diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização...

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Artigo apresentado ao Curso de Administração da Faculdade São Lucas como requisito para aprovação de conclusão de curso sobre orientação do Prof. Fredson Barroso Freire CENTRO DE ENSINO SÃO LUCAS COORDENAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO Artigo Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares do Estado de Rondônia Ana Paula Pereira de Oliveira Silésia Luz Rodrigues Resumo O propósito central deste artigo foi diagnosticar a satisfação dos usuários em relação aos serviços ofertados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes. O presente estudo constitui-se de uma pesquisa de natureza básica, com abordagem quantitativa, com objetivo descritivo, através do estudo de campo. As organizações hospitalares apresentam-se como uma das áreas mais complexas existentes, sendo fundamental, no processo administrativo da organização hospitalar uma gestão profissionalizada. A qualidade do atendimento prestado consiste em alcançar os resultados desejados e planejados pela organização. Através do estudo de campo constatou-se, que as afirmativas descritas pelo gestor, parcialmente não condizem com o grau de satisfação referido pelos pacientes sujeitos da pesquisa. Desta forma, é possível analisar, que a gestão tem relação com a qualidade do serviço prestado, ao considerar que 20% dos pacientes entrevistados referem estar insatisfeitos. Palavra chave: Administração hospitalar, Gestão hospitalar, Excelência no atendimento. Abstract The purpose of this paper was to diagnose the user satisfaction regarding the services offered by the hospital organization of Tiradentes Association. This study consisted of a survey of basic nature, with a quantitative approach with a descriptive purpose, through field study. Hospital organizations present themselves as one of the most complex existing areas, is fundamental in the administrative process of the hospital organization a professional management. The quality of the service is to achieve the desired results and planned by the organization. Through the field study it was noted that affirmative described by the manager, not partially consistent with the level of satisfaction reported by patients research subjects. Thus, it is possible to analyze which management has to do with the quality of service, considering that 20% of respondents report being dissatisfied patients. Keywords: Hospital management, hospital management, excellence in customer service.

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Page 1: Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares

Artigo apresentado ao Curso de Administração da Faculdade São Lucas como requisito para aprovação de

conclusão de curso sobre orientação do Prof. Fredson Barroso Freire

CENTRO DE ENSINO SÃO LUCAS

COORDENAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO

Artigo

Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados

pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais

Militares e Bombeiros Militares do Estado de Rondônia

Ana Paula Pereira de Oliveira

Silésia Luz Rodrigues

Resumo

O propósito central deste artigo foi diagnosticar a satisfação dos usuários em relação aos serviços

ofertados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes. O presente estudo constitui-se de

uma pesquisa de natureza básica, com abordagem quantitativa, com objetivo descritivo, através do

estudo de campo. As organizações hospitalares apresentam-se como uma das áreas mais complexas

existentes, sendo fundamental, no processo administrativo da organização hospitalar uma gestão

profissionalizada. A qualidade do atendimento prestado consiste em alcançar os resultados

desejados e planejados pela organização. Através do estudo de campo constatou-se, que as

afirmativas descritas pelo gestor, parcialmente não condizem com o grau de satisfação referido

pelos pacientes sujeitos da pesquisa. Desta forma, é possível analisar, que a gestão tem relação com

a qualidade do serviço prestado, ao considerar que 20% dos pacientes entrevistados referem estar

insatisfeitos.

Palavra chave: Administração hospitalar, Gestão hospitalar, Excelência no atendimento.

Abstract

The purpose of this paper was to diagnose the user satisfaction regarding the services offered by the

hospital organization of Tiradentes Association. This study consisted of a survey of basic nature,

with a quantitative approach with a descriptive purpose, through field study. Hospital organizations

present themselves as one of the most complex existing areas, is fundamental in the administrative

process of the hospital organization a professional management. The quality of the service is to

achieve the desired results and planned by the organization. Through the field study it was noted

that affirmative described by the manager, not partially consistent with the level of satisfaction

reported by patients research subjects. Thus, it is possible to analyze which management has to do

with the quality of service, considering that 20% of respondents report being dissatisfied patients.

Keywords: Hospital management, hospital management, excellence in customer service.

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1 INTRODUÇÃO

A saúde atualmente é um dos temas mais abordados em todo o mundo, não apenas

pelas condições parcialmente insatisfatórias de saúde ofertadas a população, mas por se

tratar de um dos determinantes na constituição e desenvolvimento social e econômico de

um país. Subentende-se, então, que o processo de melhoria da qualidade de vida de uma

sociedade, também, passa necessariamente pela melhoria na saúde de uma população.

Saiu-se de um modelo hospitalar destinado a segregar e depositar doentes, para

centros especializados no tratamento da comunidade, composto por equipes

multidisciplinares. Possuem equipamentos, médicos, enfermeiros, infraestrutura de

instalações, recursos financeiros, funcionários e clientes que buscam tratamento/consulta.

Diante de tal quadro instaurado na saúde, pensou-se na hipótese, se a gestão das

unidades hospitalares tem relação com a qualidade dos serviços prestados aos usuários, ao

considerar as complexidades existentes do setor saúde e, em especial das unidades

hospitalares.

O presente estudo constitui-se de uma pesquisa de natureza básica, com abordagem

quantitativa, com objetivo descritivo, através do estudo de campo. O público-alvo foi o

gestor e vinte pacientes que frequentam o hospital da Associação Tiradentes. Foi realizado

o estudo de campo através de questionário com perguntas fechadas de múltipla escolha e

dicotômica, estruturadas em consonância com o referencial teórico e os objetivos traçados

para esta investigação.

As instituições hospitalares apresentam-se como uma das áreas mais complexas da

administração, exigindo uma gestão competente e profissionalizada, que tenha ações

voltadas as necessidades da população, orientada para resultados, incorporando

competências inovadoras dentro da organização.

A excelência no atendimento é algo almejado pelas organizações, porém, muitas

fixam suas metas e objetivos esquecendo-se de elementos que interferem na qualidade da

assistência, a exemplo, muitos não consideram a pesquisa de satisfação dos usuários como

ferramenta de planejamento e aperfeiçoamento dos serviços ofertados.

Desta forma, o trabalho consiste em diagnosticar a satisfação dos usuários do

hospital da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares do Estado

de Rondônia em relação aos serviços prestados pela sua organização.

