dia da escola bíblica dominical

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 17 Domingo, 26.04.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Quarto domingo de abril Dia da Escola Bíblica Dominical

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Page 1: Dia da Escola Bíblica Dominical

1o jornal batista – domingo, 26/04/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 17 Domingo, 26.04.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Quarto domingo de abril

Dia da Escola Bíblica Dominical

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2 o jornal batista – domingo, 26/04/15 reflexão

E D I T O R I A L

Um pouco da história da Escola Dominical no Brasil

As primeiras classes de instrução bíblica no Brasil apareceram em conexão com a

presença dos huguenotes na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, no século XVI. Os holandeses no norte do país, principalmente em Pernambu-co, criaram também escolas de instrução religiosa.

O movimento que redundou no que atualmente conhece-mos como “Escola Dominical” no Brasil teve início em 19 de agosto de 1855 em Petrópolis. O reverendo Roberto Kalley e sua esposa, dona Sara, mis-sionários escoceses da Igreja Congregacional, foram os or-ganizadores desta Escola Do-minical. No primeiro domingo compareceram cinco crianças. Com o desenvolvimento do trabalho, organizaram-se clas-ses, em português, alemão e inglês, em razão dos colonos estrangeiros que chegavam a essa região do estado do Rio de Janeiro.

Os metodistas registram em suas obras históricas o apare-cimento da Escola Dominical em junho de 1836 com o re-verendo Justin R. Spaulding e os presbiterianos falam em trabalho pioneiro com o mis-sionário Ashbel Green Sinon-ton em 12 de abril de 1860. Como batistas, por exemplo, não temos registro algum do aparecimento da Escola Bíblica Dominical, mas, em relatório de 12 de dezembro de 1882, o missionário William Buck Bagby fala em tradução de um catecismo batista para crianças e fala também da tradução de uma história batista. Conclui-se então que a Escola Dominical, se ainda não existia com o apa-recimento, em 15 de outubro de 1882, da Primeira Igreja

Batista da Bahia, hoje Brasil, estava prestes a ser implantada.

De 1855 até 1911 o traba-lho das Escolas Dominicais dependia em grande parte da iniciativa particular das igrejas locais. Em 1911, foi organizada a União de Escolas Dominicais do Brasil. Foi o primeiro esfor-ço para arregimentar os ele-mentos que se interessavam na instrução religiosa por meio das Escolas Dominicais. Em 1928, a União de Escolas Dominicais foi transformada em organismo oficial das igrejas evangélicas com o nome de Conselho Na-cional Evangélico de Educação Religiosa. Em 1931, passou a chamar-se Conselho Evangéli-co de Educação Religiosa do Brasil. Em 1934, o Conselho foi incorporado à Confederação Evangélica do Brasil, que era o órgão representativo das igrejas congregacionais e cristãs, epis-copal, metodista, presbiteriana e presbiteriana independente.

Os batistas no Brasil, antes mesmo de se constituírem em Convenção, perceberam logo de início a importância da educação religiosa. No ano de 1900 foi organizada a Casa Editora Batista, tendo como seu diretor o missionário William Edwin Entzminger. O Jornal Batista, fundado em 10 de janeiro de 1901, começou, já em janeiro de 1903, a publi-car as lições da Escola Domini-cal para adultos. Nesse mesmo ano apareceu “O Infantil”, livreto contendo histórias e a lição da Escola Dominical para as crianças. Em 1907, quando os batistas completavam 25 anos de presença no Brasil, surgiu a “Revista de Adultos” e, em 1909, “O Amigo da Juventude”.

Nessa época fundou-se a Convenção Batista Brasileira,

com a realização de sua pri-meira assembleia em julho de 1907. Nesta assembleia, foi organizada a Junta de Esco-las Dominicais, que em 1922 passou a denominar-se Junta de Escolas Dominicais e Mo-cidade. Havia, nesse tempo, 117 Escolas Dominicais e 157 classes nas Igrejas Batistas.

O Curso Normal, para pro-fessores e oficiais da Escola Dominical, iniciou-se com a publicação do Manual da Escola Dominical em Recife, em 1918. Esse manual veio contribuir grandemente para o desenvolvimento de nossas Escolas Dominicais. Os demais livros do Curso Normal foram surgindo gradativamente.

Um aspecto do trabalho de Escolas Dominicais, que deve merecer nossa especial aten-ção, é o das Assembleias de Escolas Dominicais. A mais antiga de que temos conheci-mento é da extinta Convenção Sul-Baiana, que realizou um esplêndido trabalho. A Con-venção Batista da Bahia man-teve uma Convenção da Escola Dominical que funcionava em uma das sessões da Convenção das igrejas.

Em Pernambuco, foi or-ganizada pela Convenção Evangelizadora em novembro de 1941, uma Junta de Escolas Dominicais para promover o trabalho entre as igrejas. Em junho de 1941, foi organizada a Assembleia de Escolas Do-minicais do campo vitoriense. O Departamento de Escolas Dominicais manteve itineran-tes em alguns campos. O ide-al, na época, era que tivesse para cada campo um obreiro especialmente dedicado à tarefa de promover o trabalho de Escolas Dominicais entre as igrejas.

O trabalho de Escolas Domi-nicais em nossas igrejas vem crescendo consideravelmente. A organização e os métodos de ensino têm evoluído. Templos com adaptações especiais para Escola Dominical foram sendo construídos e as possibilidades desse trabalho se apresentam sobremodo alvissareiras para o futuro, mesmo em meio aos questionamentos e inovações que surgem a todo momento sobre a forma de ser igreja hoje. Já em 1941, tínhamos, segundo estatísticas da época, em números redondos, 780 igrejas, 2.000 pontos de pre-gação, 1.500 Escolas Domi-nicais, 70.000 alunos e 8.000 professores.

Concluindo, esta remissão histórica, podemos afirmar que graças às participações de William Fox, de Joseph Hughes de William Brodie Gurney, de William Watson, e de Benjamin Franklin Jacob, para situar-nos apenas nos mais antigos, a Escola Domini-cal foi sendo aperfeiçoada ao longo dos anos. Eles fizeram unicamente aquilo que, no passado, fizeram os patriarcas, os juízes, alguns reis, os pro-fetas, os apóstolos e o Senhor Jesus Cristo – criaram escolas para ensinar e pregar a Palavra de Deus.

A história nos mostra que haja o que houver, venha o que vier em termos de mode-los eclesiásticos, o ensino da Palavra de Deus vai sobreviver porque é ordem de Jesus e de-sejo de Deus: “Ensinando-lhes a obedecer a todas as coisas que vos ordenei; e eu estou convosco todos os dias, até o final dos tempos” (Mt 28.20).

Solange Cardoso de Abreu d’Almeida

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Cartas dos [email protected]

Ao autor Paulo Francis Jr.

O ilustre articulista Paulo Francis Jr. citou uma descrição apócrifa da aparência de Jesus feita por um certo Públio Lêntulo, governador da Judéia. Fui pesquisar, e a citação foi feita pelo medium Chico Xavier, do espírito de Emanuel. A figura deste governan-te é considerada fictícia,

e sua carta tem várias versões. Ficou impressio-nante no texto, mas ago-ra fica incômodo. Vários historiadores afirmam que nunca existiu nem o homem, nem a carta original.

André Senna,pastor da Segunda

Igreja Batista em Areia Branca -

Belford Roxo - RJ

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

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3o jornal batista – domingo, 26/04/15reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Todos já ouvimos este pré conselho em nos-so caminhar diário, centenas de vezes.

Um momento difícil que a vida nos oferece, sem avisos. A necessidade de tomar algu-mas decisões e lá vem o con-selho do amigo, do parente, do irmão em Cristo: “Se eu fosse você...”. Felizmente, eu não sou você e você tam-bém não é a minha pessoa. Somos diferentes. Encaramos os desafios da vida de modo diferente e tomamos decisões diferentes, que podem ser boas ou ruins. Pagamos o preço das decisões tomadas. Às vezes, com lágrimas e muito sofrimento; também com elevados estragos à Cau-sa de Cristo.

Eu não sou você. Você nada tem a ver como as mi-nhas loucuras. Mas, se eu fosse você, como salvo por Cristo, comprometido com a Igreja de Jesus, eu não to-maria as decisões que você tem tomado, para tristeza do

Evangelho. Se eu fosse você agiria de modo diferente.

A Igreja de Cristo é um corpo vivo. Como tal, sujeita a nuanças nem sempre agra-dáveis. A Igreja se alegra, cresce, passa por crises, sente tristeza e pode até fechar as portas do seu templo. O diabo não desiste da Igreja. Tudo faz para impedir que Cristo seja glorificado. Mes-mo assim, o maligno não consegue impedir o cresci-mento da Igreja. É de Jesus a promessa: “As portas do inferno não prevalecerão contra a minha igreja” (Mt 16.18). Cristãos são tortu-rados, mortos, perseguidos, templos são destruídos. Mas, a Igreja permanece intocável.

Se eu fosse você levaria esta verdade em considera-ção e tomaria algumas atitu-des em relação à Igreja, que comprovasse sua real expe-riência de salvação. Se eu fosse você, não abandonaria a Igreja só porque existem alguns problemas na mem-

bresia. São várias as razões para não abandonar a Igreja.

Por ocasião de sua profis-são de fé, você se compro-meteu estar presente nos cultos e sustentar a Igreja. Ao participar da Ceia do Senhor, você repetiu o Pacto das Igre-jas Batistas. Você leu em voz alta que se comprometia a trabalhar para o progresso da Igreja. Isto inclui palavra e comportamento. Ah! Você também se comprometeu que ao mudar para outra localidade se uniria a outra Igreja da mesma fé e ordem, mediante carta de transferên-cia. Se eu fosse você cum-priria a palavra empenhada. Levaria a sério a recomen-dação aos Hebreus: “Não abandonando a nossa con-gregação como é costume de alguns...” (Hb 10.25). Claro, você não é “alguns” nem se comporta como “alguns”, mas, um salvo que não tem este mau costume.

Se eu fosse você não fal-taria aos cultos. Todos. Sim,

sem exceção. Até mesmo ao culto de oração. Embora não creia na eficácia da oração, estaria presente. Se eu fosse você seria aluno da Escola Bí-blica. O estudo da Bíblia em grupos ou na EBD materializa o amadurecimento espiritual do salvo.

