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Desenvolvimento do curso: Apresentação da Formadora, dos cursistas e dos objetivos da oficina. Breve explicação do Sistema Operacional Linux. Login – usuário e fechar sessão ≠ desligar. Apresentação geral dos aplicativos. Exploração de vídeos da TV Escola- Série “De onde vem?” ou jogos do portal do professor. Fazer anotações no Writer: Nome do vídeo escolhido; disciplinas e conteúdos; atividades vinculadas; linguagem. Conhecendo o navegador da Internet e como copiar, colar textos e imagens da internet; selecionar sites, guardar as fontes. Sobre internet procurou-se discutir sobre: o uso responsável; segurança; direitos autorais; história; pirataria e Software livre. Partiu-se para exploração dos recursos Tuxpaint e Gcompris com a proposta de cada cursista fazer anotações no Impress destacando: O que gostamos; Não gostamos Sugerimos... Nesta atividade cada um aprenderia a como salvar – local e extensão; criar e compartilhar pastas; acessar arquivos em pendrive ou CD. Socialização das observações abriu-se espaço para as dúvidas e impressões sobre a oficina. Devido ao curto espaço de tempo disponível e as características de cada grupo formado, em algumas oficinas não foi possível explorar o Tuxpaint e/ou o Writer . Na Escola Desdobrada Marcolino, a baixa velocidade da internet impediu a exploração da mesma. Alguns links usados e sugeridos aos educadores: Como funciona a internet http://www.youtube.com/watch?v=FX5toA9OtU4&NR=1 Segurança na internet http://www.youtube.com/watch?v=jwV8SmYWHmQ http://www.youtube.com/watch?v=ESxcGbzfmG0&feature=related Uso responsável da internet http://www.youtube.com/watch?v=CR_9dlJrY3Y&feature=related http://www.internetresponsavel.com.br/ História da internet

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Page 1: Desenvolvimento do curso - Prefeitura de Florianópolis · experiências cooperativas; e construir possibilidades de uso em sala de aula. 6 Professora da Universidade Federal do Rio

Desenvolvimento do curso:

Apresentação da Formadora, dos cursistas e dos objetivos da oficina. Breve explicação

do Sistema Operacional Linux. Login – usuário e fechar sessão ≠ desligar. Apresentação geral

dos aplicativos.

Exploração de vídeos da TV Escola- Série “De onde vem?” ou jogos do portal do

professor.

Fazer anotações no Writer: Nome do vídeo escolhido; disciplinas e conteúdos;

atividades vinculadas; linguagem.

Conhecendo o navegador da Internet e como copiar, colar textos e imagens da internet;

selecionar sites, guardar as fontes. Sobre internet procurou-se discutir sobre: o uso

responsável; segurança; direitos autorais; história; pirataria e Software livre.

Partiu-se para exploração dos recursos Tuxpaint e Gcompris com a proposta de cada

cursista fazer anotações no Impress destacando:

• O que gostamos;

• Não gostamos

• Sugerimos...

Nesta atividade cada um aprenderia a como salvar – local e extensão; criar e

compartilhar pastas; acessar arquivos em pendrive ou CD.

Socialização das observações abriu-se espaço para as dúvidas e impressões sobre a

oficina.

Devido ao curto espaço de tempo disponível e as características de cada grupo

formado, em algumas oficinas não foi possível explorar o Tuxpaint e/ou o Writer. Na Escola

Desdobrada Marcolino, a baixa velocidade da internet impediu a exploração da mesma.

Alguns links usados e sugeridos aos educadores:

• Como funciona a internet

http://www.youtube.com/watch?v=FX5toA9OtU4&NR=1

• Segurança na internet

http://www.youtube.com/watch?v=jwV8SmYWHmQ

http://www.youtube.com/watch?v=ESxcGbzfmG0&feature=related

• Uso responsável da internet

http://www.youtube.com/watch?v=CR_9dlJrY3Y&feature=related

http://www.internetresponsavel.com.br/

• História da internet

Page 2: Desenvolvimento do curso - Prefeitura de Florianópolis · experiências cooperativas; e construir possibilidades de uso em sala de aula. 6 Professora da Universidade Federal do Rio

http://www.youtube.com/watch?v=CR_9dlJrY3Y&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=vFI7zAgrDN0&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=fmiC5lyc_X4&feature=related

• Mal uso da internet

http://www.youtube.com/watch?v=wnRybGCB6_0

• Plagio e pirataria na internet

http://samadeu.blogspot.com/

http://culturadigital.br/blog/tag/sergio-amadeu/

• Dicas – Linux

http://www.blogcatalog.com/blog/rafaelninkcom/aeaecc8a3bdf066dd1a3b5aa121b20be

http://educlinux.blogspot.com/

http://www.blogcatalog.com/blog/rafaelninkcom/5429d8e4059861245f4000bc256e9eec

http://www.blogcatalog.com/blog/rafaelninkcom/39740892bd7dc71074e74f08131bb767

http://www.blogcatalog.com/blog/rafaelninkcom/39740892bd7dc71074e74f08131bb767

http://oca.idbrasil.org.br/wiki2/index.php/Configuurar_Samba

Avaliação do Curso:

De maneira geral as oficinas foram bem avaliadas pelos participantes, apesar do pouco

tempo. Todos solicitaram a realização de cursos pelo NTM voltados para educadores de anos

iniciais, o que não foi oferecido este ano pelo NTM e solicitaram mais encontros em que

pudessem explorar os aplicativos do GCompris para utilizarem em suas aulas. Também

merece destaque a solicitação de curso sobre criação e uso de blogs na educação básica, o

que será viabilizado no próximo ano, de acordo com a demanda de cursos planejados pelo

núcleo para toda a RME.

3.7 Laptops educacionais (XO): formação de professores da EBM Intendente Aricomedes da Silva

O início

No ano de 2009, a OLPC5 (One Laptop per Child) doou ao Brasil cerca de 2600 laptops

do modelo XO. Deste número, aproximadamente 500 foram doados para atender a uma

5 OLPC – One Laptop Per Child é uma organização sem fins lucrativos, responsável pelo desenvolvimento do laptop XO. Sua missão “é oferecer oportunidades educacionais para as crianças mais pobres do mundo, dando a cada uma delas um laptop robusto, de baixo custo, com baixo consumo de energia, conectado à Internet, bem como ferramentas projetadas para a colaboração e a aprendizagem.” Disponível em http://www.olpc.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=56&Itemid=41.

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escola do município de Florianópolis.

Em um convênio realizado entre: Ministério da Educação, Fundação Centros de

Referência em Tecnologias Inovadoras (CERTI), Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e

Tecnológica de Santa Catarina (FAPESC) e a Prefeitura Municipal de Florianópolis, através da

Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável e da

Secretaria de Educação, teve início o Projeto Piloto de Utilização de Tecnologias de

Informação e Comunicação para Qualificação da Educação Pública e Desenvolvimento

Regional, cujo objetivo era o de levar o laptop XO para aproximadamente 420 crianças,

estudantes do 1º ao 6º ano, da Escola Básica Municipal Intendente Aricomedes da Silva –

EBIAS – localizada no bairro Cachoeira do Bom Jesus.

A coordenação do projeto ficou a cargo da Diretoria de Ensino Fundamental – DEF – da

Secretaria Municipal de Educação, mais especificamente sob a responsabilidade da

assessora técnica pedagógica Marilda Terezinha Rios Martins, chefe do Departamento de

Currículo da Rede.

A formação dos professores para a utilização desta nova tecnologia foi idealizada e

ministrada pelo Núcleo de Tecnologia Municipal - NTM - de Florianópolis e a Fundação

CERTI, parceira do NTM nesta caminhada.

No NTM tivemos como formadoras: Roberta Fantin Schnell, Rosane Maria Kreuch e

Suleica Fernanda Biesdorf Kretzer. Na fundação CERTI participaram dos momentos de

formação, alternadamente: Silvio da Costa Pereira, Maximiliana Batista Ferraz dos Santos,

Edla Maria Faust Ramos e Elizângela Hassan.

Para acompanhamento do projeto criou-se uma equipe gestora, denominada Grupo de

Gestão Pedagógica do Projeto XO (GGPXO), com representantes da DEF, NTM, CERTI e da

EBIAS: Marizilda Araújo (diretora), Gerson Daniel (Supervisor), Ana Elisa (Orientadora

Educacional) e Ângela Hoppen (auxiliar de ensino de tecnologia educacional). Esta equipe

ficou responsável por discutir e encaminhar todas as diretrizes do projeto, como o calendário

de formações, o planejamento das ações, entre outras.

O processo

Nossa ideia inicial para a formação dos professores era a de realizar uma formação que

privilegiasse os aspectos funcionais do laptop concomitantemente com a discussão dos

aspectos pedagógicos.

O NTM já tem uma caminhada de mais de uma década na formação de professores

para usos, apropriação e autoria com as tecnologias e mídias em geral. Este trabalho de

formação tem por objetivo atentar para aspectos importantes quando se trabalha com mídia-

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educação: os direitos de proteção, de provisão e de participação na produção que as crianças

têm em relação às mídias.

Ao disponibilizar para cada aluno da escola um laptop é necessário considerar o desafio

de assegurar o direito ativo da participação das crianças. Então, buscamos planejar a

formação dos professores com atenção a este princípio. Como já foi dito, o Núcleo possui

uma boa estrada na formação e sempre primou pela metodologia de projetos. Esta

metodologia vem sendo referendada como a ideal para o trabalho pedagógico com os laptops

e tínhamos por base trabalhá-la e aprofundá-la nos momentos de formação.

Por privilegiar o trabalho com projetos, buscamos já na primeira oficina, uma

metodologia que enfocasse esse trabalho. Como tínhamos a parceria com a Fundação CERTI

na discussão e elaboração dos planos de formação e como já existia no país um projeto piloto

de utilização laptops educacionais na modalidade 1:1, conseguimos viabilizar através da

CERTI, a vinda da professora Léa Fagundes6.

Primeiro Momento de Formação – Oficina nos dias 16 e 17 de março de 2010

A primeira oficina com os professores da Escola Intendente Aricomedes da Silva ocorreu

nos dia 16 e 17 de março deste ano7. 24 professores da Escola participaram destes dois dias

repletos de novidades, dúvidas, curiosidades, desafios. A oficina foi ministrada por Roberta

Fantin Schnell e Rosane Maria Kreuch do Núcleo de Tecnologia Municipal e teve como

parceiros os profissionais da CERTI: Edla Maria Faust Ramos, Maximiliana B. F. dos Santos e

Silvio da Costa Pereira.

Nosso objetivo neste primeiro encontro com os professores e destes com o laptop XO

foi dar inicio ao processo de apropriação técnica e pedagógica do laptop XO e da filosofia

OLPC (One Laptop per Child), utilizando os programas e recursos concomitantemente à

reflexão teórica a respeito das mídias/tecnologias na educação. Tínhamos clareza de que

seria apenas um 'primeiro mergulho' pois havia muito para conhecer.

Por isso, especificamente objetivamos sensibilizá-los para o uso do laptop como uma

ferramenta pedagógica dentre as inúmeras tecnologias disponíveis; explorar as

características de hardware do laptop educacional; analisar possibilidades para organizar e

sistematizar conteúdos nos diversos aplicativos; interagir com outros XO participando de

experiências cooperativas; e construir possibilidades de uso em sala de aula.

6 Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que participou da primeira fase do programa UCA, quando ainda era projeto e foi desenvolvido em 5 escolas brasileiras. Durante a primeira fase, a professora coordenou o trabalho na Escola Luciana de Abreu, no município de Porto Alegre. É também consultora do Ministério da Educação – MEC.

7 No blog do projeto XO encontra-se o vídeo com imagens do primeiro encontro de formação. www.projetolaptop.blogspot.com

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Além das atividades exploratórias do laptop tivemos a presença da Diretora de

Desenvolvimento Econômico Sustentável, Maria Angélica Jung Marques, da Secretaria

Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável que apresentou

o projeto para os professores. A profissional discorreu sobre a iniciativa daquela Secretaria de

apresentar o projeto ao Governo Federal e o significado que a chegada dos laptops tem para

a cidade de Florianópolis. A seguir, Rosane Immig, Gerente de Articulação Pedagógica da

Diretoria de Educação Fundamental ratificou a importância do projeto para a SME.

Os professores puderam também conhecer um pouco da experiência piloto realizada na

Escola Dom Alano du Noday, em Palmas (TO) apresentado pela professora Maximiliana. A

seguir, a professora Edla trouxe algumas questões para o grupo referentes ao uso prático dos

laptops na Escola: Quando usar? Em quais disciplinas? Por que usar laptop na educação?

Existe diferença do uso do laptop por aluno com a sala informatizada?

A convite da Fundação CERTI, a professora Lea Fagundes que desenvolve pesquisas

junto ao Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC-UFRGS) especialmente no projeto “Um

Computador por aluno”, desenvolveu um workshop muito inspirador.

Os dois dias parecem ter sido pouco tempo para tantas novidades. Ao avaliar a oficina e

dizer como percebiam o trabalho pedagógico com os laptops a partir deste breve contato com

os equipamentos, a maioria dos professores participantes relatou um misto de curiosidade,

receio e animação. Foi marcante também a solicitação de ampliar os espaços de formação. O

grupo pediu insistentemente que a Secretaria de Educação e a Fundação CERTI se

comprometessem efetivamente com a realização do projeto. Ou seja, que não fosse a Escola

a única responsabilizada caso a experiência venha a ser considerada um fracasso. Da parte

do NTM explicamos que não há possibilidade de fracasso num projeto que está em processo

de construção, principalmente metodológica. A representante da DEF Marilda T. Rios Martins

enfatizou que por se tratar de um projeto inovador, a SME daria todo o apoio para seu

desenvolvimento8.

8 Texto disponível no blog do projeto: www.projetolaptop.blogspot.com

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2º Momento de Formação – Oficina nos dias 26 a 30 de abril de 2010

Na semana de 26 a 30 de abril, na EBIAS aconteceu o segundo momento de formação

com os professores. Diferentemente dos moldes do primeiro encontro, neste tivemos a

mesma oficina sendo ministrada de 2ª a 6ª feira, com a finalidade de oportunizar a

participação a todos os professores. Os professores de área participaram em sua hora-

atividade, e os dos anos iniciais foram substituídos pelos auxiliares de ensino, para que estes

participassem também.

A oficina teve dois momentos e abrangeu conteúdos básicos e avançados. Nos

conteúdos básicos, a dinâmica foi voltada especificamente para os professores e na parte

avançada, foi oportunizada a participação de alguns alunos juntamente aos professores.

As oficinas de formação foram muito ricas, e a receptividade dos professores excelente!

Na avaliação, a maioria ressaltou a importância desse momento e a oportunidade de

conhecer melhor algumas atividades.

Para além do viés da formação o momento foi válido e muito importante também para a

criação de um vínculo maior com esses profissionais; questão primordial para a continuação

do trabalho, que se dará através da assessoria direta no planejamento e no desenvolvimento

das atividades. Foi uma semana de trabalho intenso e gratificante.

Ilustração 13: Primeiro Momento de Formação XO

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Ilustração 15: 1º dia: professores de Educação Física e 2ª série

Ilustração 14: 2º dia: professores de História, Geografia e 1º ano

Ilustração 17: 3º dia: professores de Artes, Matemática, Inglês, Laboratório de Ciências e 3ª série

Ilustração 16: 3º dia: professores de Ciências e 4ª série

Ilustração 19: 5º dia: professores de Língua Portuguesa e Auxiliares de Ensino

Ilustração 18: Alunos participando da oficina de Turtle junto aos professores

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3º Momento de Formação – Oficina nos dias 26 a 27 de agosto de 2010

Nos dias 26 e 27 de agosto, organizamos junto a EBIAS o terceiro momento de

formação dos professores, com a participação de todos os profissionais.

Para tanto, no dia 26 foi realizada a oficina no período da tarde e no dia 27, no período

da manhã.

O objetivo dos dois dias foi realizar uma reflexão acerca da realização do trabalho com

pesquisa e com projetos. Para tanto, no primeiro dia enfocamos e discutimos questões

teóricas e, no segundo dia, trabalhamos com a criação e discussão acerca da utilização

pedagógica de blogs.

Alguns professores criaram seus blogs e também os blogs das disciplinas que

ministram. A intenção foi promover, além da discussão, a criação dos blogs com os alunos e,

pudemos perceber ao longo do restante do ano, como foi positivo este momento, haja vista

que várias turmas criaram seus blogs e alguns professores criaram blogs para os projetos que

estavam desenvolvendo. Como exemplo, citamos os blogs da professora de Língua

Portuguesa: www.agentevareia.blogspot.com (blog pessoal) e

www.projetolendoetecendo.blogspot.com (blog do Projeto Lendo e Tecendo, realizado com

alunos da turma 61).

Assessoria

Devido as dificuldades em encontrar espaços no calendário escolar para a

realização da formação dos profissionais da escola, tivemos que aumentar nossas idas à

EBIAS no sentido de auxiliar os professores no conhecimento e apropriação do laptop XO

e das possibilidades de utilização pedagógica do mesmo.

Para tanto, determinamos que os momentos de assessoria seriam de planejamento

junto aos educadores, bem como de tirar dúvidas ou mesmo entrar em sala de aula a fim

de auxiliar os mesmos.

Somando um total de quase 200 horas de assessoria, conseguimos estabelecer

vínculos significativos com alguns profissionais, realizar planejamentos nos horários em

que o professor tinha suas aulas vagas e também acompanhar alguns trabalhos em sala

de aula.

Vale ressaltar que nem todos os profissionais se dispuseram a participar dos

momentos de assessoria. Mas um fator que nos chamou a atenção, foi o de uma

professora bastante resistente que, ao perceber os resultados do trabalho de suas

colegas, mencionou que no ano seguinte estava pensando em também desenvolver um

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trabalho parecido e que iria sim procurar o auxílio do NTM.