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2 O CONTEXTO HISTÓRICO DA ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

O processo de desenvolvimento da sociedade é marcado por várias mudanças

sociais, econômicas, culturais e políticas. A saúde é um fator em destaque neste processo,

por ser um dos determinantes na constituição e desenvolvimento social de um país. A

transformação da saúde, bem como da administração hospitalar está diretamente ligada ao

processo de desenvolvimento da medicina e unidades hospitalares (BRASIL, 2010).

Júnior e Vieira (2002) descrevem que os primeiros hospitais existentes no mundo

serviam de depósitos de doentes, utilizados para segregá-los da sociedade, não havendo

nenhuma intervenção sobre a patologia ou paciente. Datam que no século 18, iniciavam

pesquisas para padronizar os hospitais existentes, transformando-os em instituições que

prestassem assistência a saúde, além de torná-los um local para a prática médica

(PORTELA e SCHMIDT, 2007).

Após este período da história, os médicos passam a desenvolver atividades

hospitalares rotineiras que anteriormente não eram realizadas, tais como o

acompanhamento do paciente com visitas e evolução, tentando auxiliar no processo de

cura (JÚNIOR e VIEIRA, 2002).

Durante as guerras houve a necessidade de criar hospitais militares, comuns na

Europa em séculos passados. A disciplina incorporada pelo militarismo influiu no modelo

de funcionamento das unidades hospitalares que conhecemos atualmente, tal como ficha de

pacientes, separação por patologia, identificação do leito, entre outros (FOUCAULT,

1981). Portanto, os hospitais passaram a ser um ambiente documentalmente normatizado,

além de um ambiente de recuperação e cura.

No Estado Brasileiro, assim como em outros países, as unidades hospitalares eram

administradas por médicos, religiosos, enfermeiros e indivíduos da comunidade. Tais

unidades eram tidas como instituições de caridade e não como empresas, para tanto se

acreditava que seus administradores não necessitavam de qualificação específica (SEIXAS

e MELO, 2004).

Borba e Neto (2008) corroboram dizendo que no final de 1980 iniciaram

discussões sobre uma medicina baseada em evidências, terminologia utilizada para

“indicar a busca constante pela aplicação das melhores evidências existentes, para

definição da conduta aplicável a cada problema clínico identificado”. Tal método é

utilizado pelas organizações em saúde. As evidências são dados brutos, e a qualidade no

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tratamento desses dados refletirá diretamente na qualidade do atendimento. Segundo os

autores (BORBA e NETO, 2008) os gestores não são capacitados para tomar decisões

estratégicas baseadas em evidências, pois questões como o aprimoramento são deixados

em segundo plano.

A Organização Mundial da Saúde define hospital como:

Parte integrante de um sistema coordenado de saúde, tanto curativa quanto

preventiva, incluindo serviços extensivos à família, em seu domicílio e ainda um

centro de formação para os que trabalham no campo da saúde e para as pesquisas

biossociais (OMS, informe técnico nº 122, 1957 apud FERREIRA, 2008, p.10).

Os hospitais passam a ser centros especializados para o tratamento da

comunidade, composto por uma equipe multidisciplinar. Possuem equipamentos, médicos,

enfermeiros, infraestrutura de instalações, recursos financeiros, funcionários e clientes que

buscam tratamento/consulta. Lemos e Rocha (2011, p.7) esclarecem que “para administrar

adequadamente tais recursos, é necessário um gestor competente, capaz de entender de

tecnologia, pessoas, dinheiro e processos necessários”.

A administração hospitalar atualmente é uma das mais complexas, como afirma

Júnior e Vieira (2002, p.329):

Não apenas pela nobreza e amplitude da sua missão, mas, sobretudo, por

apresentar uma equipe multidisciplinar com elevado grau de autonomia, para dar

assistência à saúde em caráter preventivo, curativo e reabilitador a pacientes em

regime de internação, onde se utiliza tecnologia de ponta.

Portanto, trata-se de uma das mais complexas áreas da administração, a

administração hospitalar. Sendo fundamental, no processo administrativo da organização

hospitalar uma gestão profissionalizada, para que se alcance qualidade nos serviços

prestados.

2.1 Gestor X Administrador

As unidades hospitalares são empresas prestadoras de serviços a população,

reúnem vários serviços que assumem contornos empresariais, demandando ao processo

administrativo da organização hospitalar uma gestão com formação técnica específica.

Serão abordadas neste texto as definições dos conceitos de gestor e administrador, ao

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considerar que “Gerir é algo que se difere de administrar, implicando mudanças de

paradigmas conceituais teóricos e pragmáticos” (LAQUIMIA, SILVA, UTZIG, 2013, p.7).

Osório (2005) descreve de forma sucinta, que o agir do administrador público pode

ser classificado em três níveis distintos:

a) Atos de governo, que situam-se na órbita política; b) atos de administração,

atividade neutra, vinculada à lei; e c) atos de gestão, que compreendem os

seguintes parâmetros básicos: I – tradução da missão; II – realização de

planejamento e controle; III – administração de recursos humanos, materiais,

tecnológicos e financeiros; IV – inserção de cada unidade organizacional no foco

da organização; e V – tomada de decisão diante de conflitos internos e externos

[…]

O administrador tem um enfoque político organizacional, sobretudo diante dos

controles burocráticos, que constroem e fortalecem os seus atos. “Já a gestão, privilegia

resultados, pressupõe métodos, planejamentos, critérios e controles” (LAQUIMIA,

SILVA, UTZIG, 2013, p.7). Ao contrário do clássico administrador o gestor goza de maior

liberdade, preocupa-se com resultados, correspondendo a uma nova mentalidade dentro da

realidade administrativa.

Portanto, o administrador baseia-se em um modelo tradicional, que detém todas as

responsabilidades e tomadas de decisões, centralizando tudo para si. Já o gestor, não

trabalha para as pessoas e, sim com as pessoas, dá autonomia a equipe, tem suas ações

planejadas e organizadas em conjunto com os profissionais da unidade.

