desenvolvimento e estudo de arcabouÇos a base de ovoalbumina para engenharia de … ·...
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DESENVOLVIMENTO E ESTUDO DE ARCABOUÇOS A BASE DE
OVOALBUMINA PARA ENGENHARIA DE TECIDOS.
J.T.Colque¹;J.J.Bonvent¹ ¹Centro de Ciências Naturais e Humanas (CCNH) - Universidade Federal do ABC
RESUMO
A ovoalbumina (OVA) é um biopolímero e glicoproteína encontrado em clara
de ovos de galinha sendo 10% dos seus aminoácidos sequenciados como albumina
de soro humano. No presente trabalho, foram investigadas as propriedades físico-
químicas de arcabouços a base de OVA e a cinética de liberação de um
antibacteriano (cloridrato de tetraciclina - CT). Os arcabouços foram obtidos por
gelificação em presença de glutaraldeído (GA), seguida por lixiviação com NaCl; a
incorporação do antibacteriano foi feita por imersão do arcabouço numa solução de
CT. Microscopia eletrônica de varredura (MEV), espectroscopia de infravermelho
(FTIR), termogravimetria (TGA), absorção de fosfato-salino (PBS) e liberação da CT
foram feitas para analisar as propriedades morfológicas, químicas, térmicas, de
absorção e o processo de liberação da CT. Os resultados mostraram que estruturas
tridimensionais com poros interconectados foram produzidas; ocorre um aumento da
estabilidade química dos arcabouços pelo processo de reticulação com GA;
evidencia-se também um alto poder de absorção PBS após reticulação por GA,
evitando uma deterioração precoce do arcabouço. Concluiu-se que os arcabouços
obtidos a base de OVA tem propriedades físico-químicas e potencial bactericida
para aplicação em engenharia de tecidos.
Palavras-Chave: Ovoalbumina, biopolímero, arcabouço, engenharia de tecido.
INTRODUÇÃO
As incidências de patologias e lesões envolvendo tecidos humanos estão
aumentando por vários motivos tais como queimaduras [1] e osteoporose [2].
Segundo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), estimasse que 58,8%
da população brasileira utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS) [3]. Considerando a
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questão socioeconômica brasileira e a alta demanda do uso do SUS, existe uma
necessidade de desenvolver novos biomateriais para a engenharia de tecidos que
sejam economicamente viáveis para a população. Biopolímeros são bons candidatos
para a produção de arcabouços para a engenharia de tecido [4].
A albumina consiste em um grupo de proteínas globulares, sendo solúveis em
água e encontrados principalmente no plasma sanguíneo humano [5]. É possível
encontra albumina também em ovos, no caso chamado de Ovoalbumina (OVA), que
é extraída do albúmen (clara) de ovo. A OVA é uma fosfoglicoproteína de massa
molecular de 45 kDa, que tem 386 resíduos de aminoácidos, sendo metade é
hidrofóbica e um terço é carregado negativamente; além disso, 10% dos
aminoácidos da OVA são iguais da albumina do ser humano. Este biopolímero forma
uma estrutura secundária, com 3 β-folhas e nove α-hélice, que pode ser alterada
pela temperatura e pelo pH. [6].
A produção de arcabouço de OVA, ou seja uma estrutura tridimensional, é
necessário realizar a reticulação pela adição, por exemplo, de glutaraldeído(GA).
Este agente reticulante pode altera as interações celulares e a resposta celular de
osteoblastos pelo arcabouço. Entretanto, estudos feitos sobre a reticulação de
outros biopolímeros como o alginato e a queratina utilizando o GA não evidenciaram
citotoxicidade dos arcabouços produzidos [7,8].
Determinadas estruturas poliméricas tridimensionais possuem a capacidade de
liberação controlada de substancias, tal como como o cloridrato de tetraciclina (CT),
quando incorporadas no seu interior. O cloridrato de tetraciclina (CT) é conhecido
pelo seu efeito bactericida e já foi investigado em vários arcabouços poliméricos [9].