A assessoria configurou-se em um momento rico também de formação dos

educadores, haja vista que no momento em que se planejam as atividades, acabam

sendo discutidas questões importantes da mídia-educação.

Aspectos Positivos:

P Permanência da auxiliar de tecnologia educacional na sala informatizada

Um aspecto que precisa ser ressaltado que contribuiu para o bom andamento do projeto XO

na escola, especialmente nas séries iniciais, foi a permanência da então coordenadora da

sala informatizada neste espaço, a fim de articular tanto o trabalho na sala informatizada,

quanto o trabalho com os laptops XO. Por determinação da DEF, ficou a cargo desta

profissional, dar uma atenção especial às turmas dos anos iniciais.

P Assessoria do Núcleo de Tecnologia MunicipalPelas dificuldades de se conseguir espaço no calendário escolar para a formação de

professores, decidiu-se que as assessoras do NTM estariam presentes semanalmente na

escola, a fim de prestar uma assessoria direta aos professores no planejamento e utilização

do laptop XO. Essa iniciativa foi válida tanto no desenvolvimento do trabalho, quanto numa

maior aproximação das profissionais da secretaria de educação com os professores e vice-

versa. Essa relação foi fundamental no desenvolvimento de algumas parcerias que

aconteceram e culminaram em produções significativas dos alunos.

A carga horária de assessoria, chega a aproximadamente 184 horas ao longo do ano.

P FormaçãoApesar das dificuldades em conseguir espaço no calendário escolar para a formação, os

momentos em que pudemos nos reunir em grupo foram de extrema importância e relevância.

Num total, os professores receberam 28h de formação, sendo:

16h de oficinas recebidas no NTM, no mês de março

4h para cada profissional no mês de abril (26 a 30 de abril) – a mesma oficina foi ministrada

todos os dias da semana. Os professores de 5ª e 6ª série participavam em seu dia de hora-

atividade. Em cada dia da semana foi oportunizada a participação dos professores das séries

iniciais, para tanto, houve a substituição pelo auxiliar de ensino para que pudessem participar

sem haver dispensa de alunos. No último dia foi oportunizado também aos auxiliares de

ensino.

8h no mês de agosto: convocação para a 5a feira, dia 26/08, no período vespertino e para a

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6a feira, dia 27/08, no período matutino.

Total da formação ministrada pelo NTM: 44h (16h para todos os profissionais juntos + 5

dias de 4h cada dia para os professores das áreas e anos iniciais + 2 meio períodos para

todos os profissionais).

Nos períodos de assessoria, ficávamos na escola a disposição dos professores. Não

conseguimos que todos se dispusessem a conversar. Houve certa resistência, que ao longo

do tempo foi diminuindo. Pensamos ser um processo... para o ano de 2011, alguns

professores mais resistentes que perceberam os resultados positivos de alguns trabalhos que

contaram com a nossa assessoria, já comentaram que vão se envolver mais.

Vale ressaltar a publicação da revista Nova Escola, com a professora Flaviana de Matemática,

que contou com a assessoria do NTM e CERTI. Muito relevante também o trabalho da

professora Ana Kelly (Língua Portuguesa), Flaviana (Matemática) e Malú (Geografia), que

fizeram um projeto interdisciplinar "Lendo e Tecendo" que partiu da disciplina de Língua

Portuguesa e de uma atividade do Clube da Leitura e foi concluído com um belo trabalho

interdisciplinar. Neste processo a assessoria do NTM atuou efetivamente tanto na proposta do

trabalho interdisciplinar, quanto no planejamento, na execução em sala de aula com os alunos

e na apresentação, que culminou com a presença de uma artista catarinense na escola.

Dificuldades ao longo do processo

P Falta de preparo para o recebimento dos laptops pelos professores e alunos. Ao chegar à escola para um primeiro contato com o corpo docente e também na primeira

oficina, tivemos a percepção de que os professores não foram preparados para receber os

laptops. A notícia de que a escola receberia o laptop XO ocorreu no início do ano letivo, no

mês de fevereiro. Pensamos que faltou preparar o professor para tal fato. Além disso, também

faltou um tempo maior para a apropriação da máquina, haja vista que os professores

receberam os laptops praticamente ao mesmo tempo em que os alunos.

Da mesma forma que não houve um preparo dos professores para o recebimento, os

alunos também não foram preparados, o que refletiu no trabalho do ano todo. Os problemas

com a falta de cuidado com o equipamento mostraram-se bem presentes e resultou em um

grande número de laptops quebrados, sem teclado ou sem carregador.

Um outro problema que se mostrou muito evidente durante a utilização dos laptops em

sala de aula, foi o fato de muitos alunos deixarem-no em casa, alegando ser muito pesado. Ao

trabalhar em uma turma de 6ª série, questionei os motivos pelos quais eles não traziam o XO

para a escola e a resposta foi de que “era pesado”. Diante disso, perguntei se o laptop da

turma deles poderia ser cedido para outra série, que não tinha o computador e a resposta foi

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unânime: “Não professora! Não queremos levar o laptop para casa, mas em sala a gente

quer!”.

Aliado a este fator, um outro desmotivador da vontade em levar os XO para casa

reporta-se ao fato de que muitos alunos têm computador com acesso a Internet em casa.

Como o XO é bem lento e tem pouca capacidade, os alunos acabam preferindo utilizar os de

suas casas, que respondem melhor às suas necessidades de utilização.

Estes fatores deverão ser discutidos no início do ano letivo de 2011 para ver que

encaminhamento a escola seguirá, pois pensamos não ser interessante que se tenha o laptop

e que o mesmo fique em casa, sem a utilização pedagógica em sala de aula.

P Dificuldade em estabelecer um calendário de formação

Faltou tempo no calendário escolar para a formação. Tivemos grande dificuldade em

estabelecer um calendário de formação por conta dos 200 dias letivos que a escola tem que

cumprir. Não houve a possibilidade de pararmos a escola, pelo menos uma vez ao mês, para

que os professores pudessem participar do encontro de formação previsto inicialmente pela

equipe do NTM. A solução foi a busca de formas alternativas desta formação acontecer, a fim

de minimizar o problema. Uma alternativa encontrada foi ofertar a mesma oficina durante os

cinco dias da semana, assim os professores foram convocados no seu dia de hora atividade

para participar da oficina. Quanto aos dos anos iniciais, como todos tinham 40h na escola, de

2ª a 5ª feira cada série dispensou seu professor para participar junto aos professores do

fundamental II. Assim os alunos não eram dispensados, pois ficavam na sala de aula com o

auxiliar de ensino. Este último profissional também pode participar na oficina na 6ª feira. Cabe

salientar que esta forma não é a ideal, já que os momentos em grupo são essenciais, pelos

motivos já citados anteriormente. Uma outra forma utilizada foi ministrarmos a formação em

um dia pela manhã e no dia seguinte a tarde. Esta forma também não é a ideal, devido a

descontinuidade do trabalho de um dia para o outro.

A fim de suprir a falta de formação, foi deslocada para a escola, pelo menos uma vez

por semana, uma profissional do NTM para assessorar os professores. O momento de

assessoria, apesar de importante e essencial, não dá conta das necessidades da formação

como um todo, haja vista que os momentos em que o grupo se reúne são primordiais para a

troca de experiências, o que não ocorreu no decorrer do ano.

P Pouca autonomia do NTM nas proposições de formação do projeto XO

Este fator está diretamente ligado ao fato de não conseguirmos estabelecer um calendário de

formação, haja vista que foi elaborada uma proposta que previa 80h horas de formação

continuada ao longo do ano (planejamento em anexo), de forma que os professores teriam

um encontro mensal. Esta formação, solicitada pelos educadores no início do ano não pode

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ser feita justamente devido ao calendário e ao cumprimento dos 200 dias letivos, no entanto,

outro projeto que estava acontecendo nesta escola (e também em outras da Rede Municipal

de Ensino) com as turmas dos anos iniciais pode dispensar alunos para os professores

participarem da formação.

P Dificuldade de locomoçãoPara a assessoria semanal na escola a maior dificuldade encontrada foi a de locomoção.

Quando havia possibilidade ia-se com o carro da prefeitura e quando não havia essa opção, a

saída era a ida de ônibus. Devido à grande distância da escola ficou complicado estabelecer

mais de um dia por semana de ida a escola. Em determinados momentos em que se fez

necessária a presença por conta do acompanhamento dos projetos em sala de aula com os

professores, o comparecimento se deu duas e até três vezes na semana, mas no geral, a ida

se dava uma vez apenas.

P Choque na agenda de formações.

O NTM procurou sempre conciliar as formações propostas com as demais que estavam

ocorrendo na Secretaria Municipal de Educação, consultando o calendário da Gerência de

Formação Permanente (GEPE) para marcar a formação na escola em um período que

oportunizasse a presença de todos os educadores, no entanto, algumas convocações de

outros setores ocorreram simultaneamente, o que dificultou um pouco a presença e mesmo a

proposição de oficinas. Em um caso tivemos que cancelar uma formação em que os

profissionais já estavam convocados, devido ao fato de aparecer uma outra convocação de

outro setor. Entende-se que as convocações dos setores são importantes e até pertinentes,

no entanto, deveriam também constar no calendário da GEPE a fim de que estes choques

não ocorressem e a formação pudesse de fato acontecer.

P Insegurança de alguns professores com a presença da SME na escola. Inicialmente

vivenciou-se um pouco a insegurança de alguns professores em trabalhar com profissionais

da SME. Na medida em que a assessoria foi ocorrendo e a ida das assessoras do NTM

tornaram-se mais frequentes, os educadores foram ficando mais familiarizados e mostrando-

se abertos ao diálogo.

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Momentos importantes

Visita de membros do Ministério da Educação (MEC) à EBIAS

No dia 18/03/2010, os professores, alunos e equipe pedagógica da Escola Básica

Municipal Intendente Aricomedes da Silva receberam a visita de representantes do Gabinete

da Presidência da República, do Ministério da Educação, da Fundação CERTI e também da

Prefeitura Municipal de Florianópolis. Dentre os presentes, destacamos as presenças de:

• Cézar Alvarez - Assessor direto do Presidente da República

• José Luiz Maio de Aquino - Assessor da Presidência da República e responsável pelo

Projeto UCA (Um Computador por Aluno)

• Carlos Eduardo Bielschowsky - Secretário de Educação a Distância/MEC

• José Guilherme Moreira Ribeiro - Diretor de Infra-Estrutura em Tecnologia

Educacional/MEC

• Rodolfo Joaquim Pinto da Luz - Secretário Municipal de Educação de Florianópolis

• Carlos Roberto De Rolt - Secretário Municipal de Ciência, Tecnologia e

Desenvolvimento Econômico Sustentável de Florianópolis

• Carlos Alberto Schneider - Superintendente da Fundação CERTI.

Além destas autoridades, também estavam presentes a diretora de Desenvolvimento

Econômico Sustentável da PMF: Maria Angélica Jung Marques; representantes da Fundação

CERTI: Marcos Antônio Moraes, Rafael Savi e Edla Maria Faust Ramos; e membros da

Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, quais sejam: o Diretor de Educação

Continuada: Roberto Carlos Régis, a Gerente de Formação Permanente: Rosângela Kittel, a

assessora da gerência de formação permanente: Lucília Collares Ipiranga, o Gerente de

Tecnologia Educacional: Sylvio Fernando de Mattos Xavier e as assessoras pedagógicas do

Núcleo de Tecnologia Municipal responsáveis pela formação dos professores para a utilização

do XO: Roberta Fantin Schnell e Rosane Maria Kreuch.

Neste encontro os representantes do MEC fizeram colocações significativas acerca do

projeto UCA (Um Computador por Aluno) e da OLPC, com os respectivos históricos,

salientando que o projeto XO tem o mesmo sentido do projeto UCA, podendo ser considerado

como tal. A única diferença de ambos é que as máquinas do projeto XO não foram adquiridas

pelo Governo Federal e sim doadas pela OLPC e que os princípios a serem seguidos são os

mesmos.

Os assessores da Presidência da República trouxeram as expectativas acerca do

projeto UCA e salientaram a importância dada pelo presidente Lula a este projeto, tendo em

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vista que foi algo idealizado por ele no Fórum Econômico Mundial realizado em Davos/Suiça

no ano de 2005, onde houve um primeiro contato entre o presidente e Nicholas Negroponte,

idealizador do laptop XO.

Houve um diálogo muito significativo entre as autoridades e os professores da escola,

que puderam esclarecer diversas dúvidas e expor suas angústias e receios.

O que ficou de mais significativo nesta conversa foi a necessidade de uma formação

para a utilização do laptop XO, bem como a preocupação em adequar o currículo atual com a

proposta de utilização do laptop. Além disso, neste dia houve a notícia que deixou todos muito

felizes, que foi a confirmação de que coordenadora da sala informatizada, Ângela Hoppen,

poderia continuar desenvolvendo seu trabalho neste ambiente, fator muito batalhado pela

escola face ao novo cenário que veio se configurando para a utilização não só da sala

informatizada, mas também dos laptops em sala de aula. Neste sentido, o auxílio da Ângela

com todo seu conhecimento foi fundamental.

Algumas colocações dos representantes do MEC importantes de se ressaltar:

• Os professores são as melhores pessoas para ensinar aos seus alunos - e que os

alunos tem grande possibilidade de aprender por si mesmos em cooperação com os

colegas.

• O professor tem flexibilidade para escolher ferramentas e também definir e adaptar os

currículos - este direito é garantido pelos PCN´s.

• A inovação é algo que mexe conosco. O novo traz sempre um desafio! Não existe

fórmula, receita para o projeto dar certo, o que existe é a oportunidade e o desafio de

tentar fazer dar certo.

Ilustração 20: Diretora da Escola apresentando o laptop XO

Ilustração 21: Cézar Alvarez - Assessor direto do Presidente da República

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Ilustração 23: Carlos Eduardo Bielschowsky - Secretário de Educação a Distância/MEC

Ilustração 22: Rodolfo Joaquim Pinto da Luz - Secretário Municipal de Educação de Florianópolis

Ilustração 24: Roberta e Rosane, assessoras do NTM responsáveis pelo Projeto XO, junto ao Secretário de Educação à Distância e ao assessor do Presidente da República

Ilustração 25: Marizilda Alves Gonçalves Araújo, diretora da EBIAS, conversando com Cézar Alvarez, assessor direto do Presidente da República

Ilustração 26: Educadores da EBIAS Ilustração 27: Educadores da EBIAS

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Entrega dos laptops XO à comunidade escolar

No dia 22 de março de 2010, a comunidade da Cachoeira do Bom Jesus estava em

festa, pois chegou o tão esperado dia da entrega dos laptops para os alunos da Escola Básica

Municipal Intendente Aricomedes da Silva.

A data contou com a presença pais, alunos e educadores da EBIAS, além do Prefeito de

Florianópolis, Dario Elias Berger, representantes da Secretaria Municipal de Educação, da

Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável de

Florianópolis, da Fundação CERTI, da OLPC, entre outros convidados.

Após a solenidade oficial de entrega, os pais e/ou responsáveis pelos alunos receberam

os laptops das crianças mediante a assinatura de um termo de compromisso de que se

responsabilizariam pelo cuidado com o equipamento.

Ao final da manhã, várias crianças iam felizes para casa com seus laptops.

Segue abaixo algumas imagens:

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Encontro com a pesquisadora Sílvia Kist, da OLPC

No dia 08 de abril de 2010, tivemos um encontro no NTM com a pesquisadora Sílvia

Kist, pesquisadora da One Laptop per Child - OLPC. Estiveram presentes, representantes do

Núcleo de Tecnologia Municipal, da Direção de Ensino Fundamental, da Gerência de

Formação Permanente, da Fundação CERTI e também da EBIAS.

A conversa girou em torno de duas experiências da pesquisadora.

A primeira delas ocorrida em Porto Alegre, na Escola Luciana de Abreu, onde

desenvolveu uma pesquisa de mestrado abordando a questão da alfabetização de crianças

que utilizavam o laptop XO. A segunda experiência, que está sendo vivenciada pela

pesquisadora, refere-se a um trabalho realizado em Ruanda (África), e diz respeito tanto a

formação de professores, quanto ao acompanhamento da utilização do laptop nas escolas

Ilustração 28: Entrega do Laptop XO

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públicas que tem XO.

Alguns desafios percebidos são semelhantes às duas experiências: a questão da

manutenção das máquinas; a formação dos professores; a apropriação desta nova

ferramenta; a necessidade de suporte técnico e pedagógico para professores e alunos.

Podemos avaliar este encontro como muito produtivo, pois nos ajudou a delinear melhor

os caminhos a serem seguidos, bem como veio de encontro à muitas das idéias que já

tínhamos a respeito da implementação do Projeto XO na EBIAS.

3.8 TV Escola

A fim de que os professores tenham subsídios pra realizar a mediação imprescindível

das mídias na escola, em nossas formações tomamos como referência os estudos de

Rivoltella, que apontam que há uma mudança nos contextos sociais e culturais, provocado

pela presença crescente das mídias e das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), e

esta mudança requer uma discussão em que sejam abordados:

a) o ponto de vista alfabético, no sentido de trabalhar a multiplicidade linguística,

assegurando seu conhecimento e uso;

b) o ponto de vista metodológico, para além das mediações tradicionais;

c) o ponto de vista crítico, no sentido de apropriar-se e refletir-se criticamente sobre os

dispositivos midiáticos, entendo-os como um ambiente de produção cultural.

Ministrantes: Carolina Borges Souza Güntzel, Cláudia Maria Francisca Teixeira e Suleica

Fernanda Biesdorf Kretzer.

Ilustração 29: Participantes do Projeto UCA

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Objetivo: Definir estratégias de sensibilização para o uso dos programas da TV ESCOLA e

apresentar técnicas de gravação dos programas de TV para DVD e da internet para DVD e

conversão de VHS para DVD.