Se eu fosse você devolveria todo mês os dízimos que per-tencem a Deus. Não é bom, tampouco recomendável, tentar roubar a Deus. O dízi-mo pertence a Deus. Nunca fica com o salvo. Desejando ou não, ele é retirado do sal-vo. Ao não dizimar, você per-de a alegria de reconhecer as bênçãos divinas em sua vida.

Se eu fosse você, não anda-ria de igreja em igreja como borboleta à procura de algo melhor. Todos sabem que você é membro de deter-minada Igreja. Ao vê-lo em outros lugares, concluem que sua vida não está bem com Deus. Isso é triste.

Se eu fosse você não mu-daria de Igreja ou ficaria em

casa, só porque determinada mensagem não lhe agradou. O pregador pode até ter co-metido um deslize, mas isso não é razão para você aban-donar o rebanho. Tal atitude significa mau testemunho.

Se eu fosse você buscaria depender mais da direção do Espírito Santo para não cometer falhas infantis. Paulo diz em I Coríntios 13.11 que quando era criança procedia como criança. Como nin-guém permanece criança a vida toda, diz ele, que ao se tornar adulto, abandonou as atitudes infantis, Se eu fosse você deixaria de ser criança no Reino de Deus. O desafio é chegar a estatura de Cristo, como está escrito em Efésios 4.13-14.

Não posso decidir por você. Se eu fosse você mu-daria de atitude agora. Como eu não sou você, cabe a você mesmo decidir ser um salvo maduro ou continuar enver-gonhando o Evangelho de Cristo. A decisão é sua.

Se eu fosse você...

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4 o jornal batista – domingo, 26/04/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

A Bíblia, meus pés e meu caminho

reflexão

“Lâmpada para os meus pés é tua Palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119.105).

Cada verso do Salmo 119 descreve a Pala-vra de Deus. O verso 105 afirma: “A Tua

Palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho” (Sl 119.105).

Passo sem iluminação é passo sem rumo. Qual é o sentido de dar um passo para o nada? Com luz eu vejo os meus passos e o ter-reno que eles estão pisando: eu posso não gostar, mas pelo menos eu fico sabendo daquilo que eu não gosto. A luz diz para meus pés onde eles estão pisando e clareia

o caminho para onde meus pés me levarão. Sem luz, nem uma coisa, nem outra.

Esta é a função da Bíblia. Ela é a luz que me mostra para onde eu devo ir e o caminho que me permite chegar lá. Daí a importância essencial de Jesus. Ele se apresentou na Bíblia como “Eu sou a luz do mundo”, acrescentando “Eu sou o caminho, a verdade e a vida – e ninguém vem ao Pai, se não por Mim”. A “palavra”, a que se refere o salmista, é a “Palavra” que João nos revela. A Palavra é o “princípio” do caminho e é o “fim do cami-nho”. Por isso, precisamos de Jesus. Com Ele, nossos pés são iluminados e ficamos sabendo para onde ir e por onde ir.

Israel Belo de Azevedo, pastor da Igreja Batista Itacuruça – RJ

Todos os dias quem frequenta uma igreja que se pauta pela Bí-blia ouve que precisa

ler as Escrituras Sagradas. Entre os que ouvem, alguns tentam. Dos que tentam, uns se tornam amigos das páginas bíblicas, mas outros não con-seguem se familiarizar com elas. As Escrituras Sagradas parecem inacessíveis e, seja-mos honestos, ultrapassadas.

Um fator é, para alguns, a real falta de tempo, em fun-ção dos necessários compro-missos impostos pelas duras regras da sobrevivência. O outro fator é o estilo de vida que boa parte de nós leva: quase sempre superficial, com muito tempo para as coisas que nada importam e pouco ou nenhum para as atividades que realmente têm valor. Vale aqui a fórmula do tríplice D: desejo, decisão e disciplina. Desejemos ler a Bíblia. Deci-damos ler as Sagradas Escritu-ras. Disciplinemo-nos para ler a Palavra de Deus.

Nesses casos, o interessado em se tornar leitor da Bíblia pode vencer a dificuldade. Basta que deseje ser este leitor e se organize para usar bem o tempo que tem. É possível, no entanto, que parte do proble-ma esteja nas Sagradas Escri-turas, menos por seu padrão espiritual e moral elevado e mais pelas dificuldades do próprio texto.

Também, nesse caso, as Escrituras nada podem fazer, mas nós podemos. A primeira tarefa é ter em mente o que a Bíblia é.

A Bíblia é um livro magis-tral, por sua beleza e por sua profundidade. As dificuldades que apresenta não nos devem desestimular, mas nos convi-dar ao seu exame. A vida salta dos seus versos. Quando a es-cutamos, ouvimos Deus falar.

As Escrituras são o espaço do tríplice S: salvação, santidade e sabedoria. Ler a Bíblia nos salva, nos molda e nos ensina. Sem ela, não sabemos o que Jesus faz por nós. Sem ela, somos moldados por outros valores e outras culturas. Sem ela, não aprendemos a viver.

Se cremos nisto, podemos colocar a Bíblia no seu lugar. Compreendê-la é como fazer uma viagem, mala à mão ou mochila às costas. Esta viagem é transcultural: estamos indo para o mundo de Abraão, de Moisés, de Davi, de Jeremias, de Davi, de Pedro, de Paulo, de Barnabé, de Timóteo, de João. Vamos viajar por um mundo completamente dife-rente do nosso. Nem sempre levamos este fato a sério e fi-camos chocados com atitudes que não aprovamos hoje e ain-da bem que não aprovamos.

Compreender a Bíblia de-manda distinguir os textos narrativos dos textos norma-tivos. Os primeiros narram histórias reais, com pessoas reais. O fato de suas histórias estarem no texto sagrado não quer dizer que Deus aprove suas atitudes e que sejam paradigmáticas para nós. Os textos que demandam obe-diência são os normativos, que têm regras claras para a nossa vida. Por sua vez, os textos normativos demandam o cuidado de distinguirmos os mandamentos vencidos e os mandamentos sem prazo de validade. As normas culturais são temporais e devem ser li-das como se fossem narrativas para vermos o amor de Deus em ação. As normas com va-lor até hoje são aquelas que o tempo não envelhece.

Na compreensão dos valo-res diferentes entre textos nar-rativos e textos normativos, consideremos dois exemplos: as leis sobre casamento e so-bre consumo de carnes.

As regras sobre casamentos de jovens hebreus são cultu-ralmente dadas e visavam o

bem-estar daquela comuni-dade; vivendo em outro con-texto, não devemos aplicá-las; o que devemos é buscar os princípios universais subja-centes às regras culturais. Estes princípios serão sempre válidos.

As regras sobre o consumo de carnes visavam o bem--estar da comunidade do An-tigo Testamento. Continham regras sanitárias para preserva-ção do povo, como a proibi-ção de comer carne de porco e seus derivados, veto que não é mais necessário com a tecnologia dos nossos dias.

Compreender a Bíblia é como percorrer uma bibliote-ca cheia de livros escritos em vários gêneros literários (his-tória, crônica, poesia, cartas, ensaio, teatro) e com gene-rosos recursos de linguagem (sobretudo metáforas).

De posse desses princípios, podemos passar às tarefas práticas. Comecemos com um exemplar da Bíblia. Se não temos um, devemos buscar por um.

Ao escolhermos uma Bíblia, devemos nos interessar pela tradução com a qual mais nos sintamos à vontade. Há mui-tas traduções (como Almeida Revisa, Almeida Corrigida, Almeida Século 21, Bíblia de Jerusalém, Nova Vulgata, Nova Versão Internacional, Bíblia Viva, Nova Tradução na Linguagem de Hoje, A Mensagem, entre tantas).

Todas são fidedignas em relação aos originais. Nosso critério deve ser o da lingua-gem, com preferência para aquelas que nos deixem mais conectados e mais interessa-dos pelo texto. Eu uso todas essas, mas prefiro a Nova Tradução na Linguagem de Hoje, que é uma tradução, e A Mensagem, que é uma paráfrase.

Devemos continuar lendo a Bíblia de modo sistemático, mas no nosso ritmo. Se pode-mos seguir um plano comuni-

Celson P. Vargas, colaborador de OJB

“E disse ao homem: eis que o temor do Senhor é a sabe-doria, e o apartar-se do mal é o entendimento” (Jó 28.28).

Nos versículos an-teriores ao desta-cado acima - 20 e 21 (leia-os) - Deus

pergunta de onde vem a sa-bedoria e onde está o enten-dimento. Diz ainda que eles estão encobertos aos olhos de

todo homem. Evidentemente, que o Senhor não se refere à sabedoria acadêmica, mas sim, a sabedoria das sabedorias que vem dEle. No texto em desta-que, Ele mesmo dá as respostas ao homem, de como encontrar essa sabedoria. Vejamos:

1) - O temor do Senhor é a sabedoria: Temor não consis-te em ter medo, mas, sim, ter consciência dos atributos es-pirituais de Deus: santidade, poder, justiça, onisciência. Isso nos leva a um estado de extrema insignificância e de-

pendência dEle. Vejamos que, embasados em nossa sabedo-ria adquirida, somos levados a uma posição antagônica de vaidades, independência e, às vezes, questionamentos ou desconsideração de Deus. Através da nossa própria sa-bedoria, é impossível conhe-cermos a Deus e obtermos o temor a Ele, conhecer Sua sabedoria, assim diz o pró-prio Deus: “Pois está escrito: destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteli-gência dos entendidos. Visto

como, na sabedoria de Deus, o mundo não O conheceu por sua própria sabedoria...” (I Co 1.19-21). Negar essas nossas posições é o caminho para a sabedoria.

2) O apartar-se do mal é o entendimento: Entendimen-to é a faculdade pela qual o nosso espírito se apodera das ideias e as entende. Portanto, é entender além do intelecto. Para isso, é necessário nos apartarmos do mal que, pelo pecado que está em nossa natureza, nos torna hábeis

praticantes dele. Precisamos deixar o mal de: não crermos que nossas almas precisam de salvação e que isso só é possí-vel por Jesus; sabermos para o que Deus nos orienta, e fazer-mos o contrário; buscarmos a Deus somente para nossos benefícios temporais. “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, so-mos os mais infelizes de todos os homens” (I Co 15.19).

Siga a orientação de Deus para chegar à verdadeira sa-bedoria e entendimento.

Os caminhos da sabedoria e do entendimento

Ler a Bíblia: porque não desistir

tário de leitura, fazemos bem. Se não conseguimos, importa que leiamos, mesmo que em um ritmo mais pessoal. A vantagem de seguir um plano é que sempre temos com quem conversar e nos inspi-rar. No caso de dificuldades, devemos agir para superá-las, embora a decisão mais fácil seja desistir.

