dia a dia pedra azul — edição 53 — agosto 2010

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Dia a Dia Pedra Azul Digital Setembro 2010 Ano VIII — Número 53 Setembro 2010 Novos tempos, novos formatos, novas possibilidades Álvaro Gustavo Aroso Diretor A partir desta edição 53, seu informativo Dia a Dia Pedra Azul entra em nova fase, apresentando-se agora aos seus muitos admiradores — e, principalmente, milhares de leitores — em inovador formato digital. Esta foi a opção encontrada para manter vivo este veículo de comunicação, uma vez que, nos últimos seis anos, sua circulação teve altos e baixos, devidos aos custos de impressão e de distribuição. O produto que chega agora aos seus olhos — de páginas editoradas como para impresso normal, postadas em um ambiente de blog —, será pautado sempre pela imagem, com as fotos ocupando o maior espaço possível dos layouts e os textos sendo integrados a elas. E o melhor: a quase total despreocupação com limites, podendo-se usar e abusar das primeiras e, se necessário, ter esta postura com os segundos. Quanto aos anúncios, estamos livres para aproveitar as artes tradicionais dos Clientes. Elas já são criadas em arquivos de dados magnéticos, basta então ajustar suas dimensões e exportá-las para qualquer dos formatos aceitos pelo sistema que utilizamos e, assim, serem intercaladas ao conteúdo editorial. O que, convenhamos, é um conforto, pois não cria novas responsabilidades para nossos anunciantes.

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A edição 53, referente a Agosto 2010, do Dia a Dia Pedra Azul, foi a primeira apenas no formato digital. Buscávamos uma alternativa para não deixar a publicação parar de circular e tentamos a experiência de editorá-la normalmente, como se fosse para impressão, mas publicando suas páginas num blog. Naquele momento, nos parecia uma saída interessante. Entretanto, devido a diversos problemas, isto não vai se mostrar viável mais adiante. De todo modo, conseguimos produzir mais 18 números neste formato, antes de desistirmos. Quem sabe, num futuro, encontremos outra forma para voltar com o veículo, uma vez que seus conteúdos eram bastante apreciados pelos seus leitores.

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Page 1: Dia a Dia Pedra Azul — Edição 53 — Agosto 2010

Dia a Dia Pedra Azul Digital Setembro 2010

www,pedraazul.jor.br 1 Ano VIII — Edição 53

Ano VIII — Número 53 Setembro 2010

Novos tempos, novos formatos, novas possibilidadesÁlvaro Gustavo Aroso

Diretor

A partir desta edição 53, seu informativo Dia a Dia Pedra Azul entra em nova fase, apresentando-se agora aos seus muitos admiradores — e, principalmente, milhares de leitores — em inovador formato digital. Esta foi a opção encontrada para manter vivo este veículo de comunicação, uma vez que, nos últimos seis anos, sua circulação teve altos e baixos, devidos aos custos de impressão e de distribuição.

O produto que chega agora aos seus olhos — de páginas editoradas como para impresso normal, postadas em um ambiente de blog —, será pautado sempre pela imagem, com as fotos ocupando o maior espaço possível dos layouts e os textos sendo integrados a elas. E o melhor: a quase total despreocupação com limites, podendo-se usar e abusar das primeiras e, se necessário, ter esta postura com os segundos.

Quanto aos anúncios, estamos livres para aproveitar as artes tradicionais dos Clientes. Elas já são criadas em arquivos de dados magnéticos, basta então ajustar suas dimensões e exportá-las para qualquer dos formatos aceitos pelo sistema que utilizamos e, assim, serem intercaladas ao conteúdo editorial. O que, convenhamos, é um conforto, pois não cria novas responsabilidades para nossos anunciantes.

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Dia a Dia Pedra Azul Digital Setembro 2010

www,pedraazul.jor.br 2 Ano VIII — Edição 53

Diretor Álvaro Gustavo Aroso

DDD 27 — Cel 9972-9980 Editor

João Zuccaratto DDD 27 — Cel 8112-6920

• • • Redação

Caixa Postal 48 — Rod BR 262 km 90 Pedra Azul — Distrito de Aracê

29278-000 — Domingos Martins — ES• • •

[email protected]• • •

Este veículo tem o apoio da

O incentivo ao turismo agroambiental será um dos motores para a recuperação da área do entorno do Mo-numento Natural o Frade e a Freire, que ocupa 860 hectares dos Municípios de Cachoeiro do Itapemi-rim, Itapemirim e Vargem Alta. É uma Unidade de Conservação com produ-ção econômica formada por 110 propriedades ru-rais, focadas em proteção do meio ambiente e uso sustentável de água e solo.

