desenvolvimento sustentável
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ALEX SANTIAGO NINAGeólogo (UFPA-2013)Mestre em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
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O desenvolvimento humano
Descoberta do Fogo(800.000 anos)
Primeiras ferramentas de pedra
(100.000 anos)
Agricultura primitiva(10.000 anos)
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O desenvolvimento humano
Surgimento da História (escrita)
(3.500 anos)
Descoberta da pólvora(1.300 anos)
Aparecimento do Smartphone(século XXI)
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Crescimento populacional e expectativa de vida
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Conforto
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ESCOLAS DO DESENVOLVIMENTOA noção de “desenvolvimento” têm suas origens nos ideais de progresso iluministas do final do século XVIII e início do século XIX, os quais preconizavam, de modo geral, o otimismo dos processos produtivos, “o predomínio da razão, do direito e da liberdade de crítica, da noção de igualdade entre as pessoas, da oposição ao poder absoluto e do conhecimento como fonte de progresso”
John Locke, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Denis Diderot
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Já nesta época surgiu uma questão que continuaria a acompanhar todos os debates sobre o desenvolvimento até os dias atuais: Poderiam todos os países e todas as sociedades beneficiarem-se do potencial gerado pelo capitalismo industrial?Ou, pelo contrário, este seria um jogo de soma zero, em que uma vitória de uns ocorreria, necessariamente, à custa da derrota de outros?
A partir do século XX, a problematização do termo “desenvolvimento” deu origem às três principais escolas de pensamento:
- NEOCLÁSSICA- PÓS-DESENVOLVIMENTISTA- SUSTENTÁVEL
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ESCOLA NEOCLÁSSICAA escola neoclássica surgiu a partir do final da II Guerra Mundial e conceituava o desenvolvimento como sinônimo de crescimento da economia (do PIB ou PIB per capita), baseada na teoria dos “benefícios mútuos”, para a qual o aumento da produtividade global provocaria uma melhoria no bem-estar tanto dos países pobres como dos ricos
O PIB global funcionaria como uma maré, seu crescimento afetaria à todos (de forma benéfica)
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Simon Kuznets, economista russo criador da metodologia de mensuração do PIB e ganhador do prêmio Nobel de economia em 1971.
O modelo neoclássico admite que o crescimento do PIB provoca uma redução da pobreza absoluta e maior acesso da população à educação e consequentemente aumento da consciência e preservação ambiental, conforme o Efieto Kuznets
O efeito Kuznets foi inicialmente proposto para questões sociais. No lugar de “degradação ambiental”, pode-se pensar em “desigualdade” por exemplo
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Para os teóricos neoclássicos, o uso de apenas um indicador (no caso, o PIB) facilita a comparação entre o nível de desenvolvimento de diferentes países; a definição de estratégias, objetivo e metas focados no crescimento econômico; a avaliação de políticas públicas; e a internalização dos custos e benefícios das questões sociais e ambientais (LOMBORG, 2004).
Durante muito tempo, o PIB e PIB per capita foram utilizados como indicadores balizados das políticas estabelecidas pelo Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial (GUIMARÃES e JANNUZZI, 2005).
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ESCOLA PÓS-DESENVOLVIMENTISTA
A separação neoclássica dos países entre “subdesenvolvidos” e “desenvolvidos” baseadas no PIB falhou ao implantar na agenda política dos primeiros o objetivo de alcançar os segundos, sem questionar se um aumento na produtividade provocaria uma melhoria no bem-estar social.
A escola pós-desenvolvimentista nasce de um conjunto de críticas ao uso do PIB como indicador do desenvolvimento.
Satrustegui (2013) utiliza o termo “mal-desenvolvimento”, associando-o a quatro disfunções do modelo de desenvolvimento neoclássico.
1ª Disfunção: estudos dos anos 1960 e 1970 evidenciaram que as altas taxas de crescimento econômico não provocaram uma redução da pobreza, do desemprego, do subemprego e da desigualdade social.