Podemos lançar mão das Bíblias de Estudo. Infelizmen-te, há algumas que pouco acrescentam, por serem edi-ções oportunistas com pou-quíssimas notas. Felizmente, há Bíblias de Estudo que são verdadeiros tesouros, como a Bíblia de Estudo Anotada Expandida (Editora Mundo Cristão), Bíblia de Estudo de

Genebra (Sociedade Bíblica do Brasil), Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida) e Bíblia de Estudo Despertar (para pessoas em recuperação de vícios e traumas - Sociedade Bíblica do Brasil), entre outras edições.

Quando formos ler um li-vro especificamente, temos boas introduções e comen-tários disponíveis, em forma de estudos impressos ou de materiais postados na internet.

Talvez, alguém possa pen-sar que, diante de tantos cui-dados, é melhor ler coisa mais fácil. Pode ser, mas as leituras fáceis não são páginas onde Deus fala, onde Jesus Cristo nos salva, onde o Espírito Santo nos guia.

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5o jornal batista – domingo, 26/04/15reflexão

ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfei-tamente preparado para toda boa obra” (II Tm 3.16-17);

10º- Construir o caráter cris-tão - “Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus imaculados no meio de uma geração corrup-ta e perversa, entre a qual res-plandeceis como luminares no mundo” (Fp 2.15);

11º- Ter do que ser lembrado pelo Espírito Santo - “Mas, o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará to-das as coisas, e vos fará lem-brar de tudo quanto eu vos tenho dito” (Jo 14.26);

12º- Ter palavras amáveis e edificantes brotando nos lábios - “Falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos

Os profetas deram con-tinuidade na ênfase à edu-cação da Palavra de Deus. Isaías declara que o povo de Deus iria para o exílio por fal-ta de conhecimento, segundo Isaías 5.13. Oséias lamenta o decadência da vida espiritual do povo, atribuindo-a à falta de conhecimento ao dizer: “Meu povo foi destruído por falta de conhecimento. ‘Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito como meus sacer-dotes; uma vez que vocês ignoraram a lei do seu Deus, eu também ignorarei seus filhos. Quanto mais aumen-taram os sacerdotes, mais eles pecaram contra mim; trocaram a glória deles por algo vergonhoso” (Os 4.6-7 – NVI).

Miquéias denuncia tam-bém a falta de conhecimento em sua época: “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca todos esperam a instrução na Lei, porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos. Mas vocês se desviaram do caminho e pelo seu ensino causaram a queda de muita gente; vocês que-braram a aliança de Levi”, diz o Senhor dos Exércitos” (Mq

espirituais, cantando e salmo-diando ao Senhor no vosso coração” (Ef 5.19);

13º- Alcançar sabedoria - “Tenho mais entendimento do que todos os meus mes-tres, porque os teus testemu-nhos são a minha meditação” (Sl 119.99);

14º- Perseguir a maturidade cristã - “Até que todos che-guemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da es-tatura da plenitude de Cristo” (Ef 4.13);

15º- Unir-se à igreja (irmãos) no conhecimento da Palavra - “Pois em um só Espírito fo-mos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espíri-to” (I Co 12.13).

2.7-8 – NVI).Nas páginas do Novo Tes-

tamento, vemos como Jesus dá atenção especial ao en-sino, o que entusiasmava a quem o ouvia: “Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o seu en-sino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei” (Mt 7.28-29 - NVI).

Paulo ao Efésios escreve so-bre a importância do ensino: “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profe-tas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mes-tres, com o fim de preparar os santos para a obra do mi-nistério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cris-to” (Ef 4.11-13 - NVI).

Portanto, comemoremos com alegria mais um aniver-sário da EBD. Mas, a melhor forma de celebrar é sendo um aluno sempre presente, pontual e participante nos estudos bíblicos de classe. A EBD é de fato a melhor escola do mundo.

Jacqueline Rodrigues, membro da Igreja Batista Cidade Jardim - BH

“Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhe-cendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29).

Um cristão que não frequenta a EBD se assemelha a um homem per-

dido que tem uma bússola na mão, mas, por não com-preender o seu uso, continua entregue à própria sorte. A Palavra de Deus é a bússo-la orientadora, por isso um cristão deve valorizar a EBD por toda a vida, pois a cada passo de maturidade e vivên-cia há maior necessidade de orientação para as escolhas corretas.

A Escola Bíblica dominical permite ao cristão:

Roberto do Amaral Silva, pastor, professor do STBG, membro da Segunda Igreja Batista de Goiânia – GO

Estamos no mês de abril, o mês da EBD, sigla de Escola Bíbli-ca Dominical. Neste

ano, a EBD completa 235 anos de surgimento no mun-do cristão.

A escola dominical teve início com Robert Raikes, jor-nalista cristão que, sensível às necessidades das crianças pobres de Gloucester, cida-de no interior da Inglaterra, percebeu que era necessário fazer alguma coisa para a formação educacional secu-lar e bíblica. Como muitas daquelas crianças trabalha-vam durante toda a semana e não tinham oportunidade de frequentar a escola, ele criou uma classe de alfabe-tização e de ensino bíblico, que passou a funcionar aos domingos. Isso aconteceu em 1780 e assim estava criada o projeto do que seria denomi-nado, posteriormente, Escola Bíblica Dominical.

No Brasil, a EBD foi organi-zada há 160 anos, na cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, graças à co-

1º- Conhecer e prosseguir em conhecer a Cristo - “Conhe-çamos, e prossigamos em co-nhecer ao Senhor” (Os 6.3a);

2º- Buscar a santificação - “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17);

3º- Desviar-se do pecado - “Escondi a Tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti” ((Sl 119.11);

4º- Manejar bem a Palavra de Deus - “Procura apresentar--te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (II Tm 2.15);

5º- Honrar a Deus e seu Reino com o tempo dedicado ao aprendizado - “Mas, buscai primeiro o seu Reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33);

ragem e persistência de um casal de missionários esco-ceses – também chamado Robert, o Robert Kalley - com sua esposa Sara Kalley. Fo-ram dois Roberts, homens de Deus apaixonados pela EBD. Em 1855, o casal Robert e Sara Kalley iniciou em um domingo uma classe de es-tudo bíblico para crianças e, no ano seguinte, uma classe para adultos. Estava iniciada a primeira EBD no Brasil.

Pois bem, com 235 anos de história no mundo e 160 anos do seu estabelecimento no Brasil, a EBD é, na ver-dade, uma escola de cresci-mento não só na Palavra de Deus, como também na vida cristã. É um dos meios mais utilizados para crescer no discipulado cristão.

Celebremos, assim, neste abril de 2015, essas duas importantes comemorações da EBD, louvando ao Se-nhor que estabeleceu des-de o princípio no meio do seu povo a educação para o conhecimento de Deus e o ensino das verdades bíblicas.

Desde o início, Deus se preocupou com o conheci-mento da parte do seu povo. Deus falou a Moisés para

6º- Fortalecer o espírito - “Or-dena os meus passos na tua palavra, e não se apodere de mim iniquidade alguma” - (Sl 119.133)

7º- Buscar firmeza e cons-tância na vida cristã - “Por-tanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” ( I Co 15.58);

8º- Saber dar a razão da fé - “Antes santificai em vos-sos corações a Cristo como Senhor; e estai sempre pre-parados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (I Pe 3.15);

9º- Estar apto a instruir outros por exemplo e por palavras - “Toda Escritura é divinamen-te inspirada e proveitosa para

que orientasse o povo com as seguintes palavras: “Esta é a lei, isto é, os decretos e as ordenanças que o Senhor, o seu Deus, ordenou que eu lhes ensinasse, para que vo-cês os cumpram na terra para a qual estão indo para dela tomar posse. Desse modo, vocês, seus filhos e seus ne-tos temerão o Senhor, o seu Deus, e obedecerão a todos os seus decretos e manda-mentos, que eu lhes ordeno, todos os dias da sua vida, para que tenham vida longa” (Dt 6.1-2 – NVI).

Mais adiante, o Senhor, através de Moisés, exorta o povo a amá-lo e a obedecer--lhe para receber as bênçãos divinas, e diz mais: “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quan-do estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar” (Dt 6.6-7 – NVI).

Portanto, é correto dizer que a EBD já era projeto de Deus para o seu povo através dos tempos. O povo de Deus não pode viver sem conheci-mento.

A EBD é a melhor escola do mundo

Não faltam motivos para não faltar a EBD

Page 6: Dia da Escola Bíblica Dominical

6 o jornal batista – domingo, 26/04/15 reflexão

abençoar aos alunos das mais variadas faixas etárias: crian-ças, adolescentes, jovens, adultos e anciãos. Mesmo aqueles que já não podem comparecer, por motivo de idade avançada ou por en-fermidade, podem ser alcan-çados em seus lares, pelo Departamento do Lar.

3. Porque a EBD trabalha na área do evangelismo, pois milhares de pessoas se converteram através dessa bendita organização. Daí porque os professores devem se preocupar em alcançar

ritual”, utilizando como ilus-tração a figura de um soldado romano da época. A partir do versículo 10, ele afirma que toda a nossa força vem do Senhor e que, sem Ele é, sim-plesmente, impossível vencer, portanto o primeiro princípio a ser utilizado na batalha es-piritual é reconhecer que só é possível vencer o nosso inimigo a partir do momento em que estivermos na total dependência do Senhor.

O segundo princípio é uti-lizar o discernimento dado pelo Espírito Santo ao cristão, entendendo que a nossa luta do dia a dia não é contra as pessoas, sejam elas quem for, e sim contra os espíritos malig-nos que agem através de suas vidas, inclusive, na vida de crentes, se derem lugar a eles.

O terceiro princípio é ta-par as brechas, com uma pequena cunha de madeira se abre espaço para que se venha a derrubar uma porta. Devemos ter cuidado com as “raposinhas”, como diz Can-tares de Salomão 2.15. Ou seja, com as mentirinhas do cotidiano, com os chamados “pecadinhos”. A única coisa que a bíblia confere paterni-dade ao diabo, é a mentira, por isso Paulo nos adverte para estarmos sempre utili-zando o cinto da verdade.

O quarto princípio é buscar sempre a Deus como parâ-metro de justiça, ainda que consideremos uma utopia alcançá-la, devemos tê-la como alvo. Quantos tem fracassado e sucumbido pelo mau testemunho dos homens que agem, na maioria das vezes, com injustiça, isto por

para Cristo aqueles que ainda não aceitaram a Cristo.