Todas as decisões a res-peito do que se pode ou não fazer dentro daque-le espaço privilegiado do Estado do Espírito Santo tem que passar pela análi-se de um Conselho Gestor. Formado por 30 membros de diversos setores da so-ciedade civil, Organiza-ções Não Governamentais (ONGs), órgãos públicos e Associações — entre estas, a de moradores —, irão contribuir para o futu-ro da região.

O gestor do Monumento Natural o Frade e a Freira, servidor do Instituto Esta-dual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Lucia-no Kruger, revela que os representantes fizeam cur-so de capacitação. Além de opinar sobre a instalação de novas unidades produ-tivas nos limites daquele parque, vão montar estra-tégias para incrementar as atividades turísticas.

— Temos que dialogar para, por exemplo, recu-perar a mata ciliar do Rio Novo. O sucesso desta ini-ciativa terá enorme ganho ambiental para os Muni-

Turismo será indutor da recuperação ambiental da área do Monumento

Natural o Frade e a Freira

cípios que dependem total ou parcialmente desse cur-so d’água para abasteci-mento, como Itapemirim e Rio Novo do Sul. Mas isso tem que ser feito de forma economicamente viável, promovendo equilíbrio nas atividades produtivas — ressalta Luciano Kruger.

Local muito utilizado para escaladas, está cer-cado de lendas e folclore a respeito das formações rochosas, com quase 700 metros de altitude. Apre-sentando muitos fragmen-tos de Mata Atlântica, foi declarada Patrimônio His-tórico Cultural do Estado em junho de 1986. Foram precisos 21 anos para, em setembro de 2007, ser en-tão criada e formalizada a Unidade de Conservação do Monumento Natural o Frade e a Freira.

Seccional Estado do Espírito Santo Associação Brasileira de Jornalistas Especializados

em Turismo — Abrajet-ES

Frade e Freira: ícone natural do Espírito Santo

Foto Cacá Lima/Iema

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Dia a Dia Pedra Azul Digital Setembro 2010

www,pedraazul.jor.br 3 Ano VIII — Edição 53

Uma das matérias de maior repercussão da história do Dia-a-Dia Pedra Azul foi aquela

sobre o senhor Paulo Hartung, que saiu publicada na primeira página da edição 52, anterior a essa, e que reproduzimos acima.

Diversos leitores manifestaram satisfação com a recuperação da memória sobre uma figura

tão querida. Dois deles colocaram no papel seus depoimentos. Um deles foi Paulo Afonso Polese,

o comprador do sítio que pertencia ao casal Dona Laerce e Paulo Hartung, contestando

fatos e trazendo esclarecimentos. O outro foi José Geraldo Lima Ribeiro, relembrando um

“causo” ocorrido em Venda Nova do Imigrante. Vamos aos textos. O do Paulo Polese está nesta

página. O de José Geraldo Lima Ribeiro, na que se segue a esta.

Lendo a matéria de capa do Dia-a-Dia do mês de fe-vereiro 2009, confesso que fiquei chateado, pois sou a pessoa que adquiriu o Sítio da Vovó. Por isso, quero esclarecer fatos até agora apenas do meu conheci-mento.

• Cheguei ao Sítio da Vovó levado pelo Beto Lang, corretor na região da Pedra Azul.

• Durante a negociação, percebi a adoração que Seu Paulinho e Dona Laerce ti-nham pelo local e procurei não forçar a compra.

• Porém, eles precisavam vender, pois Dona Laerce necessitava de tratamento médico.

• Como programavam fa-zer uma festa de Bodas de Ouro no final daquele ano, e o negócio foi fechado no início de outubro, disponi-bilizei o sítio para ficarem o tempo que precisassem.

• Permaneceram até o final do ano, quando Seu Paulinho me revelou que se enganara na contagem do tempo de casados: na-quele momento, não eram 50 anos, e sim 49.

• Então, liberei para pas-sarem finais-de-semana enquanto quisessem, pois a relação iniciada na nego-

Repercussões da matéria sobre Paulo Hartung

ciação transformou-se em amizade e muito respeito.

