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Faculdade de Ciências Contábeis e Administração do Vale do Juruena Bacharelado em Ciências Contábeis DETERMINAÇÃO DO MARK-UP EM UMA CHURRASCARIA: ESTUDO DE CASO. LUCIANE GIGLIO JUINA – MT 2009

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Faculdade de Ciências Contábeis e Administração do Vale do Juruena Bacharelado em Ciências Contábeis

DETERMINAÇÃO DO MARK-UP EM UMA CHURRASCARIA: ESTUDO DE CASO.

LUCIANE GIGLIO

JUINA – MT

2009

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LUCIANE GIGLIO

DETERMINAÇAO DO MARK-UP EM UMA CHURRASCARIA: ESTUDO DE CASO.

Monografia apresentada ao curso de

graduação em Ciências Contábeis da

Faculdade de Ciências Contábeis e

Administração do Vale do Juruena como

requisito parcial para obtenção do título

Bacharel em Ciências Contábeis.

Profª. Ms. Cleiva Schaurich Mativi

Orientadora

JUINA – MT 2009

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LUCIANE GIGLIO

DETERMINAÇÃO DO MARK-UP EM UMA CHURRASCARIA:

ESTUDO DE CASO.

Monografia apresentada em 22 de Junho e aprovada pela Banca

Examinadora, constituída pelos professores:

______________________________

Cleiva Schaurich Mativi

Orientadora – Presidente da Banca

_____________________________

Ahiram Cardoso Silva Lima

Membro

______________________________

Claudio Luis Lima dos Santos

Membro

JUINA – MT 2009

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Dedico este trabalho a todos que direta ou indiretamente contribuíram para que o sonho da faculdade pudesse se tornar realidade.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de estar no

mundo.

Aos meus pais, que sempre confiaram em meus sonhos e me ensinaram a

acreditar que é possível realizá-los, além de me mostrarem que trabalho duro,

perseverança e honestidade são as ferramentas ideais para atingirmos nossas

metas.

Às minhas irmãs, que me acompanharam nesta jornada, oferecendo

sugestões, corrigindo erros e dando apoio moral.

Ao Vilmar pelo companheirismo, amor e carinho nos momentos difíceis da

vida.

Aos amigos da graduação pela amizade, apoio e companheirismo nos

trabalhos e provas. Em especial à Gesiani, Dorildes, Eliane, Eliete, Rafaela, Celiane

e a todas as amigas que cooperaram, meu carinho e admiração.

Agradeço também aos professores com os quais tive a oportunidade de

conviver em minha vida acadêmica. Em especial, a minha orientadora Profª. Ms.

Cleiva Schaurich Mativi, pelos imprescindíveis esforços para a realização desta.

Agradeço em especial aos colaboradores da churrascaria, pelo esforço que

fizeram para cobrir as minhas faltas por causa do estágio e deste trabalho. Em

especial as cozinheiras que ajudaram na elaboração das fichas técnicas.

A todos que fazem parte de minha vida, muito obrigada.

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“A ferrovia que leva ao sucesso é construída em cima de um solo de humildade com pesados trilhos chamados erros que somente são fixados numa linha reta com maciços pregos de perseverança.” Eduardo Siqueira Filho

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RESUMO

O Objetivo deste trabalho é oferecer aos gestores de restaurante de pequeno porte,

um sistema de mensuração dos custos e ferramentas para desenvolver um sistema

de formação de preço, que possa abranger igualmente a área de produção e

comercialização. Para desenvolver este trabalho foram desenvolvidas planilhas para

a mensuração dos custos para que os gestores possam acompanhar a evolução dos

dados de uma forma mais dinâmica. Para lograr êxito na formulação das planilhas

foi realizada uma pesquisa de campo em uma churrascaria no município de Juina,

estado do Mato Grosso. A Metodologia utilizada foi um estudo de caso, realizado no

período de 1 de fevereiro de 2009 a 1 de abril de 2009. Utilizou-se o critério de

custeio absorção e os resultados demonstraram que alguns produtos apresentam

uma margem de lucro muito baixa o que dever ser investigado em relação as bases

de rateio ou por outro método de custeio. A conclusão evidencia que o modelo de

mensuração e apropriação dos custos desenvolvidos nas planilhas, criadas para a

empresa em estudo, podem ser utilizadas para outras empresas neste ramo de

atuação para a formação do preço de venda.

Palavras-chave: Contabilidade de custos. Mark-up. Formação de preço.

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LISTAS DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

ABC – Activity-based costing

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.

CPV – Custo dos Produtos Vendidos

CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.

DRE – Demonstração do Resultado do Exercício.

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

FTP – Ficha Técnica de Produção

ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços.

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados.

IPTU – Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.

IRPJ – Imposto de Renda – Pessoa Jurídica.

ISS – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza.

MD – Mão-de-obra Direta

MOI – Mão-de-obra indireta

MT – Mato Grosso.

PIS – Programa de integração social.

VBC – Volume Based Costing

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Estrutura do trabalho...............................................................................20

Quadro 2 – Principais classificações de custos.........................................................28

Quadro 3 – Custeio por absorção em empresas de manufatura...............................33

Quadro 4 – Conceitos pertinentes ao ABC................................................................34

Quadro 5 – Mudanças em relação aos dois métodos de custeio..............................35

Quadro 6 – Modelo de ficha técnica adequada para a empresa...............................37

Quadro 7 – Os benefícios e as dificuldades da FTP.................................................38

Quadro 8 – Os elementos que compõem o mark-up.................................................40

Quadro 9 – Demonstração de resultado com mark-up..............................................41

Quadro 1o – Exemplo de mark-up desejado.............................................................45

Quadro 11 – Estrutura do mark-up............................................................................45

Quadro 12 – Exemplo do mark-up multiplicador e divisor.........................................46

Quadro 13 – Composição do cardápio......................................................................54

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Preço de vendas. .................................................................................... 55

Tabela 2 – Quantidade e receita produzida no período............................................. 55

Tabela 3 – Custos dos produtos diários. ................................................................... 57

Tabela 4 – Valor por dia os custos secundários e custo médio. ............................... 58

Tabela 5 – Custo direto unitário ............................................................................... 58

Tabela 6 – Percentagem de carne consumida nas marmitex................................... 59

Tabela 7 – Fases do desperdício. ............................................................................ 60

Tabela 8 – Desperdício do custo primário ................................................................ 60

Tabela 9 – Desperdício do custo secundário ........................................................... 60

Tabela 10 – Percentual de desperdício. ................................................................... 61

Tabela 11 – Valor do custo direto unitário com apropriação do desperdício. ........... 61

Tabela 12 – Rateio da mão-de-obra ........................................................................ 62

Tabela 13– Apropriação de mão-de-obra por unitário. ............................................ 62

Tabela 14 – Custos indiretos do período. ................................................................. 63

Tabela 15 – Rateio dos custos indiretos................................................................... 63

Tabela 16– Apropriação dos custos indiretos por unidade. ...................................... 64

Tabela 17 – Preço de custo dos produtos. ............................................................... 64

Tabela 18 – Despesas encontradas no período de um mês. ................................... 65

Tabela 19 – DRE por produto ................................................................................... 66

Tabela 20 – DRE ...................................................................................................... 67

Tabela 21 – Mark-up I formação de preço sem impostos. ........................................ 68

Tabela 22 – Mark-up II preço de venda sugerido com impostos. ............................. 70

Tabela 23 – Dados para desenvolver as planilhas do mark-up. ............................... 70

Tabela 24 – Formação do mark-up para a marmitex ............................................... 71

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Tabela 25 – Formação do mark-up para o rodízio ................................................... 71

Tabela 26 – Formação do mark-up para a refeição a quilo ...................................... 71

Tabela 27 – formação do mercado para refeição a quilo ......................................... 72

Tabela 28 – Margem de lucro com e sem despesas ................................................ 72

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APÊNDICES

Apêndice A – Faturamento..................................................................................

Apêndice B – Salários e encargos......................................................................

Apêndice C – Cardápio primário I.........................................................................

Apêndice D – Fichas técnicas do cardápio primário I...........................................

Apêndice E – Cardápio primário II.....................................................................

Apêndice F – Fichas técnicas.............................................................................

Apêndice G – Desperdício primário I ...................................................................

Apêndice H – Desperdício primário II................................................................

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO.............................................................................................. 1.1 Contextualização....................................................................................................

1.2 Definição do problema..........................................................................................

1.3 Hipóteses ...........................................................................................................

1.4 objetivos..............................................................................................................

1.4.1 Objetivo Geral............................................................................................

1.4.2 Objetivos Específicos................................................................................

1.5 Justificativa.........................................................................................................

1.6 Estrutura do Trabalho.................................................................................. 2 - REVISÃO TEÓRICA......................................................................................

2.1 Contabilidade..........................................................................................

2.1.1 Usuários da Contabilidade..........................................................................

2.2 Contabilidade de custos.......................................................................................

2.2.1 Definição de Custo....................................................................................

2.2.2 Classificação de Custos.............................................................................

2.2.2.1 Custos Diretos...............................................................................

2.2.2.2 Custos Indiretos.............................................................................

2.2.2.3 Custos Variáveis............................................................................

2.2.2.4 Custos Fixos..................................................................................

2.2.2.5 Custo Primário I.............................................................................

2.2.2.6 Custo Primário II.............................................................................

2.2.2.7 Rateio............................................................................................

2.3 Sistemas de Custeio.............................................................................................

2.3.1 Csteio pelo Método de Absorção................................................................

2.3.2 Custeio Variável..........................................................................................

2.3.3 Custeio baseado em atividade (abc – activity-based costing)........................

2.4 Utilizar Planilhas Eletrônicas p/ mensurar dados de custos........................................

2.5 Definição do método de mark-up..................................................................................

2.5.1 Multiplicador sobre os custos (Mark-up).........................................................

2.5.2 Mark-up e estrutura da demonstração de receitas..........................................

2.5.3 Mark-up genérico.............................................................................................

2.5.4 Mark-up, mercados, canais de distribuição, mix de vendas dos produtos.......

2.5.5 Determinação da margem desejada para o mark-up.......................................

2.5.6 Mark-up desejado............................................................................................

2.5.7 Como calcular o mark-up............................................................................

2.6 As dificuldades do Método Mark-up.........................................................................

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3 - METODOLOGIA.................................................................................................. 3.1 MONOGRAFIA...........................................................................................................................

3.2 METODOLOGIA.........................................................................................................................

3.3 MÉTODO DE PESQUISA..............................................................................................................

4 – ANÁLISE E RESULTADOS................................................................................... 4.1 ESTUDO PRÁTICO.....................................................................................................................

4.2 ROTINAS DE OPERAÇÃO............................................................................................................

4.3 COMPOSIÇÃO DO CARDÁPIO......................................................................................................

4.4 PRODUTOS E SERVIÇOS OFERECIDOS........................................................................................

4.5. IDENTIFICAÇÃO DOS CUSTOS PRODUÇÃO DOS PRODUTOS ....................................................

4.5.1 Custos com materiais diretos......................................................................................

4.5.2 Desperdício..................................................................................................................

4.5.3 Custos com mão-de-obra indireta................................................................................

4.5.4 Custos indiretos...........................................................................................................

4.6. CUSTEIO..................................................................................................................................

4.7. CUSTOS TOTAIS IDENTIFICADOS POR PRODUTOS........................................................................

4.8. DESPESA.................................................................................................................................

4.9 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO.........................................................................

4.10 FORMAÇÃO DO PREÇO..............................................................................................................

4.11 CÁLCULO DE PREÇO DE VENDA..................................................................................................

5 - Conclusão e recomendações para futuras pesquisas................................... 5.1 CONCLUSÃO..............................................................................................................................

5.2 RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS............................................................................. REFERÊNCIAS.........................................................................................................

APÊNDICES..............................................................................................................

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1 – INTRODUCÃO

1.1 Contextualização

A alimentação fora do lar tornou-se uma opção para famílias em que a

mulher se encontra no mercado de trabalho e não possui tempo de cozinhar. Com

base nesta nova visão em relação à família, os estabelecimentos de refeição

ganharam uma nova dinâmica e se espalharam pelo mundo ganhando

reconhecimento em suas versões de diferentes produtos e serviços.

Com o aumento do consumo de refeições, o número de estabelecimentos

que oferecem este produto vem crescendo, porém, por desconhecerem o ramo ou

não gerir o negócio com eficiência, estes estabelecimentos acabam por fechar as

portas. Antes do funcionamento do estabelecimento, os gestores precisam conhecer

os custos diretos e indiretos para possuir um controle a fim de verificar a viabilidade

e o retorno do investimento. Através desses dados, o gestor pode tomar a melhor

decisão e elaborar um planejamento de curto e longo prazo.

Segundo sitio da revista Cozinha profissional:

“Estima-se que o Brasil disponha de 1,2 milhões de estabelecimentos cujo negócio principal seja o da prestação de serviços no mercado da alimentação fora do lar, o chamado foodservice. O setor é o maior empregador do país e responde por 8% dos empregos diretos, índice que corresponde a 6 milhões de postos de trabalho. O segmento é responsável pelo fornecimento de mais de 100 milhões de refeições diárias e, considerada toda a cadeia envolvida no processo, é um mercado que movimenta anualmente a quantia de R$ 60 bilhões, ou 2,4% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. Atualmente, mais de 45 milhões de brasileiros se alimentam fora de casa todos os dias e, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 26% do orçamento familiar é gasto em restaurantes, bares, lanchonetes, padarias e em estabelecimentos semelhantes. Entre os anos de 2020 e 2025, esse índice deverá ser de 40%, conforme as projeções do próprio IBGE”.

Com a globalização, a crise nos Estados Unidos vem afetando todos os

países, embora ela ainda se encontre apenas no ambiente macroeconômico, em

bolsa de valores e câmbio, a incerteza da economia faz com que a população tome

cautela e controle seus gastos, deixando de comprar produtos caros como carro,

televisores, começou gastar mais com lazer e produtos de menor poder aquisitivo.

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Segundo Maricato (2007, p. 21), “um setor que tem relação com alimentação

fora do lar que não está sofrendo prejuízo com a crise, e, muito pelo contrario, está

tendo ganhado com a atual situação, é o setor ligado ao turismo”.

Com a economia em estado de incerteza, as empresas necessitam mais do

que nunca obter sucesso nos negócios. Para não perder dinheiro, é necessário ter

conhecimento dos modos de mensurar os custos, pois é através deles que os

gestores podem definir o preço de venda além de uma margem de lucro que será

determinada pelo mark-up. Para fazer o cálculo correto, os empresários devem ter

em mente a margem de lucratividade de forma que os valores repassados ao

consumidor final lhe permitam cobrir seus custos básicos trazendo resultados

financeiro satisfatórios.

Conforme Luciel e Benedito (20? p. 1):

“Problemas diários relacionados a custeio, receitas, busca e análise de informações para avaliar o desempenho do negócio e possíveis correções de rumo, geram problemas que não são resolvidos de maneira correta, dificultando a tarefa de administrar o negócio, aumentando a probabilidade do seu fracasso.”

O estabelecimento, para continuar sobrevivendo, precisa de conhecimento,

não apenas na área de produção, mas na área administrativa. Nesta pesquisa

pretende-se reunir os dois setores, para formação do preço adequado de venda,

através do mark-up.

1.2 Definição do problema

Lakatos e Marconi (2006, p. 120) definem a formulação do problema como:

“Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu campo a apresentando suas características. Desta forma, o objetivo da formulação do problema da pesquisa é torná-lo individualizado, específico, inconfundível”.

Conforme Silva (2008, p. 45), “os problemas são fenômenos ou fatos que

não possuem explicação ou soluções, e são objetos de discussão, na área de

domínio do conhecimento em estudo”. É o cerne da questão a ser estudada.

Com as mudanças enfrentadas nos momentos de crise, como o aumento do

dólar e pouca circulação de dinheiro, os empresários que aumentarem os preços

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podem sofrer conseqüência. Para que isso não aconteça, eles têm que diminuir a

margem de lucro em alguns produtos e serviços.

Para ter conhecimento da margem de lucro, os gestores têm que ter

conhecimento do sistema de custos, a melhor forma de custeio para serviços e

política de formação de preço, para estabelecer o limite dos preços e o preço ideal.

Conforme Bernardi (2007, p.129):

“preços internos e bem calculados dependem de um sistema de informações de boa qualidade, dados precisos, sistemas de custos, informações financeiras e uma correta estrutura de formação de preços, com base nos custos”.

Diante desse contexto busca-se responder o seguinte questionamento:

Quais os parâmetros para a determinação do Mark-up em uma churrascaria?

1.3 Hipótese

a) O conhecimento dos custos da atividade por parte dos gestores é um dos

parâmetros para o calculo do preço de venda.

b) A utilização de planilhas para a mensuração dos custos facilita o calculo da

margem de mark-up.

c) Os preços atualmente praticados pela empresa estão calculados de forma

correta.

1.4 Objetivos da pesquisa

1.4.1 Objetivo Geral

Conforme Marconi e Lakatos (1990, p. 24), “toda a pesquisa deve ter um

objetivo determinado para saber o que vai procurar e o que se pretende alcançar”.

O objetivo geral da monografia consiste em elaborar um sistema de controle

administrativo e de gestão econômico-financeiro para empresas de serviço no ramo

de restaurante.

1.3.2 Objetivos específicos

A. Conhecer os custos;

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B. Levantar e mensurar os custos dos produtos oferecidos;

C. Desenvolver um modelo para evidenciar o mark-up;

D. Criar planilhas de indicadores de mark-up para churrascaria.

1.5 1.4 Justificativa

Os empresários, gestores e administradores devem conhecer os custos dos

produtos ou serviços oferecidos para acrescentarem a margem de lucro que

pretendem auferir. Assim, eles poderão tomar decisões sobre seus

empreendimentos.

A formação de preço de vendas deve ser muito bem estudada e calculada,

pois ela é o mecanismo por meio do qual os empresários podem avaliar a gestão do

negócio. Os empresários devem conhecer uma estratégia de preço eficaz para

alcançar seus objetivos. Desta forma, esta monografia apresentará uma das

estratégias de formação de preço: o Mark-up.

Para definir o Mark-up o empresário necessita ter conhecimento do custo do

produto, o que só é possível com controles internos, tanto na produção como na

comercialização. Com esses dados os gestores estarão aptos a real formação de

preço. No ramo de restaurante, porém, esses controles são muito fáceis de realizar,

pois contam com número de refeições irregulares e desperdícios, tanto na produção

como sobras nos pratos, e a maioria dos administradores neste ramo não contam

com programas para contabilizar a quantidade consumida por cliente (individual),

mas apenas uma média, o que tornam os controles inadequados.

O Mark-up é um instrumento de precificação que tem por objetivo cobrir as

contas de impostos e contribuições sobre as vendas, comissões e a margem de

lucro sobre as vendas.

Justifica-se, portanto, o estudo para a criação de um sistema de controle dos

custos para facilitar a gestão de um restaurante, permitindo, ao empresário,

acompanhar a lucratividade e a definição da margem de Mark-up que melhor se

adapte a cada serviço.

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1.6 1.5. Estrutura do trabalho

A estrutura do trabalho está elaborada em cinco Seções.

Seção 1 – Introdução

A primeira compreende a introdução e tem por objetivo expor o contexto

onde se insere o problema, indicando os objetivos e outros argumentos necessários

à realização da pesquisa. Os seguintes capítulos serão abordados da seguinte

forma:

Seção 2 – Revisão bibliográfica

Nesta Seção abordaremos os conceitos e informações levantados sobre o

tema com embasamento teórico de diversos autores, partindo dos conceitos de

contabilidade, a importância da contabilidade para a tomada de decisão, as formas

de custeio, a utilização de planilhas eletrônicas para a mensuração e apropriação

dos custos.

Seção 3 – Metodologia

Nesta Seção serão abordados todos os métodos utilizados na elaboração da

pesquisa, abrangendo tanto a revisão bibliográfica quanto o estudo de caso.

Seção 4 – Estudo de caso

Esta Seção corresponde ao estudo de caso realizado no município de Juina

– MT. Em primeiro lugar, será apresentada uma descrição da localização, assim

como o ambiente do estabelecimento estudado e o levantamento de uma proposta

de formação de preço através do método de mark-up, utilizando-se de planilhas do

programa Excel para o levantamento e mensuração de custos, além das fichas

técnicas de receitas utilizadas pela empresa.