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2ª Disfunção: aumento dos impactos ecológicos e da escassez dos recursos naturais, cujo principal marco histórico foi a publicação, em 1972, do relatório do Clube de Roma “The limits to growth”, o qual alertava que a população e a economia mundial não poderiam crescer indefinidamente sem encontrar limites naturais
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O desenvolvimento possibilitou que saíssemos de “nossa casa”
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Foi então que percebemos o quanto ela é limitada
1ª foto da Terra (1963) 1ª foto da Terra inteira (Apollo 17 - 1972)
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Limites para o crescimento
1972
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Atualmente somos cerca de 7 bilhões de pessoasEstima-se que em 2050 seremos mais de 9 bilhões
Crescimento populacional
Expectativa de vida humana
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Aumento do padrão de consumo
http://www.forumconsumo.com/Artigos/Consumidor/Aevoluçãodoconsumoatravésdosobjectos.aspx
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Limites para o crescimento5 problemas fundamentais:
- Crescimento populacional
- Produção de alimentos
- Industrialização
- Degradação ambiental
- Consumo dos recursos naturais.
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3ª Disfunção: incapacidade do desenvolvimento neoclássico incorporar a igualdade de gênero. Em sua obra clássica, Vandana Shiva (1988) escreve (p. 5-6):
O que é correntemente denominado de desenvolvimento é essencialmente mal-desenvolvimento, baseado na introdução ou acentuação da dominação do homem sobre a natureza e a mulher... Enquanto o uso do PIB está aumentando como medidor real da riqueza, a riqueza da natureza e a produzida pelas mulheres estão diminuindo (tradução nossa).
Movimento das Mulheres de Chipko
Best Seller de 1989
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4ª Disfunção: redução da liberdade e dos direitos humanos. A meados do século XX, os regimes ditatoriais adotados em muitos países da África, Ásia e América Latina alcançaram altas taxas de crescimento econômico, mesmo com a exploração abusiva da mão de obra e da restrição dos direitos trabalhistas.
Mesmo nos regimes democráticos, o crescimento do PIB, nos moldes do modelo de desenvolvimento neoclássico, tem sido acusado de acentuar o poder econômico e o controle midiático das grandes corporações, restringindo a participação política efetiva da população
Milagre Econômico
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Algumas propostas que podem ser entendidas como pertencentes a esta escola são:
Economia de crescimento zero: propõe o aumento qualitativo e não quantitativo da produção destinada ao bem-estar social.
Economia ecológica: apoia a incorporação dos conceitos de capacidade ecológica e de entropia nas análises do desenvolvimento
Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente
Desenvolvimento Zero(países desenvolvidos)
xDesenvolvimento a qualquer custo
(países em desenvolvimento)
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ESCOLA SUSTENTÁVELA terceira escola surge de uma reformulação da ideia de desenvolvimento em virtude das críticas levantadas pela escola pós-desenvolvimentista à escola neoclássica. Neste sentido, se acresce o adjetivo “sustentável” ao “desenvolvimento”, cujo conceito mais difundido é
“aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”
O relatório de Brundtland (1987)
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CONFLITO CHAVE
X
GERAÇÃO ATUAL GERAÇÕES FUTURAS
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CONFLITOS SECUNDÁRIOS
Ricos x Pobres
Desenvolvimentistas x Ambientalistas
Países do Norte
X
Países do Sul
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A partir do século XX, a problematização do termo “desenvolvimento” deu origem às três principais escolas de pensamento
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CONFUSÃO?De acordo com Holmberg e Sandbrook (1992), no início dos anos 90, haviam mais de 70 definições de desenvolvimento sustentável
Um princípio, como uma política opcional que visa manter um nível aceitável de crescimento per-capita sem a depreciação das reservas de recursos naturais (Turner, 1988)
A rede de produtividade da biomassa (balanço positivo de massa por unidade de área e unidade de tempo) mantido por décadas e séculos (Conway, 1987)
O desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (Brundtland, 1987)
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CONFUSÃO?Cabe uma destas definições cabiam uma série de diferentes interpretações, com muitas críticas
Algo criativamente ambíguo... Intuitivamente atrativo, mas conceitualmente fraco (Michell, 1997)
Como uma Mãe, um Deus, é difícil não aprovar ele. Ao mesmo tempo, a ideia de desenvolvimento sustentável é frágil e com contradições (Redclift, 1997)
O desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (Brundtland, 1987)
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Conceito Operacional do Desenvolvimento Sustentável
Econômico- Redução da pobreza- Equidade- Aumento dos bens e serviços
Ecológico- Diversidade genética- Resiliência- Produtividade Biológica
Social- Diversidade cultural- Sustentabilidade institucional- Justiça Social-Participação
O desenvolvimento sustentável pode ser entendido como um projeto voltado para o bem-estar da sociedade e ampliação das liberdades humanas, para o qual o crescimento econômico e o equilíbrio ecológico funcionam como condicionantes.