4. Porque a EBD tem como um dos seus objetivos o dou-trinamento dos crentes. A falta de firmeza doutrinária deriva da falta de conheci-mentos bíblicos, e o crente, neste caso, fica à mercê dos falsos profetas que pululam por toda parte. Com razão, dizia o profeta: “O meu povo foi destruído porque lhe falta o conhecimento” (Os 4.6).

5. Porque a EBD é um ce-leiro de líderes. Muitos dos

causa do pecado que lhes empenou o chassi.

O quinto princípio é jamais ser egoísta, pensar apenas em você mesmo. Deus nos cha-mou não apenas para alcan-çarmos o céu, mas para ser-mos instrumentos Dele para propagar o seu Evangelho às pessoas que não o conhecem. No campo de batalha, o bom soldado sempre arriscará a sua própria vida em prol de um companheiro ferido. Este-jamos então sempre com os nossos pés calçados com o evangelho da paz, prontos a retransmitir a mensagem que recebemos gratuitamente.

O sexto princípio é utili-zar a nossa mais poderosa arma de defesa, a nossa fé. As circunstâncias dizem: você não vai conseguir. O diabo diz: “Você não é páreo para mim”. A nossa fé diz: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fl 4.13); “Por-que maior é aquele que está conosco, do que aquele que está no mundo.” (I Jo 4.4).

O sétimo princípio é ter a convicção de que nada será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor, como está escrito em Roma-nos 8.31-39. Os discípulos, certa feita, voltaram de sua missão, maravilhados por-que, ao nome de Jesus, sinais e maravilhas eram realizados, até os demônios fugiam. Je-sus os adverte, lhes ensinan-do que o maior motivo da alegria deles não deveria ser isto, mas o fato de ter os seus nomes escritos no Livro da Vida, a garantia da salvação. Não importa a intensidade da

atuais pastores, missionários, diáconos e outros surgiram por influência da EBD e, hoje, são uma bênção nas mãos de Deus, verdadeiros instrumen-tos do Todo-Poderoso.

E você, prezado leitor, não quer também ser um berea-no, estudante dedicado da Palavra de Deus? Ou quer so-mente participar dos cultos, para não ter muito trabalho? Ainda é tempo de acontecer um reavivamento em sua vida espiritual. Deus precisa de sua colaboração em um trabalho mais ativo e produ-tivo em Sua causa.

batalha, a nossa parte mais importante, o espírito, estará sempre protegido pelo capa-cete da salvação.

O oitavo princípio é estar apto a manejar bem a Palavra de Deus, a espada do espíri-to, como diz II Tm 2.15, que pode ser utilizada tanto para defesa, como para o ataque, afinal de contas, o próprio Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua Igreja, segun-do Mateus 16.18. Eu não preciso, necessariamente, ser um teólogo para ter as credenciais de alguém que maneja bem a Bíblia, preciso apenas estar disposto a medi-tar nela diariamente e manter uma vida de oração a fim de que possa estar sensível aos seus ensinamentos revela-dos pelo Espírito Santo de Deus, como descreve Josué 1.7-9. Lembrando que, tão importante quanto manejar bem a Palavra, é colocá-la em prática em toda a nossa maneira de viver a fim de que não venhamos a correr o ris-co de, pregando aos outros, nós mesmos não venhamos a ser pegos em condenação, de acordo como que diz I Coríntios 9.27.

Portanto, amados irmãos, estejamos sempre prontos, conscientes do que nos aguar-da, a fim de não sermos pegos de surpresa. Finalizo, rogando a todos que observem o que diz a Bíblia no livro de Apo-calipse: “Felizes serão todos aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Ap 1.3).

tusiasmo. Não sei porque há irmãos nossos e até pastores que não dão muito valor à essa Escola, que é a mais importante organização da igreja. Por que sou um entu-siasta pela EBD?

1. Porque o seu livro-texto é a Bíblia, a Palavra de Deus. Bastaria esta razão para que déssemos mais valor a essa organização. Há muito anal-fabetismo bíblico em nossas igrejas, porque as pessoas não participam da EBD.

2. Porque a EBD é uma grande aliada da igreja, em

o mal, tipificado pelo diabo, seus anjos rebeldes e todos os homens que negarem a sua fé em Jesus Cristo, como está escrito em João 3. 16-18.

Como já disse, nos últimos momentos de uma grande batalha não há lugar para despreparo, distração ou medo. Precisamos estar foca-dos, concentrados, vigilantes, equipados e bem treinados para poder vencer, certos de que toda a estratégia, os mais profundos segredos, as formas de como agir diante dos ataques furiosos do nosso inimigo, estão descritos na Bíblia Sagrada, ali estão as coordenadas para a vitória.

Excelente o assunto abor-dado pela revista “Palavra e Vida” neste trimestre que nos dá orientações, à luz da Bíblia, de como devemos nos portar para vencer as grandes batalhas espirituais vividas no presente e também àquelas que serão travadas nos últi-mos dias do fim.

A única forma que o nosso inimigo tem de atingir a Deus é derrotar a mim e a você. Ele usará toda a sua perspicácia para conseguir o seu pleito, pois sabe que jamais terá qualquer chance contra o Senhor dos Exércitos, por isso não podemos brincar de ser crentes, como muitos o tem feito. Ele não brinca de ser diabo e está ao nosso derre-dor, incansavelmente, rugin-do como se fosse um leão, buscando uma oportunidade para nos tragar, de acordo com o que diz I Pedro 5.8.

Na carta aos Efésios, capí-tulo 6, Paulo faz uma síntese sobre o assunto “batalha espi-

Nilson Dimarzio, colaborador de OJB

Conheço a EBD des-de a minha infân-cia, desde os dois a n o s d e i d a d e ,

quando meus pais se conver-teram e passei a acompanhá--los à escola, na Primeira Igreja Batista de Campinas - SP. Tenho colaborado com ela como aluno, professor, diretor e, hoje, como pas-tor, mantendo uma classe para novos convertidos, em preparação para o batismo. E sempre com o mesmo en-

Juvenal M. de Oliveira Netto, segundo coordenador da Escola Bíblica Dominical da Primeira Igreja Batista de São Pedro da Aldeia - RJ

Por mais que fale-mos e busquemos a todo o momento a tão almejada “paz”,

as guerras fazem parte dos grandes palcos escritos pela humanidade no decorrer da história. O que muda são as intensidades nas batalhas, os motivos e os figurinistas que se deslocam pelos diversos continentes a todo o momen-to. Uma coisa que nos chama a atenção são os momentos finais de uma batalha, onde o exército com maior supe-rioridade precisa consolidar de vez a sua vitória, precisa encurralar o inimigo no seu próprio território. Normal-mente, estes são os episódios mais sangrentos e dolorosos, onde não há lugar para erros, para distração, para corpo mole, enfim, para o medo.

Não temos autoridade bí-blica para prever com exa-tidão os fins dos tempos, temos algumas nuances, descritas pelo próprio Jesus, como a Parábola da Figueira em Mateus 24 e outros acon-tecimentos que marcariam os dias da sua volta a terra. É notório que muitos desses sinais já vêm surgindo nestes últimos dias, indicando que poderemos estar prestes a testemunhar os últimos mo-mentos de uma sangrenta ba-talha. O Senhor dos Exércitos concluirá o seu plano de ex-tinguir de uma vez por todas

A armadura de Deus

Por que sou um entusiasta pela Escola Bíblica Dominical?

Page 7: Dia da Escola Bíblica Dominical

7o jornal batista – domingo, 26/04/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Com o apoio de Mis-sões Nacionais e da Segunda Igreja Batista em Palmas

- TO, a Convenção Batista do Tocantins realizou o Se-minário Multiplique, com o objetivo de promover conhe-cimento e aprendizado sobre a visão de Igreja Multiplica-dora. Mais de 460 pessoas se inscreveram e puderam saber mais sobre Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs) e outros conceitos defendidos por esta visão que possibilita não apenas o crescimento numérico, como espiritual das igrejas.

O evento recebeu partici-pantes e representantes de diversos estados, como Pará, Maranhão, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro.

Entre os preletores, estavam os pastores Fabrício Freitas, gerente-executivo de Evange-lismo de Missões Nacionais; Marcio Tunala, coordenador de Pequenos Grupos Mul-tiplicadores e Integração da Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba - PR; Walmir An-drade, da Segunda Igreja Ba-tista em Palmas; entre outros.

A participação musical do cantor e compositor Atilano

Muradas, bem como o teste-munho do pastor Fernando Lemos, missionários de Mis-sões Nacionais em Goiânia - GO, também representaram grandes momentos do semi-nário.

As palestras, painéis e ofi-cinas apresentaram temas relacionados a volta dos prin-cípios bíblicos a respeito do que é ser igreja na sua essên-cia e de que forma isso pode ser vivenciado por meio de PGMs. As oficinas trouxeram para perto dos participantes as experiências de implanta-ção de PGMs e eles tiveram a oportunidade de tirar muitas dúvidas a cerca do assunto.

Segundo o pastor Josimar Rodrigues Costa, executivo da Convenção Batista do Tocantins, o I Seminário Mul-tiplique representou um divi-sor de águas para este tempo. “Todos os lideres em busca

do crescer no que tange ao processo de igreja multiplica-dora, principalmente com os PGMs. Porém, o Multiplique foi marcante pela grande presença de mais de 80% das lideranças Batista de todas as igrejas e com 100% das asso-ciações da região. Tivemos presença de pessoas do Ma-ranhão, Pará, DF, SP, e outros que virem exclusivamente para o evento”, conta.

Os cultos noturnos do Se-minário foram abertos à co-munidade e reuniram mais de 800 pessoas. Na última noite do evento foi realizado um momento simbólico, com distribuição de uvas repre-sentando a frutificação na vida dos pastores e respon-sáveis pelas Igrejas Batistas do Tocantins. E, assim, todos cearam juntos encerrando o primeiro Seminário Multipli-que no Tocantins.

Redação de Missões Nacionais

Foi realizada a Semana de Arte Batista (SEAR-BA), no Instituto Ba-tista de Carolina, no

Maranhão. O primeiro dia do evento contou com a partici-pação da turma do 8º ano, que preparou um espetáculo como parte da disciplina de artes.

Os demais alunos prepa-raram vídeos, coreografias e fizeram uma ornamentação

inspirada na arte urbana, que foi um tema estudado por eles.