• Logo que se instalaram no apartamento de Vila Velha, Seu Paulinho me li-gou e revelou que também estava mal de saúde, com problemas de circulação sanguínea.

• Me coloquei à disposi-ção para ajudá-lo, pois não podia mais dirigir.

• Agradeceu, dizendo que não seria necessário, pois um dos filhos estava com eles.

• Durante todo este tem-po, em nossos inúmeros contatos, em momento al-gum Seu Paulinho mani-festou vontade de desfazer o negócio.

• Apesar do pouco tempo de amizade que tive com eles, me incluo entre todos aqueles que sentem “sau-dades de Dona Laerce e do boa praça Paulo Hartung”, pois também fiquei muito triste com morte dos dois.

Agradeço que estes es-clarecimentos sejam divul-gados, pois o Sítio da Vovó é realmente um paraíso no qual pretendo me fixar dentro de alguns anos, sem nunca esquecer daquele ca-sal maravilhoso que, com certeza, hoje vive em outro paraíso.

“Também sintosaudades do casal Dona Laerce e Paulo Hartung”

Paulo PoleseComprador do Sítio da Vovó

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www,pedraazul.jor.br 4 Ano VIII — Edição 53

Expansão do Samu 192 para parte da Região Serrana

“Desde quando você acho que vou te dar refrigerante? Mais fácil seria uma óstia!”

Quando fui gerente da agência do Banco do Bra-sil em Venda Nova do Imi-grante, fiz muitos amigos entre a comunidade local. Um deles, sem dúvida, foi o Paulo Hartung. Sempre que podia, estava lá na va-randa do Sítio da Vovó, de-gustando uma cachacinha. E toda vez que ele aparecia na cidade retribuíamos na mesma moeda.

Naquela época, como o time de futebol do Municí-pio era muito bom, as tar-des de domingo eram dedi-cadas a torcer pela equipe no estádio. Bem: torcer era

sinônimo de beber. Como muitos passavam do limite, as confusões se tornaram constante. Para evitar mais problemas, a diretoria do clube proibiu o consumo de álcool durante as parti-das.

Os seguranças foram au-torizados a barrar os deso-bedientes. Dali em diante, só refrigerante, água, café... Ora, como todos se conhe-ciam, era o tipo de lei feita para ser desrespeitada. En-chíamos cascos de guaraná com purinhas douradas e, na entrada, fazíamos ques-tão de exibir, orgulhosos,

os vasilhames para o pes-soal da portaria.

Eles “acreditavam” que as garrafinhas com tampi-nhas amassadas ou enfer-rujadas, lacradas com ro-lhas, trazidas fora do gelo, continham guaraná. Tanto assim que, nem bem a bola rolava, procuravam a gen-te para “refrescar” a goela. Para “disfarçar” mais ain-da, traçávamos os conteú-dos em copinhos brancos de cafezinho.

Certo dia, estávamos lá na arquibancada, quando apa-rece o Paulo e vários ami-gos de São Paulinho. Nos

viram e, claro, se aproxi-maram. Nem bem chegou, passei um copinho para ele, que virou de uma vez na boca. Foi o líquido bater na garganta e queimar para ele cuspir fora com força, dando um berro e surpre-endendo todo mundo.

— Cachaça!E eu:— Você pensou que era

o quê?— Refrigerante!Retruquei de imediato:— Desde quando você

acha que vai ganhar refri-gerante de minha mão? Mais fácil seria uma óstia!

José Geraldo Lima RibeiroEx-gerente da agência do Banco do Brasil em Venda Nova do Imigrante

Já faz algum tempo que está funcionando, mas, como o jornal ficou sem circular nos últimos meses, é im-

portante fazer o registro que foi excelente a decisão do Governo do Estado, de expandir para algns dos Mu-

nicípios da Região Serrana o atendimento de urgência prestado pelas ambulâncias do serviço Samu, que é

acionado pelo telefone 192. Vamos torcer para que, em breve, novas áreas sejam incorporadas ao sistema, até que, num dia não muito distante, todo o Estado receba este benefício. Ele é fundamental não só para a popu-

lação urbana e rural mas também para atender os casos de acidentes que ocorrem nas nossas rodovias, sejam

elas federais, estaduais ou municipais.

