diagnóstico da personalidade por desenhos

12
Diagnóstico da Personalidade: Teste do Desenho Olá, vamos aprofundar um pouco em desenhos infantis, analisar o desenho e as atitudes. Se a criança desenha um mundo perfeito (com traços benfeitos de uma casa, da família completa, de gente sorrindo...), é bem provável que ela esteja recebendo todo amor e carinho de que precisa. Agora, repare se a criança está desenhando conforme a idade dele. A fase de rabisco abstrato (aquele que não forma nenhuma figura) dura só até 3 anos. As cores vão ter sentido com 6,7 anos. Preste atenção ainda no ambiente familiar. Qual o clima em casa? Como está a vida dos pais? Essa criança tem tranquilidade ou vê brigas? Saiba que dá para identificar se a criança está com algum problema emocional pelo desenho que faz, o desenho deve ser visto como um detalhe a mais no comportamento da criança, e não isoladamente. E só um profissional pode dar o diagnóstico. As crianças com problemas sérios, como rejeição da família ou ausência de um dos pais, acabam desenhando a família (tio, avô, cão), menos figuras importantes (os pais) e ela mesma. Se a criança tiver 10 anos, por exemplo, e desenhar pessoas com palitinhos, sem roupa ou partes só corpo, pode não ser bom. Já deveria fazer traços mais bem definidos. Mas como idenrificar nesses traços sinais de angústia, raiva e tristeza? "O desenho fala do sujeito, da sua subjetividade, da sua posição frente ao mundo". O que torna o ato de desenhar propício para a projeção? O sujeito é Livre para dizer ou fazer o que quiser, o que o condena a revelar o seu desejo: · Liberdade de tempo · Não há bons ou maus desenhos · É possível ao sujeito falar sobre sua produção O que pode ser projetado através do desenho? · A percepção consciente e inconsciente do sujeito em relação a simesmo e as pessoas significativas do seu ambiente. · Sua forma de agir, atuar, se posicionar frente ao mundo. · Conflitos e sentimentos inconscientes. · Coisas que o sujeito não seria capaz de expressar em palavras,mesmo que conscientes. · A realização de desejos. · Auto-imagem idealizada ou realista de si mesmo. · A sexualidade. · Stress´ situacional.

Upload: abetter-secondlife

Post on 02-Oct-2015

17 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Análise dos desenhos

TRANSCRIPT

Diagnstico da Personalidade: Teste do DesenhoOl, vamos aprofundar um pouco em desenhos infantis, analisar o desenho e as atitudes. Se a criana desenha um mundo perfeito (com traos benfeitos de uma casa, da famlia completa, de gente sorrindo...), bem provvel que ela esteja recebendo todo amor e carinho de que precisa. Agora, repare se a criana est desenhando conforme a idade dele. A fase de rabisco abstrato (aquele que no forma nenhuma figura) dura s at 3 anos. As cores vo ter sentido com 6,7 anos.Preste ateno ainda no ambiente familiar. Qual o clima em casa? Como est a vida dos pais? Essa criana tem tranquilidade ou v brigas?Saiba que d para identificar se a criana est com algum problema emocional pelo desenho que faz, o desenho deve ser visto como um detalhe a mais no comportamento da criana, e no isoladamente. E s um profissional pode dar o diagnstico.As crianas com problemas srios, como rejeio da famlia ou ausncia de um dos pais, acabam desenhando a famlia (tio, av, co), menos figuras importantes (os pais) e ela mesma. Se a criana tiver 10 anos, por exemplo, e desenhar pessoas com palitinhos, sem roupa ou partes s corpo, pode no ser bom. J deveria fazer traos mais bem definidos.Mas como idenrificar nesses traos sinais de angstia, raiva e tristeza?"O desenho fala do sujeito, da sua subjetividade, da sua posio frente ao mundo".O que torna o ato de desenhar propcio para a projeo?O sujeito Livre para dizer ou fazer o que quiser, o que o condena a revelar o seu