Esta escola, portanto, não nega a importância do PIB para o desenvolvimento, embora reconheça a necessidade de incorporação de outras variáveis – pricipalmente a social e a ambiental
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Capital EconômicoBens Materias
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Capital Social
Direitos Básicos
Cidadania
Participação
Acesso a informação
Educação
Cooperação
Capacitação Profissional
(Capital Humano)
Saúde e Bem-estar
Bens Imaterias
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Capital EcológicoRecursos Naturais
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Fraca X ForteObjetivo: Crescimento do Capital Total Objetivo: Crescimento dos três tipos de capital
Modelos de Desenvolvimento Sustentável
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DS Fraca – Recuperação IntegralCapital Natural (floresta)
Atividade Madereira
PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA
Capital Econômico
Capital Natural (floresta)
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DS Forte – Recuperação ParcialCapital Natural (floresta)
Atividade Madereira
PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA
Capital Econômico
Capital Natural (floresta)
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DS Fraca – Reversibilidade sem limite
Atividade Madereira
PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA
Capital Econômico
Capital Natural (floresta)
80%50%20%
Capital Natural (floresta)
RecuperávelRecuperávelRecuperável
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DS Forte – Limite para reversibilidade
Atividade Madereira
PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA
Capital Econômico
Capital Natural (floresta)
80%50%20%
Capital Natural (floresta)
IrrecuperávelRecuperávelRecuperável
Limite AmbientalCapital Crítico
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DS Fraca – Ausência de Materiais ÚnicosOs fios de cobre são usados para transmissão de corrente elétrica
Mas, e se um dia o cobre acabar?
Pode-se usar fios de zinco
Mas, e se um dia o zinco acabar?
O homem terá a capacidade de descobrir um novo elemento
condutor de energia
FIO DE ALGUM COMPOSTO ORGÂNICO
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DS Forte – Recursos Naturais InsubstituíveisOs fios de cobre são usados para transmissão de corrente elétrica
Mas, e se um dia o cobre acabar?
Pode-se usar fios de zinco
Mas, e se um dia o zinco acabar?
O homem não terá a capacidade de descobrir um novo elemento condutor de energia ou tão bom
quanto o cobre
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DS Fraca – Indicadores baseados em uma única unidade ($)AVADAN da inundação ocorrida no município de São João de Araguaia em 15/03/2011 Itens Afetados Quantidade Prejuízo (mil R$)
Residências Atingidas 10 unidades 81Estradas 120 Km 184Pontes 90 metros 117
Estabelecimentos comerciais 3 unidades 23Erosão Nível Médio 30,5
Perda na produção agrícola 16 t 163Perda na pecuária 200 aves 20Perda no Comércio 6 unidades 13
Perdas na Saúde 15 dias parados 1,6Alunos sem dia de aula 80 41,8
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DS Forte – Indicadores baseados em vária unidadesAVADAN da inundação ocorrida no município de São João de Araguaia em 15/03/2011 Itens Afetados Quantidade Prejuízo (mil R$)
Residências Atingidas 10 unidades 81Estradas 120 Km 184Pontes 90 metros 117
Estabelecimentos comerciais 3 unidades 23Erosão Nível Médio 30,5
Perda na produção agrícola 16 t 163Perda na pecuária 200 aves 20Perda no Comércio 6 unidades 13
Perdas na Saúde 15 dias parados 1,6Alunos sem dia de aula 80 41,8
Pessoas desalojadas 10
?Pessoas desabrigadas 4Desaparecidos 15
Mortos 0
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Em resposta, defensores do DS Fraco argumentam que pode-se usar a lógica do mercado para tais casos
Ética?