A gestão reflete na organização do processo de trabalho, Souza (2006, p.6)

esclarece que:

O modelo de gestão constitui uma configuração conceitual e operacional com

características para estruturar os elementos do processo de trabalho e da

organização dos recursos materiais, humanos, físicos e financeiros, definidos

para uma dada estrutura organizacional. Refere-se ao processo ativo de

determinação e orientação a ser seguido para a realização dos objetivos

institucionais, compreendendo um conjunto de análises, decisões, comunicação,

liderança, motivação e controle/avaliação.

A gestão influi diretamente na qualidade dos serviços prestados, pois estruturam os

elementos do processo de trabalho e da organização dos recursos humanos, materiais,

financeiros e físicos. Correspondendo a um conjunto de análises, comunicação, decisões,

motivação, liderança, controle e avaliação.

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2.2 Gestão hospitalar e suas complexidades

A organização hospitalar atualmente é uma das mais complexas existentes. As

unidades hospitalares são instituições devidamente aparelhadas por equipamentos,

materiais, profissionais, dentre outros, destinados ao diagnóstico, tratamento e recuperação

de doentes. De acordo com Forgia e Couttolenc (2009), os hospitais “empregam 56% de

todos os profissionais de saúde, consumindo 67% do gasto total da saúde e 70% dos gastos

públicos na área”. Portanto, as unidades hospitalares constituem-se em uma das estruturas

mais complexas existentes, por possuir especificidades incontornáveis (LEMOS e

ROCHA, 2011; BORBA e NETO, 2008).

Lemos e Rocha (2011, p.7) descrevem algumas especificidades da organização

hospitalar:

Possui infraestrutura de instalações, equipamentos, instrumentais, médicos,

funcionários, recursos financeiros e especialmente os clientes que ali se dirigem

em busca de tratamento ou consulta […] Hospital é hotel, lavanderia, serviços

médicos limpeza, vigilância, restaurante, recursos humanos, relacionamento com

o consumidor […]

Ao perpassar do tempo, os hospitais vêm se adaptando a um novo modelo de

gestão, tendo como metas, além de tratar e curar o paciente, também oferecer conforto.

Neste cenário, destaca-se o administrativo-financeiro, por ser considerado um problema

administrativo encontrado em várias instituições. Os custos são informações

imprescindíveis para a organização hospitalar, pois determinam a sua sobrevivência.

Para o bom desempenho de uma instituição hospitalar, a contabilidade de custos

possui as seguintes funções como afirma Gersdorff (1980, p.38 apud LEMOS e ROCHA,

2011, p.11):

Assistência na tomada de decisões: um bom sistema de custos deve proporcionar

segurança para o administrador tomar decisões táticas e estratégicas; Controle de

custos: demonstrar se os custos estão dentro dos parâmetros aceitáveis; Redução

de custos e eliminação de desperdícios: em virtude dos demonstrativos, o

administrador deve montar um programa de redução de custos e eliminação de

desperdícios; Comparação de processos de produção e dos seus custos:

demonstrar se é mais vantajoso produzir todos os serviços no próprio hospital ou

repassá-los para outras empresas (terceirização); Planejamento dos serviços

hospitalares: colaborar no estabelecimento de orçamentos, custos – metas e

custos padrão; Cálculo dos valores a serem cobrados dos pacientes: estabelecer o

preço de venda mínimo para os serviços produzidos pelo hospital; Avaliação de

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estoques: valorizar os estoques do hospital; Separação dos custos: os dispêndios

referentes a cada função do hospital (reabilitação, prevenção, restauração, ensino

e pesquisa) devem ser controlados separadamente.

É essencial que as instituições hospitalares apliquem da melhor forma possível os

recursos que dispõem, favorecendo um atendimento de qualidade e preços competitivos. É

exigida tal postura pelas organizações hospitalares, ao julgar os progressos tecnológicos na

área médica e os altos preços cobrados pelos hospitais, vale destacar que tais despesas são

determinantes para o aumento dos custos da saúde. Assim, informações adequadas são

imprescindíveis para a gestão de instituições hospitalares, ao destacar seu papel social.

Rodrigues e Filho (2005 apud Lemos e Rocha, 2011; NETO e MALIK, 2007)

apresentam algumas diferenças existentes entre as organizações hospitalares e os outros

tipos de organização:

A dificuldade de definir e mensurar o produto hospitalar; A frequente existência

de dupla autoridade gerando conflitos; A preocupação dos médicos com a

profissão e não com a organização; A alta variabilidade e complexidade do

trabalho, extremamente especializado e dependente de diferentes grupos

profissionais; Dado o acentuado dinamismo tecnológico, o setor é

essencialmente de trabalho intensivo; Muitas das inovações tecnológicas

implicam não mudanças no método de prestação de um dado serviço, mas a

introdução de um novo serviço que se soma aos anteriores e exige pessoal

adicional para sua prestação; A produtividade do trabalho depende, sobretudo, de

uma combinação adequada entre os vários tipos de profissionais; Ao pessoal de

nível superior, e, principalmente, aos médicos, são atribuídas as funções mais

complexas, envolvendo a gerência administrativa e o comando técnico do

trabalho dos auxiliares, além de sua normalização e supervisão; As funções mais

simples ficam com o pessoal auxiliar, que as executam em cumprimento das

normas de trabalho; Em algumas áreas, as forças produtivas da ciência e da

tecnologia atuam no sentido de elevar a produtividade do processo de trabalho,

mas limitadas a uns poucos procedimentos terapêuticos e diagnósticos.

As unidades hospitalares englobam todas estas especificidades, tornando-se um

grande desafio a integração organizacional de tais instituições. Neste sentido, cabe a

organização adotar modelos de gestão ágeis, voltados as necessidades da população, uma

gestão empreendedora, orientada para resultados, incorporando competências inovadoras

dentro da organização, exercendo impactos significativos na gestão hospitalar.

A função administrativa dentro da organização hospitalar de acordo com Ferreira

(2008, p.11) consiste em:

Tornar produtivos os recursos humanos; liderar pessoas para um trabalho em

equipe, valorizando suas aptidões e qualidades positivas; estabelecer desafios

compatíveis, respeitando características e valores individuais; promover a

administração participativa, dividindo com todos a responsabilidade pelos

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destinos da organização; e possibilitar a expressão da criatividade pessoal,

canalizando-a para objetivos últimos e superiores.