Continuação das repercussões da matéria sobre o casal Dona Laerce e Paulo Hartung

Emporium Orchid, localizado em Alfredo Chaves, lançou o inovador serviço de locação de orquídeas

para a ornamentação de eventos profissionais, festas de casamento, estandes de feiras etc. Eles alugam

desde uma planta apenas até mil ou mais, segundo a necessidade do cliente. Os pedidos podem ser feitos pelo DDD 27 e telefones 3082-1122 ou 3082-1282. Acesse www.emporiumorchid.com.br para conhe-

cer mais sobre esta nova empresa.

Três milhões de reais. Esse foi o valor investido pelo Novotel Vitória neste início de 2010. Para enfrentar o acirramento da concorrência nos próximos anos, foi feita uma reforma que durou sete meses. Com a aceleração econômica, a procura por serviços

prestados pela rede hoteleira ao turismo de negócios deve aumentar. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira, em 2010 o Espírito Santo vai

pular nas estatísticas do IBGE como o Estado com o maior índice de crescimento na produção industrial.

Aluguel de orquídeas

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Suíço deixou herança de visão de futuro, esforço pessoal, inventividade e muitas outras qualidades

Memória de Pedra Azul — Paul Vogt

Texto de João ZuccarattoO passado recente do en-torno de Pedra Azul mostra que o progresso vivido pela região atualmente deve muito a estrangeiros que aqui aportaram. Um deles é o suíço Paul Vogt, atraí-do para cá pelo apaixonado Eliezer Batista. No início, como visitante e, depois, morador, Vogt marcou sua passagem como sonhador e empreendedor.

Nascido em família po-bre na localidade de Bru-gg, região de Aargau, em 14 de setembro de 1921, com grande esforço se for-mou em Engenharia Me-cânica. Viveu pouco tem-po nos Estados Unidos e chegou ao Brasil em 1960, com grandes perspectivas profissionais, uma vez que já era especialista na cons-trução de ferrovias.

Já casado com Madeleine Daisy Richardeet, traba-lhou em estradas de ferro do País. Apesar de morar no Rio de Janeiro, conhe-ceu a então isolada região de Pedra Azul e, apaixo-nado pelo local, em 1963, comprou a terra que até hoje pertence aos seus her-deiros, em São Paulinho. Dívida quitada ao vender seu apartamento na capital fluminense, em 1964.

Mesmo com o cresci-mento da família — Mar-cus René nasceu em 1962 e Suzanne Cláudia, em 1965 — e inúmeros afaze-res profissionais, Paul via

na propriedade a realiza-ção de sonho de criança. Não media esforços para fazer aquele pedaço de terra produzir. Tudo ficou mais fácil ao se transferir para a Vale em 1968 — onde atuou até 1976.

A inexperiência no ramo era compensada com en-tusiasmo, otimismo, for-ça de vontade. A primeira investida, em 1967, foi no melhoramento genético de gado leiteiro. Pulou para a avicultura, erguendo três galpões que abrigaram 3 mil aves de postura. De 1976 a 1980, acertou a mão com a produção de leite, a partir de excelentes matrizes holandesas.

Desde que chegou à re-gião, Paul Vogt percebeu o valor que a madeira adqui-ria. Plantou eucalipto e, a exemplo do mentor Eliezer Batista, pinus. E deu vazão a uma das suas maiores paixões: criar cachorros pastor alemão. Foi tam-bém grande valorizador da cultura local, promovendo festas num grande paiol em sua propriedade.

Por sua formação em ci-ências exatas, Paul Vogt levou para o campo técni-cas de planejamento nunca vistas. Generoso, dividia o conhecimento com quem o procurava. Defendia que conhecimento e organi-zação eram fundamentais

para vencer os entraves que limitavam o cresci-mento. Ficava indignado quando via alguém produ-zindo sem ter mercado.

Perdeu a vida em 1988, num lamentável acidente no trevo da BR 262 que dá acesso a Conceição do Castelo. Não teve oportu-nidade de ver seu esforço está impregnado no suces-so que o agroturismo vem trilhando. Para o qual a família contribuiu com a prodigiosa memória culi-nária que a viúva Madelei-ne mostrou possuir.

Quando ela e os filhos resolveram diversificar a geração de renda da pro-priedade, recuperaram um costume europeu e monta-ram a Casa de Chá Aargau. O cardápio dava ênfase a delícias suíças recriadas a partir de um livro de re-ceitas que trouxe do Velho Continente. A recuperação dos pratos foi possível por-que Madeleine recordava o sabor que tinham.