Seção 5 – Conclusão e recomendações

Tendo aplicado os instrumentos de coleta de dados, processado os mesmos

e obtido a informação que disso se gerou, conjuntamente com as respectivas

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análises, obtiveram-se resultados que permitem apresentar o conjunto de

conclusões

É aqui onde serão desenvolvidos os objetivos específicos pois se devem

realizar as conclusões com base em tais objetivos. Também serão apresentadas as

conclusões e recomendações para novas pesquisas.

No quadro da próxima página, a estrutura do trabalho está demonstrada de

forma sintetizada.

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Quadro 1 – Estrutura do trabalho

Fonte: Elaborado pela autora

1.1 –Contextualização 1.2 –Definição do problema 1.3 –Objetivo da pesquisa 1.4 – Justificativa 1.5 -Estrutura do trabalho

SEÇÃO 1

INTRODUÇÃO

2.1 – Contabilidade 2.2 – Contabilidade de custos 2.3 – Sistemas de custeio 2.4 – A utilização de planilhas eletrônicas para mensuração dos dados de custos 2.5 – Definição de mark-up 2.6 – As dificuldades do método de mark-up

SEÇÃO 2

REVISÃO BIBLIOGRAFICA

3.1 – Monografia 3.2 – Metodologia 3.3 – Métodos de pesquisa

SEÇÃO 3

METODOLOGIA

4.1 – Estudo pratico 4.2 – Rotinas de operação 4.3 – Composição do cardápio 4.4 – Produtos de serviços oferecidos 4.5 – Identificação dos custos de produção 4.6 – Custeio 4.7 – Custos totais identificado por produto 4.8 – Despesas 4.9 – DRE 4.10 – Formação de preços 4.11 – Calculo do preço de venda

SEÇÃO 4

ESTUDO DE CASO

SEÇÃO 5

CONCLUSÃO

5.1 – Conclusão 5.2 – Recomendações para futuras pesquisas

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2 - REVISÃO TEÓRICA

2.1 Contabilidade

A contabilidade é mais antiga que a escrita. Ela surgiu da necessidade de

avaliar a riqueza do homem, que para isso, utilizou pedrinhas para contar ovelhas,

sem saber que estava fazendo um inventário. O pastor observou que ao longo do

ano o rebanho possuía maior índice de natalidade que mortalidade, que a lã

produzida poderia ser trocada por produtos de caça e pesca, e que, ainda assim, o

rebanho continuava crescendo. Essa constatação constituiu o lucro ou resultado

positivo.

Conforme Iudícibus (2006, p. 32), “desde os povos mais primitivos, a

contabilidade já existia em função da necessidade de controlar, medir e preservar o

patrimônio familiar e, até mesmo em função de trocas para maior satisfação das

pessoas”.

A contabilidade sofreu muitas mudanças ao longo dos anos, mas não perdeu

a sua real finalidade que segundo Padoveze (2004, p. 35), define contabilidade

“como o sistema de informações que controla o patrimônio de uma entidade”.

A Contabilidade tem o objetivo de fornecer informações confiáveis através

de livros ou fichas, que servem de apoio para a tomada de decisão, portanto,

apoiando a elaboração de planejamento e os orçamentos.

Silva (2000, p. 14), descreve contabilidade como a “arte de obter, classificar

e resumir de forma significativa e em termos monetários, transações e eventos que

são, em parte, de característica financeira, e interpretar os resultados”. A

contabilidade fornece informações que representam a situação econômica que serve

de apoio para os usuários interessados nas informações.

Conforme Leone (2000, p. 1):

“A contabilidade é a Ciência que coordena e dispõe em livros apropriados (ou em fichas) a descrição das operações efetuadas por uma empresa, com o objetivo de conhecer a situação da dita empresa, determinar os resultados obtidos e explicar as causas que produziram tais resultados.”

A contabilidade tem o objetivo de controlar o patrimônio da entidade, este

conceito vem sendo aprimorado desde a antiguidade, para que a contabilidade se

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torne mais ampla, para isto ela se dividiu em ramificações se tornando, mas

abrangente.

1.7 2.1.1 Usuários da contabilidade

De acordo com Marion (1998, p.25), usuários são “as pessoas que se

utilizam da contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam na

contabilidade as suas respostas”. Os usuários que mais se interessam pela

contabilidade são os gestores e administradores que as utilizam para as tomadas de

decisões, pois a contabilidade possibilita a apresentação das informações de forma

mais clara.

Os usuários da contabilidade estão divididos em dois grupos, usuário interno

e externo:

Usuário interno: sócios, acionistas, proprietários de quotas societárias,

administradores, diretores e executivos.

Usuários externos: bancos, capitalistas, governo, economistas

governamentais e pessoas físicas.

Os usuários internos utilizam-se das informações para fazer o controle e o

planejamento que são passados em forma de relatórios com enfoques diferentes

para diferentes usuários.

Segundo Iudícibus (2006, p. 22), os usuários internos que se interessam

pelos dados contábeis “atingem um grau de profundidade e análise, bem como a

freqüência, muito maior do que os demais grupos. De fato, são eles os agentes

responsáveis pelas tomadas de decisão dentro de cada entidade a que pertence”.

Os usuários vêem a contabilidade como uma ferramenta que serve de apoio

para conhecerem mais profundamente a empresa em que trabalham, para tomarem

decisões mais apropriadas.

A Contabilidade possui várias ramificações: Contabilidade Financeira,

Contabilidade Gerencial, Contabilidade de Custos, Contabilidade Rural,

Contabilidade Ambiental, dentre outras.

Este estudo tem como foco a Contabilidade de Custos.

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1.8 2.2. Contabilidade de custos

O propósito desta subseção é delinear a evolução da Contabilidade de

Custos, buscando facilitar o entendimento das mudanças ocorridas ao longo dos

anos.

A origem das apurações dos custos se deu no período mercantilista em que

se utilizavam mecanismos de apuração muito simples. Mas com o capitalismo

exigiu-se a necessidade de controles mais eficientes e precisos.

De acordo com Santos (2005, p. 21):

“No século XX, segundo Catelli, surgiram várias obras que contribuíram para enriquecer os métodos de apuração de custos e resultados. Tal crescimento deu-se a partir da metade do século XX para cá, pois havia grande procura por literaturas contábeis, especialmente voltadas para apuração e análises de custos que pudessem auxiliar o administrador na gestão do negócio.”

A Contabilidade de Custos surgiu com a necessidade dos contadores

adaptarem os conceitos da contabilidade industrial com a comercial. Pois nenhum

dos valores relativos a juros, comissões de vendedores agregadas ao produto

possuíam formas de contabilização especifica. Todos esses gastos eram lançados

no resultado do exercício, sendo vendas ou não no período.

Segundo Leone (2000, p. 43), “a contabilidade de custos estuda os custos

quanto a sua relevância, a sua rentabilidade e a sua variabilidade”.

Leone (2000, p.44), define relevância como algo simples “neste sentido, é

tão simplesmente em relação a sua grandeza monetária”.

Segundo o conceito de relevância para analisar os custos primeiro precisa-

se identificar se eles possuem importância, ou se apenas gerarão gastos e não

contribuirão em muito para a administração na tomada de decisão.

As empresas que sabem identificar os custos na sua origem se tornam mais

competitivas e apresentam melhor desempenho. Segundo Martins (2006, p. 22): “o

conhecimento dos custos é vital para saber se, dado preço, o produto é rentável; ou,

se não rentável, se é possível reduzi-los (custos)”.

Nomenclaturas em Contabilidade de Custos:

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GASTO

O gasto representa um compromisso que a empresa se sacrifica para a

obtenção de um bem ou serviço.

Segundo leone (2000, p.53):

“Gasto é o compromisso financeiro assumido por uma empresa na aquisição de bens ou serviços, e que sempre resultará em uma avaliação patrimonial seja apenas qualitativo no inicio e certamente qualitativo em seguida, podendo o gasto ser definido como gasto de investimento, quando o bem ou o serviço for utilizado em vários processos, e como gastos de consumo, quando o bem ou serviço forem consumidos no momento do mesmo da produção ou serviço que a empresa realizar”.

Conforme Martins (2006, p.25), “gasto é o sacrifício financeiro que a

entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse

representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente

dinheiro)”.

O gasto ocorre quando há a sacrifício da entidade para obtenção de um bem

que pode se tornar custo ou quando há sacrifício para manter os bens que se

tornam despesas.

INVESTIMENTO

Investimento representa um capital empregado pelas empresas para a

produção de bens, que geram benefícios futuros.

Segundo Padoveze (2005, p. 137), “um investimento caracteriza-se por ser

um gasto não consumido imediatamente, cujos resultados virão dos benefícios

futuros desse gasto”.

Conforme Nellis (2003, p. 375):

“O capital é empregado pelas empresas para ajudar na produção de bens e serviços e para expandir a capacidade produtiva da empresa. [...] isto significa que as expectativas de futuros retornos sobre os investimentos são de uma importância vital para as decisões de investimento de capital”.

O investimento representa o capital investido em uma empresa para que ela

possa começar a produzir um produto ou serviço, fazendo parte do ativo do

estabelecimento. Este investimento não retornará efetivamente todo ao aplicador ou

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sócio, ele retornará em lucro que representa o retorno do investimento que objetiva

ser maior que uma aplicação, em média 10 % ao ano.

CUSTO

Os custos e despesas na nossa língua não possuem uma distinção nítida.

Assim, Martins (2006, p. 25) define, “custo é um gasto relativo a bem ou

serviço utilizado na produção de outros bens e serviços”.

Segundo Leone (2000, p.54): “o custo de um fator de produção, medido em

termos para a obtenção de um produto, de um serviço ou de uma atividade que

poderá ou não gerar renda”.

O custo representa uma despesa necessária para a produção dos produtos,

ou serviços que poderão ou não gerar renda.

Na fabricação dos produtos e serviços os custos são separados em diretos e

indiretos. Para sua mensuração a empresa precisa encontrar um meio de identificá-

los em fichas técnicas são próprias para encontrar os custos diretos. Nas fichas

técnicas serão anotados os pesos, as embalagens e os preços dos ingredientes.

Mas para calcular com precisão o custo real levam-se em consideração os custos de

compra, os tipos de embalagem e as perdas de drenagem, além do tempo de

preparo; assim se tem os custos diretos da receita preparada, mas essas fichas

devem ser revistas a cada 3 meses.

Conforme Bruni (2006, p. 261), “os custos são formados essencialmente por

parte do valor pago ao fornecedor, mais despesas com a logística, como fretes ou

seguros. Os impostos não devem ser incorporados no custo”.

DESPESA

Leone (2000. p, 54) chama as despesas de “o gasto aplicado na realização

de uma atividade que vai gerar renda efetivamente ou que poderá gerar uma renda

teórica”.

Segundo Santos (2006, p. 17), “despesas representam saídas de caixa

atuais ou o esperadas, provenientes das atividades principais da entidade”.

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Desta forma as despesas representam um gasto que gera renda, através do

desembolso do caixa.

As despesas são divididas em fixas e variáveis, nas despesas fixas estão

inclusas: embalagens, comissão dos vendedores, taxas administrativas do cartão de

crédito sobre as vendas, taxas de financiamento, quanto se trata de vendas a prazo.

Segundo Ribeiro (2009, p. 507):

“Os percentuais de participação dessas despesas, em geral, não causam embaraços para serem definidos. As comissões a vendedores, por exemplo, não são fixadas pela empresa; os tributos que guardam proporções com o preço de venda também têm suas alíquotas fixadas pelo governo; as parcelas das vendas a serem repassadas para as administradoras dos cartões de créditos, bem como para as detentoras das franquias, são fixadas nos contratos firmados especificamente para essas operações. Restam, então, estimar percentuais para poucas despesas, como fretes, material de embalagem e outras.”

Segundo Ribeiro (2009, p. 507), “consideram-se as despesas que

independem do volume da produção e venda e se repetem em todos os meses do

ano”.

As despesas fixas estão associadas à manutenção do ponto-de-venda

como: aluguel, energia elétrica, telefone, salários e encargos, contador e outros.

Para facilitar a formação do preço, as despesas fixas são calculadas em

planilhas e definidos percentuais para facilitar a distribuição, para repassar aos

produtos ou serviços.

PERDA

Conforme Sacramento (2009, p. 08), “o ato de desperdiçar advém,

alternativa ou cumulativamente, da falta de competência na utilização dos recursos

disponíveis, sejam eles humanos, materiais ou financeiros”.

O desperdício e as perdas representam um custo inútil para empresas e se

não detectados podem levar uma empresa à falência.

Segundo Sá et al (2003, p.10-11):

“Isto porque as empresas, para não ficarem com o prejuízo, repassariam o valor do desperdício para o custo final dos produtos [...]Objetiva-se como este trabalho, o esclarecimento dos desperdícios dentro das organizações, bem como seus diferentes tipos de formas, que por sua vez identificados, auxiliam a elaboração de um instrumento pelo qual possa servir como base para execução de atividades, a fim de eliminá-los”.

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A apropriação dos desperdícios pode ser considerada custo, apropriado aos

produtos, ou serem considerados despesas e lançados na DRE, mas o mais

recomendável é reconhecê-la como custo no produto.

De acordo Wernke (2005, p. 4):

“O conceito de desperdício é mais difundido na área da engenharia de produção do que na esfera contábil ou administrativa e pode englobar os custos e as despesas utilizados de forma não eficiente. São considerados desperdícios os gastos relacionados com atividade que não agregam valor, do ponto de vista do cliente, que implicam dispêndio de tempo e dinheiro desnecessário aos produtos (ou serviços)”.

De acordo com Sacramento (20, p. 19):

“Perdas são sobras presentes em qualquer processo e resultam de limitações tecnológicas e/ou operacionais decorrentes de padrões, modelos, moldes, e do domínio de tecnologia do conhecimento existente em dado instante”.

Em alguns ramos de atuação, o desperdício faz parte do cenário do

empreendimento, com isso, os gestores precisam ter um sistema de custo mais

aprofundado. Ao reconhecer onde o desperdício ou a perda acontece fica mais fácil

mensurá-lo e eliminá-lo, assim a empresa se torna mais competitiva.

2.2.1 Definiçao de custo

A contabilidade reconhecia apenas as despesas como geradora de receitas,

mas com a evolução e a industrialização surgiu o conceito de custo que para Santos

et al, (2006, p. 79) “relaciona-se às despesas necessárias para a produção”.

Maher (2001, p. 64) define custo como “um sacrifício de recursos”. Pois para

adquirir qualquer produto é necessário o sacrifício de recursos, que pode ser o

pagamento no ato da compra ou no futuro.

Segundo Ribeiro (2009, p. 23): “Despesa e custo, tecnicamente representam coisas diferentes quando utilizadas pela contabilidade de custos, mas, quando empregadas na nossa linguagem comum ou integrando terminologias de outras profissões, em certos casos, podem representar coisas semelhantes”.

Pode-se identificar melhor a diferença da despesa com o custo na DRE, os

custos são agregados ao produto e as despesas se apresentam depois do lucro

bruto.

Conforme Maricato (2007, p. 138):

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“Em restaurantes, os custos médio dos alimentos fica entre 18% e 28% dos custos totais do estabelecimento. O de bebidas fica entre 7% e 14%, o aluguel, entre 3% e 6%. O custo total de pessoal, inclusive encargos, salários e reclamações trabalhistas, têm crescido percentualmente, sendo comum, hoje em dia, situar entre 25% e 35% do total”.

2.2.2 Classificação de custos

As classificações de custo são apresentadas no quadro abaixo:

Quadro 2 – Principais classificações de custos Classificação Categorias

Quanto à facilidade de identificação no produto Direto Indireto

Quanto ao volume produzido no período Variáveis Fixos

Fonte: Wernke (2005, p. 7)

Os custos são ligados diretamente ao processo de produção e possuem

alguns macetes para aprimorá-los de forma correta como demonstrado acima no

quadro 2.

2.2.2.1 Custos diretos

Os custos diretos possuem algumas particularidades que serão

apresentadas nesta subseção.

Ribeiro (2009, p. 33) diz: “custos diretos compreendem os gastos com

materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação aplicados diretamente na

fabricação dos produtos”.

De acordo com Wernke (2005, p. 7): “são os gastos fácil ou diretamente

atribuíveis a cada produto fabricado”.

Segundo Leone (2000, p. 59): “são todos os custos que se conseguem

identificar com as obras, do mais econômico e lógico”.

Os custos diretos estão ligados diretamente ao produto como:

supermercado, frios, verduras, mão-de-obra de fabricação e outros. Os custos

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diretos são fáceis de identificar, basta conhecer o ramo de estudo e o produto,

qualquer pessoa os identifica.

2.2.2.3.Custos indiretos

Em que se apresenta a definição dos custos indiretos e suas abrangências.

Conforme Ribeiro (2009, p. 33), “Custos indiretos compreendem os gastos

com materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação aplicados indiretamente

na fabricação dos produtos”.

Leone (2000, p. 59) assegura: “São todos os outros custos que dependem

do emprego de recursos, de taxas de rateio, de parâmetros para o débito às obras”.

Wernke (2005, p. 8) descreve:

“A atribuição dos custos indiretos aos objetos acontece por intermédio de rateios, que consistem na divisão do montante de determinado tipo de custo entre produtos ou serviços utilizando um critério qualquer, como o volume fabricado por produto ou o tempo de fabricação consumido”.

Os custos indiretos estão diretamente ligados à fabricação, mas são

apropriados por forma de custeio. Exemplos: aluguel, energia, embalagem e mão-

de-obra indireta.

2.2.2.3 Custos variáveis

O custo variável como o nome diz, representa os custos que variam em

decorrência da produção.

Ribeiro (2009, p. 36), disse: “Os custos variáveis são aqueles que variam em

decorrência do volume da produção”. Então, quanto mais produtos forem fabricados

em um período, maiores serão os custos variáveis.

Conforme Werneke (2005, p. 8):

“São os gastos cujo total do período estão proporcionalmente relacionados com o volume de produção, quanto maior for o volume de produção, maiores serão os custos variáveis totais do período, isto é, o valor total dos valores consumidos ou aplicados na produção tem seu crescimento vinculado à quantidade produzida pela empresa”.

Segundo Marion (2006, p. 49-50), os custos variáveis:

“O valor global de consumo dos materiais diretos por mês depende diretamente do volume de produção. Quanto maior a quantidade produzida,

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maior seu consumo. Dentro, portanto, de uma unidade de tempo (mês, nesse exemplo), o valor do custo com tais materiais varia de acordo com o volume de produção; logo, materiais diretos são custos variáveis.”

Os custos variáveis variam em decorrência da produção do período, nos

momentos de picos os custos aumentam, nos períodos de sazonalidades os custos

diminuem.

2.2.2.4 Custos fixos

Os custos fixos estão diretamente ligados aos produtos ou serviços que a

empresa oferece, apresentado na definição do custo fixo a seguir.

Segundo Maher (2001, p. 75):

“Os custos fixos não se alteram na proporção direta da alteração no volume, dentro de um intervalo relevante de atividade. Os custos fixos são aqueles que não se alteram com maior ou menor produtividade como: aluguel, honorário do contador, pró-labore, telefone, depreciação e salários”.

Werneke (2005, p. 8), disse: “Custos fixos são aqueles cujos valores totais

tendem a permanecer constantes (fixos), mesmo havendo alterações no nível de

atividades operacionais do período”.

Os custos fixos estão ligados ao funcionamento do estabelecimento

independentemente da produção, como: aluguel, telefone, energia, internet e

funcionários.

2.2.2.5 Custo primário I

Custo Primário, conforme Franco (1994, p. 152), é "[...] o total do material

da mão-de-obra aplicada em um produto, excluídos, portanto, os gastos gerais de

fabricação."

O material é o elemento de custo de produção mais importante, em virtude de

ser constituído de matérias primárias e secundárias, as quais quando transformadas

no processo produtivo irão formar o produto.

