder R. L. Sanches
Gustavo Wolff
João Henrique Pereira
Pedro A. P. Pereira
Diagnóstico
HEMORRAGIA MACIÇA EM CURSO:
• Intervenção cirúrgica emergencial (rara)• Ressuscitação hídrica e estabilização do paciente• Testes diagnósticos primários:- Colonoscopia- Angiografia visceral- Cintilografia com 99mTc Hc
Algoritmo Hemorragia gastrintestinal aguda baixa
- Sonda nasogástrica e/ou endoscopia alta- Descartar origem gastrintestinal alta- Proctoscopia- Descartar origem retal
Angiografia mesentérica seletiva
Embolização ou Vasoconstritor intra-arterial
Colonoscopia
- Cintilografia com 99 mTc Hc - Enteróclise- Cintilografia compertecnetato de
99mTC - Enteroscopia
Tratamento definitivoRessecção
cirúrgica
Hemorragia maciça persistente Baixo fluxo ou
hemorragia intermitente
Diagnóstica Não-diagnóstica
Não-diagnóstica Diagnóstica
Colonoscopia• Indicação da colonoscopia de urgência (<12h)Após preparo do cólon:- Parada da hemorragia progressiva / grau de hemorragia mais moderado- Repleção volêmica e estabilidade hemodinâmicaAchados positivos:- Local de sangramento ativo / vaso sanguíneo não-sangrante / coágulo
aderido a um orifício divertilcular ulcerado / coágulo aderido a foco mucoso / sangue fresco em seguemento colônico
Lesões não indicativas:- Lesões incidentais, coâgulos em multiplos orifícios diverticulares / pólipos
e diverticulos não sangrantes• Sangue fresco no íleo terminal, após EDA, sugere fonte de
sangramento no intestino delgado• A hemorragia só pode ser atribuída a lesões com estigma de
hemorragia evidente
Colonoscopia
• Contra-indicação de colonoscopia de emergência:
- Hemorragia gastrintestinal baixa macíça- Dificuldade de preparo do cólon (foco
hemorrágico)- Instabilidade hemodinâmica (impede
sedação, risco de hipoxemia e complicações)
- Comprometimento da reposição volêmica durante o procedimento
• A colonoscopia é o procedimento de escolha em pacientes que tenham apresentado hemorragia após uma polipectomia endoscópica
• Dr.João
• Dr.João
Angiografia Visceral Seletiva
A arteriografia mesentérica tem sido amplamente utilizada na avaliação e no tratamento dos pacientes com hemorragia gastrintestinal baixa.
• A injeção seletiva de contraste radiográfico na artéria mesentérica superior ou inferior identifica o local da hemorragia em pacientes sangrando a uma velocidade de 0.5 ml/min ou mais.
• O teste pode identificar com acurácia a hemorragia arterial em 45% a 75% dos pacientes, se eles estiverem sangrando ativamente no momento da injeção do contraste.
Complicações e indicações• Cerca de 10%
• Incluem infarto, insuficiência renal, trombose da artéria femural, imobilização do membro inferior e formação de hematoma.
• A maioria dos pacientes com HDB tem mais de 60 anos de idade, co-morbidades clínicas que podem tornar o procedimento de alto risco para esses pacientes. Desta forma, a angiografia é reservada para pacientes com evidência de hemorragia significativa em curso.
Cintilografia com Hemácias Marcadas com Tecnéscio 99m
• Procedimento não invasivo de medicina nuclear.• As hemácias do paciente são marcadas com um
isótopo do tecnécio e reintroduzidas na circulação.
• Taxas de sangramento de até 0,1 ml/min podem ser detectadas.
• Em cada episódio de sangramento, sangue marcado é derramado no lúmen colônico, criando um foco isotópico que pode ser visualizado com uma cintilografia abdominal.
• Imagens são obtidas a intervalos distintos, dentro das primeiras 2 horas, e desde então a intervalos de 4 a 6 horas, ou no momento da evidência clínica de hemorragia.
