nquanto perpassa o olhar pela história, a autora vai conduzindo o leitor a um exercício filosófico sobre Deus. E conclui que, sendo o criador a Inteligência Suprema e a causa primeira de todas as coisas, o meio de se chegar até Ele é pela inteligência, atributo de todos os espí-ritos criados à sua imagem e semelhança.

As formas, porém, são múltiplas, acrescenta a autora. Seja pela intuição, prestando atenção à chamada “voz inte-rior”, seja por meio da prece, por meio dos sonhos, que são os estados de emancipação da alma durante o sono físico, seja ainda pela mediunidade, nas suas diferentes caracterís-ticas. “Por essas vias muitos O têm encontrado. E cada um de nós também pode fazê-lo”, garante Gardênia. “Basta que olhe para dentro de si mesmo, para a própria consciência”.

E

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?

Muito antes que o poeta baiano Castro Alves lançasse o seu grito ao Infinito, a criatura humana já se agitava na noite dos tempos em busca de Deus. Nos ritos da caverna, nos tem-plos ou simplesmente por meio da meditação ou das elucubra-ções filosóficas, o homem sem-pre esteve mergulhado nessa busca. Nunca faltaram na Terra, porém, emissários do Divino para apontar o caminho que leva até Ele...

Dos reis e profetas hebreus aos grandes missionários da atua- lidade, passando por Pitágo- ras, Buda e Francisco de Assis, a Divindade esteve bem próxi-ma dos homens. Como exem-plos, a juíza Gardênia Duarte cita os insights de madre Teresa de Calcutá ou de Sidarta Gauta-ma, o Buda, no instante em que se fez o iluminado, ou ainda o momento em que “vozes” fala-ram a Joana D’Arc, levando-a a libertar o trono francês...

Além destes, apresenta ao leitor reflexões de como ou-tras personalidades importantes de nossa história, bem como alguns espíritas ilustres como Allan Kardec, Léon Denis e Chi-co Xavier tiveram, a seu modo e forma, um encontro com Deus. Trata-se de um modo diferente de ver a biografia dessas perso-nalidades, orientando o leitor para esse mesmo encontro.

Gardênia Pereira Duarte é casa-da e mãe de um filho, residindo na cidade de Salvador, BA.

Formou-se em 1980 pela Uni-versidade Católica de Salvador (Ucsal) e em 1984 tomou posse como juíza de direito, assumindo sua primeira comarca. Atualmen-te é juíza de direito integrante do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.

É autora de Juizado Especial Cível de Trânsito – sentenças e acórdãos, em coautoria com o juiz João Lopes da Cruz e o advogado Joseval Carneiro (Editora Adcoas), União civil entre homossexuais – a busca pelo amparo legal (Faseb) e do livro espírita de autoajuda As estrelas do caminho (Editora EME).

Na Escola de Música da Uni-versidade Federal da Bahia (UFBA), formou-se no Curso oficina de can-to e frequentou os cursos básico e especializado em música erudita. Lançou em 2003 seu primeiro CD, Convite ao amor, e em 2005 o se-gundo, Viagem, em ambos inter-pretando músicas românticas.

Espírita, estudiosa da doutri-na de Allan Kardec, frequenta na cidade de Salvador a Fraternidade Espírita Irmã Scheilla (Feis), onde encontrou campo para desenvol-ver suas pesquisas doutrinárias.