desejo: Liberdade de tempo No h bons ou maus desenhos possvel ao sujeito falar sobre sua produoO que pode ser projetado atravs do desenho? A percepo consciente e inconsciente do sujeito em relao a simesmo e as pessoas significativas do seu ambiente. Sua forma de agir, atuar, se posicionar frente ao mundo. Conflitos e sentimentos inconscientes. Coisas que o sujeito no seria capaz de expressar em palavras,mesmo que conscientes. A realizao de desejos. Auto-imagem idealizada ou realista de si mesmo. A sexualidade. Stress situacional.O que pode ser observado durante a atividade? Observar qual a sua postura frente a essa atividade: Ele se entrega confiante e confortavelmente a tarefa? Expressa dvidas dobre sua habilidade e , nesse caso, esxpressa essas fvidas diretas ou indiretamente, verbalmente, ou atravs de atividade motora? Realiza movimentos,ou exibe expresses verbais que revelam insegurana, ansiedade, autocrtica etc.Limites a serem considerados na anlise do desenho Os aspectos a serem analisados no devem ser visto isoladamente, e sim em conjunto, e no devem seguir uma receita, o que nos faria correr o risco de uma interpretaoequivocada. importantssimo destacar que a anlise de um desenho deveser feita por meio de outros desenhos, da histria do sujeito eprincipalmente do que o sujeito fala acerca do mesmo. Interpretaes so hipteses e no certezas e no devem se basear em dados isolados ou no imaginrio do profissional queo analisa. O profissional deve ter o cuidado de no projetar no desenho analisado seus contedos. O desenho deve ser analisado dentro de um contexto cultural e refere-se a um dado momento. necessrio evitar generalizaes, pois cada produo nica. Aspectos estudados no desenhoFases do desenvolvimento: Cognitivo Psicomotor Scio-afetivoPercepo visualOralidadeExpressoReproduoCriatividadeTraos da SubjetividadePsicopatologiaNos aspectos expressivos devemos analisar:SeqnciaEsta anlise pode nos indicar a quantidade de energia do sujeito e o controle do sujeito sobre a mesma.Nos estados depressivos, por exemplo, os desenhos se caracterizam por uma acentuada pobreza de detalhes ou uma incapacidade de completar todos os desenhos, por mais pobres que sejam.A maioria das pessoas desenha com uma certa seqncia esquemtica a figura humana (cabea, pescoo, tronco,braos e pernas, dedos e ps colocados por ltimo) denotando organizao de pensamento; os que denotam excessiva impulsividade, excitabilidade, trabalham confusamente.TamanhoEste aspecto nos oferece pistas sobre auto-estima realistado sujeito ou uma imagem idealizada de si mesmo.A relao entre o tamanho do desenho e o espao disponvelna folha de papel pode estabelecer tambm um paralelo coma relao dinmica entre o sujeito e o seu ambiente, ou entre o sujeito e as figuras parentais.O tamanho sugere a forma pela qual o sujeito esta reagindo presso ambiental.Tamanho normalInteligncia, com capacidade de abstrao espacial e deequilbrio emocional.Tamanho diminutoPode ser caso de inteligncia elevada, mas com problemasemocionais.Pode indicar inibio da personalidade, desajuste ao meio.Represso agressividade.Timidez e sentimento de inferioridadeTamanho grandeSe estiver bem centrada, pode ser ambies que sero alcanadas.Tamanho exageradamente grande (atingindo quase os limites da pagina)Sentimento de constrio do ambiente, com concomitante ao supercompensatria, ou fantasia (uma pessoa pequenaque se desenha grande, por exemplo)Debilidade mental, no tem noo de tamanho.Tendncias narcisistas, ou exibicionistas.Tambm revela forte agressividadePresso no DesenharOferece indicaes sobre o nvel de energia sujeito.1- Pouca presso, trao leve.Baixo nvel de energia, represso e restries.Indivduos deprimidos, medrosos, e com sentimentos deinadequao preferem traos muitos leves, quase apagados.Detalhes no DesenhoFalta