As edições do SEARBA são esperadas por todos. Os in-gressos são vendidos pelos próprios alunos do instituto, que se mobilizam e envol-vem a comunidade.

“Foi uma noite de muita festa e onde pudemos ver os alunos sendo desafiados a se superarem cada vez mais”, conta a missionária e direto-ra interina do IBC, Haniele Laurindo.

Seminário Multiplique reúne mais de 400 participantes em Palmas - TO

Participação do pastor Fabrício Freitas

Evento reuniu participantes de vários estados

Instituto Batista de Carolina - MA - realiza Semana de Arte

Igreja em Libras no Macapá- AP - celebra

batismos de jovens surdosRedação de Missões Nacionais

A Igreja Batista em Li-bras no Macapá - AP tem experimentado momentos inesque-

cíveis. Após compreenderem o Evangelho, e tendo rece-bido a Cristo como Senhor e Salvador das suas vidas, jovens surdos se batizaram.

Nossa missionária Denise Atanázio, que trabalha nes-te projeto, estava com eles durante o momento em que publicamente professaram sua fé e compromisso com

Cristo. Ela tem podido tes-temunhar sobre sua alegria por poder ver o Evangelho alcançando e transformando vidas na cidade onde atua.

Continue intercedendo pela Igreja em Libras, a fim de que cada vez mais surdos conheçam a Cristo.

Alunos mostraram empenho para a realização do evento

Gratidão pelo batismo de jovens surdos

Page 8: Dia da Escola Bíblica Dominical

8 o jornal batista – domingo, 26/04/15 notícias do brasil batista

Marcos José Rodrigues, Seminarista da Igreja Batista Israel – Anápolis - GO

Foi realizado entre os dias 02 a 05 de abril o 7º Acampáscoa, evento que propõe

a celebração da Páscoa de Cristo de uma forma diferen-te. Com o tema “Marcados para servir”, baseado no tex-to bíblico de Gálatas, onde diz: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2.20), a progra-mação teve como objetivo fortalecer a comunhão, bus-car crescimento espiritual e vivenciar momentos de lazer. O projeto reuniu nesta edi-ção cerca de 120 pessoas. O local escolhido para receber os participantes foi o Hotel Fazenda Asa Verde, em Co-calzinho de Goiás.

A programação contou com estudos e palestras bí-blicas sobre temas diver-sificados por faixa etária e

Gidiel Formiga, pastor da Primeira Igreja Batista em Jardim Maracanã - RJ

“Alegrai-vos no Senhor. Ale-grai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Fp 4.4).

Estamos vivendo o nos-so Jubileu de Ouro e, como pastor desta Igreja, quero externar

toda minha gratidão a Deus a todos os pastores, líderes, irmãos da Primeira Igreja Batista em Jardim Maracanã – RJ (PIBJM), demais irmãos queridos que estão em outras igrejas servindo ao Senhor e aqueles que foram bênçãos e já estão nos braços do Pai. Também agradecemos as nossas queridas igrejas coir-mãs pelo apoio e carinho e a todos os amigos e demais pessoas da nossa comuni-dade.

Deus abençoe cada vida que esteve juntamente conos-co ministrando a Palavra e exaltando o nome do Senhor e a cada membro da PIB-JM pelo esforço, dedicação, colaboração e superação para realizarmos os primeiros eventos dos 50 anos no mês

de interesse do público. O evento incluiu competições esportivas e brincadeiras (gincanas) que integraram o grupo e garantiram momen-tos de muita alegria e satis-fação. Iniciado em 2009, pela Primeira Igreja Batista em Jardim Brasília - Águas Lindas - GO, o retiro espi-ritual “Acampáscoa” vem crescendo a cada edição em número de participantes e qualidade da programação. A cada edição é feito um

de março. Estamos apenas começando as comemora-ções e desejamos ver toda Igreja envolvida e empenha-da em frutificar “Sendo um presente de um modo que serve” nas mãos de Deus, na sua família, na vida da Igreja e na comunidade.

Lutas e crises sempre sur-girão e, como aconteceram nesses anos, confiantes em

intercâmbio com uma igreja convidada.

Neste ano, o 7º Acampás-coa foi realizado em parceria com a Igreja Batista Israel em Anápolis - GO. Com maioria jovem, as competições espor-tivas e as brincadeiras da gin-cana foram bastante concor-ridas. Com destaque para o time dos casados, que levou a melhor. O time venceu o jogo de futebol contra os solteiros por 3x2. Na gincana, o grupo vencedor foi o Azul; o grupo

Deus iremos superá-las e cresceremos com elas para continuarmos remando o barco da Igreja, pedindo ao Senhor que se faça pre-sente como timoneiro desta embarcação, nos guiando e direcionando em todos os momentos.

Permaneçamos firmes e constantes na Obra do Se-nhor fazendo a Sua vontade,

verde ficou com a medalha de prata, o lanterninha da gin-cana; o grupo amarelo ficou em terceiro lugar e levou o bronze. Foram dias inesque-cíveis e que ficarão guardados e marcados na memória para sempre.

Os momentos de devocio-nais e estudos para casais e solteiros também abençoa-ram a todos. Muitas vidas fo-ram edificadas e retornaram marcadas por novas experi-ências com Deus.

mesmo diante dos ventos contrários e tempestades. As circunstâncias não marcam dia nem hora para vir, seja na vida, na família ou na igreja, por isso estejamos prepara-dos para toda boa obra.

A PIBJM faz parte do povo de Deus inserida na sua co-munidade e deseja viver de acordo com a Palavra e a graça de Deus, orando para

Ficam aqui registrados os nossos agradecimentos aos pastores Jaime França Queiros, da Primeira Igreja Batista em Jardim Brasília - Águas Lindas - GO e ao pastor Saulo Batista do Nas-cimento, da Igreja Batista Israel em Anápolis - GO, pela visão e apoio. E aos líderes que coordenaram o trabalho: Rubens, Itamária, Leonardo, Walasson, Anny Caroline, Zé Maria, Valderi e Jane.

que todos alcancem a graça salvadora de Cristo Jesus.

Cada membro será sem-pre importante no corpo de Cristo e, juntos, no poder do Espírito Santo, seremos uma igreja frutífera junto ao manancial de águas puras, como está escrito do livro de Gêneses: “José é uma frondosa árvore frutífera, plantada à beira de uma fonte de águas puras; uma grande árvore que dá muitos frutos, cujos galhos avan-çam por sobre o muro” (Gn 49.22). Que venham mais 50 anos, não sabemos se aqui estaremos, mas, a Igreja continuará com sua obra, pois “Aquele que a começou é fiel para completá-la até o dia de Jesus Cristo” (Fp 1.6). Jamais negligenciaremos a Sua obra, vamos continuar avançando enquanto é dia, pois Ele mesmo disse para cada um de nós: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9. 4).

“A vida é feita de oportuni-dades e devemos aproveitá--las ao máximo hoje, porque o amanhã não existe”.

Cerca de 120 pessoas participaram do “7a Acampáscoa” - Marcados para servir - em Goiás

PIB em Jardim Maracanã - 50 anos frutificando para a glória de Deus

Page 9: Dia da Escola Bíblica Dominical

9o jornal batista – domingo, 26/04/15notícias do brasil batista

Maria de Oliveira Nery, colaboradora de OJB e membro da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ

“Louvai ao Senhor, louvai a Deus no seu santuário, louvai-o no firmamento do seu poder” (Sl 150.1).

A P r i m e i r a I g r e -ja Batista de Ni-terói – RJ é uma Igreja Histórica e

multiplicadora. Comemora em 01 de maio de 2015 os seus 123 anos de existência com muita alegria, grati-dão e muitas festividades. É uma Igreja abençoada, fiel aos ensinamentos da Pala-vra de Deus, preservando um dedicado trabalho de evangelização em todas as suas atividades com muito sucesso. É também uma Igreja multiplicadora na or-ganização de muitas Igrejas Batistas, principalmente em Niterói e no estado do Rio de Janeiro.

É uma Igreja missionária dedicada à missões locais, nacionais e mundiais. Neste dia tão especial de comemo-ração dos seus 123 anos, a PIB de Niterói homenageia os ilustres e históricos pas-tores que se dedicaram a ela. Alguns pastores efetivos, outros interinos e outros auxiliares, todos muito de-dicados e abençoados por Deus. A Deus demos glória pelos pastores missionários (norte-americanos) que fo-ram enviados ao Brasil para sua missão gloriosa de evan-gelização, trabalhando mui-to para ganhar o Brasil para Cristo. William Buck Bagby foi o primeiro a pastorear a PIB de Niterói em 1892 e, depois, Salomão Luiz Guinsburg, por três anos; William Edwin Entzminger, dez anos, por quatro vezes; Artur Beriah Dater, por dois anos; Otis Pendleton Ma-ddox, por dois anos; James Jackson Taylor, por um ano e Harold Edward Renfrow, interino por dois anos. Os pastores brasileiros foram: pastor Manoel Avelino de Souza, por 45 anos, e Nilson do Amaral Fanini, por 41 anos. A todos estes ilustres e inesquecíveis pastores, que estão descansando na gloriosa mansão celestial do nosso Deus, os nossos mais sinceros agradecimentos e as nossas saudades.

Em 01 de setembro de 2006 a PIB de Niterói rece-beu com muita satisfação o

pastor José Laurindo Filho para ser o pastor titular da Igreja. Recebeu este minis-tério pastoral do pastor Ebe-nezer Soares Ferreira, que foi pastor interino da igreja por um ano e meio.

Pastor José Laurindo Filho nasceu no estado do Espirito Santo, em um lar evangéli-co. É casado com a senhora Loyd Laurindo e suas filhas são Michele, Rebeca e Ha-niele; uma família abençoa-da. O jovem José Laurindo Filho, desde a sua infância,

gostava de ler a Bíblia e frequentar a Escola Bíblica Dominical. Em 1977 ingres-sou no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil no Rio de Janeiro e se formou em 1980. Foi consagrado a pastor em 20/09/80. O seu ministério é de muita dedicação e trabalho evan-gelístico, e já ocupou vários cargos de destaque na deno-minação; vou citar apenas alguns. Pastoreou as seguin-tes Igrejas: a PIB de Cuia-bá - MT (7 anos e meio); a

PIB de Campo Grande – RJ (12 anos); foi presidente da Convenção Batista Centro América (4 anos) e professor do STB Centro América, no Mato Grosso; presidente da Convenção Batista Carioca - RJ (2 anos); presidente da Junta de Missões Mundiais; secretário da Convenção Batista Brasileira e professor do STBS do Brasil - RJ. Ati-vidades internacionais: Em 1988 foi para Inglaterra para fazer vários cursos e tam-bém ajudar na promoção

de Missões da Baptist Mis-sionary Society (Sociedade Batista Missionária) da Grã Bretanha, onde permane-ceu por seis anos, e teve o privilégio de pregar em 165 Igrejas. Na França, em Paris, foi pastor interino na Igreja Batista de Versales.