MATERIAIS E MÉTODOS
Materiais
Para a preparação dos arcabouços foram utilizados os seguintes materiais:
albumina de ovo branco de galinha, grau II (Sigma Aldrich); solução tampão fosfato-
salino (PBS) 1 M (Sigma Aldrich); cloreto de sódio 99,5% (Sigma Aldrich); solução
de glutaradeído, grau II, 25% em água (v/v) (Cromaline); glicina de fonte não animal
(Sigma Aldrich); Cloridrato de tetraciclina (Sigma Aldrich).
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Preparação dos arcabouços
Foi dissolvido 1,0 g de ovoalbumina (OVA) em 8 ml de água deionizada, por
meio de um agitador magnético, durante 3 dias a temperatura ambiente. Uma vez
homogeneizada, a solução de OVA foi estocada em um refrigerador para uso
posterior. Para as amostras com cloridrato de tetraciclina (CT), o processo foi
mesmo, porém com adição de 5 mg/mL e 2,5 mg/mL de CT na água deionizada,
obtendo-se 3 grupos diferentes de amostra.
Para a fabricação das estruturas tridimensionais (arcabouços), foram
realizados dois grupos de amostras, sendo ambas de soluções de OVA tratadas
com glutaraldeído (GA) e NaCl sólido (~100 µm). Vale ressaltar que o NaCl foi
empregado como agente porogênico, para realização do processo de lixiviação. No
grupo sem CT, foi realizada a mistura de 2 ml de solução OVA, com três diferentes
concentrações de GA, ou seja, 3%, 6% e 9% e 0,8 g de NaCl a cada 2 mL de
solução polimérica. Na solução com CT, foi realizado o mesmo processo, porém
com apenas 3% e 6% de GA. Todas as amostras foram depositadas em uma placa
de 24 poços por um dia para a reticulação do biopolímero OVA.
Após o processo de reticulação, os dois grupos de amostras (sem e com CT)
foram submersas em 200 ml de glicina (0,1M) a fim de provocar a saída do excesso
de glutaraldeido e, em seguida, foram lixiviadas por imersão em água milliQ por 2
dias, trocando duas vezes por dia a água, para a retirada total do sal. Em seguida,
as amostras foram submetidas ao processo de gelificação a -25°C durante um dia e
posterior remoção do líquido por vácuo (pressão manométrica de -250 mmHg) por
um dia. Ao final do processo, as amostras CT foram mergulhadas em soluções com
igual concentração inicial de CT (5 mg/mL e 2,5mg/m) afim de compensar a perda
de CT nos processos anteriores.
Para a manutenção de suas características, as amostras foram guardadas a
vácuo dentro de um refrigerador. Na realização dos ensaios de caracterização, as
amostras foram secadas a temperatura ambiente para não haver influência da água
presente no arcabouço e para o MEV, foi realizado a secagem a ponto crítico. No
teste de TGA foi somente utilizado as amostras sem CT em todas as 3
concentrações de GA, nos demais testes foram utilizadas apenas os de
concentração 3% e 6% de GA.
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CARACTERIZAÇÃO DOS ARCABOUÇOS
Análise morfológica por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)
Para analisar a morfologia dos arcabouços fabricados a partir da OVA, foi
utilizada a técnica de Microscopia eletrônica de varredura (MEV), no equipamento da
marca Jeol, modelo JCM-6000, na UFABC. As amostras foram submetidas a um
processo de metalização com ouro, a fim de evitar a sua deterioração pela
exposição ao feixe eletrônico.
Análise da estrutura química dos arcabouços
A espectroscopia de infravermelho é uma técnica espectroscópica para
identificar ou investigar a composição química de uma amostra. Os espectros foram
obtidos utilizando a técnica de espectrofotometria infravermelho por transformada de
Fourier (FTIR) em modo de reflexão total atenuada (ATR), em que as bandas de
vibração são identificadas com seus respectivos grupos químicos.