de detalhes adequados. . Sentimento de vazio e energia reduzida, caracterstica de indivduos que empregam defesas pelo retraimento e, s vezes, depresso.Detalhe excessivo. Sentimento de rigidez. Atitude basicamente defensivaUso da BorrachaUso normal autocrtica.Ausncia total, quando a borracha se acha presente faltade critica.Uso exagerado da borracha incerteza, indeciso e insatisfao consigo mesmo.Riscar o papelIndica dificuldade de adaptaoTransparnciaCaracterstica de certas etapas da evoluo do grafismo. Emadulto, sintoma de ausncia de senso de realidade (desdequando no generalizada, no representa psicopatologia).Desenho da anatomia interna incio quase seguro de esquizofrenia. Correo e retoquesAs correes podem expressar natureza adaptvel e flexvel.Se em grande nmero, expressam incerteza, indeciso,insatisfao pessoal, dificuldades projetivas em certas reas eperfeccionismo.Sombreamento ou borraduraO sombreamento pode indicar inteligncia.So consideradas expresses de ansiedade, indicando conflito.Se muito acentuados, pode se pensar em angustia e depresso.EstereotipiasConsiste em repetio mecnica do mesmo esquema, quasesempre sem contedo e realizado com regularidade.Em sujeitos com mais de doze anos expressam deficincias de expresso, falta de independncia no julgar, primitivismo,realismo estreito, limitado horizonte psicolgico (junto a outros indcios, pensa-se em atraso no desenvolvimento mental)LocalizaoNo meio da pgina: Indica pessoa ajustada. Crianas que desenham no centro da pgina mostram-se mais autodirigidas, autocentradas.Desenhos fora do centro da pgina: Pessoas menos centradas mais dependentes.Desenho em um dos cantos: Pessoas fugindo ao meio. Pode indicar fuga ou desajuste do indivduo ao ambienteNo eixo horizontal, desenho mais para a direita: Comportamento controlado, desejando satisfazer suas necessidades e impulsos, prefere satisfaes intelectuais aas emocionais.No eixo horizontal, mais para a esquerda: Comportamento impulsivo procura satisfao imediata de suas necessidades e impulsos.Na linha vertical, acima do ponto mdio: Desajuste compossibilidade de reagir ao mesmo. Acha que est lutando muito, seu ideal inatingvel; tende a procurar satisfao na fantasia, em vez de na realidade; tende a manter-se alheio e inacessvel; espiritualidadeAbaixo do ponto mdio da pgina: O individuo sente-se inseguro e inadequado, em depresso; preso a realidade e ao concreto, firme e slido; materialismo.Figuras dependuradas nas margens do papel (como janelas dependuradas das bordas das paredes): Refletem necessidade e suporte; medo de ao independente; falta de auto-afirmao do sujeito.Aspectos de contedo do DesenhoDESENHO DA FIGURA HUMANA(Machover)Tcnica atravs da qual podemos analisar a percepo que o sujeito tem de si mesmo, sua auto-imagem e como ele se posiciona em relao ao meio. mais obviamente carregado deexperincias emocionais associadas ao processo de subjetivaoANLISE DO DESENHOSeqncia das figurasA maioria das pessoas desenha a figura do prprio sexo primeiro.b) Proporo entre os desenhos feitosBaseia-se na idade de cada um ou indica o valor que o sujeito atribui a figura desenhada.c) Posio da figura desenhadaFigura de frente Quando a figura do prprio sexo do propsito, significa aceitao de seu prprio sexo. Resoluo da fase edipiana. Aceita o mundo de frente.Desenho de perfil Pode ser uma dissimulao, ou um desajuste, ou incapacidade de enfrentar o meio. Indiferena ao meio.Desenho de costas Dissimulao de impulsos culposos e inconfessveis. Pode ser caso de ambivalncia sexual.Figura de p Significa fora, energia, adaptao.Figura sentada ou agachada Inibio, submisso, debilidade fsica, fraca energia para responder aos estmulos externos.Deitado Patolgico. Pode revelar uma situao de fato,como, por exemplo, o propsito tem uma pessoa doente na