O pastor Laurindo é um pastor muito consagrado e amável, muito querido por suas ovelhas, e recebe muito apoio e colaboração dos pas-tores que participam do seu ministério. A PIB de Niterói se destaca pelo evangelismo em todas as suas atividades e também pela frequência dos irmãos em Cristo e vi-sitantes, principalmente na EBD. Na música temos como ministra a professora Mere Márcia Prado Bello, forma-da em Música Sacra pelo STB do Espírito Santo. Suas apresentações de louvor a Deus são muito admiráveis. A Igreja possui uma orques-tra , um lindo conjunto de sinos e outros conjuntos musicais, tem dez coros, e um grande número de coris-tas muito dedicados. E, para representá-los, eu apresento os coristas diácono Abner e sua esposa Tania Gouvea, por serem os mais antigos e participarem de vários coros.

A PIB de Niterói é uma Igreja multiplicadora, já or-ganizou 30 Igrejas em Ni-terói e no estado do Rio de Janeiro. No ministério do pastor Manoel Avelino de Souza dez Igrejas, no mi-nistério do pastor Nilson do Amaral Fanini, 15 igrejas e várias congregações, e tam-bém organizou o Seminário Teológico Batista de Niterói, foi seu reitor durante mui-tos anos. O ministério do pastor José Laurindo Filho organizou quatro Igrejas e várias Congregações. A Deus demos glória por todas es-tas Igrejas que nasceram de Congregações e pelo poder de Deus foram consagradas e alegram muitos irmãos em Cristo para honra e glória do nosso Deus.

Neste dia tão especial e abençoado dos 123 anos da PIB de Niterói, agrade-cemos a Deus e a todos que colaboraram e contribuíram para que a Igreja seja sempre alegre e consagrada ao Deus Eterno.

“E, assim, resplandeça a vossa luz diante dos homens, e para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem o vosso Pai que está no céu” (Mt 5.16).

Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ - completa 123 anos de glórias

Meri Márcia Prado Bello,ministra de música

Tânia Pecly e esposo diácono Abner Gouvea

Maria Nery

Pastor Laurindo e Loyde, e as filhas Michele , Rebeca e Haniele.

Irmãos da PIB Niterói – Jesus Transforma 2014

Page 10: Dia da Escola Bíblica Dominical

10 o jornal batista – domingo, 26/04/15 notícias do brasil batista

Guilherme Sudre Garcia, ministro de música da Primeira Igreja Batista Baeta Neves - SP

Já faz alguns anos que a Primeira Igreja Batista de Baeta Neves - São Ber-nardo do Campo - SP,

pastoreada pelo pastor Elizeu Manoel dos Santos, realiza o Projeto IDE, baseado em Mateus: “Portanto IDE, fa-zei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando--os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consuma-ção dos séculos. Amém” (Mt 28.19-20). Este ano o evento aconteceu nos dias 03, 04 e 05 de abril de 2015 na cida-de de Piracaia - SP.

O IDE já passou por várias cidades do estado de São Paulo, tais como: Pindorama, Taquarituba, Maracaí, Taru-mã, Guaiçara, Itaporanga, Teodoro Sampaio, Salesó-polis, Ipeúna, São Miguel Arcanjo, Pedreira e Santa Cruz do Rio Pardo. Neste ano fomos apoiar o trabalho da Primeira Igreja Batista de Pi-racaia, que é pastoreada pelo pastor Francisco de Oliveira. A Igreja conta hoje com 30 membros.

Saímos de São Bernardo do Campo no dia 02/04 à noite, com dois ônibus, um caminhão, dois carros, e com 74 pessoas dispostas a serem instrumentos nas mãos do Senhor. Além da PIB Bae-ta Neves, também tivemos representantes de mais seis igrejas: PIB Piracaia, PIB Par-que São Bernardo, IB Ma-nancial, PIB Betel, O Senhor é a nossa força e IB Lírio dos Vales. Dormimos em uma escola cedida pela cidade e, no dia 03/04 pela manhã, fomos para rua fazer uma passeata de impacto, quan-do convidamos as pessoas para os eventos da noite, e também para o trabalho com as crianças; os membros do departamento infantil já sa-íram devidamente trajados, distribuindo doces. Depois do almoço, iniciamos o evan-gelismo de porta em porta, e o trabalho com as crianças foi iniciado em uma das praças do município.

A estratégia do evange-lismo de porta em porta era oferecer uma oração à pessoa que nos atendesse. Muitas pessoas puderam compartilhar seus problemas

e angústias, e nós pudemos apresentar o Evangelho a elas, e a Cristo como nos-sa única esperança neste mundo.

Na “Tarde Feliz”, as crian-ças participaram de brinca-deiras, ouviram histórias, assistiram a apresentações de fantoches, cantaram, co-meram e, acima de tudo, aprenderam mais sobre quem é Cristo.

À noite tivemos a partici-pação do coral jovem, e do grupo teatral da Igreja de Baeta Neves, em uma praça. As peças falavam sobre arre-pendimento e mudança de vida através de Cristo.

Em alguns períodos foi rea-lizado um trabalho de evan-gelismo na pista de skate da cidade. No dia seguinte, 04/04, seguimos com as mes-mas programações.

No domingo pela manhã, 05/04, realizamos um culto de encerramento e gratidão a Deus por tudo o que Deus fez em Piracaia nesses dias. Pudemos contabilizar 210 participantes no projeto in-fantil, 91 casas visitadas no evangelismo, e um total de 25 conversões, para a glória do Senhor. Além disso, fo-ram doadas 100 Bíblias, 300 “Presente Diário”, 105 kits infantis (doces e salgados),

4 cestas básicas e 24 litros de leite.

Nos meses que antecede-ram nossa viagem à Piracaia, trabalhamos muito com a ideia de dependermos do Espírito Santo para tudo. Não importava muito qual se-ria a estratégia, se o Senhor estivesse conosco a vitória seria garantida. E assim foi para a glória do Senhor. Ao final do evento, todos nós estávamos felizes por sermos instrumentos nas mãos do Senhor e pelos momentos de comunhão com os nossos irmãos. Muitas vezes nos esquecemos de que precisa-mos sair das quatro paredes,

que precisamos cumprir o ide do Senhor. E como disse o nosso pastor em uma das devocionais, o “IDE” indica movimento. Jesus chamou os seus discípulos para o segui-rem, e eles iam. O IDE indica movimento, se você quer seguir a Cristo, comece a se movimentar, peça a Deus que o ajude a enxergar o que Ele está fazendo e se junte a Ele, seja um verdadeiro dis-cípulo. “Nem todo o que me diz...Mas aquele que FAZ...” (Mt 7.21).

Testemunho

Em uma das visitas que par-ticipei, uma mãe nos atendeu e nos compartilhou a necessi-dade do seu filho. Ao entrar-mos, conhecemos um rapaz que se chamava Eduardo, de 21 anos, e que se encontra em depressão. Ele nos disse que não tinha vontade de sair de casa, não tinha vontade de fazer nada, somente dormir. Conversamos um pouco com ele e, ao longo da conversa, pudemos perceber que o Espírito Santo foi tocando a vida daquele jovem.

Apresentamos a ele o Plano da Salvação e, para a glória de Deus, ele prontamente aceitou. Fizemos o convite para que ele estivesse co-nosco na programação da noite, ele disse que pensaria. No final da conversa, ele se levantou e tomou a iniciativa de nos fazer um café. Quan-do fomos para a praça à noi-te, grande foi a nossa alegria quando vimos o Eduardo lá. Ele pode ouvir mais uma vez da Palavra e, no domingo, no culto de encerramento na Igreja Batista de Piracaia, ele estava presente. Glória a Deus por isso!

Pedidos de oração

• Ore pela vida do pastor Francisco de Oliveira e sua família;• Ore pela vida do Eduar-

do, e de todos aqueles que tomaram a decisão de se-guir a Jesus, para que eles se mantenham firmes nesse propósito;• Ore para que a Igreja

Batista de Piracaia - SP possa continuar a regar a semente que foi plantada, e que no devido tempo Deus dê o crescimento.• Ore pela vida do nosso

pastor Elizeu e por sua famí-lia, pela Igreja Batista de Vila Baeta Neves, e pelos futuros projetos.

PIB de Baeta Neves realiza o “Projeto IDE” em Piracaia - SP

Page 11: Dia da Escola Bíblica Dominical

11o jornal batista – domingo, 26/04/15missões mundiais

Claudinei Godoi – missionário da JMM em Cuba

Quando es t i ve -mos em Havana e Sant iago de Cuba, f icamos

hospedados em um hotel de uma rede estatal com muitos traços de decadência, embo-ra mesclados a resquícios de uma remota imponência.

A impressão que se tem é de que Cuba vive em dois mundos. Em Havana, a ca-pital, há bairros nobres com grandes casarões que ainda preservam o período áureo de quando o regime mili-tar, apoiado por empresas

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Na África Ocidental, em nações como Mali, Guiné-Bissau e Senegal, o Pepe

tem sido usado por Deus para alcançar milhares de crianças, segundo José Ricardo Nas-cimento Santos, missionário em Dacar e que também é coordenador regional do pro-grama socioeducativo promo-vido por Missões Mundiais.

“No Senegal, são 135 crian-ças atendidas diariamente, e a cada semana, esse amor prático e concreto manifesta o caráter de Deus, porque Deus

multinacionais americanas, governava a ilha e, pouco adiante, residências cuja fa-chada remete à mesma pom-pa arquitetônica, mas que estão em frangalhos e não passam de grandes cortiços, prestes a desabar.

O mesmo contraste se apli-ca aos automóveis. Existem aos montes os famosos “ca-carecos” antigos que circu-lam pela ilha desde os anos 1950, mas também poucos carros de luxo, ainda que em número reduzido.

Existem duas moedas em circulação: o peso cubano e o CUC (peso cubano conver-sível), criado em 1994 com o objetivo de retirar os dólares

é amor”, diz o missionário José Ricardo.