Carga Horária: 16 horas

Público Alvo: Bibliotecários e Professores Readaptados

Conteúdo Programático:

• Site da TV ESCOLA: possibilidades de uso e divulgação;

• Download de vídeos;

• Gravação em CD e DVD;

• Formatos de arquivo para música e vídeo;

• Estratégias de divulgação dos vídeos na escola;

• Análise crítica do uso do vídeo na escola;

• Papel do professor no uso do vídeo.

Desenvolvimento do Curso

Começamos o curso com a apresentação dos participantes, destacando qual a

perspectiva de cada cursista com essa formação. Também buscou-se mapear, junto ao grupo,

como hoje é utilizado o vídeo na escola. Foi uma discussão pertinente pra o levantamento de

quais as melhores estratégias de sensibilização de alunos e professores quanto ao uso do

vídeo no cotidiano escolar.

Para dar continuidade a essa discussão, utilizamos o texto “Dicas de como não trabalhar

e trabalhar com o Programa TV Escola”, de Maria Craveiro. A TV Escola é uma série de

programas televisivos produzidos pelo MEC, de cunho educacional, que atua tanto na

formação de professores quanto de vídeos de conteúdo didático.

Após essa discussão mais voltada para a sensibilização do grupo quanto aos aspectos

pedagógicos, iniciamos a parte mais técnica da formação. Primeiro, apresentamos o site da

TV Escola, um portal que abriga praticamente todos os vídeos produzidos pelo MEC. Também

apresentamos outras fontes de pesquisa de vídeo, como o youtube e outros portais de vídeo.

Na sequencia, mostrou-se como fazer o download dos vídeos diretamente da internet, com o

downloadhelper (ferramenta do Mozilla Firefox), o keepvid e outras possibilidade tais como:

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• http://vixy.net/

• http://media-convert.com/conversor/

• http://www.4shared.com/

• http://www.zamzar.com/

• http://www.savevid.com/

Nos preocupamos também em diferenciar os tipos de arquivos de música e vídeo e qual

a maior aplicabilidade para cada um dos formatos. Como a formação foi realizada no SO

Linux Educacional, também abordamos como gravar os vídeos em CD e DVD. No que refere

ao trato técnico dos vídeos, contamos também com a colaboração da Maria de Fátima Seifert

Loch, que é responsável pela gravação das fitas VHS para DVD, para mostrar o procedimento

para o grupo.

Depois de apropriarem-se dos aspectos técnicos do vídeo e a apresentação da TV

Escola, partiu-se para o levamento de estratégias de como divulgar alguns vídeos da TV

Escola para os professores. Uma sugestão foi a confecção de folder, já que a programação

pendurada na sala dos professores não surte o efeito espero.

Para encerrar o curso, trouxemos alguns aspectos críticos quanto a utilização do vídeo

na escola.Para isso, foi exibida a série “A história da Televisão” (em quatro partes):

• http://www.youtube.com/watch?v=NjZlSnRVzBM&feature=related

• http://www.youtube.com/watch?v=DpZvIlfPV78&feature=related

• http://www.youtube.com/watch?v=tYrqsuBGtxQ&feature=related

• http://www.youtube.com/watch?v=2ZskrmK4ypQ&feature=related

Para complementar esse vídeo-texto, trouxemos um segundo vídeo, que aborda mais

especificamente o papel do professor:

• http://www.youtube.com/watch?v=US8zBWmDpjc&feature=related

Encerramos o curso na expectativa que este tenha trazido alguns elementos

norteadores de um uso mais consciente e crítico das possibilidades que o vídeo traz. Assim

como divulgar a rica produção do canal TV Escola, que infelizmente hoje é subutilizada nas

escolas.

3.9 Rádio Escola

Ministrantes: Suleica Fernanda Biesdorf Kretzer e Carolina Borges Souza Güntzel.

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Objetivo: O curso objetiva a criação de uma Rádio na Escola pelos alunos mediados

pelos professores envolvendo o planejamento, produção, gravação e edição dos

programas.

Carga Horária Total:.32 horas (03 a 24 de maio de 2010)

Público Alvo: Educadores e auxiliares de tecnologia das salas informatizadas

interessados em desenvolver e coordenar o projeto da rádio na sua unidade educativa.

Conteúdo Programático:

• História e objetivo da rádio;

• Editor de áudio Audacity;

• Publicação em podcast e no site das escolas;

• Transformações provocadas pelas mídias e tecnologias na sociedade e mais

especificamente na Educação;

• Mídias e tecnologias como produtoras e disseminadoras de práticas culturais;

• Radiojornalismo;

• Estilos de locução;

• Características da linguagem radiofônica;

• Concepções fundamentais, análise,

• Sistematização e produção dos gêneros textuais e/ou discursivos.

Local: NTM

Desenvolvimento do Curso:

Assistimos o filme “Uma onda no ar”. Refletimos sobre alguns pontos do filme mas nos

detemos na discussão sobre o objetivo da criação da rádio nas escolas, a partir da

experiência exibida no filme.

Durante o curso, usando o editor de áudio Audacity, os educadores criaram o nome de

uma radio fictícia, uma vinheta e 4 programas, simulando a prática a ser desenvolvida nas

escolas com os alunos. Os programas estão no podcast do NTM:

http://ntefloripa.podomatic.com/

Apesar da produção enfrentamos alguns problemas como o numero pequeno de

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participantes e problemas técnicos com o Audacity. Os problemas técnicos impediram a

produção de programas com maior qualidade sonora.

3.10 Aluno Integrado

A União Nacional dos Dirigentes Municipais/UNDIME-SC em parceria com o Núcleo de

Tecnologia Municipal/ NTM , da Secretaria Municipal Educação de Florianópolis, realiza o

curso Qualificação em Tecnologia Digital, ofertado, em 2010, pela Universidade Federal de

Santa Catarina/ UFSC, sob a coordenação do Ministério da Educação/ MEC, é parte do

Programa Aluno Integrado que visa maior participação dos alunos, a fim de dinamizar as

atividades escolares e valorizar o protagonismo juvenil, promovendo a inclusão social e a

profissionalização. Este programa faz parte do PROINFO INTEGRADO – SEED/MEC, um

programa de formação voltada para o uso didático-pedagógico das Tecnologias da

Informação e Comunicação (TIC) no cotidiano escolar.

Ministrantes: Assumiram o papel de tutores on-line Carolina Borges Souza Güntzel, Cláudia

Maria Francisca Teixeira, Patrícia Cunha Costa Vieira e Suleica Fernanda Biesdorf Kretzer.

Público Alvo: O curso Qualificação em Tecnologia Digital contempla alunos do Ensino

Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos, aqui no município de Florianópolis, do 6º

ao 9º ano com idade entre 13 e 21 anos.

Carga Horária: 180 horas (modalidade à distância, sendo um encontro de apresentação da

Ilustração 30: formação "Rádio na Escola" - organização da programação

Ilustração 31: formação em "Rádio Escola" - gravação dos programas

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plataforma onde o curso foi realizado).

Objetivo: Complementar a formação básica e a qualificação profissional dos alunos, na área

da tecnologia digital, o curso promove oportunidades de expansão e troca de informações e

de conhecimentos entre os diversos atores participantes.

Desenvolvimento do Curso:

a) Encontro presencial para apresentação da plataforma e-proinfo

Na semana de 03 a 07 de maio educadores/multiplicadores dos NTMs e NTEs de todo o

Brasil, se reuniram para a capacitação oferecida pelo MEC, com o objetivo de serem

formadores nos estados e municípios. O compromisso articulado durante toda a semana foi

para que os formadores pudessem dar aos tutores/orientadores a mesma capacitação em

suas regiões. Aqui no NTM o encontro com os tutores se deu nos dias 17 e 18 de maio, para

7 educadores, junto conosco participou também o município de Jaraguá do Sul.

Para iniciar o curso no município de Florianópolis nos dias 02, 07, 10 e 11 de junho

aconteceram os encontros presenciais com os 84 alunos inscritos, das 8h30min as 17h. Para

a realização dos encontros contou-se com o envolvimento de aproximadamente 20 unidades

educativas, profissionais da educação, os municípios de Biguaçu e São José, bem como, das

famílias dos educandos para trazê-los aqui no NTM. Na totalidade das turmas atendidas na

fase à distância pelo nosso núcleo, houveram duas turmas entre unidades educativas dos

municípios de Florianópolis e Jaraguá do Sul.

b) Formação a distância

O curso tem carga horária de 180 horas e foi realizado na modalidade à distância, através da

plataforma e-proinfo. Essa plataforma foi desenvolvida para o aprendizado de educadores e

agora também de alunos, em formação continuada. O aluno foi acompanhado por tutores,

educadores capacitados, para a realização do curso, pela equipe do Ministério da Educação/

SEED-MEC. Ao final do curso os alunos receberam certificado de extensão pela Universidade

Federal de Santa Catarina.

Avaliação do Curso:

Durante todo o curso, de junho a novembro, tentamos sensibilizar os alunos para mais

essa vivência com o desafio de conhecer e atuar na Educação a Distância, com orientação à

aprendizagem dos alunos. Cabe aqui ressaltar que os alunos das escolas municipais de

Florianópolis, onde houve alunos participantes no curso, tiveram, em muitos casos, o apoio do

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Auxiliar de Ensino de Tecnologia na escola, mais diretamente no ambiente da sala

informatizada. Consideramos a experiência um passo importante para o futuro desses jovens.

3.11 Micromundos na Educação Infantil

Ministrante: Rosane Maria Kreuch

Objetivo geral: Sensibilizar os profissionais da educação infantil (Creche Dona Cota) para o

uso do ambiente multimídia infantil no desenvolvimento de atividades com as crianças;

Objetivos específicos: Conhecer as técnicas e conceitos fundamentais para trabalhar com o

software MicroMundos; Criar histórias animadas no MicroMundos;

Carga horária trabalhada: 20 h

Carga horária por participante: 04 h

Público: 23 professoras e auxiliares da Creche Dona Cota

Grupos de Participantes do Curso “Micromundos da Educação Infantil”

Participantes DataGrupo 1 - matutino Elenita

LucicléiaMaria SaleteElisaSônia Amaral

20/08

Grupo 1 - vespertino Ângela GeovanaMárcia SchellerMarilaneMarliRosana

20/08

Grupo 2 - matutino JosianeAna PaulaSandra HelenaTanamaraVilmaMaristela

27/08

Grupo 2 - vespertino Denise CabralLoreniMaria AparecidaSheila

27/08

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SimoneDenise Sá

Conteúdo Programático:

● Criação de poema animado: “Paraíso”, de José Paulo Paes, como encaminhamento

para o projeto de aprendizagem do software.

● Metáfora da mesa de trabalho, usada para compreender o ambiente MM, onde cada

professor produz no papel um cenário, usando recursos como desenho, recortes e/ou

outros. Depois reelabora o cenário no software MM usando os centros de desenho e

fantasia; Lembrar que os recursos são diferentes configurando outras possibilidades;

● Uso do ambiente digital: criação de pastas, salvamento de arquivos;

● software MicroMundos e os comandos principais: deslocamento (pf e pt), giro (pd e

pe), espere, mudefig, mudedç

● Implicações teórico-práticas da proposta de se trabalhar com projetos de

aprendizagem.

● Levantamento de atividades que podem ser realizadas com as crianças.

Desenvolvimento do Curso:

Nos dias 20 e 27 de agosto as profissionais da Creche Dona Cota participaram de uma oficina

de Micromundos ministrada por uma multiplicadora do Núcleo de Tecnologia Municipal de

Florianópolis. Foram horas muito intensas nas quais as profissionais puderam conhecer e

utilizar o software de autoria e pensar algumas possibilidades para incluir mais uma mídia nas

atividades que as crianças participam na Creche.

Recursos: computadores, software MicroMundos, máquina fotográfica

Page 26: Desenvolvimento do curso - Prefeitura de Florianópolis · experiências cooperativas; e construir possibilidades de uso em sala de aula. 6 Professora da Universidade Federal do Rio

Ilustração 32: Micromundos na Educação Infantil (1)

3.12 Elaboração de projetos: as mídias nas práticas pedagógicas dos educadores de ciências

O curso Elaboração de Projetos faz parte do Programa Nacional de Formação Continuada

em Tecnologia Educacional – Proinfo Integrado, voltado à formação de professores e

gestores da educação básica de todo o país.

Ministrantes: Patrícia da Cunha Costa Vieira e Claudia Maria Francisca Teixeira

Consultora na área de Ciências: Patricia

Objetivo: desenvolver projetos a serem utilizados na sala de aula junto aos alunos,

integrando as mídias/tecnologias de educação existentes na escola.

Carga horária: 40 horas/aula (28h presenciais – 12 h para execução dos

projetos).

Público: professores de Ciências e Auxiliares de Ensino dos laboratórios de

Ciências da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis.

Conteúdo Programático:

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• Metodologia de projeto de aprendizagem em ciências com o uso das

mídias/tecnologias;

• Software livre;

• Ambientação no Linux educacional;

• Pesquisa e análise de informações na web;

• Possibilidades pedagógicas do blog: comunicação, interação e produção textual;

• A importância e influência das tecnologias/mídias na educação;

• Papel do professor e a sua prática pedagógica frente as TIC na escola e

• Histórias em quadrinhos - HQ- na educação.

Desenvolvimento do curso:

No 1° encontro a dinâmica de apresentação dos cursistas cada um além de falar nome

e escola falou de sua relação/conhecimento com/sobre o trabalho didático com projetos.

Neste momento pode-se perceber que todos já haviam trabalhado de alguma forma com

projetos. Foram disponibilizados tarjetas de papel nas cores verde e vermelho, nas quais

poderiam escrever suas certezas (verde) e dúvidas (vermelho) sobre o trabalho pedagógico

com projetos. As tarjetas foram colocadas numa caixa.

A partir da leitura dos textos, indicados no material do Proinfo Integrado e, de questões

levantadas, procurou-se fazer relacionar as dúvidas e certezas elencadas no grupo e com

estas fazer um levantamento das concepções de projetos, no que tange às mudanças no

papel de professores e alunos, relação com os conteúdos, apropriação de conhecimento,

etapas de desenvolvimento e avaliação.

Outras bibliografias estiveram presentes, agora ‘Dez passos para um projeto’ de Celso

Antunes desencadeou-se o planejamento dos projetos com a escolha dos temas, motivação

para o projeto; possíveis problemáticas, conteúdos relacionados, possíveis atividades,

recursos necessários, duração e etc.

No 2º Encontro debateu-se o blog e suas possibilidades pedagógicas: comunicação,

interação e produção textual como estímulo para a criação do blog de cada projeto; partindo

da definição do nome; título, texto de apresentação e a primeira postagem do planejamento.

Os blogs criados pelas professoras participantes são:

http://vivendo-ciencias.blogspot.com/http://professorataniaciencias.blogspot.com/

http://acaociencias.blogspot.com/http://cienciaslaboratorioebias.blogspot.com/

http://manguezaldacosteira.blogspot.com/

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Neste encontro foi realizado também um chat com a consultora da área de ciências

Patricia Pereira voltado para esclarecimentos sobre inter, multi e transdisciplinaridade.

No 3º Encontro cada cursista elaborou um Mapa conceitual do seu projeto, durante a

atividade oportunizou-se a aprendizagem de como salvar imagem, inserir vídeos e diversos

acessórios nas postagem e estrutura dos blogs. Estimulou-se que cada um visitasse o blog

do colega, para que fizessem comentários nos blogs de todos para todos vislumbrando aí um

processo rico de interatividade. Leitura completar de texto também foram parte da dinâmica

deste encontro.

No 4° encontro aconteceu a socialização dos projetos realizados na escola junto aos

alunos com a participação presencial da consultora Patricia B. Pereira; leitura do texto:

Pedagogias de Projetos: fundamentos e implicações. Leitura e discussões no grande grupo e

debate.

Estudo sobre uso das Histórias em quadrinhos na educação; características da

linguagem; elaboração de no Toondo com a proposta de trabalho de fazer a avaliação do

curso. Que bom, que pena e que tal.

No decorrer do curso...

É importante ressaltar que no decorrer do curso também foram trabalhados os

conteúdos: Software livre e Ambientação no Linux educacional; Pesquisa e análise de

informações na web; A importância e influência das tecnologias/mídias na educação; o papel

do professor e a sua prática pedagógica frente as TIC na escola.

Apesar da divulgação e do empenho no planejamento e elaboração de questões

instigantes para motivar a participação de todos, o curso já apresentou público reduzido

(somente nove educadores) no seu primeiro encontro, que foram unânimes em destacar as

dificuldades em participar de curso no segundo semestre , cuja proposta de elaborar e

executar projetos no decorrer do mesmo se configurava em grande esforço para muitos.

Percebemos que a permanência de cinco professoras até o final do curso, de-se

principalmente por estas já terem projetos recém iniciados que foram adequados às

proposições do curso. Ressalta-se que a presença de consultora específica da área de

ciências com ênfase nas mídias enriqueceu o debate e a elucidação de questões levantadas

nos encontros presenciais e nas postagens dos blogs.

Page 29: Desenvolvimento do curso - Prefeitura de Florianópolis · experiências cooperativas; e construir possibilidades de uso em sala de aula. 6 Professora da Universidade Federal do Rio

E 2011 vai chegar...

Diante disso, sugerimos que a reedição deste curso aconteça para todas as áreas e no

início do ano letivo para fomentar a elaboração de projetos multidisciplinares em tempo hábil

para elaboração, vivência e avaliação de todos os envolvidos. Bem como, a integração de

assessores técnicos do DEF e DEI.