famlia.Figura inclinada Solta no espao. Instabilidade psquica ou somtica. Desvio de controle visomotor.d) Transparncia na FigurasNatural at 6-7 anos, alm dessa idade a figura desenhada sem transparncia. Quando aparecem elementos sexuais atravs da roupa, ir demonstrar curiosidade sexual.e) Figuras CabalsticasOnde aparece geometrismo, estereotipia, trata-se de personalidade esquizide. Nesses casos, a figura humana desenhada de forma que no existe na realidade.f) Figuras GrotescasInsensibilidade, baixo nvel mentalg) Figura no inteiraS a cabea Censura ao seu prprio corpo. Problema de grande censura sexual.Desenho s do busto Censura rea genital.Cabea exagerada Debilidade mental.Pode ser narcisismo ou valorizao exagerada da prpria inteligncia.Tamanho reduzido sentimento de inferioridade. Pouca inteligncia.Partes omissas Faltando um brao ou uma perna, etc.,aparece em deficientes mentais, problema somtico, pode ser censura relacionada parte omitida.h) Sucesso das partes desenhadasComeo pela cabea o mais comum. Indica a aceitao do desenvolvimento humano.INTERPRETAO ESPECFICA DE CADAPARTE DA FIGURA HUMANA DESENHADA1.Cabea a parte do corpo onde se localiza o Eu. H, portanto, nfaseno desenho da cabea. A maior parte do auto-conceito do indivduo est focalizado na cabea. A cabea considerada o centro do poder intelectual, social e do controle dos impulsos corporais.2. RostoRepresenta a capacidade de inter-relao social3. OlhosRepresentam como o sujeito encara o mundo, a vida.4. CabelosTem um significado psicosexual.5. Bigode e BarbaRaramente aparece em desenhos de adolescentes e adultos.6. NarizEssencialmente possuidor do simbolismo sexual7. OrelhasSeu aparecimento, no desenho, indica passividade.Omisso comum.8. BocaRefere-se s tendncias captativas, como nutrio, satisfao dalibido oral, relaes sociais (dar e receber afeies) e, mesmo, relaes sexuais.Lngua Dificilmente aparece, s em esquizides,esquizofrnicos, ou desvio de conduta sexual; pode ser um problema de fato.Dentes A partir dos 7 anos, raramente aparece. Comumente aparece em pessoas imaturas afetivamente. Situao de fato, ou problema somtico. Pode ser uma forte agressividade um smbolo sexual.Queixo quadrado Afirmao social, teimosia, firmeza,deciso.Queixo redondo Trao de feminilidade.10. PescooElemento de ligao entre as foras afetivas e os impulsoscontroladores do corpo.11. OmbrosIndica poder fsico; fora do ego.12. Braos e mosRelacionam-se ao desenvolvimento do Eu e sua adaptaosocial, ou inter-relao com o ambiente. A extenso, direo einfluncia das linhas dos braos, relacionam-se com o grau deespontaneidade da pessoa no ambiente.13. PernasRepresentam o contato com a realidade. A possibilidade derealizao de desejos, auto-afirmao.14. PsIndicam a segurana geral do indivduo em caminhar nomeio ambiente.15. TroncoRepresentao da fora Egica16. CostelasSua representao no desenho rara. D-se no caso deesquizofrenia e indica problema grave.17. CinturaControladora dos impulsos sexuais e corporais18. RoupasA roupa teria surgido por necessidade de proteo, pudor esocializao. A indumentria nasceu da harmonia desses trs aspectos e tem seu aspecto social.19. Elementos acessriosculos Dissimulao da dificuldade em enfrentar o mundo.Aspecto de ambio.Meias e luvas Smbolo com resposta de cobertura sexual.Sentimento de culpa. Menos-valia, dissimulao, fantasia derealizao sexual ou prtica sexual.Chapu Proteo.Jias e pinturas Desejo de afirmao social, afirmaoeconmica e sexual.Cigarro ou cachimbo na boca nfase ertico-oral.Pastas, bolsas muito retocadas Pode ser um simbolismo sexual.Anlise da figura humana (observao geral)Figuras como palhaos, caricaturas ou ridculas indicam desprezo e hostilidade em relao a si mesmo; rejeio; inadequao.Figuras palitos ou representaes abstratas so indicadores de evaso, insegurana.DESENHO DA