O gestor deve centralizar seus esforços nas oportunidades e não nos problemas,

pois a gestão não se limita em quatro paredes. Por mais complexa que seja a administração

de instituições hospitalares, decisões acertadas pela gestão são de significativa importância

para tal organização. Ao gestor compete promover uma administração participativa,

valorizando as aptidões e qualidades da equipe, tornando-os ainda mais produtivos, além

de promover uma gestão estratégica de custos, que é uma ferramenta indispensável de

auxílio na tomada de decisões. Para tanto, os gestores devem estar continuamente revendo

seus modelos de gestão, a saber, que os hospitais necessitam estar adequando-se

constantemente as transformações tecnológica e da medicina.

2.3 Unidade hospitalar: elementos importantes para a qualidade da

Assistência à Saúde

Existem alguns elementos que ocasionam impactos diretamente nas unidades

hospitalares, e consequentemente na qualidade dos serviços prestados, quando não

pontuados e geridos adequadamente pela organização hospitalar. Neto e Malik (2007)

pontuam alguns elementos: demografia, perfil epidemiológico, recursos humanos e

fracionamento do cuidado, tecnologia, medicalização, custos, papel do cidadão, oferta de

leitos e terceirização.

A demografia nada mais é do que as características de uma determinada localidade,

da população, da saúde, tal qual, o aumento da expectativa de vida, queda na mortalidade

infantil. “A população de 65 anos ou mais, demandam até quatro vezes mais internações

que a média da população” (NETO e MALIK, p.826, 2007), dados que devem ser

pontuados no planejamento da organização hospitalar, por gerar demandas e custos.

Já o perfil epidemiológico se refere à ocorrência de patologias que são específicas

de uma determinada região, como doenças infectocontagiosas emergentes, mortalidades

por doenças crônicos degenerativos. Estes perfis de morbidade e mortalidade, associados a

outros fatores, demandam maior utilização dos serviços de saúde, como exemplo, os

portadores de doenças crônicos degenerativos, que necessitam de cuidados

intrahospitalares mais prolongados e de recursos tecnológicos, demandando gastos,

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recursos humanos especializados e equipamentos com tecnologia de ponta (LEMOS e

ROCHA, 2011).

A partir da década de 90 os conselhos representantes de cada profissão, no intuito

de assegurar aos profissionais espaço no mercado de trabalho, através da divisão de tarefas,

isto é, especificidades nos atendimentos atribuídos a cada classe profissional, a exemplo, a

realização de técnicas e procedimentos. O atendimento multiprofissional é uma conquista,

porém, muitos destes profissionais que compõem a equipe, esquecem que o atendimento

deve ser continuado, e não fracionado, com tomadas de decisões em conjunto, a fim de

decidir o melhor tratamento a ser realizado. Quando isso não acontece, muitas vezes esta

conquista passa a ser um problema, acarretando descontinuidade no

atendimento\tratamento, pois a fracionamento no cuidado (SOARES e COSTA, 2008).

A partir de meados do século XX, houve uma busca contínua por equipamentos,

drogas e soluções, e assim, as novidades foram gerando suas próprias demandas, porque

são as melhores, salvam vidas, dão mais lucros, são mais caros e geram melhor qualidade

de vida. O crescente aumento dos custos, reais e alegados, frente as novas demandas e

necessidades na aquisição de novos fármacos, equipamentos entre outros, acabam

justificando qualquer preço. A inovação não significa substituição de tecnologia anterior.

Neto e Malik (p.827, 2007), propõem uma “medicina baseada em evidências com

avaliação das tecnologias”, um mecanismo para a escolha da melhor tecnologia a ser

utilizada, visando à redução de custos.

A indústria farmacêutica é a segunda em faturamento no mundo. O medicamento

passa a ser um elemento no cardápio da vida, possibilitando uma vida mais longa, com

mais qualidade, mudando nossos hábitos e até substituindo a alimentação. A utilização de

medicamentos e drogas aparece como uma saída para questões de ordem social e

educacional. Pouco se tem feito, sobre a medicalização, principalmente em nível de

atenção primária, o que vem acarretando um forte impacto sanitário e aumento dos custos

na assistência a saúde (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2013).

Todos os insumos envolvidos direta ou indiretamente na assistência a saúde geram

custos, tais como o aumento da demanda, aquisição de novas tecnologias, e etc., além da

inflação característica do setor.

Atualmente os cidadãos utilização a judicialização, para fazer valer seus direitos já

garantidos nas legislações. A exemplo, a compra de medicações por ordem judicial. A má

utilização de recursos acarreta em um tipo de desigualdade, obrigando de certa forma a se

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pensar num aperfeiçoamento da legislação, pois na prática as pessoas precisam procurar a

justiça para que seus direitos sejam garantidos (ALMEIDA, 2002).

Significativa parcela dos hospitais no Estado brasileiro oferece leitos de baixa

qualidade resolutiva, frente ao financiamento da saúde tanto de instituições públicas quanto

vinculadas ao Sistema Único de Saúde. Portanto, o que acontece na realidade é que os

gestores não têm planejamento e nem propostas adequadas para aprimorar e gerir este

subatendimento, pois financiamento existe para mantê-los e aprimorá-los (LEMOS e

ROCHA, 2013).

A terceirização é tida como ruim em alguns casos, ao considerar que os hospitais

não estão preparados para a mudança de modelo, já que, mal conhecem seus custos. Neto e

Malik (p.826, 2007) afirmam que a terceirização dos serviços de saúde “tem sido utilizada

para melhorar a capacidade dos hospitais reterem seu corpo clínico, aumentando a

quantidade de variáveis a considerar na análise da questão e no encaminhamento de

possíveis soluções”.

Tais elementos abordados influenciam na qualidade do serviço prestado, quando

não pontuados e geridos adequadamente pela organização hospitalar, ocasionando

demandas e custos que trazem prejuízos tanto para a organização quanto aos pacientes.

2.4 Excelência no atendimento hospitalar

A excelência é algo almejado por várias instituições hospitalares, principalmente

nos dias atuais, em que a concorrência está em toda a parte, com isso a busca por melhorias

no desempenho operacional e organizacional tem sido constante (RODRIGUES, 2001).