Análise Termogravimétrica (TGA)
A Análise Termogravimétrica ou TGA (ThermogravimetricAnalysis) é uma
técnica utilizada para medição da perda de massa de determinado material em
relação ao tempo e aumento de temperatura, em condições controladas. O
equipamento utilizado foi Q500 da TA Instruments (da Central experimental
multiusuário da UFABC).
Absorção de PBS, degradação da massa e variação de pH em temperatura
biológica
Os testes de absorção de PBS foram realizados com a retirada de determinada
massa de cada amostra de OVA e secagem à temperatura ambiente. Após a
secagem, as amostras foram imersas em uma solução de PBS e sua massa foi
medida depois de 24 horas e levadas a estufa a 37°C. A porcentagem de água
absorvida (S1) é determinada pela eq. A.
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(A)
Com m0 e mf as massas antes e depois da secagem na estufa,
respectivamente.
Para determinar a degradação do biomaterial, o mesmo método foi empregado,
porém as amostras foram levadas à estufa a 80°C por 1 hora. A porcentagem de
degradação (G) foi determinada pela eq.B
(B)
O efeito da degradação dos arcabouços sobre o pH foi analisado, monitorando
a variação do pH nas soluções de PBS contendo as amostras, após 24 horas de
imersão.
Liberação do cloridato de tetraciclina
Para a analisar a liberação de droga dos arcabouços com CT, as amostras
foram imersas em uma solução de 10 mL de PBS à 37°C e foram retiradas alíquotas
de 2 mL nos intervalos 0,25, 0,5, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 24 horas. No mesmo instante
da retirada das alíquotas, foram repostos 2 mL de solução PBS. A determinação da
concentração de CT liberada foi feita mediante medidas de absorbância. Os
espectros uv-visível foram obtidos num espectrofotômetro da marca Varian, modelo
Cary 50. A relação entre a absorbância e a concentração foi previamente
determinada mediante uma curva de calibração, com concentrações conhecidas de
CT, entre 0.1 ug/mL e 50 µg/mL.
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RESULTADOS
Análise morfológica
As imagens dos arcabouços obtidas por MEV são mostradas na Figura 4. Com
a secagem supercrítica, foi possível analisar a estrutura do arcabouço sem a
presença de água sendo possível encontrar poros diversificados nas estruturas. Os
poros encontrados têm diâmetros entre 50 e 400 µm. Porém, podemos destacar a
influência da CT nas amostras, uma vez que existem poros mais regulares nos
arcabouços sem CT. A adição do GA também afeta a estrutura do arcabouço, uma
vez que o aumento da concentração de GA provoca a formação de uma estrutura
com poros maiores e irregulares.
Figura 1. Imagens de MEV de arcabouços OVA. (a) 6% GA (b) 3% GA (c) 6% GA +
2,5mg/mL CT (d) 6% GA + 5mg/mL CT (e) 3% GA + 5mg/mL CT (f) 3% GA +
2,5mg/mL CT
(a) (b)
(c) (d)
(e) (f)
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Análise da estrutura química dos arcabouços
A Figura 2 apresenta os espectros FTIR dos diferentes arcabouços, com e sem
CT. A banda de absorção entre 3200 e 3600 cm-1 é associada aos grupos funcionais
OH e NH, e seu estiramento, que tende a aumentar com a concentração de GA. Os
grupos aminas I, II e III podem ser analisadas a partir da intensidade dos picos em
1633, 1533 e 1309 cm-1, respectivamente [18]. Pode-se notar que houve um
aumento da amplitude apenas nas aminas do tipo I e II, com o aumento de GA. As
bandas associadas a tetraciclina podem ser observadas em 1045, 1075 e 1120 cm-1,
conforme esperado da literatura [10].