Assim, moradores e tu-ristas tiveram oportunida-de de conhecer e degustar especialidades como torta de ricota, strudel, batata rostie e foundue. Em para-lelo à casa de chá, surgiu a Pousada Aargau, com o aproveitamento de dois antigos galpões da peque-na fazenda. São diversas opções de suítes simples, decoradas com bom gosto e originalidade.

Paul Vogt com os filhos Marcus Renée Suzanne Cláudia

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www,pedraazul.jor.br 6 Ano VIII — Edição 53

Numa época em que o poder federal vem sendo marcado por um comportamento de “nunca antes neste País”, quando se esquece, ou se desvaloriza, aqueles que os antecederam no poder, e para que isso se repita entre nós, quero colocar no papel os nomes de mulheres e homens que reputo marcantes na história do nosso Município de Domingos Martins. E aqui abro parênteses esclarecendo que, para mim, nunca houve a separação que resultou na criação de Marechal Floriano.

São pessoas que vestiram e vestem a camisa da nossa região. E não se negam em fazer cada vez mais pela terra em que vivem, sem pedir nada em troca além de um pouco mais de respeito pelas belezas naturais de que ainda dispomos — com algumas sendo tão mal-tratadas. Afinal, as maiores obras de nossas vidas não são as grandes coisas que fazemos para nós mesmos, mas sim o conjunto de pequenas atitudes que legamos para a comunidade que nos envolve com carinho.

Mesmo sabendo que vou deixar muita gente boa de fora, e que eles mesmos, seus parentes ou descendentes deverão reclamar com razão, o primeiro que cito é Roberto Anselmo Kautsky, cartão de visitas de nossa região. Sigo com Hilda Braun, Werner Brusque e os pastores Karl Ernest George Schneider e Lorival Reblin, que colaboraram no resgate da cultura alemã. Além disso, o pastor Schneider foi o líder do movimento de fundação da Fhasdomar, fundação que administra o hospital: Arthur Gerhardt, médico martinense.

O que acrescentar mais à exuberante biografia de Rosa Helena Schorling, primeira pára-quedista do Brasil, e grande professora. Brilha ao lado de João Baptista Wernersbach, Odílio Lopes e do pastor Siegmund Wanke, incentivador da criação do Ginásio Domingos Martins e da antiga CNEC, hoje Escola Municipal Mariano Ferreira Nazareth. Outro que fez história foi Octaviano Santos, prefeito por quatro mandatos. Além do doutor José Paulino Alves, Paulina Wernersbach Targueta, Theodoro Schwambach e Waldemiro Hülle.

Agora, vamos tentar localizar pelos distritos. De Melgaço, lembro de Celso Kalk, grande defensor

Nomes que nunca poderemos esquecer

Memória de Domingos Martins

Texto de Joel Guilherme Velten

da cultura pomerana; Bruno Kalk, um autodidata; pastor Liepert, que muito incentivou a preservação das florestas; Mathias Nickel, colaborador da Associação das Caixas de Cobra, entidade que extrai e encaminha veneno de serpentes para o Instituto Butantã, em São Paulo. De Paraju, as famílias Ewald, Schunk e Stein. De Perobas, Joaquim Tesch e sua esposa, Helena Lemke. De Biriricas, dona Penha e Élcio Bremenkamp.

Em Santa Isabel, Zizi Sales, Edith Wernersbach, Maria José Campos — que todo mundo conhece como Zezé —, Francisco Christ, ex-prefeito, e Allan Gabriele, atleta amador e apaixonado pelo Sport Clube Campinho. Não pode ficar de fora o João Rosenberg que, com um carinho extremado, cuidava das ruas da vila. Do Vale da Estação, Gustavo Wernersbach e Afonso Pylro. Do antigo Distrito de Marechal Floriano, Emílio Hülle, Ari Ribeiro da Silva, o jornalista Roberly Pereira, Santa Del Puppo e Enildo Cardoso.

De Araguaia, Iltinho Ronchi, Joaquim Bravim, Sidney Bravim e Lucinéia Ronchi Guimarães. De Santa Maria do Araguaia, Margareth Kröhling. De São Paulinho, Luís Pizzol. De São Paulo do Aracê, Paulo Vogt. Vem à memória, também, Germano Leroza, grande apaixonado pelo cantinho onde vivia, Cristo Rei, no Distrito de Aracê. Aliás, sobre Aracê, atualmente mais conhecido pela Pedra Azul, pergunto: o que seria daquela região sem que, por lá, tivessem passado ou vivessem pessoas de um timbre muito especial?