De acordo com Franco (1994, p. 153), a matéria-prima é: "[...] o material que

entra em maior porção no fabrico do produto, como por exemplo: a madeira na

fabricação de móveis; a farinha de rigo na fabricação do pão; o ferro e o aço na

fabricação de máquinas, o papel na fabricação de livros e o fio na fabricação de

tecidos."

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Entretando, observa-se que outros materiais entram também na fabricação,

porém em quantidades menores.

2.2.2.6 Custo Primário II

Neste sentido, Franco (1994, p. 153), define a matéria secundária: "é aquela

que, embora diretamente aplicada no produto, não entra em grande proporção,

representando apenas uma pequena parte do custo do material, como por exemplo:

o verniz e os pregos na fabricação dos móveis, o sal e o fermento na fabricação do

pão”.

Verifica-se assim, que as matérias-primas e os materiais secundários fazem

parte do custo primário II, para a fabricação dos produtos junto ao custo de mão-de-

obra, portanto, como normalmente na fabricação de um produto tem-se muitos

materias diferentes presentes em quantidade diversas. É preciso identificar aqueles

materiais que se fazem presente em maior quantidade, denominando-os de

matérias-primas e, aqueles que se fazem presente em menor quantidade na

composição do produto, denominam-se materiais secundários.

2.2.3.6 Rateio

Os gastos gerais diretos da produção podem ser facilmente calculados, pois

incidem de forma direta sobre os produtos, contudo, existem gastos gerais indiretos,

os quais necessitarão de uma distribuição aos produtos através da adoção de um

critério de mensuração. A este procedimento, denomina-se rateio. O rateio pode ser

realizado de várias formas: pode-se adotar a distribuição proporcional ao custo da

matéria-prima de cada produto, ou à mão-de-obra.

Entretanto, qualquer que seja o critério adotado, sempre apresentará

vantagens e desvantagens, sendo difícil afirmar com segurança qual o mais

adequado. “Assim sendo, não há um critério uniforme para a distribuição de todos os

gastos gerais, no entanto, existe o entendimento de que para realizar o rateio faz-se

necessário considerar a natureza do produto a ser fabricado e a relação do custo a

ser rateado com o produto, ou seja, a forma de incidência do custo na

produção”.(FRANCO, 1994, P173-174).

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1.9 2.3 Sistemas de custeio

O custeio significa Método de Apropriação de Custos e apresentam

aplicações e características próprias. Abordar-se três tipos de custeio: custeio por

absorção, custeio variável e o ABC.

2.3.1 Custeio pelo método de absorção

O modelo de absorção segundo Martins (1987, p. 41), “consiste na

apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de

produção; todos os gastos na fabricação são distribuídos para os produtos feitos.”

De acordo com Crepaldi (2004, p. 224):

“Nesse método de custeio, todos os custos de produção são apropriados aos produtos do período. Os custos de produção podem ser apropriados diretamente, como é o caso do material, mão de obra direta, ou indiretamente, como é o caso dos custos indiretos de fabricação. Os gastos que não pertencem ao processo produtivo, como as despesas, são excluídos.”

De acordo com os autores, os gastos de comercialização e distribuição são

cobertos pelos produtos vendidos, e devem ser apropriados como despesas no

período.

O custeio por absorção é um método derivado da aplicação dos princípios

geralmente aceitos pela contabilidade, ela é aceita para a avaliação de estoques,

levantamento de balanço patrimonial e de resultado atendendo a contabilidade

societária e o fisco.

Conforme Wernke (2005, p.19):

“O custeio por absorção” é mais adequado para finalidades contábeis, como avaliar estoques e determinar valor total de custo dos produtos vendidos a ser registrado na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). “Sua utilização tem sido exigida pela legislação brasileira e por determinação legal devem compor o custo dos bens ou serviços vendidos”.

O método de custeio por absorção rateia seus custos por vários critérios e

encontra um que melhor representa os consumos da empresa, quando a empresa

encontra um critério e estabelece-o, ele é conhecido como taxa predeterminada,

pois todos os rateios o utilizam como referência.

Segundo Leone (2000, p.125): “as bases para rateio deverão ser aquelas

que melhor representam o consumo, pelos produtos ou serviços”.

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Quadro 3 – Custeio por absorção em empresas de manufatura.

Fonte: Martins (1987, p.37)

O quadro 3 representa a DRE e a forma de apropriação dos custos,

despesa, vendas e estoque e resulta no lucro operacional.

2.3.2 Custeio variável

Segundo Leone (2006, p. 322), modelo de custeio variável,

“O critério de custeio variável fundamenta-se na idéia de que os custos e as despesas que devem ser inventários (debitados aos produtos em processamento e acabados) serão apenas aqueles diretamente identificados com a atividade produtiva e que sejam variáveis em relação a uma medida (referências, base, volume) desta atividade. Os demais custos de produção, definidos como periódicos repetitivos e fixos, serão debitados diretamente contra o resultado do período.”

De acordo com Crepaldi (2004, p. 149):

“O custeio variável fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e gastos fixos, isto é, em gastos que oscilam proporcionalmente ao volume da produção/venda e gastos que se mantêm estáveis perante volumes de produção/venda oscilantes dentro de certos limites”.

Segundo os autores, o método de custeio variável se distingue por lançar as

despesas da estrutura produtiva no final do período, o que afeta diretamente o lucro

e não por produto. Este método não é aceito pela contabilidade, pois não atende os

princípios fundamentais de contabilidade e não é aceito pelo fisco.

Custeio por Absorção Empresas de Manufatura

Despesas Custos

Estoque de

Produtos

Custos

Demonstração de Resultados Receita

CPV Lucro Bruto

Despesas Lucro Operacional

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Esta forma de custeio é utilizada por gestores por não precisar recorrer aos

métodos de rateio facilitando o cálculo para formação de preço e a margem de

contribuição do produto ou serviço.

Santos et al (2006, p.111) apresentam as características:

Preço é função do mercado.

Calcula o custo variável do produto.

Obtém a “margem de contribuição” do produto.

É um sistema altamente flexível.

2.3.3 Custeio baseado em atividade (ABC- Activity-based costing)

Custeio ABC é o método de custeio que está mais inserido nas tecnologias

de produção. Ele é capaz de mensurar os consumos de lotes ou unidades, além de

abranger a produção, ele controla as atividades comerciais e de serviços.

Este tipo de custeio está sendo muito usado nos Estados Unidos e

recentemente no Brasil, distinguindo-se dos métodos tradicionais por não ser um

sistema de acumulação de custos para fins contábeis. Ele é mais indicado para a

parte gerencial, pois apresenta, com precisão, os custos por atividade.

Algumas terminologias empregadas no método custeamento ABC são

apresentadas no quadro 4, a seguir:

Quadro 4 – Conceitos pertinentes ao ABC. Processo(s) Atividade (s) Tarefa (s) Recursos Direcionadores de custos

Fonte: Wernke (2005, p. 32)

O quadro 4 apresentou os processos a serem seguidos para desenvolver o

método ABC. Desta forma, é possível apresentar algumas mudanças em relação ao

método ABC e VBC (volume based costing), segundo Nakagawa (2007, p. 12):

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Quadro 5 – Mudanças em relação aos dois métodos de custeio ABC VBC Escopo Eficácia dos custos Custos para controle

Objetivos Competitividade das empresas

Elaboração de relatórios financeiros

Gestão Visão ex-ante Visão ex-post Análise Visão tridimensional Visão bidimensional Mensuração Acurácia Exatidão

.Fonte: Nakagawa (2007, p. 12).

O quadro demonstra as diferenças entre as formas de custeio ABC –

Activity-based costing - e VBC – Volume Based Costing - em diferentes setores da

administração e contabilização. O método de custeio VBC, vem do pressuposto de

que os custos são mensurados a partir das quantidades de recursos para fabricá-los

e comercializá-los, já o custeio ABC se preocupa em saber se os recursos estão

sendo utilizados e apropriados de forma eficiente, basicamente são essas as

diferenças.

De acordo com Wernke (2005, p. 29):

“O ABC é uma metodologia de apuração de custos cuja característica de maior destaque é a capacidade de distribuir as despesas e os custos indiretos aos produtos de forma mais justa (em comparação com o Custeio por Absorção), já que tenta mensurar o efeito consumo desses gastos pelos itens fabricados. Para concretizar essa melhor alocação das despesas e dos custos indiretos, o ABC utiliza diversos critérios de rateio (ou de direcionamento) que tenham alguma relação lógica com o tipo de gastos que está sendo distribuído aos produtos.”

Conforme Padoveze (2004, p. 357):

“O custeio ABC procura aprimorar o custeamento dos produtos, através de mensurações corretas dos custos fixos indiretos, em cima das atividades geradoras desses custos, para acumulação diferenciada ao custo dos diversos produtos da empresa”.

Os produtos possuem diferenças quanto aos preços de custo, margem de

contribuição e pessoal envolvidos no preparo e atendimento.

Conforme Maricato (2007, p. 138):

“Os custos também devem ser avaliados e submetidos aos mesmos estudos comparativos, objetos de providências que visem a reduzi-los, sem prejuízo da qualidade dos produtos e serviços. Os custos também podem ser distribuídos da mesma forma: bar de um lado e salão e cozinha de outro, incluindo-se, então, custos de administração e serviços acessórios na proporção que cada um ocupa dos recursos administrativos”.

O custeio ABC apropria os custos em centros de custos ficando mais fácil de

mensurá-lo e calculá-lo.

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2.4 Utilizar planilhas eletrònicas para mensurar dados de custos

As empresas utilizam planilhas eletrônicas para controlar seus custos, pois é um

mecanismo de controle muito eficaz e de fácil manuseio. Estas planilhas são de

difícil elaboração, pois é necessário o conhecimento do processo, e as formas de

mensuração dos custos, depois de elaboradas ficam fáceis de serem alimentadas e

utilizádas para a tomada de decisão.

Segundo Gonçalves (2000, p. 1):

“O desenvolvimento de um bom sistema de custos requer conhecimento por parte da equipe que o está desenvolvendo, é necessário conhecer os processos pelos qual o produto passa como separar cada processo, como atribuir os custos indiretos de fabricação aos processos e em seguida aos produtos, e também como tratar os gastos da empresa, ou seja, classificar o que é e o que não é custo de fabricação. Com o auxilio de uma planilha eletrônica, é possível obter um sistema de custos que possa atender as necessidades de Micro e Pequenas Empresas que geralmente não possuem um sistema de custos confiável.”

As empresas de serviço possuem uma particularidade, pois podem

desenvolver um serviço com material ou não, para o desenvolvimento das planilhas

o administrador deve ter conhecimento da empresa em estudo para desenvolver as

planilhas que se adaptam a cada segmento.

Nelas serão incluídos os custos fixos e variáveis a mão-de-obra, para que o

se possa alimentá-la, verificá-la, confrontá-la, pois irão apresentar uma base de

dados dos custos que servirá de informação contábil para rápidos ajustes, para que

os preços de venda a serem formados, cubram todos os custos e as despesas. Com

os processos em planilhas, os usuários terão maior agilidade e rapidez.

Os custos fixos serão desenvolvidos por fichas técnicas, nas quais estarão

identificados os produtos utilizados em quantidade (quilo, litro, unidade). Serão

identificados os desperdícios e os custos unitários de compra, o que proporciona aos

gestores uma tomada de decisão mais eficaz e rápida.

No quadro 6 está demonstrado um modelo de FTP Ficha Técnica de

Produção para identificação dos produtos diretos utilizados na elaboração nos pratos

produzidos. Por exemplo, fubá, óleo, caldo, tempero de forma geral e, inclusive

água, para fazer uma simples polenta.

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Quadro 6 – Modelo de ficha técnica adequada para a empresa.

Fonte: Marcedo (2006, p. 75) revista cozinha profissional n 95 de junho/julho de 2006

As fichas técnicas apresentam os produtos utilizados na produção do prato,

a quantidade especifica, se houve desperdício - como na banana de fritar que as

cascas são consideradas desperdício, pois não se utilizam na produção, mas

compõem o valor do prato, este desperdício é considerado custo do produto.

O capital humano é o maior patrimônio que qualquer empresa possui,

embora muitas ainda não tenham se dado conta disso, pois sem ele não há nada

além do que um simples número de CNPJ. No entanto, gerir pessoas é muito

complexo, e exige muita estratégia e sensibilidade para conseguir cumprir suas

metas e atingir seus objetivos com eficácia.

No quadro 7 (sete) serão apresentados alguns benefícios e dificuldades da

ficha técnica de produção, como criação de um padrão mais realista, que por sua

vez fideliza a clientela, dá maior precisão na administração, facilita a localização de

possíveis falhas, dificulta furtos, mau uso e desperdício de alimentos, proporciana a

viabilização de preço mais adequado e, por consequência, aumenta os lucros, além

de um maior controle nos custos de produção, pois acaba reduzindo a necessidade

Produto: Polenta

Ingredientes Quant. MD Preço MD por um

(R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Fubá 2 kg 1,52 3,04 Óleo 2 L 2,80 5,60 Caldo Maggi 3 Tablete 1,27 3,81 Alho 50 g 6,90 0,35 Tempero arisco 50 g 5,27 0,53 Água 6 L 0,01 0,06 Total 13,39 Rende 3 kg

Modo de preparo: 1) Misture o fubá com água fria em uma bacia; 2) Ferva a água e quando estiver fervendo misture o fubá da bacia; 3) Acrescente o caldo de galinha; 4) Misturar até pegar fervura tampe a panela de preço por 40 minutos.

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de maior número de profissionais no quadro de funcionários, que por sua vez,

aumentaria as despesas trabalhistas:

Quadro 7 – Os benefícios e as dificuldades da FTP. Benefícios e Dificuldades da FTP Benefícios

Criação de um padrão objetivo e realista, capaz de permitir a comparação e o acompanhamento ativo previsto.

Obtenção de um mesmo padrão gastronômico de qualidade, o que resulta em benefícios como a fidelização da clientela.

Mais precisão na administração dos custos de produção. É um documento concreto, objetivo e que a rápida localização de possíveis falhas. Impede que o negócio vire “terra de ninguém”. Dificulta furtos, maus usos e desperdícios. Viabiliza estabelecer o “seu preço” de venda e uma margem realística de lucratividade, pois

possibilita conhecer exatamente o custo da preparação do alimento. Possibilita o fornecimento de orçamento de serviços e permite a participação em processos de

licitações. Proporciona mobilidade e reduz a dependência de um profissional.

Dificuldades

Necessidade de atualização permanente de preços dos insumos e, de vez em quando, dos

quantitativos dos alimentos e bebidas (somente quando mudarem as versões do cardápio ou a

carta de bebidas).

Compra de equipamento, como um computador simples, com o aplicativo do Excel; e uma

balança eletrônica ( 25 gr a 50 kg)*.

Procedimento de identificação das taras de todos os recipientes da cozinha/ copa/ bar.

* Para aqueles que não têm equipamentos e precisam comprá-los. Entretanto, é um

investimento e, todo investimento, um dia, se reverterá em lucro.

Fonte: Marcedo (2006, p. 74) revista cozinha profissional nº 95 de junho/julho de 2006.

Conforme demonstrado no quadro 7, as fichas técnicas para as empresas no

ramo de alimentação apresentam mais benefícios do que dificuldades, um aliado

para os gestores que pretendem ter os custos sempre evidenciados e controlados,

assim, se tornarem mais competitivos.

1.10 2.5 Definição do método de mark-up

Conforme Bernardi (2007, p. 164):

“Apresentaremos a definição de mark-up, que no dicionário técnico contábil português-inglês significa “remarcar para cima” e segundo o dicionário Accounting: the language of business, de Sidney Davidson et al., mark-up é “um valor original adicionado ao custo. Usualmente expresso como um percentual do preço de venda. Refere-se também a um aumento sobre um preço de varejo originalmente estabelecido.”

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Segundo Bernardi (2007, p.164), “o Mark-up pode então ser definido como

um índice ou percentual que irá adicionar aos custos e despesas, o que não significa

que deva ser aplicado linearmente a todos os bens e serviços”.

Padoveze (2004, p. 432), “define mark-up, como um multiplicador sobre o

custo dos produtos, mas que é obtido de relações percentuais sobre o preço de

venda”.

De acodo com Ribeiro (2009, p. 510), “denomina-se taxa de marcação

(mark-up multiplicador ou mark-up divisor) o indicador que, aplicado sobre o custo

unitário de fabricação de um produto, resulta no preço de venda do referido produto”.

O mark-up representa a porcentagem que a empresa pretende auferir de

lucro, incluso os custos variáveis, as despesas e os custos fixos, menos o custo da

fabricação.

Segundo Bernardi (2007, p. 26):

“Administrar em um ambiente de economia global em que o preço é um assunto de maior relevância, e é igual a somatória dos custos, lucros e despesa (P=CLD), mas o mercado tem outra filosofia que dita o preço, dessa forma o lucro é igual ao preço aceito menos o custo e a despesa”.

Segundo Bernardi (2007, p. 130):

“É um método básico e elementar no qual, com base na estrutura de custo e despesa e do lucro desejado, aplica-se um fator, marcador ou multiplicador, formando-se o preço. Desta forma, o preço cobrirá todos os custos, despesa, impostos e terá como residual o lucro das vendas desejado.”

Para a empresa obter lucro é preciso ter em mente o preço que o mercado

está disposto a pagar e diminuir seus custos de despesas, pois o mercado já não

absorve qualquer preço.

2.5.1 Multiplicador sobre os custos (Mark-up)

O Mark-up é um multiplicador dos custos dos produtos, os custos variáveis,

despesas, impostos e margem de lucro em que são determinados percentuais sobre

o preço de vendas.

Conforme Cavalcante e Silva (2007, p. 69): “o Mark-up I é aplicado sobre o

custo de produção e sobre o resultado encontrado é aplicado o mark-up II, obtendo-

se o preço de venda”.

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No quadro da página abaixo serão apresentados os elementos que

compõem o Mark-up, como despesas administrativas, comerciais, outras despesas

operacionais – assistência técnica, engenharia-, custo financeiro e outros.

Quadro 8 – Os elementos que compõem o mark-up. Mark-up I – despesas e margem de lucro

a) Despesas administrativas;

b) Despesas comerciais;

c) Outras despesas operacionais (assistenciais técnicas, engenharia);

d) Custo financeiro de produção e vendas;

e) Margem de lucro desejada.

Mark-up II – Impostos sobre venda

ICMS

PIS

COFINS

Fonte: Padoveze (2006, p. 314)

Segundo Cavalcante e Silva (2007, p. 69):

“Podem ser utilizado mark-up I e mark-up II. No mark-up I, são considerados uma margem de lucro desejada pela empresa, as despesas sobre as vendas e todos os itens em percentuais sobre vendas. Já no mark-up II, são considerados, conforme cita a metodologia de calculo, os impostos sobre venda dos serviços.”

Para a formação adequada do preço de venda, os dois tipos de mark-up

devem ser levados em conta, pois um trata dos impostos incidentes nas vendas e o

outro trata das despesas e custos.

2.5.2 Mark-up e estrutura da demonstração de receitas

Para extrair o Mark-up da estrutura da demonstração de resultado, os custos

dos produtos vendidos devem ser separados. Conforme Padoveze (2006, p. 315):

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“O mark-up I parte dos custos industriais, e o multiplicador adotado determina o preço de venda antes dos impostos sobre a venda. Esse preço de venda cobre, além do custo industrial, as despesas operacionais, o custo financeiro e a margem de lucro desejada. O mark-up II parte do preço de venda sem impostos, para obter o preço de venda com impostos – preço que interessa ao cliente e deve constar da lista de preços.”

No quadro da próxima página aparece o Mark-up e a demonstração de

resultado.

Quadro 09 – Demonstração de resultado com mark-up. Receita Operacional Bruta (Preço de Venda com Impostos) 120,00

(-) Impostos sobre a venda (20,00)

= Receitas Operacionais Liquidas 100,00 (preço de Venda sem Impostos)

(-) Custos dos produtos vendidos (Custo industrial por absorção) (60,00)

Materiais diretos 25,00

Mão - de - obra direta 8,00

Mão – de- obra indireta 12,00

Despesas gerais 8,00

Depreciação 7,00

= Lucro Bruto 40,00

(-) Despesas Operacionais e Financeiras (28,00)

Comerciais 12,00

Administrativas 10,00

Financeiras 6,00

= Lucro Líquido antes dos Impostos sobre o Lucro 12,00

(-) Imposto sobre o Lucro* (4,08)

= Lucro Líquido após os Impostos sobre o Lucro 7,92

*No Brasil, os impostos sobre o lucro são: a) Imposto de Renda, com alíquota

básica de 15% mais adicional de 10% para lucros anuais superiores a $ 240.000 no ano;

b) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, com alíquota de 9%. A alíquota efetiva para

a maior parte das empresas tributadas pelo lucro real aproxima-se, então, de 34%.