O coordenador regional relata que, em uma das uni-dades do Pepe no Senegal, uma criança, após ouvir uma história bíblica, falou para a educadora: “Eu sou cristão, titia”. A educadora respon-deu dizendo que não estava falando sobre religião, mas sobre uma história de Deus. Então, a criança sabiamente replicou: “Eu sou cristão, eu tenho Jesus no coração”.

“É uma sementinha sendo plantada, e essa palavra não volta vazia”, afirma José Ri-cardo.

Outros países da região,

americanos de circulação. O CUC é uma moeda forte e é geralmente usada por turis-tas. Um CUC corresponde a 24 pesos cubanos. O salário médio de um cubano é de 10 CUC e, mesmo um mé-dico, ganha o equivalente a 40 CUC, um pouco mais de 120 reais.

Mesmo em Havana não se vê supermercados, mas pequenas lojas de abasteci-mentos que, com suas prate-leiras quase vazias, recebem enormes filas de pessoas bus-cando sua porção para o mês. Todos trazem à mão uma pequena caderneta que dá di-reito a dez ovos, 250 gramas de feijão, 250 mililitros de óleo de cozinha, dois quilos de açúcar, um quilo de sal a cada dois meses, dois quilos de arroz e ainda dois quilos de carne de frango ou porco.

Segundo as pessoas com as quais conversei, tudo dura cerca de nove a dez dias. Perguntei-lhes então como fazem para sobreviver.

“Buscando comprar o que comer no mercado negro e, dependendo da família, com vizinhos”, respondeu-me um jovem cubano.

Restringidos de sua liber-dade e tendo dificuldades para conseguir o pão diário,

como Guiné-Bissau e Mali, receberam recentemente a visita do missionário. Ele des-taca que, apesar dos muitos desafios relacionados ao Pepe nesses campos, é notória a ação de Deus nesses lugares.

“Em Guiné-Bissau, é imen-surável o que Deus tem feito nos mais longínquos vilarejos onde o Pepe tem se desen-volvido. Ouvir as crianças recitando versículos bíblicos e cantando é como receber uma injeção de ânimo. E o coração se acalma dizendo para o Senhor que tem valido a pena. Os desafios serão su-perados segundo o mover de Deus”, diz.

já que a luta em Cuba é para conseguir a comida para o dia, criou-se na ilha um forte sentimento de solidariedade e identidade coletiva. Se não há solidariedade, não se so-brevive.

“Chegando a Cuba você terá vizinhos e, tendo vizi-nhos, você não estará só! Tendo vizinhos eles se pre-ocuparão se você tem co-mida em casa”, expressou uma senhora que encontrei caminhando pelo centro de Havana.

Ficou claro para mim que, sem relações de solidarieda-de, particularmente a relação familiar, a pobreza mate-rial, uma sina da maioria dos cubanos, se transforma em miséria: um indivíduo dificil-mente pode sobreviver sem família ou vizinhos.

Em conversa com um im-portante pastor cubano, ele explica que “Devido ao em-bargo econômico que dura mais de 50 anos, o governo criou uma ‘geração de la-drões’, pois, para sobreviver, todos têm que ‘roubar’, isto é, comprar comida no mer-cado negro”.

Apesar de todas as limita-ções, o Evangelho cresce aos olhos de Fidel. Como expli-car este crescimento? Seria a

No Mali, o missionário José Ricardo participou de uma semana de formação de no-vos “missionários-educado-res”.

“Quantas necessidades! Mas diante dessas carências, quan-ta doação de si mesmo para fa-zer o bem àquelas criancinhas. O Evangelho é simplesmente viver a vida de Cristo no servi-ço ao próximo. É bom demais viver esse amor de Deus”, conta o missionário.

No Senegal, preparação de novos líderes

Em Dacar, a Igreja tem avançado, inclusive com o

perseguição o combustível que coloca a igreja em dire-ção ao propósito de Deus?

Minha esposa, a missioná-ria Priscila, e eu temos agora um novo e grande desafio pela frente. Seremos os pri-meiros missionários brasi-leiros enviados pela JMM a Cuba.

Pessoas de várias igrejas me perguntam se tenho medo e respondo que não. O que me preocupa em relação à nossa ida a Cuba é o fato de que eu mesmo, consciente ou não, seja tentado a fornecer um programa ideológico que necessariamente não tenha a ver com os enquadramentos conceituais e práticos do Reino. Que, refém de uma mentalidade capitalista, seja tentado a querer “mudar o mundo”.

Todo ser humano foi criado para ser comprometido com a construção do humano ou das condições necessá-rias para que todos vivam bem. Contudo, necessitamos entender que, por trás de tudo, existe a mão de Deus, construindo cada evento da história. Sigamos juntos, não abaixemos os braços, pois somos participantes do maior e único projeto de redenção já em andamento.

início da preparação de dois seminaristas.

“Temos agora dois seminaris-tas, o Rigobert, que está fazen-do teologia, e o Mansour, ainda no começo do curso teológico e tendo como disciplina Intro-dução ao Antigo Testamento. É um momento de expectativa para cada um deles. Precisamos orar para que sejam fortalecidos no Senhor, crescendo na Sua graça e no Seu conhecimen-to”, ressalta o missionário, que também pede oração por três candidatos ao batismo.

“Peça para que entendam verdadeiramente o compro-misso de ser um discípulo de Jesus”, conclui.

Um campo missionário chamado Cuba

Pepe avança na África Ocidental

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12 o jornal batista – domingo, 26/04/15 notícias do brasil batista

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13o jornal batista – domingo, 26/04/15ponto de vista

Remy Damasceno, coordenador do Departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira

Texto: Mateus 5.9

Introdução

Todas as sociedades, em qualquer tempo, conviveram com o problema da violên-

cia. Sempre houve a impo-sição de vontades. Essa vio-lência atinge todas as institui-ções; todas. Ela está presente não somente entre bandidos ou nas polícias, mas também nas escolas, igrejas e famílias.

Por mais desagradável que seja reconhecer, a violên-cia está em nós, todos nós. Nosso modo de pensar e, portanto, de agir, está mar-cado pela violência. Isso fica evidenciado quando, diante da violência, apresentamos como solução uma outra violência. Não é exatamente o que fazemos quando fun-damentamos a solução para a violência social em leis mais rígidas? Ao fazermos assim, expressamos que não conseguimos pensar soluções de paz, apenas de violência. Mais violência.

Em toda a Bíblia e, ainda mais claro em Jesus, a forma como Deus combate a vio-lência é por meio da constru-ção da paz, fazendo de seus seguidores proclamadores da paz, fomentadores da paz em todas as suas relações.

Para fomentarmos a paz, devemos...

Nos indignar com as práti-cas violentas

Há violências legítimas e os exemplos são vários: um pai que proíbe o filho de participar em determinados eventos, o policial que pren-de um assassino, a aplicação de multa para pagamentos em atraso, a cobrança dos impostos e mesmo Deus quando pune Adão e Eva e os retira à força do Jardim do Éden.

Culto para o Dia Batista de Ação Social 2015

Integralmente Submissos a Cristo

Prelúdio cantado: CC 301

Queremos ouvir Sua voz e seguir o Seu exemplo...

Leitura bíblica: Mateus 7.24-29OraçãoHino: HCC 546Cântico: Reina em mim (Vineyard - www.vineyardmusic.

com.br/upload/cifra/vem_reina_em_mim_cifra.pdf)Cântico: Brilha Jesus (Vencedores por Cristo)

Por isso, combatemos a violência doméstica

Leitura bíblica: Tiago 1.27 e I João 3.17-18 Contra as mulheres (Há cada 4 minutos uma mulher sofre

violência no Brasil)Oração pelas mulheresContra as crianças (Cite brevemente um caso de violência

contra uma criança em seu bairro)Oração pelas criançasContra os idosos (Cite brevemente um caso de violência

/ desrespeito contra um idoso. Para tanto, basta perguntar a um de sua igreja)

Oração pelos idosos

Por isso, buscamos a paz na família

Texto bíblico: João 13.34 e I Coríntios 13.4-6OraçãoCântico: Família (Aline Barros)

Por isso, lutamos pela paz na cidade

Texto bíblico: Isaías 1.16-17 e I Timóteo 2.1-3OraçãoHino: HCC 551Dedicação de dízimos e ofertas: (Se possível, realizando

uma campanha em prol de alguma instituição social evan-gélica)

Oração de gratidão e pela instituiçãoSermão: Segue nesta página uma sugestão de sermão

Por isso, clamamos pela paz de Deus

Poslúdio: Vem, derrama a paz (Carlos Sider)

Há, infelizmente, muitas violências indignas e injustas que desonram a Deus. Isso se dá toda vez que uma violên-cia serve apenas para satis-fazer a vontade de alguém, prejudicando outros, ou para humilhar e agredir.

O fato da violência aconte-cer em toda a história huma-na não deve torná-la banal. Ao contrário, deve ser perce-bida como um grande mal.

A sociedade brasileira é muito violenta. Todo ano morrem milhares de adoles-centes e jovens nas favelas brasileiras. Aliás, o Brasil comete um verdadeiro ge-nocídio contra os jovens ne-gros e pobres. Tornaram-se frequentes as mortes decor-rentes de brigas, vinganças, de motoristas que respeitam unicamente seus desejos e tantas outras práticas absur-das. Mulheres são estupra-das, crianças e adolescentes abusados sexualmente, crian-ças e idosos negligenciados, desrespeitados e espancados, políticos desviam verba dos serviços essenciais.

Todo esse quadro gera um sentimento de medo e a sen-sação de que não há solução para o que nos cerca. Alguns chegam a afirmar que ao cris-tão cabe tão somente orar e proteger-se.

Compreender a proposta bíblica para a paz

Toda vez que se constrói

um conceito em oposição a outro, corre-se o risco de reduzi-lo, esvaziá-lo. É o que ocorre quando entendemos saúde como ausência de do-ença, como também ao en-tendermos paz como ausên-cia de guerra, ou violência.

É certo que a violência ile-gítima impede a paz. Porém, a paz é muito mais que a ausência de violência ou conflito.

Quando o Antigo Testa-mento fala sobre o Shalom ele pretende englobar bem mais que a ausência da vio-lência. Para o povo judeu, o Shalom envolvia o bem-estar da presença de Deus, sendo

a própria bênção divina. Em Lamentações 3.17, Jeremias coloca em paralelo paz e prosperidade e no Salmo 122.7 a paz e a segurança são tratadas como sinônimos. Em Jeremias 29.7, a palavra shalom é traduzida como prosperidade (NVI).