• Se o sangramento estiver presente no momento da injeção e da imagem inicial pode identificar com acurácia a origem do sangramento em 85% dos casos.
Cápsula Endoscópica:
• Endoscópio sem fio: Cápsula que contém uma câmara de vídeo, fonte de luz, bateria e transmissor.
• Captura de 2 imagens por segundo, chegando a 50.000. Podem ser amplificadas em até 8x e o revestimento da cápsula impede interferencias com o conteúdo intestinal.
Cápsula Endoscópica:
• Contra-indicações: Sintomas obstrutivos, disturbios da motilidade e uso de marcapassos.
• Complicações: Retenção da cápsula em algum estreitamento. Podendo ficar retida em 5% dos casos, porém, necessitando de intervenção cirurgica em apenas 1%.
• Desvantagens: Incapacidade terapeutica, não localiza precisamente as lesões.
• Vantagem: Extremamente útil para doenças difusas.
Endoscopia Intra-operatória:
• Procedimento cirurgico e endoscópico combinados para avaliar e tratar fontes de sangramento do intestino delgado.
• Durante a laparotomia exploratória é realizada uma enteroscopia do delgado por um endoscopista.
• O cirurgião plica cuidadosamente o intestino delgado por sobre o enteroscópio enquanto o lúmen é visualizado.
Endoscopia Intra-operatória:
• Essa abordagem combinada pode identificar uma fonte de sangramento em até 70% dos pacientes.
• O local preciso da anormalidade pode ser identificado para permitir a ressecção limitada do intestino delgado.
TRATAMENTO
• Tratamento endoscópico:
- Inclui o uso das mesmas modalidades terapêuticas disponíveis para hemorragia gastrintestinal alta!- Sondas térmicas, eletrocoagulação e escleroterapia são geralmente utilizadas.
TRATAMENTO
• Tratamento angiográfico:- Útil em pacientes cujo sangramento é identificado pela angiografia e que apresentam alto risco cirúrgico, ou na tentativa de postergar a cirurgia.- A recidiva é relativamente comum, além de que a vasopressina traz complicações importantes como a isquemia cardíaca, edema pulmonar, trombose mesentérica e hiponatremia.- Pode, no entanto, ser utilizada no controle temporário antes da ressecção cirúrgica definitiva.
TRATAMENTO
• A embolização transcateter de hemorragia maciça pode se utilizada em paciente com alto risco cirúrgico.
• A embolização com esponjas de gelatina ou microespirais pode obter controle temporário da hemorragia por angiodisplasias e divertículos (na vigência destes procedimentos, a falta de ciruculação colateral da parede colônica pode provocar infarto colônico, manifestado por dor abdominal, febre e sepse).
TRATAMENTO
• Tratamento cirúrgico, indicações:- Pacientes com hemorragia progressiva ou recorrente.- Transfusão de seis unidades de concentrado de hemácias ou instabilidade hemodinâmica persistente (indicação precisa de colectomia na hemorragia aguda).
• Devemos nos eforçar para localizar a fonte de sangramento para que possamos realizar uma colectomia parcial ao invés de uma total/subtotal.
TRATAMENTO
• A mortalidade após a colectomia por hemorragia gastrintestinal aguda baixa é de cerca de 5%, e a hemorragia, na maioria das vezes NÃO é a causa do ÓBITO, que se dá por eventos clínicos desfavoráveis como a pneumonia, eventos cardiovasculares e insuficiência renal.
TRATAMENTO
• A angiodisplasia, causa mais comum de sangramento do instestino delgado, deve ser tratada átravés de escleroterapia endoscópica ou coaguação, se não estiver ao alcance do endoscópio indica-se a ressecção segmentar do intestino delgado. Acompanhamento se faz necessário!
• As neoplasias de intestino delgado também são tratadas cirurgicamente.
MUITO OBRIGADO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• SABISTON, D.C. Textbook of Surgery. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1996.
• Hemorragias Digestivas – POJETO DIRETRIZES – Federação Brasileira de Gastroenterologia.
• COELHO, Júlio et al; Aparelho Digestivo: Clínica e Cirúrgica .