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Ambiental Social EconômicoGases do Efeito Estufa crescimento populacional PIB per capita
Poluição urbana distribuição de renda balança comercial
Uso de fertilizantes e agrotóxicos mulheres em trabalho formal grau de endividamento
desmatamento mortalidade infantil consumo de energia per capita
qualidade da água taxa de AIDS reciclagem
destinação do lixo taxa de alfabetização participação de fontes renováveis
espécies extintas ou ameaçadas taxa de escolaridade consumo mineral per capita
queimadas e incêndios florestais desnutrição vida útil das reservas de petróleo e gás
Alguns Indicadores usados no Brasil (IBGE)
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Países Emissão de GEE (Kg CO2 em milhões) Emissão de GEE/Km² Emissão de GEE / Hab Emissão de GEE/PIB per
capita
EUROPA
Bélgica 143.330 47.777 14.333 6França 513.241 9.332 8.699 23
Holanda 218.368 54.592 13.648 9Suiça 50.645 12.661 7.235 1
Reino Unido 664.380 27.683 11.073 27Média 317.993 30.409 10.998 13,55
ÁFRICA
Bénin 9.438 858 1.573 26Burkina Faso 26.616 986 2.218 124
Costa do Marfim 17.024 532 1.064 27
Guiné Bissau 3.705 926 3.705 23Senegal 20.754 1.038 2.306 44Média 15.507 868 2.173 48,55
Razão Eu/Af 21 35 5 0,28
Problema dos Indicadores
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Fraco X ForteObjetivo: Crescimento do Capital Total Objetivo: Crescimento dos três tipos de capital
Características: -Substituição perfeita entre os tipos de capitais.
Características: -Substituição parcial.
-Reversibilidade.-Irrevisibilidade (limite ambiental, capital crítico).
-Ausência de recursos naturais únicos.-Indicadores baseados em uma única unidade (monetária - $).
-Recursos Naturais e funções ecológicas insubstituíveis-Indicadores baseados em várias unidades (físicas, monetárias, quantitativas e qualitativas).
Resumo dos Modelos de DS
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Teóricos das sustentabilidades “fraca” e “forte” possuem diferentes visões sobre os principais assuntos que permeiam o desenvolvimento sustentável
Fraco X Forte
Born Lomborg
Julian Simon
Joseph Stiglitz Al Gore
Lester Brown
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Sustentabilidade Fraca
A população humana não está crescendo de forma exponencial, mas sim logarítmica, de modo que a partir de certo grau de desenvolvimento, as taxas de crescimento reduzem
Superpopulação Humana
Problemas como fome e pobreza não são consequências da superpopulação, mas sim da ausência de políticas públicas
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Sustentabilidade Forte
A população humana cresce de forma exponencial, induzida por um processo de feedback positivo e seus impactos podem ocorrer de forma inesperada, mesmo como o avanço tecnológico, são grandes os riscos da população humana ultrapassar a biocapacidade do planete causando consequências negativas para os sistemas sociais e ecológicos
Como isto é possível?
A humanidade só pode continuar utilizando mais recursos do que a Terra pode oferecer , em termos renováveis, na medida em que permanece sugando a herança deixada durante milhões de anos no subsolo (combustíveis fósseis) e na medida em que vai explorando a uma taxa não sustentável os recursos existentes dos rios, das florestas, do solo e dos oceanos.
Quando os recursos advindos do passado acabarem, aí surgirá o colapso total ou parcial.
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Sustentabilidade Fraca
O aumento do consumo humano é compensado pelo desenvolvimento tecnológico e maior eficiência dos processos produtivos. Desde meados do século XX, por exemplo, a produtividade e vida útil das reservas minerais vem aumentando, enquanto que o preço vem reduzindo
Aumento do consumo e escassez dos recursos naturais
Alumínio Ferro Cobre
De acordo com Lomborg, a mesma tendência é verificada para outros recursos como ouro, prata, zinco, enxofre, fósforo, potássio e zinco
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Sustentabilidade Forte
O consumo humano cresce de forma extraordinária e pode ocorrer uma verdadeira crise se países como China e Índia atingirem os níveis de consumo norte-americanos
Não se pode ter uma “fé cega” na tecnologia, pois o acesso a ela é desigual e ela pode ser utilizada tanto de forma positiva como negativa
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Sustentabilidade Fraca
A desigualdade é uma condição necessária para incentivar a atividade produtiva
Considerando as taxas cambiais e o poder de compra do consumidor, a desigualdade de renda está reduzindo
A pobreza absoluta a nível global, está reduzindo, concomitantemente como a expectativa de vida
Desigualdade e pobreza
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Sustentabilidade Forte
A desigualdade, na verdade, está aumentando,
O crescimento do poder econômico está interferindo de forma negativa no processo democrático, em virtude do aumento de lobbies e de manipulações políticas das informações
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Sustentabilidade Fraca
De acordo com a curva de Kuznets ambiental, a degradação ambiental reduz com o crescimento econômico.
