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Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 2
Ficha técnica
Título: Diagnóstico ao património audiovisual nacional: relatório final
Autor: Adérito Pinho
Autor: Andreia Almeida
Autor: Hilário Lopes (Coordenador)
Autor: Hugo Aragão
Autor: Pedro Santos
Data: 2012-12-11
Versão: 1.0
Utilização: Acesso público. É permitida a utilização da informação ou ilustrações constantes deste
documento desde que conste referencia expressa e visível à sua origem e
autoria.
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 3
Índice de conteúdo
1. Introdução ........................................................................................................................ 4
2. Ficha técnica .................................................................................................................... 5
2.1. Metodologia .............................................................................................................. 5
2.2. População alvo ........................................................................................................ 5
2.3. Questionário .............................................................................................................. 6
2.4. Apoio e suporte aos participantes......................................................................... 6
3. Análise de resultados ....................................................................................................... 7
3.1. Caracterização da amostra recolhida ................................................................. 7
3.2. Perfil das instituições ................................................................................................. 8
3.3. Inventariação, conservação e preservação ..................................................... 10
3.3.1. Inventariação .................................................................................................. 10
3.3.2. Conservação e preservação ........................................................................ 12
3.3.2.1. Condições de depósito .......................................................................... 12
3.3.2.2. Estado das coleções ............................................................................... 12
3.3.2.3. Digitalização ............................................................................................. 13
3.3.2.4. Tratamento arquivístico ........................................................................... 14
4. Conclusões ...................................................................................................................... 15
Anexo I: Questionário ............................................................................................................ 16
Anexo II: Respostas a todas as questões ........................................................................... 32
Índice de figuras
Figura 1: População alvo ....................................................................................................... 5
Figura 2: Respostas recebidas ............................................................................................... 7
Figura 3: Responsabilidades legais de arquivo ................................................................... 8
Figura 4: Recursos humanos afetos ao arquivo audiovisual ............................................. 8
Figura 5: Políticas e procedimentos de arquivo ................................................................. 9
Figura 6: Inventário total dos materiais audiovisuais ........................................................ 10
Figura 7: Registos de filme por formato .............................................................................. 10
Figura 8: Registos de vídeo por formato ............................................................................ 11
Figura 9: Registos de áudio por formato ............................................................................ 11
Figura 10: Condições de depósito dos materiais audiovisuais ....................................... 12
Figura 11: Estado de conservação das coleções ............................................................ 12
Figura 12: Digitalização dos acervos .................................................................................. 13
Figura 13: Níveis de conhecimento e de tratamento das coleções ............................. 14
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 4
1. Introdução
A produção de informação em suporte audiovisual foi uma inovação tecnológica
que terá surgido, em Portugal, nos finais do século XIX, e que cresceu
exponencialmente durante os séculos que se seguiram. A importância desta
documentação para a fixação da memória nacional durante a última centúria é
inquestionável, cabendo aos profissionais da informação a importante tarefa de
zelar pela sua conservação e acessibilidade.
Nesse sentido, o Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional foi um
estudo desenvolvido pelo Grupo de Trabalho de Arquivos Audiovisuais, da
Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, durante o
ano de 2012. Este grupo, reorganizado em 2011, assumiu como missão a
consciencialização para a salvaguarda e preservação do património audiovisual
português e o desenvolvimento de ferramentas de suporte à comunidade
arquivística nacional, através da elaboração de normas e manuais de
procedimentos e de boas práticas, de planos de preservação e conservação bem
como da organização de ações de formação.
Desde o início, o Grupo considerou imprescindível para o sucesso de futuras
atividades, a existência de um conhecimento mais lato sobre o panorama
arquivístico nacional ao nível da informação audiovisual. Nesse sentido, foi
considerada como iniciativa prioritária, a realização de um diagnóstico sobre o
estado do património audiovisual em Portugal. Para colher uma informação
aprofundada, credível e representativa, foi elaborado um inquérito dirigido a um
conjunto de instituições, públicas e privadas, passíveis de produzirem, gerirem e/ou
custodiarem este tipo específico de informação. Com este instrumento pretendia-
se avaliar parâmetros como a dimensão e a tipologia dos acervos, estado de
preservação, condições de acesso, necessidades de formação ou apoio técnico
dos profissionais, de modo a compreender a forma como as instituições gerem esta
informação.
Considerando que uma parte considerável da nossa memória coletiva está
registada em documentos audiovisuais de extrema vulnerabilidade, que
necessitam de ser salvaguardados, preservados e devidamente conservados, este
estudo pretende fomentar a consciencialização dos profissionais, das instituições e
das autoridades competentes para a sua importância a vários níveis. Esta análise
pretende, ainda, ser um ponto de partida para a execução de futuras medidas,
conducentes à implementação de novas políticas de gestão deste tipo de
informação, e constituir um instrumento facilitador de futuras ações de formação
dirigidas a profissionais e empresas.
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 5
2. Ficha técnica
2.1. Metodologia
O diagnóstico ao estado do património audiovisual em Portugal foi realizado com
base nos resultados de um questionário dirigido a um conjunto significativo de
entidades públicas e privadas passíveis de produzirem, gerirem e/ou custodiarem
materiais audiovisuais.
A recolha dos dados foi realizada com recurso a um inquérito on-line inserido na
plataforma Survey Monkey. As entidades foram convidadas a participar através de
email personalizado contendo um link individual de acesso para resposta ao
questionário. O período de resposta decorreu inicialmente entre os dias 1 e 30 de
junho de 2012, tendo sido posteriormente prolongado até ao dia 15 de julho.
2.2. População alvo
Do universo das instituições públicas e privadas potencialmente produtoras,
gestoras ou depositárias de arquivos audiovisuais, selecionaram-se 479,
representativas de várias áreas e sectores de atividade que, no seu conjunto,
constituíram a população alvo deste estudo. Esta população, dada a sua
dimensão e diversidade, considerou-se representativa do panorama arquivístico
nacional no domínio do audiovisual.