Quem são? Júlio Oliveira Pinho, Álvaro Manuel Aroso, Eliezer Batista, Valdir Uliana e familiares e os Girardi, Módolo e Peterle. E, concluindo, Arthur Mongnol, que cedeu uma casa para instalar a escola. As crianças tinham de caminhar distância considerável, até junto da venda de Afonso Uliana. No inverno, exigia sacrifício. A primeira professora de lá foi a jovem Almerinda Schneider, que ficava hospedada com a família Mongnol. A todos, muito obrigado. E que o exemplo deixado e a deixar sirva às novas gerações.

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www,pedraazul.jor.br 7 Ano VIII — Edição 53

Evento chega aos 19 anos com sucesso consolidado

Feijoada do Maranhão 2010 — Belo Hiorizonte — MG

Texto de João Zuccaratto

Detalhe da feijoada preparada pela excelente equipe de cozinha do Ouro Minas Palace Hotel

Um dos eventos mais simpáticos que acontecem em Belo Horizonte é a Feijoada do Maranhão, que neste ano de 2010 chegou à sua edição 19. Se lá no início o fotógrafo e promotor da festa, Valdez Maranhão, acei-tou a ideia de reunir os amigos para degustar o mais famoso prato da culinária brasileira com objetivo de arrecadar recursos para recomprar seu instrumento de trabalho que havia sido roubado, duas décadas depois a promoção adquiriu vida própria e alcançou projeção nacional.

Os dias que antecedem a festa agitam os meios de comunicação da Grande Belo Horizonte, que não eco-nomizam espaços para a divulgação deste trabalho rea-lizado com muito carinho por um dos mais respeitados profissionais da imprensa local. Valdez Maranhão — que nasceu em Balsas, no Estado do Maranhão — mas é mineiro de coração, além de uma vida toda dedicada ao fotojornalismo, é sócio do muito simpático Boteco do Maranhão, ponto de encontro habitual para jovens de todas as idades.Mais sobre a

Feijoada do Maranhão nas páginas a seguir.

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Dia a Dia Pedra Azul Digital Setembro 2010

www,pedraazul.jor.br 8 Ano VIII — Edição 53

Feijoada do Maranhão 2010 — Belo Hiorizonte — MG

Para comemorar seus 20 anos, em 2011, duas feijoadas: uma em BH, outra em São Luís, no Maranhão

Detalhe do buffet de frios que estava à disposição para ser degustado pelos participantes

A Feijoada do Mara-nhão deste ano se desen-volveu durante a tarde do último dia 29 de agosto, um domingo ensolarado, nos salões do Ouro Minas Palace Hotel, espaço que ficou pequeno tamanha a afluência de gente. Como sempre, o clima foi de fes-ta e alegria — sem falar da farta e suculenta feijoada, além de pratos e quitutes de primeira, preparados pela equipe do hotel. É cla-ro que não podia faltar a cervejinha gelada, e todos degustaram a deliciosa Bo-hemia à vontade.

A festa foi abrilhanta-da com a participação ao vivo das bandas Cadilla-ck, Menina do Céu e Vira & Mexe, além da partici-pação solo de Renatinho da Bahia. Eles animaram os convivas com músicas para todos os gostos, indo dos sucessos dos anos 70 ao forró. A pista de dan-ça ficou ocupada o tempo todo. Nos intervalos das apresentações, sorteio de brindes, DVDs, fornos de micro-ondas e passagens da Azul Linhas Aéreas para qualquer parte do Bra-sil onde a empresa atua.

Duas novidades deram toque especial à festa. Logo na entrada dos salões, dois espaços fizerem enorme sucesso entre as mulhe-res. Um deles, dedicado à maquiagem; o outro, à customização. Ambos transformaram as mulhe-

res que os procuraram em verdadeiras obras de arte, com detalhes para o ros-to, para os cabelos e para as camisetas que servem como ingresso. Um balcão de promoção de perfumes dava o toque final, deixan-do todo mundo mais chei-roso e mais charmoso.