Fonte: Padoveze (2006, p. 315).

Neste exemplo o Mark-up I seria de 1,6667.

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Na DRE evidencia o Mark-up logo abaixo da CPV, onde demonstra os

custos separadamente, ficando mais fácil compreende-lo.

2.5.3 Mark-up genérico

No modelo de Mark-up genérico são usados os mesmos percentuais das

despesas e da margem de lucro desejada para que seja aplicada igualmente para

todos os produtos. Os impostos sobre vendas devem ser estudados por suas

particularidades, pois alguns não incidem impostos, como na exportação e, outros

devem ser aplicados os percentuais definidos pelo governo.

Segundo Padoveze (2005, p.387):

“Na construção do índice multiplicador que será aplicado sobre o custo por absorção, os indicadores das despesas operacionais sobre vendas (administrativas, comerciais) terão os mesmos percentuais para todos os produtos. O mesmo acontecerá com o custo financeiro e com a margem de lucro desejada, que terão os mesmos percentuais sobre o preço de venda, aplicados igualmente para todos os produtos”.

Para o custeio por absorção as empresas industriais produzem diversos

produtos utilizam o Mark-up genérico.

2.5.4 Mark-up, mercados, canais de distribuição, mix de vendas dos produtos

Os produtos são distribuídos para vários mercados e atingem diferentes

públicos, as empresas devem definir os preços de acordo com os custos das

distâncias, assim os preços são diferenciados.

Segundo Padoveze (2006, p. 317):

“Forma-se um mix de venda para cada produto, sendo que cada segmento de mercado deve ter um preço de venda diferenciado. Assim, é necessário, na formação de preços diferenciados, de modo que a rentabilidade da empresa não seja afetada”.

De acordo com Padoveze (2005, p. 388), “os preços de venda diferenciados

deverão formar um preço de venda médio do mix de venda de cada produto, de

sorte que a rentabilidade final seja alcançada”.

Nesse contexto a empresa deve conhecer os custos de forma mais precisa,

para não afetar a rentabilidade e formar um preço médio do mix de venda para

alcançar os resultados projetados.

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2.5.5 Determinação da margem desejada para o Mark-up

A empresa, ao determinar a margem de lucro desejada, leva em

consideração a rentabilidade sobre o capital investido e a lucratividade das vendas

sobre o giro do ativo.

Determinar a margem de lucro através do método conhecido como Dupont é

uma ótima estratégia para a rentabilidade do negócio, conforme Padoveze (2006, p.

322):

“A margem desejada a ser aplicada nos preços de venda formados pelo custo deve ser resultante da rentabilidade desejada sobre o capital investido. Esse conceito é expresso pela fórmula de análise da rentabilidade, denominada método Dupont, que converge os elementos de lucratividade das vendas com o giro do ativo”.

Modelo do método Dupont segundo Padoveze (2006).

Rentabilidade do ativo= lucro operacional / ativo operacional

Segundo Padoveze (2005, p. 434) “a analise da geração da margem de

lucro é determinada Método Dupont, pois foi disseminada por esta empresa norte-

americana no início do século XX”.

Através da metodologia para a utilização da margem desejada o empresário

precisa conhecer a rentabilidade do investimento, e os produtos que possuem o

maior ou menor giro, assim fica mais fácil definir o percentual do Mark-up que

melhor se adapta a cada produto.

2.5.6 Mark-up desejado

Não há dúvida de que a capacidade de pagamento das firmas, o receio dos

bancos quanto aos efeitos de um aumento da taxa de inflação sobre a taxa de juros

real e a própria capacidade dos bancos de honrar compromissos na eventualidade

de inadimplência de seus devedores, normalmente influenciam a fixação da margem

que os bancos aplicam sobre a taxa básica de captação. É pouco provável que os

bancos sempre reajam a uma expansão na demanda por moeda de crédito somente

com ajustes via quantidade, pois a expansão do crédito pode elevar seus níveis de

exposição e alavancagem. De uma perspectiva mais geral, pode-se argumentar que

a preferência pela liquidez dos bancos afeta a taxa na qual eles se dispõem a

conceder empréstimos.

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Sob condições de excesso de capacidade produtiva em termos de capital

físico, as firmas produzirão de acordo com a demanda, de maneira que a

equalização ex-post entre a acumulação desejada e a poupança será gerada,

conforme o princípio da demanda efetiva, por intermédio de variações no grau de

utilização da capacidade

Para definir o percentual de lucro desejado sobre os custos serão seguidos

alguns passos que ajudam a entender melhor toda essa estrutura no que se refere a

lucratividade: Quadro 10 – Exemplo de mark-up desejado

Estrutura: ICMS 18% PIS/ Cofins 4,65% Comissões 2% Despesas 8% Tem-se uma mercadoria a um custo de $ 1.000,00 / unidade

1º Passo Definir quanto se pretende de lucro sobre o custo, por exemplo, 50%, ou seja, $ 500.

2º Passo Cálculo do mark- up Total da estrutura = 32,65% Observe-se que na estrutura do mark-up foi excluído o percentual de lucro sobre vendas, assim: 100 – 32,65 ------------------- = 0,6735 Mark-up divisor 100 1 ------ = 1,484781 Mark-up multiplicador 0,6735

3º Passo Cálculo do preço: (CUSTO $ + LUCRO $) X MARK-UP ($ 1000 + $ 500) X 1,484781 = 2, 227,17

4º Passo Demonstração Vendas 2.227,17 Custo 1000,00 ICMS 400,89 PIS / Cofins 103,56 Comissão 44,54 Despesa 178,18 --------------- Lucro 500,00

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Lucro = a 50% do custo e 22,4% das vendas. .Fonte: Bernardi (2007, p. 169-170).

Através deste exemplo fica mais fácil entender o Mark-up desejado, onde

esse pode escolher o lucro desejado, levando em consideração várias problemáticas

sazonais, geográficas, acesso e, inclusive a concorrência, a partir deste ponto, o

preço é estabelecido.

2.5.7 Como calcular o mark-up

Apresentaremos a forma de calcular o mark-up, os elementos que o

compõem e os métodos de calculo.

Segundo Bernardi (2007, p. 165), a somatória para a formação de preço, os

elementos que compõem a estrutura é a seguinte:

Quadro 91 – Estrutura do mark-up.

+ custos + despesas + impostos mark-up + lucro = preço de vendas

Fonte: Bernardi (2007, p. 165).

Os mark-up de marcação são (divisor ou multiplicador) conhecido como

“ponto de marcação”

Exemplo:

Preço = custo x mark-up (multiplicador) ou

Preço = custo / mark-up (divisor)

Para chegar ao número correto do Mark-up é necessário calcular o valor

tendo como base diversas questões.

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Os especialistas afirmam que é necessário ficar atento aos valores

praticados no mercado para que se possam definir as mudanças corretas. Alguns

consultores explicam que estes valores precisam de vigilância constante, uma vez

que qualquer modificação nos custos e nos percentuais dos impostos irá refletir

diretamente no preço de venda que, se não for reajustado, fará com que o lucro

diminua.

Aqui no quadro número 12 (doze) será demonstrado um exemplo do Mark-

up onde incidem todos os custos, impostos, despesas e o lucro. Também serão

apresentados o Mark-up divisor e o multiplicador, através de fórmulas que

possibilitarão melhor entendimento:

Quadro 12 – Exemplo do mark-up multiplicador e divisor. Suponha-se % PREÇO 100,00 ICMS 18,00 PIS/ Cofins 4,65 Comissões 2,50 Despesas Adm. 6,00 Lucro antes dos impostos 20,00 Total 51,15 100% - 51,15% Mark-up divisor = ------------------------ = 0,4885 100 1 Mark-up multiplicador = _______ = 2,0470829 O, 4885 Nesta estrutura, um Mark-up de 2,04708291 é suficiente para gerar um

lucro de 20% sobre a venda e não 104%, como poderiam supor-se incorretamente. Numa mercadoria de custo $1, 00, o preço de venda seria de $2,05 e o

lucro de 20% de $2, 05, ou $0,41, o que representa 41% sobre o custo, e não 104%.

RESULTADO DA VENDA Vendas $ 2,05 (100%) Custo $1,00 (48,85%) ICMS $0,37 (18%) PIS / Cofins $ 0,09 (4,65%) Comissões $0,05 (2,5%)

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Despesas adm. $0,13 (6%) Lucro $0,41 (20%) Algebricamente, o Mark-up multiplicador pode ser assim expresso:

1 CUSTO X _______________________ % DESPESAS+ %LUCRO 1 - __________________ 100

Fonte: Bernardi (2007, p. 166).

Através deste exemplo fica mais evidente o modo correto de apropriação

dos custos, despesas e impostos, mas os administradores devem estar sempre

atentos a futuros reajustes e particularidades quanto a esses itens, que podem

sofrer algumas alterações com as leis em vigor.

1.11 2.6 As dificuldades do método Mark-up

Alguns gestores apresentam dificuldades ao calcular o mark-up, pois não

conhecem seus custos, ou não os atualizam periodicamente, o que os leva a tomar

decisões incorretas e confundem o mark-up com o lucro e não apropriam as

despesas e os impostos.

De acordo com Bernardi (2007, p. 165):

“Na pratica, o conceito e a estrutura não são dominados por parte significativa dos envolvidos nos assuntos da empresa. Usa-se o conceito de mark-up, todos utilizam o multiplicador, mas largamente por hábito, usos e costumes, prática do ramo, se conhecer sua estrutura, particularidade e possibilidades estratégicas, e o pior, sem avaliar exatamente os resultados.”

Com a dificuldade de formar a margem de lucro, alguns autores não

concordam que seja a melhor formação de preço.

De acordo com Nellis, Joseph (2003, p. 318):

“Como em todas as estratégias de preços baseadas em custo, pode-se contestar que o preço de mark-up começa do ponto errado. Normalmente, fará mais sentido que a gerência primeiramente procure descobrir o preço máximo a que o produto pode ser vendido (o preço estabelecido pelo concorrente?) e, depois trabalhar retroativamente, determinando quais os custos permissíveis que deixem uma margem de lucro adequada, considerando-se aquele preço(isto é conhecida como ‘determinação de preço reversa)”

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O Mark-up é um modelo de formação de preço bastante difundido pelos

empresários, mas alguns não conhecem suas particularidades, o que acarreta

tomada de decisões incorretas no futuro da empresa.

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3 METODOLOGIA

3.1 Monografia

De acordo com o Dicionário Aurélio, monografia é uma dissertação ou

estudo minucioso que se propõe a esgotar determinado tema relativamente restrito.

Segundo Marconi, Lakatos (2001, p.151), “monografia trata-se de um estudo

sobre um tema específico ou particular, com suficiente valor representativo e que

obedece à rigorosa metodologia”.

Monografia representa um trabalho sobre algo especifico que obedecem as

normas da ABNT, e resulta em investigação científica.

3.2 Metodologia

Conforme Gil (2009, p. 17): “a pesquisa é desenvolvida mediante o concurso

dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e

outros procedimentos científicos.”

O método de abordagem utilizado será o indutivo, pois através da empresa

em estudo será desenvolvida uma planilha para determinar os custos e o real lucro

das empresas no seguimento de serviços.

Segundo Lakatos (1985, p. 83), “indução é um processo mental por

intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados,

infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas”.

Para o desenvolvimento da pesquisa, serão utilizadas pesquisas

bibliográficas e documentais. Na pesquisa bibliográfica serão utilizados livros na

área contábil e literatura especifica no ramo de atuação da empresa e outros

materiais, buscando aprofundar-se o conhecimento na área do estudo.

Na pesquisa documental direta, a maior parte das informações foi coletada

nos registros contábeis da empresa. Segundo Lakatos (2006, p.43):

“A documentação direta constitui-se, em geral, no levantamento de dados no próprio local onde o fenômeno ocorre. Os levantamentos dos custos servirão para a obtenção de custeio das diferentes atividades envolvidas nos processos de produção”.

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Será usada a pesquisa descritiva para descrever os processos na produção

e comercialização. Para analisar e descrever os processos utilizou-se pesquisa de

campo. Rudio (1985, p. 56), descreve:

“A pesquisa descritiva está interessada em descobrir e observar os fenômenos procurando descrevê-los e classificá-los e interpretá-los estudando o fenômeno, a pesquisa deseja conhecer a sua natureza, sua composição, processo que o constituem ou nele se realizam”.

Na pesquisa de campo, utilizar-se-á de técnicas de pesquisa de observação

que Lakatos (2006, p. 192) relata: “É uma técnica de coleta de dados para conseguir

informações e que utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da

realidade”.

Com a técnica de observação e pesquisa descritiva foram elaboradas fichas

técnicas das receitas preparadas pelo restaurante em que será anotada com

gramatura dos ingredientes, ordem de utilização e modo de preparo, para a

contabilização dos custos diretos.

A pesquisa será caracterizada como estudo de caso que conforme Andrade

(1993, p.116), “a pesquisa de campo utiliza técnicas especificas, que tem o objetivo

de recolher e registrar, de maneira ordenada, os dados sobre o assunto em estudo”.

Segundo Gil (2009, p. 53), “no estudo de campo, o pesquisador realiza a

maior parte do trabalho pessoalmente, pois é enfatizada importância de o

pesquisador ter tido ele mesmo uma experiência direta com a situação de estudo”.

Ainda conforme Gil (2009, p. 53), “o estudo de campo apresenta algumas

desvantagens em relação principalmente aos levantamentos. Como são

desenvolvidos no próprio local em que ocorrem os fenômenos, seus resultados

costumam ser mais fidedignos”.

O objetivo de análise do estudo de caso foi uma churrascaria. A escolha da

churrascaria para a realização do estudo se deu pela necessidade de identificar o

mark-up deste estabelecimento.

1.12 3.3 Método de pesquisa

Para a realização do estudo buscou-se desenvolvê-lo em obediência às

seguintes etapas:

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1ª Etapa – Procedeu-se a um levantamento bibliográfico e documental

relativo à formação de preço utilizando-se o conceito de mark-up em uma empresa

no ramo de churrascaria, adotando como fontes livros, periódicos, sítios e outras

fontes de leitura corrente, para proporcionar os conhecimentos técnicos a cerca do

tema pesquisado.

2ª Etapa – Identificou-se o universo da empresa, assim como a

segmentação e a concorrência conhecendo a empresa estudo de caso mais

profundamente através da analise externa e interna.

3ª Etapa – Para a identificação dos custos da produção foram elaboradas

fichas técnicas de cada produto, e no estudo de caso foi utilizado o período de uma

semana para o cálculo de formação do preço de custo. Para a formação do custo

direto foram separados os cardápios em produtos primários I e secundário II onde

materiais primários representam os pratos que estão todos os dias no bufe, e os

secundários são os que variam de um dia para o outro.

4ª Etapa – Elaboradas as fichas técnicas foram mensurados os custos dos

produtos utilizados. Os custos de mão-de-obra, custos indiretos e as despesas,

foram mensurados através de dados dos registros contábeis da empresa.

5ª Etapa – Identificaram-se os tipos de custeio de acordo com a bibliografia

pesquisada e optou-se por desenvolver o trabalho com base no custeio absorção,

pelo fato deste custeio ser aceito pelas normas contábeis. Para o custeamento

foram consideradas varias bases de rateio até encontrar a que melhor atende à

apropriação dos custos nesta empresa. Após o custeio é definido o custo unitário de

cada produto.

6ª Etapa – Identificou-se o preço de custo unitário e o percentual de despesa

dos produtos, formulou-se planilhas para evidenciar o mark-up I e II para a formação

de preço dos produtos da empresa em estudo.

7ª Etapa – Elaborou-se planilhas para demonstrar o mark-up, onde

apresenta a margem de lucro desejada e o lucro que a empresa esta tendo na

atualidade.

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4 ANÁLISE E RESULTADOS

1.12 4.1 Estudo prático

A empresa foi fundada em 1998, com objetivo de atender a população

Juinense no ramo de churrascaria e restaurante, uma vez que a cidade oferecia

apenas uma opção neste ramo, a qual estava localizada distante do centro.

A empresa base da pesquisa é uma churrascaria, que produz três tipos de

refeições para atender o público alvo, oferecendo as seguintes opções: rodízio de

carne, marmitex e buffet.

A pesquisa pela formação de preço através dos custos e metodologia pelo

mark-up, foi utilizada, pois a empresa já optava por esta metodologia, o maior

desafio é identificar os custos e mensurá-los, pois neste segmento de mercado a

contabilidade tem que estar atenta ao desperdício tanto na produção como na

comercialização. Outro desafio é identificar o movimento e as quantidades

produzidas que variam de um dia para outro, fato que dificulta a formação do preço

de venda.

1.13 4.2 Rotinas de operação

A empresa trabalha com o sistema de self-service, onde a alimentação é

servida nos Buffet e as pessoas se servem, a carne é servida pelo garçom que

atende de mesa em mesa; com este atendimento as refeições são servidas

rapidamente com uma quantidade menor de funcionários.

A operação da churrascaria é muito simples. A operação inicial contém

alguns processos-chaves, como limpeza, preparo dos alimentos, arrumação dos

salões e preparo das carnes na churrasqueira.

O preparo dos alimentos segue o cardápio definido pela cozinheira de

acordo com a sazonalidade de alguns alimentos, e elaborado conforme as fichas

técnicas disponíveis pela administração.

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A churrasqueira possui algumas rotinas internas, garantindo que as carnes

sejam temperadas duas vezes por semana, geralmente nas terças e sextas. Quando

o movimento aumenta, busca-se fazer a reposição do estoque de carnes.

Na churrasqueira trabalham 5 pessoas que são responsáveis por tempero,

corte, espetos, assar e distribuir a carne no salão.

A equipe de salão é incumbida da higienização dos pratos, talheres,

galheteiros e mesas antes do atendimento ao publico, no processo de atendimento o

garçom atende as mesas fazendo o pedido de bebidas, depois recolhe as mesas

levando as louças para a cozinha.

O caixa é responsável pelo recebimento das comandas e controle dos

pedidos de marmitex. Quem faz este trabalho também quem controla as contas a

receber e a pagar, e responde por todo o processo de supervisão e apoio a todos os

demais processos.

No processo de atendimento, para que o serviço seja de boa qualidade são

necessários 14 colaboradores, sendo 4 na cozinha, 5 na churrasqueira, 2 na

limpeza, 3 garçons e o proprietário-gerente.

1.14 4.3 Composição do cardápio

Para aproveitar as mudanças sazonais do mercado, o restaurante aposta na

mudança do cardápio ao longo das estações, com finalidade de servir bem e com

baixo custo. Nem sempre é possível aproveitar as novidades, pois o forte do negócio

é, justamente, o cardápio móvel.

O cardápio fixo é mera referência. Todo dia, no máximo semana, há alguma

coisa diferente, porém nada que modifique sobremaneira. Adaptando alguns pratos,

reciclando outros ou criando novos apenas quando a sazonalidade permite. O

cliente também deve ter a liberdade de criar o seu prato. As estações do ano

influenciam na escolha dos ingredientes.

O cardápio do estabelecimento (restaurante) possui uma diversificação de

acordo com a sazonalidade dos produtos: são diariamente 10 pratos quentes e 10

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tipos de saladas, isso é fixo, porém no domingo sempre há alguma novidade como

um pernil ou peixe.

O quadro 16 refere-se ao cardápio que a empresa diversifica de acordo com

a sazonalidade de disponilidade dos produtos devido às estações serem bem

definidas na região.

Quadro 103 – Composição do cardápio.

Carnes suinas e bovinas, peixes e aves, na forma de:

Entradas - Saladas:

Guarnições:

Massas:

Fonte: Elaborado pela autora.