Nº entidades %
Agências Publicidade 13 2,7%
Arquivos Distritais 18 3,8%
Arquivos Empresariais 14 2,9%
Arquivos Militares e Forças Segurança 7 1,5%
Arquivos Municipais 293 61,2%
Arquivos Nacionais 2 0,4%
Arquivos Regionais 4 0,8%
Instituições de Ensino 9 1,9%
Ministérios e Institutos Públicos 39 8,1%
Museus 38 7,9%
Órgãos soberania 6 1,3%
Produtores Independentes 19 4,0%
Rádio 7 1,5%
Televisão 10 2,1%
Total 479 100,0%
Figura 1: População alvo
Refira-se que, no âmbito deste estudo, apenas se consideraram materiais
audiovisuais os registos sonoros e de imagem em movimento, qualquer que fossem
os seus formatos ou suportes de gravação, pelo que os acervos fotográficos foram
excluídos.
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Relatório final 6
2.3. Questionário
O questionário foi desenvolvido de forma a permitir recolher toda a informação
considerada relevante para a realização de um diagnóstico, o mais aprofundado
possível, do estado atual do património audiovisual nacional. Este instrumento
continha um total de 32 questões, e estava subdividido nas seguintes secções:
1. Introdução e informações gerais;
2. Perfil das instituições – dados sobre as entidades, designadamente,
obrigações legais caso existissem, políticas e procedimentos de arquivo
audiovisual, recursos humanos afetos ao arquivo e necessidades de
formação e ou informação técnica no âmbito dos arquivos audiovisuais;
3. Caracterização da coleção filme – dados sobre a coleção filme produzida,
gerida ou custodiada pela entidade, nomeadamente, dimensão em registos
e horas, formatos, condições de depósito e estado de preservação dos
materiais;
4. Caracterização da coleção vídeo - dados sobre a coleção vídeo produzida,
gerida ou custodiada pela entidade, nomeadamente, dimensão em registos
e horas, formatos, condições de depósito e estado de preservação dos
materiais;
5. Caracterização da coleção áudio - dados sobre a coleção áudio produzida,
gerida ou custodiada pela entidade, nomeadamente, dimensão em registos
e horas, formatos, condições de depósito e estado de preservação dos
materiais;
6. Digitalização – recolha de informação sobre a existência de projetos de
digitalização dos acervos e o estado de conclusão;
7. Tratamento arquivístico e acesso – estado de catalogação, descrição,
indexação e condições de acessibilidade aos conteúdos;
8. Comentários finais;
2.4. Apoio e suporte aos participantes
De modo a facilitar o preenchimento do questionário, atendendo a que a resposta
a algumas das questões poderia carecer da recolha prévia de dados, foi
desenvolvido um conjunto de instrumentos de apoio, disponibilizados num
repositório acessível via web, a saber:
Versão do questionário para recolha de dados, preparação e
preenchimento prévio em papel (formulário PDF);
Documento de ajuda ao preenchimento com esclarecimentos e exemplos
de resposta;
Documento com respostas às perguntas mais frequentes (FAQ).
Para qualquer dúvida ou apoio adicional foi criado um endereço de correio
eletrónico, havendo sido, da mesma forma, disponibilizado o número de telefone
da secretaria da BAD, de modo a receber e encaminhar as questões para o Grupo
de Trabalho.
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Relatório final 7
3. Análise de resultados
A análise dos resultados e as conclusões aqui expressas são, do ponto de vista do
Grupo de Trabalho, as mais relevantes face aos objetivos definidos para este
estudo. No entanto, outras análises ou estudos poderão e deverão ser
desenvolvidos a partir dos dados recolhidos, razão pela qual as respostas a todas as
questões do inquérito são disponibilizadas em anexo a este relatório. De facto, o
Grupo de Trabalho entende que este estudo, e outros que se poderão efetivar a
partir dos seus resultados, podem constituir um precioso instrumento para a
comunidade arquivística e científica nacional no domínio do audiovisual.
3.1. Caracterização da amostra recolhida
A amostra recolhida foi constituída por 197 instituições, o que corresponde a cerca
de 41% do total de questionários enviados, destas, 96 assumiram ter nos seus
arquivos documentos audiovisuais. A amostragem concentra, na sua grande
maioria, dados referentes aos arquivos municipais (125), que constituem uma parte
substancial da população em estudo, sendo claramente a mais expressiva.
População
alvo
Respostas recebidas
Total Instituições com
materiais audiovisuais
Agências Publicidade 13 0 0
Arquivos Distritais 18 13 1
Arquivos Empresariais 14 2 1
Arquivos Militares e Forças Segurança 7 4 4
Arquivos Municipais 293 125 51
Arquivos Nacionais 2 2 2
Arquivos Regionais 4 2 0
Instituições de Ensino 9 6 6
Ministérios e Institutos Públicos 39 16 11
Museus 38 15 9
Órgãos de soberania 6 1 0
Produtores Independentes 19 4 4
Rádio 7 1 1
Televisão 10 6 6
Total 479 197 96
Figura 2: Respostas recebidas
Observou-se uma clara adesão a este inquérito por parte dos arquivos nacionais,
que responderam na sua totalidade, bem como das televisões e das instituições de
ensino. Nestas organizações está depositada uma grande parte do património
arquivístico audiovisual português, o que sublinha a extrema representatividade da
amostra obtida. Por outro lado, as instituições que registaram menores níveis de
adesão a este estudo foram essencialmente as agências de publicidade, as rádios
e os arquivos empresariais.
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Relatório final 8
3.2. Perfil das instituições
Os resultados deste estudo demonstram que cerca de metade da amostra
recolhida (49%) possui documentação audiovisual nos seus arquivos. Destes,
apenas 31% afirmam possuir responsabilidades legais de arquivo e preservação
destes materiais. Tal significa que cerca de 69% das instituições que produzem,
gerem ou custodiam materiais audiovisuais não têm, ou não assumem ter, qualquer
tipo de compromisso com o Estado para a preservação dessa documentação.
Figura 3: Responsabilidades legais de arquivo
Quanto ao número de profissionais afetos ao arquivo audiovisual, a esmagadora
maioria das instituições (69%) possuem entre 0 a 1 colaboradores. Note-se que,
reiterando a escassez de recursos humanos dedicados a esta área, podemos ainda
avançar que aproximadamente 37% das instituições que constituíram a nossa
amostra não possuem qualquer profissional no seu arquivo audiovisual.
Figura 4: Recursos humanos afetos ao arquivo audiovisual
31%
63%
6%
A organização tem responsabilidades legais de
arquivo e preservação de materiais audiovisuais?