Além do público fiel e de muita gente bonita — das 13 às 18 horas, pelo menos 800 pessoas passaram por lá —, a festa contou com presenças ilustres, ao lado da estonteante Laís Cruz, a Musa da Feijoada: casal Audija e José de Carvalho Jorge; Roberto Noronha Filho; vereadores Leo Bur-guês, Fred Costa e Hugo Tomé; presidente do Mer-cado Central, Marcoud Patrocínio; presidente do Sindicato de Hotéis, Paulo Pedrosa; vice-prefeito de Paraopeba, Sérgio Morei-ra.

Agora, é aguardar an-siosamente 2010, quando a Feijoada do Maranhão completa 20 anos. Valdez Maranhão já começou a formatar o evento do pró-ximo ano, que terá sabor especial em Minas Gerais e a primeira edição em ou-tras paragens. Sua ideia é fazer uma em São Luís, ca-pital do seu Estado natal, o Maranhão. Ele já começou a montar o projeto a ser apresentado aos patrocina-dores que desejarem asso-ciar seus nomes ao evento de sucesso consolidado.

Laís Cruz, a Musa da Feijoada, que esbanjou simpatia, atendendo a todos com muito carinho

Mais sobre aFeijoada do Maranhão

nas páginas a seguir.

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Dia a Dia Pedra Azul Digital Setembro 2010

www,pedraazul.jor.br 9 Ano VIII — Edição 53

Feijoada do Maranhão 2010 — Belo Hiorizonte — MG

Sucesso do evento já é uma marca registrada

PatrocinadoresAbrasel MinasAtomic Energy DrinkCachaça GarranchoControl C PerfumesLokamig Rent a CarMercado Central de Belo HorizonteRegina Perillo Comunicação. Sindhorb — Sindicato Hotéis Restaurantes BaresVilma AlimentosVodka Orloff

Amazonas Digital Mídia ExteriorAzul Linhas AéreasFhoremg — Federação Hotéis Restaurantes BaresMegafort DistribuidoraMulticommerceOuro Minas Palace HotelPampulha TurismoRoberto Macedo FotografiaTV VitrineVia BH Mídia ExteriorWester House Beer Grill

Apoiadores

Novidade: área de customização Novidade: área de maquiagem

Esther Carvalho Diniz e Raquel Fonseca: responsáveis pela promoção da Feijoada do Maranhão 2010

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Dia a Dia Pedra Azul Digital Setembro 2010

www,pedraazul.jor.br 10 Ano VIII — Edição 53

Cata-vento de Prata 2010

Evento chega aos 32 anos, sempre comemorado no Dia Mundial do Turismo: 27 de setembro

Texto de João ZuccarattoO turismo brasileiro acompanhou mais uma noi-te de gala, com a escolha dos melhores deste impor-tante segmento da econo-mia nacional para receber o troféu clássico “Cata-vento de Prata”. O evento, em sua edição 32 — e como em todos os anos anterio-res —, foi realizado em um dia 27 de setembro — data em que se comemora o Dia Mundial do Turismo.

A festa, que reuniu expo-entes empresariais, lideran-ças políticas e jornalistas especializados de todo o País, aconteceu nos amplos salões do Grand Hotel Stella Maris Resort, ao Norte de Salvador, numa realização da Gazeta do Turismo. Esta é uma das publicações bra-sileiras mais tradicionais, agora sendo distribuída em novo formato digital.

Uma curiosidade sobre a definição, entre nós, do Dia Mundial de Turismo em 27 de setembro é que, antes de se tornar oficial, a Gazeta de Turismo já a usava como dia oficial para a festa de premiação. E ela é ainda a única comemora-ção que coincide com este importante momento anual desta atividade tão signifi-cativa para nosso desenvol-vimento sustentável.

A escolha dos que mere-cem ser laureados é feita da forma a mais democrá-tica possível, através dos presidentes de entidades de classe como Associação Brasileira de Agências de

Viagens — Abav, Associa-ção Brasileira da Indústria de Hotéis — ABIH, Asso-ciação Brasileira de Jorna-listas de Turismo — Abra-jet, sindicatos profissionais, Skal etc.

Computados os votos recebidos, são então defi-nidos três classificados em cada uma das oito catego-rias em que a premiação é desenvolvida. Em reunião fechada na tarde que ante-cede o evento, uma comis-são formada por agente de viagem, hoteleiro, transpor-tador, jornalista e dirigente de órgão oficial definiu aqueles que são merecedo-res do troféu.