Neste sentido, não tem como aceitar improvisos ou amadorismo frente à gestão dessas

organizações, sendo difícil aceitar que pessoas assumam sem nenhuma competência ou

formação específica.

Um atendimento com qualidade em uma abordagem geral, “é aquele que atende

perfeitamente, de forma confiável, acessível, segura e no tempo certo, às expectativas do

cliente” (BALSANELLI e JERICÓ, p. 398, 2005). Atualmente a busca pela excelência,

para atender as necessidades do cliente é prioridade para as organizações.

A qualidade do atendimento prestado consiste em alcançar os resultados desejados

e planejados pela organização. Para tanto, é necessário a conscientização de toda a equipe,

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sobre a importância de priorizar o atendimento ao cliente, para atender suas necessidades,

garantindo-lhes segurança e bem-estar.

Rodrigues (2001, p. 11), apresenta algumas características de um hospital de

qualidade, de acordo com a concepção do paciente:

Deve possuir bons médicos, que sejam conhecedores de tecnologias avançadas e

dos melhores procedimentos; A reputação do hospital no mercado de trabalho, a

divulgação do bom atendimento pela clientela são fatores fundamentais para o

sucesso; O calor humano também é decisivo para os pacientes, pois passa a

sensação de ser um atendimento especial e exclusivo; O paciente sentir-se

tratado com prioridade e não a partir da conta bancária; O hospital deve manter o

devido respeito, sem trazer acepções, pois o paciente acima de tudo é ser

humano; Hospitais que possuem equipamentos com tecnologia de ponta, são

bem-vistos pelas pessoas, demonstrando até o grau de instrução dos

funcionários; A higiene é outro fator fundamental, pois não existe pessoa que

sinta-se bem sendo tratado em um ambiente sujo e com má conservação;

Agilidade no atendimento é outro aspecto exigido pelos pacientes, desde o

momento da entrada no hospital até sua alta, ou possível óbito; Os médicos

devem tentar escrever suas receitas de forma mais legível, para evitar erros e

confusões; As consultas, exames, cirurgias, etc, devem ser realizadas nos

horários em que foram marcados, dando assim a imagem de organização.

O paciente deseja que a instituição possua médicos especialistas, conhecedores de

novas tecnologias; ser tratado sem distinções, com agilidade e prioridade, sem que haja

espera nas consultas, exames, cirurgias, etc.; que o hospital possua equipamentos com

tecnologia de ponta, além de um ambiente confortável, higiênico e adequado para ser

atendido. Os hospitais que se importam com a satisfação do cliente devem realizar

aferições da satisfação dos clientes, a fim de ter respostas sobre seus problemas e elaborar

possíveis soluções.

Para satisfazer os anseios e desejos dos pacientes, é necessário primeiramente

trabalho em equipe, que haja um gestor que seja líder, que incentive e tenha uma boa

relação com a equipe. É imprescindível neste processo a realização de reuniões e cursos de

atualização permanentes com a equipe, a fim de propor mudanças comportamentais e

mobilização do pessoal em busca de metas e objetivos que garantam a melhoria da

qualidade do serviço prestado.

A excelência é almejada por todas as organizações hospitalares, porém, demanda

uma gestão profissionalizada, que tenha boa relação com a equipe, que seja líder, que

proponha estratégias, planejamentos a curto e longo prazo, priorizando sempre o paciente,

para que tenha sua satisfação garantida, e suas necessidades atendidas.

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3 METODOLOGIA

O estudo teve por objetivo diagnosticar a satisfação dos usuários em relação aos

serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais

Militares e Bombeiros Militares do Estado de Rondônia – ASTIR.

O público-alvo foi o gestor e vinte pacientes que frequentam o hospital da

Associação Tiradentes. A Associação tem por objetivo a operação de planos privados de

assistência à saúde no seguimento médico, ambulatorial, hospitalar, exclusivamente aos

associados e seus beneficiários (Policiais Militares e Bombeiros Militares).

Trata-se de uma pesquisa de natureza básica, que tem por objetivo “gerar

conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista.

Envolve verdades e interesses universais” (SILVA e MENEZES, 2005, p.20).

O presente estudo foi realizado através de uma pesquisa com abordagem

quantitativa, pelo método de coleta de dados por perguntas fechadas de múltipla escolha e

dicotômica, onde o entrevistado pode optar entre duas respostas. As perguntas estão

estruturadas em consonância com o referencial teórico e os objetivos traçados para a

investigação (em anexo). A pesquisa com abordagem quantitativa é aquela que “traduz em

números opiniões e informações para analisá-las e classificá-las. Requer uso de recursos e

técnicas estatísticas” (MORESI, 2003, p.8).

É um estudo com objetivo descritivo, que visará descrever os fatores que interferem

na qualidade da assistência prestada, de acordo com a concepção dos pacientes que

frequentam a instituição, bem como, pelo gestor. “O estudo descritivo, visa descrever ou

expor características de determinada população ou fenômeno” (MORESI, 2003. p.9).

O meio de investigação é através de estudo de caso, que é quando se “pretende

buscar a informação diretamente com a população pesquisada. O pesquisador precisa ir ao

espaço onde o fenômeno ocorre, ou ocorreu e reunir um conjunto de informações a serem

documentadas” (PIANA, 2009, p.169).

Por amostragem foram escolhidos aleatoriamente 20 pacientes internados no

Hospital da Associação Tiradentes. Utiliza-se na descrição dos dados da entrevista aos

pacientes a denominação por ordem alfabética.

O presente estudo de campo desenvolveu-se em dois momentos. No primeiro

momento foi aplicado questionário aos pacientes, em segundo momento foi aplicado

questionário ao gestor do Hospital da Associação Tiradentes. Os dados coletados foram

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tabulados com auxílio de tabelas e gráficos eletrônicos do Microsoft Office Word para

posterior análise e discussões.

De acordo com a metodologia apresentada, a seguir apresentar-se-á uma análise dos

resultados do estudo de campo.

4 UMA ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS A PARTIR

DOS SERVIÇOS PRESTADOS PELA ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR

DA ASSOCIAÇÃO TIRADENTES

Será apresentado primeiramente os resultados da pesquisa com os usuários do

hospital da Associação Tiradentes. A maior parte dos clientes referem que frequentam a

instituição a mais de três anos, totalizando 75% dos sujeitos da pesquisa, dados que podem

ser observados através do gráfico a seguir.