SIM
NÃO
NÃO RESPONDEU
31
27
7
4 6
2 4
2 1
0
5
10
15
20
25
30
35
0 1 2 3 4 5 5 a 10 10 a 25 >25
No
En
tid
ad
es
Nº Trabalhadores
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No que é respeitante às tarefas desempenhadas pelos colaboradores, a grande
maioria parece dedicar-se a funções de tratamento e gestão da informação (19%)
e aos serviços técnicos e operacionais (16%). De facto, estes números parecem
revelar uma certa distorção em relação a uma situação ideal, na qual deveria ser
expressamente significativo o desempenho de funções relativas à gestão da
informação. Nesse sentido, os resultados denotam um potencial de trabalho afeto
a essa função essencial abaixo do recomendável. Esta evidência poderá ter
diversas causalidades, como um possível défice tecnológico nestas instituições.
Note-se que um investimento em tecnologias adequadas favorece a libertação de
profissionais para a realização de outras tarefas, como a gestão da informação.
Contudo, deve sublinhar-se que o perfil da maioria das instituições denota uma
quantidade escassa de recursos humanos ligados a estas funções, o que poderá
originar uma distribuição distorcida destes profissionais, constituindo um
enviesamento dos resultados.
Os dados obtidos permitiram-nos ainda observar que, apenas em 28% das
instituições produtoras, gestoras ou detentoras de documentação audiovisual,
regista-se a existência de políticas, procedimentos ou normativos para a gestão e
para o tratamento dessa informação. Quer isto dizer que, em 72% destas
instituições, não existe qualquer plano de salvaguarda desta documentação,
demonstrando claramente uma atitude omissa face a esta.
Figura 5: Políticas e procedimentos de arquivo
Os profissionais que trabalham com documentação audiovisual possuem grandes
necessidades de formação. Sem sombra de dúvida, existe uma lacuna,
essencialmente ao nível da preservação dos conteúdos, que estes elegem como
principal prioridade de formação, logo seguida pela gestão da informação que, no
fundo, engloba a principal prioridade. De facto, a maior parte da nossa amostra
elege como «Importante» ou «Muito Importante» todas as opções de formação,
além das já citadas, como as condições de depósito e conservação de materiais,
direitos de autor e acesso/comercialização de serviços e conteúdos.
28%
62%
10%
Na organização estão definidas políticas,
procedimentos ou normativos para a gestão e
tratamento do arquivo audiovisual?
SIM
NÃO
NÃO RESPONDEU
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
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3.3. Inventariação, conservação e preservação
3.3.1. Inventariação
Tendo em conta a metodologia utilizada nesta investigação, designadamente a
dimensão da população alvo e a incerteza da sua adesão a este estudo, a
inventariação rigorosa de todo o património audiovisual nacional não foi um
objetivo central deste diagnóstico.
No entanto, e conforme já foi referido, a dimensão e representatividade da
amostra efetivamente recolhida faz com que os dados obtidos sobre o volume dos
acervos assumam particular importância. De facto, os valores da figura 6, quase 1
milhão e quatrocentos mil registos e mais de seiscentas e trinta e seis mil horas de
conteúdo, representam, em termos de dimensão, uma parte muito significativa do
património audiovisual nacional.
Filme Vídeo Áudio Totais
Nº Registos 330.534 809.749 223.564 1.363.847
Nº Horas 38.318 425.566 172.919 636.803
Figura 6: Inventário total dos materiais audiovisuais
Quanto à distribuição dos tipos de acervo pelas entidades, constatou-se que 29
organizações detêm materiais em filme, 69 detêm materiais vídeo e 51 entidades
detêm materiais áudio nos seus arquivos.
No que diz respeito aos formatos de película verifica-se uma esmagadora
predominância do 16mm (95,2% do total de registos - 27.082 horas). Com exceção
da pelicula em 35mm (4,4% do total de registos - 10.702 horas), os restantes formatos
são muito residuais. Este volume de materiais em formato 16mm resulta
essencialmente da dimensão da coleção fílmica dos arquivos da televisão pública.
Figura 7: Registos de filme por formato
35 mm
4,4%
16 mm
95,2%
8 mm
0,2%
Super 8 mm
0,1%
9,5 mm
0,1%
Super 16 mm
0,02%
70 mm
0,01%
Distribuição de registos de filme por formato
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
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Os formatos analógicos Betacam SP e VHS são os mais presentes nos acervos vídeo,
fator que, devido à sua rápida degradação e obsolescência tecnológica, coloca
sérios riscos na preservação dos conteúdos. Em termos de valor absoluto os
formatos digitais MXF e Betacam Digital são aqueles que têm maior expressão (dois
terços dos registos e metade do total de horas), sendo relevante o facto de os
conteúdos em MXF terem origem em apenas três organizações.
Figura 8: Registos de vídeo por formato
Ao nível dos acervos áudio é no formato DAT que se encontra a maior quantidade
de registos áudio, 30,8% do total inventariado. É no entanto no suporte CD-Áudio
que se encontra gravado o maior número de horas de conteúdo, sendo também
este o formato de maior disseminação pelas organizações.
Figura 9: Registos de áudio por formato
Betacam Digital
31,91%
MPEG 2 (MXF)
31,79%
Betacam SP
19,94%
DVCAM 4,31% Betacam SX
3,95%
Umatic HB 2,47%
1’’ BCN 1,55%
VHS 1,21%
HDCAM 1,20%
Betacam 0,76%
MPEG 1 0,34%
Umatic LB 0,17%
DVC PRO 0,12%
Mini DV 0,08%
Betamax 0,08% 2’’ Quadruplex
0,05% 1’’ Formato C
0,03% DVD 0,03%
DCP 0,00%
Distribuição de registos vídeo por formato
Discos de goma-
laca (78 rpm)
5,1%
Discos de
“acetato” (laca
de nitrocelulose)
0,1%
Discos de vinil
29,8% Fita de arrasto (¼
polegada) 4,6%
Cassete áudio
0,9%
DAT (Digital
Audio Tape)
30,8%
CD-Áudio 26,2% CD Data 1,6%
DVD Data 0,5%
Disco Rígido 0,3%
Distribuição de registos áudio por formato
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3.3.2. Conservação e preservação
3.3.2.1. Condições de depósito
As condições de armazenamento em ambiente controlado são um fator de
extrema importância e determinante para o prolongamento da vida útil das
coleções. O controlo e monitorização da temperatura e dos níveis de humidade
nos depósitos são vitais para assegurar a conservação e preservação a longo prazo
dos materiais audiovisuais.