Figura 2. Espectros FTIR das amostras de OVA com e sem HCT. (e) 3% GA (b) 6%
GA (c) 6% GA + 5mg/mL CT (d) 6% GA + 2,5mg/mL CT (e) 3% GA + 2,5mg/mL CT
(f) 3% GA + 5mg/mL CT.
Análise Termogravimétrica (TGA)
A análise das curvas de TGA (Figura 3) indicam que os arcabouços produzidos
a partir da OVA pura apresentam uma maior resistência no intervalo de 150°C e
250°C. As variações de GA nas amostras com OVA e OVA pura não mostraram
diferenças significativas, principalmente para as concentrações de 6% e 9% de GA.
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Figura 3 . Curva de TGA das amostras de OVA sem CT. (a) OVA pura; (b) e (e)
OVA 3% GA; (c) OVA 6% GA; (d) OVA 9% GA.
Absorção de PBS e variação de pH em temperatura biológica
Os dados obtidos a partir dos testes de absorção de PBS dos diferentes
arcabouços produzidos com OVA, GA e CT são apresentados na Tabela 1.
Tabela 1. Valores de variação de massa e pH dos diferentes arcabouços
% Massa ganha pH Var. de pH
Arcabouço 3% GA 220,62 ± 10,49 7,39 - 0,15
Arcabouço 3% GA com 2,5mg/mL CT 260,82 ± 3,12 7,50 -0,04
Arcabouço 3% GA com 5mg/mL CT 304,12 ± 15,88 7,36 -0,18
Arcabouço 6% GA 237,12 ± 16,04 7,30 -0,24
Arcabouço 6% GA com 2,5mg/mL CT 223,51 ± 5,55 7,25 -0,29
Arcabouço 6% GA com 5mg/mL 265,30 ± 33,18 7,24 -0,30
É possível notar que todos os arcabouços têm um alto poder de absorção de
PBS. Vale destacar que o aumento de GA é acompanhado de um aumento de
absorção de PBS pelos arcabouços. Este comportamento se deve ao fato que uma
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maior reticulação das amostras induz uma menor perda de material no meio,
aumentando assim a capacidade de absorção de PBS. Considerando o pH humano
aproximadamente 7,4 e que a faixa ideal é entre 7,1 e 7,5, a variação do pH
observada nas amostras está de acordo com esta faixa de tolerância de pH, com
exceção da amostra de 6% GA com 5 mg/mL de CT, que apresenta uma variação
de pH limítrofe. A presença de CT afeta também a absorção de PBS pelo
arcabouço, sendo que um aumento da sua concentração é acompanhado por uma
absorção maior, em decorrência do aumento da porosidade.
Liberação do clorado de tetraciclina
As curvas de liberação da tetraciclina dos diferentes arcabouços são mostradas
na Figura 4. Pode-se observar que a cinética de liberação do CT depende
fortemente das condições de produção do arcabouço. Nota-se, como esperado, que
a incorporação mais elevada de CT no arcabouço gerou uma maior liberação da
droga. Destaca-se a influência do GA no processo de liberação da tetraciclina. O
aumento da reticulação tendo a dificultar a liberação da droga.
Figura 4. Curva de Liberação de CT para os arcabouços obtidos com (a) 3% GA + 5
mg/mL CT; (b) 3% GA + 2.5 mg/mL CT; (c) 6% GA + 5 mg/mL CT; (d) 6% GA + 2,5
mg/mL CT.