Nhoque Ravioli

Caneloni Lasanha Macarrão

Tortéis Frango arrepiado

Arroz Branco Arroz com Alho Arroz de Forno Arroz à Grega Arroz com Brócolis Arroz com Nozes e Passas

Feijão Comum Feijão Tropeiro Tutu de Feijão Farofas Diversas Escondidinho Macarronada

Suflês Diversos Batatas Variadas Legumes Cozidos Ovos Fritos, Omeletes e outras.

Legumes Crus Diversos Salada à Moda Cenoura Beterraba Alface

Salada Tropical Salpicão Maionese Tomate Chuchu Pepino em conserva

Saladas Diversas com Frutas Vinagrete Repolho com creme de leite

Lombo de porco Almôndega Bife a Rolê Strogonoffs Leitoa Assada Costela em molho

Frango com batata Carnes Recheadas e Assadas Carne Moída Pernil Assado Frango ao Molho Pardo

Filé ao molho madeira Torresmo e Linguiça Tender Carneiro Moela e outras.

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Aos domingos o cardápio é diferenciado, são incluídos mais 2 tipos de

guarnições e 1 tipo de carne.

1.15 4.4 Produtos e serviços oferecidos

A empresa trabalha com três produtos carro-chefe como: marmitex, rodízio e

comida a quilo. E possui alguns outros produtos como: bebidas frias e quentes que

servem para incorporar aos serviços de atendimento.

A tabela 01apresenta os valores de venda dos pratos oferecidos pelo estabelecimento.

Tabela 01 – Preço de vendas.

Preço de venda Produto Valor unitário Marmitex R$ 7,00 Rodízio R$ 19,00 Refeição por quilo R$ 18,00

Fonte: Elaborado pela autora.

A empresa no período estudado teve um faturamento médio de R$

49.628,00 correspondendo aos três produtos, mais bebidas.

Quantidade e receita produzida no período estudado: Tabela 02 – Quantidade e receita produzida no período. Produto Quant. Média Fat. Médio % Quant. % Fat.

Marmitex 1953 R$ 13.671,00 50% 30%

Rodízio 1084 R$ 18.895,84 28% 41%

Ref a quilo 831 R$ 13.048,60 21% 29%

Total 3868 R$ 45.615,44 99% 100%

Fonte: Elaborado pela autora.

O restante da receita corresponde à venda de bebidas, num percentual de

8% do faturamento.

1.16 4.5. Identificação dos custos de produção dos produtos

Para a identificação dos custos foi necessário conhecer a quantidade de

refeições consumida diariamente no estabelecimento. Para mensurar os custos e

apropriá-los aos produtos considerou-se o período de fevereiro, março e abril de

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2009, e os valores foram coletados a partir dos registros e controles de produção

(fichas técnicas) fornecidos pela empresa e, a seguir tabulados em planilhas do

Excel.

Os custos identificados estão relacionados com a produção, ou seja, matéria

prima, mão-de-obra, materiais diretos e indiretos.

4.5.1 Custos com materiais diretos

Os custos com materiais se referem ao: supermercado, frios, verduras,

embalagens e carnes. Para controle e identificação e mensurações destes custos

foram utilizadas fichas técnicas, que servem de controle de qualidade e dos custos

por apresentar os produtos e as quantidades especificas de cada produto.

Serão contemplados os custos diretos consumidos para o produto marmitex,

rodízio e refeição a quilo, em razão de que a empresa está iniciando a implantação

dos controles de custos e durante o período do estudo de caso. Os custos diretos

foram apropriados a partir da mensuração dos produtos por meio de balança. Onde

foram preparados pratos e marmitex, pesado e calculado a quantidade de cada

produto e os preços das quantidades a partir das fichas técnicas.

A marmitex possui algumas particularidades, pois nem todos os pratos

oferecidos pelo estabelecimento compõem seu cardápio, ela obedece a uma

variação limitada de variedades e quantidades. Eles compõem dois tipos de saladas,

carne assada e seis tipos de mistura que variam em apenas duas de um dia para o

outro.

No rodízio, foram identificadas as quantidades através da observação dos

clientes ao servirem seu prato e apropriadas quantidades a todos os pratos do

menu. Identificou-se que nem todos os clientes consomem todos os pratos do menu,

isto acarreta uma dificuldade para a mensuração e os dados podem distorcer as

quantidades consumidas das produzidas, mas para o calculo do valor unitário do

consumo direto não distorce a formação do calculo.

As refeições a quilo, também apresentam uma particularidade, pois as

pessoas não consomem um kg em uma refeição para que isto aconteça é

necessário o fornecimento para duas ou mais pessoas e algumas quantidades como

arroz e feijão e carne possuem um maior consumo que os outros pratos.

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Os materiais que entram na composição dos pratos, em maior número,

para efeito desta pesquisa, serão denominados custos primários 1. Os demais que

entram em menor quantidade, porém, não o suficiente para receber a denominação

de materiais secundários receberá neste estudo a denominação de custos

primários 2, pois ambos contituem-se em custos primários, de acordo com os

conceitos de custos. A tabela 03 demonstra os custos primários I que constam

diariamente no cardápio da empresa.

Tabela 03 – Custos dos produtos diários. Custo Primário

Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo

Cardápio Qt.

produzida Valor Do prato

Valor Por quilo

Qt. unitária

Valor unitário

Qt. unitária

Valor unitário

Qt. unitária

Valor unitário

Arroz 10 kg R$

22,20 R$

2,22 0,11 R$

0,24 0,05 R$

0,11 0,04 R$

0,09

Feijão 8 kg R$

16,73 R$

2,09 0,09 R$

0,19 0,03 R$

0,06 0,025 R$

0,05

Farofa 4 kg R$

21,18 R$

5,30 0,035 R$

0,19 0,025 R$

0,13 0,025 R$

0,13

Mandioca 1,8 kg R$

1,47 R$

0,82 0,03 R$

0,02 0,01 R$

0,01

Banana frita 4 kg R$

20,60 R$

5,15 0,03 R$

0,15 0,03 R$

0,15 0,03 R$

0,15

Tomate 2,3 kg R$

9,00 R$

3,91 0,03 R$

0,27 0,03 R$

0,12

Vinagrete 2,5 kg R$

10,50 R$

4,20 0,03 R$

0,32 0,03 R$

0,13

Cenoura 4 kg R$

19,60 R$

4,90 0,03 R$

0,15 0,015 R$

0,29 0,025 R$

0,12

Beterraba 3,3 kg R$

8,46 R$

2,56 0,03 R$

0,08 0,015 R$

0,13 0,025 R$

0,06

Maionese 3,3 kg R$

16,60 R$

5,11 0,01 0,03 R$

0,50 0,05 R$

0,26

Alface 1 kg R$

5,20 R$

5,20 0,005 R$

0,03 0,005 R$

0,03

Rúcula 1 kg R$

5,20 R$

5,20 0,005 R$

0,03 0,005 R$

0,03

Conserva 1,8 kg R$

15,00 R$

8,33 0,015 R$

0,23 0,03 R$

0,25 Carne assada 2 12 kg

R$ 112,80

R$ 9,40 0,15

R$ 1,41 0,04

R$ 0,38 0,03

R$ 0,28

Carne assada 1 20 kg

R$ 250,00

R$ 12,50 0,35

R$ 4,38 0,28

R$ 3,50

Total custo primário 47 kg

R$ 534,54 0,485

R$ 2,41 0,7

R$ 7,02 0,64

R$ 5,21

Fonte: Elaborado pela autora.

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Conforme demonstrado nas tabelas os produtos mais consumidos são arroz,

feijão e carne representando 40% da composição dos produtos, para a elaboração

dos valores do menu foram utilizadas fichas técnicas que podem ser consultadas

nos apêndices e verificar os calculados das quantidades e dos valores.

Os custos primários II variam no cardápio diariamente e representam 25%

do valor dos custos total unitário, para a mensuração dos custos foi estudada uma

semana o menu, identificados os custos dos pratos preparados através das fichas

técnica e mensurado a média da semana para a formação do preço de custo dos

pratos por dia. Conforme demonstra a tabela 04.

Tabela 04 – Valor por dia os custos secundários e custo médio. Custo Secundário

Dia Marmitex Rodízio Refeição a quilo Segunda-feira R$ 0,81 R$ 1,04 R$ 1,44 Terça-feira R$ 0,84 R$ 0,96 R$ 1,52 Quarta-feira R$ 0,75 R$ 0,72 R$ 1,19 Quinta-feira R$ 0,59 R$ 0,61 R$ 1,23 Sexta-feira R$ 0,77 R$ 0,86 R$ 1,60 Sábado R$ 1,12 R$ 1,65 R$ 2,05 Domingo R$ 0,77 R$ 2,85 R$ 3,74 Soma dos dias R$ 5,65 R$ 8,69 R$12,76 Valor médio R$ 0,81 R$ 1,24 R$ 1,82

Fonte: Elaborada pela autora.

Para a formação da tabela 04 acima, os custos por dia foram compostos

pela mensuração do cardápio e apropriação dos custos conforme o apêndice 5.

A tabela 05 demonstra o resultado da formação do custo direto.

Tabela 05 – Custo direto unitário Custo direto unitário

Marmitex Rodízio Refeição a quilo

Custo primário R$ 2,41 R$ 7,02 R$ 5,21

Custo secundário R$ 0,81 R$ 1,24 R$ 1,82

Custo total unitário R$ 3,21 R$ 8,26 R$ 7,03

Fonte: elaborado pela autora.

A composição do custo unitário se deu através da junção do custo primário

que se refere ao cardápio servido diariamente na empresa e os custos secundários

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que representam o custo médio dos pratos que são diversificados na semana, com

os dois custos identificados formou-se o custo direto unitário.

Os custos diretos são apropriados através das fichas técnicas e os custos

indiretos através do rateio. Como base no rateio se utilizou o consumo de carnes,

pois representarão um dos produtos com maior relevância no consumo dos pratos

oferecidos pelo estabelecimento.

Tabela 06 – Percentagem de carne consumida nas marmitex.

Carne unit. Quant. total Taxa pré-determinada

Marmitex 0,150 9,75 34,87%

Rodízio 0,400 14,4 51,50%

Ref. O quilo 0,300 3,81 13,63%

Quant. Total do dia 27,96 100% Fonte: Elaborado pela autora.

A tabela demonstra a porcentagem de carne utilizada na produção de 1 dia

da empresa, e serviu de parâmetro para o custeio da mão-de-obra indireta e dos

custos indiretos.

O desperdício no ramo de atuação é considerável, pois com movimentos

incertos as quantidades devem sempre atender a todos e sobrar para que se

eventuais clientes aparecerem de ultima hora, a empresa estar preparada. Algumas

sobras são aproveitadas, mais isto dificilmente acontece por isto a empresa trata a

sobra ou desperdício como um custo que deve ser apropriado ao produto e soma

aos custos diretos. O desperdício nos pratos representa a ordem de 5% e entra

como custo dos pratos por se tratar de uma perda corriqueira (faz parte do processo

produtivo), caso contrário seria despesa.

4.5.2 Desperdício

O desperdício ou perdas detectados na empresa em estudo, representa um

custo que deve ser atribuído ao produto. Foi detectado desperdício em três pontos e

devem ser estudados mais profundamente para não distorcer o lucro do período.

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A tabela 07 demonstra as fases de desperdício da empresa.

Tabela 07 – Fases do desperdício.

Fases Produção Consumo Sobras

Caracterização da perda

Nas fichas técnicas são considerado

desperdício o percentual de limpeza dos produtos em elaboração

A diferença da quantidade

produzida para a consumida

(sobras do buffet)

A diferença na quantidade servida e evidentemente consumida (sobra no prato) é desperdício da empresa

Parcela de perdas Material

incorporado ao custo do produto

As sobras no buffet, quando reutilizadas subtraem o custo dos novos pratos, caso contrário, são incorporadas ao custo dos produtos originais

As sobras nos pratos já foram consideradas no custos dos pratos

Fonte: Elaborado pela autora.

Conseguindo identificar o momento do desperdício fica mais fácil mensurá-lo

e apropriá-lo ao custo do produto.

Na primeira fase, a empresa apropria o desperdício ao custo direto através

das fichas técnicas elaboradas que consideram o percentual do desperdício

conforme apêndice F.

Na segunda fase, devem ser consideradas as diferenças entre as

quantidades produzidas e consumidas pelos clientes, conforme apêndice H, que

resumidamente apresenta-se na tabela 08, em que são demonstrados os custos

primários, e estabelece relação entre o que foi produzido e o que se consumiu

efetivamente, seja nas mesas simples por quilo, nas marmitex ou no rodízio.

É importante chamar a atenção para o fato de que nenhum produto do custo

primário pode ser desprezado na elaboração desse cálculo, para que se tenha uma

pesquisa com valor real.

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Tabela 08 – Desperdício do custo primário Desperdício do custo primário

Utilizada Consumida %

Produzida Marmitex Rodízio Ref. a quilo Total Utilizado

Arroz 10 7,15 1,75 1,11 10,01 13% Feijão 8 5,85 1,05 0,69 7,59 10% Farofa 4 2,28 0,88 0,69 3,84 5% Mandioca 1,8 1,05 0,28 1,33 2% Banana frita 4 1,95 1,05 0,83 3,88 5% Tomate 2,3 1,05 0,83 1,88 3% Vinagrete 2,5 1,05 0,83 1,88 3% Cenoura 3,5 1,95 0,53 0,69 3,17 5% Beterraba 3,3 1,95 0,53 0,69 3,17 4% Maionese 3,25 0,65 1,05 1,39 3,09 4% Alface 1 0,18 0,14 0,31 1% Rúcula 1 0,18 0,14 0,31 1% Conserva 1 0,53 0,83 1,36 1% Carne assada 2 12 9,75 1,40 0,83 11,98 15% Carne assada 1 20 12,25 7,76 20,01 26% Total custo primário 77,65 31,53 24,50 17,73 73,80 95% Desperdício 77,65 73,75 3,90 5% 5%

Fonte: Elaborado pela autora. Conforme demonstrado na tabela o desperdício primário corresponde a 5%,

que devem ser adicionado ao custo do produto, identificando-o fica mais fácil para

mensurá-lo sem que os gestores precisem diariamente calculá-los. Depois de

conhecer os custos primários, o estudo continuou nos secundários para conhecer a

real porcentagem (taxa predeterminada) para o desperdício.

Tabela 09 – Desperdício do custo secundário Desperdício do custo secundário

Produzida Consumida Sobras

Segunda 31,5 30,20 1,30

Terça 31,6 30,40 1,20

Quarta 30,3 29,17 1,13

Quinta 26,4 25,70 0,70

Sexta 27,4 27,20 0,20

Sábado 31,6 30,24 1,36

Domingo 32,6 31,18 1,42

Soma 30,20 29,15 1,05

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Desperdício 3% Fonte: elaborado pela autora

Nesta fase de desperdício corresponde ao custo (primário e secundário)

que estão disponíveis no buffet, para formar o percentual ou taxa predeterminado do

desperdício, para adicionar ao custo unitário do produto. A tabela 10 representa o

percentual de desperdício.

Tabela 10 – Percentual de desperdício. Percentual de desperdício

Primário 77,65 73,80 3,85 5%

Secundário 30,20 29,15 1,05 3%

Total 107,85 102,96 4,89 5% Fonte: Elaborado pela autora.

Conforme demonstra o quadro 26, o desperdício representa 5% a

quantidade produzida e deve ser reconhecida como custo direto. A tabela 11

representa a formação do custo direto umitário considerando o desperdício.

Tabela 11 – Valor do custo direto unitário com apropriação do desperdício

Custo direto unitário com desperdício

Marmitex Rodízio Refeição a quilo

Custo direto R$ 3,21 R$ 8,26 R$ 7,03

Desperdício R$ 0,16 R$ 0,41 R$ 0,35

Custo unitário R$ 3,37 R$ 8,67 R$ 7,38 . Fonte: Elaborado pela autora.

Sem a apropriação do desperdício ao custo a empresa poderia distorcer os

dados e concluir falso lucro, o que afeta diretamente a formação de preço pelo

método do mark-up.

4.5.3 Custos com mão-de-obra indireta

No ramo em estudo a mão-de-obra representa um dos custos significativos,

correspondendo ao preparo do alimento, identificou-se que a mão-de-obra deveria

ser tratada como indireta, porque na empresa as equipes de funcionários trabalham

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diretamente com todos os produtos. Com isto a melhor forma de contabilizar a mão-

de-obra é o rateio na apropriação dos custos.

A churrascaria conta com a equipe de cozinha, equipe de churrasqueira,

equipe de salão e higiene do local, para que estes serviços estejam de ótima

qualidade tornando a empresa competitiva, o quadro de colaboradores conta com 14

integrantes distribuídos nos respectivos setores, cozinha, salão e churrasqueira.

No custo da mão-de-obra incluem-se além dos salários, outros custos como

13º salário, provisão de férias, 1/3 (um terço) de férias e encargos sociais, conforme

descrito no apêndice B. A empresa se enquadra na situação tributaria do simples

nacional, onde os impostos como: PIS, COFINS, INSS e IRPJ, IPI, CSLL, ICMS e

Contribuição para a Seguridade Social (cota patronal) são agrupados.

A mão-de-obra indireta foi rateada pela quantidade de carne utilizada na

elaboração dos pratos e dividida pela mão-de-obra total do mês, com isto identificou

os custos por produtos, conforme demonstra A tabela 12 abaixo.

Tabela 12 – Rateio da mão-de-obra Mão-de-obra direta %

Rodízio R$ 3.855,57 51,50%

Marmitex R$ 2.610,56 34,87%

Refeição a quilo R$ 1.020,41 13,63%

Total R$ 7.486,55 Fonte: Elaborado pela autora.

Depois de identificados os custos de mão-de-obra indireta, foi identificado o

custo unitário através as quantidades médias de refeições produzidas no período de

estudo, conforme mostra a tabela 13 - Apropriação de mão-de-obra direta:

Tabela 13 – Apropriação de mão-de-obra por unitário Apropriação Marmitex Rodízio Ref. quilo

Quant. refei. Media 1.938 1.083 831

Mão-de-obra R$ 2.610,56 R$ 3.855,57 R$ 1.020,41

Valor un. MOI R$ 1,35 R$ 3,56 R$ 1,23 .Fonte: Elaborada pela autora

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4.5.4 Custos indiretos

Como demonstrados n a tabela 14 os valores se referem aos custos

indiretos necessários para o funcionamento da churrascaria como: água, alvará,

IPTU, depreciação entre outros que compõem os gastos incorridos.

Tabela 14 – Custos indiretos do período. Custos indiretos do período

Descrição Valor R$

Energia elétrica 1.773,00

Gás 1.232,00

Mensalidade do programa 100,00

Materiais de limpeza 500,00

Depreciação 1.000,00

Alvará 34,08

IPTU 102,50

Total 4.741,58 Fonte: Elaborado pela autora.

O rateio dos custos indiretos apurados no quadro 30, com base no consumo

de carne de cada produto, de acordo com as respectivas taxas pré-determinadas

está demonstrado na tabela 15.

Tabela 15 – Rateio dos custos indiretos. Rateio do custo indireto por produto Produto Rateio %

Marmitex R$ 1.653,38 34,87%

Rodízio R$ 2.441,91 51,50%

Refeição a quilo R$ 646,28 13,63%

Total R$ 4741,58 100% Fonte: elaborada pela autora

A apropriação dos custos indiretos aos produtos foi realizada considerando a

quantidade produzida durante o mês em que a pesquisa foi desenvolvida para maior

adequar-se a realidade e estão evidenciados como demonstrados a tabela número

16 (dezesseis).

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Tabela 16 – Apropriação dos custos indiretos por unidade. Apropriação dos custos indiretos por unidade

Rateio Marmitex Rodízio Ref. quilo

Quant. refei. média 1.938 1.083 831

Custo indireto R$ 1.653,38 R$ 2.441,91 R$ 646,28

Valor do custo indireto R$ 0,90 R$ 2,25 R$ 0,78 Fonte: Elaborado pela autora.