Os problemas de saúde gerados por agrotóxicos, embora muito enfatizados pela mídia, são irrelevantes diante de problemas maiores como o tabagismo e os acidentes de trânsito. Nos gráficos abaixo, as mortes por 100.000 habitantes no Brasil
Degradação ambiental e agrotóxicos
Doenças relacionadas ao tabagismo
Acidentes de trânsitoAgrotóxicos – linha vermelha
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Os ambientalistas não levam em conta os benefícios causados pelo uso dos agrotóxicos: aumento da produtividade e redução dos preços dos alimentos
Os produtos químicos desenvolvidos pelo homem não são mais letais do que os já existente na natureza. A maioria dos estudos científicos no entanto concentram-se nos malefícios apenas dos agrotóxicos
Qualquer coisa em
excesso faz mal
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Sustentabilidade Forte
A Curva de Kuznets Ambiental não é válida para todas as regiões apenas para os países desenvolvidos, além disso a degradação ambiental proporcionada em um lugar pode gerar a riqueza de outro
Primavera Silenciosa
Além de afetar a saúde humana, os agrotóxicos contaminam os rios e lençóis freáticos, causando desequilíbrios ecológicos
Os agrotóxicos reduzem a resistência do sistema imunológico e aumentam a vulnerabilidade à outras doenças. Por isso, a mediação do número de “mortes” causada por eles é muito mais difícil do que no caso do trânsito.Relembrando a CKA: a posição do EUA pode estar
associada ao fato dele provocar degradação ambiental em outros países
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Há poucos estudos que avaliam os efeitos sinérgicos de diferentes agrotóxicos
O uso indiscriminado leva a proliferação de superpragas – pela combinação de transgênicos e agrotóxicos.
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O discurso do aumento da produtividade é usado para manutenção do poder econômico das grandes corporações e não desenvolvimento de alternativas como a redução do desperdício, a agricultura familiar e a permacultura
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Sustentabilidade Fraca
Corrente Cética: As mudanças climáticas são causadas por processos naturais que sempre atuaram ao longo de 4,6 bilhões de anos da Terra, a influência das emissões antrópicas são ínfimas
Mudanças Climáticas
O discurso “alarmante” tem um grande apelo midiático e é usado pela indústria nuclear e pelos países que já possuem tecnologia de baixa emissão
Corrente do custo-benefício: as emissões antrópicas até influenciam o clima global, mas seus efeitos não são tão catastróficos como se pensa
O desenvolvimento econômico e tecnológico fará com que a sociedade, no futuro, seja mais resistente à estes efeitos
Os ambientalistas não levam em conta os benefícios gerados pelos combustíveis fósseis
Parte do dinheiro arrecadado com o Pré-Sal (↑CO2) seria utilizado para fiscalização do desmatamento e políticas de reflorestamento da Amazônia (↓CO2)
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Sustentabilidade Forte
Não se pode excluir a influência antrópica às mudanças climáticas ocorridas nos últimos anos
Existem alternativas economicamente viáveis para redução das emissões – como energias solar e eólica
O derretimento das geleiras e aumento do nível do mar intensificam os anos decorrentes de desastres naturais e os desequilíbrios ecológicos. Estes danos são irreversíveis
O discurso cético é manipulado pela indústria do petróleo
Furacão Catarina – primeiro registro deste tipo de evento no
Atlântico Sul Tropical
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AtividadeEscolher um dos temas (pode ser mais do que um) abaixo e apresentar argumentos de cada corrente da sustentabilidade (fraca e forte) no formato de texto escrito ou de tabela
- Escassez dos recursos hídricos
- Engenharia Genética
- Fome
- Desmatamento
- Energia
- Poluição Atmosférica
- Chuva ácida
- Biodiversidade
Uma leitura que pode ser útil é o trabalho de Nina et al. (2012) – AQUECIMENTO GLOBAL, ENTRE O ANTROPOGÊNICO E O NATURAL
Lembre-se: quanto mais argumentos melhor e seu trabalho poderá ser apresentado um evento científico ou publicado numa revista
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REFERÊNCIASKESTEMONT, B. Les indicateurs de développement durable: fondements et applications. In: _______. Les indicateurs de développement durable. Bélgica: Université Libre de Bruxelles, 2010, p. 19-82.
LOMBORG, B. L’ecologiste sceptique: le véritable état de la planète. Paris: COLLECTION DOCUMENTS, 2004. 620 p.
NINA, A. Impacto de desastres naturais ao Produto Interno Bruto dos municípios e suas relações com o desenvolvimento: o caso das inundações de 2009 na Amazônia. 2016. 85f. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016.