Avaliação do Curso (pelos participantes):

Ilustração 33: avaliação do curso em HQ (1)

Avaliação do curso "Projetos em Ciências"

Ilustração 34: avaliação do curso em HQ (2)

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Ilustração 35: avaliação do curso em HQ (3)

"Nas discussões com o grupo, do curso sobre projetos em ciências, pudemos constatar que a

aprendizagem planejada por projetos traz diversidade de expressões de um mesmo

conteúdo, estimula e motiva os alunos. A variedade de metodologia usada nos projetos, que

vai desde uma saída de campo ou o uso das mídias como HQ, envolve mais os professores e

os força a saírem do cotidiano da sala de aula, buscando outros espaços dentro e fora da

escola. A grande dificuldade é manter sempre a troca de informações entre as partes

envolvidas de forma sistemática . O quadrinho abaixo representa uma avaliação do curso.”

Page 31: Desenvolvimento do curso - Prefeitura de Florianópolis · experiências cooperativas; e construir possibilidades de uso em sala de aula. 6 Professora da Universidade Federal do Rio

4. Projetos implementados pelo NTM em 2010

Aliado à formação continuada, o NTM desenvolve alguns projetos que buscam ampliar

os espaços reflexivos e produtivos da mídia-educação no município. Alguns deste projetos

são provenientes de ações nacionais (MEC) que o NTM desenvolve e outras são propostas

próprias.

4.1 Projeto TV ESCOLA

É um canal de televisão do Ministério da Educação, que tem por objetivos “o

aperfeiçoamento e valorização dos professores da rede pública, o enriquecimento do

processo de ensino-aprendizagem e a melhoria da qualidade do ensino”9.

A partir desta premissa, o Núcleo de Tecnologia Municipal tem como objetivo principal

neste projeto assegurar que a TV Escola seja um instrumento de apoio aos professores em

sala de aula, bem como contribuir para uma efetiva melhoria do processo de aprendizagem e

do padrão de qualidade do ensino público. Neste sentido, a formação visa concentrar esforços

na utilização pedagógica da TV Escola por parte de professores, bibliotecários (não tinha, eu

inseri, é isso?), coordenadores pedagógicos e diretores.

No NTM, o público-alvo da formação realizada para o andamento da TV Escola, deu-se

no ano de 2010 com bibliotecários, auxiliares de biblioteca e profissionais readaptados que

tinham interesse em encaminhar o projeto em sua unidade educativa.

Outra ação desenvolvida pelo NTM neste projeto é a gravação de programas da TV

ESCOLA para as unidades educativas que não dispõe do equipamento ou de pessoal

capacitado. O NTM também implementou em 2010 um grande acervo audiovisual replicando

títulos que estavam em VHS. Na videoteca da Biblioteca Central da SME foram incorporados

128 títulos (312 exemplares) e na videoteca da Biblioteca da EJA/Centro foram 168 (290

exemplares).

Foram também atendidas as unidades educativas com relação a gravação de

audiovisuais produzidos nos projetos educativos:

• Creches/Neis/ ONGs - 222 títulos

• EJA/Projovem - 260 títulos

• Escolas Básicas e Desdobradas - 211 títulos

• Gerências - 33 títulos

9 Disponível em http :// portal . mec . gov . br / index . php ? option = com _ content & view = article & id =12336: tv - escola & catid =299: tv - escola & Itemid =685& msg =1 , acesso em 30/11/2010.

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4.2 Programa Aluno Integrado

Este programa, que faz parte do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo

Integrado/MEC), tem por objetivo proporcionar aos estudantes da rede pública de ensino

brasileiro a formação em tecnologias de informação e comunicação.

O curso tem carga horária de 180 horas (cinco meses) e está dividido em quatro

módulos. Por meio da plataforma eproinfo são realizadas as atividades à distância.

Em 2010 a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) passa a oferecer o curso

para quatro estados do Brasil, sob a coordenação do Ministério da Educação. Em Santa

Catarina, inicialmente o curso foi ofertado aos municípios de Florianópolis e Jaraguá do Sul e

articulado pela União dos Dirigentes Municipais/ UNDIME-SC, em parceria com os Núcleo de

Tecnologia Municipal das referidas localidades. O papel do NTM neste programa consiste na

realização da tutoria do curso, acompanhando os alunos em alguns encontros presenciais e

mais intensivamente à distância.

4.3 Projeto XO

O projeto surgiu a partir da doação de laptops educacionais do modelo XO feitos pela

OLPC10. Através de um convênio realizado entre: Ministério da Educação, Fundação Centros

de Referência em Tecnologias Inovadoras (CERTI), Fundação de Apoio à Pesquisa Científica

e Tecnológica de Santa Catarina (FAPESC) e a Prefeitura Municipal de Florianópolis, através

da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável e

da Secretaria de Educação, teve início o Projeto Piloto de Utilização de Tecnologias de

Informação e Comunicação para Qualificação da Educação Pública e Desenvolvimento

Regional, que visa levar o laptop XO para aproximadamente 420 crianças, estudantes do 1º

ao 6º ano, da Escola Básica Municipal Intendente Aricomedes da Silva (EBIAS).

O NTM, em parceria com a Fundação CERTI, ficou responsável por articular a formação

de professores para a utilização desta nova tecnologia, bem como prestar assessoria aos

professores da escola. Vale ressaltar que este projeto está sob a coordenação da Diretoria de

Ensino Fundamental, da RME.

10 One Laptop Per Child – organização sem fins lucrativos que defende a inclusão digital através da distribuição de um laptop por criança. O XO, modelo de laptop desenvolvido, foi idealizado e desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology – MIT.

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4.4 Programa UCA

O Programa UCA é uma iniciativa do Governo Federal que tem como principal finalidade

promover a inclusão digital de professores e alunos. Para tanto, foram distribuídos laptops

educacionais do modelo Classmate para 300 escolas públicas brasileiras. Dentre estas

escolas, a EBM Vitor Miguel de Souza foi contemplada com laptops para todos os professores

e alunos do ensino fundamental.

A entrega dos laptops ocorreu no mês de outubro e houve um primeiro momento de

formação com a equipe do Programa UCA responsável por aquela escola. O NTM atuará

diretamente na formação e assessoria dos professores da escola a fim de refletir acerca das

possibilidades de um ensino que incentive os alunos a produzir mídias, assim como refletir

acerca da produção e da mídia que nos é oferecida.

Por solicitação da equipe gestora da escola, a formação que a equipe de assessores do

NTM sugeriu, sob a forma de oficinas de sensibilização, ficou para o início de 2011.

4.5 Rádio

O projeto Rádio na Escola teve início no ano de 2006 e tem como finalidade realizar

uma discussão crítica da mídia enquanto veículo de recepção (análise crítica) e de produção.

Para tanto, sua utilização deve ser um canal para a construção do conhecimento, trazendo a

autoria como objetivo principal do projeto.

Ao utilizar mais uma possibilidade de comunicação na escola, estimulamos os

envolvidos a ampliarem sua visão de mundo e a posicionarem-se sobre diferentes assuntos.

Pretendemos que este seja um espaço onde os alunos, professores e a comunidade possam

discutir ideias, mostrar sua cultura e expressar suas opiniões.

As funções que os estudantes envolvidos num projeto como esse desempenham são

muitas. Não só a programação que vai ao ar, mas toda organização para efetivar o projeto da

rádio na escola é responsabilidade do grupo de alunos participantes do projeto, sempre

mediados pela ação dos professores. Sem essa mediação o projeto perde sua característica

principal, que é, justamente, desenvolver práticas educacionais que estimulem a leitura,

interpretação, pesquisa e produção. Definir o nome, o logotipo, a vinheta, a programação e

os temas desenvolvidos nele são o resultado do trabalho de toda equipe. Marcar entrevistas,

escolher as músicas, selecionar notícias, buscar informações da escola e da comunidade,

fazer o marketing do programa, envolver toda escola, gravar, editar e veicular o programa,

fazem parte das tarefas. Nesse processo os alunos desenvolvem habilidades de pesquisa,

investigação e assim produzem matérias para programação da rádio.

É fácil perceber a empolgação, o interesse e a vontade que os alunos têm em produzir

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os programas para rádio. Essa produção envolve organização, discussão, análise, leitura,

pesquisa, interpretação, escrita de diferentes textos e conhecimento de diferentes linguagens,

sem falar no desenvolvimento da oralidade, da autonomia e no exercício ao respeito da

opinião dos colegas, tornando-se um exercício importante para construção da cidadania. O

aprendizado torna-se leve e prazeroso, sempre mediado pelo professor. As dificuldades são

reconhecidas pelos alunos, mas a busca pela superação e pela solução dos problemas é

encarada com tranquilidade. A visibilidade dos alunos na escola e na comunidade ajuda a

melhorar também a auto-estima, principalmente daqueles alunos que têm dificuldades

maiores nas aulas. Agora eles são responsáveis pela rádio da escola!! Os alunos tornam-se

(e se percebem assim) responsáveis pelo que é produzido e transmitido, isso é percebido

claramente nas músicas veiculadas, pois as letras são analisadas e discutidas antes de irem

ao ar. O tom da voz, a maneira de falar ao gravarem o programa também sofrem críticas por

eles mesmos, as vezes, os programas são refeitos várias vezes até chegar no padrão por

eles aceito. É um espaço onde os alunos falam o que pensam sobre educação, escola,

professores, comunidade e sobre seus próprios sonhos. O programa usa vários gêneros,

como notícias, radionovelas, recadinhos, entrevistas, contação de histórias entre outros.

A falta de recursos financeiros para criar um estúdio de rádio não são impedimento para

criação das rádios nas nossas escolas. Utilizamos o ambiente e os computadores já

existentes nas salas informatizadas (salas em media com 20 computadores) com os

microfones simples dos próprios computadores. O software utilizado para edição de áudio é o

Audacity (software livre). A internet é utilizada para publicação dos programas (podcast e nos

websites das escolas), como fonte de pesquisa, além da utilização de seus ambientes

colaborativos como blogs e wikis para publicar as pesquisas, fotos, vídeos, descrever o

processo, as avaliações, percepções, críticas e sugestões.

O INICIO – 2006

A intenção desenvolver o projeto nas escolas culminou com a organização de uma

formação realizada em 2006 no NTE sobre Web Rádio ministrada pelo prof Gilbero Andre

Borges do Departamento do Ensino Fundamental, e das professoras Maristela Guarezi Maria

do NTE e Carolina Borges Souza do Departamento Mídia e Conhecimento.

2007

Desse início começou-se a construir o projeto. A primeira escola a se interessar para

desenvolver o projeto foi a EBM Osvaldo Machado em 2007. Em meio as formações a

coordenadora da Sala Informatizada Rosimar José da EBM Osvaldo Machado disseminou a

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ideia junto a diretora, professores e alunos e juntos começamos a transformar em realidade

esse projeto.

Iniciamos o projeto convidando uma professora e estudante de jornalismo (Rosiani

Wisintainer) para nos ajudar na linguagem jornalística. Visitamos a escola particular

Sarapiquá que desenvolve o projeto, mas como disciplina.

O próximo passo foi organizar o projeto e iniciar a formação com alunos e fazer uma

oficina com professores na escola; O projeto inicial foi pensado e desenvolvido por:

• Rosimar José – Coordenadora da Sala Informatizada da escola

• Carolina Borges Souza Güntzel - Assessora pedagógica do Departamento Mídia e

Conhecimento

• Suleica Fernanda Biesdorf Kretzer - Assessora pedagógica do NTE

• Patrícia Cunha da Costa Vieira - Assessora pedagógica do NTE

• Rosiani Wisintainer – Pedagoga e aluna do jornalismo da UNISUL.

Estratégias de ação 2007 (Rádio Escola)

Etapa Envolvidos

Definir ações, escrever o projeto e planejar a formação Coordenadores do projeto

Visita a escola Sarapiquá que desenvolve um projeto com

rádio

Coordenadores do projeto

Realização da formação com monitores Alunos envolvidos

Realização de oficina para os educadores da escola Educadores da escola

Produção do roteiro (em grupos)

Podem acontecer também de maneira assíncrona no wiki.

Alunos envolvidos

Gravação e edição do primeiro programa (em grupos) Alunos envolvidos

Avaliação do processo para definição da seqüência do projeto Todos os envolvidos

Elaboração dos próximos programas Alunos envolvidos por

grupos

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Em 2007 durante as duas “Semanas das Mídias” promovidas pelo NTE foram realizadas

mais duas oficinas de webradio para professores, coordenadas pelas professoras Carolina

Borges Souza e Suleica Fernanda Biesdorf Kretzer.

2008

Em 2008 foi desenvolvida uma oficina no NTE, coordenada pelas assessoras Suleica e

Maristela Guarezi Maria além das formações com os alunos e oficinas com professores na

EBM Brigadeiro Eduardo Gomes e EBM José Amaro Cordeiro onde os educadores e as

coordenadoras da Sala Informatizada decidiram se envolver no projeto.

As unidades escolares possuem realidades diferentes e, por isso, o projeto é planejado e

desenvolvido respeitando cada uma delas. A rádio nasce com a iniciativa e o desejo da

unidade escolar.

Em 2007 e 2008, a formação e assessoria do NTE foi nas escolas, diretamente com

todos professores da escola e com os alunos envolvidos no projeto. Com professores foram

feitas oficinas de 04h ou 8h com objetivo de formar os professores utilizando o software

utilizado para edição de áudio, buscando fortalecer as parcerias para produção de programas

de todas as turmas na rádio da escola. Com os alunos a formação foi mais específica e com

carga horária maior. Nos encontros com alunos criou-se a rádio, com suas propostas e

objetivos, com nome e vinheta escolhidos em votação por todos alunos da escola.

Temas como história da radiodifusão no Brasil, formatos e formas de transmissão das

emissoras existentes, linguagem radiofônica, gêneros textuais, papel da mídia na construção

da cidadania, são discutidos na formação. Depois de alguns encontros de criação,

desenvolvimento, edição e gravação, o material é postado na web, nos sites das escolas.

Coordenador da sala informatizada e professores da escola dão continuidade a criação dos

programa e a assessoria do NTE não era mais tão direta.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO NTE

OFICINA: RÁDIO NA ESCOLAObjetivo: Discutir os conceitos da mídia rádio nos espaços educativos; Criar possibilidades

de comunicação, afim de propiciar aos envolvidos ampliarem sua visão de mundo,

posicionarem-se sobre diferentes assuntos e saber trabalhar com as críticas recebidas;

Discutir o uso da rádio como um canal de construção do conhecimento, resultado de um meio

de aprendizagem de ressignificação do processo de ensinar-aprender.

Público alvo: Educadores da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis.

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Ilustração 36: Formação de Professores em Rádio Escola

Ministrantes: Suleica Fernanda Biesdorf Kretzer e Maristela Guarezi Maria

Carga Horária: 16hs (agosto: 14 e 21)

Alguns depoimentos dos professores: “Foi muito válido, descontraído e interessante. Com certeza vai auxiliar na minha prática com

os alunos”

“Espero que haja aprofundamento em outro momento e muito apoio para implantar o

programa nas escolas”.

“Ambiente fechado e com acústica para o NTE. Tem que ter!!”

“Será mais uma ferramenta para dinamizar, atualizar e tornar prazerosa as aulas”

“Aumentar carga horária, ampliar a discussão sobre as mídias e promover encontros

periódicos dessa turma para troca de experiências”.

“(...) trazendo ainda mais para sala de aula a questão da discussão de como as mídias são

produzidas, problematizando sua inserção na cultura Ocidental. A partir disso podemos

constituir com nossos alunos um olhar crítico sobre a informação”.

Sugestões dos professores:Carga horária maior, continuidade para conhecer com mais propriedade o software e apoio

para implantar o projeto na escola.

ENCAMINHAMENTOS PARA 2009:

O tempo que se propôs para oficina (discutir a mídia rádio, sua linguagem específica,

conhecer o programa de edição de áudio e criar um programa) é suficiente. Não necessita de

um período maior; A prática de utilização na escola vai confirmar que só a utilização com

alunos é que suprirá essa aparente insegurança dos professores. Conhecer o software

(audacity) com mais propriedade é uma meta também para equipe do NTE.

A equipe do NTE dá todo apoio para que o projeto aconteça na escola, desde formação

com alunos, oficina com professores e assessoria contínua ao projeto.

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FORMAÇÃO E ASSESSORIA COM ALUNOS

A formação e assessoria com alunos aconteceram nas seguintes Unidades Educativas:

• EBM Brigadeiro Eduardo Gomes

Público alvo: alunos envolvidos no projeto (Alunos do Projeto Topas)

• EBM José Amaro Cordeiro

Público Alvo: alunos da 7ª série responsáveis pelo projeto

• EBM Luiz Cândido da Luz

Público Alvo: 40 alunos do período integral de 4ª a 8ª séries

Ilustração 37: EBM Brigadeiro Eduardo Gomes Rádio Brigadeiro“O doce é cuidar do Campeche”

Ilustração 38: EBM Luiz Cândido da Luz Rádio Conexão LCL

Ilustração 39: EBM José Amaro Cordeiro Rádio MDP “Atitude para Aprender”

EDITOR DE ÁUDIO

Utilizamos o Audacity por ser um editor de áudio livre e fácil de usar!

O Audacity é um programa livre e gratuito, de código fonte aberto, para edição de áudio

digital. Está disponível para Mac OS X, Microsoft Windows, GNU/Linux e outros sistemas

operacionais.

AVALIAÇÃO

Depoimento da Professora Rosana Arruda (Articuladora da turma 84 – TOPAS:

“O projeto rádio escola desenvolvido pelos alunos do TOPAS em 2008 através da Rádio

Brigadeiro trouxe grande contribuição no processo ensino aprendizagem. Os alunos estiveram

presentes em todos os momentos nas produções dos programas, nas produções textuais,

reescrita, pesquisas, discussões e avaliação. Foi muito importante e estimulador para o

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crescimento dos alunos. A rádio auxiliou no senso crítico e fez despertar mais a curiosidade,

observação e participação no trabalho em grupo”

Depoimentos de alguns alunos (Rádio Brigadeiro):

Ariel – achei produtivo, pois pude aprender bastante, uma delas foi fazer programa, gravar,

editar.