1.17 4.6. Custeio

No empresa em estudo optou-se pelo custeio por absorção, pois apresentam

uma abordagem, em que se possam mensurar todos os custos por produto. A

empresa apresenta uma diversificação em 3 produtos, que utilizam os mesmos

funcionários, e mesma estrutura. Por se tratar de uma churrascaria os custos não

serão passados pelos números de clientes, mas pelos produtos consumidos.

1.18 4.7. Custos totais identificados por produtos

Tabela 17 – Preço de custo dos produtos Com os custos de mão-de-obra, custos diretos e custos indiretos identificados,

demonstrados na tabela 17..Custos totais por produto

Produto MOI Custo indireto Custo direto Total unitário

Marmitex R$ 1,35 R$ 0,90 R$ 3,37 R$ 5,60

Rodízio R$ 3,56 R$ 2,25 R$ 8,67 R$ 14,50

Refeição a quilo R$ 1,23 R$ 0,78 R$ 7,38 R$ 9,39 Fonte: Elaborado pela autora.

O preço formado pelo A tabela 17, corresponde ao preço de custo que serve

de parâmetro para a formação do mark-up.

1.19 4.8. Despesa

As despesas identificadas referem-se as despesas de comercialização e as

despesas administrativas da empresa e devem ser consideradas como despesas do

período, de acordo com o custeio absorção, portanto, lançadas na DRE seguindo os

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Princípios Fundamentais de Contabilidade. Na tabela 18, estão demonstradas as

despesas encontradas no período de um mês.

Tabela 18 – Despesas encontradas no período de um mês. Despesas encontradas no período de um mês

Descrição Valor R$

Salários + encargos (MOI Adm/ Com) 2.085,46

Telefone 335,00

Contador 300,00

Mensalidade de Internet 90,00

Seguro 133,33

Encargos bancários 200,00

Juros 300,00

Manutenção 1.000,00

Embalagem 800,00

Total 3.158,33 Fonte: Elaborado pela autora.

A mão-de-obra considerada despesa se refere à limpeza do estabelecimento

e ao pró-labore. A proprietária exerce a função de caixa e departamento financeiro

além da supervisão do processo de produção, por isto o pró-labore foi considerado

como despesa.

1.20 4.9 Demonstração do Resultado do Exercício

Na DRE evidencia-se o resultado obtido pela empresa, no período de um

mês. Os cálculos para a elaboração da DRE, consideraram os preços de venda

praticados pela empresa para cada produto e as quantidades vendidas no período.

O CPV é calculado através da formula EI + custo mercadoria – EF através

desta equação se evidência o CPV. Mas a empresa não utiliza esta equação por

trabalhar com o conceito de just-in-time, com isto a empresa considerou os custos

primários e secundários e multiplicou pelas quantidades produzidas no período.

Os estoques não foram contemplados, pois são irrisórios uma vez que a

empresa para estudo de caso trabalha com o conceito de just-in-time conceituar no

referencial, ou seja, estoque próximo do zero. Isto se deve ao fato de que as

compras são realizadas quase que diariamente para os produtos perecíveis e os não

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perecíveis são comprados semanalmente. Assim sendo, de acordo com o preceito

de relevância não foram pesquisados.

A MOI considerou os salários, 13º salário, férias e encargos trabalhistas dos

funcionários envolvidos na produção dos produtos e foram rateados conforme taxas

predeterminadas no trabalho.

Os custos indiretos reconhecem os custos para o desenvolvimento do

produto assim como alguns pertencem a todo o ano e foram divididos para

apropriação no período conforme o Principio de Competência conceituar no

referencial, depois de identificados todos os custos do período foi rateado através da

taxa predeterminada onde foi encontrado o custos indiretos unitário.

Os impostos sobre vendas correspondem a 7% do valor das vendas,

conforme alíquota da tributação do simples nacional.

O lucro bruto corresponde ao lucro antes das despesas e não representa o

lucro real no exercício.

As despesas correspondem ao processo de comercialização com os gastos

de telefone, seguro e contador, sem estas despesas a comercialização do produto

não seria possível ou seriam inviáveis, na demonstração do exercício estas

despesas não precisam ser rateadas, mais os gestores necessitam conhecê-las

unitariamente para aplicar no mark-up.

Despesas financeiras representam os juros e os custos da parte

administrativa que é responsável pela administração da empresa e também não

precisam ser rateadas. Tabela 19 – DRE por produto

DRE por produto marmitex rodízio refeição a quilo Total

Vendas R$ 13.671,00 R$ 18.895,84 R$ 13.048,44 R$ 45.615,28

Custo produto vendido R$ 6.537,45 R$ 9.390,54 R$ 6.133,17 R$ 22.061,16

Mão-de-obra indireta R$ 2.652,30 R$ 3.917,22 R$ 1.036,73 R$ 7.486,55

Custos indiretos R$ 2.702,00 R$ 2.441,91 R$ 646,28 R$ 4741,58

Impostos R$ 546,84 R$ 755,83 R$ 521,93 R$ 1.824,61

Lucro bruto R$ 1.779,25 R$ 3.146,17 R$ 5.232,26 R$ 11.325,99

Despesa administrativa R$ 2.525,00

Despesa financeira R$ 633,33

Lucro antes do IR R$ 5.292,44

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Fonte: Martins (1999, p. 90).

Esta DRE não é a padrão reconhecida pela contabilidade, mas estamos

apresentado-a para demonstrar o lucro bruto por produto.

Tabela 20 – DRE

Demonstração de Resultado Total

Vendas R$ 45.615,28

Custo produto vendido R$ 22.061,16

Impostos R$ 1.824,61

Mão-de-obra indireta R$ 7.486,55

Custos indiretos R$ 5.790,19

Lucro bruto R$ 8.452,77

Despesa administrativa R$ 2.525,00

Despesa financeira R$ 633,33

Lucro antes do IR R$ 5.294,44

Fonte: Martins (1999, p. 90).

Na DRE demonstra-se o resultado obtido pela empresa, no mês estudado

que corresponde a R$ 5.294,44.

1.21 4.10 Formação do preço

A empresa objeto do estudo de caso, para a formação do preço de venda,

optou pelo modelo de decisão com base nos custos, que é calculado em cima dos

custos e dos investimentos realizados, contudo, analisou o quanto o mercado está

disposto a pagar, levando em consideração, portanto, vários outros aspectos como:

análise de preços de produtos de concorrentes; acompanhamento dos preços e dos

custos dos produtos atuais, bem como outros.

Através desta metodologia a empresa se preocupa com o preço praticado

pela concorrência e analisa o quanto seus preços são compatíveis a eles.

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1.22 4.11 Cálculo de preço de venda

Para o cálculo de formação de preço a metodologia adotada foi o mark-up.

Para o cálculo serão utilizados os mark-up I e II.

No mark-up I foram consideradas a margem de lucro desejada pela empresa

e as despesas administrativas demonstradas na próxima tabela.

A churrascaria considerou uma margem de lucro de 12% para a formação do

preço de venda. As despesas administrativas da churrascaria variam por produto, e

foram rateiados pelas taxas pré determinadas, representando a ordem de 11.07%

para a marmitex, para o rodízio em 6,37% e para a refeição a quilo em 2,17 e 1% de

despesa sobre as venda referente a taxa de cartão de crédito.

Apresentaremos um exemplo para o cálculo da margem de mark-up I, que

soma o total do lucro, despesas para serem subtraídos de 100% encontrando um

resultado. O resultado servirá de percentual para a divisão de 100% encontrando a

margem de mark-up que será utilizada. Com isto calcula-se o mark-up I, o qual ficou

em 1,235.

1) 100% - 19,37% = 80,63%

2) 100% / 80,63% = 1,240

Já para o mark-up II, foi considerado os impostos sobre a venda dos

produtos e serviços.

Para cálculo do mark-up II, a churrascaria informou que os impostos se

referem ao Super Simples Nacional, totalizando 4%. Assim o mark-up II ficou em

1,075.

1) 100% – 4% = 96

2) 100% / 96% = 1,0417

Tendo obtido os mark-ups I e II, passou-se para o cálculo do preço de venda

por produto.

Para isto fez-se o seguinte cálculo:

1) Custo dos produtos x mark-up I = resultado do mark-up I

2) Resultado do mark-up I x mark-up II = preço de venda

. Tabela 21 – Mark-up I formação de preço sem impostos. Mark-up I formação de preço sem impostos

Custo Margem Preço e Venda

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Marmitex R$ 5,60 1,317 R$ 7,37 Rodízio R$ 14,50 1,240 R$ 17,98 Refeição a quilo R$ 9,39 1,200 R$ 11,30

Fonte: Elaborado pela autora.

Tabela 22 – Mark-up II preço de venda sugerido com impostos. Mark-up II preço de venda suge8rido com impostos

Custo Margem Preço De Venda

Marmitex R$ 7,37 1,041 R$ 7,67

Rodízio R$ 17,98 1,041 R$ 18,71

Refeição a quilo R$ 11,30 1,041 R$ 11,70 Fonte:Elaborado pela autora.

O preço formado corresponde à margem de lucro de 12%, despesas

administrativas que variaram em decorrências dos produtos e 1% de despesas

sobre as venda referente à taxa de cartão de crédito.

Com a aplicação do mark-up I e II pode-se definir o preço de venda em cima

da margem de lucro desejada. Entretanto estes preços não são os aplicados na

empresa e na economia da região da empresa em estudo, tais preços não são

absorvidos pelos consumidores. Com isso, a empresa pretende encontrar a margem

de lucro em cima dos preços praticados por ela. Os quadros abaixo utilizarão as

despesas na tabela 23, e o preço de custo utilizado enquadram o custo direto, mão-

de-obra e custo indireto.

Tabela 23 – Dados para desenvolver as planilhas do mark-up.

Dados para desenvolver as planilhas do mark-up

Marmitex % Rodízio % Ref. a quilo %

Preço 7,50 100% 19,00 100% 18,00 100%

Custo direto 3,37 45% 8,67 46% 7,38 41%

Mão-de-obra 1,35 18% 3,56 18,73% 1,23 6,83%

Custo indireto 0,90 12% 2,25 11,84% 0,78 4,33%

Despesa 0,42 5,60% 1,21 6,37% 0,39 2,17%

Desp. embalagem 0,41 5,47% 0,00%

Total 41,07% 37,26% 4,96 13,44%

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Fonte: Elaborado pela autora.

De posse dos dados da tabela 23, fica mais fácil para desenvolver as

planilhas de mark-up, pois demonstra todas as despesas que os produtos

apresentaram no períodos, e pode-se determinar o lucro do período em cima do

mark-up multiplicador, pois é apresentado o lucro junto com as despesas. Assim

foram desenvolvidas planilhas de evidenciação do mark-up separadamente para

cada produto.

A tabela 24 demonstra a formação do mark-up para a marmitex. Tabela 24 – Formação do mark-up para a marmitex

Formação do mark-up para a marmitex Despesa 5,60% Imposto 4% Despesa 5,47% Lucro 2,93% Total 14% (100-12,07) 82,58% (100-7) 96% mark-up I 1,167 mark-up II 1,041

Fonte: Elaborado pela autora.

A margem de lucro corresponde a 14% para a marmitex, menos as

despesas, a margem de lucro fica em 2,93%.

A tabela 25 demonstra a formação do mark-up para o rodízio.

Tabela 25 – Formação do mark-up para o rodízio Formação do mark-up para o rodízio

Despesa 0,00% imposto 4% Despesa 6,37% Lucro 11,05% 17,42% 82,58% 96% mark-up I 1,211 mark-up II 1,041

Fonte: Elaborado pela autora.

O rodízio apresenta uma margem de lucro de 17,67% em que estão inclusos

as despesas que correspondem a 6,37% restando um lucro de 11,3%, considerando

uma margem de lucro aceita pelo mercado.

Tabela 26 – Formação do mark-up para refeição a quilo I

REFEIÇÃO A QUILO despesa 0,00% imposto 4 despesa 2,17% lucro 43,50%

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45,67% 54,33% 96 mark-up I 1,840 mark-p II 1,042

Fonte: Elaborado pela autora.

A refeição por quilo apresenta a maior taxa de rentabilidade dos produtos

fabricados pela churrascaria alcançando 43,5% já exclusas as despesas.

Os preços de vendas formados com o mark-up II representam os preços

praticados pela empresa na atualidade.

A tabela abaixo demonstra formação do mark-up para a refeição a quilo. Tabela 27 – Formação do mark-up para a refeição a quilo

Formação do mark-up para a refeição a quilo Custo Margem Preço de venda Marmitex R$ 7,20 1,041 R$ 7,50 Rodízio R$ 18,20 1,041 R$ 19,00 Refeição a quilo R$ 17,30 1,041 R$ 18,00

Fonte: Elaborado pela autora.

A refeição por quilo apresenta a maior taxa de rentabilidade dos produtos

fabricados pela churrascaria alcançando 41,6% já exclusas as despesas.

O quadro 43 representa as margens de lucro com e sem despesas, assim

demonstra que alguns produtos podem ser interpretados erroneamente se o

administrador não conhecer o percentual de despesa aplicado a cada produto.

Tabela 28 – Margem de lucro com e sem despesas

Mark-up I Margem de lucro com e sem despesas

Custo Margem

Preço de venda sem impostos Despesa Lucro

Marmitex R$ 5,60 1,167 R$ 7,20 14% 2,93% Rodízio R$ 14,50 1,211 R$ 18,20 17,42% 11,05% Refeição a quilo R$ 9,39 1,840 R$ 17,30 45,67% 43,50%

Fonte: Elaborado pela autora. Para o mark-up II considerou-se o imposto em 4%, referente ao Simples

Nacional.

Para a marmitex se o gestor não conhecer os fundamentos do mark-up pode

interpretar os dados incorretamente, para que isto não aconteça foi desenvolvida

planilha que destaca as despesas e assim o lucro real fica evidenciado, conforme

demonstrado no quadro 39.

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A empresa trabalha com dois produtos que tem uma margem menor que a

pretendida pela empresa. O gestor da empresa tem que averiguar a melhor maneira

de proceder para que a empresa tenha um lucro que possa dar um retorno do

investimento, para isto ele necessita desenvolver um mecanismo de diminuir o custo

e despesa para ter um maior retorno, ou fazer uma pesquisa de campo para saber a

aceitação de um preço maior.

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5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS

1.23 5.1 Conclusão

Através desta pesquisa procurou-se identificar os processos para o controle

de custo de um restaurante, pois se sabe que neste ramo, os controles possuem

algumas deficiências, por dificuldade nos processos ou por falta de preparo dos

gestores. Apenas com um controle eficiente de custo, a empresa pode fazer o

planejamento que melhor se enquadra na metodologia de formação de preço.

Observou-se que os custos diretos é o maior percentual de gasto da

empresa, ficando na média em 43% da receita, o que para o ramo de atuação da

empresa é considerado exorbitante, pois a média varia entre 18% e 28%, conforme

literatura do ramo.

Também foi possível verificar que 5% dos custos diretos são desperdícios e

perca; o custo deste processo é muito alto e até maior que o lucro de um dos

produtos. Assim ,devem ser desenvolvidos mecanismos de controle e

acompanhamento na área de produção para que o cardápio seja reavaliado e

elaborado com menor custo.

Para evitar o desperdício, a empresa deve estudar a frequência dos clientes,

produzindo a quantidade certa de produtos para que não haja desperdício, e os

cardápios estejam sempre ligados aos produtos dos dias anteriores que podem ser

reaproveitados, dessa forma, diminuindo o custo do alimento do dia posterior.

No levantamento dos processos foi reconhecido o custo em sua

complexidade, identificou-se e mensuraram-se os custos diretos e indiretos e sua

relevância. Depois de identificados os custos diretos que foram apropriados

diretamente ao produto, o custo indireto foi rateado pelo método de absorção, onde

a taxa de rateio utilizada foi a quantidade de carne apropriada ao produto e

adicionada ao custo.

Depois de mensurados e apropriados os custos os gestores podem formar o

preço de venda em cima da margem de lucro que a empresa considera adequada, e

também conhecendo a margem de lucro que a empresa apresenta na atualidade

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fazendo o tratamento inverso. Apenas de conhecimento destes dados os gestores

podem fazer uma gestão eficiente de fluxo de caixa e estocagem, para acompanhar

mudanças enfrentadas na economia atual, pois apenas conhecendo seu

empreendimento por um todo não basta, é necessária uma correta interpretação dos

resultados.

Os preços formados em cima da margem de lucro desejada de 12%, para

alguns produtos como a marmitex teve um preço considerado alto para a aceitação

do mercado consumidor, os outros produtos apresentaram um lucro perto ou maior

que o lucro desejado, mas é o preço praticado pela concorrência. A refeição por

quilo representa o maior índice de lucro da empresa, mas se a empresa optar por

produzir apenas a refeição por quilo, não conseguiria bancar todos os custos fixos

do mês.

A marmitex é um dos produtos que representa os maiores índices de

despesa e deve ser estudado mais profundamente em relação à sua viabilidade em

e continuidade. Os outros produtos produzidos apresentam um índice aceitável de

retorno, mas os custos devem ser reavaliados para que o lucro seja maior, ou outra

forma de apresentar maior rentabilidade, aumentando o número de clientes através

de um mix de marketing direcionado ao publico alvo.

Foram criadas planilhas de mark-up I e II onde fica evidenciado o mark-up

divisor e multiplicador para encontrar a margem de lucro ou formar o preço de venda

através do lucro desejado. Com o uso das planilhas fica, mas fácil para os gestores

acompanharem a formação de preço. Assim as informações contidas nas planilhas

elaboradas neste trabalho podem ser utilizadas como parâmetro da margem de

mark-up, absorvida pelo mercado. Para a utilização destas planilhas para outras

empresas algumas alterações serão necessárias.

Através deste trabalho foi possível desenvolver um sistema de custo, desde

áreas de produção até a comercialização apresentando aos gestores uma

ferramenta de controle eficiente e rápida de apropriação e mensuração dos custos

para formação do preço de venda.

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1.24 5.2 Recomendações para futuras pesquisas.

Os cálculos de custos podem ser melhorados principalmente ao custo

indireto, pois foi estudado neste trabalho o método de absorção, e se recomenda

estudos pelo método ABC, pois alguns produtos podem ser distorcidos

principalmente pela mão-de-obra onde nem todos os funcionários participam da

elaboração da marmitex e o custo no trabalho encontrado mudar consideravelmente.

Os custos podem ser rateados de varias formas, encontrando-se o melhor

método para cada empresa, recomendam-se estudos ligados a departamentalização

assim pode haver comparações com os estudos aqui desenvolvidos.

Recomendam-se estudos ligados as fichas técnicas, pois representa um

meio seguro de mensuração dos custos diretos.

Os desperdícios no ramo de restaurantes representam uma parcela

considerável dos custos, apresentado pouco material especializado nesta área para

saber o percentual aceito como relevante recomenda-se pesquisa ligada ao

tratamento do desperdício como custo ou despesa, e o percentual aceitável de

percas.

No trabalho não foi contemplado o ponto de equilíbrio, a margem de

segurança e análise custo-volume-lucro, assim recomenda-se estudos nesta área.

Finalizando, espera-se que este trabalho possa ser útil a estudantes como

subsídio para novos estudos. Os assuntos tratados não tiveram a pretensão de

cobrir todas as necessidades, pelo contrario, devem servir de incentivo ao

aprofundamento para a descoberta de melhores caminhos para mensuração e

formação de preço no ramo de restaurantes.

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APÊNDICES

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Apêndice A – Faturamento

As quantidades de refeições fornecidas nos últimos 3 meses

Quant. Fevereiro Março Abril Total Média

Ref. Quilo 805 815,2 873,2 2.493,4 831,1333

Rodízio 1.001 1.330 920 3.251 1.083,667

Marmitex 1.893 2.090 1.830 5.813 1.937,667

Total 3.699 4.235,2 3.623,2

Faturamento dos últimos 3 meses e média.

R$ Fevereiro Março Abril Total Média

Ref. Quilo 12.914,38 13.027,54 13.203,88 39.145,80 13.048,60

Rodízio 18.216,38 22.612,70 15.858,44 56.687,52 18.895,84

Marmitex 13.403,24 14.604,62 13.043,46 41.051,32 13.683,77

Total 44.534,00 50.244,86 42.105,78 45.628,21

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Apêndice B – Salários e encargos

Quadro dos colaboradores com salários encargos previdenciários do mês.