CASA(John Buck)Pode-se dizer que a casa desenhada assume, na maioria dasvezes, duas significaes:a) Constitui um auto-retrato, expressando as fantasias, o ego, ab) realidade, os contactos e a acessibilidade.c) Expressa a percepo da situao no lar-residncia,passada, presente, desejada para o futuro, ou uma combinao de todas as trs formas. As observaes indicaram que o teto pode ser empregado, pelo indivduo, para simbolizar a rea ocupada na sua vida pela fantasia.ParedesVerifica-se que a fora e a adequao das paredes da Casa desenhada esto diretamente relacionadas com o grau de forado ego, na personalidade.PortaA porta o detalhe da casa atravs do qual feito o contacto direto com o ambiente.Fechaduras ou dobra dicasnfase em fechaduras ou dobradias demonstra sensibilidade defensiva.JanelasAs janelas representam um meio secundrio de interao com o ambienteChamin um smbolo flico.Em indivduos bem ajustados, a chamin indica apenas um detalhe necessrio na representao de uma casa. Entretanto, se o propsito sofre de conflitos psicossexuais, a chamin em virtude de seu papel estrutural e sua salincia em relao ao corpo da casa suscetvel de receber a projeo dos sentimentos latentes do sujeito, acerca de seu prprio falo.LinhaRepresentativa do SoloA relao entre a Casa, rvore ou Pessoa desenhada e a linha do solo reflete o grau de contatos do sujeito com a realidade.A mesma ligao simblica entre o solo e a realidade prtica evidencia-se, tambm, atravs da linguagem coloquial: Ele tem os ps na terra. Indica necessidade de apoio ou ajudaAcessrios do Desenho da CasaCasa com rvores, vegetais e outros detalhes Falta de segurana, tendo de cercar e proteger sua casa.Muito jardim Expresso sexual feminina.Florzinha, patinho Imaturidade afetiva.Caminho bem feito e proporcionado, conduzindo porta Controle e tato no seu contato com os outros.Caminho longo e sinuoso Ocorre entre aqueles que,inicialmente, se retraem, mas eventualmente se tornam cordiais e estabelecem uma relao emocional com os outros. Demoram e se mostram cautelosos em fazer amizades, mas, quando a relao se desenvolve, tende a ser profunda.Cercas desenhadas em torno da casa Representam um comportamento defensivoDESENHO DA RVORE(Koch)A rvore, ser que vive em funo de elementos ambientais (chuvas, vento, calor etc.) dos desenhos o que mais revela a auto-imagem da pessoa no contexto de seu relacionamento com o ambiente, alm de como se sente em relao ao seu equilbrio intrapessoal.TRONCOO Tronco representa o sentimento de poder bsico e fora interior do sujeito, o que significa, em terminologia psicanaltica, a Fora do ego. Koch tambm comenta que o tronco, freqentemente, representa a rea bsica do autoconceito.Superfcie do tronco a zona de contato entre o interior e o exterior o meu e o teu, o eu e o meio ambiente. A qualidade do envoltrio sugere diferenas existentes entre a atitude interior e a conduta exterior. Como um vu, tanto pode cobrir, proteger e inclusive disfarar o verdadeiro serRAIZARaiz corresponde parte inconsciente do eu, s foras impulsivas, instintivas e no elaboradas ao Id da teoria freudiana.COPASuas extremidades formam a zona de contato com o ambiente, zona de relacionamento entre o que interior(estrutura) e o que exterior.GALHOS OU RAMOSRepresentam os recursos do indivduo para buscar satisfao no ambiente, para aproximar-se dos outros, para se expandir e, deste modo, realizar-se. Representam os membros da rvore, que equivalem, no autoconceito do indivduo, aos braos no desenho da pessoa.FLORESRepresentam a energia vital; imaturidade emocional.FOLHASRepresentam vivacidade e produtividade.FRUTOSIndicam o desejo de maturao; de mostrar capacidadeUSO DA CORO uso da cor refere-se vida emocional eafetiva (empatia, tenso, conflito,harmonia) do sujeito; sujeitos psicologicamente mais