Willian – achei surpreendente, pois achava que era muito complicado elaborar um programa

de rádio, depois de iniciar vi que não era tão difícil.

Mayara – achei muito importante, pois aprendi a falar em público, nas produções consegui

aprender mais sobre a escrita das palavras.

João Eduardo – achei muito bom, tivemos a oportunidade de falar sobre problemas, da

escola e da comunidade, me senti muito importante e valorizado por participar de um

programa de TV - Patrola; e também da oportunidade de fazer programa ao vivo em emissora

de rádio, como no caso da Rádio Comunitária Campeche.

Marciane – achei legal, pois houve aprendizagem, aprendi a fazer notícias e divulgá-las, tive

interesse em participar dos programas.

A avaliação também foi registrada em em vídeo11, feito por alunos e professores envolvidos da

Rádio MDP da EBM José Amaro Cordeiro

OFICINA COM PROFESSORES NA ESCOLA

Local: EBM Brigadeiro Eduardo Gomes

Público alvo: Todos os educadores da escola

Data: 14 de março

Período: vespertino (4h)

Objetivo: Sensibilizar os professores para participação nas produções dos programas da

Rádio Brigadeiro como possibilidade pedagógica.

11 Acesse o vídeo em http://www.youtube.com/watch?v=GTwvDFBT9xc (Acessado dia 13/05/21011).

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Ilustração 40: Formação de Professores em Rádio Escola

RESULTADOS ALCANÇADOS ATÉ 2008:

É fácil perceber a empolgação, o interesse e a vontade que os alunos têm em produzir

os programas para rádio. Essa produção envolve organização, discussão, análise, leitura,

pesquisa, interpretação, escrita de diferentes textos e conhecimento de diferentes linguagens,

sem falar no desenvolvimento da oralidade, da autonomia e no exercício ao respeito da

opinião dos colegas, tornando-se um exercício importante para construção da cidadania. O

aprendizado torna-se leve e prazeroso, sempre mediado pelo professor. As dificuldades são

reconhecidas pelos alunos, mas a busca pela superação e pela solução dos problemas é

encarada com tranquilidade. A visibilidade dos alunos na escola e na comunidade ajuda a

melhorar também a auto-estima, principalmente daqueles alunos que têm dificuldades

maiores nas aulas. Agora eles são responsáveis pela rádio da escola!! Os alunos tornam- se

(e se percebem assim) responsáveis pelo que é produzido e transmitido, isso é percebido

claramente nas músicas veiculadas, pois as letras são analisadas e discutidas antes de irem

ao ar. O tom da voz, a maneira de falar ao gravarem o programa também sofrem críticas por

eles mesmos, as vezes, os programas são refeitos várias vezes até chegar no padrão por

eles aceito. É um espaço onde os alunos falam o que pensam sobre educação, escola,

professores, comunidade e sobre seus próprios sonhos.

O programa usa vários gêneros, como notícias, radionovelas, recadinhos, entrevistas,

contação de histórias entre outros.

Esse projeto teve ampla repercussão na mídia:

• Apresentação do Projeto “Rádio na Escola” no Seminário do PROINFO/MEC – Região

Sul (2008);

• Reportagem para o programa PATROLA / RBS TV (2008);

• Reportagem no Jornal Notícias do Dia(2008) ;

• Entrevista para Rádio Guarujá (2008);

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• Reportagem para a TVBV(2008);

• Apresentação do projeto no FISL 9.0 (9º Fórum Internacional de Software Livre) em

Porto Alegre/RS (2008).

Diante do empenho apresentado pelos professores e alunos envolvidos no projeto nas

escolas, dos resultados pedagógicos alcançados e da repercussão que esse trabalho vem

tomando na comunidade escolar, bem como na mídia regional e nacional, acreditamos que a

continuidade e a qualificação do projeto só trará ainda mais benefícios e contribuirá para

melhorarmos a educação em Florianópolis.

Encaminhamentos para formação e criação das rádios em 2009:

Avaliando o trabalho desenvolvido em 2007 e 2008, apresentamos alguns

encaminhamentos, considerados essenciais para qualificar o trabalho em 2009:

Assessoria de um professor de Língua Portuguesa para discutir, na formação com

professores (no NTE), com mais propriedade os gêneros textuais utilizados na programação

das emissoras de rádio. Para tanto, contaremos com a colaboração da professora Heliete

Schutz Millack, que agora faz parte da Diretoria de Educação Continuada – DIREC.

Consultoria de um profissional com experiência na área para discutir a linguagem

jornalística desse veículo de comunicação com professores e alunos. A presença de um

profissional é de extrema importância para a percepção real do trabalho com essa mídia,

para que os alunos se sintam valorizados com a presença desse profissional e motivados em

produzir os programas com qualidade e maior responsabilidade jornalística.

Melhorar a qualidade da produção e veiculação da rádio. O objetivo é criar uma cultura

de utilização dessa mídia e para isso é necessário montar um pequeno estúdio com acústica

adequada (um pequeno espaço que geralmente as escolas têm, mas que necessita de algum

material para adequar a acústica), um computador, com gravador de CD ou DVD, que possa

ser deslocado para esse ambiente, microfone, mesa de som e caixas de som (fios para

instalação no pátio da escola). O programa para edição é livre, portanto não necessita de

recursos financeiros.

2009

Em 2009, devido à ampliação das escolas interessadas em criar uma radio escolar (de 4

para 12 escolas), o projeto da formação teve que ser reformulado. A formação com os

professores passa a acontecer no NTE e é ela que dará subsídios teóricos e práticos para o

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coordenador da Sala Informatizada e para os professores iniciarem e desenvolverem o projeto

nas escolas com os alunos. A assessoria do NTE nas escolas acontecerá sempre que a

escola necessitar. Outra ação é contratar a consultoria de um profissional desse meio de

comunicação, com experiência, para falar diretamente com os alunos nas escolas, dando

subsídios teóricos e práticos, incentivando e motivando o desenvolvimento do projeto.

Na formação analisamos a função, características e objetivos da mídia na sociedade,

discutimos como e porque utilizar a mídia pedagogicamente ouvindo e lendo o que o

professor italiano Pier Cesare Rivoltella e a professora Mônica Fantin tem a nos dizer.

Relembramos as características dos gêneros textuais e discursivos com a assessoria da

Professora Heliete Schütz Millack. Chegamos mais perto da linguagem jornalística utilizada

nas emissoras de rádio conversando com o jornalista/radialista Helton Luiz, da rádio

CBN/Grupo RBS.

Aprendemos a usar o editor de áudio Audacity para gravar e editar os programas.

Conhecemos alguns podcast para publicar as rádios nas escolas. Criamos uma rádio fictícia

simulando todo processo de criação na escola. Depois de pensar no objetivo que tínhamos

com a criação da rádio foi mais fácil escolher os programas que fariam parte dela, nos

organizamos em grupos de interesse para planejar, pesquisar, criar, gravar, editar e postar

nossa programação. Criamos uma vinheta. Escolhemos o nome e o slogan, usando o voto.

Enfim, criamos estratégias para utilizar essa mídia pedagogicamente na escola.

Convencemos e nos convencemos mais e mais que o aluno vai realmente aprender porque

está produzindo, analisando, criando, recriando, errando, acertando, brincando de maneira

séria e responsável.

Conseguimos!! Experienciamos!! Vimos que as possibilidades midiáticas estão aí, basta

darmos valor a elas na escola. Utilizando as tecnologias que o aluno gosta e se identifica ele

aprende muito! Aprende não só ler, mas gostar de ler, escrever, compreender, interpretar,

ouvir, opinar, respeitar, organizar, se responsabilizar...

Em 2009 contamos com a consultoria do jornalista/repórter da CBN Diário/Grupo RBS.

Ele fez parte da formação de professores no NTE e também ministrou palestras para os

alunos do projeto da rádio nas escolas.

Foram capacitados em média 100 professores, e nove escolas e um Núcleo de

Educação de Jovens e Adultos estão desenvolvendo o projeto em 2009, com 20 alunos

envolvidos, em média, por escola. As unidades escolares possuem realidades diferentes e por

isso o projeto é planejado e desenvolvido respeitando cada uma delas. Alunos de quinta a

oitava série do ensino fundamental e um grupo de jovens e adultos participam do projeto

espalhado nas escolas. Cada qual, com sua característica, dependendo do professores ou

dos professores envolvidos. A rádio nasce com a iniciativa e desejo de um ou dois professores

da unidade escolar. A assessoria para ao projeto do NTE acontece até o momento que o

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grupo escolar achar necessário.

Fotos da formação de professores no NTE e a visita do Jornalista/radialista Helton Luiz

nas escolas: http://public.fotki.com/ntefloripa/

Esse projeto teve ampla repercussão na mídia:

• Apresentação do Projeto “Rádio na Escola” no Seminário do PROINFO/MEC – Região

Sul;

• Reportagem para o programa PATROLA / RBS TV;

• Reportagem no Jornal Notícias do Dia ;

• Entrevista para Rádio Guarujá ;

• Reportagem para a TVBV;

• Apresentação do projeto no FISL 9.0 (9º Fórum Internacional de Software Livre) em

Porto Alegre/RS.

• Participação no Programa Almanaque da TV Cultura/outubro-2009.

• Premiação do projeto pela Revista A Rede / nov 2009.

Escolas envolvidas em 2009

• Escola Básica Municipal (EBM) Osvaldo Machado – responsável pelo projeto:

coordenadora da Sala Informatizada (SI): Prof. Rosimar José – alunos

inscritos/interessados pelo projeto no contraturno das suas aulas

http://radioom.pbwiki.com/videoprojeto

http://www.pmf.sc.gov.br/ebmosvaldomachado/radiom/pagina_primeiro_programa.html

• EBM Brigadeiro Eduardo Gomes – responsáveis pelo projeto: Professora Rosana

Arruda e a Coordenadora SI: Elis Angela Rau – alunos do Projeto TOPAS: turma 84

http://www.pmf.sc.gov.br/ebmbrigadeiro/index.html

• EBM José Amaro Cordeiro – responsáveis pelo projeto: Prof de Português Rosinete

Lopes da Silva e a Coordenadora SI: Gisely Cordova – alunos da 7ª série – 71

http://www.podcast1.com.br/canal.php?codigo_canal=5100

http://radioescolamdp.blogspot.com/

• EBM Mâncio Costa – responsáveis pelo projeto: Prof. Ricardo Levi e coordenadora da

SI Josneia Proença. – alunos de 5º ao 9º ano - alunos inscritos/interessados pelo

projeto no contraturno das suas aulas. http://radiomanciocosta.podomatic.com/

5. EBM Acácio Garibaldi Santiago – responsáveis pelo projeto: Prof. de Artes Luciana

de Albuquerque Moritz e coordenadora da SI Samara Cardoso – alunos da 7ª série do

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período matutino.

• EBM Batista Pereira – responsáveis pelo projeto: Prof Nanci Rosa e Coordenadora da

SI Sandra Maria Pereira - alunos inscritos/interessados no projeto no contraturno das

suas aulas.

http://www.pmf.sc.gov.br/ebm_batistapereira/

http://casadaciencia.pbworks.com/R%C3%A1dio-MIX

• Educação de Educação de Jovens e Adultos (EJA) – alunos do grupo de pesquisa de

5º ao 9º ano interessados pelo projeto. Todos os professores envolvidos (trabalha-se

com a metodologia de projetos) e a coordenadora da SI Paula Cortinhas de Carvalho

Becker.

http://radioeja.blogspot.com/

• EBM Dilma Lúcia dos Santos – responsáveis pelo projeto: prof de artes e projetos

Viviane Priscila Machado e coordenadora de SI Elizabeth Antunes - alunos de 5ª a 8ª

série inscritos/interessados pelo projeto no contraturno das suas aulas.

• EBM Maria Conceição Nunes – responsáveis pelo projeto: Prof de Ciências Marlene

Backes e coordenadora da SI Izolete da Silva Santos – alunos de 5ª a 8ª série

inscritos/interessados pelo projeto.

http://radiomc.podomatic.com/

PREMIO A REDE

O projeto Rádio na escola é o vencedor do Prêmio ARede 2009

(http://www.arede.inf.br/inclusao/), na Categoria Setor Público: Modalidade Municipal. Esse

prêmio é importante como uma forma de reconhecimento do trabalho que desenvolvemos no

Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE), há 11 anos, com a formação de professores e

alunos. A utilização, análise e produção de diferentes mídias é o nosso fazer.

Especificamente falando sobre a mídia rádio, consideramos que a formação de

professores foi essencial para a motivação e a criação das rádios nas escolas. O mediador

confirma-se novamente como indispensável para o sucesso e a continuidade do trabalho. O

conhecimento adquirido nesse processo possibilita que o projeto seja desenvolvido com maior

autonomia e competência junto aos alunos nas escolas.

A cada ano, mais alunos e professores se encantam com a apropriação e os resultados

dessa mídia no processo educativo. Hoje temos oito escolas e um Núcleo de Educação de

Jovens e Adultos (EJA) com suas rádios no ar. Percebemos que aumentou a motivação dos

alunos pelas aulas, pela pesquisa, pela leitura, pela escola. Pois nesse projeto, eles tornam-

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se autores, produtores de toda informação que é veiculada em podcasts, nos websites das

escolas, em CD ou DVD e ao vivo, nos corredores das escolas. Essa autonomia vai

alimentando a busca pelo conhecimento e o espírito crítico de cada um dos envolvidos no

processo.

Produzir programas de rádio, da pesquisa à edição, usando vários gêneros textuais,

treinando a oralidade e superando a inibição ao se expor à frente de um microfone, são

tarefas que certamente marcarão para sempre a vida de todos que experimentarem o prazer

de se tornar autores da rádio da sua escola.

O projeto Rádio na Escola só está ampliando seus resultados e se multiplicando a cada

ano que passa, graças a alguns educadores de algumas escolas que decidiram abraçar mais

essa proposta pedagógica. Desta forma, esta premiação é de todos que se envolveram,

dedicaram-se e apaixonaram-se por esse, segundo a edição da revista ARede (nov.2009),

“Projeto de Excelência”. Entre todos os apaixonados está, é claro, a equipe do NTE.

Agradecemos a outros parceiros deste projeto, especialmente a professora Heliete

Schutz Millack, e o jornalista e repórter Helton Luiz, que assessoraram este trabalho na

formação de professores e nas escolas. E, por fim, um agradecimento muito especial a todos

os coordenadores das salas informatizadas, professores, equipe pedagógica, diretores que

acreditaram na nossa ideia e principalmente aos alunos que são os autores dos programas

que compõem a rádio em cada uma das seguintes escolas:

Rádios Publicadas pelas Escolas (1)

RÁDIO ESCOLA RADIO on-line

RádiOM – “A voz dos alunos” EBM Osvaldo Machado

(Ponta das Canas)

http://www.pmf.sc.gov.br/ebmosvaldomachado

Rádio Brigadeiro – “O doce é

cuidar do Campeche”

EBM Brigadeiro Eduardo

Gomes (Campeche)

http://www.pmf.sc.gov.br/ebmbrigadeiro/

Rádio MDP – “Atitude para

aprender”

EBM José Amaro Cordeiro

(Morro das Pedras)

http://radioescolamdp.blogspot.com/

http://www.podcast1.com.br/canal.php?

codigo_canal=5100

Rádio Mâncio Costa EBM Mancio Costa

(Ratones)

http://radiomanciocosta.podomatic.com/

Rádio Galera EBM Acácio Garibaldi

Santiago (Barra da Lagoa)

http://siacaciogaribaldi.blogspot.com/

Rádio Mix EBM Batista Pereira http://radiomix2008batista.mypodcast.com/

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(Ribeirão da Ilha)

Estação É já - “A estação

que vai fazer história”

Educação de Jovens e

Adultos (EJA) (Núcleo

Centro)

http://radioeja.podomatic.com/

Onda Jovem - “Impossível

viver sem ela”

EBM Dilma Lúcia dos

Santos (Armação)

http://radiondajovem.podomatic.com/

Rádio MC EBM Maria Conceição

Nunes (Rio Vermelho)

http://radiomc.podomatic.com/

Leia os artigos dos projetos premiados da Revista ARede 2009:

http://www.arede.inf.br/inclusao/

Cerimonial de entrega do prêmio em SP dia 16 de novembro de 2009.

2010

Em 2010 realizamos uma formação no NTM para educadores e auxiliares de tecnologia

das salas informatizadas interessados em desenvolver e coordenar o projeto da rádio na sua

unidade educativa. O NTM também prestou assessoria e fez formação com os alunos na EBM

Almirante Carvalhal, na EBM João Gonçalves Pinheiro e na ED Costa da Lagoa. Devido a

problemas com a falta de profissionais no envolvimento do projeto e de problemas técnicos

apenas a EBM João Gonçalves Pinheiro conseguiu produzir alguns programas e levar o

projeto em frente.

Em algumas escolas o projeto parou de acontecer devido a mudança de profissionais

que desenvolviam o projeto nos outros anos.