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Discussão e conclusão
Os experimentos e análises feitas até o momento mostram que a concentração
do agente reticulante, o GA, utilizada nos arcabouços, influência fortemente as
propriedades morfológicas e estruturais dos arcabouços de OVA, como evidenciado
pelas caracterizações feitas por FTIR, MEV, TGA, Absorção (PBS), degradação da
massa e variação de pH em temperatura biológica. A incorporação de tetraciclina
provoca um aumento notável da porosidade do arcabouço. A adição de GA altera a
estrutura química do arcabouço, evidenciado pelo aumento da intensidade de
determinadas bandas, associadas ao processo de reticulação do OVA. Para
aplicação com maior resistência à temperatura, arcabouços obtidos com GA mas
sem lixiviação parecem mais indicados. Também vale ressaltar que a variação de
pH pela degradação do arcabouço em PBS é consistente com a faixa de tolerância
biológica. A absorção de PBS pelos arcabouços decorre do aumento do processo de
reticulação pelo GA, que reduz a exposição das regiões hidrofílicas da OVA. A
liberação de tetraciclina mostrou-se satisfatória e condizente com o esperado, uma
vez que quanto menor a concentração de GA empregada, maior é a sua
degradação, contribuindo para uma maior e mais rápida liberação do CT. Tendo em
vista a possibilidade de controlar as propriedades morfológicas e a cinética de
liberação de uma droga incorporada no arcabouço por adição de GA e pelo
processo de lixiviação, estudos de viabilidade, adesão e crescimento celular devem
ser feito para comprovar o potencial de uso de arcabouço a base de OVA para
aplicações na engenharia de tecido.
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ABSTRACT
The ovalbumin (OVA) is a biopolymer and glycoprotein from chicken eggs with 10%
amino acid sequenced as human serum albumin. This work investigated physical-
chemical properties of scaffolds of OVA and the release kinetics of a drug
antibacterial (Hydrochloride Tetracycline -TCH). The scaffolds were obtained by
gelation in glutaraldehyde(GA) before of salt-leaching technique with NaCl; the
incorporation of antibacterial was by immersion of OVA scaffolds in a TCH solution.
Scanning Electron Microscopy (SEM), Infrared Spectroscopy (FTIR),
thermogravimetry (TGA), phosphate salt absorption (PBS) and TCH release were
made to analyze morphological properties, chemical, thermal, absorption and TCH
liberation process. The results showed a dimensional structures with interconnected
pores; chemical stability of scaffolds in crosslinking process with GA; It is evident a
high PBS absorption power by reticulation with GA, avoiding a premature
deterioration of the scaffold. It were concluded que scaffolds obtained from OVA has
physical-chemical properties and bactericide with potential application to Tissue
Engineering.
Keywords: ovalbumin, biopolymer, scaffold, tissue engineering.
RESÚMEN
La Ovoalbúmina (OVA) es un biopolímero y glicoproteína encontrado en huevos de
gallina, siendo el 10% de sus aminoácidos secuenciado como albúmina de suero
humano. En el presente trabajo, fueron investigadas las propiedades físico-químicas
de los scaffolds a base de OVA y la liberación cinética de un antibacteriano
(Tetraciclina Clorhidrato -TCH). Los scaffolds de OVA se obtuvieron por gelificación
en presencia de glutaraldehído (GA), seguido por la lixiviación con NaCl; la
incorporación del antibacteriano se ha hecho por la inmersión del material a una
solución de TCH. Microscopía Electrónica de Barrido (SEM), espectroscopia
infrarroja (FTIR), termogravimetría (TGA), la absorción de sal de fosfato (PBS) y la
liberacion del TCH se realizaron para analizar propiedades morfológica, química,
térmica, absorción y liberación del TCH. Los resultados mostraron que las
estructuras tridimensionales fueron producidos con poros interconectados;
estabilidad química de los scaffolds en el proceso de crosslink por GA; También
claramente se observó la alta absorción de PBS luego después de la reticulación en
GA que evito la deterioración prematura del scaffold. Se concluyó que los scaffolds
obtenidos a partir de una base de OVA tienen propiedades físico-químicas y
bactericida con potencial aplicación para ingeniería de tejidos.
Palabras clave: ovoalbúmina, biopolímero, scaffold, Ingeniería de Tejidos.
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