equilibradosatiram-se com menos resistncia e mais profundidade no emprego das cores.SIGNIFICAO DAS CORESQuanto variao:Preto e branco - Ansiedade, depresso, grandes temores.Cinza - Tristeza, insatisfao.Azul - Tranqilidade, racionalidade.Vermelho - a cor mais emocional. O interesse pelo vermelho decresce, medida que a criana supera a fase impulsiva e ingressa na fase da razo e de maior controle emocional.Verde - Criao, reproduoAmarelo sol - Fora, energia, estabilidade, euforia.Alaranjado - Desejo de contato, represso da agressividade,desejo de simpatia; mais fantasia que ao.Roxo - Paixo, depresso;Lils - Paz, espiritualidade erealizao.Marrom (preferncia) - Carter mais regressivo; contatocom a realidade.Quanto intensidade e freqncia no uso das coresAzul - Controle dos impulsos emocionais: predomnio darazo.Vermelho - Impulsividade.Amarelo - Bom tnus vital, alegria. Recusa total da cor -Afetividade coartadaDESENHO DA FAMLIASegundo C.W. Hulse:I ObjetivosConhecer a situao do sujeito dentro de seu meio familiar. O que v nesse meio. Como se v; sua percepo da sua relao com as figuras parentaisDados para interpretao do Desenho da FamliaAnlise de cada figura - A primeira pessoa desenhada: verificar traos, negrito, transparncia, riscados, localizao,proporo etc., da pessoa desenhada. Verificar a segunda, a terceira pessoas desenhadas e, assim, sucessivamente. De acordo com a colocao das figuras, descobre-se a valncia dessas pessoas, para o sujeito.Omisso do sujeito - No sente que participa, realmente, na famlia. No recebe a afetividade que necessita. Rejeita, ou sesente rejeitado (ou desejo de se afastar).Omisso de elementos da famlia (por ex. irmos).O tamanho das diferentes figuras (por ex. figura materna grande e o pai representado como pequeno e insignificante).Expresso facial dos genitores.Famlia real ou idealizada.DESENHO DE UM ANIMALSegundo LevyObjetivo Animais so smbolos e personificaes projetados de impulsos e sentimentos inconscientes. Dados para Interpretao do Desenho do Animal Aspectos expressivos (abordados anteriormente). Anlise de animais especficos: Pssaros - simbolizam fuga; orientao para a ao. Animais exticos (ex. Corvo) - sujeito incomum. Gato - feminilidade; maternidade; frieza; afastamento; vida noturna; auto centrismo. Serpente - fonte de vida; fonte da morte; fonte do conhecimento proibido (inconsciente). Cavalo - trabalho; ajuda; medo de castrao; estrutura integrada. Elefante - grandeza; falta de coordenao. Coelho - timidez; fertilidade. Borboleta - espiritualidade. Cachorro - Fidelidade, defesa.Anarrativa do sujeito sobre o animalEVOLUO DO DESENHOProcesso que tem ligao direta com o amadurecimento perceptivo-motor, neurolgico, mental e emocional da criana, bem como com sua construo enquanto sujeito.O desenho a manifestao de uma necessidade vital da criana: agir sobre o mundo que a cerca, intercambiar, comunicar e trazer tona desejos, impulsos, emoes e sentimentos.Como o adulto, a criana projeta no papel sua imagem e exibe uma atividade profunda do inconsciente.FASE DO RABISCOVEGETATIVO-MOTOR (18 MESES)2- Corresponde ao perodo sensrio-motor em que a criana est buscando assimilar o real ao eu, dominar os objetos.3- As crianas descobrem o prazer em rabiscar no apenas pelo movimento rtmico do brao, mas tambm pelos traos que vo surgindo.4- No h preocupao com a preservao dos traos; freqentemente os cobrem rabiscando sobre eles.5- Trata-se de uma atividade motora em que o corpo inteiro funciona.6- H um prazer em se sujar e responde a uma descarga agressiva (fase sdico-anal).7- Os rabiscos geralmente so ondulados; no so intencionais; o lpis no sai da folha e os movimentos correspondem a uma excitao motora (trao contnuo).BIBLIOGRAFIADINAH MARTINS, O teste do desenho como instrumento de diagnstico da personalidade, editora VOZES