Os dados recolhidos sobre as condições de depósito das coleções revelam uma
situação deveras grave e muito preocupante relativamente ao estado de
conservação e ao risco a que estão expostos os materiais audiovisuais. Em média,
mais de 50% das entidades que responderam ao questionário assumem não ter
qualquer controlo da temperatura e humidade nos depósitos.
Figura 10: Condições de depósito dos materiais audiovisuais
3.3.2.2. Estado das coleções
No que diz respeito ao estado atual de conservação dos acervos audiovisuais o
estudo suscita também algumas preocupações. O estado de conservação da
coleção filme é desconhecido para 40% das entidades. Além do formato filme,
foram também identificados em várias organizações volumes significativos de
registos em formatos áudio e vídeo obsoletos. Foram ainda mencionadas
dificuldades ou incapacidade total para aceder a conteúdos em alguns formatos,
designadamente, Umatic, VHS, rolos de cera e DAT.
Figura 11: Estado de conservação das coleções
44,4%
57,1%
55,6%
42,9%
Controlo da
temperatura
Controlo da
humidade
Condições de
depósito (filme)
Sim Não
41,9%
45,9%
58,1%
54,1%
Controlo da
temperatura
Controlo da
humidade
Condições de
depósito (vídeo)
Sim Não
44,2%
50,0%
55,8%
50,0%
Controlo da
temperatura
Controlo da
humidade
Condições de
depósito(áudio)
Sim Não
5%
20%
35%
40%
Estado geral da
coleção filme
Muito Bom
Bom
Aceitável
Desconhecido
12%
22% 47%
1%
18%
Estado geral da
coleção vídeo
Muito Bom
Bom
Aceitável
Deteriorado
Desconhecido
14%
32% 50%
4%
Estado geral da
coleção áudio
Muito Bom
Bom
Aceitável
Desconhecido
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 13
Em termos gerais, as organizações entendem que os seus acervos estão em
condições entre o aceitável e o muito bom, mas uma análise mais detalhada dos
dados recolhidos não parece sustentar esta avaliação.
3.3.2.3. Digitalização
É hoje consensual que a única forma eficaz de assegurar a salvaguarda e
preservação a longo prazo dos arquivos assenta na sua migração para formato
digital. Esta evidência, sendo indiscutível para a generalidade dos documentos,
torna-se muito mais urgente para os arquivos audiovisuais face à perenidade dos
suportes e à acelerada obsolescência tecnológica dos equipamentos de leitura.
Note-se ainda que a digitalização de materiais audiovisuais, dada a sua natureza e
especificidade, requer recursos humanos, técnicos e financeiros significativamente
superiores aos envolvidos na digitalização de outros tipos de documentos.
Figura 12: Digitalização dos acervos
Também no domínio da digitalização dos acervos, os dados recolhidos neste
estudo revelam uma realidade inquietante e coerente com os resultados relativos à
conservação e preservação. Uma elevadíssima percentagem de conteúdos em
filme (61,8%), vídeo (61,3%) e áudio (68,9%) não tem previsto qualquer plano
digitalização.
Quanto às organizações que já estabeleceram um plano de digitalização dos seus
acervos audiovisuais, constata-se uma maior prevalência dos planos em curso
relativamente aos que já foram concluídos ou que ainda não se iniciaram. Estas
dificuldades em concluir ou iniciar a digitalização não estão certamente desligadas
da dificuldade que as organizações têm em obter meios financeiros, situação que
é obviamente agravada pela atual conjuntura restritiva.
61,8% 61,3% 68,9%
5,9% 17,8%
17,8% 17,6%
16,1% 6,7%
14,7% 4,8% 6,6%
Filme Video Áudio
Estado de digitalização dos acervos
Não está prevista Prevista mas não se iniciou Em curso Concluída
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 14
3.3.2.4. Tratamento arquivístico
O enriquecimento da meta informação associada aos registos, designadamente a
catalogação, a classificação, a descrição e a indexação, é imprescindível para
assegurar uma acessibilidade eficaz aos documentos arquivados. De uma forma
geral, os níveis de acessibilidade aos conteúdos dependem, em grande medida,
da qualidade dos sistemas de informação e dos metadados neles registados.
No caso específico dos documentos audiovisuais, dada a sua componente
temporal, o tratamento arquivístico e contextualização do seu conteúdo requerem
técnicas específicas, mais demoradas e que naturalmente envolvem mais recursos.
1% a 25% 26% a 50% 51% a 99% 100%
Sem qualquer identificação
ou registo 8 4 4 6
Registo simples em livro 6 6 2 4
Registo e catalogação
básica em fichas manuais 1 1 1 2
Registo e catalogação
simples em ficheiro informático
(p.e. Excel)
4 5 6 6
Registo e catalogação
simples em base de dados SQL 5 2 2 4
Tratamento documental
aprofundado em sistema
Informação documental
2 2 4 7
Classificação/indexação
com recurso a linguagem
controlada (Thesaurus)
2 2 3 8
Figura 13: Níveis de conhecimento e de tratamento das coleções
Os resultados deste estudo revelaram a existência de dificuldades e lacunas
significativas no plano do conhecimento e tratamento arquivístico dos conteúdos
audiovisuais. Conforme se pode constatar pela figura 13, que reflete o número de
respostas obtidas por cada caso, verifica-se que uma grande quantidade de
organizações (22) reconhece não ter qualquer informação ou registo sobre os seus
documentos audiovisuais. Destas 22 instituições, 6 possuem a totalidade da sua
coleção nestas condições.
No plano oposto, apenas um numero relativamente pequeno da amostra (15
organizações), refere ter a sua coleção classificada e indexada com recurso a
linguagem controlada (thesaurus). Destas 15 organizações, apenas 8 afirmam ter
100% da coleção tratada segundo este modelo.
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 15
4. Conclusões
Uma análise global aos resultados obtidos permite-nos destacar os seguintes
aspetos relativos ao estado atual do património audiovisual nacional:
Coexistem duas realidades claramente distintas no panorama arquivístico
nacional no domínio do audiovisual. Por um lado, as televisões, os arquivos
nacionais e os arquivos exclusivamente dedicados ao audiovisual, e por outro,
toda a restante comunidade arquivística nacional confrontada com a
necessidade crescente de preservar nos seus acervos materiais audiovisuais.
Para as primeiras, em consequência das suas obrigações legais, dos meios e
recursos que têm a sua disposição e, no caso específico das televisões também
pela importância que os conteúdos audiovisuais assumem na sua
atividade/negócio, a situação geral é claramente mais positiva
comparativamente com a restante comunidade arquivística nacional.