Quando Jesus nos orienta para sermos promotores da paz, ele está nos orientan-do a buscarmos implantar o shalom de Deus em todos os ambientes em que convive-mos. Não consiste em apenas evitar o conflito, mas em produzir a bênção de Deus às pessoas envolvidas.

Assumir nossa responsabilidade

Jesus ensina que somos a luz do mundo, ou seja, responsáveis por iluminar os caminhos corretos a serem seguidos. Também afirma que somos o sal da terra, responsáveis por evitar o apodrecimento (lembre-se de que não havia geladeiras) e conferir sabor, gosto à vida.

Nós temos a responsabili-dade de fomentarmos a paz onde estamos. E ela não en-volve, como vimos, apenas a ausência da violência. O cristão fiel é aquele que busca o bem-estar de todos - “Bem--aventurado os pacificadores”.

Como cristãos, precisamos assumir nossa responsabilida-de diante da sociedade e em nossas igrejas e famílias. A ordem pode ser conseguida com autoridade, mas nunca a paz. Essa é vivência do interesse real de uns pelos outros.

Não temos como nos en-volver em todos os aconte-cimentos relevantes. Mas, precisamos, como indivíduos e igreja, contribuir para uma sociedade marcada por uma paz real e duradoura.

Conclusão

O combate à violência não consiste em apenas evitar as mortes, agressões e humi-lhações, mas em fomentar o shalom de Deus na socie-dade. Sendo assim, apesar

Departamento de Ação Social da CBB

de ser necessário o uso de violência para combater a violência, como ocorre com a força policial, o caminho proposto nos ensinos bíbli-cos é outro: violência só se combate com eficácia ao se buscar a paz.

Há muitos sofrendo violên-cias diversas e a nossa igreja pode combater esse mal. Oremos pela cidade, oremos pelas famílias, oremos pelas igrejas. Ainda mais, sejamos a paz de Deus para a nossa cidade.

Atenção! No primeiro domingo de maio será celebrado o Dia Batista de Ação Social

O Departamento de Ação Social da CBB disponibiliza nesta página um exemplo de sermão e ordem de culto para que esta data seja lembrada com ênfase em sua igreja

Sermão

Fomentadores da paz

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14 o jornal batista – domingo, 26/04/15 ponto de vista

Vi v e m o s e m u m mundo onde as pessoas estão cada vez mais disper-

sas - interagindo com os aparelhos eletrônicos - e mais egoístas. A lei de Mu-rici: “Cada um cuida de si” cresce exponencialmente. Aumenta a solidão e dimi-nui a solidariedade. Cresce assustadoramente o apego às coisas materiais, diminuindo o relacionamento saudável e o companheirismo. Te-mos amado mais as coisas e gostado menos das pessoas. Sabemos que as pessoas são muito mais importantes do que as coisas.

Jesus nos ensina a amar ao próximo como a nós mesmos. O Sermão do Monte (Mateus

5, 6 e 7) é um manual de relacionamento marcado pelo amor, pela sinceridade e solidariedade.O Senhor Jesus nos ensina a cuidarmos uns dos outros. Devemos seguir os Seus passos, como diz I Pedro 2.21. Ele sempre olhou as pessoas com compaixão e ternura; graça e perdão; amor e encorajamento. O Reino de Deus é um Reino do cuidado mútuo. A mutualidade cristã é o seu relacionamento. O amor é a sua linguagem cor-rente. O contentamento é a música dos seus cidadãos. Na sua orientação aos irmãos em Filipos, Paulo diz: “Não façais nada por rivalidade nem por orgulho, mas com humildade, e assim cada um considere os outros superio-

res a si mesmo. Cada um não se preocupe somente com o que é seu, mas também com o que é dos outros” (Fp 2.3-4).

O grande desafio nestes tempos pós-modernos é nos importarmos mais com as pessoas, ouvi-las, orientá-las à luz das Escrituras, enco-rajá-las e monitorá-las com profundo amor. Cuidar uns dos outros era a máxima da Igreja nascente, como descri-to em Atos 2.42-47 e 4.32-37. O povo de fora ficava impressionado ao observar que os membros da Igreja se amavam e cuidavam uns dos outros. Um belíssimo testemunho do Evangelho. Precisamos de um exército de cuidadores – homens e

mulheres de Deus, cheios de amor, sabedoria e com-paixão, comprometidos com a Sua Palavra e com a des-crição. O Senhor nos ensina a pensar nos outros. Esta é a orientação de Paulo aos ir-mãos de Colossos: “A Palavra de Cristo habite ricamente em vós, em toda a sabedoria; ensinai e aconselhai uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvan-do a Deus com gratidão no coração” (Cl 3.16). O amor é o vínculo da perfeição, segundo Colossenses 3.14. É a atitude que nos une visce-ralmente, que marca a nossa comunhão em Cristo, no Seu corpo. Somos a comunidade terapêutica, comprometida com a saúde espiritual, física,

emocional e ética dos seus membros.

Somos seres marcados pela vida em comunidade. O nosso canal de comunicação é o amor que “Tudo sofre; tudo crê; tudo espera e tudo suporta” (I Co 13.4-8). Que oremos uns pelos outros. Cuidemos uns dos outros com alegria, com o amor de Cristo Jesus. Sejamos pesso-as responsáveis pelo bem--estar do próximo. Que o ca-ráter de Cristo seja o caráter dos nossos relacionamentos. Não nos cansemos de fazer o bem, de servir em amor, em nome de Cristo, nosso Senhor. Como obediência a Cristo e para a glória de Deus Pai, cuidemos uns dos outros.

O desafio de cuidarmos uns dos outros

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15o jornal batista – domingo, 26/04/15ponto de vista

Joílton Oliveira, membro da Igreja Batista do Méier – RJ, especialista em geriatria e gerontologia

Hoje, desponta um novo tempo, pois os idosos têm uma vitalidade grande

para viver projetos futuros (a curto prazo), contribuir na produção, participar do consumo e intervir nas mu-danças sociais e políticas. Os gerontologistas não encaram mais o “declínio mental, por exemplo – como necessaria-mente natural”. Essa situação é vista como resultado de um estilo de vida sedentário, reforçado por estereótipos negativos sobre o envelheci-mento, que nos condiciona a esperar o declínio físico e mental nos últimos anos de nossa vida.

Quando se chega a terceira idade, é um novo momento, o de começar uma nova eta-pa, iniciar novos caminhos, novas conquistas, comparti-lhar experiências dos cami-nhos já percorridos e nunca dizer “Já percorri por todos eles”. Os caminhos continu-am, porém, com brilho dife-rente, pode acreditar. Basta seguir em frente e vislum-brar as novas possibilidades, novas amizades, os novos momentos.

Junte-se a milhares de pes-soas maduras que tem des-coberto grandes realizações e vencem desafios, mesmo quando não julgavam não ter mais capacidade para recomeçar.

Faça novos amigos e en-riqueça os novos relaciona-mentos: não segregue em grupos fechados, onde as únicas pessoas com quem tem contato são da mesma idade e compartilham de igualdades

raciais, condições sociais, níveis econômicos e crenças políticas. Essa é uma receita para a estagnação. Se a diver-sidade é o tempero da vida e você passou seus primeiros 60 anos convivendo com todos os tipos de pessoas, de todas as idades, por que agora você ia querer passar o resto da vida rodeado apenas de pessoas parecidas com você?

Não tenha medo de enve-lhecer: aceite a sua velhice, assuma tranquilamente, pois essa aceitação sem inquie-tude lhe proporcionará um novo período de vida feliz e abençoada.

Nunca é tarde demais para começar a se exercitar: ado-te hábitos saudáveis e colhe-rá os frutos desses benefícios. Os estudos têm mostrado que as pessoas de 60, 70 e 80 anos que começam um programa regular de exer-cícios pela primeira vez na vida ganham tanto quanto as pessoas mais jovens: massa muscular aumentada, mais vigor e flexibilidade, persis-tência aperfeiçoada, perda de peso, energia e apetite aumentados e, até mesmo, uma mente mais ágil.

Crie expectativas para o amanhã: ter uma vida de projetos – na Bíblia, em Isaías 32.8, diz que só tem projetos nobres quem tem a mentali-dade nobre. Quem não tem mentalidade de nobreza, não tem projeto para nada.

Tenha sonhos: “Quem não ousa sonhar, e sonhar grande, nunca conhecerá o caminho da excelência e a alegria de ser um campeão na vida”. Certa vez, disse Martin Luther King: “Eu tenho um sonho!”. Os nossos sonhos são a maté-ria-prima das nossas realiza-ções. Qual é o tamanho dos

seus sonhos? Como você tem projetado seu futuro? Tudo o que existe primeiro existiu como um sonho, um projeto na mente, no coração.

Reconheça que há muito o que fazer: ancião, coroa, ido-so, terceira idade, experiente, aposentado, sênior, máster, veterano ou velho, não im-porta. O que importa é que só se torna velho quem vive e vive bem até envelhecer.

Tenha uma alimentação saudável: Coma porções ge-nerosas de frutas, verduras e legumes frescos, carnes ma-gras, peixes, cereais integrais e nozes naturais. Todos esses alimentos contêm as vitami-

nas, os minerais, os óleos essenciais e os fito nutrientes de que você precisa para manter corpo e mente ativos.

Descanse o suficiente: nos-so corpo precisa mesmo de oito horas de sono por noite. O descanso o ajuda a recupe-rar-se do exercício, restitui a energia, a concentração e re-força o sistema imunológico.

Torne sua mente ágil e aguçada: tenha em mente que você pode de retardar ou mesmo prevenir a perda das habilidades mentais apenas fazendo o cérebro trabalhar como o faria com o bíceps. Se trabalhar a mente todos

os dias e procurar sempre o aprendizado de coisas novas, as experiências científicas e humanas revelam que você poderá ter um raciocínio agu-çado por mais tempo.

Quatro pilares da vida sau-dável:

(Semana da vida saudável promovida pelo Hospital Português)

1º - Boa alimentação e bom sono;

2º - Fazer exercícios; 3º- Higiene do corpo e

mente; 4º - Disciplina, equilíbrio,

confiança, evitar o estresse.

Momento de começar uma nova etapa, não importa a idade

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8 SEMANAS55 PAÍSESE UMA MISSÃO...

Este chamado também é seu.

05/04 a 31/05

an_campanha_oracao_245x395mm.pdf 1 08/04/15 16:21