deslizamentos e enchentes na cidade imperial
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Feito por: Nathália Guerra do Amarante, do Colégio Estadual Rui Barbosa- Petrópolis-RJ, pedido pela professora Ruth DI Buriasco, Matéria de Laboratório de Vida e Natureza da Turma3002.TRANSCRIPT
Desastres climáticos, naturais ou ambientais costumam ser expressão do imponderável.
Apesar dos avanços nos sistemas de previsão, nem sempre se pode determinar com precisão quando uma determinada região será atingida
por um desses fenômenos que alimentam tragédias e prejuízos. Mas, mesmo quando a
população é surpreendida pela natureza, principalmente nas manifestações sazonais, a
adoção de políticas públicas eficazes de prevenção é crucial para reduzir danos e aumentar as barreiras de proteção dos moradores. Não é o caso de Petrópolis.
Vítima de nova enchente, pouco mais de dois anos após a tragédia que matou quase mil pessoas na Região Serrana do Rio, inclusive nesse município, a cidade voltou a sepultar mortos pela precipitação de chuvas fortes.
Repetiu-se a fórmula que contribuiu para agravar as consequências do temporal do início de 2011
— burocracia na aprovação de obras e na liberação de verbas para intervenções de
infraestrutura , leniência das autoridades com a ocupação de áreas de risco para moradia,
inoperância em ações de remoção de casas etc.
Conclui-se que a tragédia de 2011, na qual desapareceram famílias inteiras em deslizamentos de
terra, não deixou ensinamentos. Apesar de ser um instrumento de política urbana ligado à segurança das
pessoas, a remoção ainda é um tabu para o poder público em geral, e seu complemento, o reassentamento, uma ficção. A declaração da presidente Dilma, de que “as
pessoas não querem sair”, é uma meia verdade: de fato o risco existe, mas como abandonar a residência sem ter
para onde ir?Neste dilema, já houve casos, no Rio, de pessoas
desalojadas por enchentes que voltaram a ocupar áreas de risco pagando, com o chamado aluguel social da
prefeitura, para morar em casas condenadas pelo próprio município. Bizarro.
Não se pode impedir que chova, mas é inaceitável que suas consequências sejam
enfrentadas com programas tíbios de prevenção e redução de danos. É preciso que o poder público faça, enfim, o dever de casa. Caso contrário, novos temporais voltarão a
trazer à tona os mesmos relatos da leniência que alimenta tragédias.
Feito pela aluna, Nathália Guerra do Amarante do Colégio Estadual Rui Barbosa, pedido pela professora Ruth Di Buriasco.
http://oglobo.globo.com/opiniao/nova-enchente-em-petropolis-traz-tona-velhos-erros-7887542#ixzz2kQgJquPj
http://www.santanafm.com.br/index.php/brasil/1892-chega-a-13-n-de-mortos-pela-chuva-no-rj