Constata-se um inquietante alheamento relativamente à necessidade de
salvaguarda da documentação audiovisual. A grande maioria (72%) das
organizações depositárias de acervos audiovisuais que responderam ao
questionário não tem, ou não assume ter, quaisquer procedimentos, políticas ou
instrumentos normativos para gestão e tratamento destes materiais. Esta
realidade é ainda mais preocupante dado que é visível transversalmente tanto
no sector público como no privado.
Existem grandes lacunas ao nível da formação no domínio dos arquivos
audiovisuais. De acordo com os dados recolhidos, as carências de formação
são comuns a praticamente todos os domínios do conhecimento relacionados
com os arquivos audiovisuais, com especial destaque para a preservação e
tratamento arquivístico de documentos audiovisuais.
Em muitos arquivos as condições ambientais de depósito dos materiais
audiovisuais são deficientes, aumentando drasticamente o risco de
degradação acelerada dos documentos. Destaca-se ainda o distanciamento
que parece existir entre aquilo que é a perceção das organizações sobre o
estado de conservação das suas coleções audiovisuais, e o estado real dessas
mesmas coleções. A este facto não é certamente alheia a carência de
informação e formação técnica dos profissionais nos domínios da conservação
e preservação, situação também fortemente evidenciada neste estudo.
Verifica-se um atraso considerável na definição e implementação de planos de
digitalização das coleções audiovisuais. Sabendo-se que a digitalização dos
acervos é indispensável para assegurar a sua preservação e acessibilidade a
longo prazo, este deve ser também um fator de grande preocupação. Esta
situação, aliada às más condições de depósito dos materiais, à fragilidade dos
suportes e à rápida obsolescência tecnológica de alguns formatos, levam-nos
a concluir que existe um risco elevado de perda, a curto prazo, de algum do
património audiovisual nacional identificado neste estudo.
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 32
Anexo II: Respostas a todas as questões
Q2: A sua organização possui nos seus arquivos materiais audiovisuais?
Para efeitos do presente questionário consideram-se materiais audiovisuais, todos os documentos em
filme, vídeo ou sonoros, qualquer que seja o seu formato ou suporte de registo. Os documentos
fotográficos não estão abrangidos por esta iniciativa.
Sim Não Total
Nº % Nº % Nº %
96 49% 101 51% 197 100%
Q3: A organização tem responsabilidades legais de arquivo e preservação de
materiais audiovisuais?
Indique se a sua organização está obrigada legalmente através de lei, portaria ou outro diploma a
assegurar o arquivo e preservação de materiais audiovisuais.
Sim Não Não respondeu Total
Nº % Nº % Nº % Nº %
30 31% 60 63% 6 6% 96 100%
49% 51%
SIM
NÃO
31%
63%
SIM
NÃO
NÃO RESPONDEU
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 33
Q4: Qual o número total de profissionais afetos ao arquivo audiovisual?
Colaboradores 0 1 2 3 4 5 5 a 10 10 a 25 >25
Entidades 31 27 7 4 6 2 4 2 1
Q5: Especifique, em termos médios e em percentagem, qual a afetação de
recursos humanos a cada uma das principais tarefas do arquivo audiovisual
31
27
7
4 6
2 4
2 1
0
5
10
15
20
25
30
35
0 1 2 3 4 5 5 a 10 10 a 25 >25
No
En
tid
ad
es
Nº Colaboradores
11%
19%
16%
14%
0% 5% 10% 15% 20%
Direção/
Coordenação
Tratamento / Gestão
da Informação
Serviços técnicos e
operacionais
Serviços de pesquisa
e acesso
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 34
Q6: Na organização estão definidas políticas, procedimentos ou normativos para a
gestão e tratamento do arquivo audiovisual?
Indique se na sua organização existem instrumentos para a gestão e tratamento dos acervos
audiovisuais, designadamente, regulamentos e/ou manuais para arquivo, avaliação e seleção de
documentos de uso corrente e não corrente, descrição de conteúdos audiovisuais, planos de
preservação, etc.
Sim Não Não respondeu Total
Nº % Nº % Nº % Nº %
27 28% 59 62% 10 10% 96 100,0%
Q7: Necessidades de formação e/ou informação no âmbito dos arquivos
audiovisuais
Identifique por ordem de importância as necessidades de formação profissional ou informação
técnica na sua organização.
Nada
Importante
Pouco
Importante Importante
Muito
Importante
Extremamente
Importante Respostas
Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Condições de depósito e
conservação dos materiais 3 4% 5 6% 28 34% 31 38% 15 18% 82
Preservação / digitalização
dos conteúdos 2 2% 3 4% 20 24% 37 44% 22 26% 84
Tratamento / gestão da
informação e documentação 2 2% 3 4% 22 27% 38 47% 16 20% 81
Direitos de autor 6 7% 2 2% 32 39% 29 35% 13 16% 82
Acesso / comercialização de
serviços e conteúdos 5 6% 9 11% 32 40% 21 26% 14 17% 81
28%
62%
10%
SIM
NÃO
NÃO RESPONDEU
56%
70%
67%
51%
43%
0% 20% 40% 60% 80%
Condições de depósito e conservação dos
materiais
Preservação / digitalização dos conteúdos
Tratamento / gestão da informação e
documentação
Direitos de autor
Acesso / comercialização de serviços e conteúdos
Prioridades de formação (muito importante ou extremamente importante)
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 35
Q8: Existem materiais em formato (s) filme nos arquivos da sua organização?
Sim Não Não respondeu Total
Nº % Nº % Nº % Nº %
29 30,2% 64 66,7% 3 3,1% 96 100,0%
Q9: Dimensão em número de registos da coleção em filme
Indique, com a maior precisão possível, qual o número de registos por formato da coleção em filme.
Entende-se por registo o título, documento ou obra, independentemente do número de cópias,
formatos e versões existentes.
Formato Total registos Nº entidades
%
35 mm 14.439 17
4,4%
16 mm 314.809 15
95,2%
8 mm 601 12
0,2%
Super 8 mm 383 1
0,1%
9,5 mm 232 1
0,1%
Super 16 mm 50 1
0,02%
70 mm 20 1
0,01%
Nota: Dados de registos filme agregados com as respostas à questão 11.