Função Salário Provisão de férias

1/3 férias

Provisão 13o salário

INSS

FGTS 8 %

Total

Cozinheira 950,00 79,17 26,39 79,17 76,00 1.210,73

Ajudante de cozinha

550,00 45,83 15,28 45,83 44,00 700,94

Saladeira 600,00 50,00 16,67 50,00 48,00 764,67

Lavadeira de louça

465,00 38,75 12,91 38,75 37,20 592,61

Churrasqueiro 950,00 79,17 26,39 79,17 76,00 1.210,73

Ajud. de churrasqueiro

465,00 38,75 12,91 38,75 37,20 592,61

Garçom 300,00 25,00 8,33 25,00 24,00 382,33

Garçom 300,00 25,00 8,33 25,00 24,00 382,33

Garçom 465,00 38,75 12,91 38,75 39,52 592,61

Garçom 300,00 25,00 8,33 25,00 24,00 382,33

Garçom 300,00 25,00 8,33 25,00 24,00 382,33

Garçom 300,00 25,00 8,33 25,00 24,00 382,33

Administrativo 700,00 58,33 19,44 58,33 56,00 892,10

Faxineira 465,00 38,75 12,91 38,75 37,20 592,61

Faxineira 465,00 38,75 12,91 38,75 37,20 592,61

Total 7.575,00 631,25 210,37 631,25 608,32 9.653,87

Os salários de garçom são inferiores a um salário, pois pela legislação

quando a carga horária são 110 horas mensais. No caso de empresa em estudo, por

se tratar do 1emprego a carga horária é reduzida.

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Apêndice C – Cardápio primário

Cardápio primário com as quantidades produzidas e as quantidades consumidas unitariamente por produto, para a apropriação do preço de custo.

Custo primário

Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo

Cardápio Qu.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Arroz 10 R$ 22,20 R$ 2,22 0,110 R$ 0,24 0,050 R$ 0,11 0,040 R$ 0,09

Feijão 8 R$ 16,73 R$ 2,09 0,090 R$ 0,19 0,030 R$ 0,06 0,025 R$ 0,05

Farofa 4 R$ 21,18 R$ 5,30 0,035 R$ 0,19 0,025 R$ 0,13 0,025 R$ 0,13

Mandioca 1,8 R$ 1,47 R$ 0,82 0,030 R$ 0,02 0,010 R$ 0,01

Banana frita 4 R$ 20,60 R$ 5,15 0,030 R$ 0,15 0,030 R$ 0,15 0,030 R$ 0,15

Tomate 2,3 R$ 9,00 R$ 3,91 0,030 R$ 0,27 0,030 R$ 0,12

Vinagrete 2,5 R$ 10,50 R$ 4,20 0,030 R$ 0,32 0,030 R$ 0,13

Cenoura 4 R$ 19,60 R$ 4,90 0,030 R$ 0,15 0,015 R$ 0,29 0,025 R$ 0,12

Beterraba 3,3 R$ 8,46 R$ 2,56 0,030 R$ 0,08 0,015 R$ 0,13 0,025 R$ 0,06

Maionese 3,3 R$ 16,60 R$ 5,11 0,010 0,030 R$ 0,50 0,050 R$ 0,26

Alface 1 R$ 5,20 R$ 5,20 0,005 R$ 0,03 0,005 R$ 0,03

Rúcula 1 R$ 5,20 R$ 5,20 0,005 R$ 0,03 0,005 R$ 0,03

Conserva 1,8 R$ 15,00 R$ 8,33 0,015 R$ 0,23 0,030 R$ 0,25

Carne assada 2 12 R$112,80 R$ 9,40 0,150 R$ 1,41 0,040 R$ 0,38 0,030 R$ 0,28

Carne assada 1 20 R$250,00 R$ 12,50 0,350 R$ 4,38 0,280 R$ 3,50

Total custo primário 47 R$534,54 0,485 R$ 2,41 0,700 R$ 7,02 0,640 R$ 5,21

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Apêndice D – Fichas técnicas do cardápio primário.

Fichas técnicas utilizadas para a elaboração dos pratos e do quadro do apêndice 3.

ARROZ

Ingredientes Quant. MD Preço MD por un (R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Arroz 7,5 kg 2,00 10% 15,00 Óleo 1/2 L 2,80 1,40 Alho 80 g 10,50 0,09 Sal 50 g 1,30 0,07 Água 5 L 0,02 0,10 Total 16,66 Rende 8 kg

FEIJÃO Ingredientes Quant. MD Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Feijão 5 kg 2,80 14,00 Óleo 1/2 L 2,80 1,40 Alho 100 g 10,50 1,05 Sal 80 g 1,30 0,12 Água 8 L 0,02 0,16 Total 16,73 Rende 8 kg

FAROFA

Ingredientes Quant. MD Preço MD por un (R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Cenoura 400 g 2,00 10% 0,80 Óleo 600 kg 2,80 1,68 Alho 36 kg 10,50 0,38 Cebola 500 kg 2,25 1,13 Tempero 75 kg 5,28 0,79 Cebolinha 1 maço 1,00 1,00 Farinha 2 kg 1,80 3,60 Bacon 1 kg 11,80 11,80 Total 21,18 Rende 4 kg

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MANDIOCA

Ingredientes Quant. MD Preço MD por un (R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Mandioca 1800 kg 0,8 1,44 Sal 20 g 1,3 0,03 1,47 Rende 1,8 kg

MAIONESE

Ingredientes Quant. MD

Preço MD por un (R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Batata 4,125 kg 2,5 18 10,31 Tomate 0,27 kg 2 5 0,54 Ovo 5 un 0,24 2 1,21 Cenoura 0,39 kg 2 5 0,78 Pimentão 0,5 kg 3 5 1,50 Cebola 0,55 kg 2,3 4 1,27 Maionese 0,1 kg 9,9 0,99 39 16,60 Rende 3,3 kg

BANANA DE FRITAR

Ingredientes Quant. MD Preço MD por un (R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Banana 6 kg 2,50 33% 15,00 Óleo 2 L 2,80 5,60 20,60 Rende 4 kg

CENOURA

Ingredientes Quant. MD Preço MD por un (R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Cenoura 5 kg 2,00 22% 14,00 Óleo 2 L 2,80 5,60 19,60 Rende 4 kg

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SALADA DE TOMATE

Ingredientes Quant. MD Preço MD por un (R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Tomate 3 kg 3,00 22% 9,00

9,00

Rende 2,3 kg

VINAGRETE

Ingredientes Quant. MD

Preço MD por un (R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Tomate 2,4 kg 3,00 29% 7,20 Pimentão 300 g 3,00 0,90 Cebola 800 g 2,25 1,80 Vinagre 500 g 1,09 0,55

10,45 Rende 2,50 kg

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Apêndice E – Cardápio secundário

Cardápio secundário com as quantidades produzidas e as quantidades consumidas unitariamente por produto por dia da semana, e a apropriação do preço de custo.

Custo secundário – segunda-feira Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo

Cardápio Qt.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Frango em molho 8 R$ 19,10 R$ 2,39 0,060 R$ 0,14 0,060 R$ 0,17 0,070 R$ 0,17

Polenta 3 R$ 13,39 R$ 4,46 0,025 R$ 0,11 0,015 R$ 0,07 0,030 R$ 0,13

Palmito refogado 5 R$ 19,71 R$3,94 0,030 R$ 0,12 0,050 R$ 0,20 0,047 R$ 0,19

Quiabo frito 4,5 R$ 21,11 R$ 4,69 0,045 R$ 0,21 0,030 R$ 0,14 0,020 R$ 0,09

Ling. de fra. frita 6 R$ 45,32 R$ 7,55 0,030 R$ 0,23 0,050 R$ 0,38 0,085 R$ 0,64

Vagem 3 R$ 6,20 R$ 2,07 0,005 R$ 0,03 0,055 R$ 0,11

Chuchu 2 R$ 4,00 R$ 2,00 0,015 R$ 0,06 0,053 R$ 0,11

soma 31,5 R$ 28,83 R$ 27,10 0,190 R$ 0,81 0,225 R$ 1,04 0,360 R$ 1,44

Custo secundário – terça-feira Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo

Cardápio Qt.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Moela em molho 14 R$ 60,66 R$ 4,33 0,100 R$ 0,43 0,100 R$ 0,43 0,120 R$ 0,52

Macarrão 3,5 R$ 22,38 R$ 6,39 0,025 R$ 0,16 0,010 R$ 0,06 0,050 R$ 0,32 Carne com Inhame 4 R$ 17,03 R$ 4,26 0,010 R$ 0,04 0,050 R$ 0,21 0,050 R$ 0,21

Bolinho de queijo 2,6 R$ 7,47 R$ 2,87 0,010 R$ 0,03 0,020 R$ 0,06 0,045 R$ 0,13

Quiabo frito 4,5 R$ 19,38 R$ 4,31 0,040 R$ 0,17 0,015 R$ 0,06 0,045 R$ 0,19 Salada de feijão de corda 1,4 R$ 4,98 R$ 3,56 0,020 R$ 0,07 0,025 R$ 0,09

Tomatinho 1,6 R$ 3,64 R$ 2,28 0,025 R$ 0,06 0,025 R$ 0,06

Soma 31,6

R$135,54 0,185 R$ 0,84 0,240 R$ 0,96 0,360 R$ 1,52

Custo secundário – quarta-feira Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo

Cardápio Qt.prod. valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Carne de panela de 2 10 R$ 50,79 R$ 5,08 0,075 R$ 0,38 0,055 R$ 0,28 0,100 R$ 0,51

Purê de batata 5 R$ 15,05 R$ 3,01 0,040 R$ 0,12 0,030 R$ 0,09 0,030 R$ 0,09

Polenta frita 1 R$ 4,46 R$ 4,46 0,015 R$ 0,07 0,040 R$ 0,18 Abobrinha refogada 4,5 R$ 9,50 R$ 2,11 0,030 R$ 0,06 0,030 R$ 0,06 0,030 R$ 0,06

Palmito refogado 4,5 R$ 19,71 R$ 4,38 0,040 R$ 0,18 0,025 R$ 0,11 0,050 R$ 0,22

Pepino 2,2 R$ 3,68 R$ 1,67 0,025 R$ 0,04 0,030 R$ 0,05

Chuchu 3,1 R$ 8,00 R$ 2,58 0,005 R$ 0,01 0,025 R$ 0,06 0,030 R$ 0,08

Soma 30,3

R$111,19 0,190 R$ 0,75 0,205 R$ 0,72 0,310 R$ 1,19

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Custo secundário – quinta-feira Quantidade total produzida Marmitex rodízio Quilo

Cardápio Qt.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Carne moída 10 R$ 52,50 R$ 5,25 0,070 R$ 0,37 0,060 R$ 0,32 0,135 R$ 0,71 Abobora madura refogada 4 R$ 6,78 R$ 1,70 0,025 R$ 0,04 0,020 R$ 0,03 0,060 R$ 0,10

Bolinha de queijo 1,4 R$ 7,47 R$ 5,34 0,010 R$ 0,05 0,010 R$ 0,05 0,015 R$ 0,08

Macarrão 3 R$ 12,63 R$ 4,21 0,025 R$ 0,11 0,020 R$ 0,08 0,025 R$ 0,11

Berinjela frita 2 R$ 3,04 R$ 1,52 0,015 R$ 0,02 0,015 R$ 0,02 0,015 R$ 0,02

Vagem 3 R$ 5,95 R$ 1,98 0,025 R$ 0,05 0,060 R$ 0,12

Repolho 3 R$ 5,40 R$ 1,80 0,030 R$ 0,05 0,050 R$ 0,09

Soma 26,4 R$ 93,77 0,145 R$ 0,59 0,180 R$ 0,61 0,360 R$ 1,23

Custo secundário – sexta-feira Quantidade total produzida Marmitex Rodizio Quilo

Cardápio Qt.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Bife 9 R$ 59,23 R$ 6,58 0,060 R$ 0,39 0,050 R$ 0,33 0,100 R$ 0,66

Arroz com galinha 3 R$ 10,06 R$ 3,35 0,030 R$ 0,10 0,098 R$ 0,33 Batata com salsicha 4,5 R$ 14,84 R$ 3,30 0,045 R$ 0,15 0,025 R$ 0,08 0,025 R$ 0,08

Quiabo frito 4,5 R$ 25,16 R$ 5,59 0,035 R$ 0,20 0,025 R$ 0,14 0,040 R$ 0,22

Abobrinha frita 2,5 R$ 4,04 R$ 1,62 0,020 R$ 0,03 0,015 R$ 0,02 0,022 R$ 0,04

Salada de palmito 2,5 R$ 8,98 R$ 3,59 0,030 R$ 0,11 0,050 R$ 0,18 Salada de feijão de corda 1,4 R$ 4,98 R$ 3,56 0,020 R$ 0,07 0,025 R$ 0,09

Soma 27,4 0,160 R$ 0,77 0,195 R$ 0,86 0,360 R$ 1,60

Custo secundário – sábado Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo

Cardápio Qt.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Feijoada 10 R$ 46,12 R$ 4,61 0,050 R$ 0,23 0,070 R$ 0,32 0,150 R$ 0,69

Couve 4,5 R$ 23,48 R$ 5,22 0,043 R$ 0,22 0,030 R$ 0,16 0,020 R$ 0,10

Batata em molho 6,3 R$ 35,97 R$ 5,71 0,070 R$ 0,40 0,020 R$ 0,11 0,035 R$ 0,20

Pururuca 3 R$ 32,20 R$ 10,73 0,010 R$ 0,11 0,050 R$ 0,54 0,020 R$ 0,21

Carne de porco 4 R$ 40,81 R$ 10,20 0,015 R$ 0,15 0,045 R$ 0,46 0,050 R$ 0,51

Salada de laranja 1,6 R$ 6,92 R$ 4,33 0,010 R$ 0,04 0,040 R$ 0,17

Ovo 2,2 R$ 7,47 R$ 3,40 0,005 R$ 0,02 0,045 R$ 0,15

Total 0,188 R$ 1,12 0,230 R$ 1,65 0,360 R$ 2,05

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89

Custo secundário – domingo

Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo

Cardápio Qt.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Lasanha 12 R$ 76,31 R$ 6,36 0,070 R$ 0,45 0,060 R$ 0,38 0,145 R$ 0,92

Frango caipira 6 R$ 75,31 R$ 12,55 0,040 0,050 R$ 0,63 0,055 R$ 0,69

Inhoque 3 R$ 10,98 R$ 3,66 0,035 R$ 0,13 0,010 R$ 0,04 0,020 R$ 0,07

Macarrão ao vinho 2 R$ 20,27 R$ 10,13 0,013 0,015 R$ 0,15 0,025 R$ 0,25

Lobinho de queijo 1,4 R$ 7,47 R$ 5,34 0,010 R$ 0,05 0,013 R$ 0,07 0,010 R$ 0,05

Arroz temperado 2,5 R$ 9,19 R$ 22,98 0,03 R$ 0,69 0,040 R$ 0,92

Frango xadrez 2,5 R$ 16,03 R$ 6,41 0,022 R$ 0,14 0,025 R$ 0,16 0,015 R$ 0,10 Filé ao molho madeira 3,2 R$ 47,13 R$ 14,73 0,05 R$ 0,74 0,050 R$ 0,74

Soma R$ 0,77 0,253 R$ 2,85 0,310 R$ 3,74

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90

Apêndice F – Fichas técnicas

Frango em molho

Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por un (R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Frango 4 kg 3,58 14,32 Óleo 0,1 kg 2,80 0,28 Alho 0,05 kg 6,90 0,35 Cebola 0,2 kg 2,25 0,45 Tempero 0,16 kg 5,28 0,84 Tomate 0,755 kg 3,00 2,27 Colorau 0,1 kg 2,80 0,28 Sal 0,05 kg 1,09 0,05 Cebolinha 0,2 kg 1,30 0,26 Total 19,10 Rende 5 kg

Polenta Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Fubá 2 kg 1,52 3,04 Óleo 2 L 2,80 5,60 Caldo Maggi 3 tablete 1,27 3,81 Alho 50 g 6,90 0,35 Tempero arisco

50 g 5,27 0,53

Água 6 L 0,01 0,06 Total 13,39 Rende 3 kg

2 kg de polenta são utilizadas no dia 1 kg é congelada para fritar outro dia

Palmito refogado Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Palmito (limpo)

4,355 kg 3,50 15,24

Óleo 0,2 ml 2,80 0,62 Alho 0,015 kg 10,9 0,16 Cebola 0,215 kg 2,25 0,48 Tempero 0,115 kg 5,28 1,21 Tomate 0,3 kg 3,00 0,90 Cebolinha 0,1 kg 1,30 1,00 Colorau 0,05 kg 1,00 0,10 Total 19,71 Rende 4,5 kg

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91

Chuchu Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Chuchu 2 kg 2,00 22% 4,00 4,00 Rende 1,6 kg

Vagem Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Vagem 3 kg 1,50 5% 4,50 Óleo 0,1 ml 2,80 0,28 Cebolinha 0,1 kg 13,00 2% 1,30 Vinagre 0,05 ml 1,09 0,05 Sal 0,05 kg 1,30 0,07 Total 6,20 Rende 2,9 kg

Linguiça de frango frita Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Lingüiça de frango

6 kg 6,62 5% 39,72

Óleo 2 L 2,80 5,60 Total 45,32 Rende 6 kg.

Carne com inhame Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Carne de 2ª s osso

2 kg 6,50 13,00

Cebola 0,2 kg 2,25 0,45 Tempero arisco

0,1 kg 5,28 0,53

Inhame 2 kg 1,00 2,00 Cebolinha 0,2 kg 3,00 0,60 Sal 0,05 kg 1,09 0,05 Tomate 0,2 kg 2,00 0,40 Total 17,03 Rende 4 kg

Quiabo frito Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Quiabo 5 kg 2,00 10% 10,00 Cebola 0,200 kg 2,25 0,45 Tempero arisco

0,100 kg 5,28 0,53

Óleo 3 L 2,80 8,40 Total 19,38

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92

Rende 4,5 kg

Macarrão Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Sal 0,090 kg 1,30 0,12 Óleo 0,100 L 2,80 0,28 Manteiga 0,200 kg 4,20 4,20 Cebola 0,300 kg 2,25 0,67 Tempero 0,115 kg 5,28 1,21 Tomate 0,100 kg 3,00 0,30 Macarrão 2,000 kg 3,90 7,80 Total 14,58 Rende 2,5 kg

Bolinho de queijo Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Queijo 2,4 kg 5,00 12,00 Leite 0,500 ml 1,00 0,50 Trigo 0,250 kg 1,89 0,47 Royal 0,05 kg 10,00 0,50 Total 13,47 Rende 2,6 kg

Salada de feijão de corda Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Queijo 1 kg 4,00 4,00 Tomate 0,150 kg 2,25 0,34 Cebola 0,150 kg 2,00 0,30 Vinagre 0,030 ml 1,09 0,03 Pimentão 0,1 kg 2,00 0,20 Sal 0,03 kg 1,30 0,04 Óleo 0,025 ml 2,80 0,07 Total 4,98 Rende 1,4 kg

Salada tomate cereja Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Tomate cereja

1,5 kg 2,00 3,00

Cebola 0,150 kg 2,00 0,30 Vinagre 0,030 ml 1,09 0,03 Pimentão 0,1 kg 2,00 0,20 Sal 0,03 kg 1,30 0,04 Óleo 0,025 ml 2,80 0,07

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93

Total 3,64 Rende 1,6 kg

Carne em molho Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Bov 2 s osso 8 kg 5,60 44,80 Óleo 0,2 kg 2,80 0,56 Alho 0,05 kg 6,90 0,35 Cebola 0,6 kg 2,25 1,35 Tempero 0,16 kg 5,28 0,84 Tomate 0,755 kg 3,00 2,27 colorau 0,1 kg 2,80 0,28 Sal 0,08 kg 1,09 0,09 Cebolinha 0,2 kg 1,30 0,26 Total 50,79 Rende 10 kg

Abobrinha refogada Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Abobrinha 4,865 kg 1,50 10% 7,30 Óleo 0,020 ml 2,80 0,06 Alho 0,015 kg 6,90 0,10 Cebola 0,300 kg 2,25 0,68 Tempero 0,115 kg 5,28 0,61 Tomate 0,300 kg 3,00 0,90 Colorau 0,010 kg 1,00 0,01 Total 9,65 Rende 4,5 kg.