Rádios Publicadas pelas Escolas (2)

RÁDIO ESCOLA RADIO on-line

Rádio Brigadeiro – “O doce é

cuidar do Campeche”

EBM Brigadeiro Eduardo

Gomes (Campeche)

http://www.pmf.sc.gov.br/ebmbrigadeiro/

Rádio MDP – “Atitude para

aprender”

EBM José Amaro Cordeiro

(Morro das Pedras)

http://radioescolamdp.blogspot.com/

http://www.podcast1.com.br/canal.php?

codigo_canal=5100

Rádio Mix EBM Batista Pereira http://radiomix2008batista.mypodcast.com/

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(Ribeirão da Ilha)

Onda Jovem - “Impossível

viver sem ela”

EBM Dilma Lúcia dos

Santos (Armação)

http://radiondajovem.podomatic.com/

A voz do estudante EBM João Gonçalves

Pinheiro (Rio Tavares)

http://radioescolajgp.podomatic.com/

http://radioescolarjgp.blogspot.com/

Encaminhamentos para 2011

• Aproximação com a UFSC através da pesquisa que uma estudante de Iniciação

Científica do Curso de Graduação em Letras Português, da Universidade Federal de

Santa Catarina – UFSC está fazendo nas rádios existentes nas escolas sobre o

letramento midiático-radiofônico ("rádio escolar"); Ficou firmado o compromisso de

retorno dos resultados às escolas e a Secretaria Municipal de Educação através da

socialização dos dados e articulação de uma formação continuada junto ao NTM com

o objetivo de qualificar o projeto de rádio nas escolas;

• Ampliar, revigorar e reviver projetos nas escolas, partindo da formação de professores

no NTM;

• Reunir os alunos de todas as escolas participantes dos projetos para um dia de

socialização e confraternização;

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5. Ações Integradoras

O Núcleo de Tecnologia Municipal, além de desenvolver o trabalho de formação

continuada dos professores da Rede Municipal de Ensino e prestar assessoria às escolas,

desenvolve também algumas ações integradoras sob a forma de parcerias.

Neste ano de 2010, desenvolvemos as seguintes ações:

5.1 Atendimento a outros municípios

Como resultado do trabalho desenvolvido ao longo de mais de dez anos e devido à

divulgação das produções e ações desenvolvidas no site e blog do Núcleo, freqüentemente o

NTM tem sido procurado para conversar e dar maiores informações sobre os projetos

desenvolvidos tanto na formação, quanto na assessoria e também nas escolas de

Florianópolis.

Neste ano de 2010, a Secretaria de Educação do município de São Bonifácio (SC)

entrou em contato com este Núcleo e após conhecer nosso projeto e metodologia de trabalho

e também de saber que tínhamos recebido máquinas do ProInfo Rural, solicitou que

fizéssemos uma formação com professores de uma escola que também havia recebido

computadores do ProInfo Rural. A formação aconteceu no início deste ano e teve como

objetivo sensibilizar os educadores para o uso dos recursos e aplicativos disponíveis no Linux

Educacional.

5.2 Moodle

Como ação da Gerência de Formação Permanente para a implantação do Programa de

Educação à Distância na Rede Municipal de Ensino, o NTM, parceiro natural nesta

caminhada, foi convidado a participar na formação para a utilização da Plataforma Moodle. A

formação teve por objetivo possibilitar o desenvolvimento de um curso a distância para os

profissionais da Secretaria Municipal de Educação, utilizando as diversas ferramentas do

Moodle. Para isto, o NTM integrou uma comissão para elaboração da proposta de Núcleo

EAD na SME, juntamente com profissionais da GEPE.

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5.3 APAE e Fundação Catarinense de Educação Especial

Essa ação integradora partiu da necessidade tanto das instituições quanto do NTM de

discutir questões referentes às tecnologias assistivas. As responsáveis pelos ambientes

informatizados de ambas as instituições do Governo do Estado, participam junto com as

Auxiliares de Ensino de Tecnologia da formação “Tecnologias na Educação: reflexões teóricas

e práticas mídia-educativas”, a fim discutir com os educadores de suas unidades questões

que dizem respeito a inserção das mídias no contexto escolar. Além disso, sempre são

disponibilizadas vagas nas formações oferecidas pelo NTM. Quando solicitadas, também são

realizadas oficinas in loco, como a do projeto de animação, desenvolvida na APAE, no ano de

2009.

5.4 Programa Aluno Monitor

Este projeto é uma ação conjunta entre a Associação Catarinense de Empresas de

Tecnologia (ACATE) e a Prefeitura Municipal de Florianópolis, sob coordenação da Secretaria

Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e Sustentável (SMCTDES),

com o apoio da Secretaria Municipal de Educação. Visa oportunizar aos alunos de escolas

públicas catarinenses o conhecimento em conceitos básicos de tecnologia.

Como o NTM desenvolve projeto semelhante vinculado ao MEC (Aluno Integrado), a

parceria do Núcleo consistiu em divulgar o Programa Aluno Monitor junto as Auxiliares de

Ensino de Tecnologia, bem como em orientá-las a incentivar os alunos em participar. Após a

primeira etapa, foi proposta uma nova formação intitulada Desafio Digital. Para cursar a

segunda etapa, o aluno necessariamente deveria ter concluído o Programa Aluno Monitor.

Com relação ao Desafio Digital, o projeto consiste na exploração do universo

tecnológico. Para tanto, são propostos desafios aos alunos que devem, ao final de cada

etapa, apresentar um projeto utilizando diferentes ferramentas, quais sejam: criação de um

website, simulação de robótica e um game. Ao final de cada etapa os alunos recebem

certificação da Microsoft.

5.5 Curso de especialização Tecnologias em Educação

Em parceria com as Coordenações do Proinfo Integrado, com a SEED/MEC e com a

CCEAD PUC-Rio, um profissional do NTM atuou na função de formador local no curso de

Especialização. Os formadores tinham as seguintes atribuições:

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• Apoiar os cursistas, operacionalmente, em momentos presenciais (quando

necessário);

• Sensibilizar os cursistas para a participação no curso;

• Auxiliar na busca de soluções para eventuais dificuldades;

• Incentivar os cursistas na busca do apoio pedagógico junto aos Mediadores

Pedagógicos (para questões relativas aos conteúdos e resolução de atividades);

• Orientar os cursistas na busca do suporte técnico e na utilização do ambiente e-

Proinfo;

• Manter interação constante com a Coordenação de Avaliação e Acompanhamento da

CCEAD PUC-Rio.

A interação da formadora local com os cursistas ocorreu de forma presencial, quando

necessário e por email na maior parte dos casos. Os coordenadores da PUC deixaram claro

que não existia uma responsabilidade dos formadores por uma determinada turma do e-

Proinfo, pois os cursistas sob a responsabilidade do formador podiam estar distribuídos em

diferentes turmas virtuais.

O coordenador do Proinfo Integrado de cada Estado/Município selecionou os cursistas

que ficariam sob responsabilidade de cada formador. A formadora do NTM ficou responsável

por 11 cursistas da Grande Florianópolis sendo 01 de Biguaçu, 02 de Santo Amaro da

Imperatriz e 08 de Florianópolis.

Em Santa Catarina a formação foi concluída nos dias 02 e 03 de dezembro/2010 com a

apresentação dos trabalhos finais de cada cursista.

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6. Assessoria NTM

A equipe de multiplicadoras do Núcleo de Tecnologia Municipal promove, entre outras

ações, a assessoria às escolas com salas informatizadas. Estas escolas são distribuídas

entre as multiplicadoras para garantir um atendimento mais personalizado e contínuo. Além

das escolas básicas e desdobradas a assessoria também acontece na Creche Dona Cota, na

Educação de Jovens e Adultos, na APAE e na Fundação Catarinense de Educação Especial.

A assessoria é direcionada às auxiliares de ensino de tecnologia e ocorre por meio de

formação continuada no NTM e também nas visitas às respectivas salas informatizadas.

Em anos anteriores, o objetivo do NTM com o trabalho de assessoria visava

acompanhar as ações técnico-pedagógicas desenvolvidas nas salas informatizadas das

escolas, apoiando, refletindo, compartilhando e contribuindo com o movimento pedagógico de

alunos e educadores na produção e análise das mídias. A partir na realização do concurso

público para o cargo, a equipe de multiplicadoras percebeu a urgência em redimensionar a

assessoria prestada devido à mudança no perfil das profissionais. Neste sentido, o conteúdo

específico da assessoria junto às auxiliares de ensino de tecnologia que visava muito mais a

orientação aos projetos e às reflexões de cunho metodológico passou a atender demandas

técnicas básicas como orientações sobre o uso de softwares, sistemas operacionais, rede,

entre outras questões.

Ainda com relação à mudança na função, ou seja, de coordenadora de sala

informatizada para auxiliar de ensino de tecnologia, as profissionais passaram a substituir os

professores ausentes da escola (atestados médicos, participação em cursos de formação,

entre outro motivos). Deste modo, o tempo disponível para receber a assessoria das

multiplicadoras também ficou bem mais reduzido.

Em 2010 a assessoria para o desenvolvimento de relatórios, atividades com alunos,

produção dos blogs e sites que divulgam o trabalho das SIs, necessitou de atendimento bem

mais pontual e intenso porque a maioria das auxiliares de ensino de tecnologia apresentava

pouco conhecimento técnico. Outra questão que dificultou o trabalho de assessoria foi o

período de início dos trabalhos em cada SI devido à demora em contratação, bem como, a

desistência de algumas profissionais que não se identificaram com a função.

Foi dedicada assessoria diferenciada para as escolas que deixaram de contar com o

profissional na sala informatizada em 2010 (algumas escolas desdobradas e a Creche Dona

Cota). Nestas Unidades as multiplicadoras realizaram visitas no intuito de contribuir no

encaminhamento de atividades na SI, prestar informações técnicas e de uso dos

equipamentos, entre outras ações solicitadas pelos diretores.

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Neste ano também foi importante o trabalho de assessoria das multiplicadoras no

desenvolvimento de projetos como o Projeto XO e o UCA. As duas escolas que implantaram o

uso de laptops educacionais para alunos e professores receberam assessoria intensa,

pautada na apropriação deste novo modo de trabalhar com a tecnologia na escola.

No aspecto técnico, a multiplicadora responsável pela escola realiza também o

encaminhamento ao setor responsável das necessidades técnicas detectadas pela auxiliar.

Em algumas situações em que os problemas são simples e possíveis de resolver pelas

próprias auxiliares, a multiplicadora oferece orientações básicas para a resolução.

Dificuldades: Em 2010 houve alteração de no quadro de profissionais das salas

informatizadas devido à realização do concurso público. Este fato impôs às multiplicadoras

um esforço muito maior para assessorar as novas auxiliares pois as mesmas apresentavam

pouco conhecimento técnico e principalmente metodológico para o desenvolvimento de ações

pedagógicas com as mídias e tecnologias em geral.

Com relação a visita às escolas destacamos a dificuldade de deslocamento que fica na

dependência da disponibilidade do carro que atente outros setores da PMF.

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7. Auxiliares de Ensino de Tecnologia Educacional: panorama em 2010

7.1 Sobre a efetivação do novo grupo de Auxiliares de Ensino de Tecnologia Educacional

Em 2010 houve alteração de no quadro de profissionais das salas informatizadas devido

à realização do concurso público. Infelizmente somente um profissional assumiu a vaga de

auxiliar de tecnologia em uma escola da rede. Nas outras escolas, depois de muitas

conversas na secretaria da educação, foram contratadas auxiliares de ensino efetivas e

substitutas para executar a função na sala informatizada. Cinco (05) Escolas Desdobradas

ficaram sem auxiliar de tecnologia em 2010 (ED Costa de Dentro, ED Osvaldo Galupo, ED

Praia do Forte, ED Retiro da Lagoa e ED Marcolino José da Silva).

Num universo de 31 escolas com auxiliar de tecnologia 20 não conheciam a proposta

de trabalho desenvolvido com as mídias pelo NTM e nunca haviam trabalhado na RME. Além

deste aspecto a demora na contratação destes profissionais também foi um agravante

comprometendo a qualidade dos trabalhos desenvolvidos na escola. Abaixo a tabela que

deixa mais visível estes aspectos.

Gráfico 8: SIs com Auxiliar em Tec para apoio e articulação de trabalhos em mídia-educação

1335%

616%

13%

38%

411%

25%

13%

514%

25%

SIs com Auxiliar em Tec para apoio e articulação de trabalhos em mídia-educação

De fev a dez De mar a dezDe abr a nov De mai a dezDe jun a dez De ago a dezDe fev a jun Sem o ano todoDe fev a dez com troca de aux no último trimestre

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No ano de 2010, em algumas escolas, as auxiliares de ensino de tecnologia tiveram que

executar mais uma função, além das muitas atribuições que já possui articulando o trabalho

com as mídias em sua escola, assumir as turmas dos professores que faltavam por um ou

mais dias. Até mesmo o agendamento das turmas na Sala Informatizada era cancelado em

algumas escolas. Essa determinação partiu da chefia imediata (diretores da escola), o que

ocasionou muitas discussões no grupo de formação dos auxiliares de tecnologia no NTM.

Para encontrar soluções e definir as atribuições do auxiliar de tecnologia definiu-se em

reunião formar uma comissão com representantes dos auxiliares de tecnologia e do NTM.

Num primeiro momento a comissão levantou as dúvidas do grupo. Em busca das

informações o Diretor de Administração Escolar esclareceu alguns pontos da seguinte

maneira por e-mail (intermediado pelo Gerente de Tecnologia Educacional):

Respostas do gerente do DAE

No encontro foram levantadas algumas questões para serem investigadas:

1. O cargo de auxiliar de ensino de tecnologia existe legalmente? Qdo foi criado? Qual é o

documento?

O Estatuto do Magistério prevê dois cargos na categoria docente, sendo Professor e Auxiliar

de Ensino. As áreas de atuação de cada cargo, como por exemplo português, matemática,

história, libras e tecnologia educacional, são definidas pelo edital do concurso/processo

seletivo, tendo em vista a proposta de ensino da Secretaria. É equivocado dizer, "meu cargo é

professor de história". O correto é, "meu cargo é professor".

2. O cargo é de auxiliar de ensino de tecnologia ou auxiliar de ensino?

O cargo é de auxiliar de ensino. Tecnologia educacional é considerada tecnologia

educacional. Da mesma forma que o cargo é de professor, e o que muda e a área de

atuação, que pode ser português, matemática, etc... Todos os cargos possuem atribuições

gerais, por cargo, e atribuições específicas, por área de atuação.

3. Se o cargo não existe, pode ser feito concurso?

O cargo de auxiliar de ensino existe, consta no Estatuto e no Plano de Cargos e Vencimento.

4. Quem determina a função do cargo?

A função do cargo é determinada pelas diretrizes da Secretaria, de acordo com a proposta de

ensino.

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5. A descrição das funções nos editais tem validade?

Os editais definem as regras de seleção e terão validade para os admitidos através daquele

edital.

6. Se for criada uma normativa para explicar a função do auxiliar de ensino de tecnologia, ela

tem valor? Que poderá criá-la?

Questões referentes a gestão de pessoas são de responsabilidade da Diretoria de

Administração Escolar. A Gerência de Tecnologia Educacional poderá propor uma normativa,

mas as atribuições inerentes ao cargo não podem ser desconsideradas.

7. Com relação ao concurso: Como são distribuídas as vagas? As escolas desdobradas estão

contempladas? E a educação infantil? (percebemos que o num de vagas é menor do que o

numero de escolas).

O quadro de vagas é definido de acordo com a proposta de ensino da Secretaria. O Número

de vagas divulgado contempla, nesse primeiro momento, apenas as Escolas Básicas.

Diante desses esclarecimentos a comissão optou por reescrever o texto das atribuições

do auxiliar de tecnologia descrito no edital do concurso de efetivação e substituição. A

descrição no edital original da margem a varias interpretações sobre as atribuições desse

profissional:

“Ao AUXILIAR DE ENSINO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL caberá auxiliar o professor e

assumir a docência na ausência do mesmo, utilizando o espaço da sala informatizada; promo-

ver o uso pedagógico das diversas mídias eletrônicas na Rede Municipal de Ensino; auxiliar a

equipe pedagógica e direção na organização de questões administrativas/pedagógicas; com-

prometer-se com práticas educativas/pedagógicas que atendam as demandas surgidas no

cotidiano da unidade educativa; seguir o proposto pela Unidade Educativa e seu respectivo

calendário; comprometer-se com a aprendizagem das crianças e adolescentes; desenvolver

atividades de acordo com a organização da Unidade Educativa e as diretrizes curriculares em

vigor. (Edital do concurso 2009/2010).”

Em conjunto, os auxiliares de tecnologia e a equipe do NTM propõe o seguinte texto

para normatizar essa função:

NORMATIVA:“Caberá articular junto aos educadores o uso pedagógico das diversas mídias na escola;

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comprometer-se com práticas educativas/pedagógicas que atendam as demandas na sala

informatizada; comprometer-se com a aprendizagem das crianças e adolescentes;

desenvolver atividades de acordo com a organização da Unidade Educativa e as diretrizes

curriculares em vigor. Substituir o professor ausente somente no espaço da Sala

informatizada quando o mesmo tiver projeto e/ou atividade previamente planejada junto ao

auxiliar de ensino de tecnologia educacional, desde que o agendamento e a organização de

utilização do espaço sejam respeitados”.

7.2 Problemas com a Internet

Outra grande dificuldade encontradas em 2010 decorreu da velocidade lenta da internet

que afetou a qualidade dos trabalhos pedagógicos desenvolvidos nas salas informatizadas. A

velocidade lenta trouxe experiências ruins para os alunos e para os professores,

inviabilizando a produção de qualquer trabalho de qualidade.

Criação de blogs e websites, e-mails, webquests, wikis, podcasts, história em

quadrinhos, acesso a plataformas à distância (do e-proinfo e aluno monitor) bem como a

utilização de sites educativos e a realização de pesquisas na internet ficaram comprometidos

ou inviabilizados com a velocidade existente hoje nas nossas escolas. Abaixo um dos

depoimentos que constam no relatório enviado em 30 de agosto ao Gerente de Tecnologia

Educacional e ao Diretor de Educação Continuada, exemplificando essa situação:

“Alguns professores não realizam atividades na S.I. que necessitem a utilização da internet.