30%
67%
SIM
NÃO
NÃO RESPONDEU
35 mm
4,4%
16 mm
95,2%
8 mm
0,2%
Super 8 mm
0,1%
9,5 mm
0,1%
Super 16 mm
0,02%
70 mm
0,01%
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 36
Q10: Dimensão em número de horas da coleção em filme
Indique, com a maior precisão possível, o número de horas de conteúdo por formato da
coleção filme. Contabilize apenas uma vez cada título, registo ou obra, ainda que exista
mais do que uma versão ou cópia. Por exemplo, um registo para o qual exista negativo e
positivo apenas conta uma vez a sua duração para o total de horas.
Formato Total horas Nº entidades
%
35 mm 10.702 13
27,9%
16 mm 27.082 12
70,7%
8 mm 264 11
0,7%
Super 8 mm 110 1
0,3%
9,5 mm 60 1
0,2%
Super 16 mm 60 1
0,2%
70 mm 40 1
0,1%
Nota: Dados de horas filme agregados com as respostas à questão 11.
Q12: Condições de armazenamento dos materiais em filme
SIM NÃO
Materiais acondicionados em prateleiras 84,6% 15,4%
Controlo da temperatura nos depósitos 44,4% 55,6%
Controlo da humidade nos depósitos 57,1% 42,9%
Circulação de ar nos depósitos 53,6% 46,4%
Imagem e som guardados em separado 29,2% 70,8%
35 mm
27,9%
16 mm
70,7%
8 mm
0,7%
Super 8 mm
0,3%
9,5 mm
0,2%
Super 16
mm
0,2%
70 mm
0,1%
85%
44%
57%
54%
29%
15%
56%
43%
46%
71%
Materiais acondicionados em prateleiras
Controlo da temperatura nos depósitos
Controlo da humidade nos depósitos
Circulação de ar nos depósitos
Imagem e som guardados em separado
SIM
NÃO
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 37
Q13: Foi realizada alguma avaliação à incidência do síndroma do vinagre na
coleção filme?
O síndroma do vinagre consiste na degradação continuada das películas de base acetato
provocada por condições inadequadas de temperatura e humidade que levam à formação de
ácido acético. É identificado pelo cheiro intenso a vinagre, encarquilhamento, perca de flexibilidade
e o aparecimento de bolhas e depósitos cristalinos na película. Por ser uma reação química
autocatalítica o processo de degradação é irreversível. Se não forem tomadas medidas adequadas
para desacelerar a deterioração dos materiais, estes serão irremediavelmente perdidos num prazo
relativamente curto.
Sim Não Não respondeu Total
Nº % Nº % Nº % Nº %
6 21% 19 66% 4 14% 29 100%
Q14: De uma forma geral como descreveria o estado atual de conservação da
coleção filme?
Muito
Bom Bom
Aceitável (Com alguns
problemas) Deteriorado Desconhecido
Respostas
Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
35 mm 1 6% 3 17% 7 39% 0 0% 7 39% 18
16 mm 1 5% 4 20% 8 40% 0 0% 7 35% 20
8 mm 1 6% 4 24% 4 24% 0 0% 8 47% 17
3 5% 11 20% 19 35% 0 0% 22 40% 55
21%
66%
14%
SIM
NÃO
NÂO RESPONDEU
5%
20%
35%
40%
Muito Bom
Bom
Aceitável
Desconhecido
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 38
Q15: Existem materiais em formato (s) de vídeo nos arquivos da sua organização?
Sim Não Não respondeu Total
Nº % Nº % Nº % Nº %
69 71,9% 20 20,8% 7 7,3% 96 100,0%
Q16: Dimensão em número de registos da coleção em vídeo
Indique, com a maior precisão possível, qual o número de registos por formato da coleção em vídeo.
Entende-se por registo o título, documento ou obra, independentemente do número de cópias,
formatos e versões existentes.
Formato Nº Registos % Respostas
Betacam Digital 258.363 31,91% 8
MPEG 2 (MXF) 257.408 31,79% 3
Betacam SP 161.490 19,94% 13
DVCAM 34.873 4,31% 7
Betacam SX 32.008 3,95% 6
Umatic High Band 19.988 2,47% 6
1’’ Formato B (BCN) 12.577 1,55% 2
VHS 9.814 1,21% 39
HDCAM 9.686 1,20% 3
Betacam 6.180 0,76% 7
MPEG 1 2.790 0,34% 1
Umatic Low Band 1.361 0,17% 5
DVC PRO 1.005 0,12% 2
Mini DV 645 0,08% 7
Betamax 669 0,08% 4
2’’ Quadruplex 390 0,05% 2
1’’ Formato C 243 0,03% 1
DVD 237 0,03% 6
DCP 22 0,00% 6
Total de registos vídeo 809.749 100,00% ---
Nota: Dados de registos vídeo agregados com as respostas à questão 18.
71,9%
20,8%
7,3%
Sim
Não
Não respondeu
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 39
Q17: Dimensão em horas da coleção em vídeo
Indique, com a maior precisão possível, o número de horas de conteúdo por formato da coleção em
vídeo. Contabilize apenas uma vez cada título, registo ou obra, ainda que exista mais do que uma
versão ou cópia.
Formato Nº horas % do total Respostas
MPEG 2 (MXF) 153.704 36,12% 3
Betacam Digital 78.273 18,39% 5
Betacam SP 64.247 15,10% 9
DVCAM 42.279 9,93% 6
Betacam SX 27.770 6,53% 4
VHS 26.521 6,23% 31
HDCAM 9.648 2,27% 3
Umatic High Band 7.565 1,78% 2
1’’ Formato B (BCN) 7.428 1,75% 2
Umatic Low Band 3.046 0,72% 5
Betacam 1.839 0,43% 5
MPEG 1 786 0,18% 1
Mini DV 660 0,16% 6
Betamax 610 0,14% 3
DVD 421 0,10% 6
1’’ Formato C 384 0,09% 2
2’’ Quadruplex 355 0,08% 1
DCP 30 0,01% 6
Total horas vídeo 425.566 100,00% ---
Nota: Dados de horas de vídeo agregados com as respostas à questão 18.