Purê de batata Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Batata 5 kg 2,25 5% 11,25 Leite 3 L 1,00 3,00 Manteiga 0,05 kg 16,00 0,80 Total 15,05 Rende 5 kg

Pepino Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Pepino 2,32 kg 1,50 42% 3,48 Vinagre 0,05 ml 1,09 0,05 Óleo 0,03 ml 2,80 0,08

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94

Total 3,62 Rende 1,5

Carne moída Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Carne moída 7 g 5,30 43,43 Óleo 200 kg 2,80 0,56 Orégano 50 kg 1,00 0,50 Cebola 500 kg 2,25 1,13 Tempero 300 kg 5,28 3,17 Cebolinha 1 maço 1,00 1,00 Colorau 75 g 2,80 0,42 Tomate 630 kg 3,00 1,89 Total 52,10 Rende 10 kg.

Abobora madura Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Abobora 4,000 kg 1,00 10% 4,00 Cebolinha 0,100 kg 2,80 0,28 Alho 0,015 kg 6,90 0,10 Cebola 0,300 kg 2,25 0,68 Tempero 0,155 kg 5,28 0,82 Tomate 0,300 kg 3,00 0,90 Total 6,78 Rende 4 kg

Berinjela frita Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Berinjela 2,000 kg 1,00 10% 2,00 Sazon 1,000 u 0,54 0,54 Orégano 0,020 kg 2,50 0,05 Sal 0,015 kg 1,30 0,02 Royal 0,015 kg 16,00 0,24 Trigo 0,100 kg 1,89 0,19 Total 3,04 Rende 2 kg

Vagem Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Vagem 3,00 kg 1,50 5% 4,50 Óleo 0,10 ml 2,80 0,28 Cebolinha 1,00 mç 1,00 2% 1,00 Vinagre 0,05 ml 1,09 0,10 Sal 0,05 kg 1,30 0,07 Total 5,95

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95

Rende 3 kg

Repolho Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Repolho 3,00 kg 1,25 5% 3,75 Tomate 0,20 kg 2,25 5% 0,45 Cebolinha 1,00 mç 1,00 2% 1,00 Vinagre 0,05 ml 1,09 0,10 Sal 0,05 kg 1,30 0,07 Óleo 0,03 ml 1,09 0,03 Total 5,40 Rende 3 kg

Arroz com frango Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Sal 0,090 kg 1,30 0,12 Óleo 0,100 L 2,80 0,28 Alho 0,200 kg 4,20 0,84 Cebola 0,300 kg 2,25 0,68 Tempero 0,115 kg 5,28 0,61 Caldo de galinha

1,000 kg 0,54 0,54

Frango 1,000 kg 3,80 3,80 Arroz 2,000 kg 1,60 3,20 Total 10,06 Rende 3 kg

Bife acebolado Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Bov coxão mole

7 kg 7,60 5% 53,20

Cebola 2 kg 2,25 4,50 Molho shoyo 0,05 ml 9,50 0,48 Tempero 0,1 kg 10,50 1,05 Total 59,23 Rende 9 kg

Batata com salsicha Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Batata 4 kg 2,25 5% 9,00 Salsicha 1 kg 3,80 3,80 Cebola 0,15 ml 2,25 0,34 Tempero 0,1 kg 10,50 1,05 Sal 0,05 kg 1,09 0,05 Tomate 0,3 kg 2,00 0,60 Total 14,84

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96

Rende 4,5 kg

Abobrinha frita Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$)

Abobrinha 2,000 kg 1,50 10% 3,00 Sazon 1,000 un 0,54 0,54 Orégano 0,020 kg 2,50 0,05 Sal 0,015 kg 1,30 0,02 Royal 0,015 kg 16,00 0,24 Trigo 0,100 kg 1,89 0,19 Total 4,04

Rende 2,5 kg

Quiabo frito Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Quiabo 8 kg 2,00 10% 16,00 Cebola 0,150 kg 2,25 0,34 Tempero arisco

0,080 kg 5,28 0,42

Óleo 3 L 2,80 8,40 Total 25,16 Rende 7 kg

Salada de feijão de corda

Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por un (R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Queijo 1 kg 4,00 4,00 Tomate 0,150 kg 2,25 0,34 Cebola 0,150 kg 2,00 0,30 Vinagre 0,030 ml 1,09 0,03 Pimentão 0,1 kg 2,00 0,20 Sal 0,03 kg 1,30 0,04 Óleo 0,025 ml 2,80 0,07 Total 4,98 Rende 1,4 kg

Salada de palmito

Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por un (R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Palmito 2,5 kg 3,50 8,75 Vinagre 0,050 ml 1,09 0,05 Sal 0,030 kg 1,30 0,04 Óleo 0,05 ml 2,80 0,14

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97

Total 8,98 Rende 2,5 kg

Feijão preto Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Feijao preto 4 kg 2,69 10,76 Miúdo (pé, rabo, orelha) porco

3 kg 7,80 23,40

louro 0,2 kg 0,56 0,11 Cebola 0,8 kg 2,25 1,80 Tempero 0,2 kg 5,28 1,05 Tempero verde

1 mç 1,30 1,30

Alho 0,05 kg 6,90 0,34 calabresa 1 kg 7,35 7,35 Total 46,12 Rende 10 kg

Pururuca Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Torresmo 5 kg 3,80 40% 19,00 Óleo 2 L 2,80 5,60 Total 24,60 Rende 3 kg

Carne de porco frita Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Carne suína 5 kg 6,90 20% 34,50 Tempero 0,2 kg 10,56 2,11 Óleo 1,5 L 2,80 4,20 Alho 0,1 kg 6,90 0,69 Sal 0,065 kg 1,30 0,08 Total 40,81 Rende 4 kg

Couve refogada Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Couve 5,66 kg 4,00 18% 22,64 Óleo 0,3 L 2,80 0,84 Total 23,48

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98

Rende 4,5 kg

Batata em molho Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Batata 5 kg 2,25 27% 11,25 Óleo 0,1 kg 2,80 0,28 Alho 0,05 kg 6,90 0,35 Cebola 0,4 kg 2,25 0,90 Caldo de carne

3 un 1,15 3,45

Tomate 0,4 kg 3,00 1,20 Colorau 0,05 kg 5,60 0,28 Sal 0,08 kg 1,09 0,09 Carne 3,2 kg 5,60 17,92 Cebolinha 0,2 kg 1,30 0,26 Total 35,97 Rende 6 kg

Laranja Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Laranja 2 kg 2,90 20% 5,80 Sal 0,1 L 1,30 0,13 Total 5,93 Rende 1,6 kg

Salada de ovo Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un(R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Ovo 2,5 dz 2,78 10% 6,95 Sal 0,05 kg 1,30 0,07 Óleo 0,05 L 2,80 0,14 Cebolinha 0,1 kg 3,00 0,30 Vinagre 0,01 ml 1,09 0,01 Total 7,47 Rende 2,2 kg

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99

Frango caipira Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Frango 5,91 kg 9,50 56,15 Óleo 0,100 ml 2,80 0,28 Cebola 1,000 kg 2,25 2,25 Tomate 0,700 kg 2,50 1,75 Caldo de galinha

6 un 1,15 6,90

Extrato de tomate

1 lt 5,82 5,82

Tempero 0,05 kg 10,56 0,53 Sal 0,05 kg 1,09 0,05 Ovo 0,3 dz 2,90 0,87 Margarina 0,05 kg 6,50 0,33 Cebolinha 0,1 kg 3,90 0,39 Total 75,31 Rende 6 kg

Macarrão no vinho

Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por un (R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Macarrão 1 kg 2,90 2,90 Vinho 0,300 ml 9,00 2,70 Molho 0,00 Cebola 0,700 kg 2,25 1,58 Manteiga 0,1 kg 8,20 0,82 Peito de frango

0,75 kg 7,80 5,85

Caldo de galinha

2 un 1,15 2,30

Tempero 0,08 kg 10,56 0,84 Creme de leite

1 L 2,90 2,90

Maisena 0,1 kg 3,80 0,38 Total 20,27 Rende 2 kg

Arroz a grega Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Arroz cozido 2 kg 2,08 4,16 Presunto 0,200 kg 6,80 1,36 Cenoura ralada

0,200 kg 2,25 5% 0,45

Molho verde 0,200 kg 3,80 0,76

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100

Pimentão 0,3 kg 3,00 5% 0,90 Uva passa 0,17 kg 9,18 1,56 Total 9,19 Rende 2,5 kg

Frango xadrez

Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por un (R$)

Desperdício Custo MD por prato (R$)

Peito de frango

1 kg 5,35 5,35

Cebola 0,550 kg 2,25 5% 1,24 Pimentão 0,550 kg 3,00 5% 1,65 Cenoura 0,550 kg 2,50 5% 1,38 Couve-flor 0,6 kg 5,98 5% 3,59 Cebolinha 0,1 kg 13,00 1,30 Molho shoyo 0,15 ml 5,90 0,89 Água 0,3 ml 0,01 0,00 Óleo 0,1 ml 2,80 0,28 Alho 0,05 kg 6,90 0,35 Sal 0,015 kg 1,30 0,02 Total 16,03 Rende 2,5 kg

Inhoque Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Batata 2 kg 2,25 4,50 Óleo 0,100 ml 2,80 0,28 Alho 0,050 kg 6,90 0,35 Colorau 0,060 kg 5,60 0,34 Tempero 0,11 kg 10,56 1,16 Cebola 0,9 kg 2,25 2,03 Tomate 0,7 kg 2,50 1,75 Cebolinha 0,15 kg 3,90 0,59 Total 10,98 Rende 3 kg

Lasanha de frango Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Frango 8 kg 5,80 46,40 Pomarola 0,800 ml 5,80 4,64 Alho 0,050 kg 6,90 0,35 Cebola 0,800 kg 2,25 1,80 Óleo 0,1 kg 2,80 0,28 Tomate 1 kg 2,50 2,50 Cebolinha verde

0,15 kg 3,90 0,59

Colorau 0,1 kg 5,60 0,56 Milho verde 1 kg 3,60 3,60

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101

Massa de lasanha

3 kg 5,20 15,60

Total 76,31 Rende 12 kg

Filé ao molho madeira Ingredientes Quant. MD Unidade Preço MD por

un (R$) Desperdício Custo MD por

prato (R$) Filé 3 kg 12,40 37,20 Palmito em conserva

0,200 kg 13,60 2,72

Tomate 0,250 kg 2,25 5 0,56 Cogumelo 0,050 pç 10,00 0,50 Molho shoyu 0,5 ml 5,90 5 2,95 Caldo de carne

1 pç 1,15 1,15

Maisena 0,025 kg 3,7 0,09 Tempero 0,03 kg 10,56 0,32 Louro 0,01 kg 33,70 0,34 Cebolinha verde

0,1 kg 13,00

1,30

Total 47,13 Rende 3,2 kg

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102

Apêndice G – Desperdício primário

Desperdício do custo primário

Utilizada Consumida Desperdício

Produzida Marmitex Rodízio Ref. a quilo Total Utilizado

Arroz 10 7,15 1,72 1,11 9,97 0,03

Feijão 8 5,85 1,05 0,69 7,59 0,41

Farofa 4 2,28 0,88 0,69 3,84 0,16

Mandioca 1,8 1,05 0,28 1,33 0,47

Banana frita 4 1,95 1,05 0,83 4,00 0,17

Tomate 2,3 1,05 0,83 1,88 0,42

Vinagrete 2,5 1,05 0,83 1,88 0,62

Cenoura 3,5 1,95 0,53 0,69 3,17 0,33

Beterraba 3,3 1,95 0,53 0,69 3,17 0,13

Maionese 3,25 0,65 1,05 1,39 3,09 0,17

Alface 1 0,18 0,14 0,31 0,69

Rúcula 1 0,18 0,14 0,31 0,69

Conserva 1,8 0,53 0,83 1,36 0,44

Carne assada 2 12 9,75 1,40 0,83 11,98 0,02

Carne assada 1 20 12,25 7,76 20,01 0,01

Total custo primário 78,45 31,53 24,47 17,73 73,89 4,73

Desperdício 78,45 73,72 4,73 6% 6%

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103

Apêndice H – Desperdício secundário

Custo secundário – segunda-feira

Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo Total utilizado Desperdício

65 35 27,7 Kg

Cardápio Quant.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Frango em molho 8 44,37 5,55 0,06 3,90 0,06 2,10 0,07 1,94 7,94 0,06

Polenta 3 13,39 4,46 0,025 1,63 0,015 0,53 0,03 0,83 2,98 0,02

Palmito refogado 5 23,14 4,63 0,03 1,95 0,05 1,75 0,047 1,30 5,00 0,00

Quiabo frito 4,5 19,38 4,31 0,045 2,93 0,025 0,88 0,02 0,55 4,35 0,15

Ling. De fra. Frita 6 45,32 7,55 0,03 1,95 0,04 1,40 0,085 2,35 5,70 0,30

Vagem 3 5,95 1,98 0,005 0,18 0,055 1,52 1,70 1,30

Chuchu 2 4,00 2,00 0,015 0,53 0,053 1,47 1,99 0,01

Soma 32 155,55 30,48 0,19 12,35 0,21 7,35 0,36 9,97 29,67 1,83

0,485 0,699 0,64

0,675 0,909 1

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104

Custo secundário – terça-feira

Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo Total utilizado Desperdício

65 35 27,7 Kg

Cardápio Quant.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Moela em molho 14 60,66 4,33 0,1 6,50 0,1 3,50 0,12 3,32 13,32 0,68

Macarrão 3,5 14,58 4,16 0,025 1,63 0,01 0,35 0,05 1,39 3,36 0,14

Carne com Inhame 4 17,03 4,26 0,01 0,65 0,05 1,75 0,05 1,39 3,79 0,22

Bolinho de queijo 2,6 13,47 5,18 0,01 0,65 0,02 0,70 0,045 1,25 2,60 0,00

Quiabo frito 4,5 19,38 4,31 0,04 2,60 0,015 0,53 0,045 1,25 4,37 0,13

Salada de feijão de corda 1,4 4,98 3,56 0,02 0,70 0,025 0,69 1,39 0,01

Tomatinho 1,6 3,64 2,28 0,025 0,88 0,025 0,69 1,57 0,03

Soma 32 133,74 0,185 12,03 0,24 8,40 0,36 9,97 30,40 1,20

0,485 0,699 0,64

0,67 0,939 1

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105

Custo secundário – quarta-feira

Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo Total utilizado Desperdício

65 35 27,7 Kg

Cardápio Quant.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Carne de panela de 2 10 50,79 5,08 0,075 4,88 0,055 1,93 0,10 2,77 9,57 0,43

Purê de batata 5 15,05 3,01 0,04 2,60 0,025 0,88 0,05 1,39 4,86 0,14

Polenta frita 1 4,46 4,46 0,015 0,53 0,017 0,47 1,00 0,00

Abobrinha refogada 4,5 9,50 2,11 0,03 1,95 0,029 1,02 0,055 1,52 4,49 0,01

Palmito refogado 4,5 19,71 4,38 0,04 2,60 0,025 0,88 0,035 0,97 4,44 0,06

Pepino 2,2 3,68 1,67 0,025 0,88 0,04 1,11 1,98 0,22

Chuchu 3,1 8,00 2,58 0,005 0,01 0,025 0,88 0,063 1,75 2,62 0,47

Soma 30 111,19 0,19 12,04 0,199 6,97 0,36 9,97 28,96 1,34

0,485 0,699 0,64

0,675 0,898 1

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106

Custo secundário – quinta-feira

Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo Total utilizado Desperdício

65 35 27,7 Kg

CARDAPIO Quant.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Carne moída 10 52,50 5,25 0,07 4,55 0,045 1,58 0,135 3,74 9,86 0,14

Abobora madura refogada 4 6,78 1,70 0,025 1,63 0,02 0,70 0,06 1,66 3,99 0,01

Bolinha de queijo 1,4 7,47 5,34 0,01 0,65 0,009 0,32 0,015 0,42 1,38 0,02

Macarrão 3 12,63 4,21 0,025 1,63 0,019 0,67 0,025 0,69 2,98 0,02

Berinjela frita 2 3,04 1,52 0,015 0,98 0,015 0,53 0,015 0,42 1,92 0,08

Vagem 3 5,95 1,98 0,00 0,025 0,88 0,06 1,66 2,54 0,46

Repolho 3 5,40 1,80 0,00 0,03 1,05 0,05 1,39 2,44 0,57

Soma 26 93,77 0,145 9,43 0,163 5,71 0,36 9,97 25,10 1,30

0,485 0,699 0,64

0,63 0,862 1

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107

Custo secundário – sexta-feira

Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo Total utilizado Desperdício

65 35 27,7 kg

Cardápio Quant.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Bife 9 59,23 6,58 0,06 3,90 0,05 1,75 0,1 2,77 8,42 0,58

Arroz com galinha 3 10,06 3,35 0,00 0,007 0,25 0,098 2,71 2,96 0,04

Batata com salsicha 4,5 14,84 3,30 0,045 2,93 0,025 0,88 0,025 0,69 4,49 0,01

Quiabo frito 4,5 19,38 4,31 0,035 2,28 0,025 0,88 0,04 1,11 4,26 0,24

Abobrinha frita 2,5 4,04 1,62 0,02 1,30 0,015 0,53 0,022 0,61 2,43 0,07

Salada de Palmito 2,5 8,98 3,59 0,00 0,03 1,05 0,05 1,39 2,44 0,06

Salada de feijão de corda 1,4 4,98 3,56 0,02 0,70 0,025 0,69 1,39 0,01

Soma 27 0,16 10,40 0,172 6,02 0,36 9,97 26,39 1,01

0,485 0,699 0,64

0,645 0,871 1

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108

Custo secundário – sábado

Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo Total utilizado Desperdício

65 35 27,7 kg

Cardápio Quant.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Feijoada 10 95,22 9,52 0,05 3,25 0,07 2,45 0,15 4,16 9,86 0,15

Couve 4,5 23,48 5,22 0,043 2,80 0,03 1,05 0,02 0,55 4,40 0,10

Batata em molho 6,3 35,97 5,71 0,07 4,55 0,02 0,70 0,035 0,97 6,22 0,08

Pururuca 3 32,20 10,73 0,01 0,65 0,05 1,75 0,02 0,55 2,95 0,05

Carne de porco 4 40,81 10,20 0,015 0,98 0,045 1,58 0,05 1,39 3,94 0,06

Salada de laranja 1,6 6,92 4,33 0,00 0,01 0,35 0,04 1,11 1,46 0,14

Ovo 2,2 7,47 3,40 0,00 0,005 0,18 0,045 1,25 1,42 0,78

Total 32 0,188 12,22 0,23 8,05 0,36 9,97 30,24 1,36

0,485 0,699 0,64 1,36

0,673 0,929 1

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109

Custo secundário – domingo

Quantidade total produzida Marmitex Rodízio Quilo Total utilizado Desperdício

65 35 27,7 Kg

Cardápio Quant.prod. Valor quilo Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Lasanha 12 76,31 6,36 0,07 4,55 0,06 2,10 0,145 4,02 10,67 1,33

Frango caipira 6 75,31 12,55 0,04 2,60 0,05 1,75 0,055 1,52 5,87 0,13

Inhoque 3 10,98 3,66 0,035 2,28 0,005 0,18 0,02 0,55 3,00 0,00

Macarrão ao vinho 2 20,27 10,13 0,013 0,85 0,01 0,35 0,025 0,69 1,89 0,11

Lobinho de queijo 1,4 7,47 5,34 0,01 0,65 0,013 0,46 0,01 0,28 1,38 0,02

Arroz temperado 2,5 9,19 22,98 0,00 0,03 1,05 0,04 1,11 2,16 0,34

Frango xadrez 2,5 16,03 6,41 0,022 1,43 0,025 0,88 0,015 0,03 2,33 0,17

Filé ao molho madeira 3,2 47,13 14,73 0,00 0,05 1,75 0,05 1,39 3,14 0,07

Soma 33 0,19 12,35 0,243 8,51 0,36 9,97 30,83 1,77

0,485 0,699 0,64

0,675 0,942 1