Gráfico 1 – Tempo que os pacientes frequentam o hospital da Associação Tiradentes.

Fonte – DADOS DA PESQUISA.

Tais dados podem ser justificados, por se tratar de uma Associação em que é

cobrado mensalmente um valor de seus associados para utilizar os serviços médicos,

ambulatoriais, hospitalares e para manutenção da mesma.

A excelência no atendimento é algo almejado pelas organizações, porém, muitas

fixam suas metas e objetivos esquecendo-se de elementos que interferem na qualidade da

assistência, a exemplo, muitos não consideram a pesquisa de satisfação dos usuários como

ferramenta de planejamento e aperfeiçoamento dos serviços ofertados.

5,00%10,00%

10,00%

75,00%

Gráfico 1- Tempo que os pacientes frequentam o hospital da Associação Tiradentes

Menos que 1 ano

1 ano

2 anos

3 anos

Mais que 3 anos

Page 14: Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares

14

Em relação à satisfação dos usuários, observou-se que 58% estão satisfeitos com o

atendimento que receberam pela recepção, 70% com o atendimento ambulatorial, 67%

com o atendimento da equipe de enfermagem, 85% com o atendimento médico e 30% com

o ambiente físico da instituição. Apenas 5% estão insatisfeitos com o atendimento da

recepção, 5% com o atendimento médico e 10% com o ambiente físico da unidade. De

acordo com os dados apresentados acima e a tabela1 abaixo, constatou-se que a maioria

dos pacientes encontra-se satisfeitos com o atendimento e serviços ofertados pela

organização.

A hospitalização ocorre quando o usuário necessita de terapêutica e cuidados mais

complexos, o que o torna mais vulnerável tanto fisicamente quanto emocionalmente, sendo

imprescindível neste processo o acolhimento em todos os níveis de atenção à saúde.

Prochnow et.al (2009, p.) descreve que o “acolhimento expressa uma ação de

aproximação, de relação com o usuário, não se restringe apenas ao ato de receber, mas se

constitui em uma sequência de atos e modos que compõem as metodologias dos processos

de trabalho em saúde em qualquer nível de atenção”.

Tabela 1-Satisfação dos usuários em relação aos serviços ofertados pelo hospital da

Associação Tiradentes

Quesitos Muito

Satisfeito

Satisfeito Neutro Insatisfeito Muito

Insatisfeito

Atendimento

da Recepção

21% 58% 16% 5% 0%

Atendimento

Ambulatorial

5% 70% 25% 0% 0%

Atendimento

da Equipe de

Enfermagem

5% 67% 28% 0% 0%

Atendimento

Médico

10% 85% 0% 5% 0%

Ambiente

Físico do

Hospital

0% 30% 60% 10% 0%

Legenda: Neutro: Não souberam opinar.

Tabela 1-Satisfação dos usuários em relação aos serviços ofertados pelo hospital da Associação Tiradentes.

Fonte – DADOS DA PESQUISA.

Page 15: Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares

15

No entanto, 20% de usuários estão insatisfeitos com os serviços ofertados,

caracterizando um percentual significativo. O que requer do gestor uma autoavaliação no

sentido de investigar os motivos de tal insatisfação. O que vem de encontro com o

pensamento de Soares e Costa (2008, p.298) que a qualidade do serviço prestado é a

“compensação entre as expectativas do cliente e o desempenho do produto ou serviço”.

De acordo com a Portaria Nº3. 390, de 2003 do Ministério da Saúde, em seu Art.

19, § 2º esclarecem que “a gestão participativa e democrática, a atuação da ouvidoria e as

pesquisas de satisfação do usuário serão dispositivos de avaliação da gestão interna do

hospital e da atenção”. Desta forma, a autoavaliação dos serviços ofertados a partir da

satisfação dos usuários é um dispositivo significativo para o planejamento e

replanejamento da organização hospitalar.

Justificando-se através do esclarecimento de Freitas (2005) que atualmente os

“consumidores estão consultando pessoas que já tenham experimentado um serviço

específico, antes de adquiri-lo. É importante observar que os clientes não avaliam somente

os aspectos tangíveis de um serviço, mas também os aspectos intangíveis a ele agregados”.

Quando os sujeitos pacientes foram questionados quanto ao atendimento da equipe

e ambiente físico da unidade, a resposta foi neutra, o que quer dizer que o paciente não

opinou sobre o que foi perguntado. Desta forma, questiona-se, o paciente está inteirado

sobre as normas de infraestrutura e seus direitos enquanto usuário?

Tabela 2 – Quesitos considerados ideais para um atendimento excelente.

Quesitos Porcentagens

Estrutura adequada à demanda 13%

Acolhimento (informações claras,

resolutividade, menor tempo de espera e

ética no atendimento)

24%

Aparelhos para a realização de exames

laboratoriais e por imagem

22%

Especialidades médicas (ginecologistas,

cirurgiões, pediatras entre outros

profissionais)

20%

Equipe multiprofissional (fisioterapeuta,

psicólogo entre outros profissionais)

21%

Tabela 2 – Quesitos considerados ideais para um atendimento excelente.

Fonte – DADOS DA PESQUISA.

Page 16: Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares

16

Quando questionado sobre os elementos que consideram imprescindíveis para a

excelência, em ordem de prioridade, relataram em primeiro lugar o acolhimento com 24%,

que este seja resolutivo, com menor tempo de espera, com informações claras e ética no

atendimento. Em segundo possuir aparelhos para realização de exames laboratoriais e por

imagem, totalizando 22% dos entrevistados. Terceiro 21% dos sujeitos da pesquisa

disseram que o corpo clínico da instituição deve ser composto por equipe

multiprofissional. Em quarto, 20% dos entrevistados consideram importante ter mais

médicos especialistas na instituição. Em quinto lugar, 13% julgam importante uma

estrutura física adequada para atender a demanda.