Betacam Digital
31,91%
MPEG 2 (MXF)
31,79%
Betacam SP
19,94%
DVCAM 4,31%
Betacam SX 3,95%
Umatic HB 2,47%
1’’ BCN 1,55%
VHS 1,21%
HDCAM 1,20%
Betacam 0,76%
MPEG 1 0,34%
Umatic LB 0,17%
DVC PRO 0,12%
Mini DV 0,08%
Betamax 0,08% 2’’ Quadruplex
0,05% 1’’ Formato C 0,03%
DVD 0,03%
DCP 0,00%
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 40
Q19: Condições de armazenamento dos materiais em vídeo
SIM NÃO
Materiais acondicionados em prateleiras 87,3% 12,7%
Controlo da temperatura nos depósitos 41,9% 58,1%
Controlo da humidade nos depósitos 45,9% 54,1%
MPEG 2 (MXF)
36,03%
Betacam Digital
18,39%
Betacam SP
15,06%
DVCAM
9,91%
VHS
6,22%
HDCAM 2,27%
Umatic HB 1,77%
1'' BCN 1,74%
Umatic LB 0,71%
Betacam 0,43%
MPEG 1 0,18%
Mini DV 0,16%
Betamax 0,14%
DVD 0,10%
1’’ Formato C
0,09%
2’’ Quadruplex
0,08%
DCP 0,01%
87,3%
41,9%
45,9%
12,7%
58,1%
54,1%
Materiais acondicionados em prateleiras
Controlo da temperatura nos depósitos
Controlo da humidade nos depósitos
SIM
NÃO
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 41
Q20: De uma forma geral como descreveria o estado atual de conservação da
coleção em vídeo?
Muito
Bom Bom
Aceitável (Com alguns
problemas) Deteriorado Desconhecido
Respostas
Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
2’’ Quadruplex 0 0% 0 0% 2 67% 0 0% 1 33% 3
1’’ Formato B (BCN) 0 0% 0 0% 3 75% 0 0% 1 25% 4
1’’ Formato C 0 0% 0 0% 1 50% 0 0% 1 50% 2
Umatic Low Band 0 0% 0 0% 4 57% 1 14% 2 29% 7
Umatic High Band 0 0% 1 14% 5 71% 0 0% 1 14% 7
Betacam 1 8% 3 23% 6 46% 0 0% 3 23% 13
Betacam SP 1 7% 3 21% 7 50% 0 0% 3 21% 14
Betacam SX 2 25% 1 13% 4 50% 0 0% 1 13% 8
Betacam Digital 4 44% 2 22% 2 22% 0 0% 1 11% 9
DVC PRO 0 0% 1 33% 1 33% 0 0% 1 33% 3
DVCAM 4 40% 2 20% 3 30% 0 0% 1 10% 10
Mini DV 2 20% 5 50% 2 20% 0 0% 1 10% 10
Betamax 0 0% 0 0% 3 60% 0 0% 2 40% 5
VHS 2 5% 12 27% 23 52% 1 2% 6 14% 44
16 12% 30 22% 66 47% 2 1% 25 18% 139
12%
22%
47%
1%
18% Muito Bom
Bom
Aceitável
Deteriorado
Desconhecido
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 42
Q21: Existem materiais em formato (s) áudio nos arquivos da sua organização?
Sim Não Não respondeu Total respostas
Nº % Nº % Nº % Nº %
51 53,1% 38 39,6% 7 7,3% 96 100,0%
Q22: Dimensão em número de registos da coleção áudio
Indique, com a maior precisão possível, qual o número de registos por formato da coleção áudio.
Entende-se por registo o título, documento ou obra, independentemente do número de cópias,
formatos e versões existentes.
Formato/Suporte Nº
Registos % Respostas
Discos de goma-laca (78 rpm) 11.505 5,1% 4
Discos de “acetato” (laca de nitrocelulose) 329 0,1% 2
Discos de vinil 66.548 29,8% 12
Fita de arrasto (¼ polegada) 10.240 4,6% 8
Cassete áudio 2.118 0,9% 3
DAT (Digital Audio Tape) 68.763 30,8% 3
CD-Áudio 58.634 26,2% 16
CD Data 3.555 1,6% 4
DVD Data 1.218 0,5% 9
Disco Rígido 654 0,3% 2
Total de registos áudio 223.564 100,0% ---
Nota: Dados de registos de áudio agregados com as respostas à questão 24.
53,1% 39,6%
7,3%
SIM
NÃO
NÃO RESPONDEU
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 43
Q23: Dimensão em horas da coleção áudio
Indique, com a maior precisão possível, o número de horas de conteúdo por formato da coleção
áudio. Contabilize apenas uma vez cada título, registo ou obra, ainda que exista mais do que uma
versão ou cópia.
Formato Nº Horas % Respostas
Discos de goma-laca (78 rpm) 1.638 0,9% 3
Discos de “acetato” (laca de nitrocelulose) 300 0,2% 1
Discos de vinil 16.606 9,6% 8
Fita de arrasto (¼ polegada) 9.815 5,7% 4
Cassete áudio 1.738 0,7% 4
DAT (Digital Audio Tape) 28.265 16,3% 3
CD-Áudio 44.633 25,8% 12
CD Data 538 0,3% 3
DVD Data 28.633 16,6% 7
Disco Rígido 40.753 23,6% 2
Total de horas áudio 172.919 99,7% ---
Nota: Dados de horas de áudio agregados com as respostas à questão 24.
Discos de goma-
laca (78 rpm) 5,1%
Discos de
“acetato” (laca de
nitrocelulose) 0,1%
Discos de vinil
29,8% Fita de arrasto (¼
polegada) 4,6%
Cassete áudio
0,9%
DAT (Digital Audio
Tape) 30,8%
CD-Áudio 26,2%
CD Data 1,6%
DVD Data 0,5%
Disco Rígido 0,3%
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 44
Q25: Condições de armazenamento dos materiais em formatos de áudio
SIM NÃO Respostas
Materiais acondicionados em prateleiras 90,9% 9,1% 44
Controlo da temperatura nos depósitos 44,2% 55,8% 43
Controlo da humidade nos depósitos 50,0% 50,0% 42
Discos de goma-
laca (78 rpm)
0,9%
Discos de
“acetato” (laca
de nitrocelulose)
0,2% Discos de vinil
9,6%
Fita de arrasto (¼
polegada) 5,7%
Cassete áudio
0,7%
DAT (Digital Audio
Tape) 16,3%
CD-Áudio 25,8%
CD Data 0,3%
DVD Data 16,6% Disco Rígido 23,6%
90,9%
44,2%
50,0%
9,1%
55,8%
50,0%
Materiais acondicionados em
prateleiras
Controlo da temperatura nos
depósitos
Controlo da humidade nos
depósitos
SIM
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 45
Q26: De uma forma geral como descreveria o estado atual de conservação da
coleção áudio?