A festa se desenvolveu em quatro fases bem defi-nidas — coquetel de boas vindas, jantar comemorati-vo, apresentações artísticas e a premiação final. O show musical teve como gran-de atração uma verdadeira viagem pelo mundo, brin-dando os presentes com sucessos característicos da América do Sul, América do Norte, Europa e Ásia.

A perenidade da Gaze-ta do Turismo e do evento de premiação com o Cata-vento de Prata se devem ao trabalho e ao prestígio do jornalista Carlos Casaes, que, contando com o apoio dos patrocinadores locais e nacionais, vence todos os desafios inerentes a uma realização como esta. Um esforço pessoal e profissio-nal coroado de sucesso há mais de 30 anos.

Jornalistas especializados na divulgação do turismo de diversos pontos do País reunidos na recepção do Catussaba Hotel & Resort, antes do início da

solenidade de premiação

O jornalista Carlos Casaes, idealizador do prêmio Cata-vento de Prata, no salão do Stela Maris

Resort, assinando manifestação dos jornalistas em prol de um melhor futuro para a Associação

Brasileira dos Jornalistas Especializados em Turismo — Abrajet, entidade que passa por um momento muito delicado, nunca antes vivido em

seus mais de 50 anos de existência

Na próxima página, os melhores do ano do turismo brasileiro, escolhidos em votação democrática por entidades de todo o País.

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Dia a Dia Pedra Azul Digital Setembro 2010

www,pedraazul.jor.br 11 Ano VIII — Edição 53

Cata-vento de Prata 2010Os melhores do turismo brasileiro, segundo

presidentes de entidades do trade de todo o PaísAbaixo, os três mais votados em cada categoria e, em texto vazado, o vencedor e merecedor do troféu.

Na próxima página, as homenagens especiais.

Hotel três estrelas Mar Sol Natal — RN

Vovô Carolina Gramado — RS

Ibis Barra Funda São Paulo — SP

Hotel quatro estrelas Golden Tulip Regente Rio de Janeiro — RJ

Verde Green João Pessoa — PB

Catussaba Salvador — BA

Hotel cinco estrelas Stela Maris Resort Salvador — BA

Tívoli Mofarrej Gramado — RS

Marina Park Fortaleza — CE

Agência de turismo nacional

MGM Turismo Curitiba — PR

Martur Turismo Recife — PE

CVC São Paulo — SP

Agência de turismo Bahia

Flytur Tours BahiaBahiatravel

Companhia aérea nacional

TAM WebjetAzul

Companhia aérea internacional

TAM

Órgão oficial de turismo

Empetur Pernambuco

Santur Santa Catarina

Bahiatursa Bahia

Pela primeira vez nestes 32 anos de Cata-vento de Prata, todos os votantes escolheram apenas

uma companhia aérea internacional.

PersonalidadeSílvia Zorzanello

Festival de Turismo de Gramado

Toni Santo Oliveira Convention Bureau

São Paulo

Luiz Barreto Ministro do Turismo

Page 12: Dia a Dia Pedra Azul — Edição 53 — Agosto 2010

Dia a Dia Pedra Azul Digital Setembro 2010

www,pedraazul.jor.br 12 Ano VIII — Edição 53

Cata-vento de Prata 2010Homenagens especiais e algumas imagens do eventoAlém dos melhores em cada categoria, escolhidos pelos presidentes de entidades do setor de turismo de todo o Brasil, a cada edição o prêmio Cata-vento de Prata presta homenagens especiais a pessoas, empresas e entidades que têm contribuído para o sucesso do evento nestes seus 32 anos de existência. Os agraciados deste anos foram os seguintes: José Flávio Tourinho Contretur • • • Flávio Gomes de BarrosJornalista especializado • • •Gol Linha AéreasEmpresa apoiadora • • • Mauro José Amaral Empresário • • • Juan Rafael Vidal Acapulco Hotel — RJ • • • Moysés Cafezeiro Guia de Turismo • • • Domingos Leonelli Personalidade

O guia de turismo Moysés Cafezeiro foi

homenageado pela sua criatividade na criação de roteiros

que encantam turistas de todo o

mundo que visitam Salvador

O hoteleiro Juan Rafael Vidal, do Acapulco Hotel, de Copacabana, no Rio de Janeiro, ao lado do

jornalista Osires de Paula Soares, exibe seu troféu Cata-vento de Prata, recebido como homenagem

especial pelo apoio que presta ao evento

Ao final da premiação, todos os agraciados reunidos