Estes dados retomam ao questionamento feito anteriormente, o paciente está

inteirado sobre as normas de infraestrutura e seus direitos enquanto usuário? Pois, a

infraestrutura adequada para atender a demanda é pontuada como a última, sendo que, sem

estrutura compatível com a demanda e as necessidades da população, ou seja, confortável,

higiênico, dentre outros, do que adianta um acolhimento resolutivo e especialidades

médicas? É um conjunto de serviços prestados com qualidade para se chegar a excelência,

um elemento depende do outro, mas o paciente tem conhecimento sobre tais vertentes?

Almeida (2002) corrobora dizendo que a qualidade na saúde significa, portanto, a

“sistematização de todos os seus processos, em todas as áreas, na busca da ética e da

técnica, englobando, na pluralidade de ações, os procedimentos, interesses e motivações,

para levar ao paciente conforto e bem-estar, compensando-o dos sofrimentos que a doença

lhe traz”.

A partir de agora será apresentado à análise da pesquisa realizada com o gestor do

hospital da Associação Tiradentes. A primeira pergunta referiu-se a profissionalização,

você possui algum curso técnico, ou pós-graduação na área de administração hospitalar? O

gestor referiu que sim. Um ponto positivo, ao considerar a complexidade existente na

gestão hospitalar, que necessita de pessoas competentes e com formação específica,

conhecedor das especificidades existentes na organização de tais instituições. Estas

especificidades estão estatuídas na Portaria Nº3. 390 do Ministério da Saúde em seu

Art.3º:

Os hospitais são instituições complexas, com densidade tecnológica específica,

de caráter multiprofissional e interdisciplinar, responsável pela assistência aos

usuários com condições agudas ou crônicas, que apresentem potencial de

instabilização e de complicações de seu estado de saúde, exigindo-se assistência

Page 17: Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares

17

contínua em regime de internação e ações que abrangem a promoção da saúde, a

prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação (BRASIL,

2003).

A administração hospitalar é considerada uma das mais complexas existes, por

apresentar características incontornáveis, ou seja, é um processo que não tem como ser

alterado, e sim gerido da melhor forma possível. Ao questionado se o planejamento da

organização hospitalar é realizado em conjunto com a equipe, ele assegura que sim. Outro

ponto positivo, ao julgar que o gestor trabalha com as pessoas e não para as pessoas, ao

gestor compete promover uma administração participativa, valorizando as aptidões e

qualidades da equipe, tornando-os ainda mais produtivos.

Concordando com Bassani, Nikitiuki e Quelhas (2002) que descrevem que sob está

ótica a gestão deve preocupar-se com a valorização das pessoas, autoestima e relações

interpessoais como forma de alcançar sucesso numa perspectiva de crescimento e

confortável vantagem competitiva.

Foi questionado ainda ao gestor, se a infraestrutura e recursos humanos atendem a

demanda, ele atesta que sim. Está afirmativa, não condiz parcialmente com os dados

obtidos na pesquisa com os usuários, pois 20% encontram-se insatisfeitos com o

atendimento da recepção, atendimento médico e ambiente físico da unidade.

Quanto aos elementos apresentados que podem influenciar na qualidade do serviço

prestado, o gestor destaca a atenção primária e especialistas para compor o quadro clínico

da instituição. A atenção primária é um grande desafio para as instituições privadas, pois

são realizadas poucas ações de promoção e proteção da saúde, e a recuperação continuará

incapaz em responder as necessidades de cobertura para uma população que demanda cada

vez mais cuidados médicos. Para que isso ocorra, nas instituições privadas, é

imprescindível conhecer sua população, do ponto de vista demográfico e epidemiológico,

buscando um conjunto articulado de ações em nível primário à saúde. A necessidade de

incorporar ao corpo clínico das instituições, profissionais nas mais diversas especialidades

é algo almejado por diversas organizações hospitalares, porém, ainda existe uma carência

muito expressiva de especialistas, principalmente no Estado de Rondônia.

Bonato (2011, p.320) descreve que gestão hospitalar “precisa conhecer e entender

as mudanças atuais nos diferentes âmbitos: social, econômico, organizacional e

psicológico, para poder administrá-las”. Precisam criar alternativas com maior rapidez,

Page 18: Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares

18

avançando, melhorando, identificando suas fragilidades e estabelecendo oportunidades

para criar mecanismos inovadores no cotidiano.

Com vistas aos esclarecimentos de Ferreira (2008, p.11) a gestão deve “promover a

administração participativa, dividindo com todos, a responsabilidade pelos destinos da

organização; e possibilitar a expressão da criatividade pessoal, canalizando-a para

objetivos últimos e superiores”.

A última questão abordada foi sobre a educação continuada, se a equipe participa

ou é ofertado pela instituição cursos de atualização, o gestor aferiu que sim. Um ponto

positivo, pois a educação continuada é de suma importância para a continuidade e

qualidade do serviço prestado pela equipe da instituição.

A educação continuada é “necessária para o desenvolvimento do sujeito, no que se

refere ao seu autoaprimoramento, direcionando-o à busca da competência pessoal,

profissional e social, como uma meta a ser seguida por toda a vida” (PASCHOAL,

MANTOVANI e MÉOER, 2007, p.479). Vivemos em um mundo globalizado, e estamos a

todo o momento tendo que nos adaptar a novas tecnologias, novas drogas, programas,

doenças, tratamentos, dentre outros, que exige de certa forma os profissionais a atualizar-

se.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com as fontes pesquisadas, o presente trabalho aponta os seguintes

resultados: Os hospitais deixam de ser segregadores da sociedade e depósitos de doentes, e

passam a ser centros especializados, compostos por equipes multiprofissionais com

equipamentos, etc. Atualmente as instituições hospitalares apresentam-se como uma das

áreas mais complexas da administração, exigindo uma gestão por pessoas competentes,

com formação específica, que seja conhecedor das especificidades existe nas organizações

hospitalares.

A excelência é almejada por todas as organizações, porém, engloba inúmeros

elementos, que devem ser pontuados e considerados pela gestão, no planejamento dos

objetivos e metas da instituição.

Page 19: Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares

19

De modo geral constatou-se, que os sujeitos da pesquisa consideram-se satisfeitos

com os serviços ofertados pelo hospital da Associação Tiradentes. No entanto, 20%

consideram-se insatisfeitos com o atendimento da recepção, atendimento médico e

ambiente físico do hospital, um número significativo. O que requer do gestor uma

autoavaliação no sentido de investigar os motivos de tal insatisfação.