Outros professores ao desenvolver suas atividades e/ou projetos ficam descontentes. A lenti-

dão ao carregar as páginas é constante, até mesmo, para as páginas com conteúdos leves e

sem muitas figuras. Essa situação deixa os alunos impacientes, desconcentrados, e não raras

vezes, indisciplinados. O cronograma do professor também fica comprometido. O adiamento

ou até mesmo o cancelamento dessa aula gera consequências pedagógicas. O professor pre-

cisa replanejar e buscar outros recursos que atendam da mesma forma suas necessidades,

perde-se tempo, o que prejudica principalmente o aluno.

Recentemente foi realizada uma atividade com os alunos de 3º e 4º anos. Essa atividade ti -

nha como objetivo a criação de uma história em quadrinhos com o tema da Copa do Mundo

2010. O site escolhido foi o da Turma da Mônica do autor Maurício de Sousa,

www.maquinadequadrinhos.com.br. É um site com figuras, vídeos e textos, como a maioria

dos sites disponíveis na internet. O tempo estimado para a atividade foi de 4 aulas para o 3º

ano e de 3 aulas para o 4º ano.

Os problemas ocorridos durante a atividade foram a demora considerável para carregar as

páginas e os recursos que precisávamos para a criação da história. O que deveria levar 1 mi-

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nuto, em uma internet de velocidade satisfatória, levava em torno de 7 a 10 minutos. Para sal -

var a história, quando não travava tudo, demorava de 5 a 8 minutos. Muitas histórias foram

perdidas nesse processo, o que desmotivava os alunos. Para retomar a atividade em um ou-

tro dia, cada aluno precisava encontrar a sua história em uma lista ilustrada, chamada rascu-

nho. Esse processo demorava de 2 a 5 minutos para carregar cada página, tínhamos 23 pági -

nas. Toda essa situação gerou frustrações para os alunos e professores, e dobrou o tempo

para a conclusão da atividade. Esse foi um exemplo do que está se tornando uma rotina na

S.I.” (EBM João Gonçalves Pinheiro)

No final do ano iniciou-se a configuração da Banda Larga do MEC em todas as escolas

básicas, melhorando assim a internet em algumas escolas.

PROBLEMAS TÉCNICOS

Os problemas técnicos enfrentados não foram poucos. A morosidade na resolução dos

problemas com o Sistema Operacional (incluindo servidor) existente nas escolas aconteceu

em decorrência da inexistência de profissionais capacitados para essa função. A contratação

de estagiários é sempre tardia e na grande maioria das vezes esse conhecimento não é

exigido no momento da contratação. Chegando no final do ano o conhecimento básico é

apropriado pelos estagiários e acaba o contrato. No ano seguinte inicia todo trabalho dos dois

administradores de rede da prefeitura repassarem os conhecimento novamente a um novo

grupo de estagiários. Esse problema de renovação do grupo de estagiários a cada ano

dificulta muito a resolução dos problemas técnicos básicos nas salas informatizadas. Além

disso existem apenas dois administradores de rede contratados para toda prefeitura

comprometendo assim o desenvolvimento e resolução de problemas mais complexos e

necessários ao nosso trabalho, sentidos principalmente na produção de áudio e vídeo.

Exemplificamos com o depoimento de uma auxiliar de tecnologia:

“Os problemas de ordem técnica, por estarem além da minha alçada demoram e muito a

serem resolvidos. Os técnicos não estão preparados para resolver as demandas da nova

configuração das salas em Linux Educacional 3.0. Como exemplos: fiquei mais de 1 mês sem

internet na sala, não consigo utilizar o data show nos equipamentos que são multi-terminais e

os computadores não estão em rede.

Outro ponto importante com relação à assistência técnica, é o fato de não haver um

agendamento para a visita do mesmo, os quais chegam em muitos momentos inoportunos,

principalmente quando estamos em aula e não podemos tirar todas as nossas dúvidas e

relatar os problemas e dificuldades.(A)”

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USO DA SALA INFORMATIZADACom base nos dados encaminhados pelas Auxiliares de Ensino de Tecnologia Educacional

podemos perceber que dum total de 12069 alunos matriculados nas escolas básicas, desdo-

bradas, EJA e uma Creche nas escolas listadas abaixo, 591 alunos não usaram a Sala Infor-

matizada em 2010.

Número que Alunos que Utilizaram a SI

OBSERVAÇÕES:

EBM Almirante Carvalhal não informou os alunos que usaram a SI devido a mudança da Auxiliar de Tecnologia;

EBM Henrique Veras não informou os dados porque a auxiliar de tecnologia estava de férias;

EBM Vitor Miguel não informou os dados apesar dos nossos pedidos e da solicitação do Gerente de Tecnologia Educacional ao dirigente da escola;

EBM Luiz Candido da Luz não se integra ao trabalho do NTM por opção da auxiliar de tecnologia e do dirigente da escola.

UNIDADE EDUCATIVA Alunos matriculados Alunos que usaram a SI Alunos que NÃO usaram a SIEBM Acácio G.S.Thiago 569 569EBM Albertina M. Dias 702 600 102EBM Almirante Carvalhal 509 262 247EBM Anísio Teixeira 488 488EBM Antonio P. Apóstolo 501 501EBM Batista Pereira 909 909EBM Beatriz de Souza Brito 512 512EBM Brigadeiro Eduardo Gomes 766 751 15EBM Dilma Lucia dos Santos 621 621EBM Donícia Maria da Costa 518 518EBM Henrique VerasEBM Intendente A da Silva 585 502 83EBM João A Rhor 291 291EBM João G. Pinheiro 641 641EBM José Amaro Cordeiro 300 300EBM Luiz Cândido da LuzEBM Mâncio Costa 407 407EBM Maria Conceição Nunes 677 677EBM Maria Tomazia Coelho 619 619EBM Osmar Cunha 1005 693 312EBM Osvaldo Machado 461 461EBM Paulo Fontes 426 426EBM Vitor Miguel de SouzaEDM Adotiva Liberato Valentin 356 356EDM Costa da Lagoa 69 69EDM João F. Garcez 66 66EDM José Jacinto Cardoso 173 173EDM Jurerê 189 189EDM Lupercio Belarmindo da Silva 70 70Creche Dona Cota 139 139EJA centro 309 230 79TOTAL 12878 12040 838

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Gráfico 9: Fluxo de alunos que usaram a SI (número total)

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000

12878

12040

838

Alunos matriculadosAlunos que usaram a SIAlunos que NÃO usaram a SI

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O que merece destaque nessa analise se refere a não utilização das tecnologias pelos

professores, aspecto ainda comum nessa geração considerada imigrante digital, pois não

nascemos envolvidos por toda essa tecnologia existente na contemporaneidade. Temos que

aprender a usá-la e usá-la pedagogicamente.

O grande numero de alunos que utilizam a SI, apesar de ser um aspecto positivo,

também merece uma reflexão. Com base nas socializações entre os auxiliares de ensino de

tecnologia e nas assessorias prestadas nas escolas percebe-se que o uso das Salas

Informatizadas, não poucas vezes, baseia-se apenas na pesquisa, sem nenhum

encaminhamento de produção midiática.

Gráfico 10: Fluxo de alunos que usaram a SI (por escola)

EBM Acácio G.S.ThiagoEBM Albertina M. Dias

EBM Almirante CarvalhalEBM Anísio Teixeira

EBM Antonio P. ApóstoloEBM Batista Pereira

EBM Beatriz de Souza BritoEBM Brigadeiro Eduardo Gomes

EBM Dilma Lucia dos SantosEBM Donícia Maria da Costa

EBM Henrique VerasEBM Intendente A da Silva

EBM João A RhorEBM João G. Pinheiro

EBM José Amaro CordeiroEBM Luiz Cândido da Luz

EBM Mâncio CostaEBM Maria Conceição Nunes

EBM Maria Tomazia CoelhoEBM Osmar Cunha

EBM Osvaldo MachadoEBM Paulo Fontes

EBM Vitor Miguel de SouzaEDM Adotiva Liberato Valentin

EDM Costa da LagoaEDM João F. Garcez

EDM José Jacinto CardosoEDM Jurerê

EDM Lupercio Belarmindo da SilvaCreche Dona Cota

EJA centro

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000

569702

509488501

909512

766621

518

585291

641300

407677

6191005

461426

3566966

173189

70139

309

569600

262488501

909512

751621

518

502291

641300

407677

619693

461426

3566966

173189

70139

230

Alunos matriculadosAlunos que usaram a SI

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Esses dois aspectos esbarram na formação oferecida pela Secretaria de Educação.

Apesar de termos o privilégio, considerando a realidade brasileira, de existir nesta secretaria

de educação um Núcleo que tenta trazer as discussões tecnológicas e midiáticas para dentro

da escola a mais de uma década, ainda encontramos dificuldades de entendimento

pedagógico nessa utilização por dirigentes e professores. Apostamos numa mudança

metodológica com a utilização das mídias e não apenas na reprodução de uma educação que

a muito já se condenou.

A mudança metodológica não acontece instantaneamente, ela exige vontade e

persistência, é um processo de estudo relacionando a teoria com prática, ou seja é o

exercício da práxis. Por isso, apesar da inúmeras formações já promovidas por este núcleo ao

longo de sua existência e das inúmeras experiências de sucesso descritas por muitos

professores sabemos que ainda há muito a se fazer. Professores novos na Rede Municipal

aparecem a todo instante e na grande maioria das vezes nunca tiveram nenhuma experiência

com mídia-educação, nem mesmo os professores que acabaram de sair da Universidade.

Nesta perspectiva, ressalta-se a importância da valorização e aperfeiçoamento dos

professores para o enriquecimento do processo ensino-aprendizagem e a melhoria da

educação construída ao longo do tempo nas escolas.

Promovendo a formação continuada de professores, sobretudo para o uso das mídias e

tecnologias na educação, é possível alterar os contextos de aprendizagem nas escolas e

produzir melhores resultados. Embora nossas crianças utilizem os mais variados tipos de

mídia constantemente, falta a elas, uma compreensão cultural das mídias e tecnologias.

Sendo assim, surge a necessidade de que os professores tenham conhecimentos relevantes

no campo mídia-educação.

Apesar de toda formação oferecida ainda é considerada pouca. Com base nos dados

levantados nas escolas pelas Auxiliares de Ensino de Tecnologia apenas 240 professores

possuem um ou mais cursos no NTM:

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Há muito a se fazer neste campo ainda considerado de novo por muitos educadores.

Estamos convictos que a formação é o melhor caminho para inserir os professores num fazer

midiático, tornando mais consciente o consumo das tecnologias e mídias a que estamos

sendo submetidos nesta sociedade. Ao analisar alguns depoimentos de professores e

auxiliares de ensino de tecnologia que participaram de alguma formação fica evidente a

importância deste trabalho da Secretaria de Educação (depoimentos presentes neste

relatório).

Por tudo, precisamos continuar lutando por uma educação de qualidade. Para o ano de

2011, queremos ampliar os dados do gráfico acima que representa o numero de educadores

com formação em mídia-educação e consequentemente alterar os dados abaixo.

Gráfico 11: professores com formação no NTM

Educadores na escolaEducadores com formação

Educadores que usam SI

0

200

400

600

800

1000

885

259533

PROFESSORES COM FORMAÇÃONO NTM

Gráfico 12: educadores que não usam a SI

Educadores na escolaProfessores que não usam a SI

0

500

1000

885

352

EDUCADORES QUE NÃO USAM

A SALA INFORMATIZADA (SI) COM OS ALUNOS

Nº d

eedu

cado

res

na e

scol

a

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CONCLUSÃO

Concluindo podemos perceber que os problemas técnicos, a internet lenta, a demora na

contratação, passando pela demora na liberação para contratação e a falta de profissionais no

mercado para essa função, a necessidade de mais formação aos educadores, a inexperiência

dos profissionais com o trabalho envolvendo a tecnologia e a mídia no fazer pedagógico na

coordenação da SI e a postura adotada por alguns dirigentes de escolas exigindo que esse

profissional substituísse professores sem planejamento na SI ou em sala de aula,

comprometeram muito o planejamento e o desenvolvimento de trabalhos com qualidade em

mídia-educação.

Apesar de uma formação concentrada de 40h, da formação mensal (110hrs) e da

assessoria prestada por e-mail, comunicador instantâneo, telefone e na escola conseguimos

avançar muito pouco na qualidade das discussões e na prática com objetivo de conhecer,

problematizar e produzir os mais diversos tipos de texto: animação, texto escrito, vídeo, áudio;

É consenso hoje que as mídias modificam as maneiras de nos relacionarmos no mundo

e percebemos essas interferências invadirem nossas vidas com máquinas e softwares novos

a cada instante, por todos os lados e em todos os ambientes pelos quais circulamos. Mas, por

mais que percebamos essas mudanças no nosso dia a dia, na escola as ações ainda não

estão voltadas para a problematização das mudanças propiciadas por essas mídias.

A maneira como os jovens que nasceram com TV, vídeo, controle remoto, computador,

internet aprendem hoje é diferente da geração que nasceu ouvindo radio ou apenas ouvindo

cantorias nas pequenas comunidades em desenvolvimento a que faziam parte. Por tudo isso

essa problematização precisa ser feita dentro da escola.

Para Fantin “estamos sendo educados por imagens e sons e muitos outros meios

provindos da cultura de mídias, o que torna os audiovisuais um dos protagonistas dos

processos culturais e educativos, e a escola precisa redimensionar tais potencialidades (ainda

que o texto escrito tenha seu lugar assegurado por ser um referencial fundamental que

possibilita voltar, pensar, refletir).

Afinal, as mídias não só asseguram as formas de socialização e transmissão simbólica,

mas também participam como elementos importantes da nossa prática sociocultural na

construção de significados da nossa intelegibilidade do mundo e apesar destas mediações

culturais ocorrerem de qualquer maneira, tal fato implica a necessidade de mediações

pedagógicas” (FANTIN p.27)

Com esse entendimento propomos alguns encaminhamentos para 2011 considerando

que os auxilares de tecnologia serão todos novos (com exceção de 5 profissionais que já

trabalharam da SI), efetivados no concurso deste ano.

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AVALIAÇÕES DAS AUXILIARES DE ENSINO DE TECNOLOGIA:

Para algumas significou um ano de continuidade de um trabalho já desenvolvido

anteriormente, para outras uma estreia! Para todas, entretanto, acreditamos ter sido um

desafio, uma vez que tal função exige pré-disposição a aprender constantemente, estabelecer

parcerias com professores, alunos, especialistas e direção. Além de tudo isso, faz parte do

nosso fazer diário ter criatividade e dinamismo para as surpresas que a escola nos impõe.

Portanto, cabe neste momento fazermos uma auto-avaliação de nosso trabalho no ano de

2010.

Algumas considerações sobre as questões:

Autoavaliação das Auxiliares de Ensino de Tecnologia

Articulou o trabalho

desenvolvido na Sala

Informatizada ao Projeto

Político Pedagógico na UE e

às possibilidades

pedagógicas das

tecnologias/mídias na

educação.

Coloquei conceito P porque não foram todos os professores

que quiseram desenvolver projetos utilizando a SI. Bem que

tentei, mas por vários motivos, a SI foi mais utilizada para

realizar pesquisas e digitação. O desenvolvimento de projetos

foi pouco, visto que:cheguei tarde a escola; a equipe escolar

não sabia se conseguiriam me trazer de volta, então,

resolveram não envolver a SI, em seus planejamento, até ter

certeza; as reuniões de planejamento já tinham acontecido

quando e nem sempre podia estar nas reuniões individuais e

semanais, junto com o professor e a supervisora; a resistência

por parte dos professores, sugeri muita coisa, mas pouca foi

utilizada ou desenvolvida.; os professores do ensino

fundamental precisavam seguir e desenvolver seu trabalho de

acordo com o livro do SEU... (D)Na minha prática procuro sempre articular as minhas ações ao

PPP da escola e explorar junto aos alunos e professores as

infinitas possibilidades de uso das mídias e tecnologias na

educação.(A)Através de reuniões realizadas na escola várias contribuições

foram feitas para a reformulação do PPP abrangendo vários

aspectos relacionados as mídias/tecnologias na educação,

sempre voltado para a utilização pedagógica das tecnologias

de forma a promover a melhoria no processo ensino-

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aprendizagem dos nossos alunos e consequentemente na

qualidade de ensino.(B)Desempenhei a função parcialmente, por ser a primeira vez

que trabalho na SI, também pelas dificuldades encontradas

com o sistema Linux e a internet muito lenta. Muitas das

atividades e projetos tiveram que se adiados pelas condições

que a SI apresenta (falta de impressora, internet lenta,

computadores que demoram em ser concertados, etc.) O trabalho na SI sempre foi planejado com muita

responsabilidade, previamente é discutido com os professores

que utilizam a SI a importância de um trabalho sério e

responsável da utilização da mesma. A interação do

planejamento com o professor é de extrema importância para

um bom trabalho como os educandos. É feito um registro que

é avaliado após cada trabalho. (G)Em 2010 a escola Osvaldo Machado, realizou somente duas

paradas pedagógicas. A greve e feriados prolongados

prejudicaram muito o andamento das atividades no decorrer do

ano.