Muito
Bom Bom
Aceitável
(Com
alguns
problemas)
Deteriorado Desconhecido Respostas
Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
Discos de goma-laca
(78 rpm) 0 0% 0 0% 1 7% 0 0% 0 0% 1
Discos de “acetato”
(laca de nitrocelulose) 0 0% 0 0% 1 7% 0 0% 0 0% 1
Discos de vinil 1 25% 1 11% 2 14% 0 0% 1 100% 5
Fita de arrasto (¼
polegada) 0 0% 0 0% 2 14% 0 0% 0 0% 2
DAT (Digital Audio
Tape) 0 0% 1 11% 2 14% 0 0% 0 0% 3
CD-Áudio 1 25% 4 44% 2 14% 0 0% 0 0% 7
CD Data 0 0% 1 11% 1 7% 0 0% 0 0% 2
DVD Data 1 25% 1 11% 3 21% 0 0% 0 0% 5
Disco Rígido 1 25% 1 11% 0 0% 0 0% 0 0% 2
4 14% 9 32% 14 50% 0 0% 1 4% 28
14%
32% 50%
4%
Muito Bom
Bom
Aceitável
Desconhecido
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 46
Q27: Qual o estado de digitalização das coleções audiovisuais?
Não está prevista
digitalização
Existe um plano que
ainda não se iniciou
Digitalização
em curso
Digitalização
concluída
Nº
respostas
Filme 61,8% 5,9% 17,6% 14,7% 34
Vídeo 61,3% 17,8% 16,1% 4,8% 62
Áudio 68,9% 17,8% 6,7% 6,6% 45
Q28: Caso já se tenha iniciado a digitalização, indique os valores em percentagem
do total dos acervos já digitalizados
Indique os valores em percentagem do total do acervo já digitalizado.
Filme Vídeo Áudio
1% a 25% 3 4 3
26% a 50% 1 0 0
51% a 99% 2 5 0
100% 3 2 1
61,8% 61,3% 68,9%
5,9% 17,8%
17,8% 17,6%
16,1% 6,7%
14,7% 4,8% 6,6%
Filme Video Áudio
Não está prevista Prevista mas não se iniciou Em curso Concluída
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 47
Q29: Outros elementos que entenda relevantes relativos à digitalização
Por exemplo formato dos ficheiros, suportes digitais, codificação, qualidade, etc...
Pergunta aberta - Listagem das respostas relevantes
…...Do total dos acervos já estão também em ficheiro de alta resolução (MPEG 2) digital cerca de 50.000 horas.
Queremos digitalizar as nossas coleções, mas devido à falta de pessoal, não temos previsões.
Vamos começar a trabalhar em iniciativas de digitalização das coleções.
… não dispõe de equipamento próprio para proceder à digitalização do acervo fonográfico.
….. tem intenção de iniciar a curto prazo o processo de recuperação e digitalização dos conteúdos e organizar o seu dia a dia em função desse objetivo.
A digitalização do acervo vídeo VHS e Betacam está a ser realizada: Audio - Codec MPEG; Taxa de amostragem 48.000 MHz; Bitrate 64 Kbs Vídeo - MPEG2 - 640 x 480; Taxa de frames - 25; Bitrate 5.000 Kbs A digitalização do acervo vídeo 8 mm está a ser realizada: Audio - Codec MPEG; Taxa de amostragem 48.000 MHz; Bitrate 224 Kbs Vídeo - MPEG2 - 720 x 576; Taxa de frames - 50; Bitrate 6.000 Kbs
Foi principiado recentemente um projecto de transferência de suporte dos documentos audiovisuais que visa a preservação da informação e a disponibilização ao público. …..
O plano ainda não se iniciou por falta de equipamento necessário à migração de dados.
Q30: Indique no quadro seguinte, em percentagem, quais os níveis de tratamento
documental da coleção audiovisual
Nº de respostas (entidades) por cada banda de percentagens
1% a 25% 26% a 50% 51% a 99% 100%
Sem qualquer identificação ou registo 8 4 4 6
Registo simples em livro 6 6 2 4
Registo e catalogação básica em fichas
manuais 1 1 1 2
Registo e catalogação simples em ficheiro
informático (p.e. Excel) 4 5 6 6
Registo e catalogação simples em base
de dados SQL 5 2 2 4
Tratamento documental aprofundado em
sistema Informação documental 2 2 4 7
Classificação/indexação com recurso a
linguagem controlada (Thesaurus) 2 2 3 8
Diagnóstico ao estado do património audiovisual nacional
Relatório final 48
Q31: Indique quais os formatos que, por motivo de obsolescência tecnológica, a
sua organização já não possui equipamentos operacionais para leitura e acesso
aos conteúdos.
Pergunta aberta - Listagem das respostas relevantes
2" Quadruplex, no entanto todos os conteúdos originais neste formato já foram digitalizados.
VHS e DAT
Não existem giradiscos. ….
Betacam O disco em vinil já foi transferido para CD
bóbines áudio
2’’ Quadruplex 1’ Formato B 1’ Formato C Betacam HDCam
Todos à excepção dos registos em VHS
Fia de arrasto - ... possui equipamentos de leitura, mas não completamente operacionais
Rolos de pianola - ...possui equipamento de leitura, mas não está operacional Rolos de cera -
... possui equipamento de leitura, mas não está operacional Discos Polyphon - ... possui
equipamento de leitura, mas por motivos de conservação não é utilizado Discos de cartão
perfurado - ... possui equipamento de leitura, mas não está operacional Placas de madeira -
... possui equipamento de leitura, mas não está operacional
-BCN - 1" formato B (BCN) -UMATIC High e Low Band -Alguns sistemas VHS
Não existem equipamentos de leitura operacionais
Betacam SP
VHS
Fita 1/4" Betamax VHS
A organização não dispõe de equipamentos que permitam a leitura de filmes.
VHS
Todos os formatos antigos, menos VHS, Video 8, Super Betamax e Umatic Low Band.
audio - discos em vinil
umatic lowband
Já não possuímos equipamento para leitura do filme 16 mm, contudo o mesmo já se
encontra digitalizado.
Betacam
neste momento não temos leitor de vídeo
Vhs
Filmes VHS (cerca de 5 cassetes apenas)