Ainda na pesquisa com o sujeito, sobre os elementos que consideram ideais para

um atendimento de excelência em ordem de prioridade, referiram à estrutura física com a

última. Questiona-se, o paciente está inteirado sobre as normas de infraestrutura e seus

direitos enquanto usuário? Do que adianta um acolhimento resolutivo e especialidades

médicas se não tem infraestrutura adequada para atender a demanda? É um conjunto de

serviços prestados com qualidade para se chegar a excelência, um elemento depende do

outro, mas o paciente tem conhecimento sobre tais vertentes?

Na pesquisa com o gestor, ele afere ter formação específica na área de

administração hospitalar, que o planejamento da organização é realizado em conjunto com

a equipe, que os recursos humanos e infraestrutura atendem a demanda da instituição, que

a equipe participa de cursos de atualização e que considera a atenção primária e

especialista para compor o quadro clínico do hospital, como sendo elementos que

interferem para a qualidade dos serviços ofertados.

Averiguou-se, que as afirmativas descritas pelo gestor, parcialmente não condizem

com o grau de satisfação referido pelos sujeitos da pesquisa. Desta forma, é possível

analisar, que a gestão tem relação com a qualidade do serviço prestado, ao considerar que

20% dos entrevistados referem estar insatisfeitos. É importante ressaltar, que por se tratar

da gestão, ela não se limita a uma única pessoa, a gestão é um conjunto, que envolve vários

setores.

O artigo não teve por objetivo ser uma pesquisa finita, uma vez que, ele dá margem

para outras pesquisas, por exemplo, para confrontar as informações prestadas pelos

usuários, pelo gestor e também para realizar pesquisa com os funcionários da instituição e

outra possibilidade seria investigar as causas de insatisfação dos usuários.

Page 20: Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares

20

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Page 24: Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares

24

ANEXO

Page 25: Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares

25

Questionário 01

Pesquisa sobre a satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela

organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais e Bombeiros Militares

do Estado de Rondônia

Pesquisadoras: Ana Paula Pereira de Oliveira, Silésia Luz Rodrigues

Objetivo: Trabalho de conclusão de curso-Artigo-Bacharel em Administração-Faculdade

São Lucas

O entrevistado não precisa se identificar (paciente).

1. A quanto tempo você frequenta o hospital da Associação Tiradentes? ( ) Menos de 1 ano

( ) 1 ano

( ) 2 anos

( ) 3 anos

( ) mais de 3 anos

2. Para os quesitos relacionados abaixo, marque de acordo com a sua satisfação em

relação ao atendimento.

QUESITOS Muito

Satisfeito

Satisfeito Neutro Insatisfeito Muito

Insatisfeito

Atendimento da

Recepção

Atendimento

Ambulatorial

Atendimento da

Equipe de

Enfermagem

Atendimento

Médico

Ambiente Físico do

Hospital (Estrutura,

equipamentos,

móveis, outros)

3. Marque os quesitos relacionados abaixo, que você considera ideal para um

atendimento excelente?

( )Estrutura adequada à demanda;

( )Acolhimento (informações claras, resolutividade, menor tempo de espera e ética no

atendimento);

( )Aparelhos para a realização de exames laboratoriais e por imagens;

( )Especialidades médicas (ginecologista, cirurgiões, pediatras, entre outros);

( )Equipe multiprofissional (fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, entre outros);

Page 26: Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares

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Questionário 02

Pesquisa sobre a satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela

organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais e Bombeiros Militares

do Estado de Rondônia

Pesquisadoras: Ana Paula Pereira de Oliveira, Silésia Luz Rodrigues

Objetivo: Trabalho de conclusão de curso-Artigo-Bacharel em Administração-Faculdade

São Lucas

O entrevistado não precisa se identificar (Gestor).

1.Você tem algum curso técnico, e ou pós-graduação na área de Administração

Hospitalar? ( ) Sim ( )Não

2. O planejamento da organização hospitalar é realizado em conjunto com a equipe? ( ) Sim ( )Não

3. O quantitativo de recursos humanos e infraestrutura atendem a demanda

hospitalar? ( ) Sim ( )Não

4. Em sua opinião, quais dos seguintes elementos influenciam na qualidade do serviço

prestado?

( ) Aquisição de Tecnologias;

( )Custos;

( )Oferta de Leitos;

( )Fracionamento do cuidado;

( )Recursos Humanos.

5. A equipe multiprofissional participa ou é ofertado pela instituição cursos de

atualização? ( ) Sim ( )Não

Page 27: Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares

27

Ana Paula Pereira de Oliveira

Silésia Luz Rodrigues

Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços

prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes

dos Policiais Militares e Bombeiros Militares do Estado de

Rondônia

Este Artigo Científico foi julgado e aprovado para obtenção do Grau de Bacharel em

Administração da Faculdade São Lucas de Porto Velho.

Porto Velho,____________de_________________2014.

_______________________________________

Ms. Marcelo Augusto M. Barbosa

Coordenador do Curso de Administração

_______________________________________

Prof. xxxxx

Presidente da Banca

____________________________________ _______________________________

Prof. xxxx Prof. xxxx

Membro da Banca Membro da Banca

Page 28: Diagnóstico da satisfação dos usuários em relação aos serviços prestados pela organização hospitalar da Associação Tiradentes dos Policiais Militares e Bombeiros Militares

28

Atestado da Empresa

Porto Velho, ______de_______________2014.

À

Faculdade São Lucas

Coordenação dos Cursos de Administração

ATESTADO

Atestamos que o Sr.(a)____________________________________RG

n._______________, é funcionário ( ) ou estagiário ( ) desta empresa, realizou pesquisa

de campo, com o objetivo específico de complementação de estudo acadêmico para

finalização do Trabalho de Conclusão de curso.

Informamos que não temos restrições de confidencialidade quanto ao conteúdo de seu

artigo, e, desde já, autorizamos sua eventual publicação.

(Havendo pedido de sigilo)

Solicitamos sigilo absoluto sobre as informações constantes de seu artigo e não

autorizamos a sua publicação total ou parcial. (Neste caso identificar os itens não

liberados).

Responsável

__________________________

Alan Mota

Diretor Executivo