Com a falta de tempo de se parar para pensar, os

planejamentos dos professores ficaram comprometidos, tendo

eles que enviarem por email e planejando em casa, nos

momentos de folga.(O)Em todos os projetos/atividades desenvolvidas na SI, no

momento dos planejamentos, levou-se em conta a proposta

metodológica da UE, procurando estabelecer objetivos e

metodologias de ensino compatíveis com o que a escola

defende.(R)Procurei desempenhar minha função articulando com

professores com ou sem formação, sempre utilizando o uso

das tecnologias da informação e Comunicação como

ferramenta de pesquisa, construção do conhecimento e

produção de mídias, garantido que todas as turmas tivessem o

acesso ao ambiente e recursos existentes na sala

informatizada.(Q)Planejou com os

professores o uso

Na dinâmica do cotidiano escolar, muitas vezes fica inviável

uma conversa mais formal e longa com o professor acerca do

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pedagógico da Sala

Informatizada,

sistematizando,

acompanhando e avaliando

o trabalho realizado,

subsidiando o professor no

seu fazer pedagógico.

planejamento e avaliação das atividades e projetos

desenvolvidos. As conversas, são na maioria das vezes em

poucos momentos na sala dos professores, principalmente nos

horários de entrada e recreio. (B)Como neste ano temos na escola o “Projeto XO”, além do

trabalho realizado na Sala Informatizada através de projetos

de aprendizagem, atividades de pesquisa na internet,

apresentação de trabalhos, entre outros, também prestei

assessoria, mais especificamente, aos professores do 1º ao 4º

ano em sala de aula no planejamento de projetos e atividades

a serem realizados com os laptops. Semanalmente foram

agendados horários para o planejamento e para a utilização

dos laptops em sala com cada turma. Do 5º ao 6º ano, ajudei

no que foi possível no desenvolvimento das atividades em sala

de aula juntamente com a assessoria do NTM que também

frequentemente esteve na escola.(C)Durante o ano letivo me coloquei a disposição dos

professores, alunos, funcionários da escola para juntos

buscarmos soluções, encaminhamentos para a efetivação das

atividades, pesquisas e projetos no espaço da sala

informatizada.(R)O tempo era curto e o interesse em ter que fazer mais isto

ainda, também. O que mais aconteceu foi eu ir atrás, ver o que

estavam trabalhando e sugerir atividades. Nem todas foram

desenvolvidas. Mas sentar e planejar junto, poucas vezes

aconteceu. Infelizmente. Tem que ser um trabalho marrado

desde o início do ano letivo, senão fica bem complicado

“entrar”, de forma realmente significativa, no “meio” do

planejamento dos professores. (D)Com os professores dos anos iniciais foi possível fazer um

trabalho mais conjunto, pois estão todos os dias na escola.

Com os professores dos anos finais a construção coletiva foi

menos presente, devido a dificuldade de tempo/horários

disponíveis para essa construção.(F)O planejamento junto aos professores, muitas vezes não foi

possível, mas durante o desenvolvimento das atividades,

acompanhei os trabalhos realizados na SI junto aos

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professores, ajudando-os na elaboração das atividades. (M)Senti muito a falta da colaboração dos profissionais. Tinha

horas que me sentia sozinha. Professores que agendavam

aulas na SI só para passar o tempo. Fazia minhas

intervenções mas com cautela para não desestimular. O

excesso de carga horária prejudica muito. Minha maior

dificuldade foi com relação aos professores de séries inciais,

estes quando tinham uma janela (aula vaga) era para resolver

problemas pessoas. Meus atendimento a estes professores

foram sempre na hora do recreio na sala dos professores.

Senti a falta do acompanhamento da supervisão.

Com a orientadora, no inicio do ano, começamos um projeto

sobre Bullying, que ainda esta em processo de levantamento

de dados e informações (O)Procurei sempre que possível estar articulada e de acordo

com os professores, juntos elaboramos nossa meta de

trabalho, com estratégias de acompanhamentos e avaliações

finais da prática, algumas deram certas outras não, sempre

com flexibilidade. Os professores pioneiros foram exemplares

em sua prática, isto é um avanço enorme para nós

educadores. (P)Vivenciamos em nossa escola um ano bastante atípico, onde o

quadro de profissionais da escola em sua maioria eram

substitutos, sem formação no NTM, mesmo assim o ambiente

da sala informatizada foi muito utilizado por estes profissionais,

porém com uma visão equivocada do espaço, e da função do

auxiliar de tecnologia, resistindo ao planejamento, à

sistematização das atividades e a avaliação processual do

processo ensino-aprendizado articulado com a auxiliar de

tecnologias. Na grande maioria utilizava o espaço para simples

pesquisa. E em alguns casos a turma pedia aos professores

se o mesmo permitiam sistematizar a pesquisa em um

software.

Foram raras as exceções de professores que aceitavam um

planejamento articulado com a auxiliar de tecnologia

Tivemos também um número grande dos atendimentos as

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turmas para o uso de jogos online como exercícios nas

diversas áreas do conhecimento, principalmente das turmas

de 1º ao 5º ano. (Q)Zelou pela limpeza e

conservação da Sala,

observando o estado de

funcionamento dos

equipamentos e outros

recursos, comunicando à

assistência técnica ou ao

setor da SME responsável,

em caso de alguma

irregularidade.

A limpeza, conservação e organização da sala e dos

equipamentos fazem parte da minha rotina diária em tudo que

executo. Porém, os problemas de ordem técnica, por estarem

além da minha alçada demoram e muito a serem resolvidos.

Os técnicos não estão preparados para resolver as demandas

da nova configuração das salas em Linux Educacional 3.0.

Como exemplos: fiquei mais de 1 mês sem internet na sala,

não consigo utilizar o data show nos equipamentos que são

multi-terminais e os computadores não estão em rede.

Outro ponto importante com relação à assistência técnica, é o

fato de não haver um agendamento para a visita do mesmo,

os quais chegam em muitos momentos inoportunos,

principalmente quando estamos em aula e não podemos tirar

todas as nossas dúvidas e relatar os problemas e dificuldades.

(A)Sempre que houve algum problema de hardware ou software,

os responsáveis foram comunicados. Nem sempre fui atendida

prontamente, mas ajuda veio. Nem todos os problemas foram

resolvidos, mas pelo menos tentaram. Acho que falta mais

gente especializada em linux e formação técnica para a gente,

com relação a informações e conhecimentos básicos, para

que não precisássemos ficar na dependência da boa vontade

e do tempo dos técnicos disponíveis na prefeitura.(D)Uma dificuldade da unidade escolar é manter junto aos

profissionais responsáveis pela limpeza da escola, uma

regularidade da limpeza da sala informatizada. Sendo limpa de

1 a 2 vezes semanal. A poeira e sujeita no ambiente foram

constantemente e motivo de inúmeras solicitações da auxiliar

junto a direção e administração da escola. Mas é um nó de

difícil solução. Isto, gera um excesso de poeira nos

equipamentos danificando os mesmos, principalmente os

mouses. Quase que diariamente procurei passar panos nos

equipamentos, e sempre que possível, abrir os mouses e fazer

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a limpeza das roldanas, mesmo que a limpeza do chão não

fossem feitas e contribuísse ainda mais para a sujeira dos

equipamentos.

Quanto a assistência técnica os equipamentos estão sob

garantia até setembro de 2011, então a positivo tem prestado

atendimento imediato a abertura de chamado. Já a assistência

que dependia do CPD esta já foi mais morosa, em alguns

momentos ineficientes, mas ultimamente todo o equipamento

se encontra em perfeita condições de uso. (Q)Maiores Dificuldades Adaptação ao Linux Educacional 3.0 e os programas de que

ele dispõe. A demora para o início dos trabalhos na S.I. foi um

ponto negativo, uma vez que a mesma permaneceu fechada

até o mês de março por conta de burocracias administrativas.

Sendo assim, como não sabia ao certo se assumiria

novamente a função ou não, o início das atividades e

planejamentos foi prejudicado.

A Internet lenta, mais lenta do que nos anos anteriores, com

certeza foi um fator preocupante e desmotivante. Conforme já

descrito em relatório anterior, a demora no carregamento de

páginas sempre foi motivo de impaciência e deboches por

parte dos alunos. Dessa forma, professores foram se

desmotivando cada vez mais na utilização da sala, uma vez

que o ponto de partida da maioria dos trabalhos e projetos é

baseado inicialmente em pesquisas na internet. (B)Demora para vir o suporte técnico da prefeitura;Sites que não

carregam e os técnicos da prefeitura não descobriram o

porquê; Alguns dias: lentidão da internet; Falta de interesse ou

motivação ou conhecimentos, por parte dos professores, em

escrever projetos que incluam o uso das mídias. (D)Internet muito lenta, mas muito lenta mesmo. Planejar junto

aos professores; Fazer com que os alunos entendam que a SI

na escola não é só para jogos.

Que o uso tecnológico possibilita níveis distintos de

significados ao aluno enriquecendo e ampliando seu processo

de aprendizagem de maneira prazerosa e interessante (E)Acredito que faltou, formação para os professores de sala de

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aula, para que percam o medo e a resistência para fazer um

bom uso do espaço da SI. (E)Acho que o fato de não iniciarmos no mesmo período na

atuação da SI (no início do ano letivo) ficou meio solto alguns

andamentos, principalmente para preparação dos que

entraram depois.

Houve apoio da assessora( que esteve presente na minha

unidade), o que foi fundamental dar o primeiro passo. Mas

acho que deveríamos ter formação inicial para captarmos o

funcionamento das SI. (H)Despertar nos professores o uso pelo espaço da SI com uma

internet “lenta”, “demorada”, muitos planejaram aulas e

acabavam desistindo por demorar a abertura dos sites da

pesquisa.

Continuar o Projeto de Rádio Educativa-RádiOM (O)No inicio foi a falta de experiencia, pois não tinha nenhuma.

Mas com o apoio da escola e dos coordenadores do NTM, fui

conseguindo me superar em muitas dificuldades. Hoje me

sinto capacitada para a função.(P)Foram muitas as dificuldades enfrentadas, durante o decorrer

deste ano, principalmente pela falta de tempo de planejar junto

com os professores e devido à falta de organização na escola,

sendo que muitas vezes assumi a turma sozinha, acontecendo

diariamente, pela falta de professores e não esquecendo a

INTERNET muito lenta que muitas vezes fez com que

professores e alunos desistissem das atividades que estavam

sendo realizadas na SI. (M)Articulação de planejamento; Parceria para desenvolver o

projeto da rádio. Falta de espaço em reunião pedagógica para

chamadas, reflexão, discussão e oficinas que estimulassem o

uso pedagógico das tecnologias no planejamento anual do

professor.(Q)Tenho uma certa frustração com relação a aprendizagem de

configuração do sistema, muitas vezes fiquei limitada por não

saber e não ter quem oriente neste sentido.(G)A superação da ideia de sala informatizada como espaço para

atividade “livre”, uma pracinha tecnológica. A qualidade da

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conexão e dos computadores que inviabilizaram alguns

trabalhos bastante interessantes. (F)O trabalho na sala

informatizada...

Trabalhar na Sala Informatizada me mostrou um novo

horizonte profissional, tanto é que comecei a cursar no ano

passado a Especialização em Tecnologias na Educação pela

PUC do Rio de Janeiro na modalidade à distância. Ao iniciar

este trabalho me apaixonei pela função, e venho tentando

desde o ano passado me efetivar na S.I. É um trabalho

prazeroso, que exige estudo, paciência e flexibilidade.

Também, é algo que não permite cair na rotina, pois cada dia

é diferente do outro, cada atividade exige uma habilidade

diferente, onde cada indivíduo pode contribuir sempre de

alguma forma. (B)Mudança: a vontade de querer me efetivar na SI para

continuar exercendo esta função.

Crescimento: aprendi e continuo aprendendo muito nesta nova

função, tanto que me especializei nisso; e sempre que

fazemos novos cursos de aperfeiçoamento estamos

crescendo profissionalmente, por isso a importância da

formação continuada. Precisamos aprender a aprender

sempre! (D)Tudo de bom! Só em conhecer profissionais espetaculares

que estão na rede buscando o aperfeiçoamento digital, e

aplicando este conhecimento para e com os alunos, isto foi

incrível saber que ainda há profissionais capazes e envolvidos

na era digital. Foi uma benção e mais conheci um pouco a

manusear o linux, valeu mesmo e agradeço a oportunidade

mais uma vez de fazer parte deste grupo de auxiliares de

tecnologia.(P)Durante este ano aprendi muitas coisas novas que sem a

menor duvida colaborou para o meu crescimento enquanto

profissional, na própria inclusão do uso das tecnologias no

ambiente educacional.(N)Vou sentir saudade como coordenadora ( Auxiliar de

Tecnologia), mas certamente utilizarei muito o espaço da SI

como professora. (I)Trabalhei pela primeira vez em uma sala informatizada, não

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conhecia o Linux. Aprendi muito nos encontros de formação

do NTM, para mim foi um desafio e gostei bastante. (J)Estou empolgada com a profissão, pois conciliou três áreas

em que gosto de atuar: educação, tecnologia e comunicação.

A formação ofereceu muitas possibilidades e perspetivas.

Na EJA entrei em contato com alunos excluídos digitalmente.

Este foi um novo desafio para minha carreira, pois o

conhecimento na área tecnológica é muito “abstrata” para os

alunos. O trabalho com este público exigiu muita dedicação,

mas o trabalho é compensador. (K)Faltou eu agradecer pela chance de estar aqui e vivenciar

todos esses momentos de aprendizagem, de parcerias e

também de descontração. Fiquei feliz e realizada de fazer

parte deste grupo.(L)

Assista o vídeo de avaliação do trabalho na Sala Informatizada da EBM Dilma Lúcia de 2004 a 2010: http://www.youtube.com/watch?v=tdXH6mQents.

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8. Metas 2011

O registro e avaliação sempre oportunizam o levantamento de pistas do que pode ser

vislumbrado para ações futuras. Nesse sentido, abaixo segue uma série de metas que o NTM

almeja para 2011, assim como as propostas para tal e ações necessárias:

Metas/Proposta/Ações para 2011

Meta Proposta Ações

Integração das ações de ensino e aprendizagem

na escola

- Fomentar projetos e trabalhos interdisciplinares.

- Formar continuamente os profissionais numa perspectiva da metodologia de projetos;

- Intensificar a assessoria nas UEs.

Mudança no perfil dos profissionais e das aulas a partir da inserção dos

laptops nas escolas onde existe o projeto piloto

(UCA e XO)

- Incorporar o uso do laptop na proposta pedagógica da escola;

- Descentralizar a comunicação: de todos para todos para todos - da verticalidade para a horizontalidade;

- Promover a leitura e produção dos mais diversos tipos de texto: animação, texto escrito, vídeo, áudio;

- Propor a construção de um PPP coerente com a mudança que os laptops possibilitam na escola;

- Intensificar o uso do blog como ambiente de divulgação, troca de experiências e fonte de pesquisa;

- Implementar a formação em robótica e games.

- Redimensionar a formação continuada dos profissionais das escolas piloto: EaD, ampliação da carga horária e do conteúdo com foco nos aspectos metodológicos;

- Assessorar diretamente na escola conforme demanda dos professores;

- Promover o intercâmbio com as mais diversas experiências.

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Meta Proposta Ações

Inserção conceitual da mídia-educação no PPP

da Secretaria de Educação

- Articular junto ao GEPE a inserção da mídia-educação nas formações da SME.

- Propor formação inicial: introdução a educação digital;

- Propor formação de leitura e produção de texto: animação, rádio, HQ e blog;

- Levar ao conhecimento de todos a Carta de Florianópolis.

Aprimoramento da formação continuada

- Intensificar a EaD como parte da formação continuada;

- Dar continuidade da formação do MEC/ProInfo Integrado;

- Qualificar a formação em leitura e produção dos mais diversos tipos de texto: animação, texto escrito, vídeo, áudio;

- Implementar a formação em robótica e games;

- Dar continuidade as formações nas unidades educativas, Espaço Multimídia Infantil, ONGs e CECs;

- Discutir a filosofia do Software Livre em todas as formações do NTM.

- Articular junto ao GEPE consultoria para o grupo de formadores do NTM em mídia-educação e EaD;

- Estabelecer parceiras com instituições educativas que potencializem o trabalho em mídia-educação;

- Desenvolver a formação do ProInfo Integrado e do Programa Aluno Integrado;

- Compra de equipamentos para viabilizar a Ilha de Edição de áudio e vídeo, inicialmente no NTM e paulatinamente nas escolas que apresentarem projetos;

- Promover oficinas de curta-duração em blog, HQ, audiovisual, rádio, robótica e games.- Garantir que os encontros sejam condensados, contemplando a demanda dos participantes.

Qualificação da articulação do trabalho

com as mídias e tecnologias nas Unidades

Educativas

- Ressignificar a função de Auxiliar de Ensino de Tecnologia.

- Criar normativa definindo as atribuições específicas do cargo;

- Garantir formação continuada para o grupo de Auxiliares de Ensino de Tecnologia, abrangendo os aspectos técnicos e pedagógicos.

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Meta Proposta Ações

Revitalização do EMI Dona Cota e das SIs Escolas Desdobradas

- Solicitar a contratação de profissionais para atuação nesses espaços.

- Articular junto a nossa diretoria para garantir essa contratação;

- Planejar uma formação mais sistemática nessas unidades que não contaram com o profissional para atuar nas SIs e EMIs.

Modernizar as SIs e EMIs - Aquisição e/ou upgrade dos equipamentos.

- Articular junto a gerência a compra de máquina fotográfica, filmadora, pendrive, placa de vídeo.

Melhoria o atendimento técnico nas UEs

- Designar um técnico especializado em SO Linux para atender e resolver os problemas técnicos nas UEs.

- Articular junto a GET e ao CPD a designação desse profissional.

Visibilidade aos projetos e ações do NTM

- Divulgar os projetos, as ações e a formação realizados pelo NTM.

- Manter o blog e site do NTM;

- Produzir audiovisual institucionais, das formações e dos projetos;

- Apresentar trabalhos em eventos da área.

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Referências

FANTIN, M. Mídia-educação: conceitos, experiências, diálogos Brasil-Itália. Florianópolis: Cidade Futura, 2006.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34 Ltda, 1999.

MCLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensões do homem. 10. ed.,São Paulo: Cultrix, 1995

RIVOLTELLA, P C. Revista Nova Escola. Ed.200. março de 2007